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Imunologia 
As células sanguíneas 
A grande maioria das células sanguíneas tem função de 
defesa imunológica 
Serie branca do hemograma: 
 
Neutrófilos segmentados: neutrófilos em sua forma mais 
madura. Os bastões são eles em sua forma antes da 
diferenciação 
Constituição do sangue: 
 
Observação: tem que colocar anticoagulante assim que 
retira o sangue para que a cascata de coagulação não 
seja ativada 
Soro e plasma: 
1- Plasma: parte liquida do sangue quando este é 
coletado com um anticoagulante (as proteínas da 
cascata de coagulação estão na sua inativa) 
2- Soro: parte liquida do sangue depois dele ter se 
coagulado 
Plaquetas: são células, elas são derivadas de uma célula 
maior chamada de megacariócito, que não é encontrado 
no sangue (fica dentro da medula óssea) 
• As plaquetas podem ser chamadas de 
elementos figurados do sangue 
• O megacariócito possui projeções do 
citoplasma que fica dentro da corrente 
sanguínea que vão dar origem as plaquetas 
(elas não possuem núcleos) 
 
Monócitos e macrófagos 
Quando essa célula sai da medula óssea e está no sangue, 
ela é chamada de monócitos, uma vez que esta célula 
entre nos tecidos ela é chamada de macrófago (é uma 
célula mais madura) 
Macrófagos residentes: nem todo o macrófago que está 
no tecido foi um monócito, alguns tecidos possuem 
macrófagos residentes (não produzidos na medula óssea) 
• Os macrófagos residentes surgem em um 
momento embrionário diferente e coloniza os 
tecidos precocemente 
• Praticamente todos os tecidos do corpo 
possuem macrófagos. 
 
Função: a fisiologia mais essencial é a capacidade de 
realizar fagocitose 
• Os macrófagos pertentem ao grupo de células 
fagocíticas 
• A célula pode realizar fagocitose para a sua 
nutrição, mas no caso dos macrófagos a 
fagocitose é com o intuito de retirar partículas 
estranhas no meio extracelular 
Fagocitose 
1- Após fagocitar a partícula estranha, ela irá para 
dentro de um vácuo intracelular chamado de 
fagossomo (um tipo de endossomo) 
2- O fagossomo se fundir com o lisossomo que 
está cheio de enzimas digestivas, que irão 
degradar a bactéria 
 
Lisossomos e enzimas digestivas: 
• Para impedir que essas enzimas sejam ativas 
fisiologicamente (o tempo todo), somente após 
o lisossomo se fundir com o fagossomo, é que 
ele irá começar a sofrer uma acidificação e 
somente com esse Ph mais ácido que as 
proteínas irão se ativar 
 
Radicais livres: como uma outra estratégia o macrófago 
também produz radicais livres (átomos que são muitos 
instáveis) e liberar no vaculo, eles atacam rapidamente 
outras moléculas como proteínas, lipídeos fazendo com 
que eles percam a sua função (destroem essas 
macromoléculas) 
• Os radicais livres se ligam a macromoléculas 
 
1- Bactéria fagocitada 
2- Bactéria dentro do vaculo 
3- Fusão com os lisossomos e posteriormente a 
digestão do material 
4- Exocitose: a célula manda o conteúdo da 
digestão para a fora 
 
Macrófagos M1 
Macrófagos M1 (clássicos), tem possuem uma função 
microbicida (tem um papel importante como agentes pro 
inflamatórios) 
• Os M1 são gerados na presença de uma 
resposta imune especifica, ele produz uma serie 
de citocinas e radicais livres que estão associados 
com a ação inflamatória 
• Eles causam inflamação, são antimicrobianos, 
causam degradação da matriz extracelular e 
destruição tecidual 
Macrófagos M2 
Está relacionado com a resposta de reparo tecidual 
• Ele é uma das principais células que são 
encontradas em tecidos que estão sendo 
reparados 
• Fagocitam restos de células mortas e de 
microrganismos e assim induzir o reparo 
• Produz citocinas anti-inflamatórias, produz 
enzimas que são capazes de digerir e reparar a 
matriz tecidual 
• Orquestram uma série de ações. Ele é promotor 
de angiogênese (produção de novos vasos) atua 
na síntese de matriz e remodela o tecido 
Granulócitos 
Grupo de células que possuem um citoplasma rico em 
grânulos (também são chamados de polimorfonucleados) 
• São representados por neutrófilos, eosinófilos e 
basófilos. 
• Possui núcleo segmentado (mas é so um por 
mais que parece ser mais) 
 
Neutrófilos 
1- Possui meia-vida curta (6 a 8 horas) 
2- É o leucócito mais abundante (cerca de 30%) 
3- São células sanguíneas 
4- So são encontradas no tecido diante um 
processo inflamatório (primeiras células a chegar 
em um tecido em uma inflamação aguda) 
5- Medula óssea repõe os neutrófilos na corrente 
sanguínea continuamente 
 
Função: ele também é um fagocito assim como os 
macrófagos (embora eles não pertençam ao mesmo 
grupo de células, os macrófagos fazem parte dos 
monócitos) 
1- Primeiro o neutrófilo tenta fagocitar o organismo 
2- Degranulação: eles podem liberar o conteúdo 
dos grânulos no meio extracelular e assim 
eliminar o microrganismo (os grânulos contem 
enzimas digestivas, em um neutrófilo existem 
diferentes tipos de grânulos e diferentes tipos 
de enzimas digestivas) 
3- NET: conseguem colocar para fora o seu 
próprio DNA que vai servir como armadilha para 
vários microrganismos 
 
Pus: é uma secreção que é rica em neutrófilos mortos, 
restos de microrganismo, restos de tecidos 
• Isso ocorre por que há uma chegada maciça de 
neutrófilos nos tecidos, estes começam a liberar 
os grânulos que contém as enzimas digestivas 
no meio extracelular. Essas enzimas irão digerir 
o microrganismo invasor, mas irá também digerir 
todo o tecido circundantes (liquefaz o tecido), 
ocorre a lesão tecidual 
Célula altruístas: netose, eles são capazes de lançar o seu 
próprio núcleo para aprisionar um microrganismo 
• Desfaz o seu núcleo e lança o seu DNA (Net’s) 
no meio extra celular formando uma teia 
• Essa teia de DNA tem uma função de barreira 
física por ser um material gelatinoso, ele 
consegue aprisionar os microrganismos (ficam 
grudados) 
• Quando o DNA é lançado para fora, muitas das 
enzimas presentes nos grânulos vão junto, 
então ela pode digerir o microrganismo que foi 
aprisionado 
• O neutrófilo agora sem o núcleo irá viver 
pouquíssimo tempo 
 
Eosinófilos 
• Células relativamente rara (0 a 5% das células 
sanguíneas) 
• Aumentado em alergias e infecções parasitarias 
(vermes helmintos) 
 
O número de eosinófilos aumenta quando tem infecções 
por helmintos por que eles possuem mecanismo de 
defesas associados para a eliminação desses vermes 
• Os eosinófilos conseguem se ligar aos IgE (possui 
alta afinidade com a porção FC) 
• Após a ligação com o anticorpo, os eosinófilos 
começam a liberar o conteúdo dos seus 
grânulos 
• As enzimas que são liberadas têm atividade anti 
helmintos (a principal é a MBP- proteína básica 
principal, que ataca e destrói a parede celular dos 
helmintos ocasionando a sua morte) 
• Geralmente a parede celular de helmintos são 
feitas de quitina 
 
Mastócitos e basófilos 
As duas tem os mecanismos imunológicos semelhantes 
 
• Mastócito é uma célula tecidual, tem um grande 
papel em processos alérgicos 
• Basófilos: célula rara, presente do sangue que 
tem papel em processos alérgicos 
Processo alérgico: 
 
O alérgeno induz a produção de anticorpo IgE que 
sensibilizam os mastócitos, que possui receptores de IgE 
• Como os mastócitos estão sendo sensibilizados, 
não acontece nada a nível de sintomas no 
primeiro contato 
 
Os mastócitos e basófilos entrando em contato com o 
mesmo alérgeno pela segunda vez, eles degranulam, 
liberando a histamina que estão neles 
• A maioria dos sintomas é devido a histamina, que 
é um potente vasodilatador, causando coriza, 
edema, vermelhidão, coceira 
Linfócitos 
Diz respeito a imunidade adaptativa, eles estão presentes 
no sangue e nos tecidos. 
• O hemograma não é capaz de diferenciar os 
linfócitos T e B 
Linfócitos T 
Eles podem ser classificados como pertencentes ao 
grupo de linfócitos T alfa beta (que diz respeito aos 
receptores)1- Linfócito TCD4+: auxiliar ou helper (tem funções 
de ajuda) 
2- Linfócito TCD8+: citotóxico (capazes de matar 
outras células) 
T helper (CD4+) 
1- ativação de macrófagos (algumas citocinas que 
são produzidas por esse linfócito, como o 
interferon gama, pode aumentar em até 10x a 
ação microbicida do macrófago) 
2- produção de IgG (dá um auxílio aos linfócitos B 
para que eles produzam anticorpos com toda a 
sua capacidade, ative todas as suas funções) 
3- Combate microrganismos intracelulares. 
Os linfócitos B tem a função de produzir anticorpos, 
entretanto, para que eles alcancem o máximo de seu 
potencial, eles precisam do auxílio dos linfócitos TCD4+ 
 
• Citocinas: IL-4 e IL-21 que são secretadas pelos 
linfócitos TCD4 para os linfócitos B 
• Quando a o engajamento das moléculas CD40 
ligantes (que está no TCD4) e do CD40 (que 
está no linfócito B) nas presenças das citocinas 
é que o linfócito B pode alcançar toda a sua 
função (maturação e afinidade dos anticorpos, 
adquire memoria, faz troca de classe) 
Observação: o linfócito B pode ser ativado sem a 
presença do TCD4, mas essa ativação vai ser bem 
menor 
T citotóxico (CD8+) 
1- Morte de células infectadas por vírus 
2- Vigilância contra o aparecimento de tumores 
(células que deveriam ter sofrido apoptose e se 
multiplica descontroladamente) 
Esses linfócitos liberam as enzimas granzima e perforina 
quando são ativados (são elas que estão associadas a 
morte de células induzida pelo linfócito B, que conferem 
o caráter citotóxico) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Órgãos linfoides 
Órgãos linfoides primários: timo e a medula óssea 
(órgãos linfoides centrais) 
• Eles são órgãos que estão envolvidos com a 
produção das células do sistema imune 
Órgãos linfoides secundários ou periféricos: baço e os 
gânglios linfáticos (linfonodos) 
• Eles estão relacionados com o “armazenamento” 
dessas células 
• Os antígenos que caem na corrente sanguínea 
inevitavelmente passam pelo baço 
• Os linfonodos podem ganhar diferentes nomes 
de acordo com a região onde estão (por 
exemplos no intestino, eles são chamados de 
placas de payer) 
 
Circulação das células do sistema imune 
Vamos usar como exemplo as células dendríticas, mas 
vale para todas 
1- As células dendríticas vão captura o antígeno e 
iniciar um processo de migração através da 
circulação linfática até o linfonodo mais próximo 
que drena aquela região 
2- Dentro do linfonodo a célula dendrítica é 
fundamental para iniciar o processo de ativação 
dos linfócitos T da imunidade adaptativa 
As células que estão na circulação linfática pode chegar 
a corrente sanguínea através de uma estrutura chamada 
de ducto torácico, que é responsável por comunicar os 
sistemas sanguíneo e linfático 
• Os linfócitos migram para que possam chegar 
aos sítios onde eles são recrutados e também 
para realizar uma vigilância contra antígenos (por 
isso tem linfócitos circulantes por todos os 
tecidos e na circulação sanguínea e linfática) 
• Eles são encontrados em maior quantidade em 
nós órgão linfáticos secundários (baço e 
linfonodos) 
MALT, GALT e BALT 
São órgãos linfoides secundários (eles podem 
perfeitamente iniciar uma resposta imune) 
• MALT: tecido linfoide associado a mucosas 
• GALT: tecido linfoide associado ao trato 
gastrointestinal 
• BALT: tecido linfoide associados ao trato 
respiratório (brônquios) 
Timo 
Órgão bilobulado, que se encontra logo acima do 
coração 
 
