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citação do documento ou use este espaço 
para enfatizar um ponto-chave. Para colocar 
essa caixa de texto em qualquer lugar na 
página, basta arrastá-la.] 
 
 
 
@PREPARAESTUDOS 
 
 
APOSTILA 
AUXILIAR DE EDUCAÇÃO INTANTIL 
 
Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes 
 
 
 
CONTEÚDOS 
 
1 - Língua Portuguesa (89 páginas) 
2 - Estatuto do Servidor Público de Jaboatão (96 páginas) 
3 - Matemática e Raciocínio lógico - Teoria + Exercícios comentados 
(182 páginas) 
4 - Conhecimentos específicos (90 páginas) 
 
 
 
2024 
 
 
 
 
 
 
@preparaestudos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIVULGAR, COPIAR OU COMPARTILHAR 
MATERIAL DIGITAL É CRIME, CONFORME 
ESTIPULADO PELA LEI N°9.610, DE 19 DE 
FEVEREIRO DE 1998, QUE PROTEGE OS DIREITOS 
AUTORAIS. 
 
 
 
 
 
Língua Portuguesa 
Compreensão e interpretação de textos de 
gêneros variados 
A compreensão e a interpretação de textos são 
essenciais para uma comunicação eficaz. É 
importante diferenciar esses dois conceitos, 
lembrando que um texto pode ser tanto verbal quanto 
não-verbal, desde que possua um significado 
completo. 
Compreender significa ser capaz de entender o texto 
e a intenção por trás dele, decifrando a mensagem 
explícita. Somente após a compreensão é que se pode 
passar para a interpretação, que envolve fazer 
inferências baseadas no conteúdo do texto, 
ultrapassando o que está explicitamente escrito ou 
mostrado. Esta é uma atividade subjetiva, 
influenciada pelo conhecimento prévio e pelas 
experiências do leitor. Para compreender e 
interpretar um texto de maneira adequada, é 
necessário decodificar os elementos linguísticos e/ou 
visuais, como identificar figuras de linguagem, 
entender o significado de conjunções e preposições, 
e reconhecer expressões, gestos e cores em imagens. 
Dicas práticas: 
Resuma o conteúdo e os argumentos de cada 
parágrafo, seguindo o raciocínio do texto. Adicione 
também suas próprias reflexões e inferências às 
anotações, se possível. Mantenha um dicionário ou 
uma ferramenta de busca disponível para esclarecer 
o significado de palavras desconhecidas. Preste 
atenção aos detalhes fornecidos pelo texto, como 
dados, fontes de referência e datas. Sublinhe 
informações importantes e distinga fatos de opiniões. 
Observe o enunciado das questões: questões de 
compreensão geralmente começam com expressões 
como "o autor afirma/sugere que...", enquanto 
questões de interpretação podem incluir "conclui-se 
do texto que...", "o texto permite deduzir que...", 
entre outras. 
 
Tipos de leitura: 
Os tipos de leitura variam, mas alguns autores 
identificam quatro principais: 
- Pré-leitura ou leitura de reconhecimento: Fase 
inicial que permite selecionar documentos ou obras 
relevantes e obter uma visão geral do tema. 
Pré-leitura 
É fundamental reconhecer que cada leitor, mesmo 
que muitos leiam o mesmo texto, terá uma 
interpretação individualizada devido às suas 
experiências de vida, conhecimentos e formação 
cultural únicos. Portanto, cada pessoa terá uma 
compreensão distinta do texto, embora o conteúdo 
assimilado permaneça dentro do mesmo contexto. 
Isso leva a críticas em relação aos professores que 
pedem aos alunos para interpretar textos com 
perguntas como "o que o autor quis dizer?" Essa 
crítica decorre do fato de que a interpretação é 
singular e específica para cada leitor. Contudo, isso 
não significa que cada um possa interpretar o texto 
de qualquer maneira, já que o autor possui uma 
intenção ao escrever, e as percepções para construir 
o sentido da história são individuais. 
Baltar et al. (2011, p. 128) justificam essa ideia ao 
afirmar que “os textos serão lidos de forma singular 
pelos diferentes leitores em diferentes momentos 
históricos, mas isso não autoriza cada leitor a dar ao 
texto uma interpretação tão particular a ponto de 
desvirtuar o que está escrito, ou distorcer seu 
conteúdo.” 
Assim, as dicas de pré-leitura a seguir visam ajudar 
a construir um sentido do texto sem fugir da proposta 
do autor, já que essa interpretação individualizada 
não deve se desviar da temática abordada pelo 
autor. 
Uma das etapas da leitura começa antes mesmo de 
iniciar o texto propriamente dito, ela começa com a 
pré-leitura! A seguir, você verá quais pontos deve 
observar antes de iniciar a leitura de um texto, o 
prepara estudos explica; 
Estrutura 
A estrutura do texto indica como ele foi elaborado e 
já dá indícios da intenção do autor. Por exemplo, uma 
tirinha terá linguagem verbal e não-verbal; um artigo 
acadêmico terá características específicas e será 
extenso; um resumo representará as ideias de outro 
texto. Identificar essa estrutura ajuda na pré-leitura 
necessária. 
Além disso, é importante identificar o gênero textual 
que será lido. Um romance terá uma narrativa longa 
e pode ser ficcional ou baseado em fatos reais; uma 
notícia informará sobre eventos cotidianos; uma 
tirinha criticará algo relacionado à realidade humana; 
um artigo de opinião expressará as crenças ou 
pensamentos do autor, entre outros. Portanto, ao 
identificar a estrutura do texto, é possível ter uma 
ideia do tipo de leitura e reflexão necessárias para 
compreender o texto. 
Linguagem 
O segundo passo importante na pré-leitura é 
identificar a linguagem utilizada. Reflita sobre 
algumas questões: 
Qual é o idioma do texto? 
Existem palavras destacadas em negrito, itálico, 
sublinhado ou como hiperlink? 
As palavras destacadas no texto têm relevância na 
construção do sentido. A intenção do autor ao 
destacá-las é chamar a atenção do leitor para algo 
específico. Geralmente, essas palavras representam 
conceitos-chave que enfatizam a temática do texto e 
direcionam a leitura para um caminho específico. Ao 
perceber essas palavras, analise se elas têm relação 
com o título e as imagens (quando presentes), pois 
essa relação determina a intencionalidade do autor 
com o assunto tratado no texto. 
Imagens 
Se o texto contém imagens, elas estão relacionadas 
ao título? A análise do contexto das imagens em 
relação ao título do texto pode fornecer uma ideia do 
que será abordado. Além disso, é importante 
observar o subtítulo das imagens, pois essa 
descrição, junto ao conteúdo da imagem e ao título, 
ajuda a ter uma percepção prévia do tema tratado no 
texto. 
Autor 
Conhecer quem escreveu o texto é crucial para 
compreender o conteúdo. Saber o estilo de escrita, os 
gêneros que o autor mais utiliza e suas crenças ou 
posicionamentos ajudam na leitura prévia do texto. 
Isso pode indicar a linguagem utilizada, se haverá 
gírias ou expressões específicas, entre outros 
aspectos importantes para a compreensão. 
Linguagem Literal e Não Literal 
Identificar se o texto contém apenas linguagem 
literal ou não é determinante para interpretá-lo. 
Alguns gêneros textuais usam linguagem não literal 
para fazer o leitor refletir sobre algo que não está 
explicitamente escrito. Saber identificar qual tipo de 
linguagem o autor utiliza é importante para a leitura. 
Em resumo, a pré-leitura é essencial para 
compreender um texto de forma mais completa, 
considerando sua estrutura, linguagem, imagens e 
autor, e distinguindo entre linguagem literal e não 
literal. Isso contribui para uma interpretação mais 
ampla e precisa do conteúdo. 
- Leitura seletiva: Busca por informações 
específicas, selecionando o material relevante para a 
pesquisa. 
A leitura seletiva é uma técnica de leitura focada em 
identificar e extrair informações específicas de um 
texto, em vez de ler todo o conteúdo de forma linear. 
É especialmente útil quando se tem pouco tempo 
disponível ou quando se está buscando informações 
específicas para uma pesquisa ou estudo. 
O Que é Leitura Seletiva? 
Foco em Objetivos: A leitura seletiva envolve ter 
objetivos claros ao iniciar a leitura, como encontrar 
respostas para perguntasespecíficas, obter dados 
relevantes ou identificar ideias-chave. 
Identificação de Informações: Em vez de ler um 
texto do início ao fim, o leitor identifica seções 
relevantes, como títulos, subtítulos, palavras-chave, 
e pula partes menos importantes. 
Estratégias de Leitura Rápida: O leitor pode usar 
técnicas como escanear o texto em busca de 
palavras-chave, ler apenas os primeiros e últimos 
parágrafos de cada seção, e focar em gráficos, tabelas 
ou citações. 
Quando Usar a Leitura Seletiva? 
Pesquisa Acadêmica: Ao revisar várias fontes para 
um projeto de pesquisa, a leitura seletiva ajuda a 
encontrar informações relevantes de forma mais 
eficiente. 
Estudo para Provas: Para revisar material extenso 
antes de uma prova, a leitura seletiva permite revisar 
conceitos-chave e detalhes importantes rapidamente. 
Leitura de Notícias e Artigos: Em um ambiente de 
informações rápidas, a leitura seletiva ajuda a 
capturar os pontos principais de notícias e artigos 
sem gastar muito tempo. 
Estratégias para Leitura Seletiva 
Defina Objetivos: Saiba o que você está procurando 
antes de começar a ler, como definições, exemplos, 
dados estatísticos, etc. 
Escaneamento Inicial: Dê uma rápida olhada no 
texto para identificar títulos, subtítulos, palavras-
chave em negrito ou destacadas. 
Leitura Superficial: Leia os primeiros e últimos 
parágrafos de cada seção para ter uma ideia geral do 
conteúdo. 
Destaque e Anotações: Realce informações 
importantes ou faça anotações sobre pontos-chave 
enquanto lê. 
Revisão Final: Depois de identificar as informações 
relevantes, revise rapidamente para garantir que você 
capturou todos os pontos necessários. 
Vantagens da Leitura Seletiva 
Economiza Tempo: É eficiente para obter 
informações rapidamente, útil em situações onde o 
tempo é limitado. 
Foco em Pontos-chave: Ajuda a concentrar-se nos 
pontos essenciais de um texto, evitando distrações. 
Facilita a Compreensão: Destacar informações 
importantes durante a leitura seletiva ajuda na 
compreensão do conteúdo. 
Melhora a Produtividade: Ao ser capaz de extrair 
informações relevantes de forma rápida, aumenta a 
produtividade em tarefas de leitura extensa. 
Dicas para Melhorar a Leitura Seletiva 
Prática Regular: Quanto mais você pratica a leitura 
seletiva, mais eficiente se torna em identificar 
informações importantes rapidamente. 
Use Recursos Visuais: Gráficos, tabelas e esquemas 
podem ser examinados rapidamente para capturar 
informações essenciais. 
Defina Prioridades: Ao definir seus objetivos de 
leitura, priorize as informações mais relevantes para 
seu propósito. 
Seja Flexível: Esteja aberto para ajustar sua 
abordagem de leitura seletiva conforme necessário, 
dependendo do tipo de texto e do objetivo da leitura. 
A leitura seletiva é uma habilidade valiosa em um 
mundo com grande quantidade de informações 
disponíveis, permitindo que os leitores extraiam 
rapidamente o conhecimento necessário para suas 
tarefas e objetivos específicos. 
- Leitura crítica ou reflexiva: Concentra-se 
nos aspectos mais importantes do texto, separando 
ideias secundárias da ideia central, exigindo análise, 
comparação e julgamento. 
A prática de leitura crítica não implica 
necessariamente em criticar tudo o que se lê ou em 
declarar que cada ideia ou texto é falho ou 
imperfeito. Assim como o pensamento crítico, ser 
"crítico" significa envolver-se ativamente com o 
conteúdo que está sendo lido, indagando a si mesmo 
questões como "Qual é a mensagem que o autor está 
tentando transmitir?" e "Qual é o principal 
argumento apresentado?". Além disso, a leitura 
crítica compreende a habilidade de interpretar o texto 
de forma significativa. 
A leitura crítica abrange a elaboração de um 
argumento embasado que avalia e analisa o que foi 
lido. Ser crítico, no contexto acadêmico, implica em 
expandir o entendimento e o conhecimento sobre o 
tema em questão. 
No ambiente acadêmico, ao se deparar com materiais 
de leitura, é importante considerar as interpretações 
e opiniões do autor. Diferentes autores naturalmente 
terão perspectivas distintas. Portanto, é essencial 
examinar cuidadosamente o conteúdo, buscando 
limitações, omissões, inconsistências e argumentos 
apresentados. 
Em círculos acadêmicos, espera-se que os estudantes 
compreendam diferentes pontos de vista e formem 
seus próprios julgamentos com base na leitura 
realizada. Isso vai além da simples aceitação do que 
está escrito no texto; envolve também uma reflexão 
sobre o seu significado e uma análise crítica dentro 
do contexto dos estudos. 
Como leitor crítico, é fundamental refletir 
sobre três aspectos principais: 
O conteúdo explícito do texto: ao fazer uma leitura 
crítica, é útil fazer anotações que expressem os 
pontos principais do texto com suas próprias 
palavras. 
O conteúdo implícito do texto: é importante 
garantir que se entendeu o texto o suficiente para ser 
capaz de relacioná-lo com exemplos pessoais e 
compará-lo com outros materiais sobre o mesmo 
assunto. 
A interpretação global do texto: ser capaz de 
analisar o texto como um todo, identificando seu 
estilo, estrutura, linguagem utilizada e conteúdo. 
O pensamento crítico, por sua vez, consiste em 
manter uma mente aberta, usar os conhecimentos 
adquiridos para analisar o que está sendo aprendido 
sem deixar que preconceitos ou opiniões pessoais 
interfiram na argumentação. Isso implica em ser 
racional, consciente de seus próprios sentimentos 
sobre o assunto e capaz de reorganizar pensamentos 
e conhecimentos para incorporar novas ideias e 
perspectivas. 
A leitura crítica e o pensamento crítico são 
fundamentos essenciais para um aprendizado 
autêntico e para o desenvolvimento pessoal. Para 
aprimorar a habilidade de leitura crítica, algumas 
estratégias úteis incluem a seleção criteriosa de 
materiais de leitura, a leitura dinâmica para 
identificar partes relevantes do texto e a revisão 
cuidadosa das anotações feitas durante a leitura. 
- Leitura interpretativa: Mais complexa, exige 
identificar as intenções do autor, relacionar suas 
afirmações com os problemas abordados e discernir 
entre verdade e falsidade. 
A interpretação requer paciência, e é por isso que 
reler é sempre recomendado, já que uma segunda 
leitura pode revelar aspectos inesperados que não 
foram percebidos inicialmente. Nem todos 
compartilham o entusiasmo pela leitura ou pela 
exploração de universos distintos e imaginativos. No 
entanto, a prática frequente da leitura contribui 
significativamente para a interpretação textual. 
De qualquer forma, é aconselhável desenvolver o 
hábito da leitura com materiais que despertem seu 
interesse e proporcionem prazer. A seguir, serão 
apresentadas algumas orientações para a 
interpretação de textos, mas é crucial prestar atenção 
para absorver o conteúdo adequadamente. Interpretar 
um texto pode representar um desafio, mas com o 
emprego de algumas técnicas e a prática regular, é 
possível aprimorar essa habilidade. Abaixo estão 
algumas sugestões para melhorar sua capacidade de 
interpretação: 
Tenha um dicionário próximo: 
Não há uma fórmula mágica para atingir a primeira 
etapa, que é a pré-compreensão. A chave é ter um 
bom hábito de leitura. Além de ler com frequência, é 
útil ter um dicionário por perto. Ao deparar-se com 
uma palavra desconhecida, anote-a e procure seu 
significado. Com o tempo, seu vocabulário se 
expandirá, e você não precisará consultar o 
dicionário com tanta frequência. 
Utilize paráfrases: 
Experimente reescrever partes do texto utilizando 
suas próprias palavras. Isso contribui para consolidar 
a compreensão e identificar os pontos essenciais. 
 
Faça revisões do texto: 
Mesmo após a primeira leitura, retorne ao texto. 
Destaque palavras ou passagens que não foram 
completamente compreendidas. A revisão auxilia na 
fixação das informações e na verificaçãose o 
conteúdo foi realmente entendido. 
Identifique a ideia principal: 
Procure determinar o tema central do texto. 
Questione-se: "Qual é a mensagem principal que o 
autor deseja transmitir?". 
Aprofunde-se na gramática e sintaxe: 
É fundamental ter conhecimento das regras 
gramaticais e da estrutura das frases para interpretar 
corretamente. Observe a pontuação, a concordância 
verbal e nominal, e a organização das ideias. 
Leia com atenção e sem pressa: 
Evite leituras apressadas. Reserve tempo para 
assimilar as informações e compreender o contexto. 
Considere o contexto: 
Leve em conta o ambiente em que o texto foi 
produzido. Quem é o autor? Qual é o propósito do 
texto? Isso ajuda a interpretar as intenções por trás 
das palavras. 
Lembre-se de que a interpretação é uma habilidade 
que se desenvolve com prática constante. Quanto 
mais você se exercitar, mais confiante ficará na 
compreensão de diferentes tipos de textos 
Análise do texto: 
A análise envolve dividir um texto em partes para 
facilitar a interpretação, podendo incluir: 
Análise textual: Focada no estilo, vocabulário, 
fatos, época e autor, destacando elementos 
importantes do texto. 
Análise temática: Identificação da ideia central, das 
ideias secundárias e dos processos de raciocínio do 
autor. 
Análise interpretativa: Demonstração das relações 
entre as ideias do autor dentro do contexto científico 
e filosófico, incluindo análise crítica e discussão do 
conteúdo. 
Além disso, a problematização (levantamento de 
problemas e discussão) e a síntese pessoal (reunião 
dos elementos do texto após reflexão) podem ser 
incluídas. 
Reconhecimento de tipos e gêneros 
textuais 
Narrativos: Contam uma história ou sequência de 
eventos, apresentando personagens, enredo, cenário 
e tempo. 
Exemplo de texto narrativo: 
Conto 
Precisa-se de um professor de língua javanesa. 
Cartas etc. Ora, disse cá comigo, está ali uma 
colocação que não terá muitos concorrentes; se eu 
capiscasse quatro palavras, ia apresentar-me. 
– E onde aprendeu o javanês? – indagou ele, com 
aquela teimosia peculiar aos velhos. 
Não contava com essa pergunta, mas imediatamente 
arquitetei uma mentira. Contei-lhe que meu pai era 
javanês. 
Fez-me morar em sua casa, enchia-me de presentes, 
aumentava-me o ordenado. Passava, enfim, uma vida 
regalada. 
Na rua, os informados apontavam-me, dizendo aos 
outros: “Lá vai o sujeito que sabe javanês.” Nas 
livrarias, os gramáticos consultavam-me sobre a 
colocação dos pronomes no tal jargão das ilhas de 
Sonda. Recebia cartas dos eruditos do interior, os 
jornais citavam o meu saber e recusei aceitar uma 
turma de alunos sequiosos de entenderem o tal 
javanês. A convite da redação, escrevi, no Jornal do 
Comércio, um artigo de quatro colunas sobre a 
literatura javanesa antiga e moderna… 
Fragmento do conto O homem que sabia javanês, de 
Lima Barreto. 
Romance 
Primeira Parte: Os Aventureiros 
De um dos cabeços da Serra dos Órgãos desliza um 
fio de água que se dirige para o norte, e engrossado 
com os mananciais que recebe no seu curso de dez 
léguas, torna-se rio caudal. 
É o Paquequer: saltando de cascata em cascata, 
enroscando-se como uma serpente, vai depois se 
espreguiçar na várzea e embeber no Paraíba, que rola 
majestosamente em seu vasto leito. 
Dir-se-ia que, vassalo e tributário desse rei das águas, 
o pequeno rio, altivo e sobranceiro contra os 
rochedos, curva-se humildemente aos pés do 
suserano. Perde então a beleza selvática; suas ondas 
são calmas e serenas como as de um lago, e não se 
revoltam contra os barcos e as canoas que resvalam 
sobre elas: escravo submisso, sofre o látego do 
senhor. 
Não é neste lugar que ele deve ser visto; sim três ou 
quatro léguas acima de sua foz, onde é livre ainda, 
como o filho indômito desta pátria da liberdade. 
Fragmento de O Guarani, de José de Alencar. 
Epopeia (ou poema épico) 
Canta-me, ó deusa, do Peleio Aquiles 
A ira tenaz, que, lutuosa aos Gregos, 
Verdes no Orco lançou mil fortes almas, 
Corpos de heróis a cães e abutres pasto: 
Lei foi de Jove, em rixa ao discordarem 
O de homens chefe e o Mirmidon divino. 
Nume há que os malquistasse? O que o Supremo 
Teve em Latona. Infenso um letal morbo 
No campo ateia; o povo perecia, 
Só porque o rei desacatara a Crises. 
Com ricos dons remir viera a filha 
Aos alados baixéis, nas mãos o cetro 
E a do certeiro Apolo ínfula sacra. 
Ora e aos irmãos potentes mais se humilha: 
“Atridas, vós Aqueus de fina greva, 
Raso o muro Priâmeo, assim regresso 
Vos deem feliz do Olimpo os moradores! 
Peço a minha Criseida, eis seu resgate; 
Reverentes à prole do Tonante, 
Ao Longe-vibrador, soltai-me a filha”. 
Que, aceito o preço esplêndido, se acate 
O sacerdote murmuraram todos. 
Início do “Canto I”, da Ilíada, de Homero, com 
tradução de Manoel Odorico Mendes (1799-1864). 
Lenda 
Lenda da Cuca 
A cuca é uma personagem do folclore brasileiro que 
ficou muito conhecida como a figura de uma velha 
senhora com corpo de réptil. 
Na verdade, trata-se de uma feiticeira com poderes 
de encantar e raptar crianças, como vemos na cantiga 
popular “Nana Neném”: 
Nana, neném 
Que a cuca vem pegar 
Papai foi na roça 
Mamãe foi trabalhar 
A origem do mito nasceu em Portugal com a 
personagem coca, uma criatura sem forma que 
assusta as crianças desobedientes. 
No Brasil, essa lenda ganhou projeção ao integrar as 
histórias do Sítio do Pica Pau Amarelo, obra literária 
de Monteiro Lobato que tem 23 volumes, escritos 
entre 1920 e 1947. 
Mito 
Caixa de Pandora (mito grego) 
A caixa de Pandora é uma história que surge como 
continuação do mito de Prometeu. 
Antes de Prometeu ser castigado, ele havia alertado 
seu irmão, Epimeteu, a nunca aceitar um presente 
dos deuses, pois sabia que as divindades queriam 
vingança. 
Mas Epimeteu não acatou o conselho do irmão e 
aceitou a bela e jovem Pandora, uma mulher que 
havia sido criada pelos deuses com o intuito de 
castigar a humanidade por receber o fogo sagrado. 
Quando foi entregue a Epimeteu, Pandora também 
levou uma caixa e a instrução de nunca abri-la. Mas 
os deuses ao criá-la, colocaram nela a curiosidade e 
desobediência. 
Assim, passado um tempo de convívio entre os 
humanos, Pandora abriu a caixa. De dentro dela 
saíram todos os males da humanidade como a 
tristeza, o sofrimento, as doenças, a miséria, a inveja 
e outros sentimentos maléficos. Por fim, a única 
coisa que restou na caixa foi a esperança. 
Fábula 
O cachorro e o seu reflexo 
Era uma vez um cachorro que estava cruzando um 
lago. Ao fazê-lo, levava uma presa bastante grande 
em sua boca. Enquanto atravessava, viu-se no 
reflexo da água. Acreditando que era outro cachorro, 
e ao ver o enorme pedaço de carne que levava, quis 
pegá-lo. No entanto, ao querer tirar a presa do seu 
próprio reflexo, perdeu a que tinha na boca e ficou 
sem nada. 
Moral da história: A ambição de ter tudo pode nos 
levar a perder o que já alcançamos. 
Crônica 
O naufrágio do Titanic 
No dia 15 de abril de 1912 teve lugar uma das 
maiores tragédias náuticas da história: o naufrágio do 
Titanic. 
Aquela travessia era a viagem inaugural do navio, 
que partiu no dia 10 de abril de Southampton, Reino 
Unido, e devia atravessar o oceano Atlântico até 
chegar a Nova York. 
No entanto, na noite de 14 de abril, por volta das 
23h40min, o Titanic chocou contra um gigantesco 
iceberg que furou o casco e a embarcação começou 
a afundar-se no mar. 
O capitão ordenou usar os botes salva-vidas, mas não 
eram suficientes. Apesar das tentativas da tripulação 
para pedir ajuda por rádio, nenhum navio se dirigiu a 
eles. Assim, às 2h20min do dia 15 de abril, o Titanic 
encontrava-se já sepultado no fundo do mar. 
Na tragédia perderam a vida 1600 pessoas das 2207 
que tinham embarcado na viagem. 
Parábola 
Parábola do semeador 
O Reino de Deus é como um homem que lança o grãona terra; quer durma quer se levante, de noite ou de 
dia, o grão brota e cresce, sem que ele saiba como. A 
terra dá o fruto por si mesma; primeiro erva, logo 
espiga, depois trigo abundante na espiga. E quando o 
fruto o admite, logo se lhe mete a foice, porque 
chegou a colheita. 
Novo Testamento, Marcos 4, 26-29. 
Canção de gesta 
A CANÇÃO DE ROLANDO 
A TRAIÇÃO DE GANELÃO (versos 1 a 1016) 
A assembleia dos Sarracenos 
1 (versos 1 a 9) 
O rei Carlos, nosso grande imperador, 
sete anos completos permaneceu na Espanha: 
conquistou a terra altiva até o mar. 
Nenhum castelo resiste diante dele; 
não lhe resta abater nenhum muro, nenhuma cidade, 
exceto Saragoça, que fica numa montanha. 
Domina-a o rei Marsilio, que não ama Deus: 
ele serve a Maomé e invoca Apolo. 
Não pode se proteger, nem impedir a desgraça de o 
atingir. 
2 (versos 10 a 23) 
O rei Marsílio estava em Saragoça. 
Foi para a sombra de um vergel. 
Repousa em um pórtico de mármore azul. 
Em torno dele estão mais de vinte mil homens. 
Ele convoca seus condes e duques: 
“Escutai, senhores, a calamidade que nos assola. 
O imperador Carlos da Doce França 
veio a este país para nos confundir. 
Não tenho exército para combatê-lo. 
Não tenho homens capazes de desbaratar o exército 
dele. 
Aconselhai-me como sábios 
e salvai-me da morte e da vergonha!” 
Nenhum pagão responde uma só palavra, 
exceto Blancandrino, do castelo de Val Fonde. 
Início de A Canção de Rolando 
Biografia 
Tiradentes nasceu na Fazenda do Pombal, próximo 
ao arraial de Santa Rita do Rio Abaixo, à época 
território disputado entre as vilas de São João del-Rei 
e São José del-Rei, na Capitania de Minas Gerais. 
Joaquim José da Silva Xavier era o quarto de sete 
filhos do português Domingos da Silva Santos, 
proprietário rural, e de Antônia da Encarnação 
Xavier. 
Tiradentes era oriundo de uma família que não era 
pobre, como se constatou pelo inventário da sua mãe, 
que foi aberto em 1756. Havia 35 escravos na grande 
fazenda do Pombal, onde trabalhavam também em 
mineração. Um alpendre dava acesso externamente a 
um oratório e havia senzalas e cozinhas coletivas. Foi 
ainda relacionada no inventário uma grande e valiosa 
quantidade de equipamentos para mineração. 
Em 1755, após a morte de sua mãe, segue junto a seu 
pai e irmãos para a sede da Vila de São José; dois 
anos depois, já com onze anos, morre seu pai. Com a 
morte prematura dos pais, logo sua família perde as 
propriedades por dívidas. Não fez estudos regulares 
e ficou sob a tutela de seu tio e padrinho Sebastião 
Ferreira Leitão, que era cirurgião dentista. Trabalhou 
como mascate e minerador, tornou-se sócio de uma 
botica de assistência à pobreza na ponte do Rosário, 
em Vila Rica, e se dedicou também às práticas 
farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, 
o que lhe valeu o apelido (alcunha) de Tiradentes. 
Segundo frei Raimundo de Penaforte, Tiradentes 
“ornava a boca de novos dentes, feitos por ele 
mesmo, que pareciam naturais”.Trabalhava 
ocasionalmente como médico, em vista dos 
conhecimentos sobre plantas medicinais adquiridos 
com seu primo, frei José Mariano da Conceição 
Veloso, consagrado botânico à época. 
Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como 
Tiradentes, morreu no Rio de Janeiro, em 21 de abril 
de 1792. 
Fonte: Google Acadêmico 
Descritivos: Têm o objetivo de retratar 
características de algo ou alguém, utilizando detalhes 
sensoriais para criar uma imagem na mente do leitor. 
Exemplos de textos descritivos 
Texto descritivo de uma pessoa: a professora Ana 
Maria 
A professora de geografia se chama Ana Maria e tem 
35 anos. Tem olhos castanhos e seu cabelo é preto e 
curto. Usa óculos para ver de perto e carrega sempre 
dois livros em uma bolsa vermelha com alças. 
Geralmente usa calça e tênis ou saia longa e botas de 
salto baixo. No inverno, ela usa um casaco escuro e 
mantas de lã coloridas. 
Ana Maria sempre chega pontualmente na sala de 
aula, deixa suas coisas sobre a mesa e cumprimenta 
a todos. Antes de começar a aula, faz a chamada. A 
professora se caracteriza por seu bom humor e é 
muito paciente na hora de escutar as dúvidas de seus 
alunos. Explica com exemplos claros e simples e faz 
com que suas aulas sejam muito participativas. 
Texto descritivo de um tipo de planta: os cactos 
As cactáceas são plantas da família das suculentas. 
São originárias da América, mas também são 
encontradas na África. Em seu interior, elas contêm 
grande fluxo de babosa como reserva de líquido, uma 
vez que são plantas encontradas em climas 
desérticos. 
Os cactos apresentam flores atraentes, solitárias e 
hermafroditas, ou seja, unisexuais. O seu tamanho 
varia segundo cada espécie. Assim, pode-se 
encontrar cactos de grande tamanho (mais de 2 
metros) e também pequenos (de poucos 
centímetros). 
Texto descritivo de um objeto: uma lâmpada 
Uma lâmpada é um receptor que converte a energia. 
As lâmpadas têm por função iluminar um ambiente 
ou um setor doméstico. Existem lâmpadas de todos 
os tipos, que podem ser classificadas de acordo com 
seu preço, sua durabilidade, estilo, entre outros 
aspectos. 
Texto descritivo da venda de um conjunto de 
móveis 
O conjunto é composto por uma mesa de carvalho de 
4 x 3,50 metros e quatro cadeiras do mesmo material. 
A mesa tem a opção de se estender e chega aos 6 
metros de comprimento. Tanto a mesa como as 
cadeiras apresentam uma camada de brilho para 
proteção da madeira e maior durabilidade. Além 
disso, é viável a opção de adquirir mais duas ou 
quatro cadeiras, se o comprador assim o exigir. O 
estado de conservação de todos os móveis é 
excelente. 
Texto descritivo do aluguel de um imóvel 
O apartamento conta com 95 metros totais. Tem 
orientação nordeste com vista para o jardim principal 
do edifício. Tem quatro quartos, sala de estar, mesa 
para tomar o café da manhã e garagem coberta. 
A propriedade é ampla, luminosa e com vista aberta, 
pois tem grandes janelas para aproveitar a luz 
natural. Os serviços que estão incluídos com o 
aluguel do imóvel são a luz, o gás e a água. 
Quanto às acomodações, o edifício conta com 
terraço, piscina coberta e uma academia. Todos estes 
serviços podem ser utilizados pelos inquilinos ou 
proprietários, prévia coordenação de dias e horários 
com os funcionários encarregados. 
Texto descritivo de uma árvore: a corticeira 
A corticeira é uma árvore originária da América do 
Sul. Esta árvore pode chegar a medir entre 5 e 10 
metros de altura. Em algumas ocasiões, foram 
encontradas árvores de corticeira de até 20 metros. 
Atualmente, esta árvore pode ser encontrada em 
países como o Paraguai, o Brasil, a Bolívia, o 
Uruguai e a Argentina. Cresce principalmente em 
florestas ou áreas que podem ser facilmente 
inundadas. Sua flor foi declarada como a flor 
nacional na Argentina e no Uruguai. 
Texto descritivo de um animal de estimação: o 
cachorro da Júlia 
O cachorro da Júlia é um animal grande de cor preta. 
É de raça mestiça. Tem todas as vacinas tomadas. 
Chama-se Puppy e tem 14 anos. É muito obediente, 
embora já esteja um pouco surdo. 
Texto descritivo de uma família: a família de José 
Luís 
A família de José Luís é numerosa. Ele tem quatro 
irmãos: duas mulheres e dois homens. José Luís é o 
menor dos irmãos. Todos vivem em uma bela casa 
que o pai construiu. Esta casa está localizada no meio 
de uma área despovoada. A mãe, Joana, trabalha 
durante todo dia todo. Os meninos, por sua vez, vão 
à escola. 
Texto descritivo de uma região: Países Baixos 
A Holanda é um país de 17 milhões de habitantes. 
Faz parte da União Europeia e a sua capital é 
Amsterdã, embora o seu centro administrativo e a sua 
monarquia estejam localizados em Haia. É um dos 
países com maior densidade populacional do mundo. 
As cidades holandesas têm uma ampla oferta cultural 
e são confortáveis de percorrer devido ao seu 
pequeno tamanho.Por esta razão, o uso de bicicletas 
é muito estendido nas diferentes zonas urbanas. 
Texto descritivo de uma espécie animal: o tigre 
branco 
O tigre branco é um tipo de felino, subespécie do 
tigre-de-bengala. Quase não apresenta pigmentação 
alaranjada. É por esta razão que sua pelagem é 
branca e é daí que deriva o seu nome. No entanto, as 
listras pretas mantêm sua pigmentação. Quanto ao 
seu porte ou tamanho, estes tigres costumam ser um 
pouco maiores que os tigres laranjas. Por esta 
condição (falta de pigmentação), os tigres brancos 
foram catalogados como animais exóticos e são fonte 
de grande atração turística. 
Texto descritivo de um vírus: o Ebola. 
O vírus Ebola foi detectado pela primeira vez em 
1976, em dois surtos ocorridos em Nzara (Sudão) e 
Yambuku (República Democrática do Congo). 
Propaga-se na comunidade por transmissão de 
pessoa a pessoa, por contato direto através das 
membranas mucosas, sangue, secreções ou outros 
fluidos corporais de pessoas infectadas ou ainda por 
contato indireto com materiais contaminados. Este 
vírus provoca a doença pelo vírus Ebola (EVE), ou 
simplesmente Ebola, e a sua taxa de mortalidade 
pode variar entre 50% e 90%. A Organização 
Mundial da Saúde anunciou em julho de 2015 a 
descoberta de uma vacina 100% eficaz para a 
imunização, embora ainda estejam sendo realizados 
testes em populações de risco para garantir que ela 
forneça efetivamente imunidade de grupo. 
Descrição técnica de um metal: a prata 
A prata é um elemento químico e seu símbolo é Ag. 
Seu número atômico é 47 e sua massa atômica é 
107,86. Este é um metal brilhante branco-
acinzentado, muito maleável e bom condutor de 
eletricidade e calor. Quimicamente, é um metal 
pesado e nobre; comercialmente, é considerado um 
metal precioso. Existem 25 isótopos da prata, cujas 
massas atômicas oscilam entre 102 e 117. 
Descrição literária de uma cidade: Washington, 
por Victoria Ocampo 
“Um perfume penetrante e desconhecido nos pegou 
no caminho, quando nos aproximávamos a pé, pela 
avenida da esquerda, à casa de George Washington. 
Olhamos ao nosso redor, surpreendidos por sua 
intensidade súbita, tratando de adivinhar sua 
procedência. Em um grupo de árvores vi então uma 
(ou era um arbusto?) coberta de flores que me 
pareceram relacionadas com a doçura do ar. 
Deixando a avenida, corri quase até elas. Meu olfato, 
que raramente se engana, não estava errado. Mas 
ainda me surpreende que St. John Perse se 
surpreendeu com a minha descoberta instantânea. 
Ele hesita diante de um livro, uma pessoa, mas não 
diante de umas plantas. O olfato é mais rápido que o 
julgamento”. 
Victoria Ocampo, A viajante e suas sombras. 
Crônica de uma aprendizagem. Buenos Aires, Fundo 
de Cultura Econômica, 2010. 
Texto descritivo de um ambiente: o céu a partir 
de um avião 
Comecemos por essa infinita savana azul, quase 
preta, que se estende como um deserto de água em 
todas as direções. Concentre-se nessa cor, tão 
intensa, fundindo-se na distância com a própria cor 
do céu, como querendo confirmar de um modo 
estranho a circularidade do planeta: o céu é água e a 
água é céu. 
Destas estas alturas não se pode apreciar, mas abaixo 
as ondas avançam, continuamente, qual exército em 
camuflagem, para um destino longínquo ou próximo, 
apenas quebrando a perfeita formação para cuspir 
um pouco de espuma. Aproxime-se da janela e verá, 
de vez em quando, o brilho branco e efêmero, a 
borbulhante presença da crista de uma onda 
desobediente, que quebra um pouco antes do tempo. 
Texto descritivo de um lugar: o rio da Prata 
O rio da Prata, ou em termos mais técnicos o estuário 
da Prata, é uma das artérias principais do território 
argentino, cujas águas salinas deram sentido à 
fundação, no século XVI, da cidade de Buenos Aires: 
um porto de saída para a Espanha dos minerais 
preciosos extraídos no Alto Peru. Daí vem o nome 
das suas águas, e não da sua coloração, que tende 
mais para o bronzeado. 
Os 290 quilômetros de comprimento do rio da Plata 
se estendem em direção noroeste-sudeste, marcando 
a fronteira entre a Argentina e o Uruguai, do paralelo 
de Punta Gorda até a linha imaginária que une Punta 
del Este (no Uruguai) com o cabo San Antonio (na 
Argentina), antes da sua foz no oceano Atlântico. 
Fonte: Google Acadêmico 
Dissertativos: Apresentam argumentos, opiniões e 
pontos de vista sobre determinado tema, geralmente 
seguindo uma estrutura de introdução, 
desenvolvimento e conclusão. 
Estrutura do texto dissertativo 
Do ponto de vista estrutural, o texto dissertativo 
organiza-se em introdução, desenvolvimento e 
conclusão. Veremos a seguir o que deve constar em 
cada uma das partes. 
Introdução: o autor deve apresentar o tema e, caso se 
trate de um texto dissertativo-argumentativo, a tese a 
ser defendida. O leitor precisar estar bem situado em 
relação à discussão. 
Desenvolvimento: o autor deve apresentar as ideias 
de maneira clara. No texto dissertativo-
argumentativo, deve-se colocar nessa parte os 
argumentos e as informações que validam a opinião 
que se está defendendo. 
Conclusão: o autor deve fazer uma amarração da 
discussão feita e, caso necessário, apresentar as 
devidas soluções. 
→ Texto dissertativo-expositivo 
O texto dissertativo-expositivo traz a exposição de 
determinado assunto. Porém, diferentemente do 
texto dissertativo-argumentativo, o seu objetivo não 
é persuadir o leitor. Sendo assim, ele não costuma 
apresentar argumentos e informações que detalham e 
reforçam os elementos apresentados. 
Exemplo: 
Um grupo de professores da rede pública tem unido 
forças a fim de questionar as formas de ensino, 
consideradas tradicionais e ultrapassadas frente ao 
mundo contemporâneo. A iniciativa visa a construir 
conjuntamente alternativas para despertar 
novamente o interesse dos alunos na escola. Uma das 
possibilidades levantadas é aliar o uso das novas 
tecnologias do cotidiano (celulares, videogames etc) 
como ponto de partida para as aulas. 
No trecho acima, o autor expõe a opinião de um 
grupo de professores que se mobilizam para mudar 
os rumos da educação. No entanto, em momento 
algum ele apresenta uma tese em defesa ou não do 
que foi apresentado ao leitor ou argumentos ou 
informações que reforcem a existência do problema. 
→ Texto dissertativo-argumentativo 
O texto dissertativo-argumentativo apresenta, além 
do ponto de vista do autor acerca de um tema, os 
argumentos e as informações que os reforçam. O 
objetivo é convencer o leitor para que ele possa 
passar para o lado do autor. 
Exemplo: 
Quiroga é um escritor de literatura infantojuvenil que 
rompe os padrões clássicos da fábula. Isso é possível 
de se verificar por meio de dois elementos distintos 
em sua obra: em primeiro lugar, a falta das 
tradicionais concepções morais das fábulas ao final 
do texto e, em segundo, lugar, a presença de 
personagens completamente disfuncionais e 
politicamente incorretos. Na obra Cantos da selva, as 
personagens cometem seus erros e se dão bem no 
final, de forma distinta do tradicional A lebre e a 
tartaruga. 
Podemos dizer que no excerto acima, o autor tem a 
tese de que o escritor Quiroga produz uma obra um 
tanto quanto incomum para o gênero fábula. Como 
argumento, ele afirma que a ausência de “moral da 
história” e a presença de personagens politicamente 
incorretos ajudam a construir essa imagem do 
escritor. Para comprovar seus argumentos, ele cita a 
obra Contos da selva e fala sobre personagens que 
são inusitados se comparados à fábula de Esopo. 
 
Informativos (ou expositivos): Visam 
transmitir informações de maneira objetiva, 
encontrados em manuais, artigos científicos, 
enciclopédias, entre outros. 
Estrutura do texto informativo 
Tal como outros Gêneros Textuais, o texto 
informativo é constituído por: 
Introdução (tese): momento de exposição das 
informações necessárias para informaro tema que 
será explorado pelo emissor (autor). 
Desenvolvimento (antítese): parte fundamental que 
contém as informações completas sobre o tema, 
desde dados mais relevantes, ou melhor, todos os 
dados que se pode reunir para apresentação do tema. 
Conclusão (nova tese): encerramento do texto com 
exposição da ideia central. 
Confira exemplos de textos informativos: 
1. Notícia de Jornal 
Combate à Dengue 
A picada do mosquito Aedes Aegypti tem 
demonstrado grande preocupação. Isso porque o 
aumento de mortes no país por motivo de dengue tem 
crescido de forma considerável nos últimos meses. A 
melhor maneira de combater a doença é explorar a 
única arma: a prevenção. 
Projetos de conscientização alertam a população para 
os perigos da proliferação do mosquito. O foco está 
nos métodos necessários para acabar com os 
acúmulos de água nas casas. Isso porque são os 
ambientes mais propícios para a reprodução do 
transmissor da doença. 
2. Verbete de Dicionário 
Significado de Alienação 
s.f. Ação ou efeito de alienar: alienação de uma 
propriedade. 
Jurídico. Ato de transferir para alguém uma 
propriedade ou um direito: alienação de um 
apartamento. 
Resultado de algum tipo de abandono ou efeito da 
ausência de um direito comum: alienação da 
segurança. 
Filosofia. Hegelianismo. Quando a consciência se 
torna desconhecida a si própria ou a sua própria 
essência. 
Informal. Desinteresse por questões políticas ou 
sociais. 
Psicologia. Estado da pessoa que, tendo sido educada 
em condições sociais determinadas, se submete 
cegamente aos valores e instituições dadas, perdendo 
assim a consciência de seus verdadeiros problemas. 
Psicopatologia. Perda da razão, loucura: alienação 
mental. 
Psiquiatria. No desenvolvimento de um sintoma 
clínico algumas pessoas ou situações comuns 
tornam-se estranhas ou perdem sua natureza 
familiar. 
Alienação a título gratuito, doação. pl. alienações. 
(Etm. do latim: alienatione.m) 
Por outro lado, os gêneros textuais são formas 
específicas que os textos assumem de acordo com o 
contexto social e cultural. Alguns exemplos comuns 
incluem: 
 
Carta Formal e Informal: Utilizadas em diferentes 
situações de comunicação, sendo a formal mais 
oficial e a informal mais pessoal. 
Os principais elementos de uma carta formal são: 
Data e local. A data e o local onde a carta é escrita. 
Por exemplo: Belo Horizonte, 3 de novembro de 
2022. 
Cabeçalho. Incluir o nome da pessoa a quem a carta 
é endereçada, seguido do cargo ou função dentro da 
instituição (se aplicável). Por exemplo: Luciano 
Oliveira. Chefe do Departamento de Habitação e 
Desenvolvimento Social de Belo Horizonte. 
Saudação. Inclui a saudação inicial do remetente 
para o destinatário. Por exemplo: Prezado Sr. 
Oliveira, 
Introdução. Especifica a razão pela qual o remetente 
está enviando a carta. Por exemplo: Solicito que me 
contatem, pois preciso coordenar com vocês a 
reunião no sábado, 23 de maio.... 
Corpo do texto. Detalha todas as informações 
relevantes e é uma parte da carta formal que 
normalmente não é muito longa. Por exemplo: 
Gostaria de lembrar que, para coordenar sua chegada 
aos nossos escritórios, precisarei que você me envie 
seus dados pessoais com.... 
Desfecho. O remetente se despede do receptor. Por 
exemplo: Atenciosamente. 
Assinatura. Uma assinatura pessoal, escreve-se o 
nome e sobrenome de quem endereça, de modo que 
o receptor tenha todas as informações do remetente. 
Por exemplo: Vítor Alves, Diretor do Centro de 
Estudos Latino-Americanos. 
 
Os principais elementos que compõem a estrutura 
de uma carta informal são: 
Saudação. Inclui a saudação do remetente ao 
destinatário. Em alguns casos, as cartas informais 
incluem data e local. Por exemplo: Olá, João. 
Introdução. O motivo da carta é incluído, embora às 
vezes este elemento possa ser omitido e seja 
considerado como parte do corpo da carta. Por 
exemplo: Estou escrevendo estas linhas para desejar-
lhe um feliz aniversário. 
Corpo do texto. Aqui são detalhadas todas as 
informações que o remetente deseja transmitir ao 
destinatário. Por exemplo: Aproveito esta 
oportunidade para lhe dizer que ontem estive com 
sua prima Cecília e como ela é querida! Ela me falou 
de seu novo projeto... 
Despedida e assinatura. Uma saudação e o nome do 
remetente estão incluídos. Por exemplo: Abraços. 
Ana. 
P.S. Esclarecimentos ou observações são usados 
quando, uma vez que a carta tenha sido concluída, o 
remetente esqueceu algum ponto importante que 
deseja mencionar ao destinatário. As cartas 
informais permitem mais de um pós-escrito. Por 
exemplo: P.S. Não se esqueça de enviar um abraço a 
seus irmãos e a seu pai. 
Fonte: Revista Humanidades 
Artigo de Opinião: Apresenta a visão do autor sobre 
um tema específico, frequentemente de forma 
argumentativa. 
Características do artigo de opinião 
Textos escritos em primeira e terceira pessoa; 
Uso da argumentação e persuasão; 
Geralmente são assinados pelo autor; 
Produções veiculadas nos meios de comunicação; 
Possuem uma linguagem simples, objetiva e 
subjetiva; 
Abordam temas da atualidade; 
Possuem títulos polêmicos e provocativos; 
Contém verbos no presente e no imperativo. 
Exemplo 1. 
Thereza Cristina Moraes* 
O medo do fracasso assombra a humanidade há 
séculos. Ele se manifesta como um fantasma 
sorrateiro, sussurrando dúvidas em nossos ouvidos e 
lançando sombras sobre nossos sonhos. Esse medo 
pode ser tão poderoso que impede de tentar, 
paralisando diante de novas oportunidades e 
aprisionando em uma zona de conforto. 
Mas o que realmente se esconde por trás dessa 
máscara assustadora? Este medo não só está ligado à 
possibilidade de não alcançar um resultado desejado, 
mas também à Síndrome do Impostor, aquela 
sensação de não ser bom o suficiente, de estar 
enganando os outros e de que a qualquer momento 
será descoberto. É a crença limitante de que se é 
incapaz de lidar com os desafios e que o resultado 
final sempre será a derrota. 
Exemplo 2. 
Simone Nascimento* 
O esgotamento materno se inicia ainda durante a 
gravidez, quando a mulher geralmente precisa 
manter sua jornada de trabalho, estudos e vida 
familiar e ainda lidar com os preparativos para a 
chegada de um bebê, além das mudanças hormonais 
e físicas que seu corpo passará ao longo da gestação 
e puerpério. O nascimento da criança marca um 
momento intenso, feliz, mas ao mesmo tempo 
cansativo para a mãe. E tudo bem ficar cansada, pois 
não é fácil nem simples cuidar de um bebê. A coisa 
pararia por aí, se não fosse a sobrecarga gerada por 
duplas ou triplas jornadas que carregamos. 
Historicamente, elas assumiram a maior parte das 
responsabilidades de cuidado dentro das famílias e 
comunidades e todos os dias meninas e mulheres ao 
redor do planeta dedicam mais de 12 bilhões de horas 
ao cuidado não remunerado, segundo pesquisa da 
Oxfam Brasil. Isso inclui o cuidado de crianças, 
idosos, doentes, bem como as tarefas domésticas. 
Embora essas atividades sejam essenciais para o 
funcionamento da sociedade, ou seja, façam o 
mundo girar, elas têm sido frequentemente 
subvalorizadas e invisibilizadas no contexto 
econômico tradicional. 
Resenha: Análise crítica de uma obra, como um 
livro, filme ou peça teatral. 
Exemplo de resenha crítica 
Segue abaixo uma resenha crítica do livro o “Menino 
Maluquinho” (1980), do escritor Ziraldo Alves 
Pinto, feita pela professora Daniela Diana. 
Quem nunca ouviu falar do menino que ‘tinha ventos 
nos pés’, o ‘olho maior que a barriga’, ‘fogo no rabo’, 
‘umas pernas enormes (que davam para abraçar o 
mundo)’ e que ‘chorava escondido se tinha 
tristezas’? 
É assim que caracterizamos um dos personagens de 
Ziraldo, que com mais de 30 anos de existência 
corrobora sua atemporalidade. 
“O Menino Maluquinho”, lançado em 1980 pelo 
escritor e cartunista Ziraldo, é um clássico da 
literaturae que continua conquistando o universo 
infanto-juvenil. 
Em entrevista ao Diário Catarinense (2011), Ziraldo 
afirma que a ideia de criar o Menino Maluquinho 
surgiu de considerações e observações pessoais: 
“Eu já tinha visto o que tinha acontecido com 
meninos felizes e infelizes. Os felizes viraram 
adultos mais bem resolvidos. Os infelizes e 
desamados, ficaram adultos mais sofridos.” 
Entrevista: Diálogo entre duas ou mais pessoas, 
onde um entrevistador faz perguntas a um 
entrevistado. 
Exemplos de entrevista 
Segue abaixo a entrevista (escrita e em vídeo) entre 
o jornalista Júlio Lerner e a escritora Clarice 
Lispector. A entrevista foi veiculada no programa 
“Panorama”, da TV Cultura, no dia 1 de fevereiro de 
1977, ano da morte de Clarice. 
 
