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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS CAMPUS SANTA LUZIA ROTEIROS DE PRÁTICA LABORATÓRIO DE FÍSICA Santa Luzia 2018 Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 2 Sumário Apresentação ...................................................................................................................................... 5 Atrito Entre Superfícies Sólidas ........................................................................................................... 6 Equilíbrio de Forças no Plano Inclinado ............................................................................................ 10 MRU e MRUA no Trilho de Ar ........................................................................................................... 13 Movimento Retilíneo Uniformemente Acelerado no Plano Inclinado ............................................. 18 Movimento Retilíneo Uniformemente Acelerado (MRUA) – Queda Livre ....................................... 21 Movimento Retilíneo Uniforme ........................................................................................................ 25 Alcance no Movimento Balístico ....................................................................................................... 29 Pêndulo Balístico ............................................................................................................................... 32 Movimento Circular Uniforme (MCU) ............................................................................................... 35 Lei de Hooke - Determinação da Constante Elástica de uma Mola .................................................. 40 Colisão Inelástica e Coeficiente de Restituição ................................................................................. 43 Rolamento e Momento de Inércia .................................................................................................... 46 Conservação da Energia Mecânica – Queda Livre ............................................................................ 50 Mudança de Estado Físico da Água ................................................................................................... 53 Calor Específico de um Sólido – Método Seco .................................................................................. 56 Calor Específico de um Sólido – Troca de Calor com a Água ............................................................ 59 Transformação Isotérmica ................................................................................................................ 61 Dilatação de um Corpo de Prova ....................................................................................................... 64 Movimento Harmônico Simples – Função Horária da Posição ......................................................... 69 Movimento Harmônico Simples - Determinação da Constante Elástica de uma Mola .................... 73 Pêndulo Simples e Pêndulo Físico ..................................................................................................... 77 Modos normais de vibração em uma corda ..................................................................................... 82 Velocidade de Propagação de uma Onda Transversal em uma Mola .............................................. 84 Balança de torção – Determinação do Módulo de Cisalhamento de um Fio ................................... 86 Lei de Ohm ........................................................................................................................................ 88 Potência Elétrica ................................................................................................................................ 92 Fenômenos Magnéticos .................................................................................................................... 95 Campo Magnético no Interior de Bobinas ........................................................................................ 99 Resistência Interna de uma Bateria ................................................................................................ 102 Resistência Interna do Voltímetro .................................................................................................. 104 Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 3 Resistividade ................................................................................................................................... 106 Associação de Capacitores e Circuito RC......................................................................................... 110 Lei das Malhas de Kirchhoff ............................................................................................................ 113 Circuito RL ....................................................................................................................................... 115 Transformador abaixador e elevador de tensão ............................................................................. 117 Diodo ............................................................................................................................................... 120 Bibliografia ...................................................................................................................................... 122 Recursos para o Aluno..................................................................................................................... 123 Modelo de Relatório ....................................................................................................................... 124 Práticas alteradas em relação a versão 2018-1 .............................................................................. 126 Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 4 Elaboração: Mariana de Castro Prado Revisão: Helane Lúcia Oliveira de Morais Lucas Paulo Almeida Oliveira Versão: 2019-1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais Campus Santa Luzia Rua Erico Veríssimo, 317, Bairro Londrina. Santa Luzia – MG mariana.prado@ifmg.edu.br Esta apostila está protegida por direitos autorais e não pode ser reproduzida sem consentimento fora do âmbito das disciplinas que utilizam o Laboratório de Física do IFMG campus Santa Luzia. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 5 Apresentação Este material foi elaborado para uso nas atividades práticas realizadas no laboratório de física do IFMG campus Santa Luzia. Ele engloba práticas de mecânica clássica, termodinâmica, oscilações e ondas e eletromagnetismo. O trabalho no laboratório deve sempre ser conduzido com cuidado e meticulosamente, respeitando-se as regras de utilização e segurança. Os materiais devem sempre ser utilizados da forma correta e para o fim que foram projetados. As medições são as protagonistas do trabalho experimental. No final deste material, encontra-se uma bibliografia sugerida para estudo da forma correta de se obter e tratar dados. Exprimir as medidas feitas, relacioná-las aos fenômenos físicos e relatar os resultados em linguagem técnico-científica é de fundamental importância. Para tal, nos anexos encontra-se um modelo de relatório que servirá de baliza para que você redija seus resultados. Caso você tenha dúvida sobre a utilização do laboratório, procure sempre seu professor ou os técnicos de laboratórios! “Nada é tão maravilhoso que não possa existir, se admitido pelas leis da Natureza." Michael Faraday “Alegações extraordinárias exigem evidências extraordinárias.” Carl Sagan Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 6 Atrito Entre SuperfíciesSólidas Introdução O grupo deve procurar compreender os fenômenos envolvidos no atrito entre superfícies sólidas. Expor, na introdução, todos os conceitos importantes relativos ao tema. Compreender que as equações comumente usadas para calcular o atrito são modelos e não leis universais. Quais são suas limitações? Qual a origem microscópica da força de atrito? Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: mecânica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 1. Capítulo 6, seções 6-2 e 6-3. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: mecânica. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 1. Capítulo 5, seções 5.1 e 5.2. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I Sears & Zemansky: Mecânica. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 5, seção 5.3. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 4, seção 4.2. Objetivo Estudar o atrito entre superfícies sólidas, determinar os coeficientes de atrito estático e dinâmico. Material • Plano inclinado articulável (4). • Corpo de prova de madeira com uma face revestida de emborrachado (3). • Dinamômetro de 2 N (1). • Nível de bolha • Rampa acessória de plástico (5). Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 7 Figura 1 – Montagem experimental para estudar o atrito numa superfície plana. Conectar o dinamômetro diretamente ao corpo de prova. Figura 2 – Montagem do experimento de atrito no plano inclinado. Procedimento – Parte I 1. Ler o manual do dinamômetro. Zerar apropriadamente o instrumento para cada ângulo de uso. Sempre se certificar que a escala não está encostando na capa plástica ao fazer medições. 2. Determine e anote o peso (e sua incerteza) do corpo de prova usando o dinamômetro. 3. Nivele o plano inclinado horizontalmente com a rampa acessória presa a ele. Use o nível de bolha. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 8 4. Acoplar o dinamômetro ao corpo de prova e apoiar a superfície revestida na rampa acessória. Mantenha o dinamômetro paralelo à superfície da rampa, de forma a aplicar uma força horizontal no corpo de prova. 5. Puxar o dinamômetro lentamente verificando a força que está sendo aplicada ao corpo de prova. Repetir esse procedimento até ser capaz de estimar qual é a menor força capaz de colocar o corpo de prova em movimento e expressar seu valor com sua respectiva incerteza. 6. Desenhe o diagrama de forças do corpo de prova quando ele está prestes a entrar em movimento. 7. Calcule o coeficiente de atrito estático entre o bloco e a placa. Calcule a incerteza. 8. Repita os procedimentos de 4, 5 e 7 para o corpo de prova com a face de madeira em contato com a placa. 9. Ainda com a face de madeira em contato com a placa, aplique uma força horizontal suficiente para manter o corpo em movimento em velocidade baixa e o mais constante possível. 10. Repita o procedimento pelo menos 5 vezes (alunos diferentes) e faça uma tabela com os valores de força. Determine então o valor da força de atrito cinético e o coeficiente de atrito cinético entre a face de madeira do bloco e a placa, usando a incerteza do tipo A para tratamento dos dados. Procedimentos – Parte II Figura 3 – Montagem da parte II 11. Coloque o corpo de prova com a face de madeira em contato com a rampa. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 9 12. Aumente o ângulo de inclinação do plano lentamente e verifique para qual valor o corpo de prova entra em movimento (lento e vagaroso). Repita essa operação algumas vezes (alunos diferentes), para obter um conjunto de medidas do ângulo crítico para entrar em movimento. Para variar o ângulo, use o parafuso na base do plano, próximo à escala de leitura do ângulo. Faça uma tabela com os dados. 13. Para a situação em que o corpo de prova está prestes a entrar em movimento, desenhe o diagrama de corpo livre. Encontre uma expressão para o coeficiente de atrito estático em função do ângulo crítico. 14. Calcule, com sua respectiva incerteza, o valor do coeficiente de atrito estático entre bloco e rampa. 15. Compare o valor obtido agora com o valor obtido na parte I e comente. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 10 Equilíbrio de Forças no Plano Inclinado Introdução Os planos inclinados podem ser vistos como máquinas mecânicas simples. Ao invés de aplicar uma força de grande intensidade para elevar um objeto de uma altura h vertical (veja figura 1), o objeto é deslocado através da aplicação de uma força paralela ao plano inclinado, ao longo do caminho L. O objeto termina atingindo a mesma altura em relação ao ponto de partida, mas a força requerida do agente é menor ao se optar pela rampa ao invés do deslocamento vertical. A vantagem mecânica é a razão entre força que seria necessária no deslocamento direto e a força necessária no deslocamento ao longo da rampa. Figura 1 – Caminho ao longo da rampa (L) e caminho vertical (h). O grupo deve procurar entender o diagrama de forças de um objeto num plano inclinado, o papel de cada componente da força peso e o efeito da variação do ângulo de inclinação. Sugestões de Leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: mecânica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 1. Capítulo 4. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: mecânica. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 1. Capítulo 3. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I Sears & Zemansky: Mecânica. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 3. Objetivo Estudar o equilíbrio de forças no plano inclinado e calcular sua vantagem mecânica. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 11 Material • Plano inclinado articulável (1). • Carro para experimentos com indicador de força peso (2). • 2 massas acopláveis de 50 g cada. • Dinamômetro de 2 N (3). • Fio para acoplar o carrinho ao dinamômetro (4). • Manual do dinamômetro. Procedimento 1. Ler o manual do dinamômetro. Zerar apropriadamente o instrumento para cada ângulo de uso. Sempre se certificar que a escala não está encostando na capa plástica ao fazer medições. 2. Determine e anote o peso do conjunto carrinho e duas massas de 50 g usando o dinamômetro e o fio flexível. 3. Coloque o dinamômetro no plano inclinado conforme figura 2, usando o parafuso superior para fixação do dinamômetro. Figura 2 – Montagem experimental para estudar o equilíbrio de forças no plano inclinado. 4. Incline o plano de um ângulo de 40°. Para isso, use o parafuso preto inferior (5). Zere o dinamômetro. 5. Acople o carrinho com uso do fio flexível. Com o fio bambo, segurando o carrinho com a mão, vá deixando o carrinho descer lentamente até que seja encontrada a posição de equilíbrio. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 12 6. Nesta posição, leia a tensão medida pelo dinamômetro e anote seu valor. 7. Repita os passos de 4 a 6 para as seguintes inclinações: 35°, 30°, 25°, 20°, 15°, 10°, 5°. 8. Faça um diagrama de força para o carrinho no plano inclinado, para um ângulo 𝛼 de inclinação. 9. Se o atrito estático for desprezível, a tensão medida pelo dinamômetro deve ser igual à que força? 10. A relação entre a tensão medida no dinamômetro não deve ser linear com o ângulo de inclinação. Escreva a relação matemática entre a tensão e o ângulo de inclinação. Faça um gráfico de tensão em função do ângulo. Encontre uma forma de linearizar a relação matemática e faça um novo gráfico das grandezas linearizadas. Neste gráfico, faça uma regressão linear. 11. Discuta os valores dos parâmetros encontrados para o coeficiente angular da reta e o intercepto y. Compare o peso medido do carrinho com o peso encontrado através do gráfico. 12. Calculea vantagem mecânica (e sua incerteza) do plano inclinado para o ângulo de 30° e discuta o valor encontrado. Discutir também a dependência do valor da vantagem mecânica com o ângulo de inclinação. 13. A conservação da energia não pode ser violada. Demonstre como o trabalho executado na elevação do objeto é o mesmo nos dois caminhos, h e L. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 13 MRU e MRUA no Trilho de Ar Introdução O grupo deve procurar compreender o que caracteriza um movimento retilíneo uniforme e um uniformemente acelerado. As equações da posição em função do tempo 𝑠(𝑡), velocidade em função do tempo 𝑣(𝑡) e aceleração em função do tempo 𝑎(𝑡) descrevem o movimento (são conhecidas como funções horárias do movimento). Partindo do parâmetro que é constante em cada tipo de movimento, obtenha as equações do MRU e do MRUA através de integração. Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: mecânica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 1. Capítulo 2. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: mecânica. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 1. Capítulo 2. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I Sears & Zemansky: Mecânica. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 2. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 3. Objetivo Estudar o movimento retilíneo uniforme (MRU). Determinar a função horária do MRU. Estudar o movimento retilíneo uniformemente acelerado (MRUA) num plano inclinado, determinar a aceleração e a função horária. Material • Trilho de ar com bomba geradora de fluxo (1 e 3). • Mangueira flexível para conexão da bomba ao trilho (4). • Carrinho para experimentos no trilho de ar com cerca ativadora (intervalos de 18 mm) (6). • Sensor fotoelétrico, com cabo mini- DIN. • Interface para aquisição de dados e cabo para conexão ao computador (5). • Computador com software de aquisição de dados. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 14 • Suportes com ímã e mola para as extremidades do carrinho. • 2 Massas acopláveis de 0,5 N • Bobina de 24 V com disparador manual (2). • Nível de bolha. • Cavalo para nivelamento do trilho. • Taco de madeira. • Manuais: nivelamento do trilho de ar, manual de aquisição de dados com sensor fotoelétrico e manual de uso da bobina de 24 V com disparador manual. • Instrução para utilização do SciDAVis. Figura 1 – Materiais para realização da prática. Procedimento – Parte I 1. Ler o manual nivelamento do trilho de ar, que se encontram junto ao equipamento. O grupo deve encontrar o trilho pré-nivelado mas pode ser necessário fazer o procedimento final de nivelamento. Esse passo é importante para os dados medidos Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 15 sejam de boa qualidade. O fluxo de ar não deve ser ajustado para valores acima do recomendado no manual (intensidade 4 na escala do regulador). 2. Conecte o sensor fotoelétrico na primeira porta da interface e a interface ao computador. Abra o software de aquisição de dados (CidepeLab). Configure o sensor e depois configure o software com uma ferramenta temporizador. Escolha a função medição entre diversos intervalos. Consulte o manual de aquisição de dados sempre que necessário. 3. O sensor fotoelétrico, quando ligado, emite luz da extremidade de uma das hastes verticais e detecta o sinal luminoso com o sensor localizado na outra haste vertical. Há uma abertura indicada no interior da haste. 4. O corpo de prova deve ser posicionado de forma que a cerca ativadora esteja totalmente antes do sensor. 5. A linha inicial entre os quadrados azuis (bloqueios) da cerca ativadora estão 18 mm espaçados. O carrinho acionará o sensor nas posições 0, 18 mm, 36 mm, 54 mm, ... 180 mm. Veja a figura 2. Figura 2 – Ilustração do registro do software ao ser usado com a cerca (ativadora) graduada. 6. Quando a primeira marcação passar pelo sensor, ele será ativado. Essa será a posição 𝑠 = 𝑠0 = 0 𝑚𝑚. Ela não acontecerá no tempo zero do cronômetro. 7. Ligue o fluxo de ar e posicione o carrinho encostando o lado com ímã a bobina de impulsão. O fluxo de ar não deve ser ajustado para valores acima do recomendado no manual (intensidade 4 na escala do regulador). 8. Ao iniciar o experimento, dê início a aquisição de dados pelo software e libere o carrinho. Para liberar o carrinho, utilize a bobina de 24 V com disparador manual. 9. Salve os dados do temporizador e arraste para a ferramenta tabela. Copie os dados da tabela para o software SciDAVis. Na coluna x, coloque os dados de tempo (sem o zero inicial). Na coluna y, coloque dados de posição, de acordo com os intervalos da cerca. Transcreva sua tabela para o relatório. 10. Usando o software SciDAVis, construa um gráfico de posição em função do tempo com os dados obtidos. Faça uma regressão linear no gráfico. 11. Escreva o valor dos parâmetros encontrados no ajuste, com suas respectivas unidades e incertezas. 12. Discuta o significado físico dos parâmetros do ajuste. