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APOSTILA MICROBIOLOGIA, PARASITOLOGIA, HIGIENE,PROFILAXIA E MICROBIOLOGIA. PROFESSORA ENFºGABRIELLA ARAÚJO MICROBIOLOGIA 1.1 Morfologia: tamanho, forma e arranjos bacterianos As bactérias são variáveis quanto ao tamanho e quanto às formas que apresentam. ● A unidade de medida das bactérias é o mm (micrômetro) que equivale a 103 mm. ● Muitas bactérias medem de 2 a 6 mm de comprimento e 1 a 2 mm de largura. ● Tamanho variável: 0,1 – 0,2 m → 5,0 mm 1.2 Morfologia das bactérias: formas e arranjos bacterianos Embora existam milhares de espécies bacterianas, elas podem ser agrupadas em três tipos morfológicos gerais: cocos, bacilos e espiralados. A. Formas de cocos (esféricas) – é o grupo de bactérias mais homogêneo em relação ao tamanho. Os cocos tomam denominações diferentes de acordo com o seu arranjo: ● Micrococos – cocos ● Diplococos – cocos agrupados em pares o Tétrades - agrupamentos de quatro cocos. ● Sarcina – agrupamentos de oito cocos em forma cúbica. ● Estreptococos – cocos agrupados em cadeias ● Estafilococos – cocos agrupados em grupos irregulares, lembrando cachos de uva. B. Forma de bastonete – são células cilíndricas em forma de bastonete; apresentam grande variação na forma e no tamanho entre gêneros e espécies. As células bacterianas cilíndricas ou em bastonetes (bacilos) não apresentam a mesma disposição dos cocos, mas podem apresentar-se isolados, aos pares (diplobacilos) e em cadeias (estreptobacilos). Em alguns casos esses arranjos não constituem padrões morfológicos característicos, mas é devido às etapas de crescimento ou às condições de cultivo. De um modo geral, essas duas formas de bactérias (cocos e bacilos) são as mais comuns entre as contaminantes nas indústrias de açúcar e de álcool. C. Formas espiraladas – caracterizadas por células em espiral; dividem-se em: a) Espirilos – possuem corpo rígido e movem-se à custa de flagelos externos. Ex.: Gênero Aquaspirillium. b) Espiroquetas – são flexíveis e locomovemse geralmente por contrações do citoplasma, podendo dar várias voltas completas em torno do próprio eixo. Ex.: Gênero Treponema espiroqueta Leptospira interrogans, causadora da leptospirose D. Além desses três tipos morfológicos, existem algumas formas de transição: ● Bacilos muito curtos: cocobacilo. ● Unidades celulares que se assemelham a uma vírgula: vibrião. 1.3 REPRODUÇÃO BACTERIANA As bactérias geralmente reproduzem-se assexuadamente por fissão binária ou cissiparidade. Nesse processo reprodutivo ocorre à replicação do cromossomo e uma única célula divide-se em duas; em seguida ocorre a divisão do cromossomo bacteriano replicado e o desenvolvimento de uma parede celular transversal. A fissão binária não é o único método reprodutivo assexuado entre as bactérias. Também pode ocorrer esporulação e brotamento. Embora não ocorra reprodução sexuada, pode ocorrer troca de material genético entre as bactérias. Tal recombinação genética pode ocorrer por transformação, conjugação ou transdução. a. Transformação – incorporação de fragmentos de DNA perdidos por outra bactéria que se rompeu. Esse mecanismo demonstra formalmente que o DNA é a base química da hereditariedade b. Conjugação – duas células bacterianas geneticamente diferentes trocam DNA através de pêlo sexual. c. Transdução – moléculas de DNA são transferidas de uma bactéria para outra usando os vírus como vetores (bacteriófagos). Quando o bacteriófago entra numa célula bacteriana, o DNA do vírus mistura-se com uma parte do DNA bacteriano, de modo que o vírus passa a carregar essa parte do DNA. Se o vírus infecta uma segunda bactéria, o DNA da primeira pode misturar-se com o DNA da segunda. Essa nova informação genética é então replicada a cada nova divisão. d. Tempo de geração – é o tempo necessário para que uma célula bacteriana se divida ou para que a população duplique. Esse tempo pode variar de 15 a 20 minutos ou até algumas horas. O tempo de geração depende da espécie bacteriana e das condições ambientais, ou seja, as bactérias são capazes de crescer numa ampla faixa de condições físicas, podendo utilizar alimentos muito diferentes. Contudo, seu crescimento requer condições específicas para uma dada espécie. e. Endósporos (esporos) – formas dormentes de células bacterianas são produzidas por certas espécies de bactérias em situações de escassez de nutrientes. Os esporos representam uma fase latente (repouso) da célula: são extremamente resistentes aos agentes físicos e químicos adversos, demonstrando uma estratégia de sobrevivência. O endósporo resiste até que as condições melhorem e muitos resistem até mesmo à água fervente. A indústria de alimentos preocupa-se em tomar providências para que os endósporos não estejam presentes durante o processo de acondicionamento dos alimentos. Todas as bactérias dos gêneros Bacillus e Clostridium produzem endósporos. 