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REVISÃO PIESF I
___________________________________________________________________________
Monitores: Camila Moura, Danilo Gomes, Jéssyca Barbosa e Taísa Figueirôa
MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE
Resultam do desenvolvimento histórico da implementação de determinadas políticas
de saúde. São o resultado de um conjunto de ações desenvolvidas pelo Estado, que afetam as
condições sociais e as chances de vida e morte de pessoas, grupos e famílias. Envolve, além
do Estado e suas instituições, o governo, o sistema político e a sociedade como um todo.
Antes disso, você sabe o que significa modelo de atenção à saúde?
● Modelo não é padrão, não é exemplo, não é burocracia. Modelo é uma razão de ser –
uma racionalidade. É uma espécie de “lógica” que orienta a ação;
● Modelo de atenção à saúde ou modelo assistencial não é uma forma de organizar
serviços de saúde;
● Também não é um modo de administrar (gestão ou gerenciamento) o sistema e os
serviços de saúde;
● Modelo de atenção é uma forma de combinar técnicas e tecnologias para resolver
problemas de saúde e atender necessidades de saúde individuais e coletivas;
● É uma maneira de organizar os meios de trabalho (saberes e instrumentos) utilizados
nas práticas ou processos de trabalho em saúde;
● Aponta como melhor combinar os meios técnico-científicos existentes para resolver
problemas de saúde individuais e/ou coletivos;
● Corresponde à dimensão técnica das práticas de saúde. Incorpora uma “lógica” que
orienta as intervenções técnicas sobre os problemas e necessidades de saúde (modelo
de intervenção em saúde).
O modelo de atenção à saúde praticado no Brasil pode ser classificado a partir de
características organizacionais e das práticas realizadas. Tendo em vista o processo histórico e
político da saúde no país.
Revolta da vacina Hospitalização Atenção Básica
É importante destacar que os modelos apresentados anteriormente são formas de
organização do sistema em diferentes períodos históricos no Brasil. Atualmente, apesar do
modelo preconizado ser a Atenção Básica em Saúde, os demais modelos ainda estão
presentes em formas de organização de programas e nas práticas de atenção à saúde. Ex:
campanhas de vacinação.
Modelo APS (Atenção Primária à saúde)
Apesar dos modelos de atenção terem um mesmo objetivo: melhorar as condições de
saúde dos indivíduos e populações, os sistemas de saúde estão mais relacionados ao Estado e
à política de saúde definida por este, enquanto os modelos de atenção à saúde se relacionam à
lógica, à técnica e às formas de melhorar essas condições de saúde.
Para entender o sistema de saúde nacional e a organização da saúde em seu próprio
território, devemos reconhecer as características dos principais modelos de APS.
A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) possui uma observação de que
atenção primária à saúde e atenção básica à saúde (ABS) têm o mesmo significado. Essa
diferenciação, porém, divide opiniões.
Internacionalmente, tem-se apresentado “atenção primária à saúde” como uma estratégia de
organização da atenção à saúde voltada para responder de forma regionalizada, contínua e
sistematizada à maior parte das necessidades de saúde de uma população, integrando ações
preventivas e curativas, bem como a atenção a indivíduos e comunidades.
Esse enunciado procura sintetizar as diversas concepções e denominações das
propostas e experiências que se convencionaram chamar internacionalmente de APS.
No Brasil, a APS incorpora os princípios da Reforma Sanitária, levando o SUS a
adotar a designação “atenção básica à saúde” para enfatizar a reorientação do modelo
assistencial, tornando-se o contato prioritário da população com o sistema de saúde.
A concepção de Atenção Básica à Saúde desenvolveu-se a partir dos princípios do
SUS, com ênfase principalmente na universalidade, na descentralização, na integralidade e na
participação popular, como pode ser visto na portaria que institui a PNAB.
1º acesso - Porta de entrada do sistema de saúde, exerce papel de filtro para acesso aos outros
níveis; Longitudinalidade - Responsabilidade longitudinal pelo paciente com continuidade
da relação equipe-paciente ao longo da vida; Integralidade - Considerando-se âmbitos físico,
psíquico e social da saúde dentro dos limites de atuação da saúde; Coordenação do cuidado
- Coordenação das diversas ações e serviços indispensáveis para resolver necessidades menos
frequentes e mais complexas, capacidade de garantir a continuidade da atenção (atenção
ininterrupta) no interior da rede de serviços.
DETERMINANTES SOCIAIS EM SAÚDE
Esquema dahlgren e whitehead
“Os DSS são determinantes estruturais e condições da vida cotidiana responsáveis
pela maior parte das iniquidades em saúde entre os países e internamente. Eles incluem a
distribuição de poder, renda, bens e serviços e as condições de vida das pessoas, e o seu
acesso ao cuidado à saúde, escolas e educação; suas condições de trabalho e lazer; e o estado
de sua moradia e ambiente”.
