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.......................................................................................................... 0 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
 
.......................................................................................................... 1 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI DAS MISSÕES 
PRÓ-REITORIA DE ENSINO, PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO 
CÂMPUS SANTO ÂNGELO 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
 
KAROLINE DE JESUS MEDINA BERVIAN 
 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO DE INTEGRAÇÃO SOCIOEDUCATIVO:ESPAÇO SONHAR 
 
 
 
 
SANTO ÂNGELO - RS 
2018 
.......................................................................................................... 2 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
KAROLINE DE JESUS MEDINA BERVIAN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO DE INTEGRAÇÃO SOCIOEDUCATIVO:ESPAÇO SONHAR 
 
 
 
Trabalho Final de Graduação 
apresentado como requisito parcial à 
obtenção do grau Arquiteta e Urbanista 
do Departamento de Ciências Sociais 
Aplicadas da Universidade Regional 
Integrada do Alto Uruguai e das 
Missões – Campus de Santo Ângelo. 
 
Orientadora: Profª. Mª Juliane Timm 
 
 
SANTO ÂNGELO – RS 
2018 
.......................................................................................................... 3 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
KAROLINE DE JESUS MEDINA BERVIAN 
 
 
 
 
 
CENTRO DE INTEGRAÇÃO SOCIOEDUCATIVO: ESPAÇO SONHAR 
 
 
 
Trabalho Final de Graduação 
apresentado como requisito parcial à 
obtenção do grau Arquiteta e Urbanista 
do Departamento de Ciências Sociais 
Aplicadas da Universidade Regional 
Integrada do Alto Uruguai e das 
Missões – Campus de Santo Ângelo. 
Santo Ângelo, 12 de julho de 2018. 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
______________________________ 
Profª. Mª 
URI – Campus Santo Ângelo 
 
______________________________ 
Profª. Mª 
URI – Campus Santo Ângelo 
 
______________________________ 
Profª. Mª 
URI – Campus Santo Ângelo 
.......................................................................................................... 4 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este Trabalho aos meus queridos 
pais Antônio Pereira Medina, Solange 
Binelo de Jesus Medina, e ao meu amado 
marido Édipo Júnior Bervian. 
.......................................................................................................... 5 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
AGRADECIMENTOS 
 
Meu primeiro agradecimento a Deus, pela vida, saúde, por ter me fortalecido 
nos momentos de fraqueza, e me acompanhado todos os dias até aqui. 
Aos meus pais, Antônio e Solange, por não terem medido esforços para que eu 
pudesse completar essa jornada. A minha irmã Aline, cunhado Agnaldo, e aos meus 
sobrinhos Gabrieli e Calebe, pelo carinho, incentivo, e pela presença, deixando as 
fases difíceis mais leves. 
Ao meu marido Édipo, pelo apoio, compreensão, e pelas infinitas ajudas. 
Obrigada por sempre me fazer acreditar que eu posso mais, me incentivando 
ultrapassar minhas limitações. 
Agradeço aos professores por todo o conhecimento partilhado, e em especial 
a minha orientadora Profª. Juliane Timm, pelos conselhos, orientações, e dedicação 
durante todo o desenvolvimento do trabalho. 
Obrigada aos amigos Jairo Lucas e Rose Lucas por toda ajuda oferecida no 
início do semestre, vocês fazem parte desse trabalho. 
Aos meus colegas que me presentearam com a amizade, tornando os dias mais 
fáceis e alegres. Meu muito obrigada, Gabrielli Santos, Elisandra Kaiser, Munick 
Bedates, e Gabriela Bozzetto, vocês foram fundamentais nessa trajetória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
.......................................................................................................... 6 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Àquele que é capaz de fazer infinitamente 
mais do que tudo o que pedimos ou 
pensamos, de acordo com o seu poder que 
atua em nós. (Efésios 3:20) 
https://www.bibliaon.com/versiculo/efesios_3_20/
.......................................................................................................... 7 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
RESUMO 
 
Este trabalho objetiva compilar informações para fundamentação e embasamento 
teórico para o desenvolvimento de um projeto arquitetônico de um centro de 
integração socioeducativo, intitulado Espaço Sonhar, para cidade de Giruá, inserido 
em um lote central na malha urbana. A temática sugerida surgiu da necessidade de 
espaços educativos, culturais e sociais que integrem os cidadãos menos favorecidos 
economicamente, proporcionando melhores oportunidades sociais. O centro 
contemplará locais de lazer e cultura, salas de aula para cursos técnicos e cursos 
livres, e uma bateria de apoio social que oferecerá serviços médicos, odontológicos, 
psicológicos, e judiciais. O conjunto de dados coletados, a partir de pesquisas 
bibliográficas e in loco, e levantamentos do entorno do lote, reafirmou a necessidade 
de um programa que englobe as esferas já descritas, favorecendo um público excluído 
dos benefícios coletivos. 
 
Palavras-chave: Espaço Sonhar. Integração. Vulnerabilidade econômica. Social. 
 
.......................................................................................................... 8 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
ABSTRACT 
 
This work aims to compile information for foundation and theoretical basis for the 
development of an architectural project of a socioeducational integration center, called 
Dreaming Space, for the city of Giruá, inserted in a central lot in the urban network. 
The suggested theme arose from the need for educational, cultural and social spaces 
that integrate economically disadvantaged citizens, providing better social 
opportunities. The center will include leisure and cultural places, classrooms for 
technical courses and free courses, and a battery of social support that will offer 
medical, dental, psychological, and judicial services. The setof data collected, based 
on bibliographical and on-site research, and surveys of the lot's surroundings, 
reaffirmed the need for a program that encompasses the spheres already described, 
favoring a public excluded from the collective benefits. 
 
Keywords: Space Dream. Integration. Economic vulnerability. Social. 
 
 
 
.......................................................................................................... 9 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1 - Escolaridade ...................................................................................... 24 
Figura 2 - Escola Politécnica .............................................................................. 31 
Figura 3 - Escola Técnica de Comércio ............................................................ 33 
Figura 4 - CFCCT ................................................................................................................... 35 
Figura 5 - CFCCT ................................................................................................................... 35 
Figura 6 - Escolaridade Giruá ............................................................................. 37 
Figura 7 - Proposta do Espaço Sonhar ............................................................... 39 
Figura 8 - Localização da cidade de Giruá .......................................................... 44 
Figura 9 - Diretrizes para escolha do lote ............................................................ 45 
Figura 10 - Levantamento topográfico ............................................................... 46 
Figura 11 - Levantamento fotográfico ................................................................. 47 
Figura 12 - Vista A .............................................................................................. 47 
Figura 13 - Vista B .............................................................................................. 47 
Figura 14 - Vista C .............................................................................................. 47 
Figura 15 - Vista D .............................................................................................. 47 
Figura 16 - Vista E .............................................................................................. 48 
Figura 17 - Vista F .............................................................................................. 48 
Figura 18 - Uso e ocupação do entorno .............................................................. 48 
Figura 19 - Orientação do lote ............................................................................ 49 
Figura 20 - Zoneamento do lote conforme o plano diretor ................................... 50 
Figura 21 - Pavimentação .................................................................................. 51 
Figura 22 - Dados do SENAC ............................................................................ 59 
Figura 23 - Zoneamento - SENAC ..................................................................... 60 
Figura 24 - Salas do SENAC .............................................................................. 60 
Figura 25 - Salas do SENAC .............................................................................. 60 
Figura 26 - Salas do SENAC .............................................................................. 60 
Figura 27 - Salas do SENAC .............................................................................. 60 
Figura 28 - Salas do SENAC .............................................................................. 60 
Figura 29 - Salas do SENAC .............................................................................. 60 
Figura 30 - Salas do SENAC .............................................................................. 61 
Figura 31 - Salas do SENAC .............................................................................. 61 
Figura 32 - Salas do SENAC .............................................................................. 61 
Figura 33 - Dados do Parque Educativo ............................................................. 62 
Figura 34 - Zoneamento - Parque Educativo ...................................................... 63 
Figura 35 - Espaços Parque Educativo ............................................................... 64 
Figura 36 - Espaços Parque Educativo ............................................................... 64 
Figura 37 - Espaços Parque Educativo ............................................................... 64 
Figura 38 - Espaços Parque Educativo ............................................................... 64 
Figura 39 - Espaços Parque Educativo ............................................................... 64 
Figura 40 - Espaços Parque Educativo ............................................................... 64 
Figura 41 - Espaços Parque Educativo ............................................................... 64 
Figura 42 - Espaços Parque Educativo ............................................................... 64 
Figura 43 - Espaços Parque Educativo ............................................................... 64 
Figura 44 - Dados da Escola Montessori ........................................................... 65 
Figura 45 - Volumetria - Escola Montessori ........................................................ 66 
Figura 46 - Volumetria - Escola Montessori ........................................................ 66 
Figura 47 - Volumetria - Escola Montessori ........................................................ 66 
.......................................................................................................... 10 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
Figura 48 - Volumetria - Escola Montessori ........................................................ 66 
Figura 49 - Volumetria - Escola Montessori ........................................................ 67 
Figura 50 - Volumetria - Escola Montessori ........................................................ 67 
Figura 51 - Dados do CRAS ............................................................................... 68 
Figura 52 - Zoneamento - CRAS ........................................................................ 69 
Figura 53 - Setores e programa .......................................................................... 72 
Figura 54 - Diagrama conceitual ........................................................................ 80 
Figura 55 - Zoneamento horizontal - 1º pavimento ............................................. 84 
Figura 56 - Zoneamento horizontal - 2º pavimento ............................................. 85 
Figura 57 - Zoneamento horizontal - 3º pavimento ............................................. 86 
Figura 58 - Zoneamento vertical transversal AA' ................................................ 87 
Figura 59 - Vista aérea 1 ..................................................................................... 87 
Figura 60 - Vista aérea 2 ..................................................................................... 87 
Figura 61 - Volumetria - Fachada leste ............................................................... 88 
Figura 62 - Volumetria - Fachada leste ............................................................... 88 
Figura 63 - Volumetria - Fachada leste ............................................................... 88 
Figura 64 - Volumetria - Fachada norte/ oeste .................................................... 89 
Figura 65 - Volumetria - Fachada oeste ..............................................................89 
Figura 66 - Volumetria - Fachada sul/ oeste ........................................................ 89 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
.......................................................................................................... 11 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
LISTA DE TABELAS E QUADROS 
 
Tabela 1 - Uso e ocupação do solo urbano ......................................................... 
 
 
50 
Tabela 2 - Análise crítica - SENAC .................................................................... 61 
Tabela 3 - Análise crítica - Parque Educativo ...................................................... 64 
Tabela 4 - Análise crítica - Escola Montessori ..................................................... 67 
Tabela 5 - Análise crítica - CRAS ....................................................................... 70 
Tabela 6 - Pré- dimensionamento ....................................................................... 73 
Tabela 7 - Pré-dimensionamento ....................................................................... 74 
Tabela 8 - Pré- dimensionamento ....................................................................... 75 
Tabela 9 - Quadro geral de áreas ....................................................................... 75 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
.......................................................................................................... 12 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. 
CBMRS - Corpo de Bombeiros Militar do RS 
CONAMA- Ministério do Meio Ambiente 
CORSAN - Companhia Riograndense de Saneamento. 
CFCCT - Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes 
CEFET - Centro Federal de Educação Tecnológica 
CRAS - Centro de Referência de Assistência Social 
DER - Departamento de Edificações e Rodovias 
ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente 
ETF - Escola Técnica Federal 
ETI - Escola de Tempo Integral 
FAS - Fundação de Ação Social 
FMI - Fundo Monetário Internacional 
FMRP - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 
FNDE - Fundo de Desenvolvimento da Educação 
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 
IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica 
IDHM - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal 
NBR - Norma Brasileira 
ONU - Organização das Nações Unidas 
PAC - Programa de Aceleração do Crescimento 
PCD - Pessoa Com Deficiência. 
PIB - Produto Interno Bruto 
PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 
PRONATEC - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego 
SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial 
SINASE - Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo 
SP - São Paulo 
RGE - Rio Grande Energia 
URI - Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões 
USP - Universidade de São Paulo 
 
 
http://www.cbm.rs.gov.br/
http://www.mma.gov.br/conama
http://cfcct.prefeitura.sp.gov.br/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_Federal_de_Educa%C3%A7%C3%A3o_Tecnol%C3%B3gica
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/l8069.htm
https://www.pciconcursos.com.br/concurso/etf-escola-tecnica-federal-to-31-vagas
http://www.fmrp.usp.br/
http://www.pac.gov.br/
.......................................................................................................... 13 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
SUMÁRIO 
 
1 DEFINIÇÃO DO TEMA .................................................................................. 15 
1.1 Tema ........................................................................................................... 16 
1.2 Conceituação do tema .............................................................................. 16 
1.3 Público alvo ................................................................................................ 16 
1.4 Origem do nome ........................................................................................ 16 
1.5 Introdução .................................................................................................. 17 
1.6 Justificativa ................................................................................................ 18 
1.7 Objetivos ..................................................................................................... 19 
1.7.1 Objetivo geral ............................................................................................ 19 
1.7.2 Objetivos específicos................................................................................. 19 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................. 21 
2.1 A pobreza e os reflexos na sociedade ....................................................... 22 
2.2 Iniciativas que auxiliam na mudança do contexto social de pobreza .... 25 
2.3 Precedentes: Escola Técnica / Centros Educativos ................................ 30 
2.4 Contexto social da cidade de Giruá .......................................................... 36 
2.4.1 Economia do município de Giruá................................................................ 37 
2.5 Arquitetura como contribuição nos espaços de ensino .......................... 38 
2.6 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço Sonhar .......................... 39 
3 METODOLOGIA ............................................................................................. 42 
4 DEFINIÇÃO DO CONTEXTO E LOTE ........................................................... 43 
4.1 Contexto ..................................................................................................... 44 
4.2 Diretrizes para a escolha do lote .............................................................. 44 
4.3 Condicionantes físicos ............................................................................. 45 
4.3.1 Topografia ................................................................................................. 45 
4.3.2 Levantamento fotográfico .......................................................................... 46 
4.3.3 Morfologia do entorno ................................................................................ 48 
4.3.4 Orientação solar, ventos predominantes .................................................. 49 
4.3.5 Condicionantes legais ............................................................................... 50 
4.3.6 Infraestrutura ............................................................................................ 51 
4.3.6.1 Sistema viário ........................................................................................ 51 
4.3.6.2 Serviços ................................................................................................. 51 
5 LEGISLAÇÃO ................................................................................................ 52 
5.1 Legislação federal ..................................................................................... 53 
5.1.2 Constituição Federal ................................................................................. 53 
5.1.3 Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional ............................................................................................ 
 