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 16 13. Indique o valor da velocidade do carrinho com sua unidade (no sistema internacional) e incerteza. Procedimentos – Parte II 14. Usando o taco de madeira, incline o trilho de ar até que ele faça um ângulo de aproximadamente 10° com a horizontal – veja figura 3. 15. Leia na escala o ângulo formado pelo plano com a horizontal e anote esse valor (com sua incerteza). 16. Para o carrinho neste plano inclinado, desenhe um diagrama de corpo livre e calcule qual seria a aceleração esperada na ausência de atrito (com incerteza). Considere 𝑔 = (9,81 ± 0,10)𝑚 𝑠2⁄ . Ao usar a incerteza padrão combinada com medidas de ângulos, elas devem estar em radianos. 17. Libere o carrinho a partir da bobina com o fluxo de ar ligado e colete os novos dados de posição em função do tempo. Figura 3 – Montagem da parte II 18. Salve os dados do temporizador e arraste para a ferramenta tabela. Copie os dados da tabela para o software SciDAVis. Na coluna x, coloque os dados de tempo (sem o zero inicial). Na coluna y, coloque dados de posição, de acordo com os intervalos da cerca. Transcreva a tabela para o relatório. 19. Usando o software SciDAVis, construa um gráfico de posição em função do tempo com os dados obtidos. 20. Encontre o polinômio do segundo grau que melhor se ajuda aos dados. 21. Escreva o valor dos parâmetros encontrados no ajuste, com suas respectivas unidades e incertezas. 22. Discuta o significado físico dos parâmetros do ajuste. 23. Qual o valor da aceleração do móvel? 24. Compare com o valor esperado. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 17 Procedimento – Parte III 1. Fizemos o ajuste linear na parte I pois esperamos que o movimento do carrinho seja uniforme. Com o uso do trilho de ar, o atrito é drasticamente diminuído e o móvel pode executar um movimento com força resultante nula. Para testar nossa hipótese, ajuste agora um polinômio de segundo grau ao conjunto de dados obtidos naquele experimento. 2. Ajustar o polinômio de segunda ordem equivale a considerar que o móvel executa um movimento com aceleração constante. Se a aceleração for nula, o parâmetro do ajuste referente a ela deve ser nulo (ou ter um valor muito pequeno). 3. Isso se verificou, neste caso? Considerar o primeiro movimento uniforme é correto (uma boa aproximação)? Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 18 Movimento Retilíneo Uniformemente Acelerado no Plano Inclinado Introdução O grupo deve procurar compreender o que caracteriza um movimento retilíneo uniformemente acelerado (MRUA).As equações da posição em função do tempo 𝑠(𝑡), velocidade em função do tempo 𝑣(𝑡) e aceleração em função do tempo 𝑎(𝑡) descrevem o movimento (são conhecidas como funções horárias do movimento). Partindo da aceleração, que é constante no MRUA, obtenha as equações de movimento através de integração. Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: mecânica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 1. Capítulo 2. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: mecânica. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 1. Capítulo 2. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I Sears & Zemansky: Mecânica. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 2. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 3. Objetivo Estudar o movimento retilíneo uniformemente variado num plano inclinado, determinar a aceleração e a função horária. Material • Plano inclinado articulável (1). • Carrinho e fio flexível (2). • Régua graduada “ativadora” com intervalor regularmente espaçados (3) • Haste para suporte do sensor (4). • Sensor fotoelétrico (5). • Multicronômetro (6). • Manual do multicronômetro. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 19 Procedimento 1. Ler o manual do equipamento para fazer uso correto do sensor e do multicronômetro. 2. Observar se a montagem está conforme a figura 1. Se não estiver, solicitar ajuda. Ajustar a inclinação para 20° utilizando o parafuso na base da montagem. 3. O multicronômetro deve ser usado na função F3 10 pass 1 sens. Consulte o manual para mais informações. 4. O sensor fotoelétrico, quando ligado, emite luz da extremidade de uma das hastes verticais e detecta o sinal luminoso com o sensor localizado na outra haste vertical. Há uma abertura indicada no interior da haste. 5. O corpo de prova deve ser posicionado de forma que a régua ativadora esteja totalmente acima do sensor. Figura 1 – Montagem experimental para estudar o MRUA no plano inclinado 6. A linha inicial entre os quadrados azuis (bloqueios) da régua ativadora estão 18 mm espaçados. O carrinho acionará o sensor nas posições 0, 18 mm, 36 mm, 54 mm, ... 180 mm. Veja a figura 2. Figura 2 – Ilustração do registro do multicronômetro ao ser usado com a régua graduada. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 20 7. Quando a primeira marcação passar pelo sensor, ele será ativado. Essa será a posição 𝑆 = 𝑆0 = 0 𝑚𝑚. Ela não acontecerá no tempo zero do cronometro. 8. Ao iniciar o experimento, libere o carrinho e adquira os dados de tempo com o multicronômetro. 9. Construa uma tabela de posição e tempo com os dados coletados. 10. Construa um gráfico de posição em função do tempo com os dados coletados. Encontre o polinômio do segundo grau que melhor se ajuda aos dados. 11. Escreva o valor dos parâmetros encontrados no ajuste, com suas respectivas unidades e incertezas. 12. Discuta o significado físico dos parâmetros do ajuste. 13. Qual o valor da aceleração do móvel? 14. Qual deveria, teoricamente, ser o valor a aceleração para a inclinação usada? Como esse valor se compara ao valor medido? 15. Escreva a função horária para este movimento. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 21 Movimento Retilíneo Uniformemente Acelerado (MRUA) – Queda Livre Introdução O grupo deve procurar compreender o que caracteriza um movimento retilíneo uniformemente acelerado. As equações da posição em função do tempo 𝑠(𝑡), velocidade em função do tempo 𝑣(𝑡) e aceleração em função do tempo 𝑎(𝑡) descrevem o movimento (são conhecidas como funções horárias do movimento). Partindo da aceleração, que é constante, obtenha as equações do MRUA através de integração. O movimento de queda livre se dá quando um corpo se move no campo gravitacional (considerado aproximadamente constante em intensidade) livre de qualquer outra força. Na atmosfera, o movimento de queda livre é sempre uma aproximação pois existe, pelo menos, a força de resistência do ar atuando no corpo. Se a última for desprezível no caso em questão, a queda livre será uma boa aproximação. Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: mecânica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 1. Capítulo 2. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: mecânica. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 1. Capítulo 2. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I Sears & Zemansky: Mecânica. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 2. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 3. Objetivo Estudar o movimento retilíneo uniformemente variado de um objeto em queda livre, determinar a aceleração e a função horária. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 22 Material • Suporte para estudo de queda livre com tripé (1). • Cerca ativadora com 10 intervalor iguais e pino para fixação (2). • Manuais do sensor e do software de aquisição de dados. • Sensor fotoelétrico (3). • Interface para aquisição de dados. • Computador com software para aquisição de dados • Cabo mini-DIN e cabo para conexão da interface ao sensor. Procedimento 1. Ler o manual do equipamento para fazer uso correto do sensor e do software. 2. Observar se a montagem está conforme a figura 1. Se não estiver, solicitar ajuda. Fixar a cerca ativadora conforme a figura 2, usando o orifício mais externo do suporte. Figura 1 – Montagem experimental para estudar o MRUV de um objeto em queda livre. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 23 Figura 2 – Colocação da cerca ativadora no suporte com uso do pino fixador. 3. Conecte o sensor fotoelétrico na primeira porta da interface e a interface ao computador. Abra o software de aquisição de dados (CidepeLab). Configure o sensor e depois configure o software com uma ferramenta temporizador. Escolha a função medição entre diversos intervalos. Consulte o manual de aquisição de dados sempre que necessário. 4. O sensor fotoelétrico, quando ligado, emite luz da extremidade de uma das hastes horizontal e detecta o sinal luminoso com o sensor localizado na outra haste. Há um orifício pelo qual a luz chega ao sensor indicado na parte interna da haste. 5. Usando o parafuso, posicionar o sensor de forma que o corpo de prova esteja totalmente acima dele. 6. A linha inicial entre os quadrados azuis (bloqueios) da cerca ativadora estão 20 mm espaçados. A cerca ativadora acionará o sensor nas posições 0, 20 mm, 40 mm, 60 mm, ... 200 mm. Veja a figura 3. Figura 3 – Funcionamento da medição de tempo com a cerca ativadora. 7. O sensor será acionado quando a cerca bloquear o feixe de luz. O software registrará o tempo conforme a figura 3. 8. Inicie a aquisição de dados no software e libere a cerca. 9. Salve os dados coletados e arraste-os para uma tabela. Copie os dados de tempo para o software SciDAVis. Despreze o primeiro valor de tempo (que é zero) Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 24 10. Construa uma tabela de posição e tempo com os dados coletados. Transcreva essa tabela para o relatório. 11. Usando o software SciDAVis, construa um gráfico de posição em função do tempo com os dados obtidos. Encontre o polinômio do segundo grau que melhor se ajusta aos dados. 12. Escreva o valor dos parâmetros encontrados no ajuste, com suas respectivas unidades e incertezas. 13. Discuta o significado físico dos parâmetros do ajuste. Qual o valor da aceleração do móvel (com incerteza)? 14. Como esse valor se compara com a aceleração da gravidade, de 𝑔 = (9,81 ± 0,10)𝑚 𝑠2⁄ ? 15. Escreva a função horária para este movimento. Roteiros de Práticado Laboratório de Física Versão 2019-1 25 Movimento Retilíneo Uniforme Introdução O grupo deve procurar compreender o que caracteriza um movimento retilíneo uniforme. As equações da posição em função do tempo 𝑠(𝑡), velocidade em função do tempo 𝑣(𝑡) e aceleração em função do tempo 𝑎(𝑡) descrevem o movimento (são conhecidas como funções horárias do movimento). Partindo do parâmetro que é constante em cada tipo de movimento, obtenha as equações do MRU. Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: mecânica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 1. Capítulo 2. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: mecânica. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 1. Capítulo 2. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I Sears & Zemansky: Mecânica. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 2. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 3. Objetivo Estudar o movimento retilíneo uniforme (MRU). Determinar a função horária do MRU. Material • Plano inclinado articulável (1). • Tubo contendo fluído que possa ser acoplado ao plano inclinado (4). • Ímã de neodímio (5). • Multicrônometro com disparador manual (3 e 2). • Nível de bolha • Manual do multicronômetro. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 26 Figura 1 – Montagem experimental para estudar o MRU. Procedimento 1. Inicialmente será estudado o comportamento de uma esfera metálica no líquido dentro do tubo, acoplado a lateral do plano inclinado. 2. Usando o parafuso (item 3, figura 1), incline o plano de um ângulo de 20°. 3. Usando o ímã de neodímio, posicione a esfera na parte superior da coluna de líquido, conforme indicado na figura 2. 4. Libere a esfera afastando o ímã e observe o movimento executado por ela. A velocidade parece variável ou constante? 5. Retomando o conceito de arrasto e velocidade terminal, explique o fato da bolinha executar um movimento retilíneo uniforme num plano inclinado, onde deveria haver aceleração. Seria possível realizar o experimento sem o líquido preenchendo o tubo? Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 27 Figura 2 – Posicionamento da esfera usando o ímã. 6. Conforme a figura 2, posicione a esfera aproximadamente 20 mm acima do começo da escala. 7. Para cronometrar o tempo será usado o multicronômetro (figura 1, item 3) com disparador manual (item 2 da figura 1). Para este experimento, o multicronômetro será usado na função F10 (ver manual do fabricante). 8. Libere a esfera. Acione o botão do disparador manual cada vez que a esfera passar pelos seguintes pontos da escala: 0 mm (a primeira vez que o disparador for acionado, ele iniciará a contagem do tempo de forma que a posição 0 mm corresponderá ao tempo 0 s), 100 mm, 200 mm, 300mm e 400m. 9. Construa uma tabela com os valores da posição em função do tempo. Não se esqueça de discutir a incerteza dessas medidas. 10. A partir dos dados da tabela, construa um gráfico de posição em função do tempo. Faça uma regressão linear e discuta os valores obtidos para os parâmetros a (coeficiente angular) e b (intercepto y) da reta. 11. Indique o valor da velocidade da esfera com sua unidade (no sistema internacional) e incerteza. 12. Escreva a função horária do movimento da esfera (ver equação 2). 13. Usando o ímã, prenda a esfera na parte de cima do tubo. Nesta parte do procedimento a esfera não será usada e deve permanecer em repouso. 14. Incline a base do plano, região onde fica o transferidor para medida de ângulos. Perceba que uma bolha de ar presente no tubo irá se deslocar dentro dele à medida que a base é elevada. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 28 15. Eleve a base até que bolha fique na extremidade do tubo próxima ao transferidor. 16. Abaixe rapidamente a base e analise o movimento da bolha ao retornar para a outra extremidade do tubo. 17. Repita o procedimento, agora usando o multicronômetro para obter a posição da bolha em função do tempo. 18. Dispare o cronômetro quando a bolha passar pela posição 350 mm. Obtenha o tempo para as seguintes posições: 300 mm, 200 mm, 100 mm, 0 mm. 19. Repita, para a bolha, os procedimentos de 9 a 12. 20. Se a bolha fosse liberada da posição 350 mm ao mesmo tempo que a esfera fosse liberada da posição 0 mm, onde (posição) e quando (tempo) iriam se encontrar dentro do tubo? Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 29 Alcance no Movimento Balístico Introdução O grupo deve procurar compreender os conceitos envolvidos no movimento balístico. Esse tipo de movimento pode ser visto como uma combinação de um movimento uniforme em uma dimensão e um movimento uniformemente acelerado em outra. Analisar a influência do ângulo de lançamento no alcance horizontal do projétil. Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: mecânica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 1. Capítulo 8, seções 8-4, 8-5 e 8-8. Capítulo 4, seções 4-5 e 4-6. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: mecânica. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 1. Capítulo 3, seção 3.6. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I Sears & Zemansky: Mecânica. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 3, seção 3.3. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 10. Objetivo Medir o alcance de um projétil lançado a 45° e a 60°. Material • Disparador (2) com escala (1). • Grampo C largo para fixação em bancada (5). • Mesa pantográfica. • Bandeja com espuma. • Esfera de aço Ø 18 mm . • Trena. • Caneta. • Papel e fita crepe. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 30 Procedimento 1. O disparador deve ser colocado formando um ângulo de 45° com a horizontal. 2. A mesa pantográfica deve ser regulada para que sua altura seja a mesma da ponta do disparador. Desta forma, quando a esfera chegar à mesa, não haverá deslocamento em relação ao eixo vertical. Figura 1 – Montagem do disparador. Figura 2 – Preparo do disparador. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 31 3. As arruelas no disparador devem ser reguladas aproximadamente para a distância média que é possível puxar a haste para trás (ver figura 2). A peça preta do disparador encaixa na arruela de metal. Usando a alça plástica é possível liberar a haste e dar o impulso na esfera. A posição das arruelas deve permanecer a mesma em todas as realizações do experimento. 4. Para ter maior precisão, faremos 5 disparos da esfera. Prepare o disparador e libere a esfera. Acerte a posição da mesa pantográfica para que a esfera aterrisse sobre ela e a posição da bandeja para coletar a esfera depois do contato com a mesa. 5. Fixe o papel sobre a mesa pantográfica. Para cada arremesso da esfera, marcar com a caneta a posição atingida. 6. Medir com a trena a distância horizontal de alcance de cada disparo efetuado. Fazer uma tabela com os valores obtidos. Encontrar o valor médio e a incerteza para o alcance. 7. Com as equações do movimento balístico e o alcance medido, calcular a velocidade inicial com incerteza. Considere 𝑔 = (9,81 ± 0,10)𝑚 𝑠2⁄ . Não esqueça a incerteza do ângulo de lançamento (usar o ângulo e a incerteza em radianos nas derivadas parciais). 8. Usando a conservação da energia mecânica, calcular qual a altura máxima atingida pelo projétil. Calcular qual a velocidade da esfera no ponto máximo da trajetória (não é necessário calcular a incerteza). 9. Repetir os procedimentos 4 a 8 para um ângulo de 60°. 10. Comente os resultados. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 32 PênduloBalístico Introdução O grupo deve procurar compreender os conceitos de energia cinética, energia potencial gravitacional e momento linear. Quais as leis de conservação envolvendo estas grandezas? Quando essas leis se aplicam? O pêndulo balístico é uma ferramenta importante para a determinação da velocidade de um projétil. O projétil deve ficar encrustado no pêndulo após a colisão entre os dois. Nesse caso, temos uma colisão totalmente inelástica. Quais as características dessa colisão? Dica: veja o exemplo da seção 9-9 de HALLIDAY. Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: mecânica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 1. Capítulo 8, seções 8-4, 8-5 e 8-8. Capítulo 9, seções 9-8, 9-9 e 9-10. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: mecânica. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 1. Capítulo 7, seção 7.3 e capítulo 9, seção 9.3. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I Sears & Zemansky: Mecânica. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 7, seções 7.1 a 7.4. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 6, seção 6.6. Objetivo Determinar a velocidade inicial de um projétil utilizando um pêndulo balístico. Material • Disparador (1). • Pêndulo balístico (2) com escala (3). • Grampo C largo para fixação em bancada. • Balança. • Esfera de aço Ø 18 mm (4). • Manuais do sensor e do paquímetro. • Régua. • Nível. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 33 Procedimento 1. Ler o manual do equipamento para fazer uso correto do paquímetro. 2. O disparador deve estar na horizontal, alinhado com o orifício do pêndulo balístico. 3. Medir a massa da esfera usando a balança. Anotar o valor com a incerteza. Figura 1 – Montagem do pêndulo balístico. O sensor não aparece na imagem. Figura 2 – Montagem do disparador Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 34 4. As arruelas no disparador devem ser reguladas conforme a figura 3. A peça preta do disparador encaixa na arruela de metal. Usando a alça plástica é possível liberar a haste e dar o impulso na esfera. A posição das arruelas deve permanecer a mesma em todas as realizações do experimento. 5. Para ter maior precisão, faremos 3 disparos da esfera. Prepare o disparador e libere a esfera. O pêndulo se elevará e o indicador na escala angular indicará o ângulo atingido. Sem zerar o indicador ou alterar sua posição, prepare o dispositivo para novo disparo. Realize 3 disparos e anote o ângulo máximo atingido pelo pêndulo com sua incerteza. 6. Zere o indicador do ângulo do pêndulo. Não mexa nas posições das arruelas. Repita o procedimento anterior. Faça isso até obter 5 valores para o ângulo do pêndulo (serão 15 disparos ao todo). Faça a média dos valores e calcule a incerteza padrão. Figura 3 – Pêndulo balístico antes e depois do disparo. 7. Usando a régua, meça a distância 𝑅𝑐 entre a articulação da haste e o centro de massa da esfera alojada dentro do pêndulo (com incerteza). 