De acordo com definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), os determinantes
sociais da saúde estão relacionados às condições em que uma pessoa vive e trabalha. Também
podem ser considerados os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais,
psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e
fatores de risco à população, tais como moradia, alimentação, escolaridade, renda e emprego.
O esquema de Dahlgren e Whitehead apresenta os diferentes níveis de determinação
social, desde a camada mais externa, onde visualizamos as condições socioeconômicas,
culturais e ambientais gerais, até a mais proximal ao indivíduo, correspondendo aos fatores
hereditários e outras características pessoais, como idade e sexo. Esse modelo de
determinação considera os diversos fatores que contribuem para a saúde dos indivíduos e das
populações. Na camada mais externa da imagem, as condições socioeconômicas atuariam
sobre a saúde da população de forma que os níveis de renda e de riqueza determinariam
melhor ou pior saúde.
1. Condições socioeconômicas, culturais e ambientais gerais
Formam o contexto sociopolítico responsável pela estratificação dos grupos segundo
os níveis de renda, escolaridade, profissão, sexo, gênero, local de moradia e outros fatores.
Esses mecanismos de estratificação socioeconômica são descritos como determinantes
https://dssbr.ensp.fiocruz.br/glossary/iniquidades-em-saude/
estruturais da saúde ou como fatores sociais determinantes das desigualdades na saúde. A
posição que os grupos populacionais ocupam dentro das hierarquias de poder, de prestígio e
de acesso aos serviços de saúde configura as diferentes oportunidades de saúde do indivíduo.
2. Condições de vida e de trabalho
Essas condições e seus efeitos psicossociais são influenciados pelas condições
socioeconômicas, culturais e ambientais gerais e constituem um dos principais mediadores
através dos quais a estratificação socioeconômica influencia a situação de saúde de
indivíduos ou grupos, bem como as desigualdades existentes entre eles. As condições de vida
e de trabalho constituem os determinantes intermediários e abarcam, entre outros, a educação,
a disponibilidade de alimentos e o padrão alimentar, as condições de habitação e saneamento
e o próprio sistema de saúde.
3. Redes sociais e comunitárias
Constituem o capital social, entendido como o conjunto das relações sociais
caracterizadas por atitudes de confiança e comportamento de cooperação e reciprocidade. As
redes sociais são formadas por amigos, parentes e vizinhos, grupos religiosos, associações
sindicais, associações de moradores e clubes recreativos, os quais possibilitam que os grupos
de pessoas estabeleçam relações de solidariedade e confiança.
4. Comportamentos e estilos de vida
São considerados como determinantes proximais, por serem modificáveis pelos
indivíduos. Entre aqueles com maior influência destacam-se a dieta pouco saudável, a falta de
atividade física, o tabagismo e o abuso do álcool. Esses fatores de risco modificáveis
explicam parcialmenteo perfil epidemiológico das doenças não-transmissíveis - as doenças
cardiovasculares, diabetes, obesidade, câncer e doenças respiratórias -. Por sua vez, esses
fatores manifestam-se através de outros de risco intermediário, como hipertensão,
hiperglicemia, hipercolesterolemia, sobrepeso e obesidade e também são determinados por
condições demográficas, sociais, culturais, políticas e econômicas, como a pobreza, a
urbanização, a globalização, e a estrutura e dinâmica da população.
CONCEITO AMPLIADO DE SAÚDE
Em seu sentido mais abrangente, a saúde é resultante das condições de alimentação,
habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade,
acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde. É, assim, antes de tudo, o resultado
das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes desigualdades
nos níveis de vida. A saúde não é um conceito abstrato. Define-se no contexto histórico de
determinada sociedade e num dado momento de seu desenvolvimento, devendo ser
conquistada pela população em suas lutas cotidianas (Anais da 8a CNS, 1986).
Artigos importantes para a saúde da constituição federal de 88
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal
e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público
dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua
execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica
de direito privado.
Art. 198.
§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do
orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, além de outras fontes. (Parágrafo único renumerado para § 1º pela Emenda
Constitucional nº 29, de 2000)
Lei complementar 141, de 13 janeiro 2012
● Dispõe sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados e
Municípios em ações e serviços públicos de saúde e dá outras providências;
● A União aplicará o montante do exercício financeiro anterior, acrescido de, no
mínimo, o percentual correspondente à variação nominal do Produto Interno Bruto
(PIB);
● Os Estados aplicarão, no mínimo, 12% da arrecadação dos impostos;
● Os Municípios aplicarão, no mínimo, 15% da arrecadação dos impostos
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
● § 1º - As instituições privadas poderão participar de FORMA COMPLEMENTAR
DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE, (...), mediante contrato de direito público ou
convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
● § 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às
instituições privadas com fins lucrativos.