53 
5.1.4 Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do 
Adolescente....................................................................................................... 
 
5.1.5 Lei nº 8.313/91 - Lei de Incentivo à Cultura ................................................ 53 
5.1.6 Lei Nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000 - Lei da Acessibilidade das 
Pessoas Portadoras de Deficiência .................................................................... 
 
54 
5.2 Legislação estadual ................................................................................... 54 
5.2.1 Resolução Técnica CBMRS nº 11 - Parte 01/2016 - Saídas de 
Emergência ........................................................................................................ 
 
54 
5.2.2 Decreto nº 53.280, de 01 de novembro de 2016 - Proteção contra 
Incêndio ..................... ........................................................................................ 
 
54 
.......................................................................................................... 14 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
5.2.3 Lei nº 13.490, DE 21 de Julho de 2010 - Lei de Apoio as Atividades 
Culturais ............................................................................................................. 
 
54 
5.3 Legislação municipal ................................................................................. 55 
5.3.1 Lei Municipal n°4951/2013 - Plano Diretor do Município de Giruá ............. 55 
5.3.2 Lei Municipal n°4955/2013 - Código de Obras Município de Giruá ............ 55 
5.4 Legislação ambiental ................................................................................. 55 
5.4.1 Lei Estadual nº 11.520, de 03 de agosto de 2000 - Código Estadual de 
Meio Ambiente ................................................................................................... 
 
55 
5.4.2 Lei Federal nº 12.651 de 25 de maio de 2012 - Código Florestal ................ 55 
5.4.3 Resolução CONAMA nº 303, de 20 de março de 2002 - Área de 
Preservação Permanente .................................................................................. 
 
56 
5.5 Normas técnicas ........................................................................................ 56 
5.5.1 NBR 9050/2015 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e 
equipamentos urbanos ...................................................................................... 
 
56 
5.5.2 NBR 9077/2001 - Saídas de Emergência em Edifícios .............................. 56 
5.5.3 ABNT NBR ISO/CIE 8995-1/ 2013 - Iluminação de ambientes de trabalho 
............................................................................................................................ 
 
57 
5.5.4 NBR 12179/2005 - Tratamento acústico em recintos fechados ................. 57 
5.5.5 NBR 10152/1987- Níveis de ruído para conforto acústico ......................... 57 
6 ESTUDOS TIPOLÓGICOS ............................................................................ 58 
6.1 Estudos de caso in loco ............................................................................ 59 
6.1.2 SENAC ...................................................................................................... 59 
6.2 Estudos de caso bibliográficos ................................................................ 62 
6.2.1 Parque Educativo Zenufaná ...................................................................... 62 
6.2.3 Escola Montessori ............................................................................. ....... 65 
6.2.4 CRAS ........................................................................................................ 68 
7 DEFINIÇÃO DO PROGRAMA ....................................................................... 71 
7.1 Setorização e Programa de necessidades .............................................. 72 
7.2 Pré-dimensionamento ............................................................................... 73 
8 COMPLEMENTAÇÃO DA PESQUISA .......................................................... 76 
8.1 Organograma ............................................................................................. 77 
8.2 Fluxograma ................................................................................................ 78 
8.3 Estudos de conceituação ......................................................................... 79 
8.4 Memorial de intenções .............................................................................. 80 
8.5 Zoneamento ............................................................................................... 83 
8.6 Proposta volumétrica ................................................................................ 87 
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 90 
 
 
 
 
 
 
 
.......................................................................................................... 15 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 DEFINIÇÃO DO TEMA 
.......................................................................................................... 16 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
1.1 Tema 
 
Centro de integração socioeducativo: Espaço sonhar. Um complexo para cidade 
de Giruá, que oferecerá espaços de lazer e cultura, cursos técnicos e livres, e auxílio 
social. 
 
1.2 Conceituação do tema 
 
O centro de integração socioeducativo tem como proposta trazer construção 
profissional, educacional, cultural, e social a adolescentes, jovens, adultos em idade 
produtiva. Um projeto arquitetônico que tem compromisso com a vida humana, que 
visa trazer conexão com a sociedade como um todo, facilitando assim a integração à 
sociedade de pessoas em vulnerabilidade econômica. 
 
1.3 Público alvo 
 
Verificou-se que o salário médio mensal dos trabalhadores formais na cidade de 
Giruá, é de 2,2 salários mínimos (IBGE, 2015). Assim sendo, o público alvo são 
indivíduos produtivos com renda familiar de até 1 salário mínimo que tenham idade 
acima de 12 anos (considerando-se que essa faixa etária é o início da adolescência 
segundo Estatuto da Criança e do Adolescente). Atinge-se, dessa forma 55% da 
população do município. 
 
1.4 Origem do nome 
 
Os sonhos determinam onde se deseja chegar, eles que nos direcionam aos 
nossos objetivos, porém é comum não se concretizarem com tanta frequência em 
meio a população menos favorecida. 
.......................................................................................................... 17 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
Aliada a essa realidade, a perspectiva de vida da maioria dos jovens carentes, 
expostos à violência, drogas, delinquência, abusos não se ascende à construção de 
planos condizentes com uma qualidade de vida desejável. 
Assim sendo, sabendo que o ato de fazer planos compete com a realidade que se 
apresenta a cada indivíduo, o nome “Espaço Sonhar” vem de encontro ao tema do 
projeto que pretende proporcionar meios que auxiliem essa população, plantando 
sonhos estruturados em vivências culturais, sociais e educacionais, prospectando aosadolescentes, jovens, e adultos uma previsão mais concreta de um futuro melhor. 
 
1.5 Introdução 
 
A pobreza e a humanidade caminham juntas desde os primórdios, e situações 
sociais consideradas injustas aos nossos olhos sempre se fizeram presentes. Na 
idade média, a pobreza era vista como algo incontornável; nascido de família pobre, 
sempre pobre seria. Já na era capitalista o indivíduo passa a ter responsabilidade de 
sua situação. O porquê estava associado ao seu comportamento na sociedade, falta 
de trabalho, competência, sucesso. 
Nos dias de hoje, esse assunto continua sendo polêmico e sem pontos finais; A 
questão é que os indivíduos, com culpa ou não da sua situação social, podem superar 
essas barreiras. Geralmente a formação social das pessoas pertencentes às classes 
menos favorecidas se desenvolve de forma deficiente, sem base educacional, cultural, 
e social, e os resultados dessa desestruturação social tendem a se repetir de geração 
a geração quando uma realidade diferente não é apresentada. Essa realidade 
engajada com direitos e deveres do cidadão deve ser vivenciada de maneira íntima 
para que possa reeducar comportamentos, e despertar metas comprometidas com a 
humanidade. Mediante a isso o projeto proposto vem de encontro a essa realidade 
com o intuito de modificá-la. 
O Espaço Sonhar tem o potencial de alterar a conjuntura social oportunizando aos 
que necessitam uma base estruturada de educação, cultura e apoio social. Nesse 
viés, a sociedade pode obter uma maior igualdade, elevando a qualidade de vida 
daqueles que carecem de oportunidades e tornando a cidade alvo um lugar melhor 
para se viver. 
.......................................................................................................... 18 
 
................................................................ .......................................................... 
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1.6 Justificativa 
 
A escolha do tema tem como foco primordial amparar adolescentes, jovens, e 
adultos em idade produtiva, em situação de vulnerabilidade e de risco social. A 
implantação é proposta para o bairro Santo Antônio da cidade de Giruá. A área de 
intervenção é próxima ao hospital e do centro urbano, todavia lhe faltam recursos 
sociais. A cidade é carente de programas profissionalizantes, sendo raros os espaços 
físicos específicos para tais atividades. Além disso, a educação é precária, pois de 
acordo com o IBGE 2015, apenas 37% dos alunos que concluem o ensino 
fundamental ingressam no ensino médio. Também contribui para essa situação o 
índice de pobreza, que é consideravelmente alto, 27,02%, e o índice de 
desenvolvimento humano que se mantém em 0,721, abaixo da capital do RS com 
0,805. 
Logo, o programa visa trazer recursos, educacionais, culturais, e sociais aos 
indivíduos da região de maneira gratuita e acessível, capacitando-os a se (re)integrar 
na sociedade, e melhorar o histórico sociocultural da cidade de Giruá, indo de encontro 
à legislação federal vigente: 
 
Lei Federal nº 8.069, art. 4º: “É dever da família, da comunidade, da 
sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a 
efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, 
ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, 
à liberdade e à convivência familiar e comunitária.” 
 
A citação da lei acima, deixa claro nosso papel como família, comunidade e 
sociedade. Oferecer educação profissionalizante, cultura, convivência, lazer, facilitará 
o afastamento dos indivíduos com deficiência social, das drogas, da violência, da 
criminalidade, e da baixa expectativa de vida. 
Essa situação social se dá principalmente pela escassez de oportunidades. Assim 
sendo, o projeto auxiliará na resolução dessa conjuntura, pois tem como lema entregar 
ferramentas que possibilitarão novos arranjos de vida, alicerçados na busca por um 
futuro melhor, um futuro alcançável com esforço e dedicação. 
.......................................................................................................... 19 
 
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As atividades oferecidas proporcionarão uma troca de experiência entre alunos, 
professores, famílias, fomentando assim o espírito de coletividade, e quebrando, 
gradativamente, a exclusão social enraizada. 
 
1.7 Objetivos 
 
1.7.1 Objetivo geral 
 
Proposta de projeto arquitetônico que proporcione um espaço físico que 
forneça cursos profissionalizantes e de cunho cultural ao público alvo; em que possa 
ser garantido apoio jurídico, psicológico, médico e odontológico; e ambientes que 
estimulem a relação interpessoal através do convívio e momentos de lazer, 
proporcionando crescimento pessoal, e profissional, resultando assim na inclusão 
social dos indivíduos. 
 
1.7.2 Objetivos específicos 
 
 Promover lugares que apresentem uma realidade embasada na educação, 
direitos e deveres dos cidadãos; 
 Oferecer espaços específicos para cursos livres e profissionalizantes que 
garantam a inserção dos jovens e adultos em idade produtiva no mercado de 
trabalho. 
 Oferecer salas para cursos e atividades que desenvolvam o raciocínio lógico, 
a coordenação motora e a musicalidade. 
 Instigar a busca por novas e melhores perspectivas de vida profissional e 
social. 
 Criar ambientes que estimulem o crescimento do convívio social entre alunos, 
família e comunidade, integrando-os na sociedade. 
 Projetar recintos que proporcionem momentos de recreação, lazer e descanso. 
 Estimular a permanência no meio escolar. 
 Resgatar valores de cunho cultural e social. 
.......................................................................................................... 20 
 
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 Desenvolver setor de apoio social garantindo ajuda jurídica, psicológica, 
médica e odontológica. 
 Projetar o edifício visando a integração com a natureza. 
 Tornar o projeto uma referência na educação técnica e inclusão social, com 
espaços de qualidade. 
 
 
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2 REFERENCIAL TEÓRICO 
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2.1 A pobreza e os reflexos na sociedade 
 
Existem diversas formas de definir a pobreza, mas a pobreza que nos referimos 
aqui, é aquela relacionada ao não atendimento das necessidades básicas, cujo 
indivíduo não tem as condições mínimas de sobreviver de maneira digna. Nessa 
situação, a pessoa não possui qualidade de vida e distancia-se de direitos garantidos 
por lei, como alimentação, saúde, educação, profissionalização, cultura, lazer, 
respeito, dignidade, liberdade, convivência familiar e comunitária. Os autores, da obra 
“Desigualdade e a Questão Social” descrevem as consequências de ter esses tantos 
direitos renegados. 
 
Observa-se, assim, uma multiplicação de categorias da populaçãoque 
sofrem de um déficit de integração com relação ao trabalho, à moradia, à 
educação, à cultura, etc., e portanto pode-se dizer que estão ameaçadas de 
exclusão. Esses processos de marginalização podem resultar em exclusão 
propriamente dita, ou seja, num tratamento explicitamente discriminatório 
dessas populações. (CASTEL, WANDERLEY, WANDERLEY, 2000, p. 43) 
 
Surgem então duas situações: proteger os indivíduos da carência de direitos, e 
proteger a sociedade das implicações dessa situação. Para esclarecer melhor, segue 
a citação: 
 
Se agregarmos ao quadro nacional, a miséria vigente em certas regiões do 
território nacional, a violência urbana crescente e incontrolável, o aumento do 
narcotráfico, a extensão da economia informal, o subemprego real e 
disfarçado, o volume do desemprego em setores estratégicos da economia, 
as chacinas entre grupos do tráfico e de policiais nos bairros pobres, favelas 
e cortiços, as rebeliões e fugas em presídios, para indicar os sinais mais 
visíveis, pode-se perceber o aguçamento da crise social. (CASTEL, 
WANDERLEY, WANDERLEY, 2000, p. 219-220) 
 
Vemos então um efeito dominó: grupos de pessoas são desprovidos do mínimo 
para se viver, consequentemente, criam-se indivíduos sem deveres, não aliançados 
com o coletivo. Oportunidades até podem aparecer, mas aquelas que degradam o 
comprometimento com a humanidade, que deixam surgir a violência, a criminalidade, 
o tráfico. Além disso a carência de direitos também pode se relacionar com a fome, 
.......................................................................................................... 23 
 