 
 
Exemplo : trecho de entrevista escrita com 
Clarice Lispector 
1. Clarice Lispector, de onde veio esse Lispector? 
É um nome latino, não é? Eu perguntei a meu pai 
desde quando havia Lispector na Ucrânia. Ele disse 
que há gerações e gerações anteriores. Eu suponho 
que o nome foi rolando, rolando, rolando, perdendo 
algumas sílabas e foi formando outra coisa que 
parece “Lis” e “peito”, em latim. É um nome que 
quando escrevi meu primeiro livro, Sérgio Milliet 
(eu era completamente desconhecida, é claro) diz 
assim: “Essa escritora de nome desagradável, 
certamente um pseudônimo…”. Não era, era meu 
nome mesmo. 
2. Você chegou a conhecer o Sérgio Milliet 
pessoalmente? 
Nunca. Porque eu publiquei o meu livro e fui embora 
do Brasil, porque eu me casei com um diplomata 
brasileiro, de modo que não conheci as pessoas que 
escreveram sobre mim. 
3. Clarice, seu pai fazia o que profissionalmente? 
Representações de firmas, coisas assim. Quando ele, 
na verdade, dava era para coisas do espírito. 
4. Há alguém na família Lispector que chegou a 
escrever alguma coisa? 
Eu soube ultimamente, para minha enorme surpresa, 
que minha mãe escrevia. Não publicava, mas 
escrevia. Eu tenho uma irmã, Elisa Lispector, que 
escreve romances. E tenho outra irmã, chamada 
Tânia Kaufman, que escreve livros técnicos. 
5. Você chegou a ler as coisas que sua mãe 
escreveu? 
Não, eu soube há poucos meses. Soube através de 
uma tia: “Sabe que sua mãe fazia um diário e 
escrevia poesias?” Eu fiquei boba… 
6. Nas raras entrevistas que você tem concedido 
surge, quase que necessariamente, a pergunta de 
como você começou a escrever e quando? 
Antes de sete anos eu já fabulava, já inventava 
histórias, por exemplo, inventei uma história que não 
acabava nunca. Quando comecei a ler comecei a 
escrever também. Pequenas histórias. 
7. Quando a jovem, praticamente adolescente 
Clarice Lispector, descobre que realmente é a 
literatura aquele campo de criação humana que 
mais a atrai, a jovem Clarice tem algum objetivo 
específico ou apenas escrever, sem determinar um 
tipo de público? 
Apenas escrever. 
8. Você poderia nos dar uma ideia do que era a 
produção da adolescente Clarice Lispector? 
Caótica. Intensa. Inteiramente fora da realidade da 
vida. 
9. Desse período você se lembra do nome de 
alguma produção? 
Bem, escrevi várias coisas antes de publicar meu 
primeiro livro. Eu escrevia para revistas — contos, 
jornais. Eu ia com uma timidez enorme, mas uma 
timidez ousada. Eu sou tímida e ousada ao mesmo 
tempo. Chegava lá nas revistas e dizia: “Eu tenho um 
conto, você não quer publicar?” Aí me lembro que 
uma vez foi o Raimundo Magalhães Jr. que olhou, 
leu um pedaço, olhou para mim e disse: “Você 
copiou isso de quem?” Eu disse: “De ninguém, é 
meu”. Ele disse: Você traduziu?” Eu disse: “Não”. 
Ele disse: “Então eu vou publicar”. Era sim, era meu 
trabalho. 
10. Você publicava onde? 
Ah, não me lembro… Jornais, revistas. 
Relatório Técnico: Documento que relata resultados 
de estudos ou pesquisas de maneira detalhada e 
objetiva. 
O que é um relatório técnico científico? 
Como o próprio título diz, um modelo de relatório 
técnico científico é bem diferente de um trabalho 
acadêmico comum. O centro das atenções aqui é o 
resultado dos trabalhos realizados na parte científica, 
ou seja, um pdf completo envolvendo resultados e 
tabulações de dados que fazem sentido para um 
pesquisador da área de exatas. 
Um bom exemplo de relatório técnico é a lista de 
índices de uma determinada substância ao longo do 
tempo. Este tipo de resultado é apresentado em uma 
tabela, todos os relatórios seguem o mesmo padrão, 
e nesta tabela estará descrita a relação entre a parte 
dos resultados e aquilo que foi inicialmente proposto. 
Características de um relatório técnico científico 
Um relatório técnico científico tem características 
específicas que um TCC ou uma tese não 
contemplam. Para serem enquadrados nesse grupo, 
além do curso trazer essa necessidade, a própria 
pesquisa deve ter um caráter mais relacionado às 
áreas exatas. Um relatório técnico nas normas da 
abnt deve conter os seguintes elementos: 
Descrição 
Aqui se inserem as informações iniciais, ou seja, por 
que esse relatório técnico científico foi necessário e 
quais foram as ideias que levaram o mesmo a ser 
realizado. 
Abordagem 
Esta etapa do relatório se trata do método de pesquisa 
utilizado. É importante detalhar porque a 
metodologia foi escolhida e como isso vai 
influenciar o relatório técnico científico em questão. 
Cronologia 
Os dados devem seguir uma ordem de inserção, 
análise, avaliação e descrição. A ordem cronológica 
da informação inserida é muito importante porque 
mostra ao leitor as razões pelas quais cada dado foi 
selecionado e considerado naquele determinado 
momento. 
Organização 
Um fator importantíssimo para um relatório técnico 
científico é a maneira como as informações são 
organizadas. Tão necessário quanto a relevância do 
conteúdo é a apresentação do mesmo. As tabelas, 
gráficos e ilustrações incluídas no seu relatório é que 
o farão ser mais confiável pela opinião dos leitores. 
Notícia: Relato de eventos atuais seguindo uma 
estrutura específica, com as informações mais 
importantes no início. 
 
 
Poema: Expressão artística por meio da linguagem, 
com foco na estética e emoção. 
Características dos poemas 
Os principais elementos que compõem um poema 
são o verso, a métrica, a estrofe, a rima e o ritmo. 
1. Verso e métrica 
Verso é cada linha de um poema. Métrica é a medida 
dos versos em sílabas poéticas, que nem sempre 
correspondem às sílabas gramaticais. 
Os versos são classificados de acordo com as 
sílabas poéticas que apresentam. 
monossílabo: verso com uma sílaba poética 
dissílabo: verso com duas sílabas poéticas 
trissílabo: verso com três sílabas poéticas 
tetrassílabo: verso com quatro sílabas poéticas 
pentassílabo: verso com cinco sílabas poéticas 
hexassílabo: verso com seis sílabas poéticas 
heptassílabo: verso com sete sílabas poéticas 
octossílabo: verso com oito sílabas poéticas 
eneassílabo: verso com nove sílabas poéticas 
decassílabo: verso com dez sílabas poéticas 
hendecassílabo: verso com onze sílabas poéticas 
dodecassílabo: verso com doze sílabas poéticas 
Tipos de versos 
Os versos são classificadas de acordo com a sua 
medida. 
Versos regulares: também chamados de versos 
isométricos, são aqueles que possuem a mesma 
medida. 
Versos livres: também chamados de versos 
heterométricos, são os aqueles que possuem medidas 
diferentes, ou seja, são irregulares. 
Versos brancos: também chamados de versos 
soltos, são aqueles que não apresentam esquemas de 
rima, no entanto, podem apresentar métrica 
(medida). 
Exemplo de poema com versos regulares 
De tudo, ao meu amor serei atento 
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto 
Que mesmo em face do maior encanto 
Dele se encante mais meu pensamento. 
Quero vivê-lo em cada vão momento 
E em louvor hei de espalhar meu canto 
E rir meu riso e derramar meu pranto 
Ao seu pesar ou seu contentamento. 
E assim, quando mais tarde meprocure 
Quem sabe a morte, angústia de quem vive 
Quem sabe a solidão, fim de quem ama 
Eu possa me dizer do amor (que tive): 
Que não seja imortal, posto que é chama 
Mas que seja infinito enquanto dure. 
(Soneto da Fidelidade, de Vinicius de Moraes) 
Exemplos de poemas com versos livres e brancos 
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano 
Vive uma louca chamada Esperança 
E ela pensa que quando todas as sirenas 
Todas as buzinas 
Todos os reco-recos tocarem 
Atira-se 
E 
— ó delicioso vôo! 
Ela será encontrada miraculosamente incólume na 
calçada, 
Outra vez criança... 
E em torno dela indagará o povo: 
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes? 
E ela lhes dirá 
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!) 
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não 
esqueçam: 
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA... 
(Esperança, de Mario Quintana) 
2. Estrofe 
Estrofe é um grupo de versos de um poema. 
As estrofes são classificadas de acordo com cada 
agrupamento. 
monóstico: estrofe com um verso 
dístico: estrofe com dois versos 
terceto: estrofe com três versos 
quadra ou quarteto: estrofe com quatro versos 
quintilha: estrofe com cinco versos 
sextilha: estrofe com seis versos 
setilha: estrofe com sete versos 
oitava: estrofe com oito versos 
nona: estrofe com nove versos 
décima: estrofe com dez versos 
Tipos de estrofe 
As estrofes são classificadas de acordo com as 
métricas utilizada nos seus versos. 
Estrofes simples: poema composto de versos que 
possuem a mesma medida. 
Estrofes compostas: poema que agrupa versos de 
medidas diferentes. 
Estrofes livres: poema com agrupamento de versos 
sem rigor métrico. 
 
 
 
3. Rima 
Rima é a sonoridade semelhante que pode existir 
no fim ou no meio dos versos. Há versos que não 
rimam e são chamados de versos brancos. 
Exemplo de poema com rima 
Amor é fogo que arde sem se ver, 
é ferida que dói, e não se sente; 
é um contentamento descontente, 
é dor que desatina sem doer. 
É um não querer mais que bem querer; 
é um andar solitário entre a gente; 
é nunca contentar-se de contente; 
é um cuidar que ganha em se perder. 
É querer estar preso por vontade; 
é servir a quem vence, o vencedor; 
é ter com quem nos mata, lealdade. 
Mas como causar pode seu favor 
nos corações humanos amizade, 
se tão contrário a si é o mesmo Amor 
(Amor é fogo que arde sem se ver, de Luiz Vaz de 
Camões) 
Exemplo de poema sem rima 
Sonhe com aquilo que você quer ser, 
porque você possui apenas uma vida 
e nela só se tem uma chance 
de fazer aquilo que quer. 
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. 
Dificuldades para fazê-la forte. 
Tristeza para fazê-la humana. 
E esperança suficiente para fazê-la feliz. 
As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas. 
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades 
que aparecem em seus caminhos. 
A felicidade aparece para aqueles que choram. 
Para aqueles que se machucam 
Para aqueles que buscam e tentam sempre. 
E para aqueles que reconhecem 
a importância das pessoas que passaram por suas 
vidas. 
(O sonho, de Clarice Lispector) 
Charge: Representação humorística de uma situação 
ou pessoa, utilizando desenhos e texto curto. 
O que é charge? 
Charge é um gênero jornalístico que centrado em 
questões atuais, que reflete o posicionamento editorial 
do jornal ou veículo de comunicação. 
O nome charge, vem do francês charger, que significa 
"fazer carga", "exagerar" ou "atacar". Esse "ataque" é 
pontual, possui relação a um acontecimento específico, 
por isso, as charges são datadas, seu sentido pode se 
perder com o passar do tempo. 
Nela, é utilizada uma imagem como representação visual 
de fatos recentes, geralmente, contextualizada por uma 
ou mais notícias dentro do veículo. Comumente, são 
utilizadas personalidades e figuras públicas, seus 
comportamentos são exagerados ou estilizados para a 
realização de uma crítica. 
Exemplos de charge 
 
charge de Jean Galvão publicada na Folha no dia 19 
de julho de 2020 remete à volta às aulas sob o risco 
de contaminação pelo coronavírus 
Ilustração do chargista Duke realiza uma crítica 
sobre as longas filas de desempregados 
Compreender a diferença entre tipologia e gêneros 
textuais é crucial para uma interpretação precisa e 
eficaz dos textos. Isso é especialmente relevante em 
contextos como concursos, nos quais é importante 
estar familiarizado com uma variedade de tipos de 
textos e gêneros, praticando a leitura e interpretação 
de exemplos diversos. 
3. Domínio da ortografia oficial: Emprego 
das letras; Emprego da acentuação 
gráfica. 
Dominar a ortografia oficial, incluindo o uso 
adequado das letras e da acentuação gráfica, é 
essencial para uma comunicação eficaz na língua 
escrita. A seguir, apresento esses aspectos conforme 
as normas mais recentes do português. 
Uso das Letras: 
Consoantes: Devem ser utilizadas de acordo com a 
pronúncia e a grafia padrão das palavras. Exemplos: 
"caminho", "gato", "sabão". 
Vogais: Devem ser corretamente aplicadas, 
seguindo as regras do português. Exemplos: "amor", 
"casa", "livro". 
Dígrafos: São combinações de letras que 
representam um único som. 
Exemplos incluem: 
"lh", como em "olho", 
"nh", como em "sonho". 
"ch" como em "chave" 
"lh" como em "olho" 
"nh" como em "sonho" 
"ss" como em "massa" 
"rr" como em "carro" 
"qu" como em "quebra" 
"gu" como em "guerra" 
Encontros Consonantais: São combinações de duas 
ou mais consoantes em uma mesma sílaba. 
Exemplos incluem: 
"bl", como em "blusa", 
"pr", como em "prato". 
"bl" como em "blusa" 
"br" como em "braço" 
"cl" como em "claro" 
"cr" como em "criança" 
"dr" como em "drama" 
"fl" como em "flor" 
"fr" como em "fruta" 
"gl" como em "glória" 
"gr" como em "grande" 
"pl" como em "plano" 
"pr" como em "prato" 
"tr" como em "trabalho" 
Encontros Vocálicos: São combinações de duas ou 
mais vogais em uma mesma sílaba. 
Exemplos incluem: 
"ai", como em "pai", 
"ou", como em "roupa". 
"ai" como em "pai" 
"ei" como em "leite" 
"oi" como em "tropeço" 
"ui" como em "ruído" 
"ia" como em "piano" 
"ie" como em "ciência" 
"io" como em "pioneiro" 
"ua" como em "qualidade" 
"ue" como em "chuva" 
"ui" como em "fruição" 
Emprego da Acentuação Gráfica: 
Acento Agudo ( ́): Indica a tonicidade da palavra e 
pode também indicar a ocorrência de ditongo aberto. 
Exemplos incluem 
"pássaro": O acento agudo indica a tonicidade da 
palavra na sílaba "pás". 
"música": O acento agudo também indica a 
tonicidade na sílaba "mú". 
"água": Neste caso, o acento agudo está na sílaba "á", 
indicando a tonicidade. 
"rápido": O acento agudo ocorre na sílaba "rá", 
marcando a tonicidade da palavra. 
"fácil": O acento agudo está na sílaba "fá", indicando 
a tonicidade. 
"cânfora": Neste exemplo, o acento agudo marca a 
tonicidade na sílaba "cân". 
"código": O acento agudo ocorre na sílaba "có", 
indicando a tonicidade da palavra. 
Acento Circunflexo (ˆ): Indica a tonicidade da 
palavra e pode indicar também a ocorrência de 
vogais com diferentes sons. 
Exemplos incluem 
"ênfase": O acento circunflexo está na vogal "ê", 
indicando a tonicidade da sílaba. 
"vôo": Neste caso, o acento circunflexo ocorre na 
vogal "ô", marcando a tonicidade. 
"cônjuge": O acento circunflexo está na sílaba "cô", 
indicando a tonicidade da palavra. 
"tônicos": O acento circunflexo ocorre na vogal "ô", 
marcando a tonicidade da sílaba. 
"pôr": Neste exemplo, o acento circunflexo está na 
vogal "ô", indicando a tonicidade. 
"môs": O acento circunflexo ocorre na vogal "ô", 
marcando a tonicidade da sílaba. 
Acento Grave (`): Usado em algumas palavras 
monossílabas para diferenciar significados, como 
em: 
"pelo" (substantivo) 
"pelo" (preposição). 
"à": Usado para indicar a crase, como em "Vou à 
escola." 
"às": Indica a crase no plural, como em "Vou às 
compras." 
"àquele": Indica a crase, como em "Refiro-me àquele 
rapaz.""àquela": Indica a crase, como em "Entreguei o 
presente àquela menina." 
"àquilo": Usado com crase, como em "Não me refiro 
àquilo." 
"à medida que": Usado em expressões fixas, como 
em "À medida que o tempo passa." 
Acentuação de Ditongos e Hiatos: Em algumas 
situações, os ditongos e hiatos recebem acento para 
indicar a tonicidade da palavra. 
Exemplos de Ditongos incluem: 
"pai" (ditongo decrescente: vogal "a" + semivogal 
"i") 
"céu" (ditongo decrescente: vogal "é" + semivogal 
"u") 
"caixa" (ditongo decrescente: vogal "a" + semivogal 
"i") 
"quente" (ditongo crescente: semivogal "u" + vogal 
"e") 
"história" (ditongo crescente: semivogal "i" + vogal 
"a") 
Exemplos de Hiatos incluem: 
"saída" (hiato entre "a" e "í") 
"coelho" (hiato entre "o" e "e") 
"ruído" (hiato entre "u" e "í") 
"poeta" (hiato entre "o" e "e") 
"aéreo" (hiato entre "a" e "é") 
Acentuação de Palavras Oxítonas, Paroxítonas e 
Proparoxítonas: Seguem regras específicas de 
acordo com a posição da sílaba tônica. 
Palavras oxítonas levam acento quando terminadas 
em vogal, "s" ou "m", e paroxítonas quando não 
terminadas nessas letras, já as proparoxítonas sempre 
recebem acento. 
Exemplos de Oxítonas incluem: 
"café": A sílaba tônica é "fé". 
"papel": A sílaba tônica é "pel". 
"parabéns": A sílaba tônica é "béns". 
"condomínio": A sílaba tônica é "mi". 
"amor": A sílaba tônica é "mor". 
"computador": A sílaba tônica é "dor". 
"maracujá": A sílaba tônica é "já". 
"caminhar": A sílaba tônica é "nhar". 
"país": A sílaba tônica é "ís". 
"também": A sílaba tônica é "bém". 
 Exemplos de Paroxítonas incluem: 
"fácil": A sílaba tônica é "fá". 
"lápis": A sílaba tônica é "láp". 
"móvel": A sílaba tônica é "mó". 
"útil": A sílaba tônica é "ú". 
"férias": A sílaba tônica é "fé". 
"óleo": A sílaba tônica é "ó". 
"pônei": A sílaba tônica é "pô". 
"bíceps": A sílaba tônica é "bí". 
Exemplos de Proparoxítonas incluem: 
"lâmpada": A sílaba tônica é "lâm". 
"médico": A sílaba tônica é "mé". 
"síntese": A sílaba tônica é "sín". 
"esdrúxulo": A sílaba tônica é "es". 
"gramática": A sílaba tônica é "má". 
"público": A sílaba tônica é "pú". 
"pássaro": A sílaba tônica é "pás". 
"término": A sílula tônica é "tér". 
"cântico": A sílaba tônica é "cân". 
"náusea": A sílaba tônica é "náu" 
É importante estar atento às regras específicas de 
cada caso, pois a ortografia oficial da língua 
portuguesa está sujeita a alterações e atualizações. 
4. Domínio dos mecanismos de coesão 
textual: Emprego de elementos de 
referenciação, substituição e repetição, de 
conectores e outros elementos de 
sequenciação textual; 
Emprego/correlação de tempos e modos 
verbais 
Os elementos de coesão são fundamentais para 
garantir a fluidez e a clareza do texto, permitindo que 
as ideias se conectem de maneira lógica e coesa. 
Abaixo, apresento uma visão abrangente e atualizada 
sobre os principais elementos de coesão: 
Referenciação 
Pronomes: Utilizados para substituir substantivos já 
mencionados no texto, evitando repetições 
desnecessárias. 
Exemplos: 
"João comprou um livro. Ele gostou muito da 
história." 
"ele": Substitui um substantivo masculino singular já 
mencionado. Exemplo: "João comprou um livro. Ele 
é muito interessante." 
"ela": Substitui um substantivo feminino singular já 
mencionado. Exemplo: "Maria viu o filme. Ela 
gostou muito." 
"eles": Substitui um substantivo masculino plural já 
mencionado. Exemplo: "Os alunos estudaram 
bastante. Eles passaram na prova." 
"elas": Substitui um substantivo feminino plural já 
mencionado. Exemplo: "As meninas foram ao 
parque. Elas se divertiram muito." 
"isso": Substitui um substantivo ou uma ideia já 
mencionada. Exemplo: "Gostei da apresentação. Isso 
foi muito bem feito." 
"nós": Substitui um substantivo plural de primeira 
pessoa. Exemplo: "Eu e meus amigos vamos ao 
cinema. Nós vamos assistir a um filme." 
"você": Substitui um substantivo de segunda pessoa 
do singular. Exemplo: "Carlos, você pode me ajudar 
com isso?" 
"vocês": Substitui um substantivo de segunda pessoa 
do plural. Exemplo: "Ana e Pedro, vocês já 
terminaram o trabalho?" 
"meu": Substitui um substantivo indicando posse de 
primeira pessoa do singular. Exemplo: "Este é o meu 
livro. Meu livro é azul." 
"teu": Substitui um substantivo indicando posse de 
segunda pessoa do singular. Exemplo: "Onde está o 
teu caderno? Teu caderno está na mesa." 
Advérbios e Expressões Adverbiais: Podem 
referir-se a termos anteriores no texto, fornecendo 
informações adicionais. 
Exemplos de Advérbios: 
Rapidamente: Ele correu rapidamente para chegar a 
tempo. 
Silenciosamente: Ela entrou na sala silenciosamente. 
Bem: Ele se saiu muito bem na entrevista. 
Mal: Ela se sentiu mal após comer aquilo. 
Felizmente: Felizmente, conseguimos resolver o 
problema a tempo. 
Infelizmente: Infelizmente, o voo foi cancelado. 
Aqui: Estou aqui para te ajudar. 
Agora: Precisamos resolver isso agora mesmo. 
Muito: Ele estudou muito para a prova. 
Pouco: Ela comeu pouco no jantar. 
Expressões Adverbiais: 
De repente: De repente, começou a chover. 
Às vezes: Às vezes, é melhor ficar em silêncio. 
Ao mesmo tempo: Eles chegaram ao mesmo tempo. 
De vez em quando: De vez em quando, vou à 
academia. 
No entanto: Ele estava cansado; no entanto, 
continuou a trabalhar. 
Por outro lado: Ela gosta de esportes; por outro lado, 
ele prefere ler. 
Assim que: Assim que ela chegou, começamos a 
festa. 
Enquanto isso: Ele estudava; enquanto isso, ela 
assistia TV. 
À medida que: À medida que o tempo passa, as 
coisas mudam. 
De propósito: Ele quebrou o vaso de propósito. 
Coesão Sequencial 
Conjunções: Palavras que ligam partes do texto, 
indicando relações de causa, consequência, 
oposição, entre outras. 
Exemplos: "Ele estudou bastante, portanto passou no 
exame." 
Aditivas: Adicionam informações 
E: Ele gosta de dançar e cantar. 
Também: Vou ao cinema também. 
Além disso: Estudei muito, além disso, fiz revisões. 
Adversativas: Expressam contraste. 
Mas: Gostaria de ir, mas estou ocupado. 
Porém: Estava cansado, porém continuei a trabalhar. 
Entretanto: Chove lá fora, entretanto vamos sair. 
Alternativas: Expressam alternância ou escolha. 
Ou: Vamos ao parque ou à praia. 
Nem: Ele nem ela compareceram à reunião. 
Ou... ou: Você pode escolher ou sair ou ficar em 
casa. 
Conclusivas: Indicam conclusão. 
Logo: Estava tarde, logo decidi ir para casa. 
Portanto: Estudei bastante, portanto passei na prova. 
Assim: Cheguei cedo, assim pude aproveitar o dia. 
Conjunções Subordinativas 
Causais: Indicam causa. 
Porque: Ele saiu cedo porque tinha uma reunião. 
Como: Ele não veio, como estava doente. 
Visto que: Visto que chove, vamos adiar o passeio. 
Consecutivas: Indicam consequência. 
Que: Estava tão cansado que dormiu profundamente. 
De modo que: Estudei muito, de modo que passei na 
prova. 
Tal que: Ela gritou tanto tal que todos ouviram. 
Comparativas: Estabelecem comparação. 
Como: Ele é inteligente como o irmão. 
Do que: Ela é mais alta do que eu. 
Assim como: Ele gosta de esportes, assim como ela. 
Concessivas: Expressam concessão. 
Embora: Estava cansado, embora continuei 
trabalhando. 
Apesar de que: Apesar de que chovia, fomos à praia. 
Mesmo que: Mesmo que eu queira, não posso ir. 
Conectivos: Expressões que estabelecem conexões 
entre as ideias, como "por outro lado", "além disso", 
"devido a". 
Exemplo: "Ele não compareceu à reunião; 
consequentemente, perdeu a oportunidade de 
apresentar suas ideias." 
Adição: 
Além disso: Além disso, é importante estudar para a 
prova. 
Também: Ela gosta de dançar; também canta muito 
bem. 
Consequência: 
Portanto: Ele estudou bastante, portanto passou no 
exame. 
Logo: A chuva é intensa, logo as ruas estão alagadas. 
Causa: 
Porque: Ele faltou à aula porque estava doente. 
Pois: Ele não veio, pois seu carro quebrou.Condição: 
Se: Se estudar mais, terá melhores resultados. 
Caso: Caso chova, vamos adiar o passeio. 
Concessão: 
Embora: Embora seja difícil, ele conseguiu 
completar o projeto. 
Apesar de: Apesar de cansado, ele continuou 
trabalhando. 
Comparação: 
Assim como: Ele é inteligente, assim como seu 
irmão. 
Tal como: Ela é talentosa, tal como sua mãe. 
Explicação: 
Porque: Ela não veio à festa porque estava viajando. 
Pois: Ele não pode sair, pois está doente. 
Conclusão: 
Assim: Estudei muito, assim passei no exame. 
Então: Ele se esforçou, então alcançou seus 
objetivos. 
Contraste: 
Mas: Ele queria sair, mas estava chovendo. 
Porém: Ela é inteligente, porém não se esforça muito. 
Tempo: 
Enquanto: Ele estudava, ela assistia TV. 
Antes que: Termine o trabalho antes que anoiteça. 
Coesão Lexical 
Repetição de Palavras: Quando uma palavra é 
repetida ao longo do texto para evitar ambiguidade 
ou enfatizar uma ideia. 
Exemplo: "A água da fonte é limpa. A limpeza da 
água é surpreendente." 
Repetição para ênfase: 
"Ele foi corajoso, verdadeiramente corajoso, ao 
enfrentar o desafio." 
"A alegria dela era contagiante, contagiante como 
um sorriso de criança." 
Repetição para retomar um tema: 
"O amor, o verdadeiro amor, é paciente e generoso." 
"O estudo é fundamental. O estudo constante traz 
conhecimento." 
Repetição para criar ritmo ou cadência: 
"Ela esperava, esperava ansiosamente por aquele 
momento." 
"A vida é feita de desafios, desafios que nos fazem 
crescer." 
Repetição para enfatizar uma ideia de contraste: 
"Ele era um líder forte, forte o suficiente para admitir 
seus erros." 
"O tempo passa rápido, rápido demais para 
desperdiçar." 
Repetição para criar paralelismo: 
"A felicidade dele era genuína, alegria genuína que 
contagiava a todos." 
"O esforço é recompensador, trabalho árduo é 
sempre recompensador." 
Sinônimos e Paráfrases: Substituição de termos 
por sinônimos ou expressões equivalentes. 
Exemplo: "O carro é rápido. O veículo possui 
grande velocidade." 
Sinônimos: 
Feliz e Contente: Ele ficou feliz com a notícia. 
Grande e Enorme: O problema era grande demais 
para ser ignorado. 
Comer e Ingerir: É importante ingerir alimentos 
saudáveis. 
Rápido e Veloz: O carro foi veloz na pista. 
Bonito e Atraente: Ela usava um vestido muito 
atraente. 
Paráfrases: 
Original: "O amor é uma força poderosa que move o 
mundo." 
Paráfrase: "O sentimento de amor tem um grande 
impacto no funcionamento do planeta." 
Original: "A educação é a chave para o progresso 
humano." 
Paráfrase: "O avanço da humanidade depende 
diretamente do acesso à educação." 
Original: "A felicidade não está na posse de bens 
materiais, mas sim na qualidade dos 
relacionamentos." 
Paráfrase: "A verdadeira felicidade não se encontra 
na acumulação de riquezas, mas sim na profundidade 
dos vínculos humanos." 
Original: "A justiça é essencial para a harmonia 
social." 
Paráfrase: "A busca por equidade é fundamental para 
garantir o equilíbrio na convivência entre as 
pessoas." 
Original: "A natureza é fonte de inspiração e beleza." 
Paráfrase: "Os elementos naturais são uma fonte 
inesgotável de criatividade e encanto." 
Coesão Gramatical: 
Elipse: Omissão de termos já mencionados, desde 
que sua ausência não prejudique a compreensão do 
texto. 
Exemplo: "Você gosta de sorvete? Eu também." 
Elipse de verbos: 
Original: "Pedro gosta de sorvete, e Maria também." 
Elipse: "Pedro gosta de sorvete, e Maria também 
(gosta de sorvete)." 
Elipse de pronomes: 
Original: "Você gosta de música clássica? Eu 
também gosto." 
Elipse: "Você gosta de música clássica? Eu também 
(gosto)." 
Elipse de adjetivos ou advérbios: 
Original: "Ela é inteligente; ele, nem tanto." 
Elipse: "Ela é inteligente; ele, nem tanto 
(inteligente)." 
Elipse de preposições: 
Original: "Ele foi para a escola, e ela para o 
trabalho." 
Elipse: "Ele foi para a escola, e ela para o trabalho 
(para o trabalho)." 
Elipse de elementos da frase: 
Original: "Os alunos estudaram para a prova; os 
professores, para a palestra." 
Elipse: "Os alunos estudaram para a prova; os 
professores, para a palestra (estudaram para a 
palestra)." 
Anáfora e Catáfora: Anáfora refere-se a retomar 
um termo já mencionado anteriormente no texto, 
enquanto catáfora antecipa a menção de um termo 
que será explicado posteriormente. 
 
Exemplos: 
"João comprou uma bicicleta. Ela é azul." (anáfora); 
"A surpresa foi grande. Uma nova aventura o 
aguardava." (catáfora). 
Anáfora é a repetição de uma palavra ou 
expressão no início de frases ou versos para 
retomar algo que já foi mencionado 
anteriormente: 
Anáfora de palavras: 
"O sol brilha no céu. O sol ilumina a Terra. O sol traz 
calor." 
Nesse caso, "o sol" é repetido para retomar o mesmo 
referente em diferentes frases. 
Anáfora de pronomes: 
"Ela foi à praia. Ela nadou no mar. Ela aproveitou o 
sol." 
Aqui, "ela" é usado para retomar a mesma pessoa em 
diferentes partes do texto. 
Anáfora de expressões: 
"Naquele dia, ele estava feliz. Naquele dia, ele estava 
radiante. Naquele dia, ele sorria o tempo todo." 
A expressão "naquele dia" é repetida para se referir 
ao mesmo momento específico. 
Catáfora é o uso de uma palavra ou expressão 
para referir-se a algo que será mencionado 
posteriormente no texto: 
Catáfora de palavras: 
"O sorriso era contagiante. Ele iluminava a sala 
toda." 
Nesse caso, "o sorriso" é mencionado primeiro e 
depois é explicado como ele era contagiante. 
Catáfora de pronomes: 
"Ela disse que voltaria para casa. E assim ela fez." 
Aqui, "ela" é mencionada antes de ser explicado o 
que ela fez. 
 
Catáfora de expressões: 
"Assim que terminou o trabalho, ela saiu correndo." 
A expressão "assim que" é usada para antecipar o que 
aconteceu após o término do trabalho. 
Coesão Global: 
Progressão Temática: Organização das ideias de 
forma a garantir a sequência lógica e progressiva do 
texto, levando o leitor de uma ideia a outra de 
maneira coerente. 
Progressão Cronológica: 
Exemplo: "Na infância, aprendemos a brincar. Na 
adolescência, descobrimos novas paixões. Na vida 
adulta, enfrentamos desafios profissionais." 
Progressão Espacial: 
Exemplo: "Primeiro, exploramos a cidade. Depois, 
viajamos para o interior. Por fim, conhecemos 
lugares exóticos ao redor do mundo." 
Progressão de Causa e Efeito: 
Exemplo: "O aumento da poluição levou ao 
aquecimento global. Como consequência, houve 
mudanças climáticas drásticas em várias regiões." 
Progressão de Exemplificação: 
Exemplo: "Existem muitas frutas tropicais, como a 
manga, a banana e o abacaxi. Todas essas frutas são 
ricas em vitaminas e minerais essenciais." 
Progressão de Contraste: 
Exemplo: "Enquanto alguns preferem o calor do 
verão, outros gostam do frio do inverno. Essa 
diversidade de preferências mostra como somos 
diferentes." 
Progressão de Comparação: 
Exemplo: "Assim como as estações do ano mudam, 
nossas vidas passam por diferentes fases. Cada fase 
tem suas próprias características e desafios." 
Paralelismo: Repetição de estruturas gramaticais ou 
de ideias de forma similar ao longo do texto, 
proporcionando unidade e harmonia. 
Exemplo: "Amar é viver; viver é amar." 
É essencial compreender e utilizar adequadamente 
esses elementos de coesão para produzir textos 
coesos e de fácil compreensão. Uma boa prática é 
revisar o texto em busca de possíveis desconexões ou 
ambiguidades, garantindo sua coesão global. 
Paralelismo de Sintaxe: 
"O correr, o saltar, o brincar - tudo fazia parte da 
alegria da infância." 
"Ele cantava no chuveiro, dançava na sala, sorria o 
tempo todo." 
Paralelismo de Palavras ou Frases Equivalentes: 
"Estudar é importante, trabalhar é essencial, mas 
sonhar é imprescindível." 
"Ela é doce como um mel, gentil como uma brisa, 
forte como uma rocha." 
Paralelismo de Estrutura Gramatical: 
"Elegosta de nadar, de correr e de jogar futebol." 
"Ela estudou, praticou e se dedicou ao máximo." 
Paralelismo de Elementos Contrastantes: 
"O inverno traz frio, o verão, calor; mas a primavera 
traz flores e alegria." 
"A vida tem altos e baixos, desafios e vitórias; o 
importante é seguir em frente." 
Paralelismo de Tempo: 
"Hoje é um novo dia, amanhã será outro, mas sempre 
teremos o agora." 
"Ontem foi um sonho, hoje é realidade, amanhã será 
uma esperança." 
Elementos de Referenciação, Substituição 
e Repetição: 
Referenciação: Consiste no uso de elementos para 
se referir a algo mencionado anteriormente no texto, 
evitando repetições desnecessárias. 
Exemplo: "O menino gostava de brincar. Ele era 
muito criativo." 
 
Referenciação por repetição: 
Original: "O carro era vermelho. O carro estava 
estacionado na esquina." 
Referenciação: "O carro era vermelho. Ele estava 
estacionado na esquina." 
Referenciação por pronomes: 
Original: "Maria comprou um vestido novo. O 
vestido era azul." 
Referenciação: "Maria comprou um vestido novo. 
Ele era azul." 
Referenciação por sinônimos: 
Original: "O projeto foi concluído. A iniciativa foi 
um sucesso." 
Referenciação: "O projeto foi concluído. A iniciativa 
foi um sucesso." 
Referenciação por expressões equivalentes: 
Original: "A festa foi animada. A celebração durou 
até tarde." 
Referenciação: "A festa foi animada. A celebração 
durou até tarde." 
Referenciação por elipse: 
Original: "O cachorro era brincalhão. O cachorro 
adorava correr no parque." 
Referenciação: "O cachorro era brincalhão. Adorava 
correr no parque." 
Substituição: Refere-se à troca de termos por 
pronomes ou expressões equivalentes para evitar a 
repetição excessiva de palavras. 
Exemplo: "Pedro comprou um livro. Ele começou a 
lê-lo." 
Substituição por Pronomes: 
Original: "João comprou um livro. O livro é 
interessante." 
Substituição: "João comprou um livro. Ele é 
interessante." 
 
Substituição por Expressões Equivalentes: 
Original: "O carro quebrou. O veículo precisou ser 
rebocado." 
Substituição: "O carro quebrou. O veículo precisou 
ser rebocado." 
Substituição por Sinônimos: 
Original: "A cidade é bonita. O município atrai 
muitos turistas." 
Substituição: "A cidade é bonita. O local atrai muitos 
turistas." 
Substituição por Elipse: 
Original: "Maria estudou muito para a prova. A 
estudante obteve uma boa nota." 
Substituição: "Maria estudou muito para a prova. 
Obteve uma boa nota." 
Substituição por Expressões de Igual Valor: 
Original: "Ele comprou um celular novo. O aparelho 
é moderno." 
Substituição: "Ele comprou um celular novo. O 
dispositivo é moderno." 
Repetição: Quando necessária, a repetição de 
palavras pode ser empregada para enfatizar um ponto 
importante ou criar uma sensação de continuidade. 
Exemplo: "A casa era grande. Grande o suficiente 
para abrigar toda a família." 
Repetição para ênfase: 
"A perseverança é chave. Chave para alcançar os 
objetivos." 
Repetição para continuidade: 
"O amor é eterno. Eterno como o tempo, tempo que 
não para." 
Repetição para reforço: 
"Ele é um líder líder. Líder que inspira e motiva." 
Repetição para clareza: 
"A educação é essencial. Essencial para o 
desenvolvimento, desenvolvimento pessoal e 
social." 
Repetição para criação de ritmo: 
"A música é vida. Vida que pulsa, pulsa no coração 
de quem ouve." 
Repetição para impacto emocional: 
"A liberdade é tudo. Tudo o que buscamos, 
buscamos para viver plenamente." 
Conectores: 
Conectores Coesivos: São palavras ou expressões 
que estabelecem conexões entre as partes do texto, 
como adição, contraste, comparação, causa, 
consequência, entre outros. 
Exemplo: "Além disso, portanto, por outro lado, no 
entanto, de acordo com". 
Conectores Aditivos: 
Além disso, também, igualmente, ainda, além disso. 
Exemplo: "Ela gosta de dançar; além disso, canta 
muito bem." 
Conectores Adversativos: 
Mas, porém, contudo, todavia, no entanto. 
Exemplo: "Ele queria ir ao cinema, mas o filme 
estava esgotado." 
Conectores Conclusivos: 
Logo, portanto, assim, por conseguinte, então. 
Exemplo: "Estudei muito, portanto passei na prova." 
Conectores Causais: 
Porque, pois, já que, visto que, uma vez que. 
Exemplo: "Ele faltou à aula porque estava doente." 
Conectores Explicativos: 
Ou seja, isto é, por exemplo, em outras palavras. 
Exemplo: "Ela adora esportes, ou seja, gosta de 
praticar várias modalidades." 
Conectores Temporais: 
Antes, depois, enquanto, durante, em seguida. 
Exemplo: "Ele chegou antes do horário marcado." 
Conectores Condicional: 
Se, caso, desde que, contanto que, a menos que. 
Exemplo: "Vou sair mais cedo se terminar o trabalho 
a tempo." 
Outros Elementos de Sequenciação 
Textual: 
Organização Lógica: Estruturar o texto de forma 
lógica e sequencial, garantindo que as informações 
sejam apresentadas de maneira coerente e 
compreensível. 
O Prepara Estudos elaborou um exemplo de 
organização lógica obedecendo a estrutura já citada 
em itens acima. Segue. 
Tema: Impacto das redes sociais na sociedade 
contemporânea 
Introdução: 
As redes sociais tornaram-se uma parte integral da 
vida cotidiana para milhões de pessoas em todo o 
mundo. Seu impacto na sociedade contemporânea é 
significativo, influenciando desde a maneira como 
nos comunicamos até o modo como consumimos 
informações. 
Desenvolvimento: 
1. Aspectos positivos das redes sociais: 
As redes sociais têm facilitado a conexão entre 
pessoas, independentemente da distância geográfica. 
Por meio delas, é possível manter contato com 
amigos e familiares, compartilhar experiências e 
fortalecer laços afetivos. Além disso, as redes sociais 
têm sido usadas como ferramentas poderosas para 
mobilização social e conscientização sobre questões 
importantes, como direitos humanos e 
sustentabilidade. 
2. Impacto nas relações interpessoais: 
No entanto, o uso excessivo das redes sociais 
também pode ter impactos negativos nas relações 
interpessoais. Muitas vezes, as interações virtuais 
substituem as conversas presenciais, levando à 
superficialidade nas relações e à diminuição da 
empatia. O fenômeno da "fobia social" também tem 
sido associado ao uso exacerbado das redes sociais, 
especialmente entre os jovens. 
3. Disseminação de informações e desinformação: 
As redes sociais têm um papel fundamental na 
disseminação de informações em tempo real. No 
entanto, a falta de verificação de fatos e a propagação 
de notícias falsas têm sido preocupações crescentes. 
Isso pode levar a consequências sérias, como a 
polarização política e social e a desconfiança em 
fontes de informação confiáveis. 
Conclusão: 
Em suma, as redes sociais têm um impacto profundo 
na sociedade contemporânea, tanto positivo quanto 
negativo. É importante reconhecer os benefícios que 
elas trazem, ao mesmo tempo em que se promove um 
uso consciente e crítico, visando minimizar os efeitos 
adversos. 
Dessa forma, é possível perceber uma estrutura 
lógica ao articular as ideias do texto tendo, portanto, 
início, meio e fim. 
Progressão Temática: Gradualmente desenvolver e 
expandir os temas ao longo do texto, de modo que 
haja uma progressão natural de ideias. 
Exemplo: 
Tema: Importância da preservação ambiental 
para o futuro do planeta 
Introdução: 
A preservação ambiental é um tema de extrema 
relevância nos dias de hoje, dada a crescente 
preocupação com os impactos das atividades 
humanas no meio ambiente. Neste texto, 
exploraremos a importância de preservar os 
ecossistemas naturais para garantir um futuro 
sustentável para o nosso planeta. 
 
 
 
Desenvolvimento: 
1. Conservação da biodiversidade: 
A preservação ambiental é fundamental para a 
conservação da biodiversidade. Os ecossistemas 
naturais abrigam milhões de espécies de plantas, 
animais e micro-organismos, cada um 
desempenhando um papel único e crucialno 
equilíbrio ecológico. 
2. Manutenção dos serviços ecossistêmicos: 
Os ecossistemas naturais prestam uma série de 
serviços essenciais para a sobrevivência humana, 
como a purificação da água, a regulação do clima, a 
polinização das plantas e o controle de pragas. 
3. Mitigação das mudanças climáticas: 
A preservação ambiental desempenha um papel 
crucial na mitigação das mudanças climáticas. Os 
ecossistemas naturais, como florestas, manguezais e 
solos saudáveis, atuam como sumidouros de 
carbono, ajudando a remover o dióxido de carbono 
da atmosfera e a estabilizar o clima global. 
Conclusão: 
Diante dos desafios ambientais que enfrentamos 
atualmente, é imperativo que adotemos medidas 
eficazes para preservar os ecossistemas naturais. A 
preservação ambiental não é apenas uma questão de 
responsabilidade moral, mas também uma 
necessidade para garantir um futuro sustentável para 
as gerações presentes e futuras. É hora de agir com 
urgência e determinação para proteger e restaurar os 
preciosos recursos naturais do nosso planeta. 
A progressão temática ocorre ao longo do texto, com 
cada parágrafo desenvolvendo uma ideia específica 
relacionada à importância da preservação ambiental: 
conservação da biodiversidade, manutenção dos 
serviços ecossistêmicos e mitigação das mudanças 
climáticas. 
Paralelismo: Manter estruturas paralelas em frases 
ou parágrafos para criar fluidez e harmonia no texto. 
Paralelismo em textos em língua portuguesa refere-
se à estruturação de frases ou expressões de forma 
que mantenham uma construção similar ou 
simétrica, seja na gramática, no estilo ou no 
significado. 
Aqui estão alguns exemplos: 
Gramatical: 
Exemplo: "Ele gosta de correr, nadar e saltar." 
Neste exemplo, há um paralelismo gramatical 
porque todas as atividades estão expressas na mesma 
forma verbal, no infinitivo. 
Estilístico: 
Exemplo: "A cidade era caótica, ruidosa e poluída." 
Aqui, há um paralelismo estilístico, pois todas as 
palavras usadas para descrever a cidade têm uma 
carga negativa e seguem o mesmo padrão de 
estruturação (adjetivo, adjetivo e adjetivo). 
Semântico: 
Exemplo: "Ela plantava sonhos, regava esperanças e 
colhia sorrisos." 
Neste caso, há um paralelismo semântico, onde as 
ações realizadas ("plantar", "regar" e "colher") têm 
um significado simbólico semelhante, representando 
o ciclo de realização de objetivos ou desejos. 
O paralelismo é uma técnica comum em textos 
literários, discursos, poesias e até mesmo em prosa, 
ajudando a criar ritmo, coesão e ênfase no texto. 
Emprego/Correlação de Tempos e Modos 
Verbais: 
Concordância Temporal: Garantir que os tempos 
verbais estejam em harmonia com o contexto 
temporal do texto, evitando discrepâncias que 
possam causar confusão ao leitor. 
Exemplos de Concordância Temporal 
Presente do Indicativo: 
"Ela estuda todos os dias." 
Neste exemplo, o verbo "estuda" está no presente do 
indicativo, concordando com o sujeito "ela". 
Pretérito Perfeito do Indicativo: 
"Ontem, eu terminei o trabalho." 
Aqui, o verbo "terminei" está no pretérito perfeito do 
indicativo, indicando uma ação concluída no 
passado. 
Futuro do Presente do Indicativo: 
"Amanhã, nós faremos uma viagem." 
O verbo "faremos" está no futuro do presente do 
indicativo, indicando uma ação que ocorrerá no 
futuro em relação ao momento da fala. 
Futuro do Pretérito do Indicativo: 
"Se eu ganhasse na loteria, compraria uma casa 
nova." 
O verbo "ganhasse" está no futuro do pretérito do 
indicativo, indicando uma ação hipotética que 
poderia ocorrer no futuro em relação a um momento 
passado. 
Modos Verbais: Utilizar os modos verbais de 
acordo com a intenção comunicativa, como o 
indicativo para fatos reais, o subjuntivo para 
possibilidades, desejos ou condições não realizadas, 
e o imperativo para ordens ou pedidos. 
Indicativo: 
"Eu trabalho todos os dias." 
"Ela estuda para o exame." 
"Eles foram ao cinema ontem." 
Subjuntivo: 
"Espero que você venha à festa." 
"É importante que ele faça sua parte." 
"Tomara que o tempo melhore." 
Imperativo: 
"Estude para a prova." 
"Não corra tão rápido!" 
"Faça o seu melhor." 
Condicional: 
"Eu gostaria de viajar para a Europa." 
"Se chovesse, iríamos ao cinema." 
"Eu te ajudaria se pudesse." 
Esses exemplos demonstram o uso dos quatro modos 
verbais em português: indicativo, subjuntivo, 
imperativo e condicional. 
Coerência Temporal: Manter a coerência temporal 
ao longo do texto, evitando mudanças abruptas de 
tempo verbal que possam prejudicar a compreensão. 
É fundamental utilizar esses elementos de forma 
adequada para garantir a coesão e a clareza do texto. 
Praticar a escrita e revisar o texto com atenção são 
práticas importantes para aprimorar o domínio 
desses mecanismos e melhorar a qualidade da 
comunicação escrita. 
 Aqui estão alguns exemplos de coerência temporal 
em frases: 
Coerência no uso de tempos verbais: 
"Ontem, eu acordei cedo, tomei café da manhã e fui 
para o trabalho." 
Neste exemplo, as ações estão descritas na ordem 
cronológica correta, usando os tempos verbais 
adequados para indicar o passado ("acordei", 
"tomei") e a sequência das atividades. 
Coerência na sequência de eventos: 
"João comprou os ingredientes, preparou o bolo e 
depois o assou." 
Aqui, a sequência das ações está clara e lógica, 
seguindo o processo de fazer um bolo na ordem 
adequada. 
Coerência temporal em narrativas: 
"Quando ela chegou em casa, já estava escuro. Ela 
acendeu as luzes, sentou-se no sofá e ligou a 
televisão." 
Neste exemplo, os eventos são narrados de forma 
coerente com a passagem do tempo: primeiro, a 
personagem chega em casa ao anoitecer, depois 
realiza ações relacionadas à chegada em casa. 
Coerência na expressão de duração: 
"Durante o verão, os dias são mais longos e as noites 
mais curtas." 
Aqui, a descrição das estações do ano segue uma 
lógica temporal, indicando a duração relativa dos 
dias e das noites durante o verão. 
Domínio da estrutura morfossintática do 
período: Relações de coordenação entre 
orações e entre termos da oração; 
Relações de subordinação entre orações e 
entre termos da oração; Emprego dos 
sinais de pontuação; Concordância 
verbal e nominal; Emprego do sinal 
indicativo de crase; Colocação dos 
pronomes átonos. 
A estrutura morfossintática de um período diz 
respeito à organização gramatical das palavras 
dentro de uma frase ou oração. Isso envolve a análise 
das relações entre os diversos elementos da frase, 
como o sujeito, o predicado, os complementos 
verbais e nominais, e os adjuntos adverbiais, entre 
outros. 
Sujeito: É o termo da oração que realiza ou sofre 
a ação verbal. Pode ser simples, composto, oculto 
(ou elíptico) ou indeterminado. 
Exemplo: "O menino correu." 
Sujeito Simples: 
"O cachorro latiu a noite toda." 
"A professora explicou a matéria." 
Sujeito Composto: 
"João e Maria foram ao parque." 
"Cachorros e gatos não se dão bem." 
Sujeito Oculto (ou elíptico): 
"Fui ao mercado." (O sujeito é "eu", mas não está 
explicitamente mencionado na frase) 
"Estudamos a tarde inteira." (O sujeito é "nós") 
Sujeito Indeterminado: 
"Dizem que a festa foi incrível." (Não se sabe quem 
disse) 
"Precisa-se de funcionários." (O verbo na voz 
passiva sintética indica um sujeito indeterminado) 
Sujeito Inexistente (ou oração sem sujeito): 
"Choveu muito ontem." 
"Fazia calor na praia." 
Predicado: É o termo da oração que expressa a ação 
verbal e suas circunstâncias. Pode ser verbal, quando 
contém um verbo significativo, ou nominal, quando 
o núcleo do predicado é um nome ou um adjetivo. 
Exemplo: "O menino correu rápido." 
Predicado Verbal: O núcleo é um verbo 
significativo. 
"A menina brincou no parque." 
"Eles viajaram para a praia." 
Predicado Nominal: O núcleo é um nome 
(substantivo ou adjetivo) e tem um verbo de 
ligação. 
"Ela está feliz." 
"Ocarro é novo." 
Predicado Verbo-Nominal: Tem dois núcleos: um 
verbo significativo e um nome (substantivo ou 
adjetivo) que complementa a ação. 
"O aluno chegou cansado." 
"A equipe voltou vitoriosa." 
Complementos Verbais e Nominais: 
São termos que adicionam informações necessárias 
para completar o sentido de verbos ou nomes em uma 
frase. Os complementos verbais podem ser objeto 
direto, objeto indireto, entre outros, enquanto os 
complementos nominais acrescentam significado aos 
substantivos. Exemplo: "Ele comprou um presente 
para a mãe." Aqui, "um presente" é o complemento 
verbal (objeto direto) que completa o verbo 
"comprou", e "para a mãe" é outro complemento 
verbal (objeto indireto) que também complementa o 
verbo. Por isso, o prepara estudos cita alguns 
exemplos de complementos verbais e nominais em 
frases: 
Complementos Verbais 
Objeto Direto: 
"Ela leu um livro." 
"um livro" é o objeto direto que completa o sentido 
do verbo "leu". 
Objeto Indireto: 
"Ele entregou flores à professora." 
"à professora" é o objeto indireto que completa o 
sentido do verbo "entregou". 
Complementos Nominais 
Complemento Nominal: 
"Ela tem medo de altura." 
"de altura" é o complemento nominal que completa 
o sentido do nome "medo". 
Complemento Nominal: 
"Eles estavam ansiosos por notícias." 
"por notícias" é o complemento nominal que 
completa o sentido do adjetivo "ansiosos". 
Esses exemplos demonstram como os complementos 
verbais e nominais funcionam para adicionar 
informações necessárias e completar o sentido de 
verbos e nomes em uma frase. 
Adjuntos Adverbiais: 
São termos que indicam as circunstâncias em que a 
ação verbal ocorre, como tempo, modo, lugar, causa, 
entre outros. Eles fornecem informações adicionais 
sobre o verbo, especificando detalhes da ação. 
Exemplo: "Ele estudou muito para a prova." Nesse 
caso, "muito" é um adjunto adverbial que indica a 
intensidade com que a ação de estudar foi realizada 
A equipe Prepara Estudos separou alguns exemplos; 
Adjunto Adverbial de Tempo 
"Ela chegou cedo." 
"Vamos viajar amanhã." 
"Eles estudaram durante a noite." 
"Ele sempre acorda às seis da manhã." 
 