● § 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros
na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
● § 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de
órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento,
bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo
vedado todo tipo de comercialização.
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
● I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a
saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos,
hemoderivados e outros insumos;
● II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde
do trabalhador;
● III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
● IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento
básico;
● V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
● VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor
nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;
● VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização
de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
● VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
Leis Orgânicas da Saúde
Para que efetivamente entrassem em vigor os artigos relativos à saúde da Constituição
Federal de 1988, foram necessárias leis orgânicas, cuja aprovação se deu somente em 1990: a
Lei Orgânica da Saúde nº 8.080/90 e a Lei Orgânica da Saúde nº 8.142/90, que tiveram
importantes artigos vetados pelo então presidente Collor.
Com dois anos de atraso, em 1992, realizou-se a 9ª Conferência Nacional de Saúde,
cuja recomendação principal ficou por conta da ideia de que, além das leis orgânicas,
precisavam ser definidas Normas Operacionais Básicas (NOB) para que o SUS começasse
a funcionar de fato.
Lei Orgânica da Saúde nº 8.080/90
Assim, foi criado o Sistema Único de Saúde (SUS), que tem como princípios
doutrinários: a universalidade (garantia de acesso universal aos serviços de saúde em todos
os níveis de assistência), a integralidade (a assistência integral combina as ações e os
serviços de promoção da saúde, prevenção e de atenção curativa, além de integrar ações de
caráter individual e coletivo em todos níveis de complexidade) e a equidade (Assegura que a
disponibilidade dos serviços de saúde considere as diferenças entre os diversos grupos de
indivíduos).
Participação Social ( É a garantia de que a população pode participar da formulação
das políticas de saúde e o controle de sua execução em todos os níveis de governo: Conselhos
gestores de unidades; Conselhos de saúde; Conferências de saúde. Descentralização e
comando único: Redistribuição das responsabilidades quanto às ações e serviços de saúde
entre os vários níveis de governo, a partir da ideia de que quanto mais perto do fato for a
tomada de decisão, mais chance haverá de acerto. Regionalização e hierarquização: Os
serviços devem ser organizados em níveis tecnológicos crescentes, dispostos em uma área
geográfica delimitada e com definição da população a ser atendida, permitindo um
conhecimento maior dos seus problemas de saúde.
Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre transferências
financeiras intergovernamentais na área da saúde e dá outras providências;
O SUS contará em cada esfera de governo com:
a)Conferência de Saúde - Reunir-se-á a cada 4 anos com a representação dos vários
segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação
da política de saúde nos níveis correspondentes.
b)Conselho de Saúde - Caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por
representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários. Atua na
formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde.
Composição paritária: 50% usuários e 50% representantes do governo, trabalhadores
de saúde e prestadores de saúde
Sobre o financiamento do SUS
Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, Distrito Federal e
Municípios, será utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo análise técnica de
programas e projetos:
I - perfil demográfico da região;
II - perfil epidemiológico da população a ser coberta;
III - características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área;
IV - desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior;
V - níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais;
VI - previsão do plano quinquenal de investimentos da rede;
VII - ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas de governo.
Decreto 7.508, de 28 de Junho de 2011
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE (RAS)
A crítica à fragmentação dos sistemas de saúde em todomundo, a transição demográfica e
epidemiológica experienciada na maior parte dos sistemas de saúde, e a diversidade das condições
e necessidades de saúde no Brasil têm levado pesquisadores, gestores e autoridades sanitárias a
propor novas estratégias de organização dos sistemas de saúde, entre elas, as redes de atenção à
saúde.
Na literatura atual encontramos diversos autores e propostas que discutem as redes de atenção à
saúde. Há em comum em todas elas a necessidade de reconhecer e cuidar das necessidades sociais
de saúde das populações, enfocando a integralidade e a gestão dos recursos disponíveis para a
melhoria da qualidade da atenção à saúde.
O ministério da saúde tem adotado a estratégia de redes de atenção à saúde para tentar
responder às necessidades de cuidado das populações, identificando redes prioritárias como
gestantes, urgência e emergência, à atenção a pessoas com deficiência e de atenção psicossocial.
“As Redes de Atenção à Saúde (RAS) são arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de
diferentes densidades tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de apoio técnico,
logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado (Ministério da Saúde, 2010 –
portaria nº 4.279, de 30 dez. 2010).”