8. Considere a massa do pêndulo igual a 𝑚𝑝 = (131 ± 5) 𝑔. Considere a gravidade igual a 9,8 𝑚 𝑠2⁄ . 9. Utilizando a conservação da energia para o pêndulo e a conservação do momento para a colisão da esfera com o pêndulo, mostre que a velocidade da esfera depende das massas do pêndulo e da esfera, da gravidade e de ∆ℎ (veja figura 3). 10. Determine a velocidade inicial da esfera, logo antes da colisão e sua respectiva incerteza. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 35 Movimento Circular Uniforme (MCU) Introdução O grupo deve procurar compreender o que caracteriza um movimento circular uniforme. O movimento circular, mesmo que tenha velocidade angular constante, é um movimento acelerado pois é necessário a atuação da força centrípeta. Descreva as grandezas angulares que caracterizam o movimento circular e sua relação com as grandezas lineares. Explique os conceitos de período e frequência. Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: mecânica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 1. Seções 4-7 e 6-5. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: mecânica. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 1. Capítulo 3. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I Sears & Zemansky: Mecânica. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Seções 3.4 e 5.4. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 8. Objetivo Estudar o movimento circular uniforme e a força centrípeta. Material • Aparelho para dinâmica de rotações (3). • Plataforma rotacional (2). • Carrossel (1). • Fonte de alimentação para o motor do aparelho. • Corpos de prova presos por fios flexíveis. • Sensor fotoelétrico (3). • Cabo mini-DIN. • Interface e computador com software para aquisição de dados. • Haste ativadora com fixadores (4). • Tripé com haste e mufa. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 36 Procedimento 1. Ler o manual do equipamento para fazer uso correto do sensor e do software. 2. Observar se a montagem está conforme a figura 1. Se não estiver, solicitar ajuda. A haste ativadora deve estar fixada na posição C da plataforma giratória. Veja a figura 2. Figura 1 – Montagem experimental para estudar o MCU. Figura 2 – Detalhes da montagem. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 37 3. Conecte o sensor fotoelétrico na primeira porta da interface e a interface ao computador. Abra o software de aquisição de dados (CidepeLab). Configure o sensor e depois configure o software com uma ferramenta temporizador. Escolha, nas configurações, “medição entre diversos intervalos” (10 intervalos), “medição de tempo” e “medida relativa”. Desta forma o programa vai medir a duração de 10 períodos e apresentar o valor médio obtido. 4. Permita que as massas fiquem a uma certa distância do carrossel. Quando a rotação for ligada, o conjunto ficará semelhante ao visto na figura 3. Figura 3 – execução do experimento. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 38 Figura 4 – Montagem com a haste de apoio Figura 5 – Detalhe da haste de apoio. 5. Para que o comprimento do fio abaixo do carrossel fique constante, fixar o fio na mufa do tripé. Ver as figuras 4 e 5. 6. Ligar o aparelho rotacional e selecionar uma frequência baixa. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 39 7. Medir o período utilizando o sensor fotoelétrico e o software. Anotar o valor encontrado. 8. Aumentar a frequência para um valor mais alto. Medir o período e anotar. 9. Observar e descrever o que aconteceu com o ângulo formado pelo fio que sustenta as massas e a vertical. Desligar o aparelho. 10. Faça um diagrama de corpo livre para a massa quando ela está girando, conforme a figura 3. Identifique todas as forças que agem na massa. Como se relacionam tração na corda e massa do objeto? Qual a relação da força centrípeta com a massa e o ângulo formado pelo fio com a vertical? 11. Qual é o comportamento esperado para o ângulo para um comprimento fixo, à medida que se aumenta a frequência? Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 40 Lei de Hooke - Determinação da Constante Elástica de uma Mola Introdução Os sistemas constituídos por uma massa acoplada a uma mola são de grande importância na física e servem de modelo para vários sistemas reais mais complexos. O grupo deve procurar entender a força elástica, expressada matematicamente pela lei de Hooke. Esta lei associa força a deformação. A constante de proporcionalidade é conhecida como constante elástica da mola. Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física:mecânica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 1. Capítulo 7, seção 7-7. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: mecânica. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 1. Capítulo 6, seção 6.3. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I Sears & Zemansky: Mecânica. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 6, seção 6.3. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 12, seção 12.3 Objetivo Determinar a constante elástica de uma mola helicoidal. Material • Tripé com haste horizontal para fixação da mola. • Mola helicoidal. • 4 Massas de aproximadamente 50 g. • Régua graduada transparente. • Gancho curto com espaçador. • Massa de aproximadamente 23 g. • Suporte para mola com ponteiro. • Balança. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 41 Procedimento 1. Coloque a régua no suporte. 2. Coloque a mola no segundo espaço do suporte horizontal. 3. Determine a massa dos objetos de aproximadamente 50 g. Determine o peso dos objetos. Considere 𝑔 = (9,81 ± 0,10)𝑚 𝑠2⁄ . Faça uma tabela com os valores encontrados para as massas e pesos. Não é necessário calcular a incerteza dos pesos. 4. Dependure na mola o suporte com ponteiro, a massa de 23 g e o gancho. A montagem deve ficar conforme a figura 1. 5. Leia a posição no indicador na régua e anote o valor. Esse valor deverá ser subtraído dos próximos para que essa possa ser considerada a posição inicial. Anote o valor e a incerteza. 6. Coloque uma das massas de 50 g e anote a posição do ponteiro. Coloque a massa segurando o suporte e libere bem devagar, de forma a evitar que o conjunto oscile. Repita o procedimento para as próximas massas. Faça uma tabela de força e deformação com os dados coletados. Não se esqueça da incerteza da deformação. Figura 1 – Montagem experimental para cálculo da constante elástica de uma mola. 7. De posse dos dados, primeiro calcule o coeficiente elástico da mola para cada uma das medidas de força e alongamento feitas. Calcule a média e a incerteza para esse conjunto de valores. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 42 8. Agora construa um gráfico de força em função do alongamento da mola. Faça uma regressão linear nos dados. 9. Escreva o valor dos parâmetros encontrados no ajuste, com suas respectivas unidades e incertezas. 10. Discuta o significado físico dos parâmetros do ajuste. 11. Qual o valor da constante elástica obtida por esse método? Como ele se compara ao valor calculado através da média, anteriormente? Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 43 Colisão Inelástica e Coeficiente de Restituição Introdução O grupo deve procurar compreender os fenômenos envolvidos na transformação da energia entre suas formas potencial, cinética, térmica, etc. Quando há conservação? Nas colisões entre corpos, quando há conservação? Como podemos classificar as colisões em relação à conservação da energia? O coeficiente de restituição não é um conceito apresentado comumente nos livros de física, mas tem aplicações práticas importantes. Ele está relacionado à perda de energia na colisão de um objeto com o solo. No caso, uma bola de borracha será utilizada no experimento. Ao ser abandonada de uma certa altura ℎ0, a bola adquire velocidade à medida que cai em queda (aproximadamente) livre. Imediatamente antes de tocar o solo, a velocidade da bola é 𝑣𝑖. Ao tocar o solo, a bola sofre uma deformação devido às forças de interação que surgem durante a colisão. Como a bola é feita de material com boa elasticidade, ao recuperar o seu formato original, ela é acelerada novamente para cima. Imediatamente depois de perder contato com o solo, a bola possui uma velocidade 𝑣𝑗. Ela irá subir novamente até atingir uma altura ℎ𝑗. Desprezando a resistência do ar, se houvesse conservação da energia mecânica, teríamos: 𝑣𝑖 = 𝑣𝑗 e ℎ𝑜 = ℎ𝑗 . Isso quer dizer que toda a energia potencial inicial teria se transformado em energia cinética imediatamente antes do contato com o solo. Durante o contato, essa energia seria armazenada na deformação elástica da bola e depois convertida novamente em energia cinética (associada à velocidade 𝑣𝑗). A energia cinética então se transformaria novamente em energia potencial (associada à posição ℎ𝑗). O ciclo se manteria e a bola atingiria sempre a mesma altura da qual foi abandonada inicialmente. Mesmo que não houvesse resistência do ar, não é observado o descrito no parágrafo anterior. A bola nunca volta à altura inicial. Parte da energia é perdida durante a colisão. O coeficiente de restituição é uma medida da quantidade de energia perdida durante a colisão. Ele pode ser usado para prever a altura que a bola irá alcançar quando abandonada de uma certa altura inicial após uma ou mais colisões. Também pode ser utilizado para relacionar as velocidades antes e depois de cada colisão. Para uma colisão, vamos definir o coeficiente de restituição, 𝑟, como sendo: 𝑟 = 𝑣𝑗 𝑣𝑖 (1) A variação da energia cinética em relação aos instantes imediatamente antes e depois da colisão pode ser calculada: ∆𝐾 = 1 2 𝑚𝑣𝑖 2 − 1 2 𝑚𝑣𝑗 2 = 1 2 𝑚(𝑣𝑖 2 − 𝑣𝑗 2) = 1 2 𝑚(1 − 𝑟2) (2) Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 44 Desprezando a resistência do ar, é possível associar a energia cinética à potencial e expressar o coeficiente de restituição em função das alturas atingidas pela bola antes e depois da colisão. Estamos pressupondo que durante o tempo que a bola não está em contato com o solo há conservação da energia (essa é uma boa suposição?). Teremos: 𝐾𝑖 = 1 2 𝑚𝑣𝑖 2 = 𝑈𝑖 = 𝑚𝑔ℎ0 (3) 𝐾𝑗 = 1 2 𝑚𝑣𝑗 2 = 𝑈𝑗 = 𝑚𝑔ℎ𝑗 (4) Dividindo (4) por (3): 𝑣𝑗 2 𝑣𝑖 2 = ℎ𝑗 ℎ0 = 𝑟2 → 𝑟 = √ ℎ𝑗 ℎ0 (5) Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: mecânica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 1. Capítulo 8, seções 8-4, 8-5 e 8-8. Capítulo 9, seções 9-8, 9-9 e 9-10. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: mecânica. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 1. Capítulo 7, seção 7.3 e capítulo 9, seção 9.3. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I Sears & Zemansky: Mecânica. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 7, seções 7.1 a 7.4. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 6, seção 6.6. Objetivo Determinar experimentalmente o coeficiente de restituição de uma bola de borracha em colisões com o solo. Material • Bola de borracha • Fita métrica • Fita crepe Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 45 Procedimento 1. Prenda a fita métrica na parede com a fita crepe. A ponta superior da fita métrica deve ficar a uma distância de aproximadamente 2 metros do chão (ℎ0). 2. Largue a bola de borracha dessa altura e determine a altura que ela atingiu após a colisão. Treine esse procedimento algumas vezes. Tente que a bola descreva uma trajetória perpendicular ao chão na queda e na subida. 3. Anote o valor atingido pela bola após a colisão. Repita o procedimento 5 vezes, determinando 5 valores para ℎ1. Encontre o valor médio de ℎ1 e o erro padrão da média para esse conjunto de dados. 4. Agora abandone a bola da altura ℎ1. Anotea altura atingida pela bola, ℎ2. Repita o procedimento 5 vezes para determinar o valor médio de ℎ2 e o erro padrão da média para esse conjunto de dados. 5. Repita os procedimentos até obter pelo menos a altura atingida após 6 colisões, ℎ6. 6. Note que se a bola fosse abandonada de ℎ0 e quicasse 𝑛 vezes, a altura atingida seria ℎ𝑛. O motivo de repetir o procedimento 5 vezes para cada altura ao invés de deixar a bola quicar seguidamente é possibilitar a medida da altura atingida após cada colisão. A medida direta das alturas após cada colisão seria muito imprecisa com o procedimento disponível. 7. Utilizando a relação obtida a partir de (5) 𝑟2 = ℎ1 ℎ0 = ℎ2 ℎ1 = ℎ3 ℎ2 = ℎ4 ℎ3 = ⋯ = ℎ𝑛 ℎ𝑛−1 Demonstre que: ℎ𝑛 = ℎ0𝑟 2𝑛 8. Faça um gráfico de ℎ𝑛 em função de 𝑛. Esse gráfico é linear? 9. Proponha uma linearização e faça um novo gráfico a partir da proposta feita. Fazendo uma regressão linear neste novo gráfico, determine, a partir dos parâmetros obtidos, qual é o coeficiente de restituição da bola (e sua incerteza). 10. A partir dos parâmetros do ajuste, calcule ℎ0 com sua respectiva incerteza e compare com o valor inicial. 11. Com o coeficiente obtido, calcule o percentual de energia mecânica conservado após cada colisão (não é necessário calcular a incerteza). Bibliografia CAMPOS, Agostinho Aurélio, ALVES, Elmo Salomão, SPEZIALI, Nivaldo Lúcio, Física Experimental Básica na Universidade 2. ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009. <http://www.fisica.ufmg.br/~lab1/roteiros_2013/Colisao_Inelastica.pdf> Acesso em 02 ago 2017. http://www.fisica.ufmg.br/~lab1/roteiros_2013/Colisao_Inelastica.pdf Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 46 Rolamento e Momento de Inércia Introdução O grupo deve procurar compreender o movimento de rolamento. No caso ideal, considera- se um corpo que combina o movimento de rotação com o de translação, sem deslizamento. Nesse cenário é fácil associar as grandezas angulares e lineares para descrição do movimento. Como descrever o movimento linear (posição, velocidade e aceleração lineares) e o movimento angular (posição, velocidade e aceleração angulares)? Como relacionar essas grandezas? Estude o movimento de um objeto que desce um plano inclinado com rotação e sem deslizamento. Discuta o papel do atrito nesse movimento. Além do diagrama de forças e das equações do movimento, estude também a conservação da energia. A energia potencial gravitacional que o corpo possuía quando estava na posição mais alta do plano inclinado se transforma em dois tipos de energia cinética a medida que ele desce. Enuncie a conservação da energia para esse caso. No estudo das rotações, precisamos conhecer o momento de inércia dos móveis. Como calcular esse momento? Qual o seu valor para um cilindro oco e um cilindro maciço? Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: mecânica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 1. Capítulo 10. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: mecânica. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 1. Capítulo 12. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I Sears & Zemansky: Mecânica. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 9. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 8. Objetivo Estudar o movimento de rotação, o momento de inércia e a conservação da energia mecânica. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 47 Material • Plano inclinado regulável (1). • Cilindro oco e cilindro maciço (3). • Manuais do paquímetro, sensor e multicronômetro. • Haste para fixar os sensores. • 5 Sensores fotoelétricos (2). • Multicronômetro. • 5 Cabos mini-DIN. • Balança. • Paquímetro. Procedimento 1. Ler o manual do equipamento para fazer uso correto do sensor e do multicronômetro. 2. Observar se a montagem está conforme a figura 1. Usaremos 5 sensores ao invés de apenas 2. Os sensores devem estar aproximadamente igualmente espaçados entre a posição 50 mm da escala e 400 mm. Cada sensor deve ser conectado a uma porta do multicrômetro com um cabo mini DIN. Atenção para ligar os sensores na sequência correta, colocando o sensor mais próximo do topo na primeira porta. Figura 1 – Montagem experimental para estudar rolamento de corpos rígidos. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 48 Figura 2 – Posição do corpo de prova em relação à canaleta. 3. Anotar a posição de cada sensor com sua respectiva incerteza. 4. Regular o plano usando o parafuso da base para um ângulo de aproximadamente 7°. Anotar esse ângulo e sua incerteza. 5. A altura da haste (e, consequentemente dos sensores) pode ser regulada. Verificar se o faixo luminoso emitido pelo sensor está interceptando os cilindros aproximadamente no seu centro. 6. Usando a balança, determinar a massa (e a incerteza) dos cilindros. 7. Usando o paquímetro, determinar os diâmetros dos dois cilindros e a espessura do cilindro oco. 8. Usando os dados, calcular o momento de inércia (com incerteza) de cada corpo. 9. Calcular usando a conservação da energia mecânica a velocidade que os objetos deveriam alcançar ao passar pelo último sensor fotoelétrico, se forem abandonados do repouso imediatamente antes do primeiro sensor (não é necessário calcular incerteza). 10. Configurar o multicronômetro na função F1 2 a 5 sens. Escolher 5 sensores. 11. Colocar o primeiro objeto ao lado da canaleta (ver figura 2) do plano inclinado, imediatamente antes do sensor. Liberar a partir dessa posição. 12. Com os dados de posição e de tempo (registrados pelo cronômetro), montar uma tabela e depois, no programa SciDAVis, um gráfico de posição em função do tempo. O primeiro dado de tempo é o intervalo gasto do primeiro ao segundo sensor. Dessa forma, o tempo igual a zero coincide com a posição do primeiro sensor. 13. Ajustar um polinômio de segunda ordem aos dados. 14. Escreva o valor dos parâmetros encontrados no ajuste, com suas respectivas unidades e incertezas. 15. Discuta o significado físico dos parâmetros do ajuste. 16. A partir da função posição em função do tempo, obter a função velocidade em função do tempo. 17. Calcular a velocidade do objeto ao passar pelo último sensor e comparar com o valor previsto. Calcular também a velocidade angular (não é necessário incerteza). 18. Repetir os passos 9 a 14 para o outro objeto. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 49 19. Quando os objetos chegam na base do plano, qual a porcentagem da energia cinética é translacional e qual porcentagem é rotacional (também não é necessário incerteza)? Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 50 Conservação da Energia Mecânica – Queda Livre Introdução A conservação da energia é um princípio que os físicos têm observado na natureza. Para um sistema fechado, uma certa quantidade de energia pode ser transformada de um tipo em outro, mas a quantidade total de energia no sistema deve permanecer constante. A energia mecânica de um sistema é definida como sendo a soma das energias potenciais (𝑈) e cinética (𝐾) de todos os corpos que constituem o sistema. 𝐸𝑚𝑒𝑐 = 𝐾 + 𝑈 (1) Se no sistema atuarem apenas forças conservativas, a energia mecânica permanecerá constante. Neste caso, a conservação da energia pode ser expressa, entre o estado inicial e o final, da seguinte forma: 𝐾𝑖 + 𝑈𝑖 = 𝐾𝑓 + 𝑈𝑓 (2) Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: mecânica.9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 1. Capítulo 8. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: mecânica. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 1. Capítulo 7. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I Sears & Zemansky: Mecânica. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 7. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 7. Objetivo Estudar a conservação da energia mecânica em um objeto em queda livre. Material • Suporte para estudo de queda livre com tripé e saco coletor (1). • Disco adesivo preto • Pino fixador. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 51 • Objeto cilindro de massa aproximada de 23 g (corpo de prova). • Paquímetro. • Multicronômetro (2). • Manual do multicronômetro e do paquímetro. Procedimento 1. Ler o manual do equipamento para fazer uso correto do paquímetro, do sensor e do multicronômetro. 2. Observar se a montagem está conforme a figura 1. Se não estiver, solicitar ajuda. Utilizar o disco adesivo preto para cobrir o orifício central do corpo de prova, de forma que ele fique totalmente opaco à luz. 3. Com o paquímetro, determinar o diâmetro do objeto. 4. Considerar a massa como sendo 𝑚 = (23 ± 1)𝑔. 5. Usando o pino fixador, prender o corpo de prova no topo do suporte, sem furar o adesivo. Veja a figura 2. O suporte tem dois furos, usar o furo mais interno. Figura 1 – Montagem experimental para estudar a conservação da energia mecânica no movimento de queda livre. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 52 Figura 2 – Fixação do corpo de prova ao suporte. 6. O multicronômetro deve ser usado na função F2 Vm 1 sensor. Selecione a opção inserir largura e coloque o valor obtido com o paquímetro para o diâmetro do disco (o valor deve ser inserido em milímetros, consulte o manual em caso de dúvidas). O sensor irá calcular a velocidade média com a qual o corpo de prova passa pela sua posição. 7. Determine a posição inicial da parte mais baixa do corpo de prova quando afixado ao topo do suporte conforme a figura 2. Está será a altura inicial, ℎ𝑖. 8. Quando o corpo de prova tiver passado inteiramente pelo sensor, qual será a posição de sua parte mais baixa? Essa será a altura final, ℎ𝑓. 9. Calcule a variação da energia potencial do objeto experimentada durante a queda entre os pontos inicial e final. Calcule a incerteza dessa variação. 10. Se for possível desconsiderar os efeitos da resistência do ar e possível rotação do corpo, a energia mecânica se conserva. Justifique esta afirmativa. Usando esse fato, calcule a velocidade do corpo ao atingir a posição final. 11. Compare com o valor medido pelo multicronômetro e comente. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 53 Mudança de Estado Físico da Água Introdução A matéria pode ser encontrada na natureza em diferentes estados de agregação. Os três estados mais comuns são o sólido, o líquido e o gasoso. O grupo deve procurar compreender a calorimetria do resfriamento (ou aquecimento) de uma substância pura e da transição de fase. O que caracteriza cada um desses processos? Qual é o comportamento esperado da temperatura durante a transição de fase? Qual o efeito de impurezas na temperatura de transição de fase se uma substância pura? Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: gravitação, ondas e termodinâmica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 2. Capítulo 18. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: Fluidos, Oscilações e Ondas. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 2. Capítulo 8. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física II Sears & Zemansky: termodinâmica e ondas. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 17. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulos 15 a 17. Objetivo Analisar a transição de fase entre líquido e sólido da água. Material • Tripé com mufas. • Tudo de ensaio. • 1 béquer de 250 mL • Água, gelo e sal. • Proveta de 10 mL. • Bandeja plástica. • Cabo mini-DIN • Sensor de temperatura (-50 °C a 150 °C). • Interface e computador. • Cabos de ligação • Espátula. • Agitador. • Termômetro. • 1 béquer de 50 mL. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 54 Procedimento 1. Verificar a montagem experimental. Você deverá encontrar o sistema já montado como na figura 1. Será usado um sensor apenas. 2. O sensor deverá estar conectado a interface e ela ao computador. Ligar a interface. 3. Abrir o software CidepeLab. Usando o manual de configuração, escolher e habilitar o sensor analógico de temperatura. Usar as ferramentas “Indicador” e “Grade de aquisição”. Figura 1 – Montagem experimental. 4. A aquisição será feita num tempo total de 400 s com amostragem de 5000 ms. 5. Com tudo pronto, acompanhe a indicação de temperatura medida pelo sensor. Adicione dentro do tubo de ensaio 10 mL de água. Tenha certeza que a água está cobrindo a ponta do sensor. 6. No béquer, adicionar sal grosso (usar o béquer pequeno para medir um volume de 50 mL de sal, aproximadamente). Colocar 50 mL de água e gelo. Não coloque o tubo de ensaio em contato com a água do béquer ainda. 7. Monitorar a temperatura da mistura com o termômetro de coluna líquida. É desejável que ela seja da ordem de -5 °C para realização do experimento. 8. Colocar o tubo de ensaio com sensor dentro do béquer. 9. Iniciar a aquisição de dados com o sensor. Durante a aquisição, use o agitador para misturar a solução do béquer. Cuidado para que o sensor dentro do tubo de ensaio não mude de posição. Continue monitorando a temperatura da solução de água, gelo e sal. 10. Após o término do experimento, salvar os dados obtidos. 11. Usando a ferramenta “Tabela”, obtenha os dados de temperatura em função do tempo. 12. Cole os dados no software SciDAVis e faça um gráfico de temperatura em função do tempo. 13. Analise o comportamento da temperatura. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 55 14. Este experimento é qualitativo. Usando o gráfico e seus conhecimentos de calorimetria e transição de fase, faça uma análise do fenômeno observado. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 56 Calor Específico de um Sólido – Método Seco Introdução Nesta prática, usaremos um calorímetro para medir o calor específico de um corpo de prova sólido. O grupo deve compreender o funcionamento do calorímetro e a equação básica para calcular o calor absorvido ou liberado por um corpo durante uma variação de temperatura. Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: gravitação, ondas e termodinâmica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 2. Capítulo 18. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: Fluidos, Oscilações e Ondas. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 2. Capítulo 8. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física II Sears & Zemansky: termodinâmica e ondas. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 17. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulos 15 a 17. Objetivo Determinar o calor específico de um corpo de prova sólido. Material • Calorímetro (4). • Balança. • Um corpo de prova de alumínio com orifícios para sensor. • Resistor de 24V. • Interruptor bipolar (5). • Cabos de ligação. • Pipeta pasteur graduada. • Manuais do sensor e software. • Glicerina ou vaselina líquida. • Tripé com hastes de apoio (1). • Sensor de temperatura (2). • Cabo mini-DIN • Interface (3). • Computador com software de aquisição de dados. • Fonte de alimentação digital (6). Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 57 Procedimento Figura1 – Montagem experimental 1. Tomar todas as precauções necessárias ao manipular corpos quentes, que podem causar acidentes. Qualquer dúvida chamar o professor. 2. Determinar a massa do corpo de prova de alumínio usando a balança. Anotar o valor com sua incerteza. 3. Inserir o corpo no calorímetro. O orifício central do calorímetro será usado para seu aquecimento pois ali será introduzido o aquecedor. Usando a pipeta pauster, coloque algumas gotas de glicerina no orifício para garantir bom contato térmico entre aquecedor e corpo de prova. 4. Coloque uma gota de glicerina no orifício lateral (onde será introduzido o termopar para aquisição da temperatura). Caso já haja glicerina nos orifícios, não é necessário adicionar mais. 5. Introduza a resistência e o termopar (sensor de temperatura) no corpo de prova. O aquecimento será feito através da passagem de corrente elétrica por um elemento resistivo, regulado pela fonte de tensão. 6. Configurar o software de aquisição de dados conforme manual. Será feito um experimento de aquecimento em função do tempo com duração total de 10 minutos. A amostragem deve ser de 1000 ms. Será usada a ferramenta grade de aquisição com o sensor de temperatura (-50 °C a 150 °C) Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 58 7. A fonte deve estar conectada a um interruptor e este ao aquecedor. Chame o professor para conferir a ligação antes de ligar a fonte. 8. Conferir se a chave interruptora se encontra na posição desligada. 9. Com as conexões feitas corretamente, girar os botões reguladores de corrente e tensão até o valor mínimo. Ligar a fonte. 10. Girar o botão de corrente para o máximo. Ajustar o botão de tensão até aproximadamente 15 V. 11. Com todo o preparado realizado corretamente, ligar a chave interruptora. Aguardar 2 minutos para estabilização do sistema e iniciar a aquisição de dados. 12. Aguardar os 10 minutos de duração do experimento. Durante este período, anotar o valor que a fonte registra para a corrente e a tensão. Considerar a incerteza desses valores igual a 2%. 13. Calcular a potência dissipada pelo aquecedor. Lembrar que 𝑃 = 𝑉𝐼, com a tensão medida em volts e a corrente em ampères. Calcular a incerteza da potência. 14. Após terminar a aquisição de dados, salvar a tabela obtida (de temperatura em função do tempo). 15. Arraste os dados adquiridos para a ferramenta tabela. Copie os dados e cole no software SciDAVis. Antes, dimensione a tabela para o número de linhas necessários. 16. A partir dos dados importados, construa um gráfico de temperatura em função do tempo. O comportamento é linear? 17. Usando o valor da potência do aquecedor, transforme esse gráfico em energia (calor) em função da diferença de temperatura. Para obter a diferença de temperatura, subtraia a temperatura inicial (primeiro dado da coluna de temperatura) de todos os outros valores registrados. Utilize as opções do SciDAVis para isso. 18. Faça uma regressão linear. 19. Escreva o valor dos parâmetros encontrados no ajuste, com suas respectivas unidades e incertezas. 20. Discuta o significado físico dos parâmetros do ajuste. 21. Usando os dados da reta, calcule o calor específico do sólido e sua respectiva incerteza. Qual o efeito de desprezar o calor absorvido pelo calorímetro e perdido para o ambiente? 22. Compare com o valor esperado para o alumínio, 𝑐𝐴𝑙 = 0,900 𝐽 𝑔∙𝐾 (HALLIDAY, 2012). Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 59 Calor Específico de um Sólido – Troca de Calor com a Água Introdução Nesta prática, usaremos um calorímetro para medir o calor específico de um corpo de prova sólido. O grupo deve compreender o funcionamento do calorímetro e a equação básica para calcular o calor absorvido ou liberado por um corpo durante uma variação de temperatura. Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: gravitação, ondas e termodinâmica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 2. Capítulo 18. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: Fluidos, Oscilações e Ondas. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 2. Capítulo 8. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física II Sears & Zemansky: termodinâmica e ondas. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 17. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulos 15 a 17. Objetivo Determinar o calor específico de um corpo de prova sólido. Material • Calorímetro. • Balança. • Corpo de prova de alumínio com fio flexível e corpo de prova de cobre. • 2 Termômetros. • Cronômetro. • Agitadores. • Chapa aquecedora. • Proveta graduada. • Tripé com hastes de apoio. • Béquer. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 60 Procedimento 1. Tomar todas as precauções necessárias ao manipular corpos quentes, que podem causar acidentes. Qualquer dúvida chamar o professor. 2. Usando a balança, determinar as massas dos corpos de prova de alumínio e de cobre e suas incertezas. 3. Colocar o calorímetro vazio na balança e tarar após a leitura da massa. Adicionar água dentro do calorímetro com a proveta até que massa atinja cerca de 100 g. Anotar o valor da massa de água e sua incerteza. Retirar o calorímetro com água e desligar a balança. 4. Tampar o calorímetro e inserir o termômetro no local apropriado. 5. Aguardar 3 minutos e medir a temperatura inicial, 𝑇0𝐴, do calorímetro com água (com incerteza). 6. Coloque aproximadamente 200 𝑚𝐿 de água no béquer. 7. Colocar o béquer com a água e o corpo de prova de alumínio sobre a chapa aquecedora. Colocar o fio flexível do corpo de prova apoiado na haste horizontal do tripé para que seja possível retirar o corpo de prova com segurança. 8. Ligue o aquecedor na potência máxima e aguarda a água entrar em ebulição. Usando o termômetro, medir a temperatura. Essa será a temperatura inicial do corpo de prova, 𝑇0𝑐 (anote também a incerteza). Cuidado para não encostar na chapa aquecedora! 9. Aguardar 3 minutos com a água em ebulição para garantir o equilíbrio térmico entre líquido e corpo de prova. 10. Retire o corpo de prova da água quente com cuidado. Mergulhe-o imediatamente no calorímetro com água fria. 11. Usando o agitador, movimente a água olhando atentamente o termômetro. 12. Acompanhe a escala do termômetro e anote a temperatura de equilíbrio final do sistema, 𝑇𝐹 (com incerteza). 13. Considerando que todo o calor que saiu do corpo de prova foi absorvido pela água, calcule o calor específico do sólido (com incerteza). Lembre-se que a incerteza de ∆𝑇 não é mesma incerteza da temperatura. 14. Considere que o calor específico da água é 𝑐 = (4,19 ± 0,10) 𝐽 𝑔∙𝐾 pois a água não é destilada. 15. Compare com o valor esperado para o alumínio, 𝑐𝐴𝑙 = 0,900 𝐽 𝑔∙𝐾 (HALLIDAY, 2012). 16. Se a capacidade térmica do calorímetro não tivesse sido desconsiderada, o valor encontrado seria maior ou menor? Por que? 17. Repetir os procedimentos 3 a 15 para o corpo de prova de cobre. Desligar a chapa aquecedora ao terminar. 18. Compare com o valor esperado para o cobre, 𝑐𝐶𝑢 = 0,386 𝐽 𝑔∙𝐾 (HALLIDAY, 2012). Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 61 Transformação Isotérmica Introdução Primeiramente, o grupo deve compreender o que é a pressão. Conceituar pressão atmosférica, pressão absoluta e pressão relativa. Depois o grupo deve estudar o modelo do gás ideal. Compreender as hipóteses nas quais ele se baseia e suas limitações. O gás ideal é um modelo simplificado de um gás real muito utilizado em físico-química. Comente sobre as aproximações feitas neste modelo e sua validade para gases reais. Quais as características de uma transformação isotérmica de um gás ideal? Se o volume inicial não for conhecido, podemosdeterminá-lo fazendo: 𝑉0 = ∆𝑉 ∆𝑝 (𝑝0 + ∆𝑝) (3) Demonstrar a equação (3). Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: gravitação, ondas e termodinâmica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 2. Capítulo 19. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: Fluidos, Oscilações e Ondas. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 2. Capítulo 9. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física II Sears & Zemansky: termodinâmica e ondas. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 19. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 18. Objetivo Analisar uma transformação isotérmica de um gás real. Material • Aparelho gaseológico com seringa, válvula e manômetro. • Interface e computador. • Cabos de ligação Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 62 • Um sensor de pressão absoluta (20 a 250 kPa, incerteza de 1,5%) • Termômetro Procedimento 1. Verificar a montagem experimental. O sensor deve estar conectado a interface e ela ao computador. 2. Ligar a interface. 3. Abrir o software CidepeLab. Usando o manual de configuração, escolher e habilitar o sensor analógico de pressão absoluta. Usar as ferramentas “Indicador” para verificar a leitura do sensor. Veja manual acessório para uso dos sensores e interface. 4. Medir a temperatura ambiente e anotar o valor com incerteza. 5. Abrir a válvula do sistema. Girar manípulo até o êmbolo atingir o ponto mais alto possível. Olhando o manípulo por cima e usando o espelho localizado abaixo dele, é possível contar quantas voltas são dadas. 6. Colocar o manípulo na indicação zero. Dar duas voltas no sentido horário. Fechar a válvula. 7. O volume inicial do gás, 𝑉0, é o volume confinado na seringa, tubos e conexões após o fechamento da válvula. 8. Leia o valor da pressão absoluta. Esse é o valor da pressão atmosférica local. Anote o valor com incerteza 9. Dar 4 voltas no manípulo no sentido horário. Este procedimento decresce o volume e aumenta a pressão do gás. Gire o manípulo lentamente para que a transformação seja isotérmica e não adiabática. Anote a pressão 𝑃1 obtida. 10. Cada 4 voltas no manípulo correspondem a uma variação de 1,80 mL. 11. Diminua o volume mais uma vez dando mais 4 voltas no sentido horário e registrando a pressão obtida. Repita o procedimento até que sejam feitas 7 reduções em relação ao volume inicial. Registre os dados em uma tabela. 12. Determine 𝑉0 usando a equação (3) para cada redução do volume. Considere a transformação entre o valor atual da pressão e o primeiro valor obtido. Desta forma, ∆𝑝 será cada vez maior e ∆𝑉 será o número de reduções do volume (4 voltas cada) multiplicado pela redução feita de cada vez (1,8 mL). 13. Calcule a média e a incerteza padrão com os valores obtidos. 14. Construa uma tabela de pressão e volume com os valores medidos. Nesse caso é o volume e não sua variação. Partindo do volume inicial médio calculado em 13, determine o volume de cada medição feita, subtraindo 1,8 mL do valor inicial para cada 4 voltas dadas no manípulo (não é necessário determinar a incerteza dos volumes). 15. A partir da tabela, construa um gráfico de pressão em função do volume (em unidades do Sistema Internacional). Esse gráfico apresenta comportamento linear? 16. A partir da lei dos gases ideais, linearize o gráfico. Indique claramente a operação feita. 17. No gráfico linearizado, faça uma regressão linear. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 63 18. Escreva o valor dos parâmetros encontrados no ajuste, com suas respectivas unidades e incertezas. 19. Discuta o significado físico dos parâmetros do ajuste. 20. Encontre o número de mols (com incerteza) do gás a partir do gráfico. 21. Comente sobre a validade da lei dos gases ideais para o gás real. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 64 Dilatação de um Corpo de Prova Introdução O grupo deve entender o fenômeno da dilatação linear de sólidos e explicar a relação matemática que permite relacionar variação de temperatura com variação de comprimento. Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: gravitação, ondas e termodinâmica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 2. Capítulo 18. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: Fluidos, Oscilações e Ondas. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 2. Capítulo 7. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física II Sears & Zemansky: termodinâmica e ondas. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 17. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 15. Objetivo Determinar o coeficiente de dilatação linear de um corpo de prova de cobre. Analisar a dependência da dilatação com o comprimento inicial do corpo de prova. Material • Suporte com tripé e haste. • Caldeira. • Multímetro com termopar. • Aquecedor elétrico. • Água. • Dilatômetro com linear com medidor de dilatação e batente móvel. • Corpo de prova de cobre. • Ductos flexíveis para conexão de vapor d’água. • Recipiente para coletar o vapor condensado. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 65 Procedimento 1. Os equipamentos usados nesta prática são sensíveis e não devem ser utilizados de forma incorreta. Chamar o professor caso haja qualquer dúvida. Ler com atenção todas as instruções a seguir antes de começar. 2. A caldeira contém água que será aquecida até haver a formação de vapor. Não encostar na caldeira, no corpo de prova, nos ductos e no aquecedor elétrico após o último ter sido ligado. Atenção e cuidado ao manipular partes aquecidas para não causar acidentes. 3. Você encontrará o corpo de prova já montado no dilatômetro e as conexões já feitas. Não modifique nada além do que for pedido neste roteiro. 4. A montagem inicial deve ser como a da figura 1. A saída da caldeira deve estar conectada ao corpo de prova através do ducto flexível como na figura. Na outra ponta, o ducto para saída de vapor deve estar conectado também. Colocar um recipiente para coletar o vapor condensado nesta saída. 5. Ajuste o batente móvel de fim de curso para que fique na posição zero. Veja a figura 2. O batente pode ser movido folgando o parafuso e pode ser fixado na posição zero apertando o parafuso. 6. Para escolher o comprimento inicial do corpo de prova, use as garras de metal com parafuso (mufas), conforme a figura 3. 7. Há 4 mufas, sendo a mais externa na posição de 500 mm e a mais interna na posição de 300 mm. Ao se fixar o corpo de prova com o parafuso em uma determinada mufa, determina- se o comprimento inicial. Na figura 3, a mufa usada é a correspondente a posição de 500 mm. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 66 Figura 1 – Montagem experimental. 