Adjunto Adverbial de Modo 
"Ele falou calmamente." 
"Ela resolveu o problema rapidamente." 
"Eles trabalharam arduamente." 
"Ele dirigiu cuidadosamente." 
Adjunto Adverbial de Lugar 
"Eles moram na cidade." 
"Ele deixou o carro na garagem." 
"Nós nos encontramos no parque." 
"Ela está em casa." 
Adjunto Adverbial de Causa 
"Ela chorou por tristeza." 
"Ele faltou à aula por estar doente." 
"Eles comemoraram pela vitória." 
"Ela gritou de dor." 
Adjunto Adverbial de Intensidade 
"Ele correu muito." 
"Ela gostava bastante de ler." 
"Ele ficou extremamente feliz." 
"Ela trabalha demais." 
Adjunto Adverbial de Finalidade 
"Estudamos para o exame." 
"Ele foi à loja para comprar pão." 
"Ela treinou para a competição." 
"Eles economizaram dinheiro para a viagem." 
Adjunto Adverbial de Condição 
"Se chover, não sairemos." 
"Caso precise, ligue para mim." 
"Se ele vier, avisem-me." 
"Se fizer sol, iremos à praia." 
Esses exemplos mostram como os adjuntos 
adverbiais adicionam informações importantes 
sobre a ação verbal, detalhando as circunstâncias 
em que ela ocorre. 
Orações Subordinadas e Coordenadas: 
As orações podem ser classificadas como 
subordinadas, quando dependem de outra oração 
para ter sentido completo, ou coordenadas, quando 
têm sentido independente. 
Exemplo de oração subordinada: "Quando 
chegou, ele foi direto para o escritório." 
Orações Subordinadas são aquelas que dependem 
de outra oração para terem sentido completo. Elas 
são introduzidas por conjunções subordinativas e 
desempenham uma função sintática dentro da oração 
principal. 
Exemplo: "Quando chegou, ele foi direto para o 
escritório." 
Aqui, "quando chegou" é uma oração subordinada 
que depende da oração principal "ele foi direto para 
o escritório" para ter sentido completo. 
Orações Coordenadas são aquelas que têm sentido 
independente e se conectam a outras orações por 
meio de conjunções coordenativas, sem dependerem 
sintaticamente uma da outra. 
Exemplo: "Ele chegou e foi direto para o escritório." 
Neste caso, "ele chegou" e "foi direto para o 
escritório" são orações coordenadas que têm sentido 
completo por si mesmas e estão conectadas pela 
conjunção "e" 
Orações Subordinadas Substantivas 
Subjetiva: "Que ele venha logo é fundamental para 
o projeto." 
Explicação: Neste caso, a oração subordinada 
subjetiva atua como sujeito da oração principal. Ela 
introduz uma ideia que é essencial para o sentido 
completo da frase. 
Objetiva Direta: "Eu espero que ele compre o 
livro." 
Explicação: Aqui, a oração subordinada objetiva 
direta funciona como objeto direto da oração 
principal. Ela indica o que a pessoa espera que 
aconteça. 
Objetiva Indireta: "Ela pediu que você a ajude." 
Explicação: Nesse exemplo, a oração subordinada 
objetiva indireta é o objeto indireto da oração 
principal. Ela expressa o pedido que foi feito. 
Completiva Nominal: "Tenho a certeza de que ele 
virá." 
Explicação: Aqui, a oração subordinada completiva 
nominal preenche o complemento nominal da oração 
principal. Ela completa o sentido do nome "certeza". 
Orações Subordinadas Adverbiais 
Temporais: "Quando chegares, avisa-me." 
Explicação: A oração subordinada adverbial 
temporal indica o momento em que a ação da oração 
principal ocorrerá. 
Causais: "Como está chovendo, não podemos sair." 
Explicação: Essa oração subordinada adverbial 
causal introduz a causa da ação expressa na oração 
principal. 
Concessivas: "Embora estivesse cansado, continuou 
a trabalhar." 
Explicação: Aqui, a oração subordinada adverbial 
concessiva expressa uma concessão, ou seja, uma 
ideia contrária ao esperado pela ação da oração 
principal. 
Condicionais: "Se você me ajudar, conseguiremos 
terminar mais rápido." 
Explicação: Essa oração subordinada adverbial 
condicional introduz uma condição necessária para a 
realização da ação da oração principal. 
Essas explicações detalham como cada tipo de 
oração subordinada funciona dentro da estrutura da 
frase, complementando ou modificando o sentido da 
oração principal de diferentes maneiras. 
Orações Coordenadas Assindéticas 
Aditiva: "Ela trabalha durante o dia e estuda à 
noite." 
Explicação: A oração coordenada aditiva adiciona 
uma informação similar à oração principal, sem 
estabelecer uma relação de causa ou oposição. 
Alternativa: "Você pode escolher o azul ou o 
vermelho." 
Explicação: A oração coordenada alternativa 
apresenta opções ou alternativas, sendo que apenas 
uma delas será realizada. 
Orações Coordenadas Sindéticas 
Explicativa: "O céu está nublado, pois vai chover." 
Explicação: A oração coordenada explicativa 
fornece uma explicação para a informação 
apresentada na oração principal. 
Conclusiva: "Ele estudou muito, portanto passou na 
prova." 
Explicação: A oração coordenada conclusiva indica 
uma conclusão lógica em relação à ação ou situação 
descrita na oração principal. 
Adversativa: "Ela queria ir ao cinema, mas estava 
sem dinheiro." 
Explicação: A oração coordenada adversativa 
introduz uma ideia oposta àquela expressa na oração 
principal. 
Coordenada Copulativa: "Ela canta e dança muito 
bem." 
Explicação: A oração coordenada copulativa une 
duas ações ou características sem estabelecer relação 
de oposição, causa ou consequência. 
Concordância Verbal e Nominal 
Refere-se à harmonia entre o verbo e seu sujeito na 
concordância verbal, e entre os termos que 
modificam um substantivo em gênero e número na 
concordância nominal. 
Concordância verbal em língua portuguesa refere-
se à harmonização entre o verbo e o sujeito em 
número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª 
pessoa). Isso significa que o verbo deve concordar 
com o sujeito em pessoa e número. 
 
Porexemplo: 
Eu estou feliz. (1ª pessoa do singular) 
Você está feliz. (2ª pessoa do singular) 
Ele/ela está feliz. (3ª pessoa do singular) 
Nós estamos felizes. (1ª pessoa do plural) 
Vocês estão felizes. (2ª pessoa do plural) 
Eles/elas estão felizes. (3ª pessoa do plural) 
Sujeito singular com verbo no singular: 
O menino correu até a escola. 
A flor desabrochou na primavera. 
Sujeito plural com verbo no plural: 
Os alunos estudaram para a prova. 
As crianças brincaram no parque. 
Sujeito composto com verbo no plural: 
O pai e o filho viajaram juntos. 
A maçã e a banana foram compradas na feira. 
Inversão com sujeito singular e verbo no singular: 
No jardim, estava uma borboleta azul. 
À frente da casa, ficava um grande carvalho. 
Inversão com sujeito plural e verbo no plural: 
Nas montanhas, estavam várias cabanas de madeira. 
Na praia, ficavam muitas pessoas tomando sol. 
Concordância em orações subordinadas: 
Ele disse que viria nos visitar. 
A professora pediu que entregássemos os trabalhos 
na próxima semana. 
"Os alunos estão estudando." 
Neste caso, o verbo "estão" concorda em número e 
pessoa com o sujeito "os alunos". 
Exemplo de Concordância Nominal: "As meninas 
bonitas foram embora." 
Aqui, o adjetivo "bonitas" concorda em gênero e 
número com o substantivo "meninas". 
Esses exemplos ilustram como a concordância verbal 
e nominal garante a harmonia gramatical entre os 
elementos da frase em relação ao número, pessoa, 
gênero e tempo verbal. 
A concordância nominal em língua portuguesa 
refere-se à correspondência entre o adjetivo, artigo, 
pronome ou numeral e o substantivo a que se 
referem, em gênero (masculino ou feminino), 
número (singular ou plural) e grau (normal, 
comparativo ou superlativo). 
o Prepara Estudos preparou uma explicação mais 
detalhada sobre cada aspecto da concordância 
nominal: 
Gênero: Os adjetivos, artigos, pronomes e numerais 
concordam em gênero com o substantivo ao qual se 
referem. 
Exemplos: 
O carro vermelho (substantivo masculino, adjetivo 
masculino) 
A casa amarela (substantivo feminino, adjetivo 
feminino) 
Número: Os adjetivos, artigos, pronomes e numerais 
concordam em número com o substantivo ao qual se 
referem. 
Exemplos: 
O menino feliz (singular) 
Os meninos felizes (plural) 
Grau: Os adjetivos concordam em grau (normal, 
comparativo ou superlativo) com o substantivo ao 
qual se referem. 
Exemplos: 
Ela é bonita (grau normal) 
Ele é mais bonito que o irmão (grau comparativo) 
Esta é a mais bonita de todas (grau superlativo) 
Além disso, na concordância nominal, há casos 
específicos a serem observados: 
Substantivos de mesmo gênero: Quando há dois ou 
mais substantivos do mesmo gênero na mesma frase, 
o adjetivo, artigo, pronome ou numeral deve 
concordar com o mais próximo. 
Exemplo: O cachorro e o gato brincalhão 
(brincalhões) estão no jardim. 
Substantivos de gêneros diferentes: Quando há 
substantivos de gêneros diferentes na mesma frase, o 
adjetivo, artigo, pronome ou numeral deve concordar 
no plural e no masculino. 
Exemplo: O pai e a mãe orgulhosos estão na plateia. 
Adjetivos pospostos: Adjetivos pospostos (que vêm 
após o substantivo) concordam em gênero e número 
com o substantivo. 
Exemplo: Mulheres trabalhadoras e homens 
dedicados merecem reconhecimento. 
A concordância nominal é fundamental para a 
correção gramatical e a clareza das frases em 
português. 
Relações de Coordenação entre Orações: 
As relações de coordenação entre orações ocorrem 
quando duas ou mais orações independentes são 
combinadas em uma frase para expressar uma ideia 
mais complexa. Essas orações são igualmente 
importantes e independentes uma da outra. 
Aqui estão alguns exemplos com explicações: 
Eu gosto de estudar, mas ela prefere sair com os 
amigos. 
Explicação: Neste exemplo, as orações "Eu gosto de 
estudar" e "ela prefere sair com os amigos" são 
independentes uma da outra, e estão conectadas pela 
conjunção coordenativa "mas". Ambas as orações 
podem existir independentemente e expressar uma 
ideia completa, mas estão sendo combinadas para 
contrastar duas ações ou preferências diferentes. 
O sol brilha forte, e o céu está claro. 
Explicação: Aqui, as orações "O sol brilha forte" e 
"o céu está claro" estão ligadas pela conjunção 
coordenativa "e". Ambas as orações são 
independentes e expressam informações 
relacionadas sobre as condições climáticas. A 
conjunção "e" é usada para unir essas informações de 
maneira coordenada, indicando uma relação de 
adição ou continuidade. 
Ela foi ao mercado, mas esqueceu a lista de 
compras. 
Explicação: Neste caso, temos duas orações 
independentes: "Ela foi ao mercado" e "esqueceu a 
lista de compras". A conjunção coordenativa "mas" 
é usada para expressar uma relação de contraste entre 
essas duas ações. Enquanto a primeira oração indica 
uma ação realizada, a segunda oração indica uma 
falha ou consequência dessa ação. 
Ele estuda muito, logo obtém boas notas. 
Explicação: Aqui, as orações "Ele estuda muito" e 
"obtém boas notas" estão ligadas pela conjunção 
coordenativa "logo". A conjunção "logo" indica uma 
relação de consequência entre as duas ações. A 
primeira oração expressa uma ação (estudar muito), 
e a segunda oração indica o resultado ou 
consequência dessa ação (obter boas notas). 
Diante desses exemplos, indagamos que as 
principais conjunções coordenativas são: 
Conjunções coordenativas aditivas: são aquelas 
que são utilizadas para adicionar informações ou 
ideias sem indicar contraste ou oposição. Elas são 
usadas para unir elementos semelhantes, 
acrescentando informações ou ampliando o 
significado da frase. Perceba algumas conjunções 
coordenativas aditivas comuns a seguir: 
E: Esta é a conjunção coordenativa aditiva mais 
básica. Ela simplesmente adiciona uma ideia ou 
elemento à outra sem indicar contraste. Por exemplo: 
"Ele gosta de nadar e correr." 
Também: Esta conjunção também é utilizada para 
adicionar uma ideia semelhante à anterior. Por 
exemplo: "Eu gosto de pizza, também gosto de 
massa." 
Além disso: Essa conjunção é utilizada para 
adicionar uma ideia extra à anterior, enfatizando que 
algo está sendo acrescentado. Por exemplo: "Ele é 
inteligente, além disso, é muito trabalhador." 
Ademais: Essa é outra conjunção que pode ser usada 
para adicionar informações ou argumentos. Por 
exemplo: "Ela é talentosa, ademais, é muito 
dedicada." 
Essas conjunções coordenativas aditivas ajudam a 
criar frases mais complexas, adicionando 
informações sem indicar oposição ou contraste entre 
as ideias. 
As conjunções coordenativas adversativas são 
aquelas que estabelecem uma relação de contraste, 
oposição ou concessão entre duas ideias ou partes de 
uma frase. Elas indicam uma discordância ou uma 
condição contrária em relação ao que foi 
mencionado anteriormente. Aqui estão algumas 
conjunções coordenativas adversativas comuns: 
Mas: É uma das conjunções adversativas mais 
utilizadas. Ela indica uma oposição direta entre duas 
ideias. Por exemplo: "Ele queria ir ao cinema, mas 
estava chovendo." 
Porém: Essa conjunção também indica contraste ou 
oposição entre duas partes da frase. Por exemplo: 
"Ela estava cansada, porém decidiu continuar 
trabalhando." 
Contudo: Similar a "porém", essa conjunção 
também expressa uma oposição ou contraste. Por 
exemplo: "Ele estudou muito, contudo não 
conseguiu passar na prova." 
Entretanto: Essa conjunção também é utilizada para 
introduzir uma ideia contrária à anterior. Por 
exemplo: "Ela queria comprar o vestido, entretanto 
estava muito caro." 
No entanto: É outra conjunção adversativa que 
indica uma oposição ou contraste. Por exemplo: "Ele 
se esforçou bastante, no entanto não obteve sucesso." 
Essas conjunções coordenativas adversativas ajudam 
a contrastar ideias ou eventos, enfatizando 
diferenças, oposições ou concessões entre eles.As conjunções coordenativas alternativas são 
aquelas que apresentam opções ou escolhas entre 
duas ou mais possibilidades. Elas indicam uma 
relação de exclusão mútua entre as partes da frase, 
onde apenas uma das opções pode ser escolhida ou 
realizada. 
Aqui estão algumas conjunções coordenativas 
alternativas comuns: 
Ou: É a conjunção coordenativa alternativa mais 
básica e amplamente utilizada. Ela apresenta duas ou 
mais opções mutuamente exclusivas. Por exemplo: 
"Vamos assistir a um filme ou sair para jantar." 
Ou... ou: Essa expressão reforça as opções 
apresentadas, indicando que apenas uma delas pode 
ser escolhida. Por exemplo: "Você pode optar ou 
estudar para o exame ou relaxar em casa." 
Seja... seja: Essa construção é semelhante a "ou... 
ou" e também apresenta opções exclusivas. Por 
exemplo: "Seja você mesmo seja alguém diferente, 
mas não tente ser ambos ao mesmo tempo." 
Quer... quer: Essa expressão enfatiza as opções 
disponíveis, indicando que ambas são igualmente 
aceitáveis. Por exemplo: "Quer sair para jantar quer 
cozinhar em casa, estou aberto a qualquer opção." 
Essas conjunções coordenativas alternativas são 
úteis para expressar escolhas ou opções em uma 
frase, permitindo ao falante ou escritor apresentar 
diferentes possibilidades de forma clara e concisa. 
As conjunções coordenativas conclusivas são 
aquelas que introduzem uma ideia que conclui, 
resume ou resulta das informações apresentadas 
anteriormente. Elas indicam uma relação de 
consequência ou dedução em relação ao que foi 
mencionado anteriormente na frase. Aqui estão 
algumas conjunções coordenativas conclusivas 
comuns: 
Logo: Essa conjunção é frequentemente usada para 
expressar uma conclusão lógica ou inevitável a partir 
do que foi mencionado anteriormente. Por exemplo: 
"Ele estudou muito para a prova, logo conseguiu uma 
boa nota." 
Portanto: Essa conjunção também é usada para 
indicar uma conclusão ou resultado decorrente do 
que foi dito anteriormente. Por exemplo: "Ela não 
estava se sentindo bem, portanto decidiu ficar em 
casa." 
Assim: Essa conjunção é utilizada para introduzir 
uma conclusão lógica ou uma consequência direta de 
uma ação ou situação anterior. Por exemplo: "Ela se 
exercita regularmente, assim mantém uma boa 
saúde." 
Por isso: Essa conjunção indica uma relação de 
causa e efeito entre duas partes da frase, onde a 
segunda parte é uma consequência lógica da 
primeira. Por exemplo: "Ele perdeu o ônibus, por 
isso chegou atrasado ao trabalho." 
Essas conjunções coordenativas conclusivas são 
úteis para conectar ideias e expressar relações de 
causa e efeito de maneira clara e concisa. 
As conjunções coordenativas explicativas são 
aquelas que introduzem uma explicação, 
esclarecimento ou justificativa para o que foi 
mencionado anteriormente na frase. Elas ajudam a 
ampliar ou detalhar uma ideia, fornecendo mais 
informações sobre ela. Aqui estão algumas 
conjunções coordenativas explicativas comuns: 
Pois: Essa conjunção é frequentemente usada para 
fornecer uma explicação ou justificativa para uma 
ação ou situação mencionada anteriormente. Por 
exemplo: "Ela não foi ao trabalho, pois estava 
doente." 
Porque: Similar a "pois", essa conjunção também 
introduz uma explicação para algo que foi 
mencionado anteriormente na frase. Por exemplo: 
"Ela não comeu carne, porque é vegetariana." 
Que: Essa conjunção também pode ser utilizada para 
introduzir uma explicação ou esclarecimento para 
uma ideia anteriormente mencionada. Por exemplo: 
"Ele chegou atrasado, que perdeu o ônibus." 
Pois que: Essa expressão é uma combinação das 
conjunções "pois" e "que" e é usada para fornecer 
uma explicação ou justificativa mais detalhada. Por 
exemplo: "Ele não pôde comparecer à reunião, pois 
que seu carro quebrou." 
Essas conjunções coordenativas explicativas são 
úteis para tornar o discurso mais claro e 
compreensível, fornecendo explicações ou 
justificativas para as ideias apresentadas 
anteriormente. 
Relações de Coordenação entre Termos da 
Oração: Dentro de uma mesma oração, os termos 
podem estar coordenados entre si, desempenhando 
funções sintáticas equivalentes. Alguns exemplos 
incluem: 
- Coordenação de Substantivos: Dois ou mais 
substantivos coordenados podem ocupar a mesma 
função na frase. 
Exemplos: 
Gatos e cães são animais de estimação populares. 
Neste exemplo, os substantivos "gatos" e "cães" são 
coordenados pela conjunção "e" para indicar que 
ambos são exemplos de animais de estimação 
populares. 
O café, o chá e o suco são bebidas que gosto de 
tomar no café da manhã. 
Aqui, os substantivos "café", "chá" e "suco" são 
coordenados pela conjunção "e" para expressar uma 
lista de bebidas que a pessoa gosta de tomar no café 
da manhã. 
O professor de matemática e o diretor da escola 
estão participando da reunião. 
Neste caso, os substantivos "professor de 
matemática" e "diretor da escola" são coordenados 
pela conjunção "e" para indicar que ambos estão 
participando da mesma reunião. 
O sol, a lua e as estrelas iluminam o céu durante 
a noite. 
Aqui, os substantivos "sol", "lua" e "estrelas" são 
coordenados pela conjunção "e" para descrever os 
objetos celestes que iluminam o céu durante a noite. 
Esses são exemplos simples de coordenação de 
substantivos, onde dois ou mais substantivos são 
combinados em uma frase usando uma conjunção 
coordenativa para expressar uma ideia mais ampla. 
- Na coordenação de verbos, dois ou mais verbos 
são combinados em uma frase usando uma 
conjunção coordenativa para expressar ações ou 
eventos relacionados. 
Exemplos: 
Ele dançou e cantou no palco. 
Neste exemplo, os verbos "dançou" e "cantou" são 
coordenados pela conjunção "e" para indicar que ele 
realizou duas ações no palco. 
Ela correu e pulou sobre o obstáculo. 
Aqui, os verbos "correu" e "pulou" são coordenados 
pela conjunção "e" para descrever duas ações 
consecutivas que ela realizou. 
Eles estudaram para a prova e revisaram as 
anotações juntos. 
Neste caso, os verbos "estudaram" e "revisaram" são 
coordenados pela conjunção "e" para indicar que eles 
realizaram duas atividades relacionadas em 
conjunto. 
O cachorro latiu e rosnou quando o estranho se 
aproximou. 
Aqui, os verbos "latiu" e "rosnou" são coordenados 
pela conjunção "e" para descrever as ações 
sucessivas do cachorro em resposta à aproximação 
do estranho. 
Na coordenação de adjuntos adverbiais, dois ou 
mais elementos que modificam o verbo são 
combinados em uma frase para fornecer informações 
adicionais sobre a ação ou evento. 
Exemplos: 
Ele trabalha diligentemente e eficientemente. 
Neste exemplo, "diligentemente" e "eficientemente" 
são adjuntos adverbiais coordenados pela conjunção 
"e", indicando que ele trabalha de maneira diligente 
e eficiente. 
Ela correu rapidamente e silenciosamente. 
Aqui, "rapidamente" e "silenciosamente" são 
adjuntos adverbiais coordenados pela conjunção "e", 
descrevendo como ela correu, ou seja, de maneira 
rápida e silenciosa. 
Eles estudaram tarde e rapidamente para o 
exame. 
Neste caso, "tarde" e "rapidamente" são adjuntos 
adverbiais coordenados pela conjunção "e", 
indicando quando e como eles estudaram para o 
exame. 
O carro freou bruscamente e abruptamente. 
Aqui, "bruscamente" e "abruptamente" são adjuntos 
adverbiais coordenados pela conjunção "e", 
descrevendo como o carro freou, ou seja, de maneira 
repentina e abrupta. 
Esses são exemplos de coordenação de adjuntos 
adverbiais, onde dois ou mais elementos são 
combinados para fornecer informações adicionais 
sobre a ação ou evento expresso pelo verbo na frase. 
Na coordenação de adjuntos adnominais, dois ou 
mais termos que modificam um substantivo são 
combinados em uma frase para fornecer informações 
adicionais sobre o substantivo. 
Exemplos: 
Um cachorro grande e peludo estava correndo 
pelo parque. 
Nesteexemplo, "grande" e "peludo" são adjuntos 
adnominais coordenados pela conjunção "e", ambos 
modificando o substantivo "cachorro" para descrever 
suas características. 
Ela comprou uma mesa bonita e resistente para a 
sala de jantar. 
Aqui, "bonita" e "resistente" são adjuntos 
adnominais coordenados pela conjunção "e", ambos 
modificando o substantivo "mesa" para descrever 
suas qualidades. 
Ele usava um terno elegante e bem cortado na 
festa. 
Neste caso, "elegante" e "bem cortado" são adjuntos 
adnominais coordenados pela conjunção "e", ambos 
modificando o substantivo "terno" para descrever 
suas características. 
Comprei livros interessantes e educativos para 
meus filhos. 
Aqui, "interessantes" e "educativos" são adjuntos 
adnominais coordenados pela conjunção "e", ambos 
modificando o substantivo "livros" para descrever 
seu conteúdo. 
Esses são exemplos de coordenação de adjuntos 
adnominais, onde dois ou mais termos modificam 
um substantivo e são combinados em uma frase 
usando uma conjunção coordenativa para fornecer 
informações adicionais sobre o substantivo. 
 
Uso dos Sinais de Pontuação: 
Na coordenação entre orações e termos da oração, o 
uso adequado dos sinais de pontuação é fundamental 
para indicar as relações entre os elementos 
coordenados. A vírgula é o sinal mais utilizado para 
separar os elementos coordenados, enquanto o ponto 
e vírgula pode ser usado para separar orações 
coordenadas sem conjunção. 
Conclusão desse assunto: 
As relações de coordenação entre orações e entre 
termos da oração desempenham um papel essencial 
na estruturação e na clareza das frases em língua 
portuguesa. O conhecimento atualizado sobre 
conjunções coordenativas, uso de sinais de 
pontuação e coordenação entre diferentes elementos 
sintáticos é fundamental para uma comunicação 
escrita eficaz. 
Relações de Subordinação entre Orações: 
Na língua portuguesa, as orações subordinadas são 
aquelas que dependem de outra oração principal para 
ter sentido completo. Elas desempenham diferentes 
funções em relação à oração principal e são 
introduzidas por conjunções subordinativas. 
Algumas das principais conjunções subordinativas 
são: 
Causais: introduzem uma ideia de causa, explicando 
por que algo acontece. 
Exemplos: 
Como estava chovendo muito, decidimos ficar em 
casa. 
Neste exemplo, "Como estava chovendo muito" é 
uma oração subordinada causal que introduz a causa 
da decisão de ficar em casa. 
Ele não foi à festa porque estava doente. 
Aqui, "porque estava doente" é uma oração 
subordinada causal que explica por que ele não foi à 
festa. 
Como o trânsito estava congestionado, chegamos 
atrasados ao trabalho. 
Neste caso, "Como o trânsito estava congestionado" 
é uma oração subordinada causal que indica a causa 
do atraso para o trabalho. 
Ela não estudou para o exame, por isso tirou uma 
nota baixa. 
Aqui, "por isso tirou uma nota baixa" é uma oração 
subordinada causal que explica por que ela tirou uma 
nota baixa no exame, ou seja, porque não estudou. 
Esses são exemplos de relações de subordinação 
entre orações causais, onde uma oração dependente 
introduz a causa de uma ação ou evento expresso na 
oração principal. 
Concessivas: indicam uma concessão ou 
adversidade em relação à oração principal, 
expressando uma ideia contrária ou adversativa. 
Exemplos: 
Apesar de estar chovendo, fomos à praia. 
Neste exemplo, "Apesar de estar chovendo" é uma 
oração concessiva que introduz uma adversidade 
(chuva), mas ainda assim a ação de ir à praia é 
realizada. 
Mesmo que tenha estudado muito, não passou no 
exame. 
Aqui, "Mesmo que tenha estudado muito" é uma 
oração concessiva que introduz uma concessão em 
relação ao resultado esperado (não passou no 
exame), apesar do esforço para estudar. 
Embora estivesse cansado, continuou 
trabalhando. 
Neste caso, "Embora estivesse cansado" é uma 
oração concessiva que indica uma concessão em 
relação ao estado de cansaço, mas ainda assim a 
pessoa continua trabalhando. 
Por mais que se esforce, nunca será perfeito. 
Aqui, "Por mais que se esforce" é uma oração 
concessiva que introduz uma concessão em relação 
ao esforço feito, mas indica que alcançar a perfeição 
é algo impossível. 
Condicionais expressam uma condição que deve ser 
cumprida para que a ação da oração principal ocorra. 
Aqui estão alguns exemplos: 
Se você estudar bastante, passará no exame. 
Neste exemplo, "Se você estudar bastante" é uma 
oração condicional que expressa a condição para 
passar no exame. A ação de passar no exame está 
condicionada ao estudo prévio. 
Caso chova amanhã, não iremos ao parque. 
Aqui, "Caso chova amanhã" é uma oração 
condicional que introduz a condição (chuva) para 
não ir ao parque. A ação de não ir ao parque está 
condicionada à ocorrência de chuva. 
Se ele chegar a tempo, ainda poderemos assistir 
ao filme. 
Neste caso, "Se ele chegar a tempo" é uma oração 
condicional que estabelece a condição (chegar a 
tempo) para ainda poder assistir ao filme. 
Se ganharmos o jogo, comemoraremos juntos. 
Aqui, "Se ganharmos o jogo" é uma oração 
condicional que indica a condição (ganhar o jogo) 
para comemorar juntos. 
Esses são exemplos de orações condicionais, onde a 
realização da ação da oração principal depende do 
cumprimento da condição expressa na oração 
subordinada condicional. 
Conformativas: expressam uma conformidade em 
relação à oração principal, indicando que uma ação 
está de acordo com outra ou que algo é esperado em 
consonância com a ação principal. 
Exemplos: 
Conforme prometido, estou aqui para ajudar. 
Neste exemplo, "Conforme prometido" é uma oração 
conformativa que indica que a presença para ajudar 
está de acordo com o que foi prometido 
anteriormente. 
Segundo as regras, devemos seguir em frente. 
Aqui, "Segundo as regras" é uma oração 
conformativa que estabelece que seguir em frente 
está de acordo com as regras estabelecidas. 
De acordo com o combinado, farei a entrega 
amanhã cedo. 
Neste caso, "De acordo com o combinado" é uma 
oração conformativa que indica que a ação de fazer 
a entrega amanhã cedo está em conformidade com o 
que foi previamente acordado. 
Seguindo as instruções, completamos o projeto no 
prazo. 
Aqui, "Seguindo as instruções" é uma oração 
conformativa que sugere que a conclusão do projeto 
dentro do prazo está em conformidade com as 
instruções recebidas. 
Finais: expressam uma finalidade ou objetivo da 
ação da oração principal, indicando o propósito para 
o qual algo é feito. 
Exemplos: 
Estudamos bastante para que possamos passar no 
exame. 
Neste exemplo, "para que possamos passar no 
exame" é uma oração final que expressa o propósito 
ou finalidade do estudo: passar no exame. 
Ela comprou um presente para que ele se sentisse 
melhor. 
Aqui, "para que ele se sentisse melhor" é uma oração 
final que indica o objetivo da compra do presente: 
fazer com que ele se sinta melhor. 
Vou ao supermercado para que possamos fazer o 
jantar. 
Neste caso, "para que possamos fazer o jantar" é uma 
oração final que expressa o propósito de ir ao 
supermercado: fazer o jantar. 
Ele trabalha duro para que possa viajar pelo 
mundo. 
Aqui, "para que possa viajar pelo mundo" é uma 
oração final que indica o objetivo ou finalidade do 
trabalho árduo: poder viajar pelo mundo. 
Temporais: indicam uma circunstância de tempo em 
relação à ação da oração principal, especificando 
quando algo aconteceu, acontece ou acontecerá. 
 
Exemplos: 
Enquanto eu estava estudando, ela estava 
assistindo TV. 
Neste exemplo, "Enquanto eu estava estudando" é 
uma oração temporal que indica o período de tempo 
durante o qual uma ação ocorreu, em relação à ação 
de assistir TV. 
Quando chegarmos ao aeroporto, ligaremos para 
você. 
Aqui, "Quando chegarmos ao aeroporto" é uma 
oração temporal que indica o momento em que uma 
ação futura será realizada,ou seja, quando chegarem 
ao aeroporto, ligarão para você. 
Assim que o sol se pôr, começaremos a acender as 
velas. 
Neste caso, "Assim que o sol se pôr" é uma oração 
temporal que indica o momento imediatamente 
posterior ao qual uma ação futura será realizada, ou 
seja, quando o sol se puser, começarão a acender as 
velas. 
Depois que terminar o jantar, iremos ao cinema. 
Aqui, "Depois que terminar o jantar" é uma oração 
temporal que indica o momento posterior ao qual 
uma ação futura será realizada, ou seja, após o 
término do jantar, irão ao cinema. 
Adjetivos subordinados 
Adjetivos subordinados são aqueles que estão 
subordinados a outros adjetivos, modificando ou 
especificando-os. Eles fornecem informações 
adicionais sobre o adjetivo principal, ampliando seu 
significado ou limitando sua aplicação. 
Exemplos: 
Uma blusa de seda azul-marinho. 
Neste exemplo, "azul-marinho" é um adjetivo 
subordinado que especifica o tipo de azul da blusa de 
seda. Ele modifica e amplia o adjetivo "azul", 
fornecendo uma descrição mais precisa da cor da 
blusa. 
 
Um carro esportivo vermelho-fogo. 
Aqui, "vermelho-fogo" é um adjetivo subordinado 
que modifica e especifica o tipo de vermelho do carro 
esportivo. Ele fornece uma descrição mais detalhada 
da cor, indicando um vermelho intenso, semelhante 
ao fogo. 
Um vestido de noiva branco-pérola. 
Neste caso, "branco-pérola" é um adjetivo 
subordinado que especifica o tipo de branco do 
vestido de noiva. Ele modifica o adjetivo "branco", 
indicando um branco com tonalidades suaves, 
semelhante à cor da pérola. 
Uma casa de campo rústica-chique. 
Aqui, "rústica-chique" é um adjetivo subordinado 
que modifica e especifica o estilo da casa de campo. 
Ele combina características rústicas com elementos 
elegantes ou sofisticados, fornecendo uma descrição 
mais detalhada do estilo da casa. 
Adverbialização 
A adverbialização ocorre quando um termo é 
subordinado a um advérbio, expressando uma 
circunstância adverbial mais específica. Isso 
significa que um termo que originalmente poderia 
ser classificado como um substantivo, adjetivo ou até 
mesmo uma oração, é modificado para funcionar 
como um advérbio, especificando mais 
detalhadamente a circunstância de uma ação, evento 
ou qualidade. 
Aqui estão alguns exemplos para ilustrar esse 
conceito: 
Ele falou com a voz de um trovão. 
No exemplo acima, "de um trovão" adverbializa o 
advérbio "com". Originalmente, "com a voz de um 
trovão" poderia ser considerado uma locução 
adverbial, mas "de um trovão" é subordinado ao 
advérbio "com", especificando mais detalhadamente 
como ele falou. 
Ela olhou para ele com um sorriso encantador. 
Aqui, "com um sorriso encantador" adverbializa o 
advérbio "com", fornecendo mais detalhes sobre a 
circunstância em que ela olhou para ele. 
Eles caminharam lentamente, como se estivessem 
em câmera lenta. 
Neste exemplo, "como se estivessem em câmera 
lenta" adverbializa o advérbio "lentamente", 
especificando mais detalhadamente como eles 
caminharam. 
Ele resolveu o problema com uma rapidez 
incrível. 
Aqui, "com uma rapidez incrível" adverbializa o 
advérbio "com", descrevendo mais detalhadamente 
como ele resolveu o problema. 
Em cada um desses exemplos, um termo que 
originalmente não era um advérbio foi subordinado 
a um advérbio para expressar uma circunstância 
adverbial mais específica. Isso adiciona detalhes e 
nuances à descrição da ação, evento ou qualidade 
expressa na frase. 
Pontuação na Língua Portuguesa: 
Ponto Final (.): O ponto final é um dos sinais de 
pontuação mais comuns e fundamentais na língua 
escrita. Ele é utilizado para indicar o fim de uma 
frase declarativa ou imperativa. 
Aqui o Prepara Estudos explicita uma explicação 
mais detalhada: 
Fim de uma frase declarativa: O ponto final é 
frequentemente utilizado para marcar o final de uma 
frase que expressa uma afirmação, uma descrição ou 
uma declaração de fato. Por exemplo: "O céu está 
azul." 
Fim de uma frase imperativa: Também é utilizado 
no final de frases que expressam uma ordem, um 
pedido, um conselho ou uma instrução direta. Por 
exemplo: "Feche a porta." 
Símbolo gráfico: O ponto final é representado por 
um pequeno ponto (.) posicionado no final da frase. 
Ele pode ser colocado no final de uma sentença ou 
de uma abreviação. 
Impacto na entonação: Na escrita, o ponto final 
indica que uma ideia foi concluída e que a entonação 
adequada seria uma queda ou pausa na voz. 
Formalidade: Em textos formais, como documentos 
oficiais, ensaios acadêmicos e correspondências 
profissionais, o ponto final é amplamente utilizado 
para garantir clareza e precisão na comunicação 
escrita. 
Uso na pontuação: O ponto final é essencial na 
pontuação, ajudando a separar e organizar frases e 
parágrafos de forma coerente e compreensível. 
Diferenciação de sentenças: O ponto final é crucial 
para distinguir entre diferentes sentenças ou ideias 
em um texto, permitindo que o leitor identifique 
onde uma ideia termina e outra começa. 
Em resumo, o ponto final é um elemento essencial da 
escrita que indica o fim de uma frase declarativa ou 
imperativa. Ele desempenha um papel fundamental 
na organização e na clareza do texto escrito, 
permitindo uma comunicação eficaz e 
compreensível. 
Vírgula (,): A vírgula (,) é um dos sinais de 
pontuação mais versáteis e frequentemente 
utilizados na língua escrita. Ela desempenha várias 
funções diferentes, incluindo separar elementos 
dentro de uma mesma oração, marcar intercalações 
ou orações adjuntas, indicar uma pausa na leitura e 
muito mais. 
Aqui está uma explicação detalhada sobre seus usos: 
Separar elementos em uma mesma oração: A 
vírgula é usada para separar itens em uma lista de 
elementos semelhantes. Por exemplo: "João, Maria e 
Pedro foram ao parque." Neste caso, a vírgula separa 
os nomes das pessoas que foram ao parque. 
Marcar intercalações ou orações adjuntas: A 
vírgula é utilizada para isolar expressões ou orações 
que são intercaladas dentro de uma frase. Por 
exemplo: "O livro, que ele comprou ontem, é muito 
interessante." Neste exemplo, a vírgula isola a oração 
adjunta "que ele comprou ontem". 
Separar elementos coordenados: A vírgula é 
utilizada para separar elementos coordenados em 
uma frase. Por exemplo: "Ele correu rápido, mas se 
cansou no final." Neste caso, a vírgula separa as duas 
partes coordenadas da frase. 
Separar vocativos: A vírgula é usada para separar o 
vocativo do restante da frase. Por exemplo: "Ana, 
venha aqui, por favor." Neste exemplo, "Ana" é o 
vocativo, separado do restante da frase por vírgulas. 
Marcar a inversão da ordem gramatical: A 
vírgula é utilizada quando há inversão da ordem 
gramatical padrão. Por exemplo: "No centro da 
cidade, encontramos um belo jardim." Neste caso, a 
vírgula é usada para indicar a inversão da ordem das 
palavras. 
Indicar uma pausa na leitura: A vírgula é usada 
para indicar uma pausa na leitura, ajudando a tornar 
o texto mais fluente e fácil de compreender. 
Evitar ambiguidade: A vírgula também é usada 
para evitar ambiguidade em uma frase, ajudando a 
tornar a estrutura e o significado da frase mais claros. 
No entanto, é importante notar que o uso da vírgula 
pode variar de acordo com as convenções de estilo e 
preferências do autor. Em alguns casos, seu uso pode 
ser mais flexível, enquanto em outros, pode ser mais 
prescrito. É sempre importante revisar e editar o 
texto para garantir que o uso da vírgula seja 
consistente e apropriado. 
Ponto e Vírgula (;): O ponto e vírgula (;) é um sinal 
de pontuação que possui diversos usos na língua 
escrita. Aqui estão as principais funções do ponto e 
vírgula: 
Separar orações coordenadas que não têm 
conectivo: O ponto e vírgula é utilizado para separar 
orações independentes que não são conectadas por 
conjunções. Isso é especialmente útil quandoas 
orações estão relacionadas ou têm uma forte conexão 
semântica. Por exemplo: "Ela estudou bastante; ele, 
no entanto, preferiu descansar." 
Em listas: O ponto e vírgula é utilizado para separar 
itens em uma lista quando esses itens já contêm 
vírgulas. Isso ajuda a evitar confusão e torna a lista 
mais clara. Por exemplo: "Os países participantes 
foram: Brasil, Argentina e Chile; Estados Unidos, 
Canadá e México; e China, Japão e Coreia do Sul." 
Separar orações com muita pontuação interna: 
Quando uma oração contém muita pontuação 
interna, como vírgulas ou travessões, o ponto e 
vírgula pode ser usado para separar diferentes partes 
da oração. Isso ajuda a tornar a estrutura da frase 
mais clara. Por exemplo: "Ela gostava de muitas 
coisas — livros, filmes, música —; no entanto, 
detestava esportes." 
Além desses usos principais, o ponto e vírgula 
também pode ser utilizado para separar frases curtas 
que estão relacionadas, mas não são conectadas por 
conjunções, para indicar uma pausa mais forte do que 
a vírgula, ou para separar orações independentes em 
uma estrutura de lista complexa. 
É importante usar o ponto e vírgula com moderação 
e de acordo com as convenções de escrita. O seu uso 
excessivo pode tornar o texto confuso e dificultar a 
compreensão. 
Dois-pontos 
Os dois-pontos (:) são um sinal de pontuação que 
desempenham várias funções na língua escrita. 
Aqui está uma explicação detalhada sobre seus usos: 
Antes de uma enumeração: Os dois-pontos são 
utilizados para introduzir uma lista de itens, 
exemplos ou elementos. Eles indicam que o que 
segue é uma explicação ou especificação dos termos 
ou conceitos anteriores. Por exemplo: "Precisamos 
comprar alguns ingredientes para a receita: ovos, 
farinha, leite e açúcar." 
Antes de uma citação: Os dois-pontos são usados 
para introduzir uma citação direta ou uma fala de 
uma pessoa em um texto. Por exemplo: "O professor 
disse: 'É importante estudar para a prova com 
antecedência'." 
Antes de uma explicação: Os dois-pontos podem 
ser usados para introduzir uma explicação, 
esclarecimento ou detalhamento do que foi 
mencionado anteriormente na frase. Por exemplo: 
"Havia uma coisa que ele gostava mais do que 
qualquer outra: viajar pelo mundo." 
 Em textos formais ou acadêmicos: Os dois-pontos 
são frequentemente utilizados em textos formais ou 
acadêmicos para introduzir definições, exemplos, 
citações, conclusões ou resumos. 
Em legendas ou rótulos: Os dois-pontos são 
comumente usados em legendas de fotos, gráficos ou 
tabelas para separar o título ou a descrição do 
conteúdo visual. 
Antes de uma pergunta direta ou uma resposta: 
Em diálogos ou em textos que reproduzem 
conversas, os dois-pontos podem ser utilizados para 
introduzir uma pergunta direta ou uma resposta. Por 
exemplo: "Ela perguntou: 'Você está pronto para 
sair?'" 
É importante usar os dois-pontos com precisão e de 
acordo com as convenções de escrita. Eles ajudam a 
organizar e estruturar o texto, tornando-o mais claro 
e compreensível para o leitor. 
Interrogação 
O ponto de interrogação (?) é um sinal de 
pontuação utilizado no final de uma frase 
interrogativa direta, ou seja, quando se faz uma 
pergunta. 
Aqui está uma explicação detalhada sobre o seu uso: 
Frase interrogativa direta: O ponto de interrogação 
é colocado no final de uma frase que faz uma 
pergunta direta. Por exemplo: "Você está bem?" 
Indicação de uma pergunta: O ponto de 
interrogação é essencial para indicar que uma frase é 
uma pergunta, diferenciando-a de uma afirmação ou 
ordem. 
Entonação: Na leitura em voz alta, o ponto de 
interrogação indica ao leitor que a frase deve ser 
pronunciada com entonação ascendente, sugerindo 
uma pergunta. 
Variações na entonação: Dependendo do contexto 
e do tom de voz, uma pergunta pode ter diferentes 
entonações, como uma entonação neutra, surpresa, 
dúvida, entre outras. O ponto de interrogação ajuda a 
indicar que uma frase requer uma resposta ou 
reflexão. 
Uso em textos escritos: O ponto de interrogação é 
comumente utilizado em textos escritos, como em 
diálogos, questionários, formulários, quizzes, entre 
outros, para indicar perguntas diretas. 
Indicação de incerteza ou desconhecimento: Em 
alguns casos, o ponto de interrogação pode ser 
utilizado para indicar incerteza, dúvida ou falta de 
conhecimento sobre um assunto. Por exemplo: "Qual 
é a capital da Austrália?" 
Uso em redes sociais e mensagens: O ponto de 
interrogação é amplamente utilizado em mensagens 
de texto, e-mails e redes sociais para fazer perguntas 
diretas, solicitar informações ou iniciar uma 
discussão. 
É importante usar o ponto de interrogação 
corretamente para garantir a clareza da comunicação 
escrita e indicar de forma precisa que uma frase é 
uma pergunta direta que requer uma resposta. 
Exclamação 
O ponto de exclamação (!) é um sinal de pontuação 
utilizado para indicar uma frase exclamativa, 
expressando emoção, ênfase, surpresa, admiração, 
entre outros sentimentos intensos. 
Aqui está uma explicação detalhada sobre o seu uso: 
Frase exclamativa: O ponto de exclamação é 
colocado no final de uma frase que expressa uma 
emoção intensa, um sentimento forte ou uma reação 
dramática. Por exemplo: "Que dia maravilhoso!" 
Expressão de emoção: O ponto de exclamação é 
utilizado para transmitir uma ampla gama de 
emoções, incluindo alegria, surpresa, raiva, 
admiração, entusiasmo, incredulidade, entre outras. 
Ênfase: O ponto de exclamação é frequentemente 
usado para enfatizar uma ideia ou uma palavra na 
frase, dando destaque ao que está sendo dito. Por 
exemplo: "Eu te amo!" 
Entonação: Na leitura em voz alta, o ponto de 
exclamação indica ao leitor que a frase deve ser 
pronunciada com entonação elevada, refletindo a 
emoção ou ênfase contida na frase. 
Uso em textos escritos: O ponto de exclamação é 
comumente utilizado em textos escritos, como em 
narrativas, diálogos, poesias, títulos, legendas, 
mensagens de texto, e-mails e redes sociais, para 
transmitir emoção ou ênfase. 
Indicação de urgência: Em alguns contextos, o 
ponto de exclamação pode ser usado para transmitir 
urgência, importância ou necessidade de atenção 
imediata. Por exemplo: "Chame a ambulância 
agora!" 
Variações no número de pontos: Em alguns casos, 
múltiplos pontos de exclamação podem ser usados 
para intensificar a emoção ou a ênfase, mas o seu uso 
excessivo deve ser evitado para não parecer 
exagerado. 
É importante usar o ponto de exclamação com 
moderação e de acordo com o contexto para garantir 
a clareza e a eficácia da comunicação escrita, 
transmitindo emoção ou ênfase de forma adequada. 
Aspas 
As aspas (" ") são um sinal de pontuação utilizado 
para várias finalidades na língua escrita. 
Aqui está uma explicação detalhada sobre o seu uso: 
Indicar citações: As aspas são frequentemente 
usadas para indicar citações diretas de falas, 
pensamentos, textos ou fontes externas. Por 
exemplo: João disse: "Eu estou muito cansado." 
Destacar palavras ou expressões estrangeiras: As 
aspas são usadas para destacar palavras ou 
expressões que são estrangeiras ou que não fazem 
parte do idioma principal do texto. Por exemplo: Ele 
estava "enjoying" suas férias. 
Destacar palavras ou expressões não usuais: As 
aspas também são usadas para destacar palavras ou 
expressões que não são comumente utilizadas, ou 
para as quais se deseja chamar a atenção especial do 
leitor. Por exemplo: Ele é um "guru" das finanças. 
Destacar títulos de obras: As aspas podem ser 
usadas para destacar títulos de obras, como livros, 
filmes, músicas, artigos, etc. Por exemplo: "Harry 
Potter e a Pedra Filosofal". 
Indicar ironia ou uso não literal: As aspas podem 
ser usadas para indicar que uma palavra ou expressão 
está sendo usada de forma irônica, não literal ou com 
sentido diferente do usual. Por exemplo: Ele é um 
"gênio"da organização. 
Evitar ambiguidade: As aspas também podem ser 
utilizadas para evitar ambiguidade em um texto, 
especialmente quando há o uso de palavras ou 
expressões com múltiplos significados. 
É importante usar as aspas com precisão e de acordo 
com as convenções de escrita para garantir a clareza 
e a eficácia da comunicação escrita. É recomendado 
evitar o uso excessivo de aspas, pois isso pode tornar 
o texto confuso ou sobrecarregado. 
Parênteses (( )) 
Os parênteses (( )) são um sinal de pontuação 
utilizado para incluir informações explicativas ou 
complementares dentro de uma frase. 
Aqui está uma explicação detalhada sobre o seu uso: 
Incluir informações adicionais: Os parênteses são 
utilizados para adicionar informações extras que não 
são essenciais para a compreensão da frase, mas que 
são úteis para fornecer detalhes adicionais. Por 
exemplo: "João (que é meu irmão) comprou um carro 
novo." 
Inserir explicações: Os parênteses podem ser 
usados para inserir explicações ou esclarecimentos 
sobre um termo, conceito ou evento mencionado na 
frase. Por exemplo: "O evento será realizado na 
sexta-feira (exceto em feriados)." 
Incluir datas, números ou abreviaturas: Os 
parênteses podem ser usados para incluir datas, 
números ou abreviaturas que fornecem informações 
adicionais sem interromper o fluxo da frase. Por 
exemplo: "O projeto será concluído até o final do ano 
(2023)." 
Inserir notas de rodapé: Em textos acadêmicos ou 
técnicos, os parênteses podem ser usados para inserir 
notas de rodapé ou referências bibliográficas que 
oferecem informações adicionais ou suporte ao 
conteúdo principal do texto. 
Agrupar informações opcionais: Os parênteses 
podem ser utilizados para agrupar informações 
opcionais ou alternativas dentro de uma frase. Por 
exemplo: "O evento será realizado na quarta-feira 
(ou na quinta-feira, se chover)." 
Indicar uma interrupção suave: Os parênteses 
podem ser usados para fazer uma interrupção suave 
na frase, permitindo que o autor insira uma 
observação ou pensamento secundário. Por exemplo: 
"Eu estava correndo (tentando manter o ritmo) 
quando tropecei." 
Travessão 
O travessão (—) é um sinal de pontuação com 
diversas utilidades na língua escrita. Aqui estão 
algumas das suas principais funções: 
Indicar diálogos: O travessão é frequentemente 
utilizado para indicar a fala de personagens em um 
diálogo, especialmente em textos narrativos, teatrais 
ou de roteiro. Por exemplo: 
 — "O que você está fazendo aqui?" perguntou 
Maria. 
 — "Estou esperando por você", respondeu João. 
Introduzir uma enumeração: O travessão pode ser 
utilizado para introduzir uma lista de itens, 
proporcionando uma pausa mais longa e uma melhor 
clareza visual. Por exemplo: 
 No churrasco, havia muitas opções deliciosas: 
carne assada, frango grelhado, saladas variadas — 
alface, tomate, pepino —, e diversos 
acompanhamentos. 
Destacar uma informação: O travessão pode ser 
usado para destacar uma informação dentro de uma 
frase, oferecendo um destaque visual e uma pausa 
mais longa. Por exemplo: 
 Ela estava pensativa — preocupada com o 
futuro. 
Indicar uma pausa dramática ou uma mudança 
de pensamento: O travessão pode ser usado para 
indicar uma pausa dramática em um texto narrativo 
ou para introduzir uma mudança abrupta no 
pensamento ou na narrativa. Por exemplo: 
 Ele olhou para ela com ternura, depois — com 
uma expressão séria — pediu para conversar. 
Substituir parênteses em uma enumeração: Em 
alguns casos, o travessão pode substituir o uso de 
parênteses para introduzir uma enumeração, 
proporcionando uma alternativa visualmente mais 
marcante. Por exemplo: 
 Ela trouxe muitos ingredientes para o jantar — 
ovos, farinha, açúcar. 
É importante usar o travessão com moderação e de 
acordo com as convenções de escrita. Ele pode 
oferecer uma variedade de efeitos e melhorar a 
clareza e o estilo do texto quando usado 
corretamente. 
Colchetes 
Os colchetes ([ ]) são um sinal de pontuação utilizado 
para várias finalidades na língua escrita. 
Aqui estão algumas das suas principais funções: 
Inserir comentários, esclarecimentos ou 
correções dentro de uma citação ou texto: Os 
colchetes são frequentemente usados para adicionar 
informações que não fazem parte do texto original, 
mas que são necessárias para contextualizar, 
esclarecer ou corrigir uma citação ou texto. 
Por exemplo: 
 "Ele [o presidente] anunciou a nova política." 
 "A citação original era 'Eles vieram, viram, 
venceram' [e não 'venceram']." 
 "O autor afirmou que 'a Terra é plana' [com 
ênfase em 'plana']." 
Adicionar informações adicionais: Os colchetes 
também podem ser usados para adicionar 
informações adicionais que não se encaixam 
naturalmente no texto original, mas que são 
relevantes para o contexto. 
Por exemplo: 
 "Ela foi à loja [que fica na esquina] para 
comprar pão." 
 "O atleta completou a corrida em primeiro lugar 
[com um tempo recorde de 2 horas e 30 minutos]." 
Destacar alterações em uma citação ou texto: Os 
colchetes podem ser usados para destacar alterações, 
modificações ou adições feitas em uma citação ou 
texto original. 
Por exemplo: 
 "O texto original dizia 'ele foi para a escola'. Eu 
corrigi para 'ela foi para a escola' [para refletir o 
gênero correto]." 
 "Na citação original, o autor escreveu 'era uma 
vez [no Brasil]'." 
Adicionar notas explicativas: Em textos 
acadêmicos ou técnicos, os colchetes podem ser 
usados para adicionar notas explicativas, referências 
ou observações que fornecem informações 
adicionais ou suporte ao conteúdo principal do texto. 
Por exemplo: 
 "A teoria de Darwin [ver 'A Origem das 
Espécies', Capítulo 5] é amplamente aceita na 
comunidade científica." 
É importante usar os colchetes com moderação e de 
forma clara para garantir que as informações 
adicionais sejam compreendidas pelo leitor sem 
interromper o fluxo da leitura. Os colchetes devem 
ser usados apenas quando a informação extra não 
pode ser facilmente incorporada ao texto principal. 
Crase 
Vamos mergulhar no universo da crase, explicando 
seus usos e dando exemplos para ilustrar cada caso: 
1. Crase Obrigatória: 
A crase é obrigatória nos seguintes casos: 
1.1. Antes de substantivos femininos que admitem 
o artigo definido feminino "a": 
Exemplo: Vou à escola. 
Explicação: "Escola" é um substantivo feminino que 
admite o artigo definido feminino "a". Como 
estamos indicando uma movimentação em direção a 
esse local, usamos a crase. 
Exemplo: Ele foi à festa. 
Explicação: Novamente, "festa" é um substantivo 
feminino que pede o artigo definido feminino "a". 
Portanto, utilizamos a crase. 
1.2. Antes de pronomes demonstrativos femininos 
"aquela(s)", "aquilo": 
Exemplo: Refiro-me àquela situação. 
Explicação: O pronome demonstrativo feminino 
"aquela" pede a crase quando acompanhado de um 
substantivo feminino. Neste caso, a crase é 
obrigatória. 
Exemplo: Ela se referiu àquilo que dissemos. 
Explicação: Novamente, "aquilo" é um pronome 
demonstrativo feminino que exige a crase quando 
antecede um substantivo feminino. 
1.3. Antes de horas: 
Exemplo: Ela voltou às 18 horas. 
Explicação: Quando indicamos as horas, o uso da 
crase é obrigatório, pois estamos nos referindo ao 
feminino "as" horas. 
2. Crase Facultativa: 
A crase é facultativa em algumas situações, o que 
significa que seu uso é opcional. Isso ocorre nos 
seguintes casos: 
2.1. Antes de pronomes possessivos femininos: 
Exemplo: Entreguei o presente à minha mãe. 
Explicação: A crase é facultativa neste caso, pois o 
pronome possessivo "minha" já indica a posse 
feminina. 
Exemplo: Enviei uma mensagem à sua irmã. 
Explicação: Da mesma forma, a crase é opcional 
aqui, já que o pronome possessivo "sua" indica a 
posse feminina.2.2. Antes de pronome de tratamento feminino: 
Exemplo: Dirigi-me à Vossa Excelência. 
Explicação: O uso da crase é facultativo antes de 
pronomes de tratamento femininos como "Vossa 
Excelência". Você pode optar por usar ou não a crase 
nesta situação. 
2.3. Antes de locuções adverbiais femininas: 
Exemplo: Ele trabalha à tarde / Ele trabalha a 
tarde.Explicação: Ambas as formas são aceitáveis. O 
uso da crase em locuções adverbiais femininas é 
facultativo. 
Importância do Uso Adequado: 
O uso adequado dos sinais de pontuação é crucial 
para garantir a clareza, coesão e coerência do texto. 
Uma pontuação incorreta pode alterar o sentido da 
frase e dificultar a compreensão do leitor. Portanto, é 
importante conhecer as regras de pontuação e aplicá- 
las corretamente na produção textual. Essas são as 
principais orientações atualizadas sobre o emprego 
dos sinais de pontuação na língua portuguesa. Se 
tiver mais alguma dúvida ou desejar mais exemplos 
específicos, estou à disposição para ajudar! 
O que são Pronomes Átonos? Os pronomes átonos 
são aqueles que não têm acento tônico próprio e se 
ligam a outras palavras na frase para indicar 
referência a pessoas, objetos ou ideias. Os principais 
pronomes átonos em português são: me, te, se, o, a, 
lhe, nos, vos, os, as, lhes. 
Colocação dos Pronomes Átonos: A colocação dos 
pronomes átonos varia de acordo com o contexto da 
frase e com as regras gramaticais da língua 
portuguesa. 
Aqui estão as principais situações e regras: 
Com Próclise 
A próclise é uma das três formas de colocação 
pronominal em relação ao verbo na língua 
portuguesa. Ela ocorre quando o pronome oblíquo 
átono (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) é 
colocado antes do verbo. 
Aqui estão algumas características e exemplos de 
próclise: 
Características da Próclise: 
Pronome antes do verbo: Na próclise, o pronome 
vem antes do verbo, geralmente ligado a ele por um 
hífen. 
Indicadores de próclise: A próclise ocorre 
principalmente em orações negativas, interrogativas, 
imperativas e em locuções verbais. 
Exemplos de Próclise: 
Em orações negativas: 
Ele não se lembra do que aconteceu. 
Ela não me disse nada sobre o assunto. 
Eles não o conhecem pessoalmente. 
Em orações interrogativas: 
Te disse alguma coisa sobre isso? 
Me emprestaria seu livro? 
Se interessou pelo projeto? 
Em orações imperativas: 
Me ajude com isso, por favor. 
Se acalme, não é tão grave assim. 
Nos perdoem pelos transtornos causados. 
Em locuções verbais: 
Nos encontramos ontem à noite. 
Me disse que viria mais tarde. 
Te chamei diversas vezes, mas você não atendeu. 
Observações Importantes: 
Em locuções verbais, o pronome pode vir antes do 
verbo auxiliar ou do verbo principal. 
A próclise é obrigatória em alguns contextos, como 
em orações negativas e imperativas, mas é comum 
também em outros contextos, como em locuções 
verbais. 
Com Ênclise 
A ênclise é uma das três formas de colocação 
pronominal em relação ao verbo na língua 
portuguesa. Ela ocorre quando o pronome oblíquo 
átono (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) é 
colocado depois do verbo. 
Características da Ênclise: 
Pronome depois do verbo: Na ênclise, o 
pronome vem depois do verbo, geralmente ligado 
a ele por um hífen. 
Indicadores de ênclise: A ênclise ocorre 
principalmente em orações afirmativas, no 
infinitivo impessoal e em locuções verbais no 
gerúndio. 
Exemplos de Ênclise: 
Em orações afirmativas: 
 Ele lembra-se do que aconteceu. 
 Ela disse-me que viria mais tarde. 
 Eles conhecem-no pessoalmente. 
 No infinitivo impessoal: 
 É importante lembrar-se de todos os detalhes. 
 Ele preferiu abster-se de fazer comentários. 
 Decidiram encontrar-se mais tarde. 
 Em locuções verbais no gerúndio: 
 Estava se preparando para sair quando o 
telefone tocou. 
 Estamos nos divertindo muito nesta viagem. 
 Ele se arrependeu de não ter aceitado o 
convite. 
Observações Importantes: 
A ênclise é comum em orações afirmativas, mas 
também pode ocorrer em outros contextos, como 
no infinitivo impessoal e em locuções verbais no 
gerúndio. 
Em algumas situações, a ênclise é obrigatória, 
como em orações afirmativas no futuro do 
presente e no futuro do pretérito. 
Com Mesóclise 
A mesóclise é uma forma de colocação 
pronominal em que o pronome oblíquo átono é 
inserido no meio do verbo. Ela ocorre 
especificamente quando o verbo está no futuro do 
presente (indicativo) ou no futuro do pretérito 
(indicativo) e o pronome átono é enclítico. 
Características da Mesóclise: 
Pronome inserido no meio do verbo: Na 
mesóclise, o pronome oblíquo átono é inserido no 
meio do verbo flexionado, antes de sua terminação 
verbal. 
Ocorrência restrita a verbos nos futuros: A 
mesóclise ocorre especificamente em verbos 
conjugados nos tempos verbais futuro do presente 
(indicativo) e futuro do pretérito (indicativo). 
Exemplos de Mesóclise: 
Futuro do Presente (Indicativo): 
 Ele cantar-lhe-á uma bela canção. 
 Você me ajudar-se-á com o trabalho? 
 Nós lhe explicare-mos tudo amanhã. 
Futuro do Pretérito (Indicativo): 
 Ele dar-lhe-ia um presente se pudesse. 
 Você me ligaria se precisasse de ajuda? 
 Nós lhe contare-mos a verdade se ele 
perguntar. 
Observações Importantes: 
A mesóclise é uma forma verbal pouco comum na 
língua portuguesa e é encontrada principalmente 
em contextos formais ou literários. 
A mesóclise é mais frequente em verbos de uma 
só sílaba, mas também pode ocorrer em verbos de 
duas ou mais sílabas, desde que seja necessário 
para manter a tonicidade da palavra. 
A utilização da mesóclise é mais comum em 
Portugal do que no Brasil, onde a próclise é mais 
frequentemente utilizada em contextos informais. 
Em resumo, a mesóclise ocorre quando o verbo 
está no futuro do presente ou no futuro do pretérito 
e o pronome átono é enclítico, ou seja, inserido no 
meio do verbo. É uma forma de colocação 
pronominal menos comum na língua portuguesa, 
mas que ainda é utilizada em contextos formais ou 
literários. 
O que é Reescrita de Frases 
e Parágrafos? 
A reescrita de frases e parágrafos consiste em 
expressar uma ideia de forma diferente da original, 
mantendo o sentido e a coerência. Essa habilidade 
é fundamental em concursos, pois permite que o 
candidato demonstre domínio da língua 
portuguesa e capacidade de expressão escrita. 
Estratégias para Reescrita: 
Sinonímia: Substituir palavras por sinônimos 
para diversificar o vocabulário e evitar 
repetições. 
Exemplo: "Ele é muito feliz." → "Ele é muito 
contente." 
Paráfrase: Reformular uma frase mantendo o 
mesmo sentido, mas usando estruturas 
gramaticais diferentes. 
Exemplo: "O gato preto cruzou a rua." 
→ 
"Atravessou a rua um felino escuro." 
 
