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Regência verbal e nominal
A regência é responsável pelo processo sintático em que uma palavra determinante subordina uma palavra determinada. A regência pode ser de dois tipos: verbal e nominal. Na regência verbal, o verbo é o termo regente, enquanto os objetos diretos ou indiretos cumprem a função de termos regidos. Na regência nominal, o termo regente é um nome, isto é, um substantivo, um adjetivo ou um advérbio, que sempre será acompanhado por uma preposição, cuja função é intermediar a relação entre o nome e seus complementos.
Ao contrário da regência verbal, que demanda análise sobre a transitividade dos verbos para que assim seja determinado o tipo de dependência de seus complementos (objetos diretos, indiretos ou diretos e indiretos), a regência nominal preestabelece as preposições que devem acompanhar os nomes. Conhecer a regência correta, isto é, a regência que segue os preceitos da gramática normativa, ajusta a modalidade escrita e a modalidade oral à norma-padrão, registro da língua utilizado em contextos nos quais a comunicação acontece de maneira formal.
O complemento nominal pode ser um substantivo, um pronome, um numeral, uma palavra substantivada ou, ainda, uma expressão substantivada. No caso da regência nominal, é desejável que você conheça/memorize a lista de nomes e as preposições que mais comumente eles exigem. Essas preposições são invariáveis, portanto, sempre que houver dúvidas, consulte-nos ou consulte um manual sobre regência nominal. Veja alguns exemplos mais usuais na fala e na escrita. Boa leitura e bons estudos!
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Substantivos:
Admiração a/por
Devoção a/ para/ com/ por
Aversão a/para/por
Doutor em
Obediência a
Atentado a/contra
Bacharel em
Horror a
Proeminência sobre
Medo de
Respeito a/ com/ para com/ por
Capacidade de/ para
Impaciência com
Adjetivos:
Necessário a
Acostumado a/com
Nocivo a
Agradável a
Equivalente a
Acessível a
Entendido em
Escasso de
Paralelo a
Alheio a, de
Essencial a, para
Passível de
Análogo a
Fácil de
Preferível a
Ansioso de/ para/ por
Fanático por
Prejudicial a
Apto a, para
Favorável a
Prestes a
Ávido de
Generoso com
Propício a
Benéfico a
Grato a/ por
Próximo a
Capaz de/ para
Hábil em
Relacionado com
Compatível com
Habituado a
Relativo a
Contemporâneo a/ de
Idêntico a
Satisfeito com/ de/ em/ por
Contíguo a
Impróprio para
Semelhante a
Contrário a
Indeciso em
Sensível a
Descontente com
Insensível a
Desejoso de
Liberal com
Suspeito de
Diferente de
Natural de
Vazio de
Advérbios:
Longe de
Perto de
Obs.: Os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados:
Paralela a; paralelamente a
Relativa a; relativamente a
Regência verbal
Chamamos de regência verbal a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). Os verbos podem ser intransitivos e transitivos.
Os verbos intransitivos não exigem complemento. Isso acontece porque são verbos que fazem sentido por si só, ou seja, possuem sentido completo. Em alguns casos, eles são acompanhados por adjuntos adverbiais, elementos que não podem ser considerados como objetos. O adjunto adverbial é um termo acessório da oração cuja função é modificar um verbo, um adjetivo ou um advérbio, indicando uma circunstância (tempo, lugar, modo, intensidade etc.). Sendo um termo acessório, pode ser retirado da frase sem alterar sua estrutura sintática. Veja alguns exemplos:
Choveu muito ontem.
↓             ↓     
                                          verbo impessoal    adjunto adverbial de intensidade e de tempo        
(intransitivo)                                  
Chegamos no voo das onze horas.
↓                       ↓          
                verbo intransitivo           adjunto adverbial de meio e de tempo
 Verbos transitivos diretos
Chamamos de verbos transitivos aqueles que precisam de um complemento, uma vez que não possuem sentido quando sozinhos. Eles podem ser transitivos diretos e indiretos. Os transitivos diretos são acompanhados por objetos diretos e não exigem preposição para o correto estabelecimento da relação de regência. Veja os exemplos:
Quero bolo!
 ↓        ↓
verbo transitivo direto   objeto direto            
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Amo aquele rapaz.
↓           ↓       
verbo transitivo direto      objeto direto                     
Para facilitar o reconhecimento dos verbos transitivos diretos, você poderá fazer algumas perguntas para eles (quero o quê/quero quem? Amo o quê/amo quem?). As respostas serão os objetos diretos.
Verbos transitivos indiretos
Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos, isto é, exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência. Veja:
preposição 'de' + artigo 'a' = da
       ↑
Gostamos da prova.
   ↓               ↓
verbo transitivo indireto       objeto indireto            
Outro exemplo:
preposição + artigo = às
↑
Respondi às questões.