8. Fixe o parafuso na última mufa, posição de 500 mm. 9. Determine a medida do comprimento inicial do corpo de prova 𝐿0, distância entre o centro do guia com mufa escolhido até o medidor. Anote o valor com incerteza. 10. Conecte o termopar no multímetro. Fique atendo para as marcações no encaixe e no multímetro para conectá-lo corretamente. Gire o seletor para a indicação de temperatura. Você verá na tela a temperatura, em graus Celsius, medida pelo termopar. Considere a incerteza desta medida de um grau Celsius. A incerteza do termopar é de ±1℃. 11. Insira o termopar no ducto para exaustão do vapor até que ele esteja na entrada do corpo de prova de cobre. 12. A temperatura indicada pelo termopar é a temperatura inicial, associada com o comprimento inicial que você já mediu. Anote esta temperatura, 𝑇0, com sua respectivaincerteza. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 67 Figura 2 – Ajuste do batente móvel de fim de curso para que fique na posição zero. Na ilustração, o batente não está na posição zero. O parafuso deve ser afrouxado, o batente movido até que se alinhe com o zero da régua milimetrada e, finalmente, fixado com o parafuso nesta posição. 13. O medidor com ponteiro medirá a dilatação da parte do corpo de prova entre o zero do batente móvel e a mufa fixadora escolhida. Para facilitar a medida, gire o anel metálico do medidor para posicionar o ponteiro inicialmente sobre o zero. Observe o medidor, entenda sua escala. Ele permitirá a determinação do ∆𝐿 do corpo de prova. Qual a incerteza deste aparelho de medida? 14. Após zerar o medidor de comprimento, não toque mais no dilatômetro e corpo de prova. Evite encostar na bancada até a finalização do experimento. 15. Ligue o aquecedor elétrico sob a caldeira girando seu indicador de temperatura até o máximo. 16. Aguarde até que a água entre em ebulição e vapor circule por dentro do corpo de prova. Não toque em nenhum componente da caldeira, dilatômetro e corpo de prova. Isso irá alterar o resultado do experimento e pode causar queimaduras. 17. Quando o vapor começar a circular, a temperatura indicada pelo termopar irá se elevar. Observe (sem encostar) o ponteiro o medidor de comprimento. Quando a temperatura no termopar e o ponteiro do medidor se estabilizarem, terá sido estabelecido equilíbrio térmico entre o vapor e o corpo de prova. Anote a temperatura indicada pelo termopar, 𝑇𝐹, e a variação de comprimento indicada no medidor, ∆𝐿. Anote também as incertezas. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 68 Figura 3 – Mufas para fixação do corpo de prova e determinação do comprimento inicial. 18. Desligue o aquecedor elétrico girando o seletor de temperaturas até o zero. 19. Aguarde que o vapor pare de circular e que o corpo de prova atinja uma temperatura inferior a 40 °C. 20. Mude a mufa de fixação do corpo de prova para a posição mais próxima de 300 mm. 21. Repita o procedimento para essa posição inicial. Anote os novos valores de comprimento e temperatura iniciais. 22. Circule o vapor e anote os novos valores de temperatura final e variação de comprimento. 23. Desligue a caldeira. Remova o termopar da montagem e desligue o multímetro. 24. Usando os valores medidos, determine o coeficiente de dilatação linear do cobre para os dois comprimentos iniciais com suas respectivas incertezas. 25. Use o método de incerteza padrão combinada nos seus cálculos. Lembre-se que a incerteza de ∆𝑇 não é a mesma da temperatura. 26. Compare os dois valores encontrados com o valor fornecido em HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física. Vol. 2. 9 ed. Rio de Janeiro: LTC. 27. Discuta as diferenças entre os valores encontrados e possíveis fontes de erros nos experimentos. 28. Lembrete: toda medida realizada deve vir acompanhada da sua incerteza. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 69 Movimento Harmônico Simples – Função Horária da Posição Introdução Os sistemas constituídos por uma massa acoplada a uma mola são de grande importância na física e servem de modelo para vários sistemas reais mais complexos. Se uma força provoca uma deformação em uma mola e essa deformação é pequena e transitória, podemos aplicar a Lei de Hooke. Esta equação estabelece uma relação linear entre a força e a deformação (alongamento ou compressão a partir do ponto de equilíbrio 𝑥 = 0 da mola). Para deformações muito grandes ou sistemas elásticos mais complexos, a relação pode não ser linear. Para uma mola helicoidal como a que será usada no experimento, dentro do limite de forças aplicadas usadas nesta prática, a relação será conforme a lei de Hooke. A constante de proporcionalidade entre força e deformação, 𝑘, é chamada constante elástica da mola. Ela determina a “ dureza” da mola. Para aplicações, deve ser escolhido em cada caso uma mola com 𝑘 apropriado. Figura 1 – Primeiro, o sistema massa-mola em repouso, na posição de equilíbrio. Ao se deslocar a massa para a direita, aparece uma força restauradora para a esquerda. O sistema oscila entre os pontos -x e +x. Ao se deslocar o sistema massa-mola de sua posição de equilíbrio, ele executará um movimento harmônico simples (MHS). Se as forças dissipativas forem desprezíveis, a única força atuante na massa será dada pela lei de Hooke. Usando a segunda lei de Newton, obtenha a equação diferencial para o movimento harmônico simples. Escreva uma solução para essa equação e defina os parâmetros amplitude, frequência angular e ângulo de fase do MHS. De que parâmetros Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 70 a frequência do MHS dependerá? Como a frequência angular se relaciona com o período e a frequência? Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: gravitação, ondas e termodinâmica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 2. Capítulo 15. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: Fluidos, oscilações, ondas, calor. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 2. Capítulo 3. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I Sears & Zemansky: termodinâmica e ondas. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 13. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 19. Objetivo Analisar uma MHS com auxílio de um sensor de posição e determinar a função horária do movimento. Material • Tripé com haste horizontal para fixação da mola. • Mola helicoidal. • 3 Massas de aproximadamente 50 g. • Régua graduada. • Manuais dos equipamentos. • Balança. • Suporte para mola. • Suporte para as massas. • Sensor de posição ultrassônico • Cabos de ligação. • Computador com software de aquisição de dados Procedimento 1. Coloque a régua no suporte, veja a figura 2 para executar a montagem. 2. O sensor de posição, objeto semelhante a um pequeno alto-falante, deve estar fixado numa haste na parte de baixo da montagem. A régua e a mola devem ser suspensas no suporte, conforme a figura 2. A régua não pode ficar no caminho do sensor. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 71 3. Usando a balança, determine a massa (e sua incerteza) do conjunto formado pelo suporte com as três massas de 50 g. 4. Dependure as massas na mola. Veja a figura 2. As massas devem ficar diretamente acima do sensor. 5. O sensor deve estar conectado a interface e esta deve estar conectada ao computador. 6. Configure o programa de aquisição de dado para utilizar o sensor ultrasom1_5m. Siga as instruções no manual a parte. Figura 2 – Montagem experimental para estudo do MHS com sensor. 7. Configure a amostragem para 2 ms, o tempo total para 10 s e clique para selecionar a opção de aplicar filtro ao sinal (ferramenta osciloscópio do software). 8. Ligue o conjunto no botão localizado na interface (o sensor emite ruído quando ligado). 9. Desloque as massas aproximadamente 25 mm da posição de equilíbrio e solte o conjunto. Observe a oscilação resultante. O ideal é que ela seja no eixo vertical, com o mínimo possível de oscilação lateral. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 72 10. Apertando o botão “play” no osciloscópio do software, adquira os dados da posição em função do tempo do conjunto. 11. Após os 10 segundos de aquisição, o resultado pode ser visualizado usando a ferramenta gráfico. 12. Arraste os dados adquiridos para a ferramenta tabela. Copie os dados e cole no software SciDAVis. 13. A partir dos dados importados, construa um gráfico de posição em função do tempo. 14. Usando a ferramenta “data reader”, determine a posição y de16 picos e vales consecutivos (8 picos e 8 vales). Calcule a amplitude para cada par de picos e vales. A partir desses dados, usando a média e a incerteza padrão, determine a amplitude do movimento com incerteza. Organize os valores em uma tabela. 15. Usando a mesma ferramenta, determine o tempo em que aconteceram 10 picos consecutivos. Também usando média e incerteza padrão, determine o período do movimento com sua respectiva incerteza. Organize os valores em uma tabela. 16. Escreva a equação do movimento considerando o ângulo de fase nulo. 17. Determine também o valor da constante elástica da mola com sua respectiva incerteza. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 73 Movimento Harmônico Simples - Determinação da Constante Elástica de uma Mola Introdução Os sistemas constituídos por uma massa acoplada a uma mola são de grande importância na física e servem de modelo para vários sistemas reais mais complexos. Se uma força provoca uma deformação em uma mola e essa deformação é pequena e transitória, podemos aplicar a Lei de Hooke. Esta equação estabelece uma relação linear entre a força e a deformação (alongamento ou compressão a partir do ponto de equilíbrio) 𝑥 = 0 da mola. Para deformações muito grandes ou sistemas elásticos mais complexos, a relação pode não ser linear. Para uma mola helicoidal como a que será usada no experimento, dentro do limite de forças aplicadas usadas nesta prática, a relação será conforme a lei de Hooke. A constante de proporcionalidade entre força e deformação, 𝑘, é chamada constante elástica da mola. Ela determina a “ dureza” da mola. Para aplicações, deve ser escolhido em cada caso uma mola com 𝑘 apropriado. Figura 1 – Primeiro, o sistema massa-mola em repouso, na posição de equilíbrio. Ao se deslocar a massa para a direita, aparece uma força restauradora para a esquerda. O sistema oscila entre os pontos -x e +x. Ao se deslocar o sistema massa-mola de sua posição de equilíbrio, ele executará um movimento harmônico simples (MHS). Se as forças dissipativas forem desprezíveis, a única força atuante na massa será dada pela lei de Hooke. Usando a segunda lei de Newton, obtenha a equação diferencial para o movimento harmônico simples. Escreva uma solução para essa equação e defina os parâmetros amplitude, frequência angular e ângulo de fase do MHS. De que parâmetros Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 74 a frequência do MHS dependerá? Como a frequência angular se relaciona com o período e a frequência? Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: gravitação, ondas e termodinâmica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 2. Capítulo 15. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: Fluidos, oscilações, ondas, calor. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 2. Capítulo 3. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I Sears & Zemansky: termodinâmica e ondas. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 13. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 19. Objetivo Determinar a constate elástica de uma mola helicoidal analisando um MHS. Material • Tripé com haste horizontal para fixação da mola. • Mola helicoidal. • 3 Massas de aproximadamente 50 g. • Régua graduada transparente. • Manuais dos equipamentos. • Balança. • Conjunto contrapeso com pino central • Suporte para mola com ponteiro. • Sensor fotoelétrico • Multicronômetro • Hastes ativadoras. Procedimento 1. Coloque a régua no suporte, veja a figura 2 para executar a montagem. 2. Usando a balança, determine a massa (e sua incerteza) do conjunto formado pelo conjunto contrapeso, hastes ativadoras e massas de 50 g. 3. Coloque a mola no segundo espaço do suporte horizontal. 4. Intercale as massas com as hastes ativadoras, conforme a figura 3. Dependure o conjunto de suporte, hastes e massas na mola. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 75 5. Regule a posição do sensor para que uma das hastes ativadoras esteja exatamente sobre o indicador do sensor, que fica na parte interna da haste horizontal. Veja a figura 3. 6. A outra haste deve permitir a leitura da posição do conjunto usando a régua transparente. Cuidado para que as hastes não toquem no restante da montagem. Figura 2 – Montagem experimental para cálculo da constante elástica de uma mola. Figura 3 – Montagem das massas e hastes ativadoras. Posição em relação ao sensor. 7. Leia e anote a posição inicial do conjunto, quando em equilíbrio. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 76 8. O multicronômetro deve ser usado na função F4 Pend/MHS 1 Sens. Leia o manual para mais informações. 9. Empurrando o suporte para cima com os dedos, desloque o sistema do equilíbrio de um valor entre 10 mm e 20 mm. Libere o conjunto para oscilar. 10. Usando o multicronômetro, adquira dados de período e frequência do movimento. O multicronômetro gravará 10 medidas consecutivas. Faça uma tabela com esses valores. 11. Calcule o período e sua respectiva incerteza. Faça o mesmo para a frequência. 12. Lembrando que 𝜔 = 2𝜋𝑓 = 2𝜋 𝑇 , calcule a constante elástica da mola com sua respectiva incerteza. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 77 Pêndulo Simples e Pêndulo Físico Introdução Um pêndulo simples é constituído por um objeto de massa 𝑚 suspenso por um fio de comprimento 𝑙 e massa desprezível. Afastado da sua posição de equilíbrio (a vertical), o pêndulo passará a executar oscilações. As forças que agem na massa são seu peso (𝑚𝑔) e a tensão 𝑇 no fio, conforme a figura 1. Figura 1 – Pendulo simples: diagrama de forças A componente tangencial da força resultante no pêndulo é: −𝑚𝑔 sin 𝜃 (1) Igualando a equação (1) com a segunda lei de Newton, usando a aceleração tangencial: 𝑚𝑎𝑡 = −𝑚𝑔 sin 𝜃 (2) Lembrando que a aceleração é a derivada segunda da posição em função do tempo e usando considerações geométricas, mostre que é possível escrever (2) na forma abaixo. 𝑑2𝜃 𝑑𝑡2 = − 𝑔 𝑙 sin𝜃 (3) A força restauradora expressa na equação (2) não é linear com a posição e, portanto, não dá origem a um Movimento Harmônico Simples (MHS). Mas para pequenos valores do ângulo de abertura 𝜃, pode-se usar a aproximação: sin 𝜃 ≈ 𝜃 (4) Neste caso, a equação diferencial do pêndulo e a frequência angular e período do MHS serão: Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 78 𝑑2𝜃 𝑑𝑡2 = − 𝑔 𝑙 𝜃 (5) E 𝜔 = √ 𝑔 𝑙 , 𝑇 = 2𝜋√ 𝑙 𝑔 (6) Figura 2 – Pêndulo físico. Um outro caso mais próximo da realidade é o do pêndulo físico, que pode ser qualquer objeto rígido suspenso por um ponto P e capaz de girar livremente em torno de um eixo horizontal que passa por este ponto (veja a figura 2). Considere que o centro de gravida, G, fica situado a uma distância h do ponto P. Se o pêndulofor desviado de um ângulo 𝜃 em relação a vertical, o torque provocado pelo peso será: 𝜏 = −𝑀𝑔ℎ sin𝜃 (7) Seja 𝐼 o momento de inércia do objeto com relação ao eixo que passa por P. A equação do movimento pode ser escrita como: 𝐼𝛼 = 𝐼 𝑑2𝜃 𝑑𝑡2 = 𝜏 = −𝑀𝑔ℎ sin𝜃 (8) Na qual foi usada a segunda lei de Newton para rotações. Comparando (8) com (5), tem-se a mesma equação com 𝐿 = 𝐼 𝑀ℎ (9) Calculando o momento de inércia do pêndulo simples, mostre que ele é um caso particular do pêndulo físico. Mostre também como fica a frequência angular das oscilações do pêndulo físico. O ponto O, que fica a uma distância 𝐿 do ponto P, é o centro de oscilação do pêndulo físico. Se toda a massa do pêndulo físico, M, fosse concentrada em O e ligada à P por um fio ideal, seria obtido um pêndulo simples equivalente. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 79 Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: gravitação, ondas e termodinâmica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 2. Capítulo 15. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: Fluidos, oscilações, ondas, calor. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 2. Capítulo 3. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I Sears & Zemansky: termodinâmica e ondas. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 13. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 19. Objetivo Determinar a aceleração da gravidade local. Comparação do pêndulo simples com o pêndulo físico. Material • Tripé com ponto de fixação para o corpo de prova • Corpo de prova (régua retangular transparente) • Pêndulo simples. • Balança. • Trena ou fita métrica. • Suporte no tripé para fixação do pêndulo simples, como manivela reguladora de comprimento. • Cronômetro Procedimento Parte I – Determinação da aceleração da gravidade 1. Usando a manivela, deixe o pêndulo simples com comprimento máximo. Apoie o tripé na borda da bancada. 2. Meça o comprimento do pêndulo simples. O cilindro tem uma marcação no centro de massa. Meça o comprimento do fio incluindo o corpo de prova até esta marcação. 3. Coloque o pêndulo para oscilar, deslocando-o pouco em relação a vertical (~ 10°) para que a aproximação (4) funcione bem. A oscilação deve ser em um plano (e não circular). 4. Meça, com o cronômetro, o tempo que o pêndulo leva para executar dez oscilações completas. Este valor corresponde a 10 vezes o período T do pêndulo. 5. Encurte o pêndulo 8 cm. Repita o procedimento de determinação do período. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 80 6. Repita o procedimento quantas vezes forem possíveis Figura 3 – Montagem experimental. 7. Construa uma tabela de período em função do comprimento. Não se esqueça das incertezas. 8. Construa o gráfico de período em função do comprimento. Ele representa um comportamento linear? 9. Linearize a equação (6) e faça um novo gráfico e uma regressão linear. Inclua este gráfico também no relatório. Usando o resultado obtido na regressão, encontre o valor de g com sua respectiva incerteza. Como esse valor se compara ao valor esperado? Parte II – Determinação do momento de inércia de um pêndulo físico. 10. Agora fixe o corpo de prova retangular pelo ponto P. Não aperte demais para que ele oscile em torno de um eixo que passa por este ponto. Vamos considerar que a maior dimensão deste pêndulo tenha um comprimento 𝑎. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 81 11. Coloque o corpo de prova para executar pequenas oscilações, deslocando-o de sua posição de equilíbrio. Marque o tempo necessário para que ele execute 10 oscilações. A partir deste valor, calcule o período e sua respectiva incerteza. 12. Utilizando a balança, determine a massa do corpo de prova retangular. Meça as dimensões relevantes do corpo de prova com a trena (a altura pode ser considerada muito maior que largura e espessura). Combinando as equações (6) e (9), encontre o período de oscilação do pêndulo físico. Ele depende de 𝐼,𝑀, 𝑔, ℎ. Com o valor de período medido, o valor de g determinado na parte I e as medidas de 𝑀 e ℎ, determine o valor do momento de inércia do pêndulo físico (com sua incerteza). 13. Calcule qual deveria ser o valor de seu momento de inércia (com incerteza) em relação ao eixo P. Para tal, faça uma consulta bibliográfica e considere o corpo de prova uma barra fina girando em torno de um eixo perpendicular à maior dimensão. Use o teorema dos eixos paralelos, se necessário. Compare com o valor encontrado experimentalmente. 14. Esse procedimento é empregado para determinar o momento de inércia de um corpo quando é impossível ou inconveniente fazer os cálculos. Parte III – Determinação do centro de oscilação de um pêndulo físico. 15. Para o corpo de prova em questão, sendo 𝑎 sua maior dimensão, a distância OP é 2𝑎 3 e a distância OG é ℎ = 𝑎 2 . Mostre que o comprimento do pêndulo simples equivalente ao pêndulo físico é OP. 16. Usando a trena e manivela, coloque o corpo de prova do pêndulo simples suspenso por esta distância. Meça o tempo necessário para ele executar 10 oscilações (pequenas) e encontre o período. Lembre-se que o comprimento do pêndulo simples é medido do suporte até o chanfro do cilindro metálico. 17. Compare o período deste pêndulo simples com o medido para o pêndulo físico na parte II. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 82 Modos normais de vibração em uma corda Introdução Uma onda é uma perturbação em um meio que se propaga de um ponto a outro. A onda transporta energia, mas não transporta matéria. As ondas mecânicas são aquelas que se propagam em meios materiais, em oposição as ondas eletromagnéticas, que se propagam no vácuo. O grupo precisará entender como a velocidade de propagação de uma onda em uma corda se relaciona com a tensão e a densidade linear da corda. Também é necessário compreender o fenômeno de ressonância em uma corda presa pelas duas extremidades. Como se calcula a frequência dos modos fundamentais que apareceram na corda? Para uma corda presa pelas duas extremidades, desenhe a configuração do modo fundamental de vibração e dos dois primeiros harmônicos. Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: gravitação, ondas e termodinâmica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 2. Capítulo 16. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: Fluidos, Oscilações e Ondas. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 2. Capítulo 5. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física II Sears & Zemansky: termodinâmica e ondas. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 15. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 19. Objetivo Estudar os modos normais de vibração de uma corda. Material • Corda elástica branca. • Gerador de impulsos mecânicos. • Três massas de 50 g cada. • Cartolina escura. • Trena. • Suporte de 10 cm. • Balança. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 83 Procedimento 1. A montagem deve ser conforme a figura 1. Só mantenha a corda tracionada com as massas durante a realização do experimento. 2. Usando a balança, determine o valor da massa dos 3 discos e do suporte conjuntamente. Não esqueça da incerteza. 3. Prenda o suporte com as massas na extremidade livre da corda. 4. Meçacom a trena o comprimento da corda entre a extremidade presa no gerador de impulsos mecânicos e a roldana. Anote esse valor com sua respectiva incerteza. 5. Posicione a cartolina escura atrás da corda para facilitar a visualização. 6. Ajuste a amplitude do gerador para metade da escala. O gerador deve estar na posição F1 (gera impulsos até 125 Hz). 7. Ligue o gerador com a frequência no zero. Vá aumentando a frequência lentamente observando a corda. Anote a frequência na qual ocorreram os quatro primeiros harmônicos (𝑛 = 1 𝑎 𝑛 = 4). 8. Aumente a amplitude, se necessário. 9. Calcule, com incerteza, os valores de frequência esperados para o fundamental e os três primeiros harmônicos. Calcule também a velocidade de propagação de ondas nesta corda (com incerteza). 10. Considere 𝑔 = (9,80 ± 0,10)𝑚 𝑠2⁄ e 𝜇 = (2,5 ± 0,1) 𝑔 𝑚⁄ . 11. Compare os valores medidos e esperados e comente. Qual a incerteza dos valores calculados de frequência? Figura 1 – montagem experimental. Ao invés de apenas 1 massa, serão usadas 3 massas. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 84 Velocidade de Propagação de uma Onda Transversal em uma Mola Introdução Uma onda é uma perturbação em um meio que se propaga de um ponto a outro. A onda transporta energia, mas não transporta matéria. As ondas mecânicas são aquelas que se propagam em meios materiais, em oposição as ondas eletromagnéticas, que se propagam no vácuo. Existem dois tipos principais de ondas mecânicas: as ondas longitudinais e as transversais. O que caracteriza cada uma delas? As ondas que se propagam em um meio têm algumas de suas características, como frequência e amplitude, determinadas pelo gerador que dá origem à perturbação. Já sua velocidade de propagação depende de características do meio. Relacione as propriedades do meio com a velocidade de propagação da onda. Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: gravitação, ondas e termodinâmica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 2. Capítulo 16. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: Fluidos, oscilações, ondas, calor. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 2. Capítulo 5. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I Sears & Zemansky: termodinâmica e ondas. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 13. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 19. Objetivo Estudar a propagação de um pulso transversal em uma mola helicoidal. Material • Mola helicoidal de aço inoxidável longa. • Multicronômetro digital. • Dois sensores fotoelétricos. • Cabos de ligação e manual. • Trena. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 85 Procedimento 1. Estique a mola no chão. 2. Posicione os dois sensores na vertical. A mola deve passar entre nas hastes do sensor. As extremidades das molas devem ser tracionadas por dois alunos a uma distância de pelo menos 10 cm dos sensores. 3. Os alunos responsáveis por tracionar a mola devem puxar as extremidades com firmeza. Se a mola estiver “bamba”, o experimento não funcionará. Um dos alunos deverá deslocar a mola lateralmente na extremidade A da mola. Ao soltar a mola, se propagará por ela um pulso de onda transversal. Pratique algumas vezes criar o pulso, aplicando diferentes trações na mola. O aluno da extremidade B deverá apenas segurar essa extremidade tracionada. 4. A mola não pode derrubar os sensores quando o pulso se propagar. 5. O sensor 1, da extremidade A, dará início a contagem do tempo. Ele deve ser ligado na porta S0 do multicronômetro. 6. O sensor B finalizará a contagem do tempo e deverá ser ligado a porta S1 do multicronômetro. 7. Um terceiro aluno deverá operar o cronometro. Escolha a função F1 2 ou 5 sens do multicronômetro (com 2 sensores). 8. Com a mola tracionada e o aluno A deslocando lateralmente a mola (antes do sensor A), dê início ao experimento no multicronômetro. 9. O aluno A deverá liberar a mola, criando o pulso. Sem que os alunos A e B mudem a tração na mola, o aluno responsável pelo cronômetro deverá anotar o tempo que o pulso levou para percorrer a mola. 10. Repetir o procedimento mantendo a mesma tração 5 vezes e anotar os tempos. 11. Medir a distância entre os sensores. 12. De posse dos dados, calcular o tempo médio e sua incerteza para a propagação do pulso na tração menos intensa. Calcular então a velocidade de propagação e sua incerteza. 13. Agora os alunos A e B devem aumentar a tração na mola. Repetir os procedimentos para aquisição de 5 valores de tempo de propagação do pulso para essa nova tração. 14. Repetir o passo 12 para a tração de maior intensidade. 15. Comentar o resultados e comparar as velocidades obtidas. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 86 Balança de torção – Determinação do Módulo de Cisalhamento de um Fio Introdução O grupo irá trabalhar com uma balança de torção (ou pêndulo de torção). Ele deve apresentar em sua introdução o funcionamento desse equipamento e as relações matemáticas importantes. Esse equipamento é útil, por exemplo, na determinação do momento de inércia de objetos complexos. O pêndulo é composto por um fio e nele é conectado o objeto que se deseja determinar o momento de inércia. Provoca-se uma rotação no objeto que leve a torção do fio (diferente do movimento do pêndulo simples). Caso o momento de inércia do objeto seja conhecido, pode-se determinar propriedades do fio, como o módulo de cisalhamento. O pêndulo de torção realiza um movimento harmônico angular simples (MHAS). Ao contrário do pêndulo simples, que executa um movimento aproximadamente harmônico simples (para pequenas oscilações), o pêndulo de torção realiza um movimento realmente harmônico. A força restauradora surge da deformação de torção do fio e tende a trazê-lo para a posição não deformada. Essa força será diretamente proporcional ao ângulo de torção. Fazendo a correspondência entre as variáveis lineares e as variáveis angulares, podemos transformar as equações do MHS nas equações do MHAS. Acompanhe a discussão feita na seção 15-5 de HALLIDAY, 13.4 de YOUNG ou 3.3 de NUSSENZVEIG. A constante de restituição ou constante de elasticidade (𝜅) do MHAS pode ser associada a uma propriedade intrínseca do material do qual é feito o fio, o módulo de cisalhamento 𝐺: 𝐺 = 2𝐿𝜅 𝜋𝑟4 (1) na qual 𝐿 é o comprimento do fio, e 𝑟 é o raio. Associando esta equação com o período do MHAS, escreva uma relação para 𝐺 em função do período do pêndulo. Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: mecânica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 2. Capítulo 15. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: mecânica. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 2. Capítulo 3. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física I Sears & Zemansky: termodinâmica e ondas. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 13. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 87 Objetivo Estudar o MHAS e determinar o módulo de cisalhamento de um fio metálico. Material • Balança de torção. • Corpo de prova. • Balança • Cronômetro. • Régua. • Paquímetro Procedimento 1. Determinar a massa e sua incerteza do corpo de prova, usando a balança. 2. Determinar o comprimento e o diâmetro do corpo de prova. 3. O momento de inércia de um cilindro girando em torno de um eixo que passa pelo seu diâmetro central é dado por: 𝐼 = 𝑀𝑅2 4 + 𝑀𝐿2 12 (demonstre essa relação). Calcule o momento de inércia com sua respectiva incerteza. 4. Escolha um comprimento inicial do fio de aproximadamente 300 mm. Anote o valorcom sua incerteza, você criará uma tabela de período em função do comprimento. 5. Provoque uma pequena torção no corpo de prova. Usando o cronômetro, determine o tempo necessário para a execução de 10 ciclos completos e, a partir daí, o período do pêndulo. 6. Encurte o pêndulo de aproximadamente 50 mm e repita a medição do período. 7. Obtenha pelo menos 5 pares de comprimento e período. 8. Com esses dados, calcule 𝜅 para cada valor de T. 9. Faça um gráfico de 𝜅 em função de L. Proponha uma linearização para esses dados e construa o gráfico linearizado. 10. Faça uma regressão linear e calcule o módulo de cisalhamento do fio a partir dos parâmetros obtidos no ajuste. 11. Compare com o valor do aço obtido na literatura. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 88 Lei de Ohm Introdução A resistência elétrica é a oposição que um material oferece à passagem de corrente. Como ela se relaciona com tensão e corrente? A resistência é propriedade de um objeto. Já a resistividade é propriedade de um material. Como a temperatura altera a resistividade, altera também a resistência. O grupo deve entender a diferença entre esses dois conceitos e como estão relacionados. Os resistores são elementos de circuitos. Eles podem ser associados em série e em paralelo. Como determinar uma resistência equivalente em cada caso? Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: eletromagnetismo. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 3. Capítulos 26 e 27. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: Eletromagnetismo. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 3. Capítulos 6 e 10. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física II Sears & Zemansky: eletromagnetismo. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulos 25 e 26. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 23. Objetivo Determinar a resistência de um resistor ôhmico. Estudar associação em série e em paralelo de resistores. Material • Um resistor de 100 Ω • Um resistor de 460 Ω • 5 cabos flexíveis para ligação • Dois multímetros • Placa para montagem de circuitos elétricos de madeira • Fonte regulável de tensão contínua com indicador de corrente e tensão • Código de cores para identificação de resistores • Fio para ligação Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 89 Procedimento Parte I – Determinação da resistência de resistores comerciais Figura 1 – Montagem para a Parte I 1. Usando a tabela de cores para resistores, identificar o resistor de 100 Ω e o resistor de 460 Ω. Anotar a sequência de cores de cada um. 2. Vamos usar inicialmente o resistor de 100 Ω. 3. Com a fonte totalmente desligada, montar o circuito elétrico esquematizado na figura 1. O amperímetro deverá estar ligado em série no circuito e o voltímetro deve estar ligado em paralelo com o resistor. 4. NUNCA LIGUE O AMPERÍMETRO EM PARALELO COM OS ELEMENTOS DO CIRCUITO. ESCOLHA SEMPRE O MAIOR FUNDO DE ESCALA DISPONÍVEL PARA INICIAR A MEDIÇÃO. 5. A fonte deve estar regulada para 0 V. CHAME O PROFESSOR PARA VERIFICAR A LIGAÇÃO. Ligue a fonte. Gire o indicador até que ela forneça 0,5 V. Escolha o fundo de escala de 20 V para o voltímetro e o fundo de escala de 200 mA para o amperímetro. Desconecte os equipamentos antes de alterar a escala. 6. Aumente a tensão de 0,5 V em 0,5 V e construa uma tabela de tensão e corrente no circuito para valores entre 0,5 V e 3,0 V. 7. ATENÇÃO: NÃO ULTRAPASSE 3 V. NÃO DEMORE MUITO TEMPO FAZENDO AS MEDIDAS PARA EVITAR AQUECIMENTO DOS COMPONENTES. 8. Gire o indicador da fonte até 0 V, desligue a fonte e os multímetros. 9. Com os dados da tabela, construa um gráfico de tensão em função da corrente. Faça uma regressão linear. 10. Escreva o valor dos parâmetros encontrados no ajuste, com suas respectivas unidades e incertezas. 11. Discuta o significado físico dos parâmetros do ajuste. 12. A partir do gráfico, encontre o valor e a incerteza da resistência. Compare com o valor e a incerteza obtidos usando o código de cores. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 90 13. Troque para o resistor de 460 Ω. Repita os passos de 3 a 12. 14. O que é um resistor ôhmico? Para a faixa de tensão estudada, os resistores usados são ôhmicos? Parte II – Associação em série Figura 2 – Montagem para a Parte II 15. Monte o circuito esquematizado na figura 2. Use o resistor de 100 Ω e o de 460 Ω. 16. CHAME O PROFESSOR PARA VERIFICAR A LIGAÇÃO. Ligue a fonte, inicialmente com o botão virado para a posição 0 V. 17. Variando a tensão de 0,5V em 0,5 V, construa uma tabela de tensão em função e corrente. Montando como indicado na figura 2, o voltímetro mede a queda de tensão nos dois resistores juntos e o amperímetro a corrente total do circuito. 18. Construa um gráfico de tensão em função da corrente. 19. Escreva o valor dos parâmetros encontrados no ajuste, com suas respectivas unidades e incertezas. 20. Discuta o significado físico dos parâmetros do ajuste. 21. Fazendo a regressão linear, obtenha o valor para a resistência equivalente do circuito. 22. Usando os valores obtidos para as duas resistências através dos gráficos da Parte I, calcule qual seria o valor esperado da resistência equivalente e compare com o valor medido. Parte III – Associação em paralelo 23. Monte o circuito esquematizado na figura 3. Use o resistor de 100 Ω e o de 460 Ω. 24. CHAME O PROFESSOR PARA VERIFICAR A LIGAÇÃO. Ligue a fonte, inicialmente com o botão virado para a posição 0 V. 25. Variando a tensão de 0,5V em 0,5 V, construa uma tabela de tensão em função da corrente. Montando como indicado na figura 3, o voltímetro mede a tensão fornecida pela fonte e o amperímetro a corrente total do circuito. 26. Construa um gráfico de tensão em função da corrente. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 91 27. Escreva o valor dos parâmetros encontrados no ajuste, com suas respectivas unidades e incertezas. 28. Discuta o significado físico dos parâmetros do ajuste. Fazendo a regressão linear, obtenha o valor para a resistência equivalente do circuito. 29. Usando os valores obtidos para as duas resistências através dos gráficos da Parte I, calcule qual seria o valor esperado da resistência equivalente e compare com o valor medido. Figura 3 – Montagem para a Parte III Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 92 Potência Elétrica Introdução A resistência elétrica é a oposição que um material oferece à passagem de corrente. Como ela se relaciona com tensão e corrente? A resistência é propriedade de um objeto. Já a resistividade é propriedade de um material. Como a temperatura altera a resistividade, altera também a resistência. O grupo deve entender a diferença entre esses dois conceitos e como estão relacionados. Os resistores são elementos de circuitos. Eles podem ser associados em série e em paralelo. Como determinar uma resistência equivalente em cada caso? Um resistor transforma a energia elétrica em calor, através do efeito Joule. Como relacionar a potência dissipada com a tensão, a corrente e a resistência? Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: eletromagnetismo. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 3. Capítulos 26 e 27. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: Eletromagnetismo. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 3. Capítulos 6 e 10. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física II Sears & Zemansky: eletromagnetismo. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulos 25 e 26. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 23. Objetivo Estudar a dissipação de potência em um circuito elétrico. Material• Dois resistores de 100 Ω • Cabos flexíveis para ligação • Interruptor com chave liga-desliga • Placa para montagem de circuitos elétricos • Computador • Fonte regulável de tensão contínua • Sensor de corrente de 200 mA • Fio para ligação • Sensor de tensão de 20 V • Interface para aquisição de dados e cabos de ligação Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 93 Procedimento Figura 1 – representação esquemática do circuito. 1. Com a fonte totalmente desligada, montar o circuito elétrico esquematizado na figura 1. O amperímetro (sensor de corrente) deverá estar ligado em série no circuito e o voltímetro (sensor de tensão) deve estar ligado em paralelo com a fonte. Os bornes verdes dos sensores devem ser conectados ao polo negativo da fonte (aterramento) 2. Ligue o amperímetro no canal 1 e o voltímetro no canal 2. No software de aquisição de dados, abra duas ferramentas indicadores e associe cada uma a um sensor. 3. Configure duas grades de aquisição de dados, uma para o sensor de corrente e outra para o sensor de tensão. Configure as grades para aquisições de 30 segundos com intervalo de aquisição de 100 ms. 4. NUNCA LIGUE O AMPERÍMETRO EM PARALELO COM OS ELEMENTOS DO CIRCUITO. 5. A fonte deve estar regulada para 0 V. CHAME O PROFESSOR PARA VERIFICAR A LIGAÇÃO 6. ATENÇÃO: NÃO ULTRAPASSE 5 V. 7. Ligue a fonte com o indicador em 0 V. 8. Dispare simultaneamente a aquisição de dados nas duas grades. Gire o botão de regulagem de tensão da fonte para que a tensão fornecida aumente lentamente entre 0 V e 5 V. O aumento deve acontecer nos 30 segundos de aquisição de dados. Pratique esta etapa antes de salvar os dados. 9. Copie os dados obtidos para uma tabela. Copie e cole os dados no software SciDAVis. 10. Faça os passos acima primeiro para os dados de corrente em função do tempo e depois para tensão em função do tempo. 11. Na tabela do SciDAVis, faça com que a primeira coluna seja de dados da corrente. A segunda coluna deve ser de dados de tensão. A terceira coluna deve ser dados de tempo (que é igual para tensão e corrente pois ambas foram medidas simultaneamente). Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 94 12. Faça um gráfico de tensão em função da corrente. Faça uma regressão linear neste gráfico. 13. Escreva o valor dos parâmetros encontrados no ajuste, com suas respectivas unidades e incertezas. 14. Discuta o significado físico dos parâmetros do ajuste. 15. Obtenha o valor da resistência total do circuito. Esse valor é esperado, dado que dois resistores de 100 Ω foram ligados em paralelo? 16. Crie uma nova coluna e preencha com dados de potência (multiplique corrente por tensão). 17. Faça um gráfico de potência em função do tempo. Esta curva não tem formato definido pois depende do aumento manual da tensão, que não é constante. 18. Usando a ferramenta de integração numérica do SciDAVis, calcule o valor da integral de 0 s a 30 s. Qual o valor obtido e qual seu significado físico? 19. Considerando que a incerteza dos valores registrados pelos sensores seja de 1%, escolha um par de corrente e tensão e calcule a potência dissipada naquele instante de tempo com a sua respectiva incerteza. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 95 Fenômenos Magnéticos Introdução O grupo deve entender quais a fontes de campo magnético. Como calcular o campo magnético produzido por correntes elétricas? Para um fio longo e retilíneo, qual o módulo do campo magnético produzido pela corrente em função da distância do fio? Os campos elétrico e magnético estão ligados pois um fluxo magnético variável é capaz de induzir um campo elétrico. Esse efeito é conhecido como lei da indução de Faraday. Como é possível variar o fluxo magnético? Por fim, o campo magnético pode ser representado através de linhas de campo. Explique como as linhas se relacionam com o campo. Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: eletromagnetismo. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 3. Capítulos 29 e 30. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: Eletromagnetismo. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 3. Capítulos 8 e 9. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física II Sears & Zemansky: eletromagnetismo. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulos 28 e 29. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 25. Objetivo Estudar as linhas de campo magnético no entorno de um ímã permanente. Estudar o campo magnético produzido por uma corrente. Estudar a lei da indução de Faraday. Estudar as linhas de campo magnético em condutores paralelos percorridos por corrente alternada. Material • Limalha de ferro • Ímã em barra • Bússola • Placa de petri • Folha de papel • Placa de acrílico • Placa de acrílico com indicadores ferromagnéticos • Fonte de tensão contínua • Cabos para ligação Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 96 • Multímetro • Bobina de 600 espiras • Bobina de 6 espiras • Fonte de tensão alternada • Régua milimetrada • Chave liga-desliga • Espira condutora com intervalo curvilíneo • Armadura em U para montagem das bobinas Procedimento Parte I – Linhas de campo magnético com limalha de ferro 1. Coloque uma folha de papel sobre a placa de acrílico. 2. Identifique as cores que indicam o polo norte e o polo sul do ímã. Para isso, use a bússola sem aproximar muito do ímã. 3. Coloque o ímã abaixo da placa de acrílico. Espalhe a limalha de ferro sobre o papel. Quanto menor a quantidade de limalha e maior a dispersão, melhor. Não deixe a limalha encostar diretamente no ímã. 4. Desenhe a configuração que a limalha adquiriu próxima ao ímã e relacione com as linhas de campo magnético. 5. Afaste o ímã e volte a limalha para o recipiente. Parte II – Linhas de campo magnético com indicadores ferromagnéticos 6. Coloque o ímã de barra sobre a placa com os indicadores. O eixo longo deve estar paralelo a placa. 7. Observe a posição assumida pelos indicadores ferromagnéticos e comente. Observe pelas laterais também para ter uma visão tridimensional. 8. Comente sobre a relação entre as linhas de campo e o vetor campo magnético. Parte III – Experimento de Oersted Figura 1 – Montagem do experimento de Oersted 9. Coloque a bússola sobre a placa de acrílico Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 97 10. Ligue um cabo da saída negativa da fonte CC até um dos bornes da chave interruptora. Ligue o outro cabo da outra saída da fonte até o outro borne. 11. Com a chave na posição desligada, ligue a fonte e ajuste a tensão para 3 V e a corrente para 2 A. 12. Atenção, esse circuito está em curto e deverá ficar ligado a menor quantidade de tempo possível. 13. Passe os fios sob a placa, com a bússola em cima. Veja a figura 1. 14. Lembre-se que a corrente irá do polo positivo da fonte para o negativo. 15. Ligue a chave e observe a deflexão da agulha da bússola. Não fique mais de 5 segundos com a chave ligada. 16. Explique o observado, usando a regra da mão direita. E os seus conhecimentos do campo magnético gerado por uma corrente. Ilustre o observado. Parte IV – Lei da indução de Faraday 17. Conecte, usando os cabos para ligação, os bornes da bobina ao multímetro, que será usado na função amperímetro, com fundo de escala de 20 mA. 18. Aproxime e afaste o polo norte do ímã do orifício central da bobina. Descreva o que acontece com a leitura do amperímetro na aproximação e no afastamento do ímã. 19. Inverta o ímã, aproximando e afastando o polo sul do ímã, e repita o procedimento. Descreva o observado. 20. Fique com ímã próximo da bobina, mas parado. Aparece alguma leitura no amperímetro? 21. Explique o observadolevando em conta a lei da indução de Faraday. Parte V – Lei da indução de Faraday e lei de Biot-Savart 22. Faça as ligações conforme a figura 2. A chave do interruptor deve estar desligada. Nesta parte do experimento, a tensão de entrada será alternada, fornecida pela distribuidora de energia elétrica. Ela será transformada pelo transformador constituído de uma entrada de 300 espiras e saída de 6 espiras. Este é um transformador abaixador. Mesmo assim, a corrente que percorrerá a espira será muito alta, da ordem de 75 A, dada a baixa resistência da espira. 23. Coloque a folha de papel em baixo da montagem da espira na mesa de acrílico. Espalhe a limalha de ferro sobre a mesa de acrílico em volta espira. Quanto menor a quantidade e maior a dispersão, melhor. 24. Ligue a chave somente o tempo suficiente para a limalha se posicionar relativamente ao campo magnético que foi criado. Não ultrapasse 30 segundos pois os elementos irão aquecer. 25. Faça um desenho das linhas de campo magnético. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 98 Figura 2 - Montagem para a parte V, utilizando a fonte CA. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 99 Campo Magnético no Interior de Bobinas Introdução O campo magnético pode ser produzido por materiais com magnetização permanente conhecidos como ímãs permanentes. Outra forma de se produzir campo magnético é através da passagem de corrente elétrica em um fio. O cálculo do vetor campo magnético produzido por correntes elétricas pode ser feito usando a lei de Biot-Savart: �⃗� = 𝜇0 4𝜋 ∫ 𝑖𝑑𝑠 ×�̂� 𝑟2 (1) Qual o módulo do campo magnético na região interna de uma bobina percorrida por uma corrente elétrica? Calcule usando a lei de Ampère. Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: eletromagnetismo. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 3. Capítulo 29, seção 29-5. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: eletromagnetismo 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 3. Capítulo 8 seção 8.3. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física III Sears & Zemansky: eletromagnetismo. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 28, seção 28.7. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 24, seção 24.5 Objetivo Calcular o campo magnético produzido por uma corrente no interior de bobinas. Material • Bobina de 11 espiras (solenoide). • Bobina de 300 espiras. • Bobina de 600 espiras. • Interruptor. • Cinco cabos flexíveis para ligação. • Manuais do software e sensor. • Sensor de campo magnético. • Interface. • Computador com software de aquisição de dados. • Fonte de corrente contínua. • Multímetro digital. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 100 • Trena. • Resistor de 100 Ω. • Placa de ligação. Procedimento 1. Atenção: o sensor de campo magnético tem um botão “reset”. Antes de cada medida, pressionar o botão, longe de qualquer fonte de campo magnético. Atenção também para a unidade de medida do sensor, que não é a do sistema internacional. Como o Tesla se relaciona com o Gauss? 2. Conecte o sensor a primeira porta da interface. A interface deve estar conectada ao computador. Ligue a interface e configure o software CIDEPELab para aquisição de dados com o sensor magnético. Consulte o manual. 3. Iremos usar a ferramenta indicador. Ele dará o valor da medida do campo magnético realizada pelo sensor. Considere a incerteza da medida do sensor de 10%. 4. Após configurar o software, usando os cabos de ligação faça um circuito em série com a fonte, o interruptor, o multímetro na função amperímetro e a bobina de 11 espiras. A fonte será usada com saída de tensão variável. 5. O multímetro deve ser usado no fundo de escala de 20 A. Use o borne de 20 A para evitar a queima do fusível. Ligue o multímetro. Consulte o manual para calcular a incerteza do valor medido de corrente. 6. Com o interruptor desligado, gire os botões reguladores (ampere e volt) da fonte para zero. Ligue a fonte. 7. Gire o regulador de tensão até o indicador atingir aproximadamente 4 V. 8. Coloque o sensor de campo magnético dentro da bobina de 11 espiras. Veja a figura 1. Figura 1 – Montagem experimental para medida do campo magnético no interior da bobina de 300 espiras. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 101 9. Após ligar a fonte, faça as medidas rapidamente pois o circuito está em curto. Mude o interruptor para a posição ligada e gire o regulador de corrente da fonte até obter, no multímetro, uma leitura de aproximadamente 2,5 A. 10. Mude um pouco a posição do sensor de campo no interior da bobina, observando o indicador do software para posicioná-la de forma a obter a maior leitura do valor do campo magnético. 11. Anote o valor de corrente no circuito e o campo medido pelo sensor. 12. Gire o botão regulador de corrente da fonte até o zero. Desligue o interruptor do circuito. 13. Meça o comprimento da bobina para calcular a densidade de espiras (número de espiras por unidade de comprimento). 14. Monte agora um circuito com o resistor de 100 Ω em série com a bobina de 300 espiras. Use a placa de ligação para isso. Mude a ligação do multímetro para o borne de mA e escolha o fundo de escala de 200 mA. 15. Com a chave na posição desligada, gire o botão regulador de corrente para o mínimo. Ligue a fonte e regule a tensão para 3,0 V. 16. Ligue o interruptor do circuito. Anote o valor da corrente e, usando o sensor de campo magnético, anote o valor do campo no interior da bobina de 300 espiras. 17. Desligue o interruptor, gire o botão regulador de tensão da fonte para o zero. 18. Substitua a bobina de 300 espiras pela de 600. Repita os procedimentos de 14 a 17. Neste caso, regule a tensão da fonte para 2,0 V. 19. Meça o comprimento das bobinas de 300 e 600 espiras. 20. Calcule o campo magnético que seria esperado em cada bobina para a corrente utilizada e a densidade de espiras. Compare com o valor obtido. 21. Considere a permeabilidade magnética do vácuo igual a 𝜇0 = 4𝜋 × 10−3 𝐺 ∙ 𝑚 𝐴⁄ . Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 102 Resistência Interna de uma Bateria Introdução A resistência elétrica é a oposição que um objeto oferece à passagem de corrente. As baterias ou pilhas são caracterizadas pela sua força eletromotriz, a carga que são capazes de fornecer e a resistência interna. O grupo deve explicar o funcionamento de uma pilha eletroquímica, relacionar a f.e.m. à diferença de potencial que aparece nos terminais da bateria quando ela está ou não conectada a um circuito. Qual é a origem da resistência interna? Qual sua relação com a carga da bateria? Sugestões de leitura: GUSSOW, M. Eletricidade Básica. 2. ed. (revisada e ampliada). Porto Alegre: Bookman, 2009. Capítulo 6. HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: eletromagnetismo. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 3. Capítulo 27, seções 27-4 a 27-5. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: eletromagnetismo 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 3. Capítulo 6, seção 6.8. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física III Sears & Zemansky: eletromagnetismo. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 25, seção 24.4. Objetivo Determinar a resistência interna de pilhas comerciais. Material • Um resistor de 10 Ω montado com conector. • Um amperímetro digital. • Um voltímetro analógico. • 4 cabos flexíveis para ligação, sendo dois com jacaré em uma extremidade. • Uma pilha AA nova. • Uma pilha AA descarregada. • Painel de ligações. • Manual do multímetro.• Conectores com cabos flexíveis para ligação da pilha no circuito. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 103 Procedimento 1. Usando o voltímetro, meça a diferença de potencial entre os polos das duas pilhas. Esse valor deveria ser muito próximo a f.e.m. da bateria. Seria igual caso a corrente no circuito pilha-voltímetro fosse nula (explique porque). Compare com o valor no rótulo da pilha. 2. Monte um circuito em série com o amperímetro, pilha e resistor de 10Ω. Comece com a pilha carregada. Ela deve ser encaixada nos dois cilindros com contatos elétricos e os cabos conectados ao circuito montado na placa. Faça um esquema do circuito. 3. NUNCA LIGUE O AMPERÍMETRO EM PARALELO COM OS ELEMENTOS DO CIRCUITO. 4. Seja rápido para que a pilha nova não descarregue. 5. Meça a tensão nos polos da pilha com o circuito fechado. Anote o valor da corrente. Não esqueça as incertezas. 6. Abra o circuito. 7. Calcule, com os dados, a resistência interna da bateria e sua incerteza. 8. Repita para a pilha descarregada. 9. Comente os resultados. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 104 Resistência Interna do Voltímetro Introdução A resistência elétrica é a oposição que um material oferece à passagem de corrente. Os voltímetros são aparelhos de medida destinados a determinar a tensão elétrica entre dois pontos. Para tal, eles são ligados sempre em paralelo ao elemento que se deseja saber a tensão. O grupo deve procurar entender o funcionamento de um voltímetro e saber explicar se o valor esperado da resistência interna do aparelho de medida é alto ou baixo. Fazer um diagrama de circuito explicando como o voltímetro deve ser ligado ao circuito. Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: eletromagnetismo. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 3. Capítulo 27, seção 27-8. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física III Sears & Zemansky: eletromagnetismo. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 26, seção 26.3. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 24, seção 24.7. Objetivo Determinar a resistência interna de um voltímetro. Material • Um voltímetro analógico (6V) • Um miliamperímetro (1mA) • Três cabos flexíveis para ligação • Uma fonte de tensão contínua variável Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 105 Procedimento 1. Com a fonte totalmente desligada, montar o circuito elétrico esquematizado na figura 1. O amperímetro e o voltímetro estão ligados em série, nesse caso. Use os medidores analógicos. 2. O voltímetro está ligado em série no circuito pois desejamos determinar sua resistência interna. O objetivo é que ele se comporte como um elemento resistivo do circuito. 3. Com a fonte ainda desligada, assegure-se que o indicador de tensão dela se encontra no mínimo. 4. Ligue a fonte anote a tensão fornecida por ela (leitura do voltímetro) e a corrente no circuito. Figura 1 – Circuito elétrico. 5. Aumente a tensão na fonte e faça nova leitura. Construa uma tabela com 5 valores de tensão e corrente. Não ultrapasse 5,00 V 6. Desmonte o circuito. 7. Com os dados da tabela, construa um gráfico no software SciDAVis. O voltímetro se comporta como um elemento ôhmico? 8. Através de uma regressão linear, determine a resistência interna do voltímetro com sua respectiva incerteza. 9. Comente o resultado encontrado. Discuta se a resistência interna do amperímetro afeta os resultados. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 106 Resistividade Introdução A resistência elétrica é a oposição que um objeto oferece à passagem de corrente. Ela está relacionada às dimensões do objeto e a uma propriedade do material do qual ele é feito, a resistividade. O grupo deve procurar entender a diferença de resistência e resistividade e como essas duas grandezas se relacionam. Além disso, como a medida da resistência será indireta, é necessário compreender a lei de Ohm. Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: eletromagnetismo. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 3. Capítulo 26, seção 26-4. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: eletromagnetismo 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 3. Capítulo 6, seções 6.2 e 6.3. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física III Sears & Zemansky: eletromagnetismo. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 25. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Capítulo 23, seções 23.1 a 23.4. Objetivo Determinar a resistividade de três fios de materiais diferentes Material • Painel com 3 fios de materiais diferentes. • Dois multímetros. • Quatro cabos flexíveis para ligação. • Dois pinos jacaré com encaixe para pino tipo banana. • Micrômetro. • Trena. • Fonte de tensão CC regulável. • Manual dos multímetros. • Cabo com ponta de sonda. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 107 Procedimento 1. A montagem experimental será feita conforme a figura 1. Com a fonte totalmente desligada, monte o circuito em série. Conecte o polo positivo da fonte (saída CC regulável) ao borne de 20 A do multímetro. Conecte o borne comum do multímetro ao jacaré da ponta do primeiro fio (fio 1). Conecte o jacaré da outra extremidade do fio ao polo negativo da fonte. 2. O multímetro em série com o circuito será usado na função amperímetro, com fundo de escala de 20 A. Verifique a configuração dele antes de ligar a fonte. 3. NUNCA LIGUE O AMPERÍMETRO EM PARALELO COM OS ELEMENTOS DO CIRCUITO. ESCOLHA SEMPRE O MAIOR FUNDO DE ESCALA DISPONÍVEL PARA INICIAR A MEDIÇÃO. Figura 1 – Montagem experimental. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 108 Figura 2 – Usando a sonda do voltímetro para medir a tensão. 4. O segundo voltímetro será utilizado na função voltímetro. Escolha inicialmente o fundo de escala de 2 V. Caso a leitura esteja menor que 200 mV, mude o fundo de escala. Esse multímetro deverá ter o borne de medida de volte conectado ao primeiro jacaré (use um cabo com pino banana). Ao borne comum, ligar um cabo com ponta de sonda. Essa sonda deverá ser pressionada no ponto do fio que deseja-se medir a tensão. Veja figura 2. 5. A fonte deve estar regulada para 0 V. CHAME O PROFESSOR PARA VERIFICAR A LIGAÇÃO. Ligue a fonte. Use apenas os ajustes 1 (grosso) e 2 (fino) para regular a fonte. A corrente nesse circuito deve ficar em torno de 1,00 A. Não toque no fio com a fonte ligada. 6. Anote a corrente no circuito. Meça a tensão no fio. O borne vermelho apropriado do voltímetro deve ser ligado ao primeiro jacaré, no início do fio. Esse conector permanecerá fixo. Mude o outro conector de forma a medir a tensão para segmentos cada vez maiores do fio, até atingir o sétimo segmento. 7. Faça as medidas de tensão rapidamente e desligue a fonte. 8. Meça o comprimento de cada seção do fio. 9. Troque os jacarés para o fio número 2. Repita os procedimentos mantendo a corrente, neste caso, em torno de 0,20 A. 10. Troque os jacarés para o fio 3 e repita os procedimentos com a corrente em torno de 0,30 A. 11. Usando o micrômetro, meça o diâmetro dos três fios. Não aperte demais pois você irá alterar o valor. 12. Com os dados, construa gráficos de resistência em função do comprimento para cada fio. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 109 13. Faça uma regressão linear em cada gráfico. Qual o significado físico dos parâmetros encontrados? Coloque no relatório o valor de cada parâmetro com incerteza. 14. Com os dados obtidos, calcule a resistividade do material de cada fio com sua respectiva incerteza. 15. Consulteuma tabela de resistividade que tenha os valores esperados para diferentes metais e tente identificar do que é feito cada fio. 16. Comente os resultados. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 110 Associação de Capacitores e Circuito RC Introdução O capacitor é um objeto composto por placas que, quando submetidas a uma diferença de potencial, adquirem cargas iguais em módulo e de sinal diferente. Para tal, uma placa do capacitor deve ser isolada da outra. Entre elas pode haver ar ou outro dielétrico qualquer. Qual a relação entre carga, tensão e capacitância de um capacitor? Se mais de um capacitor for utilizado no circuito, podemos associá-los em série ou em paralelo. Quais as características de cada tipo de associação? Como calcular a capacitância equivalente? Quando um capacitor e um resistor são colocados em série com uma fonte de tensão contínua, o capacitor irá se carregar. Após o processo de carga, deixa de circular corrente no circuito. Usando a lei das malhas de Kirchhoff, obtenha a equação diferencial para o circuito RC. Escreva a solução para a tensão no capacitor em função do tempo. O que é a constante de tempo do circuito? Sugestões de leitura: HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: eletromagnetismo. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 3. Capítulo 25. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: Eletromagnetismo. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. v. 3. Capítulo 5.. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física II Sears & Zemansky: eletromagnetismo. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. Capítulo 24. Objetivo Estudar a associação em série e em paralelo de capacitores. Estudar a carga do capacitor no circuito RC. Material • Dois capacitores de 2,2 µF • Um capacitor de 1000 µF • 6 cabos flexíveis para ligação • Resistor de 150 kΩ • Fonte regulável de tensão contínua (sem mostrador) • Sensor de tensão de 5 V Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 111 • Placa acrílica para montagem de circuitos elétricos • Computador • Multímetro • Chave liga-desliga • Interface para aquisição de dados e cabos de ligação • Manuais do multímetro e dos sensores Procedimento ATENÇÃO: OS CAPACITORES USADOS NESSA PRÁTICA SÃO ELETROLÍTICOS. Eles têm polaridade e devem ser conectados corretamente à fonte de tensão. O lado negativado geralmente é marcado por uma faixa cinza. A ligação incorreta leva ao aquecimento do capacitor, curto-circuito e explosão. Parte I – Associação de Capacitores 1. Coloque um dos capacitores na placa de ligação. Usando o multímetro como capacímetro, meça a capacitância do capacitor. Consultando o manual do multímetro, determine a incerteza da medida. Repita para o outro capacitor. Use os capacitores de 2,2 µF. 2. Associe os dois capacitores em série e determine a capacitância do conjunto com sua respectiva incerteza. Calcule o valor que seria esperado (com incerteza) e compare os valores obtidos. 3. Associe os dois capacitores em paralelo e determine a capacitância do conjunto com sua respectiva incerteza. Calcule o valor que seria esperado (com incerteza) e compare os valores obtidos. Parte II – Carga do capacitor num circuito RC 4. Antes de montar o circuito, meça a resistência do resistor com o multímetro na função ohmímetro e a capacitância do capacitor (use o de 1000 µF) com o multímetro na função capacímetro. Consulte o manual para determinar as incertezas dessas medidas. 5. Calcule a constante de tempo 𝜏 do circuito com sua incerteza. Explique seu significado. 6. Com a fonte totalmente desligada, montar o circuito elétrico esquematizado na figura 1. O voltímetro (sensor de tensão) deve estar ligado em paralelo com o capacitor. O borne verde do sensor deve ser conectado ao polo negativo da fonte (aterramento) 7. Configure a grade de aquisição de dados para o sensor de tensão. Configure a grade para aquisição de 500 segundos com intervalo de aquisição de 500 ms. 8. Use o multímetro na função voltímetro. Primeiro, meça se há alguma tensão no capacitor. Em caso positivo, descarregue o capacitor. Depois, coloque o voltímetro em paralelo com a fonte. 9. A fonte deve estar regulada para 0 V. CHAME O PROFESSOR PARA VERIFICAR A LIGAÇÃO Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 112 10. ATENÇÃO: NÃO ULTRAPASSE 4,5 V. 11. Ligue a fonte com o indicador em 0 V. A chave do circuito deve estar na posição desligada. 12. Regule a fonte para 4,5 V, dispare a aquisição de dados e o mais rápido possível, ligue o interruptor do circuito. Figura 1 – Circuito para a parte II. 13. Após o final da aquisição de dados, desligue a fonte. Faça um curto circuito com o capacitor e o resistor para que ele se descarregue. Salve os dados. 14. Arraste os dados adquiridos para a ferramenta tabela. Copie os dados e cole no software SciDAVis. 15. Construa o gráfico de tensão no capacitor em função do tempo. 16. Faça um ajuste de curva nos dados obtidos usando o SciDAVIS: vá em “Analysis”, “Fit Wizard”. 17. Na categoria, escolha “user defined”. No campo “Parameters”, coloque “a, b” (sem as aspas). Esses são os parâmetros que serão ajustados pelo programa. 18. Na janela inferior, insira a expressão a ser ajustada: a*(1-exp(-x/b)) 19. Comparando com (5), qual o significado de a e b? 20. Clique no botão “Fit”. Na janela que se abrirá, aperte o botão “Fit” algumas vezes, até que não haja mudança apreciável nos parâmetros a e b. 21. Anexe ao relatório o gráfico com os valores e incertezas de a e b. Comente sobre os valores esperados. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 113 Lei das Malhas de Kirchhoff Introdução Neste experimento testaremos a lei das malhas de Kirchhoff. É importante que na introdução seja explicado o significado físico desta lei. Lembre-se que as duas leis de Kirchhoff nada mais são do que a conservação da energia e da carga para circuitos elétricos. Bibliografia indicada: GUSSOW, M. Eletricidade Básica. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. 570 p. O’MALLEY, J. Análise de Circuitos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014. 376p. BOYLESTAD, R. Introdução à Análise de Circuitos. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. 959p. Objetivo Estudar a lei de Kirchhoff das malhas em um circuito de corrente contínua. Material • Placa para ligações • Cabos flexíveis • Pontas de prova para multímetro • Fonte de tensão contínua ajustável • 2 Multímetros • 2 resistores de 100 Ω • 1 resistor de 460 Ω Figura 1 – Montagem do circuito. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 114 Procedimento 1. Tomar todas as precauções necessárias ao manipular o material. Atenção para o risco de choques elétricos. Não ligar nenhum circuito sem aprovação da professora. Nunca ligar o sensor de corrente em paralelo. Utilizar os fundos de escala corretos. 2. Usando o multímetro como ohmímetro, medir a resistência de cada resistor e anotar o valor obtido. 3. Montar o circuito esquematizado na figura 1. R1 e R3 devem ser os resistores de 100 Ω. R2 deve ser o resistor de 460 Ω. 4. Primeiramente, inserir o amperímetro em série com o resistor R3. 5. Ligar a fonte e ajustar para 5,0 V. Utilizando o multímetro na função voltímetro e com as pontas de prova, medir a tensão na fonte e em cada resistor. Anotar os valores. 6. Calcular qual é a corrente em cada ramo da parte em paralelo do circuito. 7. Calcular a resistência equivalente do circuito. Usando o valor da tensão na fonte, conferir se a corrente total é o valor que seria esperado. 8. Verificar se a lei de Kirchhoff das malhas é obedecida. Considere primeiro uma malha que contenha a fonte, R2 e R3. Depois considerar uma malha que contenha a fonte, R1 e R3.Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 115 Circuito RL Introdução Neste experimento estudaremos um circuito RL em série alimentado por uma fonte de tensão alternada. É importante que na introdução seja explicado o funcionamento deste circuito: o que é a reatância indutiva, a impedância, o diagrama de fasores. O que será comum a todos os elementos do circuito, tensão ou corrente? Qual deverá ser a queda de tensão em cada elemento? Como calcular o ângulo de fase? O que caracteriza um circuito predominantemente indutivo? Bibliografia indicada: GUSSOW, M. Eletricidade Básica. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. 570 p. O’MALLEY, J. Análise de Circuitos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014. 376p. BOYLESTAD, R. Introdução à Análise de Circuitos. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. 959p. Objetivo Estudar o circuito RL alimentado por tensão alternada. Material • Placa para ligações • Cabos flexíveis • Pontas de prova para multímetro • Fonte de tensão alternada ajustável VC/AC • 1 bobina de 600 espiras • Um núcleo de ferro para a bobina • 2 Multímetros (1 ICEL MD-1700) Figura 1 – Circuito. Veja o capítulo 12, seção “Tipos de Indutores” de BOYLESTAD. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 116 Procedimento 1. Tomar todas as precauções necessárias ao manipular o material. Atenção para o risco de choques elétricos. Não ligar nenhum circuito sem aprovação da professora. Nunca ligar o sensor de corrente em paralelo. Utilizar os fundos de escala corretos. 2. Usando o multímetro como ohmímetro, medir a resistência da bobina e anotar o valor obtido. Não esquecer as incertezas. 3. Considere que a bobina é um indutor em série com a resistência medida anteriormente. O diagrama do circuito está representado na figura 1. 4. Montar o circuito com L e R em série com a fonte. Colocar um dos multímetros na função amperímetro e colocá-lo em série no circuito. Escolher o fundo de escala correto. 5. Ligar a fonte com uma tensão de aproximadamente 3,5 V. 6. Medir, com o outro multímetro (MD-1700) na função voltímetro (com pontas de prova), a tensão na fonte (𝑉𝐹) e na bobina (𝑉𝐵). Anotar a corrente total do circuito (𝐼𝑇). Medir também a frequência de oscilação da tensão. Usar a função Hz para isso, em paralelo com a fonte. 7. Inserir o núcleo de ferro no interior da bobina e repetir as medidas no passo 6. 8. Para o caso com o núcleo e sem o núcleo, usando os valores de tensão e corrente, calcular a impedância usando 𝑉𝐹 e 𝐼𝑇. 9. Sabendo o valor de 𝑅, calcular 𝑋𝐿. Escrever a impedância na forma complexa, calcular o módulo e o ângulo de fase. 10. Qual o fator de potência do circuito? 11. Calcular 𝑃, 𝑄 e 𝑆. 12. Desenhar o diagrama de fasores para as tensões. Desenhar o triângulo de potências. 13. Comentar os resultados. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 117 Transformador abaixador e elevador de tensão Introdução O transformador é um dispositivo com várias aplicações. A principal é abaixar ou elevar tensões para uso doméstico, linhas de transmissão de energia elétrica, aparelhos elétricos, etc. O transformador também pode ser usado para isolar eletricamente uma parte de um circuito de outra. Além disso, os transformadores podem ser usados como casadores de impedância. Os componentes básicos dos transformadores são (veja a figura 1): • Enrolamento primário • Enrolamento secundário • Núcleo Figura 1 – Componentes de um transformador As relações entre as tensões, número de espiras e corrente no primário e no secundário são dadas por: 𝑁1 𝑁2 = 𝑉1 𝑉2 = 𝐼2 𝐼′ (1) A relação entre as impedâncias e o número de espiras é dado por: ( 𝑁1 𝑁2 ) 2 = 𝑍1 𝑍2 (2) Bibliografia indicada: GUSSOW, M. Eletricidade Básica. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. 570 p. O’MALLEY, J. Análise de Circuitos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014. 376p. BOYLESTAD, R. Introdução à Análise de Circuitos. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. 959p. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 118 Objetivo Estudar o funcionamento de um transformador. Determinar correntes, tensões e suas relações com número de espiras. Medir a corrente de excitação. Compreender o papel do núcleo. Material • Bobinas com 300 (2,25 mH), 600 (9,70 mH). • Tripé • Armadura em U • 6 Cabos de ligação • Multímetro digital ICEL MD-1700 • Interruptor • Fonte de alimentação CC/AC • Caixa de ligação • Manual do multímetro Figura 2 – Materiais Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 119 Procedimento 1. Tomar todas as precauções necessárias ao manipular o material. Atenção para o risco de choques elétricos. Não ligar nenhum circuito sem aprovação da professora. Nunca ligar o amperímetro em paralelo. 2. Desenhe esquematicamente todos os circuitos montados ao longo do experimento. 3. Coloque a bobina de 300 enrolamentos e a bobina de 600 enrolamentos na armadura em U. 4. Usando o multímetro na função ohmímetro, meça a resistência das bobinas. Anote os valores. 5. Conecte o adaptador à caixa de ligação para montar a fonte de alimentação CA. Usando o multímetro na função voltímetro, com o fundo de escala correto, determine a tensão de saída da fonte. 6. Confira se o interruptor está na posição desligada. Desligue também a fonte CA da tomada. 7. Conecte um polo da fonte a outro do interruptor. Conecte o outro polo do interruptor a bobina de 300 enrolamentos. Conecte o polo restante da bobina ao polo restante da fonte. 8. Ligue a fonte novamente na tomada. Ligue o interruptor. 9. Usando o multímetro na função voltímetro, com o fundo de escala correto, determine a tensão aplicada a bobina. 10. Usando o multímetro na função voltímetro, com o fundo de escala correto, determine a tensão nos terminais da bobina de 600 enrolamentos. Anote o valor com sua respectiva incerteza. 11. Desligue o interruptor. 12. Coloque o multímetro na função amperímetro, fundo de escala correto. Insira o amperímetro em série no circuito do primário (300 enrolamentos). 13. Ligue o interruptor e meça a corrente de excitação no primário, com sua respectiva incerteza. 14. Agora ligue a fonte à bobina de 600 espiras e repita os passos 5 a 13 com a bobina primária sendo a de 600 espiras e a secundária sendo a de 300 espiras. 15. Usando as equações (1) e (2), calcule, para a tensão no primário, qual deveria ser a tensão no secundário para ambas montagens. Comente relacionando ao valor medido. 16. Usando as medições e especificações das bobinas, calcule as impedâncias. 17. A razão das impedâncias está de acordo com a equação (2)? Comente. 18. Calcule o fator de potência para o circuito do primário e o circuito do secundário. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 120 Diodo Introdução O diodo é um elemento de circuito feito de material semicondutor. Ele é não-ôhmico, ou seja, sua resistência não permanece constante para qualquer valor de tensão aplicada. Os diodos são muito utilizados em equipamentos eletrônicos. O diodo emissor de luz (LED) é utilizado atualmente não só como indicador em aparelhos elétricos bem como lâmpadas e telas de TV. Para construir a introdução do seu relatório, consulte uma bibliografia confiável e procure explicar o funcionamento do diodo. Por que só passa corrente em um sentido? Como identificar a polaridade do diodo e como representa-lo no diagrama docircuito? O que é corrente direta, corrente de fuga e corrente de avalanche? Indicação: Fundamentos de Física, volume 4, capítulo 41. LTC, 9ª edição. Halliday, Resnick e Walker. Objetivo Estudar o comportamento de um diodo submetido a tensões variáveis. Material • Diodo emissor de luz • Placa para ligações • 7 Cabos flexíveis • Fonte de tensão contínua ajustável • Sensor de corrente de 20 mA • Sensor de tensão de 5V • Interface • Computador com software de aquisição de dados Figura 1 - Circuito Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 121 Procedimento 1. Tomar todas as precauções necessárias ao manipular o material. Atenção para o risco de choques elétricos. Não ligar nenhum circuito sem aprovação da professora. Nunca ligar o sensor de corrente em paralelo. 2. Montar o circuito esquematizado na figura 1. Tomar cuidado para que o diodo esteja polarizado diretamente. 3. Configurar, com ajuda do manual dos sensores, o sensor de tensão e o sensor de corrente no software. Configurar as grades de aquisição para um tempo de 10 s com amostragem de 100 ms. 4. Começar a aquisição dos dados. Variar a tensão da fonte lentamente entre 0 e 2,0 V. Não exceder este valor. Se for necessário, pratique algumas vezes a variação da tensão para conseguir ir de 0 a 2,0 V nos 10 segundos de aquisição de dados. 5. Arraste os dados adquiridos para a ferramenta tabela. Copie os dados e cole no software SciDAVis. 6. Faça o passo 5 para os dados de corrente em função do tempo e depois para tensão em função do tempo. 7. Na tabela do SciDAVis, faça com que a coluna Y seja de dados da corrente. A coluna X deve ser de dados de tensão. A terceira coluna deve ser dados de tempo (que é igual para tensão e corrente pois ambas foram medidas simultaneamente). 8. Faça um gráfico de corrente em função da tensão (curva I x V). 9. Comente os resultados obtidos. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 122 Bibliografia ABNT/INMETRO. Guia para a expressão da incerteza de medição. 3 ed. Rio de Janeiro: ABNT: INMETRO: SBM, 2003. BOYLESTAD, R. Introdução à Análise de Circuitos. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. 959p. CAMPOS, Agostinho Aurélio, ALVES, Elmo Salomão, SPEZIALI, Nivaldo Lúcio, Física Experimental Básica na Universidade 2. ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009. <http://www.fisica.ufmg.br/~lab1/roteiros_2013/Colisao_Inelastica.pdf> Acesso em 02 ago 2017. GUSSOW, M. Eletricidade Básica. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. 570 p. HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2013. RAMOS, Luiz Antônio de Macedo. Manual CIDEPE. Rio Grande do Sul. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física Sears & Zemansky. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2008. http://www.fisica.ufmg.br/~lab1/roteiros_2013/Colisao_Inelastica.pdf Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 123 Recursos para o Aluno 1 – Medições e incertezas A expressão correta do resultado de medidas e suas respectivas incertezas está explicado em detalhes num guia produzido pela ABNT e o INMETRO. Este guia deve servir de base para todo o trabalho realizado no laboratório de física. ABNT/INMETRO. Guia para a expressão da incerteza de medição. 3 ed. Rio de Janeiro: ABNT: INMETRO: SBM, 2003. Diponível em: http://www.inmetro.gov.br/noticias/conteudo/iso_gum_versao_site.pdf 2 – Programas de tratamento de dados Para a confecção de gráficos, tratamento de dados, regressões lineares e ajustes polinomiais, recomenda-se o uso do software livre SciDAVIs. Eles pode ser obtido gratuitamente em http://scidavis.sourceforge.net/ Recomenda-se que os alunos saibam usar as funções estatísticas de suas calculadoras científicas. Outros programas capazes de trabalhar com dados, como o Microsoft Excel e o BrOffice Calc podem ser úteis. http://www.inmetro.gov.br/noticias/conteudo/iso_gum_versao_site.pdf http://scidavis.sourceforge.net/ Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 124 Modelo de Relatório Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Santa Luzia Título do Experimento Autores: Turma: Data: Introdução Essa seção deve conter a apresentação do experimento, fenômeno estudado, modelo físico envolvido e relações matemáticas relevantes. Não copiar nem resumir o roteiro. Sempre citar as referências bibliográficas. É proibido usar fontes da internet. Somente livros serão aceitos como referência bibliográfica. Use preferencialmente os livros indicados pelo professor. Objetivos Materiais Procedimentos Experimentais Deve conter uma descrição do procedimento que permita uma pessoa que só tem acesso ao relatório repetir o experimento sem dificuldades (essa seção pode ser copiada ou adaptada da apostila). Resultados e Discussões Deve conter os dados medidos e tabelas pertinentes. Todos os cálculos devem ser demonstrados nessa seção. Tabelas devem ter títulos e serem numeradas. Cada coluna ou linha deve ser identificada e as unidades de medida dos valores explicitada. Parte Experimental Alternativamente, a parte experimental pode ser condensada em uma seção. Nesse caso, após a descrição de um procedimento, já é colocado o valor encontrado. Exemplo: “O tempo de queda de uma bola de tênis foi medido: Encontrou-se o valor de 2,54 segundos” Conclusão Deve conter o resumo dos resultados tomando os objetivos iniciais como referência. Volte ao objetivo proposto e comente seus resultados. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 125 Outras observações: • Apresentar as medidas em tabelas numeradas na ordem que aparecem no texto, com título e cabeçalho explicitando as unidades de medida. • Apresentar o resultado final em destaque, com valor, incerteza e unidade. • Se forem usados gráficos, colocar um título geral, título para cada eixo, unidade de medida dos valores de cada eixo e uma legenda ser for necessário. • Apresentar as equações envolvidas, os valores utilizados e o resultado final. Os passos intermediários do cálculo não são necessários. • Pré-relatório: deve conter do cabeçalho até os procedimentos experimentais. Roteiros de Prática do Laboratório de Física Versão 2019-1 126 Práticas alteradas em relação a versão 2018-1 Pêndulo Balístico Movimento Harmônico Simples – Função Horária da Posição Pêndulo Simples e Pêndulo Físico Modos normais de vibração em uma corda Potência Elétrica Campo Magnético no Interior de Bobinas Resistência Interna de uma Bateria Associação de Capacitores e Circuito RC