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Curitiba, 2022Curitiba, 2022 FÍSICA CIÊNCIASS DAAAA A NATUREREREREREZAZAZAZAZA E SSSSSUASSSSS TECCCNCC OLLOGOOO IAS N MÓ DU LO rçarça Mececâânniiccaa dMMMeeeccâânicaa ddaa força M â ica d forçanMMMMMMMecccMecâââMeeMM cMeecâââââM cââM cMeM ce âM cMMMecâM nnnecâMM câM âe nnnMM nnMeMMMeMe iicM nMMM nnMM câniec nMM âMMecM nM ânicccM ie nniM ânMe nMMec nicaaaacânieeeeeeeMe âMM c niiM âM âânice âee iMM aaaaMec nicaaMM nicaaM cece cac ni ae âM iciiMMMMMMMM n cM âânM aaaaccânnne ânM ccMMMMMeeMMMe âecc iMMMM aaMMMM ccaannee iii aâMMM â iM ânica dde â caanM âM nn dMeMM nâMe ânin cM dMecee ânic dddMM ccânica aM aM âMecânica dMecM iM nânic dM cânica dccânica ae âM ica daM ânica daecânica deecânica daMM nM nnica dM ânica dMecânica dacM nM cecM n a dM ânica dM ânica daM cMM ân c daM dâ aâM ccMM cân a aân dMe n daa d fM ânica dMM n dM aM cM ânM n dMM i a fM da fM ica dânica dM nica da foM nica ddM iM nica a fM aM dca aM nica d foMM ânica da fM nica dnica da foM nica daM nicaM ca a foM ni a fn dd fM a a fM aM c oMM n c dda foniM n a dd fM n d oM dc a foM a oM ni a ddaaM aM fM i aa aM ica daM a da oM a fooM aM dânica a fMM aM dM aM oMM a dda fodaica dda fod fo Liane Grassmann Usinger LI VRO DO PROFESSOR FFAo encontrar no livro estes códigos, você terá acesso a conteúdos multimídia e em RA (Realidade Aumentada). Para visualizá-los: • baixe o leitor RA Mais Digital na Google Play ou na App store; • utilize o aplicativo para fazer a leitura dos códigos nas páginas do livro. O projeto gráfico atende aos objetivos da coleção de diversas formas. As ilustrações, os diagramas e as figuras contribuem para a construção correta dos conceitos e estimulam um envolvimento ativo com os temas de estudo. Sendo assim, fique atento aos seguintes ícones: Coloração artificial Coloração semelhante à natural Fora de proporção Formas em proporção Imagem microscópica Escala numérica Fora de escala numérica Imagem ampliada Representação artística SUMÁRIO 5 LEIS DE NEWTON E SUAS APLICAÇÕES .......................................... 3 Força .................................................................... 4 Leis de Newton ................................................ 8 Principais forças da Mecânica e aplicações das leis de Newton ....................................... 11 6 ESTÁTICA DOS SÓLIDOS ................... 31 Estática do ponto material ........................ 32 Estática do corpo extenso .......................... 38 7 TRABALHO E ENERGIA ...................... 57 Trabalho de uma força ................................. 58 Energia ................................................................ 62 Teoremas que relacionam trabalho e energia ............................................................... 71 Sistemas conservativos e não conservativos .................................................. 78 8 IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO ......................................... 89 Quantidade de movimento ........................ 90 Impulso ............................................................... 94 Conservação da quantidade de movimento ....................................................... 99 Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP) (Angela Giordani / CRB 9-1262 / Curitiba, PR, Brasil) 2022 © Copyright – Todos os direitos reservados à Companhia Brasileira de Educação e Sistemas de Ensino S.A. 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Estudar o agente físico chamado força, que é capaz de causar um movimento ou de modificar suas características. Explorar as características e aplicações científicas das principais forças da Mecânica. Resolver situações-problema que promovam a relação entre força e sua aplicação às leis de Newton. OBJETIVOS DO CAPÍTULO DOBRE NA LINHA PONTILHADA 4 FÍSICA• • 5 As forças podem ser classificadas como forças de contato (em que a aplicação depende diretamente do contato entre corpos) e forças de campo, cuja aplicação independe do contato entre corpos. FORÇA É possível dizer que força é o resultado da interação entre corpos. Dessa forma, para que uma força possa atuar, é necessário haver um corpo que a aplique e um corpo que receba sua atuação. Qualquer força está associada a atos, como esfregar, puxar, empurrar, atrair ou repelir. Além disso, as forças têm módulo, direção e sentido, pois são grandezas vetoriais. Representação e classificação Da mesma forma que fazemos com qualquer grandeza vetorial, no momento de representar uma força, devemos utilizar vetores. A direção e o sentido de uma força ficam visualmente determinados pela representação do vetor, e a sua intensidade é sempre dada por um valor numérico acrescido de uma unidade de medida. No caso das forças, a unidade é o newton (N), em homenagem ao cientista inglês Isaac Newton (1643-1727), que, além de físico, era matemático, astrônomo, filósofo e teólogo.A figura a seguir mostra uma força de para cima, sendo aplicada sobre um bloco por intermédio de uma corda. A intensidade dessa força poderia ter qualquer outro valor, dependendo apenas da vontade ou capacidade de quem a aplica. Conceito de força em Física. F = 20 N Pessoas exercendo força sobre uma corda, puxando-a, ilustrando uma situação de interação de forças de contato. Entre o satélite e a Terra, existe uma força de interação gravitacional, fazendo com que o instrumento permaneça em órbita em torno do planeta, mesmo não existindo contato entre ambos. 1 © Sh ut te rs to ck /Iu rii © Sh ut te rs to ck /B or is Ra bt se vic h © Sh ut te rs to ck /D kn 00 49 ©Shutterstock/StunningArt F IS 5. LEIS DE NEWTON E SUAS APLICAÇÕES 5• • Efeitos produzidos por forças Alteração no movimento Quando um conjunto de forças é aplicado simultaneamente a um mesmo corpo, dizemos que o corpo está sujeito aos efeitos de um sistema de forças. A força resultante (FR) de um sistema de forças é a única força capaz de produzir um efeito equivalente ao do sistema de forças aplicado ao corpo. Forças são agentes físicos capazes de produzir alguns efeitos variados sobre os corpos nos quais atuam. É importante, no entanto, ter em mente que há uma enorme diferença entre a grandeza que produz determinado efeito e a grandeza que quantifica esse efeito. Esse tipo de confusão comum ocorre demasiadamente entre força e aceleração. Para evitar esse tipo de erro conceitual, é necessário conhecer quais são exatamente os efeitos que as forças podem causar em corpos quaisquer. No estudo da Cinemática, a aceleração é a grandeza que tem como função quantificar variações no módulo, direção e sentido do vetor velocidade de um corpo. A aceleração apenas expressa matematicamente as alterações sofridas por essa velocidade, pois quem realiza essas modificações é sempre uma força resultante. Assim, concluímos que a força resultante é responsável por provocar variações no vetor velocidade de um corpo, podendo alterar o módulo, a direção e/ou o sentido da velocidade. Deformação Sempre que uma força é aplicada a um corpo, ela provoca deformação nele. Essa afirmação pode parecer absurda, mas não é! Por exemplo: duas bolas de sinuca sofrem uma colisão. Nesse momento, cada uma delas exerce uma força sobre a outra. Apesar de aparentemente nada ocorrer com as bolas, se elas pudessem ser observadas microscopicamente e em câmera lenta, seria possível notar que elas se deformam sim, durante o choque mecânico que sofrem. Forças intensas atuando sobre o jet ski fazem com que ele acelere e saia do repouso. Depois disso, essas forças podem continuar atuando, provocando o aumento do módulo da velocidade. Para que um caminhão possa realizar uma curva, alterando a direção de seu vetor velocidade, o solo exerce forças sobre seus pneus. Quando uma bola de tênis toca o chão, no momento da colisão, forças muito intensas são exercidas sobre ela. Inevitavelmente, ela se deforma, mas, por causa da sua capacidade elástica, acaba retomando sua forma original. © Sh ut te rs to ck /A er ia l-m ot io n © Sh ut te rs to ck /M ilo s M ul le r © Sh ut te rs to ck /L i g h t p o e t 6 FÍSICA• • Conceitos fundamentais Resultante das forças A adição de vetores fornece um resultado específico, ou seja, um vetor resultante. Dessa forma, podemos calcular a resultante de qualquer grandeza do tipo vetorial. Na figura a seguir, por exemplo, quatro forças agem simultaneamente sobre um corpo. Os chamados corpos extensos (corpos com dimensões não desprezíveis) também estão em equilíbrio quando realizam movimento de rotação uniforme. Um típico exemplo disso é a roda de um automóvel quando ele está se movimentando com velocidade de módulo constante. Enquanto gira ao redor de um eixo central, o movimento que ela realiza é de rotação uniforme. Massa e inércia → F1 → F2 → F3 → F4 A resultante das forças aplicadas sobre esse corpo é igual à soma vetorial das forças F1 , F2 , F3 e F4 . Isso pode ser representado pela seguinte equação vetorial: F F F F FR = + + +1 2 3 4 É importante perceber que uma simples soma algébrica das forças anteriores não corresponde à resultante dessas forças. Logo, é necessário realizar uma soma vetorial. Pensando no desenho anterior, em que atuavam as forças F1 , F2 , F3 e F4 , a força resultante delas pode ser representada por um vetor único, como o mostrado a seguir. → FR Equilíbrio estático e dinâmico Para a Física, um ponto material (partícula) se encontra em equilíbrio sempre que a resultante das forças exercidas sobre ele for nula. Para os chamados pontos materiais (corpos com dimensões desprezíveis), duas são as possibilidades de equilíbrio: estático ou dinâmico. Inércia é a tendência natural que os corpos têm de manter seu estado de movimento (ou de repouso) se não forem forçados a modificá-lo. Incorretamente, a inércia era denominada força inata da matéria (vis insista), e Newton a definiu da seguinte forma: “a vis insista ou força inata da matéria é um poder de resistir, pelo qual todo corpo, estando em um determinado estado, mantém esse estado, seja ele de repouso, seja de movimento uniforme em linha reta”. Logo, concluímos que inércia é a tendência natural que os corpos têm de se manter em equilíbrio – estático (em repouso) ou dinâmico (movimento retilíneo uniforme). Considerando um corpo em equilíbrio, seja ele estático ou dinâmico, dizemos que, quanto maior a massa desse corpo, mais difícil é tirá-lo do seu estado de equilíbrio, ou seja, maior é a sua inércia. Portanto, é possível compreender que a massa de um corpo é a medida da sua quantidade de inércia. Intuição em ciências.2 Equilíbrio estático: quando o corpo estiver em repouso. Equilíbrio dinâmico: quando o corpo estiver em movimento retilíneo e uniforme (MRU). mas no sentido contrário ao do vetor velocidade. F IS 5. LEIS DE NEWTON E SUAS APLICAÇÕES 7• • 1. A grandeza física responsável por provocar variações de velocidade em um corpo é denominada aceleração. Classifique essa frase como verdadeira ou falsa e justifique sua resposta. 4. Classifique as forças F1 e F2, aplicadas sobre os blocos da figura, quanto a intensidade, direção e sentido. De acordo com a 2.ª lei de Newton, a equação fundamental da dinâmica é dada por: FR = m · a. No Sistema Internacional de Unidades, a unidade de força é o newton (N). Mas, escrevendo em termos de unidades básicas para massa (kg) e aceleração (a = Δs/Δt ⇒ m/s2), N pode ser equivalente a: [N] = [kg] · [m/s2]. F1 = 15 N F2 = 15 N F1: intensidade 15 N; direção horizontal; sentido para a direita. F2: intensidade 15 N; direção vertical; sentido para cima. O enunciado afirma que as forças, em determinado momento, passam a apresentar o mesmo módulo, ou seja, a força resultante passa a ser nula. Isso significa que o corpo começa a se deslocar com velocidade constante e encontra-se em equilíbrio dinâmico. Portanto, chegará ao solo com a mesma velocidade de 144 km/h ou 40 m/s. Agora, você pode fazer a atividade 16 da seção Conquista Enem. 16 da seçãçççç o Conqqqqqqqqquista Enem.Agora, você pode fazer a atividadeddd AgAgggggggggggora, você popppppppppppp de fazere a ativiv d Essa frase é falsa. A grandeza física responsável por provocar variações de velocidade em um corpo é denominada força. A aceleração apenas mede matematicamente as alterações na velocidade. 2. Cite um exemplo em que forças causam variação no módulo e um exemplo em que causam variação na direção da velocidade de um corpo. Cite também um exemplo em que forças causam deformação de um corpo. Variação no módulo: um objeto que cai do alto de uma construção (a força gravitacional denominada peso provoca o aumento do módulo da sua velocidade). Variação da direção: um veículo fazendo uma curva (a força de atrito entre o chão e os pneus desvia a trajetória do veículo, permitindoque ele descreva uma curva). Deformação de um corpo: uma mola sendo distendida ou comprimida (ela sofre deformação). 3. (UFPR) O Sistema Internacional de Unidades (SI) tem sete unidades básicas: metro (m), quilograma (kg), segundo (s), ampere (A), mol (mol), kelvin (K) e candela (cd). Outras unidades, chamadas derivadas, são obtidas a partir da combinação destas. Por exemplo, o coulomb (C) é uma unidade derivada, e a representação em termos de unidades básicas é 1 C = 1 A.s. A unidade associada a forças, no SI, é o newton (N), que também é uma unidade derivada. Assinale a alternativa que expressa corretamente a representação do newton em unidades básicas. x a) 1 N = 1 kg · m/s2. b) 1 N = 1 kg · m2/s2. c) 1 N = 1 kg/s2. d) 1 N = 1 kg/s. e) 1 N = 1 kg · m2. 5. (UEMG) “Kimbá caminhava firme, estava chegando. Parou na porta do prédio, olhando tudo. Sorriu para o porteiro. O elevador demorou.” Ao ler o texto, dois candidatos fizeram as seguintes afirmações: Candidato 1: Kimbá caminhava firme, mas diminuiu sua velocidade, pois estava chegando. Enquanto ele parava, a força resultante e a aceleração de Kimbá tinham a mesma direção e sentido, mas sentido contrário à sua velocidade. Candidato 2: Kimbá parou em frente à porta do prédio. Nessa situação, a velocidade e a aceleração dela são nulas, mas não a força resultante, que não pode ser nula para manter Kimbá em repouso. Fizeram afirmações corretas: a) os candidatos 1 e 2. X b) apenas o candidato 1. c) apenas o candidato 2. d) nenhum dos dois candidatos. 6. (UFAC) As duas forças que agem sobre uma gota de chuva são: a força peso e a força devido à resistência do ar. Estas têm a mesma direção e sentidos opostos. A 250 m acima do solo, a gota está com uma velocidade de 144 km/h, e essas forças passam a ter o mesmo módulo. Qual a velocidade da gota ao atingir o solo? a) 20 m/s b) 30 m/s X c) 40 m/s d) 50 m/s e) 60 m/s ATIVIDADES © Sh ut te rs to ck /T er se tk i A variação da velocidade está associada à ação de uma força resultante. Quando o módulo do vetor velocidade sofre uma redução, podemos concluir que a aceleração e a força resultante estão atuando na mesma direção e no mesmo sentido, 8 FÍSICA• • LEIS DE NEWTON 1.ª lei de Newton A 1.ª lei de Newton é também conhecida como lei da inércia. Como vimos anteriormente, inércia é a tendência natural que os corpos apresentam de se manter em equilíbrio, estático ou dinâmico. Logo, de acordo com a 1.ª lei de Newton, observando um ponto material tendendo a permanecer em equilíbrio, a resultante das forças que atuam sobre ele é nula. Em corridas de motos, por exemplo, é comum ocorrer acidentes em que elas tombam nas curvas. Você já reparou a trajetória que elas seguem enquanto rolam e quicam no solo? Elas escapam pela tangente, pois tendem, por inércia, a manter o estado de movimento que tinham. Como a sua velocidade é sempre tangente às curvas que descrevem, ao tombarem, as motos tendem a realizar um movimento uniforme na mesma reta que continha o vetor velocidade no momento do acidente. Centrifugação. Ao cair em uma curva e se desprender da moto, o motociclista tende a manter, por inércia, sua trajetória retilínea. De acordo com Newton, como a resultante das forças que agem em um corpo tem módulo igual a zero, ele tende, por inércia, a permanecer em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme. A força resultante é o agente físico responsável por variações de velocidade de um corpo. Dessa forma, se a soma vetorial das forças sobre uma partícula é nula, a velocidade dela obrigatoriamente permanece constante (repouso ou MRU). Cinto de segurança: dispositivo cada vez mais avançado Você sabe para que serve o cinto de segurança? Consegue ver alguma relação com a Física? Quando um automóvel é freado, a tendência de uma pessoa em seu interior é continuar em movimento, por causa da inércia. No caso de um acidente, isso poderia arremessar uma pessoa em direção ao volante e ao para-brisa do carro, podendo até mesmo causar a sua morte. O cinto de segurança serve para aplicar uma força sobre o corpo no sentido contrário ao da sua tendência de movimentação. De maneira similar, quando um carro está parado e sofre uma colisão traseira, uma pessoa em seu interior tem a tendência de permanecer como estava, ou seja, em repouso. Assim, o cinto de segurança é um acessório essencial, que ajuda a salvar vidas. EM13CNT306 3 CONECTADO © Sh ut te rs to ck /L ia Ko lty rin a © Sh ut te rs to ck /D ziu re k F IS 5. LEIS DE NEWTON E SUAS APLICAÇÕES 9• • 3.ª lei de Newton Agora que você já viu como Newton enunciou sua terceira lei e também exemplos de aplicação dela, observe a seguir algumas características das forças que constituem um par de ação e reação. a) Para um corpo que exerce uma força, sempre existirá outro recebendo a atuação dela. b) Para cada força considerada ação, sempre existirá a respectiva reação. c) As forças que constituem um par de ação e reação sempre têm a mesma intensidade, a mesma direção e sentidos opostos. d) As forças que constituem um par de ação e reação sempre atuam sobre corpos diferentes. e) As forças que constituem um par de ação e reação sempre apresentam a mesma natureza (são ambas de contato ou de campo). De agora em diante, serão estudados diversos casos em que forças serão representadas em corpos. Assim, desde já, é preciso saber como representar as forças que constituem qualquer par de ação e reação. Observe a figura: No livro Philosophiae Naturalis Principia Mathematica (Princípios matemáticos da Filosofia natural), Newton enunciou a sua terceira lei (também conhecida como lei da ação e reação) da seguinte forma: A toda ação há sempre oposta uma reação igual ou as ações mútuas de dois corpos, um sobre o outro, são sempre de mesma intensidade e mesma direção, mas de sentidos opostos. Para explicar essa lei, Newton completou: Seja o que for que puxe ou empurre alguma coisa é, da mesma forma, puxado ou empurrado por ela. Se você empurra uma pedra com seu dedo, o dedo é também empurrado pela pedra. Se um cavalo puxa uma pedra amarrada a uma corda, o cavalo (se posso dizer assim) vai ser igualmente puxado de volta na direção da pedra, pois a corda distendida, pela mesma tendência a relaxar ou distorcer-se, puxará o cavalo na direção da pedra, tanto quanto ela puxa a pedra na direção do cavalo, e obstruirá o progresso de um tanto quanto promove o do outro. NEWTON, Isaac. Principia – princípios matemáticos de Filosofia Natural. Tradução de Trieste Ricci, Leonardo G. Brunet, Sônia T. Gehring e Maria H. C. Célia. 2. ed. São Paulo: Edusp, 2020. Livro I. Nesse trecho, quando Newton diz que a corda puxará o cavalo na direção da pedra, na realidade, ele pretende dizer que a corda puxará o cavalo no sentido oposto ao que ela foi puxada, ou seja, no sentido que vai do cavalo para a pedra. Quando uma pessoa rema em um caiaque, ela empurra a água para trás e a água a empurra para a frente, fazendo com que o caiaque se movimente. Para poderem voar, os pássaros batem suas asas, aplicando uma força no ar e empurrando-o para baixo. Essa massa de ar, instantaneamente, reage e aplica uma força para cima nas asas dos pássaros, sustentando-os. – → F → F O homem exerce uma força sobre a caixa e a caixa exerce uma força sobre o homem, constituindo, assim, um par de ação e reação. ©Shutterstock/Rock and Wasp © Sh ut te rs to ck /F lo rid aS to ck 10 FÍSICA• • 2.ª lei de Newton Por uma questão didática, foram abordadas primeiramente a 1.ª e a 3.ª leis de Newton. Agora, estudaremos a chamada equação fundamental da Dinâmica, também conhecida como 2.ª lei de Newton. Equação fundamental da Dinâmica Como força é uma grandeza vetorial, a resultante das forças que agem sobre um corpo pode ser nula ou não, dependendo do módulo, da direção e do sentido dessas forças. Se ela for nula, o corpo ficará em equilíbrio;caso contrário, sofrerá uma variação em sua velocidade. Depois de chegar a essas conclusões, Newton queria também estabelecer não só uma equação matemática que relacionasse as forças que agem em um corpo, como também outras grandezas físicas. Após muitas observações e análises, ele enunciou: “A mudança de movimento é proporcional à força resultante e é produzida na direção da linha reta na qual aquela força é imprimida”. Nesse enunciado, “a mudança de movimento” a que Newton se referia estava associada a uma variação de velocidade, ou seja, à aceleração adquirida por um corpo sujeito a uma resultante de forças não nula. No fragmento “produzida na direção da linha reta na qual aquela força é imprimida”, notamos a preocupação de Newton com a descrição vetorial, mesmo que, em sua época, a noção de vetor ainda não estivesse completamente desenvolvida. De acordo com a 2.ª lei de Newton, a aceleração adquirida por um corpo é diretamente proporcional à resultante das forças que atuam sobre ele e inversamente proporcional à sua massa. Com isso, foi possível propor uma equação para relacionar essas grandezas. Essa equação ficou conhecida como 2.ª lei de Newton ou equação fundamental da Dinâmica: A equação fundamental da Dinâmica tem, em sua estrutura, uma grandeza escalar (m) e duas grandezas vetoriais (FR e a ). Na representação destacada anteriormente, ela está apresentada em forma escalar. Mas é importante notar que, para fazer análises mais completas, a maneira ideal de escrevê-la é: FR a . Como a massa de um corpo é um número positivo, a resultante das forças que atuam sobre ele e a aceleração adquirida por ele terão sempre a mesma direção e o mesmo sentido. Observe esse fato nas próximas figuras. FR = m · a FR: Força resultante em N (SI) m: Massa em kg (SI) a: Aceleração em m/s2 (SI) a aFR FR → → → → Então, temos que a força resultante (FR) fica definida por: • módulo: FR • direção: mesma da aceleração; • sentido: mesmo da aceleração. Agora que já analisamos a equação fundamental da Dinâmica tanto escalar quanto vetorialmente, é possível enunciar a 2.ª lei de Newton da seguinte forma: A resultante das forças que atuam sobre um corpo e a aceleração a que ele fica submetido têm mesma direção, mesmo sentido e intensidades diretamente proporcionais, sendo a massa dele a constante de proporcionalidade. F IS 5. LEIS DE NEWTON E SUAS APLICAÇÕES 11• • PRINCIPAIS FORÇAS DA MECÂNICA E APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON Força peso Ao soltar um corpo qualquer de determinada altura (livre da ação de forças que atuam para cima), como uma caneta de plástico, notamos que ele cai instantaneamente em direção ao solo. Da mesma forma, ao tentarmos sustentar um corpo de grande massa, também podemos sentir a sua tendência de cair em direção ao solo. Esse movimento é provocado pela ação de uma força conhecida como força gravitacional, que produz como efeito uma aceleração vertical, também para baixo: a aceleração da gravidade. Determinação da força peso Na Terra, a aceleração da gravidade – a aceleração de um corpo submetido somente à força 2. A fim de facilitar as operações matemáticas, esse valor 2. Qualquer corpo nas proximidades do solo adquire a mesma aceleração durante a queda livre, isto é, a aceleração da gravidade não depende da massa do corpo, o que foi demonstrado experimentalmente por Galileu Galilei (1564-1642). Com base na 2.ª lei de Newton, temos que uma força resultante FR aplicada a um corpo de massa m produz uma aceleração a. Considerando um corpo de massa m próximo à superfície da Terra, sujeito somente à força peso P, ele adquire aceleração com módulo igual à da gravidade, g. Assim: A força gravitacional também é conhecida como força peso. É comum adotarmos a expressão força peso quando nos referimos a um corpo que está nas proximidades de um planeta (ou outro corpo celeste de grande dimensão) e que pode ser acelerado pela ação dessa força. Por outro lado, a expressão força gravitacional geralmente é empregada em situações mais genéricas, para nos referirmos à força de atração que surge da interação entre corpos de grandes dimensões, como no caso da atração entre a Terra e a Lua. – Ao aproximar dois corpos, observamos a existência de um par de forças de atração, chamadas de forças gravitacionais. A força peso é o resultado da interação a distância entre corpos que têm grande massa. Essa interação pode produzir, como efeito, uma aceleração, denominada de aceleração da gravidade. Como toda força, a força peso é uma grandeza vetorial (representada por P) e, por ser uma força, é medida em newton (N) no SI. g g , g P = m · g Então, a força peso P fica definida por: • módulo: P = m · g; • direção: da linha que une os centros de massa do corpo (m) e do astro (M) (de forma simplificada, dizemos que a direção da força peso é vertical); • sentido: para o centro do astro (de forma simplificada, dizemos que o sentido da força peso é para baixo). © Sh ut te rs to ck /J ac ob L un d DK O Es tú di o 12 FÍSICA• • Matematicamente, essa lei pode ser expressa pela equação a seguir, em que G representa uma constante de proporcionalidade. → F m1 m2 d – → F O cientista Henry Cavendish (1731-1810) determinou experimentalmente a constante da gravitação universal (G), encontrando um valor de –11 N m kg Ј 2 2 . F G m m d = Ј Ј1 2 2 d: Distância em m (SI) m1 e m2: Massa dos corpos em kg (SI) G: Constante da gravitação universal em N · m2/kg2 (SI) F: Força de atração gravitacional em N (SI) Todos os objetos no Universo atraem todos os outros objetos com uma força direcionada ao longo da linha que passa pelos centros dos dois objetos e que é proporcional ao produto das suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre os dois objetos. © Sh ut te rs to ck /S er ge y M er ku lo v O peso de um corpo é uma força (grandeza vetorial). Já a massa é a medida de inércia desse corpo (grandeza escalar). © Sh ut te rs to ck /F ar go n © Sh ut te rs to ck /P ho to ba nk G al le ry Lei da gravitação universal de Newton Você já ouviu algo a respeito de uma célebre história segundo a qual Newton estaria sentado sob uma macieira quando uma fruta dessa árvore caiu em sua cabeça, levando-o a formular toda a teoria clássica da gravitação? Pela lei da inércia, caso nenhuma força agisse sobre a fruta, ela deveria permanecer em repouso (flutuar) ao se desprender da árvore. Analogamente, caso nenhuma força agisse sobre a Lua, ela não descreveria uma trajetória curvilínea em torno da Terra e, portanto, deveria manter-se em movimento retilíneo (e uniforme). Com isso, Newton constatou que quaisquer duas massas (corpos) sempre se atraem com uma força que depende de suas massas e da sua distância. F IS 5. LEIS DE NEWTON E SUAS APLICAÇÕES 13• • Força normal Quando uma reta é perpendicular a uma superfície qualquer, geometricamente, dizemos que ela é normal a essa superfície. Em Física, usamos a palavra normal em algumas situações em que forças, raios de luz ou outros entes que podem ser representados por segmentos (orientados ou não) são perpendiculares a um plano, por exemplo. Em Mecânica, quando dois corpos se encostam, havendo compressão entre eles, surge uma força que é chamada de normal, justamente por apresentar uma direção que forma 90° com a superfície de contato entre os corpos. Determinação da força normal Diferentemente do peso de um corpo, que é uma força de campo, a chamada força normal é tipicamente de contato. A seguir, observe a existência dessa espécie de força em duas situações casuais. a) Atletas sobre um pódio para receber a premiação referente a uma competição esportiva. Quando um atleta sobe ao pódio, seus pés o empurram para baixo em virtude do contato entre as superfícies. No mesmo instante, o pódio reage e empurrao atleta verticalmente para cima. Como o plano do pódio é horizontal, essa força vertical é perpendicular à sua superfície. E, como são dois corpos que se encostam e há compressão entre eles, essa força é, então, chamada de normal. b) Uma pessoa tenta deslocar um armário pesado, empurrando-o com as mãos. No momento em que a pessoa se encosta no armário para empurrá-lo, ela exerce uma força horizontal sobre ele. Simultaneamente, o móvel doméstico reage e empurra a pessoa no sentido contrário. É possível pensar que essa reação aplicada pelo armário é uma espécie de resistência à penetração, pois, se ela não fosse exercida, as mãos da pessoa atravessariam a sua superfície. Mais uma vez, temos um caso de força normal (vale notar que essa força horizontal é realmente perpendicular à parede vertical do armário). De acordo com as situações acima, podemos representar a força normal conforme ilustrado na imagem a seguir. Nesse caso: P é o peso da pessoa; N é a força da ação, respectivamente, do pódio e do armário sobre as pessoas; N é a força de reação das pessoas sobre o pódio e o armário. Plano inclinado Como a força normal é sempre perpendicular à superfície de apoio, se essa superfície for inclinada, a direção da normal também será. → P – → N – → N → N → P → N → P → N α α→ P → N α → Pn → Pt Observe, a seguir, a decomposição da força peso. As componentes tangencial (Pt ) e normal (Pn ) da força peso podem ser determinadas pelas relações trigonométricas do triângulo retângulo, cuja hipotenusa é a força peso. Logo, temos: hipotenusa é a força peso. Logo, temos: Pt = P · sen e Pn = P · cos α Conforme as definições iniciais, a força normal N é determinada por: • módulo: igual à da força de compressão recebida pela superfície; • direção: perpendicular à superfície de apoio; • sentido: do apoio para o corpo. Di vo P ad ilh a Ja ck A rt 14 FÍSICA• • Elevadores Mesmo que nem sempre a gente perceba, quando estamos dentro de um elevador, podemos ter sensações de aumento, diminuição ou até ausência de peso. Analisando a situação ao lado, em que uma pessoa encontra-se no interior de um elevador, percebemos que o peso e a normal são as únicas forças que agem sobre ela. Vamos analisar o que ocorre com o módulo dessas forças nas mais variadas situações. → N → P a) Elevador subindo Nesse caso, pode haver duas situações, como ilustrado a seguir. v a FR N P N > P Movimento acelerado v a FR N P N < P Movimento retardado Logo, utilizando a 2.ª lei de Newton, podemos descrever as duas situações ilustradas da seguinte maneira: • movimento acelerado (aceleração e velocidade apresentam o mesmo sentido) – o elevador é acelerado a partir do repouso, iniciando o movimento de subida: FR ⇒ ⇒ ∴ (N > P) • Movimento retardado (aceleração e velocidade apresentam sentidos opostos) – o elevador é freado na subida, até atingir o repouso: FR ⇒ ⇒ ∴ (N < P) © Sh ut te rs to ck /B ro .V ec to r F IS 5. LEIS DE NEWTON E SUAS APLICAÇÕES 15• • b) Elevador descendo Nesse caso, também pode haver duas situações, como ilustrado a seguir. d) Elevador caindo em queda livre Caso os cabos de um elevador arrebentem acidentalmente e ele despenque, o elevador (e tudo o que estiver dentro dele) passará a cair com aceleração igual à gravitacional. Nessa situação pouco comum, os passageiros terão a sensação surpreendente de não ter peso algum, porque a força normal que agia sobre eles passará a ser nula. v a FR N P N < P Movimento acelerado v a FR N P N > P Movimento retardado Logo, conforme a 2.ª lei de Newton, as duas situações ilustradas podem ser descritas da seguinte maneira: • Movimento acelerado (aceleração e velocidade apresentam o mesmo sentido) – o elevador é acelerado a partir do repouso, iniciando o movimento de descida: FR ⇒ ⇒ ∴ (N < P) • Movimento retardado (aceleração e velocidade apresentam sentidos opostos) – o elevador é freado na descida, até atingir o repouso: FR ⇒ ⇒ ∴ (N > P) c) Elevador subindo ou descendo com velocidade constante ou em repouso Como o elevador está em repouso ou em movimento retilíneo uniforme, a resultante das forças que agem sobre o passageiro é nula. Nesse caso, peso e normal precisam ter o mesmo módulo e, consequentemente, a pessoa não tem qualquer alteração em sua sensação de peso. N P N = P v = constante ou v = 0 Assim, concluímos que: FR ∴ N = P v a = g FR = P P N = 0 Movimento acelerado FR ⇒ ⇒ ∴ (N = 0) Como a força normal sobre pessoas e objetos torna-se nula, isso significa não haver mais força de contato entre eles e o chão do elevador. Se fosse possível observar um caso desses, notaríamos algo muito curioso: dentro do elevador, passageiros e outros corpos ficariam flutuando. Em situações como essa (quando um corpo fica sujeito somente à força peso), dizemos que as pessoas se encontram em estado de imponderabilidade. É a mesma sensação que os astronautas experimentam quando estão na órbita da Terra. 5. LEIS DE NEWTON E SUAS APLICAÇÕES • 16 FÍSICA• • 9. (UERJ) Em uma fábrica, caixas são colocadas no ponto A de uma rampa e deslizam até o ponto horizontal, conforme indica o esquema. EM13CNT204 B A solo Considerando a inexistência de atrito entre as superfícies da caixa e da rampa e desprezando a resistência do ar, determine o valor do seno do 10. vertical. Determine a intensidade da reação normal que age sobre o veículo. Considere a . Agora, você pode fazer as atividades 17 a 20 da seção Conquista Enem. 17 a 20 da seçççççççção Conqqqqqqqqqqqqqqqqqquistss a EnE em.Agora, você pode fazer as atividades AgAgAgAgAgAggggggggora, vococococê ê popopopopopopopppppp dedededed ffffffazzzzzererererereeeee as ssss atatatatatataaatativivivivivividddididii adadaddadddaa esessesesesesese 0,1 1,2 v (m/s) t (s)0,2 0,3 A, a caixa alcança o ponto B com velocidade de da caixa em função do tempo. 7. (UDESC) Em uma bola pesada são conectadas as duas cordas iguais e as seguintes situações: I. Um puxão rápido na corda inferior fará com que ela se parta. II. Um puxão lento na corda inferior fará com que a corda superior se parta. EM13CNT306 Assinale a alternativa que explica por que ocorre a situação I. a) Terceira lei de Newton. b) A força é muito pequena para mover a bola. c) O atrito do ar com a bola a empurra de volta. d) A bola tem muita energia. X e) A inércia da bola. 8. Uma criança puxa um brinquedo em uma superfície irregular, no parquinho do condomínio onde mora. O sistema de forças que atua sobre o brinquedo em determinado instante está ilustrado a seguir. Determine o nesse instante. F4 = 6 N F3 = 9 N F1 = 7 N F2 = 3 N Força resultante na horizontal: Fx = F3 – F4 = 9 – 6 = 3 N Força resultante na vertical: Fy = F1 – F2 = 7 – 3 = 4 N FR 2 = 32 + 42 ⇒ FR 2 25= ⇒ F NR 2 5= ATIVIDADES F IS 5. LEIS DE NEWTON E SUAS APLICAÇÕES 17• • Força elástica Em Física, a palavra “elástica” é empregada sempre que se trata de corpos que têm a capacidade de se deformar e voltar, total ou parcialmente, ao seu formato natural. Isso ocorre com qualquer material ou objeto que apresente certa elasticidade. Apesar de haver inúmeros exemplos de corpos elásticos, estudaremos, nas aulas de Mecânica, apenas as chamadas molas helicoidais, o tipo mais comum de mola que se conhece. Imagine uma mola helicoidal presa ao teto de um lugar qualquer. Depois de ser abandonada nessa situação, se for considerada desprezível a sua massa, ela ficará em repouso com seu tamanho inicial. Agora, se um objeto de massa m for preso à extremidade dessa mola e ele for paulatinamente baixado, uma nova situação de equilíbrio será atingida após certo intervalo de tempo. Na situação final de equilíbrio, para que a resultante das forças seja nula, além do peso do objeto de massa m, outra força deve atuar sobre ele. Essa força deve ser tambémvertical, mas voltada para cima, sendo denominada de elástica. A deformação da mola (diferença entre seu tamanho inicial e final) depende da massa do objeto suspenso e de características geométricas e materiais da mola. Observe a figura a seguir: Lei de Hooke A chamada lei de Hooke (Fel ⋅ pode ser escrita na forma vetorial. Para isso, analise agora uma situação em que uma mola presa a um bloco é comprimida, como na figura a seguir. → Fel (força elástica) → x (deformação) Mola inicialmente com seu tamanho natural Mola comprimida, depois de sofrer deformação Com os testes realizados por Hooke, uma mola puxada primeiramente por uma força Fel1 apresentou uma deformação x1. Em seguida, a mola puxada por outra força (Fel2 ) apresentou uma deformação x2. Mola com tamanho inicial Mola deformada Deformação m m Fel P Para que o objeto de massa m fique em equilíbrio (repouso), seu peso e a força elástica que atua sobre ele precisam, necessariamente, ter módulos iguais (Fel Determinação da força elástica O físico inglês Robert Hooke (1635-1703) foi um dos pioneiros no estudo da elasticidade de corpos. Depois de realizar inúmeros experimentos, ele percebeu que a deformação sofrida por molas helicoidais depende do módulo da força elástica nela exercida. Tamanho natural da mola x2 x1 Fel1 Fel2 Hooke percebeu que, se dividisse o valor da força aplicada a determinada mola pela deformação sofrida por ela, o resultado obtido seria sempre o mesmo. Pelo fato de a razão entre o módulo da força elástica (Fel) e a deformação (x) sofrida por uma F x el x: Deformação da mola em m (SI) K: Constante elástica da mola em N/m (SI) Fel: Força elástica em N (SI) Fel = K · x Di vo P ad ilh a Ja ck A rt 18 FÍSICA• • Força de tração A palavra “tração” deriva do verbo “tracionar”, que significa esticar ou puxar. Dessa forma, quando um corpo sofre um puxão, a força que é aplicada em suas extremidades é chamada de tração. Nas imagens ao lado, temos alguns exemplos de atuação da força de tração. Determinação da força de tração Nas férias de fim de ano, duas pessoas resolvem ir à praia, onde alugam um apartamento. Quando chegam ao destino pretendido, começam a descarregar as malas do carro e se surpreendem com o fato de o prédio não ter elevadores. Como o apartamento que alugaram fica no terceiro andar, elas têm uma ideia: usar uma corda que estava no apartamento para amarrar às malas que precisam transportar para cima e, em seguida, puxá-las até o apartamento – como mostra a ilustração a seguir. Para comprimir essa mola, um agente externo qualquer empurra o bloco para a esquerda; esse bloco, por sua vez, também empurra a mola para a esquerda. Pela 3.ª lei de Newton, a mola reage e empurra o bloco para a direita. Como a força elástica (Fel ) que atua sobre o bloco e a deformação da mola têm sentidos contrários, vetorialmente, a lei de Hooke deve ser escrita com a inclusão de um sinal negativo. Assim: F K xel = Ј – → T → T – → T → T Levando em consideração que a corda utilizada é ideal (inextensível e de massa desprezível), podemos representar os pares de ação e reação relativos às forças de tração conforme a figura. Nesse desenho, é possível notar que existem dois pares de ação e reação: entre mala e corda e entre corda e pessoa, ambos apresentando o mesmo módulo. Generalizando esse caso particular, podemos concluir que a força de tração que age sobre um corpo qualquer puxado por um cabo, corda ou fio apresenta as seguintes características: • módulo: idêntico ao da força exercida sobre a corda; • direção: coincidente com a da corda esticada; • sentido: de forma que puxe o corpo ao qual a corda está presa. © Sh ut te rs to ck /R an im iro © Sh ut te rs to ck /M iko laj n Di va nz ir Pa di lh a F IS 5. LEIS DE NEWTON E SUAS APLICAÇÕES 19• • Roldanas e polias b) O uso de uma associação de polias fixas e móveis diminui a força necessária para elevar determinada carga. Polias são dispositivos que de forças exercidas em cordas ou cabos. Se elas forem instaladas adequadamente, podem dar mais conforto a quem deseja puxar um objeto por intermédio de uma corda ou podem, ainda, diminuir a intensidade da força necessária para puxar algo preso a um cabo, quando ao menos uma das roldanas for móvel. Polias são usadas em motores de automóveis, bicicletas (nesse caso, são polias dentadas, pelas quais passa a correia), elevadores de pessoas ou de carga, tirolesas, portas e gavetas com corrediças, etc. Observe os exemplos a seguir. Nessa figura, há uma polia fixa, uma polia móvel e um objeto extremidade da corda puxada pela pessoa, nenhuma outra força marcada atua sobre a corda (elas estão no corpo a ser levantado, na pessoa que o suspende, no teto e nas polias). De cada lado da polia móvel, deve ser exercida uma força de seja equilibrada. Como a corda, por meio da polia, transmite essa força até a pessoa que deseja manter o objeto suspenso, cabe a ela exercer em equilíbrio um corpo, a pessoa precisa aplicar uma força com metade do módulo do peso desse corpo. a) O uso de uma polia confere maior conforto para quem puxa um objeto usando uma corda. → T → Ppessoa – → T – → T → T → T → T → T → N 2 → T → Pmala → P → P/2 → P/2 → P/2 → P/2 → P/2 → P/2 → P → P → P Nesse exemplo, as forças aplicadas em cada um dos corpos participantes ficam assim marcadas: Ja ck A rt Ja ck A rt Ja ck A rt 20 FÍSICA• • 11. Em uma aula de Física, foi realizado um experimento para determinar a constante elástica de uma mola. Inicialmente, o professor pediu aos alunos que prendessem à mola um corpo 1, com peso de módulo 40, em unidades do SI, obtendo assim uma deformação x, em cm. Na segunda etapa, o professor solicitou que prendessem à mesma mola um corpo 2, cujo peso apresentava módulo 80, na mesma unidade do peso anterior. Com isso, a deformação obtida aumentava em 4 cm em relação à primeira medição. As duas etapas são mostradas na figura a seguir. EM13CNT306 | → P2 | = 80 x2 = (x + 4) cm x1 = x cm | → P1 | = 40 Com base no exposto, assinale a alternativa que contenha a intensidade da constante elástica da mola determinada pelos alunos. a) 10 N/m b) 20 N/m X c) 10 N/cm d) 10 kgf/m e) 10 kgf/cm A θ 30˚ 12. Uma caixa de massa 12 kg está sobre um plano perfeitamente liso, que tem uma inclinação de 30° com a horizontal. A caixa é presa a uma mola, de constante elástica K = 4,0 · 103 N/m, por um cabo inextensível, de massa desprezível, que passa por uma roldana ideal e mantém a caixa em equilíbrio. Qual a deformação sofrida pela mola? De acordo com a lei de Hooke: Fel = K · x. Sabendo que, para obter o equilíbrio, a força elástica deve ser igual, em módulo, à força peso dos corpos presos à mola, as equações para as duas situações são as seguintes: 1) 40 = K · x 2) 80 = K · (x + 4) Dividindo a equação 2 pela equação 1, temos: 2 = ( )x x + 4 2 · x = x + 4 ⇒ x = 4 cm Voltando à equação 1, por exemplo, podemos determinar a constante elástica: 40 = K · 4 ∴ K = 10 N/cm. 13. (UDESC) Um objeto colocado em uma balança de pratos é equilibrado por uma massa de 13 kg. Quando o objeto é colocado em uma balança de mola, o mostrador indica 13 kg. Todo o conjunto (objeto, balança de pratos, pesos da balança de pratos e balança de mola) é transportado pela empresa SpaceX para o planeta Marte, onde a aceleração em queda livre é 2,6 vezes menor que a aceleração em queda livre na Terra. As leituras da balança de pratos e da balança de mola, em Marte, são, respectivamente: a) 13 kg e 13 kg. X b) 13 kg e 5 kg. c) 5 kg e 5 kg. d) 5 kg e 13 kg. e) 13 kg e 34 kg. Dados: m = 12 kg g = 10 m/s2 K = 4,0 · 103 N/m Calculando a deformação: Fel = PAx ⇒ K · x = P · sen 30° ⇒ K · x = m · g · sen 30° 4 · 103 · x = 12 · 10 · 0,5 ⇒ 4 · 103 · x = 60 ⇒ x = 0,015 m ∴ x = 1,5 cm. Agora, você pode fazer as atividades 21e 22 da seção Conquista Enem. 21 e 22 da seçççççççççção Conqqqqqqqqqqquista Enem.Agora, você pode fazer as atividades Agggggggggggora, você popppppppppppp dedddd fazer as atividadeseeeee ATIVIDADES © Sh ut te rs to ck /D kn 00 49 F IS 5. LEIS DE NEWTON E SUAS APLICAÇÕES 21• • Força de atrito Imagine um automóvel estacionado em uma ladeira íngreme. A figura mostra as forças que agem sobre um carro nessa situação. Como é comum fazer em exemplos que apresentam planos inclinados, o desenho mostra o peso decomposto do automóvel. Os efeitos da componente peso normal (Pn) e da força normal (N) se anulam. Isso impede que o carro penetre no chão ou se movimente para cima perpendicularmente ao solo. A componente peso tangencial (Pt) deveria ser a responsável por provocar movimento, mas, como foi mencionado, o automóvel permanece em repouso. que ela dá, seus pés empurram o chão para trás. Pela lei da ação e reação, o chão reage e empurra os pés dessa pessoa para a frente, proporcionando o movimento desejado. Se a superfície fosse muito lisa, como uma pista de gelo, a pessoa tentaria se deslocar, mas ficaria patinando, ou seja, escorregando no mesmo lugar. P Pt Pn Para manter o carro parado, a resultante das forças que agem sobre ele dever ser nula. Assim, na mesma direção do peso tangencial, precisa existir outra força, com a mesma intensidade e sentido contrário. Essa força é denominada força de atrito. Acompanhe, a seguir, alguns exemplos e aplicações referentes ao atrito. É muito comum as pessoas pensarem no atrito como uma força que sempre atrapalha. Situações cotidianas permitem perceber que, em alguns casos, o atrito é realmente prejudicial, mas há também muitos casos em que essa força é benéfica ou até indispensável para que um movimento possa ocorrer, como exemplificado a seguir. a) Quando uma pessoa caminha sobre uma superfície qualquer, a força de atrito entre os pés dela e o chão é a grande responsável por permitir que isso ocorra. A cada passo b) Quando um carro faz uma curva, para não deslizar no asfalto e escapar pela tangente, a resultante das forças que agem sobre o veículo deve ser diferente de zero. Como consequência da tendência de escorregamento entre os pneus do automóvel e o chão, uma força de atrito atua sobre eles, empurrando-os para o centro da curva. É ela que impede o carro de fazer um movimento retilíneo, escapando da pista. Mais uma vez, a força de atrito se mostra benéfica e essencial para a realização do movimento pretendido. c) Quando uma espaçonave retorna do espaço, ao entrar na atmosfera terrestre (manobra conhecida como reentrada), sua fuselagem colide com as moléculas que compõem o ar. A velocidade da nave é tão grande que esse atrito com o ar gera uma enorme quantidade de calor, elevando sua temperatura externa a temperaturas ainda maiores e queime completamente, computadores controlam o ângulo com que ela realiza a reentrada. Ja ck A rt Di vo P ad ilh a a. 22 FÍSICA• • Definição da força de atrito Como vimos, a força de atrito (FA) é aquela que surge no sentido contrário ao do escorregamento ou da tendência de escorregamento entre duas superfícies quaisquer. As figuras a seguir mostram essas duas situações. O curling é uma modalidade esportiva integrante das Olimpíadas de Inverno. Nessa modalidade, os atletas varrem o piso de gelo para provocar a sua fusão. Isso diminui o atrito entre a pedra e o chão, permitindo que ela deslize por distâncias maiores. Quando um objeto escorrega, em virtude da rugosidade das superfícies em contato, ele acaba empurrando o chão para a frente. Por sua vez, o chão reage e empurra o objeto para trás. Essas duas forças constituem o par de ação e reação de atrito. Nesse caso, o atrito atua no sentido contrário ao da velocidade de escorregamento do objeto. Quando um carro permanece estacionado em uma ladeira, por causa da natural tendência de escorregamento, ele empurra o chão para baixo. Por sua vez, o chão reage e empurra o carro para cima. Essas duas forças constituem o par de ação e reação de atrito. Nesse caso, o atrito atua no sentido contrário ao da tendência de escorregamento do carro. As forças normal e de atrito, na realidade, não são exatamente forças, mas componentes de uma