................................................................ .......................................................... 
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doenças, a baixa expectativa de vida, trazendo conformidade com as circunstâncias 
vigentes. 
O autor Simon Schwartzman discorre em sua obra: “Pobreza, exclusão social 
e modernidade: Uma introdução ao mundo contemporâneo” que houve um tempo na 
história no qual se acreditou que a modernização e o crescimento econômico trazidos 
pelo desenvolvimento industrial seriam soluções para diminuir a pobreza e a miséria. 
Todavia, à medida que a economia cresceu, cresceu também a pobreza. O seguinte 
fato esclarece tal afirmação: de acordo com FMI (Fundo Monetário Internacional), no 
ano de 2016, o Brasil estava entre os dez países com o valor do PIB mais alto, por 
outro lado, o nosso país está em décimo lugar no índice de desigualdade econômica 
e social no mundo, conforme relatório da ONU do ano de 2016. Dessa forma, é 
evidente que o progresso econômico, não trouxe igualdade social, tendo em vista que 
bens e serviços como saúde e educação não tiveram os devidos investimentos. 
Quanto ao público em situação de carência, segundo o IBGE (2016), 
aproximadamente 50 milhões de brasileiros, ou seja, 25,4% da população brasileira, 
vivem na pobreza monetária, e no final desse ano de 2017, o Banco Mundial estimou 
um aumento de no mínimo 2,5 milhões até 3,6 milhões de pessoas que estariam 
vivendo na miséria. Essa quantia significativa de indivíduos em situação de crise social 
está relacionada ao número de pessoas desempregadas e sem escolaridade. 
Conforme a pesquisa do PNAD-2017 realizada pelo IBGE, no tocante a idade e 
desocupação das pessoas, a maioria delas desocupadas no Brasil tem de 18 a 39 
anos e totalizam 34,4 milhões de pessoas. Desse total, 32,7 milhões de pessoas tem 
de 18 a 24 anos. Percebe-se então que a questão do desemprego também se 
relaciona com o nível de escolaridade. Segundo o IBGE 2018, a taxa de desemprego 
é de 20% entre pessoas com ensino médio incompleto e 6,2% quando se tratam de 
pessoas com curso superior (veja figura 1). 
Diante de tais fatos, é perceptível a importância da educação, pois ela facilita o 
acesso aos direitos básicos que garantem o bem-estar dos seres humanos. Conforme 
Julio Boltvinik, existem seis fontes de bem-estar que satisfazem as necessidades 
básicas de uma pessoa ou de uma família. São elas: 
 
a) a renda corrente; b) os direitos de acesso a serviços ou bens 
governamentais de caráter gratuito (ou subsidiados); c) a propriedade, os 
https://en.wikipedia.org/wiki/Julio_Boltvinik
.......................................................................................................... 24 
 
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direitos de uso, de ativos que proporcionam serviços de consumo básico 
(patrimônio básico acumulado) d) os níveis educativos, as habilidades e 
destrezas, entendidos não como obtenção de ingressos, mas como 
expressões da capacidade de entender e fazer; e) o tempo disponível para a 
educação, a recreação, o descanso, e para os trabalhos domésticos; f) os 
ativos básicos, ou a capacidade de endividamento da família. (CASTEL, 
WANDERLEY, WANDERLEY, 2000, p. 181) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No entanto, como já dito, a educação é uma porta para se obter, ou ao menos 
facilitar a obtenção de outros benefícios. Ela nos liga à cidadania, e isso nos integra 
à sociedade, nos revestindo de benefícios básicos para o bem-estar. Sendo assim, 
conclui-se esse capitulo com a seguinte reflexão citada por Pedro Demo: “O maior 
problema das populações pobres não é propriamente a fome, mas a falta de cidadania 
que os impede de se tornarem sujeitos de história própria, inclusive de ver que a fome 
é imposta.” (DEMO, 2002, p.5) 
 
 
 
 
 
Figura 1: Escolaridade 
Fonte: g1.globo, 2018. (Acesso em 2018). 
.......................................................................................................... 25 
 
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2.2 Iniciativas que auxiliam na mudança do contexto social de pobreza 
 
Segundo o autor Simon Schwartzman, há sociedades, como a maioria dos 
países do Sul da África, que são receptoras de extrema pobreza e miséria por não 
permitirem o florescimento da economia, não protegerem seu povo das invasões da 
economia global e das instituições militares e culturais que lhe são associadas. Já, 
sociedades como o Brasil, se abrem para o capitalismo, porém não investem em suas 
instituições, resultando em problemas viciosos como a injustiça e a desorganização 
social. Em contrapartida, há sociedades capazes de expandir a economia e investir 
em serviços corporativos, e essas geralmente alcançam melhores condições de 
desenvolvimento econômico e bem-estar social. 
 
Como lidar com os problemas de pobreza e miséria, associados às formas 
contemporâneas de capitalismo e globalização? Em termos muito gerais, as 
respostas não parecem ser diferentes do que tem sido falado pelos autores 
clássicos ao longo do tempo. Devemos nos guiar pelo conselho de Adam 
Smith, criando condições que possibilitem o florescimento da iniciativa e da 
criatividade humanas em mercados econômicos abertos; e seguir as 
advertências de Karl Polanyi, construindo instituições que possibilitem a 
existência de atividades de mercado e ao mesmo tempo protejam as pessoas 
contra a propensão da modernização para a autodestruição. 
(SCHWARTZMAN, 2004, p.122) 
 
Nesse viés, o mesmo autor descreve sobre as melhorias que surgiram após a 
Segunda Guerra Mundial com a criação das Nações Unidas. Foram criadas 
instituições de âmbito internacional e organizações sociais que nasceram para 
proteger e reforçar os direitos básicos, auxiliando na mudança do contexto em que se 
encontravam muitas famílias em situação de vulnerabilidade. 
 
Depois da SegundaGuerra Mundial, com a criação das Nações Unidas, foi 
feito um esforço importante pelos aliados de criar instituições de âmbito 
internacional e definir o conjunto de direitos básicos que elas protegeriam e 
reforçariam. Algumas delas, como o Fundo Monetário Internacional e o Banco 
Mundial, deveriam garantir um ambiente estável e previsível para as 
transações econômicas internacionais. Outras, como a Unesco, a 
Organização Mundial de Saúde e a Organização Internacional do Trabalho, 
receberam mandatos específicos para tratar do desenvolvimento dos direitos 
humanos à educação, à saúde e a condições de trabalho adequadas e 
humanas. (SCHWARTZMAN, 2004, p.123) 
 
.......................................................................................................... 26 
 
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Mas o que são os benefícios sem a história que se obtém para conquistá-los? 
O que traz valor à vida das pessoas é mais do que o “ter”, é o que elas se tornam para 
obter tais benefícios, ou seja, a história que elas escrevem. Os direitos conquistados 
são tão importantes quanto o crescimento que se conquista como pessoa, como 
cidadão. Abaixo, Pedro Demo descreve o que pode “curar” a pobreza: 
 
 (...) A visão assistencialista de pobreza, ao lado de praticar um 
funcionalismo atroz, “normaliza” a situação de pobreza, fazendo-a 
dependente de favores alheios. O que pode “curar” a pobreza não são 
benefícios, mas a constituição de um sujeito social capaz de história própria, 
individual e coletiva. (DEMO, 2002, p.16) 
 
 Tornar os indivíduos capazes de construir sua história, entregando ferramentas 
que os tornarão aptos para conquistar seus direitos, não será apenas algo paliativo 
no contexto da pobreza, mas uma mudança de realidade, fomentando a vontade de o 
indivíduo se tornar melhor como cidadão. Nesse sentido, arquitetura se mostra mais 
do que uma construção esteticamente correta, se mostra como um instrumento que 
possibilita dar esperança àqueles que não tem mais expectativa de vida, uma forma 
de trazer mudança de hábitos, já que o ser humano é um reflexo das vivências de sua 
realidade, ou em outras palavras de acordo com Sartre, Marx e pensadores mais 
antigos da Grécia, o homem é um produto do meio em ele que vive. A arquitetura 
também se mostra como um meio para oferecer crescimento social para o público 
alvo, atender àqueles necessitados de uma apropriada prestação jurisdicional, 
psicológica e física, e trazer conhecimento, o gatilho para todos esses benefícios 
citados, capacitando-os a sobreviver dignamente. 
 
A arquitetura é um pequeno pedaço dessa equação humana, mas para 
os que, como nós, a praticamos, acreditamos em seu potencial para 
fazer a diferença, para iluminar e enriquecer a experiência humana, 
para enfrentar as barreiras do mal-entendido e proporcionar um belo 
contexto para a vida. – (Frank Gehry no seu Dicurso na Cerimônia do 
Prêmio Pritzker em 1989) 
 
Segundo o arquiteto Steven Ehrlich: 
 
A arquitetura é antes de tudo servir as pessoas e a sociedade. Esta é 
a responsabilidade do arquiteto: projetar prédios que cumprem com 
seu propósito prático, unir pessoas e nos conectar ao mundo natural, 
preservando recursos preciosos. (WING, 2011, s/p) 
http://www.pritzkerprize.com/1989/ceremony_speech1
http://www.pritzkerprize.com/1989/ceremony_speech1
http://www.metropolismag.com/author/sherinwing/
.......................................................................................................... 27 
 
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De acordo a obra “Desigualdade e a questão social”, a mudança da crise social 
em que se encontra o público em questão é gradativa. Dessa forma, vale ressaltar 
que o acompanhamento durante o aprendizado é um requisito de prima importância, 
sabendo que as ações que serão desenvolvidas a partir de cursos, requerem uma 
participação ativa, e a resposta que o público alvo dará às atividades depende dos 
passos das suas aprendizagens. Conforme Wanderley, “(...)A crise social será 
vencida no tempo, certas ações implementadas aqui a acolá conseguem diminuir o 
número dos que vivem na pobreza absoluta(...)” (CASTEL, WANDERLEY, 
WANDERLEY, 2000, p. 166) 
Os indivíduos em situação de vulnerabilidade social se encontram de certa 
forma aprisionados, sem oportunidades, desintegrados do meio social. A falta de 
recursos educacionais, culturais, sociais culminam em ausência de capacidade, e 
essa carência é o que os impedem de serem livres e saírem do contexto de 
desintegração social. A oferta de tais recursos dá a esses sujeitos uma forma de 
descobrirem suas aptidões, e assim contribuírem com a sociedade e receberem os 
bônus de suas contribuições. Dessa maneira, vê-se aqui dois lados beneficiados: os 
indivíduos, que descobrirão suas habilidades e assim poderão ter suas próprias 
conquistas no mercado e no meio social, e a sociedade que receberá novos cidadãos 
que a tornará mais igualitária. Na seguinte citação da obra “Desigualdade e a Questão 
Social” consta a relação entre recursos, capacidade e liberdade: 
 
Enfocando a questão da pobreza, Encheverria aduz que, mesmo não 
exclusivamente, as capacidades das pessoas dependem do conjunto de 
coisas a que elas tem acesso. Assim, se entendermos a pobreza absoluta 
como carência das coisas indispensáveis para viver com dignidade, ela é uma 
das restrições mais importantes à liberdade. E mesmo a pobreza relativa, isto 
é, entendida em termos comparativos dentro de uma dada sociedade, 
constitui um condicionante às opções de vida que cada pessoa dispõe e entre 
as quais escolhe, delineando assim seus desempenhos. No resumo deste 
economista peruano: “A qualidade de vida pessoal está, pois, definida por 
duas coisas: a gama de opções abertas pela sociedade e pelas próprias 
características pessoais de dita pessoa, e a liberdade que tem de escolher 
entre elas.” (CASTEL, WANDERLEY, WANDERLEY, 2000, p. 191) 
 
Como já foi comentado anteriormente no capítulo “A pobreza e os reflexos na 
sociedade”, a maioria dos jovens e adultos desempregados são aqueles com o ensino 
médio incompleto conforme a reportagem da G1: “Desemprego é maior entre jovens, 
mulheres e trabalhadores sem ensino superior”. Mas será que esse fato está 
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relacionado a uma escolha ou à falta dela? Uma notícia publicada no site da ONU, 
que tem como título: “Jovens que não estudam nem trabalham: escolha ou falta de 
opções?”, concluiu, a partir de estudo do Banco Mundial, que teve como base a fala 
de jovens fora da escola e do mercado de trabalho, que esse fato é resultado da 
pobreza em que eles estão aprisionados. De acordo com a notícia, há 11 milhões de 
jovens no Brasil que não estudam e nem trabalham, o equivalente a um quarto da 
população entre 15 e 29 anos. 
Em uma sociedade cuja noção do trabalho é um dever, e o estudo é um 
caminho para se chegar ao mercado de trabalho, como imaginar que há pessoas 
conformadas em não estudar e em não trabalhar? Simples: somos resultado das 
nossas vivências, da nossa realidade. Como esperar uma iniciativa de mudança de 
uma população cuja pobreza é tão grande que é capaz de aprisionar, que é capaz de 
tornar a crise social uma situação aceitável? Esses jovens não possuem referênciasque os despertem para continuar os estudos, ingressar no trabalho, ou mesmo fazer 
planos. Outrossim, a questão de gênero também contribui para tal conformidade, pois 
as mulheres com filhos pequenos, casadas ou não, acomodam-se a ser apenas 
cuidadoras do lar, restringindo assim as oportunidades de exercer uma profissão. 
É nesse viés que a chamada socioeducação surge como um papel essencial 
para o desenvolvimento das pessoas em vulnerabilidade, como uma chave que abre 
um leque de iniciativas capazes de auxiliar na mudança do contexto social de pobreza. 
 
A socioeducação é imprescindível como política pública específica para 
resgatar a imensa dívida histórica da sociedade brasileira com a população 
adolescente (vítima principal dos altos índices de violência) e como 
contribuição à edificação de uma sociedade justa que zela por seus 
adolescentes. (SINASE,2013, s/p) 
 
 Partindo da concepção do SINASE (2013), Sistema Nacional de Atendimento 
Socioeducativo e do ECA, a socioeducação se fundamenta como um grupo de auxílios 
de caráter educacional, social e cultural, formando indivíduos desenvolvidos 
socialmente, estimulando o potencial individual e coletivo e facilitando o acesso ao 
bem-estar social e as oportunidades. 
Conforme o texto “A importância da cultura no processo de aprendizagem” 
publicado por Jididias Rodrigues da Silva, o caráter educacional tem como 
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responsabilidade trazer o exercício da aprendizagem, tornando o conhecimento um 
importante elemento para o crescimento como indivíduo. Em relação ao caráter 
cultural, cabe primeiramente entendermos sua concepção. A cultura é um elemento 
importante no processo de aprendizagem e, de certa forma, cada um é criador e 
propagador da sua cultura, podendo ela ser manifestada de várias maneiras em nosso 
cotidiano. Sendo assim, ela não é um elemento estático mas um elemento ativo, 
sujeito a transformações. Ela está ligada a nossas experiências, empenhada em 
exprimir a criatividade, potencialidades, e habilidades resultando em ações 
correspondentes às identidades de cada um. Já o caráter social, por outro lado, é, de 
certa forma, uma consequência da simbiose da educação com a cultura. Essa 
combinação dá vida aos membros da sociedade, ao passo que eles se tornam agentes 
participantes e não excluídos, integrados e não desintegrados, mudando assim o 
contexto social de vulnerabilidade. Tal afirmação é retratada na reportagem: “Encontro 
na FMRP busca saídas para diminuir a vulnerabilidade social.” 
 