• Ele é envolto por uma capsula de tecido 
conjuntivo, que envia projeções para o interior 
do lobo do timo, essas projeções são chamadas 
de trabéculas 
• As células azuis arrumadas em grumos são os 
linfócitos T em diferentes etapas de 
desenvolvimento 
• Os linfócitos mais maduros são encontrados na 
medula do timo e próximo ao córtex que se 
encontram a maioria dos linfócitos em 
desenvolvimento (é nessa região que está 
ocorrendo as seleções positivas e negativas dos 
timocitos em desenvolvimento) 
• Células dendríticas (células apresentadoras de 
antígenos) são muito importantes no processo 
de seleção dos linfócitos em desenvolvimento 
• Macrófagos: 
• Muitos restos de células mortas: cerca de 90% 
dos progenitores de linfócitos que chegam no 
timo vão morrer (não vão conseguir passar pelo 
processo de seleção impostos) 
• O timo tem uma alta taxa de apoptose 
• Corpúsculo de Hasal: provavelmente está 
relacionado com a seleção de linfócitos (não se 
sabe ao certo a função dele ainda) 
Linfonodos 
Arquitetura bem definida as células do sistema imune 
• As células do sistema imune que ali se encontra 
estão muito bem organizadas em determinadas 
regiões 
• Está associado a circulação linfática 
 
1- É muito rico em linfócitos T e B 
2- Tem uma capsula de tecido conjuntivo que 
envia trabéculas para dentro do linfonodo 
3- A região onde ficam os linfócitos T está entre o 
córtex a medula (região paracortical) 
4- Os linfócitos B estão mais concentrados na 
região no córtex e estão organizados em uma 
estrutura chamada de folículo linfoide 
5- Quando os linfócitos B que estão dentro do 
folículo linfoide não estão estimulados, ele é 
chamado de folículo linfoide primário (folículo não 
está estimulado) 
6- Quando o folículo está estimulado (já houve 
antígenos que entraram no linfonodo induzindo 
a proliferação de linfócitos B) ele é chamado de 
folículo linfoide secundário 
As células dendríticas vem das regiões periféricas do 
corpo, trazendo vários antígenos. Elas vão contactar os 
linfócitos T, que vai ser induzido a migrar para a região 
do linfócito B e o linfócito B vai migrar para a região do 
linfócito T. Elas células se encontram no meio do caminho 
e iniciam uma reação de centro germinativo. 
 
 
Reação de centro germinativo: é fundamental para que 
ocorra três processos 
1- Seleção de anticorpos de alta afinidade 
2- Troca de classe de imunoglobulinas 
3- Geração de linfócito B de memoria 
Essa organização dos linfócitos T e B são mantidas 
devido a diversas quimosinas que atraem os linfócitos T 
e B para as suas respectivas regiões 
Placa de Peyer 
• Linfonodo intestinal 
• Região azul: região de linfócitos T 
• Os linfócitos B se encontram dentro dos folículos 
• Célula M: é uma célula especializada do epitélio 
intestinal e é uma célula transportadora de 
antígeno (ela é capaz de captar antígenos que 
estejam no lúmen e jogar para dentro do 
linfonodo) 
• Perto da célula M, se tem células dendríticas que 
são capazes de captar, fagocitar e processar o 
antígeno assim que ele entra 
 
Baço 
• Funciona como um filtro para o sangue 
• Polpa vermelha: rico em hemácias 
• Polpa branca: onde se encontram as células do 
sistema imune (também é rico em linfócitos T e 
B, possui as outras células em menor quantidade) 
• Tem um papel importante na reciclagem de 
hemácias envelhecidas (o fígado também faz 
essa função, mas o principal é o baço) 
• Macrófagos esplênicos do baço que destroem 
as hemácias envelhecidas 
 
• Os linfócitos T eles se organizam na região 
chamada de bainha periarteriolar (eles se 
organizam em torno da arteríola formando uma 
bainha) 
• Os linfócitos B estão na periferia da polpa branca, 
agrupados em montes que também são 
chamados de folículos 
A manutenção dessas células de forma a preservar a sua 
organização é feita através quimosinas que atraem os 
linfócitos T e B para suas respectivas regiões 
• As quimosinas também são essenciais para que 
seja feito o primeiro contato entre linfócitos T e 
B durante a ativação dos linfócitos B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imunógenos e 
antígenos 
Introdução aos imunógenos e antígenos 
Antígenos:são substancias químicas capazes de induzir 
resposta imune específica (induzem anticorpos e/ou 
resposta celular) 
• Praticamente qualquer coisa pode atuar como 
antígenos: alimentos, alérgenos, microrganismos 
• Nos estramos em contato com eles através das 
superfícies mucosas (do trato geniturinário, trato 
gastrointestinal e trato respiratório) ou pela pele 
(essas são as vias naturais, podemos também 
entrar em contato por vias artificiais pelas 
vacinas) 
Características que fazem o antígeno ser reconhecido 
ou não: 
1- Estranho ao sistema imune (ausência de 
tolerância- o sistema imune não é tolerante 
aquela molécula, ou seja, ele tem anticorpos que 
são capazes a se ligar nessa molécula) 
2- Peso molecular e complexidade molecular 
também influenciam na sua antigenicidade 
(capacidade de atuar como um antígeno) 
3- Estrutura das proteínas (primaria/linear, 
secundaria, terciaria ou quaternária) 
Conceitos 
Imunogenicidade: a capacidade de antígeno ativar o 
sistema imunológico e induzir a produção de anticorpos 
• Um bom imunógeno é uma molécula que capaz 
de ativar o sistema imune (consegue imunizar o 
indivíduo com essa molécula) 
• Observação: nem todo antígeno é um bom 
imunógeno (uma molécula pode ser alvo de 
reconhecido de anticorpos, mas não ser capaz 
de sozinha induzir uma resposta imune) 
Antigenicidade: capacidade do antígeno se ligar a um dos 
componentes do sistema imune (anticorpo) 
• é um antígeno por que ela é reconhecida por 
componentes do sistema imune (anticorpo) 
• a leitura desse reconhecimento é feita a partir 
das moléculas de anticorpo 
• é um antígeno tudo aquilo que for reconhecido 
por um anticorpo 
Anticorpos podem reconhecer pequenas porções como 
antígenos em uma proteína: 
 
Complexo antígeno-anticorpo 
Um antígeno e uma anticorpo se combinam formando 
um complexo antígeno-anticorpo (essa reação atinge o 
equilíbrio químico, a quantidade de produto é igual a 
quantidade de reagente) 
 
Dessa forma, existe a mesma quantidade de complexos 
de ag-ac e de antígenos e anticorpos soltos 
• se aumentar a quantidade de antígeno a reação 
é deslocada para a direita forma mais complexo 
• se aumentar a quantidade de anticorpo a reação 
também é deslocada para a direita 
• se aumentar a concentração do complexo a 
reação é deslocada para a esquerda 
Reconhecimento do antígeno 
Epítopos ou determinantes antigênicos: menor porção 
da molécula antigênica responsável pela estimulação dos 
linfócitos 
• determinantes lineares: mesmo fora de sua 
estrutura tridimensional, o antígeno pode ser 
reconhecido por meio de um fragmento linear 
(um antígeno que fora da sua forma possui 
regiões lineares que podem ser reconhecidas) 
 
• determinantes conformacionais: ela so é alvo do 
reconhecimento do anticorpo se ela estiver na 
sua forma tridimensional (se tirar da forma 
tridimensional se perde a capacidade de 
reconhecer essa estrutura) 
 
Neo-antigenos: quando pequenas moléculas, como 
metais, podem se ligar as proteínas próprias formando 
um complexo que não é tolerado pelo corpo (é uma 
proteína própria ligada com outra molécula que formando 
um novo antígeno, uma molécula que não é tolerada 
pelo organismo) 
• Exemplo: dermatite de contato por bijuterias 
(pequenas moléculas de ferro podem penetrar 
a pene e se ligar a proteínas próprias fazendo 
com que o corpo reconheça o complexo como 
um antígeno e assim gera uma reação alérgica) 
Reconhecimento de antígenos pela 
imunidade inata 
Antígenos que são reconhecidos pela imunidade inata: 
1- PAMPs: padrões moleculares associados a 
patógenos (lipossacarideos bacterianos, ácidos 
nucleicos) 
2- MAMPs: moléculas associadas a necrose e 
piroptose. Referem-se a moléculas liberadas 
durante os processos celulares de necrose e 
piroptose. A necrose é uma morte celular não 
programada, enquanto a piroptose é uma forma 
de morte celular programada associada a 
inflamação 
3- DAMPs: moléculas associadas a danos. Refere-se 
a moléculas liberadas por células danificadas ou 
moribundas, independente da causa do dano. 
(ATP liberado das células, fragmentos de DNA e 
proteínas citosolicas) 
Essas moléculas em conjunto podem se ligar a 
receptores da imunidade inata chamados de receptores 
de reconhecimento padrão (PRR) 
Antígenos na imunidade adaptativa: Eles podem se ligar 
diretamente ao BCR dos linfócitos B ou pode ser 
processado e apresentado via MHC, sendo reconhecidos 
pelo TCR dos linfócitos T 
Antígenos T-dependentes e T-
independente 
Antígenos T-dependentes 
Ativação de linfócitos B que são dependentes dos 
linfócitos T helper (TCD4+). O linfócito B para ele ser 
completamente ativado ele tem que receber dois sinais 
1- Um que vem do seu próprio BCR (receptor de 
célula B). O BCR reconhece e se liga diretamente 
no antígeno 
2- O linfócito B vai endocitar e degradar o 
complexo que contém o antígeno 
3- Os peptídeos derivados desse complexo vão ser 
então apresentados para o linfócito T via MHC 
de classe 2 (células apresentadoras de 
antígenos) - o MHC se liga ao peptídeo 
4- O linfócito T através do TCR vai reconhecer o 
complexo peptídeo + MHC II e irá fornecer um 
“Helper” 
Dois fatores são importantes para fornecer essa ajuda, o 
primeiro é por meio de citocinas (IL2/4/5) que são 
moléculas solúveis. E a segunda é através do par de 
moléculas CD40L e CD40, esse engajamento entre as 
moléculas ajuda para fornecer essa ajuda. 
Após esses eventos, os linfócitos B podem entrar na 
reação de centro germinativo podendo realizar as 
funções como: troca de classe de imunoglobulinas, 
geração de memória e maturação de afinidade 
Características: 
1- Antígenos proteicos 
2- Necessitam do auxilio dado pelas células TCD4+ 
para produção de anticorpos 
3- Geram memoria imunológica 
 
Antígenos T independentes 
Existem alguns antígenos que fazem a ativação dos 
linfócitos B de forma T independente (não tem o 
engajamento do CD40 e do CD40L e nem a 
contribuição pelos fatores solúveis secretados pelos 
linfócitos T, como as citocinas) 
• Precisa de um sinal mais forte para que o linfócito 
se ative. Esse sinal vem somente do 
engajamento do BCR com o antígeno, então é 
necessário o engajamento de múltiplos BCR para 
que juntos gerem uma resposta mais forte e 
capaz de ativar o linfócito 
• Polissacarídeos bacterianos são capazes de fazer 
isso: ele é capaz de fazer isso por que um 
polissacarídeo é formado por vários 
monômeros, sendo que cada monômero 
presente na cadeia irá engajar com um BCR (é 
uma estrutura repetitiva) 
Características: 
1- Em geral são lipídeo ou lipopolissacarídeos 
2- Geram produção de IgM, sem o auxílio dos 
linfócitos T 
3- Não geram memoria imunológica (o sinal não é 
forte o suficiente para que ocorra troca de 
classe e geração de memória imunológica) 
 