força. Essa afirmação se justifica pelos seguintes fatos: não existe atrito entre duas superfícies se elas não estiverem em contato. E não existe contato efetivo entre superfícies sem que haja atuação de uma força normal. Atrito e normal podem ser considerados componentes de uma única força chamada de força de contato ( C ). Normal e atrito – as componentes da força de contato – têm fisicamente origem muito semelhante: o escorregamento ou a tendência de escorregamento entre duas superfícies em contato. A normal evita ou tenta evitar escorregamentos para dentro de uma superfície (penetração), enquanto o atrito evita ou tenta evitar escorregamentos sobre a superfície. Na figura abaixo, na qual um corpo desliza sobre uma superfície áspera, a força de contato e suas componentes podem ser observadas. → FA → C → N → P Movimento Força de atrito Di vo P ad ilh a © Sh ut ter sto ck /P ao lo Bo na © Sh ut te rs to ck /S on gq ua n De ng F IS 5. LEIS DE NEWTON E SUAS APLICAÇÕES 23• • Determinação da força de atrito cinético Como vimos, a força de atrito surge em duas situações: quando há escorregamento ou quando há tendência de escorregamento entre duas superfícies. Para cada um desses casos, a força de atrito recebe uma denominação diferente. Pensando no radical grego “kinetics”, que significa movimento, os físicos deram o nome de atrito cinético à força que atua contrariamente ao escorregamento efetivo (e não apenas à tendência) entre duas superfícies. A figura a seguir mostra um corpo deslizando sobre uma superfície. A ampliação ajuda a entender a origem da força de atrito cinético (FAc ). A essa força contrária ao escorregamento do corpo é que se dá o nome de atrito cinético ou atrito dinâmico. Obviamente, quanto maior a aspereza das superfícies, maior a intensidade dessa força. Para mensurar a rugosidade das partes em contato, os físicos criaram o que se chama de coeficiente de atrito cinético ( c). Apesar de existirem tabelas com valores aproximados para uma grande quantidade de materiais, é muito difícil conhecê-los com certa precisão, pois dependem das condições das superfícies em contato. A força de atrito depende também da compressão que o corpo exerce sobre a superfície. Quando maior a compressão, maior o módulo da força normal e, consequentemente, mais intensa é a força de atrito cinético. Já sabemos que a intensidade da força de atrito cinético depende de dois fatores: o coeficiente de atrito cinético e o módulo da força normal. A realização de inúmeros experimentos permitiu descobrir que a força de atrito cinético é diretamente proporcional a esses dois fatores, o que nos permite escrever a seguinte equação: FAc = μc · N Dessa forma, a força de atrito cinético pode ser completamente determinada assim: • módulo: FAc = μc · N; • direção: paralela à superfície de apoio; • sentido: contrário à velocidade do corpo apoiado sobre a superfície. A força de atrito depende, além de outros fatores, das condições e características dos materiais que estão em contato.Di vo P ad ilh a 24 FÍSICA• • → F → FAemáx v = 0 (iminência de movimento) Determinação da força de atrito estático A fotografia mostra uma esteira usada para transportar produtos dentro de uma fábrica. Ela só consegue cumprir adequadamente sua função porque os produtos colocados sobre ela não escorregam, e eles só não escorregam porque uma força paralela à superfície de apoio permite que a resultante das forças que agem sobre eles seja nula. → F → FAe v = 0 (repouso) Atrito estático em situações do cotidiano. Já sabemos que atrito cinético é a força que se opõe ao efetivoescorregamento entre duas superfícies. No caso da esteira, porém, não há movimento relativo entre eles, ou seja, há apenas uma tendência de escorregamento. Em casos assim, em que um corpo apenas tende a escorregar (mas permanece em repouso) sobre uma superfície, a força de atrito que age sobre ele, impedindo seu deslizamento, é denominada força de atrito estático (FAe ). A figura a seguir mostra um corpo que tenta ser movimentado pela ação de uma força de módulo F. Como o corpo apoiado sobre a superfície horizontal permanece em repouso (apesar de estar sendo puxado), é possível concluir que a resultante das forças que atuam sobre ele é, necessariamente, nula. Assim, no caso apresentado, a força de atrito estático e a força F (que têm mesma direção e sentidos contrários) necessitam ter mesma intensidade (FAe = F). Se o módulo da força F começar a aumentar gradativamente, o módulo da força de atrito estático FAe também aumentará. Assim, essas duas forças sempre têm valores iguais em módulo, mantendo o corpo em repouso. No entanto, se o módulo de F continuar a aumentar, em algum instante ele ficará prestes a se movimentar. Nesse momento, a força de atrito estático terá atingido o seu valor máximo (FAemáx ). Se o módulo da força F ainda continuar aumentando, ela naturalmente atingirá um valor superior ao da força de atrito estático máximo. Nesse momento, o corpo, que estava prestes a entrar em movimento, iniciará o escorregamento. Agora, deslizando sobre a superfície, o atrito que age sobre ele deixará de ser estático, passando a ser do tipo cinético (FAe). Depois disso, se a intensidade da força F aumentar ainda mais, o corpo ficará cada vez mais rápido. Apesar disso, o valor da força de atrito cinético permanecerá constante, pois ele independe, por exemplo, da velocidade com que o corpo se movimenta (é importante nos lembrarmos de que FAc c 4 ©Shutterstock/DedMityay © Sh ut te rs to ck /T oa 55 F IS 5. LEIS DE NEWTON E SUAS APLICAÇÕES 25• • Em qualquer situação, para determinar a intensidade da força de atrito estático, precisamos nos lembrar de que, em repouso, a resultante das forças deve ser nula. No entanto, no caso exclusivo de a força de atrito estático atingir seu valor máximo, seu módulo pode ser calculado pela seguinte equação, em que N é o valor da força normal entre o corpo e a superfície de apoio e e representa o que se chama de coeficiente de atrito estático: FREIOS ABS FAe = μe · N De modo semelhante a o que ocorre com o coeficiente de atrito cinético (ou dinâmico), o coeficiente de atrito estático também depende da rugosidade das superfícies em contato. Apesar disso, esses dois coeficientes apresentam valores distintos, valendo a seguinte desigualdade: e > c. FIQUE POR DENTRO Para entender o motivo dessa diferença entre os coeficientes, imagine que um corpo está sobre uma superfície sem deslizar. Nesse caso, suas rugosidades e as da superfície ficam microscopicamente encaixadas. Isso provoca certa resistência ao início de um deslizamento. Agora, se um escorregamento começar, esses encaixes se rompem, e a resistência mencionada naturalmente diminui. Traduzindo essas resistências, respectivamente, como a força máxima de atrito estático e a força de atrito cinético, é possível escrever: EM13CNT306 Quando um motorista percebe um obstáculo à sua frente, ele pisa nos freios, esperando que o atrito entre os pneus e a pista faça o veículo parar. No entanto, dependendo do tipo de piso, as rodas travadas causam um escorregamento (em que atua o atrito cinético ou atrito dinâmico), o que pode ocasionar um movimento descontrolado do carro, provocando graves acidentes. No entanto, acidentes dessa natureza podem ser evitados por meio do sistema de freios do tipo ABS (Antilock Brake System – sistema de freio antibloqueio). Esse sistema é mais eficiente que os freios convencionais, pois não trava as rodas, evitando, assim, o escorregamento dos pneus sobre o asfalto. Nesse caso, as rodas não travam porque o atrito estático passa a atuar na situação. As rodas do veículo continuam girando sem que ocorra deslizamento entre elas e o solo, permitindo que o condutor tenha maior controle sobre o veículo. Além disso, quando o carro está equipado com esse sistema de freios ABS, a distância que ele percorre enquanto está sendo freado torna- -se menor. FAemáx > FAc ⇒ μe · N > μc · N ⇒ μe > μc © Sh ut te rs to ck /T oa 55 • 26 FÍSICA• • 14. Existe um jogo no qual dois oponentes ficam em lados opostos de uma mesa, protegendo com um objeto de madeira buracos com função de gol. Sobre a mesa, os jogadores rebatem um disco com a intenção de vencer a defesa adversária. Quando golpeados, esses discos podem sofrer colisões com as paredes laterais, dificultando as ações do outro jogador. Ganha, obviamente, quem fizer mais gols durante o intervalo de tempo de uma partida. Para que o disco escorregue mais rapidamente, a mesa apresenta inúmeros furinhos pelos quais fica saindo ar o tempo todo. Qual a função do ar que é expelido pelos furinhos? Ao sair pelos furinhos, o ar forma uma camada entre o disco e a superfície da mesa, impedindo ou reduzindo o contato direto entre eles. Dessa forma, a força de atrito cinético diminui, e o disco, após ser golpeado por um dos jogadores, consegue praticamente manter o mesmo módulo de velocidade até ser atingido novamente pelo adversário. O ar torna menor também a força de contato (normal) entre o disco e a superfície da mesa, 15. (UFPA) Sobre uma mesa plana alguns estudantes conseguiram montar um experimento simples, usando dois corpos cujas massas são: m = 3 kg e M = 7 kg, em que simulam duas situações distintas, conforme a descrição e a figura a seguir. I. Não existe o atrito. II. EM13CNT306 Tendo em vista as duas situações (I - sem atrito e II - com atrito) e admitindo-se que o atrito na polia e a sua massa são desprezíveis e a aceleração da gravidade é g = 10 m/s2, então, pode-se afirmar que as acelerações a1 e a2 nos casos I e II são, em m/s2, iguais respectivamente a a) 2 e 1. b) 3 e 2. c) 4 e 2. X d) 3 e 1. e) 4 e 1. M m Dados: m = 3 kg; M = 7 kg; g = 10 m/s2. Observe, a seguir, a ilustração das forças que atuam sobre os corpos, sem atrito (l) e com atrito (ll). M m → N → T → al → al → PM → N → PM → PM M m → N → T→ Fat → all → all → PM → N l. Sem atrito Aplicando a 2.ª lei de Newton, FR = m · al, obtemos as seguintes equações: • corpo M: T = M · al; • corpo m: Pm – T = m · al Somando as equações, obtemos a equação geral: Pm + T – T = (M + m) · al ⇒ m · g = (M + m) · al a m g M ml = + = + = · ·3 10 7 3 30 10 ∴ a = 3 m/s2. ll. Com atrito (μ = 2/7) Aplicando a 2.ª lei de Newton, FR = m · all, obtemos as seguintes equações: • corpo M: T – Fat = M · all • corpo m: Pm – T = m · all Somando as equações, obtemos a equação geral: Pm + T – T – Fat = (M + m) · all ⇒ m · g – μ · M · g = (M + m) · all a m g M g M mlI = + = + = · · · · · ·− − −μ 3 10 2 7 7 10 7 3 30 20 10 ∴ a = 1 m/s2. ATIVIDADES Agora, você pode fazer as atividades 23 a 31 da seção Conquista Enem. 23 a 31 da seççççççççção Conqqqqqqqqqqquista Enem.Agora, você pode fazer as atividades Aggggggggggggora, você popppppppppppp de fazer as atividadesssss contribuindo para diminuir ainda mais a força de atrito. F IS 5. LEIS DE NEWTON E SUAS APLICAÇÕES 27• • 16. ENEM Em 1543, Nicolau Copérnico publicou um livro revolucionário em que propunha a Terra girando em torno do seu próprio eixo e rodando em torno do Sol. Isso contraria a concepção aristotélica, que acredita que a Terra é o centro do Universo. Para os aristotélicos, se a Terra gira do oeste para o leste, coisas como nuvens e pássaros, que não estão presas à Terra, pareceriam estar sempre se movendo do leste para o oeste, justamente como o Sol. Mas foi Galileu Galilei que, em 1632, baseando-se emexperiências, rebateu a crítica aristotélica, confirmando assim o sistema de Copérnico. Seu argumento, adaptado para a nossa época, é: se uma pessoa, dentro de um vagão de trem em repouso, solta uma bola, ela cai junto a seus pés. Mas se o vagão estiver se movendo com velocidade constante, a bola também cai junto a seus pés. Isto porque a bola, enquanto cai, continua a compartilhar do movimento do vagão. O princípio físico usado por Galileu para rebater o argumento aristotélico foi X a) a lei da inércia. b) ação e reação. c) a segunda lei de Newton. d) a conservação da energia. e) o princípio da equivalência. 17. (UDESC) Analise as proposições, com relação às aplicações das leis de Newton. I. A mesma força em dois corpos de massas diferentes produz uma aceleração de módulo diferente em cada corpo. II. Um corpo em estado de repouso ou movimento retilíneo uniforme, em relação a um dado referencial, só muda de estado a partir de uma força resultante não nula impressa sobre ele. III. Uma força resultante sobre um corpo pode ser quantificada como a variação da quantidade de movimento linear desse corpo em um dado intervalo de tempo. IV. O módulo da velocidade de um corpo é sempre constante quando submetido a uma força centrípeta. V. A força gravitacional que um objeto em queda livre exerce sobre a Terra tem módulo diferente e sentido oposto à força que a Terra exerce sobre este objeto. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras. b) Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras. c) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras. X d) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. e) Somente as afirmativas III, IV e V são verdadeiras. CONQUISTA ENEM EM13CNT306, EM13CNT304 TEMA QUENTE 18. ENEM Em uma colisão frontal entre dois automóveis, a força que o cinto de segurança exerce sobre o tórax e abdômen do motorista pode causar lesões graves nos órgãos internos. Pensando na segurança do seu produto, um fabricante de automóveis realizou testes em cinco modelos diferentes de cinto. Os testes simularam uma colisão de 0,30 segundo de duração, e os bonecos que representavam os ocupantes foram equipados com acelerômetros. Esse equipamento registra o módulo da desaceleração do boneco em função do tempo. Os parâmetros como massa dos bonecos, dimensões dos cintos e velocidade imediatamente antes e após o impacto foram os mesmos para todos os testes. O resultado final obtido está no gráfico de aceleração por tempo. Qual modelo de cinto oferece menor risco de lesão interna ao motorista? a) 1 X b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 28 FÍSICA• • 19. ENEM Conhecer o movimento das marés é de suma importância para a navegação, pois permite definir com segurança quando e onde um navio pode navegar em áreas, portos ou canais. Em média, as marés oscilam entre alta e baixa num período de 12 horas e 24 minutos. No conjunto de marés altas, existem algumas que são maiores do que as demais. A ocorrência dessas maiores marés tem como causa a) a rotação da Terra, que muda entre dia e noite a cada 12 horas. b) os ventos marítimos, pois todos os corpos celestes se movimentam juntamente. X c) o alinhamento entre a Terra, a Lua e o Sol, pois as forças gravitacionais agem na mesma direção. d) o deslocamento da Terra pelo espaço, pois a atração gravitacional da Lua e do Sol são semelhantes. e) a maior influência da atração gravitacional do Sol sobre a Terra, pois este tem a massa muito maior que a da Lua. 20. (FAMEMA – SP) Em um parque temático, um trator traciona dois vagões idênticos, 01 e 02, de massa M cada um. Os eixos das rodas desses vagões são livres de atritos. a 100 N. Os fios e as polias, iguais, são ideais. O valor do peso do corpo X e a deformação sofrida pela mola são, respectivamente, TEMA QUENTE Em uma das viagens, o vagão 01 seguiu completamente vazio enquanto o vagão 02 estava completamente ocupado por turistas que, juntos, somavam uma massa m. No início dessa viagem, o trator imprimiu ao vagão 01 uma força constante F, conferindo ao conjunto trator-vagões uma aceleração a. Nessa situação, a intensidade da força de tração T sobre o engate entre os dois vagões era a) 2m F M m · + b) ( )·M m F M m + + c) 2M m F· d) M m M F + · X e) ( )·M m F M m + +2 21. (ESPCEX – SP) O sistema de polias, sendo uma fixa e três móveis, encontra-se em equilíbrio estático, conforme mostra o desenho. A constante elástica da mola, ideal, de peso desprezível, é igual a 50 N/cm e a força F na extremidade da corda é de intensidade igual a) 800 N e 16 cm. b) 400 N e 8 cm. c) 600 N e 7 cm. X d) 800 N e 8 cm. e) 950 N e 10 cm. 22. (EEAR – RJ) Uma mola está suspensa verticalmente próxima à superfície terrestre, onde a aceleração da gravidade pode ser adotada como 10 m/s2. Na extremidade livre da mola é colocada uma cestinha de massa desprezível, que será preenchida com bolinhas de gude, de 15 g cada. Ao acrescentar bolinhas à cesta, verifica-se que a mola sofre uma elongação proporcional ao peso aplicado. Sabendo-se que a mola tem uma constante elástica k = 9,0 N/m, quantas bolinhas é preciso acrescentar à cesta para que a mola estique exatamente 5 cm? a) 1 X b) 3 c) 5 d) 10 23. ENEM Uma pessoa necessita da força de atrito em seus pés para se deslocar sobre uma superfície. Logo, uma pessoa que sobe uma rampa em linha reta será auxiliada pela força de atrito exercida pelo chão em seus pés. Em relação ao movimento dessa pessoa, quais são a direção e o sentido da força de atrito mencionada no texto? a) Perpendicular ao plano e no mesmo sentido do movimento. b) Paralelo ao plano e no sentido contrário ao movimento. X c) Paralelo ao plano e no mesmo sentido do movimento. d) Horizontal e no mesmo sentido do movimento. e) Vertical e sentido para cima. F IS 5. LEIS DE NEWTON E SUAS APLICAÇÕES 29• • 24. ENEM O curling é um dos esportes de inverno mais antigos e tradicionais. No jogo, dois times com quatro pessoas têm de deslizar pedras de granito sobre uma área marcada de gelo e tentar colocá-las o mais próximo possível do centro. A pista de curling é feita para ser o mais nivelada possível, para não interferir no decorrer do jogo. Após o lançamento, membros da equipe varrem (com vassouras especiais) o gelo imediatamente à frente da pedra, porém sem tocá-la. Isso é fundamental para o decorrer da partida, pois influi diretamente na distância percorrida e na direção do movimento da pedra. Em um lançamento retilíneo, sem a interferência dos varredores, verifica-se que o módulo da desaceleração da pedra é superior se comparado à desaceleração da mesma pedra lançada com a ação dos varredores. A menor desaceleração da pedra de granito ocorre porque a ação dos varredores diminui o módulo da: a) força motriz sobre a pedra. X b) força de atrito cinético sobre a pedra. c) força peso paralela ao movimento da pedra. d) força de arrasto do ar que atua sobre a pedra. e) força de reação normal que a superfície exerce sobre a pedra. 25. (IFSUL – RS) Na figura [...], está representado um bloco de 2,0 kg sendo pressionado contra a parede por uma força F . O coeficiente de atrito estático entre as superfícies de contato vale 0,5, e o cinético vale 0,3. Considere g = 10 m/s2. 26. ENEM O freio ABS é um sistema que evita que as rodas de um automóvel sejam bloqueadas durante uma frenagem forte e entrem em derrapagem. Testes demonstram que, a partir de uma dada velocidade, a distância de frenagem será menor se for evitado o bloqueio das rodas. O ganho na eficiência da frenagem na ausência de bloqueio das rodas resulta do fato de: a) o coeficiente de atrito estático tornar-se igual ao dinâmico momentos antes da derrapagem. X b) o coeficiente de atrito estático ser maior que o dinâmico, independentemente da superfície de contato entre os pneus e o pavimento.c) o coeficiente de atrito estático ser menor que o dinâmico, independentemente da superfície de contato entre os pneus e o pavimento. d) a superfície de contato entre os pneus e o pavimento ser maior com as rodas desbloqueadas, independentemente do coeficiente de atrito. e) a superfície de contato entre os pneus e o pavimento ser maior com as rodas desbloqueadas e o coeficiente de atrito estático ser maior que o dinâmico. 27. ENEM Com um dedo, um garoto pressiona contra a parede duas moedas, de R$ 0,10 e R$ 1,00, uma sobre a outra, mantendo-as paradas. Em contato com o dedo está a moeda de R$ 0,10 e contra a parede está a de R$ 1,00. O peso da moeda de R$ 0,10 é 0,05 N e o da de R$ 1,00 é 0,09 N. A força de atrito exercida pela parede é suficiente para impedir que as moedas caiam. Qual é a força de atrito entre a parede e a moeda de R$ 1,00? a) 0,04 N b) 0,05 N c) 0,07 N d) 0,09 N X e) 0,14 N 28. (EFOMM – RJ) Um bloco de massa m é colocado sobre um disco que começa girar a partir do repouso em torno de seu centro geométrico com aceleração angular constante igual a α. Se o bloco está a uma distância d do centro, e o coeficiente de atrito estático entre o objeto e a superfície vale μ, considerando a aceleração da gravidade igual a g, quanto tempo levará até que o bloco comece a deslizar sobre o disco? A força mínima F que pode ser aplicada ao bloco para que este não deslize na parede é a) 10 N b) 20 N c) 30 N X d) 40 N TEMA QUENTE 30 FÍSICA• • a) � � g d 2 b) � � g d 2 c) � � g d X d) � � � g d 2 2 2 1 4 1� � � � � � � � � � � e) 1 2 2 2 1 4 � � � + g d � � � � � � � � � � � 29. ENEM Num sistema de freio convencional, as rodas do carro travam e os pneus derrapam no solo, caso a força exercida sobre o pedal seja muito intensa. O sistema ABS evita o travamento das rodas, mantendo a força de atrito no seu valor estático máximo, sem derrapagem. O coeficiente de atrito estático da borracha em contato com o concreto vale μe = 1,0 e o coeficiente de atrito cinético para o mesmo par de materiais é μc = 0,75. Dois carros, com velocidades iniciais iguais a 108 km/h iniciam a frenagem numa estrada perfeitamente horizontal de concreto no mesmo ponto. O carro 1 tem sistema ABS e utiliza a força de atrito estática máxima para a frenagem; já o carro 2 trava as rodas, de maneira que a força de atrito efetiva é a cinética. Considere g = 10 m/s2. As distâncias, medidas a partir do ponto em que iniciam a frenagem, que os carros 1 (d1) e 2 (d2) percorrem até parar são, respectivamente, X a) d1 = 45 m e d2 = 60 m. b) d1 = 60 m e d2 = 45 m. c) d1 = 90 m e d2 = 120 m. d) d1 = 5,8 · 102 m e d2 = 7,8 · 102 m. e) d1 = 7,8 · 102 m e d2 = 5,8 · 102 m. 30. (FAC. ALBERT EINSTEIN – SP) As figuras mostram um trabalhador transportando duas caixas, A e B, de massas mA = 30 kg e mB = 40 kg, sobre um carrinho de massa 10 kg, em linha reta. Na situação representada na figura 1, ele está empurrando o carrinho para frente com uma força horizontal constante de intensidade 20 N. Na situação representada na figura 2, ele está puxando o carrinho para trás, com uma força horizontal e constante. Desprezando a resistência do ar e o atrito entre o carrinho e o solo, calcule: a) o módulo da força, em N, aplicada pela caixa B sobre a caixa A, na situação da figura 1. FBA = 7,5 N b) 2, com que o conjunto carrinho-caixas pode se mover na situação da figura 2, considerando que não haja movimento relativo entre as caixas A e B, que o coeficiente de atrito estático entre ambas seja igual a 0,6 e que g = 10 m/s2. amáx = 6 m/s2. 31. (ESPCEX – SP) Um bloco homogêneo A de peso 6 N está sobre o bloco homogêneo B de peso 20 N ambos em repouso. O bloco B está na iminência de movimento. O bloco A está ligado por um fio ideal tracionado ao solo no ponto X, fazendo um bloco B está sendo solicitado por uma força horizontal F, conforme o desenho abaixo. Os coeficientes de atrito estático entre o bloco A e o bloco B é 0,3 e do bloco B e o solo é 0,2. A intensidade da força horizontal |F | aplicada ao bloco B nas condições abaixo, capaz de tornar iminente o movimento é: Dados: cos θ = 0,6 e sen θ = 0,8 a) 2,0 N X b) 9,0 N c) 15,0 N d) 18,0 N e) 20,0 N DOBRE NA LINHA PONTILHADA © Sh ut te rs to ck /Q ua ng N gu ye n Vi nh CACACA Ó 6 Estabelecer a condição de equilíbrio de um ponto material e de um corpo extenso. Relacionar as condições de equilíbrio de um ponto material e de um corpo extenso com situações práticas do cotidiano. Definir o conceito de momento de uma força. Resolver situações-problema que envolvam pontos materiais e corpos extensos. OBJETIVOS DO CAPÍTULO 32 FÍSICA• • ESTÁTICA DO PONTO MATERIAL O termo “estático” é usado para nos referirmos a algo que se encontra parado. Do ponto de vista da Física, um objeto é considerado estático se permanece em repouso em relação a um referencial, ou seja, se a força resultante sobre esse corpo for nula. Essa situação é classificada como equilíbrio estático. O estudo do equilíbrio depende das dimensões dos corpos envolvidos. Com relação às dimensões, os corpos podem ser classificados como: ponto material ou corpo extenso. Um corpo pode ser considerado um ponto material quando suas dimensões não influenciam no fenômeno analisado. tamanho desprezado para o estudo do movimento. Por outro lado, o corpo deve ser considerado um corpo extenso quando suas dimensões devem ser levadas em consideração. Por exemplo: um carro que está estacionando entre dois outros veículos. Citando um exemplo real de aplicação do equilíbrio estático, tanto as pontes sustentadas por arcos romanos quanto as estaiadas utilizam basicamente os mesmos conhecimentos físicos que garantem e explicam o equilíbrio. Entre esses conhecimentos físicos destacam-se o centro de gravidade e a estática do ponto material. Centro de gravidade Centro de gravidade é o lugar geométrico no qual se pode considerar que todo o peso de um corpo está concentrado, ou seja, é o ponto de aplicação da força peso. Na maioria das situações estudadas no Ensino Médio, a aceleração da gravidade tem pouca variação e, por isso, considera-se que ela é constante. Além disso, o centro de gravidade coincide com o centro de massa. Mas é importante diferenciar os conceitos de centro de gravidade e de centro de massa. O centro de massa (CM) representa o ponto onde podemos supor que toda a massa de um corpo está concentrada e sobre o qual todas as forças externas atuam. O centro de gravidade (CG) representa o ponto em que a força peso do corpo atua. Corpos com simetria geométrica e cuja massa esteja distribuída de maneira homogênea têm seu centro de gravidade coincidente com seu centro geométrico. CG CG CG Cem anos depois, outras reformas permitiram que esse símbolo da história ferroviária do país continuasse a ser uma parte essencial e funcional do dia a dia. Já a arquitetura da imagem da direita expressa modernidade e apresenta tecnologia em sua construção. Sustentada por de 37 arcos romanos e com 30 metros de altura, a ponte da imagem à esquerda cruza o Rio Ouse, em West Sussex, na Inglaterra, e suporta uma estrutura ferroviária de 450 metros de extensão sobre o vale do rio. Muito admirado pela elegância arquitetônica, o viaduto do Vale do Ouse teve sua inauguração em 1841. Grande parte dos aproximadamente 11 milhões de tijolos usados na ponte original foram substituídos já na década de 1890 para fortalecer a estrutura. ESTÁT O termo “está que se encontra par é considerado estático referencial, ou seja, se Essa situação é classif 6 Deixar clara a ideia da diferença entre centro de massa e centro de gravidade. © Sh ut te rs to ck /F ly by P ho to gr ap hy © Sh ut te rs to ck /B y Dr on e Ph ot os V id eo s F IS 6. ESTÁTICA DOS SÓLIDOS 33• • Durante a gravidez,à medida que o feto se desenvolve, a barriga aparece e o centro de gravidade se desloca para a frente. Isso altera o ponto de equilíbrio da mulher, que será ajustado graças a outros mecanismos. Na tentativa de manter o centro de gravidade na mesma posição, a postura do corpo pode ser ajustada. Essa foto não mostra um truque de mágica! O centro de gravidade do conjunto (garfos, apoio, palito) está na direção do ponto de apoio, que está localizado na borda do frasco. A imagem mostra um conjunto de pedras dispostas umas sobre as outras de uma forma que conseguem se manter em equilíbrio. Observe que, quando a distribuição da massa não é uniforme, o centro de gravidade fica deslocado para o lado que tiver maior massa. Determinação da posição do centro de massa de sistemas de corpos Quando temos dois corpos com massas iguais e com as mesmas dimensões, separados por uma distância qualquer, podemos dizer, de modo intuitivo, que o centro de massa está situado entre eles, equidistante do centro de massa de cada um dos corpos. Contudo, se um dos corpos tiver maior massa, o centro de massa estará próximo dele. Essa ideia pode ser expressa de modo mais preciso por meio de uma equação que permite determinar a posição do centro de massa, na direção X, por exemplo, com base em uma média ponderada. Generalizando, para um sistema formado por n partículas ou corpos em um plano cartesiano, adotando a origem do plano – (x;y) = (0;0) – como referencial, temos que: X x m x m x m x m m m m mCM n n n = + + + + + + + + 1 1 2 2 3 3 1 2 3 Ј Ј Ј ... Ј ... Y y m y m y m y m m m m mCM n n n = + + + + + + + + 1 1 2 2 3 3 1 2 3 Ј Ј Ј ... Ј ... Nas equações acima, x e y representam as distâncias do centro de massa de cada partícula ou corpo até o referencial adotado, nas direções x e y, respectivamente, e m é a massa de cada partícula ou corpo. Para equilibrar um objeto qualquer com apenas um ponto de apoio, a força aplicada nesse ponto deverá ter valor igual ao peso do corpo e ser aplicada no centro de gravidade ou, pelo menos, na direção dele. Se a distribuição de massa não for uniforme, o CG ficará deslocado para o lado em que houver maior massa. Quando todos os segmentos do corpo estão combinados e o corpo é dado como um objeto único e sólido na posição anatômica, o centro de gravidade está localizado numa posição aproximadamente anterior à segunda vértebra sacral. A posição precisa do centro de gravidade para uma pessoa depende de suas proporções e da sua anatomia. © Sh ut te rs to ck /V ia ch es la v Zh ed an ko v Di vo P ad ilh a Di vo P ad ilh a © Sh ut te rs to ck /A na to li St yf 34 FÍSICA• • Equilíbrio do ponto material O foco principal deste capítulo é a estática do ponto material. O termo “estática” faz parte do cotidiano. É uma palavra é usada para nos referirmos a algo que se encontra parado. É possível, por exemplo, que você já tenha ouvido alguém relatar que ficou estático diante do perigo, ou seja, ficou sem ação, sem iniciativa. Para que um ponto material permaneça em equilíbrio, é necessário que a resultante das forças seja nula. De modo geral, a condição de equilíbrio de um ponto material pode ser definida matematicamente por: F F F F FR n= + + + + =0 01 2 3 ... Para entender melhor o que estudaremos, considere um exemplo prático de equilíbrio de um ponto. Por exemplo, há lustres e luminárias presas ao teto por apenas uma corda ou corrente. Em tais situações, o peso do objeto é sustentado pela força de tração. Em outras palavras, o valor da tração é igual ao do peso. Há situações, porém, em que objetos são sustentados por mais de uma corda. Veja esta ilustração: 30ºA C B P = 100 N 60º Resolução pelo método da decomposição Considere que T1 é a tração na corda que une os pontos A e B e que T2 é a tração na corda que une os pontos B e C. Na ilustração a seguir, são mostradas T1 e T2 , assim como suas componentes ortogonais e a tração na corda vertical, cujo módulo é igual ao peso do bloco. P T1 T1y T1x T2x T2T2y x y 30o 60o oo dd pr tteee est R do da decompodo da decompos ©Shutterstock/Adil Celebiyev StokPhoto F IS 6. ESTÁTICA DOS SÓLIDOS 35• • Da condição de equilíbrio aplicada ao eixo horizontal, temos: T1x = T2x ⇒ T1 · cos 30° = T2 · cos 60° T1 · 3 2 = T2 · 1 2 T2 = T1 · 3 (l) Da condição de equilíbrio aplicada ao eixo vertical, temos: P = T1y + T2y ⇒ P = T1 · sen 30° + T2 · sen 60° 100 = T1 · 1 2 + T2 · 3 2 ⇒ 200 = T1 + T2 · 3 (ll) Substituindo (l) em (ll): 200 = T1 + T1 · 3 · 3 ⇒ 200 = 4 · T1 ∴ T1 = 50 N T2 = T1 · 3 ∴ T2 = 50 · 3 N Vantagem do método da decomposição: resolve qualquer problema de equilíbrio do ponto material, independentemente do número de forças envolvido e dos ângulos formados. Desvantagem do método da decomposição: resolução trabalhosa, envolvendo maior número de cálculos. Resolução pelo método poligonal Uma vez que a resultante das forças que atuam em um sistema em equilíbrio é nula, os vetores das forças que atuam sobre o ponto B formam um polígono: Resolução pelo teorema de Lamy A figura a seguir mostra as forças que atuam sobre o ponto B. P T1 T2 30o 60o 90o Logo, temos que: cos 60° = T P T1 11 2 100 = ∴ T1 = 50 N sen 60° = T P T2 23 2 100 = ∴ T2 = 50 · 3 N Vantagem do método poligonal: resolução simples, envolvendo poucos cálculos. Desvantagem do método poligonal: só é útil para cálculos quando resulta em algum tipo específico de polígono, como o triângulo retângulo. P T1 T2 30o 60o B 90o Como o sistema está em equilíbrio, é válida a relação: P sen T sen T sen90 150 120 1 2= = Considerando que sen 150° = sen 30° e que sen 120°= sen 60°, temos: 100 1 0 5 1= T , ∴ T1 = 50 N 100 1 2 3 2= Ј T ∴ T2 = 50 · 3 N Vantagem do teorema de Lamy: resolução simples, envolvendo poucos cálculos. Desvantagem do teorema de Lamy: resolve apenas problemas que tenham três forças em equilíbrio. 36 FÍSICA• • 1. (UERJ) Em um pêndulo, um fio de massa desprezível sustenta uma pequena esfera magnetizada de massa igual a 0,01 kg. O sistema encontra-se em estado de equilíbrio, com o fio de sustentação em uma direção perpendicular ao solo. Um ímã, ao ser aproximado do sistema, exerce uma força horizontal sobre a esfera, e o pêndulo alcança um novo estado de equilíbrio, com o fio de sustentação formando um ângulo de 45° com a direção inicial. Admitindo a aceleração da gravidade igual a 10 m · s–2 a magnitude dessa força, em newtons, é igual a: X a) 0,1 b) 0,2 c) 1,0 d) 2,0 2. (UECE) Na figura a seguir, o peso P1 é de 500 N e a corda RS é horizontal: EM13CNT306 Os valores das tensões T1, T2 e T3 e o peso P2, em newtons, são, respectivamente: X a) 500 2 3 3. b) 2 3 e 500 3. c) 500 2 3 3 . d) 2 3 e 500 3. ATIVIDADES © Sh ut te rs to ck /S to ck ph ot o M an ia F IS 6. ESTÁTICA DOS SÓLIDOS 37• • 3. (UNESP) Num jato que se desloca sobre uma pista horizontal, em movimento retilíneo uniformemente acelerado, um passageiro decide estimar a aceleração do avião. Para isto, improvisa um pêndulo que, quando suspenso, seu fio fica aproximadamente em relação ao avião. Considere que o valor da aceleração da 2, e que sen 25° ≅ 0,42; módulo aproximado da aceleração do avião e melhor representa a inclinação do pêndulo? X a) b) c) d) e) Agora, você pode fazer as atividades 19 a 21 da seção Conquista Enem. 19 a 21 da seççççççççção Conqqqqqqqqquista Enem.Agora, você pode fazer as atividades Agggggggggggggora, você poppppppppppppp de fazer as atividadese c) 38 FÍSICA• • ESTÁTICA DO CORPO EXTENSO Momento de força Muitas vezes, quando pretendemos soltar ou apertar parafusos, mover ou levantar objetos, podemos utilizar ferramentas com diferentes tamanhos e formatos. Nas imagens a seguir, uma pessoa solta o parafuso de uma roda de automóvel com uma chave de roda em L e, em outra situação,alguém tenta mover um bloco de madeira com o uso de um pé de cabra. Se fossem utilizadas ferramentas de braço maior, será que seria mais fácil soltar o parafuso ou remover o bloco? Definição de momento de força Tanto nessas situações quanto em diversas outras de nosso cotidiano, o conceito de momento de força dá suporte para analisá-las. Essa grandeza física, também conhecida como torque, está relacionada ao fato de uma força poder provocar a rotação ou variação da rotação de um corpo. Dependendo da maneira como uma força é aplicada sobre um corpo, ela produz uma tendência de girar o objeto, e a grandeza física momento de força – ou torque – é capaz de quantificar essa tendência. A ilustração a lado apresenta duas ferramentas, conhecidas como chaves de boca. Elas recebem dois torques diferentes: um no sentido horário (chave de cima) e outro no sentido anti-horário (chave de baixo), em torno do eixo de rotação O. © Sh ut ter sto ck /B lue P lan et St ud io © Sh ut te rs to ck /M ez zo tin t © Sh ut te rs to ck /A ki m ov Ig or F d d F O O © Sh ut te rs to ck /F re ed om L ife F IS 6. ESTÁTICA DOS SÓLIDOS 39• • O torque, ou momento de força, pode ser definido pelo produto da força (F) pela distância (d) equivalente ao comprimento do segmento perpendicular à linha de aplicação da força que passa pelo eixo de rotação. A equação que permite calcular tal grandeza é: Observações importantes 1. O torque será nulo em duas situações: se a força for nula ou se ela for aplicada sobre qualquer reta que passe pelo eixo de rotação. Sobre esse último caso, observe o exemplo a seguir. MF = F · d Forças aplicadas sobre retas que passam pelo eixo de rotação não produzem torque. 2. Para diferenciar torques que fazem o corpo girar no sentido horário daqueles que giram no sentido anti-horário, basta adotar uma convenção de sinais, considerando positivo o torque anti-horário e negativo o torque horário. 3. A unidade de medida do torque pode ser qualquer unidade de força multiplicada por qualquer unidade de distância. No SI, adota-se o ⋅ Ao trocar o pneu de um automóvel, o dono de um veículo aplica uma força F de intensidade igual rodas, com o objetivo de soltar um dos parafusos. Considere uma chave de rodas com braço que mede a força aplicada pelo dono pode exercer sobre a chave e o ângulo α entre a linha de ação dessa força e o braço da chave para que esse momento seja máximo. RESPOSTA Para que o momento produzido pela força F seja máximo, além de ser exercida na extremidade da chave, essa força deve ser perpendicular ao braço da chave. Portanto α = 90°. A imagem ilustra essa situação: � = 90° → F braço igual a 0,5 m, temos: M = F · d ⇒ M = 100 · 0,5 ∴ M = 50 N · m EXEMPLOS RESOLVIDOS Di vo P ad ilh a Di vo P ad ilh a 40 FÍSICA• • Momento resultante Considere uma barra na qual se aplicam diversas forças: T , P , F1 e F2 . Cada qual é aplicada em uma posição diferente, exercendo, portanto, um momento diferente em relação ao eixo de rotação, situado no ponto C. Momento de um binário Definição CM O momento resultante é definido pela soma de todos os momentos que atuam sobre determinado corpo: M M M M MR n= + + + +1 2 3 ... ou M MR i i n = =1 Como essa grandeza é do tipo vetorial, para efetuar a soma, é fundamental diferenciar, por meio da convenção de sinais, o momento de força em um e em outro sentido. Nesse caso, podemos observar que, em relação ao eixo de rotação C: F1 tende a girar a barra no sentido anti-horário (momento positivo); T não produz momento, já que a linha de ação da força passa pelo ponto de rotação: ponto C (momento nulo); P tende a girar a barra no sentido horário (momento negativo); F2 tende a girar a barra no sentido horário (momento negativo). Desse modo, o momento resultante pode ser determinado pela soma aritmética: MR = +MF 1 – MP – MF 2 Um binário refere-se à ação de duas forças de mesma intensidade, não colineares, de mesma direção, mas de sentidos contrários, aplicadas em uma barra, por exemplo. Um binário refere se à açãão de duas forças deUU m d u U Momento resultante de um binário O momento resultante de um binário é dado pela soma dos momentos gerados pelas duas forças atuantes sobre ele em relação a um ponto (O) ou eixo de rotação. Observe o binário a seguir. Adotando a convenção de sinais apresentada anteriormente, podemos representar o momento resultante desse exemplo, em relação ao ponto O, por: MR = F · d 2 + F · d 2 Portanto, a resultante do momento do binário, fica representada por: d: Distância em m (SI) F: Força em N (SI) MR: Momento resultante em N · m (SI) MR = F · d O d → F → F d 2 d 2 + + F IS 6. ESTÁTICA DOS SÓLIDOS 41• • 4. (UECE) Desejando-se montar uma árvore de natal usando um pinheiro natural e de pequeno porte, será necessário removê-lo de uma floresta. Assim, optou-se por realizar a extração dessa planta, mediante o tombamento de seu tronco. Assumindo-se que o caule pode ser tratado como uma haste rígida, a força para que haja maior torque em relação ao ponto de fixação no solo deverá ser aplicada, nesse caule, a) o mais próximo possível do solo. b) na altura média da árvore. c) em qualquer ponto. X d) o mais distante possível do solo. Considere um monjolo composto de uma cuba de massa 3 kg (quando vazia), com um volume interno correspondente a um tronco de seção transversal trapezoidal, equivalente ao volume de um cubo de aresta a igual a 20 cm. A água escoa para dentro dessa cuba com uma vazão Z 3/s. No instante em que o recipiente se encontra completamente cheio, inicia-se o movimento de descida. Considere também que o centro de massa do conjunto (cuba + água) está a uma distância de 80 cm do eixo de rotação e que o equipamento encontra-se na horizontal, até que a cuba esteja totalmente cheia. O tempo para que ela esteja completamente cheia e o momento de força produzido por ela sobre o braço do monjolo nesse instante, em relação ao eixo fixo de rotação ao qual o braço encontra-se fixado, são, respectivamente: (Dados: g = 10 m/s2 e dágua = 1 g/cm3.) a) 4 s e 8,8 N · m. b) 240 min e 88 N · m. c) d) 4 s e 880 N · m. X e) 4 s e 88 N · m. EM13CNT306 O torque de uma força é dado por: M = F · d. Nessa equação, F é a força perpendicular ao braço do movimento e d, a distância até o ponto de fixação. Portanto, para que se tenha o maior torque, a força deve ser aplicada no ponto mais distante do solo (que é o ponto de fixação). 5. A figura ilustra um tipo de monjolo, uma ferramenta hidráulica simples, que se usava antigamente para moer grãos de milho e café, por exemplo. A força da queda-d’água movimenta o equipamento como se fosse uma gangorra. De um lado, há uma cuba que recebe a água até se encher completamente. Isso faz com que a outra parte do monjolo, onde há uma estaca, se levante. Quando a cuba esvazia, o movimento se inverte. Nesse sobe-e-desce, os grãos vão sendo socados e moídos dentro de um pilão. Na imagem a seguir, temos um esquema de montagem simples de um monjolo: Para descobrir o tempo necessário para que a cuba fique completamente cheia, devemos determinar o volume de água que corresponde ao seu volume interno. De acordo com o enunciado, esse volume é equivalente ao volume de um cubo de aresta a igual a 20 cm, e a vazão Z da água equivale a 2 000 cm3/s. Portanto, o volume do cubo é dado por: V = 203 = 8 000 cm3 Dessa forma, podemos determinar o tempo t dividindo o volume total pela vazão: t = 8 000/2 000 ∴ t = 4 s Determinação da massa de água: d = m/V Como d = 1 000 kg/m3 e V = 0,008 m3, temos: 1 000 = m 0 008, m = 8 kg O peso total do conjunto cuba + água pode ser calculado por: Pt = Pc + Pa Portanto: Pt = (mc + ma) · g ⇒ Pt = (3 + 8) · 10 = 110 N O momento provocado pela força peso do conjunto equivale ao produto dessa forçapela distância d da linha de ação dessa força ao eixo de rotação, que é equivalente a 0,8 m: M = Pt · d = 110 · 0,8 ∴ M = 88 N · m ATIVIDADES Di vo P ad ilh a Di vo P ad ilh a 42 FÍSICA• • 6. (UFSCar – SP) Quando novo, o momento total do binário de forças mínimas, iguais, constantes e suficientes para atarraxar o regulador ao botijão de gás, tinha intensidade 2 · F · d, em N · m. Agora, quebrado como está, a intensidade das novas forças mínimas, iguais e constantes, capazes de causar o mesmo efeito, deve ser maior que F em: Para abrir o portão, uma pessoa exerce uma força perpendicular de 20 N no ponto B, produzindo um momento resultante MB. O menor valor da força que deve ser aplicada no ponto A para que o momento resultante seja igual a MB, em newtons, corresponde a: a) 15 b) 30 c) 45 X d) 60 a) 1 4 X b) 1 3 c) 1 2 d) 2 3 e) 3 4 7. (UERJ) Um portão fixado a uma coluna está articulado nos pontos P1 e P2, conforme ilustra a imagem a seguir, que indica também três outros pontos: O, A e B. Sabe-se que OB = 2,4 m e OA = 0,8 m. Avaliando o equilíbrio de rotação em relação ao ponto O, para a condição imposta pelo enunciado, temos que: MA = MB ⇒ FA · dA = FB · dB Inserindo os dados do enunciado nessa equação, temos: FA = F d d B B A · · , , = 20 2 4 0 8 ∴ FA = 60 N 8. (UP – PR) Os guindastes de torre, muito usados em grandes construções, são constituídos de uma torre vertical que suporta uma haste horizontal distribuída de maneira assimétrica. O braço mais curto possui um contrapeso de concreto que auxilia a equilibrar a torre, e o braço mais longo é o que suporta as cargas que serão suspensas, como o ferro e o concreto. Apesar de aparentar desiquilíbrio, o sistema é bem equilibrado e seguro. Para içar com segurança, quanto maior o peso, mais próximo da torre ele deve ser levantado. O torque (ou momento) máximo que o guindaste pode Sabendo que o braço longo tem 50 m, se o operador do guindaste precisa levantar uma carga de 8 toneladas, qual é a maior distância d, em metros, do ponto de apoio da torre que ele pode fazer isso com segurança? (Considere g = 10 m/s2 a) 7,5 X b) 12,5 c) 18,0 d) 25 e) 50 dos momentos gerados pelas forças de mesma intensidade (binário), aplicadas em cada braço do regulador, representa o momento resultante MR, já que, com um braço quebrado, o efeito causado deve ser o mesmo. F’ · d + F’ · d 2 = 2 · F · d ⇒ 3 2 · F’ · d = 2 · F · d F’ = 4 3 · F = 3 3 · F + 1 3 · F. Portanto, as novas forças são maiores que F em 1 3 . De acordo com o enunciado, MR = 2 · F · d. Então, podemos concluir que a soma F IS 6. ESTÁTICA DOS SÓLIDOS 43• • Equilíbrio do corpo extenso Ao tratar da condição de repouso de um corpo cujas dimensões não podem ser desprezadas, além de exigir que sua velocidade escalar permaneça nula (força resultante sobre o corpo deve ser nula), é preciso evitar que o corpo gire. Mas, caso o equilíbrio seja dinâmico, a velocidade do corpo deve ser constante e diferente de zero (força resultante continua sendo nula) e ele pode estar girando de modo uniforme. Assim, para que corpos extensos permaneçam em equilíbrio, além de a resultante das forças ser nula (FR = 0), o momento resultante deve ser nulo (MR = 0). Nessa situação, o corpo mantém sua velocidade escalar e sua velocidade angular constantes. Logo, corpos extensos em equilíbrio não têm aceleração escalar nem aceleração angular. Para que um corpo extenso permaneça em equilíbrio, é necessário que seja satisfeita a condição de equilíbrio de translação e equilíbrio de rotação. Logo, as condições de equilíbrio de um corpo extenso são: Equilíbrio de translação FR = 0 ou F F F F FR n= + + + +1 2 3 0... Equilíbrio de rotação MR = 0 ou M M M M MR n= + + + +1 2 3 0... Quando um corpo está em equilíbrio, a soma dos momentos que tendem a fazê-lo girar no sentido horário é igual à soma dos momentos que tendem a fazê-lo girar no sentido anti-horário. Assim, na resolução de problemas, esse modo de pensar pode ser uma forma interessante para chegarmos mais facilmente aos resultados desejados. M MAnti-horário Horário= Equilíbrio do corpo extenso sobre um apoio Um brinquedo muito comum em parquinhos infantis é a gangorra, semelhante à da situação representada a seguir. Para essa situação, o sistema encontra-se em equilíbrio. Considere que as forças que as crianças aplicam sobre a gangorra de peso Pg equivalem aos seus próprios pesos (P1 e P2 ) e que o apoio exerça sobre a gangorra uma força F . Sendo assim, podemos obter a seguinte ilustração: → P2 d2d1 → Pg → F → P1 A ©Shutterstock/Niroworld © Sh ut te rs to ck /K S at da m ro ng © Sh ut te rs to ck /T m la u 44 FÍSICA• • EXEMPLOS RESOLVIDOS Analisando o equilíbrio em relação ao ponto de apoio A, podemos notar que as forças F e Pg não provocam tendência de rotação sobre a gangorra, já que a linha de ação dessas forças passa pelo ponto de rotação. Então, como a distância da linha de ação dessas forças até o ponto A vale zero, elas apresentam momento nulo. Sendo assim, temos a seguinte equação: M MAnti-horário Horário= MP1 = MP2 ⇒ P1 · d1 = P2 · d2 Considere uma situação em que um esportista de um trampolim, que é uma barra homogênea O trampolim é sustentado pelos apoios situados em A, B e C, que representam os pontos de contato entre os suportes e a barra. A figura a seguir ilustra o momento em que o nadador está em repouso sobre o trampolim, antes do salto. Os centros de massa da barra e do nadador e B se encontra o apoio C exerce sobre o trampolim uma força de forças que os suportes A e B exercem sobre o ele. Equilíbrio do corpo extenso sobre dois ou mais apoios A Física dá suporte para que possamos entender muito daquilo que vemos ao redor. A construção civil, por exemplo, utiliza muitos dos conhecimentos estudados neste capítulo para garantir a estabilidade das edificações. Um edifício ou uma ponte devem permanecer em repouso e, por isso, as condições de equilíbrio de um corpo extenso devem ser rigorosamente obedecidas. RESPOSTA Para a resolução, vamos considerar que a força que o nadador exerce sobre o trampolim é sua própria força peso. Assim, marcando as forças exercidas sobre o trampolim, bem como as distâncias da linha de ação dessas forças até o suporte B, obtemos a ilustração a seguir. A B C 1,0 m 1,5 m 2,5 m 5,0 m A B C CM → P → PN → FA → FB → FC Experimento prático. 