Mudança de Estrutura: Alterar a estrutura da 
frase para enfatizar diferentes aspectos da 
informação. 
Exemplo: "Maria foi à festa." → "À festa, 
Maria foi." 
Passiva para Ativa (ou vice-versa): 
Transformar uma frase na voz ativa em uma 
frase na voz passiva, ou vice-versa. 
Exemplo: "O livro foi lido por Pedro." → 
"Pedro leu o livro." 
Conectores e Marcadores: Utilizar conectores 
para estabelecer relações lógicas entre ideias e 
marcadores para indicar temporalidade, causa, 
consequência, etc. 
Exemplo: "Porque estava chovendo, ele não 
saiu." 
→ "Como estava chovendo, ele não saiu." 
 
Eliminação de Redundâncias: Remover termos 
ou informações redundantes para tornar a frase 
mais concisa. 
Exemplo: "Subiu para cima da árvore." → 
"Subiu na árvore." 
Considerações Específicas para Concursos: 
Atenção ao Enunciado: Leia atentamente o 
enunciado da questão para identificar o que é 
solicitado na reescrita: mudança de voz, 
sinônimos, estrutura, etc. 
Manutenção do Sentido: Certifique-se de que areescrita mantém o sentido original da frase ou 
parágrafo. 
Coerência e Coesão: Garanta que a reescrita 
mantenha a coerência e a coesão com o restante do 
texto. 
Clareza e Precisão: Escreva de forma clara e 
precisa, evitando ambiguidades e garantindo que a 
mensagem seja compreensível. 
Prática e Revisão: 
Pratique regularmente a reescrita de frases e 
parágrafos utilizando diferentes estratégias. 
Peça feedback de professores ou colegas para 
identificar áreas de melhoria. 
Revise suas reescritas para corrigir erros gramaticais, 
ortográficos e de estilo. 
Considerações Finais: 
Dominar a habilidade de reescrever frases e 
parágrafos é essencial para obter sucesso em 
questões de língua portuguesa em concursos. 
Pratique regularmente e esteja atento às estratégias 
específicas solicitadas em cada questão. Se tiver 
alguma dúvida específica ou precisar de mais 
exemplos, estou à disposição para ajudar! 
Substituição de Palavras ou Trechos de Texto? 
A substituição de palavras ou trechos de texto 
consiste em modificar partes do texto original 
mantendo o sentido e a coerência. Essa habilidade 
é fundamental em concursos, pois permite que o 
candidato demonstre domínio da língua 
portuguesa e capacidade de reescrever textos de 
forma eficaz. 
Estratégias para Substituição: 
Sinonímia: Substituir palavras por sinônimos para 
variar o vocabulário e evitar repetições. 
Exemplo: "feliz" por "contente", "alegre", 
"radiante", etc. 
Paráfrase: Reformular trechos do texto utilizando 
estruturas gramaticais diferentes. 
Exemplo: "O governo anunciou medidas para 
combater o desemprego." → "Foram divulgadas 
pelo governo ações para reduzir o desemprego." 
Reformulação Gramatical: Modificar a estrutura 
da frase para enfatizar diferentes aspectos da 
informação. 
Exemplo: "O cachorro comeu a comida." → "A 
comida foi comida pelo cachorro." 
Adição de Informações: Acrescentar detalhes ou 
informações relevantes para enriquecer o texto. 
Exemplo: "A menina correu." → "A menina correu 
rapidamente até a escola." 
Eliminação de Redundâncias: Remover termos 
ou informações redundantes para tornar o texto 
mais conciso. 
Exemplo: "Subiu para cima da árvore." → 
"Subiu na árvore." 
Mudança de Voz: Alterar a voz ativa para a voz 
passiva, ou vice-versa. 
Exemplo: "O professor explicou a lição." → "A 
lição foi explicada pelo professor." 
Dicas para Concursos: Compreensão do 
Contexto: Entenda o contexto do texto original para 
fazer substituições adequadas sem alterar o 
sentido. 
Mantenha a Coerência: Certifique-se de que as 
substituições não prejudicam a coerência e a 
coesão do texto. 
Clareza e Precisão: Escreva de forma clara e 
precisa, evitando ambiguidades e garantindo que a 
mensagem seja compreensível. 
Atenção à Gramática: Esteja atento à gramática e 
à ortografia ao fazer as substituições. 
Revisão: Revise suas substituições para corrigir 
erros e garantir que o texto esteja bem formulado. 
Prática e Revisão: 
Pratique regularmente a substituição de palavras ou 
trechos de texto utilizando diferentes estratégias. 
Peça feedback de professores ou colegas para 
identificar áreas de melhoria. 
Revise suas substituições para corrigir erros 
gramaticais, ortográficos e de estilo. 
O que é Retextualização? 
A retextualização é o processo de transformar um 
texto original em outro texto com características 
diferentes, seja alterando o gênero textual, o nível 
de formalidade, o estilo, entre outros aspectos, 
enquanto se mantém o conteúdo e o sentido geral. 
Estratégias para Retextualização: Identificação 
do Gênero Textual Original: 
Reconhecer o gênero textual do texto original é 
fundamental para determinar a abordagem 
adequada na retextualização. 
Adequação ao Novo Gênero Textual: Adaptar o 
texto original para o novo gênero textual, 
considerando suas características estruturais e 
linguísticas específicas. 
Mudança de Registro Formalidade: Ajustar o 
nível de formalidade do texto conforme o novo 
contexto, adaptando o vocabulário, a sintaxe e o 
tom. 
Reformulação de Estruturas Gramaticais: 
Modificar a estrutura gramatical do texto original 
para se adequar ao novo gênero textual e nível de 
formalidade. 
Uso de Elementos de Coesão e Coerência: 
Manter a coesão e a coerência do texto ao fazer 
alterações, garantindo que as ideias estejam 
conectadas de maneira lógica e fluente. 
Consideração do Público-Alvo: 
Levar em conta o público-alvo do novo texto ao 
realizar a retextualização, adaptando o conteúdo e 
o estilo de acordo com suas características e 
expectativas. 
Exemplos de Retextualização: 
Original (Notícia): 
"A taxa de desemprego diminuiu no último 
trimestre." 
Retextualização (Carta Formal): 
"Temos o prazer de informar que houve uma 
redução na taxa de desemprego durante o último 
trimestre." 
Original (Artigo de Opinião): 
"É importante investir em educação para o 
desenvolvimento do país." 
Retextualização (Relatório Técnico): 
"Destaca-se a relevância dos investimentos em 
educação para promover o desenvolvimento 
socioeconômico do país." 
Original (E-mail Informal): 
"Vamos nos encontrar no parque amanhã às 10h." 
 
Retextualização (Manual de Instruções): 
"O encontro está marcado para ocorrer no parque 
amanhã, pontualmente às 10 horas." 
Dicas para Retextualização em Concursos: 
Compreensão do Texto Original: Entenda 
profundamente o texto original, identificando seu 
propósito, público-alvo e características 
linguísticas. 
Conhecimento dos Gêneros Textuais: Esteja 
familiarizado com diferentes gêneros textuais e 
suas estruturas para adaptar o texto de forma 
eficaz. 
Atenção ao Nível de Formalidade: Adapte o nível 
de formalidade do texto conforme as instruções do 
enunciado da questão. 
Prática e Revisão: Pratique regularmente a 
retextualização de textos de diferentes gêneros e 
níveis de formalidade e revise suas adaptações para 
garantir qualidade e precisão. 
Classes de Palavras: Substantivo, Artigo, 
Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, 
Advérbio, Preposição, Conjunção e 
Interjeição. 
 
Substantivo: 
 
Definição: Palavra que nomeia seres, 
objetos, sentimentos, ideias, lugares, entre outros. 
 
Exemplo: casa, felicidade, amor, Brasil. 
 
Classificação: Pode ser comum, próprio, 
concreto, abstrato, entre outros. 
Artigo: 
 
Definição: Palavra que acompanha o substantivo, 
determinando-o ou indeterminando-o. 
Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas. 
 
Classificação: Definidos (o, a, os, as) e 
indefinidos (um, uma, uns, umas). 
 
Adjetivo: 
 
Definição: Palavra que atribui características, 
qualidades ou estados aos substantivos. 
Exemplo: bonito, inteligente, grande, feliz. 
 
Classificação: Pode ser simples, composto, 
pátrio, entre outros. 
 
Numeral: 
 
Definição: Palavra que expressa quantidade, 
ordem, multiplicação, fração ou proporção. 
 
Exemplo: um, dois, primeiro, segundo, metade, 
dobro. 
 
Classificação: Pode ser cardinal, ordinal, 
multiplicativo, fracionário, entre outros. 
 
Pronome: 
 
Definição: Palavra que substitui ou acompanha o 
substantivo, indicando sua posição na frase ou 
retomando-o. 
 
Exemplo: eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, este, aquele, 
quem, tudo, nada. 
 
Classificação: Pessoais, possessivos, 
demonstrativos, indefinidos, relativos, 
interrogativos. 
Verbo: 
 
Definição: Palavra que expressa ação, estado, 
mudança de estado ou fenômeno da natureza. 
 
Exemplo: correr, estudar, ser, estar, chover. 
 
Classificação: Pode ser regular, irregular, 
transitivo, intransitivo, entre outros. 
 
 
 
Advérbio: 
 
Definição: Palavra que modifica o verbo, o 
adjetivo ou outro advérbio, indicando 
circunstância. 
 
Exemplo: rapidamente, muito, aqui, hoje, nunca. 
 
Classificação: Pode ser de tempo, lugar, modo, 
negação, afirmação, intensidade, entre outros. 
Preposição: 
 
Definição: Palavra que liga termos de umaoração, 
estabelecendo relações de sentido entre eles. 
 
Exemplo: em, de, para, com, por, entre. 
 
Classificação: Pode ser simples, contraída ou 
acidental. 
 
Conjunção: 
 
Definição: Palavra que liga orações ou termos de 
mesma função na frase. 
 
Exemplo: e, mas, porque, embora, ou, quando. 
 
Classificação: Pode ser coordenativa, 
subordinativa, integrante ou correlativa. 
Interjeição: 
 
Definição: Palavra que exprime sentimentos, 
sensações, emoções ou estados de espírito. 
Exemplo: ai, ah, ufa, puxa, ops. 
 
Relação do texto com seu contexto histórico 
A relação entre um texto e seu contexto histórico é 
fundamental para compreender plenamente o 
significado e a importância do texto dentro de sua 
época. 
Aqui estão algumas considerações sobre essa 
relação: 
Influências Culturais e Sociais: O contexto 
histórico pode influenciar profundamente o conteúdo 
e o tom de um texto. As ideias, valores e normas da 
sociedade em que o autor viveu têm um impacto 
significativo em sua escrita. 
Eventos Históricos: Eventos importantes, como 
guerras, revoluções, descobertas científicas e 
mudanças políticas, podem moldar as perspectivas 
dos autores e, consequentemente, o conteúdo de seus 
textos. 
Por exemplo, um texto escrito durante a Segunda 
Guerra Mundial provavelmente refletirá as tensões e 
preocupações desse período. 
Movimentos Literários e Artísticos: O contexto 
histórico muitas vezes está ligado a movimentos 
literários e artísticos específicos. 
Por exemplo, o Renascimento foi um período de 
grande inovação artística e intelectual na Europa, e 
os textos produzidos durante esse tempo refletem as 
ideias e valores renascentistas. 
Condições Socioeconômicas: As condições 
socioeconômicas de uma época podem afetar os 
temas abordados em textos literários. Por exemplo, 
durante períodos de depressão econômica, é comum 
que surjam textos que explorem temas como 
pobreza, desigualdade e injustiça social. Mudanças 
Tecnológicas: Avanços tecnológicos também 
podem influenciar a produção e o conteúdo de textos. 
Por exemplo, o surgimento da imprensa teve um 
impacto profundo na disseminação de ideias e na 
democratização do acesso à informação, afetando 
assim a natureza dos textos produzidos. Ao analisar 
um texto em seu contexto histórico, é importante 
considerar não apenas os eventos e tendências 
macro-históricos, mas também as condições 
específicas em que o autor viveu e trabalhou. 
Isso pode fornecer insights valiosos sobre as 
motivações por trás da escrita do texto e sua 
relevância para a época em que foi produzido. 
O que são fontes históricas? As fontes históricas 
são matérias-primas para o trabalho do historiador. 
Elas consistem em tudo aquilo que foi feito pelos 
seres humanos ao longo do tempo, e o seu acesso 
possibilita a compreensão sobre o passado. De 
acordo com o professor José d’Assunção Barros, “As 
fontes históricas são as marcas da história. Quando 
um indivíduo escreve um texto, ou retorce um galho 
de árvore de modo que esse sirva de sinalização aos 
caminhantes em certa trilha; quando um povo 
constrói seus instrumentos e utensílios, mas também 
nos momentos em que modifica a paisagem e o meio 
ambiente à sua volta — em todos estes momentos, e 
em muitos outros, os homens e mulheres deixam 
vestígios, resíduos ou registros de suas ações no 
mundo social e natural.” Essa reflexão nos permite 
compreender a amplitude dessas fontes. As marcas 
da história foram feitas por pessoas ilustres, que 
tiveram destaques no cenário nacional, mas também 
por indivíduos que viveram o cotidiano de forma 
“anônima”, mas registraram sua presença em um 
lugar e em um tempo. Essa ampliação dos tipos e dos 
acessos às fontes começou no século passado. Até o 
século XIX, o uso das fontes era restrito aos 
documentos oficiais e escritos. 
Durante muito tempo, o historiador interessado no 
estudo sobre o passado recorria aos museus 
nacionais em busca de documentos escritos e 
produzidos por agentes do Estado ou grandes figuras 
heroicas de uma nação. A escrita se sobrepunha aos 
outros tipos de fontes. Registros de viagens, 
crônicas, ofícios se tornaram objetos de estudos dos 
historiadores para produzirem uma análise sobre o 
passado baseada na ciência e no rigor da pesquisa. O 
cientificismo, tão característico em meados do 
século XIX, colaborou nessa busca por uma ciência 
histórica que estudasse o passado com base em 
provas seguras. Essa visão rigorosa das fontes 
mudou a partir da década de 1920, quando 
historiadores franceses fundaram a Escola dos 
Annales, que tinha como objetivo renovar o estudo 
sobre o passado, não mais limitado aos documentos 
escritos, mas sim considerando outros tipos de 
produções de tempos antigos que poderiam colaborar 
na compreensão da história. 
As imagens, os sons, os registros de indivíduos 
comuns ganharam destaque e se tornaram fontes de 
estudos e pesquisas históricas. A mudança nos 
estudos históricos e a ampliação daquilo que é fonte 
histórica permitiram mais possibilidades de se 
conhecer o passado por meio de ângulos de visão 
desprezados pelos historiadores do século XIX. Isso 
não significou o abandono do rigor científico, mas 
sim a proposição de novas metodologias de pesquisa. 
As tecnologias foram úteis para o historiador 
conservar e acessar os documentos históricos. A 
internet permitiu a pesquisa a arquivos e a descoberta 
de documentos até então inacessíveis ou inéditos. O 
compartilhamento de informações entre 
historiadores possibilitou melhor diálogo e maiores 
reflexões sobre as fontes históricas e as metodologias 
de pesquisa, além de uma compreensão do passado 
conectada com os problemas do presente, não mais 
sendo algo massificado, sem vida. Ao analisar uma 
fonte histórica, o historiador questiona a sua 
originalidade, a sua veracidade. 
Verifica-se a data em que determinado documento 
foi produzido, quais eram as intenções de quem o 
produziu, quais informações sobre o passado são 
possíveis de extrair de determinado objeto ou 
vestígio. Dependendo do tempo histórico, as fontes 
são escassas ou as que existem se encontram 
danificadas. 
Cabe ao historiador fazer a metodologia de pesquisa, 
ou seja, quais passos seguir para melhor analisar a 
fonte e compreender o período histórico no qual ela 
foi produzida. Leia também: Tempos históricos no 
quadro “A Batalha de Alexandre” Tipos de fontes 
históricas A Escola dos Annales ampliou os tipos de 
fontes históricas não mais restritas ao que foi escrito. 
O áudio, a imagem, os vestígios se tornaram 
objeto de pesquisa para o historiador. 
 Os principais tipos são: Documentos textuais: 
cartas, crônicas, ofícios, diários, relatos. Vestígios 
arqueológicos: objetos de cerâmica, construções, 
estátuas. Representações pictóricas: quadros, 
pinturas, fotos, afrescos. Registros orais: 
testemunhos pessoais transmitidos oralmente. 
Exemplos de fontes históricas uma fonte que tem 
sido muito utilizada por historiadores são 
documentos pessoais, isto é, cartas, diários e outros 
registros que não vieram a público, mas guardam 
informações sobre o passado. 
O diário escrito por Anne Frank possibilitou 
conhecer as experiências de uma menina judia que 
viveu escondida da perseguição nazista com sua 
família em um sobrado em Amsterdã, Holanda. 
Durante a década de 1970, vários políticos 
brasileiros publicaram suas memórias ou 
autobiografias para registrar as suas visões sobre 
acontecimentos do passado. Além disso, os 
familiares desses políticos doaram seus acervos para 
arquivos e outras instituições, como o CPDOC da 
Fundação Getúlio Vargas, que não apenas cuidaram 
da sua preservação, como também permitiram o 
acesso e a pesquisa com base na documentação 
produzida. Apesar de não serem escritas com tanta 
frequência nos dias de hoje, as cartas nos ajudam a 
compreender o passado pormeio do registro da 
intimidade, da troca de correspondência entre 
pessoas, públicas ou não. 
Nelas, o autor da carta reserva um tempo do seu dia 
para escrever para outra pessoa e aguarda a sua 
resposta. Essas cartas revelam diálogos, 
contrariedades, alegrias de quem as escreve, e podem 
ajudar na compreensão de um contexto individual ou 
mesmo coletivo. As fontes históricas são elementos 
essenciais para o trabalho do historiador, 
representando as matérias-primas que possibilitam a 
reconstrução do passado. Elas abrangem tudo o que 
os seres humanos produziram ao longo do tempo e 
seu acesso é fundamental para a compreensão 
histórica. 
Conforme observado pelo professor José 
d’Assunção Barros, as fontes históricas são os 
vestígios deixados pelos indivíduos ao longo da 
história, manifestados de várias formas, desde textos 
escritos até modificações na paisagem e no ambiente 
natural. Essa reflexão revela a diversidade e a 
amplitude das fontes históricas, as quais não se 
restringem apenas aos registros de figuras 
proeminentes, mas também incluem contribuições de 
pessoas comuns, cujas vidas cotidianas deixaram 
marcas no tempo e no espaço. Essa ampliação no 
entendimento das fontes históricas teve início no 
século passado, contrastando com a predominância 
anterior dos documentos oficiais e escritos até o 
século XIX. Anteriormente, os historiadores 
concentravam-se principalmente em documentos 
escritos, como registros oficiais e crônicas, em sua 
busca por uma compreensão científica e rigorosa do 
passado. No entanto, a partir da década de 1920, a 
Escola dos Annales, na França, propôs uma 
abordagem renovada, que valorizava não apenas os 
documentos escritos, mas também outras formas de 
expressão e produção cultural do passado. Essa 
mudança de perspectiva levou os historiadores a 
considerar uma variedade de fontes, incluindo 
imagens, sons e registros de pessoas comuns, 
enriquecendo assim a compreensão histórica através 
de diferentes perspectivas e ângulos de visão. 
Essa abordagem mais ampla não implicou a renúncia 
ao rigor científico, mas sim a adoção de novas 
metodologias de pesquisa que permitiram uma 
análise mais profunda e abrangente do passado. As 
tecnologias modernas desempenharam um papel 
importante na preservação e acesso às fontes 
históricas, com a internet facilitando a pesquisa em 
arquivos e a descoberta de documentos 
anteriormente inacessíveis. O compartilhamento de 
informações entre historiadores promoveu um 
diálogo mais amplo e reflexivo sobre as fontes 
históricas e as metodologias de pesquisa, conectando 
assim o estudo do passado com os desafios e 
questões do presente. Ao analisar uma fonte 
histórica, o historiador examina sua autenticidade, 
veracidade e intenções do autor, buscando extrair 
informações sobre o período histórico em que foi 
produzida. Essa análise envolve considerar a data de 
produção do documento, o contexto histórico e social 
em que foi criado, e os possíveis vieses ou limitações 
da fonte. Além dos documentos textuais, as fontes 
históricas incluem vestígios arqueológicos, 
representações pictóricas, registros orais e outros 
tipos de material que proporcionam insights sobre o 
passado. 
Exemplos como cartas, diários e memórias 
pessoais têm sido amplamente utilizados pelos 
historiadores para entender experiências individuais 
e coletivas em diferentes contextos históricos. Essas 
fontes não apenas enriquecem nosso conhecimento 
do passado, mas também nos ajudam a compreender 
melhor a complexidade e diversidade da experiência 
humana ao longo do tempo. "A diversidade de 
fontes, incluindo documentos textuais, vestígios 
arqueológicos, representações pictóricas e registros 
orais, permite uma compreensão mais abrangente e 
complexa do passado. Portanto, ao analisar um texto 
histórico, é essencial considerar o contexto em que 
foi produzido, o que enriquece nossa compreensão 
da história e nos permite refletir sobre as relações 
entre passado, presente e futuro." 
Denotação e conotação 
Denotação é a forma de uso e manifestação da 
linguagem em seu sentido literal, dicionarizado. A 
conotação é a forma de uso e manifestação da 
linguagem em seu sentido figurado. 
 
 
 
A linguagem é o maior instrumento de interação 
entre sujeitos socialmente organizados. Isso porque 
ela possibilita a troca de ideias, a circulação de 
saberes e faz intermediação entre todas as formas de 
relação humanas. 
Quando queremos nos expressar verbalmente, seja 
de maneira oral (fala), seja na forma escrita, 
recorremos às palavras, expressões e enunciados de 
uma língua, os quais atuam em dois planos de sentido 
distintos: o denotativo, que é o sentido literal da 
palavra, expressão ou enunciado, e o conotativo, que 
é o sentido figurado da palavra, expressão ou 
enunciado. 
O prepara estudos de explica sobre cada um 
deles; 
DENOTAÇÃO 
Quando a linguagem está no sentido denotativo, 
significa que ela está sendo utilizada em seu sentido 
literal, ou seja, o sentido que carrega o significado 
básico das palavras, expressões e enunciados de 
uma língua. Em outras palavras, o sentido 
denotativo é o sentido real, dicionarizado das 
palavras. 
De maneira geral, o sentido denotativo é utilizado 
na produção de textos que tenham função referencial, 
cujo objetivo é transmitir informações, argumentar, 
orientar a respeito de diversos assuntos, como é o 
caso da reportagem, editorial, artigo de opinião, 
resenha, artigo científico, ata, memorando, receita, 
manual de instrução, bula de remédios, entre outros. 
Nesses gêneros discursivos textuais, as palavras são 
utilizadas para fazer referência a conceitos, fatos, 
ações em seu sentido literal. 
Exemplos: 
1.A professora pediu aos alunos que pegassem o 
caderno de Geografia. 
2.A polícia capturou os três detentos que haviam 
fugido da penitenciária de Santa Cruz do Céu. 
3.O hibisco é uma planta que pode ser utilizada tanto 
para ornamentação de jardins quanto para a 
fabricação de chás terapêuticos a partir das suas 
flores. 
4.mor: forte afeição por outra pessoa, nascida de 
laços de consanguinidade ou de relações sociais. 
 
CONOTAÇÃO 
Quando a linguagem está no sentido conotativo, 
significa que ela está sendo utilizada em seu sentido 
figurado, ou seja, aquele cujas palavras, expressões 
ou enunciados ganham um novo significado em 
situações e contextos particulares de uso. O sentido 
conotativo modifica o sentido denotativo (literal) 
das palavras e expressões, ressignificando-as. 
De maneira geral, é possível encontrarmos o uso da 
linguagem conotativa nos gêneros discursivos 
textuais primários, ou seja, nos diálogos informais 
do cotidiano. Entretanto, são nos textos secundários, 
ou seja, aqueles mais elaborados, como os literários 
e publicitários, que a linguagem conotativa aparece 
com maior expressividade. A utilização da 
linguagem conotativa nos gêneros discursivos 
literários e publicitários ocorre para que se possa 
atribuir mais expressividade às palavras, 
enunciados e expressões, causando diferentes 
efeitos de sentido nos leitores/ouvintes. 
Exemplo: 
Leia um trecho do poema Amor é fogo que arde sem 
se ver, de Luiz Vaz de Camões, e observe a maneira 
como o poeta define a palavra/sentimento 'amor' 
utilizando linguagem conotativa: 
Amor é fogo que arde sem se ver 
Amor é fogo que arde sem se ver; 
É ferida que dói, e não se sente; 
É um contentamento descontente; 
É dor que desatina sem doer. 
 
É um não querer mais que bem querer; 
É um andar solitário entre a gente; 
É nunca contentar-se de contente; 
É um cuidar que se ganha em se perder. 
 
É querer estar preso por vontade; 
É servir a quem vence, o vencedor; 
É ter com quem nos mata, lealdade. 
 
Mas como causar pode seu favor 
Nos corações humanos amizade, 
Se tão contrário a si é o mesmo Amor? 
(Luís Vaz de Camões, séc. XVI) 
Tipos de discurso:direto, indireto e indireto livre 
Os discursos direto, indireto e indireto livre são 
utilizados principalmente em textos narrativos com a 
finalidade de expor a fala ou o pensamento das 
personagens. 
Os diferentes tipos de discurso — direto, indireto e 
indireto livre — são utilizados principalmente em 
textos de caráter narrativo no intuito de introduzir as 
diversas vozes disponíveis (personagens e narrador). 
O discurso direto pode ser entendido como a 
reprodução exata da fala de alguém. Já o discurso 
indireto ocorre quando o autor expressa com suas 
palavras a fala de outrem. Por fim, o discurso 
indireto livre é uma mescla entre o direto e o 
indireto. 
Resumo sobre discurso direto, indireto e indireto 
livre 
Os discursos direto, indireto e indireto livre são tipos 
de discurso utilizados principalmente em textos do 
gênero literário a fim de marcar as falas presentes na 
obra. 
1.O discurso direto é a maneira de dizer de forma 
exata a fala de uma personagem. 
2.O discurso indireto é a reprodução da fala de uma 
personagem por meio do narrador. Assim, ele fala 
pela personagem. 
3.O discurso indireto livre é considerado uma junção 
entre o discurso direto e o indireto, isso porque há 
diversas intervenções do narrador na fala das 
personagens. Assim, não há precisão sobre quem diz 
o quê, e seus discursos podem ser confundidos. 
Discurso direto 
O discurso direto é aquele que reproduz exatamente 
a fala de outrem. Esse tipo de discurso está presente 
na literatura e também no cotidiano. 
Exemplo: 
Esses dias minha mãe disse: “Vá trabalhar!” 
Para construir um discurso direto, é necessário: 
inserir um verbo de elocução, isto é, que introduz um 
discurso direto, indireto ou indireto livre (“ele diz 
que…”, “ela afirma que…”, “ele perguntou…”, “ela 
interrogou…”, dentre outros), seguido por dois-
pontos e: a) mudar de linha para outro parágrafo e 
usar o travessão antes da fala ou b) permanecer na 
mesma linha e usar aspas duplas. 
 Por exemplo: Ela disse: “Não vou sair hoje!” 
A literatura é um espaço em que o discurso direto 
ocorre de forma recorrente. 
A seguir, analisaremos brevemente uma crônica de 
Luís Fernando Veríssimo construída por meio desse 
modelo. 
Na festa dos 34 anos da Clarinha, o seu marido, 
Amaro, fez um discurso muito aplaudido. Declarou 
que não trocava a sua Clarinha por duas de 17, 
sabiam por quê? Porque a Clarinha era duas de 17. 
Tinha a vivacidade, o frescor e, deduzia-se, o fervor 
sexual somado de duas adolescentes. No carro, 
depois da festa, o Marinho comentou: 
‒ Bonito, o discurso do Amaro. 
‒ Não dou dois meses para eles se separarem — disse 
a Nair. 
‒ O quê? 
‒ Marido, quando começa a elogiar muito a 
mulher… 
Nair deixou no ar todas as implicações da 
duplicidade masculina. 
‒ Mas eles parecem cada vez mais apaixonados — 
protestou Marinho. 
‒ Exatamente. Apaixonados demais. Lembra o que 
eu disse quando a Janice e o Pedrão começaram a 
andar de mãos dadas? 
‒ É mesmo… 
‒ Vinte anos de casados e de repente começam a 
andar de mãos dadas? Como namorados? Ali tinha 
coisa. 
‒ É mesmo… 
‒ E não deu outra. Divórcio e litigioso. 
‒ Você tem razão. 
‒ E o Mário com a coitada da Marli? De uma hora 
para outra? Beijinho, beijinho, “mulher formidável” 
e descobriram que ele estava de caso com a gerente 
da loja dela. 
‒ Você acha, então, que o Amaro tem outra? 
‒ Ou outras. 
Nem duas de 17 estavam fora de cogitação. 
‒ Acho que você tem razão, Nair. Nenhum homem 
faz uma declaração daquelas assim, sem outros 
motivos. 
‒ Eu sei que tenho razão. 
‒ Você tem sempre razão, Nair. 
‒ Sempre, não sei. 
‒ Sempre. Você é inteligente, sensata, perspicaz e 
invariavelmente acerta na mosca. Você é uma 
mulher formidável, Nair. Durante algum tempo, só 
se ouviu, dentro do carro, o chiado dos pneus no 
asfalto. Aí Nair perguntou: 
‒ Quem é ela, Marinho? 
No texto acima, o discurso direto se faz presente no 
diálogo entre as personagens ao comentarem a fala 
do colega em uma festa. O discurso direto ocorre sem 
mediações por parte do narrador. Ele reproduz, de 
maneira literal, tudo o que foi dito pelas 
personagens. 
 
 
Discurso indireto 
O discurso indireto é a forma de dizer caracterizada 
por uma intervenção do autor que interfere na fala ao 
usar suas próprias palavras para referenciar as de 
outrem. Ele também é utilizado na literatura e em 
nosso cotidiano. 
Exemplo: 
Esses dias minha mãe me disse para ir trabalhar. 
Para utilizar o discurso indireto é preciso usar um 
verbo de elocução seguido de um conectivo 
(preposição, conjunção etc.) que executa a mudança 
de voz do narrador para a voz da personagem. 
Exemplo: 
Eles disseram que não era possível entrar no 
estabelecimento. 
disseram = verbo de elocução 
que = conjunção integrante 
Eles disseram = voz do narrador 
Não é possível entrar no estabelecimento = possível 
voz da personagem 
Veja, a seguir, um exemplo de discurso indireto na 
obra Dom Casmurro. O escritor Machado de Assis 
faz uso desse tipo de discurso por meio do seu 
narrador personagem Bentinho, que retoma uma fala 
de Capitu. 
"Capitu segredou-me que a escrava desconfiara, e ia 
talvez contar às outras. Novamente me intimou que 
ficasse, e retirou-se; eu deixei-me estar parado, 
pregado, agarrado ao chão." 
Dom Casmurro, Machado de Assis 
No trecho acima, há um discurso indireto quando o 
narrador utiliza um verbo com uma elocução na 
seguinte passagem: “Capitu segredou-me que a 
escrava desconfiara”. 
Nesse caso, o narrador apropriou-se da fala de uma 
das personagens. 
 
 
Discurso indireto livre 
O discurso indireto livre se trata de uma mescla entre 
os discursos direto e indireto. Nele, o narrador 
assume o lugar de outro, expressando sentimentos e 
pensamentos em sua narrativa. Esse tipo de discurso 
é mais comum em textos literários. 
Veja um exemplo a seguir: 
Flávia estava cansada e logo se deitou. Ela precisava 
trabalhar em poucas horas. Acordei desesperada. Já 
era para estar no trabalho. As poucas horas passaram 
e nem percebi. 
Do ponto de vista estrutural, o discurso indireto livre 
apresenta maior liberdade para extrapolar o aspecto 
formal da língua. O principal aspecto composicional 
do discurso indireto livre é a adesão dos pensamentos 
e ideias da personagem por parte do narrador. 
O discurso indireto livre mistura, em diversas 
ocasiões, a primeira pessoa do singular e plural e/ou 
terceira pessoa em uma mesma sentença. 
Vejamos: 
Vamos! Eu vou conseguir. 
Ele não queria sair de casa. Não vou, em hipótese 
alguma, sair de casa. 
Pense rápido. Pense rápido. Não consegui. 
Analisando as sentenças acima, percebe-se que o 
principal elemento de construção do discurso 
indireto livre é justamente a imprecisão sobre quem 
realmente está falando — se é o narrador ou a 
personagem. 
O que é intertextualidade? 
A intertextualidade, nada mais é, do que a influência 
ou relação entre dois ou mais textos, analisando as 
referências existentes entre eles. Tais referências 
podem ser notadas de formas explícitas ou implícitas 
e representadas sob diferentes formas, sejam elas 
auditivas, visuais ou escritas. 
Em outras palavras, a intertextualidade é uma 
espécie de diálogo entre as construções visíveis no 
conteúdo, forma ou ambos. A intertextualidade é 
verificada em músicas, propagandas publicitárias, 
artes plásticas, dança, entre outras manifestações. 
A vantagem da intertextualidade, desde que 
utilizada da forma correta, é o enriquecimento 
textual por explorar o tema tratado de forma mais 
aprofundada. Ademais, serve para comemorar algum 
acontecimento, relatar um fato histórico, descrever a 
cultura de um povo ou de uma personalidade. 
Intertextualidade implícita e explícita 
A intertextualidade pode ser classificada conforme 
sua relação com o texto fonte, isto é, se aparece de 
forma direta (explícita) ou indireta (implícita).Implícita: não é facilmente identificada pelos 
leitores, exigindo recorrer a conhecimentos prévios 
para compreender o conteúdo. Por isso, não 
estabelece relação direta com o texto fonte nem 
elementos que o identifiquem. 
Explícita: os leitores identificam a intertextualidade 
de forma rápida por elementos e relação direta 
estabelecida com o texto fonte. Não exige que haja 
dedução ou algum conhecimento prévio para 
compreensão. 
Quais são os tipos de intertextualidade? 
A intertextualidade pode ser expressa sob diferentes 
formas, como vimos anteriormente. 
Os tipos mais comuns são: 
Alusão: recurso que faz referência a elementos 
presentes em outros textos de forma indireta, ou seja, 
por meio de características simbólicas. Exemplo: O 
mais bonito de todos era sem dúvida Narciso – meu 
filho e não o outro. (Alusão a Narciso, herói grego 
famoso por sua beleza e orgulho) 
Citação: quando um autor acrescenta partes de 
outras obras na sua produção textual ocasionando 
uma intertextualidade direta. Por vezes, ocorre a 
transcrição das palavras do texto fonte e, por isso, dá 
credibilidade à nova construção. Normalmente, a 
citação é inserida em itálico e entre aspas, além de 
citar o nome do autor original a fim de evitar plágio. 
Exemplo: Analisando a rotação do osso sobre a base, 
pode-se, segundo “Kapan (2001), descobrir até que 
ponto haverá o desenvolvimento do paciente”. 
Epígrafe: acréscimo de parágrafo ou frase que se 
relacione com o texto que está sendo escrito. O 
recurso é bastante utilizado em trabalhos científicos 
e obras, sendo colocada em seu início. Exemplo: “O 
mais corajoso dos atos ainda é pensar com a própria 
cabeça.” (Coco Chanel) 
Paráfrase: do grego paraphrasis, que significa 
“repetição de uma sentença”, a paráfrase é a 
recriação de um texto que já existe mantendo a 
mesma ideia, porém utilizando outras palavras. O 
objetivo é reafirmar as ideias do texto fonte, porém 
com estrutura e estilo próprios. 
Exemplo: 
Canção do Exílio 
Minha terra tem palmeiras 
Onde canta o sabiá, 
As aves que aqui gorjeiam 
Não gorjeiam como lá. 
(…) 
(Gonçalves Dias, Primeiros cantos, 1846.) 
 