Observação: o linfócito T não consegue integrar 
diretamente com o antígeno ele precisa ser apresentado 
via MHC 
Haptenos 
Pequenas substancias químicas que são antígenos, mas 
não imunogênicos (reconhece, mas não gera uma boa 
resposta imune) 
• Uma solução para que um hapteno gere uma 
boa resposta imune é conjugando a uma 
proteína (conjugação com substâncias 
imunogênicas faz com ele tenham uma boa 
resposta imune) 
• Exemplo: a penicilina (é uma hapteno) sozinha 
não causa uma boa reposta imune, mas se ela 
se liga a proteínas no corpo do indivíduo ele se 
torna um neo-antigeno (que induz uma resposta 
imune) 
• O nosso corpo vai produzir anticorpos contra o 
hapteno, contra a proteína e contra o complexo 
hapteno-proteína 
 
Anticorpos altamente específicos: 
Os anticorpos reconhecem o metilfenol na posição orto, 
não é o mesmo que reconhece da possível meta e não 
é o mesmo que reconhece da posição para 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apresentação de 
antígeno 
Introdução ao complexo principal de 
histocompatibilidade (MHC) 
Algumaspré disposições genéticas a desenvolver 
doenças auto imune pode ter como base o complexo 
de histocompatibilidade 
• Ele foi descoberto quando estava envolvido na 
rejeição de transplante (se tiver o MHC 
diferente o tecido era rejeitado) 
• Também é conhecido como HLA: antígeno 
leucocitário humano 
O TCR identifica na célula apresentadora de antígeno um 
complexo (molécula de MHC associada a determinados 
antígenos) 
• Ideia de chave-fechadura (TCR com o complexo 
de MHC) 
• O linfócito T é especifico para aquele complexo 
(chave-fechadura) 
• O linfócito reconhece o complexo todo (não 
somente o antígeno ou o MHC) 
• Tanto os linfócitos TCD4 e TCD8 eles 
dependem da interação do TCR com o 
complexo (primeiro sinal da ativação do linfócito 
T) 
• Os linfócitos T so podem ser ativados na 
presença do MHC 
• Existem dois tipos de moléculas de MHC: de 
classe I e de classe II 
 
 
• Célula tinha algum antígeno endógeno que é 
processado a nível de RE e ligado a moléculas 
do MHC de classe I 
• Quando falamos de antígenos que são 
apresentados por moléculas do MHC de classe I 
geralmente se trata de antígenos que são 
endógenos da célula (por exemplos antígenos 
de microrganismos que invadiram a célula) 
• No caso dos vírus são como os antígenos 
endógenos (utilizam a maquinaria da célula para 
produzir novos vírus) 
• Apresentação de antígenos endógenos (as 
moléculas do MHC sempre estão complexadas 
com um antígeno na superfície, nunca estão 
sozinhas) 
• Ativação dos linfócitos TCD8, se dá através da 
interação do TCR com o complexo antígeno e 
MHC de classe I (o primeiro sinal desses linfócitos 
de dá através dessa interação) 
 
• O MCH de classe II é responsável pela 
apresentação de antígenos exógenos (produtos 
que estavam no exterior da célula e foi 
fagocitada e digerida e os pequenos fragmentos 
de antígenos resultantes serão apresentados) 
• Ele também nunca está sozinha na superfície 
está sempre complexado com um antígenos 
• O complexo antígeno e MHC de classe II é 
utilizado para ativar os linfócitos TCD4 (primeiro 
sinal é através da interação do TCR com o 
complexo antígeno e MHC de classe II) 
• Exceção: apresentação cruzada 
Apresentação cruzada 
A célula apresentadora de antígenos fagocita uma célula 
morta 
• A célula pode incorporar um produto exógeno 
• Esse produto vai para dentro de um vaculo e as 
vezes ocorre um escape desse material 
presente no vaculo 
• Esse material pode ser jogado no citoplasma. Se 
esse material que foi endocitado de matéria 
exógena cai no citoplasma ele vai para a via de 
apresentação do MHC de classe I (apresentação 
cruzada) 
• É uma maneira de apresentar antígenos que so 
seriam apresentados por moléculas do MHC de 
classe II pois foram adquiridos de forma exógena 
• Assim eles podem também ser apresentados 
por moléculas do MHC de classe I e ativar os 
linfócitos TCD8 
 
Importante: 
1- Linfócitos T somente reconhecem, via ser TCR, 
os antígenos ligados a moléculas do MHC 
2- Os antígenos são processados dentro das células 
para formar pequenos peptídeos (está 
degradando proteína- a grande maioria doa 
antígenos apresentados tem característica 
proteica), que se associam as moléculas do MHC 
3- MHC influencia rejeição de transplantes, 
resposta a infecções, autoimunidade, etc. 
Processamento de antígenos de 
classe I 
As que são utilizadas na ativação do linfócito TCD8 
• Apresenta antígenos endógenos (da própria 
célula ou que foram adquiridos por infecção por 
microrganismos intracelulares- vírus, bactérias, 
protozoários intracelulares) 
 
• Molécula do MHC de classe I vazia 
• Ele é formado por uma cadeia chamada de 
cadeia alfa (3 domínios 1,2,3) 
• Associado a cadeia alfa tem uma segunda cadeia 
chamada de beta 2 microglobulina 
• Existem diferentes tipos de moléculas de MHC 
de classe I, pode haver diferença na estrutura 
entre indivíduos e entre gentes diferentes no 
mesmo indivíduo que codificam diferentes 
moléculas. 
• A molécula do MHC é uma proteína (formanda 
por aminoácido, sendo possível ter uma 
diferença na sequência desses aminoácidos) 
• A molécula de beta 2 microglobulina 
independente de qual for o tipo da molécula do 
MHC de classe I ela não varia (ela é fundamental 
para a molécula do MHC de classe I ganhe 
estabilidade) 
Deficiência na beta 2 microglubulina: 
Existem pacientes que tem deficiência na molécula de 
beta 2 microglubulina, então esses pacientes não 
apresentaram nenhuma molécula de MHC de classe 1 
como fenótipo (não dá pra fazer a molécula se MCH de 
classe I sem a beta 2 microglobuina) 
• Eles também não terão os linfócitos TCD8 dado 
que eles avidados pelas moléculas do MHC de 
classe I e a seleção dos linfócitos TCD8 no timo 
também dependem do MHC de classe I 
• Sem a beta 2 microglobulina não tem moléculas 
MCH de classe I, fazendo com que não se tenha 
seleção dos linfócitos TCD8 no timo 
(imunodeficiência caracteriza por deficiência de 
linfócito TCD8) 
Fenda do MHC 
• Onde o antígeno vai se ligar 
• Pode ter uma variação na sequência de 
aminoácidos dessa fenda, que permite que 
diferentes antígenos se liguem nessa região, 
antígenos de bactérias, vírus 
• Se os aminoácidos dessa região tiverem carga 
positiva o antígeno que irá se ligar ter carga 
negativa e vice-versa 
• Se os aminoácidos dessa região tiver uma 
característica hidrofóbica, ele irá se ligar a 
antígenos que também tem características 
hidrofóbicas e vice-versa 
• É nessa região que se encontra a maior 
variabilidade de aminoácidos 
A grande maioria dos antígenos que vão ser processados 
e digeridos são proteínas e seus fragmentos peptídicos 
vão ser ligados na fenda do MHC 
• O tamanho ótimo para se ligar na fenda do MHC 
é de 8 aminoácidos 
 
• Nas células temos uma complexo chamado de 
proteassoma que tem como função degradar as 
proteínas que já então velhas 
• É adicionada um radical chamado de ubiquitina 
nessas proteínas e são encaminhadas para ser 
degradadas no interior do proteassoma liberando 
fragmentos peptídicos (isso a nível de 
citoplasma) 
• Entretanto, as montagens das moléculas de MHC 
são feitas a nível de reticulo endoplasmático, 
então tem que levar esses fragmentos que 
foram gerados para dentro do reticulo 
endoplasmático 
 
• As proteínas TAP 1 e TAP 2, presentes na 
membrana no reticulo endoplasmático, atuando 
como bomba e são capazes de recolher esses 
fragmentos que estão no citosol e bombear 
para dentro do reticulo para que então eles se 
liguem na fenda do MHC 
Processo completo 
 
• As proteínas acessórias então no reticulo 
endoplasmático e atuam no dobramento correto 
das moléculas do MHC de classe I (chamados de 
chaperronas, proteínas que auxiliam no 
dobramento de outras proteínas) 
Processamentos de antígenos 
de classe II 
É o que envolvido da ativação dos linfócitos TDC4, 
antígenos que se associam ao MHC de classe 2 são 
antígenos que vieram de forma exógena 
 
As moléculas do MHC de classe dois possuem duas 
cadeias: cadeia beta (que tem domínios beta 1 e beta 2) 
e a cadeia alfa (que tem domínios alfa 1 e alfa 2) 
• Ambas as cadeias podem variar, não tem 
nenhuma que é fixa e comum obrigatoriamente 
a todo os MHC de classe II 
• O MHC de classe II também é uma proteína e é 
formada por aminoácidos e a região onde se 
tem maior variabilidade desses aminoácidos é na 
fenda do MHC (o que permite a acomodação 
de diferentes antígenos) 
• É essa diferença na sequência de aminoácidos 
que vai permitir que diferentes peptídeos 
(fragmento dos antígenos) se liguem nessa 
fenda 
• O tamanho ideal é de 14 aminoácidos 
 
Aquisição de proteínas do espaço extracelular: 
1- Essas proteínas são capadas no meio 
extracelular por meio de mecanismo como a 
fagocitose 
2- Dentro da célula, ela é encaminha para um 
vacúolo onde será digerida 
3- Os fragmentos peptídicos provenientesdessa 
digestão vão ser então ligados em uma molécula 
de MHC de classe II 
 
Montagem da molécula de MHC de classe II: 
 
Vale ressaltar que existem vários peptídeos livres no 
reticulo endoplasmáticos que não se ligam na molécula 
de MHC de classe II (isso não acontece por que existe 
uma cadeia, representada em verde, que impede que 
qualquer peptídeo que esteja no reticulo endoplasmático 
se ligue na fenda do MHC, chamada de cadeia invariante) 
Em um segundo momento da montagem das moléculas 
de MHC de classe II, ocorre a degradação dessa cadeia 
invariante 
• O vaculo que saiu do reticulo endoplasmático 
(que contém a molécula de MHC semi formada) 
se funde com um lisossomo e a presença de 
enzimas digestivas nele faz com que ocorra a 
degradação da cadeia invariante 
• Sobra uma parte da cadeia, representado em 
roxo, que se chama clipe (fica ocupando a fenda) 
e serve para impedir outro peptídeo se ligue ao 
MHC 
• O lisossomo vai então se fundir com as 
moléculas do MHC de classe II- o vaculo que 
contém a proteína exógena digerida vai se fundir 
com o lisossomo que anteriormente se fundiu 
com o vaculo que saiu do reticulo 
endoplasmático e contém a molécula de MHC 
(fazendo com que se tenha produtos da 
degradação de proteínas exógenas para se 
colocar na fenda do MHC) 
• Por fim uma molécula chamada de HLADM tem 
a função de trocar o clipe por um dos 
fragmentos peptídicos e assim o MHC de classe 
II pode ser levado a superfície da célula 
Objetivo: 
Após as moléculas de MHC de classe I e de classe II são 
expostas na superfície da célula apresentadora de 
antígeno, esse complexo irá interagir com o TCR dos 
linfócitos T imaturo e gerar linfócitos TCD4 ou TCD8 
ativados 
• As células apresentadoras de antígenos são: 
células dendríticas (ponte entre a imunidade inata 
e a adaptativa), macrófagos e os linfócitos B 
 