1 Nadador Nadador F IS 6. ESTÁTICA DOS SÓLIDOS 45• • 9. (FAMERP – SP) O pai de uma criança pretende pendurar, no teto do quarto de seu filho, um móbile constituído por: seis carrinhos de massas iguais, distribuídos em dois conjuntos, A e B; duas hastes rígidas de massas desprezíveis, com marcas igualmente espaçadas; e fios ideais. O conjunto A já está preso a uma das extremidades da haste principal do móbile. 10. (MACKENZIE – SP) Uma cancela manual é constituída de uma barra homogênea AB de comprimento L = 2,40 m e massa M = 10,0 kg, está articulada no ponto O, onde o atrito é desprezível. A força F tem direção vertical e sentido descendente, como mostra a figura [...]. FA : Força que o suporte A exerce sobre o trampolim. FB : Força que o suporte B exerce sobre o trampolim. FC : Força que o suporte C exerce sobre o trampolim (1 600 N). P : Força peso do trampolim (800 N). PN : Força peso do nadador, e que ele exerce sobre o trampolim. mN 2. PN = mN · g = 60 · 10 = 600 N. Aplicando o equilíbrio de rotação para a barra (trampolim) e tomando o ponto B como o ponto de rotação, temos: M MAnti-horário HorárioB B = FA · 1 + FC · 1,5 = P · 2,5 + PN · 1,5 FA + 1 600 · 1,5 = 800 · 2,5 + 600 · 5 FA + 2 400 = 2 000 + 3 000 FA = 5 000 – 2 400 ∴ FA = 2 600 N Aplicando o equilíbrio de translação, temos que: Fy = 0 FA + P + PN = FB + FC 2 600 + 800 + 600 = FB + 1 600 ∴ FB = 2 400 N EM13CNT306 Sabendo que omóbile será pendurado ao teto pelo ponto P, para manter o móbile em equilíbrio, com as hastes na horizontal, o pai da criança deverá pendurar o conjunto B, na haste principal, no ponto a) 5 b) 1 X c) 4 d) 3 e) 2 Considerando a aceleração da gravidade g = 10,0 m/s2, a intensidade da força mínima que se deve aplicar em A para iniciar o movimento de subida da cancela é a) 150 N b) 175 N X c) 200 N d) 125 N e) 100 N ATIVIDADES Para resolver a questão, vamos utilizar a condição de equilíbrio de um corpo extenso: MA = MB Em MA, temos quatro carrinhos pendurados, e a distância do ponto P é d = 2. Já em MB, temos dois carrinhos e precisamos descobrir a que distância d eles precisam ser pendurados para que o móbile permaneça em equilíbrio. Vamos chamar essa distância de x. FA · dA = FB · dB ⇒ 4 · m · g · 2 = 2 · m · g · x 8 = 2 · x ⇒ x = 8 2 ⇒ x = 4 Para resolver a questão, vamos tomar o ponto O como eixo de articulação entre os pontos MF e MP . Aplicando a condição de equilíbrio, temos: MF = MP ⇒ F · dA = F · dB ⇒ F · 0,4 = P · 0,8 A distância do centro de massa até ponto O é o dobro da distância de onde a força F é aplicada até o ponto O. Assim, para que a barra permaneça em equilíbrio, a força F deve ser o dobro da força peso. F = 2P ⇒ F = 2 · m · g ⇒ F = 2 · 10 · 10 ⇒ F = 200 N 46 FÍSICA• • 11. (UFPR) Uma prancha PQ, apoiada sobre o suporte A, está em equilíbrio estático quando vista por um observador inercial. Ela está sujeita à ação de forças produzidas por alguns agentes, conforme mostra a figura a seguir. No ponto B, um objeto de massa m = 1,0 kg é preso por um cabo inextensível e de massa desprezível, ficando suspenso sob a ação gravitacional. Para manter a prancha em equilíbrio na posição horizontal, no ponto C age uma mola de constante de mola K = 60 N/m, também de massa desprezível. O peso da prancha PQ pode ser desprezado em comparação com as forças produzidas pelos outros agentes atuando sobre ela. Para efeitos de cálculo, se necessário use g = 10 m/s2 para o valor do módulo da aceleração gravitacional no local, suposta constante. a) as forças normais nos dois pontos de contato formam um ângulo de 60° entre si. X b) as forças normais nos dois pontos de contato são perpendiculares entre si. c) a força normal sobre a escada no ponto de apoio com a parede forma um ângulo de 60° com a vertical. d) a força normal sobre a escada no ponto de apoio com a parede forma um ângulo de 30° com a vertical. a) A mola agindo no ponto C está esticada por um comprimento ΔL. Determine ΔL, supondo que a lei de Hooke seja válida nesse caso. Para que haja equilíbrio estático, a barra não deve sofrer rotação. Assim, o momento da massa deve ser igual ao momento da força elástica. Usando como eixo de rotação a posição do apoio no ponto A, temos: Anti-horário HorárioM = M P · d1 = Fel · d2 ⇒ m · g · d1 = K · ΔL · d2 ⇒ 1 · 10 · 3 = 60 · ΔL · 5 30 = 300 · ΔL ∴ ΔL = 0,1 m b) O suporte em A exerce uma força de módulo F sobre a prancha. Determine F. Com o valor de ΔL, podemos calcular a força elástica: Fel = K · ΔL = 60 · 0,1 ⇒ Fel = 6 N O peso da massa é dado por: P = m · g = 1 · 10 ⇒ P = 10 N Para manter o equilíbrio de translação da barra, as forças que a puxam para baixo devem ser iguais à força normal no ponto de apoio em A. Portanto, temos que: NA = P + Fel ⇒ NA =10 + 6 ∴ NA = 16 N Considerando as forças sobre a escada, podemos construir o esquema ao lado. Pela imagem, percebemos que as forças normais, da parede sobre a escada e do chão sobre a escada, são perpendiculares entre si. N2 N1 P 60° 13. (FUVEST – SP) Em uma academia de musculação, uma barra B, com 2,0 m de comprimento e massa de 10 kg, está apoiada de forma simétrica em dois suportes, S1 e S2, separados por uma distância de 1,0 m, como indicado na figura. Para a realização de exercícios, vários discos, de diferentes massas M, podem ser colocados em encaixes, E, com seus centros a 0,10 m de cada extremidade da barra. O primeiro disco deve ser escolhido com cuidado, para não desequilibrar a barra. Dentre os discos disponíveis, cujas massas estão indicadas a seguir, aquele de maior massa e que pode ser colocado em um dos encaixes, sem desequilibrar a barra, é o disco de: 12. (UECE) Uma escada, em equilíbrio estático, é apoiada em uma parede vertical e repousa formando um ângulo de 60° com uma calçada horizontal. Sobre as forças de contato atuando na escada, é correto afirmar que: a) 5 kg X b) 10 kg c) 15 kg d) 20 kg e) 25 kg Agora, você pode fazer as atividades 22 a 29 da seção Conquista Enem. 22 a 29 da seçççççççççção Conqqqqqqqqqquista Enem.Agora, você pode fazer as atividades Agggggggggggora, você popppppppppppp de fazer as atividadess © Sh ut te rs to ck /U ni ky lu ck k © Sh ut te rs to ck /B ill io n Ph ot os F IS 6. ESTÁTICA DOS SÓLIDOS 47• • Trabalho e segurança Os guindastes são equipamentos robustos e com alta capacidade para transportar cargas pesadas. São utilizados para içamento (levantamento) e movimentação de peças ou estruturas a alturas e distâncias elevadas. Operar esses equipamentos requer planejamento apurado, dimensionamento criterioso, estrita obediência às normas e regulamentações existentes, bem como o envolvimento de profissionais qualificados. FIQUE POR DENTRO EM13CNT306, EM13CNT303 [...] o planejamento da movimentação de guindastes deve focar três pontos prioritariamente: 1. Equipamentos – Os equipamentos têm capacidade adequada para a operação? Eles estão em condições seguras de operação, foram inspecionados e testados? Existe um responsável técnico legalmente habilitado? 2. Pessoas – Elas estão aptas a operar os equipamentos? A experiência dos colaboradores está de acordo com o nível de dificuldade da operação? As pessoas são certificadas? 3. Procedimentos – Eles estão bem definidos e cobrem todos os pontos da operação? Os colaboradores têm conhecimento e aplicam esses procedimentos? [...] Além do planejamento, uma operação segura de movimentação de cargas não pode prescindir de profissionais com aptidão, saúde avaliada através de exames médicos conforme programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO), capacitado em curso ministrado por profissionais com proficiência no assunto. [...] tal formação deve englobar, no mínimo: • Conhecimento da máquina e suas inovações tecnológicas • Riscos e medidas de prevenção na operação de guindaste • Técnica de amarração de cargas • Estudo do manual do fabricante • Estudo sobre as tabelas de cargas • Estudo da influência do vento na operação de guindaste com carga • Sinalização manual e via rádio • Interpretação do plano de rigging • Prática operacional com operações de movimentação do transportador e operações de içamento de carga. A operação de guindastes quase sempre envolve uma equipe composta por um supervisor de movimentação de cargas, um operador para cada equipamento e auxiliares de movimentação de cargas (sinaleiros amarradores). Todos eles devem ter pleno conhecimento de suas responsabilidades e atribuições. Além disso, sempre deve haver um único líder, pré-definido, que será o responsável pela operação. NAKAMURA, Juliana. Saiba como garantir a segurança na operação de guindastes. Disponível em: https://www.aecweb.com.br/revista/materias/saiba-como-garantir-a-seguranca-na-operacao-de- guindastes/16935. Acesso em: 4 maio 2021. 48 FÍSICA• • As principais normas técnicas brasileiras que abordam a montagem e a operação de guindastes são: ABNT NBR 16463-1: guindastes; ABNT ; ABNT NBR ISO 2408: cabos de aço para uso geral – requisitos mínimos; e ABNT NBR ISO 4309: equipamentos de movimentação de carga – cabos de aço – cuidados, manutenção, instalação, inspeção e descarte. Alavanca Alavanca é todo objeto utilizado para multiplicar o efeito de uma força por meio do momento de força. Normalmente esse dispositivo é constituídopor uma barra que pode girar em torno de um eixo, uma força que provoca rotação e outra força que se opõe à rotação. Observe a imagem a seguir e a descrição subsequente de cada um dos itens nela indicados. FP FR PF FP : Força potente, exercida pelo operador da alavanca. Essa é a força aplicada com o objetivo de levantar, sustentar e equilibrar. FR : Força resistente, exercida pelo objeto a ser levantado, sustentado e equilibrado. PF: Ponto fixo, em torno do qual a alavanca pode girar. Na ilustração anterior, o apoio em torno do qual a barra pode girar é chamado de cunha, cutelo, fulcro ou, simplesmente, ponto de apoio. Em geral, uma alavanca é usada para que o operador faça um esforço menor do que faria caso tentasse levantar ou sustentar determinado objeto diretamente. Isso significa que utilizar uma alavanca pode trazer certa vantagem, a qual é expressa por meio de uma relação chamada de vantagem mecânica VM. Para calcular essa vantagem, basta dividir o módulo da força resistente pelo módulo da força potente. Assim: Nessa equação, VM mostra quantas vezes a força de resistência é maior que a força de potência. Por exemplo, caso certa alavanca permita que o operador sustente com determinada força um objeto de peso quatro vezes maior, dizemos que o sistema oferece uma vantagem mecânica de quatro vezes ou, simplesmente, VM FP: Força potente em N (SI) FR: Força resistente em N (SI) VM: Vantagem mecânica V F FM R P = As so ci aç ão B ra si le ira d e No rm as T éc ni ca s Aprofundamento do conteúdo.2 ©Shutterstock/Zenobillis © Sh ut te rs to ck /Z ha nn a K av ali ov a © Sh ut te rs to ck /A rti om P ho to © Sh ut te rs to ck /A nd re y S ay fu td in ov © Sh ut te rs to ck /D od ot on e © Sh ut te rs to ck /E ka te rin a K on dr at ov a © Sh ut te rs to ck /P he eli ng s m ed ia © Sh ut te rs to ck /A nd rii Z as tro zh no v © Sh ut te rs to ck /M ilo vz or ov a E len a © Sh ut ter sto ck /R oz hk ov D en is ©Shutterstock/StrDr stock F IS 6. ESTÁTICA DOS SÓLIDOS 49• • Tipos de alavanca Agora, veja alguns exemplos de aplicações práticas de alavancas do cotidiano. Tente identificar que tipo de alavanca (interfixa, interpotente e inter-resistente) cada ferramenta representa. As alavancas são classificadas em três tipos: interfixa, interpotente e inter-resistente. Interfixa: é aquela em que o ponto fixo está em alguma posição entre a força potente e a força resistente. Interpotente: é aquela em que a força potente está em alguma posição entre o ponto fixo e a força resistente. Inter-resistente: é aquela em que a força resistente está em alguma posição entre o ponto fixo e a força potente. Para entender como atuam as forças nos exemplos de alavancas mostrados, observe as ilustrações a seguir, de uma pinça (interpotente) e de um alicate (interfixa), respectivamente. → FP → FP → FP → FP PF PF → FR → FR EM13CNT301 © Sh ut te rs to ck /F ot ok ol ia © Sh ut te rs to ck /A pi si t H rp p ©Shutterstock/Chanchai Boonma © Sh ut te rs to ck /K ae w L iv er ©Shutterstock/Steve Barze ©Shutterstock/Allstars © Sh ut te rs to ck /C an D es in g 50 FÍSICA• • Observe a imagem ao lado, em que uma barra e um pedaço de madeira são utilizados para mover uma pedra pesada. Que tipo de alavanca está sendo utilizada? A pedra seria removida com mais facilidade se a madeira estivesse mais próxima ou mais afastada dela? 3 Comentário da questão. EXEMPLOS RESOLVIDOS A ilustração a seguir representa a mão de uma pessoa segurando uma esfera de material bastante denso. → FR A → FU → FP Úmero Bíceps De acordo com a situação ilustrada, o bíceps (músculo) tenta sustentar o antebraço, sendo ele o responsável pelo surgimento da força potente sobre o antebraço. Por outro lado, o peso do conjunto antebraço e esfera, é responsável pela força resistente. Então, simplificadamente, temos: FP – força potente, aplicada pelo bíceps sobre o antebraço; FR – força resistente, representada pelas forças peso do conjunto antebraço e esfera; FU – força de contato, aplicada pelo úmero, sobre o antebraço. É onde se situa o ponto fixo ou ponto contido no eixo de rotação, em torno do qual o antebraço pode girar; A – representa o ponto de aplicação de FU, da articulação. Esse sistema ilustra um exemplo de alavanca. Que tipo de alavanca ele representa? RESPOSTA O exemplo ilustra uma alavanca interpotente. Suponha que FU esteja aplicada sobre o ponto de rotação A e que as linhas de ação de FP e FR rotação. Considere também que o antebraço precise sentido, determine a força potente necessária para sustentar o antebraço na horizontal. RESPOSTA Simplificadamente, podemos entender que o antebraço é uma barra e que as forças mostradas na ilustração são aplicadas sobre ela, com A sendo o ponto em torno do qual essa barra rotaciona. © Sh ut te rs to ck /G ra nd pa © Sh ut te rs to ck /F is Bi oF ac il F IS 6. ESTÁTICA DOS SÓLIDOS 51• • Sendo assim, podemos esquematizar essa situação da seguinte maneira: dR dP A → FP → FR → FU 14. (ACAFE – SC) Para cortar galhos de árvores um jardineiro usa uma tesoura de podar, como mostra a figura 1. Porém, alguns galhos ficam na copa das árvores e como ele não queria subir nas mesmas, resolveu improvisar, acoplando à tesoura cabos maiores, conforme figura 2. EM13CNT301, EM13CNT307 Assim, assinale a alternativa correta que completa as lacunas da frase a seguir. Utilizando a tesoura da __________ o rapaz teria que fazer uma força __________ a força aplicada na tesoura da __________ para produzir o mesmo torque. X a) figura 2 – menor do que – figura 1 b) figura 2 – maior do que – figura 1 c) figura 1 – menor do que – figura 2 d) figura 1 – igual – figura 2 O torque ou momento linear é determinado pela expressão MF = F · d. Logo, como o jardineiro aumentou os braços da tesoura, terá que fazer uma força menor para produzir o mesmo torque que produziria utilizando a tesoura sem esses braços. a) Como é classificada essa alavanca, interfixa, interpotente ou inter-resistente? Por quê? É uma alavanca interfixa, pois o ponto fixo está localizado entre a força potente e a resistente. b) Onde está o ponto fixo? No ponto C. c) Qual é a força resistente? O peso do objeto. d) Qual é a força potente? A força F. e) Considerando que a massa do objeto apoiado na extremidade esquerda seja de 100 kg, determine o módulo da força F para que o conjunto permaneça em equilíbrio. 15. Para sustentar um pesado objeto, uma pessoa utiliza uma alavanca constituída por uma barra de peso desprezível apoiada sobre um fulcro, conforme indica a figura a seguir. Com base nesse esquema, responda às questões propostas e, quando necessário, para a aceleração da gravidade, adote 10 m/s2. A AAnti-horário HorárioM = M F · 0,8 = PO · 0,2 ⇒ F ∙ 0,8 = mO · g · 0,2 ⇒ F ∙ 0,8 = 100 ∙ 10 ∙ 0,2 F ∙ 0,8 = 200 ∴ F = 250 N Como a linha de força de FU passa pelo ponto de rotação A, o momento de FU é nulo. Então, aplicando o equilíbrio de rotação para a barra, temos: M MAnti-horário HorárioA A = FP · dP = FR · dR FP FP · 3 = 1 800 ∴ FP P R representam, respectivamente, as distâncias das linhas de ação de FP e de FR até o ponto A. ATIVIDADES 52 FÍSICA• • 16. (ACAFE – SC) Pedro foi com a namorada em um restaurante para comer sushi. Entretanto, não sabia utilizar os palitos tradicionais para pegar o alimento. O garçom, então, forneceu palitos alternativos, presos em uma das extremidades (A), assim podia utilizá-los, como mostra a figura abaixo. Sendo o módulo do peso P = 50 N e o módulo do peso do antebraço Pa = 20 N, qual é o módulo da força FB? a) 70 N b) 370 N c) 450 N d) 460 N X e) 530 N Com base no exposto, assinale a alternativa que completa, corretamente, as lacunas da frase a seguir.O conjunto de palitos dado a Pedro funciona como uma alavanca ___________, dessa forma, a força aplicada __________ é maior que a força aplicada ___________. X a) interpotente – por Pedro nos palitos – pelos palitos no sushi b) inter-resistente – por Pedro nos palitos – pelos palitos no sushi c) interpotente – pelos palitos no sushi – por Pedro nos palitos d) inter-resistente – pelos palitos no sushi – por Pedro nos palitos 17. (UFRGS – RS) A figura abaixo representa esquematicamente, o braço e o antebraço de uma pessoa que está sustentando um peso P. O antebraço forma um ângulo de 90° com o braço. FB é a força exercida pelo bíceps sobre o antebraço, e FC é a força na articulação do cotovelo. Em relação ao eixo de rotação, para o equilíbrio de rotação, temos que: A AAnti-horário HorárioM = M FB · 4 = Pa · 16 + P · 36 FB · 4 = 20 · 16 + 50 · 36 FB · 4 = 320 + 1 800 FB · 4 = 2 120 ∴ FB = 530 N 18. A ilustração a seguir, representando o pé de um adulto de porte médio, mostra as forças aplicadas sobre a estrutura óssea que o compõe. O sistema de forças pode ser comparado a uma alavanca. Nesse caso, trata- -se de uma alavanca do tipo inter-resistente, em que a força resistente (FR) está localizada entre o ponto fixo e a força potente. Suponha que a força potente exercida pelo tendão sobre o calcanhar tenha uma intensidade de 30 N. Sendo assim, estime a intensidade aproximada de FR para um adulto de porte médio. Considere que bR corresponde a 70% da medida de bP. → FrC → FR bR bP → FP F Considerando o pé de um adulto de porte médio, podemos estimar que a distância bp ≅ 18 cm. Portanto, podemos calcular bR da seguinte maneira: bR = 0,7 · bP bR ≅ 12,6 cm Considerando o equilíbrio de rotação em relação ao apoio P, temos que: A AAnti-horário HorárioM = M FP · bP = FR · bR ⇒ 30 · 18 = FR · 12,6 ⇒ 540 = FR · 12,6 ∴ FR ≅ 43 N Agora, você pode fazer as atividades 30 a 34 da seção Conquista Enem. 30 a 34 da seçççççççççção Conqqqqqqqqqquista Enem.Agora, você pode fazer as atividades Agggggggggggora, você popppppppppppp de fazer as atividadess © Sh ut te rs to ck /F is Bi oF ac il F IS 6. ESTÁTICA DOS SÓLIDOS 53• • 19. ENEM Slackline é um esporte no qual o atleta deve se equilibrar e executar manobras estando sobre uma fita esticada. Para a prática do esporte, as duas extremidades da fita são fixadas de forma que ela fique a alguns centímetros do solo. Quando uma atleta de massa igual a 80 kg está exatamente no meio da fita, essa se desloca verticalmente, formando um ângulo de 10° com a horizontal, como esquematizado na figura. Sabe-se que a aceleração da gravidade é igual a 10 m · s–2, cos (10°) = 0,98 e sen (10°) = 0,17. que g = 10 m/s2, que cos 60° = sen 30° = 0,5 e considerando as informações da figura, pode-se afirmar que a frequência fundamental de ondas estacionárias no trecho AB da corda é a) 56 Hz X b) 50 Hz c) 35 Hz d) 48 Hz e) 40 Hz 21. (ACAFE – SC) A tecnologia tem ajudado na realização de nossas atividades diárias dando-nos objetos que dão mais praticidade e conforto. A cadeira é um desses objetos. Hoje há cadeiras construídas com vários materiais e objetivos, e que apresentam mais tecnologia incorporada que antigamente. Recentemente, apareceu no mercado a cadeira gamer para quem deseja ficar muito tempo sentado, jogando vídeo game ou estudando. As figuras 1, 2, 3 e 4 mostram uma pessoa sentada e imóvel em uma cadeira gamer, em quatro posições distintas e com os pés sem tocar no chão. CONQUISTA ENEM Qual é a força que a fita exerce em cada uma das árvores por causa da presença da atleta? a) 4,0 · 102 N b) 4,1 · 102 N c) 8,0 · 102 N X d) 2,4 · 103 N e) 4,7 · 103 N 20. (FAC. ALBERT EINSTEIN – SP) Um bloco de massa m = 4 kg é mantido em repouso, preso a uma corda de densidade linear de massa μ = 4 · 10–3 kg/m, que tem sua outra extremidade fixa no ponto A de uma parede vertical. Essa corda passa por uma roldana ideal presa em uma barra fixa na parede, formando um ângulo de 60° com a barra. Considere que um diapasão seja colocado para vibrar próximo desse sistema e que ondas estacionárias se estabeleçam no trecho AB da corda. Com base no exposto, analise as afirmativas a seguir. l. A força total aplicada pela pessoa sobre a cadeira é maior na figura 1 que na figura 4. ll. Se considerarmos o centro de massa da pessoa sempre na mesma posição em relação ao assento, a pressão de um dos pés da cadeira sobre o solo é a mesma, nas quatro figuras. lll. Se a área de contato da pessoa com o encosto da cadeira não se alterar nas quatro figuras, então a pressão sobre o encosto da cadeira é a mesma nas quatro figuras. lV. A força aplicada por um dos pés da cadeira sobre o solo depende somente do peso da pessoa. V. Nas quatro figuras a força resultante sobre a cadeira é nula. A opção contendo apenas afirmações corretas é: a) I – III – IV X b) II – V c) III – IV d) I – II – III Sabendo que a velocidade de propagação de uma onda por uma corda de densidade linear de massa μ, submetida a uma força de tração T, é dada por v T = , TEMA QUENTE 54 FÍSICA• • 22. (UNIOESTE – PR) Um semáforo, em equilíbrio estático, está instalado em uma via urbana, e é sustentado por uma haste horizontal fixa em um poste vertical e por um cabo com inclinação de 30° conforme a figura [...]. Em relação à distribuição e intensidade das forças que atuam no ponto X, é correto afirmar: 23. ENEM A figura mostra uma balança de braços iguais, em equilíbrio, na Terra, onde foi colocada uma massa m, e a indicação de uma balança de força na Lua, onde a aceleração da gravidade é igual a 1,6 m/s2, sobre a qual foi colocada uma massa M. a) o semáforo é mantido em equilíbrio devido à atuação exclusiva de duas forças no ponto X: uma força vertical representada pelo vetor força peso do semáforo e outra de tração orientada ao longo do cabo. b) a força peso e a componente vertical da força de tração orientada ao longo do cabo formam um par ação/reação conforme a terceira lei de Newton. c) para o sistema da figura, o aumento do ângulo entre o cabo e a haste horizontal de 30° para 40° gera acréscimo na intensidade da componente vertical da força de tração com o consequente aumento na força peso do semáforo. d) em relação a um eixo horizontal paralelo à haste e que passa pelo ponto X, o somatório das forças é diferente de zero, pois atua somente a componente horizontal da força de tração responsável por manter o semáforo fixo à haste horizontal. X e) no sistema mostrado na figura, as componentes das forças que atuam em relação a um eixo horizontal que passa pelo ponto X têm soma igual a zero, assim como as componentes das forças que atuam em relação a um eixo vertical que passa pelo ponto X. 24. (UECE) Uma chaminé de 30 m de altura pende, sem se quebrar, até uma inclinação de 30° com a vertical. Considere a aceleração da gravidade como 10 m/s2 e o diâmetro da chaminé muito menor que sua altura. Suponha que nessa configuração haja uma força vertical de 1 N puxando rumo ao solo a ponta da chaminé. Nesta situação, o torque exercido por essa força no topo da chaminé vale, em N · m: a) 150 b) 50 2 c) 300 2 X d) 15 25. (UDESC) Ao se fechar uma porta, aplica-se uma força na maçaneta para ela rotacionar em torno de um eixo fixo onde estão as dobradiças. Com relação ao movimento dessa porta, analise as proposições. I. Quanto maior a distância perpendicular entre a maçaneta e as dobradiças, menos efetivo é o torque da força. II. A unidade do torque da força no Sl é o N · m, podendo também ser medida em Joule (J). III. O torque da força depende da distância perpendicular entre a maçaneta e as dobradiças. IV. Qualquer que seja a direção da força, o seu torque será não nulo, consequentemente a porta rotacionará sempre. Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa II é verdadeira. b) Somenteas afirmativas I e II são verdadeiras. c) Somente a afirmativa IV é verdadeira. X d) Somente a afirmativa III é verdadeira. e) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. 26. ENEM O mecanismo que permite articular uma porta (de um móvel ou de acesso) é a dobradiça. Normalmente, são necessárias duas ou mais dobradiças para que a porta seja fixada no móvel ou no portal, permanecendo em equilíbrio e podendo ser articulada com facilidade. No plano, o diagrama vetorial das forças que as dobradiças exercem na porta está representado em a) b) A razão das massas M/m é a) 4,0 X b) 2,5 c) 0,4 d) 1,0 e) 0,25 TEMA QUENTE F IS 6. ESTÁTICA DOS SÓLIDOS 55• • c) X d) e) a) Construa um diagrama de forças para o sistema e, considerando g = 10 m/s2 calcule o peso máximo que poderia ser levantado pelo pedreiro. 27. (UEL – PR) Um pedreiro precisa transportar material para o primeiro piso de uma construção. Para realizar essa tarefa, ele utiliza um sistema do tipo elevador mostrado na figura a seguir. O peso máximo que pode ser levantado pelo sistema é limitado pelo peso do pedreiro e não pelo suporte ou pela corda. O pedreiro pesa 800 N. A partir dessas informações, responda aos itens a seguir. Pmáx = 1 600 N b) Considerando o elevador com peso máximo, calcule o módulo do torque no ponto A. M = 2 400 N · m 28. ENEM Em um experimento, um professor levou para a sala de aula um saco de arroz, um pedaço de madeira triangular e uma barra de ferro cilíndrica e homogênea. Ele propôs que fizessem a medição da massa da barra utilizando esses objetos. Para isso, os alunos fizeram marcações na barra, dividindo-a em oito partes iguais, e em seguida apoiaram-na sobre a base triangular, com o saco de arroz pendurado em uma de suas extremidades, até atingir a situação de equilíbrio. a) 3,00 kg b) 3,75 kg c) 5,00 kg d) 6,00 kg X e) 15,00 kg 29. (UPE) O BMX, também conhecido como bicicross, é o caçula do ciclismo. A origem da modalidade data das décadas de 1960 e 1970, época em que as vertentes mais tradicionais do esporte — estrada e pista — já faziam parte dos Jogos Olímpicos. O BMX surgiu graças à admiração de jovens norte- -americanos pelo motocross. A vontade de imitar as manobras dos ídolos, aliada à falta de equipamento, fez bicicletas serem utilizadas em pistas de terra. Nasceu, então, o Bicycle Moto Cross, ou simplesmente BMX. O BMX fez sua primeira aparição olímpica nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, com disputas tanto no masculino quanto no feminino. No Rio de Janeiro-2016, foi a terceira vez em que o BMX distribuiu medalhas em uma edição dos jogos. Fonte: http://tecnologia.hsw.uol.com.br/fibras-opticas5.htm, acessado em: 14 de julho de 2016. (Adaptado). Na montagem de uma estrutura de uma pista de BMX, uma barra de comprimento 2R e peso P está em equilíbrio, dentro de uma superfície semiesférica de raio R, conforme mostra a figura a seguir. Considerando-se que não há atrito no ponto de apoio A, ponto mais baixo da pista, qual é o valor do coeficiente de atrito estático no ponto de apoio B, na condição de deslizamento iminente? Nessa situação, qual foi a massa da barra obtida pelos alunos? a) 1,7 b) 1,4 X c) 1,0 d) 0,7 e) 0,5 30. (UECE) Considere uma gangorra defeituosa, em que o ponto de apoio não está no centro. É possível que, mesmo assim, haja equilíbrio estático, com a gangorra na horizontal e uma criança em cada extremidade, desde que 56 FÍSICA• • 32. (ACAFE – SC) Em uma loja três peças de roupas estão em uma arara (suporte para pendurar roupas), conforme mostra a figura. A arara é constituída por três partes, duas verticais (parte A e B) e uma na horizontal (parte C), todas de mesma massa (m = 1,00 kg). Cada peça de roupa e seu cabide formam um conjunto, então temos o conjunto 1 (m = 1,00 kg) que está 0,10 m da parte A, o conjunto 2 (m = 0,50 kg) que está a 0,20 m do conjunto 1 e o conjunto 3 (m = 1,50 kg) que está a 0,20 m da parte B. a) a soma dos torques sobre a gangorra seja oposta à força peso das crianças. b) o torque exercido sobre a gangorra em uma das extremidades seja igual à força peso na outra extremidade. c) as crianças tenham a mesma massa. X d) a soma dos torques sobre a gangorra seja nula. 31. (MACKENZIE – SP) A barra homogênea, de peso desprezível, está sob a ação de três forças de intensidades F1 = 20 N, F2 = 40 N e F3 = 60 N. A rotação produzida na barra em torno do ponto x é X a) no sentido anti-horário com um momento resultante de 1,2 · 102 N · m. b) no sentido horário com um momento resultante de 1,2 · 102 N · m. c) no sentido anti-horário com um momento resultante de 1,6 · 102 N · m. d) no sentido horário com um momento resultante de 1,6 · 102 N · m. e) inexistente. Considerando todas as partes da arara homogêneas e o módulo da aceleração da gravidade igual a 10 m/s2, assinale a alternativa correta que apresenta os módulos das forças, em newtons, que a parte C aplica sobre a parte A e B, respectivamente. X a) 20,5 e 19,5 b) 20,0 e 20,0 c) 24,5 e 15,5 d) 29,5 e 10,5 33. (EFOMM – RJ) Uma régua escolar de massa M uniformemente distribuída com o comprimento de 30 cm está apoiada na borda de uma mesa, com 2/3 da régua sobre a mesa. Um aluno decide colocar um corpo C de massa 2M sobre a régua, em um ponto da régua que está suspenso (conforme a figura). Qual é a distância mínima x, em cm, da borda livre da régua a que deve ser colocado o corpo, para que o sistema permaneça em equilíbrio? a) 1,25 b) 2,50 c) 5,00 X d) 7,50 e) 10,0 34. (EPCAR) Em feiras livres ainda é comum encontrar balanças mecânicas, cujo funcionamento é baseado no equilíbrio de corpos extensos. Na figura a seguir tem-se a representação de uma dessas balanças, constituída basicamente de uma régua metálica homogênea de massa desprezível, um ponto de apoio, um prato fixo em uma extremidade da régua e um cursor que pode se movimentar desde o ponto de apoio até a outra extremidade da régua. A distância do centro do prato ao ponto de apoio é de 10 cm. O cursor tem massa igual a 0,5 kg. Quando o prato está vazio, a régua fica em equilíbrio na horizontal com o cursor a 4 cm do apoio. Colocando 1 kg sobre o prato, a régua ficará em equilíbrio na horizontal se o cursor estiver a uma distância do apoio, em cm, igual a a) 18 b) 20 c) 22 X d) 24 LHO ELHO ELHO E 7 Conhecer as noções de conceitos iniciais relacionados a trabalho e energia. Determinar o trabalho de forças constantes e variáveis. Relacionar as diferentes modalidades de energia com trabalho e teoremas do trabalho e de energia. Compreender sobre sistemas conservativos e não conservativos. Resolver situações-problema, referentes a trabalho e energia, que permitam uma contextualização com o cotidiano. OBJETIVOS DO CAPÍTULO © Sh ut te rs to ck /V iav al To ur s DOBRE NA LINHA PONTILHADA ©Shutterstock/Everett Collection © Sh ut te rs to ck /S sp op ov 58 FÍSICA• • 7 Assim como força, energia também pode ser tratada como um conceito intuitivo, que não tem uma definição capaz de reunir todas as características de suas várias modalidades nas diversas teorias em que é utilizada. Apesar das dificuldades de definir essa grandeza de uma maneira única, na Mecânica, é relativamente simples determinar em que situações um corpo ou uma partícula tem energia, pois isso ocorre em apenas dois casos: • quando esse corpo ou essa partícula está em movimento; • quando esse corpo ou essa partícula, colocado(a) em certa posição, tem possibilidade de iniciar movimento espontaneamente. também apresenta certa quantidade de energia, pois tem a possibilidade de entrar em movimento espontaneamente a qualquer instante (basta ser solta, para que isso ocorra). TRABALHO DE UMA FORÇA Por causa de costumes que adquirimos na linguagem do dia a dia, é comum cometermos alguns equívocos quando tratamos de assuntosque exigem rigor científico. Um exemplo de erro comum é dizer que um corpo, uma partícula ou uma substância realizou determinado trabalho. Cientificamente, trabalho é atributo de uma força. Assim, um corpo pode estar sob ação de uma força, e ela é que pode ser capaz de realizar trabalho. Trabalho e energia são grandezas distintas, mas mantêm uma íntima relação entre si, tanto O veículo, por estar em movimento, tem uma quantidade específica de energia. A bola, que está na mão da pessoa, apesar de estar em repouso, que compartilham a mesma unidade de medida, que, no unidade é uma homenagem a que desenvolvia atividades científicas. Trabalho é o resultado de uma construção teórica desenvolvida para calcular quanta energia uma força aplicada em um corpo fornece a ele ou retira dele. Em Física, o que conhecemos atualmente a respeito de trabalho foi teorizado por diversos cientistas ao longo de séculos. Mesmo que a pessoa não tenha noção ou conheça a definição de trabalho para a Física, ela já aplica essa grandeza em seu cotidiano. Para as tarefas na agricultura, por exemplo, o uso de ferramentas manuais ou motorizadas, permite a realização de trabalho. Na agricultura familiar, pode-se preparar a terra utilizando-se um arado manual, que exige força animal e humana. Nesse caso, tanto a força aplicada pelo ser humano quanto pelo animal sobre a ferramenta realizam trabalho. Na agricultura moderna, o trabalho de preparo da terra e o plantio são realizados por meio da aplicação de forças, com o auxílio de equipamentos modernos. © Sh ut te rs to ck /F uj ji © Sh ut te rs to ck /E fk s © W ik im ed ia © Sh ut te rs to ck /P av lo B al iu kh F IS 7. TRABALHO E ENERGIA 59• • Trabalho de uma força constante Suponha uma situação corriqueira no dia a dia de qualquer pessoa: uma caixa em repouso sobre o solo plano e horizontal deve ser colocada em movimento e se deslocar durante algum tempo. Com esse intuito, aplica-se sobre esse objeto uma força F constante, cuja direção forma determinado ângulo em relação à direção do deslocamento s sofrido pela caixa, conforme mostra a figura a seguir. Considerando que F é a intensidade da força constante aplicada sobre a caixa, Δs é o módulo do deslocamento sofrido pelo corpo e α representa o ângulo formado entre os vetores força (F ) e deslocamento ( s ), podemos concluir que o trabalho (τF) realizado por uma força constante é obtido pela seguinte equação: Δ→s → F α Sempre que um corpo está se movimentando ou tem possibilidade de entrar em movimento espontaneamente, ele apresenta certa quantidade de energia. Isso significa que a caixa, inicialmente parada, não continha energia relacionada ao movimento. No entanto, após a aplicação da força F , como ela adquiriu movimento, é possível concluir que passou a ter essa energia. Mas como ocorreu a transferência de energia para essa caixa? Quando uma pessoa aplica uma força sobre a caixa, a energia acumulada bioquimicamente na musculatura dessa pessoa é despendida e transferida ao objeto empurrado. Fisicamente, a força que é aplicada sobre a caixa fornece energia a ela, realizando o trabalho que provoca o seu deslocamento. Um dos objetivos da alimentação é a reposição energética para o organismo por meio dos nutrientes ingeridos. No processo de um esforço físico, ocorre transformação de energia química em mecânica ou térmica. Pensando nessa situação, podemos levantar a seguinte questão: se uma força for aplicada por alguém contra uma parede, tentando, sem êxito, movimentá-la, estará fornecendo energia a essa parede? Nesse caso, novamente, a energia acumulada nos músculos é usada para contraí-los ou distendê-los com a intenção de movimentar a parede sobre a qual a força foi aplicada. Nesse caso, como o corpo empurrado não adquire movimento, a força exercida não realiza trabalho. Assim, a parede não recebe nada da energia despendida, pois a energia química antes armazenada na musculatura transforma-se, por exemplo, em energia térmica. A determinação do trabalho de uma força constante depende do cosseno do ângulo formado entre essa força e o deslocamento realizado pelo corpo no qual ela está aplicada. Dessa forma, é possível fazer uma análise trigonométrica da equação do trabalho de uma força constante. Como trabalho é uma grandeza escalar, mas força e deslocamento são vetoriais, essas duas grandezas físicas, envolvidas na equação usada para calcular o trabalho de uma força constante, devem ser usadas em módulo. Assim, o trabalho de uma força sempre apresenta o mesmo sinal do cosseno do ângulo formado entre a força e o deslocamento α). Acompanhe, a seguir, os casos possíveis. • α α é positivo. Nesse caso, o trabalho também tem sinal positivo (τF Isso ocorre quando ao menos parte da força que realiza o trabalho é favorável ao deslocamento do corpo. Nesse caso, dizemos que essa força fornece energia ao corpo, ajuda ou provoca o seu movimento e realiza um trabalho denominado motor. cos α: Cosseno do ângulo α Δs: Deslocamento em m (SI) F: Força em N (SI) τF: Trabalho em J (SI) τF = F · Δs · cos α 60 FÍSICA• • • α α é negativo. Nesse caso, o trabalho também tem sinal negativo (τF Se calcularmos a área do retângulo presente no gráfico do módulo da força pelo eixo que representa os espaços ocupados pelo corpo, chegaremos ao seguinte resultado: Área = F · Δs Como o que está sendo representado no diagrama é a componente de uma força na direção do deslocamento, o cosseno ângulo entre F e Δs vale um. Assim, ao calcular o trabalho dessa força, temos: τF = F · Δs · cos α = F · Δs Comparando os resultados do trabalho da força e da área do diagrama, podemos concluir que: Isso ocorre quando ao menos parte da força que realiza o trabalho é contrária ao deslocamento do corpo. Nesse caso, dizemos que essa força retira energia do corpo, atrapalha o seu movimento e realiza um trabalho denominado resistente. Encaminhamento do conteúdo. • Se α α é nulo. Nesse caso, o trabalho também vale zero (τF Confirmando o raciocínio matemático anterior, devemos nos lembrar de que forças perpendiculares à velocidade de um corpo não realizam trabalho. Nesse caso, dizemos que essa força não está fornecendo nem retirando energia do corpo, que não ajuda nem atrapalha o seu movimento e que o trabalho é nulo. Trabalho de uma força variável A equação τF · Δ · α é válida apenas para determinar o trabalho realizado por forças constantes. No entanto, na maioria das situações práticas, as forças que atuam sobre um corpo apresentam valor variável ao longo do seu movimento. Em situações assim, como podemos calcular o trabalho dessas forças? Para responder a essa pergunta, imagine a situação em que uma força ainda de módulo constante é aplicada sobre um corpo qualquer. A seguir, podemos observar o diagrama do módulo da componente dessa força na direção do movimento descrito em função do deslocamento do corpo. τF Área Assim, para determinar o trabalho de uma força variável, basta calcular a área formada no gráfico da componente dessa força na direção do deslocamento pelo eixo que representa o espaço. Encaminhamento do conteúdo. Mesmo que a força aplicada em um corpo tenha intensidade variável, é possível calcular o trabalho por ela realizado pelo método gráfico. Para isso, somamos todas as áreas acima do eixo dos espaços e subtraímos todas as áreas abaixo desse eixo. Para o diagrama apresentado anteriormente, determinamos o trabalho realizado pela força da seguinte maneira: τF A 2 1 2 N N F IS 7. TRABALHO E ENERGIA 61• • Trabalho da resultante das forças A resultante das forças é o resultado da soma vetorial de todas as forças que agem sobre um corpo. Outra maneira de defini-la é dizer que ela é a força fictícia que, se agisse sobre um corpo, causaria o mesmo efeito das forças que verdadeiramente atuam sobre ele. Afigura a seguir mostra um exemplo em que um objeto se desloca sob a ação de diversas forças. 2. (UECE) Uma pessoa, ao realizar um serviço na fachada de uma casa, fica apoiada pelos dois pés no topo de uma escada. Suponha que a escada perde o equilíbrio e tomba para trás, sem deslizar o ponto de apoio com o solo. Suponha também que a escada é indeformável, e que a trajetória do ponto de contato da pessoa com a escada seja um arco de círculo. Considere que a escada exerce sobre o usuário uma força de reação que tem direção radial nesse arco de círculo. Sobre o trabalho realizado pela força de reação da escada sobre os pés do usuário durante a queda, é correto afirmar que X a) é nulo pois a força de reação é perpendicular ao deslocamento. b) é dado pelo produto da força de reação pelo comprimento do arco de círculo da trajetória. c) é dado pelo produto da força peso do usuário pelo comprimento do arco de círculo da trajetória. d) é nulo pois a força peso é constante. FA N P � F �s No caso apresentado na ilustração, verticalmente, a resultante é nula e, por esse motivo, o corpo se desloca apenas na horizontal. Portanto, para descobrir o trabalho da resultante, basta apenas aplicarmos a equação do trabalho de uma força constante (τF · Δs). Desenvolvendo esse cálculo, chegamos a uma conclusão interessante: o trabalho da resultante das forças coincide com a soma algébrica dos trabalhos individuais de cada uma das forças que efetivamente atuam sobre o corpo que sofre o deslocamento. Observe os cálculos a seguir, que comprovam isso: FR = FR · Δs ⇒ FR = (F · cos α A) · Δs FR = F · Δs · cos α A · Δs FR = F · Δs · cos α A · Δ F F FR A = + Como os trabalhos das forças peso e normal são nulos, pois essas forças são perpendiculares ao deslocamento do corpo, nada modifica se a expressão matemática anterior for escrita assim: F F F P NR A = + + + Quando precisamos descobrir o valor do trabalho da resultante das forças que atuam sobre um objeto, podemos fazer isso determinando, primeiramente, qual o módulo dessa resultante. 1. (UECE) Considere um sistema massa mola cuja massa pode se deslocar horizontalmente sobre uma mesa também horizontal e com atrito. Assuma que a mola esteja inicialmente comprimida. No início da observação do sistema a massa está em repouso e passa a se deslocar sob a ação da mola. Imediatamente antes de se deslocar, a massa sofre ação da força de atrito estática até iniciar o movimento, depois passa a sofrer ação da força de atrito dinâmica até que a massa pare. Note que o sistema perde energia na forma de calor e que a força de atrito estática, na iminência do deslizamento, é maior que a dinâmica. Assim, é correto afirmar que, em módulo, o trabalho realizado pela força de atrito estático é X a) zero. b) maior que o realizado pela força de atrito dinâmica. c) menor que o realizado pela força de atrito dinâmica. d) igual ao realizado pela força de atrito dinâmica. O trabalho de uma força depende da força, do deslocamento escalar e do cosseno do ângulo formado entre os vetores força e deslocamento. Na situação exposta, a força de atrito estático atua sobre um corpo em repouso. Sendo assim, o deslocamento escalar é nulo e, portanto, o trabalho dessa força também é nulo. Como a força de reação da escada apresenta direção radial, ela é perpendicular ao vetor deslocamento (tangente ao círculo) em todos os pontos do arco. Logo, o trabalho realizado por ela é nulo, pois cos 90° = 0. ATIVIDADES Agora, você pode fazer a atividade 24 da seção Conquista Enem. 24 da seçãçççç o Conqqqqqqqqqquista Enem.Agora, você pode fazer a atividade Agggggggggggggora, você popppppppppppp de fazer a aativivvv dade 62 FÍSICA• • ENERGIA A energia está presente no Universo de diversas formas. Temos, por exemplo, a energia mecânica, a elétrica, a nuclear e a térmica, entre outras modalidades. EMOÇÕES EM PAUTA E A modalidade de energia estudada neste capítulo será a energia mecânica. Ela está presente em diversas situações do dia a dia. Suas aplicações, assim como sua relação com o cotidiano, são importantes para entendermos seu conceito e seu significado. ENERGIA E CONSCIÊNCIA EM13CNT101, EM13CNT304, EM13CNT305, EM13CNT309, EM13CNT310 A crise de energia no mundo sempre gera muitas discussões. Portanto, é válido destacar que os recursos energéticos são disputados por interesses estatais desde a Primeira Revolução Industrial. Nesse sentido, a expansão da demanda energética mundial provocou mudanças climáticas, impactos ambientais e a escassez de recursos em diversos países. O principal recurso natural que vem sendo comprometido ao longo de décadas é a água. A crise energética evidenciou um problema que até então era encarado com certa indiferença pelo poder público em todos os níveis: a iminente crise de água, resultado da superexploração e da falta de preocupação ambiental. Má distribuição da água, desmatamento e desperdício são alguns dos problemas que contribuem para a redução desse importante recurso. E isso já não é mais apenas uma preocupação de ambientalistas e técnicos alarmistas, mas um problema reconhecido pelas autoridades da maioria dos países. produzida nas hidrelétricas, que dependem de água em níveis adequados em seus reservatórios para gerar energia. Infelizmente, a ausência de chuvas que vem ocorrendo recentemente, uma das mais graves das últimas décadas, está prejudicando a oferta de energia. Por isso, os consumidores devem se conscientizar da necessidade de reduzir o consumo de energia. Hidrelétrica de Itaipu, Foz do Iguaçu, Paraná O período de escassez de chuvas tem deixado os níveis de água em rios e, consequentemente, em hidrelétricas bem abaixo do ideal para um abastecimento regular. © Sh ut te rs to ck /M ilk ov as a © Sh ut te rs to ck /V la st as © Sh ut te rs to ck /P lu ka ao m © Sh ut te rs to ck /In du st ry vi ew s © Sh ut te rs to ck /L as se de si gn en Sh ut te rs to ck /M ai la F ac ch in i © Sh ut te rs to ck /D en is B el its ky F IS 7. TRABALHO E ENERGIA 63• • ALMEIDA, Edmar. Brasil. Disponível em: https://petroleohoje.editorabrasilenergia. ENERGIA E SOCIEDADE A energia desempenha papel singular nas sociedades do planeta. De um lado, é o sangue da vida econômica, que fornece os serviços e infraestrutura essenciais para a civilização, tais como transporte, comunicações, alimento, produtos industriais e recreação. De outro, sua abundância ou carência determinam a segurança nacional, a competitividade industrial, o meio ambiente, a economia e a estrutura social. Em 1989, os EUA consumiram 81 quads térmicas britânicas) de energia. Isso equivale à barris de petróleo por dia em um ano. Significa um de manutenção da segurança do fornecimento. Algum fornecimento de energia é crucial para manter a segurança nacional. O objetivo de uma estratégia energética nacional sólida é fornecer fontes de energia, conversão de energia e tecnologias de utilização que satisfaçam às necessidades nacionais de maneira economicamente eficiente e segura para o meio ambiente. Não existem fontes energéticas perfeitas. O petróleo tem disponibilidade limitada. Todos os combustíveis fósseis causam danos ambientais. As opções pela energia nuclear despertam preocupação com segurança e destino de rejeitos. A energia solar é relativamente cara e, em muitas áreas, pouco prática. E mesmo a conservação exige larga participação social. O desafio lançado à ciência é o de melhorar nossas técnicas de aproveitamento de energia e atingir conquistas que nos deem novas opções. HAHN, Sookap. Os papéis da ciência dos materiais e da engenharia para uma sociedade sustentável. Estudos Avançados Um impacto bastante relevante no setor Enquanto não houver uma solução definitiva para o problema sanitário (vacina), teremos que conviver com restrições paraatividades econômicas que possam aumentar o risco de novos surtos dessa doença. O impacto potencial no setor energético merece um cuidado especial. Em primeiro lugar, é fundamental impedir que a crise sanitária se transforme também em uma crise energética, com problemas na segurança do abastecimento de combustíveis e energia elétrica. Em segundo lugar, é necessário impedir que as consequências da crise ameacem a sustentabilidade da indústria, os interesses nacionais e a política energética nacional. Uma questão bastante preocupante em relação à crise sanitária presente é o fato de a pandemia de coronavírus ter agravado o problema da fome em muitos países. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a crise desnutridas no mundo em 2020. Energia mecânica Os tipos de energia mecânica abordados aqui serão representados pelas energias cinética e potencial, apresentadas a seguir. Energia cinética A palavra “cinética” tem o mesmo radical “cine-” (derivado do grego) utilizado nas palavras “cinemática” e “cinema”. Você sabe o que esse radical significa? Trata-se de um prefixo usado para indicar movimento. Assim, Cinemática é a parte da Física que estuda os movimentos. Energia cinética é, então, o tipo de energia que um corpo tem quando está efetivamente em movimento. Logo, a energia cinética não pode ser armazenada por um corpo. 64 FÍSICA• • Quando um corpo se encontra em movimento com velocidade constante de módulo v, podemos dizer que ele tem energia do tipo cinética. Mas como podemos calcular essa energia? Calculando o trabalho necessário para fazer com que esse corpo, inicialmente em repouso, adquira uma velocidade de módulo v. Vamos considerar um corpo de massa m inicialmente em repouso. Então, aplicamos sobre ele uma força horizontal F constante. Supondo que não haja atrito, a única força que atua sobre esse corpo é F . Sendo a a sua aceleração, teremos: F = m · a ⇒ a = F m De acordo com a equação de Torricelli, temos: v2 = v0 2 + 2 · a · Δs Considerando v0 v2 = 2 · F m · Δs m v2 2 = F · Δs = Dessa forma, para um corpo de massa m que se movimenta com uma velocidade de módulo v, a energia cinética deve ser calculada conforme a seguinte equação: Um objeto qualquer, colocado, por exemplo, a certa altura do solo, tem potencial para cair espontaneamente. Assim, ele apresenta energia potencial. Da mesma forma, molas esticadas ou comprimidas e uma flecha apoiada na corda tracionada de um arco também têm essa forma de energia. Nesses três últimos exemplos mencionados, existe uma importante coincidência: em todos os casos, antes de os corpos citados terem potencial para adquirir movimento, em algum instante, alguma força foi aplicada sobre eles para fazer com que esse potencial passasse a se manifestar. Para levantar um objeto até certa altura, é preciso jogá-lo para cima ou suspendê-lo; para esticar ou comprimir uma mola, é necessário puxar ou empurrar suas extremidades; para colocar uma flecha na posição de ser lançada, é preciso puxá-la com a corda de um arco. Enquanto essas forças são aplicadas e os corpos envolvidos nesses casos se deslocam, elas realizam trabalho. Assim, quem aplica essas forças transfere energia aos corpos, que têm suas posições modificadas. Parte dessa energia é cinética e existe apenas enquanto há deslocamento. A outra parcela dessa energia é potencial e pode ser armazenada pelo corpo mesmo que ele esteja em repouso. Depois de algumas noções a respeito de energia potencial, para que ela possa ser determinada, é necessário saber o que são forças conservativas e quais são elas. Em aplicações usuais, outras unidades de energia são bastante frequentes, como caloria (cal) e Energia potencial Quando um corpo contém energia? Um carro em movimento em uma estrada tem energia? E se ele estiver parado? Um livro em repouso em cima de uma mesa tem energia? Conforme vimos anteriormente, um corpo pode ter energia em duas situações: quando ele está em movimento (energia cinética) ou quando ele apresenta possibilidade, ou seja, potencial para adquirir movimento espontaneamente. Por esse motivo, a modalidade de energia relacionada a esse segundo caso é chamada de energia potencial. v: Velocidade em m/s (SI) m: Massa em kg (SI) EC: Energia cinética em J (SI) E m v C = · 2 2 © Sh ut te rs to ck /P op tik a F IS 7. TRABALHO E ENERGIA 65• • Forças conservativas Em quase tudo aquilo que estudamos, encontramos classificações e regras de nomenclatura. Em Biologia, por exemplo, o ser humano é classificado como um animal vivíparo, pelo fato de seus embriões se desenvolverem completamente dentro do organismo da mãe. Segundo outro critério de classificação, o ser humano é um animal onívoro, pelo fato de se alimentar de substâncias de origem animal e vegetal. De forma similar, em Física, as muitas forças que existem podem ser classificadas segundo diversos critérios: podem ser de campo ou de contato, internas ou externas e, como interessa analisar neste momento, podem ser conservativas ou não conservativas. Para entender o conceito de força conservativa, podemos usar como exemplo o cálculo do trabalho da força peso para deslocar um corpo de um ponto A (situado a uma altura h) até um ponto B (situado no chão). Observe, na sequência, os resultados obtidos quando isso é feito com trajetórias distintas. 1) Por exemplo, uma ferramenta solta, por descuido, do alto de uma construção (ponto A) até o chão (ponto B): Nesse caso, devemos calcular o trabalho da força peso para que o corpo percorra a distância h até o chão. τP = P · Δs · cos α ⇒ τP = P · h · cos 0° ⇒ τP = m · g · h 2) Agora, imagine um objeto descendo a escada de saída de um avião (superfície inclinada), da porta do avião (ponto A) até o solo (ponto B). Considere que a altura h, de A em relação a B, é a mesma da situação anterior. m P A h B g m P m P s Considerando que o deslocamento do objeto de massa m durante a descida ocorreu na mesma direção da superfície inclinada, temos que: τP = P · Δs · cos α Como cos α = h s , temos: τP = P · s h s · ⇒ τP = m · g · h Analisando os cálculos desses dois casos, cujos resultados são idênticos, é possível dizer que o trabalho da força peso não depende da trajetória posições inicial e final do corpo que é deslocado. forças, como o peso, a força elástica (que atua sobre molas) e a força elétrica (que atua sobre cargas elétricas). Dessa forma: Força conservativa é toda força cujo trabalho independe da trajetória. Pela definição de força conservativa, concluímos que a maioria das forças existentes pode ser classificada como não conservativa. Podemos citar, como exemplo, a normal, o atrito, a resistência do ar, a tração, etc. As forças conservativas são três: força peso, força elástica e força elétrica. Mas, se o assunto original era energia potencial, por que é importante saber o que é uma força conservativa? Para responder a essa pergunta, é necessário conhecer a definição matemática de energia potencial. © Sh ut te rs to ck /B ell ka P an g Sh ut te rs to ck /M ag ici nf ot o 66 FÍSICA• • Energia potencial gravitacional Para que exista energia potencial em uma situação qualquer, é necessário que haja a atuação de alguma força conservativa, conforme demonstra a definição matemática de energia potencial. Como estudaremos três forças conservativas, também serão abordados três tipos diferentes de energia potencial: a gravitacional (relacionada à força peso); a elástica (relacionada à força elástica); e a elétrica (relacionada à força elétrica, estudada em Eletrostática). Como o próprio nome sugere, energia potencial gravitacional é aquela que surge em decorrência da interação gravitacional entre dois corpos. Dessa forma, quando um objeto que se encontra nosolo terrestre é elevado até certa altura, a força que é exercida realiza trabalho. O resultado disso é que o sistema Terra-objeto adquire energia potencial gravitacional. Observe a figura a seguir, que mostra um corpo de massa m colocado em um ponto A a certa altura h em relação ao chão. Energia potencial elástica Suponha que uma mola colocada sobre o solo tenha uma de suas extremidades presa a uma parede, conforme mostra a figura a seguir. Considere que PR seja o ponto de referência (referencial adotado). → P m A h PR → g A energia potencial do sistema (massa m e planeta Terra) é expressa matematicamente por EP A F A cons= , em relação a um referencial. Nesse caso, a força conservativa é o peso, então podemos dizer que EP A P A = , em relação ao referencial. Como o cálculo do trabalho da força peso já foi feito anteriormente, esse resultado pode ser reaproveitado. Assim, concluímos que: Sobre o ponto de referência. Se um objeto de massa m for encostado na extremidade livre da mola e, depois, for empurrado contra a parede (até uma posição A), a mola sairá de sua posição relaxada (ponto de referência) e sofrerá uma deformação (compressão). Na figura, o vetor ( x ), de sentido para a esquerda, representa essa deformação da mola, e Fel Quando o corpo é deslocado para a esquerda (retirando a mola de seu ponto de referência), a força que é aplicada sobre ele realiza trabalho. O resultado disso é que o sistema constituído pela massa m e pela mola adquire energia potencial elástica. Para determinar o valor dessa energia potencial, é necessário calcular o trabalho realizado pela força conservativa para deslocar a massa m da posição A até a posição de referência. Matematicamente, EP A F A cons= , em relação ao referencial adotado.3 h: Altura em m (SI) g: Aceleração da gravidade em m/s2 (SI) m: Massa em kg (SI) EP: Energia potencial gravitacional em J (SI) EP = m · g · h Ja ck A rt Ja ck A rt F IS 7. TRABALHO E ENERGIA 67• • No caso abordado, a força conservativa é a elástica. Então, podemos dizer que: EP A F A el= , em relação ao referencial. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES! Assim como ocorre com qualquer outra força, o trabalho de uma força conservativa (peso, elástica ou elétrica) também pode ser classificado como motor (quando apresenta valor positivo) ou resistente (quando apresenta valor negativo). Analisando, por exemplo, o caso de um objeto caindo, o trabalho do peso é motor, pois o ângulo formado entre o peso (vertical para baixo) e o deslocamento do corpo (para é espontânea, é possível generalizar e afirmar que: • quando o trabalho das forças conservativas que agem sobre um corpo é motor, o movimento é espontâneo; • quando o trabalho das forças conservativas que agem sobre um corpo é resistente, o movimento é forçado. el el O módulo da força elástica varia linearmente com a deformação da mola, sendo calculado pela lei de Hooke (Fel uma força de módulo variável pode ser calculado pela área compreendida entre o eixo horizontal e o gráfico dessa força em função do espaço (posição) da massa m, é indispensável que esse gráfico seja desenhado. Construindo o diagrama Fel × s, temos: Para concluir o cálculo da energia potencial elástica armazenada pelo sistema massa-mola na posição A, devemos recorrer à seguinte relação: EpA = Área ⇒ EpA = x K x· · 2 . Assim, a energia potencial elástica para uma mola helicoidal pode ser calculada pela seguinte equação: Ep = K x· 2 2 Ep: Energia potencial elástica em J (SI) K: Constante elástica em N/m (SI) x: Deformação em m (SI) Com o experimento proposto, vamos verificar como ocorre a transferência de energia. Ele não requer qualquer arranjo especial para ser posto em prática, pois sua realização é extremamente simples. Materiais • bolinha de pingue-pongue • de plástico) • tesoura Como fazer 1. Coloque os materiais sobre uma superfície horizontal. 2. Corte um pedaço de 6 cm da espiral. 3. Pressione a bolinha contra a espiral apoiada na mesa, comprimindo metade da espiral. 4. Solte a bolinha. Conclusão 3. Depois de soltar a bolinha, o que ocorre de inusitado com ela? 4. Por que isso aconteceu? CIÊNCIA EM PRÁTICA EM13CNT301 B7. TRA Ja ck A rt 68 FÍSICA• • Cálculo da energia mecânica O bungee-jump é um esporte radical em que uma pessoa é presa a uma corda elástica para saltar de lugares extremamente altos. Fazendo uma análise de um salto nessa situação, podemos perceber as diferentes modalidades de energia presentes. Quando a corda começa a frear a queda, a pessoa está em movimento, encontra-se em certa posição em relação ao solo e a corda que a prende encontra- -se deformada. Esse é um exemplo no qual podemos observar a presença das energias cinética, potencial gravitacional e potencial elástica ao mesmo tempo. As energias cinética e potencial dependem de fatores diferentes. Enquanto a energia cinética está associada à velocidade de um corpo, a potencial está associada à posição que ele ocupa em relação a certo nível de referência. A soma das energias cinética e potencial de um corpo é denominada energia mecânica e pode ser calculada da seguinte forma: Em = Ec + Ep Na equação acima, Ec representa a energia cinética e Ep, a energia potencial, que está associada a três modalidades: gravitacional, elástica e elétrica (estudada na Eletrostática). Ao lado, podemos observar algumas situações do cotidiano envolvendo a energia mecânica, principalmente em diferentes modalidades esportivas. Observando essas imagens e considerando o solo (chão) como referencial, identifique as possíveis modalidades de energia mecânica (cinética, potencial gravitacional e potencial elástica) que estejam presentes em cada situação, envolvendo tanto os corpos quanto os objetos. EM13CNT301 Encaminhamento da atividade.4 Shutterstock/Salienko Evgenii Sh ut te rs to ck /F lo rid aS to ck ©Shutterstock/Image Craft Sh ut te rs to ck /A nd re y Y ur lo v ©Shutterstock/Zeljko Matic Sh ut te rs to ck /E vr en Ka lin ba ca k © Sh ut te rs to ck /A lex K ra vt so v F IS 7. TRABALHO E ENERGIA 69• • ATIVIDADES 5. (UPF – RS) Sobre as leis da Mecânica, é correto afirmar: a) Quando uma força horizontal de valor variável e diferente de zero atua sobre um corpo que desliza sobre uma superfície horizontal sem atrito, sua aceleração permanece constante. X b) A força resultante é nula sobre um corpo que se movimenta, em linha reta, com velocidade constante. c) Todo corpo em queda livre, próximo da superfície terrestre, aumenta sua energia potencial. d) Quando um corpo de massa m exerce uma força F sobre um corpo de massa 2m, o segundo corpo exerce sobre o primeiro uma força igual a 2F, uma vez que sua massa é maior. e) Quando um corpo gira com velocidade angular constante, a força que atua sobre ele é nula. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas III e V são verdadeiras. b) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras. c) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras. X d) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. e) Somente as afirmativas II e V são verdadeiras. 8. (UFRGS – RS) Em 16 de julho de 1969, o foguete Saturno V, com aproximadamente carregando a cápsula tripulada Apollo 11, que pousaria na Lua quatro dias depois. 6. (UECE) Assinale a opção que apresenta a mesma unidade de medida de energia cinética. X a) (movimento linear)2/massa. b) (movimento linear)/massa. c) massa · comprimento. d) massa · aceleração. 7. (UDESC) Um elevador está descendo com velocidade constante, analise as proposições. I. A força exercida pelo cabo sobre o elevador é constante. II. A energia cinética do elevador é constante. III. A aceleração do elevador é constante e diferente de zero. IV. A energia mecânica do sistema Terra – elevador é constante. V. E energia potencialgravitacional Terra – elevador é constante. O gráfico abaixo apresenta a posição vertical y do foguete Saturno V durante os 15 primeiros segundos após o lançamento (símbolos +). A linha contínua ajusta esses pontos com a função y(t) = 1,25 t2. Disponível em: < https://airandspace.si.edu/multimedia- gallery/39526jpg> Acesso em: 29 ago. 2019. Com base nesse gráfico, a energia cinética aproximadamente, X a) 937,5 MJ b) c) 234,4 MJ d) 187,5 MJ e) 93,8 MJ TEMA QUENTE 70 FÍSICA• • 9. (UFSM – RS) A história da maioria dos municípios gaúchos coincide com a chegada dos primeiros portugueses, alemães, italianos e de outros povos. No entanto, através dos vestígios materiais encontrados nas pesquisas arqueológicas, sabemos que outros povos, anteriores aos citados, protagonizaram a nossa história. Diante da relevância do contexto e da vontade de valorizar o nosso povo nativo, “o índio”, foi selecionada a área temática CULTURA e as questões foram construídas com base na obra “Os Primeiros Habitantes do Rio Grande do Sul” (Custódio, L. A. B., organizador. Santa “Os habitantes das florestas subtropicais sobreviviam da coleta de plantas, da caça e da pesca realizada através de lanças.” [...] Em uma corrida com velocidade constante, foram transformadas em energia cinética de translação de um índio de 84 kg. Considerando 1 cal ≅ 4,2 J, o módulo da velocidade do índio foi, em m/s, de: a) 2 b) 4 c) 6 d) 9 X e) 13 b) c) d) X e) Dados: Ec = 1 690 · 4,2 = 7 098 J; m = 84 kg. A energia cinética é dada por: Ec = m v· 2 2 . Então, podemos determinar a velocidade da seguinte maneira: 7 098 = 84 2 2· v ⇒ v2 = 2 7098 84 · ⇒ v2 = 169 ⇒ v = 13 m/s 10. (INSPER – SP) As leis da gravitação universal, aplicadas ao movimento de planetas e satélites em órbita estável, permitem concluir que a energia cinética desses corpos depende de sua massa, da massa do centro de forças em torno do qual orbitam e da distância mútua entre eles (raio orbital). Assim, o gráfico que melhor representa qualitativamente a energia cinética (Ec) de planeta ou satélite em órbita estável, em função do raio orbital (r), é o ilustrado em: a) 11. (UNESP – SP) Uma criança está sentada no topo de um escorregador cuja estrutura tem a forma de um triângulo ABC, que pode ser perfeitamente inscrito em um semicírculo de diâmetro AC = 4 m. O comprimento da escada do escorregador é AB = 2 m. Considerando que a energia potencial gravitacional da criança no ponto B, em relação ao solo horizontal que está em AC , é igual a 342 joules, e adotando g = 5,7 3 m/s2, a massa da criança é igual a: a) b) 25 kg X c) d) 24 kg e) 18 kg Agora, você pode fazer as atividades 27 a 33 da seção Conquista Enem. TEMA QUENTE 27 a 33 da seção Conquista Enem.AAAAgA ora, vocêêêê podddded ffffffazer as tatiiiiivi ididdididid daddes 227272772727 a 333333333333 ddddaddddadadddda seçããããoããããã CCCCoCoCCCCCCC nquiiiiistttttta EEEEEEEnem F IS 7. TRABALHO E ENERGIA 71• • TEOREMAS QUE RELACIONAM TRABALHO E ENERGIA O conceito de trabalho de uma força está diretamente relacionado à aplicação de uma força, que, por sua vez, pode transformar um tipo de energia em outro ou transferir a energia entre diferentes corpos de um sistema. Agora que já foram abordadas as grandezas trabalho e energia, elas precisam ser matematicamente relacionadas. Para isso, serão demonstrados e interpretados três importantes teoremas, que são especialmente úteis na Mecânica, mas que podem ser utilizados também na Eletrostática. Um dos motivos pelos quais é importante conhecermos os teoremas que relacionam trabalho e energia é que eles nos permitem fazer uma interpretação correta da grandeza trabalho. Trabalho e energia cinética Quando uma força atua de forma favorável ou contrária ao movimento de um corpo, o trabalho realizado por ela é dito motor ou resistente, respectivamente. Dessa maneira, parece lógico imaginar que, se o trabalho de uma força pode ajudar ou atrapalhar o movimento de um corpo, ele também pode ser associado ao aumento ou à diminuição da velocidade desse corpo. Teorema da energia cinética A hipótese levantada no parágrafo anterior pode ser comprovada por meio de uma demonstração matemática. Para isso, suponha um objeto de massa m que se desloca em uma superfície horizontal sob a ação de forças que constituem uma resultante de intensidade FR. Durante o movimento desse objeto, sua velocidade escalar, que começa com o valor v0, assume o valor v após um deslocamento Δs. Observe a figura a seguir: Considerando que a resultante das forças que agem sobre esse corpo é constante, o trabalho dela pode ser calculado da seguinte forma: FR = FR · Δs · cos 0° Utilizando a 2.ª lei de Newton, podemos reescrever essa equação substituindo o valor de FR: FR = m · a · Δs (Equação I) Como FR é constante, a aceleração adquirida pelo objeto em movimento também tem que ser constante. Conforme os estudos da Cinemática, o movimento em que a aceleração escalar é constante é chamado de uniformemente variado e obedece à equação de Torricelli, que relaciona velocidade e deslocamento: v2 = v0 2 + 2a · Δs ⇒ v2 – v0 2 = 2a · Δs ⇒ v v2 0 2 2 = a · Δs Multiplicando os dois termos dessa equação pela massa m do corpo deslocado, temos: m v m v· ·2 0 2 2 2 = m · a · Δs (Equação II) Igualando as equações I e II, temos: �FR m v m v = · ·2 0 2 2 2 � Como m v· 2 2 é a energia cinética do corpo, então: �F c c c R f i E E E= =� � (Teorema da energia cinética) Sh ut ter sto ck /R us ya 00 7 72 FÍSICA• • O trabalho da resultante das forças aplicadas sobre um corpo é igual à variação de sua energia cinética. Utilizando o teorema da energia cinética, surgem três resultados possíveis para o trabalho da resultante das forças que agem sobre um corpo: a) FR > 0, ou seja, o trabalho é motor (nesse caso, E Ec cf i > ); b) FR = 0, ou seja, o trabalho é nulo (nesse caso, E Ec cf i = ); c) FR < 0, ou seja, o trabalho é resistente (nesse caso, E Ec cf i < ). Trabalho e energia potencial Como qualquer outro teorema, o da energia potencial tem uma demonstração matemática, sendo necessário apresentá-la para que seja perfeitamente compreendido. Assim, observe a figura a seguir, que representa um corpo deslocando-se entre dois pontos quaisquer (A e B). A respeito das forças que agem sobre esse corpo, serão analisadas apenas as consequências associadas às conservativas. Teorema da energia potencial Como vimos, o trabalho da força peso, uma força conservativa, independe da trajetória descrita (entre dois pontos) pelos corpos sobre os quais elas atuam. Assim, na situação a seguir, é possível igualar o trabalho realizado por essas forças em duas situações: quando o corpo vai diretamente de A para B e quando o corpo vai primeiramente de A para PR (ponto de referência) e, depois, de PR para B. Escrevendo a igualdade mencionada, temos: � � �A B F A PR F PR B Fcons cons cons � � �= + (Equação I) Mas o trabalho de uma força conservativa é igual à energia potencial. Então, podemos concluir que: �A PR F p cons A E� = e �PR B F p cons B E� �= Substituindo esses dois resultados na equação l, temos que: �A B F p pB cons A E E� �= Considerando que A e B são, respectivamente, os pontos de partida e de chegada (inicial e final) do corpo estudado, a equação anterior pode ser escrita de uma maneira mais simples: O trabalho das forças conservativas aplicadas sobre um corpo é igual à variação de sua energia potencial com o sinal oposto. Utilizando o teorema da energia potencial, surgem três resultados possíveis para o trabalho das forças conservativas que agem sobre um corpo: a) Fcons > 0, ou seja, o trabalho é motor (nesse caso, E Ep pf i < ); b) Fcons = 0, ou seja, o trabalho é nulo (nesse caso, E Ep pf i = ); c) Fcons (nesse caso, E Ep pf i > ). Trabalhoe energia mecânica As energias cinética e potencial dependem de fatores diferentes. Enquanto a primeira é função da velocidade de um corpo, a segunda é função da posição que ele ocupa. Assim, um corpo pode apresentar essas duas modalidades de energia simultaneamente. A soma algébrica das energias cinética e potencial de um corpo é denominada energia mecânica. �Fcons i E Ep pf= � = �� Ep Sh ut te rs to ck /V ia va l T ou rs F IS 7. TRABALHO E ENERGIA 73• • A fotografia ao lado mostra um carrinho descendo em uma montanha-russa. Por estar em movimento, ele apresenta certa quantidade de energia cinética. Além disso, por estar a certa altura em relação ao solo (plano de referência), ele também tem energia potencial (gravitacional). Não apenas durante a descida, mas em qualquer ponto da trajetória, é possível calcular a energia mecânica desse carrinho da seguinte forma: Em = Ec + Ep Conhecendo a energia mecânica, é possível relacioná-la com a grandeza trabalho utilizando o teorema que será demonstrado a seguir. O trabalho das forças não conservativas que atuam sobre um corpo é igual à variação de sua energia mecânica. Utilizando o teorema da energia mecânica, surgem três resultados possíveis para o trabalho da resultante das forças que agem sobre um corpo: a) Fncons > 0, ou seja, o trabalho é motor (nesse caso, E Em mf i > ); b) Fncons = 0, ou seja, o trabalho é nulo (nesse caso, E Em mf i = ); c) Fncons < 0, ou seja, o trabalho é resistente (nesse caso, E Em mf i < ). Teorema da energia mecânica Como vimos, as forças que atuam sobre um corpo podem ser de dois tipos: • conservativas – peso, elástica, elétrica, etc.; • não conservativas – atrito, resistência do ar, normal, tração, etc. Dessa forma, podemos dizer que a força resultante equivale à soma das forças conservativas e não conservativas que agem em um sistema de forças. Como o trabalho da resultante das forças aplicadas sobre um corpo é igual à soma algébrica dos trabalhos de todas as forças que agem sobre ele, se elas forem agrupadas em conservativas (Fcons) e não conservativas (Fñ cons), podemos concluir que: F F FR cons ncons = + Substituindo, nessa equação, o teorema da energia cinética ( �F c cR f i E E= � ) e o teorema da energia potencial ( �F p pcons f i E E= � ), obtemos o seguinte resultado: E Ec cf i = E Ep pf i + Fncons E Ec pf f + = E Ec pii + + Fncons Em f = Emi + F ncons ou F ncons = E Em m f i = ΔEm Como a soma das energias cinética e potencial é definida como energia mecânica, a equação anterior pode ser escrita assim: Encaminhamento do conteúdo.5 74 FÍSICA• • ORGANIZE AS IDEIAS A tabela a seguir tem o objetivo sistematizar as ideias estudadas até aqui. Nos espaços em branco, insira as equações e os conceitos que faltam para completá-la. ENERGIA EQUAÇÃO TEOREMA Cinética Ec = m v· 2 2 Teorema da energia cinética Trabalho da força resultante �F c c cR f i E E E= =� � Potencial gravitacional Ep = m · g · h Teorema da energia potencial Trabalho das forças conservativas �F p pf cons i E E= � = –ΔEp gravit. Potencial elástica E K x p = · 2 2 Teorema da energia potencial Trabalho das forças conservativas �F p pf cons i E E= � = –ΔEp elást. Mecânica Em = Ec + Ep Teorema da energia mecânica Trabalho das forças não conservativas Fncons = E Em mf i = ΔEm EXEMPLOS RESOLVIDOS A figura seguir mostra um dispositivo de testes para molas utilizadas em equipamentos industriais. Em um desses testes, solta-se um objeto com massa de 20 kg do topo do dispositivo e ele atinge uma mola de constante elástica K = 500 N/m, localizada na base da rampa, deformando-a em 80 cm até ele parar. Esse objeto é solto de um ponto situado a 4 m de altura em relação à base horizontal. Considerando que ela é rugosa, determine o trabalho realizado pela força de atrito, em J, entre o objeto e a base do escorregador. RESPOSTA Dados: m = 20 kg; g = 10 m/s2; x = 0,8 m; h = 4 m; K = Considerando a base horizontal como referencial, podemos dividir os dados em duas situações: 1) inicial: vi = 0; hi = 4 m; xi = 0; 2) final: vf = 0; hf = 0; xf = 0,8 m. Marcando as forças que atuam sobre corpo na base horizontal, podemos obter a seguinte ilustração: → N → P → Fat © Sh ut te rs to ck /D kn 00 49 © Sh ut te rs to ck /D kn 00 49 F IS 7. TRABALHO E ENERGIA 75• • Dessa forma, percebemos que atuam sobre o corpo as forças peso, normal e de atrito. Como existe a atuação da força de atrito, uma força não conservativa dissipativa, podemos utilizar o teorema da energia mecânica. Fncons = E Em mf i = ΔEm = (E Ec pf f + ) – (E Ec pi i + ) Com esses dados, podemos notar que, no início, há apenas energia potencial gravitacional e, no fim, quando o objeto atinge o repouso, há apenas energia potencial elástica. Sabendo que, entre as forças que atuam no sistema, normal e atrito não são conservativas, concluímos que: at + N = Epe f – Epgi at + N = K xi· 2 2 – m · g · hi ⇒ at + 0 = 500 0 8 2 2· , – 20 · 10 · 4 at + 0 = 500 0 8 2 2· , – 20 · 10 · 4 ⇒ at = 160 – 800 ⇒ at = –640 J. Como a força de atrito cinético é uma força dissipativa, o trabalho dessa força é negativo. 14. (EBMSP – BA) O Sol, a água, o vento, o petróleo, o carvão e o átomo são fontes que suprem o consumo atual de energia no mundo, mas, à medida que a população do planeta cresce e os itens de conforto à disposição da espécie humana se multiplicam, aumenta também a demanda por energia, exigindo novas alternativas e técnicas de obtenção. Gabaritos. 12. (UECE) Considere um objeto, que partiu do repouso e tem sua velocidade crescente, se deslocando sem atrito e sob a ação de uma única força. Suponha que sua energia cinética, após um tempo t desde sua partida, seja E, e no instante 2t seja 4E. Sobre o trabalho realizado pela força atuando no objeto, é correto afirmar que X a) vale 3E durante o intervalo entre t e 2t. b) é nulo, tendo em vista que há apenas variação de energia cinética. c) vale 5E durante o intervalo entre t e 2t. d) não é possível ser determinado, por não haver informação sobre o valor da força nem sobre o deslocamento. Dados: Eci = E; Ecf = 4E. Pelo teorema da energia cinética, temos que: FR = ΔEc = Ecf – Eci = 4E – E ⇒ FR = 3E 13. (UFTM – MG) Em uma quermesse, um homem atira rolhas de cortiça com uma espingarda de ar comprimido, em pequenas caixas numeradas. O objetivo é derrubar as caixas. Contudo, ao acertar determinada caixa, a rolha de massa 5 g, transferindo toda sua energia, consegue apenas empurrar a caixa sem a derrubar. Se a rolha atinge seu alvo com velocidade de 28 m/s, o módulo do trabalho da força de atrito, em J, é, aproximadamente: a) 1 X b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 DOCA, Ricardo Helou et al. Tópicos de Física, v. 1. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 302. Sobre a aplicação e a conversão da energia, que desempenha um papel essencial em todos os setores da vida, é correto afirmar: a) O Sol emite em cada metro quadrado da a cada segundo, portanto, em cada segundo, produz, aproximadamente, elevação da temperatura da atmosfera, sendo o calor específico da água igual a b) A energia potencial gravitacional de um corpo tem valor máximo igual a U GM m r r T ( ) = quando o corpo está infinitamente afastado da Terra, sendo G a constante de gravitação universal, MT a massa da Terra, m a massa do corpo e r a distância que os separa. 7 TEMA QUENTE ATIVIDADES 76 FÍSICA• • X c) O trabalho realizado por um corpo extenso, de massa m, lançado verticalmente de baixo para cima, que atinge uma altura máxima h, é igual a mgh, sendo h a altura medida entre o centro de massa do corpo e o plano horizontal de referência e g o módulo da aceleração da gravidade local. d) A variação da energia cinética associada a um carro que acelera a partir do repouso igual à energia cinética do mesmo carro e) A energia potencial elástica armazenadaem uma mola, quando um bloco de peso P se encontra fixo na extremidade livre da mola vertical, de constante elástica k, estando o sistema em equilíbrio, é igual a P k2 . Considerando g a aceleração da gravidade, calcule o trabalho realizado pela força peso do bloco, ao longo do percurso AB. 15. (UFRGS – RS) Na figura abaixo, um corpo de massa M desliza com velocidade constante sobre um plano inclinado que forma um ângulo da aceleração da gravidade e despreze a resistência do ar. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem em que aparecem. Quando o centro de massa do corpo desce uma altura h, os trabalhos realizados pela força peso e pela força de atrito entre corpo e plano são, respectivamente, ........ e ........ . a) Mgh — Mgh X b) Mgh — –Mgh c) d) e) 16. (UFPE) Um pequeno bloco de massa m é largado, a partir do repouso, do ponto A, como mostrado na figura. O bloco desliza, com atrito, dentro de uma semicalota esférica de raio R até o ponto B, onde atinge o repouso. A R B R/3 a) b) c) mgR/3 X d) 2mgR/3 e) mgR 17. (UNESP – SP) Uma das modalidades esportivas em que nossos atletas têm sido premiados em competições olímpicas é a de barco a vela. Considere uma situação em que um barco de a ação do vento em movimento acelerado, até atingir a velocidade de 18 km/h. A partir desse instante, passa a navegar com velocidade constante. Se o barco navegou 25 m em movimento acelerado, qual é o valor da força aplicada sobre o barco? Despreze resistências ao movimento do barco. FR = 80 N 18. (UNIPAR – PR) Na modalidade do salto em saltar, com relativa facilidade, uma altura de 2. Utilizando essa mesma quantidade de energia, se esse salto fosse realizado na Lua (g = 1,6 m/s2), a altura do salto atingida por esse atleta seria de: X a) 12,25 m b) c) d) 9,75 m e) 9,25 m Dados: m = 60 kg; gT = 9,8 m/s2; hT = 2 m; gL = 1,6 m/s2. O módulo do trabalho da força peso é dado por: | |P = m · g · h. Igualando os módulos dos trabalhos da força peso na Terra e na Lua, temos: | | | |P PT L = ⇒ m · gT · hT = m · gL · hL ⇒ gT · hT = gL · hL 9,8 · 2 = 1,6 · hL ⇒ hL = 12,25 m F IS 7. TRABALHO E ENERGIA 77• • 19. (ESPCEX) No plano inclinado abaixo, um bloco homogêneo encontra-se sob a ação de uma força de intensidade F = 4 N, constante e paralela ao plano. O bloco percorre a distância AB, que é igual a 1,6 m, ao longo do plano com velocidade constante. 20. (UEL – PR) Suponha que o conjunto formado pelo satélite e pelo foguete lançador possua 3 toneladas e seja impulsionado por uma força propulsora de aproximadamente 7 N sendo o sentido de lançamento desse foguete perpendicular ao solo. Desconsiderando a resistência do ar e a perda de massa devido à queima de combustível, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o trabalho realizado, em joules, pela força resultante aplicada ao conjunto nos Considere a aceleração da gravidade em todo o percurso descrito. a) 7 J b) 7 J c) J X d) J e) J Desprezando-se o atrito, então a massa do bloco e o trabalho realizado pela força peso quando o bloco se desloca do ponto A para o ponto B são, respectivamente, Dados: adote a aceleração da gravidade 2, 3 2 e 1 2 . a) 4 3 15 kg e –8,4 J. X b) 4 3 15 kg e –6,4 J. c) 2 3 5 kg e –8,4 J. d) 8 3 15 kg e 7,4 J. e) 4 3 15 kg e 6,4 J. Dados: F = 4 N; g = 10 m/s2; Δs = 1,6 m; θ = 60°. Como o corpo está equilíbrio (MRU), a força F é igual, em módulo, à componente tangencial do peso: F = Pt ⇒ F = P · sen θ ⇒ F = m · g · sen 60° 4 = m · 10 · 3 2 ⇒ m = 4 3 15 kg. Podemos determinar a altura da seguinte maneira: sen 60° = h s ⇒ 3 2 1 6 = h , ⇒ h = 0,8 3 m. O trabalho da força peso é dado por: τP = ±m · g · h = –m · g · h (subida) τP = 4 3 15 · 10 · 0,8 3 ⇒ τP = –6,4 J. Agora, você pode fazer as atividades 34 a 38 da seção Conquista Enem. Dados: m = 1 · 103 ton = 106 kg; Δs = 2 · 103 m; g = 10 m/s2; F = 5 · 107 N; θ = 0° (ângulo formado entre os vetores força F e deslocamento). Considerando que as forças que atuam sobre o corpo na direção do movimento (vertical) são as forças peso (P) e a propulsora (F), podemos calcular o trabalho da resultante como sendo a soma dos trabalhos dessas forças: FR = τF + τP = F · Δs · cos(0°) ± m · g · h = = F · Δs – m · g · h (subida) FR = 5 · 107 · 2 · 103 – 106 · 10 · 2 · 103 FR = 10 · 1010 – 2 · 1010 ⇒ FR = 8 · 1010 J. 34 a 38 da seção Conquista Enem.Agora, você pode fazer as atividades ggggggora, você pppppppp de fazer as ativid 4 38 dddd seção C q ista Enem 78 FÍSICA• • SISTEMAS CONSERVATIVOS E NÃO CONSERVATIVOS Essa obra de Maurits Cornelis Escher, que causa uma situação de ilusionismo, consiste em traves retangulares que se sobrepõem perpendicularmente. A água de uma cascata coloca em movimento a roda de um moinho. Depois, corre devagar para baixo, numa calha inclinada entre duas torres, em ziguezague, até o ponto em que a queda- -d’água recomeça, proporcionando uma falsa impressão de conservação de energia. Entretanto, essa situação torna-se impossível quando observamos que as torres, ambas da mesma altura, estão dispostas em níveis diferentes da construção. ESCHER, Maurits C. Waterfall. 1961. 1 litografia, p&b, 38 × 30 cm. Sistemas conservativos Parece natural afirmar que um sistema conservativo é aquele em que a energia mecânica se conserva (E Em mf i = ). Entretanto, a conservação da energia mecânica é a consequência de um sistema ser conservativo, não a causa (ou condição de ocorrência). A demonstração do chamado teorema da conservação da energia mecânica permite perceber a diferença entre as causas e consequências de um sistema conservativo. Teorema da conservação de energia Recordando o teorema da energia mecânica, temos: Fncons E Em mf i ΔEm. Supondo uma situação em que o trabalho das forças não conservativas é nulo ( Fncons E Em mf i , ou seja: E Em m i f Como podemos perceber nessa rápida demonstração, a causa de um sistema ser conservativo reside no fato de o trabalho das forças não conservativas ser nulo, tendo como consequência a conservação da energia mecânica do sistema. Nesse sentido, é importante pensarmos na seguinte questão: é possível dizer que um sistema conservativo é aquele em que só atuam forças conservativas? Apesar de a resposta parecer ser claramente sim, em um sistema conservativo também podem atuar forças não conservativas, bastando que o trabalho total realizado por elas seja nulo. A figura a seguir mostra um exemplo de sistema conservativo em que atua uma força não conservativa: © Sh ut te rs to ck /X yz Sh ut te rs to ck /B be ar ly am F IS 7. TRABALHO E ENERGIA 79• • As duas únicas forças que atuam nessa situação são o peso do corpo e a normal: • peso ⇒ força conservativa – por formar ângulo agudo (menor que 90°) com o deslocamento do corpo, realiza trabalho motor durante toda a descida; • normal ⇒ força não conservativa – por ser perpendicular ao deslocamento do corpo, não realiza trabalho. Até o momento, examinamos diversos tipos de sistemas e de situações físicas envolvendo a energia mecânica. De modo geral, os sistemas definem o objeto de estudo em determinada situação. Tudo que está ao redor do sistema é conhecido como vizinhança, e o limite que separa um sistema da sua vizinhança é denominado fronteira. Neste tópico, vamos nos concentrar em um tipo de sistema especial, para o qual o princípio da conservação de energia mecânica é sempre válido: sistema fechado e isolado. Por definição, um sistema fechado é aquele em que não há troca de matéria ou energia com o ambiente externo, isto é, a quantidade de matéria ou energia permanece constante ao longo do tempo. Em um jogo de sinuca, por exemplo, o sistema formado pelas bolas do jogo permanece fechado enquanto todas elas estiverem na mesa. A perda de matériaou energia de um sistema o caracteriza como um sistema aberto, que, em geral, leva à variação de energia mecânica. Por exemplo, se uma bola for encaçapada em um jogo de sinuca, a quantidade de energia que ela tinha deixa de integrar o sistema, havendo assim uma mudança na quantidade da energia mecânica total. Além de fechado, um sistema mecânico conservativo deve ser isolado. Um sistema isolado é aquele em que os seus objetos exercem, ou podem exercer, forças entre si, mas sobre os quais não há ação de forças externas. Voltando ao exemplo de jogo de sinuca, as bolas em movimento recebem a ação de uma força externa: a força de atrito com a mesa. Por isso, esse sistema se caracteriza como um sistema não isolado. Como consequência, após uma tacada, as bolas trocam energia com o meio e, nesse caso, perdem energia para a mesa, até pararem. Relembrando as modalidades de energia vistas, é possível fazer uma associação com as etapas de produção de energia em uma usina hidrelétrica. Usinas hidrelétricas não podem ser instaladas em qualquer local. É necessário que o rio no qual elas são construídas apresente desníveis acentuados, ou seja, grandes quedas-d’água. Com a construção de barragens, formam-se regiões de alagamento que armazenam uma gigantesca quantidade de água. Recordando a equação da energia potencial massa de água está a uma grande altura, então há uma enorme quantidade de energia potencial gravitacional acumulada. Quando parte dessa água é liberada para escoar pelas barragens e começa a cair (h diminui), sua energia potencial sofre variação (diminuição), pois a força peso dessa massa de água realiza trabalho motor. Como essa força é a resultante, ocorre também variação (aumento) da energia cinética dessa massa de água. Ao atingir as turbinas da usina hidrelétrica, a massa de água que estava represada chega com grande energia cinética (velocidade). Depois de passar por processos que envolvem eletromagnetismo, boa parte dessa energia é transformada em energia elétrica. As usinas hidrelétricas conseguem transformar energia potencial gravitacional em energia elétrica sem gerar resíduos tóxicos, como ocorre nas usinas termelétricas ou nucleares. 80 FÍSICA• • Observe a imagem, a seguir, que esquematiza o funcionamento de uma usina hidrelétrica, e identifique as transformações de modalidades de energia envolvidas nas etapas I – II e II – III. I II III I II III Encaminhamento da atividade. FIQUE POR DENTRO ENGENHEIRO DE ENERGIA EM13CNT301 O engenheiro de energia é um profissional capacitado para trabalhar em sistemas, projetos, programas e unidades de geração de energia. Sua função compreende análise, desenvolvimento e planejamento logístico, de transporte, de distribuição e de utilização da energia. O engenheiro de energia pode trabalhar em: usinas geradoras (como hidrelétricas, termelétricas e termonucleares); estações e subestações de distribuição de energia elétrica; refinarias de petróleo ou etanol; plataformas e poços de extração de petróleo; e postos de trabalho administrativo de controle e gestão. Esse profissional deve combinar habilidades e conhecimentos dos principais ramos das engenharias, como Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica, e ainda as especificidades da produção energética, com foco nos setores locais e globais. Ele também deve ter profundo conhecimento de vários ramos da Física, como mecânica dos sólidos e dos fluidos, Termodinâmica, Eletromagnetismo e Eletrodinâmica, além de conhecimento de normas técnicas e de segurança dos sistemas com os quais trabalha. Sistemas não conservativos De acordo com o princípio da conservação da energia mecânica, se o valor do trabalho realizado pelas forças externas ou não conservativas que atuam sobre um corpo for negativo (resistente), zero (nulo) ou positivo (motor), ocorrerá, respectivamente, diminuição, manutenção ou aumento no valor da energia mecânica que ele tinha inicialmente. Considere o exemplo do lançamento de um ônibus espacial (sistema). Em virtude da ação da força de propulsão para cima (força externa exercida pela vizinhança sobre o sistema), ocorre um aumento de energia mecânica do sistema. Inicialmente, por estar em repouso no solo, o ônibus espacial não tem energia cinética nem energia potencial gravitacional em relação ao solo. Ao realizar trabalho motor, a força propulsora transfere energia para o sistema, e o ônibus espacial ganha energia cinética (aumenta sua velocidade) e também energia potencial gravitacional (aumenta sua altura em relação ao solo). Apesar de serem corriqueiras as situações em que ocorre acréscimo de energia mecânica, deste ponto em diante, daremos ênfase a casos em que a quantidade de energia mecânica de um sistema de corpos diminui. 8 © Sh ut te rs to ck /S na pg al le ria Sh ut te rs to ck /V ak s- St oc k Ag en cy Sh ut te rs to ck /A rts io m P F IS 7. TRABALHO E ENERGIA 81• • Dissipação da energia mecânica Em Física, a palavra “dissipar” indica a transformação de qualquer modalidade de energia útil em outra modalidade de energia. Vamos analisar, por exemplo, o funcionamento do motor de um carro do ponto de vista das transformações de energia. A reação química de combustão que ocorre em seu interior libera energia térmica, que é parcialmente convertida em energia de movimento das partes internas do motor, o que faz com que o carro possa se mover em relação ao solo. Mas nem toda a energia térmica gerada na combustão é transformada em energia de movimento, parte dela é liberada pelo sistema de escapamento de gases. Assim, como a função principal do carro é o movimento, a energia química da combustão que foi aproveitada para gerar movimento é considerada energia útil. Já a energia térmica liberada pelo escapamento pode ser tratada como não útil. Nesse caso, a energia mecânica do motor não é conservada porque existe a realização de trabalho de forças dissipativas que reduzem a quantidade dessa energia do corpo, ou seja, a variação da energia mecânica é negativa: Fncons ΔEm ou Fncons E Em mf i Em processos mecânicos gerais, as principais forças resistentes e, por isso, dissipativas são as forças de arrasto do ar e de atrito entre superfícies sólidas. Quando pensamos em dissipação de energia mecânica, podemos associá-la a exemplos do cotidiano. Ocorre dissipação de energia quando um carro é freado, por exemplo. A força de atrito que os freios proporcionam dissipa a energia cinética associada ao seu movimento. É claro que a força de atrito realiza trabalho resistente, pois atua em sentido contrário ao movimento das rodas do carro. Mas isso não significa que, nesse caso, o atrito seja prejudicial. Afinal espera-se justamente que essa força possa dissipar energia quando o intuito é parar o veículo em uma eventual situação de perigo. Outro exemplo do cotidiano em que podemos observar a atuação de forças dissipativas é o salto de paraquedas – o paraquedista precisa que a força de arrasto ou de resistência do ar atue para que ele chegue ao solo em segurança. A força de resistência do ar atua sobre o paraquedas em sentido oposto ao da queda. Nesse caso, o paraquedas diminui gradualmente sua energia potencial e também vai diminuindo ou pelo menos mantendo constante a sua energia cinética, até a aterrissagem. © Sh ut te rs to ck /A pi wa n Bo rri ko nr at ch at a © Sh ut te rs to ck /A vi ga to r f or tu ne r © Sh ut te rs to ck /M ar in a- Kr ug ly ak ov a © Sh ut te rs to ck /P an d P St ud io 82 FÍSICA• • ENGENHARIA DE MATERIAIS O engenheiro de materiais é um profissional que pesquisa e desenvolve produtos por meio de processos químicos para atender às demandas da indústria. Essa área da engenharia pode impactar diretamente no meio ambiente, buscando, por exemplo, melhoriasem materiais que propiciem o avanço tecnológico do ciclo energético de forma sustentável. FIQUE POR DENTRO EM13CNT307 A importância para a energia da ciência e engenharia dos materiais A ciência e engenharia de materiais têm um papel basilar em todo o ciclo de tecnologia energética, desde a melhoria das fontes primárias (petróleo, carvão, gás natural, energia nuclear, hidrelétrica etc.), até novos sistemas para transmissão e conservação e novos produtos e serviços para o consumidor. Melhorias evolutivas em materiais continuamente contribuem para aumentar a eficiência, confiabilidade e desempenho dos produtos finais; e o desenvolvimento de novos materiais e sistemas de materiais é necessário para novas opções de energia. A importância de ciência e engenharia de materiais pode ser melhor visualizada se considerarmos a demanda por novos materiais nas seguintes áreas relacionadas a energia: conversão e conservação; opções nucleares; utilização elétrica; e opções futuras, tais como energia solar. HAHN, Sookap. Os papéis da Ciência dos Materiais e da engenharia para uma sociedade sustentável. Estudos Avançados, v. 8, n. 20, p. 36-42, abr. 1994. p. 40-41. F IS 7. TRABALHO E ENERGIA 83• • Lei da conservação de energia “Na natureza, nada se cria, nada se perde. Tudo se transforma.” A lei de Lavoisier foi enunciada com base na comparação da massa de reagentes e de produtos em reações químicas. Apesar de a aplicação original dessa lei se referir a massas de substâncias, sua essência pode ser estendida para outras grandezas físicas, como a energia. Em diversas situações do cotidiano, não notamos ganho ou perda de energia. O que percebemos são transformações entre múltiplas modalidades de energia existentes. Assim, é possível enunciar que: a energia não pode ser criada nem destruída, ela só pode ser transformada ou transferida. Antoine L. Lavoisier (1743- 1794) foi um químico francês que comprovou que, em reações químicas, a massa dos reagentes é igual à massa dos produtos. Nas situações anteriores, estávamos tratando da dissipação da energia mecânica, o que na verdade está relacionado à transformação de uma modalidade de energia em outras modalidades. Quando um trem (sistema) está em movimento, por exemplo, há energia cinética envolvida, pois há velocidade em relação a um referencial. Durante a frenagem desse trem, a energia cinética diminui em decorrência da ação de dissipação da energia mecânica pelo trabalho da força de atrito. Essa energia dissipada transforma-se, na realidade, em energia térmica, sonora e em outras energias, transferidas para as vizinhanças do sistema. Se adicionarmos todas essas outras formas de energia ao sistema, além da energia mecânica, teremos que: Etotal mecânica + Etérmica + Equímica + Eoutras A energia total de um sistema considerado isolado e fechado sempre se conserva, permanecendo constante ao longo do tempo. Logo, enquanto um tipo de energia diminui, outro necessariamente tem que aumentar. Por exemplo, um avião, no início da aterrissagem, apresenta grande quantidade de energia cinética. Ao frear, essa energia é dissipada pela força de atrito e transformada em outras modalidades de energia – térmica, sonora, etc. Assim, podemos concluir que a energia total de um sistema corresponde à soma de todas as energias relevantes ao fenômeno analisado. Em sistemas isolados, a energia total de um sistema sempre é conservada. © Sh ut te rs to ck /R os ee d Ab ba s © Sh ut te rs to ck /J ag _c z 84 FÍSICA• • 21. (UNINOVE – SP) Um operário ergue uma carga de 50 kg de massa trazendo-a do chão até uma altura de 6,0 m, onde ele se encontra. Para essa tarefa, o operário utiliza um moitão simples de uma roldana fixa e outra móvel, como ilustra a figura. Considerando-se essas informações, é correto afirmar que: a) ECN = ECP e ETP = ETQ. b) ECN = ECP e ETP > ETQ. c) ECN > ECP e ETP = ETQ. X d) ECN > ECP e ETP > ETQ. EM13CNT301, EM13CNT307, EM13CNT309 Desprezando a inércia das roldanas e do cabo e considerando a aceleração da gravidade com o valor 10 m/s2, pode-se afirmar que o trabalho realizado: a) X b) c) pela força exercida pelo operário é de d) pela força exercida pelo operário é de e) pela força exercida pelo operário depende da velocidade constante com que a carga é erguida. 