1.4 NUTRIÇÃO BACTERIANA Do ponto de vista nutricional, as bactérias podem ser divididas em classes fisiológicas dependendo da forma de obtenção de fontes de energia e carbono para a realização de suas atividades vitais: Fototróficos – são organismos que utilizam a energia radiante (luz) como fonte. Bactérias autótrofas: fotossintetizantes e quimiossintetizantes. Quimiotróficos – são organismos incapazes de utilizar a energia radiante; dependem da oxidação de compostos químicos para a obtenção de energia. Bactérias heterótrofas: quimiossintetizantes. Nutrientes: São as substâncias encontradas no ambiente, que participam do metabolismo celular (anabolismo e catabolismo), podendo ser divididos em dois grandes grupos: macronutrientes, que são necessários em grandes quantidades e micronutrientes, necessáriosem pequenas quantidades. Principais macronutrientes – Carbono, Nitrogênio, Hidrogênio, Fósforo, Enxofre, Potássio, Magnésio, Cálcio, Sódio e Ferro. Principais micronutrientes – Cobalto, Zinco, Molibdênio, Cobre, Manganês e Níquel. 1.5 CRESCIMENTO BACTERIANO É um somatório dos processos metabólicos progressivos, que normalmente conduz à divisão (reprodução – divisão binária ou brotamento) com produção de duas célulasfilhas a partir de uma bactéria. Dessa forma, o crescimento é exponencial (crescimento logarítmico). Em microbiologia, o termo crescimento refere-se a um aumento do número de células e não ao aumento das dimensões celulares. Curva de crescimento bacteriano tem quatro fases,conforme a figura: 2. COLORAÇÃO DE GRAM Ao longo dos anos, a caracterização das diferentes espécies de bactérias tem sido em parte resultado da sua visualização microscópica, que é um procedimento necessário e comum, tanto no contexto clínico como na investigação e na indústria. As observações microscópicas bacterianas geralmente são realizadas através da aplicação de corantes especiais que reagem com componentes específicos das células, o que facilita sua distinção e detalhamento. Um dos métodos de coloração bacteriana mais populares e importantes, e talvez um dos primeiros realizados para a identificação inicial desses microrganismos, é o método de Gram, originalmente proposto em 1882 pelo bacteriologista dinamarquês Hans Christian Gram. Este método permite diferenciar bactérias com diferentes estruturas de parede celular a partir das colorações que estas adquirem após tratamento com agentes químicos específicos. O método que consiste em tratar sucessivamente um esfregaço bacteriano, fixado pelo calor, com os reagentes cristal violeta, lugol, etanol- acetona e fucsina básica. As bactérias que adquirem a coloração azul violeta são chamadas de gram-positivas e aquelas que adquirem a coloração vermelho são chamadas de gramnegativas. A coloração envolve 3 etapas principais: 1. Coloração com violeta de cristal (um corante solúvel em água, roxo); 2. A descoloração (utilizando etanol / acetona); 3. A contra-coloração (utilizando corante Safranina, vermelho). As bactérias Gram-positivas retêm o cristal violeta devido à presença de uma espessa camada de peptideoglicano (polímero constituído por açúcares e aminoácidos que originam umaespécie de malha na região exterior à membrana celular das bactérias) em suas paredes celulares, apresentando-se na cor roxa. Já as bactérias Gram- negativas possuem uma parede de peptideoglicano mais fina que não retém o cristal violeta durante o processo de descoloração e recebem a cor vermelha no processo de coloração final. 5. PRINCIPAIS DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS ● Tuberculose Bacilo de Koch (Mycobacteriumtuberculosis), atacando os pulmões Lepra ou hanseníase É transmitida pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae) e causa lesões na pele e nas mucosas ● Difteria Causada pelo bacilo diftérico, queataca principalmente crianças ● Coqueluche Doença que ataca crianças, produzindo uma tosse seca característica, causada pela bactéria Bordetela pertussis ● Tétano Produzido pelo bacilo do tétano (Clostridium tetani), que penetrano organismo por ferimentos napele ● Leptospirose Leptospira interrogans transmitida pela água, alimentos e objetos contaminados com urina, com bactérias, principalmente de ratos ● Gonorréia Gonococo (Neisseria gonorrheage)transmitida pelo contato sexual ● Sífilis É provocada pela bactéria Treponema pallidum, que é transmitida pelo contato sexual ● Meningite meningocócica Meningoccoco transmitido porespirro, tosse ou fala ● Disenterias bacterianas Shigella e a Salmonela, transmitidas pela ingestão de águae alimentos contaminados ● Tracoma: Bactéria Chlamydia trachomatis VÍRUS Vírus são partículas acelulares ditas parasitas intracelulares obrigatórios, reproduzindo-se através da invasão e do controle da maquinaria celular. Os vírus, ainda não possuem classificação oficial e nem um reino próprio, são agentes infecciosos compostos de uma parte central de ácido nucléico, seja RNA ou DNA, e de uma capa protetora cuja índole é proteica. Não se reproduzem fora das células vivas. O termo vírus geralmente refere-se às partículas que infectam eucariontes (organismos cujas células têm carioteca), enquanto o termo bacteriófago ou fago é utilizado para descrever aqueles que infectam procariontes (bactérias e cianofíceas). Tipicamente, estas partículas carregam um pequeno segmento de ácido nucléico de fita simples ou dupla fita (seja DNA ou RNA) cercada por uma cápsula protetora de composição protéica ou lipoprotéica – o capsídeo, que é formado por subunidades chamadas capsômeros. 