(...) a capacidade é um reflexo da liberdade para lograr desempenhos 
valiosos. Concentra-se diretamente na liberdade como tal em vez dos meios 
para adquiri-la e identifica as reais alternativas que temos. Nesse sentido, 
pode ser lida como um reflexo da liberdade substantiva. Na medida em que 
os desempenhos são constitutivos do bem- estar, as capacidades 
representam a liberdade de uma pessoa para conseguir o bem-estar. 
(OSZLAK, 1996 p.173, apud CASTEL, WANDERLEY, WANDERLEY, 2000, 
p. 189-190) 
 
Todavia, essas iniciativas sucessivas de capacitação, crescimento cultural e 
social, as que buscam a participação dos adolescentes e jovens na escola e no 
mercado de trabalho, não se sustentam por si só. De acordo com a matéria da ONU 
“Jovens que não estudam nem trabalham: escolha ou falta de opções?” elas serão 
insuficientes se não estiverem associadas a intervenções que: 
 
(...) facilitem o acesso a informações sobre oportunidades e como elas podem 
concretamente mudar suas vidas; Incutam um sentimento de pertencimento 
e preparação entre os jovens que sentem que as oportunidades disponíveis 
não são para eles; Ofereçam programas de apoio ou de mentoria para ajudar 
esses jovens a lidar com as dificuldades associadas ao cumprimento de 
objetivos. (MÜLLER, 2018, s/p) 
 
 
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2.3 Precedentes: Escola Técnica / Centros Educativos 
 
O histórico a seguir tem como referência relatórios e pesquisas do Ministério 
da Educação. A escola técnica ou profissionalizante não teve origem no sistema de 
ensino atual. Muito pelo contrário, seu início no Brasil se deu desde o tempo da 
colonização. Nessa época já se via a necessidade de formar trabalhadores de acordo 
com a demanda de serviços. Índios e escravos foram os primeiros aprendizes, sendo 
na época um ensino predestinado às mais baixas categorias sociais. 
Com o passar do tempo, trabalhadores especializados nos serviços que 
movimentavam a economia se tornou cada vez mais necessário. A criação das Casas 
de Fundição e de Moeda, após o advento do ouro em Minas Gerais, por exemplo, 
trouxe a necessidade de profissionais especializados. Nesse mesmo período, os 
Arsenais da Marinha no Brasil criaram os Centros de Aprendizagem de Ofícios, 
trazendo operários especializados de Portugal e recrutando pessoas que tivessem 
condições de produzir. 
Os anos seguintes de 1800 são contemplados por várias experiências no 
ensino profissional no Brasil. Nessa época, o modelo de aprendizagem dos ofícios 
manufatureiros era destinado às classes sociais menos favorecidas. Instruções de 
tipografia, encadernação, alfaiataria, sapataria, tornearia, carpintaria, além do 
educação primária, eram ensinos realizados em determinadas casas à crianças e 
jovens. 
Em 1808, após a vinda da família real portuguesa, cria-se o Colégio das 
Fábricas. Sua instalação visava atender a mão-de-obra das novas fábricas instaladas 
pelos imigrantes, na cidade de São Paulo, sendo considerado o primeiro 
estabelecimento instalado pelo poder público. A partir de então, um número 
expressivo de fábricas se estabelecem em 1889, são 636 empresas com 54 mil 
trabalhadores no total, para uma população de 14 milhões de habitantes. 
De acordo com um trabalho final de graduação sobre Escola Técnica em 2012, 
e informações provenientes do site da USP sobre a Escola Politécnica, por volta de 
1890, o conceito de Escola Técnica chega ao Brasil através do arquiteto Francisco de 
Paula Ramos de Azevedo e do Engenheiro Antonio Francisco de Paula Souza, dois 
amigos vindos da Europa, local onde surgira tal conceito. Nesse momento, São Paulo 
.......................................................................................................... 31 
 
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carecia de mão-de-obra de escultores, pintores, carpinteiros e serralheiros. Assim, 
passaram a existir os cursos preparatórios técnicos com a ajuda Ramos de Azevedo 
e Paula Souza, que enxergaram a necessidade de formar operários e mestres a curto 
prazo. Todavia, um dos principais objetivos, era produzir uma tecnologia própria, 
capaz de tornar o Brasil independente das importações e produções externas, 
espelhando-se assim, no exemplo norte-americano. Nesse sentido, formava-se 
engenheiros brasileiros que pudessem dar cabo de empreendimentos, tais como as 
estradas de ferro. Surge então, em 1894 a Escola Politécnica com graduação em 
Arquitetura e Engenharia. Inicialmente foi sediada em instalações provisórias, e 
posteriormente recebeu sede em um novo edifício, projetado pelo arquiteto Ramos de 
Azevedo em1907, aliado a arquitetura eclética. 
 
Figura 2: Escola Politécnica 
 
Fonte: Brasiliana Fotográfica. (Acesso em 2018). 
 
Nesse mesmo período, o governador do Estado de Rio de Janeiro, Nilo 
Peçanha funda no Brasil o ensino técnico, por meio do decreto n° 787, de 11 de 
setembro de 1906. Cria-se então nessa unidade federativa quatro escolas 
profissionais: Campos, Petrópolis, Niterói, para a instrução de ofícios e Paraíba do 
Sul, para aprendizagem agrícola. Assim nesse mesmo ano, 1906, a partir das 
seguintes ações, o ensino técnico-industrial foi consolidado: 
 
Realização do “Congresso de Instrução” que apresentou ao Congresso 
Nacional um projeto de promoção do ensino prático industrial, agrícola e 
.......................................................................................................... 32 
 
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comercial, a ser mantido com o apoio conjunto do Governo da União e dos 
Estados. O projeto previa a criação de campos e oficinas escolares onde os 
alunos dos ginásios seriam habilitados, como aprendizes, no manuseio de 
instrumentos de trabalho; A Comissão de Finanças do Senado aumentou a 
dotação orçamentária para os Estados instituírem escolas técnicas e 
profissionais elementares sendo criada, na Estrada de Ferro Central do 
Brasil, a Escola Prática de Aprendizes das Oficinas do Engenho de Dentro, 
no Rio de Janeiro; Declaração do Presidente da República, Afonso Pena, em 
seu discurso de posse, no dia 15 de novembro de 1906: “A criação e 
multiplicação de institutos de ensino técnico e profissional muito podem 
contribuir também para o progresso das indústrias, proporcionando-lhes 
mestres e operários instruídos e hábeis”. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 
2018) 
 
Em 23 de setembro de 1909, é assinado o decreto nº 7.566, durante a 
presidência de Nilo Peçanha. Cria-se sob a jurisdição dos Negócios da Agricultura, 
Indústria e Comércio, dezenove Escolas de Aprendizes Artífices, designadas a 
educação primária, profissional e gratuita. Mais tarde em 1927 é sancionado pelo 
Congresso Nacional o Projeto de Fidélis Reis, prevendo o oferecimento obrigatório da 
aprendizagem profissional no Brasil. 
Em 1937, o ensino técnico passa a ser visto mais do que um sistema de 
inclusão das classe menos favorecidas, mas como uma estratégia de desenvolver a 
economia. A constituição brasileira de 1937 passa a discutir especificamente o ensino 
técnico, profissional e industrial. É estabelecido no artigo 129: 
 
 O ensino pré-vocacional e profissional destinado às classes menos 
favorecidas é, em matéria de educação, o primeiro dever do Estado. Cumpre-
lhe dar execução a esse dever, fundando institutos de ensino profissional e 
subsidiando os de iniciativa dos Estados, dos Municípios e dos indivíduos ou 
associações particulares e profissionais. 
É dever das indústrias e dos sindicatos econômicos criar, na esfera de sua 
especialidade, escolas de aprendizes, destinadas aos filhos de seus 
operários ou de seus associados. A lei regulará o cumprimento desse dever 
e os poderes que caberão ao Estado sobre essas escolas, bem como os 
auxílios, facilidades e subsídios a lhes serem concedidos pelo poder público. 
(MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2018) 
 
Conforme o ministério da educação sobre o histórico da educação profissional, 
em 1942, com a expansão das industrias, as Escolas de Aprendizes e Artífices 
transformaram-se em colégios industriais e técnicos, vinculando o saber industrial a 
estrutura do ensino do país como um todo. Durante o governo de Juscelino Kubitschek 
(1956-1961), período marcado pela a indústria automobilística, são conferidos 73% 
.......................................................................................................... 33 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
dos investimentos à produção de energia e ao transporte, e 3,4% é destinado à 
educação. Pela primeira vez a educação é encarada com mais relevância, afinal, 
tinha-se o objetivo de formar profissionais orientados para desenvolvimento 
econômico do país. 
Em 1959 as Escolas Técnicas Industrias (ETIS) passam a ser chamadas de 
Escolas Técnicas Federais (ETFS) e recebem autonomia pedagógica e administrativa. 
Em 1961 o ensino profissional equipara-se ao ensino acadêmico a partir das lei das 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Em 1970, expande-se ainda mais a oferta 
de educação técnica e profissional, com a aceleração do crescimento econômico. 
Em 1978, com o objetivo de formar engenheiros de operação e tecnólogos, 
surgem então os três pioneiros na esfera educacional, os Centros Federais de 
Educação Tecnológica os chamados CEFETS. Dezesseis anos mais tarde, os 
CEFETS absorvem as atividades das Escolas Técnicas Federais e das Escolas 
Agrotécnicas, tornando-se unidade padrão da Rede Federal de Ensino Profissional, 
Científico e Tecnológico. 
Sob títulos arquitetônicos, pode-se citar a Escola Técnica de Comércio que teve 
grande relevância na história. Ela iniciou-se em 1960, na cidade de Santos (SP), com 
projeto realizado pelo arquiteto Decio Tozzi, considerado marco arquitetônico, o qual 
já aprimorava-se com estratégias sustentáveis. Primeira escola profissionalizante 
designada ao ensino técnico de comércio, com o intuito de formar profissionais aptos 
as atividades administrativas portuárias e relacionadas aos serviços urbanos. Hoje, a 
escola é considerada patrimônio histórico-cultural. No entanto encontra-se 
desativada. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Archdaily. (Acesso em 2018). 
Figura 3: Escola Técnica de Comércio 
.......................................................................................................... 34 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
Atualmente, com a finalidade de trazer fortalecimento ao ensino médio 
integrando-o a educação profissional, foi aliado o programa “Brasil Profissionalizado”, 
o Chamado PRONATEC, Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e 
Emprego. Segundo a página do Ministério da Educação: 
 
O Programa atua no fomento de ações que visam à expansão, ampliação e 
modernização das escolas das redes estaduais de Educação Profissional e 
Tecnológica, com a finalidade de expandir e ampliar a oferta de cursos 
técnicos de nível médio, principalmente do ensino médio integrado à 
educação profissional e tecnológica. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2018) 
 
Tendo em vista que o programa visa atender todo o Brasil, foi criado um projeto 
arquitetônico padrão, utilizando-se de sistemas constitutivos convencionais e partido 
arquitetônico que facilita a implantação em diferentes regiões e topografias. A 
concepção tem como responsáveis a equipe de coordenação e desenvolvimento de 
projeto do Fundo de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e o Departamento de 
Edificações e Rodovias (DER). 
Os estudos tipológicos citados acima possuem a capacitação profissional como 
principal medida para a reabilitação social, restringindo as valências culturais. 
Atualmente, projetos que compreendem a formação igualitária em duas esferas tem 
surgido, não só por meio da qualificação técnica, mas também pelas experiências 
culturais disseminadas em oficinas, ascendendo a espontaneidade e a criatividade, 
dando vida a novas potencialidades, assim como o CFCCT. 
Conforme o Texto de Adilson Melendez, Evelise Grunow e Carlos Augusto Calil, 
publicado na revista eletrônica: arco projeto Design em 2012,o Centro de Formação 
Cultural Cidade Tiradentes (SP), construído pela prefeitura de São Paulo e projetado 
pelos arquitetos José Rollemberg e Lara Melo Souza em 2012, é um exemplo que se 
enquadra nesses parâmetros recém abordados. É considerada a primeira instituição 
pública a integrar cursos profissionalizantes, lazer e cultura. A edificação foi 
implantada em uma região de alto grau de vulnerabilidade social, e oferece cursos de 
cenografia, iluminação, sonoplastia, dança, teatro e web design, entre outros, 
dispondo de opções culturais de forma mais abrangente através de exposições 
artísticas incentivadas pelos cursos ofertados. A cultura também é valorizada no 
.......................................................................................................... 35 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
programa através da adoção de espaços como o centro de memória, destinado a 
pesquisa, acervo e documentação respectivas à cultura afro-brasileira. 
Ao tratar de atributos arquitetônicos, o CFCCT é um projeto público que 
transcendeu a importância da criatividade aliada ao planejamento. O edifício 
implantado em um lote de 23 mil metros quadrados com desnível de 12 metros, é 
considerado elemento importante de conexão, ligando a via da fachada frontal, com a 
área verde pública da testada posterior na cota mais elevada. Assim, torna o trajeto 
entre um ponto e o outro, mas rico e atrativo. Os arquitetos pensaram no edifício como 
uma cena contemplativa para quem realiza o percurso; além da paisagem natural 
estar intrínseca ao projeto, criou-se espaços transparentes no mesmo, possibilitando 
assim a visualização das atividades sendo realizadas pelos alunos. Desse modo, vê-
se a arquitetura manifestada a partir da integração entre o edifício, programa, 
paisagem e a alameda criada. 
 
 
 
Tem-se, então, precedentes de escolas profissionalizantes voltadas apenas ao 
ensino técnico, e aquelas que englobam a recreação e a cultura. Seguindo essa 
linguagem de centros que adotam outras medidas para a inclusão social, há o CRAS, 
Centro de Referência de Assistência Social, que atua não só oferecendo ensinos 
através de oficinas e disseminando a cultura, mas contribui de forma mais direcionada 
a um público necessitado de auxílio social. De madeira geral, de acordo com o FAS 
(Fundação de Ação Social) de Curitiba, CRAS são unidades instaladas em locais de 
vulnerabilidade social, designadas à execução de serviços de proteção social básica. 
Fonte: Arcoweb. (Acesso em 2018). 
Figura 4:CFCCT Figura 5: CFCCT 
Fonte: Tonorumo. (Acesso em 2018). 
.......................................................................................................... 36 
 
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 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
Esse formato de centro será melhor descrito nos estudos de caso, como o Vila Nova 
União de Mogi Das Cruzes. 
 