22. (UFMG) Observe o perfil de uma montanha- -russa representado nesta figura: Um carrinho é solto do ponto M, passa pelos pontos N e P e só consegue chegar até o ponto Q. Suponha que a superfície dos trilhos apresenta as mesmas características em toda a sua extensão. Sejam ECN e ECP as energias cinéticas do carrinho, respectivamente, nos pontos N e P e ETP e ETQ as energias mecânicas totais do carrinho, também respectivamente, nos pontos P e Q. ETN > ETP. Logo, isso implica perda de energia cinética. Então, ECN > ECP. Da mesma forma, de P até Q, deve ocorrer perda de energia total. Assim, ETP > ETQ. A energia mecânica total é dada pela soma das energias cinética e potencial: ET = EC + EP 23. (UNIFOR – CE) Uma bala de massa 50 gramas incide com velocidade de 400 m/s numa prancha de madeira, atravessa-a e sai com velocidade de 200 m/s, na mesma direção. A energia dissipada pela força resistente da madeira sobre a bala tem módulo, em joules: a) 4,0 · 103 X b) 3,0 · 103 c) 2,0 · 103 d) 1,0 · 103 e) 8,0 · 102 24. (UFPA) Um menino solta uma moeda, a partir do repouso, sobre um plano inclinado. Desprezando-se o atrito, pode-se afirmar que a velocidade, ao final da rampa, é a) igual a de qualquer ponto anterior à do final. b) diretamente proporcional à altura do plano. c) diretamente proporcional ao quadrado da altura do plano. X d) diretamente proporcional à raiz quadrada da altura do plano. e) inversamente proporcional à altura do plano. 25. (UFRGS – RS) Um dispositivo de lançamento vertical de massas consiste em um tubo com uma mola sobre a qual são colocados objetos. Após a mola ser comprimida, o sistema massa-mola é liberado. Não há contato entre a massa e a parede do tubo, e a resistência do ar é desprezível. Na figura I, um objeto de massa m é colocado sobre uma mola de constante elástica k. A mola é então comprimida por uma distância X. Quando o sistema é liberado, o objeto é arremessado verticalmente e atinge uma altura h. Na figura II, um objeto de massa 2m é colocado sobre a mesma mola e esta é comprimida por uma distância 2X. Nesse caso, a altura H atingida pelo objeto, após a liberação do sistema, é a) h/2. b) h. c) h 2 . X d) 2h. e) 4h. Agora, você pode fazer as atividades 39 a 42 da seção Conquista Enem. Nos pontos N e P, a energia potencial é a mesma. Com a perda de energia, temos que ATIVIDADES 39 a 42 da seção Conqqqqquista Enem.Agora, você pode fazer as atividadess Agora, você ppppppppppp de fazer as atividadese 9993939 42 dddddd ã C F IS 7. TRABALHO E ENERGIA 85• • 26. ENEM Para que se faça a reciclagem das latas de alumínio são necessárias algumas ações, dentre elas: 1) recolher as latas e separá-las de outros materiais diferentes do alumínio por catação; 2) colocar as latas em uma máquina que separa as mais leves das mais pesadas por meio de um intenso jato de ar; 3) retirar, por ação magnética, os objetos restantes que contêm ferro em sua composição. As ações indicadas possuem em comum o fato de a) exigirem o fornecimento de calor. b) fazerem uso da energia luminosa. c) necessitarem da ação humana direta. d) serem relacionadas a uma corrente elétrica. X e) ocorrerem sob a realização de trabalho de uma força. 27. ENEM Um automóvel, em movimento uniforme, anda por uma estrada plana, quando começa a descer uma ladeira, na qual o motorista faz com que o carro se mantenha sempre com velocidade escalar constante. Durante a descida, o que ocorre com as energias potencial, cinética e mecânica do carro? a) A energia mecânica mantém-seconstante, já que a velocidade escalar não varia e, portanto, a energia cinética é constante. b) A energia cinética aumenta, pois a energia potencial gravitacional diminui e quando uma se reduz, a outra cresce. c) A energia potencial gravitacional mantém- -se constante, já que há apenas, forças conservativas agindo sobre o carro. X d) A energia mecânica diminui, pois a energia cinética se mantém constante, mas a energia potencial gravitacional diminui. e) A energia cinética mantém-se constante, já que não há trabalho realizado sobre o carro. 28. ENEM Numa feira de ciências, um estudante utilizará o disco de Maxwell (ioiô) para demonstrar o princípio da conservação da energia. A apresentação consistirá em duas etapas: etapa 1 - a explicação de que, à medida que o disco desce, parte de sua energia potencial gravitacional é transformada em energia cinética de translação e energia cinética de rotação; etapa 2 - o cálculo da energia cinética de rotação do disco no ponto mais baixo de sua trajetória, supondo o sistema conservativo. Ao preparar a segunda etapa, ele considera a aceleração da gravidade igual a 10 m · s–2 e a velocidade linear do centro de massa do disco desprezível em comparação com a velocidade angular. Em seguida, mede a altura do topo do disco em relação ao chão no ponto mais baixo de sua trajetória, obtendo 1/3 da altura da haste do brinquedo. As especificações de tamanho do brinquedo, isto é, de comprimento (C), largura (L) e altura (A), assim como da massa de seu disco de metal, foram encontradas pelo estudante no recorte de manual ilustrado a seguir. CONQUISTA ENEM Conteúdo: base de metal, hastes metálicas, barra superior, disco de metal. Tamanho (C × L × A): 300 mm × 100 mm × 410 mm. Massa do disco de metal: 30 g. O resultado do cálculo da etapa 2, em joule, é: a) 4,10 · 10–2 X b) 8,20 · 10–2 c) 1,23 · 10–1 d) 8,20 · 104 e) 1,23 · 105 86 FÍSICA• • 29. (UEPG – PR) Em relação aos conceitos envolvendo energia, assinale o que for correto. (01) Energia cinética – uma moto à velocidade de 25 m/s tem menos energia cinética que movendo-se a uma velocidade de 50 km/h. (02) Energia mecânica – a energia não é criada e nem destruída, mas sim transformada. No caso de uma montanha-russa, durante a subida que se processa lentamente, os carrinhos armazenam energia cinética até atingir o ponto mais alto da montanha. Quando descem percorrendo todo o trajeto até o ponto de partida, a energia cinética vai sendo dissipada, transformando-se em energia potencial. X(04) Energia potencial gravitacional – um praticante de salto ornamental possui no ponto de partida do trampolim uma certa quantidade de energia potencial gravitacional, significando que, desprezando forças dissipativas, ao chegar à água, a força peso exercida sobre ele terá realizado um determinado trabalho motor que, de acordo com o teorema da energia cinética, provoca um aumento no valor desta grandeza. X(08) Energia potencial elástica – um arqueiro, ao distender seu arco, despende uma certa quantidade de energia. Parte desta energia é armazenada na corda do arco e, quando liberada, é convertida em energia cinética da flecha. 30. ENEM Uma análise criteriosa do desempenho de Usain Bolt na quebra do recorde mundial dos 100 metros rasos mostrou que, apesar de ser o último dos corredores a reagir ao tiro e iniciar a corrida, seus primeiros 30 metros foram os mais velozes já feitos em um recorde mundial, cruzando essa marca em 3,78 segundos. Até se colocar com o corpo reto, foram 13 passadas, mostrando sua potência durante a aceleração, o momento mais importante da corrida. Ao final desse percurso, Bolt havia atingido a velocidade máxima de 12 m/s. Disponível em: http://esporte.uol.com.br. Acesso em: 5 ago. 2012 (adaptado). Supondo que a massa desse corredor seja igual a 90 kg, o trabalho total realizado nas 13 primeiras passadas é mais próximo de: a) 5,4 × 102 X b) 6,5 × 103 c) 8,6 × 103 d) 1,3 × 104 e) 3,2 × 104 31. ENEM Um projetista deseja construir um brinquedo que lance um pequeno cubo ao longo de um trilho horizontal, e o dispositivo precisa oferecer a opção de mudar a velocidade de lançamento. Para isso, ele utiliza uma mola e um trilho onde o atrito pode ser desprezado, conforme a figura. Para que a velocidade de lançamento do cubo seja aumentada quatro vezes, o projetista deve a) manter a mesma mola e aumentar duas vezes a sua deformação. X b) manter a mesma mola e aumentar quatro vezes a sua deformação. c) manter a mesma mola e aumentar dezesseis vezes a sua deformação. d) trocar a mola por outra de constante elástica duas vezes maior e manter a deformação. e) trocar a mola por outra de constante elástica quatro vezes maior e manter a deformação. 32. ENEM A figura representa o processo mais usado nas hidrelétricas para obtenção de energia elétrica no Brasil. As transformações de energia nas posições I → II e II → III da figura são, respectivamente, a) energia cinética → energia elétrica e energia potencial → energia cinética. b) energia cinética → energia potencial e energia cinética → energia elétrica. TEMA QUENTE F IS 7. TRABALHO E ENERGIA 87• • X c) energia potencial → energia cinética e energia cinética → energia elétrica. d) energia potencial → energia elétrica e energia potencial → energia cinética. e) energia potencial → energia elétrica e energia cinética → energia elétrica. 33. ENEM Uma das modalidades presentes nas Olimpíadas é o salto com vara. As etapas de um dos saltos de um atleta estão representadas na figura. Quando o carrinho se movimenta sozinho, sem deslizar, a energia potencial elástica é convertida em energia cinética pela ação da força de atrito: a) dinâmico na roda, devido ao eixo. X b) estático na roda, devido à superfície rugosa. c) estático na superfície rugosa, devido à roda. d) dinâmico na superfície rugosa, devido à roda. e) dinâmico na roda, devido à superfície rugosa. 35. (FUVEST – SP) Dois corpos de massas iguais são soltos, ao mesmo tempo, a partir do repouso, da altura h1 e percorrem os diferentes trajetos (A) e (B), mostrados na figura, onde x1 > x2 e h1 > h2. Desprezando-se as forças dissipativas (resistência do ar e atrito), para que o salto atinja a maior altura possível, ou seja, o máximo de energia seja conservada, é necessário que a) a energia cinética, representada na etapa I, seja totalmente convertida em energia potencial elástica representada na etapa IV. b) a energia cinética, representada na etapa II, seja totalmente convertida em energia potencial gravitacional, representada na etapa IV. X c) a energia cinética, representada na etapa I, seja totalmente convertida em energia potencial gravitacional, representada na etapa III. d) a energia potencial gravitacional, representada na etapa II, seja totalmente convertida em energia potencial elástica, representada na etapa IV. e) a energia potencial gravitacional, representada na etapa I, seja totalmente convertida em energia potencial elástica, representada na etapa III. 34. ENEM Um carrinho de brinquedo funciona por fricção. Ao ser forçado a girar suas rodas para trás, contra uma superfície rugosa, uma mola acumula energia potencial elástica. Ao soltar o brinquedo, ele se movimenta sozinho para frente e sem deslizar. Considere as seguintes afirmações: I. As energias cinéticas finais dos corpos em (A) e em (B) são diferentes. II. As energias mecânicas dos corpos, logo antes de começarem a subir a rampa, são iguais. III. O tempo para completar o percurso independe da trajetória. IV. O corpo em (B) chega primeiro ao final da trajetória. V. O trabalho realizado pela força peso é o mesmo nos dois casos. Note e adote: desconsidere forças dissipativas. É correto somente o que se afirma em a) I e III. X b) II e V. c) IV e V. d) II e III. e) I e V. 36. (UFPA) Considere as seguintes situações: na primeira, o menino deixa cair a moeda, do ponto mais alto, a partir do repouso,e a moeda chega à base do plano inclinado com uma energia cinética Ec; na segunda, do ponto mais alto, o menino lança a moeda ao longo do plano inclinado para baixo, com velocidade v = 2 m/s, e ela, nessa segunda situação, chega a base com uma energia cinética 20% maior do que na primeira situação. Considerando-se a aceleração da gravidade g = 10 m/s2, pode-se afirmar que a altura vertical, em metros, desse plano é X a) 1 b) 1,5 c) 2 d) 2,5 e) 3 TEMA QUENTE 88 FÍSICA• • 37. ENEM Um garoto foi à loja comprar um estilingue e encontrou dois modelos: um com borracha mais “dura” e outro com borracha mais “mole”. O garoto concluiu que o mais adequado seria o que proporcionasse maior alcance horizontal, D, para as mesmas condições de arremesso, quando submetidos à mesma força aplicada. Sabe-se que a constante elástica kd (do estilingue mais “duro”) é o dobro da constante elástica km (do estilingue mais “mole”). A razão entre os alcances D D d m , referentes aos estilingues com borrachas “dura” e “mole”, respectivamente, é igual a a) 1 4 X b) 1 2 c) 1 d) 2 e) 4 38. (IFCE) Um corpo de massa 4 kg é abandonado de uma altura de 320 m em relação ao solo. A aceleração da gravidade no local vale 10 m/s2. A energia cinética ao atingir o solo, em J, é igual a X a) 12 800 b) 6 400 c) 3 200 d) 1 600 e) 800 39. desligado é empurrado em uma rua plana e horizontal por um grupo de pessoas que, juntas, exercem uma força constante e horizontal de 600 N sobre o veículo. A partir do repouso, o carro adquire uma velocidade de 2 m/s após percorrer 10 m em linha reta. quiques. Uma bola de massa igual a 0,4 kg é solta verticalmente de uma altura inicial de 1,0 m e perde, a cada choque com o solo, 80% de sua energia mecânica. Considere desprezível a resistência do ar e adote g = 10 m/s2. O valor da energia mecânica final, em joule, após a bola quicar duas vezes no solo, será igual a X a) 0,16 b) 0,8 c) 1,60 d) 2,56 e) 3,20 41. (UEFS – BA) (http://estudio01. proj.ufsm.br) A energia dissipada ao final desses 10 m foi de: a) b) c) X d) e) 40. ENEM Bolas de borracha, ao caírem no chão, quicam várias vezes antes que parte da sua energia mecânica seja dissipada. Ao projetar uma bola de futsal, essa dissipação deve ser observada para que a variação na altura máxima atingida após um número de quiques seja adequada às práticas do jogo. Nessa modalidade é importante que ocorra grande variação para um ou dois A figura representa um sistema massa-mola ideal, cuja constante elástica é de 4 N/cm. Um corpo de massa igual a 1,2 kg é empurrado contra a mola, comprimindo-a de 12,0 cm. Ao ser liberado, o corpo desliza ao longo da trajetória representada na figura. Desprezando- -se as forças dissipativas em todo o percurso e considerando a aceleração da gravidade igual a 10 m/s2, é correto afirmar que a altura máxima H atingida pelo corpo, em cm, é igual a X01) 24 02) 26 03) 28 04) 30 05) 32 42. (ITA – SP) Um bloco de massa m sustentado por um par de molas idênticas, paralelas e de constante elástica k, desce verticalmente com velocidade constante e de módulo v controlada por um motor, conforme ilustra a figura. Se o motor travar repentinamente, ocorrerá uma força de tração máxima no cabo com módulo igual a a) mg mg kmv+ +( ) 2 2 2 b) mg mg kmv+ +( ) 2 2 X c) mg kmv+ 2 2 d) mg kmv+ 4 2 e) mg kmv+ 2 TEMA QUENTE O EO EO DE DE 8 © Sh ut te rs to ck /J ag _c z OBJETIVOS DO CAPÍTULO Interpretar a quantidade de movimento para uma partícula e para um sistema de partículas. Compreender o teorema do impulso e suas aplicações. Entender a conservação da quantidade de movimento e em que situações um sistema é considerado isolado. Estabelecer a relação entre conservação da quantidade de movimento e energia, para os diferentes tipos de colisões. Resolver situações-problema que envolvam tipos de colisões observados em eventos cotidianos. DOBRE NA LINHA PONTILHADA Um navio precisa começar a ser freado muito antes do ponto em que se deseja que ele pare. Você sabe qual o motivo disso? © Sh ut te rs to ck /F ed er ico R os ta gn o 90 FÍSICA• • Em acidentes automobilísticos, nem sempre é fácil descobrir quem foi o culpado pela ocorrência. Por esse motivo, é comum peritos policiais serem chamados para fazer um parecer técnico a respeito. Ao chegar ao local em que ocorreu a colisão, eles tentam avaliar a direção e o sentido dos movimentos dos carros envolvidos (antes e depois do acidente), as massas desses veículos, as distâncias percorridas por eles durante uma possível frenagem (marcas de pneu deixadas no asfalto podem ajudar nisso) e os danos causados nos automóveis. Com base nessas informações, eles conseguem calcular os valores aproximados das velocidades dos carros antes da colisão. Isso pode servir como prova para acusar ou inocentar os condutores dos veículos. A Dinâmica Impulsiva é a parte da Mecânica que apresenta os elementos necessários para estudar o que ocorre em colisões e como se comportam corpos em explosões e empurrões, além de outros fatos e fenômenos físicos. QUANTIDADE DE MOVIMENTO O estudo das leis de Newton mostra que todo corpo tem certa inércia, ou seja, determinada dificuldade para alterar seu estado de movimento. A medida da inércia de um corpo é sempre a sua massa. Dessa forma, corpos com maior massa têm maior tendência a manter- -se em repouso ou a efetuar movimento em linha reta e com velocidade constante. Complementando essa ideia, podemos afirmar que a dificuldade para alterar o estado de movimento de um corpo depende também de outro fator. Você perceberá isso claramente respondendo à seguinte questão: o que é mais difícil parar, um carro com velocidade de 10 km/h ou o mesmo carro movendo-se a 100 km/h? É simples perceber que, quanto maior for o módulo de velocidade de um corpo, mais complicado será freá-lo. Esse é um dos motivos pelos quais é tão perigoso dirigir em alta velocidade. Em ac descobrir qu motivo, é comu um parecer técnico a colisão, eles tentam dos carros envolvidos desses veículos, as dis í l f 8 Durante a colisão de dois carros, as massas e as velocidades de cada um são fatores determinantes para as deformações ocorridas. © Sh ut te rs to ck /P re tty V ec to rs F IS 8. IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO 91• • Quantidade de movimento de uma partícula Q m v= · Q: Quantidade de movimento em kg · m/s (SI) m: Massa em kg (SI) v: Velocidade em m/s → v m Visto que qualquer massa é sempre expressa por um número positivo, o vetor quantidade de movimento de um corpo tem as seguintes características: • módulo: Q = m · v; • direção: mesma de v ; • sentido: mesmo de v . Quanto às unidades, no Sistema Internacional (SI), usam-se kg para massa, m/s para velocidade e, consequentemente, kg · m/s para quantidade de movimento. Observe que a quantidade de movimento de um corpo é uma grandeza vetorial (diferentemente da energia, que é escalar) e que ela tem a direção e o sentido definidos pelo vetor velocidade. Logo, se duas bolas de basquete de mesma massa e mesma velocidade colidem frontalmente, elas têm, antes e depois da colisão, vetores de quantidade de movimento de sentidos contrários. A energia, por outro lado, é igual para ambas, pois ela não depende da direção e do sentido do movimento. A quantidade de movimento de um corpo é proporcional à sua velocidade e à sua massa. Reunindo os fatores massa e velocidade, podemos definir uma nova grandeza, denominada quantidade de movimento. De certa forma, é possível dizer que essa grandeza representa informalmente uma medida da dificuldade de parar um corpo. Matematicamente, seu valor pode ser calculado pela seguinte equação: Q = m · v. Como força resultante é o agente físico responsável por provocar variações de velocidade em um corpo, constatamos que: a) uma força aplicada na mesma direção e no mesmo sentidoda velocidade de um corpo tende a deixá-lo mais rápido; b) uma força aplicada na mesma direção, mas no sentido contrário ao da velocidade de um corpo tende a deixá-lo mais lento; c) uma força aplicada perpendicularmente à velocidade de um corpo não altera sua rapidez (vale lembrar que o trabalho dela é nulo, nesse caso), mas provoca variação na direção do movimento que ele realiza. Dessas observações, concluímos que, ao fazer determinada força atuar sobre um móvel, é possível pará-lo ou não, dependendo da direção e do sentido dessa força e da velocidade com que o móvel se movimenta. Assim, a dificuldade para frear um corpo deve receber tratamento vetorial. Por esse motivo, a quantidade de movimento de um corpo fica descrita completamente conforme a equação a seguir: 92 FÍSICA• • Quantidade de movimento de um sistema de partículas Em sistemas mecânicos nos quais vários corpos se movimentam, cada qual detém uma quantidade de movimento própria, determinada pelo produto entre a sua massa e a sua velocidade. A soma vetorial das quantidades de movimento de todas as partículas do sistema determina a quantidade de movimento resultante, QR, do sistema de partículas, tal que: Q Q Q Q Q Q m v m v m v m v R n R n n = + + + + = + + + + 1 2 3 1 1 2 2 3 3 ... · · · ... · v1 v2 v3 v4 v5 m3 m4 m5 m1 m2 A quantidade de movimento de um sistema é igual à soma da quantidade de movimento de todos os corpos desse sistema. A soma da quantidade de movimento de cada uma das inúmeras partículas resultantes de uma explosão de fogos de artifício ou provocada por uma bomba permite determinar a quantidade de movimento do sistema. ATIVIDADES EM13CNT306 1. (UECE) Considere um veículo de massa constante que se desloca em linha reta. Este veículo tem seu momento linear dado por p = 4t, onde t é o tempo e a constante multiplicativa 4 tem a unidade de medida apropriada. Assim, é correto afirmar que a) sua velocidade é constante. X b) sua aceleração é constante. c) sua energia cinética é constante. d) sua energia cinética é decrescente. A quantidade de movimento ou momento linear é dada pelo produto da massa pela velocidade do corpo. Examinando a constante multiplicativa 4, podemos notar que ela tem dimensão de força e, como a massa é constante, a aceleração também é. A análise dimensional a seguir comprova esse fato: p = m · v = kg m s � � � � � � � Mas, como p = 4t, devemos analisar a unidade da constante multiplicativa 4: 4 2 = = p t kg m s � � � � � � · = m · a Logo, a constante multiplicativa representa força. Se a força é constante, a aceleração também é, de acordo com a 2.ª lei de Newton (F = m · a). © Sh ut te rs to ck /S tu di o 37 © Sh ut te rs to ck /Y or an F ot og ra fie F IS 8. IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO 93• • 2. (UECE) Considere um vagão com uma carga líquida, que é puxado por uma locomotiva em uma via reta horizontal. Despreze os atritos e considere que a força aplicada pela locomotiva ao vagão seja constante. Caso haja vazamento dessa carga, o momento linear do conjunto formado pelo vagão e a carga no seu interior a) varia somente pela aplicação da força. X b) varia pela aplicação da força e pela variação na massa. c) varia somente pela perda de massa do vagão. d) não varia mesmo com mudança na massa. O momento é dado por Q = m · v. A aplicação da força interfere na aceleração diferente de zero e, consequentemente, na variação da velocidade adquirida. Nesse sentido, podemos dizer que o conjunto depende da força aplicada e da variação de massa decorrente do vazamento. 3. (FATEC – SP) Em uma aula do curso de Logística Aeroportuária, o professor propõe aos alunos que determinem a quantidade de movimento da aeronave tipo 737–800 em voo de cruzeiro, considerando condições ideais. Para isso ele apresenta valores aproximados, fornecidos pelo fabricante da aeronave. INFORMAÇÃO DADO Massa máxima de decolagem Velocidade média de cruzeiro Com base nos dados apresentados no quadro, o X a) 7 b) 7 c) 7 d) 7 e) 7 A quantidade de movimento ou momento linear (Q) é o produto da massa pela velocidade. Assim, para a velocidade de cruzeiro (720 km/h = 200 m/s), temos que: Q = m · v ⇒ Q = 79 000 · 200 Q = 1,58 · 107 kg · m/s Q ≅ 1,6 · 107 kg · m/s 4. (UECE) Considere duas massas iguais penduradas por uma corda flexível e inextensível que passa por uma polia presa ao teto. Desconsiderando-se todos os atritos, de modo que as massas possam subir ou descer livremente, e considerando, nesse arranjo, a situação em que uma das massas está subindo com velocidade constante, é correto afirmar que o módulo da soma vetorial dos momentos lineares das massas é a) o dobro do módulo do momento linear de uma das massas. b) o triplo do módulo do momento linear de uma das massas. X c) zero. d) igual ao módulo do momento linear de uma das massas. Se uma das massas está subindo com velocidade constante, a outra deve estar descendo com velocidade constante, de mesmo módulo e direção, mas de sentido oposto. Portanto: Q1 + Q2 = mv + m(–v) ⇒ Qres = 0. 5. (FATEC – SP) Uma esfera se move sobre uma superfície horizontal sem atrito. Num dado instante, sua energia cinética vale 20 J e sua Nestas condições, é correto afirmar que sua a) b) c) d) X e) Dados: E = 20 J; Q = 20 N · s. Se Q = m · v e E = m v· 2 2 , então: 20 = m · v ⇒ v = 20 m (l) 20 = m v 2 2 ⇒ 20 = m m m m m2 20 2 20 20 2 2 2 2 2 · · � � � � � = = 20 · 2m = 202 ⇒ 2m = 20 ⇒ m = 10 kg Agora, você pode fazer as atividades 28 e 29 da seção Conquista Enem. 94 FÍSICA• • IMPULSO Em um arremesso de bola ao gol, no handebol, os atletas podem correr por alguns metros para conseguir saltar o mais alto possível. Comumente, dizemos que, nessa etapa da corrida, o atleta está “pegando impulso”. Em Física, a ideia de impulso está presente nessa situação, mas não exatamente como a utilizamos no cotidiano. A corrida que o atleta faz serve para chegar ao ponto de salto com a maior energia cinética possível, que depois será convertida em energia potencial. O impulso, do modo como a Física entende, se dá apenas no momento em que ele flexiona as pernas para sair do chão, exercendo uma força sobre o solo e, por consequência, havendo uma reação do solo sobre o atleta. Da mesma forma, se você quiser saltar mais alto, intuitivamente vai se abaixar um pouco antes de pular (você está “pegando impulso”). Ao fazer isso, a intenção é exercer uma força contra o solo durante certo intervalo de tempo. E são exatamente essas as duas variáveis relacionadas com o impulso físico adquirido por um corpo: a força e o intervalo de tempo durante o qual essa força é aplicada. Quanto maior for a força sobre o corpo do atleta, maior será o impulso que ele adquirirá; além disso, quanto maior for o tempo de aplicação dessa força, maior também será o impulso adquirido. Impulso de uma força Considere um corpo de massa m em repouso sobre uma superfície plana e horizontal. A partir de certo instante, esse corpo passa a receber a ação de uma força F (constante), durante um certo intervalo de tempo t, conforme a figura a seguir: As pernas flexionadas funcionam como uma mola, que realiza uma força para restituir o seu formato inicial. v0 = 0 v → F → F Nessas condições, essa força faz o corpo adquirir movimento, ou seja, ela gera determinado efeito sobre o corpo. Dizemos que essa força impulsionou o móvel, e o efeito gerado sobre ele foi a variação do módulo de sua velocidade. Se o corpo da figura anterior já estivesse em movimento, o que aconteceria caso a direção da força F fosse alterada, atuando ainda na horizontal, mas perpendicularmente ao movimento? Nesse caso, essa força não realizaria trabalho e seria, portanto, incapaz de provocar variação no módulo da velocidade do móvel. Mesmo assim, ela estaria impulsionando o corpo, mas fazendo variar a direção da sua velocidade. Alémdo módulo, a direção e o sentido de uma força também são essenciais para determinarmos a maneira como ela impulsiona um objeto. ©Shutterstock/ Master1305 F IS 8. IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO 95• • Quando uma força é contrária ao movimento, provoca um impulso negativo. Nessa imagem, o chão (de areia) exerce sobre o atleta uma força contrária ao sentido do movimento, provocando um impulso negativo. Caso o corpo já estivesse em movimento, o que aconteceria se o sentido da força F fosse contrário a esse movimento? Nesse caso, a velocidade seria reduzida, e o impulso dessa força teria um sentido negativo. Dessa forma, podemos concluir que impulso é uma grandeza do tipo vetorial e que sua intensidade (IF) depende diretamente de dois fatores, como foi exposto anteriormente. Assim, no caso de uma força constante, a equação do impulso é: I F tF = · IF: Impulso em N · s (SI) F: Força em N (SI) Δt: Intervalo de tempo em s (SI) Como o intervalo de tempo (Δt) é sempre positivo, as características do impulso de uma força são: • módulo: IF = F · Δt; • direção: mesma de F ; • sentido: mesmo de F . Quanto às unidades, no SI, usamos N (newton) para força, s (segundo) para intervalo de tempo e, consequentemente, N · s para impulso. Impulso de uma força variável A equação para determinação do impulso de uma força ( I F tF = · ) é válida somente para determinar o impulso realizado por forças constantes. Em várias situações práticas, porém, as forças aplicadas em um corpo apresentam valor variável ao longo do movimento. Nesses casos, o impulso deve ser determinado com o auxílio do diagrama do módulo da força em função do intervalo de tempo de sua aplicação. Considere, em um primeiro momento, uma força constante aplicada sobre um corpo durante um intervalo de tempo Δt. Área = F · Δt Força Δt Tempo0 Área F Se a área do retângulo presente no gráfico do módulo da força pelo intervalo de tempo for calculada, chegaremos ao seguinte resultado: Área = F ΔtÁrea F ΔtÁrea = F · Δt Sabendo que IF = F · Δt, temos que o impulso de uma força é numericamente igual à área do gráfico da força em função do intervalo de tempo de aplicação: IF = N Áreagráfico Nessa equação, a pequena letra N colocada acima do sinal de igual indica que essas grandezas são somente iguais em número, afinal apresentam unidades de medida diferentes. Assim, para determinar o impulso de uma força, devemos calcular a área formada entre a curva dessa resultante e o eixo que representa o intervalo de tempo (t). Mesmo que a força aplicada sobre um corpo tenha intensidade variável, podemos calcular o impulso pelo método gráfico. Observe o exemplo a seguir. Note que, nessa ilustração, conforme o corpo vai sendo impulsionado pela mola, a deformação vai diminuindo. Logo, a força elástica também diminui. Portanto, nesse caso, o corpo sofre um impulso (aplicado pela mola) de uma força variável. Movimento Massa Força elástica © Sh ut te rs to ck /N as ky ©Shutterstock/Jianbing Lee 96 FÍSICA• • O gráfico a seguir representa uma força F aplicada sobre um corpo. Essa força é variável e atua na direção do movimento, em função do tempo t. Para essa situação, determine o impulso exercido pela força F durante o intervalo de tempo de 6 segundos. EXEMPLOS RESOLVIDOS RESPOSTA Nesse caso, determinamos o impulso somando todas as áreas acima do eixo do tempo (t) e subtraindo todas as áreas abaixo desse eixo. Portanto, para esse diagrama, calculamos o impulso realizado pela força desta maneira: IF = N A1 – A2 A1 e A2 são figuras planas de triângulos. Logo, essas áreas podem ser determinadas assim: A = base altura 2 Portanto, usando os valores numéricos (todos os valores devem ser aplicados em módulo) indicados no gráfico (F × t), temos: IF = 4 20 2 2 14 2 · · = 40 – 14 ∴ IF = 26 N · s Teorema do impulso Considere um corpo de massa m que recebe a ação de várias forças, como mostra a figura a seguir. Se a resultante dessas forças for diferente de zero, esse corpo será impulsionado por ela e sofrerá variações em sua velocidade. Para relacionar essas e outras grandezas, é necessário demonstrar um importante teorema da Mecânica. Para fazer essa dedução, suponha que a resultante das forças que agem sobre o corpo seja constante. Aplicando a 2.ª lei de Newton (FR = m · a) e utilizando a equação de definição da aceleração média, temos: F m a m v t m v v tR = = =· · · ( )� � � � 0 F m v v t F t m v m vR R= = · ( ) · · · � � �0 0� � Como I F tF RR = · e Q m v= · , a equação anterior pode ser escrita assim: Como na maioria das situações analisadas no Ensino Médio, os movimentos das partículas ocorrem em linha reta (unidimensional). Com isso, o tratamento vetorial dado ao teorema do impulso passa a ser desnecessário. Assim, ele pode ser reescrito de forma simplificada: I Q Q QFR = =� 0 � I Q Q QF R = =� 0 � O impulso da resultante das forças aplicadas sobre um corpo é igual à variação da sua quantidade de movimento. A1 20 –14 A2 t(s) 0 4 6A F (N) F IS 8. IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO 97• • A preservação da integridade física é uma preocupação bastante relevante quando se trata do desenvolvimento de tecnologias na produção de equipamentos e dispositivos de segurança. No setor automobilístico, o air bag é uma representação importante das aplicações práticas do teorema do impulso. De uso obrigatório segundo o Código Nacional de Trânsito, esse dispositivo tem como função aumentar o tempo de contato do passageiro com a superfície de impacto (em vez de ser, por exemplo, com o painel do carro, o contato será com o próprio air bag, que ficará entre a cabeça do ocupante do veículo e o painel). Dessa forma, a força que o air bag aplica sobre a cabeça da pessoa é distribuída ao longo de um intervalo de tempo maior, apresentando, assim, menor intensidade. FIQUE POR DENTRO EM13CNT306 Caso o veículo não esteja equipado com esse dispositivo de segurança, em uma colisão violenta, a pessoa será projetada para a frente, batendo a cabeça rapidamente contra o para-brisa. Em situações como essa, a batida da cabeça contra o painel do veículo ocorre em um intervalo de tempo tão pequeno que as forças envolvidas no processo passam a ter grandes intensidades (capazes de causar traumatismos cranianos ou até mesmo a morte). Outro exemplo de dispositivo que apresenta o mesmo mecanismo físico de proteção é o cinto de segurança inflável ou com revestimento de material estofado, como espuma. Essas modalidades de cinto amortecem o impacto contra o corpo graças à bolsa inflável ou ao estofado que os envolve. Esse amortecimento da colisão representa uma vantagem em relação ao cinto comum – ele aumenta o tempo de contato entre o corpo e o dispositivo, diminuindo a magnitude das forças de interação entre o cinto e o corpo e causando menores danos ou lesões aos passageiros. Cinto de segurança com revestimento estofado Cinto de segurança inflável ATIVIDADES 6. (UEL – PR) Uma funcionária de um utiliza patins para se movimentar no interior da loja. Imagine que ela se desloque de um ponto a outro, sob a ação de uma força F constante, durante um intervalo de tempo de 2,0 s, com uma aceleração constante de 2. Assinale a alternativa que indica o valor do impulso (I) produzido por esta força F e a energia cinética (Ec) adquirida pela pessoa (despreze a ação do atrito e considere toda a massa corpórea concentrada no centro a) c b) c c) c X d) c e) c 7. (UFRGS – RS) Impulso específico é uma medida da eficiência do uso do combustível por motores a jato para produzir o necessário impulso. Ele é calculado pela razão entre os módulos do impulso produzido pelo motor e A figura abaixo representa a força produzida por um motor a jato durante 30 s. © Sh ut te rs to ck /P ho nl am ai P ho to © Sh ut te rs to ck /A fri ca S tu di o © Fo to ar ena/ Zu m a Pr es s/ Go od ric h Co rp or at io n 98 FÍSICA• • Sabendo que o impulso específico do motor 2, a massa de combustível usado nesse intervalo de tempo foi de a) X b) c) 8. (UFJF – MG) O sistema de air bag de um carro é formado por um sensor de aceleração, uma bolsa inflável e outros acessórios secundários. O sensor, ao detectar uma grande desaceleração, faz a bolsa inflar rapidamente, protegendo, assim, o motorista. Considere uma situação em Esse carro sofre uma colisão frontal. Ao término da interação do motorista com o air bag, o motorista está em repouso. Despreze o intervalo de tempo para a bolsa inflar. a) Considerando que o tempo de colisão entre o motorista e o air bag foi de 0,5 s, calcule o módulo da força resultante média exercida pelo air bag sobre o motorista. Observação: o air bag não desacelera todo o corpo do motorista, mas apenas a cabeça e o pescoço! Considerando a massa do motorista, de 80 kg, e a velocidade inicial do veículo, pelo teorema do impulso, temos que: I = Fm · Δt = Q – Q0 ⇒ Fm · Δt = m · |Δv| Fm = m v t = 80 0 25 0 5 · – , ⇒ Fm = 4 000 N. b) Determine o trabalho realizado por essa força resultante sobre o motorista durante a colisão e calcule que altura atingiria um para lançá-lo verticalmente para cima. Pelo teorema da energia cinética, temos: � �F FR R mv mv = = 2 0 2 2 2 2 0 80 25 2 � � � � = –25 000 J. Podemos considerar que esse trabalho é transformado em energia potencial gravitacional. Então: | |FR = EPg = mgh ⇒ 25 000 = 3 · 10 · h ⇒ h = 833 m. 9. desloca-se, inicialmente, ao longo de um plano horizontal sem atrito com uma energia cinética inicial de 100 J. Durante um intervalo de tempo de 4 s, uma força variável, como mostra o gráfico abaixo, é aplicada sobre o bloco, na mesma direção e no mesmo sentido da velocidade inicial. F (N) 30 4 t (s) 10 Após a aplicação dessa força (t = 4 s), a) b) c) X d) Dados: Ec0 = 100 J; m = 2 kg; Δt = 4 s. Podemos determinar a velocidade inicial desta forma: Ec0 = m v0 2 2 ⇒ 100 = 2 2 0 2v ⇒ v0 = 10 m/s O impulso da força, em um gráfico F × t, pode ser determinado pela área do gráfico. Logo, usando os dados do gráfico, temos que: I = N Área ⇒ I = N ( )B b h+ 2 = ( )30 10 4 2 + ⇒ IF = 80 N · s Pelo teorema do impulso, temos: IF = Q – Q0 ⇒ IF = m · |Δv| ⇒ 80 = 2 · (v – 10) ⇒ 40 = v – 10 v = 50 m/s 10. (UNIFESP – SP) Uma menina deixa cair uma bolinha de massa de modelar que se choca tem massa 10 g e atinge o chão com velocidade exercido pelo chão sobre essa bolinha é vertical, tem sentido para X a) –2 b) –2 c) –2 d) –2 e) cima e módulo igual a zero. Dados: m = 0,01 kg; v0 = 3 m/s. Pelo teorema do impulso, temos que: IF = Q – Q0 ⇒ IF = m · |Δv| ⇒ IF = 0,01 · |0 – 3| = –0,03 N · s |IF| = 3 · 10–2 N · s A bolinha exerce sobre o chão uma força vertical para baixo. Logo, o impulso exercido tem mesma direção e sentido. No entanto, o chão exercerá sobre ela um impulso de sentido contrário, vertical, mas de baixo para cima. Agora, você pode fazer as atividades 30 e 31 da seção Conquista Enem. d) e) F IS 8. IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO 99• • CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO Forças internas e externas As forças aplicadas em um corpo podem ser classificadas dependendo de critérios diversos. De acordo com a sua natureza, elas podem ser de campo ou de contato e, dependendo de outros fatores, elas também podem ser chamadas de conservativas ou não conservativas. Agora, veremos que as forças atuantes podem ser classificadas como internas ou externas. Em um sistema semelhante ao da imagem anterior, constituído por dois patinadores que se empurram, várias forças atuam sobre os corpos pertencentes a esse sistema. Observe essas forças na figura a seguir, que representa os dois patinadores em contato com o solo. P1 F2,1 N1 F1,2 P2 N2 Nessa situação, F12, e F21, constituem o par de ação e reação das forças que um patinador aplica sobre o outro; N1 e N2 são as reações do solo, ou seja, as forças normais em cada um dos atletas; P1 e P2 são os resultados das interações gravitacionais entre os patinadores e a Terra, ou seja, o peso deles. Como o sistema é constituído apenas pelos dois patinadores, F12, e F21, são consideradas forças internas, pois são trocadas entre os próprios corpos do sistema. Usando o mesmo tipo de raciocínio, os pares N1 e N2 e P1 e P2 são formados por forças externas, pois todas essas forças são trocadas entre um dos corpos do sistema e algum outro corpo qualquer que não faz parte do sistema (as normais são trocadas com o solo e os pesos, com a Terra). Assim: Forças internas são trocadas entre os corpos constituintes de um sistema, e forças externas são trocadas entre um corpo do sistema e um corpo não pertencente a ele (agente externo). Como as forças internas sempre constituem pares de ação e reação (mesma intensidade, mesma direção e sentidos contrários), em qualquer sistema analisado, a soma vetorial delas é sempre nula. Considerando, obviamente, que as forças internas atuam todas durante um mesmo intervalo de tempo, o impulso total dessas forças é sempre nulo em um sistema qualquer: I F t F tFint , ,· ·= +1 2 21 Sistemas mecanicamente isolados Para dar continuidade ao estudo, é importante nos lembrarmos do teorema do impulso: I Q QFR = 0 Como em qualquer sistema, as forças só podem ser internas ou externas, esse teorema pode ser reescrito assim: I I Q QF Fextint + = 0 Já que o impulso total de forças internas ( I Fint ) é sempre nulo em todos os sistemas possíveis, a equação anterior pode ser sempre reduzida a: I Q QFext = 0 Co re l ©Shutterstock/Iurii Osadchi 100 FÍSICA• • Colisões Os métodos estudados na Dinâmica Impulsiva são muito úteis na investigação e no esclarecimento de colisões automobilísticas. Prova disso é que, em situações em que há dúvida sobre o culpado de um acidente, peritos são contratados para fazer estudos e apresentar laudos aos advogados das partes envolvidas. Nos cálculos feitos por esses profissionais, inúmeros fatores são levados em consideração, para que os resultados encontrados sejam bastante precisos. No Ensino Médio, serão estudados apenas alguns elementos básicos de colisões simples. As figuras a seguir representam uma colisão frontal de dois veículos (A e B) que se deslocam na mesma direção, sendo mA e mB as suas massas, vA e vB suas respectivas velocidades antes de colidirem e v’A e v’B as velocidades deles depois da colisão. Considerando que os corpos envolvidos em colisões constituem sistemas isolados e que, portanto, obedecem à conservação da quantidade de movimento, para os corpos A e B, podemos concluir que: Q antes Q depois. Como o caso abordado é de um choque mecânico unidirecional, não existe a necessidade de mantermos o tratamento vetorial para essa equação. Substituindo os dados dos veículos que colidiram, ela pode ser reescrita da seguinte forma: mA A B B A A B B Apesar de esse cálculo ser muito útil, normalmente, ele não é capaz de descrever de forma completa uma colisão entre dois corpos. Isso porque, na maioria das situações analisadas, existirão duas incógnitas a serem descobertas. Com isso, uma única equação será insuficiente para que os cálculos possam ser concluídos. Para resolver casos assim, é necessário um sistema em que o número de equações coincida com o número de incógnitas. Para isso, precisamos conhecer alguns outros conceitos, como do coeficiente de restituição (apresentado mais adiante). Diferentemente do impulso das forças internas, o das forças externas pode ou não ser igual a zero. Dizemos que um sistema é mecanicamente isolado quando o impulso das forças externas também é nulo. Nesses casos, como IFext = 0 , partindo da última equação, chegamos à seguinte conclusão matemática: 0 0= Q Q ou, ainda: Q Q= 0 . Para que a utilização dessa equaçãoseja mais simples e prática, é possível escrevê-la da seguinte forma: Q Qantes depois= A quantidade de movimento de um sistema mecanicamente isolado se conserva, ou seja, permanece constante. A equação anterior pode ser representada também pela seguinte afirmação: Explosões são processos tão rápidos que o impulso de forças externas é praticamente nulo (desprezível). Assim, considerando os instantes imediatamente antes e depois de uma explosão, a quantidade de movimento do corpo que explodiu e a soma vetorial das quantidades de movimento dos fragmentos gerados terão módulos iguais. © Sh ut te rs to ck /M ich al Zd un iak F IS 8. IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO 101• • E se a colisão não for unidimensional? Sabemos que quantidade de movimento é uma grandeza vetorial. Caso o problema envolva uma situação de colisão em mais de uma direção, para chegarmos à quantidade de movimento resultante, a conservação da quantidade de movimento deve ser avaliada em todas as direções. Velocidade relativa Antes de dois corpos sofrerem uma colisão, obviamente, eles precisam se aproximar. Em nossos estudos, será essencial calcular com que rapidez isso ocorre. Para facilitar o entendimento, observe o exemplo numérico a seguir. Seguindo um raciocínio semelhante, é possível chegar à conclusão de que, após a colisão, os corpos A e B se afastam com uma velocidade relativa de afastamento (vafast) que também pode ser calculada com uma subtração: vafast B A Após uma colisão, nem sempre ocorre uma fase de afastamento, pois os corpos podem permanecer grudados depois de sofrerem o choque. Nesse caso, a velocidade de afastamento entre os corpos é nula. Coeficiente de restituição Considerando que essas velocidades permanecem constantes, o que realmente significam? Se o corpo A tem uma velocidade de para a esquerda a cada segundo. Então, analisando a situação ilustrada, podemos desenvolver o seguinte raciocínio: no intervalo de esse mesmo resultado de um jeito mais prático? A maneira ideal é somar os módulos das velocidades de A e B. Dessa forma, a velocidade de aproximação entre os corpos A e B ficaria assim: vA,B Formalizando essa relação, antes do choque, os corpos A e B se aproximam com uma velocidade relativa de aproximação (vaprox) que pode ser obtida desta forma: vaprox A B Em uma colisão em que os corpos permanecem separados, podemos imaginar, pelo menos, duas fases distintas: a de deformação e a de restituição. Na primeira, temos uma transformação de parte da energia cinética dos corpos em energia potencial elástica. Após cessar a deformação dos corpos, outra transformação está em curso: parte da energia potencial elástica volta a ser cinética. É a fase de restituição. Em uma batida entre dois carros, a lataria deles amassa e, normalmente, permanece assim. Já quando alguém bate em uma bola com um taco de golfe, ela sofre considerável deformação e, depois disso, volta ao seu formato normal (ao menos macroscopicamente). Essas duas situações mostram que cada colisão apresenta certo nível (ou percentual) de restituição. Para os carros, esse nível seria de praticamente 0%; para a bolinha, seria de quase 100%. Texto complementar. 