6.1 Replicação Viral A replicação viral ocorre no interior da célula do hospedeiro, evolui seguindo as etapas de adsorção, penetração, desnudamento, síntese viral e proteica (transcrição e tradução), montagem e maturação e liberação. Nos vírus bacteriófagos existem dois tipos de ciclos reprodutivos: Ciclo Lítico: o vírus invade a bactéria, interrompendo as funções normais dela devido a presença do ácido nucléico do vírus (DNA). Ao mesmo tempo em que é replicado, o DNA viral comanda a síntese das proteínas que comporão o capsídeo. Os capsídeos organizam-se e envolvem as moléculas de ácido nucléico virais. São, assim, produzidos, então novos vírus. Por fim, ocorre a lise celular, ou seja, a célula infectada rompe-se e os novos bacteriófagos são liberados para iniciarem um novo ciclo. Ciclo Lisogênico: o vírus invade a célula hospedeira, e o DNA viral incorpora-se ao DNA da célula infectada. Assim, o DNA viral torna-se parte do material genético da célula infectada. Após a infecção, a célula continua realizando as suas funções normais, como a síntese protéica e a divisão celular. O DNA viral fica "adormecido" por um tempo indeterminado. Quando ativado, ele toma controle das funções normais da célula infectada, e, ao mesmo tempo em que é replicado, comanda a síntese das proteínas que comporão o capsídeo. Os capsídeos organizam-se e envolvem as moléculas de ácido nucléico. Desse modo, são produzidos novos vírus. Finalmente, ocorre a lise da célula infectada e os novos vírus são liberados para infectar mais células, procedendo ao ciclo lisogênico. Nos vírus providos de DNA (DNA vírus ou Adenovírus), este entra em competição com o DNA da célula hospedeira e assume a direção das atividades dela. Nos vírus que encerram RNA (RNA vírus ou Retrovírus), o qual é geralmente formado de uma só faixa, este atua como mensageiro na célula parasitada, associando-se aos Ribossomos e servindo como modelo para a síntese das proteínas. São causadores de uma série de doenças nos seres humanos tais como: caxumba, sarampo, hepatite viral, poliomielite (ou paralisia infantil), febre amarela e dengue 6. FUNGO Os fungos, que antigamente eram classificados no Reino Mycota, são os organismos encarregados da decomposição da matéria, ao lado das bactérias, degradando produtos orgânicos e devolvendo carbono, nitrogênio e outros componentes ao solo e ao ar. Os fungos são organismos eucariontes, unicelulares (leveduriformes) ou multicelulares (filamentosos), haploides (homo ou heterocarióticos), com parede celular contendo quitina e a-glucano. Não apresentam plastos ou pigmentos fotossintéticos. Todos os fungos conhecidos, com poucas exceções, têm origem nos esporos (reprodução sexuada) ou conídios (reprodução assexuada), corpúsculos que podem ser comparados às sementes das plantas superiores, embora não sejam morfologicamente semelhantes a estas. Entre suas peculiaridades genéticas estão os fenômenos que envolvem mutações a nível estrutural. Os esporos ou conídios, para germinarem, necessitam de calor e umidade e o resultado desta germinação é a formação de um ou mais filamentos finos, conhecidos como tubos germinativos. Estes tubos se ramificam em todos os sentidos formando uma massa filamentosa, chamada micélio, que constitui o sistema vegetativo, responsável pelo desenvolvimento fúngico e pela absorção dos alimentos. Os filamentos simples ou ramificados que formam o micélio são denominados hifas. Na maioria dos casos, o sistema vegetativo encontra-se no interior dos tecidos parasitados, no solo ou na matéria orgânica em decomposição. Com a formação dos esporos ou conídios é necessário que estes tenham acesso livre ao ar, para assegurar sua disseminação. Realiza-se, então, uma diferenciação das hifas vegetativas, geralmente levantadas verticalmente sobre o plano do micélio, conhecido como esporóforo ou conidióforo, e sobre estes se originam os esporos ou conídios. As hifas, por sua vez, podem ser apodíticas (com septo) ou cenocíticas (sem septo). Além do papel que desempenham como decompositores, os fungos, do ponto de vista econômico, denotam possuir apreciável importância como destruidores de matérias alimentares e outros materiais orgânicos. O grupo também inclui os fermentos, a penicilina e outros produtores de antibióticos, os bolores de queijo, as altamente prezadas trufas e outros cogumelos comestíveis (champignon, por exemplo). O ciclo de vida dos fungos compreende duas fases. Uma somática, caracterizada por atividades alimentares, e outra reprodutiva, onde os fungos podem realizar reprodução sexuada ou assexuada. Em ambos os casos, um grande número de estruturas é formado, dependendo da espécie. As estruturas assexuadas, como também as sexuadas, podem ser formadas isoladamente ou em grupos, neste caso, formando corpos de frutificação. Assim, conídios podem ser formados em conidióforos isolados ou agrupados, constituindo então os conidiomas. Os esporos podem ser formados em ascomas (onde são formados os ascos) ou basidiomas (onde são formados os basídios). De acordo com tipo de reprodução realizada, os fungos