Europa, França e Bahia 
(…) 
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos 
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’. 
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’? 
Eu tão esquecido de minha terra… 
Ai terra que tem palmeiras 
Onde canta o sabiá! 
(Carlos Drummond de Andrade, 1930.) 
Paródia: muito presente em programas 
humorísticos, a paródia consiste na subversão de um 
texto original, porém sob forma crítica ou satírica. O 
objetivo é a ironia, crítica e reflexão. 
Exemplo: 
Quem tem boca vai a Roma. (ditado popular) 
Quem tem carro vai a Roma. (paródia) 
Bricolagem: processo encontrado na música e artes 
plásticas que consiste na montagem de um texto a 
partir de fragmentos de outros. 
Exemplo: o filme Shrek ao abordar diferentes contos 
de fadas, mesmo que de forma irônica. 
Tradução: como o próprio nome já diz, a tradução é 
o ato de passar um texto de língua estrangeira para a 
nativa. A intertextualidade está nas diferentes 
interpretações possíveis e possibilidade de 
expressões que sejam adequadas à nova língua. 
Exemplo: 
“Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura 
jamás.” 
Português: “É preciso ser duro mas nunca sem 
perder a ternura.” 
Sample: trechos de outras músicas ou textos 
adicionados como base para outras produções. 
Exemplo: na música, da canção Stan, do cantor 
Eminem, possui sample de Thank you, da cantora 
britânica Dido 
Pastiche: mescla diversos estilos em uma só obra, 
conferindo a imitação direta do estilo demonstrado 
por outros autores. Muito usado em imagens e 
músicas, o pastiche se diferencia da paródia por não 
ter o objetivo de satirizar ou ironizar. 
Exemplo: 
“Pois é. Tenho dito. Tudo aleivosia que abunda 
nesses cercados. Maisquenada. Foi assim mesmo, eu 
juro, Cumpadre Quemnheném não me deixa mentir 
e mesmo que deixasse, eu mentia. Lorotas! 
Porralouca no juízo dos povos além das Gerais! 
Menina Mágua Loura deu? Não deu.(…)” 
(Guimarães Rosa, “Grande Sertão: Veredas”) 
“Compadre Quemnheném é que sabia, sabença geral 
e nunca conferida, por quem? Desculpe o arroto, mas 
tou de arofagia, que o doutor não cuidou no devido. 
Mágua Loura era a virge mais pulcra das Gerais. 
Como a Santa Mãe de Deus, Senhora dos Rosários, 
rogai por nós! (…)” 
(Carlos Heitor Cony, Folha de S. Paulo, 11/09/1998) 
Crossover: aparição de personagens ou encontro 
daqueles que pertencem a universos fictícios 
diferentes em volumes, edições ou capítulos. 
Exemplo: filmes da Marvel que misturam heróis de 
outras produções em uma só obra, como o Homem 
de Ferro, Thor e Viúva Negra. 
Transliteração: técnica linguística que usa o mesmo 
fundamento da tradução na qual termos, expressões 
e normas são adequados de uma língua para outra, 
adaptando-os para algum alfabeto que possui letras 
diferentes de seu original. 
Exemplo: house – casa (tradução) – ráuse 
(transliteração) 
Exemplo de intertextualidade 
Música “Monte Castelo”, do grupo Legião Urbana, 
que cita Camões (Sonetos) e a Bíblia (Coríntios, 
capítulo XIII). 
Trecho bíblico: Ainda que eu fale as línguas dos 
homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o 
sino que ressoa ou como o prato que retine. O amor 
é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se 
vangloria, não se orgulha. 
Camões: 
Amor é fogo que arde sem se ver; 
É ferida que dói, e não se sente; 
É um contentamento descontente; 
É dor que desatina sem doer. 
 
É um não querer mais que bem querer; 
É um andar solitário entre a gente; 
É nunca contentar-se de contente; 
É um cuidar que se ganha em se perder. 
 
É querer estar preso por vontade; 
É servir a quem vence, o vencedor; 
É ter com quem nos mata, lealdade. 
 
Mas como causar pode seu favor 
Nos corações humanos amizade, 
Se tão contrário a si é o mesmo Amor? 
Letra da canção: 
Ainda que eu falasse 
A língua dos homens 
E falasse a língua dos anjos 
Sem amor eu nada seria 
É só o amor! É só o amor 
Que conhece o que é verdade 
O amor é bom, não quer o mal 
Não sente inveja ou se envaidece 
O amor é o fogo que arde sem se ver 
É ferida que dói e não se sente 
É um contentamento descontente 
É dor que desatina sem doer 
Ainda que eu falasse 
A língua dos homens 
E falasse a língua dos anjos 
Sem amor eu nada seria 
É um não querer mais que bem querer 
É solitário andar por entre a gente 
É um não contentar-se de contente 
É cuidar que se ganha em se perder 
É um estar-se preso por vontade 
É servir a quem vence, o vencedor 
É um ter com quem nos mata a lealdade 
Tão contrário a si é o mesmo amor 
Estou acordado e todos dormem 
Todos dormem, todos dormem 
Agora vejo em parte 
Mas então veremos face a face 
É só o amor! É só o amor 
Que conhece o que é verdade 
Ainda que eu falasse 
A língua dos homens 
E falasse a língua dos anjos 
Sem amor eu nada seria 
Vamos recapitular?? bora! 
A intertextualidade é um conceito fundamental na 
teoria literária e nos estudos culturais, usado para 
descrever a relação entre diferentes textos. Ela 
sugere que nenhum texto existe isoladamente, mas 
sim em constante diálogo com outros textos que o 
precederam, que o sucederam ou que existem 
contemporaneamente. 
Definição: A intertextualidade refere-se à interação 
entre textos, sejam eles literários, cinematográficos, 
musicais ou de outras formas de expressão cultural. 
Ela pode ocorrer de várias maneiras, incluindo 
citações diretas, referências indiretas, paródias, 
alusões e pastiches. 
Tipos de Intertextualidade: 
Citação Direta: Quando um texto faz referência 
explícita a outro texto. 
Referência Indireta: Quando um texto faz alusão a 
outro texto sem citá-lo explicitamente. 
Paródia: Uma imitação cômica ou satírica de outro 
texto. 
Pastiche: Uma obra que imita ou homenageia o 
estilo de outro autor ou obra.Alusão: Uma referência sutil a outra obra ou evento 
cultural. 
Remediação: O processo pelo qual um texto é 
adaptado ou reimaginado em outro meio. 
 
Funções da Intertextualidade: 
- Enriquecer o significado de um texto ao 
contextualizá-lo dentro de um universo cultural mais 
amplo. 
- Criar conexões entre diferentes obras literárias, 
promovendo um diálogo entre autores e épocas. 
- Desafiar as convenções e expectativas do leitor ao 
brincar com referências conhecidas. 
- Ampliar o campo de significados de um texto, 
permitindo interpretações mais complexas e 
multidimensionais. 
Exemplos de Intertextualidade: 
- Shakespeare frequentemente faz referência a mitos 
clássicos em suas peças. 
- A série de filmes "Star Wars" faz alusões a 
mitologia, religião e outros filmes. 
- A música de Bob Dylan frequentemente cita e faz 
referência a outras músicas e tradições musicais. 
- O romance "O Senhor dos Anéis", de J.R.R. 
Tolkien, contém elementos que ecoam a mitologia 
nórdica e outras obras literárias. 
Importância Crítica: Na crítica literária e cultural, 
a análise intertextual é uma ferramenta poderosa para 
entender como os textos se relacionam uns com os 
outros e como eles refletem e comentam a cultura em 
que foram produzidos. Ela também pode ser usada 
para examinar questões de autoria, originalidade e 
influência. 
Figuras de Linguagem 
Com a finalidade artística ou retórica, o uso das 
figuras de linguagem torna-se um recurso que 
possibilita trazer à construção um efeito de sentido 
renovado. 
 Esse procedimento é alcançado por meio de 
combinações assim classificadas: 
I – Figuras de palavras (ou tropos); 
II – Figuras de pensamento; 
III – Figuras de construção (ou de sintaxe). 
 
I – Figuras de Palavras 
Comparação: é feita de forma “explícita”, ou seja, 
com uso de conectivo comparativo (como, tal qual, 
igual) Minha irmã é bondosa como um anjo. 
Metáfora: é uma comparação abreviada, associação 
de ideias ou de característica comum entre dois seres. 
Nasce por meio da analogia e da similaridade e 
dispensa os conectivos que aparecem na 
comparação; minha irmã é um anjo. 
3) Metonímia: é a utilização de uma palavra por 
outra, porque mantêm elas uma relação constante ou 
contiguidade de sentido. Veja os principais casos: 
- o autor pela obra: Você já leu Camões? 
- o efeito pela causa: Respeite minhas rugas. 
- o instrumento pela pessoa: Júlio é um bom garfo. 
- o continente pelo conteúdo: Ele comeu dois pratos. 
- o lugar pelo produto: Ele gosta de um bom havana. 
- a parte pelo todo: Não tinha teto aquela família. 
- o singular pelo plural: O paulista adora trabalhar. 
- o indivíduo pela espécie ou classe: Ele é um judas. 
- a matéria pelo objeto: A porcelana chinesa é 
belíssima. 
- a marca pelo produto: pacote de bombril, fazer a 
barba com gilete, mascar um chiclete. 
Catacrese: metáfora tão usada que perdeu seu valor 
de figura e tornou-se cotidiana, não representando 
mais um desvio: céu da boca; cabeça do prego; asa 
da xícara; dente de alho; pé da cadeira. Também se 
encontra no emprego impróprio por esquecimento ou 
ignorância de origem. Isso ocorre pela inexistência 
de palavras mais apropriadas e dá-se devido à 
semelhança da forma ou da função: ferradura de 
prata; embarcar no avião; fazer sabatina na sexta-
feira; péssima caligrafia; ficou de quarentena dois 
meses; fazer uma novena durante esta semana. 
Antonomásia: é uma espécie de apelido que se 
confere aos seres, valorizando algum de seus feitos 
ou atributos. 
 
Exemplos 
Leu a obra do Poeta dos Escravos (Castro Alves). 
O Rei do Futebol fez mais de mil gols (Pelé). 
Você gosta da Terra da Garoa (São Paulo) 
Sinestesia: é a figura que proporciona a mistura de 
percepções, mistura de sentidos. 
Exemplo: Tinha um olhar gelado. 
II – Figuras de Pensamento 
Antítese: aproximação de ideias de sentidos opostos. 
Exemplo: Tinha na alma um herói e um covarde. 
Eufemismo: emprego de palavra ou expressão com 
objetivo de amenizar alguma verdade triste, chocante 
ou desagradável. 
Exemplo: Ele foi desta para melhor. 
Paradoxo ou oxímoro: é o emprego de duas ideias 
antagônicas, que se excluem mutuamente, mas que 
aparecem em uma mesma frase. 
Exemplos 
“Amor é fogo que arde sem se ver; é ferida que dói e 
não se sente” (Camões) 
"Estou cego e vejo " (Carlos Drummond de Andrade) 
Hipérbole: exagero proposital. 
Exemplos: 
Estou morrendo de alegria. 
Chorou um rio de lágrimas. 
Ironia: forma intencional de dizer o contrário do que 
pensamos. 
Exemplos: 
Ele era fino e educado (comeu como um porco), 
além de ser gentil (nem disse obrigado). 
Personificação ou prosopopeia: É dar a vida ao 
seres inanimados ou dar características humanas aos 
animais e objetos. 
Exemplos: 
A formiga disse que tinha de trabalhar 
A vida ensinou-me a ser humilde. 
Figuras de Linguagem 
Com a finalidade artística ou retórica, o uso das 
figuras de linguagem torna-se um recurso que 
possibilita trazer à construção um efeito de sentido 
renovado. 
 Esse procedimento é alcançado por meio de 
combinações assim classificadas: 
I – Figuras de palavras (ou tropos); 
II – Figuras de pensamento; 
III – Figuras de construção (ou de sintaxe). 
I – Figuras de Palavras 
Comparação: é feita de forma “explícita”, ou seja, 
com uso de conectivo comparativo (como, tal qual, 
igual) Minha irmã é bondosa como um anjo. 
Metáfora: é uma comparação abreviada, associação 
de ideias ou de característica comum entre dois seres. 
Nasce por meio da analogia e da similaridade e 
dispensa os conectivos que aparecem na 
comparação; Minha irmã é um anjo. 
3) Metonímia: é a utilização de uma palavra por 
outra, porque mantêm elas uma relação constante ou 
contiguidade de sentido. Veja os principais casos: 
- o autor pela obra: Você já leu Camões? 
- o efeito pela causa: Respeite minhas rugas. 
- o instrumento pela pessoa: Júlio é um bom garfo. 
- o continente pelo conteúdo: Ele comeu dois pratos. 
- o lugar pelo produto: Ele gosta de um bom havana. 
- a parte pelo todo: Não tinha teto aquela família. 
- o singular pelo plural: O paulista adora trabalhar. 
- o indivíduo pela espécie ou classe: Ele é um judas. 
- a matéria pelo objeto: A porcelana chinesa é 
belíssima. 
- a marca pelo produto: pacote de bombril, fazer a 
barba com gilete, mascar um chiclete. 
Catacrese: metáfora tão usada que perdeu seu valor 
de figura e tornou-se cotidiana, não representando 
mais um desvio: céu da boca; cabeça do prego; asa 
da xícara; dente de alho; pé da cadeira. Também se 
encontra no emprego impróprio por esquecimento ou 
ignorância de origem. Isso ocorre pela inexistência 
de palavras mais apropriadas e dá-se devido à 
semelhança da forma ou da função: ferradura de 
prata; embarcar no avião; fazer sabatina na sexta-
feira; péssima caligrafia; ficou de quarentena dois 
meses; fazer uma novena durante esta semana. 
Antonomásia: é uma espécie de apelido que se 
confere aos seres, valorizando algum de seus feitos 
ou atributos. 
Exemplos 
Leu a obra do Poeta dos Escravos (Castro Alves). 
O Rei do Futebol fez mais de mil gols (Pelé). 
Você gosta da Terra da Garoa (São Paulo) 
Sinestesia: é a figura que proporciona a mistura de 
percepções, mistura de sentidos. 
Exemplo: Tinha um olhar gelado. 
II – Figuras de Pensamento 
Antítese: aproximação de ideias de sentidos opostos. 
Exemplo: Tinha na alma um herói e um covarde. 
Eufemismo: emprego de palavra ou expressão com 
objetivo de amenizar alguma verdade triste, chocante 
ou desagradável. 
Exemplo: Ele foi desta para melhor. 
Paradoxo ou oxímoro: é o emprego de duas ideias 
antagônicas, que se excluem mutuamente, mas que 
aparecem em uma mesma frase. 
Exemplos 
“Amor é fogo que arde sem se ver; é ferida que dói e 
não se sente” (Camões) 
"Estou cego e vejo "(Carlos Drummond de Andrade) 
Hipérbole: exagero proposital. 
Exemplos: 
Estou morrendo de alegria. 
Chorou um rio de lágrimas. 
Ironia: forma intencional de dizer o contrário do que 
pensamos. 
Exemplos: 
Ele era fino e educado (comeu como um porco), 
além de ser gentil (nem disse obrigado). 
Personificação ou prosopopeia: É dar a vida ao 
seres inanimados ou dar características humanas aos 
animais e objetos. 
Exemplos: 
A formiga disse que tinha de trabalhar 
A vida ensinou-me a ser humilde. 
Silepse: é a concordância que se faz com a ideia, e 
não com a palavra expressa. 
Há três tipos: 
- de gênero: Vossa Santidade será homenageado. 
- de pessoa: Os brasileiros somos massacrados. 
- de número: Havia muita gente na rua, corriam 
desesperadamente. 
Apóstrofe: invocação ou interpelação de ouvinte ou 
leitor, seres reais ou imaginários, presentes ou 
ausentes. Também é conhecido como vocativo. 
- Ó Deus! Mereço tanto sofrimento? 
- Tenha piedade, Senhor, de seus filhos. 
Gradação: aumento ou diminuição gradual. 
- A paixão crescia, amadurecia, vingava... 
 III – Figuras de Construção 
Aliteração: repetição de fonemas idênticos ou 
semelhantes. 
- Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando. 
(Guimarães Rosa) 
Polissíndeto: repetição de conjunções (síndetos). 
- Não sorriu, nem feliz ficou, nem quis me ver, nem 
se importou com a partida. 
- E resmunga, e chora, e grita, e pula, e berra. 
Repetição: é a repetição de palavras com o intuito 
de exprimir a ideia de progressão e intensificação. 
- Aquela noite era linda, linda, linda. 
- Enquanto tudo isso acontecia, a garota crescia, 
crescia. 
Anáfora: é também a repetição de palavras, porém 
no início de frase ou versos. 
- Eu quase não saio 
- Eu quase não tenho amigo 
- Eu quase não consigo 
Ficar na cidade sem viver contrariado (Gilberto Gil) 
Sinonímia e antonímia. 
A relação comum ou oposta das palavras 
Os sinônimos e antônimos são dois assuntos 
importantes abordados na língua portuguesa, eles 
expressam a relação com os significados. Os 
sinônimos correspondem aos termos que apresentam 
significados similares. Já os antônimos representam 
palavras com sentidos contrários. 
O estudo dos sinônimos e antônimos 
O significado das palavras é parte do assunto da 
semântica. Nele são englobados assuntos da 
sinonímia e antonímia. O primeiro corresponde a 
relação entre os termos que possuem significados 
semelhantes e o segundo diz respeito às palavras que 
têm sentidos contrários. Portanto, os dois conteúdos 
abrangem o estudo dos sinônimos e antônimos. 
 
Guerra e paz são duas palavras antônimas. (Foto: Educa 
Mais Brasil) 
 
 
Entenda... 
Os sinônimos correspondem as palavras que 
apresentam conceitos parecidos ou muito 
semelhantes. Porém, em algumas definições eles são 
considerados como a relação entre palavras com 
significados iguais. 
Obs.: há linhas de pesquisas sobre sinônimos e 
antônimos que não consideram o primeiro como a 
relação de palavras que apresentam significados 
equivalentes, mas apenas com conceitos próximos. 
 
Antonímia: 
Tipos de antônimos: 
Antônimos Gradativos: Expressam uma relação de 
oposição entre termos que se situam em extremos de 
um espectro. 
Por exemplo: "frio" e "quente". 
Antônimos Complementares: 
São termos que se excluem mutuamente, ou seja, a 
presença de um implica a ausência do outro. 
Exemplos incluem "vivo" e "morto", "acordado" e 
"dormindo". 
Antônimos Recíprocos: Termos em que um implica 
necessariamente na negação do outro. Por exemplo: 
"comprar" e "vender", "entrar" e "sair". 
Formas de identificação: 
Morfologicamente: Alguns antônimos podem ser 
formados por adição de prefixos como "des-" ou "in-
", como em "feliz" e "infeliz". 
Semântica: A relação de oposição entre os termos é 
identificada pelo significado das palavras. 
Por exemplo: "bom" e "mau". 
Importância na comunicação: 
Compreender antônimos é essencial para interpretar 
textos e expressar-se de maneira precisa. O uso 
correto de antônimos pode adicionar sutileza e 
clareza à comunicação. 
 
Sinonímia: 
Tipos de sinônimos: 
Sinonímia Total: Palavras que têm exatamente o 
mesmo significado em todos os contextos, como 
"casa" e "lar". 
Sinonímia Parcial: Palavras que compartilham 
significados em alguns contextos, mas podem ter 
diferenças sutis em outros. Exemplo: "rápido" e 
"ágil". 
Sinonímia Contextual: Termos que são sinônimos 
em determinados contextos, mas não em outros. Por 
exemplo: "cachorro" e "cão". 
Variação de significado: 
Sinônimos podem ter nuances diferentes de 
significado, e a escolha entre eles pode depender do 
contexto, da ênfase pretendida ou do estilo de 
linguagem. 
Uso em diferentes registros linguísticos: 
Sinônimos podem ser usados para variar o estilo e o 
tom da linguagem. Por exemplo, em um contexto 
formal, pode-se preferir "concluir", enquanto em um 
contexto informal, "terminar" pode ser mais 
adequado, apesar de ambos serem sinônimos. 
Importância na expressão escrita e oral: 
O conhecimento de sinônimos é fundamental para 
evitar a repetição excessiva de palavras e para 
enriquecer a expressão tanto na escrita quanto na 
fala. 
Aplicação de antônimos 
Os antônimos estão presentes nas mais diferenciadas 
formas de conteúdo. A canção abaixo, “Monte 
Castelo” da banda Legião Urbana expressa uma 
oposição. Perceba o trecho abaixo: 
"Ainda que eu falasse a língua do homens. 
E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria. 
É só o amor, é só o amor. 
Que conhece o que é verdade. 
O amor é bom, não quer o mal. 
Não sente inveja ou se envaidece". 
As expressões “bom e mal” remetem a uma 
oposição de ideias. Observe agora o texto “O frio 
pode ser quente?” de Jandira Mansur. 
"As coisas têm muitos jeitos de ser. 
Depende do jeito da gente ver. 
Por que será que numa noite a lua é tão pequena e 
fininha? 
E outra noite ela fica tão redonda e gordinha pra 
depois ficar de novo daquele jeito estrelinha? 
Depende do quê? 
Depende do jeito que a gente vê. 
Uma árvore é tão grande se a gente olha lá para 
cima. 
Mas do alto de uma montanha, ela parece tão 
pequeninha. 
Grande ou pequena depende do quê? 
Depende de onde a gente vê. 
Como será que pode uma colher cheia de doce 
parecer tão pouquinho que não dá nem pra sentir? 
E cheia de remédio ficar tanto que não dá nem pra 
engolir? 
Curto e comprido 
Bom e ruim 
Vazio e cheio 
Bonito e feio 
São jeitos das coisas ser. 
Depende do jeito da gente ver" 
No texto as palavras antônimas encontradas são, por 
exemplo: 
• Grande ou pequena 
• Curto e comprido 
• Bom e ruim 
• Vazio e cheio 
• Bonito e feio 
A importância dos sinônimos e antônimos 
Os sinônimos e antônimos são dois assuntos 
fundamentais da língua portuguesa, principalmente 
para quem procura desenvolver uma redação nota 
dez. Ao utilizar sinônimos, por exemplo, é possível 
que o redator evite repetições de palavras e, com isso, 
torne o conteúdo mais fluido. 
Observe as frases a seguir: 
1. Natália está feliz porque passou no concurso. Ela 
alcançou a primeira colocação e, por isso, ficou feliz. 
2. Natália está feliz porque passou no concurso. Ela 
alcançou a primeira colocação e, por isso, ficou 
contente. 
Na primeira expressão a palavra “feliz” é usada duas 
vezes. No entanto, na segunda sentença percebe-se 
que o uso dos sinônimos “feliz e contente” evitou a 
repetição de palavra e, por consequência, torna o 
texto mais agradável. 
Os antônimos, por sua vez, proporcionam o contrate 
de ideias no texto. Ele auxilia o redator ao enfatizar 
uma oposição. 
Observe o exemplo: 
1. André não estava feliz morando no Brasil, por 
isso foi embora para Dubai. Agora está muito mais 
feliz. 
2. André estava descontente morando no Brasil, por 
isso foi embora para Dubai. Agora está muitomais 
feliz. 
No primeiro trecho apresenta o uso das expressões 
“não estava feliz” e “feliz”. Mas ao observar a 
utilização dos antônimos “descontente e feliz” 
percebe-se a ênfase na oposição sem o emprego de 
repetição das palavras. 
Cuidado com o termos desconhecidos 
Como mencionado, sinônimos e antônimos podem 
ser usados como artifícios para evitar a repetição de 
palavras. No entanto, o redator precisa evitar termos 
que não são comuns ou desconhecidos. 
É claro que o uso de palavras vai depender dos tipos 
de textos e para quem eles são destinados, ou seja, o 
público-alvo. Contudo, é importante construir um 
conteúdo de qualidade e pensar: “os termos 
utilizados forçarão o leitor buscar entendê-los?”. 
Não confunda homônimos e parônimos 
Ao estudar sinônimos e antônimos os alunos podem 
apresentam dúvidas com outros assuntos importantes 
da semântica que são: os homônimos e os parônimos. 
Por essa razão, é importante revisar o conteúdo 
desses dois últimos. 
• Homônimos: diz respeito aos termos que 
apresentam pronuncias iguais, no entanto o conceito 
é diferente. Exemplo: a palavra “acento” 
corresponde a grafia, já “assento” remete a um 
espaço físico para sentar-se. 
• Parônimos: esse por sua vez corresponde a relação 
entre palavras que possuem significados diferentes, 
mas a pronuncia é parecida. Por exemplo: 
cumprimento, ato de cumprimentar ou saudar 
alguém e comprimento, diz respeito à extensão. 
 
Morfossintaxe 
A Morfossintaxe é a análise feita às orações em 
termos morfológicos e em termos sintáticos. 
Recorde-se que: 
A análise morfológica analisa as palavras de uma 
oração individualmente, ou seja, independentemente 
da sua ligação com as outras palavras. 
A análise sintática, por sua vez, analisa 
conjuntamente a relação das palavras de uma oração, 
ou seja, a função que as palavras desempenham na 
sua formação. 
Análise Morfológica 
Analisa, individualmente, as classes de palavras, que 
são: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, 
verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição. 
Exemplo: Utilizamos a água sem desperdício. 
Utilizamos - 1.ª pessoa do plural do verbo utilizar, 
conjugado no presente do indicativo, voz ativa 
a - artigo definido 
água - substantivo comum 
sem - preposição essencial 
desperdício - substantivo abstrato 
Análise Sintática 
Estuda a função e a ligação dos termos da oração. 
Esses termos são: sujeito, predicado, complemento 
verbal, complemento nominal, agente da passiva, 
adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto. 
Exemplo: Utilizamos água sem desperdício. 
(Nós) - sujeito oculto 
Utilizamos - verbo transitivo direto e indireto 
a água - objeto direto. Água é o núcleo do objeto 
sem desperdício - adjunto adverbial 
 
Por isso, é possivel perceber que a morfossintaxe é a 
parte da gramática que estuda e analisa as palavras 
simultaneamente segundo uma perspectiva 
morfológica e uma perspectiva sintática. 
A análise morfológica das palavras preconiza a 
classificação isolada das palavras em diferentes 
classes gramaticais. 
A análise sintática das palavras preconiza a 
classificação da função que as palavras 
desempenham inseridas numa oração. 
Sendo a morfossintaxe a compreensão simultânea 
dessas duas perspectivas, a análise morfossintática 
estuda, por exemplo, a função que um substantivo 
pode desempenhar numa oração, ou que funções 
gramaticais pode desempenhar um pronome. 
Análise morfológica 
Tendo como base uma análise morfológica, as 
palavras podem ser classificadas em: 
substantivo; 
artigo; 
adjetivo; 
pronome; 
numeral; 
verbo; 
advérbio; 
preposição; 
conjunção; 
interjeição. 
Exemplo de análise morfológica 
Ontem, a Ana comprou um livro novo. 
ontem: advérbio 
a: artigo definido 
Ana: substantivo próprio 
comprou: verbo comprar 
um: artigo indefinido 
livro: substantivo comum 
novo: adjetivo 
 
 
 
Análise sintática 
Tendo como base uma análise sintática, os termos de 
uma oração podem ser classificados em: 
sujeito; 
predicado; 
objeto direto; 
objeto indireto; 
predicativo do sujeito; 
predicativo do objeto; 
complemento nominal; 
agente da passiva; 
adjunto adnominal; 
adjunto adverbial; 
aposto. 
Exemplo de análise sintática 
A Ana comprou um livro novo. 
sujeito: A Ana 
predicado: comprou um livro novo 
objeto direto: um livro novo 
adjunto adverbial: ontem 
adjunto adnominal: a, um, novo 
Predicado: Pode ter como núcleo um verbo ou um 
nome. 
Objeto direto: É representado principalmente por 
substantivos, pronomes substantivos e pronomes 
oblíquos átonos. 
Objeto indireto: É representado principalmente por 
substantivos e pronomes pessoais oblíquos. 
Predicativo do sujeito: Pode ser desempenhado por 
adjetivos, locuções adjetivas, substantivos, 
pronomes e numerais. 
Predicativo do objeto: Pode ser desempenhado por 
adjetivo, locuções adjetivas e substantivos. 
Agente da passiva: Pode ser representado por 
substantivos e pronomes. 
Complemento nominal: Pode ser representado por 
substantivos, pronomes e numerais. 
Adjunto adnominal: Pode ser representado 
adjetivos, locuções adjetivas, pronomes adjetivos, 
numerais adjetivos e artigos. 
Adjunto adverbial: Pode ser desempenhado por 
advérbios e locuções adverbiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Regência Verbal e Nominal - Aula Completa Para Concursos 
 
A REGÊNCIA é o campo da língua portuguesa que estuda as relações de 
concordância entre os verbos (ou nomes) e os termos que completam seu 
sentido. Ou seja, estuda a relação de subordinação que ocorre entre um verbo 
(ou um nome) e seus complementos. 
A regência é necessário visto que algumas palavras da língua portuguesa 
(verbo ou nome) não possuem seu sentido completo. 
Observe o exemplo abaixo: 
Muitas crianças têm medo. (medo de quê?) 
Muitas crianças têm medo de fantasmas. 
Obs.: perceba que o nome pede complemento antecedido de preposição (“de” 
= preposição e “fantasmas” = complemento). 
IMPORTANTE: A regência estabelece uma relação entre um termo principal 
(termo regente) e o termo que lhe serve de complemento (termo regido) e 
possui dois tipos: REGÊNCIA NOMINAL e REGÊNCIA VERBAL. 
REGÊNCIA NOMINAL 
Regência nominal é quando um nome (substantivo, adjetivo) regente 
determina para o nome regido a necessidade do uso de uma preposição, ou 
seja, o vínculo entre o nome regente e o seu termo regido se estabelece por 
meio de uma preposição. 
DICA: A relação entre um nome regente e seu termo regido se estabelece 
sempre por meio de uma preposição. 
Exemplo: 
- Os trabalhadores ficaram satisfeito com o acordo, que foi favorável a eles. 
Veja: "satisfeito" é o termo regente e "com o acordo" é o termo regido, 
"favorável" é o termo regente e "a eles" é o termo regido. 
 
Obs.: Quando um pronome relativo (que, qual, cujo, etc.) é regido por um 
nome, deve-se introduzir, antes do relativo, a preposição que o nome exige. 
 
Exemplo: 
- A proposta a que éramos favoráveis não foi discutida na reunião. (quem é 
favorável, é favorável a alguma coisa/alguém) 
Regência Nominal: Principais Casos (Mais Utilizados nas Provas) 
Como vimos, quando o termo regente é um nome, temos a regência nominal. 
Então pra facilitar segue abaixo uma lista dos principais nomes que exigem 
preposições, existem nomes que pedem o uso de uma só preposição, mas 
também existem nomes que exigem os uso de mais de uma preposição. veja: 
Nomes que exigem o uso da preposição “a”: 
Acessível, acostumado, adaptado, adequado, afeição, agradável, alheio, 
alusão, análogo, anterior, apto, atento, atenção , avesso, benéfico, benefício, 
caro, compreensível, comum, contíguo, contrário, desacostumado 
desagradável, desatento, desfavorável, desrespeito, devoto, equivalente, 
estranho, favorável, fiel, grato, habituado, hostil, horror, idêntico, imune, 
inacessível, indiferente,inerente, inferior, insensível, Junto , leal, necessário, 
nocivo, obediente, odioso, ódio, ojeriza, oneroso, paralelo, peculiar, pernicioso, 
perpendicular, posterior, preferível, preferência, prejudicial, prestes, propenso, 
propício, proveitoso, próximo, rebelde, rente, respeito, semelhante, sensível, 
simpático, superior, traidor, último, útil, visível, vizinho... 
Nomes que exigem o uso da preposição “de”: 
Abrigado, amante, amigo ávido, capaz, certo, cheio, cheiro, comum, 
contemporâneo, convicto, cúmplice, descendente, desejoso, despojado, 
destituído, devoto, diferente, difícil, doente, dotado, duro, êmulo, escasso, fácil, 
feliz, fértil, forte, fraco, imbuído, impossível, incapaz, indigno, inimigo, inocente, 
inseparável, isento, junto, livre, longe, louco, maior, medo, menor, natural, 
orgulhoso, passível, piedade, possível, prodígio, próprio, querido, rico, seguro, 
sujo, suspeito, temeroso, vazio... 
Nomes que exigem a preposição “sobre”: 
Opinião, discurso, discussão, dúvida, insistência, influência, informação, 
preponderante, proeminência, triunfo, 
Nomes que exigem a preposição “com”: 
Acostumado, afável, amoroso, analogia, aparentado, compatível, cuidadoso, 
descontente, generoso, impaciente, impaciência, incompatível, ingrato, 
intolerante, mal, misericordioso, obsequioso, ocupado, parecido, relacionado, 
satisfeito, severo, solícito, triste... 
Nomes que exigem a preposição "em": 
Abundante, atento, bacharel, constante, doutor, entendido, erudito, fecundo, 
firme, hábil, incansável, incessante, inconstante, indeciso, infatigável, lento, 
morador, negligente, perito, pertinaz, prático, residente, sábio, sito, versado... 
Nomes que exigem a preposição "contra": 
Atentado, Blasfêmia, combate, conspiração, declaração, luta, fúria, impotência, 
litígio, protesto, reclamação, representação... 
Nomes que exigem a preposição "para": 
Mau, próprio, odioso, útil... 
REGÊNCIA VERBAL 
Dizemos que regência verbal é a maneira como o verbo (termo regente) se 
relaciona com seus complementos (termo regido). 
Nas relações de regência verbal, o vínculo entre o verbo e seu termo regido 
(complemento verbal) pode ser dar com ou sem a presença de preposição. 
Exemplo: 
- Nós assistimos ao último jogo da Copa. 
Veja: "assistimos" é o termo regente, "ao" é a preposição e "último jogo" é o 
termo regido. 
No entanto estudar a regência verbal requer que tenhamos conhecimentos 
anteriores a respeito do verbo e seus complementos, conhecer 
a transitividade verbal. 
Basicamente precisamos saber que: 
Um verbo pode ter sentido completo, sem necessitar de complementos. São 
os verbos intransitivos. 
Há verbos que não possuem sentido completo, necessitam de complemento. 
São os verbos transitivos. 
Exemplos: 
 
- Transitivo direto: quando seu sentido se completa com o uso de um objeto 
direto (complemento sem preposição). 
Exemplo: A avó carinhosa agrada a netinha. 
"Agrada" é verbo transitivo direto e "a netinha" e o objeto direto. 
 
- Transitivo indireto: quando seu sentido se completa com o uso de um objeto 
indireto (complemento com preposição). 
Exemplo: Ninguém confia em estranhos. 
"Confia" é verbo transitivo indireto, "em" é a preposição e "estranhos" é o objeto 
indireto. 
 
- Transitivo direto e indireto: quando seu sentido e completa com os dois 
objetos (direto e indireto). 
Exemplo: Devolvi o livro ao vendedor. "Devolvi" é verbo transitivo direto e 
indireto, "o livro" é objeto direto e "vendedor" é objeto indireto. 
A regência e o contexto (a situação de uso) 
A regência de um verbo está ligada a situação de uso da língua. Determinada 
regência de um verbo pode ser adequada em um contexto e ser inadequada 
em outro. 
1. Quando um ser humano irá a Marte? 
2. Quando um ser humano irá em Marte? 
 
Em contextos formais, deve-se empregar a frase 1, porque a variedade padrão, 
o verbo “ir” rege preposição a. Na linguagem coloquial (no cotidiano), é 
possível usar a frase 2. 
Regência de Alguns Verbos 
Para estudarmos a regência dos verbos, devemos dividi-los em dois grupos: 
1- O primeiro, dos verbos que apresentam uma determinada regência na 
variedade padrão e outra regência na variedade coloquial; 
2- E o segundo dos verbos que, na variedade padrão, apresentam mais de 
uma regência. 
PRIMEIRO GRUPO - Verbos que apresentam uma regência na variedade 
padrão e outra na variedade coloquial: 
VERBO ASSISTIR 
 - SENTIDO: “Auxiliar”, “caber, pertencer” e “ver, presenciar, atuar como expectador”. 
É nesse último sentido que ele é usado. 
 - VARIEDADE PADRÃO (Exemplos): Ele não assiste a filme de violência; Pela TV, 
assistimos à premiação dos atletas olímpicos. Assistir com significado de ver, 
presenciar: É verbo transitivo indireto (VTI), apresenta objeto indireto iniciado pela 
preposição a. Quem assiste, assiste a (alguma coisa). 
 - VARIEDADE COLOQUIAL (Exemplos): Ela não assiste filmes de violência. 
Assistir com significado de ver, presenciar: É verbo transitivo direto (VTD); apresenta 
objeto direto. Assistir (alguma coisa) 
VERBO IR e CHEGAR 
 - VARIEDADE PADRÃO (Exemplos): No domingo, nós iremos a uma festa; O 
prefeito foi à capital falar com o governador; Os funcionários chegam bem cedo ao 
escritório. Apresentam a preposição a iniciando o adjunto adverbial de lugar: Ir a 
(algum lugar), Chegar a (algum lugar) 
 - VARIEDADE COLOQUIAL (Exemplos): No domingo, nós iremos em uma festa; 
Os funcionários chegam bem cedo no escritório. Apresentam a preposição em iniciando 
o adjunto adverbial de lugar: Ir em (algum lugar), Chegar em (algum lugar) 
VERBO OBEDECER/DESOBEDECER 
 - VARIEDADE PADRÃO (Exemplos): A maioria dos sócios do clube obedecem ao 
regulamento; Quem desobedece às leis de trânsito deve ser punido. São VTI; exigem 
objeto indireto iniciado pela preposição a. Obedecer a (alguém/alguma coisa), 
Desobedecer a (alguém/alguma coisa) 
 - VARIEDADE COLOQUIAL (Exemplos): A maioria dos sócios do clube obedecem 
o regulamento; Quem desobedece as leis de trânsito deve ser punido. São transitivos 
direto (VTD); apresentam objeto sem preposição inicial. Obedecer (alguém/alguma 
coisa), Desobedecer (alguém/alguma coisa) 
VERBO PAGAR e PERDOAR 
 - SENTIDO: Obs.: Se o objeto for coisa (e não pessoa), ambos são transitivos direto, 
tanto na variedade padrão, como na coloquial. Exemplo: Você não pagou o aluguel. O 
verbo pagar também é empregado com transitivo direto e indireto. (Pagar alguma coisa 
para alguém) A empresa pagava excelentes salários a seus funcionários. 
 - VARIEDADE PADRÃO (Exemplos): A empresa não paga aos funcionários faz dois 
meses; É ato de nobreza perdoar a um amigo. São VTI quando o objeto é gente; exigem 
preposição a iniciando o objeto indireto. Pagar a (alguém), Perdoar a (alguém) 
 - VARIEDADE COLOQUIAL (Exemplos): A empresa não paga os funcionários faz 
dois meses; É um ato de nobreza perdoar um amigo. São VTD, apresentam objeto sem 
preposição (objeto direto): Pagar (alguém), Perdoar (alguém) 
VERBO PREFERIR 
 - VARIEDADE PADRÃO (Exemplos): Os brasileiros preferem futebol ao vôlei; Você 
preferiu trabalhar a estudar. Prefiro silêncio à agitação da cidade. É VTDI; exige dois 
objetos: um direto outro indireto (iniciado pela preposição a. Preferir (alguma coisa) a 
(outra) 
 - VARIEDADE COLOQUIAL (Exemplos): Os brasileiros preferem mais o futebol 
que o vôlei; Você preferiu (mais) trabalhar que estudar; Prefiro (muito mais) silêncio do 
que a agitação da cidade. É empregado com expressões comparativas (“mais...que”, 
“muito mais ...que”, “do que”, etc.). Preferir (mais) (uma coisa) do que (outra). 
VERBO VISAR 
 - SENTIDO: O emprego mais usual do verbo “visar” é no sentido de “objetivar, ter 
como meta”. 
 - VARIEDADE PADRÃO (Exemplos): Todo artista visa ao sucesso; Suas pesquisas 
visavam à criação de novos remédios. É VTI, com preposição a iniciando o objeto 
indireto. Visar a (alguma coisa) 
 - VARIEDADECOLOQUIAL (Exemplos): Todo artista visa o sucesso; Suas 
pesquisas visavam a criação de novos remédios. É VTD, apresenta objeto sem 
preposição (objeto direto). Visar (alguma coisa) 
SEGUNDO GRUPO - Verbos que, na variedade padrão, apresentam mais de 
uma regência (dependendo do sentido/significado em que são empregados: 
VERBO ASPIRAR 
- TRANSITIVIDADE (Sentido): Verbo transitivo direto (sugar/respirar) Verbo 
transitivo indireto (pretender) 
 - EXEMPLOS: Sentiu fortes dores quando aspirou o gás. O Ex-governador aspirava ao 
cargo de presidente. 
VERBO ASSISTIR 
- TRANSITIVIDADE (Sentido): Verbo transitivo direto (ajudar); Verbo transitivo 
indireto (ver); Verbo transitivo indireto (pertencer) 
 - EXEMPLOS: Rapidamente os paramédicos assistiram os feridos. Você assistiu ao 
filme? O direito de votar assisti a todo cidadão. 
VERBO INFORMAR 
- TRANSITIVIDADE (Sentido): Verbo transitivo direto e indireto (passar 
informação) 
 - EXEMPLOS: Algumas rádios informam as condições das estradas aos motoristas. 
Algumas rádios informam os motoristas das condições das estradas 
VERBO QUERER 
- TRANSITIVIDADE (Sentido): Verbo transitivo direto (desejar); Verbo 
transitivo indireto (amar/gostar) 
 - EXEMPLOS: Todos queremos um Brasil menos desigual. Isabela queria muito aos 
avós. 
VERBO VISAR 
- TRANSITIVIDADE (Sentido): Verbo transitivo direto (mirar); Verbo transitivo 
direto (pôr visto); Verbo transitivo indireto (objetivar) 
 - EXEMPLOS: O atacante, ao chutar a falta, visou o ângulo do gol. Por favor, vise 
todas as páginas do documento. Esta fazenda visa à produção de alimentos orgânicos. 
 
 
Observações: 
O verbo aspirar, como outros transitivos indiretos, não admite os pronomes 
lhe/lhes como objeto. Devem ser substituídos por a ele (s) /a ela (s). Ex.: O 
diploma universitário é importante; todo jovem deve aspirar a ele. 
No sentido de “ver presenciar”, o verbo assistir não admite lhe (s) como objeto, 
essas formas devem ser substituídas por ele (s) ela (s). Ex.: o show de 
abertura das olimpíadas foi muito bonito; você assistiu a ele? 
No sentido de “objetivar, ter como meta”, o verbo visar (TD) não admite como 
objeto a forma lhe/lhes, que devem ser substituídas por a ele (s) a ela (s). Ex: 
O título de campeão rende uma fortuna ao time vencedor, por isso todos os 
clubes visam a ele persistentemente. 
Existem outros verbos que, na variedade padrão, apresentam a mesma 
regência do verbo informar. São eles: avisar, prevenir, notificar, cientificar. 
DICAS GERAIS SOBRE REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL PARA FIXAÇÃO: 
 
‣ Alguns nomes ou verbos da língua portuguesa não tem sentido completo. 
 
‣ Na regência nominal, a relação entre um nome regente e seu termo regido se 
estabelece sempre por meio de uma preposição. 
 
‣ Na regência verbal, temos que conhecer a transitividade dos verbos, ou seja, 
se é direta (VTD-verbo transitivo direto), se é indireta (VTI- verbo transitivo 
indireto) ou se é, ao mesmo tempo, direta e indireta (VTDI- verbo transitivo 
direto e indireto). 
 
‣ Observe sempre os verbos que mudam de regência ao mudar de sentido, 
como visar, assistir, aspirar, agradar, implicar, proceder, querer, servir e 
outros. 
 
‣ Não se pode atribuir um mesmo complemento a verbos de regências 
distintas. Por exemplo: o verbo assistir no sentido de “ver”, requer a preposição 
a e o verbo gostar, requer a preposição de. Não podemos, segundo a 
gramatica, construir frases como: “Assistimos e gostamos do jogo. ”, temos que 
dar a cada verbo o complemento adequado, logo, a construção correta é 
“Assistimos ao jogo e gostamos dele. ” 
 
‣ O conhecimento das preposições e de seu uso é fator importante no estudo e 
emprego da regência (nominal, verbal) correta, pois elas são capazes de 
mudar totalmente o sentido do que for dito. Ex.: As novas medidas escolares 
vão de encontro aos anseios dos alunos. Os alunos da 3ª série foram ao 
encontro da nova turma. 
 
‣ Pronomes oblíquos, algumas vezes, funcionam como complemento verbal. 
 
‣ Pronomes relativos, algumas vezes, funcionam como complemento verbal. 
 