1 B © Sh ut te rs to ck /In ke d Pi xe ls 102 FÍSICA• • Uma das situações mais desagradáveis é sofrer algum acidente de trânsito. Fora o perigo que isso pode oferecer à saúde das pessoas envolvidas, podem surgir complicações jurídicas e, normalmente, prejuízos financeiros. É comum, por exemplo, motoristas ficarem irritados após baterem seus veículos, uma vez que o estrago causado no automóvel pode ser muito grande em comparação à intensidade da colisão sofrida. De forma geral, em qualquer tipo de choque, existe um coeficiente de restituição que compara dados dos corpos envolvidos antes e depois do contato entre eles. Matematicamente, isso pode ser representado pela seguinte equação: e v v afast aprox = CONECTADO EM13CNT307 surgiam vítimas fatais. A aplicação dos conhecimentos físicos da Dinâmica Impulsiva e o desenvolvimento de novos materiais possibilitaram a criação de carros mais seguros. A necessidade de carros que consumissem menores quantidades de combustível e que fossem eficientes e mais seguros, além de confortáveis, surgiu entre 1973 e 1979, com as crises do petróleo. A partir dessa época, a indústria automobilística começou a substituir grande parte de materiais tradicionais por materiais plásticos, por exemplo. O uso de material plástico está cada vez mais difundido na indústria automobilística, passando de 5% do peso total de um veículo há 30 anos para até 25% de seu peso total na atualidade. Com as inovações de polímeros de alto desempenho, a maioria das necessidades foi atendida e, atualmente, o plástico constitui parte essencial na fabricação de automóveis. O material plástico oferece vantagens como a versatilidade para designs inovadores e, ao mesmo tempo, a absorção de energia, contribuindo para uma maior segurança dos passageiros. Atributos de absorção de impacto nos para-choques, sistemas que evitam riscos de explosão nos tanques de combustível, cintos de segurança, air bags e outros acessórios de segurança, como a cadeirinha para crianças, fazem do plástico o material essencial para criar veículos cada vez mais seguros. Além disso, o plástico também ajuda a diminuir a emissão de CO2 para o ambiente em 30 milhões de toneladas em média. Os polímeros mais utilizados na fabricação de peças de carros geralmente apresentam boa resistência mecânica, térmica e química. São usados, por exemplo, o polietileno de alta densidade (PEAD), o policarbonato (PC), as poliamidas (PA), o poli (metacrilato de metila) (PMMA), o politereftalato de etileno (PET) e o polipropileno (PP), entre outros. Apesar de os gastos com funilaria, pintura e reposição de peças estragadas serem consideráveis, o fato de a lataria dos carros atuais sofrer grandes deformações em uma colisão é fundamental para a segurança dos passageiros. Com isso, a intensidade das forças envolvidas diminui, e as pessoas que estão dentro dos automóveis não são submetidas a acelerações muito intensas e perigosas. Antigamente, como as latarias dos carros eram muito duras, elas pouco se deformavam em uma colisão. Isso fazia com que o tempo de contato entre os automóveis fosse muito pequeno, mas as forças decorrentes da batida fossem de grande intensidade. Assim, mesmo em acidentes ocorridos em baixas velocidades, 307 © Sh ut te rs to ck /S to ck Ph ot os lv F IS 8. IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO 103• • 11. (UECE) Em 20 de julho de 1969, passados 50 anos, o homem pôs os pés em solo lunar. A movimentação de naves espaciais como a Apolo 11, que fez o transporte rumo à lua, é feita pela expulsão de gases do foguete em uma direção e movimento da nave na direção oposta. Há uma lei de conservação envolvida nesse modo de deslocamento que é denominada lei de conservação a) da energia potencial. b) da energia elástica. c) do momento de inércia. X d) do momento linear. 12. (UESPI) Considere a situação em que um homem e uma caixa repousam frente a frente sobre uma superfície horizontal sem atrito. A resistência do ar no local é desprezível. Sabe-se que a massa do homem é de 100 kg, enquanto que a massa da caixa é de 50 kg. Num dado instante, o homem empurra a caixa, que passa a se mover em linha reta com velocidade escalar igual a 8 m/s. Nestas circunstâncias, qual é o módulo da velocidade de recuo do homem após empurrar a caixa? X a) 4 m/s b) 5 m/s c) 8 m/s d) 10 m/s e) 12 m/s 13. (UECE) Considere uma situação inicial em que um astronauta está inicialmente sem movimento em relação à sua nave, e esta também está parada em relação a um dado referencial inercial. Depois disso, o astronauta sai do transporte sem o uso de qualquer propulsão, apenasempurrando a nave. Assim, é correto afirmar que a) no sistema composto pela nave e pelo astronauta, o momento linear total é sempre maior que zero, pois o astronauta se move, sendo sua velocidade não nula. b) após a saída do tripulante, a nave permanece parada, pois a força exercida pelo tripulante para sair da nave atua somente nele mesmo. ATIVIDADES A lei descrita é a da conservação do momento linear ou da quantidade de movimento, por meio da qual é Dados: mH = 100 kg; vC = 8 m/s; mC = 50 kg Pela conservação da quantidade de movimento, temos: Qantes = Qdepois 0 = mH · vH + mC · vC 0 = 100 · vH + 50 · 8 –100 · vH = 400 vH = –4 m/s O sinal negativo indica que o homem se desloca em sentido oposto ao da caixa. c) o princípio da conservação do momento linear, aplicado ao sistema homem nave, não é válido, pois o astronauta executa uma força para sair da nave. X d) no sistema composto pela nave e pelo astronauta, o momento linear total é zero após a saída do tripulante. Nessa situação, a ação de forças externas é desprezível em comparação à magnitude das forças internas trocadas entre o astronauta e a nave. Sendo assim, considerando um sistema isolado, a quantidade de movimento (ou momento linear total) para o sistema é nula. 14. (UECE) Noticiou-se, recentemente, que duas composições do VLT (veículo leve sobre trilhos) em Fortaleza colidiram frontalmente. Suponha que os dois trafegavam em uma única linha reta antes do choque e que as composições eram idênticas, viajavam vazias e à mesma velocidade. Assim, é correto concluir que, nesse trecho reto descrito, o centro de massa do sistema composto pelos dois trens a) se deslocou somente antes da colisão e com velocidade constante. b) se deslocou somente após a colisão e com velocidade constante. X c) não se deslocou até a ocorrência da colisão. d) se deslocou com velocidade variável. Dado que as composições eram idênticas e trafegavam à mesma velocidade, até o momento da colisão, o centro de massa do sistema manteve-se inalterado e estava localizado no ponto médio do segmento que unia ambas as composições. 15. (UDESC) Considere dois patinadores que patinam juntos com a mesma velocidade v. O patinador A tem massa m e o patinador B tem massa 2 m. Em um dado momento o patinador A empurra o B e, imediatamente, a velocidade do A vai a zero. Desconsidere quaisquer forças de atrito, e assinale a alternativa que corresponde ao percentual de variação da velocidade do patinador B, após o empurrão. a) 25% b) –50% c) –25% X d) 50% e) –33% Dados: mA = m; mB = 2m. Antes: vA = v; vB = v. Depois: v’A = 0; v’B = ? Pela conservação da quantidade de movimento, temos: Qantes = Qdepois (mA + mB) · v = mA · v’A + mB · v’B (m + 2m) · v = mA · 0 + 2m · v’B 3m · v = 2m · v’B 3v = 2v’B v’B = 1,5 · v. Logo, se a velocidade de B era v e passou a ser igual a 1,5 · v, ela aumentou em 0,5 · v, ou seja, em 50%. possível que a nave se movimente após ejetar a massa dos gases no sentido contrário. A troca de forças internas entre as massas dos gases e da nave, desprezando a ação de forças externas, permite que a expulsão dos gases impulsione a nave em sentido oposto ao da ejeção. 104 FÍSICA• • Tipos de colisões Em um sistema de corpos que sofre uma colisão, pode haver perda de energia cinética em virtude do aquecimento, de deformações e do som provocados no impacto. O que jamais ocorre como consequência de um choque mecânico é qualquer ganho de energia cinética para o sistema de corpos envolvido. Por esse motivo, o módulo da velocidade de afastamento entre corpos que se chocam é sempre menor ou, no máximo, igual ao módulo da velocidade de aproximação entre eles (vafast aprox). Como foi visto, a razão entre essas velocidades determina um coeficiente de restituição classificar diferentes tipos de colisão de acordo como o valor desse coeficiente. 16. (UNICAMP – SP) Suponha que o esquilo do filme A era do gelo tenha desenvolvido uma técnica para recolher nozes durante o percurso para sua toca. Ele desliza por uma rampa até atingir uma superfície plana com velocidade de 10 m/s. Uma vez nessa superfície, o esquilo passa a apanhar nozes em seu percurso. Todo o movimento se dá sobre o gelo, de forma que o atrito pode ser desprezado. A massa do esquilo é de 600 g e a massa de uma noz é de 40 g. a) Qual é a velocidade do esquilo após colher 5 nozes? mE = 0,6 kg mN = 0,04 kg mE,N = mE + 5mN = 0,6 + 5 · 0,04 = 0,8 kg vE = 10 m/s Qantes = Qdepois mE · vE = mE,N · v’ 0,6 · 10 = 0,8 · v’ 0,8v’ = 6 v’ = 7,5 m/s b) Calcule a variação da energia cinética do conjunto formado pelo esquilo e pelas nozes entre o início e o final da coleta das 5 nozes. Ec = Ecdepois – Ecantes Ec = 22 2 2 E EE,N m · vm · v’ 0,8 · 7,5 0,6 ·10 – = – 2 2 2 2 Ec = 22,5 – 30 Ec = –7,5 J 17. Em uma partida de hóquei sobre o gelo, dois jogadores se aproximam em sentidos opostos e mesma direção, para uma tentativa de tacada sobre o disco, peça que eles tentam levar até o gol com o auxílio de tacos. O jogador A tem velocidade de 5 m/s e o jogador B, 3 m/s. Logo após a colisão, o atleta A e o atleta B têm, respectivamente, velocidades de 1 m/s e 3 m/s, ambas no mesmo sentido inicial do atleta A. Considerando que a colisão é unidirecional, determine o seu coeficiente de restituição. Convencionando o sentido da velocidade do atleta A como positivo, temos os seguintes dados: vA = 5 m/s; vB = –3 m/s; v’A = 1 m/s; v’B = 3 m/s. O coeficiente de restituição é determinado pela razão entre as velocidades relativas de afastamento e de aproximação: e = v v af ap = B A A B v’ – v’ v – v = 3 1 5 3( ) = 2 8 = 1 4 e = 0,25 Agora, você pode fazer as atividades 32 a 39 da seção Conquista Enem. Em uma colisão entre duas bolas de sinuca, a quantidade de movimento antes e depois da colisão é conservada. Quando uma ave apanha um peixe e segue seu voo, segurando-o, ambos passam a se movimentar com mesma velocidade. Nesse caso, podemos considerar a situação como uma colisão inelástica. Colisão inelástica, anelástica ou plástica Esse tipo de colisão ocorre quando, após o choque, os corpos seguem com a mesma velocidade (v’B A), isto é, permanecem unidos. A velocidade de afastamento entre os corpos é definida por: vafast B A Nesse caso, ela é nula (vafast TEMA QUENTE © Sh ut te rs to ck /N om ad _S ou l © Sh ut te rs to ck /Ig or K ov al en ko F IS 8. IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO 105• • Colisão parcialmente elástica Esse tipo de colisão ocorre quando, após o choque, os corpos seguem com velocidades diferentes (v’B A) e o coeficiente de restituição Quando um lutador golpeia um saco de boxe, parte da energia cinética do sistema se perde na colisão. Podemos perceber isso porque a pancada produz energia sonora. Em um pêndulo de Newton, podemos observar inúmeras colisões, nas quais as esferas retornam para alturas muito próximas às iniciais. Na natureza, não há ocorrência de colisões perfeitamente elásticas, uma vez que sempre há, por menor que seja, transformação de energia mecânica em outra modalidade de energia em uma colisão. Colisão perfeitamente elástica Esse tipo de colisão ocorre quando, após o choque, os corpos seguem com velocidades diferentes (v’B A) e o sistema não perde energia cinética (Ecinicial cfinal ). Nesse caso, o coeficiente de O experimento proposto na sequência nos permite observar o tipo de colisão que ocorre entre bolinhas de gude. Materiais • bolinhas de gude (pelo menos duas) Como fazer 1. Pegue duas bolinhas de mesmo tamanho. 2. Em uma superfície horizontal, de preferência lisa, jogue uma das bolinhas, rolando e sem perder o contato com o chão, contra a outra, em repouso. Procure rolar a bolinha em linha reta e sem girá-la. Conclusão 18. As duas bolinhas apresentam movimento após a colisão? Em uma colisão perfeitamente elástica, temos um caso especial: quando doiscorpos idênticos, ou seja, de mesma massa e mesmo volume, colidem, ocorre a troca das velocidades. Por exemplo, para dois corpos em que mA B, temos que: Antes da colisão Depois da colisão vA B A B p e M • Co 1 2 Co 1818 Colisões e energia Para um sistema isolado, quando ocorre uma colisão, a quantidade de movimento do sistema formado pelos corpos envolvidos se conserva. Entretanto, essa conservação da quantidade de movimento não implica necessariamente na conservação de energia no sistema. Para colisões inelásticas ou parcialmente elásticas, a energia cinética não é conservada, ou seja, o conjunto dos corpos envolvidos perde parte dessa energia. Para a resolução de questões de vestibular, consideramos que ocorre conservação de energia cinética e da energia mecânica do sistema somente se a colisão for perfeitamente elástica. CIÊNCIA EM PRÁTICA EM13CNT301 Gabarito.2 F IS F IS NTIDADE DE MOVIMENTO 105• • volvidos se conserva. ação da quantidade de necessariamente na no sistema. cas ou energia a, ou os e e © Sh ut te rs to ck /M as te r1 30 5 © Sh ut te rs to ck /R -T yp e 106 FÍSICA• • 19. (UECE) Em um dado jogo de sinuca, duas das bolas se chocam uma contra a outra. Considere que o choque é elástico, a colisão é frontal, sem rolamento, e despreze os atritos. No sistema composto pelas duas bolas há conservação de a) momento linear e força. b) energia cinética e força. X c) momento linear e energia cinética. d) calor e momento linear. 20. (FAMERP – SP) Um automóvel trafegava com velocidade constante por uma avenida plana e horizontal quando foi atingido na traseira por outro automóvel, que trafegava na mesma direção e sentido, também com velocidade constante. Após a colisão, os automóveis ficaram unidos e passaram a se mover com a mesma velocidade. ORGANIZE AS IDEIAS A tabela a seguir tem o objetivo sistematizar as ideias estudadas até aqui. Nos espaços em branco, insira as equações e os conceitos que faltam para completá-la. ATIVIDADES EM13CNT301, EM13CNT306 Para a colisão perfeitamente elástica, tanto a quantidade de movimento quanto a energia cinética do sistema se conservam. Sendo EINICIAL e EFINAL, respectivamente, a soma das energias cinéticas dos automóveis imediatamente antes e imediatamente depois da colisão, e QINICIAL e QFINAL, respectivamente, a soma dos módulos das quantidades de movimento dos automóveis imediatamente antes e imediatamente depois da colisão, pode- -se afirmar que: a) EINICIAL > EFINAL e QINICIAL < QFINAL b) EINICIAL > EFINAL e QINICIAL > QFINAL X c) EINICIAL > EFINAL e QINICIAL = QFINAL d) EINICIAL = EFINAL e QINICIAL > QFINAL e) EINICIAL = EFINAL e QINICIAL = QFINAL 21 . (UERJ) Considere um patinador X que colide elasticamente com a parede P de uma sala. Os diagramas abaixo mostram segmentos orientados indicando as possíveis forças que agem no patinador e na parede, durante e após a colisão. Note que segmento nulo indica força nula. Se os automóveis permaneceram unidos após a colisão, temos uma colisão do tipo inelástica. Nessa colisão, apenas a quantidade de movimento do sistema é conservada. A perda de energia cinética é máxima para esse tipo de colisão. Supondo desprezível qualquer atrito, o diagrama que melhor representa essas forças é designado por: X a) I b) II c) III d) IV Como o patinador colide com a parede, durante o intervalo de tempo de interação, existem forças trocadas que obedecem ao princípio da ação e reação. A força que o patinador exerce sobre a parede é, em módulo, igual à força que a parede exerce sobre ele. Após a colisão, essa interação cessa, não existindo mais forças trocadas por causa do fim do contato. Assim, o único diagrama que ilustra corretamente o exposto, para antes e depois da colisão, é o diagrama l. Colisão Coeficiente de restituição Quantidade de movimento (Q) Energia cinética (Ec) Inelástica e = 0 Conserva (Qantes = Qdepois) Não conserva (Ecantes > Ecdepois ) Parcialmente elástica 0 < e < 1 Conserva (Qantes = Qdepois) Não conserva (Ecantes > Ecdepois ) Perfeitamente elástica e = 1 Conserva (Qantes = Qdepois) Conserva (Ecantes = Ecdepois) F IS 8. IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO 107• • 22. (UECE) Duas esferas, A e B, de mesma massa e de dimensões desprezíveis, estão inicialmente em repouso nas posições indicadas na figura. Após ser abandonada de uma altura h, a esfera A, presa por um fio ideal a um ponto fixo O, desce em movimento circular acelerado e colide frontalmente com a esfera B, que está apoiada sobre um suporte fixo no ponto mais baixo da trajetória da esfera A. Após a colisão, as esferas permanecem unidas e, juntas, se aproximam de um sensor S, situado à altura 0,2 m que, se for tocado, fará disparar um alarme sonoro e luminoso ligado a ele. Compare as situações imediatamente antes e imediatamente depois da colisão entre as duas esferas, indicando se a energia mecânica e a quantidade de movimento do sistema formado pelas duas esferas se conservam ou não nessa colisão. Justifique sua resposta. Desprezando os atritos e a resistência do ar, calcule o menor valor da altura h, em metros, capaz de fazer o conjunto formado por ambas as esferas tocar o sensor S. 23. (FUVEST – SP) Um caminhão, parado em um semáforo, teve sua traseira atingida por um carro. Logo após o choque, ambos foram lançados juntos para frente (colisão inelástica), com uma velocidade estimada em 5 m/s (18 km/h), na mesma direção em que o carro vinha. Sabendo-se que a massa do caminhão era cerca de três vezes a massa do carro, foi possível concluir que o carro, no momento da colisão, trafegava a uma velocidade aproximada de: X a) 72 km/h b) 60 km/h c) 54 km/h d) 36 km/h e) 18 km/h Dados: ma = m; mc = 3m; vc = 0; v’ = 18 km/h. Pela conservação da quantidade de movimento, temos que: Qantes = Qdepois ⇒ ma · va + mc · vc = (ma + mc) · v’ m · va + mc · 0 = (m + 3m) · 18 ⇒ m · va = (4m) · 18 ⇒ va = 72 km/h 24. (UNIOESTE – PR) Dois pêndulos sujeitos ao campo gravitacional terrestre estão representados nas figuras abaixo. O pêndulo A é composto por uma pequena esfera de massa m, presa a um fio de massa desprezível e comprimento L. Após ser liberada de uma altura h, medida em relação à posição de equilíbrio, a esfera oscila em pequenos ângulos com a vertical. O pêndulo B é composto por duas esferas de massas iguais m presas a fios de massas desprezíveis e comprimento L. A esfera 1 encontra-se em repouso quando a esfera 2 é liberada da altura h. Após a colisão inelástica entre as massas 1 e 2, essas passam a se mover juntas formando um único corpo de massa 2m. Despreze a resistência do ar. Assinale a alternativa INCORRETA sobre esses dois pêndulos. a) Após a colisão no pêndulo B, o período de oscilação dos dois pêndulos, A e B, é o mesmo. b) Após a colisão no pêndulo B, a frequência de oscilação dos dois pêndulos, A e B, é a mesma. c) No pêndulo B, se v é o módulo da velocidade da massa 2 imediatamente antes da colisão, a velocidade do corpo formado pelas duas massas imediatamente após a colisão é v/2. d) A altura máxima que o pêndulo B atinge após a colisão é quatro vezes menor que a altura máxima que o pêndulo A atinge nas suas oscilações. X e) A energia potencial máxima que o pêndulo A armazena é a metade da energia potencial máxima armazenada no pêndulo B. 108 FÍSICA• • Com efeito do lançamento do robô, as trajetórias foram alteradas de tal forma que sen α = 0,8 e sen θ = 0,6. Sendo a massa da entre a velocidade com que o robô foi lançado em direção ao cometa (v2) e a velocidade final da sonda Rosetta (v1) é: X a) 22,5 b) 30,0 c) 37,5 d) 45,0 e) 52,5 Para essa situação, como não temos uma desintegração unidimensional, é possível avaliar a conservação da quantidade de movimento nas direções horizontal e vertical, por exemplo, ou escolher uma das direções, caso sejasuficiente para obter o resultado pretendido. Quantidade de movimento é uma grandeza vetorial. O somatório das quantidades de movimento do sistema, antes e depois, em determinada direção, deve ser o mesmo. Logo, a direção escolhida deve ser a mesma avaliada, antes e após o lançamento do robô. Dessa forma, podemos escolher a direção vertical (y), pois assim eliminamos a componente Qantesy, já que antes do lançamento, v0 tem direção horizontal x. Sendo assim, a figura a seguir, mostra as componentes verticais das velocidades v1 e v2. 25. (UFJF – MG) Uma aranha radioativa de massa ma = 3,0 g fugiu do laboratório e foi parar na sala de aula. Ela está parada e pendurada no teto através de um fio fino feito de sua teia, de massa desprezível. Um estudante, mascando um chiclete com massa mc = 10,0 g, se apavora e atira o chiclete contra a aranha com uma velocidade de vc = 20 m/s. Considere que a colisão entre o chiclete e a aranha é totalmente inelástica e que possa ser tratada como unidimensional. Com base nestas informações, calcule: a) Os módulos dos momentos lineares da aranha e do chiclete imediatamente antes da colisão. Dados: ma = 3 · 10–3 kg; mc = 10 · 10–3 kg; vc = 20 m/s. Qa = 0 (va = 0) Qc = mc · vc = 10 · 10–3 · 20 Qc = 0,2 kg · m/s b) A velocidade final do conjunto aranha- -chiclete imediatamente após a colisão. Por conservação da quantidade de movimento, temos que: Qantes = Qdepois mc · vc = (ma + mc) · v’ v’ = m v m m c c a c v’ = 10 20 3 10 200 13 · + = � � � � = 15,38 m/s v’ 15,4 m/s 26. Duas crianças brincam com bolinhas de massa de modelar, lançando bolinhas umas contra as outras. Considere que, em um momento, duas bolinhas são lançadas em sentidos opostos e mesma direção, até colidirem. Uma das bolinhas tem massa igual a 200 g e a outra, igual a 100 g. A bolinha mais leve é lançada com uma velocidade de 2 m/s e a mais pesada, com velocidade de 3 m/s, até sofrerem uma colisão unidimensional, parcialmente elástica, de coeficiente de restituição e = 0,5. Determine a intensidade das velocidades das bolinhas após a colisão. a) V’1 = 5 m/s e V’2 = 3 m/s. b) V’1 = 1,5 m/s e V’2 = 2,5 m/s. c) V’1 = 3 m/s e V’2 = 0,5 m/s. d) V’1 = 2 m/s e V’2 = 1 m/s. X e) V’1 = 0,5 m/s e V’2 = 3 m/s. 27. (PUC – PR) A sonda espacial Rosetta realizou um feito sem precedentes na história da exploração espacial. Em 2014, quando viajava com velocidade inicial v0 na direção da superfície de um cometa. A figura a seguir ilustra a situação. Agora, você pode fazer as atividades 40 a 42 da seção Conquista Enem. Dados: m1 = 3 000 kg; m2 = 100 kg; ms = 3 100 kg; v0 = 18 000 m/s. Pela conservação da quantidade de movimento, para a direção vertical, temos que: Q Qantes depoisy y = ⇒ 0 = Q Q y y1 2+ Assim, para as intensidades das quantidades de movimento adquiridas para a sonda Rosetta e o robô, adotando o sentido da velocidade v1 como positivo, temos que: 0 = m1 · v1y + m2 · v2y ⇒ 0 = m1 · v1 · sen θ + m2 · (–v2 · sen α) 0 = m1 · v1 · sen θ – m2 · v2 · sen α ⇒ m2 · v2 · sen α = m1 · v1 · sen θ v v m sen m sen 2 1 1 2 3000 0 6 100 0 8 18 0 8 = = = · · · , · , , � � ⇒ v v 2 1 = 22,5 F IS 8. IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO 109• • 28. (FAMERP – SP) Dois carros idênticos e de mesma massa, viajando no mesmo sentido, trafegam em uma estrada plana e retilínea, sendo que o carro da frente tem o dobro da velocidade do outro. Dessa forma, é correto dizer que a distância de cada automóvel ao centro de massa do sistema composto pelos carros: a) diminui com o passar do tempo. b) é constante. X c) aumenta com o passar do tempo. d) é maior para o carro mais veloz. 29. (UNIOESTE – PR) Considere as seguintes assertivas sobre quantidade de movimento linear (momento linear): I. A lei de conservação da quantidade de movimento linear (momento linear) é válida na Física Clássica e na Mecânica Quântica e é um dos princípios fundamentais de conservação na Física devido a sua universalidade e generalidade; II. A quantidade de movimento linear de um sistema se conserva se a resultante das forças que atuam sobre ele for igual a zero; III. A quantidade de movimento linear é uma grandeza vetorial, ou seja, caracteriza-se por módulo, sentido e direção. Assim, é correto afirmar que a) apenas as assertivas I, II são corretas. b) apenas as assertivas II e III são corretas. c) apenas a assertiva II é correta. X d) as assertivas I, II e III são corretas. e) as assertivas I, II e III são incorretas. 30. ENEM Em qualquer obra de construção civil é fundamental a utilização de equipamentos de proteção individual, tal como capacetes. Por exemplo, a queda livre de um tijolo de massa 2,5 kg de uma altura de 5 m, cujo impacto contra um capacete pode durar até 0,5 s, resulta em uma força impulsiva média maior do que o peso do tijolo. Suponha que a aceleração gravitacional seja 10 m · s–2 e que o efeito de resistência do ar seja desprezível. A força impulsiva média gerada por esse impacto equivale ao peso de quantos tijolos iguais? X a) 2 b) 5 c) 10 d) 20 e) 50 31. (UPE) Em um experimento utilizando bolas de bilhar, uma bola A é arremessada com velocidade horizontal de módulo vA, em uma superfície horizontal fixa e sem atrito. A bola A colide elasticamente com outra bola idêntica, B. Sobre o movimento do centro de massa do conjunto de bolas, sabendo que a bola B está sempre em contato com a superfície, assinale a alternativa correta. CONQUISTA ENEM a) Permanece em repouso, durante o movimento de A e B na plataforma. b) Permanece em repouso, durante o movimento na rampa da partícula B. c) Está em movimento uniformemente variado, antes da colisão. X d) Está em movimento uniforme, depois da colisão, enquanto B ainda está na plataforma. e) Está em movimento uniforme, durante o movimento descendente da partícula B. 32. (UPE) Em uma aula de Educação Física, o professor convida os estudantes para observar o movimento de uma bola de basquete de 500 g, arremessada contra o solo. Nesse experimento, as velocidades da bola imediatamente antes e depois da colisão foram determinadas e estão mostradas na figura a seguir. Três afirmações propostas pelo professor acerca da colisão da bola com o chão devem ser analisadas pelos estudantes como verdadeiras (V) ou falsas (F). São elas: EM13CNT101, EM13CNT204, EM13CNT301, EM13CNT306, EM13CNT307 TEMA QUENTE 110 FÍSICA• • ( F ) O impulso sobre a bola possui direção vertical e para baixo. ( V ) O módulo da variação da quantidade de movimento da bola é igual a 18 kg m/s. ( F ) A terceira lei de Newton não se aplica nesse caso. A sequência correta encontra-se na alternativa a) F-V-V b) V-V-F c) F-F-V d) V-F-V X e) F-V-F 33. (UPE) “Ao utilizar o cinto de segurança no banco de trás, o passageiro também está protegendo o motorista e o carona, as pessoas que estão na frente do carro. O uso do cinto de segurança no banco da frente e, principalmente, no banco de trás pode evitar muitas mortes. Milhares de pessoas perdem suas vidas no trânsito, e o uso dos itens de segurança pode reduzir essa estatística. O Brasil também está buscando, cada vez mais, fortalecer a nossa ação no campo da prevenção e do monitoramento. Essa é uma discussão que o Ministério da Saúde vem fazendo junto com outros órgãos do governo”, destacou o Ministro da Saúde, Arthur Chioro. Estudo da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) mostra que o cinto de segurança no banco da frente reduz o risco de morte em 45% e, no banco traseiro, em até 75%. Em 2013, um levantamento da Rede Sarah apontou que 80% dos passageiros do banco da frente deixariam de morrer, se os cintos do banco de trás fossem usados com regularidade. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/ultimas-noticias/1596- metade-dos-brasileiros-nao-usa-cinto-de-seguranca-no-banco-de-tras Acesso em: 12 de julho de 2015. Em umacolisão frontal, um passageiro sem cinto de segurança é arremessado para a frente. Esse movimento coloca em risco a vida dos ocupantes do veículo. Vamos supor que um carro popular com lotação máxima sofra uma colisão na qual as velocidades inicial e final do veículo sejam iguais a 72 km/h e zero, respectivamente. Se o passageiro do banco de trás do veículo tem massa igual a 80 kg e é arremessado contra o banco da frente, em uma colisão de 400 ms de duração, a força média sentida por esse passageiro é igual ao peso de: a) 360 kg na superfície terrestre. X b) 400 kg na superfície terrestre. c) d) e) 34. (UEFS – BA) O impulso é uma grandeza física que estuda a interação de uma força aplicada a um corpo com o tempo de aplicação. A aplicação do impulso determina a variação da quantidade de movimento. Uma bola de 200,0 g colide com uma velocidade v1 igual a 4,0 m/s em uma parede com um ângulo α igual a 37° e é rebatida com uma velocidade v2 igual a 2,0 m/s a um ângulo β igual a 53°, como mostra a figura. Considerando-se sen 37° = cos 53° = 0,6; sen 53° = cos 37° = 0,8 e que a bola fica em contato com a parede durante 12,0 ms, então a força média que a bola exerce sobre a parede, em N, é, aproximadamente, igual a X 01) 75 02) 70 03) 65 04) 60 05) 55 35. (UFJF – MG) O poço do elevador é o espaço físico situado abaixo do nível do andar mais baixo de um edifício. Neste poço, estão instalados diversos equipamentos destinados ao funcionamento e segurança dos elevadores, entre eles uma mola. Por causa de um problema técnico, este elevador cai pelo poço e colide com a mola situada no fundo do poço, comprimindo-a. Considere a constante elástica da mola como k = 1,8 · 106 N/m e a massa do F IS 8. IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO 111• • a) Sabendo que a compressão máxima da mola nessa colisão foi de 10 cm. Calcule a velocidade do elevador no instante inicial da colisão com a mola. v = 4m/s b) Após iniciada a colisão, o elevador para em 0,2 s. Calcule a força média resultante sofrida pelo elevador durante a compressão da mola. Fm = –20 kN 36. (UECE) Um projétil disparado horizontalmente de uma arma de fogo atinge um pedaço de madeira e fica encravado nele de modo que após o choque os dois se deslocam com mesma velocidade. Suponha que essa madeira tenha a mesma massa do projétil e esteja inicialmente em repouso sobre uma mesa sem atrito. A soma do momento linear do projétil e da madeira imediatamente antes da colisão é igual à soma imediatamente depois do choque. Qual a velocidade do projétil encravado imediatamente após a colisão em relação à sua velocidade inicial? a) O dobro. X b) A metade. c) A mesma. d) O triplo. 37. (INSPER – SP) Sobre uma pista retilínea, lisa e horizontal, dois móveis, A e B, de massas mA = 100 kg e mB = 60 kg, são lançados em sentidos opostos, indo colidir frontalmente. O gráfico horário (1) mostra as posições que A e B ocupam sobre a pista até colidirem no instante t = 4,0 s. O gráfico (2) mostra as posições ocupadas pelo móvel A após a colisão e cinco possíveis percursos para o móvel B. O percurso correto é o a) B2 b) B3 X c) B1 d) B4 e) B5 38 . (ESPCEX) Uma granada de mão, inicialmente em repouso, explode sobre uma mesa indestrutível, de superfície horizontal e sem atrito, e fragmenta-se em três pedaços de massas m1, m2 e m3 que adquirem velocidades coplanares entre si e paralelas ao plano da mesa. Os valores das massas são m1 = m2 = m e m3 = m 2 . Imediatamente após a explosão, as massas m1 e m2 adquirem as velocidades v 1 e v 2 , respectivamente, cujos módulos são iguais a v, conforme o desenho abaixo. Desprezando todas as forças externas, o módulo da velocidade v 3 , imediatamente após a explosão é a) 2 4 v b) 2 2 v c) 2v 39. (ESPCEX) Dois caminhões de massa m1 = 2,0 ton e m2 = 4,0 ton, com velocidades v1 = 30 m/s e v2 = 20 m/s, respectivamente, e trajetórias perpendiculares entre si, colidem em um cruzamento no ponto G e passam a se movimentar unidos até o ponto H, conforme a figura abaixo. Considerando o choque perfeitamente inelástico, o módulo da velocidade dos veículos imediatamente após a colisão é: d) 3 2 2· v X e) 2 2· v 112 FÍSICA• • a) 30 km/h b) 40 km/h X c) 60 km/h d) 70 km/h e) 75 km/h 40. (UDESC) Em uma colisão elástica frontal (em uma dimensão) entre duas partículas de massas m1 e m2, a partícula 2 estava em repouso antes da colisão. Analise as proposições em relação à colisão. I. A quantidade de movimento e a energia cinética do sistema se conservam. II. Se as massas são iguais, a magnitude da velocidade adquirida pela partícula 2, após a colisão, é igual à magnitude da velocidade da partícula 1, antes da colisão. III. Se m1 é maior que m2, a magnitude da velocidade adquirida pela partícula 2, após a colisão, será maior que a magnitude da velocidade da partícula 1, antes da colisão. IV. Se m1 é menor que m2, o vetor velocidade da partícula 1, após a colisão, é igual ao vetor velocidade que ela tinha antes da colisão. Assinale a alternativa correta: a) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. b) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. X c) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. d) Somente a afirmativa II é verdadeira. e) Somente a afirmativa IV é verdadeira. 41. (UNESP – SP) Um caminhão de brinquedo move-se em linha reta sobre uma superfície plana e horizontal com velocidade constante. Ele leva consigo uma pequena esfera de massa m = 600 g presa por um fio ideal vertical de comprimento L = 40 cm a um suporte fixo em sua carroceria. Em um determinado momento, o caminhão colide inelasticamente com um obstáculo fixo no solo, e a esfera passa a oscilar atingindo o ponto mais alto de sua trajetória quando o fio forma um ângulo θ = 60° em relação à vertical. Adotando g = 10 m/s2, cos 60° = sen 30° = 1 2 e desprezando a resistência do ar, calcule: a) a intensidade da tração no fio, em N, no instante em que a esfera para no ponto mais alto de sua trajetória. T = 3 N b) a velocidade escalar do caminhão, em m/s, no instante em que ele se choca contra o obstáculo. v = 2 m/s 42. (UNIFESP – SP) Uma esfera A desliza em movimento circular sobre uma mesa horizontal, sem atrito, presa a um pino fixo no centro da mesa por um fio ideal de comprimento L = 1 m. A energia cinética dessa esfera é constante e tem intensidade igual a 4 J. Em um ponto P é colocada, em repouso, uma segunda esfera B, idêntica à primeira, de modo que ocorra uma colisão perfeitamente inelástica entre elas, conforme indica a figura. a) Calcule a intensidade da tração, em N, no fio antes da colisão entre as esferas. T = 8 N b) Determine a energia cinética, em J, do sistema formado pelas duas esferas juntas, imediatamente após a colisão entre elas. Ecf = 2 J CICIIÊNÊNÊNCICIC ASASAS DDAAA NANATUTUTUREEZAZAZA EE SUAU S TET CNOLO OGIASS LIVRO DE FÍSICA DOBRE NA LINHA PONTILHADA LIVRO DE ATIVIDADES 1• • F ÍS LEIS DE NEWTON E SUAS APLICAÇÕES 5 CAPÍTULO LEIS DE NEWTON DK O Es tú di o Quanto maior a massa de um corpo, mais difícil será colocá-lo em movimento. 1ª. lei de Newton ou princípio da inércia: todo corpo pontual continua em seu estado de repouso ou de movimento em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças imprimidas sobre ele. PRINCIPAIS FORÇAS DA MECÂNICA E APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON Classificação das forças quanto ao tipo de interação entre os corpos: 2ª. lei de Newton ou princípio fundamental da Dinâmica: a aceleração que um corpo adquire é diretamente proporcional à força resultante a que ele está sujeito. FR = m · a 3ª. lei de Newton ou princípio da ação e reação: a toda força de ação há sempre uma força oposta de reação, de mesma intensidade, mesma direção e sentido oposto; essas forças são aplicadas em corpos diferentes. Forças* Força peso ( )P Força normal ( )N Força de tração ( )T Força elástica ( )Fel Forçade atrito ( )FAT Campo Contato *Além dessas, há ainda outras forças, que não aparecem nesse mapa conceitual porque não são abordadas nas questões selecionadas para este Livro de atividades. 2 FÍSICA• • F IS FÍSICA ÍÍÍÍÍÍÍÍÍ Módulo: P = m · g Direção: da linha que une os centros de massa do corpo (m) e do astro (M). De forma simplificada, costuma-se dizer que a direção da força peso é vertical. Sentido: para o centro do astro. De forma simplificada, costuma- -se dizer que o sentido da força peso é para baixo. DK O Es tú di o P Módulo: condicionado pela ação das outras forças. Direção: perpendicular à superfície de contato. Sentido: depende da situação analisada. N DK O Es tú di o Módulo: condicionado pela ação das outras forças e pela aceleração do sistema. Direção: do segmento da corda. Sentido: analisar que ação estica a corda. T Módulo: Fel = K · Δx Direção: do segmento de reta que passa pelo eixo principal da mola. Sentido: oposto à deformação da mola. Módulo: FAT = μ · N Direção: paralela às superfícies de contato. Sentido: oposto ao deslizamento ou à tendência de deslizamento entre as superfícies. Fel Di vo P ad ilh a FAT Di va nz ir Pa di lh a Ao caminharmos, a força de reação do solo sobre os pés (uma força de atrito) empurra nosso corpo para a frente. F IS LIVRO DE ATIVIDADES 3• • Polias e roldanas A associação de polias fixas e móveis diminui a força necessária para movimentar uma carga. → F → P Vantagem mecânica: F = P n2 Onde n é o número de polias móveis. Na imagem anterior, n = 2: F = P n2 = P 22 ∴ F = P 4 Plano inclinado Pt = P · sen α → Componente tangencial ( Pt ) da força peso. Pn = P · cos α → Componente normal ( Pn ) da força peso. Elevadores Considere um corpo de massa m apoiado sobre uma balança de molas no interior de um elevador. Se o corpo estiver submetido apenas à ação de duas forças (peso e normal), podemos esquematizar as seguintes relações: Relação entre módulos da normal e do peso O elevador pode estar N = P, logo FR = 0 • em repouso; • subindo em movimento reto e uniforme; • descendo em movimento reto e uniforme. N > P, logo FR = N – P ou N – P = m · a • subindo em movimento reto e acelerado; • descendo em movimento reto e retardado. N < P, logo FR = P – N = m · a • subindo em movimento reto e retardado; • descendo em movimento reto e acelerado. N = 0, logo FR = P • caindo em queda livre. R P n2 P 22 P 4 Sa nd ra R ib ei ro 4 FÍSICA• • F IS LEIS DE NEWTON 1. Segundo Aristóteles, uma vez deslocados de seu local natural, os elementos tendem espontaneamente a retornar a ele, realizando movimentos chamados de naturais.Já em um movimento denominado forçado, um corpo só permaneceria em movimento enquanto houvesse uma causa para que ele ocorresse. Cessada essa causa, o referido elemento entraria em repouso ou adquiriria um movimento natural. PORTO, C. M. A física de Aristóteles: uma construção ingênua? Revista Brasileira de Ensino de Física. V. 31, n°. 4 (adaptado).Posteriormente, Newton confrontou a ideia de Aristóteles sobre o movimento forçado através da lei da: Xa) inércia. b) ação e reação. c) gravitação universal. d) conservação da massa. e) conservação da energia. 2. (UPE) A figura a seguir representa um ventilador fixado em um pequeno barco, em águas calmas de um certo lago. A vela se encontra em uma posição fixa e todo vento soprado pelo ventilador atinge a vela. ATIVIDADES C1 H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas. Em referenciais inerciais, os corpos em movimento mantêm sua velocidade constante, tendo o somatório das forças que atuam sobre ele igual a zero. Mesmo assim, por inércia, ele mantém seu movimento (no caso, uniforme), contrariando a hipótese de Aristóteles. Nesse contexto e com base nas leis de Newton, é correto afirmar que o funcionamento do ventilador a) aumenta a velocidade do barco. b) diminui a velocidade do barco. c) provoca a parada do barco. Xd) não altera o movimento do barco. e) produz um movimento circular do barco. 3. (UFAC) As duas forças que agem sobre uma gota de chuva são: a força peso e a força devido à resistência do ar. Estas têm a mesma direção e sentidos opostos. A 250 m acima do solo, a gota está com uma velocidade de 144 km/h, e essas forças passam a ter o mesmo módulo. Qual velocidade da gota ao atingir o solo? a) 20 m/s b) 30 m/s Xc) 40 m/s d) 50 m/s e) 60 m/s Atividade 2: Para resolver essa questão, vamos considerar a vela fixa, reta e inextensível. O ventilador empurra o ar para a frente, o ar atinge a vela e, ao mesmo tempo, recebe uma reação para trás. O sistema barco/vela/ ventilador está sob a ação de duas forças de mesmo módulo e direção, mas com sentidos opostos, que se anulam. O enunciado afirma que, em determinado momento, as forças passam a apresentar o mesmo módulo, ou seja, a força resultante passa a ser nula. Isso significa que a gota continua se deslocando com velocidade constante. Portanto, chegará ao solo com a mesma velocidade de 144 km/h, ou 40 m/s. LIVRO DE ATIVIDADES 5• • F IS 4. (UFPI) As formigas costumam trabalhar em grupo. Considere que a figura abaixo representa um grupo de formigas carregando uma folha e que as forças mostradas, exercidas pelas formigas sobre a folha, sejam coplanares e de mesmo módulo F. É correto afirmar que a folha: FORÇA PESO E LEI DA GRAVITAÇÃO UNIVERSAL DE NEWTON 5. (UFPI) Depois de analisar as afirmativas abaixo, indique a opção correta. I. Massa e peso representam uma mesma quantidade física expressa em unidades diferentes. II. A massa é uma propriedade dos corpos enquanto o peso é o resultado da interação entre dois corpos. III. O peso de um corpo é proporcional à sua massa. a) Apenas a afirmativa I é correta. b) Apenas a afirmativa II é correta. c) Apenas a afirmativa III é correta. d) As afirmativas I e II são corretas. Xe) As afirmativas II e III são corretas. 6. (UFRGS – RS) Na preparação para executarem tarefas na Lua, onde o módulo da aceleração da gravidade é cerca de 1/6 do módulo da aceleração da gravidade na superfície da Terra, astronautas em trajes espaciais praticam totalmente submersos em uma piscina, em um centro de treinamento. Como um astronauta com um traje espacial tem peso de módulo P na Terra, qual deve ser o módulo da força de empuxo para que seu peso aparente na água seja igual ao peso na Lua? a) P/6 b) P/3 c) P/2 d) 2P/3 Xe) 5P/6 Aplicando a 2ª. lei de Newton, temos: Paparente = P – E Do enunciado, podemos concluir que Paparente equivale a P · 1 6 . Reescrevendo a equação, temos: P 6 = P – E ⇒ E = P – P 6 ⇒ E = 5 · P 6 Dados: sen 60° = 3 2 , cos 60° = 1 2 e cos 120° = – 1 2 a) encontra-se em equilíbrio, ou seja, a resultante das forças que atuam nela é nula. b) desloca-se para a esquerda sob a ação de uma força resultante de módulo 2F. c) desloca-se para a esquerda sob a ação de uma força resultante de módulo F. Xd) desloca-se para cima sob a ação de uma força resultante de módulo F. e) desloca-se para cima sob a ação de uma força resultante de módulo 1,5F. Para resolver a questão, basta analisar a força resultante em cada eixo. Eixo x: F – F · cos 60° – F · cos 60° ⇒ F – F · 1 2 – F · 1 2 = 0 Eixo y: F + F · sen 60° – F · sen 60° ⇒ F + F · 3 2 – F · 3 2 = F Logo, podemos observar que a força resultante tem módulo F. 5. I. Falsa. Peso é a força de interação gravitacional entre a massa da Terra e a massa do corpo. II. Verdadeira. O peso é uma força resultante da interação entre, no mínimo, dois corpos; já a massa é uma propriedade intrínseca do corpo. III. Verdadeira. Considerando que o peso é dado pelo produto da massa pela aceleração da gravidade, podemos afirmar que o peso é proporcional à massa. 6 FÍSICA• • F IS7. (UFRGS – RS) Em 16 de julho de 1969, o foguete Saturno lançado carregando a cápsula tripulada Apollo 11, que pousaria na Lua quatro dias depois. Em sua trajetória rumo à Lua, a espaçonave Apollo 11 esteve sujeita às forças de atração gravitacional exercidas pela Terra e pela Lua, com preponderância de uma ou de outra, dependendo da sua distância à Terra ou à Lua. Considere ML = MT/81, em que ML e MT são, respectivamente, as massas da Lua e da Terra. Na figura abaixo, a distância do centro da Terra ao centro da Lua está representada pelo segmento de reta, dividido em 10 partes iguais. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do enunciado abaixo. Em sua viagem para a Lua, quando a Apollo 11 ultrapassa o ponto ........, o módulo da força gravitacional da Lua sobre a espaçonave passa a ser maior do que o módulo da força gravitacional que a Terra exerce sobre essa espaçonave. a) I b) II c) III d) IV Xe) V Considerando d como a distância entre os centros da Terra e da Lua, podemos dividi-la em duas partes, conforme a figura abaixo: Disponível em: <https://airandspace.si.edu/multimedia- gallery/39526jpg> Acesso em: 29 ago. 2019. Espaçonave Luaxd – xTerra Aplicando a lei da gravitação universal de Newton para as forças de atração da Terra e da Lua sobre a espaçonave, FTE e FLE , res- pectivamente, devemos encontrar o ponto em que as duas forças sejam iguais em módulo. Fazendo FTE = FLE e considerando MT a massa da Terra, mE a massa da espaçonave e ML a massa da Lua, temos: G M m d x G M m x T E L E⋅ −( ) ⋅ 2 2= M d x M x T T −( ) ⋅2 281 = ⇒ 1 1 812 2d x x−( ) ⋅ = 81· x2 = (d – x)2 ⇒ 9 · x = d – x 10x = d ⇒ ∴ x = d 10 Portanto, a distância em que as forças gravitacionais entre a Terra e a espaçonave e entre a Lua e a espaçonave são iguais em módulo é a décima parte da distância entre os astros. Esse ponto é representado pela marcação V. Após esse ponto, a força gravitacional da Lua passa a ser maior que a da Terra sobre a espaçonave. 8. (IFCE) O valor da aceleração da gravidade num ponto x em torno da Terra, a uma altitude equivalente a 4 vezes o raio da Terra, acima da superfície, m/s2, é igual a Dado: gTerra = 10 m/s2 a) 1,0 b) 0,6 c) 0,8 Xd) 0,4 e) 1,2 Pela lei da gravitação universal de Newton, a força gravitacional é representada pelo peso do corpo: P = FG ⇒ m · g = G · M m R h ⋅ ( )+ 2 Expressão que representa a aceleração da gravidade para qualquer altitude: g = G · M R h+( )2 g = aceleração da gravidade; G = constante da gravitação universal; M = massa da Terra; h = altitude; R = raio da Terra. Equacionamento do corpo na superfície da Terra: gS = G · M R + 0 2( ) ⇒ gS = G · M R2 Para o corpo na altitude informada, temos: gA = G · M R R+ 4 2⋅( ) = G · M R5 2⋅( ) ⇒ gA = G · M R25 2 Calculando a razão entre as expressões, obtemos: g g G M R G M R A S = 25 2 2 ⇒ g g A S = 1 25 ⇒ gA = gS 25 gA = 10 25 gA = 0,4 m/s2 LIVRO DE ATIVIDADES 7• • F IS FORÇAS NORMAL, ELÁSTICA, DE TRAÇÃO E DE ATRITO E APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON 9. (UECE) Um dos modelos para representar a dinâmica vertical de automóveis é conhecido como “quarto de carro”. Nesse modelo, há as seguintes aproximações: a elasticidade do pneu é representada por uma mola vertical (mola P) com uma das extremidades em contato com o solo; o pneu é representado por uma massa presa a essa mola na outra extremidade; a carroceria é aproximada por uma massa verticalmente acima do pneu e conectada a este por uma segunda mola (mola S) que representa a suspensão do carro. Para simplificar ainda mais, adotaremos um modelo de carro sem amortecedor. Com o carro parado em uma via horizontal, nessa aproximação, as molas P e S permanecem: a) com seus comprimentos oscilando em fase uma com a outra. Xb) comprimidas. c) distendidas. d) com seus comprimentos oscilando fora de fase uma com a outra. 