podem ser divididos em três grupos: ● Holomorfo: aquele que no ciclo de vida realiza ambas as reproduções, sexuada e assexuada. ● Anamorfo: aquele que no ciclo de vida realiza apenas a reprodução assexuada. ● Teleomorfo: aquele que no ciclo de vida realiza apenas a reprodução sexuada. A reprodução assexuada pode ser: a) brotamento (seres unicelulares), b) fragmentação do micélio, onde um micélio se fragmenta originando muitos outros e c) esporulação, acima dos corpos de frutificação estão os esporângios que produzem os esporos, estruturas imóveis e resistentes a ambientes desfavoráveisJá a reprodução sexuada requer a fusão de duas hifas haplóides, quando isso não ocorre, originam-se hifas geneticamente distintas denominadas dicários. Eles podem ser subdivididos em: ● Saprófitos obrigatórios - Fungos que vivem exclusivamente em matéria orgânica morta, não podendo parasitar organismos vivos. ● Parasitas facultativos ou saprófitos facultativos - Fungos capazes de causar doenças ou de viver em restos orgânicos, de acordo com as circunstâncias. ● Parasitas obrigatórios - Fungos que vivem exclusivamente atacando organismos vivos. Os fungos são considerados seres cosmopolitas. Sendo amplamente distribuídos pela natureza são encontrados na água, no ar atmosférico, no solo, sobre os animais e vegetais vivos, na matéria orgânica em decomposição, nos produtos alimentícios e industriais. 7.1 PRINCIPAIS DOENÇAS FÚNGICAS ● Onicomicose: Trichophyton rubrum, Candida albicans, Microascus brevicaulis ● Candidíase: Candida albicans ● Mucormicose: Fungos que pertencem à ordem Mucorales ● Peniciliose: Penicillium marneffei ● Pneumocistose Pneumocystis jirovecii ● Aspergilose, Sinusite fúngica e Rinosinusite: Arspergilus ● Meningite Fúngica: Cryptococcus 7.PROTOZOÁRIOS Os protozoários são organismos unicelulares ou coloniais, que pertencem a vários Filos. Muitas espécies são móveis e heterotróficas, o que é considerado um caráter animal. Os protozoários são encontrados no mar e na água doce, e muitas espécies são parasitas. 8.1 Classificação dos Protozoários São divididos em 4 Filos: Ciliata, Flagellata, Sarcodínea ou Rhizopoda e Sporozoa. A divisão entre os protozoários, é feita geralmente com base no tipo ou na ausência de estruturas locomotoras. Os ciliados (Filo Ciliata) possuem um complexo de organelas, especialmente como parte da película, na camada externa da célula. Os cílios são utilizados na natação e, em alguns organismos, na alimentação. Alguns ciliados são Predadores e outros são Filtradores. Os flagelados (Flagelata ou Zoomastigophora) incluem os protozoários que têm apenas um núcleo e um ou mais flagelos, geralmente não mais do que oito. Sua locomoção em água é bastante rápida, e geralmente são organismos de dimensões bastante grandes (alguns podem ser vistos a olho nu). Os sarcodíneos (Sarcodina ou Rhizopoda) incluem todos os protozoários que se locomovem a partir de estruturas denominadas Pseudópodos (falsos pés). São bastante comuns em água doce, e o exemplo mais comum é o da ameba (Amoeba, Entamoeba e outros gêneros). Os esporozoários (Sporozoa, Apicomplexa) são protozoários parasitas de invertebrados e vertebrados e alguns deles necessitam de dois hospedeiros. Não há nenhum tipo de estrutura de locomoção. Entre os esporozoários causadores de doenças encontra-se o famoso Plasmodium, que é o agente causador da malária, o qual ataca preferencialmente Eritrócitos humanos. 8. PARASITOLOGIA A parasitologia é um ramo especializado das ciências médicas que se dedica ao estudo dos Parasitas. É uma área de pesquisa bastante diversificada, pois os parasitas, que podem estar sobre a superfície ou no interior de seres vivos, são de ampla distribuição, hábitos variados e fácil disseminação. Para quem lida com a saúde humana, a parasitologia oferece ferramentas para conhecer os causadores de várias doenças, incluindo as famosas verminoses (tão comuns na infância) e as ectoparasitoses (explicadas mais à frente), assim como as medidas Profiláticas e Terapêuticas cabíveis em cada doença. Conceitos Básicos 9.1 Parasitismo: É uma associação entre organismos de espécies distintas, na qual se observa além de associação uma dependência metabólica de grau variado. As três principais propriedades do parasitismo são: ▪ Infectividade. ▪ Estabelecimento. ▪ Transmissão. 1. Parasito: São organismos que vivem associados com outros aos quais retiram os meios para sua sobrevivência. 2. Hospedeiro: Organismo que abriga em seu interior o parasita, o comensal ou mutualista. 3. Vetor: É um organismo vivo, geralmente um artrópode, que transmite o patógeno. 4. Habitat: Lugar específico onde uma espécie pode ser encontrada dentro do ecossistema. 5. Visão Ecológica O hospedeiro passa a ser o habitat e não simplesmente. 9.2 Classificação dos Parasitos 9.2.1 QUANTO A LOCALIZAÇÃO ● Ectoparasitas - Atacam a parte exterior do corpo do hospedeiro. ● Endoparasitas - Vivem no interior do corpo do hospedeiro. ● Hemoparasitas - Parasita que vive na corrente sanguínea. 9.2.2 QUANTO AO NÚMERO DE HOSPEDEIROS: ● Monoxênico - Necessita de apenas um hospedeiro para a reprodução. ● Heteroxênico - Necessita mais de um hospedeiro para a reprodução. 