Observação: o MHC de classe I pode ser expresso por 
qualquer célula nucleada do organismo (todas as células 
des que elas sejam nucleadas elas têm o MHC de classe 
I) 
• Já o MHC de classe II ele é restrito as células 
apresentadoras de antígenos: células dendríticas, 
macrófagos e linfócitos B 
Superantígenos 
Uma classe de antígenos que se ligam as moléculas de 
MHC de uma maneira particular 
• Toxinas bacterinas e algumas proteínas 
derivadas de vírus, sendo eles um estimulo muito 
forte para a ativação de linfócitos T 
• Isso acontece por que esses antígenos se ligam 
de uma forma diferente nos MHC, eles se ligam 
por fora do MHC, tendo uma região que 
interage com o MHC e uma região que interage 
com a cadeia beta do TCR do linfócito T ao 
mesmo tempo 
• Cada superantígeno ativam um grupo de 
linfócitos T que tenham a cadeia beta 
semelhante (um grupo de linfócitos T que tem 
uma certa similaridade em suas cadeias beta vão 
ser ativados pelo mesmo superantígeno). Dessa 
forma, os superantígenos conseguem ativar 
milhões de linfócitos ao mesmo tempo 
• Exemplo: TSST-1 (toxina da bactéria 
Staphylococcus aureus que está envolvida na 
síndrome de choque toxico) 
 
 
 
Genética do MHC 
Locus do MHC: região do DNA onde se encontra o MHC 
humano 
• HLA=MHC: 3 genes podem codificar o MHC de 
classe I (HLA A, B e C) 
• DP, DQ e DR= genes que codificam o MHC de 
classe II 
• Como o MHC de classe II tem duas cadeias, a 
alfa e a beta, ele tem dois genes para cada MHC 
(gene A e B) 
• MHC de classe IIII: então dentro da molécula de 
MHC, mas não são moléculas de MHC 
propriamente ditas (são outro tipo de proteína 
que tem função imunológica) 
 
• O MHC é poligênico pode ser codificado por 
mais de um gene (3 para o MHC de classe I e 3 
para o MHC de classe II) 
• O HLA-DM é o responsável por tirar o clipe que 
ocupa a fenda do MHC no MHC de classe II. E 
colocar o antígeno 
O MHC é codominante 
 
1- Para o mesmo gene nós temos pelo menos dois 
alelos, um em cada cromossomo homologo 
2- Ambos os alelos são expressam, nenhum se 
sobressai ao outro (50% das moléculas de MHC 
que vai estar na superfície da célula vai ser do 
tipo K e o outros 50% vai ser do tipo D) 
 
• O MHC tem o gene mais polimórfico do nosso 
genoma (tem vários alelos que são capazes de 
codificar aquele gene) 
• Os alelos tem pequenas diferenças nas bases do 
gene, o que faz existir moléculas de MHC 
ligeiramente diferentes 
• Essas diferenças nos alelos dos genes que 
proporciona a variabilidade na sequência de 
aminoácidos da fenda do MHC (isso é importante 
por que faz com que exista mais ligações com 
diferentes antígenos) 
• Exemplo: as células do meu organismo vão 
processar e apresentar o antígeno de uma 
forma diferente das células de um amigo 
(mesmo que a infecção seja causada pelo 
mesmo vírus, o processamento e a 
apresentação dos antígenos serão diferentes) - 
os alelos do MHC têm uma sequência diferente, 
portanto, codificam proteínas diferentes 
• Isso faz com que diferentes indivíduos 
respondam de forma diferente a mesma 
infecção (isso permite que em uma população 
sempre ira existe um grupo que responde muito 
bem, de maneira adequada, quanto aquele 
agente patogênico) 
• Combinando dos alelos do pai e da mão é 
possível montar 6 moléculas de MHC de classe 
I e 8 moléculas de MHC de classe II 
Restrição do MHC 
1- É um fenômeno onde o linfócito T é capaz de 
responder ao mesmo alelo de MHC que ele foi 
selecionado dentro do timo 
2- Mesmo que seja um mesmo MHC de classe I 
mas for de um outro alelo o linfócito não 
responde (o TCR não liga) 
3- O TCR é especifico ao alelo do MHC que ele foi 
selecionado dentro do timo, não respondendo a 
mais nenhum (so responde a antígenos que 
estão ligados na molécula de MHC que veio do 
alelo em questão) 
4- O linfócito é restrito a um HMC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Citocinas 
Biologia das quimiocinas 
As quimiocinas são citocinas com ação quimiotática 
(substancias atratoras para as células do sistema imune), 
fundamental para os processos de migração celular 
Inflamação 
• As primeiras células a migram são sempre os 
neutrófilos, eles iniciam o processo de adesão e 
chegam até o local de injuria tecidual 
• Os neutrófilos sabem que eles precisam ir para 
essa região devido a produção de quimiocinas 
no local da infecção 
• A quimiocina fica mais concentrada no local da 
injuria em relação a corrente sanguínea, e como 
o neutrófilo segue o gradiente de concentração 
das quimiocinas eles conseguem chegar ao 
destino 
 
As quimiocinas também são responsáveis pela 
organização dos órgãos linfoides primários e secundários 
• São os gradientes de quimiocinas que fazem os 
linfócitos B ficarem dentro do folículo linfoide e 
fazem os linfócitos T ficarem concentrados na 
região paracortical (quimiocinas homeostáticas) 
• O linfócito T expressa um receptor de 
quimiocina chamado CCR7, e na região 
paracortical existem células que produzem o 
ligante desse receptor atraindo os linfócitos T 
As quimiocinas tem, portanto, uma função importante na 
criação e na manutenção da arquitetura dos órgãos 
linfoides 
• Lembrando que a separação dos linfócitos B e 
T é fundamental para o início das respostas 
imunes adaptativas 
 
Classificação 
• As quimiocinas são proteínas 
• A classificação vem da quantidade de 
aminoácidos cisteina que a quimiocina tem 
• O x significa um aminoácido qualquer 
 
As quimiocinas interagem através de receptores que são 
acoplados a proteína G (é uma ligadora de GTP) 
• A quimiocina ao se ligar no receptor de 
quimiocina (que tem por característica 
atravessar 7 a membrana plasmática) 
• A proteína G na sua forma inativa possui uma 
molécula de GTP ligada (guanina di fosfato, se 
assemelha a ADP-adenosina di fosfato) 
 
Quando acontece a interação do ligante com o receptor, 
isso ativa a proteína G, fazendo que haja a dissociação 
do trimero, separando as subunidades alfa das 
subunidadesbeta e gama. Ocorre também a troca de 
uma molécula de GDP por uma de GTP (guanosina tri 
fosfato) 
• Quando a proteína G se torna novamente inativa 
ela volta para a sua conformação de trimero e 
volta a ter o GDP ligado 
• Inibidores da proteína G afeta a sinalização dos 
receptores que é acoplado a proteína G 
Inflamação 
As quimiocinas induzem a migração celular: quando ela 
se liga ao seu receptor e dispara a cascata bioquímica, 
existe uma série de eventos bioquímicos que levam a 
manipulação do citoesqueleto da célula (ela começa a 
mexer as proteínas do citoesqueleto em direção ao 
estimulo, ao gradiente de quimiocina) 
• Esse é um tipo de migração polarizada 
 
 
As quimiocinas podem ser redundantes, varias 
quimiocinas podem ligar em um mesmo receptor e 
vários receptores servem para uma mesma quimiocina 
(faz que o sistema seja redundante, as vezes so muda o 
a força de ligação) 
• Quimiocinas podem ser agonistas de certos 
receptores e antagonistas de outros (uma 
quimiocina pode interagir com um receptor e 
estimulá-lo ou pode interagir com um receptor 
e bloqueá-lo) 
• Dependendo de sua concentração do meio, 
uma quimiocina pode apresentar uma atividade 
agonista ou antagonista (não é somente uma 
questão qualitativa, de qual receptor ela está se 
ligando, mas também uma questão quantitativa) 
Observação: o HIV é capaz de infectar macrófagos, 
células dendríticas e linfócitos TCD4+, que são todas as 
células que expressam a proteína CD4 da superfície 
• Para poder infectar essas células o HIV eles 
interagem com a proteína CD4 e pelo co-
receptor de quimiocinas (CCR5 ou CXCR4) 
• Se ocorre o bloqueio desse receptor por um 
fármaco antagonista, a infecção é impedida (isso 
interfere também na migração dos linfócitos e 
nos macrófagos). Por isso eles nunca são os 
fármacos de primeira escolha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imunidade inata 
Hematopoiese 
Ocorre dentro da medula óssea do adulto e corresponde 
a todas as células sanguíneas do organismo (vem de uma 
célula tronco hemapoietica que está presente na medula) 
• A atividade da célula tronco hematopoiética da 
origem a duas linhagens de células: mieloide e 
linfoide 
• Observação: as células NK são derivadas dos 
fibroblastos na medula óssea. Elas também são 
consideradas da imunidade inata por possuir 
mecanismo inatos de defesa mesmo sendo 
derivadas na linhagem linfoide 
 
Sistema imune 
 
Barreiras: químicas, físicas, corporais que vão tentar 
conter os microrganismos 
• Exemplo: epitélio intestinal 
 
• As células de Paneth presentes no epitélio 
secretam peptídeos que tem atividade 
antimicrobiana. O objetivo é manter o equilíbrio 
entre a nossa microbiota e nosso sistema 
imunológico (limitam o número de bactérias que 
povoam a superfície intestinal) 
Defensinas: tem uma interação eletrostática com a 
membrana de microrganismos, pode se inserir nela e 
abrir poros, matando a bactéria 
 
Lisozima: presentes nas lagrimas, saliva e algumas 
secreções. Age tipo um pac-men digerindos os 
peptideoglicanos presentes na parede celular bacteriana 
(essa parede é essencial para que a bactéria controle a 
pressão osmótica em seu interior, então sem ela a 
bactéria literalmente explode) 
• A bicamada lipídica fica exposta 
Observação: a defensiva e lisozima são enzimas que são 
produzidas por outras células que não fazem parte das 
células do sistema imune 
Exemplos de barreira: células ciliadas, muco, pele integra, 
acido do estomago, microflora intestinal que compete 
com outros microrganismos patogênicos 
 
MAMP/ PAMP 
Células da imunidade inata que são capazes de 
reconhecer algumas moléculas que estão associadas aos 
microrganismos (essas células possuem receptores 
capazes de reconhecer essas moléculas) 
• Não é um reconhecimento fino como da 
adaptativa 
• É mais generalizada 
 
1- LPS: lipopolisacarideos presentes na membra 
externa das bactérias 
2- CpG: pares de citocina e guanina repetidos no 
DNA das bactérias 
3- Beta-glucana: componente da parede células dos 
fungos (é um carboidrato) 
4- Hemozoina: proteína presente nos protozoários 
Plasmodium (malária) 
5- RNA de dupla fita: Vírus 
6- Ácido técnico: presentes na parede células de 
bactérias gram-positivas 
Essas moléculas são chamadas de PAMP/MAMP: padrões 
moleculares associados a patógenos 
DAMP 
Padrões de moléculas associado a dados tecidual. 
• Não estão associadas a patógenos 
• Também são capazes de ativar a imune inata, 
por que são substâncias que não estão 
presentes nas condições fisiológicas daquele 
tecido 
 
DAMP endógeno: ácido úrico (o excesso causa gota) 
• Histona/ DNA por que so são encontrados nos 
núcleos, então indica que está tendo lesão no 
tecido 
• Degradação das proteínas da matriz extracelular 
Especificidade 
Os PAMP/MAMP e DAMP eles interagem com 
receptores (proteínas de membrana presentes nas 
células da imunidade inata) eles são chamados de PRR- 
receptores de reconhecimento de padrões 
 