2.4 Contexto social da cidade de Giruá 
 
O público alvo do projeto Centro de Integração Socioeducativo: Espaço Sonhar, 
caracteriza-se por pessoas acima de 12 anos com renda familiar de até 1 salário 
mínimo. Chegou-se a tal definição a partir do estudo do contexto social da cidade. 
Como complementação de pesquisa, analisemos algumas informações baseadas nos 
dados do IBGE de 2010/2017. 
 A população estimada de Giruá é de 17.069 habitantes, sendo a maior parte 
adolescentes de 15 a 19 anos. O índice de desenvolvimento humano da cidade é de 
0,721, valor abaixo do índice de Porto Alegre (0,805). Tal índice leva em conta a 
qualidade da educação, a renda e a longevidade dos habitantes. Veremos a seguir 
que o baixo IDH do município é consequência da realidade social vivida pelos 
moradores locais. 
Quanto a educação, essa se revela de forma problemática. Menos de 40% dos 
alunos que concluem o ensino fundamental matriculam-se no ensino médio. O IBGE 
aponta 1776 matrículas no ensino fundamental e 646 no médio. Segundo as 
pesquisas de 15.016 pessoas acima de 10 anos, 8.596 não possuem ensino 
fundamental completo, e 3.205 pessoas não possuem o ensino médio completo. 
Desse mesmo número de pessoas, 7.167 se encontram em posição de desocupação. 
Outra questão importante nesse quesito é a média do IDEB. Em 2015, os alunos dos 
anos iniciais de escolas públicas obtiveram média 6.0, e os alunos dos anos finais a 
média foi de 4.8 considerando o desempenho dos alunos. Tal desempenho coloca 
Giruá na posição 147 (de 497 cidades do estado) em se tratando da média dos alunos 
nos anos iniciais. Já em relação aos anos finais, o fraco desempenho dos alunos faz 
com que a cidade fique na posição 72 em relação aos demais municípios do estado. 
.......................................................................................................... 37 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.4.1 Economia do município de Giruá 
 
O valor do PIB per capita (2015), o IBGE registrou a média de R$35.584,73. A 
economia da cidade de Giruá baseia-se no setor primário, na produção agrícola e 
agropecuária, na extração vegetal, e silvicultura. No ano de 2015, a proporção de 
pessoas ocupadas em relação a população estimada era de 18,7%, e a média salarial 
mensal dos trabalhadores formais era de 2,2 salários mínimos. Tal contexto coloca 
Giruá, em relação aos demais municípios do estado, nas respectivas posições: 233º 
de 497 (pessoas ocupadas em relação a população) e 213º de 497 (média salarial 
mensal dos trabalhadores formais). 
 A pobreza atinge 27.02% da população, posicionando Giruá, em comparação 
as outras cidades do Estado, em 112º de 467. A taxa de mortalidade infantil, o IBGE 
registrou 20,73 óbitos para cada mil nascidos vivos, posicionando Giruá em 78º de 
497 cidades do estado. 
Tais informações demonstram uma realidade de desigualdade na distribuição 
de renda em uma cidade que possui uma produção econômica razoável, mas, com 
riqueza não distribuída. Essa discrepância acaba refletindo na educação e na saúde 
precárias, reduzindo a qualidade de vida da população. 
Figura 6: Escolaridade Giruá 
Fonte: IBGE, 2017. (Acesso em 2018). 
.......................................................................................................... 38 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
2.5 Arquitetura como contribuição nos espaços de ensino 
 
É lógica a importância dos espaços físicos na educação. Logo, a arquitetura 
atua como um elemento ímpar, contribuindo nos meios em que a educação é 
propagada. Doris Kowaltoski, arquiteta e professora, afirma de diferentes maneiras 
em sua obra que a arquitetura tem o poder de influenciar no aprendizado e na 
socialização. Os interiores das salas, o conforto termoacústico, a iluminação, a 
disposição dos mobiliários, os espaços amplos e integrados, os caminhos e acessos, 
são fins que promovem o bem-estar e colaboraram com o ensino. 
 
Afirma-se que o conforto ambiental é uma parceria entre ambiente físico 
(características do local, arquitetura da edificação e uso dos ambientes) e 
usuários do espaço, cujo comportamento também deve ser estudado. 
(KOWALTOSKI, 2010, p. 112) 
 
O conforto ambiental é parte integrante do projeto arquitetônico, englobando a 
parte acústica,térmica e lumínica dos espaços. O conforto acústico elimina a 
existência de ruídos, sem ocasionar problemas à saúde auditiva e às cordas vocais, 
melhorando o rendimento dos alunos. O conforto térmico resulta em um ambiente bem 
climatizado, aumentando a produtividade e a fluidez das tarefas realizadas. O conforto 
lumínico é determinante para a saúde visual, indispensável para desempenhar 
quaisquer atividade. Esses três fatores quando nivelados, garantem a permanência e 
a realização dos afazeres propostos de forma qualificada. 
Conforme o texto publicado por Carlos Eduardo Carvalho: “Arquitetura da 
escola auxilia na construção da aprendizagem” Os espaços precisam ser versáteis e 
adaptáveis, objetivando diferentes atividades e procurando acolher as características 
individuais dos alunos. Ou seja, o padrão de sala com classes enfileiradas já não é a 
melhor forma de conduzir os aprendizes ao ensino. Portanto, de acordo com a Doris 
Kowaltoski, a arquitetura deve dialogar com a proposta pedagógica da instituição para 
criar ambientes propícios ao aprendizado. “A carga que o ambiente gera se reflete no 
desempenho de qualquer pessoa” (KOWALTOSKI) 
A arquiteta, professora da Unicamp e autora do livro “Arquitetura escolar: o 
projeto do ambiente de ensino”, Doris Kowaltowski, afirma: “defendo um processo 
.......................................................................................................... 39 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
participativo da comunidade escolar junto com os arquitetos, com o envolvimento de 
todos para debater como deve ser a nova escola.” Portanto, ter a opinião do público 
interessado, levando em consideração as distintas aspirações de cada indivíduo, é 
mais uma variável relevante. Deve-se, então, compatibilizar o projeto arquitetônico 
com as propostas de ensino e a participação dos envolvidos para se chegar ao projeto 
ideal. 
 
2.6 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço Sonhar 
 
O centro de integração socioeducativo que tem como nome “Espaço Sonhar”, 
constitui-se em um programa que abrange três setores principais: setor de 
capacitação, setor de apoio, e setor de lazer e cultura. O setor de capacitação é 
responsável pelos cursos livres e profissionalizantes; o setor de apoio, oferece auxílio 
jurídico, psicológico, médico e odontológico; e o setor de lazer e cultura, é o setor 
responsável por estimular a socialização entre o público e demais envolvidos. Para 
facilitar a compreensão de que o Espaço Sonhar possui uma proposta baseada nas 
áreas profissional, educacional, cultura, e social, segue abaixo à figura 7. 
 
 
 
 
Figura 7: Proposta do Espaço Sonhar 
Fonte: Autoral (2018). 
.......................................................................................................... 40 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
O setor de capacitação, responsável pelos cursos livres e profissionalizantes, 
estará relacionado com o mercado de trabalho da cidade de Giruá e região. A respeito 
da educação profissional e tecnológica, a Lei Federal nº 11.741, de 16 de julho de 2008, 
art.39º, parágrafo 1 e 2 estabelecem: 
 
Os cursos de educação profissional e tecnológica poderão ser organizados 
por eixos tecnológicos, possibilitando a construção de diferentes itinerários 
formativos, observadas as normas do respectivo sistema e nível de ensino. 
 
A educação profissional e tecnológica abrangerá os seguintes cursos: I- de 
formação inicial e continuada ou qualificação profissional; II- de educação 
profissional técnica de nível médio; III- de educação profissional tecnológica 
de graduação e pós-graduação. 
 
Como já dito, os cursos de cunho profissional estarão relacionados com a 
demanda local e regional. Giruá baseia sua economia no setor primário, sendo assim, 
o espaço contemplará curso técnico em agropecuária, técnico em agricultura, técnico 
em administração, e técnico em informática. 
Os cursos livres serão de cunho cultural, nos quais os alunos poderão 
desenvolver a criatividade, descobrir suas habilidades e potencialidades, podendo 
também atuar em determinadas áreas como profissionais. A respeito disso a Lei 
Federal nº 11.741, de 16 de julho de 2008, art. 42, esclarece: 
 
As instituições de educação profissional e tecnológica, além dos seus 
cursos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, 
condicionada a matrícula à capacidade de aproveitamento e não 
necessariamente ao nível de escolaridade. (NR) 
 
Dessa forma, serão ministrados cursos que, além de abrirem um campo de 
oportunidades para o trabalho, servirão também como lazer e interação entre os 
participantes. Serão eles: cursos de musicalização (canto, violão, percussão, teclado, 
baixo, guitarra, e instrumentos de sopro), cursos de pintura, artesanato, corte e 
costura, e de beleza. 
O setor de lazer e cultura está relacionado com o setor de capacitação, pois 
nele serão oferecidos espaços para exposição musical, teatral, de dança, e artes, 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.741-2008?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.741-2008?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.741-2008?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.741-2008?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.741-2008?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.741-2008?OpenDocument
.......................................................................................................... 41 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
salas para palestras e debates, ambientes para exercícios físicos como ginástica e 
zumba e para descanso e recreação. As exposições de música, teatro e dança serão 
realizadas em um auditório com capacidade para 160 pessoas. Esse auditório 
também será utilizado para palestras e debates. Já as exibições de artes como pintura 
e artesanato e dança serão realizadas preferencialmente em espaços abertos e na 
galeria cultural, essa será descrita nos próximos capítulos. Esse setor também será 
composto por biblioteca e refeitório. 
Por fim, o setor de apoio, o qual prestará serviços judiciários, psicológicos, 
médicos e odontológicos, terá cada serviço adequado ao seu espaço físico, adaptado 
de acordo com o uso. Esse setor tem como finalidade regularizar e amparar o público 
alvo desprovidos de auxílio social. Para clarificar melhor a existência desses apoios, 
cabe explicar um por um. O auxílio jurídico, que contará com um escritório de 
atendimento, tem como finalidade dar proteção jurídica aqueles que estejam 
envolvidos em problemas associados a processos judiciais. Oferece consultas com 
advogado que discutirá casos relacionados a interesses e direitos dos indivíduos 
ajudando e aconselhando de maneira mais clara e objetiva. 
O serviço psicológico, além do consultório individual, contará também com um 
espaço de atendimento em grupo com capacidade para 16 pessoas, e esse setor tem 
importante papel na saúde psicossocial das pessoas. Além de ser trabalhado no 
tratamento de doenças como depressão e ansiedade, programas de prevenção às 
drogas, de conscientização sobre o uso depreservativos, e sobre a importância do 
estudo e trabalho. Os programas serão aplicados por meio da prática em grupo 
podendo ser realizados em uma sala com capacidade para 16 pessoas, como por 
meio de palestras no auditório. 
O apoio médico é responsável pela assistência e cuidados relativos à saúde 
física, tratando aqueles que estejam com a saúde instável e estimulando os cuidados 
básicos, esse contará com dois consultórios. E por fim, o apoio odontológico. É 
encarregado de promover reabilitação de indivíduos que tenham tido problemas como 
perda dentária, cáries e entre outros, esse, por sua vez também terá dois consultórios 
instalados. 
 
 
.......................................................................................................... 42 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
3 METODOLOGIA 
 
Para o desenvolvimento do trabalho final de graduação foi adotada uma 
metodologia composta pelas seguintes etapas: 
 
 Definição do tema: tem como objetivo conceituar o tema, considerando o público-
alvo e suas necessidades. Justificar a importância do projeto para a cidade e especificar 
objetivos que se pretende alcançar. 
 
 Referencial teórico: embasamento teórico, a partir livros, artigos e revistas 
eletrônicas, fundamentando o tema referido através da contextualização social, 
precedentes, e o papel da arquitetura, afim de esclarecer as escolhas projetuais. 
 
 Estudos tipológicos: compreende estudos de casos realizados bibliograficamente e 
in loco, que se assemelham com o programa proposto. Escolhidos por motivos 
conceituais, formais, funcionais, estruturais, materiais entre outros, auxiliando no 
desenvolvimento do projeto. 
 
 Definição do contexto e lote: consiste no levantamento da área de intervenção e do 
entorno. Avaliando condicionantes climáticos, topográficos, infraestruturais e legais, 
entre outros. 
 
 Definição do programa: desenvolvimento do programa de necessidades, 
setorização e pré-dimensionamento, com base em todas as pesquisas realizadas. 
 
 Partido geral: definição do organograma, fluxograma e zoneamento. Lançamento das 
intenções projetuais por meio do conceito norteador, culminando na construção 
volumétrica humanizada e contextualizada, inserida no entorno com a topografia do 
lote, apresentando cheios e vazios, bem como fluxos e acessos. 
 
 
.......................................................................................................... 43 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 DEFINIÇÃO DO CONTEXTO E LOTE 
.......................................................................................................... 44 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
4.1 Contexto 
 
Giruá localiza-se na parte noroeste do Rio Grande do Sul. O município se 
estende por 855,9 km² e possui 17.069 habitantes, conforme o último censo do IBGE. 
Pertencente à região das missões, recebeu dois nomes em diferentes períodos, Passo 
das Pedras e Jerivá. Passou a ser povoada efetivamente em 1920, recebendo mais 
tarde o nome Giruá. 
É considerada a capital da produtividade. A base econômica é o setor primário, 
e as principais culturas são soja, trigo, linhaça, milho, canola e girassol. 
 
 
 
4.2 Diretrizes para a escolha do lote 
 
Para a definição do lote foram considerados alguns fatores, sendo eles: se 
localizar entre os bairros mais populosos da cidade, o Centro que possui 1.650 
moradores, e o Hortêncio com 1.436 moradores, conforme o site “população net”. Ser 
próximo a escolas, sendo uma delas o colégio com maior infraestrutura, o CIEP, 
próximo a equipamentos importantes da cidade, como a Praça Aládio Ferreira, a 
Prefeitura Municipal de Giruá, e o Hospital São José. E Se encontrar em local de fácil 
acesso, estando situado na Rua Sete de Setembro, que está conectada com a 
principal avenida da cidade, chamada Rua Bento Gonçalves. A partir dessas 
Figura 8: Localização da cidade de Giruá 
Fonte: IBGE adaptado. (Acesso em 2018). 
.......................................................................................................... 45 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
diretrizes, o lote escolhido localiza-se em um dos pontos mais altos e centrais da 
cidade de Giruá. Santo Antônio um dos bairros mais carentes de infraestrutura urbana 
do município. 
 