9.2.3 QUANTO AO TROPISMO PELO HOSPEDEIRO: ● Estenoxênico - Parasita espécies de vertebrados muito próximas. ex: Tênia Eurixênico - Admite grande variedade de hospedeiros, espécies diferentes. ex: Toxoplasmose. 9.2.4 Quanto ao ciclo biológico: ● Hospedeiro Definitivo: Apresenta o parasita em fase de maturidade ou em fase de atividade sexual. ● Hospedeiro Intermediário: Apresenta o parasita em fase larvária ou em fase assexuada. c) ● Hospedeiro Paratênico ou de transporte: É o hospedeiro intermediário no qual o parasita não sofre desenvolvimento mas permanece encistado até que o hospedeiro definitivo o ingira. 9.3 AÇÕES DOS PARASITAS AÇÃO ESPOLIATIVA É quando o parasito absorve nutrientes ou até mesmo o sangue do hospedeiro. Exemplo: Ancylostomatidae. AÇÃO TÓXICA Quando alguns parasitos produzem enzimas ou metabólitos que podem ser tóxicas e lesar o hospedeiro. AÇÃO MECÂNICA Esta ação impede o funcionamento dos ógãos, pelo fato de formarem um bolo alimentar. Exemplo: Fasciola Hepatica. AÇÃO TRAUMÁTICA Destroi os tecidos por causa da migração do parasito para outro lugar. Exemplo: Ácaro- Sacoptes scabiei AÇÃO IRRITATIVA Deve-se a presença constante do parasito que, sem produzir lesões traumáticas irrita o local parasitado. Exemplo: Giardia. AÇÃO ENZIMÁTICA Ocorre a migração e destruição de tecidos. Exemplo: Dermatite Cercariana - Schistossoma mansoni MECANISMOS DE TRANSMISSÃO ❖ Fecal-Oral (ingestão); ❖ Oral; ❖ Vetorial; ❖ Congênita; ❖ Sexual; ❖ Percutânea ou transcutânea. 9. HELMINTOS Os helmintos constituem um grupo muito numeroso de animais, que inclui espécies de vida livre e de vida parasitária. Os helmintos intestinais constituem um grave problema de saúde pública em diversas regiões do mundo. Sua presença está associada, quase sempre, ao baixo desenvolvimento econômico, carência de saneamento básico e à falta de higiene. São classificados em dois grandes filos de interesse médico: Platyhelminthes e Nemathel. Equipamentos de Proteção Individual – EPIs São elementos de contenção de uso individual utilizados para proteger o profissional do contato com agentes biológicos, químicos e físicos no ambiente de trabalho. Servem, também, para evitar a contaminação do material em experimento ou em produção. Desta forma, a utilização do equipamento de proteção individual torna-se obrigatória durante todo atendimento/procedimento. Os equipamentos de proteção individuais e coletivos são considerados elementos de contenção primária ou barreiras primárias. E podem reduzir ou eliminar a exposição da equipe, de outras pessoas e do meio ambiente aos agentes potencialmente perigosos. 3.1 Luvas As luvas devem ser utilizadas para prevenir a contaminação da pele, das mãos e antebraços com material biológico, durante a prestação de cuidados e na manipulação de instrumentos e superfícies. Deve ser usado um par de luvas exclusivo por usuário, descartando-o após o uso. O uso das luvas não elimina a necessidade de lavar as mãos. A higienização das mãos (capítulo 2) deve ser realizada antes e depois do uso das luvas, uma vez que estas podem apresentar pequenos defeitos, não aparentes ou serem rasgadas durante o uso, provocando contaminação das mãos durante a sua remoção. Além disso, os micro-organismos multiplicam-se rapidamente em ambientes úmidos TIPOS DE LUVAS INDICAÇÃO DE USO Luvas de látex Contato com membranas mucosas, lesões e em procedimentosque não requeiram o uso de luvas estéreis. Luvas de látex estéril Procedimentos cirúrgicos. Luvas de vinil Não contém látex, são transparentes e sem amido, por isso antialérgica. Luvas de borracha Para serviços gerais, tais como processos de limpeza de instrumentos e descontaminação; ● Essas luvas podem ser descontaminadas por imersão em solução de hipoclorito a 0,1% por 12h; ● Após lavar, enxaguar e secar para a reutilização; ● Devem ser descartadas quando apresentam qualquer evidência de deterioração. Luvas de borracha nitrílica São as mais resistentes que as luvas de borrachas. Devem ser utilizadas para o manuseio de ácidos minerais (HCl, HNO3, H2SO4), produtos caústicos (NaOH), e solventes orgânicos (tolueno, benzeno, hexano). TIPOS DE LUVAS INDICAÇÃO DE USO Luvas de cloreto de vinila (PVC) Manuseio de produtos químicos como ácidos, amoníacos, álcoois, cetonas e óleos. Luvas de fio de kevlar tricotado Manipulação de trabalhos com temperaturas até 250ºC. Notas: − Sempre verificar a integridade física das luvas antes de calçá-las; − Não lavar ou desinfetar luvas de procedimento ou cirúrgicas para reutilização. O processo de lavagem pode ocasionar dilatação dos poros e aumentar a permeabilidade da luva, além disso, agentes desinfetantes podem causar deterioração; − As luvas não devem ser utilizadas fora do local de trabalho (clínicas, consultórios, laboratórios e blocos cirúrgicos) a não ser para o transporte de materiais biológicos, químicos, estéreis ou de resíduos; − Nunca tocar objetos de uso comum ou que estão fora do campo de trabalho (caneta, fichas dos usuários, maçanetas, telefones) quando estiver de luvas e manuseando material biológico potencialmente contaminado ou substâncias químicas. 