10. (FUVEST – SP) Considere as seguintes afirmações: I. Uma pessoa em um trampolim é lançada para o alto. No ponto mais alto de sua trajetória, sua aceleração será nula, o que dá a sensação de “gravidade zero”. II. A resultante das forças agindo sobre um carro andando em uma estrada em linha reta a uma velocidade constante tem módulo diferente de zero. III. As forças peso e normal atuando sobre um livro em repouso em cima de uma mesa horizontal formam um par ação-reação. De acordo com as leis de Newton: a) Somente as afirmações I e II são corretas. b) Somente as afirmações I e III são corretas. c) Somente as afirmações II e III são corretas. d) Todas as afirmações são corretas. Xe) Nenhuma das afirmações é correta. 11. (UECE) Suponha que uma esfera de aço desce deslizando, sem atrito, um plano inclinado. Pode-se afirmar corretamente que, em relação ao movimento da esfera, sua aceleração a) aumenta e sua velocidade diminui. b) e velocidade aumentam. Xc) é constante e sua velocidade aumenta. d) e velocidade permanecem constantes. Como a mola P suporta o pneu e a carroceria acima dela, ela encontra- -se comprimida. A mola S, que está sob a carroceria, também está comprimida. Logo, ambas devem estar comprimidas na situação de equilíbrio. I. Incorreta. No ponto mais alto da trajetória, a velocidade é nula e a aceleração é constante. II. Incorreta. Um movimento retilíneo e uniforme implica uma força resultante nula. III. Incorreta. O par ação- -reação consiste em um par de forças de mesma direção e sentidos opostos, aplicadas em corpos distintos. Nesse caso, as forças estão atuando no mesmo corpo. A reação da força peso encontra-se na Terra; e a reação da força normal, na superfície da mesa. Como o atrito é desprezível, agem sobre a esfera apenas as forças peso e normal. A figura a seguir mostra a força normal e as componentes da força peso. Observando a ilustração, percebemos que a componente horizontal da força peso (P · sen θ) é a força resultante responsável pela aceleração. Aplicando a 2ª. lei de Newton, temos: FR = m · a ⇒ P · sen θ = m · a m · g · sen θ = m · a a = g · sen θ Observando a equação, podemos concluir que a aceleração permanece constante, uma vez que se trata da aceleração da gravidade. P · sen P · cos →a N 8 FÍSICA• • F IS Na figura, os vetores que representam as forças que provocam o deslocamento e o atrito são, respectivamente: Xa) b) c) d) e) 12. A força de atrito é uma força que depende do contato entre corpos. Pode ser definida como uma força de oposição à tendência de deslocamento dos corpos e é gerada devido a irregularidades entre duas superfícies em contato. Na figura, as setas representam forças que atuam no corpo e o ponto ampliado representa as irregularidades que existem entre as duas superfícies. C5 H17 Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica. A força (F) aplicada sobre o corpo que pode provocar o deslocamento está representada na figura como uma seta de direção horizontal, com sentido para a direita. A força de atrito (FAt) está representada na direção horizontal e com sentido oposto à força F, ou seja, apontando para a esquerda. 13. (UDESC) A figura mostra dois blocos de massa m e M unidos por um fio ideal, suspensos por uma polia ideal. Considere que o fio está o tempo todo tensionado.Analise as proposições com relação à figura [...]. I. A condição de equilíbrio é dada quando m = M, portanto a aceleração do sistema é nula. II. Para M > m a quantidade M – m é inversamente proporcional à aceleração do sistema. III. Para M > m a quantidade M + m é diretamente proporcional à aceleração do sistema. IV. Fora da condição de equilíbrio, a aceleração do sistema é diretamente proporcional à aceleração gravitacional. V. Fora do equilíbrio, o módulo das acelerações dos blocos são iguais,no entanto, as acelerações têm sentidos opostos.Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas IV e V são verdadeiras. b) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. c) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras. d) Somente as afirmativas II, III e IV são verdadeiras. Xe) Somente as afirmativas I, IV e V são verdadeiras. I. Verdadeira. Para a condição de equilíbrio (força resultante nula), o peso de cada bloco deve ter o mesmo módulo. Assim, suas massas também terão o mesmo módulo. II. Falsa. Para M > m a quantidade M – m é diretamente proporcional à aceleração do sistema: FR = mTotal · a ⇒ M · g – m · g = (M + m) · a ⇒ (M – m) · g = (M + m) · a III. Falsa. A quantidade (M + m) é inversamente proporcional à aceleração do sistema: M m M m g −( ) +( ) · = a IV. Verdadeira. A equação demonstrada acima mostra que a aceleração do sistema é diretamente proporcional à aceleração gravitacional. V. Verdadeira. Como os blocos estão unidos pela corda sempre estendida, na condição fora do equilíbrio um bloco terá aceleração para cima e outro para baixo, mas seus módulos serão iguais. LIVRO DE ATIVIDADES 9• • F IS 14. (FAMERP – SP) Em um local em que a aceleração gravitacional vale 10 m/s2, uma pessoa eleva um objeto de peso 400 N por meio de uma roldana fixa, conforme mostra a figura, utilizando uma corda que suporta, no máximo, uma tração igual a 520 N. 15. (UERJ) A questão a seguir aborda situações relacionadas ao ambiente do metrô, referindo- -se a uma mesma composição, formada por oito vagões de dois tipos e movida por tração elétrica. Para seus cálculos, sempre que necessário, utilize os dados e as fórmulas a seguir. CARACTERÍSTICAS DA COMPOSIÇÃO Gerais velocidade máxima 100 km/haceleração constante 1,10 m/s2desaceleração constante 1,25 m/s2quantidade de vagões tipo I 2tipo II 6massa média por passageiro 60 Kg Por vagão comprimento médio 22,0 mlargura 3,00 maltura 3,60 mmassa tipo Itipo II motores quantidade 4potência por motor 140 kWcapacidade máxima 8 passageiros / m2Em um dos vagões da composição do metrô, um sistema formado por um objeto com massa de 0,2 kg e por um fio ideal de 1,00 m de comprimento está fixado em uma barra de apoio. Enquanto a composição se movimenta com aceleração constante, observa-se que o objeto se desloca 0,10 m na direção horizontal, formando um ângulo θ em relação à direção vertical, conforme ilustra o esquema. → T → FR → P →a (https://brasilescola.uol.com.br.)A máxima aceleração que a pessoa pode imprimir ao objeto durante a subida, sem que a corda se rompa, é a) 6,0 m/s2 b) 13 m/s2 c) 8,0 m/s2 d) 2,0 m/s2 Xe) 3,0 m/s2 Dados do enunciado: Tmáx = 520 N P = 400 N g = 10 m/s2 Primeiramente, é necessário encontrar o valor da massa: P = m · g ⇒ 400 = m · 10 ⇒ m = 40 kg Substituindo o valor da massa na equação fundamental da Dinâmica, temos: FR = m · a ⇒ Tmáx – P = m · amáx 520 – 400 = 40 · amáx ⇒ 120 = 40 · amáx amáx = 3 m/s2 Determine, em newtons, a tensão no fio. Dados do enunciado: m = 0,2 kg a = 1,10 m/s2 Sobre o corpo, atuam as forças peso e tração. A figura ao lado mostra o diagrama dessas forças: O sen θ pode ser determinado com base nos dados da imagem do enunciado: sen θ = 0 1 1 , = 0,1 Observando a figura, é possível concluir que a componente horizontal da tração representa a força resultante na direção do movimento: FR = m · a ⇒ T · sen θ = m · a T · 0,1 = 0,2 · 1,1 ⇒ T = 0 22 0 1 , , T = 2,2 N T · sen T · cos T m·g 10 FÍSICA• • F IS 16. (ACAFE – SC) Um trenó de neve é puxado por oito cachorros, realizando um movimento retilíneo com velocidade de módulo constante em uma estrada horizontal. Na figura [...], pode-se vê-lo de cima. Sobre o trenó estão: um homem, carnes sobre panos, alguns troncos de árvore e uma caixa. Com base no exposto e desconsiderando as massas das cordas e a resistência do ar, assinale a alternativa correta. a) Sobre o trenó não existe força de atrito. b) Todos os cachorros aplicam sobre o trenó forças de mesma intensidade. Xc) Força normal sobre o trenó tem maior módulo que a força peso do trenó. d) O módulo da força resultante sobre o trenó é a soma das forças aplicadas pelos cachorros sobre as cordas. a) Incorreta. A força atrito é contrária ao movimento do trenó. Ela deve existir para que o trenó se mantenha em movimento retilíneo uniforme (MRU). b) Incorreta. O trenó se desloca em MRU, sendo nula a intensidade da força resultante no eixo horizontal; logo, a força de atrito é igual à soma das forças aplicadas pelos cães. No entanto, isso não significa que cada um deles esteja aplicando a mesma força. c) Correta. A força normal, nesse caso, é numericamente igual à soma do peso do trenó e do peso da carga. Logo, seu módulo é maior que a força peso que atua sobre o trenó. d) Incorreta. A força resultante sobre o trenó é nula, uma vez que ele se move em MRU. 17. A nanotecnologia pode ser caracterizada quando os compostos estão na ordem de milionésimos de milímetros, como na utilização de nanomateriais catalíticos nos processos industriais. O uso desses materiais aumenta a eficiência da produção, consome menos energia e gera menores quantidades de resíduos. O sucesso dessa aplicação tecnológica muitas vezes está relacionado ao aumento da velocidade da reação química envolvida. O êxito da aplicação dessa tecnologia é por causa da realização de reações químicas que ocorrem em condições de: a) alta pressão. b) alta temperatura. c) excesso de reagentes. Xd) maior superfície de contato. e) elevada energia de ativação. 18. (INSPER – SP) Uma pessoa está segurando um livro no interior de um elevador em movimento vertical, uniforme e descendente. Em determinado instante, rompe-se o cabo de sustentação do elevador e ele passa a cair em queda livre. De susto, a pessoa solta o livro. A ação dissipativa do ar ou de outro tipo de atrito é desprezível. A partir do momento em que é abandonado, e enquanto o elevador não tocar o chão, o livro: a) cairá, atingindo o piso rapidamente, com aceleração maior que a do elevador, para um observador em referencial não inercial, dentro do elevador. b) manterá um movimento uniforme de queda em relação à pessoa, que está em referencial não inercial, podendo até atingir seu piso. Xc) cairá em queda livre também, com aceleração igual à do elevador, e não irá atingir seu piso, para qualquer observador em referencial inercial. d) deverá subir em relação aos olhos da pessoa, que está em um referencial não inercial, pois sua aceleração será menor que a do elevador. e) manterá um movimento uniforme de subida em relação aos olhos da pessoa, que está em referencial não inercial, podendo até atingir seu teto. C5 H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam. Quando ocorrer o rompimento do cabo, o elevador e o livro iniciarão um movimento de queda livre. Então, ambos cairão com a mesma aceleração – a da gravidade. E, como eles iniciaram a queda com a mesma velocidade inicial e estão sob a mesma aceleração, o livro não atingirá o piso para qualquer observador em referencial inercial. O aumento da velocidade da reação química envolvida resulta no aumento da eficiência da produção. Isso acontece em virtude da existência de uma superfície de contato maior entre as nanopartículas catalíticas com os reagentes e por conta da diminuição da energia de ativação. LIVRO DE ATIVIDADES 11• • F IS 20. Os freios ABS são uma importante medida de segurança no trânsito, os quais funcionam para impedir o travamento das rodas do carro quando o sistema de freios é acionado, liberando as rodas quando estão no limiar do deslizamento. Quando as rodas travam, a força de frenagem é governada pelo atrito cinético.As representações esquemáticas da força de atrito fat entre os pneus e a pista, em função da pressão p aplicada no pedal de freio, para carros sem ABS e com ABS, respectivamente,são: Xa) b) c) d) e) 19. (UESC – BA) Um homem que se encontra no interior de um elevador em movimento lê, no dinamômetro, o peso de uma massa de 1,0 kg como sendo igual a 6,0 N, conforme a figura. Considerando-se o módulo da aceleração da gravidade local, 10 m/s2, é correto afirmar que o elevador: C5 H17 Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica. A força de atrito que atua sobre as rodas é do tipo estático até o momento em que se inicia o deslizamento, que aumenta com a intensificação da pressão no pedal. Sem os freios ABS, quando a pressão ultrapassa esse valor, a força de atrito é dinâmica, travando as rodas. Mas os freios ABS impedem esse travamento, liberando parcialmente as rodas quando a pressão se aproxima de seu valor limiar. Fazendo isso sucessivas vezes, o atrito permanece estático. X(01) desce acelerado, com aceleração de módulo igual a 4,0 m/s2. (02) sobe acelerado, com aceleração de módulo igual a 4,0 m/s2. (03) desce retardado, com aceleração de módulo igual a 4,0 m/s2. (04) sobe com velocidade constante. (05) desce com velocidade constante. Para a massa igual a 1 kg, o peso é igual a 10 N. Como a leitura do dinamômetro apresenta menor intensidade em relação à força peso, podemos utilizar a seguinte equação: FR = m · a ⇒ P – N = m · a 10 – 6 = 1 · a a = 4 m/s2 PARA ANOTAR O QUE APRENDEU ATÉ AQUI. TOME NOTA! 12 FÍSICA• • F IS 21. (UDESC) Os blocos de massas m1 e m2 estão presos entre si por um fio de massa desprezível, como mostra na figura [...]. Uma força horizontal e constante, F0, é aplicada sobre a massa m2. Os coeficientes de atrito entre os blocos e a superfície constante. Assinale a alternativa correta, em relação às leis de Newton. a) A força que acelera m1 vale m F m m 2 0 1 2 + . Xb) Os blocos possuem aceleração constante dada por F m m 0 1 2 + c) A força que acelera m2 vale m F m m 1 0 1 2 + . d) A força que acelera o conjunto é F0. e) Os blocos possuem aceleração constante dada por F m m 0 1 2 + . A figura a seguir representa as forças que atuam no bloco. m1 m2 T T F0 Fat1 Fat2 Para determinar a aceleração, vamos utilizar a 2ª. lei de Newton: T F m a F T F m a at at − ⋅ − − ⋅ ⎧ ⎨ ⎪ ⎩⎪ 1 1 0 2 2 = = Somando as duas equações, temos: F0 – Fat 1 – Fat 2 = (m1 + m2) · a F0 – μ · m1 · g – μ · m1 · g = (m1 + m2) · a a F g m m m m = + + 0 1 2 1 2 − ⋅ ⋅μ ( ) a F m m g= + 0 1 2 − ⋅μ LIVRO DE ATIVIDADES 13• • F IS 22. (PUCPR) A máquina de Atwood é um dispositivo utilizado para levantar carga, comumente sendo visto na construção civil. O arranjo deste dispositivo é bastante simples, consiste basicamente em dois recipientes presos cada um em uma das pontas de uma corda que, por sua vez, passa para uma roldana presa ao teto do ambiente onde será utilizado. Considere que o arranjo a seguir dispõe de dois baldes iguais com massa de 3 kg cada um, ambos com certa quantidade de areia. No primeiro momento, o balde 1 possui em seu interior 7 kg de areia e, ao deixar o sistema se movimentar a partir do repouso, ele desce com aceleração igual a 10 9 m/s2. A massa de cada corpo equivale à soma da massa de areia e do balde (mcorpo = mareia + mbalde). Situação inicial: m1 = 10 kg m2 = (m +3) kg ai = 10 9 m/s2 g = 10 m/s2 Representando as forças que atuam sobre os corpos, temos: Aplicando a 2ª. lei de Newton para os recipientes, temos: Depois disso, 2 kg de areia que estavam presentes no balde 2 são transferidas para o balde 1. Novamente o sistema é reposicionado e colocado em repouso. Considerando g = 10 m/s2, qual será o valor da nova aceleração que o balde 1 adquire em m/s2?Desconsidere todos os atritos e também a inércia da roldana. Xa) 10 3 b) 8 c) 5 3 d) 7 3 e) 9 4 → FR →a → FR→ T → P → P2 → T →a P T m a T P m a i i 1 1 2 2 − ⋅ − ⋅ ⎧ ⎨ ⎪ ⎩⎪ = = Somando as duas equações: P1 – P2 = (m1 + m2) · a m1 · g – m2 · g = (m1 + m2) · ai ai = g m m m m ⋅ −( )1 2 1 2+ ⇒ 10 9 10 10 3 10 3 = + + + ⋅ −( ( )) ( ) m m 10 9 10 7 13 = + ⋅ −( ) ( ) m m ⇒ 1 9 7 13 = + ( ) ( ) m m 13 + m = 63 – 9 · m m = 5 kg Situação final: m’1 = (10 + 2) = 12 kg m’2 = (8 – 2) = 6 kg g = 10 m/s2 Aplicando a 2ª. lei de Newton para os recipientes, temos: P T m a T P m a f f 1 1 2 2 − ⋅ − ⋅ ⎧ ⎨ ⎪ ⎩⎪ = = ’ ’ Somando as duas equações: P1 – P2 = (m’1 + m’2) · af m1 · g – m2 · g = (m1 + m2) · af af = g m m m m ⋅ −( ’ ’ ) ’ ’ 1 2 1 2+ af = 10 12 6 12 6 60 18 ⋅ −( ) + = af = 10 3 m/s2 14 FÍSICA• • F IS 23. (UEPG – PR) Um bloco, com uma massa de 100 g, encontra-se inicialmente em repouso sobre um plano inclinado de 30° em relação à horizontal. Ele é solto, a partir de uma altura de 1 m em relação ao solo e movimenta-se ao longo do plano. Desprezando forças de atrito, assinale o que for correto. (01) A força normal que o plano inclinado exerce sobre o bloco é 0,5 N. X(02) A aceleração do bloco durante seu movimento ao longo do plano inclinado é 5 m/s2. (04) Quando o bloco encontrava-se em repouso, a força peso do bloco e a força normal exercida sobre ele eram iguais em módulo. X(08) O tempo que o bloco leva para percorrer o plano inclinado, de modo que sua altura se reduza para a metade em relação ao solo, é 10 5 s. Somatório: 10 (02 + 08) . 24. (EFOMM – RJ) A figura que se segue mostra uma plataforma, cuja massa é de 100 kg, com um ângulo de inclinação de 30° em relação à horizontal, sobre a qual um bloco de 5 kg de massa desliza sem atrito. Também não há atrito entre a plataforma e o chão, de modo que poderia haver movimento relativo entre o sistema e o solo. Entretanto, a plataforma é mantida em repouso em relação ao chão por meio de uma corda horizontal que a prende ao ponto A de uma parede fixa. A tração na referida corda possui módulo de: Diagrama de forças: Py P Px N 30o (01) Falsa. A força normal é igual, em módulo, à componente perpendicular da força peso: N = Py = m · g · cos 30° = 0,1 · 10 · 3 2 = 3 2 ⇒ N = 0,866 N (02) Verdadeira. Aceleração do bloco durante a descida: a = P m x = mg sen m ⋅ °30 = 10 · 1 2 ⇒ a = 5 m/s2 (04) Falsa. Nesse caso, a força normal era igual à componente perpendicular da força peso. (08) Verdadeira. O deslocamento no plano inclinado para o bloco atingir a metade da altura inicial é: sen 30° = 0,5 m s ⇒ Δs = 0 5 0 5 , , m ⇒ Δs = 1 m Substituindo o valor encontrado para Δs na equação horária do MUV, temos: Δs = a t 2 2 ⇒ t = 2 ⋅ Δs a t = 2 1 5 = 2 5 5 5 t = 10 5 s a) 25 2 N b) 25 N c) 25 3 N d) 25 4 N Xe) 25 2 3 N Dados: mP = 100 kg mB = 5 kg g = 10 m/s2 A figura a seguir representa o diagrama de forças e a aceleração na direção horizontal e inclinada. A aceleração a pode ser determinada da seguinte maneira: FR = PBt ⇒ m · a = PBt · sen30° m · a = m · g · 0,5 ⇒ a = 10 · 0,5 a = 5 m/s2 Aceleração a’: a’ = a · cos 30° ⇒ a’ = 5 3 2 m/s2. Para determinar a força de tração na direção horizontal, vamos utilizar a seguinte equação: F’R = T = m · a’ ⇒ T = m · 5 3 2 T = 5 · 5 · 3 2 ∴ T = 25 3 2 N 30o PBt.sen30o 30oa a’ PBt.cos30o N LIVRO DE ATIVIDADES 15• • F IS 25. (ESC. NAVAL – RJ) Uma cabine de elevador de massa M é puxada para cima por meio de um cabo quando, de seu teto, se desprende um pequeno parafuso. Sabendo que o módulo da aceleração relativa do parafuso em relação à cabine é de 4/5 g, onde g é o módulo da aceleração da gravidade, qual a razão entre o módulo da tração T no cabo e o peso P da cabine, T/P? a) 1/2 b) 2/3 c) 3/4 Xd) 4/5 e) 1 Primeiramente, vamos calcular a aceleração do parafuso em relação à aceleração do elevador (ape): ape = ap – ae ⇒ ape = 4 5 · g – g ⇒ ape = – 1 5 · g Substituindo o valor de ape na 2ª. lei de Newton, temos: FR = m · a ⇒T – P = M · −⎛ ⎝ ⎜ ⎞ ⎠ ⎟ 1 5 · g T = P – M g 5 ⇒ T = P – P 5 T = 4 5 P ∴ T P = 4 5 →a → T → P Observando a figura 1, concluímos que as forças que agem sobre a esfera são a força elástica e a força peso. Isolando a constante elástica (K), temos: Fel = P ⇒ K · x = m · g ⇒ K = m g x (equação 1) A figura a seguir mostra o diagrama de forças que age no sistema esfera-mola. Fat = μc· N k · y · cos θ y k · y · sen θ Direção do movimentoθ N P = m · g 26. (AFA – SP) Uma esfera, de dimensões desprezíveis, sob ação de um campo gravitacional constante, está inicialmente equilibrada na vertical por uma mola. A mola é ideal e se encontra com uma deformação x, conforme ilustrado na figura 1. O sistema esfera-mola é posto, em seguida, a deslizar sobre uma superfície horizontal, com velocidade constante, conforme indicado na figura 2. Nessa situação, quando o ângulo de inclinação da mola é θ, em relação à horizontal, sua deformação é y. Nessas condições, o coeficiente de atrito cinético entre a esfera e a superfície horizontal vale Xa) cos θ θ x y sen− b) x y c) x sen x y+ cos d) y x sen cos Utilizando os dados da equação 1 na equação 2, temos: N + m g x ⋅⎛ ⎝ ⎜ ⎞ ⎠ ⎟ · y · sen θ = m · g N = m · g – m g x ⋅⎛ ⎝ ⎜ ⎞ ⎠ ⎟ · y · sen θ N = m · g · (1 – y x ·sen θ) Para calcular o atrito cinético, vamos utilizar a seguinte equação: Fat = μc · N Fat = μc · mg · (1 – y x · sen θ) (equação 4) Eixo horizontal: Fat = Fel x Fat = K · y · cos θ Fat = m g x ⋅⎛ ⎝ ⎜ ⎞ ⎠ ⎟ · y · cos θ (equação 5) Igualando as equações 4 e 5, temos: μ θ θc m g y x sen m g x y⋅ ⋅ ⋅⎛ ⎝ ⎜ ⎞ ⎠ ⎟ ⋅ ⋅ ⋅1– = cos μ θ θ θ θ θ θc y x y x sen y x x y sen x y x y sen = = = ⋅ − ⋅ − ⋅ ⋅ − ⋅ cos cos cos 1 Dividindo a equação por y: μ θ θ c x y sen = cos − Para que o sistema esteja em equilíbrio dinâmico, as forças resultantes nas direções vertical e horizontal devem ser nulas. Eixo vertical: N + Fel y = P ⇒ N + K · y · sen θ = m · g (equação 2) 16 FÍSICA• • F IS EQUILÍBRIO DO PONTO MATERIAL ESTÁTICA DOS SÓLIDOS 6 CAPÍTULO Para que um ponto esteja em equilíbrio, basta que a resultante seja nula: FR = 0 . Situações que envolvem equilíbrio de ponto material podem ser resolvidas de três maneiras. • Resolução pelo método da decomposição: inicialmente, é necessário decompor os vetores em suas componentes. Depois, somamos ou subtraímos os vetores na mesma direção e, por fim, aplicamos o teorema de Pitágoras para determinar o vetor resultante. Vantagem do método da decomposição: resolve qualquer problema de equilíbrio do ponto material independentemente do número de forças envolvido e dos ângulos formados. Desvantagem do método da decomposição: resolução trabalhosa, envolvendo maior número de cálculos. Desvantagem do método poligonal: só é útil para cálculos quando resulta em algum tipo específico de polígono, como o triângulo retângulo. 60º 30º C B P = 100 N A T1 T2 P 60º 30º C B P = 100 N A T1 T2 P 60º 30º C B P = 100 N A T1 T2 P 60o P T1 T1y T1x T2 T2x T2y x y Método poligonal 30o • Resolução pelo teorema de Lamy: os três vetores devem ser posicionados como se atuassem em um único ponto, e aplicamos a eles a lei dos senos. Vantagem do teorema de Lamy: resolução simples, envolvendo poucos cálculos. Desvantagem do teorema de Lamy: resolve apenas problemas que tenham três forças em equilíbrio. 60º 30º Método da decomposição P T1 T2 120º Teorema de Lamy 150º P T1 T2 • Resolução pelo método poligonal: os vetores devem ser posicionados a fim de formar um triângulo retângulo. Vantagem do método poligonal: resolução simples, envolvendo poucos cálculos. F IS LIVRO DE ATIVIDADES 17• • MOMENTO DE FORÇA O conceito de momento de força, também conhecido como torque, está relacionado ao fato de uma força poder provocar a rotação ou a variação da rotação de um corpo. Dependendo da maneira como uma força é aplicada sobre um corpo, ela produz uma tendência de girar o objeto, e a grandeza física momento de força (ou torque) é capaz de quantificar essa tendência. M = ±F · d Momento (M) é uma grandeza obtida do produto da força pela distância perpendicular entre o eixo e a linha de ação da força. A unidade de medida do momento, no SI, é o N · m. EQUILÍBRIO DO CORPO EXTENSO 1ª. condição: a força resultante é nula ⇒ FR = 0 . 2ª. condição: o somatório algébrico dos momentos de todas as forças que agem sobre o corpo em relação a um ponto tomado arbitrariamente é nulo ⇒ MR = 0 . SITUAÇÕES DE EQUILÍBRIO Repouso MRU Rotação uniforme Classificação do equilíbrio Estático Dinâmico Dinâmico Força resultante ( ) Nula Nula Nula Momento resultante ( ) Nulo Nulo Nulo Velocidade do centro de massa ( ) Nula Constante e diferente de zero Nula Velocidade angular ( ) Nula Nula Constante e diferente de zero FR MR v CENTRO DE MASSA Centro de massa (CM) é o lugar geométrico no qual podemos considerar que toda a massa de um corpo está concentrada. X x m x m x m x m m m mCM n n n = + + + + + +...+ 1 1 2 2 3 3 1 2 ... Y y m y m y m y m m m mCM n n n = + + + + + +...+ 1 1 2 2 3 3 1 2 ... 18 FÍSICA• • F IS APERFEIÇOAMENTO 2. (UPF – RS) Analise a figura a seguir, que representa um semáforo suspenso por um sistema constituído de um poste, uma haste horizontal (ideal sem peso) e um cabo. No ponto a, estão atuando três forças: o peso P do semáforo (200 N), a tensão T do cabo e a força F exercida pela haste. Considerando que o sistema está em equilíbrio com essas forças, pode-se dizer que os valores, em newtons (N), da tensão do cabo e da força exercida pela haste, são, respectivamente, de: (Adote: sen 30° = 0,5 e cos 30° = 0,8) EQUILÍBRIO DO PONTO MATERIAL 1. (UFTM – MG) As dependências da escola não possuíam tomadas no local em que estava montada a barraca do churrasco e, por isso, uma extensão foi esticada, passando por uma janela do segundo andar do prédio das salas de aula: ATIVIDADES O conjunto formado pela cúpula, lâmpada e soquete, de massa total 0,5 kg, é sustentado pela corda e pelo fio condutor. Desprezando-se os pesos do fio e da corda, é possível afirmar que o fio condutor esticado através da janela sofre ação de uma força de intensidade, em newtons, de: Xa) 10 b) 15 c) 10 3 d) 20 e) 15 3 Para posicionar a lâmpada logo à frente da barraca, uma corda presa à lona foi amarrada ao fio da extensão, obtendo-se a configuração indicada na figura. (Considere sen 30° = 1 2 ; cos 30° = 1 2 e g = 10 m/s2). Dados: m (lâmp + soq) = 0,5 kg g = 10 m/s2 As forças que atuam no ponto de junção dos fios são representadas na poligonal acima. Calculando a tensão no fio esticado através da janela (T1), temos: sen30° = P T1 ⇒ sen 30° = m g T1 = 0 5 10 1 , T ⇒ 0,5 = 5 1T ⇒ T1 = 5 0 5, ∴ T1 = 10 N T1 T2 P APERFFFFEIÇÇÇÇOAMENTO AAPPERFFFEIÇOAMENNNNTTTTTOAAAAPPPPEEEERRRRFFFFEEEEIIIIÇÇÇÇOOOAAAAMMMMEEENNNNTTTTOOO a) 500 e 100 Xb) 400 e 320 c) 200 e 200 d) 320 e 400 e) 100 e 500 De acordo com o enunciado, o peso do semáforo é igual a 200 N. Utilizando a regra do polígono, podemos formar o triângulo a seguir. 30° P T F sen 30° = P T ⇒ T = P sen 30 = 200 0 5, ∴ T = 400 N cos 30° = F T ⇒ F = T · cos 30° = 400 · 0,8 ∴ F = 320 N LIVRO DE ATIVIDADES 19• • F IS 3. (UFPE) Uma barra horizontal de massa desprezível possui uma de suas extremidades articulada em uma parede vertical. A outra extremidade está presa à parede por um fio que faz um ângulo de 45° com a horizontal e possui um corpo de 55 N pendurado. Qual o módulo da força normal à parede, em newtons, que a articulação exerce sobre a barra? fio 45º Sobre o ponto do fio em contato com a extremidade da barra atuam as forças peso (P), normal (N) e tração (T), representadas na figura a seguir: P T N 45º Para determinar N, basta utilizar a relação da tangente: tg 45° = P N⇒ 1 = 55 N N = 55 N APROFUNDAMENTO 4. (UFPR) Um objeto de massa m = 10 kg está suspenso por dois cabos que exercem trações T 1 e T 2 de mesma intensidade T, de modo que | | | |T T 1 2 = = T. As trações exercidas pelos cabos estão dispostas conforme mostra a figura ao lado, fazendo um ângulo de 30° com a direção horizontal. O objeto está em equilíbrio estático e sujeito à atração gravitacional da Terra. Nesse local, a aceleração gravitacional é g = 10 m/s2. → T1 → T1y → T1x → T2x → T2 → P 10 kg 30º 30º → T2y Dados do enunciado: m = 10 kg g = 10 m/s2 A figura a seguir apresenta o diagrama de forças. Como os ângulos formados entre os cabos e o eixo horizontal são iguais, T1 = T2. Logo, as componentes verticais dessas trações também são iguais. Assim, podemos equacionar essa situação da seguinte maneira: 2 · Ty = P ⇒ 2 · T · sen 30° = m · g 2 · T · 0,5 = 10 · 10 T = 100 N As medições no local são executadas por um observador inercial. Sabe-se que sen 30° = cos 60° = 1 2 , e que sen 60° = cos 30° = 3 2 . Levando em consideração os dados apresentados, assinale a alternativa que apresenta corretamente o valor do módulo da tração exercida por cada cabo. a) T= 50 3 3 N b) T 100 3 3 N Xc) 100 N d) T= 200 3 3 N e) 200 N 20 FÍSICA• • F IS 5. (UNISINOS – RS) Um bloco de peso P é suspenso por três fios (F1, F2 e F3) e mantido em equilíbrio, conforme mostrado na figura. O ângulo que o fio F2 nos três fios são, respectivamente, T1, T2 e T3. 6. (UFPR) Uma mola de massa desprezível foi presa a uma estrutura está suspenso por meio das cordas “a”, “c” e “d”, de acordo com a figura [...], a qual representa a configuração do sistema após ser atingido o equilíbrio. Considerando que a constante elástica da mola é 20 N/cm e a aceleração gravitacional é 10 m/s2, assinale a alternativa que apresenta a deformação que a mola sofreu por ação das forças que sobre ela atuaram, em relação à situação em que nenhuma força estivesse atuando sobre ela. Considere ainda que as massas de todas as cordas e da mola são irrelevantes. Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=equil %C3%ADbrio+de+um +corpo+PRIMEIRA+LEI&rlz=1C1GG GE_pt-BRBR620BR633&espv=2&source=lnm s&tbm=isch& sa=X&ved=0ahUKEwjw-6S_jrvTAhXIxpAKHe5eAgkQ_AUI BygC&bi w=1366&bih=648&dpr=1#tbm=isch&q=EQUIL%C 3%8DBRIO+DE+UM+CORPO+ PRESO+A+DOIS+CABOS &imgrc=EWSs_UeoahKRIM: Acesso em 03 maio 2017. Eixo horizontal: T1 = T2x ⇒ T1 = T2 · cos θ = T2 · cos 30° T1 = 0,86 · T2 (equação 1) Eixo vertical: P = T2y ⇒ P = T2 · sen θ = T2 · sen 30° P = 0,5 · T2 ⇒ T2 = 2P (equação 2) Substituindo os dados da equação 1 na equação 2, temos: T1 = 0,86 · 2P T1 = 1,72 · P A figura ao lado mostra o diagrama das forças que agem sobre o bloco. A figura a seguir mostra o diagrama das forças que agem sobre o bloco de massa m. T Fe b 30º 30º mola d a 60º m c Fe cos 30º Fe sen 30º T sen 60º T cos 60º 30º T Fe P P Dados ÂNGULO 30° 45° 60° SENO 0,50 0,71 0,86 COSSENO 0,86 0,71 0,50 Nesta situação, tem-se a seguinte relação das trações nos fios: a) T1 = T2 b) T1 = P c) T2 = P d) T1 = 0,58 · P Xe) T1 = 1,72 · P Substituindo Fel por k · x, temos: T K x = 3 2 1 2 ⇒ T = 3 · K · x (equação 1) Eixo vertical: Fely + Ty = P ⇒ Fel · sen 30° + T · sen 60° = P K · x · 1 2 + T · sen 60° = P (equação 2) Utilizando os dados da equação 1 na equação 2, temos: K · x · 1 2 + T · sen 60° = P ⇒ K · x · 1 2 + 3 · K · x · 3 2 = m · g Isolando a deformação da mola: x · k k 2 3 2 +⎛ ⎝ ⎜ ⎞ ⎠ ⎟ = m · g ⇒ x = m g k2 ⇒ x = 2 10 2 20 2kg m s N cm x = 0,5 cm Xa) 0,5 cm b) 1,2 cm c) 2,5 cm d) 3,5 cm e) 5,2 cm Eixo horizontal: Felx = Tx ⇒ Fel · cos 30° = T · cos 60° T Fel= cos cos 30 60 LIVRO DE ATIVIDADES 21• • F IS → Fat disco → R→ Fat →r aro MOMENTO DE FORÇA 7. (UECE) Uma gangorra em um parquinho infantil é ocupada por dois gêmeos idênticos e de mesma massa, Cosmo e Damião. Na brincadeira, enquanto um dos irmãos sobe num dos acentos do brinquedo, o outro desce no outro acento. O brinquedo pode ser descrito como uma haste rígida, com um acento em cada extremidade, e livre para girar em um plano vertical em torno do ponto central. Considere os torques na haste da gangorra exercidos pelas forças, peso de Cosmo (Tc) e de Damião (Td), em relação ao ponto central. Na configuração em que Cosmo está na posição mais alta, é correto afirmar que: a) |Tc| < |Td| Xb) |Tc| = |Td| c) |Tc| > |Td| d) |Tc| > –|Td| → Pd → N d d → Pc De acordo com o enunciado, os garotos têm massas iguais e a distância de cada um deles até o ponto de apoio é a mesma. Como o torque depende do produto da força exercida e do braço de força, podemos concluir que os torques são iguais. Sabendo que os pesos de Cosmo e Damião são iguais, consequentemente eles têm massas iguais. Esse torque seria representado por: M = P · d ⇒ M = m · g · d ∴ Md = Mc APERFEIÇOAMENTO 8. (UEL – PR) Observe a figura e responda. Michael Grab – Equilíbrio em Pedras Considerando que as forças que Cosmo e Damião aplicam sobre a gangorra equivalem a seus pesos e desconsiderando o torque da força normal, de reação do apoio sobre a gangorra, temos o seguinte esquema: APPERFFFFEIÇÇÇÇOAAMMENNNNTO APERFFFEIÇOAMENTTTTTOAAAAPPPPEEEERRRRFFFFEEEEIIIIÇÇÇÇOOOAAAMMMMEEENNNNTTTTOOO Na figura, é possível observar esculturas construídas com a sobreposição de pedras. Com base nos conhecimentos sobre equilíbrio e estática, é correto afirmar que cada uma das esculturas está em equilíbrio estático a) instável, pois o momento de força atuante na pedra superior varia com o tempo. b) estável, pois a resultante das forças que atuam sobre a última pedra é positiva. Xc) instável, pois a resultante das forças que atuam sobre o conjunto das pedras é nula. d) estável, pois a resultante das forças que atuam sobre a primeira pedra é positiva. e) instável, pois a resultante das forças que atuam sobre o conjunto das pedras é negativa. Nesse caso, a intensidade do torque é dada pelo produto da força e do raio, ou seja, τ = F · R. Adotando o sentido positivo como saindo do plano, temos: τAro = Fat · R τDisco = Fat · r Logo, como R > r, temos: τAro > τDisco > 0 Observando a figura, podemos concluir que todas as esculturas estão dispostas de tal maneira que o movimento é eminente. Logo, apresentam equilíbrio estático instável. 9. (UECE) Duas bicicletas são equipadas com freios de diferentes tecnologias. Uma delas tem a rotação do pneu reduzida pela ação da força de atrito entre uma pastilha de freio e o aro, próximo ao pneu. Na outra, o freio faz a pastilha realizar força de atrito em um disco concêntrico ao pneu, mas com diâmetro muito pequeno em relação ao aro. Supondo que a força de atrito seja de mesma intensidade nos dois Aro Disco tenham a seguinte relação Xa) Aro Disco > 0 b) Aro Disco < 0 c) Aro Disco > 0 d) Disco Aro > 0 22 FÍSICA• • F IS APROFUNDAMENTO 10. (CEFET – GO) Uma pessoa tenta, manualmente, com uma pequena chave de roda, desapertar uma porca que prende a roda de um carro que foi excessivamente apertada por um borracheiro. Depois de várias tentativas sem êxito, ela literalmente sobe sobre a chave de roda, apoiando um de seus pés na extremidade livre da mesma, a 30 cm do eixo da porca (ver figura), e assim, com seu peso perpendicular à barra, consegue seu objetivo. Sabendo-se que a massa da pessoa é 70 kg e pode exercer, com as mãos, uma força perpendicular à barra de, no máximo, 294 N, qual seria o comprimento mínimo de um pedaço de cano, envolvendo completamente a barra-alavanca da chave de roda, que ela poderia utilizar para aumentar o braço desta alavanca e assim resolver o problema manualmente, de maneira mais fácil, segura e com menos esforço? (Considere a aceleração da gravidade g = 9,8 m/s2 e 70 kg como sendo a massa correspondente ao peso mínimo capaz de girar a porca.) EQUILÍBRIO DO CORPO EXTENSO 11. (CFTMG – MG) Um objeto cujo peso temmódulo P é colocado no ponto médio de uma barra, de peso desprezível, apoiada sobre os cavaletes A e B, conforme ilustrado: 30 cm Cano 30 cm 1 cm a) 70,5 cm Xb) 69,5 cm c) 68,5 cm APERFEIÇOAMENTO 12. (UECE) Uma gangorra de um parque de diversão tem três assentos de cada lado, igualmente espaçados um do outro, nos respectivos lados da gangorra. Cinco assentos estão ocupados por garotos cujas respectivas massas e posições estão indicadas na figura: Assinale a alternativa que contém o valor da massa, em kg, que deve ter o sexto ocupante para que a gangorra fique em equilíbrio horizontal. a) 25 Xb) 29 c) 35 d) 50 Considerando que cada criança aplique sobre a gangorra uma força equivalente ao próprio peso, temos: Anti-horário HorárioM = M m1 · g · d1 + m2 · g · d2 + m3 · g · d3 = m4 · g · d4 + m5 · g · d5 + m6 · g · d6 25 · 140 + 30 · 100 + 50 · 60 = 40 · 60 + 30 · 140 + m6 · 100 3 500 + 3 000 + 3 000 = 2 400 + 4 200 + m6 · 100 9 500 = 6 600 + 100 · m6 ⇒ 2 900 = 100 · m6 m6 = 29 kg Considerando que a força exercida pelo bloco sobre a barra tem o mesmo módulo que o peso P do bloco, para o equilíbrio de translação da barra, podemos concluir que a força peso é anulada pela soma das forças nos dois apoios, ou seja, RA + RB = P. Além do peso da barra, atuam sobre ela as forças de contato RA e RB, conforme mostra a figura a seguir. Sendo RA e RB as intensidades das forças exercidas na barra pelos apoios, é correto concluir que Xa) RA + RB = P b) RA – RB = P c) RA = RB < P d) RA < RB < P d) 70,0 cm e) 69,0 cm Quando a pessoa sobe na chave, o momento aplicado em relação ao eixo da porca é de: M = F · d ⇒ M = m · g · d M = 70 · 9,8 · 0,3 M = 205,8 N · m A distância em relação ao eixo de rotação para que ela consiga o mesmo momento, mas aplicando 294 N de força, é de: M = F · d ⇒ 205,8 = 294 · d d = 0,695 m ∴ d = 69,5 cm LIVRO DE ATIVIDADES 23• • F IS 13. (UFSM – RS) Um jogador de 70 kg teve de ser retirado do campo, numa maca. A maca tem 2 m de comprimento e os maqueiros, mantendo-a na horizontal, seguram suas extremidades. O centro de massa do jogador está a 0,8 m de um dos maqueiros. Considerando-se g = 10 m/s2 e desprezando a massa da maca, o módulo da força vertical exercida por esse mesmo maqueiro é, em N: a) 280 b) 350 Xc) 420 d) 700 e) a) maior que o peso do corpo B e, durante o aquecimento, a balança girará no sentido anti-horário. Xb) menor que o peso do corpo B e, durante o aquecimento, a balança girará no sentido anti-horário. c) menor que o peso do corpo B e, durante o aquecimento, a balança continuará equilibrada na direção horizontal. d) maior que o peso do corpo B e, durante o aquecimento, a balança continuará equilibrada na direção horizontal. e) igual ao de B e, durante o aquecimento, a balança girará no sentido horário. BA FJ 1,2 m0,8 m A situação descrita no enunciado é representada no esquema a seguir, que mostra as forças que atuam na maca e seus respectivos pontos de aplicação. Utilizando o ponto B como ponto fixo, temos: Anti-horário HorárioM = M FJ · 1,2 = FA · 2 FJ = PJ m · g = 70 · 10 = 700 N 700 · 1,2 = FA · 2 FA = 420 N 14. (FGV – SP) A figura mostra o esquema de uma curiosa balança de dois braços em que cada braço é feito de um material de coeficiente de dilatação linear diferente do coeficiente de dilatação linear do outro. O peso dos braços é desprezível comparado ao dos corpos A e B. O material em que se encontra pendurado o corpo A tem coeficiente de dilatação linear maior do que aquele em que se encontra o corpo B. A temperatura reinante é baixa, típica de uma madrugada de inverno, e observa-se o equilíbrio estático na direção horizontal com o corpo A mais distante do ponto de apoio P do que o corpo B. Observando a figura, podemos concluir que a balança está em equilíbrio estático. Considerando que os pesos A e B exercem sobre a balança forças equivalentes aos próprios pesos, temos: anti-horário horárioM = M Como MA = MB, o produto P · d é uma constante. Então, se dAP > dBP, PA < PB. A balança girará no sentido anti-horário. 15. (UECE) Espacate é um movimento ginástico que consiste na abertura das pernas até que formem um ângulo de 180° entre si, sem flexionar os joelhos. Considere uma posição intermediária, em que um(a) atleta de 70 kg faça uma abertura de 120°. A força normal feita pelo solo no pé do(a) atleta exerce um torque sobre sua perna em relação a um ponto no centro do seu quadril. Pode-se estimar esse torque assumindo que a distância entre o ponto de aplicação da força e o ponto central é 1 m e que a aceleração da gravidade é 10 m/s2.Assim, é correto dizer que esse torque, em N · m, é aproximadamente a) 350 · cos (60°) b) 350 · cos (120°) c) 700 · cos (60°) Xd) 350 · sen (60°) Dados do enunciado: m = 70 kg g = 10 m/s2 A figura ao lado ilustra as forças que agem sobre uma das pernas, considerando o ângulo de abertura em relação à direção vertical (60°): Observando a figura, pelo equilíbrio de rotação em relação ao ponto O e considerando que a força peso é aplicada sobre o ponto médio de cada perna e equivale à metade do peso do atleta para cada uma, temos: anti-horário horárioM = M MN = MP ⇒ MN = P 2 · d 2 Sabendo que d = 2 · sen 60°: MN = m g d 4 ⇒ MN = 70 10 2 60 4 sen = 1400 60 4 sen MN = 350 · sen 60° 60° O d N P 2 1 m 1 m O sistema é, então, submetido a uma elevação de temperatura significativa, próxima à da ebulição da água sob pressão normal, por exemplo. Sobre a situação descrita é correto afirmar que o peso do corpo A é 24 FÍSICA• • F IS 16. (ENEM) As pessoas que utilizam objetos cujo princípio de funcionamento é o mesmo do das alavancas aplicam uma força, chamada de força potente, em um dado ponto da barra, para superar ou equilibrar uma segunda força, chamada de resistente, em outro ponto da barra. Por causa das diferentes distâncias entre os pontos de aplicação das forças, potente e resistente, os seus efeitos também são diferentes. A figura mostra alguns exemplos desses objetos. C5 H17 Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica. 17. (ENEM) Retirar a roda de um carro é uma tarefa facilitada por algumas características da ferramenta utilizada, habitualmente denominada chave de roda. As figuras representam alguns modelos de chaves de roda: Em uma pinça, a força potente está aplicada entre o fulcro e o ponto de apoio da força resistente. Portanto, a distância da força potente em relação ao ponto de apoio é menor que a distância da força resistente. Como seus torques devem ser praticamente iguais, a força potente é maior do que a força resistente. C5 H17 Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica. Em condições usuais, qual desses modelos permite a retirada da roda com mais facilidade? a) 1, em função de o momento da força ser menor. Xb) 1, em função da ação de um binário de forças. c) 2, em função de o braço da força aplicada ser maior. d) 3, em função de o braço da força aplicada poder variar. e) 3, em função de o momento da força produzida ser maior. Para forças de mesma intensidade (F) aplicadas perpendicularmente nas extremidades dos braços das chaves, temos os seguintes momentos: M1 = 2 · F · 20 ⇒ M1 = F · 40 M2 = F · 30 M3 = F · (d < 25) Então: M1 > M2 > M3 Como o momento de força para o modelo 1 representa o maior valor em relação aos outros, a roda é retirada com maior facilidade com esse modelo. 18. (UEL – PR) Uma tesoura é uma ferramenta construída para ampliar a força exercida pela mão que a utiliza para cortar os objetos. A essa ampliação de força dá-se o nome de “vantagem mecânica”dada por F F d d 2 1 1 2 = , onde o índice 1 é relativo ao cabo, e o índice 2 está relacionado à lâmina de corte. Sobre a vantagem mecânica da tesoura, é correto afirmar: a) Se d1 for menor que d2, F2 é maior que F1. b) Se d1 for menor que d2, F1 é igual a F2. Xc) Se d1 for maior que d2, F2 é maior que F1. d) Se d1 for maior que d2, F1 é maior que F2. e) Se d1 for igual a d2, F1 é maior que F2. Em qual dos objetos a força potente é maior que a força resistente? Xa) Pinça. b) Alicate. c) Quebra-nozes. d) Carrinho de mão. e) Abridor de garrafa. Na relação da vantagem mecânica apresentada no enunciado, percebemos que F1 é inversamente proporcional a d1, bem como F2 é inversamente proporcional a d2. Logo, a única alternativa que traz uma relação coerente com a proporção apresentada é a c. LIVRO DE ATIVIDADES 25• • F IS APROFUNDAMENTO 19. (ESPCEX – SP) Uma viga rígida homogênea Z com 100 cm de comprimento e 10 N de peso está apoiada no suporte A, em equilíbrio estático. Os blocos X e Y são homogêneos, sendo que o peso do bloco Y é de 20 N, conforme o desenho [...]. O peso do bloco X é a) 10,0 N b) 16,5 N c) 18,0 N d) 14,5 N Xe) 24,5 N 20. (ESPCEX – SP) O ponto C de uma haste homogênea AB, de seção reta uniforme com massa desprezível, está preso, através de uma mola ideal, ao ponto D de uma parede vertical. A extremidade A da haste está articulada em O. A haste sustenta pesos de 20 N, 40 N e 60 N e está em equilíbrio estático, na horizontal, conforme representado no desenho [...]. Sabendo que a deformação na mola é de 10 cm, então o valor da constante elástica da mola éDados: sen 30° = cos 60° = 1 2cos 30° = sen 60° = 3 2 a) b) Xc) d) e) Dados do enunciado: Py = 20 N Para resolver essa questão, podemos avaliar o equilíbrio de rotação da barra em torno do ponto A. A figura a seguir mostra as forças aplicadas sobre a barra pelos centros de massa dos corpos X e Y, bem como a reação do apoio A sobre ela. Considerando que as forças aplicadas pelos corpos sejam, em módulo, iguais a seus pesos, temos: anti-horário horárioM = M Py · 46 + Pv · 6 = Px · 40 20 · 46 + 10 · 6 = Px · 40 920 + 60 = Px · 40 980 = Px · 40 Px = 24,5 N 20 cm 100 cm Y Z 44 cm 8 cm A X Desenho Ilustrativo-Fora de Escala 46 cm 6 cm 40 cm → FA → Py → Py → Px A z y x D Desenho Ilustrativo Fora de Escala pa re de 60 0 A 1,0 m C 40 N B 0 1,0 m 1,0 m 1,0 m 20 N 60 N Decompondo a Fel em suas componentes x e y, obtemos a figura a seguir. De acordo com enunciado, a haste está em equilíbrio estático, então Σ M = 0. Assim: anti-horário horárioM = M Fel · cos 60° · 2 = 20 · 1 + 40 · 3 + 60 · 4 Fel · 1 2 · 2 = 20 + 120 + 240 Fel = 380 N Substituindo Fel por K · x: K · x = 380 ⇒ K · 0,1 = 380 K = 3 800 N/m Fel Fel x Fel y 26 FÍSICA• • F IS 21. (UNESP) Para alcançar o teto de uma garagem, uma pessoa sobe em uma escada AB e fica parada na posição indicada na figura 1. A escada é mantida em repouso, presa por cordas horizontais, e apoiada no chão. Na figura 2 estão indicadas algumas distâncias e desenhadas algumas forças que atuam sobre a escada nessa situação: seu peso PE = 300 N, a força aplicada pelo homem sobre a escada FH = 560 N e a tração aplicada pelas cordas, T. A força de contato com o solo, aplicada no ponto B, não está indicada nessa figura. 