A imunidade inata não promove a memória imunológica 
(capacidade do sistema imune de responder de uma 
forma rápida e eficaz caso entre em contato com um 
mesmo antígeno pela segunda vez) 
• A memória imunológica clássica é da imunidade 
adaptativa 
Resumindo 
1- A imunidade inata é a resposta inicial contra 
microrganismo, que elimina ou controla 
infecções (rápida, quase imediatamente ou, no 
máximo, nas primeiras horas) 
2- Ela elimina células danificadas e inicia o reparo 
tecidual (os macrófagos tecidos são os 
responsáveis pelo reparo tecidual- orquestram o 
processo de reparo) 
3- Estimula e influencia a natureza da resposta 
imune adaptativa que será gerada (quando as 
células da imunidade inata são ativadas elas 
podem chegar ou não na imunidade adaptativa) 
4- Tem um papel muito relevante na ativação da 
imunidade adaptativa 
Observação: tudo depende também dos PAMP/MAMP 
e DAMP que ativação a célula da imunidade inata pois as 
citocinas que elas produzem vai depender de qual foi o 
PAMP e DAMP que interagiu com seu receptor. Dessa 
forma, isso também influencia na natureza da imunidade 
adaptativa, uma vez que ela responde ao tipo de citocina 
que foi produzida. 
• É o tipo de PAMP/MAMP e DAMP que vai ditar 
que tipo de citocina vai ser produzida 
• O tipo de citocina produzida influencia na 
natureza da imunidade adaptativa (diferentes 
citocinas induzem diferentes resposta da 
imunidade adaptativa) 
Sistema complemento 
Primeira barreira de contenção de microrganismos 
• Conjunto de proteínas séricas (presentes no 
soro do sangue) 
• Maioria produzida pelo fígado 
• Tem ativação em cascata (uma proteína que é 
clivada vai ativar uma segunda, que também será 
clivada ativado uma terceira e assim por diante). 
• Exemplo: a coagulação é assim 
Via clássica de ativação 
 
• Em roxo esta os anticorpos ligados na superfície 
célula do microrganismo 
• Em azul: proteínas séricas que compõe o 
sistema complemento (C1, primeira proteína do 
sistema. que se liga aos anticorpos, é o inicio da 
ativação da via) 
 
 
 
A via clássica depende de anticorpos que pode ser IgG 
ou IgM 
 
1- Proteína C1 é ativada (MBL-lectina ligadora de 
matose, ela se comporta exatamente como a 
proteína C1) 
2- C1 ativa C4 (formada por 2 subunidades) sempre 
a porção maior leva o (b) no nome e se deposita 
na superfície da bactéria, 
3- C4 ativa C2: 
4- Complexo C4b e C2b ativa C3; 
5- C3 é ativada e se divide em C3a e C3b; 
6- Complexo C4b, C2b e C4b, forma uma C5 
convertase, que vai ativar a C5; 
7- C5 vai ativar C6, C7, C8 e C9 (complexo de 
ataque a membrana- MAC) 
8- O MAC forma um poro da superfície da bactéria 
(grande função da imunidade dentro do sistema 
complemento) 
Resumidamente: depende de anticorpos que ativam uma 
proteína, dando inicio a uma cascata de reações que vai 
terminar com a formaçãodo MAC na superfície do 
microrganismo 
Via alternativa de ativação 
Ela já começa a partir de C3. Algumas C3 são 
espontaneamente ativadas através da hidrolise, sendo 
dissociadas em C3a e C3b (não depende de anticorpo 
para a ativação) 
• Reforça a ideia do sistema complemento fazer 
parte da imunidade inata (ela pode ser ativada 
quase que imediatamente após o 
microrganismo entrar no corpo, C3b se 
deposita na superfície) 
• Ela se baseia na hidrolise instantânea que um 
dado percentual de C3 pode sofrer na corrente 
sanguínea 
• A ideia é a mesma que na via clássica, o C3b é 
depositado na superfície da bactéria, onde ativa 
uma cascata de reações que irá terminar com 
a formação do complexo de ataque a 
membrana (MAC) abrindo poros na bactéria 
• Fator B é clivado em Bb e Ba, e a deposição 
do Bb na superfície depende de uma proteína 
chamada de fator D 
• C3 convertase: C3b + Bb (complexo 
enzimático que fica clivando C3 e vai formar o 
complexo C5 que ira ativar C6, C7, C8 e C9 
 
Vias das lectinas 
Lectinas são proteínas capazes de se ligar a carboidratos: 
• Os carboidratos presentes nas nossas células 
não ativam o sistema complemento pois a 
qualidade dos carboidratos que nossas células 
possuem é diferente que os dos microrganismos 
• As bactérias são decoradas principalmente com 
manose 
 
Tem a mesma ideia da ativação por meio da via clássica 
(mas não depende de anticorpos como ela) 
1- MBL: lectina ligadora de manose se comporta 
como a C1 e ativam C4, C2 gerando uma C3 
convertase que vai ativar um monte de C3 que 
posteriormente vai gerar uma C5 convertase 
2- C5 que vai ativar C6, C7, C8 e C9 formando o 
complexo de ataque a membrana (MAC) 
3- Tem como objetivo principal, assim como as 
outras, lecionar a superfície da bactéria 
 
Observação: properdina estabiliza o complexo C3 + fator 
B + fator D 
Opsonização 
Significa revestir uma partícula para que ele se torne mais 
“atrativo” para o sistema imune: 
• Ao revestir a superfície bacteriana, por exemplo, 
com alguma molécula, essa bactéria se torna 
mais fácil de ser fagocitada por um macrófago 
• O complemento atua como um opsonina, 
proteínas do sistema complemento se 
depositam na superfície dessa bactéria 
 
Bactéria revestida por proteínas do sistema completo, 
como a C3b, o macrófago possui receptores para essas 
proteínas (ele reconhece a bactéria, mas facilmente e a 
fagocita) 
• O sistema complemento, em uma segunda linha 
ele pode ajudar a destruir esse microrganismo 
(por mais que ele não chegue ao fim da cascata 
com a formação da MAC, ele no mínimo 
opsionisa esse microrganismo, facilitando a sua 
fagocitose) 
Anafilotoxinas 
O sistema complemento pode atuar como uma 
anafilotoxina: 
• As proteínas do complemento chegam ao local 
de inflamação, então no sitio de inflamação 
ocorre uma grande liberação de proteínas 
menores do sistema complemento como: C3a, 
C4a, C5a (vão atuar como anafilotoxinas) 
• As anafilotoxinas tem a capacidade de recrutar 
leucócitos (papel quimiotático, função parecida 
com das quimiocinas) 
• Os leucócitos possuem receptores que 
detectam a presença dessas anafilotoxinas e ele 
se dirige ao local em que ela mais concentrada 
(leucócitos percebem o gradiente de 
concentração dessas anafilotoxinas e migram 
para o sitio inflamatório) 
 
Resumindo: as três grandes funções do sistema 
complemento são: 
1- Formação do complexo de ataque a membrana 
(MAC) que pode ocorrer de 3 formas: via 
clássica (precisa de anticorpsos), via anternativa 
(hidrolise espontânea de C3) e vias das lectinas 
(presença da MBL) 
2- Opsonização 
3- Atuar como anafilotoxinas 
Inibidores do complemento 
Motivo das nossas células não serem atacadas a todo 
momento pelo sistema complemento 
• As proteínas do sistema complemento pode ate 
se depositar na superfície das nossas células, 
entretanto elas possuem uma grande quantidade 
de inibidores do sistema complemento (diversas 
proteínas que podem degradar as proteínas do 
sistema completo o que impede sua ativação, 
elas estão presentes em diversos pontos da 
superfície da célula) 
Correlação clínica: HPN (hemoglobinúria paroxística 
noturna) 
• O paciente desenvolve um quadro patológico 
que se deve graças a um processo de anemia 
hemolítica excessiva (rompimento excessivo das 
hemácias) 
• Isso acontece por que o indivíduo possui 
deficiência nos inibidores do sistema 
complemento (sem esse inibidor, o 
complemento fica livre para se depositar e ser 
ativado nas superfícies dessas células) 
 
 
Os pacientes com essa doença possuem uma deficiência 
na formação da ancora de GPI, onde as proteínas que 
inibem o sistema complemento ficam ligadas na célula 
• Sem essa ancora não tem como as proteínas 
se ligarem na célula e assim o sistema 
complemento não pode ser inibido, ficando livre 
para se depositar e ser ativado em nossas células 
• As hemácias devido a sua fragilidade de rompem 
 
Outro possível motivo é deficiência do CD59 que é um 
inibidor do complemento e é ancorado por uma ancora 
de GPI (a CD59 separa o C9 so complexo C5b-8 e 
impede que o complexo de ataque a membrana seja 
formado) 
 
Receptores e sensores da 
imunidade inata 
 
Os PAMP e DAMP se ligam aos receptores das células 
da imunidade inata chamados de PRR (receptores de 
reconhecimento de padrão) 
Observação: no processo de apoptose não há liberação 
do conteúdo intracelular, dessa forma os DAMP so ficam 
disponíveis no meio extracelular 
• Os macrófagos que são responsáveis por 
fagocitar os restos celulares, fazem isso de 
forma silenciosa 
• O processo de apoptose não resulta em 
inflamação, por que não tem a liberação de 
DAMP e, portanto, não ativação das células da 
imunidade inata 
• Em um processo traumático ocorre a liberação 
de DAMP (fica no meio extracelular), podendo 
assim estimular a ativação das células do sistema 
imune e causar uma inflamação 
Grupos de receptores que são capazes de 
reconhecer esses padrões moleculares 
Familia Toll (TLR): 
• Existem alguns Toll que são extracelulares, 
presente na membrana (quando um 
microrganismo entra em contato com a célula 
ele é facilmente reconhecido por esses 
receptores) 
• Toll intracelulares (bactérias que entram nas 
células pelos vaculos, protozoários que se 
replicam no citosol, vírus que são endocitados e 
permanece dentro dos endossomos) por isso é 
necessário que dentro das células também 
tenham receptores capazes de detectar esses 
padrões moleculares 
• Cada receptor reconhece uma molécula 
diferente 
 
Os sensores que existem no citosol e reconhecem 
ácidos nucleicos: 
• Os RNA viriais principalmente 
 
 
Inflamossoma: tem o papel principal de processar as 
citocinas da família IL1 e garante que elas sejam 
secretadas na sua forma madura 
• Precisa de dois sinais para ser ativado (o segundo 
sinal não é um PAMP/DAMP, o primeiro é) 
 
 
• As células da imunidade inata vão produzir 
citocinas 
• O tipo de molécula dita qual citocina vai ser 
produzida 
• Quimiocina são um grupo de moléculas 
responsável por atrair leucócitos 
• Quando as células são ativadas elas podem ativar 
receptores que antes não possuíam (sofre 
alterações na superfície) 
A célula dendrítica é a principal célula apresentadora de 
antígeno e a ativação da imunidade inata depende de 
uma APC (é o primeiro passo da ativação) 
• Elas aumentam o número de MHC em sua 
superfície 
• Elas então presentes nos tecidos e começam 
uma migração em direção ao linfonodo drenante 
mais próximo (é dentro dos órgãos linfoides 
secundários, como o linfonodo e que a da inicia 
a imunidade adaptativa 
Células natural killer (NK) 
Células linfoide inatas são células da linhagem linfoide, mas 
que atuam na imunidade inata (não passa por ativação) 
Células linfoides inatas: ILC1, ILC2, ILC3: 
• As células NK estão dentro do grupo ILC1 
• Essa célulanão destrói a microrganismo em si, 
mas sim a célula em que o microrganismo está 
• Possui principalmente os receptores CD56 e 
CD16 
• Ela causa uma desestruturação da membrana da 
célula e levar a morte celular 
As células NK são ativadas principalmente pelas 
interleucinas (as interleucinas são citosinas): IL-12, IL15 
(processo inicial de ativação) 
• Conforme a inflamação avança as células NK 
passam ser ativadas pelo mecanismo do MHC 
tipo 1 (é de acordo com a quantidade de MHC 
que é exposto da superfície da célula) 
• Alguns patógenos podem diminuir a quantidade 
de MHC da superfície, a célula NK reconhece 
que diminuiu e ativa os mecanismos de ataque 
(libera grânulos de granzina que degrada a 
membrana da célula) 
Receptor inibitório KIR (que inibe a célula) e o ligante do 
receptor KIR é o MHC tipo 1 (o inibidor é mais forte) 
• A célula tem receptores que ativam a célula e 
receptores que inibem a célula (é como se fosse 
uma balança e o lado que inibe a célula é mais 
forte, ou seja, se os dois lados são ativados o 
lado inibitório prevalece) 
• Então quando a célula diminui a sua expressão 
de MHC tipo 1 tem uma diminuição da ativação 
dos receptores inibitórios, diminui a inibição da 
célula NK o que com ela seja ativada 
• Quando o receptor KIR não se liga ao MHC a 
balança pesa para o lado positivo e a célula NK 
ativada 
Os macrófagos também podem ativar as células NK, 
quando os macrófagos realizam a fagocitose de algum 
patógeno começam a produzir muita interleucina 12 
(promove o início da ativação da célula NK), a célula NK 
ativada passa a produzir interferon gama que é um 
potente ativador de macrófagos 
• cria uma alça de retroalimentação, onde o 
macrófago ativa a célula NK e a célula NK ativa 
o macrófago 
• essa alça permanece ativa ate que a imunidade 
adaptativa esteja pronta para entrar em ação 
Células linfoides inatas 
Introdução das células linfoides inatas: 
• células TH2 são conhecidas por produzir as 
citocinas: IL13, IL4 e IL5 
• as citocinas IL-23 e IL-33 induz um grupo de 
células da imunidade inata (ILCs) que são 
potentes produtoras de IL-4, IL-5 e IL-13 
• ILCs: células linfoides inata. 
Características das ILCs 
1- Morfologia de linfócitos (não dá para distinguir 
elas das células linfoides da imunidade adaptativa- 
linfócitos B e T) 
2- Ausência de BCR ou TCR (receptores dos 
linfócitos B e T) 
3- Sem marcadores mieloides (marcadores da 
linhagem mieloide) 
4- Elas parecem com os linfócitos, pertencem a 
linhagem linfoide mas não são linfócitos (ambos 
saem do precursor linfoide comum) 
 