3.2 Máscaras EPI indicado para a proteção das vias respiratórias e mucosa oral durante a realização de procedimentos com produtos químicos e em que haja possibilidade de respingos ou aspiração de agentes patógenos eventualmente presentes no sangue e outros fluidos corpóreos. A máscara deve ser escolhida de modo a permitir proteção adequada. Portanto, use apenas máscara de tripla proteção e quando do atendimento de pacientes com infecção ativa, particularmente tuberculose, devem ser usadas máscaras especiais, tipo N95 (refere-se à capacidade para filtrar partículas maiores que 0,3μm com uma eficiência de 95%), N99 ou N100. Os profissionais que trabalham com amostras potencialmente contaminadas com agentes biológicos classe 3 (Mycobacterium tuberculosis ou Histoplasma capsulatum, por exemplo), devem utilizar máscaras com sistema de filtração que retenha no mínimo 95% das partículas menores que 0,3μm. TIPOS DE MÁSCARAS INDICAÇÃO DE USO Máscara de TNT (Tecido Não Tecido) Composta por grânulos de resina de polipropileno unidos por processo térmico. É um material inerte e que funciona como barreira contra passagem de micro-organismos. A eficiência de Retenção Bacteriana (EFB) é de 99,8%. Devem ser descartadas após o uso. Máscara N95 Para proteção das vias respiratórias em ambientes hospitalares contra presença de aerodispersóides e prevenção de disseminação de alguns agentes de transmissão por via respiratória, como o Mycobacterium tuberculosis, o vírus do Sarampo, e o vírus da H1N1/Gripe tipo A Máscara para inalação Mascara de inalação em polipropileno. Após sua utilização, lavar com água e sabão e ácido peracético a 1% em imersão em 15 min, enxaguar e secar. A exposição a material biológico (sangue ou outros líquidos orgânicos potencialmente contaminados) pode resultar em infecção por patógenos como o vírus da imunodeficiência humana e os vírus das hepatites B e C. Os acidentes ocorrem habitualmente através de ferimentos com agulhas, material ou instrumentos cortantes (acidentes perc utâneos); ou a partir do contato direto da mucosa ocular, nasal, oral e pele não íntegra com sangue ou materiais orgânicos contaminados. São, portanto, potencialmente preveníveis. Exposição ocupacional a material biológico: Contato de mucosas e pele não íntegra ou acidente percutâneo com sangue ou qualquer outro material biológico potencialmente infectante (sêmen, secreção vaginal, nasal e saliva, líquor, líquido sinovial, peritoneal, pericárdico e amniótico). As exposições ocupacionais podem ser: ✔ Exposições percutâneas: lesões provocadas por instrumentos perfurantes e/ou cortantes (agulhas, bisturi, vidrarias); ✔ Exposições em mucosas: respingos em olhos, nariz, boca e genitália; ✔ Exposições em pele não-íntegra: dermatites. Fatores de risco para ocorrência de infecção - A patogenicidade do agente infeccioso; - O volume e o material biológico envolvido; - A carga viral/bacteriana da fonte de infecção; - A forma de exposição; - A susceptibilidade do profissional de saúde. Fluidos biológicos de risco para determinadas patologias: Hepatite B e C: o sangue é o fluido corpóreo que contém a concentração mais alta do vírus da hepatite B (HBV) e é o veículo de transmissão mais importante em estabelecimentos de saúde. O HBsAg (antígeno de superfície da hepatite B) também é encontrado em vários outros fluidos corpóreos incluindo: sêmen, secreção vaginal, leite materno, líquido cefalorraquidiano, líquido sinovial, lavados nasofaríngeos, saliva. HIV: sangue, líquido orgânico contendo sangue visível e líquidos orgânicos potencialmente infectantes (sêmen, secreção vaginal, líquor e líquidos peritoneal, pleural, sinovial, pericárdico e amniótico). Materiais biológicos considerados potencialmente não-infectantes: Hepatite B e C: escarro, suor, lágrima, urina e vômitos, exceto se tiver sangue. HIV: fezes, secreção nasal, saliva, escarro, suor, lágrima, urina e vômitos, exceto se tiver sangue. Cuidados ao manusear material perfurocortante e biológico: - Ter máxima atenção durante a realização de procedimentos invasivos; - Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realização de procedimentos que envolvam material perfurocortante; - Nunca reencapar, entortar, quebrar ou desconectar a agulha da seringa; - Não utilizar agulhas para fixar papéis; - Descartar agulhas, scalps, lâminas de bisturi e vidrarias, mesmo que estéreis, em recipientes rígidos; - Utilizar os EPIs próprios para o procedimento; - Usar sapatos fechados de couro ou material sintético. Procedimentos recomendados pós-exposição a material biológico - Após exposição em pele íntegra, lavar o local com água e sabão ou solução antisséptica com detergente (PVPI, clorexidina) abundantemente. O contato com pele íntegra minimiza a situação de risco; - Nas exposições de mucosas, deve-se lavar exaustivamente com água ou solução salina fisiológica; - Se o acidente for percutâneo, lavar imediatamente o local com água e sabão ou solução antisséptica com detergente (PVPI, clorexidina). Não fazer espremedura do local ferido, pois favorece um aumento da área exposta; - Não devem ser realizados procedimentos que aumentem a área exposta, tais como cortes e injeções locais. A utilização de