22. (FUVEST – SP) Um vídeo bastante popular na internet mostra um curioso experimento em que uma garrafa de água pendurada por uma corda é mantida suspensa por um palito de dente apoiado em uma mesa. Considerando um eixo passando pelo ponto B, perpendicular ao plano que contém a figura 2, para o cálculo dos momentos aplicados pelas forças sobre a escada, a intensidade da força de tração é Xa) 375 N b) 280 N c) 430 N d) 525 N e) 640 N Sabendo que as forças aplicadas sobre a escada no ponto B não provocam rotação sobre ela, temos: anti-horário horárioM = M PE · 2,4 + FH · 3 = T · 6,4 T · 6,4 = 300 · 2,4 + 560 · 3 T = 2 400 6 4, T = 375 N O “truque” só é possível pelo uso de outros palitos, formando um tipo de treliça. A figura à direita da foto mostra uma visão lateral do conjunto, destacando duas das forças que atuam sobre o palito 1.Nesta figura, F é a força que o palito 2 exerce sobre o palito 1 (aplicada a uma distância L do ponto A na borda da mesa), P é a componente vertical da força que a corda exerce sobre o palito 1 (aplicada a uma distância d do ponto A) e θ é o ângulo entre a direção da força F e a vertical. Para que o conjunto se mantenha estático, porém na iminência de rotacionar, a relação entre os módulos de F e P deve ser: Note e adote: Despreze o peso dos palitos em relação aos módulos das forças F e P. Xa) | | | | cos( ) F P d L = b) | | | | sen( ) F P d L = c) | | | |cos( )F P= d) | | | | cos( ) F P L d = e) | | | | sen( ) F P L d = Marcando as forças que atuam sobre o palito e decompondo a força F, temos a seguinte figura: F · cos F F · sen P L A d Para o equilíbrio rotacional em torno do ponto A, devemos ter: F · cos θ · L = P · d F P d L = cos F IS LIVRO DE ATIVIDADES 27• • TRABALHO DE UMA FORÇA TRABALHO E ENERGIA 7 CAPÍTULO Trabalho é uma grandeza escalar definida pela quantidade de energia transferida de um sistema a outro ou transformada de um tipo em outro. O trabalho de uma força é representado por τF e é medido em Trabalho de forças constantes v mov. FF τF = F · Δs · cos α Casos particulares Trabalho motor O trabalho (τF produto entre a intensidade da força que atua na direção do movimento e o deslocamento sofrido pelo corpo. τF = F · Δs O trabalho (τF perpendicular ao deslocamento é nulo. τF = 0 O trabalho (τF contrário ao deslocamento é obtido pelo produto entre a intensidade da força que atua na direção do movimento e o τF = –F · Δs Trabalho resistente DK O Es tú di o DK O Es tú di o DK O Es tú di o Nessa equação, o ângulo α representa o ângulo entre os vetores força (F) e deslocamento (Δs). Trabalho nulo 28 FÍSICA• • F IS Trabalho total das forças O trabalho total realizado sobre o corpo pode ser calculado de duas formas: I. pela determinação do trabalho da força resultante (τTotal FR ); II. pela soma do trabalho próprio de cada força aplicada ao sistema (τTotal 1 2 3 4 5+ + + + + +... n). Trabalho de forças variáveis A expressão τF Δ α só pode ser aplicada quando F e direção). Se F é variável e está na mesma direção do deslocamento, é necessário utilizar A1 A2 s0 F (componente na direção do deslocamento) τF A1 + A2 Propriedades associadas à energia: • pode ser transferida de um corpo para outro; • pode ser transformada de uma modalidade em outra; • não pode ser destruída; • pode ser armazenada; • está relacionada à capacidade de alterar o estado de movimento; • sua unidade no SI é o joule (J). E m v C = 2 2 Epg = m · g · h vO m v m Δs Energia potencial A energia potencial gravitacional (Epg) está relacionada a uma diferença de altura em relação a um referencial e pode ser armazenada. h A m P g Energia cinética A energia cinética (Ec) está relacionada ao movimento do corpo e não pode ser armazenada. N F IS LIVRO DE ATIVIDADES 29• • A energia potencial elástica (Epe) está relacionada à deformação de um material elástico e pode ser armazenada. Energia mecânica As energias cinética e potencial dependem de fatores diferentes. Enquanto a energia cinética está associada à velocidade de um corpo, a energia potencial está associada à posição que ele ocupa em relação a certo nível de referência. Mas um corpo pode apresentar simultaneamente essas duas modalidades de energia. A energia mecânica é uma grandeza escalar definida pela soma da energia cinética e da energia potencial de um sistema mecânico. Ela é representada por Em e é medida em joule (J) no SI, ou em kg m s 2 2 . E K x pe = 2 2 Em = Ep + Ec Teorema da energia cinética O trabalho realizadopela resultante das forças que agem sobre um corpo para deslocá-lo entre dois pontos é igual à variação da enérgica cinética do corpo entre esses dois pontos. Teorema da energia potencial O trabalho de uma força também se relaciona à energia potencial, uma vez que se trata de forças conservativas. FR = ΔEc Sistemas conservativos Segundo a lei da conservação da energia mecânica, os sistemas conservativos apresentam a variação da energia mecânica nula. Trabalho da força peso e variação da energia potencial gravitacional: τP = –ΔEpg Trabalho da força elástica e variação da energia potencial elástica: Fel = –ΔEpe hA hA = hB vA = 0A BvB = 0 ΔEm = 0 30 FÍSICA• • F IS Alguns exemplos de sistemas conservativos: hA hA > hB vA = 0A B vB = 0 Sistemas não conservativos ΔEm = Fdis • movimento no plano inclinado sem atrito; • queda livre no vácuo; • lançamentos de projéteis no vácuo; • pêndulo simples no vácuo; • sistema planetário; • oscilador harmônico simples. Em Física, a palavra “dissipar” indica a transformação de qualquer modalidade de energia útil em energia não útil (como a energia térmica) por meio da ação de uma força não conservativa dissipativa (a força de atrito cinético, por exemplo). ATIVIDADES TRABALHO DE UMA FORÇA 1. (IFCE) O trabalho realizado por uma força constante que atua em um corpo na direção do seu movimento é calculado pelo produto entre a força e o deslocamento realizado pelo corpo sob a ação dessa força. Se a força está a favor do movimento, dizemos que seu trabalho é motor, se a força está em sentido contrário ao movimento, dizemos que seu trabalho é resistente. A intensidade da força de atrito que, agindo em um corpo lançado sobre uma superfície horizontal, realiza um trabalho resistente de 120 joules, fazendo o corpo parar após percorrer uma distância, em linha reta, de 8,0 metros, em N, é igual a: (Considere a força de atrito constante ao longo do movimento). a) 12 b) 18 c) 20 Xd) 15 e) 25 Dados do enunciado: τFat = –120 J (τ resistente) Δs = 8 m O trabalho da força de atrito é dado por: τFat = Fat · Δs · cos (α). Substituindo os dados na equação do trabalho, temos: –120 = Fat · 8 · cos (180°) ⇒ –120 = Fat · 8 · (–1) Fat = 15 N LIVRO DE ATIVIDADES 31• • F IS 2. (UEMS) Um carro parte do repouso em uma trajetória retilínea sofrendo ação de uma força que, em função do deslocamento, tem o seguinte comportamento: 4. (FGV – SP) A figura mostra o mesmo bloco deslizando sobre duas rampas. A primeira está inclinada de um ângulo θ1 em relação à horizontal e a segunda está inclinada de um ângulo θ2, também em relação à horizontal, sendo θ1 menor que θ2. Com base nesses dados, pode-se dizer que o trabalho realizado pela força F no deslocamento de 0 a 300 m é de: a) 4 J b) 4 J c) 4 J d) 4 J Xe) 4 J Para obter o trabalho realizado pela força F, basta calcular a área do gráfico: τF = N A ⇒ τF = ( )B b h+ 2 τF = ( )300 200 100 2 + = 25 000 J τF = 2,5 · 104 J F (N) 100 0 100 200 300 d (m) 3. (UERJ) Uma criança em um velocípede é puxada por seu pai por uma distância horizontal de 20 m, sob a ação da força resultante constante FR, orientada conforme o esquema a seguir. Desprezando as forças dissipativas, calcule, em joules, o trabalho realizado por FR quando o conjunto velocípede e criança percorre a distância de 20 m. Dados do enunciado: Fx = 8 N Fy = 6 N O trabalho de FR pode ser calculado pela soma dos trabalhos de Fx e Fy. No entanto, como a força Fy é perpendicular à direção do movimento, seu trabalho é nulo. Portanto, apenas a componente Fx realiza trabalho: τFR = τFx ⇒ τFR = Fx · Δs · cos (0°) τFR = 8 · 20 · 1 τFR = 160 J Em ambos os casos, o bloco parte da altura h e desliza até o final das rampas. O coeficiente de atrito entre a superfície do bloco e as superfícies das duas rampas é o mesmo. Considerando os módulos dos trabalhos realizados pela força peso do bloco quando ele desce as rampas 1 e 2, τP1 e τP2, respectivamente, e os módulos dos trabalhos realizados pela força de atrito entre o bloco e a superfície das rampas quando o bloco desce as rampas 1 e 2, τA1 e τA2, respectivamente, pode- -se afirmar que Xa) τP1 = τP2 e τA1 > τA2 b) τP1 = τP2 e τA1 = τA2 c) τP1 = τP2 e τA1 < τA2 d) τP1 > τP2 e τA1 = τA2 e) τP1 < τP2 e τA1 < τA2 O trabalho da força peso é dado por τP = m · g · h. O corpo desce a mesma altura h, submetido à mesma aceleração da gravidade, logo τP1 = τP2. Em módulo, o trabalho da força de atrito é dado por: τFat = Fat · Δs Fat = μ · P · cos θ Δs = h sen τFat = μ · P · cos θ · h sen ⇒ τFat = & � � �P h tg Como θ1 < θ2 ⇔ tg θ1 < tg θ2. Portanto, τA1 > τA2. 32 FÍSICA• • F IS 5. (UFRN) O conceito de energia é considerado fundamental para a ciência. No entanto, as variações de energia só são percebidas nos processos de transformação desta, durante a realização de um trabalho e/ou a transferência de calor. Para ilustrar a afirmação acima, considere que um caixote está sendo empurrado, ao longo de uma distância de 9,0 m, sobre o piso horizontal de um armazém, por um operário que realiza uma força horizontal constante de 100,0 N. Considere, ainda, que existe uma força de atrito de 90,0 N, produzida pelo contato entre o piso e o caixote. Dados: • Trabalho realizado sobre um corpo por uma força constante: τF = F · d · cos θ, onde F é o módulo da força que atua sobre o corpo, d é o módulo do vetor deslocamento do corpo e θ o ângulo entre a força e o vetor deslocamento. • Teorema do trabalho-energia: WFr = ΔEC, onde Fr é o módulo da força resultante. A partir dessas informações, calcule: a) o trabalho realizado pelo operário sobre o caixote; F = 100 N Δs = 9 m θ = 0° O trabalho realizado pelo operário sobre o caixote pode ser calcu- lado utilizando a seguinte equação: τF = F · Δs · cos θ τF = 100 · 9 · 1 τF = 900 J b) o trabalho que é convertido em energia térmica (trabalho do atrito); Fat = 90 N Δs = 9 m α = 180° Trabalho da força de atrito: τFat = Fat · Δs · cos θ τFat = 90 · 9 · (–1) τFat = –810 J c) o trabalho da força resultante sobre o caixote no processo. Para calcular o trabalho da força resultante sobre o caixote, basta somar o trabalho realizado pelo operário e o trabalho da força de atrito: τFR = τF + τFat τFR = 900 + (–810) τFR = 90 J ENERGIA (CINÉTICA, POTENCIAL E MECÂNICA) 6. Um automóvel, em movimento uniforme, anda por uma estrada plana, quando começa a descer uma ladeira, na qual o motorista faz com que o carro se mantenha sempre com velocidade escalar constante. Durante a descida, o que ocorre com as energias potencial, cinética e mecânica do carro? a) A energia mecânica mantém-se constante, já que a velocidade escalar não varia e, portanto, a energia cinética é constante. b) A energia cinética aumenta, pois a energia potencial gravitacional diminui e quando uma se reduz, a outra cresce. c) A energia potencial gravitacional mantém- -se constante, já que há apenas forças conservativas agindo sobre o carro. Xd) A energia mecânica diminui, pois a energia cinética se mantém constante, mas a energia potencial gravitacional diminui. e) A energia cinética mantém-se constante, já que não há trabalho realizado sobre o carro. A energia potencial é dada por: Ep = m · g · h Sendo uma descida, a altura diminui. Portanto, a energia potencial gravitacional também diminui. A energia cinética é dada por: E m v C = 2 2 Como o carro está em movimento uniforme, a velocidade é constante. Logo, a energia cinética também permanece constante. A energia mecânica é calculada pela soma das energias potencial e cinética. A energia potencial diminui e a energia cinética permanece constante; assim, a energia mecânica diminui. 7. (UECE) Um elevador, de modo simplificado, pode ser descrito como um sistema composto por duas massas ligadas por uma corda inextensível e suspensas por umapolia de eixo fixo. Uma das massas é um contrapeso e a outra massa é a cabine com seus passageiros. Considerando uma situação em que a cabine executa uma viagem de subida, é correto afirmar que: Xa) o trabalho realizado pela força peso é negativo sobre a cabine e positivo sobre o contrapeso. C6 H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes. LIVRO DE ATIVIDADES 33• • F IS b) o trabalho total realizado pela força peso sobre o conjunto cabine e contrapeso é sempre nulo. c) a energia cinética do contrapeso tem sempre o mesmo valor da energia cinética da cabine, pois as duas velocidades têm o mesmo módulo. d) a energia potencial da cabine é sempre decrescente nessa viagem. a) Correta. A força peso é conservativa. Logo, o trabalho da força peso pode ser representado por: τFcos = τP ⇒ τFcos = E τ τF P p pfcons i E E= = − = m · g · hi – m · g · hf = –m · g · (Δh) Quando a cabine sobe, o contrapeso desce. Para a subida da cabine, hf > hi. Assim, como o Δh > 0, τP < 0 (negativo). Portanto, para a descida do contrapeso, hf < hi. Assim, como o Δh < 0, τP > 0. b) Incorreta. Como o trabalho da força peso depende da massa do corpo, a cabine e o contrapeso terão trabalhos de sinais contrários, mas nunca de mesmo módulo, já que suas massas são diferentes. Assim, o somatório dos trabalhos não será nulo. c) Incorreta. Como a energia cinética depende da massa do corpo, a cabine e o contrapeso terão energias cinéticas diferentes. d) Incorreta. A energia potencial gravitacional da cabine é crescente, já que na subida a altura do corpo está aumentando. APROFUNDAMENTO 8. (UNICAMP – SP) Sensores de dimensões muito pequenas têm sido acoplados a circuitos microeletrônicos. Um exemplo é um medidor de aceleração que consiste em uma massa m presa a uma micromola de constante elástica k. Quando o conjunto é submetido a uma aceleração a, a micromola se deforma, aplicando uma força elF na massa (ver diagrama abaixo). O gráfico abaixo do diagrama mostra o módulo da força aplicada versus a deformação de uma micromola utilizada num medidor de aceleração. a) Qual é a constante elástica k da micromola? Observando o gráfico, podemos concluir que: F = 0,80 · 10–6 N x = 0,80 μm = 0,80 · 10–6 m Aplicando os dados do gráfico na equação da força elástica, temos: Fel = K · x ⇒ 0,80 · 10–6 = K · 0,80 · 10–6 K = 1,0 N/m b) Qual é a energia necessária para produzir uma compressão de 0,10 μm na micromola? Dados do enunciado: x = 0,10 μm = 1,0 · 10–7 m Para calcular a energia necessária para comprimir a mola, vamos utilizar a seguinte equação: EPe = K x2 2 EPe = 1 1 10 2 7 2⋅ ⋅ −( ) = 0,5 · 10–14 EPe = 5 · 10–15 J c) O medidor de aceleração foi dimensionado de forma que essa micromola sofra uma deformação de 0,50 μm quando a massa tem uma aceleração de módulo igual a 25 vezes o da aceleração da gravidade. Qual é o valor da massa “m” ligada à micromola? Dados do enunciado: x = 0,50 μm = 5,0 · 10–7 m a = 25 · 10 = 250 m/s2 K = 1,0 N/m Para calcular a massa “m” ligada à micromola, basta igualar a equação da 2ª. lei de Newton à força elástica: |FR| = Fel ⇒ m · |a| = K · x m · 250 = 1,0 · 5,0 · 10–7 m = 2 · 10–9 kg TEOREMAS QUE RELACIONAM TRABALHO E ENERGIA 9. (UCPEL – RS) Thiago Braz, 22 anos, 1,83 m de altura, 75 kg: um exemplo de superação para o povo brasileiro não somente por sua façanha olímpica, mas por sua história de vida! Na olimpíada superou a marca dos 6,03 m de altura no salto com vara. Essa modalidade exige bastante do atleta, pois ele deve ser um ótimo corredor e também possuir considerável força muscular e flexibilidade. ç 34 FÍSICA• • F IS Assinale a alternativa correta abaixo considerando g = 9,8 m/s2. Xa) Parte da energia cinética do saltador é convertida em energia potencial elástica na vara, o que ajuda a impulsionar o atleta. Em um cálculo aproximado, considerando-se somente a conversão de energia cinética em energia potencial gravitacional, a velocidade de Tiago pode ser estimada como 39 km/h. Este valor, entretanto, não corresponde ao valor real, pois outras variáveis devem ser consideradas. b) A velocidade durante a corrida do saltador não é tão importante quanto à força física necessária para firmar a vara no chão e depois utilizar a força dos braços para formar uma sólida alavanca, responsável por elevar o atleta. Não é possível estimar qualquer valor de velocidade baseado apenas nos dados fornecidos, pois é necessário conhecer o tempo que o atleta leva para chegar à altura máxima. c) Apenas uma pequena parte da energia cinética do saltador é convertida em energia potencial elástica na vara. Em um cálculo aproximado, considerando-se somente a conversão de energia cinética em energia potencial gravitacional, a velocidade de Tiago pode ser estimada como 39 km/h. Este valor corresponde ao valor real. d) Toda energia cinética do saltador é convertida em energia potencial elástica na vara. Em um cálculo aproximado, considerando-se somente a conversão de energia cinética em energia potencial gravitacional, a velocidade de Tiago pode ser estimada como 35 km/h. Este valor corresponde ao valor real. e) A corrida não é tão importante quanto à força física necessária para firmar a vara no chão e depois utilizar a força dos braços para formar uma sólida alavanca, responsável por elevar o atleta. Com base nos dados do enunciado da questão, a velocidade de Tiago pode ser estimada como 30 km/h. Aplicando a conservação de energia mecânica, desprezando a perda da energia cinética ao se transformar em energia elástica na vara e desconsiderando a energia cinética ainda mínima na altura máxima, bem como o atrito com o ar, podemos estimar a velocidade final com que o atleta faz sua tentativa de salto. Dados do enunciado: m = 75 kg g = 9,8 m/s2 h= 6,03 m Considerando o solo como referencial, temos: E Em mi f = ⇒ Eci + Epi = Ecf + Epf Eci = Epf ⇒ m vi 2 2 = m · g · hf ⇒ vi = 2 g h vi = 2 9 8 6 03, , ⇒ vi = 10,87 m/s vi = 39,1 km/h 10. (UECE) Um pêndulo ideal, formado por uma esfera presa a um fio, oscila em um plano vertical sob a ação da gravidade, da tensão no fio e de uma força de atrito entre o ar e a esfera. Considere que essa força de atrito seja proporcional à velocidade da esfera. Assim, é correto afirmar que, no ponto mais baixo da trajetória, a) a energia cinética é máxima e a perda de energia mecânica pelo atrito é mínima. b) a energia cinética e a potencial são máximas. Xc) a energia cinética e a perda de energia mecânica pelo atrito são máximas. d) a energia cinética e a potencial são mínimas. 11. (FGV – SP) Devido a forças dissipativas, parte da energia mecânica de um sistema foi convertida em calor, circunstância caracterizada pelo gráfico apresentado. Para a situação descrita, no ponto mais alto, a energia potencial gravitacional é máxima, enquanto a energia cinética é nula. No ponto mais baixo, a energia potencial gravitacional é mínima; e a energia cinética, máxima. energia mecânica por atrito no ponto mais baixo é máxima, já que a força de atrito, de acordo com o enunciado, é proporcional à velocidade e, nesse ponto, a velocidade é máxima. Logo, a perda de Sabendo-se que a variação da energia potencial desse sistema foi nula, o trabalho realizado sobre o sistema nos primeiros 4 segundos, em J, foi, em módulo, a) Xb) c) 900 d) 800 e) 600 De acordo com o gráfico, a perda de energia mecânica é: ΔE = Em f – Emi = 600 – 1 800 = –1 200 J Então: τF = Em f – Emi ⇒ τF = –1 200 J ⎥τF⎥ = 1 200 J LIVRO DE ATIVIDADES 35• • F IS 12. O brinquedo pula-pula (cama elástica) é composto por uma lona circular flexível horizontal presa por molas à sua borda. As crianças brincam pulando sobre ela, alterando e alternando suas formas de energia. Ao pular verticalmente, desprezando o atrito com o ar e os movimentos de rotação do corpo enquanto salta, uma criança realiza um movimentoperiódico vertical em torno da posição de equilíbrio da lona (h = 0), passando pelos pontos de máxima e de mínima alturas, hmáx e hmín, respectivamente. Esquematicamente, o esboço do gráfico da energia cinética da criança em função de sua posição vertical na situação descrita é: a) b) Xc) d) e) C6 H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes. 13. (UNIOESTE – PR) Um projétil é disparado do chão verticalmente com uma velocidade de 20,0 m/s. A que altura ele estará, quando a sua velocidade for de 8,0 m/s? Considere que a perda de energia, devido ao atrito com o ar, equivale a 20% da energia potencial gravitacional adquirida pelo projétil. Tome g = 10,0 m/s2. a) 21,0 m Xb) 14,0 m c) 8,50 m d) 12,0 m e) 23,5 m De acordo com o enunciado, há conservação da energia mecânica, uma vez que são desprezados o atrito com o ar e os movimentos de rotação do corpo enquanto salta. Para a resolução, vamos dividir o problema em duas situações. Primeira situação: hmín → 0 Em = Ec + Ep + Epel Em = Ec + m · g · h + K x2 2 (com x = h) Isolando Ec: Ec = Em – m · g · h – K x2 2 Observando a equação, podemos concluir que essa situação é representada por uma função quadrática com coeficiente do termo de segundo grau negativo. Logo, sua concavidade é voltada para baixo. Segunda situação: 0 → hmáx Em = Ec + Ep Em = Ec + m · g · h Isolando Ec, temos: Ec = Em – m · g · h Para essa etapa, a energia cinética diminui com o aumento da altura h. Observando a equação, é possível concluir que se trata de uma função afim. Portanto, a alternativa que corresponde às situações descritas é a letra c. Dados do problema: vi = 20 m/s vf = 8 m/s g = 10,0 m/s2 Variação da energia mecânica: Emf – Emi = ΔEm Conforme descrito no enunciado, temos: ΔEm = –0,2 · Ep Em f – Em i = –0,2 · Ep –0,2 · Ep = Epf + Ecf – Eci –0,2 · m · g · hf = m · g · hf + m vf 2 2 – m vi 2 2 –0,2 · g · hf – g · hf = vf 2 2 – vi 2 2 –1,2 · g · hf = 1 2 2 2� �( )v vf i –2,4 · 10 · hf = (82 – 202) ⇒ –24 · hf = 336 hf = 14,0 m 36 FÍSICA• • F IS 14. (PUC – SP) Um garoto corre com velocidade de 5 m/s em uma superfície horizontal. Ao atingir o ponto A, passa a deslizar pelo piso encerado até atingir o ponto B, como mostra a figura. Dessa forma, é possível concluir que o módulo do trabalho das forças não conservativas, nesse percurso, é: a) nulo Xb) 75 J c) 250 J d) 325 J e) 575 J Dados do enunciado: g = 10 m/s2 m = 2 kg vA = 5 m/s hA = 15 m vB = 10 m/s hB = 7,5 m Aplicando o teorema da energia mecânica, temos: Fncons = ΔEm ⇒ Fncons = (Ecf + Epf) – (Eci + Epi) Fncons = ( m vB 2 2 + m · g · hB) – ( m vA 2 2 + m · g · hA) Fncons = ( 2 10 2 2 + 2 · 10 · 7,5) – ( 2 5 2 2 + 2 · 10 · 15) Fncons = 250 – 325 = –75 J | Fncons | = 75 J 16. (UPE) Uma partícula de massa m é abandonada de um ponto A cuja altura é igual a H e passa pelos pontos B e C, conforme mostra a figura. As coordenadas do ponto C são iguais a xC = d e yC = h, onde h < H, e as forças de atrito são desprezíveis. Sabendo que a altura máxima atingida pela partícula vale ymáx, e sua coordenada horizontal, quando ela toca o solo, vale xmáx, assinale a alternativa correta. Considerando a aceleração da gravidade g = 10 m/s2, o coeficiente de atrito cinético entre suas meias e o piso encerado é de: a) 0,050 Xb) 0,125 c) 0,150 d) 0,200 e) 0,250 Dados do enunciado: g = 10 m/s2 v0 = 5 m/s v = 0 Δs = 10 m θ = 180° (ângulo formado entre os vetores força de atrito e deslocamento) Considerando que a força de atrito seja a única força que atua na direção do movimento, então, pelo teorema da energia cinética, temos: FR = ΔEC = ECf – ECi Fat = m vf 2 2 – m vi 2 2 ⇒ Fat · Δs · cos 180° = m vf 2 2 – m vi 2 2 μ · N · Δs · cos 180° = m vf 2 2 – m vi 2 2 ⇒ μ · m · g · Δs · cos 180° = m vf 2 2 – m vi 2 2 μ · 10 · 10 · (–1) = 0 2 2 – 5 2 2 ⇒ –100 · μ = –12,5 μ = 0,125 15. (UNISA – SP) Em um local em que a aceleração da gravidade tem intensidade g = 10 m/s2, uma esfera de massa m = 2 kg se move ao longo da trajetória esquematizada. Sua velocidade ao passar pelo ponto A é vA = 5 m/s e ao passar por B, vB = 10 m/s. a) ymáx = H – h Xb) ymáx = (H – h)sen2 (θ) + h c) xmáx = d + 2(H – h)sen (2θ) d) xmáx = d + 2(H – h)sen (θ) e) xmáx = dcos (θ) Como a força peso é a única força que realiza trabalho, podemos utilizar a conservação da energia mecânica. Pontos A e C: Em i = Em f ⇒ (Eci + Epi) = (Ecf + Epf) m · g · hA = m vC 2 2 + m · g · hC Isolando m vC 2 2 , temos: vC 2 2 = g · H – g · h vC = 2 � � �g H h( ) Para calcular ymáx que o corpo atinge depois do ponto C, vamos utilizar a equação de Torricelli: vy 2 = v0y 2 + 2 · a · Δs 0 = (vC · sen θ)2 – 2 · g · y y = ( ( ) )2 2 2� � � � � g H h sen g � y = (H – h) · sen2 θ Em relação ao eixo x: ymáx = y + h ymáx = (H – h) · sen2 θ + h LIVRO DE ATIVIDADES 37• • F IS 17. (UFJF – MG) Um carro com massa total de rampa com uma altura de 5 m em relação à sua base. O carro está com suas rodas travadas, mas desliza ao longo do comprimento da rampa, que está coberta com uma fina camada de óleo, vazado do próprio carro. Suponha que o atrito entre as rodas do carro e a rampa seja desprezível. No fim da rampa há um longo trecho horizontal coberto por areia, cujo atrito com as rodas do carro fazem-no parar a uma determinada distância da base da rampa. Considere g = 10 m/s2 e que o coeficiente de atrito cinético entre a areia e as rodas do carro vale 0,5. a) Determine a velocidade do carro na base da rampa. Xd) V P gF 0 2 2 e) V P gF 0 2 Dados do enunciado: vi = 0 m/s hi = 5 m hf = 0 m Como o atrito é desprezível, para calcular a velocidade do carro na base da rampa vamos utilizar a conservação da energia mecânica: Em i = Em f m · g · hi = m vf 2 2 ⇒ vf = 2 g h v = 2 10 5 100= vf = 10 m/s b) Calcule a distância percorrida pelo carro desde a base da rampa até parar. Cálculo da força de atrito no eixo horizontal coberto por areia: Fat = μ · N ⇒ Fat = μ · m · g Fat = 0,5 · 1 000 · 10 ⇒ Fat = 5 000 N Para calcular a aceleração, vamos utilizar a 2ª. lei de Newton: FR = Fat ⇒ m · a = Fat 1 000 · a = 5 000 a = 5 m/s2 Nesse caso, a aceleração é negativa. Utilizando a equação de Torricelli, podemos determinar a distância percorrida: v2 = v0 2 + 2 · a · Δs ⇒ �s v v a = 2 0 2 2 � Δs = 0 10 2 5 2� � �� � Δs = 10 m 18. (ITA – SP) Uma pequena esfera com peso de módulo P é arremessada verticalmente para cima com velocidade de módulo v0 a partir do solo. Durante todo o percurso, atua sobre a esfera uma força de resistência do ar de módulo F constante. A distância total percorrida pela esfera após muitas reflexões elásticas com o solo é dada aproximadamente por a) V P F gF 0 2 2 ( ) b) V P F gF 0 2 2 ( )+ c) 2 0 2 V P gF Para a resolução, vamos utilizar o teorema da energia mecânica: Fncons = ΔEm Na situação descrita, a variação da energia mecânica corresponde à variação da energia cinética. Portanto, podemos utilizar o teorema da energia cinética: F · Δs · cos 180° = m vf 2 2 – m vi 2 2 ⇒ F · d · (–1) = m 0 2 2 – m v0 2 2 –F · d = – m v0 2 2 (equação 1) A massa pode ser escrita em função do peso: P = m · g ⇒ m = P g Substituindo m na equação 1, temos: –F · d = – v P g 0 2 2 d = v P g F 0 2 2 19. (ESPCEX – SP) Um corpo homogêneo de massa 2 kg desliza sobre uma superfície horizontal, sem atrito, com velocidade constante de 8 m/s no sentido indicado no desenho, caracterizando a situação 1. A partir do ponto A, inicia a subida da rampa, onde existe atrito. O corpo sobe até parar na situação 2, e, nesse instante, a diferença entre as alturas dos centros de gravidade (CG) nas situações 1 e 2 é 2,0 m. A energia mecânica dissipada pelo atritodurante a subida do corpo na rampa, da situação 1 até a situação 2, é Dado: adote a aceleração da gravidade g = 10 m/s2 a) 10 J b) 12 J Xc) 24 J d) 36 J e) 40 J Dados do enunciado: m = 2 kg g = 10 m/s2 hf = 2 m vi (A) = 8 m/s m vf 2 2 = m · g · hf + Edis 2 8 2 2 = 2 · 10 · 2 + Edis ⇒ Edis = 64 – 40 Edis = 24 J Dados do enunciado: g = 10 m/s2 v = v0 vf = 0 θ = 180° 38 FÍSICA• • F IS A quantidade de movimento é uma grandeza vetorial definida pelo produto da massa de um corpo por sua velocidade. No SI, a quantidade de movimento é representada por Q e é medida em quilograma-metro por segundo kg m s ⋅⎛ ⎝ ⎜ ⎞ ⎠ ⎟ . IMPULSO E QUANTIDADE DE MOV IMENTO 8 CAPÍTULO Módulo: Q = m · v Direção: do vetor velocidade. Sentido: do vetor velocidade. Q vm Módulo: I = F · Δt Direção: do vetor força. Sentido: do vetor força. IF F (Componente na direção do deslocamento) A1 A2 t 0 IF = N A1 – A2 IMPULSO DE UMA FORÇA O impulso de uma força é uma grandeza vetorial definida pelo produto entre força aplicada em um corpo e o intervalo de tempo de aplicação dessa força. No SI, o impulso é representado por IF e é medido em newton-segundo (N · s). Impulso de uma força variável Sabe-se que o impulso de uma força é igual à área do gráfico da força em função do intervalo de tempo de aplicação: TEOREMA DO IMPULSO O impulso de uma força resultante responsável pelo movimento é igual à variação da quantidade de movimento do corpo no intervalo de tempo considerado. RF I = Q Qinicial = Qfinal COLISÕES Se o impulso das forças externas sobre um sistema for desprezível, sua quantidade de movimento irá se manter constante durante o intervalo de tempo de um evento (uma explosão, uma batida, um empurrão, etc). Observe o exemplo de colisão a seguir: Colisões inelásticas • Após a colisão, os corpos seguem com a mesma velocidade (vB vA ), isto é, permanecem unidos. • A velocidade de afastamento entre os corpos é nula (vafast F IS LIVRO DE ATIVIDADES 39• • ATIVIDADES • Há perda de energia cinética (E ). • O coeficiente de restituição vale zero (e = 0). Colisões parcialmente elásticas • Após a colisão, os corpos seguem com velocidades diferentes (v’B A). • Há perda de energia cinética (E ). • O coeficiente de restituição nesse tipo de choque fica compreendido entre 0 e 1. vA mA Antes vB mB v mA mB Depois vA mA Antes + vB mB v’A mA Depois + v’B mB Colisões perfeitamente elásticas • Após a colisão, os corpos seguem com velocidades diferentes (v’B A). • O sistema não perde energia cinética (E ). • O coeficiente de restituição nesse tipo de choque vale exatamente 1. QUANTIDADE DE MOVIMENTO 1. (UFRGS – RS) A esfera de massa M cai, de uma altura h, verticalmente ao solo, partindo do repouso. A resistência do ar é desprezível. A figura a seguir representa essa situação. Antes do choque + Depois do choque + v’A v’B vA vB mA mB mBmA Sendo T o tempo de queda e g o módulo da aceleração da gravidade, o módulo da quantidade de movimento linear da esfera, quando atinge o solo, é: a) Mh/T b) Mgh/T c) Mg2/(2T2) Xd) MgT e) MhT Para a resolução, utilizaremos a equação da quantidade movimento: Q = M · v (equação 1) Considerando que a resistência do ar é desprezível e que v0 = 0, a velocidade da esfera, imediatamente antes de tocar o solo, é: v = g · T (equação 2) Substituindo os dados da equação 2 na equação 1, temos: Q = M · g · T 40 FÍSICA• • F IS 2. (UFSM – RS) Ao preparar um corredor para uma prova rápida, o treinador observa que o desempenho dele pode ser descrito, de forma aproximada, pelo seguinte gráfico: Ele será impulsionado por dois mecanismos azimutais, em que o motor inteiro se movimenta para fazer o navio virar. Seu conjunto de baterias pode prover até 4 MWh. A navegação autônoma se baseará em um extenso conjunto de sensores redundantes, incluindo câmeras no visível e no infravermelho, Radar (Radio Detection And Ranging), Lidar (Light Detection And Ranging) e AIS (Automatic Identification System), um sistema de monitoramento de curto alcance já utilizado em navios e serviços de tráfego de embarcações.[...] Se o corredor [...] tem massa de 90 kg, qual a quantidade de movimento, em kg · m/s, que ele apresentará ao final da aceleração? Xa) b) c) d) e) Analisando o gráfico, é possível perceber que o corredor para de acelerar quando atinge a velocidade de 12,5 m/s. De acordo com o enunciado, o atleta tem massa de 90 kg. Substituindo esses dados na equação da quantidade de movimento, temos: Q = m · v ⇒ Q = 90 · 12,5 Q = 1 125 kg · m/s 3. (FATEC – SP) Leia a notícia, divulgada em maio 2017, para responder [à questão]. Navio autônomo e elétrico O primeiro navio autônomo – e, além disso, totalmente elétrico – já tem data marcada para começar a navegar. O Yara Birkeland (homenagem ao cientista norueguês Kristian Birkeland) deverá começar a operar na segunda metade de 2018, levando produtos da fábrica de fertilizantes da Yara, em Porsgrunn, até as cidades de Brevik e Larvik – todas na Noruega. O navio elétrico e autônomo deverá substituir 100 caminhões que fazem 40 000 viagens por ano. Ele operará exclusivamente nessa rota, um trajeto de 12 milhas náuticas, pouco mais de 22 km. Com 70 metros de calado e 4 500 toneladas de porte bruto, o navio autônomo poderá atingir até 18,5 km/h (10 nós), mas deverá operar em velocidade de cruzeiro de 11 km/h (6 nós). <https://tinyurl.com/yapk5b5f> Acesso em: 10.10.2018. Adaptado. ¹Calado – distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa do navio naquele ponto. Se o navio, considerado estável, percorre um trecho qualquer em velocidade de cruzeiro, podemos concluir que a quantidade de movimento, em kg · m/s, nesse trecho especificado é, aproximadamente, a) 1,37 · 104 b) 4 c) 8,32 · 104 Xd) 1,37 · 107 e) 7 Dados do enunciado: m = 4 500 · 103 kg v = 11 km/h = 3,06 m/s Para a resolução, vamos utilizar a equação da quantidade de movimento: Q = m · v Q = 4,5 · 106 · 3,06 Q = 13, 77 · 106 = 1,37 · 107 kg · m/s 4. (MACKENZIE – SP) Um automóvel de massa 1,0 · 103 kg desloca-se com velocidade constante numa estrada retilínea, quando, no instante t = 0, inicia-se o estudo de seu movimento. Após os registros de algumas posições, construiu-se o gráfico adiante, da posição (x) em função do tempo (t). O módulo do vetor quantidade de LIVRO DE ATIVIDADES 41• • F IS a) 1,0 · 103 kg · m/s b) 1,8 · 103 kg · m/s c) 2,0 · 103 kg · m/s Xd) 3,0 · 103 kg · m/s e) 3 kg · m/s IMPULSO DE UMA FORÇA E TEOREMA DO IMPULSO 6. (UDESC) O airbag e o cinto de segurança são itens de segurança presentes em todos os carros novos fabricados no Brasil. Utilizando os conceitos da primeira lei de Newton, de impulso de uma força e variação da quantidade de movimento, analise as proposições. I. O airbag aumenta o impulso da força média atuante sobre o ocupante do carro na colisão com o painel, aumentando a quantidade de movimento do ocupante. II. O airbag aumenta o tempo da colisão do ocupante do carro com o painel, diminuindo, assim, a força média atuante sobre ele mesmo na colisão. III. O cinto de segurança impede que o ocupante do carro, em uma colisão, continue se deslocando com um movimento retilíneo uniforme. IV. O cinto de segurança desacelera o ocupante do carro em uma colisão, aumentando a quantidade de movimento do ocupante. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras. Xb) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. d) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras. e) Todas as afirmativas são verdadeiras. I. Incorreta. O impulso durante a colisão é mantido constante. O airbag provoca a diminuição da força média de impacto e aumen- ta o tempo de colisão. II. Correta. Para que o impulso se mantenha constante, é neces- sário o aumento do tempo de colisãoe, consequentemente, a diminuição da força de impacto. III. Correta. De acordo com a lei da inércia, se não fosse o cinto de segurança, o corpo do ocupante seria arremessado brusca- mente durante uma colisão. IV. Incorreta. Se houver desaceleração, ocorrerá a redução da velocidade e, portanto, da quantidade de movimento. Nesse caso, s equivale a x. Substituindo os dados do gráfico, temos: v = 5 4 5 2 ( ) ⇒ v = 9 3 v = 3 m/s Substituindo o valor da velocidade na equação da quantidade de movimento, temos: Q = m · v ⇒ Q = 1 · 103 · 3 Q = 3,0 · 103 kg · m/s De acordo com o enunciado, o automóvel se desloca com velocidade constante. Logo, ele está em movimento uniforme. Para determinar sua velocidade, basta aplicar os dados do gráfico na equação da velocidade média: 5. (UFPR) Um objeto de massa m constante está situado no topo de um plano inclinado sem atrito, de ângulo de inclinação θ, conforme mostra a figura ao [...]. O objeto está inicialmente em repouso, a uma altura H da base do plano inclinado, e pode ser considerado uma partícula, tendo em conta as dimensões envolvidas. Num dado instante, ele é solto e desce o plano inclinado, chegando à sua base num instante posterior. Durante o movimento, o objeto não fica sujeito a nenhum tipo de atrito e as observações são feitas por um referencial inercial. No local, a aceleração gravitacional vale, em módulo, g. Levando em consideração os dados apresentados, assinale a alternativa que corresponde ao valor do módulo da quantidade de movimento (momento linear) Q que o objeto de massa m adquire ao chegar à base do plano inclinado. Xa) Q m gH= 2 b) Q mgH= 2 c) Q m gH tg= 2 d) Q m gHsen= 2 e) Q mgH= 2 cos Para a resolução, vamos utilizar o princípio da conservação da energia mecânica: EMi = EMf ⇒ EPi = ECf M · g · h = m v2 2 ⇒ v = 2 g H Substituindo v na equação da quantidade de movimento, temos: Q = m · v ⇒ Q = m · 2 g H v = s t ⇒ v = s s t t f i f i 42 FÍSICA• • F IS 7. (FFFCMPA – RS) Em uma cobrança de penalidade máxima, estando a bola de futebol inicialmente em repouso, um jogador lhe imprime a velocidade de aproximadamente 108 km/h. Sabe-se que a massa da bola é de do jogador permanece em contato com ela pé do jogador aplica na bola tem o valor de, aproximadamente: a) b) c) Xd) e) 9. (ACAFE – SC) Um drone eleva uma caixa de módulo 2 m/s, como mostra a figura abaixo. Em certa altura, o fio que prende a caixa ao drone arrebenta e o drone passa a subir sozinho. Dados do enunciado: m = 500 g = 0,5 kg vi = 0 m/s vf = 108 km/h = 30 m/s Δt = 0,015 s Substituindo os dados do exercício no teorema do impulso, temos: I = Q – Q0 F · Δt = m · |Δv| ⇒ F · Δt = m · v – m · v0 ⇒ F · Δt = m · (v – v0) F · 0,015 = 0,5 · (30 – 0) ⇒ F · 0,015 = 15 F = 1 000 N 8. (UFJF – MG) A possibilidade de diminuir o módulo da força que atua sobre um objeto até ele parar, aumentando-se o tempo de atuação da força, tem muitas aplicações práticas como, por exemplo, o uso de “airbags” em automóveis ou, nas competições de salto em altura, o uso de colchões para aparar a queda dos atletas. Um atleta cai sobre um colchão de ar, recebendo F que atua sobre esse atleta e qual é a variação da quantidade de movimento ΔQ do atleta, respectivamente, nas seguintes situações: (i) se para 0,1 s após o impacto inicial? a) Δ Δ b) (i) F = 300 N e Δ Δ c) (i) F = 300 N e Δ Δ Xd) Δ Δ e) (i) F = 300 N e Δ ΔQ = 120 N · s. Conforme descrito no enunciado, nos dois casos o impulso que o atleta recebe é igual a 600 N · s. Segundo a equação do impulso, a força média é inversamente proporcional ao intervalo de tempo de ação: I = F · Δt ⇒ F = I t Para a situação (i): F = I t ⇒ F = 600 0 5, F = 1 200 N Para a situação (ii): F = I t ⇒ F = 600 0 1, F = 6 000 N Considere o intervalo de tempo entre o instante em que a caixa se solta do drone e o instante em que a caixa começa a descer para marcar com V as afirmações verdadeiras e com F as falsas. Considere o sistema conservativo. ( V ) O trabalho realizado pela força peso sobre a caixa é –10 J. ( F ) A quantidade de movimento da caixa permanece constante. ( V ) O impulso aplicado pela força peso sobre a caixa é –10 N · s. ( V ) A energia cinética da caixa na altura máxima alcançada é nula. ( F ) A energia potencial gravitacional do drone permanece constante.A sequência correta, de cima para baixo, é: Xa) V – F – V – V – F b) V – V – F – F – F c) F – V – F – V – V d) F – F – V – F – V Dados do enunciado: m = 5 kg v0= 2 m/s A primeira afirmação é verdadeira. Primeiramente, para calcular o trabalho realizado pela força peso sobre a caixa, precisamos descobrir de qual altura a caixa se desprendeu do drone. Para determinar essa altura, vamos utilizar a equação de Torricelli: v2 = v0 2 + 2 · a · Δs 02 = 22 + 2 · (–10) · Δs ⇒ 0 = 4 – 20 · h h = 0,2 m Substituindo o valor da altura na equação do trabalho, temos: τ = F · d ⇒ τP = –m · g · h τP = –5 · 10 · 0,2 τP= –10 J A segunda afirmação é falsa. Como a velocidade varia após o rompimento do fio, a quantidade de movimento também varia, pois Q = m · v. A terceira afirmação é verdadeira. O impulso é dado por: I = Q – Q0 ⇒ I = m · Δv I = 5 · (0 – 2) I = – 10 N · s A quarta afirmação é verdadeira. A altura máxima é justamente o ponto onde a velocidade se anula, tornando nula também a energia cinética nesse ponto. A quinta afirmação é falsa. A energia potencial gravitacional é dada por: Ep = m · g · h Como a altura do drone varia, sua energia potencial gravitacional também varia. LIVRO DE ATIVIDADES 43• • F IS 10. (UEL – PR) Leia o texto a seguir. Arma ofensiva e poderosa, os chutes de bola parada foram um verdadeiro desafio defensivo na Copa da Rússia em 2018. De fato, todos os gols sofridos pelas seleções africanas na primeira fase vieram com bola parada: um no Egito e no Marrocos, dois na Nigéria e na Tunísia. Adaptado de lance.com.brGeralmente o chute de “bola parada” surpreende o adversário pela sua trajetória descrita e pela velocidade que a bola atinge. Considerando que uma bola de futebol tem massa de 400 g e, hipoteticamente, durante o seu movimento, a resistência do ar seja desprezível, é correto afirmar que a bola atinge a) resultante de 0,12 · 102 N/s. Xb) 40 m/s quando o jogador aplica uma força 2 N durante um intervalo de tempo de 0,1 s. c) 2 N é aplicada durante um intervalo de tempo de 0,1 s. d) 90 km/h devido à aplicação de um impulso de 0,12 · 102 N/s. e) 108 km/h quando o jogador aplica uma 2 N durante um intervalo de tempo de 0,1 s. a) Incorreta. A unidade do impulso está errada. b) Correta. O impulso pode ser calculado pela seguinte equação: I = m · v – m · v0 ⇒ F · Δt = m · v – m · v0 Como a bola parte do repouso, v0 = 0: F · Δt = m · v ⇒ v = F t m ⋅ Δ Substituindo os dados da alternativa: v = 16 10 0 1 0 4 2, , , v = 40 m/s c) Incorreta. v = F t m ⋅ Δ ⇒ v = 12 10 0 1 0 4 2, , , v = 30 m/s = 108 km/h. d) Incorreta. A unidade do impulso está errada. e) Incorreta. v = 16 10 0 1 0 4 2, , , v = 40 m/s = 144 km/h SISTEMAS ISOLADOS E COLISÕES 11. (UEM – PR) Assinale a(s) alternativa(s) correta(s). (01) Na presença de forças dissipativas a energia mecânica permanece constante. Apenas ocorre a conversão entre suas formas cinética e potencial. X(02) A variação da energia cinética de um corpo entre dois instantes é medida pelo trabalho da resultante das forças entre os instantes. (04) O impulso da força resultante num intervalo de tempo é igual à variação do trabalho do corpo no mesmo intervalo de tempo. X(08) A quantidade de movimento de um sistema de corpos isolado de forças externas é constante. X(16) Se na colisão entre dois corpos a energia cinética final é igual à energia cinética inicial, a colisão é chamada de choque perfeitamente elástico.Somatório: 26 (02 + 08 + 16) . 12. (UERJ) Em uma mesa de sinuca, as bolas A e B, ambas com massa igual a 140 g, deslocam-se com velocidadesVA e VB, na mesma direção e sentido. O gráfico abaixo representa essas velocidades ao longo do tempo. (01) Incorreta. Na presença de forças dissipativas, a energia mecânica não permanece constante. (02) Correta. De acordo com o teorema da energia cinética: τFR = ΔEc. (04) Incorreta. O impulso da força resultante em um intervalo de tempo é igual à variação da quantidade (08) Correta. Para um sistema isolado, a quantidade de movimento do sistema permanece constante. (16) Correta. Na colisão perfeitamente elástica, o sistema é conservativo. de movimento. Após uma colisão entre as bolas, a quantidade de movimento total, em kg · m/s, é igual a: a) b) 0,84 c) Xd) 2,24 Dados do enunciado: m = 0,14 kg vA = 10 m/s vB = 6 m/s Como se trata de uma colisão, podemos aplicar o princípio da conservação da quantidade de movimento: Qantes = Qdepois ⇒ mA · vA + mB · vB = Qdepois 0,14 · 10 + 0,14 · 6 = Qdepois ⇒ 1,4 + 0,84 = Qdepois Qdepois = 2,24 kg · m/s 44 FÍSICA• • F IS O movimento dos pêndulos após a primeira colisão está representado em: a) b) Xc) d) e) 13. O pêndulo de Newton pode ser constituído por cinco pêndulos idênticos suspensos em um mesmo suporte. Em um dado instante, as esferas de três pêndulos são deslocadas para a esquerda e liberadas, deslocando-se para a direita e colidindo elasticamente com as outras duas esferas, que inicialmente estavam paradas. C6 H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes. C6 H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes. C5 H17 Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica. Como a colisão é elástica, ocorre também a conservação da energia mecânica. Durante a colisão, podemos afirmar que há conservação da energia cinética. Eci = Ecf Eci = 3 · m v2 2 Logo, a alternativa que representa a conservação da quantidade de movimento e energia cinética é a letra c. 14. O trilho de ar é um dispositivo utilizado em laboratórios de física para analisar movimentos em que corpos de prova (carrinhos) podem se mover com atrito desprezível. A figura ilustra um trilho horizontal com dois carrinhos (1 e 2) em que se realiza um experimento para obter a massa escalar constante, o carrinho 2 está em repouso. No momento em que o carrinho 1 se choca com o carrinho 2, ambos passam a se movimentar juntos com velocidade escalar constante. Os sensores eletrônicos distribuídos ao longo do trilho determinam as posições e registram os instantes associados à passagem de cada carrinho, gerando os dados do quadro. sensor 1 carrinho 1 carrinho 2 sensor 2 sensor 3 sensor 4 CARRINHO 1 CARRINHO 2 Posição (cm) Instante (s) Posição (cm) Instante (s)0,0 0,030,0 1,0 1,08,0 8,090,0 11,0 90,0 11,0 Com base nos dados experimentais, o valor da massa do carrinho 2 é igual a: a) b) Xc) 300,0 g d) e) Como se trata de sistema mecanicamente isolado, há conservação da quantidade de movimento: Qdepois = Qantes ⇒ Qdepois = 3 · mv Primeiramente, vamos calcular a velocidade do carrinho. Velocidade do carrinho 1 antes da colisão: v1 = 1 1 s t = 30 0 15 0 10 0 0 , , , , ⇒ v1 = 15 cm/s Como o carrinho 2 está em repouso, sua velocidade (v2) é igual a zero. Após a colisão, os carrinhos seguem juntos com velocidade v’: v’ = s’ t’ = 90 75 11 8 ⇒ v’ = 5 cm/s Como o sistema é mecanicamente isolado, ocorre a conservação da quantidade de movimento. Qantes = Qdepois m1 · v1 + m2 · v2 = (m1 + m2) · v’ 150 · 15 + m2 · 0 = (150 + m2) · 5 m2 = 150 0 15 0 5 0 , , , – 150 m2 = 300 g LIVRO DE ATIVIDADES 45• • F IS 15. Durante um reparo na Estação Espacial Internacional, um cosmonauta, de massa 90 kg, substitui uma bomba do sistema de danificada. Inicialmente, o cosmonauta e a bomba estão em repouso em relação à estação. Quando ele empurra a bomba para o espaço, ele é empurrado no sentido oposto. Nesse processo, a bomba adquire uma velocidade de 0,2 m/s em relação à estação. Qual é o valor da velocidade escalar adquirida pelo cosmonauta, em relação à estação, após o empurrão? a) b) 0,20 m/s c) 0,40 m/s d) Xe) 0,80 m/s Como o sistema é mecanicamente isolado, há conservação da quantidade de movimento: Qantes = Qdepois 0 = mC · vC + mB · vB ⇒ 0 = 90 · vC + 360 · 0,2 90 · vC = –72 vC = –0,8 m/s A velocidade adquirida pelo cosmonauta, em módulo, é igual a 0,8 m/s. 16. (FUVEST – SP) Um rapaz de massa m1 corre numa pista horizontal e pula sobre um skate de massa m2, que se encontra inicialmente em repouso. Com o impacto, o skate adquire velocidade e o conjunto rapaz + skate segue em direção a uma rampa e atinge uma altura máxima h. A velocidade do rapaz, imediatamente antes de tocar no skate, é dada por 17. (UEFS – BA) O termo colisão representa um evento durante o qual duas partículas se aproximam e interagem por meio de forças que são consideradas como muito maiores que quaisquer forças externas presentes. Um bloco A, de massa igual a 0,4 kg, inicialmente em repouso na horizontal, em uma superfície sem atrito, é atingido por um bloco B de 0,2 kg que se movimenta ao longo do eixo x com uma velocidade de 2,0 m/s. Após a colisão, o bloco B atinge uma velocidade de 0,4 m/s no sentido oposto ao inicial. Com base nessas informações, é correto afirmar que a energia cinética perdida na colisão, em mJ, é igual a: a) 104 b) 102 c) 100 d) 98 Xe) Dados do enunciado: mA = 0,4 kg mB = 0,2 kg vA = 0 vB = 2 m/s v’B = –0,4 m/s Como o sistema é mecanicamente isolado, há conservação da quantidade de movimento: Qantes = Qdepois ⇒ mA · vA + mB · vB = mA · v’A + mB · v’B 0,4 · 0 + 0,2 · 2 = 0,4 · v’A + 0,2 · (–0,4) 0,4 + 0,08 = 0,4 · v’A v’A = 1,2 m/s Agora, vamos calcular a energia cinética perdida: Eantes = m vB B⋅ ⋅ ( )( ) ,2 2 2 0 2 2 2 = = 0,4 J Edepois = m vA A( ’ )2 2 + m vB B( ’ )2 2 Edepois = 0 4 12 2 2, ,⋅ ( ) + 0 2 0 4 2 2, ,⋅ −( ) Edepois = 0,288 + 0,016 = 0,304 J Ediss = |Edepois – Eantes| Ediss = |0,304 – 0,4| = 0,096 J Ediss = 96 mJ 18. (UNICAMP – SP) Recentemente, um foguete da empresa americana SpaceX foi lançado na Flórida (EUA), levando dois astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS). Este foi o primeiro lançamento tripulado dos EUA em nove anos. a) A eficiência dos motores de foguetes é representada pelo impulso específico, ISP, que é medido em segundos. A intensidade da força obtida pelo motor do foguete é dada por FM = ISP · g · mt , em que mt é a massa de combustível expelida por unidade de tempo e g é a aceleração da gravidade. Considere um foguete de C6 H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes. Note e adote: Considere que o sistema rapaz + skate não perde energia devido a forças dissipativas, após a colisão. a) ( )m m m gh 1 2 2 + b) ( )m m m gh 1 2 1 2 + c) m m gh 1 2 2 Xd) ( )m m m gh 1 2 1 2 + e) ( )2 1 2 1 m m m gh + Vamos considerar v a velocidade do rapaz imediatamente antes de tocar no skate, e v’ a velocidade do sistema rapaz + skate após o impacto. Pelo princípio da conservação da quantidade de movimento, temos: Qantes = Qdepois ⇒ m1 · v = (m1 + m2) · v’ v’ = m v m m 1 1 2+ (equação 1) Como o sistema é conservativo, há também a conservação da energia mecânica: EMi = EMf ⇒ ECi = EPf m m v1 2 2 2 +( ) ⋅ ( ’) = (m1 + m2) · g · h ⇒ v2 = m m m 1 2 2 1 2 +( ) · 2 · g · h ∴ v = m m m 1 2 1 +( ) · 2 g h 46 FÍSICA• • F IS massa total MF kg durante o início do seu lançamento da superfície da Terra. Sabendo que o foguete atinge a iminência do seu movimento vertical quando m t = 2,0 · 103 kg/s, calcule o ISP desse foguete. Despreze a variação da massa total do foguete durante o início