O significado da Educação Infantil 
na Educação Básica 
No sistema educacional brasileiro, a Educação 
Básica é composta por três blocos de formação: a 
educação infantil, o ensino fundamental e o ensino 
médio. Apesar de esse ser o caminho indicado para a 
formação educacional de todo o cidadão nascido no 
Brasil, é importante lembrarmos que esse percurso não 
é uma trajetória obrigatória, pois muitas crianças 
pequenas não frequentam a creche nem a pré-escola, 
assim como muitos jovens ainda não têm acesso ao 
ensino médio. Apesar de a Constituição Federal em seu 
artigo 205 afirmar que a educação é direito de todos e 
dever do Estado e da família, a universalização dessa 
oportunidade não é uma realidade. A Educação Básica é 
um direito assegurado a todo cidadão e torna-se urgente 
que 19 o Estado cumpra seu dever constitucional 
mediante oferta de vagas em estabelecimentos 
qualificados. 
Com o apoio da união e dos estados, os municípios 
vêm ampliando suas redes de educação infantil em 
defesa da universalização das vagas para aqueles que 
assim o desejam. Se por muito tempo a educação 
infantil vem sendo afirmada como um direito apenas da 
família trabalhadora, atualmente novas necessidades e 
perspectivas são a ela agregadas: garantir o direito de 
todas as famílias, independente de suas configurações, 
à creche e pré-escola e, especialmente, defendê-la 
enquanto um direito de toda criança à educação e à 
infância. Com a mobilização social, a expectativa é a de 
que, em poucos anos, esses direitos das crianças sejam 
também um fator para a existência de vagas nas creches 
e pré-escolas. 
As perspectivas temporal e processual da Educação 
Básica são relevantes, pois apontam tanto para a 
continuidade quanto para a articulação entre as distintas 
etapas de ensino. Cada segmento possui especificidades 
adequadas aos diferentes momentos de vida e as 
aprendizagens particulares que devem promover nas 
crianças ou nos jovens, embora seja relevante salientar 
que alguns anseios e objetivos fundamentam, ou 
deveriam fundamentar, os processos educativos em 
qualquer nível de ensino. 
A educação infantil, em sua especificidade de 
primeira etapa da educação básica, exige ser pensada na 
perspectiva da complementaridade e da continuidade. 
Os primeiros anos de escolarização são momentos de 
intensas e rápidas aprendizagens para as crianças. Elas 
estão chegando ao mundo aprendendo a compreender 
seu corpo e suas ações, a interagir com diferentes 
parceiros e gradualmente se integrando com e na 
complexidade de sua(s) cultura(s) ao corporalizá-la(s). 
 Uma das características políticas importantes da 
educação infantil é a de que ela desempenha um papel 
complexo no atendimento integral das crianças, que 
inclui aspectos relacionados à educação, à saúde, à 
cultura e à proteção, o que torna imprescindível a 
interlocução com outras áreas dos serviços públicos. 
Desse modo, as políticas de educação infantil precisam 
estar integradas com as políticas das secretarias de 
saúde, de justiça, de meio-ambiente e outras, pois todos 
esses âmbitos tem grande expectativa com um serviço 
de educação infantil de qualidade. 
A articulação e a integração propiciam espaço para 
que alguns regramentos e ações relacionados à 
segurança e à saúde das crianças na creche possam ser 
modificados. Os estabelecimentos de educação infantil, 
para garantir seu funcionamento legal e para receber 
financiamento, necessitam de uma série de atributos 
designados por outras instituições como secretarias de 
obras, secretarias de saúde, corpo de bombeiros, etc. 
Nesse momento histórico, não basta apenas cumprir 
as designações apontadas pelos diferentes setores, mas 
articular o debate sobre o significado da educação das 
crianças pequenas em estabelecimentos educacionaise 
suas práticas para, assim, permitir que as idéias e as 
ações oriundas das diferentes secretarias possam 
colaborar e potencializar a educação infantil. A 
intersetorialidade é o caminho para garantir o bem-estar 
de todos: famílias, crianças, professores e demais 
profissionais. Os responsáveis pela educação das 
crianças em espaços coletivos têm o compromisso de 
problematizar e viabilizar essa interlocução para poder 
qualificar o atendimento pedagógico e também para 
contribuir na defesa dos direitos inalienáveis das 
crianças. 
No contexto de nossa sociedade os direitos, as 
necessidades de bem-estar, a aprendizagem de formas 
de pensamento e a ampliação dos conhecimentos 
cotidianos e científicos das crianças precisam ser o 21 
foco para conceber os estabelecimentos educacionais, 
estando presentes em seus objetivos, suas finalidades, 
sua organização e suas práticas cotidianas. A promoção 
dos direitos das crianças à educação e à infância começa 
a ser efetivada desde a defesa de princípios como a 
equidade e a qualidade no atendimento até a definição 
da proposta pedagógica dos estabelecimentos de 
educação infantil enquanto promotores dos direitos 
humanos, especialmente os dos bebês e das crianças 
pequenas. 
Portanto, para além do importante lugar como 
primeira etapa da Educação Básica, duas características 
definem a educação infantil ao longo da sua história. 
Primeiramente, a necessidade imprescindível de 
articular a educação e o cuidado das crianças pequenas 
com diferentes setores como cultura, saúde, justiça e 
assistência social, o que exige políticas públicas 
integradas com propostas que reflitam essa integração 
nas concepções, nas práticas e no atendimento em 
tempo integral. Em segundo lugar, a multiplicidade de 
configurações institucionais que oferecem alternativas 
educacionais adequadas às demandas das crianças e das 
suas famílias. Essas características, na última década, 
ultrapassaram sua especificidade na educação infantil 
para também ingressarem na pauta de debate dos demais 
níveis de ensino. 
As crianças e as infâncias: concepções 
plurais 
Durante muitos anos, na educação brasileira, 
tratamos os conceitos de infância e crianças como 
semelhantes. Os estudos, no campo da história da 
infância, foram os primeiros a apontar a diferença entre 
esses dois conceitos mostrando como eles foram 
formulados em momentos distintos. Sabemos que as 
crianças sempre existiram como seres humanos de 
pouca idade, mas que as sociedades, em momentos 
diferentes da história, criaram formas de pensar sobre o 
que é ou como deve ser a vida nesta faixa de idade. 
Nos últimos anos, temos concebido as crianças 
como seres humanos concretos, um corpo presente no 
aqui e agora em interação com outros, portanto, com 
direitos civis. As infâncias, temos pensado como a 
forma específica de conceber, produzir e legitimar as 
experiências das crianças. Assim, falamos em infâncias 
no plural, pois elas são vividas de modo muito diverso. 
Ser criança não implica em ter que vivenciar um único 
tipo de infância. As crianças, por serem crianças, não 
estão condicionadas as mesmas experiências. 
Os estabelecimentos de educação infantil ocupam 
atualmente, na sociedade, importante lugar como 
produtores e divulgadores de uma cultura de defesa da 
infância, ou seja, possuem o compromisso político 23 e 
social de garantir as especificidades das infâncias na 
sociedade contemporânea. As crianças possuem 
diversas características que as diferenciam entre si. 
Podem ser meninos ou meninas; negros, amarelos, 
brancos; surdas ou ouvintes; alegres ou quietas. Podem 
viver na cidade ou no campo, no litoral, na floresta ou 
na região ribeirinha. 
Simultaneamente, apresentam características 
universais como, por exemplo, a vulnerabilidade com a 
qual nascem, a intensidade no ritmo de seu crescimento 
nos primeiros anos de vida e a possibilidade de interagir 
e aprender em qualquer situação. As crianças pequenas 
e os bebês são sujeitos que necessitam de atenção, 
proteção, alimentação, brincadeiras, higiene, escuta, 
afeto. O fato de serem simultaneamente frágeis e 
potentes em relação ao mundo, de serem 
biologicamente sociais, os torna reféns da interação, da 
presença efetiva do outro e, principalmente, do 
investimento afetivo dado pela confiança do outro. 
Apesar de geralmente ser enfatizada apenas sua 
fragilidade, os bebês e as crianças bem pequenas são, 
paradoxalmente, extremamente capazes de tomarem 
iniciativas e agirem, ou seja, podem perceber e 
movimentar-se, dispondo assim de amplos recursos, 
desde que nascem, para interagir com e no mundo. 
O longo tempo que necessitam para seu crescimento 
possibilita que, a partir de circunstâncias favoráveis e 
exitosas, possam conquistar sua independência na 
simultaneidade em que vão gradualmente exercendo sua 
autonomia. As crianças, nas suas diferenças e 
diversidades, são completas, pois têm um corpo capaz 
de sentir, pensar, emocionar-se, imaginar, transformar, 
inventar, criar, dialogar: um corpo produtor de história 
e cultura. Porém, para tornarem-se sujeitos precisam se 
relacionar com 24 outras crianças e adultos. Estar junto 
aos outros significa estabelecer relacionamentos e 
interações vinculados aos contextos sociais e culturais. 
As crianças pequenas se constituem sujeitos 
marcadas pelo pertencimento de classe social, de 
gênero, de etnia, de religião, isto é, todas as inscrições 
sociais que afetam as vidas dos adultos também afetam 
a vida das crianças. Ao longo de suas existências vão 
configurando seu percurso singular no mundo, em 
profunda interlocução com as histórias das pessoas e 
dos contextos nas quais convivem. Além de 
promoverem sua formação através de suas interações, 
as crianças também produzem culturas. Tal afirmação 
implica compreender que, brincando, são capazes de 
agirem incorporando elementos do mundo no qual 
vivem. Através de suas ações lúdicas, de suas primeiras 
interações com e no mundo brincando consigo mesmas 
e com seus pares, produzem outra forma cultural de 
estabelecer relações sociais. Essas ações e interações, 
geralmente lúdicas, são denominadas de culturas 
infantis e são transmitidas através de gerações de 
crianças. Ao considerar as crianças pequenas é preciso 
concebê-las como um todo, incluindo a sua 
multidimensionalidade. 
Há uma tendência educacional bastante comum, de 
dividir a compreensão integral das crianças a partir do 
estudo em separado das áreas de desenvolvimento. Uma 
das clássicas subdivisões utilizadas pela Pedagogia no 
momento de elaborar as propostas pedagógicas é 
fragmentar e retirar as crianças pequenas de seus 
contextos ao reduzi-las às áreas motora, afetiva, social 
e cognitiva. Como se fosse possível fazer uma atividade 
motora sem a presença da emoção e da cognição dentro 
das práticas sociais de uma dada cultura. A Pedagogia, 
ao destacar e considerar apenas áreas estanques, deixa 
de fora muitas outras dimensões, tão ou mais 25 
importantes, como a social, a imaginária, a cultural, a 
lúdica, a ética, a estética extremamente importantes para 
a formação humana. 
As infâncias A infância somente existe em 
complementaridade ou em contraposição aos demais 
grupos etários que nossa sociedade produz isto é, as 
infâncias se definem em relação aos jovens e também 
aos adultos e idosos. A infância é uma das categorias 
geracionais mais recentes. É claro, como dissemos 
anteriormente, que sempre houve crianças, mas elas não 
eram reconhecidas como grupo social com 
especificidades próprias. Foi ao longo dos últimos 
séculos que a idéia da infância como período separado 
e diferenciado da idade adulta emergiu. Essa separação 
e a polarização propiciaram, por um lado, a valorização 
do pensamento de proteção das crianças, como a defesa 
contra a exploração pelo trabalho ou o abuso sexual, 
mas, ao mesmotempo, constituiu um controle, às vezes 
excessivo, sobre as crianças. O lugar de oposição das 
crianças frente aos adultos acentuou as diferenças entre 
ambos porém, apesar de as crianças possuírem 
características distintas das dos adultos, elas também 
têm pontos de conexão. 
 As crianças são criativas, sonhadoras e inventivas 
como muitos adultos e também estão imersas em 
problemas e dúvidas como todas as pessoas. As relações 
hierárquicas entre os grupos sociais são uma realidade 
perversa presente na história. Os grupos guerreiros 
escravizavam os povos derrotados, os homens sempre 
tiveram grande poder e controle sobre mulheres e 
crianças, assim como os brancos, a partir de uma visão 
etnocêntrica, sempre se consideraram superiores a 26 
negros e amarelos. Porém, essas concepções e as 
práticas delas derivadas, como a escravidão, a 
exploração e a submissão, vêm, pouco a pouco, a partir 
das lutas sociais, se modificando. 
 E as crianças, como grupo específico, com pouco 
reconhecimento e poder social, necessitam de aliados na 
busca pela cidadania e pelo direito ao respeito. O 
encontro entre gerações, crianças e adultos, é 
extremamente importante para o movimento histórico e 
cultural que congrega tanto a transmissão da tradição 
como a projeção de novidades. As crianças não nascem 
com a consciência de si. O conhecimento sobre si 
mesmo se manifestará através da imitação e da oposição 
frente ao outro, como possibilidade de se afirmar como 
alguém distinto. 
Assim, os modos como uma sociedade define o que 
é importante para seus adultos e jovens também define 
os modos como pretende que as crianças vivam suas 
infâncias. Crianças e alunos Outra diferenciação 
importante é aquela que distingue crianças e alunos. 
Como nossa sociedade defende que “o lugar de criança 
é na escola”, muitas vezes essas palavras acabam se 
tornando e sendo usadas como sinônimas. 
Contudo, é preciso constatar que aluno pode ser 
apenas um dos papéis sociais desempenhado pelas 
crianças, papel que também pode ser representado por 
jovens e adultos. As crianças, ao ingressarem na escola, 
tornam-se alunos e, dependendo da proposta 
educacional que vivenciam, são reduzidas “as suas 
cabeças” isto é, às possibilidades de seu desempenho 
cognitivo, como se a mente e as emoções fossem algo 
etéreo, separado do corpo. As concepções dominantes 
em nossa sociedade sobre os alunos, muitas vezes 
estereotipadas, carregam em si elementos que 
seguidamente antagonizam com as de crianças, 
excluindo a possibilidade da experiência peculiar de 
infância. Para ser aluno, na concepção que tem sido 
hegemônica nas praticas escolares, a criança precisa 
negar seu corpo, cuja multidimensionalidade precisa ser 
esquecida, ou propositadamente controlada. É como se 
fosse possível negar a presença viva, real e autêntica das 
crianças [que vivem através de pensamentos-palavras 
corporeidade] e das interações sociais por elas 
estabelecidas. É mais do que evidente que essa visão de 
criança aluno torna-se inadequada na sociedade 
contemporânea. 
O papel de aluno também inclui um modo de se 
relacionar com o conhecimento e a aprendizagem. 
Geralmente o estereótipo de aluno, produzido há 
duzentos anos atrás, afirma que para aprender a atenção 
das crianças precisa estar focada – a criança imóvel em 
seu lugar e em silêncio – e que se aprende 
individualmente. Já existe extensa bibliografia 
afirmando que as crianças aprendem nas interações com 
os demais, que elas têm capacidade de se concentrar 
desde muito jovens, e que isso ocorre quando estão 
efetivamente interessadas e envolvidas no que fazem. 
As novas crianças pequenas – midiáticas e virtuais – 
aprendem de modo diferente. Também várias 
experiências pedagógicas demonstraram que os 
meninos e as meninas têm a capacidade de pensar, 
imaginar e participar da gestão da sua educação, da sua 
aprendizagem e de sua escola. A possibilidade de fazer 
parte da vida coletiva da escola não é apenas uma meta 
a ser atingida por vivermos numa sociedade 
democrática e que vem buscando, cada vez mais, a 
participação e o respeito por todos. 
A participação tem um papel importantíssimo na 
aprendizagem das crianças pequenas. É no convívio 
com os diferentes parceiros, inicialmente os adultos e 
depois outras crianças, que elas 28 fazem suas primeiras 
aprendizagens. É ao fazer junto, ao colaborar em 
tarefas, ao decidir em conjunto com outras pessoas mais 
experientes, que as crianças aprendem. Portanto, no 
convívio, nas ações e iniciativas que realizam, elas vão 
constituindo seus próprios percursos formativos, ou 
seja, criam seus caminhos dentro de uma cultura, 
aprendendo a se desenvolver com autonomia. Quando 
se propõe que os estabelecimentos de educação infantil 
sejam espaços para a produção de culturas infantis, de 
processos de construção de conhecimentos em situações 
de interação e de inserção das crianças nas práticas 
sociais e linguagens de sua cultura, o modelo 
convencional de escola, historicamente estabelecido e 
vigente em grande parte das práticas escolares, dificulta 
a construção de uma nova dimensão educacional. 
 
Os bebês e as crianças pequenas A educação 
infantil, como área de estudos da Pedagogia, tem se 
preocupado, desde o século XIX, com a educação das 
crianças bem pequenas. Porém, durante muitos anos, os 
estudos e propostas educacionais foram pensados, quase 
que exclusivamente, para as crianças entre quatro e seis 
anos. As propostas educacionais focadas em crianças de 
dois e três anos eram profundamente questionadas tendo 
em vista que os discursos dominantes afirmavam que os 
cuidados maternos seriam o modo adequado de educar 
os bebês e as crianças bem pequenas. 
As propostas para bebês ou crianças bem pequenas 
eram vistas apenas como necessidades para órfãos ou 
crianças em situação de risco. Nos últimos anos a 
demanda pelo atendimento educacional de bebês em 
creches e pré-escolas vem se ampliando. Grande parte 
do preconceito com relação a essas instituições está 
sendo superado, pois 29 os estudos vêm demonstrando 
o quanto essa experiência educacional, quando 
realizada em estabelecimentos adequados, traz 
benefícios para as crianças e contribui com a educação 
realizada pelas escolas e pelas famílias. Também os 
conhecimentos científicos sobre os recém-nascidos e 
suas capacidades vêm se atualizando no sentido de tirá-
los do lugar de seres incapazes de interagir com o 
mundo. Sabemos hoje que os bebês enxergam, 
reconhecem vozes e contribuem ativamente nos seus 
processos de aprendizagem. Por exemplo, ao pegar um 
objeto, um bebê, a partir de um movimento biológico, 
emotivo e cultural, constrói um gesto. Ela imita e, ao 
agir, desenvolve a percepção, a memória e a motricidade 
que irão se tornar recursos valiosos para seu 
desenvolvimento posterior. O gesto inicial vai 
sugerindo novos modos de compreensão de 
movimentos como chacoalhar, apertar. Finalmente, os 
bebês começam a ser reconhecidos como pessoas 
potentes que interagem no mundo e aprendem desde que 
nascem. Não é possível continuar subestimando suas 
capacidades. 
Os bebês sabem muitas coisas que nós não 
reconhecemos porque ainda não conseguimos ver, 
compreender, analisar, ou seja, reconhecer como um 
saber. As suas formas de comunicação, por exemplo, 
acontecem através dos gestos, dos olhares e dos choros 
que são movimentos expressivos e que constituem os 
canais de comunicação não verbal com o mundo. 
Muitas vezes nós, adultos, é que não estamos 
alfabetizados nessas linguagens e, portanto, não 
podemos compreender o que falam. O professor como 
adulto responsável tem o papel de estar presente, 
observar e procurar compreender as linguagens da 
criança e responder-lhe adequadamente As crianças 
pequenas, especialmente os bebês, têm um crescimento 
muito rápido. 
Do um ponto de vista orgânico, as crianças,30 nos 
primeiros anos de vida, realizam grandes conquistas, 
como a aquisição da marcha e da linguagem. Esse ritmo 
acelerado de aprendizagens, que geralmente é comum 
nas crianças (excetuando aquelas que apresentam algum 
transtorno de desenvolvimento, mas que podem, num 
ritmo mais lento, ou de modo diferenciado, alcançar tais 
capacidades) também apresenta diferenças que podem 
ser pessoais ou culturais. As características dos bebês 
exigem que o dia-a-dia seja muito bem planejado, pois 
há um grande dinamismo e diversidade no grupo. 
Enquanto duas crianças dormem, uma quer comer, outra 
brinca ou lê em seus livros-brinquedos e outro bebê 
precisa ser trocado. 
Toda essa diversidade, em uma situação de 
dependência, exige atenção permanente do adulto à 
segurança das crianças, através de um conjunto de 
fatores ambientais e relacionais, para efetivamente dar 
conta das suas singularidades. A criação de espaços 
pedagógicos, de materiais e a construção de situações 
didáticas que desafiem e contribuam para o 
desenvolvimento das crianças exige preparo, 
conhecimento e disponibilidade das professoras. Todo o 
conhecimento posterior está calcado nas ações que as 
crianças pequenas realizam sobre si e no mundo em suas 
experiências cotidianas. 
As primeiras noções sobre o mundo social se 
constituem no encontro e nas interações com adultos e 
outras crianças, marcados pelas relações de emoção e 
afeto e pelas oportunidades que as práticas culturais e as 
linguagens simbólicas daquela sociedade sugerem. As 
crianças bem pequenas possuem grandes diferenças em 
relação às crianças maiores. A especificidade das 
crianças de zero a três anos advém de sua totalidade, de 
sua vulnerabilidade, de sua dependência dos adultos 
(em especial da família), de seu rápido crescimento e 
possibilidade de desenvolvimento, das instituições 
sociais e educativas, além de suas formas próprias de 
conhecer o mundo.31 Os avanços científicos nos 
mostram a importância das interações sociais para o 
desenvolvimento das crianças, desde a mais tenra idade, 
como também evidenciam a relevância da interlocução 
com as linguagens simbólicas da família, do professor e 
das demais crianças. 
A formação das crianças acontece em processos de 
interação, negociação com os outros ou por oposição a 
eles. Se, nos primeiros anos, as crianças experimentam 
muitas novidades, posteriormente elas começam a 
consolidar e a compartilhar seus mundos com os 
demais. Já falam e gostam de conversar e relatar 
histórias, se interessam por produzir movimentos cada 
vez mais complexos e por participar de atividades 
coletivas, envolvendo várias outras crianças. Nesse 
momento, seus atos de linguagem são potentes e podem 
referir as complexas relações sociais e culturais que 
desde o nascimento estabeleceram com o entorno. 
Agora, a linguagem verbal viabiliza que a curiosidade e 
a descoberta em relação aos outros e ao mundo se 
extravase. Muitas vezes, nos estabelecimentos de 
educação infantil, as crianças, depois dos três ou quatro 
anos, são tratadas como “os grandes”. É claro que, em 
relação aos bebês, elas já possuem outras 
possibilidades, mesmo assim são pessoas com pouca 
experiência e que necessitam apoio. A cultura de pares 
é aquela produzida no encontro de crianças de idade 
aproximada. O uso deste conceito surgiu nos estudos 
sobre o desenvolvimento infantil, mostrando a 
importância da vida em grupo, mesmo para as crianças 
pequenas. A palavra “pares” nessa expressão não está 
ligada à idéia de dupla, de par, mas a noção de grupo. 
A expressão “culturas infantis”, de uso mais recente, 
se refere às configurações espaciais e temporais do 
contexto em que as crianças vivem com outras crianças, 
mediadas pela cultura. Para as crianças, essas produções 
lhes possibilitam dar sentido ao mundo. As crianças, em 
suas culturas infantis, recompõem a cultura material e 
simbólica de uma sociedade. Elas fazem sua releitura 
do mundo, isso é, leem o 32 mundo adicionando novos 
elementos geracionais, recriando-o e reinventando-o. 
Na educação infantil, a organização do tempo e do 
espaço precisa oferecer a oportunidade de momentos de 
troca com outras crianças e de brincadeiras que 
efetivamente promovam aprendizagens, garantindo o 
desenvolvimento. 
 É necessário lembrar que, se em muitos contextos 
sociais de nosso país as brincadeiras na rua – 
envolvendo crianças pequenas, bebês, crianças maiores 
– acontecem cotidianamente, em outros espaços, como 
nos apartamentos das regiões centrais das grandes 
cidades, as crianças pequenas vivem sem irmãos ou 
contato com crianças de idade diferente. Por esse 
motivo, os estabelecimentos educacionais para crianças 
pequenas precisam revisar a organização das turmas 
apenas por faixa etária similar e propiciar oportunidades 
de interações tanto de crianças da mesma idade quanto 
de crianças de idades diferentes, na perspectiva de 
favorecer a transmissão e a reelaboração das culturas de 
infância. 
Algumas perspectivas de compreensão da infância 
mostram que ela não é apenas um momento no 
desenvolvimento das pessoas ou de uma faixa etária 
específica. A infância não pode ser vista como uma 
etapa estanque da vida, algo a ser superado ou, ainda, 
que termina com a juventude. A infância deixa marcas, 
permanece e habita os seres humanos ao longo de toda 
a vida, como uma intensidade, uma presença, um jeito 
de ser e estar no mundo. Como uma reserva de sonhos, 
de descobertas, de tristezas, de encanto e entusiasmos. 
PRINCÍPIOS EDUCATIVOS PARA A 
EDUCAÇÃO INFANTIL 
Há muito tempo, nas terras da Mesopotâmia, um rei 
chamado Gilgamesh foi mandado pelo Deus Sol para 
governar a cidade de Uruk. [...] era parte Deus e parte 
homem. Ele parecia humano, mas não sabia o que era 
ser humano. Ele tinha poder e riqueza, sem ser feliz. 
Tinha tudo, menos amigos. Vivia sempre sozinho. Por 
isso tornara-se amargo e cruel. Recontado por Ludmila 
Zeman - epopéia Rei Gilgamesh 
 Perspectivas para a educação infantil 
Quando reivindicamos para a educação infantil a função 
de ser um lugar de educação e cuidado para as crianças, 
famílias e profissionais, pensamos em alguns princípios 
orientadores que precisam ser transformados em 
práticas cotidianas, independente do campo de ação. 
Esses princípios tornam-se balizadores dos 
planejamentos e das ações a serem vividas no ambiente 
da escola. A escola de educação infantil permite criar e 
consolidar encontros e relações com pessoas diferentes, 
além de vivências relativas aos diversos saberes. 
Ela oferece à criança o contato com o contexto cultural 
ao qual pertence, ampliando sua visão de mundo, em um 
local planejado e preparado para ser agradável e 
instigante à sua curiosidade, no qual aprende o valor da 
beleza dos detalhes e do bemviver e onde pode ser 
ouvida e respeitada. Tais práticas educacionais exigem 
adultos envolvidos com o compromisso coletivo de 
oferecer atenção e assumir uma atitude de confiança na 
criança que está ali para participar dos acontecimentos 
com os adultos, aprendendo a conviver nesse mundo 
que se apresenta a ela. Porém, as crianças não o 
apreendem passivamente. 
Elas 59 interagem assimilando, rejeitando, 
transgredindo e transformando a si mesmas, as outras 
crianças, aos adultos e ao mundo. Uma especificidade 
desse local em relação a outros espaços educativos das 
crianças pequenas, como a família, é a de que os adultos 
possuem uma intencionalidade pedagógica referenciada 
não apenas em valores pessoais e contingentes, mas em 
interpretações coletivas dos princípios debatidos e 
estabelecidos na sociedade através de suas legislações e 
teorias educacionais que foram apropriadas em 
programas de formação profissional que criam uma 
identidade institucional. 
Assim, regida pela ética do respeito à criança, pela 
política de conhecer e compreender seu contexto sociale suas culturas e também atenta à estética do mundo 
simbólico infantil a escola oportuniza a multiplicidade 
de formas de representação e os princípios políticos de 
participação e liberdade de expressão tão caros a uma 
sociedade democrática e sustentável. Nesse sentido, 
reafirmando as atuais Diretrizes Curriculares Nacionais 
da Educação Infantil (1999) foram desdobrados cinco 
princípios educativos visando a sua concretização na 
prática. São eles: “Diversidade e singularidade”, 
“Democracia, sustentabilidade e participação”, 
“Indissociabilidade entre educar e cuidar”, “Ludicidade 
e brincadeira” e, finalmente, “Estética como experiência 
individual e coletiva”. Cabe destacar que esses 
princípios foram extraídos da consulta nacional sobre as 
práticas cotidianas na educação infantil e também que 
não há entre eles hierarquia ou predominância, mas 
inevitável interlocução, pois dizem respeito às 
dimensões da vida pessoal e comunitária desde a 
infância. 
Diversidade e singularidade 
O mundo que habitamos é formado por uma imensa 
diversidade. A diversidade se manifesta tanto nas 
características físicas, psíquicas, 60 sociais, culturais e 
biológicas dos seres humanos quanto na natureza, nos 
instrumentos e artefatos e nas organizações sociais. 
Nessa perspectiva, a diversidade traz em si uma imensa 
riqueza para os seres humanos, para a cultura e para a 
natureza. Porém, como vivemos em uma sociedade 
hierarquizada e excludente, muitas vezes as 
diversidades acarretam desigualdades e engendram 
modos de exclusão e de segregação. Ou seja, a 
diversidade muitas vezes torna-se o ponto de partida das 
desigualdades. 
Apesar das diversidades estarem presentes na expressão 
da singularidade de cada ser humano em sua forma de 
ser e estar no mundo e nas manifestações sociais e 
culturais, durante anos a educação pouco produziu em 
termos de pesquisas e ações sobre o tema. Atualmente a 
visibilidade das implicações dessa desconsideração 
educacional vem colocando a diversidade como 
conceito-chave para a educação na maioria das 
sociedades contemporâneas. Por muito tempo, os 
estabelecimentos educacionais de educação infantil 
cumpriram sem questionamento o papel de 
“homogeneizar” os comportamentos das crianças e 
prepará-las para tornarem-se “bons alunos” para a 
escola fundamental. 
A defesa de uma escolaridade “única” manifestava-se 
como estratégia para superar as desigualdades sociais, 
mas, geralmente, a operacionalização desse processo 
acabava levando algumas crianças, as “diferentes” ou as 
consideradas “minoritárias”, ao fracasso. Isto é, aquelas 
que, por diferentes motivos, não acompanhavam o 
processo de uniformização eram desconsideradas ou 
excluídas. O grande desafio educacional do momento é 
o de como pensar e como realizar uma escola concebida 
para a universalização – isto é, para socializar e ensinar 
a todos – que possa cumprir também a meta 
contemporânea de educar enfatizando os processos de 
individuação e singularização. 
O pensamento social pós-Constituição de 1988, 
explicitado tanto no ECA (1990) – Estatuto da Criança 
e do Adolescente – quanto na 61 LDBEN (1996), 
caminha no sentido de compreender que todas as 
crianças brasileiras são diversas e têm direito à 
escolaridade. Compreende-se, então, que é preciso não 
apenas a aceitação, o respeito às diversidades, mas 
principalmente a confrontação e o entrelaçamento das 
diferenças. As ações sociais, culturais e educativas 
encaminham para a construção de pedagogias que 
questionem o etnocentrismo, os diversos processos de 
colonização e dominação que existem nas instituições 
educacionais. As pedagogias contemporâneas procuram 
compreender a diversidade dos sujeitos não como uma 
falha, mas como uma riqueza, e defendem a inclusão 
das singularidades. São pedagogias que afirmam a 
abertura ao novo como forma de reinvenção do espaço 
escolar. Assim, é importante garantir nos 
estabelecimentos de educação infantil, com adultos e 
crianças pequenas que aí convivem, uma postura de 
celebrar a diversidade das crianças, das famílias e das 
comunidades. Ou seja, favorecer relações participativas 
e coerentes entre o ambiente da escola e os que nela 
convivem. A escola que opta por ensinar a viver em 
conjunto, aprender em parceria, com solidariedade e 
respeito ao outro, opta também por realizar a inclusão 
de modo orgânico. 
Para tanto, torna-se importante escolher metodologias 
que favoreçam – e ofereçam – experiências de 
aprendizagem através da co-construção lúdica enquanto 
criação e jogo, enquanto imaginação e razão. A decisão 
de investir em tais metodologias exige negar a busca de 
um padrão único de respostas e passar a considerar a 
complexidade dos processos e a diversidade dos 
produtos. Significa não apenas aceitar que as crianças 
tenham respeitados seus ritmos, mas também propor 
trabalhos diversificados que contemplem diferenciados 
modos de pensar e operar sobre o mundo, propondo 
práticas educativas que integrem a atenção e o respeito 
às particularidades das crianças em seus modos de 
produzir significados no e com o grupo. 
As práticas educativas que consideram a 
participação – nas quais as crianças possam ser 
consultadas, possam expressar suas interpretações e 
opiniões, ter seus sentimentos, sensações, saberes, 
conhecimentos, interrogações e dúvidas respeitados e 
escutados – fazem emergir outras possibilidades de 
encaminhamento do processo pedagógico. A 
constatação do desrespeito às diversidades e às 
singularidades construídas pelas crianças em seu grupo 
social e vivenciadas no cotidiano é uma das grandes 
preocupações que mobilizam o campo da educação 
infantil, pois se manifestam continuamente nos modos 
como as crianças são percebidas, ouvidas e desafiadas. 
Como as relações educacionais e especialmente as 
relações entre adultos e crianças estão atravessadas por 
relações de poder, considerar nas ações educativas com 
crianças pequenas o princípio da diversidade e 
singularidade exige do profissional não apenas a 
reflexão sobre suas práticas naturalizadas em ambientes 
não educacionais, exercendo seu poder sobre as 
crianças, mas também investimento em uma formação 
que contribua para banir atitudes adultocêntricas, 
concebendo a infância, isto é a diferença etária, também 
como uma forma de diversidade. Nesse sentido, a 
formação dos professores torna-se estratégia 
educacional fundamental para romper com concepções 
que circulam no senso comum sobre a diferença como 
deficiência e/ou desigualdade, contribuindo para 
instituir outras formas de conceber e realizar a ação 
pedagógica. 
O compromisso legal e político dos processos de 
inclusão das crianças com necessidades especiais, 
hospitalizadas, em risco social ou vítimas de violência, 
exigem atenção especial. Porém, elas não se 
diferenciam dos processos de inclusão das demais 
crianças, pois todas merecem ter suas singularidades 
preservadas e compreendidas, assim como serem 
desafiadas a estabelecerem novas relações. Outra 
questão importante para pensar a educação das crianças 
pequenas é a de que a diversidade constitui-se na relação 
com o pertencimento. As crianças, em suas 
diversidades, também manifestam lógicas de 
pertencimento. 
Em seus processos singulares de pertencimento social e 
cultural, elas precisam encontrar modos de favorecer 
suas características identitárias, como também procurar 
estabelecer as diferenças que as singularizam no seu 
grupo. As primeiras experiências das crianças na 
educação infantil são fundamentais para sua formação, 
pois se tornam, no corpo, o referencial “vivenciado” de 
concepções e práticas sociais. Muitos (pré)conceitos, ou 
interpretações, compreensões e valorações são 
estabelecidos nessa faixa etária através dos encontros 
afetivos no convívio com pessoas e instituições que 
indicam comportamentos e apontam significadosque 
têm efeitos de longa duração. 
Entre os bebês, o gênero, a cor da pele, a cor dos olhos, 
ter ou não um braço paralisado, ser dessa ou daquela 
religião, morar aqui ou ali, não tem grande relevância. 
Algum estranhamento pode deter a atenção, pode causar 
espanto, criar curiosidade, mas não há reação de 
rejeição entre eles. Nas crianças bem pequenas, as 
observações, as relações mútuas, as interpretações e 
posteriormente as perguntas e questionamentos 
inevitavelmente surgem não apenas na fala, mas 
também nos desenhos, na imitação, nas brincadeiras de 
faz-de-conta, mas significadas pelos sentidos 
desencadeados no percurso de convivência coletiva. 
Desse modo, quanto mais crianças respeitadas em suas 
particularidades e características diferenciadas 
estiverem presentes na convivência dos ambientes, 
participando da vida escolar, mais garantias teremos 
para favorecer, no coletivo, aprendizagens menos 
preconceituosas. 
A sociedade brasileira é extremamente diversificada e 
dessa forma produz culturas com características 
particulares. A extensão do 64 país e sua história 
enriquecem aquilo que denominamos cultura popular 
brasileira. Portanto, é particularmente relevante que a 
educação infantil considere, ao se assumir como espaço 
no qual as crianças constroem seus pertencimentos, o 
movimento de aproximação com as manifestações 
culturais e com os grupos sociais e culturais da região a 
qual pertencem. A interlocução com a comunidade, o 
compartilhamento de bens culturais e a valorização de 
conquistas alcançadas fazem parte da dinâmica escolar 
cotidiana. Porém, essa interlocução não supõe a 
aceitação de valores e práticas que não se coadunem 
com princípios éticos maiores. 
É tão difícil generalizar o pensamento como é pretender 
a homogeneização dos procedimentos e das práticas 
cotidianas quando o compromisso do país implica 
garantir oportunidades educacionais para todas as 
crianças: as urbanas, as das periferias das grandes 
cidades, crianças camponesas, crianças pertencentes a 
assentamentos, crianças ribeirinhas, crianças 
quilombolas, crianças filhas de pequenos agricultores e 
crianças indígenas tanto do interior do Amazonas 
quanto aquelas que vivem nas periferias de nossas 
cidades. Esse é o desafio de vivermos juntos em uma 
sociedade complexa que apresenta à educação a 
impossibilidade de responder-lhe com a simplificação 
de uma escola única. 
 
 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA 
EDUCAÇÃO INFANTIL E OS 
DIREITOS DE APRENDIZAGEM 
Conforme o Parecer nº 20/2009 - CNE/CEB, (BRASIL, 2009 
p. 4) que revisa as Diretrizes Curriculares Nacionais 
para a Educação Infantil (DCNEIs) de 1999 e 
embasa as novas diretrizes estabelecidas pela 
Resolução nº 5/2009 - CNE/CEB, as unidades de 
Educação Infantil, constituem-se em um espaço 
organizado intencionalmente em que são 
considerados “[...] critérios pedagógicos, o 
calendário, horários e as demais condições [...]” 
que garantam seu funcionamento. 
Assim, por seu caráter educativo atrelado à 
exigência de formação mínima e específica dos 
profissionais e ao fato de estarem submetidas a 
legislações que regulam seu credenciamento e 
funcionamento, a Educação Infantil como primeira 
etapa da Educação Básica deve seguir os princípios 
estabelecidos nas suas diretrizes, os quais são 
definidos no artigo 6º: 
As propostas pedagógicas de Educação Infantil 
devem respeitar os seguintes princípios: 
I – Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da 
solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio 
ambiente e às diferentes culturas, identidades e 
singularidades. 
II – Políticos: dos direitos de cidadania, do 
exercício da criticidade e do respeito à ordem 
democrática. 
III – Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da 
ludicidade e da liberdade de expressão nas 
diferentes manifestações artísticas e culturais 
(BRASIL, 2009, p. 2). 
 
São princípios que se complementam e expressam 
uma formação fundamentada na integralidade do 
ser humano, que precisa apropriar-se dos sentidos 
éticos, políticos e estéticos na construção da sua 
identidade pessoal e social. Esses princípios estão 
vinculados à Base Nacional Comum Curricular por 
meio da definição de seis direitos de aprendizagem 
e desenvolvimento, os quais pretendem assegurar. 
As condições para que as crianças aprendam em 
situações nas quais possam desempenhar um papel 
ativo em ambientes que as convidem a vivenciar 
desafios e a sentirem-se provocadas a resolvê-los, 
nas quais possam construir significados sobre si, os 
outros e o mundo social e natural (BRASIL, 2017, 
p. 35). 
 
Os direitos de conhecer-se e de conviver 
relacionam-se aos princípios éticos, os direitos de 
expressar e de participar partem dos princípios 
políticos e os direitos de brincar e de explorar 
contemplam os princípios estéticos. 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS ÉTICOS 
 
Os princípios éticos estão relacionados às ações e 
às relações estabelecidas com e entre as crianças, 
com e entre os adultos das unidades de Educação 
Infantil e também com os familiares, com 
experiências e vivências de responsabilidade, 
solidariedade e respeito. Neste sentido, é preciso 
intencionalidade na organização do trabalho 
pedagógico, partindo de saberes e conhecimentos 
que garantam a participação e expressão das 
crianças, de modo a promover a sua autonomia. 
Isso implica considerar no percurso da 
aprendizagem e do desenvolvimento a afetividade 
e os vínculos estabelecidos pelas crianças, de modo 
que estes promovam uma autoestima positiva, bem 
como uma construção afirmativa de identidade do 
seu grupo social. 
Nesse processo, a criança tem a possibilidade de 
conhecer-se, conhecer ao outro e conviver na 
diversidade étnico-racial, cultural, regional, 
religiosa, dentre outras, respeitando o ser humano e 
os espaços em que vivem. Experiências que 
promovam o autocuidado, o respeito ao próximo e 
ao meio ambiente estão associadas aos seguintes 
direitos expressos na BNCC: 
 Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, 
social e cultural, constituindo uma imagem positiva 
de si e de seus grupos de pertencimento, nas 
diversas experiências de cuidados, interações, 
brincadeiras e linguagens vivenciadas na 
instituição escolar e em seu contexto familiar e 
comunitário. 
Conviver com outras crianças e adultos, em 
pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes 
linguagens, ampliando o conhecimento de si e do 
outro, o respeito em relação à cultura e às 
diferenças entre as pessoas (BRASIL, 2017, p.36). 
 
PRINCÍPIOS POLÍTICOS 
 
A ideia de cidadania, de criticidade e de 
democracia ligada aos princípios políticos, embora 
complexa, é construída nas experiências e 
vivências em que a criança tem oportunidade de se 
expressar e de participar. Estão associados à função 
da educação enquanto formadora de cidadãos 
críticos, que considerem o coletivo e o individual, 
o que implica se identificar enquanto sujeito ativo, 
que está inserido em uma sociedade podendo 
transformá-la. Assim, as crianças devem desde 
bem pequenas aprender a ouvir e respeitar a opinião 
do próximo, podendo também se manifestar 
relatando acontecimentos, sentimentos, ideias ou 
conflitos. 
Na BNCC aparecem os direitos de: 
 
Expressar, como sujeito dialógico, criativo e 
sensível, suas necessidades, emoções, 
sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, 
opiniões, questionamentos, por meio de 
diferentes linguagens. 
Participar ativamente, com adultos e outras 
crianças, tanto do planejamento da gestão da 
escola e das atividades propostas pelo 
educador quanto da realização das atividades 
da vida cotidiana, tais como a escolha das 
brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, 
desenvolvendo diferentes linguagens e 
elaborando conhecimentos, decidindo e se 
posicionando (BRASIL, 2017, p. 36). 
 
PRINCÍPIOS ESTÉTICOS 
 
A estética diz respeito à formação dasensibilidade 
capaz de apreciar e elevar a imaginação e permitir 
a criação, capacidades importantes para o 
desenvolvimento integral da criança. As práticas 
pedagógicas devem conduzir ao contato e à 
aprendizagem sobre as especificidades expressas 
em diferentes tipos de manifestações artísticas e 
culturais. Para isso a criança deve vivenciar 
experiências diversas, que estimulem sua 
sensibilidade e valorizem seu ato criador. Desta 
forma, por meio de sensações, que devem ser as 
mais diversificadas possíveis, as crianças 
desenvolvem sua percepção que consequentemente 
contribui para se tornarem criativas. 
Muitas brincadeiras são manifestações culturais e 
artísticas próprias da infância e permitem a 
expressão da liberdade e da ludicidade. A 
brincadeira é uma forma de interação e também 
promotora do desenvolvimento. É preciso 
considerar que ao brincar a criança explora objetos, 
aprende sobre as diferentes funções sociais da 
cultura e desenvolve o controle de conduta, pois 
realiza as ações de um adulto o imitando em 
diferentes papéis. 
Na BNCC, os princípios estéticos aparecem nos 
direitos de: 
 Brincar cotidianamente de diversas formas, em 
diferentes espaços e tempos, com diferentes 
parceiros (crianças e adultos), ampliando e 
diversificando seu acesso a produções culturais, 
seus conhecimentos, sua imaginação, sua 
criatividade, suas experiências emocionais, 
corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, 
sociais e relacionais. 
Explorar movimentos, gestos, sons, formas, 
texturas, cores, palavras, emoções, transformações, 
relacionamentos, histórias, objetos, elementos da 
natureza, na escola e fora dela, ampliando seus 
saberes sobre a cultura, em suas diversas 
modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a 
tecnologia (BRASIL, 2017, p. 36). 
 
Assim, os princípios e os direitos das crianças 
somente podem ser efetivados se corresponderem a 
um determinado entendimento de infância e de 
criança, pois estão associados às características do 
seu desenvolvimento, considerando a forma como 
se relacionam com o mundo e consequentemente 
como aprendem e se desenvolvem. 
PLANEJAMENTO CURRICULAR 
CENTRADO NA CRIANÇA 
Como afirmamos anteriormente, um currículo centrado 
na teoria da aprendizagem, tal como a proposta 
curricular da BNCC da etapa da Educação Infantil, 
organizada por campos de experiências, compreende 
que planejar o cotidiano e os contextos de aprendizagem 
que o permeiam envolve um processo de refl exão pelo 
professor não somente do conhecimento em si, mas 
também do conhecedor e do processo de construção de 
conhecimento (Bruner, 1976)5. Em outras palavras, 
planejar é refl etir sobre o que as crianças têm direito de 
aprender, como, a partir de suas singularidades, podem 
melhor aprender e quais as condições e estratégias que 
podem ser criadas para favorecer a aprendizagem 
almejada. Planejar considerando a criança no centro 
desta ação implica, portanto, 
11 Práticas Pedagógicas na Educação Infantil 
• Conhecer como as crianças aprendem e 
• se desenvolvem; 
• Uma escuta atenta para as suas curiosidades 
• e interesses; 
• Considerar as necessidades das crianças de vínculos 
seguros, estáveis e afetivos; 
• Atentar para as necessidades das crianças de 
participarem de forma ativa de um cotidiano com 
previsibilidade, regularidade e confiança; 
• Prever, no cotidiano, contextos que propiciem que as 
crianças possam se conhecer, aos outros, ao mundo que 
as cercam, construindo relações e saberes; 
• Respeitar o ritmo individual de cada criança criando 
condições para que suas vivências e descobertas 
aconteçam a partir de suas possibilidades; 
• Considerar a pluralidade de linguagens pelas quais as 
crianças possam se expressar e aprender, 
compreendendo o papel da Educação Infantil em 
garantir que possam ter o privilégio de se expressar e 
aprender não somente pela fala, mas pela diversidade de 
linguagens criadas pela humanidade; 
• Compreender a escola como um lugar de viver a vida, 
com um cotidiano permeado por práticas culturais e 
sociais, articuladas com os conhecimentos do 
patrimônio de nossa sociedade e promotoras do 
desenvolvimento integral; 
• Compreender o papel do professor como um parceiro 
e mediador que apoia as aprendizagens e o 
desenvolvimento das crianças. 
UMA ESCUTA ATENTA PARA AS 
SINGULARIDADES DAS CRIANÇAS 
‘Escutar’ significa estar plenamente atento às crianças 
e, ao mesmo tempo, assumir a responsabilidade por 
registrar e documentar o que é observado e usar isso 
como base para tomada de decisões compartilhada com 
crianças e pais (EDWARDS, 2016).6 Falar de um 
currículo centrado na criança envolve conhecer cada 
uma delas e seu grupo para que possamos ser 
responsivos, a partir da escuta atenta, de observações e 
de documentações, aos seus interesses e necessidades. 
Compreender a experiência como central no currículo 
abrange o entendimento e a valorização do processo de 
aprendizagem das crianças, envolve um profundo 
respeito pelos adultos na garantia de que suas 
aprendizagens possam se originar daquilo que já sabem 
e se perguntam sobre o mundo, as pessoas, as relações e 
a si mesmas. As perguntas que as crianças fazem são 
complexas, poéticas e trazem em si grandes temas da 
humanidade, afinal estão buscando respostas para 
entender o mundo, se entender neste mundo. 
• Por que o tempo existe? O que é o tempo? 
• De onde vem o espaço? 
• O que é o medo, a saudade? 
Suas reais perguntas investigativas não possuem 
respostas imediatas. São convites para a construção de 
saberes com significado, que permitam atribuir sentido 
ao mundo, ao que aprendem. Pela escuta atenta do 
professor, é possível identificar essas perguntas, 
compreender o que elas já trazem de saberes e 
experiências construídos pelas crianças. E considerar 
essas perguntas investigativas como disparadoras para 
novos processos de construção de saberes e sentidos 
sobre o mundo, as relações e sobre si mesma é uma 
forma de valorizar as crianças, suas ideias e 
pensamentos. 
Quando o professor escuta atentamente as crianças e, 
por meio de um processo de curadoria de perguntas 
investigativas, devolve a elas aquilo que perguntaram, 
em um contexto intencional e de apoio para que possam 
dar sequência em suas investigações, afirma-lhes seus 
potenciais, suas sabedorias e possibilidades, contribui 
para sua autoestima, autoconfiança e também pelo 
prazer em aprender. Assim ele possibilita que a 
aprendizagem seja vivida pela criança como um 
processo de autoria, de construção de um mundo a ser 
descoberto, e não de um mundo pronto. Viver um 
processo de aprendizagem, que passa pela descoberta, 
pela atribuição de sentidos, carrega consigo a 
criatividade como uma ferramenta essencial para se 
relacionar com o mundo e as pessoas e, nesse processo, 
produzir cultura, respostas, saberes, e não apenas 
reproduzi-los. 
ORGANIZAÇÃO DO COTIDIANO 
COMO PROMOTOR DE DIREITOS E 
APRENDIZAGENS 
A Base Nacional Comum Curricular da etapa da 
Educação Infantil, a partir dos princípios e objetivos já 
anunciados nas DCNEI, promulga seis grandes direitos 
de aprendizagem que devem ser garantidos a todas as 
crianças. 
São eles: Direito de conviver; Direitos de brincar; 
Direito de participar; Direitos de explorar; Direitos de 
se expressar; Direito de conhecer-se. Esses direitos são 
norteadores fundamentais para o cotidiano, e todos os 
contextos de aprendizagens com as crianças devem ser 
considerados um meio de garantir, respeitar e valorizar 
a forma como a criança se expressa e aprende nesse 
momento de sua vida. Os direitos não devem ser lidos 
de forma superficial. É preciso uma análise cuidadosa e 
aprofundada de suas proposições para entender a 
complexidade da mensagem que apresentam. 
O que é o Desenvolvimento Social da 
Criança? 
O desenvolvimento social da criança envolvetécnicas e hábitos que ajudam os pequeninos a 
explorarem seus aspectos emocionais, físicos e 
cognitivos. Em cada fase da infância, esses 
aspectos são explorados na prática dentro de casa e 
na escola. Assim como o pediatra é responsável 
pela saúde e o terapeuta pelo emocional, a família 
e a escola trabalham por meio de estímulos para 
melhorar as habilidades nas crianças e ajudá-las a 
ter e manter uma boa convivência em sociedade. 
Esses estímulos podem começar durante a gestação 
e se estender até os 6 anos de idade, fase da vida 
em que as crianças vão para escola e já precisam 
estar preparadas para o convívio no coletivo. No 
começo da vida, a criança começa a interagir com 
outros indivíduos (seus pais ou cuidadores) pela a 
voz, reagindo de maneira prazerosa quando 
reconhece quem está falando com ela. 
É neste período da infância onde as emoções 
começam a se aprimorar. Em seguida, na fase pré-
operatória (entre 2 e 7 anos de idade), os 
pequeninos se tornam muito egocêntricos, pois 
ainda não entendem como os terceiros se sentem 
em relação ao seu comportamento e expressão de 
emoções. Em contrapartida, é desenvolvida uma 
linguagem própria, que promove a criatividade e a 
geração de ideias por meio de atividades infantis 
específicas para o desenvolvimento social da 
criança. 
Quais são as habilidades relacionadas ao 
Desenvolvimento Social da Criança? 
O desenvolvimento social da criança é sustentado 
por 4 habilidades emocionais fundamentais para 
conviver em harmonia nos ambientes coletivos e se 
inserir com segurança na sociedade sem que as 
reações e diferenças dos outros indivíduos causem 
reações ou impactos emocionais negativos. 
Empatia 
Ter empatia é o mesmo que saber se colocar no 
lugar do próximo e ter a sensibilidade de analisar 
uma situação pelo ponto de vista do outro. É uma 
habilidade complexa, que precisa de muito 
estímulo para se desenvolver a ponto de tornar a 
vivência social totalmente positiva. Até para nós 
adultos é um grande desafio formar uma postura 
empática e colocá-la em prática. 
 
