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Assunto Apostila Exercícios Revisão Rendimento % 
Zoologia 
Fisiologia Humana 
Classificação dos seres 
vivos 
 
 
 
 
 
 
Biologia 
PLANEJAMENTO 
Livro 2 
#EsseAnoVai! 
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Zoologia 3 
Fisiologia 
Humana 
65 
Classificação 
dos seres vivos 
92 
Índice 
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OBS: A simetria bilateral está bem relacionada 
com a cefalização: A presença de uma cabeça, 
contendo órgãos sensoriais e tecidos nervosos 
centrais, na extremidade anterior do animal. Ela 
deve ter sido uma vantajosa evolutivamente, pois 
a extremidade anterior de um animal com 
locomoção livre é tipicamente a primeira a 
encontrar novos ambientes. Já as cavidades 
corporais preenchidas por fluidos funcionam 
como esqueletos hidrostáticos. 
 
 
Outros animais apresentam a simetria 
radial ou radiada, onde seu corpo pode ser 
dividido em vários planos de simetria, dispostos 
em raios, o que é vantajoso para um animal fixo 
ou com pouca mobilidade, pois ele pode entrar 
em contato com o ambiente em várias direções. 
São eucariotos, multicelulares e heterótrofos, 
sendo a maioria com capacidade de reagir a 
estímulos devido à presença do sistema nervoso, 
sendo neuromiários. A reserva energética dos 
animais é o glicogênio. 
 
 
 
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Zoologia 
Em geral, os animais se locomovem e possuem 
órgãos dos sentidos e sistema nervoso, o que 
facilita a localização do alimento e a 
coordenação dos movimentos para a sua 
captura. 
A forma do corpo também está adaptada ao 
movimento. A maioria dos animais apresenta 
uma simetria bilateral, Isto é, seu corpo pode 
ser dividido em duas partes simétricas opostas, 
o que garante o equilíbrio e diminui a 
resistência do ar ou da água ao movimento. 
www.apostilasd.com.br 
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Hipótese filogenética dos animais 
 
 
 
 
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Espículas e tipos de esponjas 
 
 
 
 
 
A linhagem que originou as esponjas atuais se 
separou da linhagem que originou todos os 
outros animais bem cedo na evolução animal. 
Algumas esponjas atuais são muito similares aos 
prováveis ancestrais coloniais protistas. Todos os 
membros do grupo vivem fixos a um substrato e 
são praticamente imóveis, o que fez com que, 
durante muito tempo, fossem considerados 
plantas. Sua natureza animal só foi reconhecida 
em 1765, quando foram observadas correntes 
internas de água no seu organismo. 
 
A maioria das esponjas é marinha, mas existem 
algumas de água doce sendo todas sésseis e de 
simetria radial ou assimétricas. O termo "porífero" 
refere-se ao fato de todos os membros deste 
grupo apresentarem o corpo dotado de poros. 
Apresentam no ápice do corpo uma abertura 
chamada ósculo. Internamente há uma cavidade 
chamada átrio ou espongiocele, por onde 
circula a água. A água penetra na esponja por 
meio dos poros e células flageladas promovem a 
circulação da água na espongiocele que logo 
após sai pelo ósculo. 
 
SÃO ANIMAIS FILTRADORES E A DIGESTÃO É 
INTRACELULAR. As principais células das 
esponjas são os porócitos, pinacócitos, 
amebócitos, arqueócitos, coanócitos e 
esclerócitos. 
 
Os elementos esqueléticos estão representados 
apenas por espículas calcáreas, de sílica e por 
fibras protéicas de espongina, que são flexíveis. 
Por não apresentarem órgãos e tecidos são 
chamados de Parazoários e sua fisiologia é 
basicamente representada por células funcionais. 
 
 
 
 
 
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Poríferos 
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O Corpo das Esponjas 
 
 
 
 
 
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Calcarea (CaCO3) 
 Áscon, Sícon e Leucon 
 Maioria com -10cm 
 Marinhas em todos os oceanos 
 
 
Hexactilellida 
 Esponjas de vidro 
 Espículas silicosas com 6 ou + pontas 
 Siconóides em estrutura 
 Águas profundas 
 
Desmospongiae 
 Todas Leuconóides. 90% das sp. 
 Amebócitos com pigmentos brilhantes 
 Espículas silicosas, fibras de espongina 
ou ambas 
 São assimétricas 
 
Sclerospongiae 
 Grutas e túneis em recifes coralinos 
 Espículas silicosas, fibras de espongina 
em um esqueleto de CaCO3 
 Alguns especialistas as colocam no grupo 
dos desmospongios. 
 