 
 
4.3 Condicionantes Físicos 
 
A partir das diretrizes acima, o lote escolhido situa-se no meio da quadra no 
bairro Santo Antônio. Para facilitar a análise do entorno e averiguar a melhores 
situações projetuais, realizou-se um levantamento dos condicionantes físicos, 
considerando topografia, morfologia do entorno, orientação solar, ventos 
predominantes, condicionantes legais e infraestrutura. 
 
4.3.1 Topografia 
 
O lote possui forma poligonal irregular de seis lados, uma área total de 8.621 
m², e topografia acidentada com 7 metros de desnível como mostra a figura 8. 
 
Fonte: Google maps adaptado, (Acesso em 2018). 
Figura 9: Diretrizes para escolha do lote 
Lote 
Prefeitura 
Escola 
Hospital 
Praça 
Principais vias 
de acesso 
.......................................................................................................... 46 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
 Figura 10: Levantamento Topográfico 
 
 Fonte: Prefeitura Municipal de Giruá adaptado, 2018. 
 
4.3.2 Levantamento fotográfico 
 
A seguir, tem-se os registros fotográficos do lote. O ângulo de visão das fotos 
estão identificados na figura 11 em ordem alfabética de A à F. 
 
 
 
 
.......................................................................................................... 47 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12: Vista A Figura 13: Vista B 
Fonte: Acervo Pessoal, 2018. Fonte: Acervo Pessoal, 2018. 
Figura14: Vista C Figura 15: Vista D 
Fonte: Acervo Pessoal, 2018. Fonte: Acervo Pessoal, 2018. 
Figura 11: Levantamento fotográfico 
Fonte: Prefeitura Municipal de Giruá adaptado, 2018. 
.......................................................................................................... 48 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
 
4.3.3 Morfologia do entorno 
 
O entorno é constituído em sua maioria por edificações residenciais. Á um raio 
de 200 m não existe estabelecimentos alimentícios, o comércio é composto por 
escritórios de advocacia, oficinas mecânicas e funerárias. Próximo ao lote está 
localizado o INSS, e mais adiante, em diagonal à esse, situa-se o Hospital São José. 
A figura 16 apresentaas diferentes ocupações do solo: 
 
 Figura 18: Uso e ocupação do entorno 
 
 Fonte: Prefeitura Municipal de Giruá adaptado, 2018. 
Figura 16: Vista E Figura 17: Vista F 
Fonte: Acervo Pessoal, 2018. Fonte: Acervo Pessoal, 2018. 
.......................................................................................................... 49 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
4.3.4 Orientação solar, ventos predominantes 
 
O clima da cidade de Giruá é subtropical úmido, quente e temperado. Sua 
temperatura média anual é 19.6 ºC e possui pluviosidade significativa mesmo no mês 
mais seco do ano. 
O lote a ser trabalhado apresenta boa orientação solar, possui a segunda maior 
testada para o lado norte, e não é grande receptor de sombras, considerando que o 
entorno possui em sua maioria edificações de porte pequeno, e duas testadas com 
acesso à vias. Os ventos dominantes de verão, Noroeste e Oeste, predominam nas 
duas testadas de maior comprimento, e os ventos dominantes de inverno nas duas 
testadas de menor dimensão. Estipula-se grande incidência de rajadas quando há 
maiores ocorrências de precipitações. 
 
Figura 19: Orientação do lote 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Giruá adaptado, 2018. 
 
 
 
 
.......................................................................................................... 50 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
4.3.5 Condicionantes legais 
 
Com base no plano diretor a área de intervenção escolhida situa-se em duas 
zonas de uso, na zona comercial 1 em amarelo e na zona residencial 2 em rosa. No 
entanto para verificação dos índices urbanísticos do uso e ocupação do solo, 
considerou-se a zona de maior predominância no lote, sendo essa a zona residencial 
2. 
 
 Figura 20: Zoneamento do lote conforme o plano diretor 
 
 
 
 
 
 
 
Considerando a zona de maior área no lote, Zona Residencial 2, tem-se os 
índices urbanísticos indicados na tabela 1: 
 
Tabela 1: Uso e ocupação do solo urbano 
Fonte: Plano diretor adaptado, 2018. 
ÍNDICES URBANÍSTIVOS 
Ocupação do solo Índices Situação máxima para o lote 
em estudo 
Área total do lote de intervenção 8.621 m² 
Lote mínimo 250m² 
 
Afastamentos mínimos 
4m de frente 
1,5 lateral e 
fundos 
 
Área do lote com os recuos 7.555 m² 
Taxa de ocupação 50% - 60% 3105,06 / 8621= 0,36 
Índice de aproveitamento 2 - 1 15.110 m² - 7.555 m² 
Zona Residencial 3 
Fonte: Prefeitura Municipal de Giruá adaptado, 2018. 
 
Zona Comercial 2 
Zona Residencial 2 
Zona Comercial 1 
Zona Comercial 3 
Zona Residencial 1 
.......................................................................................................... 51 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
4.3.6 Infraestrutura 
 
Giruá é comtemplado parcialmente por infraestrutura, tendo em vista a 
necessidade de alguns serviços básicos que não são existentes no município e no 
entorno. 
 
4.3.6.1 Sistema viário 
 
A maior parte das vias do entorno são devidamente pavimentadas. Apenas um 
trecho da rua Sete de Setembro, com a testada para o lote é em estrada de chão, 
como mostra a figura 12. Todavia intervenções para pavimentação estão ocorrendo. 
 
Figura 21: Pavimentação 
 
Fonte: Google maps adaptado, 2018. 
 
4.3.6.2 Serviços 
 
Rede de água potável: A cidade é provida de abastecimento de água potável e a 
companhia que realiza tal serviço é a CORSAN. 
.......................................................................................................... 52 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
Rede de esgoto: O município de Giruá não é servido por rede de tratamento de 
esgoto cloacal. Outras alternativas são utilizadas para fins de filtragem, como tanques 
sépticos e filtros anaeróbios. 
Rede de energia elétrica: Toda a zona urbana é servida pela companhia RGE por 
rede de energia elétrica. O lote possui infraestrutura para o funcionamento da mesma, 
sendo necessário apenas a solicitação para o fornecimento de tal serviço. 
Rede de telecomunicações: Giruá é provida de internet via rádio e banda larga. 
Possui redes de telefonias sendo elas Vivo, Tim, Oi e Vivo, no entanto não é servida 
de telefones públicos. 
Rede de transporte coletivo: O município não possui transporte coletivo, apenas 
transporte escolar para alunos de pré-escola, ensino fundamental e médio de escola 
pública. 
Rede de transporte ferroviário: Existe próximo ao lote linha de transporte ferroviário, 
mas apenas para cargas. 
Rede de recolhimento de lixo: É realizada a coleta seletiva de lixo semanal em toda 
a zona urbana, em dias alternados para resíduos secos e úmidos. 
Mobiliário: O entorno do lote carece de mobiliários como bancos, postes de luz, 
lixeiras e acessibilidade. 
 
Diante de tais fatos manifestados pelo levantamento, conclui-se que o lote 
deverá ser trabalhado respeitando as limitações físicas e urbanas, e ao mesmo tempo 
criando soluções de melhorias para que o mesmo possa ser aproveitado da melhor 
maneira. Será priorizado os acessos e fluxos já existentes, tornando esses mais 
corriqueiros favorecendo o local. 
 
5 LEGISLAÇÃO 
 
Serão consideradas leis do âmbito federal, estadual, municipal e normas 
técnicas que tenham relação com presente programa, a fim de nortearem as situações 
projetuais. 
.......................................................................................................... 53 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
5.1 Legislação Federal 
 
5.1.2 Constituição Federal 
 
Constituição Federal é lei maior do Estado Democrático de Direito. Ela prevê direitos 
importantes tais como educação, saúde, cultura, lazer, apoio jurídico, entre outros. 
 
5.1.3 Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional 
 
Também conhecida como lei de diretrizes básicas da educação, prevê a vinculação 
da educação ao mercado de trabalho sendo de fundamental importância para um 
centro socioeducativo. Ela orienta como devem ser os processos de formação na 
educação, relacionando-se sempre com a família, trabalho, cultura e convivência. 
 
5.1.4 Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente 
 
O Estatuto da Criança e do Adolescente é uma lei de proteção aos menores de idade 
e defende os direitos dos mesmos. Por meio dela é assegurado direitos tais como: 
dignidade, liberdade, educação e o suporte para a desenvolvimento dessas pessoas. 
 
5.1.5 Lei nº 8.313/91 - Lei de Incentivo à Cultura 
 
A Lei de Incentivo à Cultura, ou Lei Rouanet, serve como uma importante legislação 
incentivadora na aplicação de recursos na área da cultura. Por meio dela é possível 
obter recursos para que projetos culturais possam ser financiados, como por exemplo 
o centro socioeducativo. 
 
.......................................................................................................... 54 
 
.......................................................................................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
5.1.6 Lei Nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000 - Lei da Acessibilidade das Pessoas 
Portadoras de Deficiência 
 
Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das 
pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Essa traz como 
obrigação facilitar o deslocamento e utilização dos edifícios por pessoas com 
deficiência ou mobilidade debilitada. 
 
5.2 Legislação Estadual 
 
5.2.1 Resolução Técnica CBMRS nº 11 - Parte 01/2016 - Saídas de Emergência 
 
Essa resolução traz os requisitos mínimos dos dimensionamentos das saída de 
emergência para casos como incêndio ou outras situações de risco, visando facilitar 
a evacuação e priorizando a segurança das pessoas que utilizam determinado local. 
Também traz normas referentes ao acesso dos bombeiros para combate a incêndios. 
 
5.2.2 Decreto nº 53.280, de 01 de novembro de 2016 - Proteção contra Incêndio 
 
Estabelece normas sobre segurança, prevenção e proteção contra incêndio nas 
edificações e áreas de risco no Estado do Rio Grande do Sul. 
 
5.2.3 Lei nº 13.490, DE 21 de Julho de 2010 - Lei de Apoio as Atividades Culturais 
 
Visa promover a aplicação de recursos financeiros decorrentes de incentivos a 
contribuintes e do Fundo de Apoio à Cultura, em projetos culturais, tendo por objetivo 
promover e facilitar o acesso à cultura. 
 
.......................................................................................................... 55 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
5.3 Legislação Municipal 
 
5.3.1 Lei Municipal n°4951/2013 - Plano Diretor do Município de Giruá 
 
Dispõe sobre o Plano Diretor do Município de Giruá-RS, que ordena o território e as 
políticas setoriais e dá outras providências. 
 
5.3.2 Lei Municipal n°4955/2013 - Código de Obras Município de Giruá 
 
Institui o Código de Obras do Município de Giruá dá outras providências. 
 
5.4 Legislação Ambiental 
 
5.4.1 Lei Estadual nº 11.520, de 03 de agosto de 2000 - Código Estadual de Meio 
Ambiente 
 
O Código Estadual de Meio Ambiente impõe ao Estado, aos municípios, à coletividade 
e aos cidadãos o dever de defender o ecossistema, preservá-lo e conservá-lo para as 
gerações presentes e futuras, garantindo a proteção dos ecossistemas e o uso 
racional dos recursos ambientais. 
 
5.4.2 Lei Federal nº 12.651 de 25 de maio de 2012 - Código Florestal 
 
O Código Florestal Estabelece normas sobre a proteção da vegetação, áreas de 
preservação permanente e áreas de reserva legal; exploração florestal, suprimento da 
matéria prima, prevenção a queimadas e prevê os meios para o alcance desses 
objetivos. 
.......................................................................................................... 56 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
5.4.3 Resolução CONAMA nº 303, de 20 de março de 2002 - Área de Preservação 
Permanente 
 
Essa resolução tem como objetivo definir e limitar áreas de preservação ambiental 
permanente. 
 
5.5 Normas técnicas 
 
5.5.1 NBR 9050/2015 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e 
equipamentos urbanos 
 
Dita critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao projeto, 
construção, instalação, e adaptação do meio urbano e rural, e de edificações às 
condições de acessibilidade. Objetiva proporcionar a utilização de maneira autônoma, 
independente e segura do ambiente, edificações, mobiliário, equipamentos urbanos e 
elementos à maior quantidade possível de pessoas, independentemente de idade, 
estatura ou limitação de mobilidade ou percepção. 
 
5.5.2 NBR 9077/2001 - Saídas de Emergência em Edifícios 
 
Esta Norma estabelece as condições necessárias que as edificações devem possuir, 
a fim de que sua população possa abandoná-las, em caso de incêndio, 
completamente protegida em sua integridade física. Estabelece ainda necessidade 
do fácil acesso de auxílio externo (bombeiros) para o combate ao fogo e a retirada da 
população. 
 
 
 
 
.......................................................................................................... 57 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
5.5.3 ABNT NBR ISO/CIE 8995-1/ 2013 - Iluminação de ambientes de trabalho 
 
Especifica os requisitos de iluminação para locais de trabalho internos e os requisitos 
para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente, com conforto 
e segurança durante todo o período de trabalho. 
 
5.5.4 NBR 12179/2005 - Tratamento acústico em recintos fechados 
 
Determina os critérios fundamentais para a execução de tratamento acústico em 
recintos fechados. 
 
5.5.5 NBR 10152/1987- Níveis de ruído para conforto acústico 
 
Determina os níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em ambientes 
diversos. São estudadas questões relativas a riscos de danos à saúde em decorrência 
do ruído. 
 
 
 
 
 
.......................................................................................................... 58 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
 
6 ESTUDOS TIPOLÓGICOS 
.......................................................................................................... 59 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
6.1 Estudos de caso in loco 
 
6.1.2 SENAC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENAC é uma instituição de aprendizagem profissional, fundada em 10 de 
janeiro de 1946. Tem como foco o setor terciário e disponibiliza cursos dos níveis de 
menor aprendiz à pós-graduação. Ele preza pela responsabilidade social ao preparar 
menores principiantes ao mundo do trabalho, cumprindo assim um dos papeis da 
inclusão social. Senac Santo Ângelo está completando 24 anos, oferece cursos livres, 
técnicos, graduações, pós-graduações, extensões, idiomas e EAD. Possui 4 salas de 
aula teórica, 7 laboratórios, 1 biblioteca, setor de serviço, administrativo, de 
atendimento e um grande espaço central de convivência que é contemplado por uma 
mista composição de estrutura em aço e madeira. 
 SENAC/ Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial 
Escritório/Equipe 
Intall engenharia e Nad 
Projetos. 
Eduardo Costa e 
Aristela. 
 