Respeito 
Para ter um convívio coletivo harmônico é preciso 
sempre respeitar o próximo, mesmo quando não 
concordamos com sua opinião ou posicionamento. 
Cada indivíduo é único e tem suas próprias 
características. 
Por este motivo, é preciso trabalhar o respeito na 
criança para que ela consiga conviver com a 
diversidade e entender que certas atitudes podem 
ser desrespeitosas, ofensivas ou diminuir a 
existência do próximo. 
Incentivar as crianças a respeitar os outros e servir 
como exemplo é nosso dever como seres sociais. 
Com pequenos gestos e diálogos agradáveis é 
possível transmitir aos pequeninos que é preciso 
saber esperar sua vez, reconhecer as qualidades dos 
amiguinhos e entender que nem sempre o que eles 
querem pode ser alcançado. 
Comunicação 
A comunicação é a habilidade mais estrutural a ser 
trabalhada no desenvolvimento social da criança, 
afinal é ela que nos interliga com outros indivíduos, 
permitindo a transmissão de ideias e mensagens, 
com clareza e coerência. 
Também é fundamental lembrar que parte da 
comunicação é ouvir, dar atenção ao que o outro 
diz e tempo para que tudo seja dito. Sabendo disso, 
os diálogos se tornam fluidos, sem interrupções e 
influenciam melhor no amadurecimento da criança. 
Cooperação 
Seja na infância ou na maturidade, nossa vida é 
cheia de atividades em equipe. Saber como se 
comportar e conviver em grupo é determinante para 
ter boas experiências e conseguir bons resultados, 
seja na vida social ou profissional. 
Como os pais podem contribuir com o 
Desenvolvimento Social da Criança? 
Seja na infância ou na maturidade, nossa vida é 
cheia de atividades em equipe. Saber como se 
https://www.colegiogeracao.com.br/blog/sinais-de-que-seu-filho-precisa-de-um-psicologo/
https://www.colegiogeracao.com.br/blog/licoes-sobre-tolerancia-que-devemos-ensinar-aos-nossos-filhos/
https://www.colegiogeracao.com.br/blog/licoes-sobre-tolerancia-que-devemos-ensinar-aos-nossos-filhos/
comportar e conviver em grupo é determinante para 
ter boas experiências e conseguir bons resultados, 
seja na vida social ou profissional. 
Como dito no início, apesar da escola ter grande 
responsabilidade no desenvolvimento social da 
criança, boa parte disso deve ser feito pelos pais, 
por meio da promoção de interações da criança com 
outras pessoas, que estimulem a formação das 
habilidades destacadas no tópico anterior.Existe 
uma infinidade de maneiras que ajudam o 
desenvolvimento social da criança. Algumas são 
muito populares, como os costumes passados dos 
pais para os filhos e outras podem ser facilmente 
aplicadas. 
Uma das mais utilizadas é a criação de uma rotina 
de conversas em família a fim de celebrar a união, 
dando espaço para a criança falar e os pais 
responderem o que pensam sobre o que foi dito. 
Pode ser durante as refeições, antes de deitar ou 
depois das brincadeiras. 
Outra boa estratégia é incentivar a criança a expor 
seus sentimentos e ajudá-la a fazer isso quando 
algum bloqueio surgir. O incentivo deve estar 
presente em todas as situações, seja para enviar 
uma mensagem ao professor, dizer ao amiguinho 
ou amiguinha que sente saudades, o quanto ela 
gosta das pessoas, se aconteceu algo que ela não 
gostou, etc. 
É fundamental que a criança saiba se expressar 
adequadamente no convívio coletivo, seja para 
definir limites, dizer o que pensa ou para dar espaço 
a novas interações. 
Também é crucial moderar o uso da tecnologia, 
como computadores, smartphones e videogames. 
Apesar de serem ferramentas muito úteis para a 
construção do intelecto, elas têm um enorme poder 
de imersão no mundo virtual, fazendo com que as 
crianças se esqueçam de cultivar, preservar e dar 
importância para as relações pessoais 
presenciais. Para contornar essa situação, é muito 
interessante promover atividades em grupo, com os 
amiguinhos e outros familiares, como a prática de 
esportes coletivos, atividades de colorir, jogos de 
tabuleiro, sessão de filmes educativos e clube da 
leitura. 
Registro de atividades e do 
desenvolvimento 
O registro na educação infantil é o método mais 
simples e eficaz para acompanhar e avaliar o 
desenvolvimento das crianças. Para realizá-lo, o 
professor deve observar seus alunos, como se 
comportam, aprendem, reagem a novas situações e 
interagem com as outras pessoas. 
A partir dessas observações, faz um registro 
escrito, mas que pode conter fotos, vídeos e 
atividades feitas pelas crianças. Essas informações 
ajudam o professor a criar as atividades e a 
promover o desenvolvimento de habilidades em 
seus alunos. A partir desse registro, é possível 
refletir sobre a eficácia das intervenções adotadas e 
fazer avaliações. 
A importância da observação nos registros 
A observação ajuda os professores da educação 
infantil a conhecer e apoiar seus alunos, é uma 
forma de se conectar com eles. Quando as crianças 
se sentem cuidadas, seguras e protegidas interagem 
melhor e ficam mais motivadas para aprender 
novas habilidades. Use a observação para ter uma 
visão global da criança, que te permita conhecer 
suas habilidades, interesses e características. 
Conhecer bem cada aluno ajuda a planejar 
atividades individualizadas e significativas. 
Reflita sobre as suas observações para avaliar o 
progresso de cada criança, entender suas 
necessidades e personalidade, melhorar as práticas 
de ensino e planejar as atividades. Coloque ideias 
em prática para melhorar o aprendizado e o 
relacionamento com seus alunos. Faça da 
observação uma prática contínua e registre as 
pequenas mudanças e características individuais de 
cada criança. Faça anotações sobre atividades, 
durante ou logo depois, pois esquecemos 
rapidamente momentos importantes quando 
partimos para outra tarefa. 
https://www.colegiogeracao.com.br/blog/7-ensinamentos-que-vao-ajudar-seus-filhos-no-futuro/https://www.colegiogeracao.com.br/blog/7-ensinamentos-que-vao-ajudar-seus-filhos-no-futuro/
https://www.colegiogeracao.com.br/blog/como-desenvolver-inteligencia-emocional-nas-criancas/
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https://www.colegiogeracao.com.br/blog/menos-tablet-e-mais-livros-na-educacao-de-nossos-filhos/
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https://www.colegiogeracao.com.br/blog/como-incentivar-meu-filho-a-pratica-de-esportes/
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https://www.colegiogeracao.com.br/oficinas/jogos-de-tabuleiro/
https://www.colegiogeracao.com.br/oficinas/jogos-de-tabuleiro/
A observação conecta informações que fornecem 
aos professores da educação infantil uma imagem 
mais real de cada criança. 
A observação na educação infantil 
A observação na educação infantil ajuda a conhecer 
o comportamento das crianças ao longo do ano. Os 
registros dessas observações ajudam o professor a 
perceber padrões e planejar atividades, a obter 
insights sobre como a criança pensa sobre o mundo 
e fornecem oportunidades para mudanças que 
promovam o desenvolvimento dos alunos. 
Quando um professor observa seus alunos, entende 
melhor seus pontos fortes ou fracos e os registros 
ajudam a pensar em estratégias que facilitem a 
aprendizagem. Os registro de atividades e do 
desenvolvimento é importante por diversos 
motivos, tais como: 
• entender melhor os comportamentos das 
crianças; 
• identificar necessidades especiais; 
• documentar habilidades, dificuldades e 
desafios; 
• revelar o estilo de comunicação da criança; 
• entender como ela interage com os colegas, 
dentre outros. 
O foco do registro é demonstrar os passos do 
desenvolvimento de cada criança, analisando as 
intervenções utilizadas para promover os avanços. 
O processo de observação é fundamental para a 
reflexão, documentação, planejamento, execução e 
avaliação na educação infantil. 
A importância do registro 
O registro reúne informações que revelam o 
desenvolvimento das habilidades das crianças, e 
ajuda o professor a ter uma visão global sobre cada 
aluno. É importante que o professor encontre o seu 
próprio estilo de fazer esse registro, para criar 
relatórios de forma que consiga visualizar o 
progresso de seus alunos. 
É papel dos educadores ajudar a criança a crescer e 
estimular o desenvolvimento de habilidades em 
todas as áreas: cognitiva; física; social; emocional 
e linguagem. Cada uma dessas áreas impacta sobre 
a outra quando uma criança está aprendendo. 
Reunir as observações dos alunos em forma de 
registro ajuda a desenvolver atividades 
significativas para promover o desenvolvimento 
das crianças. Por meio de fotos e escritos, é 
possível refletir sobre as estratégias e realizar 
avaliações. 
Conecte-se com os pais 
O registro de atividades e do desenvolvimento 
permite levar essas informações aos pais, para 
poder trabalhar com eles e garantir uma 
congruência nas ações em casa e na escola. 
As reuniões com os pais são importantes para 
planejar os objetivos para cada criança e 
compreender o papel do professor. Amarrar tudo 
isso não é uma tarefa fácil, por isso a importância 
dos registros. 
E você, como faz o registro de atividades e do 
desenvolvimento dos seus alunos na educação 
infantil? Conta nos comentários! 
Referências: 
GUEDES, Adrianne Ogêda and NASCIMENTO, Anelise 
Monteiro do. Nos passos da experiência: registro e pesquisa 
na educação infantil. Cad. Pesqui. [online]. 2018, vol.48, 
n.170. 
 
Organização do Tempo na Escola: A 
Importância da Rotina 
 
Como organizar a rotina? 
A organização da rotina deve ser adequada ao 
tempo de permanência da criança na escola, ou 
seja, se período integral, caracterizado pelo 
Ministério da Educação, com no mínimo de sete 
horas diárias, ou meio período, totalizando quatro 
horas diárias. 
A partir dessa definição, organizam-se as 
atividades propostas para a criança. Importante 
destacar que essa organização não pode ser rígida, 
pode ter alterações e adaptações no dia a dia, 
dependendo de situações inusitadas. 
A criança não pode de maneira nenhuma ficar 
sozinha, em nenhum dos momentos especificados 
acima. Ou seja, deve estar sempre com um adulto 
que dirige as atividades, no diálogo com a criança, 
na perspectiva do cuidar, educar e brincar. 
A organização da rotina orienta as crianças no 
tempo e no espaço e também, o trabalho do 
professor, quando por meio da mediação das 
atividades propostas avaliava aplicação do que foi 
planejado e traduzido em seu plano de ensino. 
Como o professor pode ajudar? 
O professor deve, a partir das observações 
realizadas, promover a verbalização das situações, 
problematizar, incentivar respostas, experiências, 
trabalhar com o nome da criança, criar referências 
sobre a história de vida de cada um, criar 
indicativos sobre as características da escola, do 
bairro. 
Promover momentos para cantar, ouvir músicas, ler 
histórias, parlendas, poemas, assistir filmes, 
dramatizar. Organizar situações matemáticas, por 
exemplo, enumerar os materiais como brinquedos. 
Para as crianças maiores, propor atividades com 
situações de agrupar, tirar, subtrair, repartir, 
registrar quantidades. 
Todas essas atividades devem ser realizadas a partir 
de brincadeiras, jogos, que permitam a 
socialização, a integração entre as crianças e com o 
meio, sua autonomia. Seus objetivos devem 
contemplar o proposto na organização pedagógica, 
ou seja, as situações de aprendizagem devem ser 
intencionais. 
Os diferentes momentos organizados que 
caracterizam a rotina na escola infantil são de suma 
importância para avaliação do desenvolvimento da 
criança e da proposta pedagógica e curricular, pois 
é na execução das atividades que se cria a 
possibilidade de estabelecer a relação entre teoria e 
prática e ainda, da atuação dos diferentes 
profissionais. 
Cabe observar e registrar, por exemplo, nos 
momentos: 
Da entrada e saída 
A desenvoltura da criança, sua segurança em ir e 
vir, o diálogo que estabelecem com quem as deixa 
e recebe na escola, a maneira como interagem com 
o espaço e as pessoas que a cercam. 
Das atividades 
O desenvolvimento da linguagem, da motricidade, 
da afetividade, das relações que estabelece com o 
objeto de aprendizagem e com os colegas e 
professor, como expressa e entende as orientações 
do professor para os momentos de falar, de ouvir, 
de organizar os espaços, o cuidado com os 
materiais, identificar as dificuldades da criança e 
em quais atividades tem maior domínio. 
As refeições 
A autonomia em se alimentar, em se servir, a 
postura à mesa, a utilização dos utensílios, a 
mastigação. 
A higiene 
O reconhecimento de seu corpo, do asseio, a 
manipulação dos instrumentos de higiene, o prazer 
com a higiene, a agilidade ao despir-se e vestir-se. 
O descanso 
Acompanhar o sono: O comportamento durante o 
período de repouso, se a criança aceita quando um 
colega quer dormir e não quer brincar, se atendem 
as orientações do professor ou monitor quanto à 
organização do espaço, dentre outros aspectos. 
O currículo na Educação Infantil 
Devendo a Educação Infantil estar norteada pelo 
princípio da natureza da criança, a brincadeira deve 
ser presente em todos os momentos educativos, 
pois trata-se da forma de linguagem mais rica 
expressa pelas crianças. No entanto, não significa 
que a prática pedagógica não deva estar organizada, 
com tarefas e objetivos claramente definidos, mas 
sim que a ação do professor deva ser pensada 
sempre com uma intencionalidade, sem perder o 
caráter exploratório e incentivador. 
Os documentos oficiais para a Educação Infantil 
definem alguns aspectos como a carga horária, 
formação dos profissionais, objetivos e direitos da 
aprendizagemda criança, articulações com o 
ensino fundamental, entre outros, que devem ser 
explorados de acordo com as características do 
grupo, de modo a promover o pleno 
desenvolvimento individual e coletivo, partindo 
das necessidades específicas da comunidade 
escolar e articulando os saberes de cada um ao 
patrimônio histórico e cultural da sociedade. 
Sendo assim, o currículo da educação infantil deve 
ser pensado de forma relativa aos objetivos desta 
etapa da escolarização. Esta elaboração é 
extremamente importante, entretanto é 
indispensável pensar no currículo da Educação 
Infantil para além do que está exposto nos 
documentos e na escola. Ainda, perceber a criança 
além das descrições e delimitações destes 
documentos e, sim, procurar compreendê-la em sua 
própria plenitude do estado de ser criança, trazendo 
isto para o contexto da educação escolar, mantendo 
sempre a intencionalidade das atividades sem que 
necessariamente isto esteja explícito nos 
planejamentos. 
Lembremos que, para que se possa obter êxito no 
processo educativo, a ação pedagógica deve estar 
orientada a partir dos interesses da criança, 
ampliando as possibilidades sem se desprender da 
sua natureza curiosa e exploradora. Conforme cita 
as DCNs 
 
Art. 3º O currículo da Educação Infantil é 
concebido como um conjunto de práticas que 
buscam articular as experiências e os saberes das 
crianças com os conhecimentos que fazem parte do 
patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico 
e tecnológico, de modo a promover o 
desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos 
de idade. (BRASIL, 2009, p. 1) 
Art. 4º As propostas pedagógicas da Educação 
Infantil deverão considerar que a criança, centro do 
planejamento curricular, é sujeito histórico e de 
direitos que, nas interações, relações e práticas 
cotidianas que vivencia, constrói sua identidade 
pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, 
aprende, observa, experimenta, narra, questiona e 
constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, 
produzindo cultura. (BRASIL, 2009, p.1) 
Art. 8º A proposta pedagógica das instituições de 
Educação Infantil deve ter como objetivo garantir à 
criança acesso a processos de apropriação, 
renovação e articulação de conhecimentos e 
aprendizagens de diferentes linguagens, assim 
como o direito à proteção, à saúde, à liberdade, à 
confiança, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à 
convivência e à interação com outras crianças. 
§ 1º Na efetivação desse objetivo, as propostas 
pedagógicas das instituições de Educação Infantil 
deverão prever condições para o trabalho coletivo 
e para a organização de materiais, espaços e tempos 
que assegurem: 
I - a educação em sua integralidade, entendendo o 
cuidado como algo indissociável ao processo 
educativo; 
II - a indivisibilidade das dimensões expressivo-
motora, afetiva, cognitiva, linguística, ética, 
estética e sociocultural da criança; 
III - a participação, o diálogo e a escuta cotidiana 
das famílias, o respeito e a valorização de suas 
formas de organização; 
IV - o estabelecimento de uma relação efetiva com 
a comunidade local e de mecanismos que garantam 
a gestão democrática e a consideração dos saberes 
da comunidade; 
V - o reconhecimento das especificidades etárias, 
das singularidades individuais e coletivas das 
crianças, promovendo interações entre crianças de 
mesma idade e crianças de diferentes idades; 
IV - recriem, em contextos significativos para as 
crianças, relações quantitativas, medidas, formas e 
orientações espaço temporais; 
V - ampliem a confiança e a participação das 
crianças nas atividades individuais e coletivas; 
VI - possibilitem situações de aprendizagem 
mediadas para a elaboração da autonomia das 
crianças nas ações de cuidado pessoal, auto-
organização, saúde e bem-estar; 
VII - possibilitem vivências éticas e estéticas com 
outras crianças e grupos culturais, que alarguem 
seus padrões de referência e de identidades no 
diálogo e reconhecimento da diversidade; 
VIII - incentivem a curiosidade, a exploração, o 
encantamento, o questionamento, a indagação e o 
conhecimento das crianças em relação ao mundo 
físico e social, ao tempo e à natureza; 
IX - promovam o relacionamento e a interação das 
crianças com diversificadas manifestações de 
música, artes plásticas e gráficas, cinema, 
fotografia, dança, teatro, poesia e literatura; 
X - promovam a interação, o cuidado, a 
preservação e o conhecimento da biodiversidade e 
da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o 
não desperdício dos recursos naturais; 
XI - propiciem a interação e o conhecimento pelas 
crianças das manifestações e tradições culturais 
brasileiras; 
XII - possibilitem a utilização de gravadores, 
projetores, computadores, máquinas fotográficas, e 
outros recursos tecnológicos e midiáticos. 
(BRASIL, 2009, p. 4) 
 
 
 
A importância do lúdico na 
aprendizagem 
A infância é formada por brincadeiras, 
atividades, experiências e interações 
sociais. A junção de todas essas vivências 
torna a experiência infantil saudável e 
enriquecedora. Por esse motivo, a 
presença do lúdico é extremamente 
importante no ensino. 
Lúdico é a forma de desenvolver a 
criatividade, os conhecimentos, através de 
jogos, música e dança. O intuito é educar, 
ensinar, se divertindo e interagindo com os 
outros. 
O lúdico está em suas diversas modalidades, 
como brinquedos, brincadeiras, jogos 
acompanhando nossa trajetória de vida, do 
nascimento à terceira idade, contribuindo 
para a nossa saúde física e mental de forma 
integrada. 
Os jogos e suas brincadeiras trazem em geral 
benefícios, conhecimento e diversão para 
todas as idades, além de oportunizar o 
aperfeiçoamento de nossas qualidades e a 
superação de nossas dificuldades. 
Qual é objetivo da atividade lúdica? 
O lúdico contribui no desenvolvimento da 
criança e auxilia na aprendizagem, no 
desenvolvimento social, cultural e pessoal, 
assim proporciona a socialização e a 
aquisição do conhecimento. 
A atividade lúdica tem o objetivo de produzir 
prazer e diversão. Quem pratica esta 
atividade percebe que ela vem acompanhada 
de inúmeras brincadeiras para enriquecer 
nossos conhecimentos de forma prazerosa na 
educação. Nos jogos e brincadeiras as 
crianças desenvolvem a coordenação, a 
atenção, a imitação introduz-se às regras, 
imaginação e memória. Por isso, a 
importância de nós professores trabalharmos 
o lúdico, com as crianças no ensino da 
matemática. 
Quem brinca sabe que a alegria se encontra 
precisamente no desafio e na dificuldade 
letras, palavras, números, formas, bichos, 
plantas, objetos, comidas, músicas, todos são 
desafios que fazem as crianças refletirem sob 
contagem, seriação, tempo, quantidade, 
tamanho, velocidade, entre outros… 
A importância para a pedagogia 
O lúdico é um recurso metodológico de suma 
importância para auxiliar a aprendizagem das 
crianças da educação infantil. 
Os jogos ensinam os conteúdos através de regras, 
pois possibilita a exploração do ambiente a sua 
volta, os jogos proporcionam aprendizagem 
maneira prazerosa e significativa assim agrega 
conhecimentos. 
Nós, professores, temos que transformar a matéria 
em brinquedo e seduzir o aluno a brincar. Depois 
de seduzi-lo, não há quem o segura. 
A maior evidência que temos sobre a dificuldade 
de levar o lúdico para a sala de aula está relacionada 
ao fato que durante muito tempo coube aos alunos 
a tarefa de ficar sentados em suas carteiras, 
obedientes, silenciosos e passivos, pois era a 
máxima para uma aprendizagem melhor “Primeiro 
o dever, depois o prazer”. 
Reconhecer o lúdico é reconhecer a linguagem dos 
nossos tempos, é abrir portas e janelas para novas 
formas de aprendizagem e descobertas de 
conhecimento. 
Os jogos e brincadeiras tenham sucesso na sua 
aplicação é necessária a mediação do professor que 
precisaplanejar suas atividades com objetivos pré-
estabelecidos a serem alcançados. 
Ao utilizar jogos e brincadeiras o professor 
introduz o lúdico no ensino aprendizagem para o 
aluno da educação infantil, isto contribui para 
conhecimento da criança. 
Desenvolvimento da linguagem nos 
primeiros anos de vida: mecanismos de 
aprendizagem e resultados do 
nascimento aos cinco anos de idade 
Resultados de pesquisas recentes 
Em geral, o curso do desenvolvimento da 
linguagem e seus mecanismos subjacentes são 
descritos separadamente para os subdomínios do 
desenvolvimento fonológico (o sistema de sons), 
do desenvolvimento léxico (as palavras), e do 
desenvolvimento morfossintático (a gramática), 
embora essas áreas estejam inter-relacionadas tanto 
no desenvolvimento quanto no uso da linguagem. 
Desenvolvimento fonológico: Os recém-nascidos 
têm a capacidade de ouvir e discriminar os sons da 
fala. No decorrer do primeiro ano de vida, tornam-
se mais competentes para escutar os contrastes 
utilizados em seu idioma e insensíveis às diferenças 
acústicas que não são relevantes para esse idioma. 
Esta sintonização da percepção da fala ao ambiente 
linguístico resulta de um processo de aprendizagem 
no qual os bebês formam categorias mentais de 
sons da fala em torno de grupos de sinais acústicos 
que ocorrem com mais freqüência em seu idioma. 
Essas categorias, então, orientam a percepção, de 
forma que as variações dentro de uma categoria são 
ignoradas, e as variações entre as categorias são 
percebidas 
Os primeiros sons que os bebês produzem são 
gritinhos e ruídos que não se assemelham à fala. Os 
principais marcos do desenvolvimento vocal 
anterior à fala são a produção de sílabas canônicas 
(combinações adequadas de consoantes e vogais), 
que aparecem entre os seis e os 10 meses de idade, 
rapidamente sucedidas por balbucios duplicados 
(repetições de sílabas). Quando aparecem as 
primeiras palavras, são utilizados os mesmos sons, 
e as palavras contêm o mesmo número de sons e de 
sílabas, que as sequências precedentes do 
balbucio.8 Um dos processos que contribuem para 
o desenvolvimento fonológico inicial parece ser o 
esforço ativo dos bebês de reproduzir os sons que 
escutam. No balbucio, os bebês podem descobrir a 
correspondência entre o que fazem com seu 
aparelho vocal e os sons resultantes. O importante 
papel do feedback é sugerido por observações de 
que crianças que têm perdas auditivas apresentam 
atraso na produção do balbucio canônico. Por volta 
dos 18 meses de idade, as crianças parecem ter 
construído um sistema mental para representar os 
sons de seu idioma e para produzi-los dentro das 
limitações de suas capacidades de articulação. A 
esta altura, a produção de sons da fala pelas 
crianças torna-se consistente nas diferentes 
palavras– em contraste com o período anterior, em 
que a forma de som para cada palavra era uma 
entidade mental separada.9 Os processos 
subjacentes a este desenvolvimento ainda não são 
suficientemente compreendidos. 
Desenvolvimento léxico. Os bebês entendem as 
primeiras palavras já aos cinco meses de idade, 
produzem as primeiras palavras entre 10 e 15 
meses, atingem o marco de 50 palavras de 
vocabulário produtivo por volta dos 18 meses, e o 
de 100 palavras entre 20 e 21 meses. Depois disso, 
o desenvolvimento do vocabulário é tão rápido que 
se torna praticamente inviável rastrear quantas 
palavras as crianças conhecem. O vocabulário de 
uma criança de aproximadamente seis anos de 
idade foi estimado em 14 mil palavras. 
A tarefa de aprendizagem de palavras tem 
múltiplos componentes e recorre a múltiplos 
mecanismos. Os bebês utilizam procedimentos 
estatísticos de aprendizagem, monitorando a 
probabilidade de que os sons apareçam juntos e, 
dessa forma, segmentam o fluxo contínuo da fala 
em palavras separadas. A capacidade de armazenar 
essas sequências de sons da fala, conhecida como 
memória fonológica, entra em ação à medida que 
são criadas entradas no léxico mental. Na tarefa de 
mapear uma palavra nova em relação a seu 
referente, as crianças são guiadas por sua 
capacidade de utilizar mecanismos de inferência 
socialmente baseada (isto é, as crianças falantes 
falam sobre coisas para as quais estão olhando), 
pelo seu conhecimento de mundo (parte da 
aprendizagem de palavras envolveu o mapeamento 
de novas palavras em conceitos pré existentes) e 
por seu conhecimento linguístico anterior (isto é, a 
estrutura da frase na qual uma nova palavra aparece 
dá pistas sobre o significado dessa palavra). O 
domínio completo do significado das palavras pode 
exigir também novos desenvolvimentos 
conceituais. 
Desenvolvimento morfossintático: Por volta dos 
24 meses de idade, a criança começa a reunir duas, 
três ou mais palavras em frases curtas. As primeiras 
frases são combinações de palavras de conteúdo, e 
frequentemente não incluem palavras com função 
gramatical, por exemplo, artigos e preposições – 
nem terminações de palavras, por exemplo, 
marcadores de plural e de tempo. Gradualmente, à 
medida que domina a gramática de seu idioma, a 
criança se torna capaz de produzir enunciados cada 
vez mais extensos e gramaticais. De maneira geral, 
o desenvolvimento de períodos complexos, isto é, 
com várias orações começa um pouco antes do 
segundo aniversário, e está praticamente completo 
aos quatro anos de idade. Em geral, a compreensão 
precede a produção. O mecanismo responsável 
pelo desenvolvimento da gramática é um dos temas 
mais ardorosamente debatidos no estudo do 
desenvolvimento da linguagem. 
Argumenta-se que as crianças enfrentam a tarefa de 
aprendizagem da linguagem já equipadas com o 
conhecimento inato da estrutura da linguagem, e 
que a linguagem não poderia ser adquirida de outra 
forma. No entanto, também é evidente que, mesmo 
na infância, as crianças são capazes de detectar 
padrões abstratos na fala que ouvem,19 e há 
evidências muito sólidas de que as crianças mais 
expostas à fala e que ouvem enunciados 
estruturalmente mais complexos adquirem a 
gramática mais rapidamente do que crianças com 
menos experiências,3, 20 – o que sugere que a 
experiência linguística desempenha um papel 
substancial no desenvolvimento da linguagem. 
O que é identidade e autonomia? 
Identidade 
De acordo com o Referencial Curricular Nacional 
para a Educação Infantil, identidade remete à ideia 
de distinção. Diz o documento: “é uma marca de 
diferença entre as pessoas, a começar pelo nome, 
seguido de todas as características físicas, de 
modos de agir, de pensar e da história pessoal”. 
Construir a identidade implica conhecer os 
próprios gostos e preferências e dominar 
habilidades e limites, sempre levando em conta a 
cultura, a sociedade, o ambiente e as pessoas com 
quem se convive. Esse autoconhecimento começa 
no início da vida e segue até o seu fim, mas é 
fundamental que alguns conhecimentos sejam 
adquiridos ainda na creche. 
Assim que nasce, o bebê permanece um bom tempo 
em fusão com a mãe. Isso significa que ele ainda 
não é capaz de reconhecer os próprios limites e os 
limites do outro. Por isso, o desenvolvimento da 
criança nos primeiros anos de vida está 
intimamente ligado a experiências de frustração – 
no jargão freudiano – pelas quais terá de passar 
para compreender-se como um ser único em meio 
a outros seres igualmente singulares, ou seja, um 
ser com identidade própria. 
O cerne da construção da identidade está nas 
pessoas com as quais a criança estabelece vínculos. 
A família é o primeiro canal de socialização. Em 
seguida, e tão importante quanto, está a escola. 
Autonomia 
A autonomia, segundo o mesmo referencial 
curricular é “a capacidade de se conduzir e de 
tomar decisões por si próprio, levando em conta 
regras, valores, a perspectiva pessoal, bem como a 
perspectiva do outro”. Mais do que autocuidado – 
saber vestir-se, alimentar-se,escovar os dentes ou 
calçar os sapatos -, ter autonomia significa ter 
vontade própria e ser competente para atuar no 
mundo em que vive. É na creche que a criança 
conquista suas primeiras aprendizagens – adquire a 
linguagem, aprende a andar, forma o pensamento 
simbólico e se torna um ser sociável. 
A especificidade do trabalho na creche 
Na faixa de 0 a 3 anos, explorar o eixo identidade e 
autonomia envolve ajudar os pequenos a 
desenvolver o reconhecimento da própria imagem. 
O objetivo é que eles se identifiquem como seres 
únicos, com corpo, hábitos e preferências próprias. 
Ao mesmo tempo, é desejável que os bebês ganhem 
independência progressiva para tanto para realizar 
ações cotidianas, como brincar e se expressar por 
meio da linguagem, quanto para o cuidado com a 
higiene e a alimentação. O caminho privilegiado 
para conseguir esse desenvolvimento são as 
atividades de interação, que possibilitam a criação 
de vínculos afetivos e o aprendizado das regras para 
a vida em sociedade. 
Imagem corporal 
Espelho é elemento chave para a construção 
progressiva do “eu” 
Um dos estágios mais importantes no 
desenvolvimento de qualquer pessoa é o que o 
psicanalista francês Jacques Lacan (1901-1981) 
denominou como estádio do espelho (“estádio”, no 
caso, é sinônimo de fase ou período). Até mais ou 
menos os seis meses de vida, o bebê sente-se como 
parte de um corpo fragmentado – completado por 
sua mãe. Na medida em que cresce, adquire maior 
mobilidade, sofre intervenções do ambiente e deixa 
de ser amamentado, o bebê começa a perceber-se 
como um ser distinto. Quando colocado em frente 
a um espelho, ele progressivamente reconhece a 
imagem refletida de seu corpo e é a partir dessa 
experiência que o “eu” começa a ser construído. 
Espelhos, portanto, são elementos imprescindíveis 
para a construção da identidade e devem estar em 
todas as salas na creche. Eles ajudam as crianças a 
ter consciência dos limites do próprio corpo e a 
observar os próprios movimentos, diferenciando-se 
dos colegas e do ambiente. Mantenha-os baixos, na 
altura dos pequenos, e ofereça oportunidades para 
que eles façam caretas, dancem, comparem 
imagens e realizem desafios corporais em frente ao 
espelho. 
Para os bebês também é possível imprimir cartazes 
com as fotos dos pequenos e colar no chão – já que 
eles engatinham – ou nos berços. Todas essas 
oportunidades de exploração vão ajudá-los a 
http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/analista-linguagem-423050.shtml
manter o contato com a própria imagem e a 
identificar a figura do outro. 
Experiências que envolvam música e sensações 
também são bem-vindas, assim como as ações de 
cuidado com os bebês. Tomar banho, ser trocado 
ou mamar, por exemplo, são atividades essenciais 
para o reconhecimento de si e o estabelecimento de 
vínculos com o outro. À medida que percebe seu 
corpo separado do corpo do outro, a criança 
consegue organizar as próprias emoções e ampliar 
seu repertório e seus conhecimentos sobre o mundo 
que a cerca. 
O que é um Projeto Político Pedagógico? 
O Projeto Político Pedagógico (PPP), ou Projeto 
Pedagógico, é um documento que reúne os 
objetivos, metas e diretrizes de uma escola. Ele 
deve ser elaborado obrigatoriamente por toda 
instituição de ensino, segundo a Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional (LDB). 
Um dos objetivos do PPP é promover a 
autonomia na gestão administrativa e 
pedagógica, por meio de ações que se adequam à 
realidade, identidade, diversidade cultural e 
religiosa de cada instituição escolar – além de 
considerar a especificidade de cada escola. 
O PPP também fortalece a identidade escolar por 
registrar objetivos de maneira clara e definir como 
a escola e outros agentes dessa comunidade 
(professores, gestores, alunos, pais) podem 
trabalhar para alcançá-los. 
É importante que o PPP não seja visto como parte 
da burocracia escolar, mas sim como um 
instrumento usado por toda a comunidade para 
melhorar o ensino na instituição. 
Quais são os pilares do PPP? 
O Projeto Político Pedagógico é diferente e único 
em cada instituição, podendo haver flexibilização 
quanto ao conteúdo. Entretanto, ele deve seguir três 
pilares básicos. 
1º pilar: Projeto 
O documento precisa reunir diversos projetos que 
deverão ser executados em um tempo determinado. 
É uma forma de pensar no futuro, tendo o presente 
como ponto de partida. 
É importante que o PPP tenha um plano de ação 
bem definido para guiar a escola e a comunidade 
escolar em cada projeto proposto no documento. 
2º pilar: Político 
A escola desenha um papel político na sociedade 
por ser um importante agente social. Nesse sentido, 
o ambiente educacional deve atuar como meio 
que auxilia o aluno a se desenvolver enquanto 
cidadão crítico, capaz de transformar a realidade 
em que está inserido, tanto individualmente como 
coletivamente. 
3º pilar: Pedagógico 
Não há dúvidas que o principal pilar de uma escola 
é a educação. Dessa forma, é essencial que o PPP 
tenha atividades e ações educacionais que 
contribuam para o processo de 
aprendizagem dos alunos. 
Como elaborar um Projeto Político Pedagógico? 
Cada escola é livre para elaborar o PPP de acordo 
com os próprios parâmetros. Porém, alguns pontos 
podem ajudar na construção do documento. 
Envolver toda a comunidade escolar 
O PPP deve ser elaborado de forma coletiva e 
colaborativa, incluindo todos os agentes da 
comunidade escolar, incluindo também pais e 
professores. Nesse sentido, a escola precisa definir 
de que forma ocorrerá a colaboração. 
O mais comum é elaborar o PPP por meio de um 
Conselho de Classe, mas a escola pode realizar 
reuniões e outros métodos que melhor se adequem 
à realidade da comunidade escolar. 
Definir a missão e visão da escola 
https://blog.conexia.com.br/gestao-educacional-e-tecnologia/
https://blog.conexia.com.br/gestao-educacional-e-tecnologia/
https://blog.conexia.com.br/gestor-educacional/
Assim como uma empresa, a escola deve definir 
sua missão e valores, assim como sua razão de 
existir. É essencial que eles sejam objetivos e 
condizentes com o restante do PPP, já que a escola 
não poderá mudá-los por um tempo determinado. 
Além disso, é importante evitar afirmações 
genéricas ou que estejam fora do escopo do 
plano de ação da escola. 
Avaliar os indicadores educacionais da escola 
Antes de começar a traçar o plano de ação para os 
projetos, a escola precisa coletar e avaliar os 
indicadores educacionais. Entender como está o 
processo de aprendizagem e rendimento 
escolar dos estudantes vai servir como guia na 
elaboração do PPP. 
Por exemplo, se uma escola verificar que o 1° ano 
do Ensino Médio teve um índice de evasão de 30% 
no último ano, poderá estabelecer como meta 
diminuir para 15% e elaborar tarefas que possam 
ajudar a escola alcançar esse objetivo. 
Leia também: Entenda agora como fazer um plano 
de recuperação da aprendizagem 
Desenvolver um plano de ação 
Todo projeto que constar no PPP deve ter um plano 
de ação estabelecido. Ou seja, a escola precisa 
definir como pretende alcançar determinado 
objetivo e também qual será o prazo. Além disso, 
é necessário indicar quais agentes vão fazer parte 
das ações (professores, gestores escolares, pais, 
alunos…). 
O plano de ação pode envolver diversas atividades, 
como palestras, eventos, atividades 
extracurriculares, projetos comunitários e até 
mesmo a compra de equipamentos para a 
ampliação de espaços estudantis. 
Cabe à escola definir quais ações melhor se 
encaixam em cada objetivo, desde que sejam 
coerentes e estejam dentro da realidade da rotina e 
estrutura da escola e da comunidade escolar. 
Definir as diretrizes e normas que serão usadas 
como guia 
É fundamental que o documento siga orientações, 
diretrizes, currículos, normas e demais dispositivos 
legais dos órgãos educacionaisde todas as esferas 
(federal, estadual e municipal). Nesse 
sentido, adequar o PPP à Base Nacional Comum 
Curricular (BNCC) será importante para 
alcançar um ótimo desenho de aprendizagem. 
Esclarecer como será a formação de professores 
O PPP deve conter também qual será a formação 
oferecida pela escola para que os professores 
adquiram a capacitação necessária para colocar os 
planos de ação em prática. Dessa forma, a 
instituição de ensino contribui para a formação 
continuada dos docentes. 
Veja também: 5 tendências para o mercado da 
educação em 2022 
Principais erros que devem ser evitados na 
elaboração do PPP 
Infelizmente, algumas escolas podem cometer 
alguns erros durante e após a elaboração do PPP. 
Vamos conferi-los abaixo? 
Copiar o PPP de outra escola 
Cada instituição escolar tem realidades únicas. Por 
isso, não é recomendado copiar o PPP de outra 
escola, já que não é viável adotar os objetivos e 
ações de um contexto na qual a escola não faz 
parte. 
Não envolver a comunidade escolar 
A colaboração dos agentes da comunidade escolar 
para elaboração do PPP é fundamental para 
adequar as ações e objetivos à realidade da unidade 
de ensino. Isso também inclui as famílias dos 
estudantes, pois eles também farão parte do 
processo de desenvolvimento escolar. 
Não revisar o PPP 
https://blog.conexia.com.br/rendimento-escolar/
https://blog.conexia.com.br/rendimento-escolar/
https://blog.plataformaaz.com.br/recuperacao-da-aprendizagem-2/
https://blog.plataformaaz.com.br/recuperacao-da-aprendizagem-2/
https://blog.conexia.com.br/tendencias-da-educacao-2022/
https://blog.conexia.com.br/tendencias-da-educacao-2022/
https://blog.conexia.com.br/comunicacao-escola-e-familia/
As metas e objetivos da escola podem ser 
alcançadas antes do prazo, mudarem com o tempo 
ou deixarem de fazer sentido para a comunidade 
escolar. Dessa forma, a instituição de ensino 
precisa revisar o PPP para reavaliar os projetos 
propostos no documento. 
O PPP é um documento que deve acompanhar as 
mudanças da escola. Por isso, ele deve passar por 
constantes atualizações, com objetivo de manter-se 
alinhado ao contexto da comunidade escolar. 
Não medir os resultados 
Após a elaboração e implementação do plano de 
ação, é importante que a escola analise o 
andamento das atividades. Não fazer esse processo 
pode ser um erro, pois impede que a instituição de 
ensino avalie quais ações estão dando certo e o que 
pode ser feito para melhorar o desempenho escolar 
a curto, médio e longo prazo. 
Planejamento escolar: o que é e para que serve? 
• Gestão Escolar 
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A escola é uma organização criada com a finalidade 
de promover a disseminação dos conhecimentos 
científicos elaborados ao longo da história por meio 
de processos de ensino-aprendizagem eficazes. Por 
isso, ressaltamos a importância do planejamento 
escolar para que esse objetivo seja alcançado, uma 
vez que é nesse plano educacional que são traçadas 
as estratégias para que a educação aconteça de 
forma concreta no dia a dia escolar. 
Mas no que consiste um planejamento escolar? 
Quais são suas necessidades e obrigatoriedades? 
Confira tudo sobre esse tema tão importante para as 
escolas! 
Afinal, o que é o planejamento escolar? 
Quando pensamos em atingir um objetivo, 
automaticamente precisamos pensar em um 
planejamento com todas as estratégias, metas, 
ações e prazos a serem cumpridos, assim como qual 
será o método utilizado para realizar o 
monitoramento do planejamento elaborado. 
Portanto, podemos definir o planejamento escolar 
como um documento com a descrição do 
processo de organização e coordenação da ação 
docente, elaborado com o objetivo de garantir a 
execução das atividades escolares ao longo do 
ano letivo. 
A partir desse planejamento, é possível colocar em 
prática o plano de ação que norteará a proposta 
pedagógica, as atividades educacionais, a matriz 
curricular e as metodologias de ensino que serão 
adotadas pela escola no processo de ensino-
aprendizagem. 
Por que elaborar o planejamento escolar? 
Como o planejamento escolar possui a função de 
direcionar o funcionamento da escola durante o ano 
letivo, a elaboração deste documento se mostra 
fundamental para o bom funcionamento de uma 
instituição educacional. 
Nele, devem estar definidos os conteúdos a serem 
ensinados, a ordem dos mesmos, os métodos e 
datas de avaliação, as atividades extracurriculares, 
assim como as ações para que o calendário escolar 
seja cumprido, sempre considerando as diretrizes 
da BNCC e o Projeto Político Pedagógico da 
escola. 
É válido ressaltar que as escolas têm liberdade para 
criar ou adotar os projetos e as metodologias de 
ensino que acreditem, desde que garantam o 
processo de aprendizagem dos alunos, de acordo 
com a idade e o nível educacional que eles se 
encontram. 
O planejamento escolar também pode ser composto 
por meio de planos de ação, com objetivos 
específicos, nesse caso, os respectivos responsáveis 
precisarão elencar as melhores estratégias para 
alcançá-lo. 
Ainda que os objetivos específicos sejam definidos, 
não podemos perder de vista o fato de que o 
planejamento deve abranger os objetivos macro, 
https://edifyeducation.com.br/blog/category/gestao-escolar/
https://edifyeducation.com.br/blog/planejamento-escolar/#entry-content-5731
https://edifyeducation.com.br/blog/bncc-entendendo-os-conceitos-de-competencia-e-habilidade/
https://edifyeducation.com.br/blog/bncc-entendendo-os-conceitos-de-competencia-e-habilidade/
que influenciam a organização escolar como um 
todo. A partir dessa visão mais ampla do 
funcionamento da escola, é possível ir afunilando 
até chegar à elaboração dos planos de aula por cada 
professor em disciplina de atuação. 
O planejamento escolar também pode abranger 
questões burocrático-administrativas, como o uso 
dos espaços comuns do prédio escolar – pátio, 
quadras, bibliotecas, laboratórios, etc. 
Nele, também deve constar a elaboração de um 
calendário geral para alunos e professores, ou seja, 
o plano escolar é uma espécie de guia para toda a 
comunidade escolar. 
Quem são os responsáveis pelo planejamento 
escolar? 
Todos os membros da equipe pedagógica devem 
participar da elaboração do planejamento, uma vez 
que ele impactará diretamente no trabalho dos 
envolvidos durante todo o ano letivo. 
Portanto, todos devem participar das reuniões para 
a definição das pautas do planejamento 
escolar: gestores, diretores, professores, 
coordenadores, orientadores e demais 
funcionários que estejam envolvidos com as 
ações do calendário escolar. 
Essas reuniões devem acontecer antecipadamente 
no início do ano letivo, a fim de que o planejamento 
esteja finalizado antes das aulas começarem. Os 
membros da equipe devem discutir o 
funcionamento da instituição escolar como um 
todo e também quem serão os responsáveis por 
cada uma das atividades e ações estratégicas 
definidas no planejamento. 
Isso significa que todos os participantes devem 
pensar juntos sobre como atingir os objetivos da 
escola no ano letivo escolar. Logicamente, quando 
se trata dos planos de aula de uma disciplina 
específica, cabe ao professor responsável elaborar 
todos os planos de aula, podendo solicitar o auxílio 
do coordenador pedagógico. Esse trabalho em 
conjunto é fundamental para a promoção de uma 
gestão escolar democrática e participativa. 
Quais são os pontos de partida do planejamento 
escolar? 
Os profissionais que trabalham na escola, com 
certeza, estão profundamente envolvidos nas 
atividades e no dia a dia da escola, por isso, já 
executam muitas tarefas que devem compor o 
planejamento escolar. 
Mas, apesar de todo esse envolvimento, muitos 
pontos de melhoria acabam passando 
despercebidos pelos integrantes da equipe 
pedagógica. Por isso, mais uma vez reforçamos a 
importância de buscar parceiros especializadosque 
oferecem programas educacionais completos e 
acompanham a equipe pedagógica durante todo o 
ano letivo. 
É preciso ressaltar que um novo planejamento não 
deve ser completamente igual ao do ano interior. 
Por isso, é fundamental que os envolvidos na 
elaboração desse planejamento proponham 
melhorias e inovações, não apenas para promover 
o aprendizado dos alunos, mas também para 
engajá-los nas atividades escolares, participando 
ativamente dos projetos escolares. 
Elencamos alguns pontos de partida para a 
elaboração do planejamento escolar que devem 
estar no radar dos profissionais da escola: 
1. Elaboração do calendário escolar 
Considerar quando iniciará e quando fechará o ano 
letivo é fundamental para a elaboração do 
planejamento escolar, afinal, todas as ações devem 
estar organizadas nesse período. 
Mas isso não significa que a equipe pedagógica não 
pode inovar em seu calendário, aproveitando 
algumas datas especiais para envolver os alunos em 
projetos inovadores, que vão além das atividades 
comuns dos anos anteriores. 
Pode ser uma excelente oportunidade de engajar os 
alunos em atividades extraclasse para que atuem 
ativamente no seu próprio aprendizado. 
https://edifyeducation.com.br/quem-somos/
Aproveite e leia também sobre quando planejar o 
ano letivo aqui no blog do Edify! 
2. Infraestrutura da escola 
A elaboração do planejamento escolar também 
possibilita que os participantes possam sugerir 
melhorias na infraestrutura da escola. 
E não estamos falando necessariamente na 
construção de novas salas e laboratórios, mas em 
uma possível ressignificação dos espaços 
escolares, para um melhor aproveitamento por 
parte de docentes e estudantes. 
3. Novas metodologias de ensino 
O momento de planejamento escolar também é 
ideal para os responsáveis pelo processo de ensino-
aprendizagem proporem novos métodos para a 
promoção do ensino, como é o caso da 
implementação das metodologias ativas de ensino. 
Atualmente, encontramos gerações de alunos 
completamente diferentes em sala de aula, são 
conhecidos como nativos digitais. Esses alunos 
estão crescendo em um mundo totalmente 
conectado, dinâmico e com um ritmo intenso de 
captação de informações, por isso, é urgente que as 
escolas se preparem para essa mudança, adotando 
novas estratégias de ensino. 
Aproveite e conheça mais sobre as Metodologias 
Ativas aqui em nosso blog! 
4. Novas tecnologias educacionais 
Acompanhando o tópico anterior, é válido também 
estudar sobre implementar estratégias de ensino 
que vão ao encontro das novas tecnologias 
educacionais. 
A gamificação no contexto do microlearning e 
mobile learning, por exemplo, se apresenta como 
uma metodologia ativa muito eficaz para engajar os 
alunos, que estão habituados a fazer uso das 
tecnologias atuais. Isso torna o processo muito 
mais interessante para crianças e adolescentes, uma 
vez que eles têm total familiaridade com o uso dos 
dispositivos tecnológicos. 
Claro que a gamificação vai muito além desse 
exemplo que trouxemos. Leia nosso artigo sobre 
gamificação e saiba mais sobre esse eficiente 
método de ensino-aprendizagem! 
5. Participação ativa dos pais e alunos 
Ao elaborar o planejamento escolar, a equipe 
pedagógica também pode pensar em atividades e 
projetos que envolvam os pais e alunos. 
A participação dos pais na educação dos filhos é 
fundamental, por isso, o planejamento também 
pode abranger atividades que contem com todos os 
participantes da comunidade escolar para fortalecer 
a construção do aprendizado. 
Afinal, não é possível desconsiderar os vínculos 
afetivos e emocionais entre pais e filhos, uma vez 
que a participação da família é essencial para o 
desenvolvimento saudável da criança nos 
aspectos cognitivos, afetivos, comportamentais e 
sociais. Então, também é dever da equipe 
responsável pelo planejamento pedagógico incluir 
os pais na vida escolar dos seus filhos. 
O papel do planejamento escolar no contexto 
atual 
Nos últimos anos, o cenário educacional tem 
passado por mudanças significativas, e o 
planejamento escolar desempenha um papel 
fundamental na adaptação a essas transformações. 
Vamos explorar como o planejamento escolar pode 
atender às demandas do ensino contemporâneo. 
Inclusão e Diversidade 
Um tópico crucial que deve ser abordado no 
planejamento escolar é a inclusão de alunos com 
necessidades especiais. As escolas modernas 
devem se esforçar para criar um ambiente inclusivo 
que atenda às necessidades de todos os alunos, 
independentemente de suas habilidades ou 
deficiências. Portanto, o planejamento deve incluir 
estratégias para acomodar esses alunos, fornecendo 
https://edifyeducation.com.br/blog/novo-ano-letivo/
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https://edifyeducation.com.br/blog/metodologias-ativas-para-uma-educacao-inovadora-e-empreendedorismo-em-sala-de-aula/
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https://edifyeducation.com.br/blog/gamificacao-nas-escolas-estrategias-para-fomentar-a-autonomia/
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recursos e treinamento adequados para professores 
e funcionários. 
A Tecnologia na Educação 
O uso da tecnologia na sala de aula se tornou uma 
parte fundamental do ensino contemporâneo. O 
planejamento escolar deve incorporar a integração 
de dispositivos, aplicativos e recursos 
tecnológicos para melhorar a eficácia do ensino e 
do aprendizado. Isso envolve garantir que a 
infraestrutura escolar seja adequada para suportar a 
tecnologia, bem como treinar professores para 
utilizá-la de maneira eficaz. 
Metodologias Ativas de Ensino 
À medida que a educação evolui, novas 
metodologias de ensino têm surgido. Além das 
aulas tradicionais, o planejamento escolar pode 
incluir a implementação de metodologias ativas, 
como a aprendizagem baseada em projetos, a sala 
de aula invertida e o ensino híbrido. Essas 
abordagens pedagógicas incentivam a participação 
ativa dos alunos, promovendo o pensamento crítico 
e a resolução de problemas. 
Avaliação Formativa 
O planejamento escolar também deve abordar o 
tópico da avaliação. Além das avaliações 
tradicionais, a avaliação formativa desempenha um 
papel importante no processo de aprendizagem. Ela 
envolve a coleta contínua de feedback dos alunos 
para ajustar e melhorar o ensino. O planejamento 
deve incluir estratégias para incorporar a avaliação 
formativa, garantindo que os professores estejam 
cientes do progresso de seus alunos e possam 
adaptar suas abordagens de ensino de acordo. 
Parcerias com a Comunidade 
As escolas não existem em um vácuo, e o 
planejamento escolar pode incluir o fortalecimento 
das relações com a comunidade local. Isso pode ser 
feito por meio de parcerias com empresas locais, 
organizações sem fins lucrativos e instituições 
culturais. Essas parcerias podem enriquecer o 
currículo, proporcionando aos alunos 
oportunidades de aprendizado prático e exposição 
a diferentes perspectivas. 
Educação Socioemocional 
A educação não deve se limitar apenas ao 
desenvolvimento acadêmico. O planejamento 
escolar moderno também deve abranger o bem-
estar emocional e social dos alunos. Isso envolve a 
implementação de programas de educação 
socioemocional que ajudam os alunos a 
desenvolver habilidades de resiliência, empatia e 
autogestão. Essas habilidades são essenciais para o 
sucesso não apenas na escola, mas também na vida 
adulta. 
Sustentabilidade e Responsabilidade Ambiental 
A conscientização sobre a sustentabilidade e a 
responsabilidade ambiental está em ascensão. As 
escolas podem desempenhar um papel importante 
na educação dos alunos sobre questões ambientais 
e práticas sustentáveis. O planejamento escolar 
pode incluiriniciativas para tornar a escola mais 
eco-friendly, bem como a incorporação de temas 
ambientais no currículo. 
 