↓                ↓ 
verbo transitivo indireto       objeto indireto               
Você também pode fazer perguntas para o verbo para assim identificar se ele é ou não transitivo indireto (gostaram de quê/gostaram de quem? Respondeu a quê/respondeu a quem?). Note que, ao fazer a pergunta com o uso de uma preposição, o objeto responderá também com uma preposição (gostamos da prova/ respondi às questões).
Verbos transitivos diretos e indiretos
Antigamente, os verbos transitivos diretos e indiretos eram chamados de bitransitivos. Essa nomenclatura, entretanto, não é mais utilizada. São verbos acompanhados de um objeto direto e um objeto indireto. Observe:
a (preposição) + os = aos                  
↑                 
Agradeço aos ouvintes a audiência.
↓                 ↓               ↓ 
verbo transitivo direto e indireto    Objeto indireto    objeto direto ('a' é artigo)           
Quem agradece, agradece a alguém algo.
Outro exemplo:
    preposição + artigo = à
      ↑
Entreguei a flor à professora.
 ↓            ↓            ↓    
   verbo transitivo direto e indireto   Objeto direto   objeto indireto 
1. Assistir
a) com o sentido de ver exige preposição:
Que tal assistirmos ao filme?
b) com o sentido de dar assistência não exige preposição:
Sempre assistiu pessoas mais velhas.
c) com o sentido de pertencer exige preposição:
Assiste aos prejudicados o direito de indenização.
No último quadrinho Calvin fala corretamente "assistir ao vídeo"
2. Chegar
O verbo chegar é regido pela preposição “a”:
Chegamos ao local indicado no mapa.
Essa é a forma padrão. No entanto, é comum observarmos o uso da preposição “em” nas conversas informais, cujo estilo é coloquial: Chegamos no local indicado no mapa.
3. Custar
a) com o sentido de ser custoso exige preposição:
Aquela decisão custou ao filho.
b) com o sentido de valor não exige preposição:
Aquela casa custou caro.
4. Obedecer
O verbo obedecer é transitivo indireto, logo, exige preposição:
Obedeça ao pai!
Na linguagem informal, entretanto, ele é usado como verbo transitivo direto: Obedeça o pai!
5. Proceder
a) com o sentido de fundamento é verbo intransitivo:
Essa sua desconfiança não procede.
b) com o sentido de origem exige preposição:
Essa sua desconfiança procede de situações passadas.
6. Visar
a) com o sentido de objetivo exige preposição:
Visamos ao sucesso.
Na variante coloquial, encontramos o verbo sendo utilizado sem preposição, ou seja, como verbo transitivo direto: Visamos o sucesso.
b) com o sentido de mirar não exige preposição:
O policial visou o bandido à distância.
7. Esquecer
O verbo esquecer é transitivo direto, logo não exige preposição:
Esqueci o meu material.
No entanto, na forma pronominal, deve ser usado com preposição: Esqueci-me do meu material.
8. Querer
a) com o sentido de desejar não exige preposição:
Quero ficar aqui.
b) com o sentido de estimar exige preposição:
Queria muito aos seus amigos.
9. Aspirar
a) com o sentido de respirar ou absorver não exige preposição:
Aspirou todo o escritório.
b) com osentido de pretender exige preposição:
Aspirou ao cargo de ministro.
10. Informar
O verbo é transitivo direto e indireto, assim ele exige um complemento sem e outro com preposição:
Informei o acontecimento aos professores.
11. Ir
O verbo ir é regido pela preposição “a”:
Vou à biblioteca.
12. Implicar
a) com o sentido de consequência, o verbo implicar é transitivo direto, logo não exige preposição:
O seu pedido implicará um novo orçamento.
b) com o sentido de embirrar, é transitivo indireto, logo exige preposição:
Implica com tudo!
13. Morar
O verbo morar é regido pela preposição “em”:
Mora no fim da rua.
14. Namorar
O verbo namorar é transitivo direto, apesar de as pessoas o usarem sempre seguido de preposição:
Namorou Maria durante anos.
"Namorou com Maria durante anos" não é gramaticalmente aceito.
15. Preferir
O verbo preferir é transitivo direto e indireto. Assim:
Prefiro carne a peixe.
16. Simpatizar
O verbo simpatizar é transitivo indireto e exige a preposição "com":
Simpatiza com os mais velhinhos.
17. Chamar
a) com o sentido de convocar não exige complemento com preposição:
Chama o Pedro!
b) com o sentido de apelidar exige complementos com e sem preposição:
Chamou ao João de Mauricinho.
Chamou João de Mauricinho.
Chamou ao João Mauricinho.
Chamou João Mauricinho.
18. Pagar
a) quando informamos o que pagamos o complemento não tem preposição:
Paga o sorvete?
b) quando informamos a quem pagamos o complemento exige preposição:
Paga o sorvete ao dono do bar.
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