As redes de atenção à saúde são organizações poliárquicas de conjuntos de serviços de saúde,
vinculados entre si por uma missão única, por objetivos comuns e por uma ação cooperativa e
interdependente, que permitem ofertar uma atenção contínua e integral a determinada população,
coordenada pela atenção primária à saúde – prestada no tempo certo, no lugar certo, com o custo
certo, com a qualidade certa e de forma humanizada –, e com responsabilidades sanitárias e
econômicas por esta população (Mendes, 2010).
ESF (ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA)
Visa à reorganização da atenção básica no País, como estratégia de expansão,
qualificação e consolidação da atenção básica por favorecer uma reorientação do processo de
trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da
atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde, além de propiciar
uma importante relação custo-efetividade.
Um ponto importante é o estabelecimento de uma equipe multiprofissional (equipe de
Saúde da Família – eSF) composta por, no mínimo:
● Médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e
Comunidade;
● Enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família;
● Auxiliar ou técnico de enfermagem; e
● Agentes comunitários de saúde.
● Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de Saúde Bucal:
cirurgião-dentista generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou
técnico em Saúde Bucal.
Cada equipe de Saúde da Família deve ser responsável por, no máximo, 4.000
pessoas, sendo a média recomendada de 3.000 pessoas, respeitando critérios de equidade
para essa definição. Recomenda-se que o número de pessoas por equipe considere o grau de
vulnerabilidade das famílias daquele território, sendo que, quanto maior o grau de
vulnerabilidade, menor deverá ser a quantidade de pessoas por equipe. Com número máximo
de 750 pessoas por ACS.
MFC ( MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE)
Médico de Família e Comunidade, um profissional extremamente importante para a
APS. Aproximadamente 85% das queixas dos pacientes podem ser resolvidas pelo médico de
família - os demais são encaminhados para outras especialidades.
Há uma confusão entre médico de família e clínico geral, mas tratam-se de funções
diferentes, embora complementares. Enquanto o segundo trata especificamente da doença, o
primeiro tem o foco na pessoa. “A clínica geral é pontual, e a medicina da família é
longitudinal”. Isso significa que o paciente é acompanhado durante todas as fases da vida
(longitudinalidade). Também é preciso lembrar que o médico de família tem uma formação
específica.
Além dos sintomas, o estilo de vida, os hábitos, as emoções, as condições de trabalho
e a moradia são levados em conta para que o médico de família aponte um diagnóstico. Ou
seja, o indivíduo é analisado de forma integral, em uma abordagem biopsicossocial,
justamente porque todos esses fatores podem estar relacionados à saúde.
Além do âmbito individual, há a dimensão coletiva da medicina da família. Cada
equipe cuida de uma região delimitada geograficamente (territorialização). E algumas
situações que podem causar adoecimento acabam sendo comuns ou recorrentes entre diversos
moradores.
A saúde da família não é construída apenas pelo médico e a equipe faz toda a
diferença. Os agentes comunitários são os principais responsáveis por criar o vínculo com a
comunidade, pois verificam problemas e trazem as demandas.
LINHA DO TEMPO DO SUS
______________________________________________________________________________
Referências
ALMEIDA, C. Reforma de sistemas de saúde: tendências internacionais, modelos e resultados. In:
GIOVANELLA, L. et al. Políticas e sistema de saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2012.
BRASIL, Política Nacional de Atenção Básica, Ministério da Saúde. Brasília, 2017
DAHLGREN, G. WHITEHEAD, M. Policies and Strategies to promote social equity in health.
Stockholm: Institute for Future Studies; 1991.
MENDES, E. V. As redes de atenção à saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 15(5): 2297-2305, 2010.
Disponível em: . Acesso em: 6 set. 2013.
MOROSINI, M.V.G.C.; CORBO, A.D.A. (Orgs). Modelos de atenção e a saúde da família. Rio de
Janeiro: EPSJV/Fiocruz, 2007, p. 27-41.
PAIM, J. Notas para discussão nos Seminários Temáticos Permanentes. Brasília, Anvisa/ISCUFBA,
28 mar. 2001, p. 7-8.
PAIM, J. Modelos assistenciais: reformulando o pensamento e incorporando a proteção e a promoção
da saúde. In: SEMINÁRIOS TEMÁTICOS PERMANENTES. Anvisa/ISC- UFBA. Brasília, 28 mar.
2001.
Portal do Ministério da Saúde
World Health Organization (WHO). A Conceptual Framework for Action on the Social Determinants
of Health. Geneve: Commission on Social Determinants of Health; 2007
https://dms.ufpel.edu.br/sus/files/media/PaimJS_ModelosAssistenciais.pdf
https://dms.ufpel.edu.br/sus/files/media/PaimJS_ModelosAssistenciais.pdf

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