Localização/Ano 
Santo Ângelo, RS. 
Travessa João Meller, 
179. 
2009 
 
Área 
1822,70 m² 
 
 
Programa 
Setor Administrativo. 
Salas de Aula. 
Laboratórios. 
Biblioteca. 
Área de Convivência. 
Setor de Serviço. 
 Referência: Programa 
 
Figura 22: Dados do SENAC 
Fonte: Autora, 2018. 
.......................................................................................................... 60 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
Os motivos para escolha deste estudo de casoestá na resolução do programa 
e funcionalidade, que se assemelham com o que se busca para o projeto Espaço 
Sonhar. 
 
Figura 23: Zoneamento - SENAC 
 
Fonte: Acervo pessoal, 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Biblioteca Sala Manicuro Sala Imagem Pessoal 
Lab. Enfermagem Sala Informática Sala Vip. 
Figuras 24 à 32: Salas do SENAC 
.......................................................................................................... 61 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 2: Análise crítica - SENAC 
Análise Crítica 
Assunto Pontos positivos Pontos negativos 
Programa Atende a diversidade de cursos. 
Possui um amplo espaço de convivência. 
Há a necessidade de um 
ambiente gastronômico, como 
refeitório, lancheria. 
Setores Os setores foram bem distribuídos. 
Fluxos Não ocorre interferência de fluxos devido 
boa distribuição dos setores. 
Há apenas uma entrada para 
funcionários e alunos. 
Acessibilidade 
Existe elevador PCD 
Há cabines sanitárias PCD, no 
entanto os equipamentos 
existentes não condizem com a 
norma 9050. 
Salas Salas adaptadas de acordo com os cursos 
desenvolvidos. 
A quantidade e tamanhos de salas supre a 
demanda de cursos e alunos. 
 
Volumetria e 
materiais 
 
 
 
 
 
 
Variedade de materiais. A fachada mistura o 
concreto e placas de ACM. 
A área de convivência é revestida por 
estrutura metálica e pela madeira da 
estrutura do telhado que ficou aparente 
propositalmente, harmonizando o espaço. 
Há poluição na fachada com a 
exposição de climatizadores. 
As aberturas da fachada não 
manifestam uma composição 
harmônica. 
Fonte: Autora, 2018. 
 
 
 
Sala Corte e Costura Á. de convivência Á. de convivência 
Fonte: Acervo pessoal, 2018. 
.......................................................................................................... 62 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
6.2 Estudos de caso bibliográficos 
 
6.2.1 Parque Educativo Zenufaná 
 
 
 
 
 
 
 
 
Localiza-se na parte sudoeste de Antioquia no município de Venecia, Colombia. 
Possui a paisagem definida pela cadeia montanhosa de Romeral, a qual rodeia o 
parque, e por várias colinas que fecham o horizonte. Baseado no projeto "Antioquia 
Mais Educada“, no qual o governo investe em educação, inovação, empreendimento 
e cultura, acreditando serem esses os fatores de mudança social, gerando novas 
oportunidades para a comunidade. Este é um dos 80 parques educativos distribuídos 
por toda a Colômbia, sendo de caráter público e acessível a todas as idades. 
O edifício se encontra entre duas empenas, articulando-se ao edifício existente 
da prefeitura, conformando com ele um pátio central. Buscou-se fundir a arquitetura 
com a paisagem natural nos diferentes espaços criados para lazer, convivência e 
cultura. O espaço público foi incluído no interior do prédio, aproveitando a inclinação 
do terreno, se elevando por meio de rampas e escadas, gerando ambientes para a 
 Parque Educativo Zenufaná / FP Arquitectura 
Escritório/Equipe 
FP Arquitetura. 
José Puentes, Iván 
Forgioni, Juan José 
López, Madelaine 
Narváez. 
 
Localização/Ano 
Venecia, Antioquia, 
Colômbia. 
2015 
 
 
Área 
766,0 m² 
 
 
Programa 
Setor Administrativo. 
Salas de Aula Teóricas 
e Práticas. 
Espaços de Lazer 
Cultura e Convivência. 
Setor de Serviço. 
 
 Referência: Funcionalidade 
Figura 33: Dados do Parque Educativo 
Fonte: Archdaily adaptado, (Acesso em 2018). 
.......................................................................................................... 63 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
aprendizagem que se desenvolvem em vários níveis, com pé-direito duplo, teatros ao 
ar livre, terraços e varandas criando relações programáticas e visuais, e que servem 
de suporte às atividades educativas e culturais. Foi utilizada a transparência na 
maioria dos espaços para que os processos criativos e educacionais fossem visíveis 
criando sinergia entre os diversos grupos da comunidade. 
 
Figura 34: Zoneamento - Parque Educativo 
 
Fonte: Archdaily adaptado, 2018. 
 
.......................................................................................................... 64 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
 
 
 
 
 
Tabela 3: Análise crítica - Parque Educativo 
Análise Crítica 
Assunto Pontos positivos Pontos negativos 
Programa Atende as propostas do Parque Educativo. 
 
 
Setores O setor de lazer e cultura se apresenta de modo 
permeável não se restringindo a um único espaço, 
sendo aproveitados ambientes abertos e desníveis. 
 
 
Fluxos Há um grande acesso principal no centro, e outro 
acesso secundário por rampa na lateral. 
O acesso secundário por 
rampa é estreito, assim 
como alguns corredores. 
Acessibilidade O acesso aos andares ocorre por uma extensa 
rampa que liga o subsolo até o terraço. 
Há sanitário PCD. 
Não possui elevador PCD. 
Teatro ao ar livre Espaço Multiuso 
Espaço Multiuso Acesso Rampa Terraço 
Sala de Aula Teatro da palavra Terraço 
Figuras 35 à 43: Espaços Parque Educativo 
Fonte: Archdaily adaptado, (Acesso em 2018). 
 
V. Salas de Aula 
.......................................................................................................... 65 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
Salas Existe duas salas de aula teóricas e duas salas 
multiusos, podendo-se realizar diversas atividades. 
 
Volumetria e 
materias 
Os desníveis que criam espaços livres servindo de 
suporte a atividades, harmonizam a volumetria 
juntamente com a paisagem natural. 
A transparência se fez presente na maioria dos 
espaços fechados, criando-se assim uma sinergia 
entre participantes e telespectadores. 
 
Fonte: Autora, 2018. 
 
6.2.3 Escola Montessori 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Escola Montessori traz como referência a volumetria, composição dos 
materiais, a preocupação com a sustentabilidade, e o conforto. 
Situa-se num lote triangular propenso a inundações. Logo reduções 
construtivas consideráveis foram realizadas, limitando a área da edificação, 
resultando assim em uma diretriz projetual. O projeto se desenvolve em meio a 
limitações de orçamento, curto cronograma, e focado em critérios ambientais. Para 
 Escola Montessori 
Escritório/Equipe 
Marlon Blackwell 
Archtcts. 
 
 
Localização/Ano 
Fayetteville Montessori 
Elementary, 2358 Green 
Acres Rd, Fayetteville, 
AR 72703, EUA. 
2012 
 
Área 
700,0 m² 
 
 
Programa 
Salas de Aula. 
Salas de Conferências 
Cozinha Comercial. 
 
 
 Referência: Volumetria 
Figura 44: Dados da Escola Montessori 
Fonte: Archdaily adaptado, (Acesso em 2018). 
.......................................................................................................... 66 
 
................................................................ ..........................................................Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
diminuir as inundações, o primeiro nível se abre para incluir um jardim de chuva que 
retém e filtra a água da chuva. 
Quanto a escolha dos materiais, esses se mantiveram deliberadamente 
simples, econômicos exigindo baixa manutenção, com um recobrimento de cipreste 
claro que fornece uma textura acolhedora e atrativa à fachada sul e à entrada, 
reaparecendo em uma das áreas cobertas. Segundo a descrição da equipe enviada, 
painéis metálicos pré-fabricados são o revestimento primário para ambos os volumes, 
cuidadosamente detalhados para melhorar este humilde material através do 
artesanato. (Archdaily, 2018) 
Conforme o site Archdaily por meio de declaração do arquiteto Marlon Blackwell 
este delicado balanço entre programa, orçamento e demandas ambientais resulta 
numa escola de alto desempenho, com luz natural abundante e que convida 
estudantes, pais e professores a explorar a relação entre o entorno construído e o 
mundo natural, evidenciado pela coleção de fósseis e outros artefatos naturais do 
proprietário. Com uma certificação LEED Silver, a escola nos demonstra que um 
compromisso compartilhado com a economia e a responsabilidade ambiental não é 
exclusivo, mas pode informar e atuar como inspiração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Planta B. Térreo Planta B. 1º Pav. 
Fachada Leste Fachada Sul 
Figura 45 à 50: Volumetria - Escola Montessori 
.......................................................................................................... 67 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 4: Análise crítica - Escola Montessori 
Análise Crítica 
Assunto Pontos positivos Pontos negativos 
Volumetria A forma cresceu de modo harmônico a partir de 
uma planta em “Y” formando dois blocos que se 
interseccionam. Um dos blocos possui apenas um 
pavimento, e o outro dois pavimento, sendo que o 
segundo nível desse se sobrepõe sobre o bloco 
menor. Esse jogo de volumes demarca os acesso 
principal e cria uma composição atrativa. 
 
- 
Composição Aberturas em fita e uma fachada, em outra fachada 
apenas uma abertura de maior comprimento, e em 
outra pele de vidro, essa diversificação de 
tamanhos de esquadrias completam a composição 
da volumetria. 
- 
Materiais Dois tipos de materiais fecham a composição da 
escola, a madeira do cipreste e painéis metálicos 
pré-fabricados. Cada revestimento cumpre um 
propósito na edificação. A madeira do cipreste 
causa uma sensação de acolhimento e os painéis 
que predominam nos dois blocos, definem os 
volumes, fazendo um ser dependente do outro. 
- 
Sustentabilida
de 
Criação de jardim de chuva, para que reter e filtrar 
a água da chuva. 
- 
Conforto Para melhor desempenho e conforto, a quantidade 
de luz natural foi explorada, respeitando a 
orientação solar de cada fachada, podendo assim 
a luz solar ser utilizada na maior parte do dia, sem 
precisar de energia elétrica. 
- 
Fonte: Autora, 2018. 
 
Fonte: Archdaily, (Acesso em 2018). 
Fachada Sul Fachada Sul 
.......................................................................................................... 68 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
6.2.4 CRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O presente estudo de caso foi escolhido devido a semelhança com o programa, 
e principalmente com o tema. Por ser um órgão doador de lazer, cultura, convivência 
e auxílio social. 
 O CRAS é um projeto que nasceu em parceria com o governo Federal, com o 
objetivo de atender famílias em situação de vulnerabilidade social que necessitem de 
auxílio social, visando fortalecer o convívio sociofamiliar e comunitário. Conforme o 
site da Prefeitura de Mogi Das Cruzes, nessas unidades são ministrados os seguintes 
serviços: atividades socioeducativas, acompanhamento familiar, oficinas de 
convivência, atividades lúdicas e culturais, campanhas educativas e preventivas e 
concessão de benefícios eventuais previstos em lei e outros serviços. Cada unidade 
é sediada em uma determinada região, e conta com profissionais especializados, 
como assistentes sociais, psicólogos e pedagogos. O CRAS também facilita o acesso 
 Centro de Referência de Assistência Social: Vila Nova União 
Escritório/Equipe 
Secretaria Municipal de 
Planejamento e 
Urbanismo (SMPU) 
AVANTEC Engenharia 
 
Localização/Ano 
Brasil, SP, Mogi Das 
Cruzes 
Bairro Vila Nova União 
 
 2012 
 
Área 
5207,82 m² 
 
 
Programa 
Esporte e Lazer 
Cultura e Convivência 
Auxílio Social 
 
 Referência: Tema 
Figura 51: Dados do CRAS 
Fonte: Prefeitura de Mogi Das Cruzes adaptado, (Acesso em 2018). 
.......................................................................................................... 69 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
a informações e orientações sobre serviços públicos e direitos sociais, não precisando 
dirigir-se até o centro da cidade, na sede da Prefeitura. 
Vila Nova União, como é chamado esse CRAS, é um complexo que reúne uma 
praça com quadra poliesportiva coberta, pista de skate, caminhada, playground e 
aparelhamento de ginástica e três equipamentos públicos: o bloco da cultura, que 
conta com auditório de 60 lugares, biblioteca, telecentro, e salas de oficinas; bloco do 
CRAS, com salas de atendimento individuais e em grupo, e espaço aberto coberto 
para atividade diversas; e o bloco da cozinha comunitária, onde a população pode 
preparar e se servir de uma alimentação saudável gratuitamente, ou a preços baixos, 
com uma média de produção de 100 refeições diárias. 
 
Figura 52: Zoneamento - CRAS 
 
Fonte: Nathalia Nagy, adaptado, 2018. 
 
 
 
 
Via de acesso 
.......................................................................................................... 70 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
Tabela 5: Análise crítica - CRAS 
Análise Crítica 
Assunto Pontos positivos Pontos negativos 
Programa Tendo em vista o foco do CRAS, o programa 
se apresenta de forma completa, oferecendo 
atividades de esporte e lazer, cultura e 
convivência, promoção e assistência social. 
 
- 
Setores A divisão dos blocos facilitou o zoneamento 
dos setores, auxiliando na compreensão das 
atividades oferecidas por cada bloco, e 
direcionamento do usuário. 
- 
Fluxos A correta distribuição dos setores tornou os 
fluxos fluídos e de fácil acesso. 
Devido a independência dos 
setores, os acessos entre um 
bloco e outro não foram 
devidamente protegidos da 
chuva. 
Fonte: Autora, 2018. 
 
.......................................................................................................... 71 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
 
 
7 DEFINIÇÃO DO PROGRAMA 
.......................................................................................................... 72 
 
................................................................ ..........................................................Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
7.1 Setorização e Programa de necessidades 
 
Para melhor compatibilização dos usos, fluxos e organização espacial, o 
Espaço Sonhar é composto por cinco setores. O setor de capacitação, responsável 
por abrigar cursos técnicos e livres; o setor de apoio social, responsável pela 
assistência e proteção aos moradores; setor de lazer e cultura, responsável por 
proporcionar atividades de convívio social e cultural; setor de administração 
responsável pela organização de todos os serviços oferecidos; e o setor de serviço 
geral, responsável pelos espaços dos funcionários de limpeza, salas de serviços 
gerais e estacionamento. 
 