Classificação das ILCs 
A classificação vem do tipo de citocina que cada tipo 
produz 
• ILC- 1: seria o equivalente ao TH1 (que produz 
interferon gama- IFN) 
• ILC- 2: seria o equivalente ao TH2 (que produz 
a IL-4 e IL-13) 
• ILC- 3: seria o equivalente ao fenótipo TH 17 
(produz IL-22 e IL-17) 
Células linfoides inatas do tipo 1 
• Produzem interferon gama (igual o TH1) 
• Não produzem citocinas de outras linhagens (IL-
4, IL-13, IL-17, etc.) 
• A célula natural Killer (NK) é um exemplo de uma 
célula linfoide inata do tipo 1. Ela é importante para 
a defesa contra infecções viral (são capazes de 
identificar as células infectadas e mata-las) e 
defesa contra tumores. 
• As células NK tem uma atividade citotóxica, 
possui muitos grânulos de granzima e perforina 
(as mesmas enzimas do linfócito TCD8) 
• A perforina pode abrir poros nas células e a 
granzina são ativadores de capazes (família de 
proteínas que estão envolvidas na morte celular) 
Ativação da célula NK 
1- Ela possui receptores inibitórios que ao 
engajarem no MHC de classe I inibe a ativação 
da célula NK (então enquanto a célula tiver a 
expressão de MHC de classe I ela não é um alvo 
para as células NK) 
2- Algumas infecções virais diminui a expressão de 
MHC de classe I, fazem com que não tenha a 
ligação que inibe a ativação da célula NK e assim 
ela pode atacar a célula (o mesmo acontece 
com células tumorais que param de expressar o 
MHC de classe I) 
 
A célula NK também pode reconhecer proteínas de 
estresse na superfície celular de uma célula tumoral 
e ser ativada 
• As células tumorais tem uma resposta de 
estresse a nível de RE 
 
As células NK realizam um fenômeno chamado de 
ADCC (citotoxicidade celular dependente de 
anticorpo) 
 
A célula tumoral que está opsonizada (revestida pelo 
anticorpo) vai se tornar um alvo mais fácil da célula NK 
• Isso ocorre por que elas possuem receptores 
para a porção Fc das IgG e através da ligação 
desse receptor com o anticorpo em questão 
ocorre a ativação da célula NK que vai secretar 
perforina e granzima que mata a célula 
Células linfoides inatas do tipo 2 
Os antigos nuocitos eram os ILC do tipo 2 (células que 
quando estimuladas pela IL-25 e IL-33, elas produzem 
citocinas relacionadas com a linhagem TH2- IL4 e IL-13) 
• A ILC 2 esta relacionada com a infecção por 
helmintos (elas induzem uma polarização TH2 e 
produção de IgE). Essa resposta é importante 
para a expulsão desses helmintos (por exemplo 
em casos de helmintos intestinais as IL-4 e IL-13 
elas aumentam o peristaltismo intestinal, 
produção de muco pelo intestino que facilitam a 
expulsão desses helmintos) 
• A ILC 2 também está relacionada com reações 
alérgicas (IL-4). 
Células Tuft intestinal 
Tipo tufos, tem microvilosidades maiores que as dos 
enterócitos 
• Deriva de uma linhagem de células sensorial 
• Ela é capaz de captar uns produtos que estão 
no lúmen, internaliza-los em forma de vesícula e 
transporta-los ate o sistema de endomembranas 
(complexo de golgi e RE) 
• Tem projeções que mergulham nas células 
intestinais adjacentes (enterócitos), acredita-se 
que tenham papel na sinalização química 
 
 
Maior fonte de IL-25 intestinal: 
• Quando se tem uma infecção por helmintos, eles 
estimulam as células tuft, que vão produzir IL-25 
(elas são boas indutoras das ILC do tipo 2, que 
vão secretar IL-13 e IL-4 que vão atuar no 
epitélio intestinal e no musculo liso, aumentando 
o peristaltismo e a produção de muco) 
• Essa resposta mediada pela ILC do tipo 2 é 
essencial para a expulsão do helminto 
 
A nível pulmonar as ILC do tipo 2 (tudo aquilo que o TH2 
e suas citocinas IL-4, IL-5 e IL-13 conseguem fazer as ILC 
2 também fazem) 
• Causando sintomas como: obstrução pulmonar 
(excesso de muco e hipertrofia da musculatura 
lisa associada ao brônquio, que causa a obstrução 
do brônquio), edema, hiper-reatividade (aumenta 
os broncoespasmos) e a inflamação 
• As ILC 2 têm um papel importante em doenças 
respiratórias como a asma 
 
 
Células linfoides inatas do tipo 3 
Tem uma característica que se assemelha a TH 17 (IL-17 
e IL-22) 
• A IL-17 foi descrita em pacientes com dificuldade 
de combater infecções por fungos e bactérias 
extracelulares (o neutrófilo é muito importante 
para o combate a esses microrganismos por que 
ele é uma célula fagocítica, usa enzimas 
digestivas que pode destruir os microrganismos) 
• O neutrófilo tem um papel essencial para a 
defesa de patógenos extracelulares 
• IL-22 é considerada um reforçador de barreira, 
elas estimulam uma serie de células epiteliais a 
produzirem substancias antimicrobianas 
(principalmente no epitélio intestinal por que ela 
controla o número de microrganismo que estão 
presentes ali). Controla a microbiota intestinal 
 
Elas são capazes de detectar uma serie de fatores de 
crescimento e de interagir com várias células no 
ambiente onde ela se encontra (na presença desses 
fatores/sinais ela pode modular a sua atividade- produzir 
IL-17 e IL-22) 
• Controla a microbiota, mantem o equilíbrio do 
intestino por meio de suas ações efetoras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imunidade 
adaptativa 
Linfócitos T 
1- Imunidadecelular: linfócitos T 
2- Imunidade humoral (anticorpos): linfócitos B 
O linfócito T possui um receptor que o caracteriza, 
chamado de TCR (que está sempre associado a um 
complexo de proteínas-CD3 na superfície da célula) 
 
TCR 
• Possui uma região constante e uma região 
variável (porção mais externa na cadeia alfa e 
beta) 
• É a união da cadeia alfa e beta que forma o sitio 
de ligação do MHC + peptídeo 
• o linfócito T não consegue reconhecer os 
antígenos na sua forma solúvel como o linfócito 
B. É necessário que esse antígeno tenha uma 
característica proteica, que quando processado, 
os peptídeos derivados dele sejam apresentados 
para o linfócito T por meio das moléculas do 
MHC 
• as cadeias zeta do CD3 que estão associadas 
com a transdução do sinal, uma vez que o 
linfócito T tenha o seu TCR ativado 
• a maior parte (90%) dos linfócitos T possuem 
TCR do tipo alfa e beta. O restante é formado 
por cadeias alternativas compostas por gama e 
delta 
 
Tipos de linfócitos T 
1- TCD4+ (auxiliar ou helper ou célula Th): 
2- TCD8+ (citotóxico ou célula CTL) 
Para que ocorra a ativação do linfócito T é necessária 
uma célula apresentadora de antígeno, que podem ser 
de três tipo: macrófagos, células dendríticas (principal) e 
linfócitos B 
• As células dendríticas expressam as moléculas 
de MHC com o antígeno que permite que o 
TCR do linfócito (caso ele seja especifico para 
esse complexo) reconheça a estrutura molecular 
e se torne ativado 
 
Os linfócitos T derivam de uma célula progenitora linfoide 
comum, produzida na medula óssea, que em um dado 
momento cai da corrente sanguínea e chega ao timo (o 
linfócito T chega ao timo imaturo e lá ele irá amadurecer) 
• A célula progenitora linfoide comum chega ao 
timo pois é que contem os sinais moleculares 
necessários para que esses linfócitos T imaturo 
se desenvolva como um linfócito T maduro ou 
seja, TCD4+ ou TCD8+ 
• Ele então sai do timo como uma célula madura 
e naive (uma célula que completou o seu 
processo de diferenciação, mas que nunca foi 
ativado) 
• Ao sair do timo o linfócito maduro e naive 
coloniza órgãos linfoides secundários (baço e 
linfonodo) e caso ele seja ativado ele se torna 
um linfócito T efetor, podendo depois disso 
morrer ou se desenvolver como um linfócito T 
de memoria 
Observação: naive é um estado onde o linfócito T 
completou o seu processo de diferenciação, mas nunca 
foi ativado (como se fossem virgem) 
 
 
Recirculação de linfócitos T 
Os linfócitos T são encontrados principalmente nos 
linfonodos e no baço (mas ele não fica restritos a eles, 
os linfócitos podem sair, recircular e retornar aos órgãos) 
• sistema circulatório e o sistema linfático se 
comunicam através do ducto torácico 
• existem uma constante recirculação de linfócitos 
entre a linfa e sangue 
 
Os linfócitos T entram no órgão linfoide secundário 
devido a presença de quimiocinas que o atraem para 
uma região especifica dentro do órgão linfoide 
• são quimiocinas homeostáticas e não 
inflamatórias, pois elas são produzidas o tempo 
todo (são elas que mantem a organização do 
órgão, mantem a segregação das áreas de 
linfócitos 
• linfócito T da circulação sanguínea interage com 
o endotélio que tem a expressão da quimiocina 
na sua superfície (antes de chegar ao órgão 
linfático secundário, o endotélio tem a expressão 
dessa quimiocina e o linfócito se liga a esse 
endotélio) 
 
Caso o linfócito T seja ativado dentro do órgão linfoide 
secundário ele fica retido por cerca de 24/48h (não 
pode sair ate completar o processo de ativação) 
• as hemácias produzem uma substancia chamada 
de SI1P (é uma substancia lipídica que tem ação 
quimiotática para os linfócitos T (um linfócito T 
dentro do órgão tem um sinal para sair para o 
sangue que é o gradiente de SIP) 
• no entanto, durante o seu processo de ativação 
ele precisa ficar retido, isso acontece por meio 
da expressão da proteína CD69 (marcador que 
identifica de forma precoce a ativação do 
linfócito T) 
• o que o CD69 faz é se complexar ao receptor 
de S1P (o complexo formado é encaminhado 
para a degradação, então, o linfócito T durante 
o seu processo de ativação ele não expressa o 
receptor de S1P e por isso ele não consegue 
enxergar o gradiente de S1P para que ele saia 
do órgão e vá em direção ao sangue) 
• após a 48h o linfócito T ativado ganha 
novamente o receptor de S1P (podendo sair do 
órgão linfoide, chegar à circulação sanguínea e 
ir ao sitio efetor onde ele irá exercer uma 
resposta) 
 
