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Guil he rm e M ar tin s A lm eid a - 1 32 .9 18 .0 06 -2 1 - g uil he rm ee sp ina @ gm ail .co m - 27 /1 0/ 20 22 1 7: 51 :1 5 Ato ilícito • Abuso de direito. Art .187 • Própria torpeza: • CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. INOVAÇÃO RECURSAL. VÍCIO ULTRA PETITA. COMODATO. CONTRAPRESTAÇÃO. POSSIBILIDADE. SIMULAÇÃO. MORA. ALUGUÉIS. Não se conhece de pedido novo deduzido somente na fase recursal. A sentença que se atém aos limites do pedido não é considerada ultra petita. No contrato de comodato é possível a fixação de contraprestação a ser paga pelo comodatário em razão das despesas decorrentes da fruição do bem. A alegação de simulação contratual não socorre àquele que participou do negócio, sob pena de beneficiar-se de sua própria torpeza. O Direito moderno não compactua com o venire contra factum proprium, que se traduz como o exercício de uma posição jurídica em contradição com o comportamento assumido anteriormente. Ex vi do art. 582 do Código Civil, durante a mora do comodatário é devido o pagamento de aluguel em favor do comodante. (TJMG - Apelação Cível 1.0145.13.008173-3/001, Relator(a): Des.(a) Estevão Lucchesi , 14ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 16/09/2016, publicação da súmula em 23/09/2016) Guil he rm e M ar tin s A lm eid a - 1 32 .9 18 .0 06 -2 1 - g uil he rm ee sp ina @ gm ail .co m - 27 /1 0/ 20 22 1 7: 51 :1 5 Ato ilícito • Abuso de direito. Art.187 • Surrectio/supressio • Decurso de tempo + inércia + legítima expectativa (confiança) • Leading case: Alemanha, 1923: correção monetária e inflação galopante – demora desarrazoada. • Art. 330: Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato. • Guil he rm e M ar tin s A lm eid a - 1 32 .9 18 .0 06 -2 1 - g uil he rm ee sp ina @ gm ail .co m - 27 /1 0/ 20 22 1 7: 51 :1 5 Ato ilícito • Abuso de direito. Art .187 • Surrectio/supressio • Juris: CORREÇÃO MONETÁRIA. RENÚNCIA. O recorrente firmou com a recorrida o contrato de prestação de serviços jurídicos com a previsão de correção monetária anual. Sucede que, durante os seis anos de validade do contrato, o recorrente não buscou reajustar os valores, o que só foi perseguido mediante ação de cobrança após a rescisão contratual. Contudo, emerge dos autos não se tratar de simples renúncia ao direito à correção monetária (que tem natureza disponível), pois, ao final, o recorrente, movido por algo além da liberalidade, visou à própria manutenção do contrato. Dessarte, o princípio da boa- fé objetiva torna inviável a pretensão de exigir retroativamente a correção monetária dos valores que era regularmente dispensada, pleito que, se acolhido, frustraria uma expectativa legítima construída e mantida ao longo de toda a relação processual, daí se reconhecer presente o instituto da supressio. REsp 1.202.514-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 21/6/2011. • Guil he rm e M ar tin s A lm eid a - 1 32 .9 18 .0 06 -2 1 - g uil he rm ee sp ina @ gm ail .co m - 27 /1 0/ 20 22 1 7: 51 :1 5 http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=REsp1202514