Figura 53: Setores e programa 
 
Fonte: Autora, 2018. 
.......................................................................................................... 73 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
7.2 Pré-dimensionamento 
Para o dimensionamento dos espaços foi considerado critérios legislativos e 
ergonômicos. As análises feitas dos estudos de caso também contribuíram para a 
organização dos compartimentos. 
Vale ressaltar que o número de alunos por dia, considerando a quantidade de 
cursos, a duração, e a capacidade de aprendizes em cada sala, estima-se 409 alunos. 
Os turnos da manhã abrigam 85 alunos e os turnos da tarde 84, referentes aos cursos 
livres; e a noite 240 alunos referentes aos cursos técnicos. 
 
 
 
 
Tabela 6: Pré- dimensionamento 
Fonte: Autora, 2018. 
.......................................................................................................... 74 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 7: Pré-dimensionamento 
Fonte: Autora, 2018. 
.......................................................................................................... 75 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autora, 2018. 
Tabela 8: Pré- dimensionamento 
Tabela 9:Quadro geral de áreas 
Fonte: Autora, 2018. 
.......................................................................................................... 76 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
 
8 COMPLEMENTAÇÃO DA PESQUISA 
.......................................................................................................... 77 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
8.1 Organograma 
 
 
 
 
.......................................................................................................... 78 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
8.2 Fluxograma 
 
 
 
 
.......................................................................................................... 79 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
8.3 Estudos de conceituação 
 
Considerando os objetivos estabelecidos no início do desenvolvimento desse 
trabalho, e o público alvo do Espaço sonhar, o partido geral do projeto baseia-se em 
um conceito de integração e acolhimento. 
Segundo o dicionário Dicio, integração no âmbito sociológico refere-se a “Ação 
de incorporar por completo os indivíduos estrangeiros ao cerne de uma comunidade 
ou de um país, criando uma sociedade única.” A vista disso, o edifício terá a 
incumbência de oferecer espaços convidativos, atrativos, e aconchegantes ao público 
aspirando a integração desses. 
Além de os espaços gerados terem a responsabilidade de atrair o público e 
estimular a convivência entre eles, arquitetura estabelecerá a mesma leitura de 
integração e acolhimento. Serão três blocos independentes, que estarão no entanto, 
ligados por um elemento que os “acolherá”, e aproveitando os acessos das duas 
testadas opostas do lote, o centro entre os blocos das pontas permanecerá com o solo 
livre, será ocupado apenas pela galeria de exposições a qual poderá ser atravessada, 
possibilitando passagem de uma rua a outra. Sendo assim, o edifício trará percepção 
visual de acolhimento ao observador que o contemple de longe, e a sensação de se 
sentir integrado quando o mesmo estiver atravessando o lote de uma rua a outra entre 
os blocos. A figura abaixo ilustra o conceito descrito: 
.......................................................................................................... 80 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
Figura 54: Diagrama conceitual 
 
Fonte: Autora, 2018. 
 
8.4 Memorial de intenções 
 
Para o desenvolvimento projetual, as linhas utilizadas seguirão um padrão 
ortogonal e angular seguindo as linhas de força do lote, delimitando assim o 
implantação da edificação. Dessa maneira, a forma volumétrica terá origem a partir 
dos ângulos do terreno, moldando-se de acordo com as intenções projetuais. Ela será 
constituída em três volumes independentes, os volumes dos cantos terão apenas um 
pavimento, e o volume central elevado por pilotis e por parte do mesmo, dará 
ascendência até o terceiro pavimento. 
Como já dito, as intenções projetuais moldaram a forma que partirá das linhas 
estabelecidas pelo lote, sendo assim, segue as diretrizes que nortearam a evolução 
formal. O terreno possui duas testadas voltadas para a rua, uma delas se dá para a 
Rua Sete de Setembro, e a outra para a Rua Flores da Cunha, assim traçou-se um 
eixou no centro dos dois volumes térreos conectando as duas vias, viu-se nesse eixo 
então a possibilidade de se criar uma alameda, permitindo o fluxo do público entre 
uma via a outra, criando um percurso alternativo que traz consigo uma visão 
contemplativa e convidativa. 
.......................................................................................................... 81 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
Esse eixo central além de gerar um importante fluxo para os pedestres, também 
deu vida a um amplo espaço de convivência que integra o público ao edifício, e 
estando ele coberto pelo volume elevado por pilotis, gera a sensação de acolhimento. 
Outro relevante ambiente criado a partir do eixo, é a galeria de exposições e a escada 
que dá acesso ao setor de capacitação. A galeria servirá como uma vitrine, 
enriquecendo culturalmente o percurso criado tornando-o ainda mais atrativo, e a 
escada, centralizada na galeria de exposições, servirá como um elementoarquitetônico, que convidará o público ao setor de capacitação, onde as aulas poderão 
serem assistidas, gerando assim uma sinergia entre os alunos que participarão das 
aulas, e as pessoas que às observarão. 
A arquitetura do edifício seguirá uma abordagem contemporânea, enaltecendo 
materiais como o concreto armado, o aço e o vidro. O concreto, se exibira em sua 
forma aparente em determinadas empenas estabelecendo uma comunicação visual 
com todo o conjunto. O aço atuará na questão estética, harmonizando as fachadas 
com o concreto, e em contrapartida terá a função de proteção solar. E o vidro utilizado 
será o duplo temperado-laminado, para melhor aproveitamento da luz natural, e 
proteção térmica e acústica. 
Estruturalmente, a técnica construtiva escolhida é a estrutura metálica, a qual 
oferece maior flexibilidade, rapidez na execução e é 100% reciclável, segundo o site 
Portal Metálica Construção Civil. Considerando-se a necessidade de grandes vãos, a 
laje que será adotada é a protendida, que eliminará a existência de vigas e reduzirá o 
número de pilares, tornando as plantas e fachadas mais livres, enriquecendo a 
composição formal. 
Sobre os pisos, na maioria das áreas, será utilizado o piso vinílico por ser um 
piso resistente a água e sujeiras, absorvente de ruídos, e ecologicamente corretos por 
serem originados de materiais reciclados. Nos setores de serviço o piso escolhido será 
o cerâmico, por ter alta durabilidade, fácil instalação, e baixo custo. E nas áreas 
externas o piso utilizado será o intertravado, por facilitar o escoamento das águas 
pluviais, e ter uma grande variedade no mercado, de cores, tamanhos, e formatos. 
O conforto será priorizado em todas as áreas internas, objetivando o bem-estar 
e melhor aproveitamento das atividades. No âmbito térmico será utilizado placas de 
aço que serão recortadas funcionando como brises, rasgos no sentido vertical para 
L/O, e no sentido horizontal para N/S, de forma a aproveitar a luz natural, e barrar a 
.......................................................................................................... 82 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
incidência solar. As aberturas serão posicionadas para que haja ventilação cruzada, 
permitindo a troca e circulação do ar. E ainda será feita utilização de vegetação para 
a redução considerável da temperatura. Acusticamente, os espaços serão tratados 
com materiais de isolamento acústico, tratando as aberturas para a correta 
estanqueidade, com janelas máxim-ar com vidros duplos, portas acústicas, e materiais 
absorventes como a lã de pet, sendo aplicada nos locais exigidos. 
O conforto lumínico estará associado à relação da luz natural com a artificial, 
sendo projetado os espaços para o máximo de aproveitamento da luz do sol, e para 
atingir a correta eficiência visual, a luz artificial será trabalhada de acordo com os usos 
dos ambientes seguindo a norma de desempenho lumínico, a NBR 15.575. E o 
conforto ergonômico estará presente nos mobiliários e dimensionamentos dos 
espaços permanentes, transitórios e circulações, sendo esses projetados conforme 
as diferentes atividades, priorizando as proporções do corpo humano. A ergonomia 
será ponto crucial para que as atividades sejam realizadas com comodidade e 
segurança. 
O paisagismo atuará como forte aliado na integração da natureza com o corpo 
edificado, criando uma identidade única e uniforme, fazendo relação do espaço 
público/privado, onde a transição desses se dê de maneira acolhedora. Essa 
integração aparecerá a partir de determinadas intenções como por exemplo, será 
mantido o nível natural do terreno em alguns pontos íngremes, sendo inserido parte 
do volume do lado Sul do terreno, e do lado Norte, parte do volume estará suspenso. 
Será priorizado deixar os espaços de convivência e lazer mais aconchegantes e 
agradáveis, aproximar o contato com a natureza, e valorizar a vegetação nativa. Será 
feito também uma horta, que além de compor o paisagismo auxiliará nas aulas de 
agricultura. 
O Espaço Sonhar, será projetado aliando-se à iniciativas sustentáveis, 
priorizando o aumento da produtividade e bem-estar das pessoas, bem como 
diminuindo os desperdícios e aumentando a eficiência energética. Segue então 
medidas que atuarão como colaboradores da qualidade dos ambientes: cobertura 
verde, reutilização de águas pluviais, iluminação zenital, sistema de energia solar 
fotovoltaico, e quando possível, fazer utilização de materiais recicláveis. 
Quanto aos condicionantes físicos fatores como topografia, orientação solar, 
ventilação, serão tratados para melhor aproveitamento do projeto. O terreno será 
.......................................................................................................... 83 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
trabalhado para o nivelamento da implantação facilitando os acessos e fluxos, 
recebendo movimentação e escavação do solo nas áreas mais íngremes, para 
redução de custos a terra será reposta para a criação de taludes e telhados verdes. 
Os volumes foram posicionados com as fachadas de maiores comprimentos para a 
orientação o N/S, e um dos blocos rotacionado, para NE/SO, será então trabalhado 
com rasgos de vidro e brises no volume rotacionado, e será mantido cegas as algumas 
empenas que dão para O/L. Quanto a ventilação, os ventos predominantes 
oeste/noroeste e sul/sudeste, incidem perpendicularmente nas fachadas de maiores 
comprimento, facilitando assim a ventilação cruzada nos respectivos espaços. 
 
8.5 Zoneamento 
 
Os setores foram distribuídos entre os três blocos, os quais estão nomeados 
em ordem alfabética de A à C, como mostram as figuras zoneadas abaixo. 
Objetivando aproveitar a topografia natural, o bloco A, contemplará a parte do setor 
de lazer e cultura, o auditório, com capacidade de 160 pessoas. Duas faces do volume 
estarão semienterrado no solo, intencionando a união com a natureza. O bloco B, 
constituído por três pavimentos, será composto pelo setor cultural através das galerias 
de exposições em todos os andares, marcando os acessos, e convidando a vivência 
nos ambientes. Pelo setor de capacitação no segundo e terceiro pavimento. Onde no 
segundo, será dispostas as salas dos cursos livres, possibilitando assistir as aulas 
com clareza por quem estiver nos terraços. E o terceiro abrigará as salas para os 
cursos técnicos, e o setor administrativo, considerando que essas atividade exigirão 
mais concentração. E por fim, o bloco C, visando a participação assídua do público e 
o fácil acesso, constituirá a biblioteca, e o refeitório, partes do setor de lazer e cultura, 
e o setor do apoio social. Como pode-se perceber, o setor cultural permeará entre 
todo o edifício, esse se manifestará logo no exterior da volumetria a partir da praça do 
acolhimento, estimulando a convivência e a integração dos indivíduos. 
 
 
.......................................................................................................... 84 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 55: Zoneamento horizontal - 1º pavimento 
Fonte: Autora, 2018. 
.......................................................................................................... 85 
 
................................................................ ..........................................................Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
 Figura 56: Zoneamento horizontal - 2º pavimento 
 
 Fonte: Autora, 2018. 
 
 
 
 
 
.......................................................................................................... 86 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
Figura 57: Zoneamento horizontal - 3º pavimento
 
Fonte 1: Autora, 2018. 
 
.......................................................................................................... 87 
 
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 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
Figura 58: Zoneamento vertical transversal AA' 
 
Fonte: Autora, 2018. 
 
 
8.6 Volumetria 
 
Conforme descrito, o complexo é composto por diversos volumes. O volume 
mais alto ergueu-se sobre o hall e pilotis propositalmente, criando um espaço 
aberto/coberto, e possibilitando a travessia de uma rua a outra gerando assim a 
integração do público. O mesmo foi rotacionado no terceiro pavimento, sendo 
projetado a partir desse, o elemento de acolhimento que dá vida aos terraços sobre 
os blocos A e C. 
 
Figura 59: Vista aérea 1 Figura 60: Vista aérea 2 
Fonte: Autora, 2018. Fonte: Autora, 2018. 
.......................................................................................................... 88 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
Figura 61:Volumetria - Fachada leste 
 
Fonte: Autora, 2018. 
 
Figura 62: Volumetria - Fachada leste 
 
Fonte: Autora, 2018. 
 
Figura 43: Volumetria - Fachada leste 
 
Fonte: Autora, 2018. 
 
 
.......................................................................................................... 89 
 
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 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
Figura 64: Volumetria - Fachada norte/ oeste 
 
Fonte: Autora, 2018. 
 
Figura 65: Volumetria - Fachada oeste 
 
Fonte: Autora, 2018. 
 
Figura 66: Volumetria - Fachada sul/ oeste 
 
Fonte: Autora, 2018. 
.......................................................................................................... 90 
 
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 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
Essa forma trata-se de um estudo inicial, ou seja, a mesma está em andamento. 
Objetiva-se evoluir, mantendo o conceito de integração e acolhimento bem como as 
diretrizes já expostas no memorial de intenções. 
 
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O desenvolvimento do presente trabalho trouxe o conhecimento necessário 
para a elaboração do anteprojeto do centro socioeducativo. Verificou-se nesse estudo 
a carência de equipamentos que abriguem serviços educacionais, culturais, e sociais 
em um mesmo programa, sendo preciso estudar diferentes tipologias para 
compreender as melhores situações projetuais, que resultem no bom funcionamento 
das diversas atividades oferecidas. 
As pesquisas coletadas demonstraram a particularidade dos espaços, 
precisando-se adequar as salas de acordo com as variadas aulas pré-estabelecidas. 
Tais estudos clarificaram que espaços de lazer e culturais são imprescindíveis para 
fomentar a participação das pessoas e o convívio sadio entre as mesmas. 
O levantamento do contexto social do município de Giruá reafirmou a 
importância da temática abordada, tendo como finalidade proporcionar melhores 
escolhas para o público em questão, enriquecendo a realidade desse com recursos 
que se encontram ausentes na cidade. Dessa forma o projeto torna-se uma forma de 
integração entre todos os giruaenses colaborando para uma melhora econômica, 
educacional, social e cultural da cidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
.......................................................................................................... 91 
 
................................................................ .......................................................... 
 Centro de Integração Socioeducativo: Espaço sonhar 
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https://pt.slideshare.net/carla_fabiana_peres/escola-tcnica
https://www.dicio.com.br/integracao/

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