soluções irritantes (éter, hipoclorito de sódio) também está contra-indicada. Avaliação do acidente Deve ocorrer imediatamente após o fato e, inicialmente, basear-se em uma adequada anamnese, caracterização do paciente fonte, análise do risco, notificação do acidente e orientação de manejo e medidas de cuidado com o local exposto. A exposição ocupacional a material biológico deve ser avaliada quanto ao potencial de transmissão de HIV, HBV e HCV com base nos seguintes critérios: ✔ Tipo de exposição; ✔ Tipo e quantidade de fluido e tecido; ✔ Situação sorológica da fonte; ✔ Situação sorológica do acidentado; ✔ Susceptibilidade do profissional exposto. ACONDICIONAMENTO E TRATAMENTO GRUPO A Os resíduos do Grupo A, ou de risco biológico são embalados em sacos para autoclavação ou, se não necessitarem de tratamento prévio, em sacos plásticos, de cor branca, apresentando o símbolo internacional de risco biológico. Utilizar até 2/3 da capacidade máxima do saco, para poder oferecer mais espaço para o fechamento adequado e, assim, maiorsegurança. Fechar bem os sacos, de forma a não permitir o derramamento de seu conteúdo. Uma vez fechados, precisam ser mantidos íntegros até o processamento ou destinação final do resíduo. Não se admite abertura ou rompimento de saco contendo resíduo com risco biológico sem prévio tratamento. Todos os contentores (lixeiras) para resíduos devem possuir tampas e serem lavados pelo menos uma vez por semana ou sempre que houver vazamento do saco contendo resíduos. GRUPO B Resíduos Químicos sendo que alguns resíduos não precisam ser segregados e acondicionados, pois, podem ser descartados sem oferecer perigo ao meio ambiente. Os resíduos ácidos ou básicos, após serem neutralizados para valores de pH entre 6 e 8 devem ser diluídos, podendo ser descartados na pia, exceto os que contém fluoreto e metais pesados. Para coleta e armazenamento de resíduos químicos produzidos em laboratórios é necessário dispor de recipientes de tipos e tamanhos adequados. Os recipientes coletores devem ser de material estável e com tampas que permitam boa vedação. Tais recipientes além de apresentarem rótulos com caracterização detalhada de seu conteúdo (MERCK, 1996), devem ser classificados conforme descrito. GRUPO C Os rejeitos radioativos devem ser segregados de acordo com a natureza física do material e do radionuclídeo presente, e o tempo necessário para atingir o limite de eliminação, em conformidade com a norma NE – 6.05 da CNEN. Os rejeitos radioativos não podem ser considerados resíduos até que seja decorrido o tempo de decaimento necessário ao atingimento do limite de eliminação. Os rejeitos radioativos sólidos devem ser acondicionados em recipientes de material rígido, forrados internamente com saco plástico resistente e identificados conforme o item 2.2 . Os rejeitos radioativos líquidos devem ser acondicionados em frascos de até dois litros ou em bombonas de material compatível com o líquido armazenado, sempre que possível de plástico, resistentes, rígidos e estanques, com tampa rosqueada, vedante, acomodados em bandejas de material inquebrável e com profundidade suficiente para conter, com a devida margem de segurança, o volume total do rejeito, e identificados. GRUPO D Os residuos domiciliares devem ser acondicionados de acordo com as orientações dos serviços locais de limpeza urbana, utilizando-se sacos impermeáveis, contidos em recipientes identificados. Para os resíduos do Grupo D, destinados à reciclagem ou reutilização, foi adotada a seguinte identificação: I - verde – resíduos recicláveis; II - marrom – resíduos não recicláveis. Para outras formas de segregação, acondicionamento dos resíduos e identificação dos recipientes consultar o PGRSS. GRUPO E Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no local de sua geração, imediatamente após o uso ou necessidade de descarte, em recipientes rígidos, resistentes à punctura, ruptura e vazamento, com tampa, identificados com símbolo internacional de risco biológico, acrescido da inscrição de “PERFUROCORTANTE”, sendo expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu reaproveitamento. As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as seringas, quando descartáveis, sendo proibido encapá-las, se necessária a sua retirada manualmente utilizando uma pinça. ATIVIDADE 1: (3 PONTOS) QUESTÃO 01 Qual das seguintes doenças é causada por uma bactéria? a) Gripe b) Sarampo c) Tuberculose d) Herpes QUESTÃO 02 Qual das seguintes bactérias é responsável por causar úlceras estomacais? a) Escherichia coli b) Streptococcus pneumoniae c) Helicobacter pylori d) Bacillus anthracis QUESTÃO 03 Qual das seguintes estruturas celulares é encontrada apenas em células bacterianas? a) Membrana celular b) Núcleo c) Mitocôndria d) Parede celular QUESTÃO 04 Qual é a função principal da cápsula bacteriana? a) Ajudar a bactéria a se mover b) Proteger a bactéria contra o sistema imunológico do hospedeiro c) Produzir energia para a célula d) Sintetizar proteínas QUESTÃO 05 Qual é o nome do processo pelo qual as bactérias podem trocar material genético? a) Transformação b) Transdução c) Conjugação d) Mutação QUESTÃO 06 Qual é o nome