Isso é importante na clinica por causa das doenças 
autoimunes 
• nas doenças autoimunes se tem a ativação de 
linfócitos T auto reativos no órgão linfoide 
• ele então sai do órgão e chega ate o sitio/tecido 
onde ele irá fazer o processo autoimune 
Exemplo: esclerose múltipla (se tem a destruição da 
bainha de mielina) 
• o linfócito T sai do linfonodo drenante do SN, 
atingindo a corrente sanguínea e 
posteriormente passando pela barreira 
hematoencefálica onde ele penetra no SNC, 
realizando a destruição da bainha de mielina 
• existem fármacos que são antagonistas do 
receptor de S1P, eles representam um grande 
avanço no tratamento da esclerose (por que 
eles bloqueiam o receptor e como o linfócito 
está dentro de órgão linfoide secundário, ou 
seja, bloqueia a saída desse linfócito T). O linfócito 
até é ativado, mas ele não consegue sair do 
linfonodo e assim ele não consegue realizar a 
lesão na bainha de mielina do neurônio (o sitio 
ativo que ele lesiona) 
Ativação dos linfócitos T 
A ativação sempre começa com a ativação de uma 
célula dendrítica da imunidade inata (elas são ativadas 
inicialmente em um tecido especifico onde está 
ocorrendo a lesão) 
• as células dendríticas carregando os antígenos 
irão iniciar uma migração, principalmente pela 
circulação linfática ate chegar em um linfonodo 
drenante daquela região (dentro dele a célula 
dendrítica vai apresentar os antígenos para os 
linfócitos T) 
• Observação: APC (célula apresentadora de 
antígenos) 
Ativação do linfócito TDC4 utiliza do MHC de classe 2 
(apresenta peptídeos dos antígenos, ou peptídeos 
próprios no caso de uma doença auto imune) 
1- primeiro sinal para a ativação do linfócito T: 
ligação do TCR com o complexo MHC II + 
peptídeo (ele não é suficiente) 
2- precisam de correceptores que no caso do 
TDC4 é o correceptor CD4 (fica associado ao 
TCR). O CD4 se liga ao uma parte do MHC II que 
não é variável (região constante) 
 
 
Primeiro e segundo sinal 
O primeiro sinal é composto por essas duas fases: a 
ligação do TCR com o complexo de MHC + peptídeo e 
a ligação com correceptor CD4 com a parte invariável 
do MHC (ele não é suficiente para ativar um linfócito T 
naive) 
• no TCD8, o CD8 se liga a uma região constante 
do MHC de classe I 
O segundo sinal de ativação: CD28 que é expresso na 
superfície do linfócito T com o seu ligante B7, que está 
expresso na superfície do APC 
• é essencial para que o CD28 transmita um sinal 
de ativação para o linfócito T junto com o 
primeiro sinal 
• as moléculas (B7 e CD28) que são capazes de 
fornecer o segundo sinal são chamadas de 
moléculas coestimuladoras (auxiliam o sinal 
principal) 
 
Moléculas adesiva: é necessária por que o linfócito T 
precisa se ligar com a APC e essa ligação precisa ser 
estável por algumas horas (garante a estabilidade do 
contato) 
Observação: a cadeia alfa e beta do TCR é curta e não 
existe uma sinalização associada a essa cadeia (mas elas 
estão associadas com o complexo CD3 que é mais longo 
no citoplasma e está associado com a sinalização em si) 
 
Resumo das funções das moléculas durante a ativação 
(CD3 e CD28 são as principais) 
 
Sinalização a nível molecular 
 
1- CD4/8 se liga a parte constante do MHC 
2- Ativa uma enzima chamada de LCK que está 
associada ao CD 
3- Vias que são ativadas: MAP3Ks (expressão 
genicaque é importante para ativação do 
linfócito T, leva a diferenciação, proliferação e 
sobrevivência do linfócito), NFAT (associado com 
a expressão de genes, principalmente com gene 
da IL-2) 
Após o linfócito T ser ativado ele vai começar a secretar 
a IL-2, que é utilizada de forma autocrina, ou seja, o 
próprio linfócito T consome o IL-2 que ele está 
produzindo 
• Isso ocorre por que a IL-2 é o principal fator 
que está associada com a expansão do linfócito 
T (proliferação, expansão clonal) 
• Importância clínica: drogas que inibem a IL-2 ou 
a sinalização que leva a produção de IL-2, elas 
vão ter um papel importante como 
imunossupressores (tipo de drogas que são 
usadas na supressão da rejeição de 
transplantes, elas são eficazes por que elas 
inibem a proliferação de linfócitos T ao inibir a 
IL-2) 
• A IL-2 sinaliza via um receptor que é composto 
por 3 cadeia, alfa, beta e gama. O linfócito 
apresenta continuamente- o tempo todo- o 
beta e o gama, mas é somente com o 
processo de ativação que ocorre a expressão 
da cadeia alfa do receptor da IL-2 (conhecida 
com CD25, ela permite a afinidade aumentada 
para esse complexo, alfa, beta e gama, para IL-
2) 
• Na presença de IL-2 o linfócito T vai proliferar 
(expansão clonal) 
• No final de todo esse processo, vai ter um 
linfócito T ativo, produtor de citocinas e que 
está pronto para exercer suas funções efetoras 
linfócitos TCD4 
Ativação do TCD4 é mais complexa por que depois de 
ativado ele pode adquirir alguns fenótipos possíveis 
(polarização do linfócito TCD4). Os diferentes fenótipos 
possuem diferentes funções 
• Existes várias populações dos linfócitos TCD4: 
Tfh (células T foliculares helper), Th 1, Th 2, Treg 
(células T regulatórias) e Th 17 
• A sigla Th significa T helper 
• Em cima das setas da imagem estão as citocinas 
que são responsáveis pela expressão do 
fenótipo 
• As bolinhas são os genes master 
• Logo ao lado estão os fenótipos que podem ser 
expressados e a citocina principal que eles 
secretam (principal citocina produzida por aquela 
população) 
 
O que vai determinar em como o linfócito TCD4 vai de 
diferenciar (qual o fenótipo que ele vai apresentar) vai 
depender de qual citocinas estão presentes no momento 
de sua ativação 
• Corresponde ao terceiro sinal de ativação: as 
citocinas que estão sendo produzidas que vão 
influenciar no processo de ativação do linfócito 
T 
• Esse terceiro sinal não é obrigatório, mas ele 
influencia no processo de polarização do linfócito 
• A presença de determinadas citocinas dispara 
um programa genético no linfócito T fazendo 
com que ele se diferencie (eles induzem fatores 
de transcrição master que são genes que 
somente a expressão dele é capaz de induzir 
um determinado fenótipo no linfócito) 
• Os fatores de transcrição master além de 
induzem uma determinada linhagem eles ainda 
inibem linhagens alternativas 
linfócitos TH1, TH2 e TH17 
Corresponde aos fenótipos efetores das células TCD4 
(tem um papel em promover a imunidade, em fazer a 
resposta imune) 
• A célula T regulatória não é efetora, ela é uma 
supressora da resposta imune 
• Os linfócitos TH1, TH2 e TH17 são pertencentes 
são linfócitos auxiliares (além dos auxiliares tem 
os linfócitos foliculares e regulatórios) (?) 
T helper 1 (th1) 
1- Potente produtora de interferon gama, que tem 
como função a ativação das células da imunidade 
inata (principalmente os macrófagos) 
2- Com o interferon gama os macrófagos digerem 
melhor de maneira intracelular esses 
microrganismos 
3- O interferon estimula um grupo de macrófagos 
chamados de M1 (macrófago com forte função 
microbicida) 
Observação: os macrófagos funcionam sozinhos, so que 
a presença do interferon gama suas funções estão 
extremamente aumentadas (mais de 10x) 
• Pacientes com problemas na via do interferon 
gama ela tem prejuízo nas funções microbicidas 
(infecções intracelulares que seria facilmente 
resolvidas acabam se disseminando) 
 
Células Th2 
As citocinas que caracterizam a Th 2 são: IL-4, IL-5 e 
IL-13 
1- A IL-4 tem o papel de induzir troca de classe 
para o IgE 
2- IL-5 é uma grande indutora da produção e da 
ativação de eosinófilos (alergias e infecções por 
helmintos) 
 
Funções do Th 2: 
• Ativação de mastócitos e eosinófilos 
• Produção de IgE 
• Combate aos helmintos 
• Reações alérgicas 
 
1- O IgE vai atuar em mastócitos induzindo a 
produção de histamina (vaso dilatador) 
2- IL-4 e IL-13 estimulam a produção de muco na 
superfície (células caliciformes) 
3- IL-5 recruta eosinófilos para o tecido (os 
eosinófilos liberam grânulos com enzimas que 
são toxicas, isso vai aumentar a inflamação 
daquele tecido) 
Os linfócitos Th2 também podem fornecer um “herper” 
para os linfócitos B (mesmo ela não sendo a melhor 
população para fazer isso, a melhor é a célula T folicular) 
 
Células Th 17 
Th 17 produtoras de IL-17 e IL-22 
• Inflamação rica em neutrófilos (atratora de 
neutrófilos) 
• Combate bactérias extracelulares e fungos (IL-
22 é boa para reforçar barreiras- estimula a 
secreção de antimicrobianos pelas células 
epiteliais) 
 
 
Linfócitos T foliculares 
São os linfócitos CD4 mais importante para fornecer o 
helper ao linfócito B 
 
• Os linfócitos T estão concentrados na parte 
paracortical (entre o córtex e a medula) do 
linfonodo 
Esquema da ativação do linfócito B 
 
• Quando o linfócito TCD4 é ativado através do 
complexo de MHC, ele inicia uma migração para 
a área dos linfócitos B no córtex (que fica nos 
folículos linfoides) 
• Os linfócitos B também recebe um sinal que o 
faz migrar para a área de linfócito T (um indo 
em direção ao outro, eles se encontram no 
meio do caminho) 
Observação: lembrando que o linfócito B é uma célula 
apresentadora de antígeno, ele pode captar o antígeno 
por meio do seu BCR, endocitar o antígeno, processar e 
apresentar via molécula de MHC de classe II 
Linfócitos T envia dois sinais para ativar os linfócitos B: 
1- IL-21: o linfócito T folicular é especialista em 
produzir a IL-21 
2- Ligação do CD40L com o CD40 
3- Com isso o linfócito B entra na reação de centro 
germinativo 
Reação de centro germinativo: vai ocorrer dentro do 
folículo linfoide (a célula B que já havia sido ativada via o 
seu BCR, depois da interação com o linfócito T volta ao 
folículo e começa a reação) 
• Essa reação tem algumas consequências como 
o aumento da afinidade dos anticorpos (perde a 
capacidade de produzir IgM e passa a produzir 
IgA, IgG, IgE), troca de classe dos anticorpos e 
geração de memoria 
Troca de classe 
O linfócito B vai trocar a sua classe e isso depende das 
citocinas que estão presentes no local 
 
 
Diferentes subtipos da TH folicular que produzem além 
da IL-21 produzem outros tipos de citocinas: 
 
 
Linfócito T regulatório 
Ele não tem uma função efetora, eles são capazes de 
inibir resposta imunes 
• Essas células tem uma afinidade aumentada para 
antígenos próprios (durante a maturação) 
Observação: quando uma célula desenvolve uma 
altíssima afinidade por antígenos próprios ela é deletada 
pelo timo durante o processo de maturação. No entanto, 
a afinidade que os linfócitos T regulatórios possuem não 
são altas o suficiente para causar essa deleção 
 
1- Potentes produtoras de IL-10 e TGF-beta que 
são potentes imunossupressoras (anti-
inflamatórias) 
2- Expressão CTLA-4 que é uma terapia 
promissora contra tumores 
 
• Possui mecanismos indiretos de supressão, que 
passa pela célula apresentadora de antígeno, ela 
atrapalha o fornecimento do segundo sinal 
• Esse linfócito também apresenta CD-25 em sua 
superfície de maneira constitutiva (cadeia alfa do 
receptor da IL-2 e é responsável pela ligação de 
alta afinidade da IL-2 com o seu receptor). O 
problema surge por que a IL-2 é a principal 
responsável pela proliferação e expansão clonal 
do linfócito T 
• Éuma competidora do linfócito T efetores no 
consumo de IL-2 
Linfócitos TDC8 
São células importantes para imunidade a tumores (vigia 
o organismo constantemente para o aparecimento de 
células modificadas) e a vírus (mata células infectadas por 
vírus) 
• São restritos a MHC de classe 1 
 
