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4.2. A Nova Hollywood e os cinemas pós-modernos
Você se lembra dos termos que usamos para caracterizar este cinema do início dos anos 80 até nossa 
atualidade, como pós-moderno? Termos como cinema referencial, intertextualidade, simulacro, 
cópia, pastiche, paródia, transnarrativas.
Primeiramente, o cinema já havia deixado de ser o principal meio audiovisual de entretenimento. 
A televisão e sua praticidade, as mudanças comportamentais do espectador, a reinvenção de 
Hollywood após sua crise, a multiplicidade de plataformas audiovisuais, tudo isso permitiu, 
inclusive, fortalecer este termo: audiovisual. 
Os blockbusters tornam-se os carros-chefes da indústria d e 
entretenimento. Os filmes não possuem apenas sequências, 
como tínhamos, por exemplo, em “O Poderoso Chefão”; eles 
tornam-se agora franquias, como “Guerra Nas Estrelas”. 
Há uma maior rede econômica que abarca um mesmo 
produto. Veja “Star Trek” com suas inúmeras spin-off, 
que são as séries derivadas, além dos próprios filmes 
da série. No Brasil, temos, por exemplo, “O Auto da 
Compadecida”, que foi uma minissérie de sucesso 
produzida por Guel Arraes na TV Globo e depois esta 
minissérie tornou-se um filme.
Estas relações transnarrativas envolvem os diversos 
meios, derivam em produtos extra-audiovisuais; o 
marketing torna-se mais influente, o poderio econômico 
dos grandes centros de produção, seja Hollywood no 
mundo, ou a Globo, no Brasil, ocupam espaços hegemônicos.
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Por outro lado, temos cineastas que se utilizam desta alta referencialidade como forma de invenção 
artística. Nos anos 90, temos a produção de um dos cineastas mais inventivos que consegue se 
utilizar de todas as diversas referências da história do cinema de uma maneira inovadora. Com 
certeza, você já deve ter ouvido falar de Quentin Tarantino. 
Os filmes de Tarantino recriam gêneros, como o policial e o noir em “Cães de Aluguel” (1992) e 
“Pulp Fiction – Tempo de Violência” (1994), o cinema blaxploitation norte-americano, com “Jackie 
Brown” (1997), o cinema asiático de kung-fu, em “Kill Bill” (2003 e 2004), o filme de guerra, em 
“Bastardos Inglórios” (2009). Tarantino recria e homenageia referências audiovisuais que não são 
apenas as dos grandes filmes da história do cinema, mas de filmes obscuros, de gêneros que não são 
muito estudados, como os filmes de kung-fu; o faroeste italiano, chamado de spaghetti western; 
os giallo filmes, que são os filmes de terror italianos. Em suma, gêneros audiovisuais muitas vezes 
relegados ao lixo dos estudos de pesquisadores, e que você não verá em manuais da história 
do cinema, mas que Tarantino fornece 
roupagem contemporânea. Ele não 
apenas copia suas referências, ele as 
comenta reinventando outro sentido 
a elas. Não há hierarquias entre uma 
alta e uma baixa cultura. Tudo vira 
motivo de paródia, homenagem, e 
intertextualidade.
 Vejamos um pequeno vídeo que 
mostram algumas das várias referências 
em seus filmes: https://youtu.be/
JHSmtle4IVk Pulp Fiction (1994). Dir.: Quentin Tarantino
Disponível em: <http://bit.ly/2omMJDJ > Acesso em: 3 de mar.2018

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