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Bioética Prof. Mateus Salvadori Aluno: Juliane Rodrigues TDE Nº I Essência e Existência Morte e o pensamento filosófico Morte, do latim “mors” ou “óbtu”, quando falamos na morte logo nos remete ao cessamento das atividades biológicas do ser humano, remonta o bem jurídico tutelado mais importante, à ideia de bem existencial, indispensável ao desenvolvimento social, a vida, pois entender a morte também significa entender a vida. Tenho buscado a compreensão contemporânea, discutidas nos meios médicos e filosóficos, da morte como algo-em-si, de forma “metafísico” (SCHOPENHAUER, 2001) ou “transcendental” (KANT, 2001), com seus desdobramentos culturais, políticos e, principalmente, econômicos numa questão social, ou, ilustradas em obras de arte como podemos observar abaixo, pintada por James Ensor na obra, Morte perseguindo o rebanho humano (1860-1949, Bélgica). Usando a abordagem de Heidegger, a morte não se consiste, simplesmente a um aspecto finalista ou de um fim trágico, possuindo em sua concepção um alcance mais abrangente, uma análise ontológica, que busca uma investigação acerca da relação de abertura do ser do homem, com um “Ser”, tratada assim como fenômeno humano. O homem em sua constituição primordial de ser um “Ser” para a morte, devido sua existência para o mundo ou para um plano. Já Jean Paul Sartre, em uma crítica ao cristianismo diz: que a morte é um fenômeno individual, ou seja, outra pessoa não pode experimentar em meu lugar, contudo, não sabemos a hora de nossa morte, metamorfoseando-a em “morte esperada”. Sartre diz que a morte é: “nadificação de todas as minhas possibilidades, nadificação essa que já não mais faz parte de minhas possibilidades” (SARTRE, 1997, p.658). Ou seja, o homem é condicionalmente livre, quando ele nasce ele não é nada, e ele retorna ao nada quando morre. Para o filósofo o homem é somente o que ele consegue ser ou fazer em sua existência, o que ele consegue fazer de sim mesmo. image1.png image2.jpg