 
 
 
 
https://edifyeducation.com.br/blog/tecnologia-sala-aula/
https://edifyeducation.com.br/blog/tecnologia-educacao/
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https://edifyeducation.com.br/blog/avaliacao-de-alunos/
https://edifyeducation.com.br/blog/avaliacao-formativa/
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https://edifyeducation.com.br/blog/educacao-socioemocional-o-que-e-e-como-adotar-na-sua-escola/
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https://edifyeducation.com.br/blog/tudo-sobre-curriculo-edify/
NOÇÕES BÁSICAS 
DE PRIMEIROS 
SOCORROS
O que são os 
Primeiros 
Socorros?
Primeiros Socorros são as 
primeiras providências 
tomadas no local do acidente. 
É o atendimento inicial e 
temporário, até a chegada de 
um socorro profissional.
SEQUÊNCIAS DAS AÇÕES:
1) manter a calma e lógica;
2) garantir a segurança, 
sinalizando o local do ocorrido;
3) pedir socorro, no caso se não 
tiver telefone próximo, pedir para 
alguém que estiver de passagem 
por ali para avisar o serviço de 
saúde; 
4) controlar a situação, 
conversando com as vitimas 
tentando acalma-las;
5) verificar a situação das vítimas, 
ver se tem fraturas, feridos, 
hemorragias e se todos estão 
conscientes;
6) realizar algumas ações com as 
vítimas.
De acordo com o artigo 135 do 
Código Penal Brasileiro, deixar de 
prestar socorro à vítima de 
acidente, ou pessoas em perigo 
iminente, podendo fazê-lo, 
caracteriza crime.
CONFRESA
Polícia Militar: Fone: (66) 3564.1190
Hospital Mun. Camilo Lachaider: 
Fone: (66) 3564.1080
PORTO ALEGRE DO NORTE
Polícia Militar: Fone: (66) 3569.1190
Hospital Municipal: Fone: (66) 3569.1990
VILA RICA
Polícia Militar: Fone: (66) 3554.1190
Posto de Saúde: Fone: (66) 3554.2025
CANABRAVA DO NORTE
Brigada Militar: Fone: (66) 3577.1291
Posto de Saúde: Fone: (66) 3577.1290
Telefones úteis:
As distâncias para o início da sinalização são calculadas 
com base no espaço necessário para o veículo parar 
após iniciar a frenagem, mais o tempo de reação do 
motorista. Assim, quanto maior a velocidade, maior 
deverá ser a distância para iniciar a sinalização. 
Na prática, a recomendação é seguir a tabela abaixo.
Fonte: ABRAMET, 2005. 
Tipo da via
Vias locais
Avenidas 
Vias de fluxo 
rápido
Rodovias 
Velocidade
 máxima 
permitida
40 km/h
60 km/h
80 km/h 
100 km/h 
Distância para 
início da 
sinalização 
(pista seca) 
40 passos longos 
60 passos longos 
80 passos longos 
100 passos longos 
Distância para 
início da
sinalização
(chuva, neblina, 
fumaça, à noite) 
80 passos longos 
120 passos longos 
160 passos longos
 
200 passos longos 
Ecoplan Engenharia - Brasília
SRTV - Quadra 701 - Bloco B 
Lote C - Sala 827 - Asa Norte
Brasília/DF - CEP 701710-200
Fone: (61) 3964.2494
Ecoplan Engenharia - Escritório na Obra
Rua do Estudante, nº 88
Confresa/MT - F: (66) 3564.1616
Rua Padre Rolim, nº 30
Vila Rica/MT - F: (66) 3554.2244
Equipe Gestão Ambiental BR-158
O primeiro socorro consiste apenas em impedir o 
deslocamento das partes fraturadas, evitando maiores 
danos.
fraturas não-expostas - fraturas expostas
PROCEDIMENTOS:
Ÿ fratura não-exposta: expor a zona da lesão (desapertar 
ou se necessário cortar a roupa);
Ÿ verificar se existem ferimentos;
Ÿ tentar imobilizar as articulações que se encontram antes 
e depois da fratura usando talas apropriadas, ou na sua 
falta, improvisadas; em caso de fratura exposta, cobrir o 
ferimento com gaze ou pano limpo.
Nota: Geralmente, quando as fraturas ocorrem, nem sempre 
você terá todo o material necessário disponível. É preciso 
imaginação. É possível imobilizar o braço, perna usando 
jornal ou revista dobrados e até uma pequena tábua debaixo 
dos mesmos.
NÃO FAÇA: NÃO DESLOQUE OU ARRASTE A VÍTIMA 
ATÉ QUE A REGIÃO SUSPEITA DE FRATURA TENHA 
SIDO IMOBILIZADA, A MENOS QUE HAJA EMINENTE 
PERIGO (EXPLOSÕES OU TRÂNSITO).
FRATURAS INSOLAÇÃO
O suor é o nosso ar condicionado natural. À medida que ele 
se evapora da nossa pele ocorre o esfriamento do corpo. 
Porém, esse sistema pode falhar se ocorrer uma exposição 
prolongada ao calor, num local fechado e sobreaquecido (por 
ex:, dentro de uma viatura fechada, ao sol) ou se ocorrer uma 
exposição prolongada ao sol.
A insolação é caracterizada por: cefaleias (dor de cabeça), 
tonturas, vómitos, excitação, pele fria e pegajosa, boca seca, 
fadiga e fraqueza, pulso rápido e inconsciência.
PROCEDIMENTOS:
É importante baixar a temperatura do 
corpo, para tal:
Ÿ Coloque a pessoa num local fresco e à 
sombra;
Ÿ Desaperte-lhe a roupa, ou remova as 
roupas e envolva a pessoa num lençol fresco e úmido;
Ÿ Coloque compressas frias na cabeça e axilas;
Ÿ Eleve a cabeça da vítima;
Ÿ Dê a beber água fresca, se a vítima estiver consciente;
Ÿ Se estiver inconsciente, coloque-a em PLS (Posição 
Lateral da Segurança).
O QUE NÃO FAZER :
Ÿ Dar-lhe de beber enquanto a vitima não recuperar os sentidos, pois pode 
sufocar/afogar-se com os líquidos.
NOTA:
Ÿ Se o desmaio for superior a 2 minutos dirigir-se ao Hospital
Ÿ Em caso de dúvida administrar sempre açúcar em papa debaixo 
da língua, pois se estiver em hipoglicemia estaremos a 
contribuir para a melhoria do estado da vítima, e se estiver em 
hiperglicemia, pouco irá fazer subir os níveis. Além do mais é 
sempre preferível níveis altos do que muito baixos.
Ÿ Usar e abusar do açúcar à menor suspeita, pois tomado em 
exagero de vez em quando não prejudica, enquanto a falta 
ou o atraso ataca o cérebro e pode levar ao coma e à morte.
DESMAIO
É provocado por falta de oxigênio ou açúcar no 
cérebro, a que o organismo reage de forma 
automática, com perda de consciência e queda do 
corpo. Tem diversas causas: excesso de calor, fadiga, 
falta de alimentos, etc, e é caracterizada por palidez, 
suores frios, falta de forças e pulso fraco.
O QUE FAZER:
Se nos apercebermos de que a pessoa está 
prestes a desmaiar devemos:
Ÿ Sentá-la e colocar-lhe a cabeça entre as pernas, 
ou deitá-la e levantar-lhe as pernas;
Ÿ Molhar-lhe a testa com água fria;
Ÿ Desapertar-lhe as roupas;
Se a pessoa já estiver desmaiada:
Ÿ Deitá-la com a cabeça de lado (PLS) e mais baixa 
que as pernas;
Ÿ Desapertar-lhe as roupas;
Ÿ Mantê-la confortavelmente aquecida;
Ÿ Logo que recupere os sentidos, dar-lhe de beber 
bebidas açucaradas;
Ÿ Consultar o médico posteriormente;
Ÿ Caso não recupere os sentidos, fazer uma papa 
com muito açúcar e pouca água e coloca-la debaixo 
da língua da vitima. O açúcar deve ser “empapado 
em água” (não dissolvido, mas sim misturado 
apenas com algumas gotas de água). Acionar de 
imediato os meios de emergência médica. 
PICADAS 
COBRAS 
VENENOSAS
Algumas orientações básicas são extremamente 
importantes e podem salvar vidas:
Ÿ Não amarre; 
Ÿ Não corte nem fure;
Ÿ Não dê nada para beber ou comer.
PROCEDIMENTOS:
Ÿ Mantenha a vítima deitada para evitar que o veneno 
seja absorvido rapidamente;
Ÿ Se a picada for na perna ou no braço, estes 
deverão ficar em posição elevada; Aplicar compressas 
frias sobre o local da picada e conduzir imediatamente 
para o médico.
LEGISLAÇÃO 
Diretrizes Curriculares Nacionais da 
Educação Infantil 
As creches e pré-escolas, como parte do sistema de 
ensino, conforme determina a LDB (Lei nº 
9.394/96), necessitam de Diretrizes Curriculares 
Nacionais para orientar suas propostas pedagógicas 
e suas práticas cotidianas junto às crianças. Essas 
Diretrizes estabelecem parâmetros básicos que 
articulam o processo peculiar de ensino-
aprendizagem na educação infantil com as 
diferentes etapas da Escola Básica, vencendo a 
longa tradição assistencialista e escolarizante que 
tem marcado as creches e pré-escolas. 
As primeiras Diretrizes Nacionais para a Educação 
Infantil foram publicadas em 1999 (Resolução 
CNE/CEB nº 01/99). Dez anos após sua 
publicação,como resultado de pesquisas, 
discussões e mobilizações de diferentes setores, de 
modificações na legislação, tais como a mudança 
da idade de ingresso no Ensino Fundamental, o 
MEC, cumprindo sua função constitucional, decide 
estabelecer um processo de revisão das diretrizes 
curriculares de todos os níveis de ensino. Nesse 
contexto, em 2009, o Conselho Nacional de 
Educação aprova as novas diretrizes para a 
Educação infantil, após audiências públicas e 
ampla participação de diferentes segmentos sociais 
e de educadores de diversas partes do país. 
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a 
Educação Infantil – DCNEIs (Resolução 
CNE/CEB nº 05/09) destacam a necessidade de 
estruturar e organizar ações educativas com 
qualidade, articulada com a valorização do papel 
dos professores que atuam junto às crianças de 0 a 
5 anos e 11 meses de idade. Estes são desafiados a 
construir propostas pedagógicas que, no cotidiano 
de creches e pré-escolas, permitam a escuta e a 
participação das crianças, acolham a forma delas 
significarem o mundo e a si mesmas, e promovam 
diversificadas situações em que elas são cuidadas e 
educadas. 
Seus primeiros artigos definem a estrutura legal e 
institucional da Educação Infantil, consolidando a 
presença das creches e pré-escolas no sistema de 
ensino: número mínimo de horas de 
funcionamento, atendimento no período diurno, 
oferta de vagas próxima à residência das crianças, 
acompanhamento do trabalho pelo órgão de 
supervisão do sistema, idade de corte para 
efetivação da matrícula, número mínimo de horas 
diárias do atendimento e alguns pontos para sua 
articulação com o Ensino Fundamental. Além 
disso, nesses artigos, também há a definição de 
currículo assim como de criança alinhada com a 
concepção de criança como sujeito de direitos. 
No artigo 7º, as DCNEIs estabelecem os elementos 
que compõem a função sociopolítica e pedagógica 
das instituições de Educação Infantil: a. Oferecer 
condições e recursos para que as crianças usufruam 
seus direitos civis, humanos e sociais; b. Assumir a 
responsabilidade de compartilhar e complementar 
a educação e cuidado das crianças com as famílias; 
c. Possibilitar tanto a convivência entre crianças e 
entre adultos e crianças quanto a ampliação de 
saberes e conhecimentos de diferentes naturezas; d. 
Promover a igualdade de oportunidades 
educacionais entre as crianças de diferentes classes 
sociais no que se refere ao acesso a bens culturais e 
às possibilidades de vivência da infância; e. 
Construir formas de sociabilidade e de 
subjetividade que sejam comprometidas com a 
ludicidade, a democracia, a sustentabilidade do 
planeta e com o rompimento de relações de 
dominação etária, socioeconômica, étnico-racial, 
de gênero, regional, linguística e religiosa. 
A função sociopolítica e pedagógica das 
instituições se completa se cada um e todos esses 
pontos forem observados. Esses pontos refletem 
grande parte das discussões na área e apontam o 
norte que se deseja, em ação compartilhada com a 
família, para a formação de cidadãos e novas 
subjetividades e sociabilidades comprometidas 
com a construção de uma sociedade democrática, 
livre, mais justa, solidária e ambientalmente 
sustentável. O foco do trabalho institucional 
orienta-se pelos direitos da criança na sua 
totalidade e integralidade, compreendendo-a como 
pessoa humana que, inserida em uma determinada 
cultura, apropria-se dela em especial por meio da 
brincadeira. 
Em relação aos objetivos e condições gerais para a 
organização curricular das unidades de Educação 
Infantil, consideram as Diretrizes a valorização da 
diversidade de olhares, respostas e objetos de 
conhecimento, o alinhamento institucional em 
mediar o processo de construção de significados 
em relação ao mundo e a si mesmo por meio da 
apropriação pela criança de diferentes linguagens, 
e o compromisso de garantir os direitos da criança. 
As experiências que devem ser cotidianamente 
promovidas junto às crianças abrangem um variado 
leque de atividades pensadas em relação à 
especificidade das condições de desenvolvimento 
de crianças de zero a três anos, e de quatro e cinco 
anos. O importante é todas as experiências de 
aprendizagem reconhecerem e promoverem a 
atividade criadora da criança. Com isso, são 
afastadas práticas pedagógicas centradas na ideia 
de transmissão de conhecimentos pré-consolidados 
e tratados como verdades, abrindo caminho para 
novas atitudes mediadoras por parte dos 
professores. As formas peculiares como essas 
crianças, nesse momento de suas vidas, vivenciam 
o mundo, constroem conhecimentos, expressam-se, 
interagem e manifestam desejos e curiosidades 
devem servir de referência para a tomada de 
decisões pela equipe pedagógica em relação aos 
fins educacionais, aos métodos de trabalho 
docente, à gestão das unidades e à relação da 
instituição de Educação Infantil com as famílias. 
Dentro dos princípios da educação inclusiva, 
atenção especial é posta nas crianças com 
deficiências, transtornos globais de 
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. 
Acolher as especificidades do processo de 
aprendizagem dessas crianças e responder-lhes de 
um modo diferenciado, respeitoso ao tempo e à 
forma como elas se apropriam das vivências 
propiciadas na instituição de Educação infantil, é o 
caminho mais valioso. 
A consideração da diversidade das infâncias 
brasileiras aponta para a necessidade de que as 
propostas pedagógicas estejam organicamente 
articuladas com a comunidade e grupo cultural das 
crianças. Destaca-se, nesse sentido, o diálogo que 
pela primeira vez é estabelecido na legislação 
nacional entre a Educação Infantil e a Educação do 
Campo, definindo diretrizes para a educação 
infantil das crianças dos territórios rurais (filhas de 
agricultores familiares, extrativistas, pescadores 
artesanais, assentados e acampados da reforma 
agrária, quilombolas, caiçaras, povos da floresta, os 
povos do campo, populações ribeirinhas, 
indígenas, etc.). A organização curricular das 
unidades de Educação infantil que atendem essas 
populações deve ser adequada às especificidades 
das mesmas e apoiar as tradições culturais por elas 
construídas. É mais um elemento que, na Educação 
Infantil, toma a diversidade como fonte de riqueza 
para todo educando. 
As DCNEIs estabelecem que cada unidade deve 
construir sua proposta pedagógica, num processo 
de autoria e participação da comunidade, 
considerando uma ampla possibilidade de práticas 
cotidianas de trabalho de educar e cuidar das 
crianças desde que elas sejam organizadas de 
acordo com os princípios: a) Éticos da autonomia, 
da responsabilidade, da solidariedade e do respeito 
ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes 
culturas, identidades e singularidades; b) Políticos 
dos direitos de cidadania, do exercício da 
criticidade e do respeito à ordem democrática; c) 
Estéticos da sensibilidade, da criatividade, da 
ludicidade e da liberdade de expressão nas 
diferentes manifestações artísticas e culturais. 
BRASIL. Resolução CNE/CEB nº 1, de 7 de abril de 1999. Institui 
as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação 
Infantil. Diário Oficial da União, Brasília, 13 abr. 1999. 
LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 
2015. 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de 
Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da 
Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a 
promover, em condições de igualdade, o exercício 
dos direitos e das liberdades fundamentais por 
pessoa com deficiência, visando à sua inclusão 
social e cidadania. 
Parágrafo único. Esta Lei tem como base a 
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com 
Deficiência e seu Protocolo Facultativo, ratificados 
pelo Congresso Nacional por meio do Decreto 
Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008 , em 
conformidadecom o procedimento previsto no § 3º 
do art. 5º da Constituição da República Federativa 
do Brasil , em vigor para o Brasil, no plano jurídico 
externo, desde 31 de agosto de 2008, e 
promulgados pelo Decreto nº 6.949, de 25 de 
agosto de 2009 , data de início de sua vigência no 
plano interno. 
Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência 
aquela que tem impedimento de longo prazo de 
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o 
qual, em interação com uma ou mais barreiras, 
pode obstruir sua participação plena e efetiva na 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/CONGRESSO/DLG/DLG-186-2008.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/CONGRESSO/DLG/DLG-186-2008.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5%C2%A73
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5%C2%A73
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5%C2%A73
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6949.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6949.htm
sociedade em igualdade de condições com as 
demais pessoas. 
§ 1º A avaliação da deficiência, quando 
necessária, será biopsicossocial, realizada por 
equipe multiprofissional e interdisciplinar e 
considerará: (Vigência) (Vide Decreto nº 
11.063, de 2022) 
I - os impedimentos nas funções e nas 
estruturas do corpo; 
II - os fatores socioambientais, psicológicos e 
pessoais; 
III - a limitação no desempenho de atividades; 
e 
IV - a restrição de participação. 
§ 2º O Poder Executivo criará instrumentos 
para avaliação da deficiência. (Vide Lei nº 
13.846, de 2019) (Vide Lei nº 14.126, de 
2021) (Vide Lei nº 14.768, de 2023) 
§ 3º O exame médico-pericial componente da 
avaliação biopsicossocial da deficiência de que 
trata o § 1º deste artigo poderá ser realizado com o 
uso de tecnologia de telemedicina ou por análise 
documental conforme situações e requisitos 
definidos em regulamento. (Incluído pela Lei nº 
14.724, de 2023) 
Art. 2º-A. É instituído o cordão de fita com 
desenhos de girassóis como símbolo nacional de 
identificação de pessoas com deficiências 
ocultas. (Incluído pela Lei nº 14.624, de 2023) 
§ 1º O uso do símbolo de que trata 
o caput deste artigo é opcional, e sua ausência não 
prejudica o exercício de direitos e garantias 
previstos em lei. (Incluído pela Lei nº 14.624, de 
2023) 
§ 2º A utilização do símbolo de que trata 
o caput deste artigo não dispensa a apresentação 
de documento comprobatório da deficiência, caso 
seja solicitado pelo atendente ou pela autoridade 
competente. (Incluído pela Lei nº 14.624, de 
2023) 
Art. 3º Para fins de aplicação desta Lei, 
consideram-se: 
I - acessibilidade: possibilidade e condição de 
alcance para utilização, com segurança e 
autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos 
urbanos, edificações, transportes, informação e 
comunicação, inclusive seus sistemas e 
tecnologias, bem como de outros serviços e 
instalações abertos ao público, de uso público ou 
privados de uso coletivo, tanto na zona urbana 
como na rural, por pessoa com deficiência ou com 
mobilidade reduzida; 
II - desenho universal: concepção de 
produtos, ambientes, programas e serviços a serem 
usados por todas as pessoas, sem necessidade de 
adaptação ou de projeto específico, incluindo os 
recursos de tecnologia assistiva; 
III - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: 
produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, 
metodologias, estratégias, práticas e serviços que 
objetivem promover a funcionalidade, relacionada 
à atividade e à participação da pessoa com 
deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à 
sua autonomia, independência, qualidade de vida e 
inclusão social; 
IV - barreiras: qualquer entrave, obstáculo, 
atitude ou comportamento que limite ou impeça a 
participação social da pessoa, bem como o gozo, a 
fruição e o exercício de seus direitos à 
acessibilidade, à liberdade de movimento e de 
expressão, à comunicação, ao acesso à informação, 
à compreensão, à circulação com segurança, entre 
outros, classificadas em: 
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas 
vias e nos espaços públicos e privados abertos ao 
público ou de uso coletivo; 
b) barreiras arquitetônicas: as existentes nos 
edifícios públicos e privados; 
c) barreiras nos transportes: as existentes nos 
sistemas e meios de transportes; 
d) barreiras nas comunicações e na 
informação: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou 
comportamento que dificulte ou impossibilite a 
expressão ou o recebimento de mensagens e de 
informações por intermédio de sistemas de 
comunicação e de tecnologia da informação; 
e) barreiras atitudinais: atitudes ou 
comportamentos que impeçam ou prejudiquem a 
participação social da pessoa com deficiência em 
igualdade de condições e oportunidades com as 
demais pessoas; 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm#art124
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11063.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D11063.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art39p
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art39p
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14126.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14126.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14768.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14724.htm#art15
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14724.htm#art15
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14624.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14624.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14624.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14624.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14624.htm#art1
f) barreiras tecnológicas: as que dificultam ou 
impedem o acesso da pessoa com deficiência às 
tecnologias; 
V - comunicação: forma de interação dos 
cidadãos que abrange, entre outras opções, as 
línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais 
(Libras), a visualização de textos, o Braille, o 
sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os 
caracteres ampliados, os dispositivos multimídia, 
assim como a linguagem simples, escrita e oral, os 
sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados 
e os modos, meios e formatos aumentativos e 
alternativos de comunicação, incluindo as 
tecnologias da informação e das comunicações; 
VI - adaptações razoáveis: adaptações, 
modificações e ajustes necessários e adequados que 
não acarretem ônus desproporcional e indevido, 
quando requeridos em cada caso, a fim de assegurar 
que a pessoa com deficiência possa gozar ou 
exercer, em igualdade de condições e 
oportunidades com as demais pessoas, todos os 
direitos e liberdades fundamentais; 
VII - elemento de urbanização: quaisquer 
componentes de obras de urbanização, tais como os 
referentes a pavimentação, saneamento, 
encanamento para esgotos, distribuição de energia 
elétrica e de gás, iluminação pública, serviços de 
comunicação, abastecimento e distribuição de 
água, paisagismo e os que materializam as 
indicações do planejamento urbanístico; 
VIII - mobiliário urbano: conjunto de objetos 
existentes nas vias e nos espaços públicos, 
superpostos ou adicionados aos elementos de 
urbanização ou de edificação, de forma que sua 
modificação ou seu traslado não provoque 
alterações substanciais nesses elementos, tais como 
semáforos, postes de sinalização e similares, 
terminais e pontos de acesso coletivo às 
telecomunicações, fontes de água, lixeiras, toldos, 
marquises, bancos, quiosques e quaisquer outros denatureza análoga; 
IX - pessoa com mobilidade reduzida: aquela 
que tenha, por qualquer motivo, dificuldade de 
movimentação, permanente ou temporária, 
gerando redução efetiva da mobilidade, da 
flexibilidade, da coordenação motora ou da 
percepção, incluindo idoso, gestante, lactante, 
pessoa com criança de colo e obeso; 
X - residências inclusivas: unidades de oferta 
do Serviço de Acolhimento do Sistema Único de 
Assistência Social (Suas) localizadas em áreas 
residenciais da comunidade, com estruturas 
adequadas, que possam contar com apoio 
psicossocial para o atendimento das necessidades 
da pessoa acolhida, destinadas a jovens e adultos 
com deficiência, em situação de dependência, que 
não dispõem de condições de autossustentabilidade 
e com vínculos familiares fragilizados ou 
rompidos; 
XI - moradia para a vida independente da 
pessoa com deficiência: moradia com estruturas 
adequadas capazes de proporcionar serviços de 
apoio coletivos e individualizados que respeitem e 
ampliem o grau de autonomia de jovens e adultos 
com deficiência; 
XII - atendente pessoal: pessoa, membro ou 
não da família, que, com ou sem remuneração, 
assiste ou presta cuidados básicos e essenciais à 
pessoa com deficiência no exercício de suas 
atividades diárias, excluídas as técnicas ou os 
procedimentos identificados com profissões 
legalmente estabelecidas; 
XIII - profissional de apoio escolar: pessoa 
que exerce atividades de alimentação, higiene e 
locomoção do estudante com deficiência e atua em 
todas as atividades escolares nas quais se fizer 
necessária, em todos os níveis e modalidades de 
ensino, em instituições públicas e privadas, 
excluídas as técnicas ou os procedimentos 
identificados com profissões legalmente 
estabelecidas; 
XIV - acompanhante: aquele que acompanha 
a pessoa com deficiência, podendo ou não 
desempenhar as funções de atendente pessoal. 
CAPÍTULO II 
DA IGUALDADE E DA NÃO 
DISCRIMINAÇÃO 
Art. 4º Toda pessoa com deficiência tem 
direito à igualdade de oportunidades com as demais 
pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de 
discriminação. 
§ 1º Considera-se discriminação em razão da 
deficiência toda forma de distinção, restrição ou 
exclusão, por ação ou omissão, que tenha o 
propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou 
anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos 
e das liberdades fundamentais de pessoa com 
deficiência, incluindo a recusa de adaptações 
razoáveis e de fornecimento de tecnologias 
assistivas. 
§ 2º A pessoa com deficiência não está 
obrigada à fruição de benefícios decorrentes de 
ação afirmativa. 
Art. 5º A pessoa com deficiência será 
protegida de toda forma de negligência, 
discriminação, exploração, violência, tortura, 
crueldade, opressão e tratamento desumano ou 
degradante. 
Parágrafo único. Para os fins da proteção 
mencionada no caput deste artigo, são 
considerados especialmente vulneráveis a criança, 
o adolescente, a mulher e o idoso, com deficiência. 
Art. 6º A deficiência não afeta a plena 
capacidade civil da pessoa, inclusive para: 
I - casar-se e constituir união estável; 
II - exercer direitos sexuais e reprodutivos; 
III - exercer o direito de decidir sobre o 
número de filhos e de ter acesso a informações 
adequadas sobre reprodução e planejamento 
familiar; 
IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a 
esterilização compulsória; 
V - exercer o direito à família e à convivência 
familiar e comunitária; e 
VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à 
curatela e à adoção, como adotante ou adotando, 
em igualdade de oportunidades com as demais 
pessoas. 
Art. 7º É dever de todos comunicar à 
autoridade competente qualquer forma de ameaça 
ou de violação aos direitos da pessoa com 
deficiência. 
Parágrafo único. Se, no exercício de suas 
funções, os juízes e os tribunais tiverem 
conhecimento de fatos que caracterizem as 
violações previstas nesta Lei, devem remeter peças 
ao Ministério Público para as providências 
cabíveis. 
Art. 8º É dever do Estado, da sociedade e da 
família assegurar à pessoa com deficiência, com 
prioridade, a efetivação dos direitos referentes à 
vida, à saúde, à sexualidade, à paternidade e à 
maternidade, à alimentação, à habitação, à 
educação, à profissionalização, ao trabalho, à 
previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao 
transporte, à acessibilidade, à cultura, ao desporto, 
ao turismo, ao lazer, à informação, à comunicação, 
aos avanços científicos e tecnológicos, à dignidade, 
ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e 
comunitária, entre outros decorrentes da 
Constituição Federal, da Convenção sobre os 
Direitos das Pessoas com Deficiência e seu 
Protocolo Facultativo e das leis e de outras normas 
que garantam seu bem-estar pessoal, social e 
econômico. 
Seção Única 
Do Atendimento Prioritário 
Art. 9º A pessoa com deficiência tem direito 
a receber atendimento prioritário, sobretudo com a 
finalidade de: 
I - proteção e socorro em quaisquer 
circunstâncias; 
II - atendimento em todas as instituições e 
serviços de atendimento ao público; 
III - disponibilização de recursos, tanto 
humanos quanto tecnológicos, que garantam 
atendimento em igualdade de condições com as 
demais pessoas; 
IV - disponibilização de pontos de parada, 
estações e terminais acessíveis de transporte 
coletivo de passageiros e garantia de segurança no 
embarque e no desembarque; 
V - acesso a informações e disponibilização 
de recursos de comunicação acessíveis; 
VI - recebimento de restituição de imposto de 
renda; 
VII - tramitação processual e procedimentos 
judiciais e administrativos em que for parte ou 
interessada, em todos os atos e diligências. 
§ 1º Os direitos previstos neste artigo são 
extensivos ao acompanhante da pessoa com 
deficiência ou ao seu atendente pessoal, exceto 
quanto ao disposto nos incisos VI e VII deste 
artigo. 
§ 2º Nos serviços de emergência públicos e 
privados, a prioridade conferida por esta Lei é 
condicionada aos protocolos de atendimento 
médico. 
 
 
 
 
 
TÍTULO II 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
CAPÍTULO I 
DO DIREITO À VIDA 
Art. 10. Compete ao poder público garantir a 
dignidade da pessoa com deficiência ao longo de 
toda a vida. 
Parágrafo único. Em situações de risco, 
emergência ou estado de calamidade pública, a 
pessoa com deficiência será considerada 
vulnerável, devendo o poder público adotar 
medidas para sua proteção e segurança. 
Art. 11. A pessoa com deficiência não poderá 
ser obrigada a se submeter a intervenção clínica ou 
cirúrgica, a tratamento ou a institucionalização 
forçada. 
Parágrafo único. O consentimento da pessoa 
com deficiência em situação de curatela poderá ser 
suprido, na forma da lei. 
Art. 12. O consentimento prévio, livre e 
esclarecido da pessoa com deficiência é 
indispensável para a realização de tratamento, 
procedimento, hospitalização e pesquisa científica. 
§ 1º Em caso de pessoa com deficiência em 
situação de curatela, deve ser assegurada sua 
participação, no maior grau possível, para a 
obtenção de consentimento. 
§ 2º A pesquisa científica envolvendo pessoa 
com deficiência em situação de tutela ou de 
curatela deve ser realizada, em caráter excepcional, 
apenas quando houver indícios de benefício direto 
para sua saúde ou para a saúde de outras pessoas 
com deficiência e desde que não haja outra opção 
de pesquisa de eficácia comparável com 
participantes não tutelados ou curatelados. 
Art. 13. A pessoa com deficiência somente 
será atendida sem seu consentimento prévio, livre 
e esclarecido em casos de risco de morte e de 
emergência em saúde, resguardado seu superior 
interesse e adotadas as salvaguardas legais 
cabíveis. 
 
CAPÍTULO II 
DO DIREITO À HABILITAÇÃO E À 
REABILITAÇÃO 
Art. 14. O processo de habilitação e de 
reabilitação é um direito da pessoa com deficiência. 
Parágrafo único. O processo de habilitaçãoe 
de reabilitação tem por objetivo o desenvolvimento 
de potencialidades, talentos, habilidades e aptidões 
físicas, cognitivas, sensoriais, psicossociais, 
atitudinais, profissionais e artísticas que 
contribuam para a conquista da autonomia da 
pessoa com deficiência e de sua participação social 
em igualdade de condições e oportunidades com as 
demais pessoas. 
Art. 15. O processo mencionado no art. 14 
desta Lei baseia-se em avaliação multidisciplinar 
das necessidades, habilidades e potencialidades de 
cada pessoa, observadas as seguintes diretrizes: 
I - diagnóstico e intervenção precoces; 
II - adoção de medidas para compensar perda 
ou limitação funcional, buscando o 
desenvolvimento de aptidões; 
III - atuação permanente, integrada e 
articulada de políticas públicas que possibilitem a 
plena participação social da pessoa com 
deficiência; 
IV - oferta de rede de serviços articulados, 
com atuação intersetorial, nos diferentes níveis de 
complexidade, para atender às necessidades 
específicas da pessoa com deficiência; 
V - prestação de serviços próximo ao 
domicílio da pessoa com deficiência, inclusive na 
zona rural, respeitadas a organização das Redes de 
Atenção à Saúde (RAS) nos territórios locais e as 
normas do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Art. 16. Nos programas e serviços de 
habilitação e de reabilitação para a pessoa com 
deficiência, são garantidos: 
I - organização, serviços, métodos, técnicas e 
recursos para atender às características de cada 
pessoa com deficiência; 
II - acessibilidade em todos os ambientes e 
serviços; 
III - tecnologia assistiva, tecnologia de 
reabilitação, materiais e equipamentos adequados e 
apoio técnico profissional, de acordo com as 
especificidades de cada pessoa com deficiência; 
IV - capacitação continuada de todos os 
profissionais que participem dos programas e 
serviços. 
Art. 17. Os serviços do SUS e do Suas 
deverão promover ações articuladas para garantir à 
pessoa com deficiência e sua família a aquisição de 
informações, orientações e formas de acesso às 
políticas públicas disponíveis, com a finalidade de 
propiciar sua plena participação social. 
Parágrafo único. Os serviços de que trata 
o caput deste artigo podem fornecer informações e 
orientações nas áreas de saúde, de educação, de 
cultura, de esporte, de lazer, de transporte, de 
previdência social, de assistência social, de 
habitação, de trabalho, de empreendedorismo, de 
acesso ao crédito, de promoção, proteção e defesa 
de direitos e nas demais áreas que possibilitem à 
pessoa com deficiência exercer sua cidadania. 
CAPÍTULO III 
DO DIREITO À SAÚDE 
Art. 18. É assegurada atenção integral à saúde 
da pessoa com deficiência em todos os níveis de 
complexidade, por intermédio do SUS, garantido 
acesso universal e igualitário. 
§ 1º É assegurada a participação da pessoa 
com deficiência na elaboração das políticas de 
saúde a ela destinadas. 
§ 2º É assegurado atendimento segundo 
normas éticas e técnicas, que regulamentarão a 
atuação dos profissionais de saúde e contemplarão 
aspectos relacionados aos direitos e às 
especificidades da pessoa com deficiência, 
incluindo temas como sua dignidade e autonomia. 
§ 3º Aos profissionais que prestam assistência 
à pessoa com deficiência, especialmente em 
serviços de habilitação e de reabilitação, deve ser 
garantida capacitação inicial e continuada. 
§ 4º As ações e os serviços de saúde pública 
destinados à pessoa com deficiência devem 
assegurar: 
I - diagnóstico e intervenção precoces, 
realizados por equipe multidisciplinar; 
II - serviços de habilitação e de reabilitação 
sempre que necessários, para qualquer tipo de 
deficiência, inclusive para a manutenção da melhor 
condição de saúde e qualidade de vida; 
III - atendimento domiciliar multidisciplinar, 
tratamento ambulatorial e internação; 
IV - campanhas de vacinação; 
V - atendimento psicológico, inclusive para 
seus familiares e atendentes pessoais; 
VI - respeito à especificidade, à identidade de 
gênero e à orientação sexual da pessoa com 
deficiência; 
VII - atenção sexual e reprodutiva, incluindo 
o direito à fertilização assistida; 
VIII - informação adequada e acessível à 
pessoa com deficiência e a seus familiares sobre 
sua condição de saúde; 
IX - serviços projetados para prevenir a 
ocorrência e o desenvolvimento de deficiências e 
agravos adicionais; 
X - promoção de estratégias de capacitação 
permanente das equipes que atuam no SUS, em 
todos os níveis de atenção, no atendimento à pessoa 
com deficiência, bem como orientação a seus 
atendentes pessoais; 
XI - oferta de órteses, próteses, meios 
auxiliares de locomoção, medicamentos, insumos e 
fórmulas nutricionais, conforme as normas 
vigentes do Ministério da Saúde. 
§ 5º As diretrizes deste artigo aplicam-se 
também às instituições privadas que participem de 
forma complementar do SUS ou que recebam 
recursos públicos para sua manutenção. 
Art. 19. Compete ao SUS desenvolver ações 
destinadas à prevenção de deficiências por causas 
evitáveis, inclusive por meio de: 
I - acompanhamento da gravidez, do parto e 
do puerpério, com garantia de parto humanizado e 
seguro; 
II - promoção de práticas alimentares 
adequadas e saudáveis, vigilância alimentar e 
nutricional, prevenção e cuidado integral dos 
agravos relacionados à alimentação e nutrição da 
mulher e da criança; 
III - aprimoramento e expansão dos 
programas de imunização e de triagem neonatal; 
IV - identificação e controle da gestante de 
alto risco. 
V - aprimoramento do atendimento neonatal, 
com a oferta de ações e serviços de prevenção de 
danos cerebrais e sequelas neurológicas em recém-
nascidos, inclusive por telessaúde. (Incluído pela 
Lei nº 14.510, de 2022) 
Art. 20. As operadoras de planos e seguros 
privados de saúde são obrigadas a garantir à pessoa 
com deficiência, no mínimo, todos os serviços e 
produtos ofertados aos demais clientes. 
Art. 21. Quando esgotados os meios de 
atenção à saúde da pessoa com deficiência no local 
de residência, será prestado atendimento fora de 
domicílio, para fins de diagnóstico e de tratamento, 
garantidos o transporte e a acomodação da pessoa 
com deficiência e de seu acompanhante. 
Art. 22. À pessoa com deficiência internada 
ou em observação é assegurado o direito a 
acompanhante ou a atendente pessoal, devendo o 
órgão ou a instituição de saúde proporcionar 
condições adequadas para sua permanência em 
tempo integral. 
§ 1º Na impossibilidade de permanência do 
acompanhante ou do atendente pessoal junto à 
pessoa com deficiência, cabe ao profissional de 
saúde responsável pelo tratamento justificá-la por 
escrito. 
§ 2º Na ocorrência da impossibilidade 
prevista no § 1º deste artigo, o órgão ou a 
instituição de saúde deve adotar as providências 
cabíveis para suprir a ausência do acompanhante ou 
do atendente pessoal. 
Art. 23. São vedadas todas as formas de 
discriminação contra a pessoa com deficiência, 
inclusive por meio de cobrança de valores 
diferenciados por planos e seguros privados de 
saúde, em razão de sua condição. 
Art. 24. É assegurado à pessoa com 
deficiência o acesso aos serviços de saúde, tanto 
públicos como privados, e às informações 
prestadas e recebidas, por meio de recursos de 
tecnologia assistiva e de todas as formas de 
comunicação previstas no inciso V do art. 3º desta 
Lei. 
Art. 25. Os espaços dos serviços de saúde, 
tanto públicos quanto privados, devem assegurar o 
acesso da pessoa com deficiência, em 
conformidade com a legislação em vigor, mediante 
a remoção de barreiras, por meio de projetos 
arquitetônico, de ambientação de interior e de 
comunicação que atendam às especificidades das 
pessoas com deficiência física, sensorial, 
intelectual e mental. 
Art. 26. Os casos de suspeita ou de 
confirmação de violência praticada contra a pessoa 
com deficiência serão objetode notificação 
compulsória pelos serviços de saúde públicos e 
privados à autoridade policial e ao Ministério 
Público, além dos Conselhos dos Direitos da 
Pessoa com Deficiência. 
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, 
considera-se violência contra a pessoa com 
deficiência qualquer ação ou omissão, praticada em 
local público ou privado, que lhe cause morte ou 
dano ou sofrimento físico ou psicológico. 
CAPÍTULO IV 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art4
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14510.htm#art4
DO DIREITO À EDUCAÇÃO 
Art. 27. A educação constitui direito da 
pessoa com deficiência, assegurados sistema 
educacional inclusivo em todos os níveis e 
aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a 
alcançar o máximo desenvolvimento possível de 
seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, 
intelectuais e sociais, segundo suas características, 
interesses e necessidades de aprendizagem. 
Parágrafo único. É dever do Estado, da 
família, da comunidade escolar e da sociedade 
assegurar educação de qualidade à pessoa com 
deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de 
violência, negligência e discriminação. 
Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, 
criar, desenvolver, implementar, incentivar, 
acompanhar e avaliar: 
I - sistema educacional inclusivo em todos os 
níveis e modalidades, bem como o aprendizado ao 
longo de toda a vida; 
II - aprimoramento dos sistemas 
educacionais, visando a garantir condições de 
acesso, permanência, participação e aprendizagem, 
por meio da oferta de serviços e de recursos de 
acessibilidade que eliminem as barreiras e 
promovam a inclusão plena; 
III - projeto pedagógico que institucionalize o 
atendimento educacional especializado, assim 
como os demais serviços e adaptações razoáveis, 
para atender às características dos estudantes com 
deficiência e garantir o seu pleno acesso ao 
currículo em condições de igualdade, promovendo 
a conquista e o exercício de sua autonomia; 
IV - oferta de educação bilíngue, em Libras 
como primeira língua e na modalidade escrita da 
língua portuguesa como segunda língua, em 
escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas; 
V - adoção de medidas individualizadas e 
coletivas em ambientes que maximizem o 
desenvolvimento acadêmico e social dos 
estudantes com deficiência, favorecendo o acesso, 
a permanência, a participação e a aprendizagem em 
instituições de ensino; 
VI - pesquisas voltadas para o 
desenvolvimento de novos métodos e técnicas 
pedagógicas, de materiais didáticos, de 
equipamentos e de recursos de tecnologia assistiva; 
VII - planejamento de estudo de caso, de 
elaboração de plano de atendimento educacional 
especializado, de organização de recursos e 
serviços de acessibilidade e de disponibilização e 
usabilidade pedagógica de recursos de tecnologia 
assistiva; 
VIII - participação dos estudantes com 
deficiência e de suas famílias nas diversas 
instâncias de atuação da comunidade escolar; 
IX - adoção de medidas de apoio que 
favoreçam o desenvolvimento dos aspectos 
linguísticos, culturais, vocacionais e profissionais, 
levando-se em conta o talento, a criatividade, as 
habilidades e os interesses do estudante com 
deficiência; 
X - adoção de práticas pedagógicas inclusivas 
pelos programas de formação inicial e continuada 
de professores e oferta de formação continuada 
para o atendimento educacional especializado; 
XI - formação e disponibilização de 
professores para o atendimento educacional 
especializado, de tradutores e intérpretes da Libras, 
de guias intérpretes e de profissionais de apoio; 
XII - oferta de ensino da Libras, do Sistema 
Braille e de uso de recursos de tecnologia assistiva, 
de forma a ampliar habilidades funcionais dos 
estudantes, promovendo sua autonomia e 
participação; 
XIII - acesso à educação superior e à 
educação profissional e tecnológica em igualdade 
de oportunidades e condições com as demais 
pessoas; 
XIV - inclusão em conteúdos curriculares, em 
cursos de nível superior e de educação profissional 
técnica e tecnológica, de temas relacionados à 
pessoa com deficiência nos respectivos campos de 
conhecimento; 
XV - acesso da pessoa com deficiência, em 
igualdade de condições, a jogos e a atividades 
recreativas, esportivas e de lazer, no sistema 
escolar; 
XVI - acessibilidade para todos os estudantes, 
trabalhadores da educação e demais integrantes da 
comunidade escolar às edificações, aos ambientes 
e às atividades concernentes a todas as 
modalidades, etapas e níveis de ensino; 
XVII - oferta de profissionais de apoio 
escolar; 
XVIII - articulação intersetorial na 
implementação de políticas públicas. 
§ 1º Às instituições privadas, de qualquer 
nível e modalidade de ensino, aplica-se 
obrigatoriamente o disposto nos incisos I, II, III, V, 
VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI, 
XVII e XVIII do caput deste artigo, sendo vedada 
a cobrança de valores adicionais de qualquer 
natureza em suas mensalidades, anuidades e 
matrículas no cumprimento dessas determinações. 
§ 2º Na disponibilização de tradutores e 
intérpretes da Libras a que se refere o inciso XI 
do caput deste artigo, deve-se observar o seguinte: 
I - os tradutores e intérpretes da Libras 
atuantes na educação básica devem, no mínimo, 
possuir ensino médio completo e certificado de 
proficiência na Libras; (Vigência) 
II - os tradutores e intérpretes da Libras, 
quando direcionados à tarefa de interpretar nas 
salas de aula dos cursos de graduação e pós-
graduação, devem possuir nível superior, com 
habilitação, prioritariamente, em Tradução e 
Interpretação em Libras. (Vigência) 
Art. 29. (VETADO). 
Art. 30. Nos processos seletivos para ingresso 
e permanência nos cursos oferecidos pelas 
instituições de ensino superior e de educação 
profissional e tecnológica, públicas e privadas, 
devem ser adotadas as seguintes medidas: 
I - atendimento preferencial à pessoa com 
deficiência nas dependências das Instituições de 
Ensino Superior (IES) e nos serviços; 
II - disponibilização de formulário de 
inscrição de exames com campos específicos para 
que o candidato com deficiência informe os 
recursos de acessibilidade e de tecnologia assistiva 
necessários para sua participação; 
III - disponibilização de provas em formatos 
acessíveis para atendimento às necessidades 
específicas do candidato com deficiência; 
IV - disponibilização de recursos de 
acessibilidade e de tecnologia assistiva adequados, 
previamente solicitados e escolhidos pelo 
candidato com deficiência; 
V - dilação de tempo, conforme demanda 
apresentada pelo candidato com deficiência, tanto 
na realização de exame para seleção quanto nas 
atividades acadêmicas, mediante prévia solicitação 
e comprovação da necessidade; 
VI - adoção de critérios de avaliação das 
provas escritas, discursivas ou de redação que 
considerem a singularidade linguística da pessoa 
com deficiência, no domínio da modalidade escrita 
da língua portuguesa; 
VII - tradução completa do edital e de suas 
retificações em Libras. 
LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. 
Título I 
Das Disposições Preliminares 
 Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção 
integral à criança e ao adolescente. 
 Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos 
desta Lei, a pessoa até doze anos de idade 
incompletos, e adolescente aquela entre doze e 
dezoito anos de idade. 
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, 
aplica-se excepcionalmente este Estatuto às 
pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. 
 Art. 3º A criança e o adolescente gozam de 
todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa 
humana, sem prejuízo da proteção integral de que 
trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por 
outros meios, todas as oportunidades e facilidades, 
a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico,mental, moral, espiritual e social, em condições de 
liberdade e de dignidade. 
Parágrafo único. Os direitos enunciados 
nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e 
adolescentes, sem discriminação de nascimento, 
situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm#art125
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm#art125
religião ou crença, deficiência, condição pessoal 
de desenvolvimento e aprendizagem, condição 
econômica, ambiente social, região e local de 
moradia ou outra condição que diferencie as 
pessoas, as famílias ou a comunidade em que 
vivem. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) 
 Art. 4º É dever da família, da comunidade, 
da sociedade em geral e do poder público 
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação 
dos direitos referentes à vida, à saúde, à 
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao 
respeito, à liberdade e à convivência familiar e 
comunitária. 
Parágrafo único. A garantia de prioridade 
compreende: 
a) primazia de receber proteção e socorro em 
quaisquer circunstâncias; 
b) precedência de atendimento nos serviços 
públicos ou de relevância pública; 
c) preferência na formulação e na execução 
das políticas sociais públicas; 
d) destinação privilegiada de recursos 
públicos nas áreas relacionadas com a proteção à 
infância e à juventude. 
 Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente 
será objeto de qualquer forma de negligência, 
discriminação, exploração, violência, crueldade e 
opressão, punido na forma da lei qualquer 
atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos 
fundamentais. 
 Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-
ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as 
exigências do bem comum, os direitos e deveres 
individuais e coletivos, e a condição peculiar da 
criança e do adolescente como pessoas em 
desenvolvimento. 
Título II 
Dos Direitos Fundamentais 
Capítulo I 
Do Direito à Vida e à Saúde 
 Art. 7º A criança e o adolescente têm direito 
a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação 
de políticas sociais públicas que permitam o 
nascimento e o desenvolvimento sadio e 
harmonioso, em condições dignas de existência. 
Art. 8º É assegurado à gestante, através do 
Sistema Único de Saúde, o atendimento pré e 
perinatal. 
 Art. 8º É assegurado a todas as mulheres o 
acesso aos programas e às políticas de saúde da 
mulher e de planejamento reprodutivo e, às 
gestantes, nutrição adequada, atenção humanizada 
à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento 
pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito 
do Sistema Único de Saúde. (Redação dada pela 
Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 1º A gestante será encaminhada aos 
diferentes níveis de atendimento, segundo critérios 
médicos específicos, obedecendo-se aos princípios 
de regionalização e hierarquização do Sistema. 
§ 1º O atendimento pré-natal será realizado 
por profissionais da atenção primária. (Redação 
dada pela Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 2º A parturiente será atendida 
preferencialmente pelo mesmo médico que a 
acompanhou na fase pré-natal. 
§ 2º Os profissionais de saúde de referência 
da gestante garantirão sua vinculação, no último 
trimestre da gestação, ao estabelecimento em que 
será realizado o parto, garantido o direito de opção 
da mulher. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 
2016) 
§ 3º Incumbe ao poder público propiciar 
apoio alimentar à gestante e à nutriz que dele 
necessitem. 
§ 3º Os serviços de saúde onde o parto for 
realizado assegurarão às mulheres e aos seus 
filhos recém-nascidos alta hospitalar responsável e 
contrarreferência na atenção primária, bem como 
o acesso a outros serviços e a grupos de apoio à 
amamentação. (Redação dada pela Lei nº 13.257, 
de 2016) 
§ 4º Incumbe ao poder público proporcionar 
assistência psicológica à gestante e à mãe, no 
período pré e pós-natal, inclusive como forma de 
prevenir ou minorar as consequências do estado 
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm#art19
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm#art19
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm#art19
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm#art19
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm#art19
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm#art19
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm#art19
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm#art19
puerperal. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 
2009) Vigência 
§ 5º A assistência referida no § 4 o deste 
artigo deverá ser também prestada a gestantes ou 
mães que manifestem interesse em entregar seus 
filhos para adoção. (Incluído pela Lei nº 12.010, 
de 2009) Vigência 
§ 5º A assistência referida no § 4 o deste 
artigo deverá ser prestada também a gestantes e 
mães que manifestem interesse em entregar seus 
filhos para adoção, bem como a gestantes e mães 
que se encontrem em situação de privação de 
liberdade. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 
2016) 
§ 6º A gestante e a parturiente têm direito a 1 
(um) acompanhante de sua preferência durante o 
período do pré-natal, do trabalho de parto e do 
pós-parto imediato. (Incluído pela Lei nº 13.257, 
de 2016) 
§ 7º A gestante deverá receber orientação 
sobre aleitamento materno, alimentação 
complementar saudável e crescimento e 
desenvolvimento infantil, bem como sobre formas 
de favorecer a criação de vínculos afetivos e de 
estimular o desenvolvimento integral da 
criança. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 8º A gestante tem direito a 
acompanhamento saudável durante toda a 
gestação e a parto natural cuidadoso, 
estabelecendo-se a aplicação de cesariana e outras 
intervenções cirúrgicas por motivos 
médicos. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 9º A atenção primária à saúde fará a busca 
ativa da gestante que não iniciar ou que abandonar 
as consultas de pré-natal, bem como da puérpera 
que não comparecer às consultas pós-
parto. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 10. Incumbe ao poder público garantir, à 
gestante e à mulher com filho na primeira infância 
que se encontrem sob custódia em unidade de 
privação de liberdade, ambiência que atenda às 
normas sanitárias e assistenciais do Sistema Único 
de Saúde para o acolhimento do filho, em 
articulação com o sistema de ensino competente, 
visando ao desenvolvimento integral da 
criança. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 11. A assistência psicológica à gestante, à 
parturiente e à puérpera deve ser indicada após 
avaliação do profissional de saúde no pré-natal e 
no puerpério, com encaminhamento de acordo 
com o prognóstico. (Incluído pela Lei nº 14.721, 
de 2023) (Vigência) 
 Art. 8º-A. Fica instituída a Semana 
Nacional de Prevenção da Gravidez na 
Adolescência, a ser realizada anualmente na 
semana que incluir o dia 1º de fevereiro, com o 
objetivo de disseminar informações sobre medidas 
preventivas e educativas que contribuam para a 
redução da incidência da gravidez na 
adolescência. (Incluído pela Lei nº 13.798, de 
2019) 
Parágrafo único. As ações destinadas a 
efetivar o disposto no caput deste artigo ficarão a 
cargo do poder público, em conjunto com 
organizações da sociedade civil, e serão dirigidas 
prioritariamente ao público adolescente. (Incluído 
pela Lei nº 13.798, de 2019) 
 Art. 9º O poder público, as instituições e os 
empregadores propiciarão condições adequadas ao 
aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães 
submetidas a medida privativa de liberdade. 
§ 1º Os profissionais das unidades primárias 
de saúde desenvolverão ações sistemáticas,

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