 
 
Ativação do linfócito TCD8 
 
1- Ligação do complexo MHC I + peptídeo do TCR 
2- Engajamento das moléculas coestimuladoras 
(CD28 no linfócito T com os membros da família 
B7 na célula APC) 
O antígeno para ativar os linfócitos TCD8 tem que ser 
um antígeno endógeno ou um próprio antígeno da célula 
• É possível ter uma ativação via MHC I por 
antígenos exógenos por meio da apresentação 
cruzada (saem da via de processamento do 
MHC II e vão para a via do MHC I) 
O linfócito TCD8 possui duas enzimas, granzima e 
perforina, que são importantes para a morte celular que 
ele provoca 
 
 
Linfócitos B 
São as células produtoras de anticorpos do organismo 
(somente elas são capazes disso) 
 
Observação: a célula tronco hematopoiética consegue 
realizar sua auto renovação 
• No caso dos linfócitos T ocorre a saída de 
progenitores dos linfócitos T da medula óssea 
ainda imaturos, que vão em direção ao timo 
onde irão se desenvolver, se tornando maduros 
e funcionais 
• Nos linfócitos B toda a sua produção e 
maturação ocorre dentro da medula óssea 
 
1- O BCR é capaz de ligar diretamente ao antígeno 
(mesmo o antígeno estando na conformação 
intacta). Esse é o primeiro sinal para a ativação 
do linfócito B 
2- Não tem uma dependência de MHC para o 
reconhecimento do antígeno 
Observação: quando são antígenos que conseguem 
ativar o linfócito B sem o linfócito T, só ligam ao BCR, 
eles dão um sinal com que os linfócitos B não adquira 
algumas competências, como a geração de células de 
memória, troca de classe e geração de anticorpos de alta 
afinidade (o sinal induzido somente via BCR são é 
suficiente para induzir esses fenômenos) 
• Para que o sinal seja completo é necessária a 
presença de um linfócito T (TCD4) 
Resumindo: os anticorpos somente podem ser 
produzidos por linfócitos B 
1- A resposta imune humoral é iniciada pela ligação 
do antígeno no BCR 
2- Respostas de anticorpos são melhoradas quando 
linfócitos T fornecem helper 
Anticorpos ou imunoglobulinas 
(Ig) 
Moléculas solúveis que são produzidas pelos linfócitos B. 
A cadeia pesada é dividida em porções constantes 
(representada por C) e a porções variáveis 
(representada por V). A cadeia leve também é formada 
por uma região constante e uma região variável 
• As pontes dissulfeto ligam as cadeias leves e 
pesadas 
• O lado direito e esquerdo são iguais (existem 
dois sitos de ligação do antígeno). As duas 
regiões são chamadas de região Fb 
Região variável da cadeia leve e da cadeia pesada forma 
o sitio de reconhecimento do antígeno (se consegue 
interagir com antígeno significa que é especifico para 
aquele antígeno) 
• Região de dobradiça: fornece uma flexibilidade 
de ligação 
 
Classes e funções dos 
anticorpos 
Classe de anticorpo é a mesma coisa isótopo 
• Existem 5 classes de anticorpo 
• Mudanças estruturais que acontecem na porção 
constante da cadeia pesada das imunoglobulinas 
(assim que surge as classes) 
• IgD: não é excretada, so existe na superfície do 
linfócito B 
 
Imunoglobulina M 
Receptor de membrana: quando o linfócito B sai da 
medula, ele tem em sua superfície um BCR, receptor de 
membrana, que é uma imunoglobulina M. 
1- Com a ativação do linfócito B, ele pode começar 
a produzir e secretar esse seu receptor 
2- É uma excelente ativadora do sistema 
complemento (conjunto de proteínas séricas 
produzidas pelo fígado) 
3- Pentamérica na forma secretada (a cadeia J 
junta 5 as moléculas de IgM) 
4- Marcador de infecções agudas 
Imunoglobulina D: 
1- Receptor de membrana 
2- Não é secretada 
3- Função pouco conhecida 
4- Não existe em forma solúvel 
Imunoglobulina A: 
1- Dimerica na sua forma secretada (duas IgA 
ligadas a outra pela cadeia J) 
2- Encontrada nas mucosas (TGI, respiratório, 
geniturinário tem uma camada de IgA- em cima 
das células epiteliais, que reveste essas mucosas). 
Ocorre porque esses locais são sítios de entrada 
de microrganismo 
3- Tem um papel importante na neutralização de 
microrganismo a nível de mucosas 
4- Presença no leite materno (participa da 
imunidade de mucosas do recém-nascido) 
5- Esta associada a secreções 
 
A IgA é produzida da região de tecido conjuntivo devido 
aos tecidos linfoides associados a mucosas que existem 
• Ela é transportada para o lúmen por um 
processo de trancitose (ela atravessa o 
citoplasma das células epiteliais) 
 
Imunoglobulina G: 
1- Mais abundante no soro 
2- Faz um fenômeno chamado ADCC 
3- É o único anticorpo que pode ser transferido via 
placenta, principalmente no terceiro trimestre 
(todos os IgG da mãe passa para o feto) 
atravessa a barreira placentária. Como os 
anticorpos tem meia vida por cerca de um mês 
no soro, esses anticorpos da mãe vão proteger 
o bebe nas primeiras semanas de vida 
4- Ativa o sistema complemento 
5- Marcador de infecções previas ou infecções 
crônicas. O individuo pode ter uma infecção 
aguda parte dessas células vão morrer, mas 
algumas irão sofrer um processo de troca de 
classe e começar a produzir IgG e algumas vão 
permanecer como células de memoria 
6- Quando o individuo entra em contato 
novamente com um mesmo antígeno esse IgG 
rapidamente ativa as células de memorias que 
vão começar a produzir grandes quantidades de 
IgG 
7- Infecções previas: cicatriz sorológica, tem o 
anticorpo, mas não significa que o 
microrganismo ainda esteja presente 
8- Infecções crônica: a uma continua produção de 
IgG 
Imunoglobulina E: 
1- Infecções parasitarias 
2- Alergias 
Funções dos anticorpos 
Neutralização de antígenos: 
 
Eles se ligam aos receptores do antígeno, impedindo que 
ele interaja com a célula 
• Se ligam ao vírus impedindo que eles interajam 
com os receptores da célula e assim consiga 
infecta-la 
• Podem neutralizar toxinas e proteínas 
produzidas pelo microrganismo 
ADCC: citotoxicidade celular dependente de anticorpo 
• Capacidade de matar outra célula 
• Os anticorpos podem ajudar nesse processo 
principalmente quando se trata das células natural 
killer 
• Quando os anticorpos se ligam a antígenos que 
estão presentes na superfície celular, a célula 
vira um alvo das células NK, porque ela possui 
receptores (FCR) que são capazes se ligar a 
porção FC das imunoglobulinas 
• Isso ativa a células NK, fazendo que ocorra a 
degranulação, ela libera o conteúdo dos seus 
grânulos 
 
 
Existe um equivalente de ADCC que é mediada pelos 
eosinófilos: 
• O eosinófilo é fortemente associado com 
resposta do tipo TH2, por que elas produzem a 
IL-5 que é um fator quimiotático (faz com eles 
cheguem ao local da infecção) e de expansão 
dos eosinófilos na medula óssea 
 
A IgE é capaz de se ligar ao antígeno, e os eosinófilos 
possuem receptores para a porção FC do anticorpo. A 
ligação com esse receptor vai induzir a liberação de 
grânulos (MBP- é uma proteína que ataca a membrana 
dos helmintos) 
• Por isso o IgE esta relacionada com infecções 
por helmintos 
• Os eosinófilos fazem o mesmo papel que as 
células NK no processo de ADCC 
Desenvolvimento de linfócitos B 
Ocorre totalmente dentro da medula óssea: 
• Termina o seu desenvolvimento como linfócito 
B imaturo (já tem o BRC de superfície que é 
uma imunoglobulina) 
• Cada linfócito B é especifico para um antígeno 
diferente, o que causa essa diferenciação são os 
diferentes tipos de BCR presentes na superfície 
• Os BCR encontrados no mesmo linfócito são 
todos iguais 
• O rearranjo dos genes V(D)J e a formação do 
BCR 
 
 
São variações da região constante da cadeia pesada que 
faz surgir os diferentes isótipos: 
• Osisotipos são as classes: IgM, IgG, IgE, IgA e IgD 
 
 
Observação: pacientes com deficiência das proteínas do 
complexo RAG, fazem que eles não tenham nenhum 
linfócito B e nenhum linfócito T 
 
Não necessariamente duas células que escolheram os 
mesmos genes terão a mesma especificidade por que 
ao inserir esses nucleotídeos palindrômicos no ponto de 
união entre os dois genes é possível diversificar a 
proteína que está sendo formada 
• Além disso, tem a adição de nucleotídeos 
aleatórios pela enzima TdT que ajuda na 
diversificação 
Diversidade do BCR: 
1- Rearranjo dos genes VDJ (analise combinatória 
das sequencias) 
2- Inserção de nucleotídeos P e N 
3- Associação de cadeias leves e pesadas 
Ativação de linfócitos B 
Existem duas formas do linfócito B ser ativado e a forma 
de ativação vai depender da natureza do antígeno 
• A maioria dos antígenos proteicos precisam do 
auxílio do linfócito T para ativa-lo 
• Linfócito T independente: presença somente do 
antígeno 
 
As células dendríticas processam o antígeno presente no 
local da inflamação e começa um processo de migração 
para o linfonodo drenante mais próximo, onde irá 
apresentar esse antígeno ao linfócito T da região 
paracortical ativando-o 
• Os folículos linfoides que abrigam o linfócito B, 
quando ele não for estimulado, se não possuir 
linfócitos B em proliferação, ele é chamado de 
folículo primário. Caso o folículo já tenha sido 
ativado e se inicia um processo de maturação 
desses linfonodos ele é chamado de secundário 
 
 
• O linfócito B após ser parcialmente ativado pelo 
antígeno que se liga no seu BCR ele vai começar 
um processo de migração em direção ao 
linfócito T, onde eles iram interagir e o linfócito 
B cera completamente ativado 
Interação do linfócito T com B: mais informações na 
pagina 5 
 
Indivíduos que nascem com problema no CD40 do 
linfócito B, so conseguem fazer IgM 
• Após receber o helper do linfócito T o linfócito 
B volta para o folículo 
• Célula dendrítica folicular (não é uma célula de 
origem hematopoiética): ela tem importância da 
reação de dentro germinativo por que ela é uma 
grande acumuladora de antígenos (eles ficam 
grudados) 
• A célula dendrítica começa a acumular os 
imunocomplexos 
Reação de centro germinativo: filtra os linfócitos 
• Região escura: é a região em que os linfócitos 
de proliferam, após eles saem dessa região e 
vão em direção a região clara 
• Na região clara eles encontram células 
dendríticas foliculares que irão testar o seu BCR, 
testar a especificidade do BCR ao antígeno 
• Se o linfócito tiver desenvolvido uma maior 
especificidade eles voltam para a zona escura e 
continuam a proliferar 
• Se o linfócito diminuir ou perder sua 
especificidade, ele morre na reação 
 
Após fazer algumas vezes esse ciclo, o linfócito B acaba 
a reação e ele vai como um linfócito B de memória (já 
ocorreu a troca de classe durante esse trajeto) e pode 
sair como um plasmócito 
• O plasmócito não é outra célula, é o linfócito B 
na fase que ele está secretando anticorpo (o 
anticorpo produzido é secretado em sua forma 
solúvel) 
• Depois da reação de centro germinativo temos: 
reação de linfócitos B de memória (IgG) e de 
plasmócitos de longa vida (pode ficar secretando 
anticorpos por mais de 10 anos, é o que ocorre 
nas vacinas) 
• O lugar de armazenamento principal é a 
medula óssea (plasmócito de longa vida retorna 
a medula)

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