do processo pelo qual as bactérias podem crescer e se reproduzir rapidamente em um meio de cultura? a) Fotossíntese b) Quimiossíntese c) Fermentação d) Multiplicação QUESTÃO 07 Qual é o nome da bactéria responsável pela maioria dos casos de intoxicação alimentar? a) Escherichia coli b) Listeria monocytogenes c) Salmonella enteritidis d) Campylobacter jejuni QUESTÃO 08 Qual é o nome da bactéria responsável pela acne? a) Staphylococcus aureus b) Propionibacterium acnes c) Streptococcus pyogenes d) Neisseria gonorrhoeae QUESTÃO 09 Qual é o nome da bactéria que causa uma pneumonia? a) Streptococcus pneumoniae b) Mycobacterium tuberculosis c) Clostridium difficile d) Legionella pneumophila QUESTÃO 10 Qual é o nome da bactéria que é responsável pela sífilis? a) Treponema pallidum b) Haemophilus influenzae c) Bordetella pertussis d) Corynebacterium diphtheriae 11. Na microbiologia, estudamos microrganismos de diferentes Reinos Biológicos. Cite o Reino e o(s) elemento(s) que será(ão) estudado(s) nesta disciplina: 12. Coloque a definição dos seguintes: Autótrofo: Heterótrofo: Aeróbio (aeróbico): Anaeróbio (anaeróbico): ATIVIDADADE 2: (3 PONTOS) 1. Sobre a influenza ou gripe, é correto afirmar: A) A gripe é causada pelo vírus Influenza, que são vírus de RNA fita simples, da família Orthomyxoviridae, apresentando apenas o subtipo A como clinicamente importante. B) Apresenta-se com início abrupto com febre, cefaléia, mialgia e tosse seca, evoluindo para uma pneumonia, por isso apresenta altas taxas de morte por ano no Brasil. C) O modo mais comum de transmissão da gripe é a direta (pessoa a pessoa), por meio de gotículas expelidas pelo indivíduo infectado ao falar, tossir e espirrar. D) O modo indireto de transmissão da gripe não ocorre, sendo exclusivamente pelo contato direto com o indivíduo infectado. E) Existem medidas de profilaxia e tratamento para a gripe, entretanto a melhor estratégia para a prevenção da doença seria a vacinação, que ainda não ocorre no Brasil 2.Equipamentos de segurança são considerados como barreiras primárias de contenção e, juntamente com as medidas de precaução-padrão, visam à proteção dos indivíduos e dos ambientes de trabalho, sendo classificados como equipamentos de proteção individual (EPIs) e coletiva (EPCs). Assinale a alternativa correta onde todos os elementos são EPIs. A) jaleco; luvas; lava-olhos; óculos de proteção B) protetor auricular; jaleco; luvas; extintor de incêndio C) capela; jaleco; luvas; óculos de proteção D) chuveiro; lava-olhos; capela; extintor de incêndio E) touca; protetor auricular; óculos de proteção; máscara facial 3.Considerando a classificação correta dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), assinale a alternativa correta. A) Os resíduos do grupo A correspondem aos resíduos químicos. B) Os resíduos do grupo B são divididos nos seguintes subgrupos B1, B2, B3, B4 e B5. C) Os resíduos do grupo D oferecem risco radioativo, porque possuem radionuclídeos em quantidades acima dos limites aceitáveis segundo as normas da CNEN. D) Os resíduos do grupo C correspondem aos resíduos domésticos, portanto não oferecem risco à saúde humana. E) Os resíduos do grupo E correspondem aos resíduos perfurocortantes ou escarificantes e podem oferecer risco biológico, se contaminados com possíveis agentes patogênicos. 4.No intuito de bloquear a transmissão de microrganismos para evitar a contaminação do profissional, do paciente e do ambiente de trabalho, se faz necessário utilizar algumas medidas de precaução padrão (MPPs). Cite algumas dessas medidas que você, como futuro (a) profissional da saúde, precisa adotar na sua prática profissional. ATIVIDADE 3: (3 PONTOS) 1. Quais são os principais modos de transmissão do HIV e das hepatites B e C? Como os técnicos em enfermagem podem minimizar o risco de transmissão dessas doenças durante o atendimento aospacientes? 2. Quais são os protocolos recomendados para o manejo de acidentes com perfuro cortantes? Quais são as etapas que os técnicos em enfermagem devem seguir imediatamente após um acidente desse tipo? 3. Explique a importância da profilaxia pós-exposição (PEP) para HIV e hepatites após um acidente com perfuro cortante. Quais são os medicamentos recomendados e por quanto tempo a PEP deve ser administrada? 4. Quais são os fatores de risco associados à transmissão de HIV e hepatites entre profissionais de saúde? Como os técnicos em enfermagem podem proteger-se e reduzir o risco de exposição a essas doenças no ambiente de trabalho? 5. Discuta as medidas de controle de infecções específicas para pacientes com HIV ou hepatites em ambientes de saúde. Quais são as precauções adicionais que os técnicos em enfermagem devem adotar ao cuidar desses pacientes? 6. Quais são os sintomas comuns de infecção aguda pelo HIV e hepatites? Como os técnicos em enfermagem podem reconhecer esses sintomas e encaminhar os pacientes para avaliação médica adequada? 7. Discuta as implicações éticas e legais do compartilhamento de informações sobre o status sorológico de pacientes com HIV e hepatites. Como os técnicos em enfermagem devem garantir a confidencialidade e o respeito aos direitos dos pacientes?