 
 
Brotamento: de uma esponja inicial surge um 
broto, que pode ficar preso a ela ou se soltar. 
 
Gemulação: em esponjas de água doce surgem 
as gêmulas que são amebócitos indiferenciados 
(arqueócitos), protegidos por um envoltório 
rígido formado por espículas. Nesse envoltório 
existe uma região menos resistente chamada 
micrópila. 
 
Fragmentação: grande capacidade de 
regeneração onde alguns pedaços podem 
regenerar esponjas inteiras. 
 
Reprodução sexuada: existem espécies monóicas 
e dióicas. Os espermatozóides são formados a 
partir de coanócitos e os óvulos, a partir de 
coanócitos ou de amebócitos. Espermatozóides 
saem pelo ósculo e penetram pelos poros de 
outra esponja ocorrendo fecundação, que forma 
uma larva denominada anfi-blástula e 
parenquímula. Assim, o desenvolvimento é 
indireto. 
 
 
 
 
 
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Reprodução Classificação 
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Surgiram cedo na história evolutiva e irradiaram 
no final do período Pré-cambreano. Com 
exceção de alguns poucos, como as hidras, a 
maioria é marinha como anêmonas, águas-vivas, 
corais e hidrozoários. O plano corporal de um 
celenterado combina uma baixa taxa metabólica 
com a habilidade de capturar presas grandes. 
Essas características permitem aos cnidários 
sobreviver em ambientes onde presas são raras. 
A boca de está conectada a uma bolsa de fundo 
cego chamada cavidade gastrovascular, que 
atua na digestão, na circulação e na troca gasosa. 
A única abertura funciona como boca e ânus. 
Possuem também células epiteliais com fibras 
musculares cujas contrações permitem que o 
animal se mova, além de redes neurais que 
integram as atividades do corpo- Rede nervosa 
difusa. 
 
Durante a vida podem passar por duas fases: o 
estágio séssil chamado pólipo e a fase livre-
natante chamada medusa. O ciclo de vida básico 
é chamado alternância de gerações ou 
metagênese onde as medusas produzem óvulos 
e espermatozóides e liberam-nos na água. Um 
óvulo, quando é fertilizado, desenvolve-se 
formando uma larva ciliada livre chamada 
plânula, a qual eventualmente se fixa no fundo e 
se transforma em um pólipo que por 
estrobilização forma éfiras. 
 
 
 
 
Nos celenterados há, no mínimo 2 novidades 
evolutivas importantes se comparados aos 
espongiários: o sistema nervoso (rede difusa de 
neurônios) e a boca seguida da cavidade 
digestiva (gastrovascular) para a digestão 
extracelular. 
 
Sistema Digestório- Incompleto (não existe 
ânus); digestão extracelular e intracelular. Células 
lançam enzimas digestivas para a cavidade 
gastrovascular. 
Sistema Circulatório- ausente; o alimento é 
distribuído diretamente pela cavidade 
gastrovascular. 
Sistema Respiratório-ausente; trocas gasosas 
diretamente entre as células e o ambiente. 
Sistema Excretor-ausente; excreções lançadas 
diretamente pelas células diretamente no 
ambiente. 
Sistema Nervoso- presente; forma uma rede 
difusa no corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
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CnidáriosFisiologia 
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Anatomia de uma Hidra 
 
 
Cnidócito 
Os cnidócitos derivam de cálulas indiferenciadas chamadas cnidoblastos. Uma vez que 
completamente formados, os cnidócitos apresentam uma organela especializada denominada cnida, 
que corresponde a uma diferenciação do complexo golgiense. O tipo mais comum de cnida chama-se 
nematocisto que apresenta uma substância protéica tóxica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Assexuada por brotamento e metagênese. Pode 
ocorrer também fecundação externa como em 
alguns corais. Pólipos podem sofrer 
estrobilização na reprodução por metagênese. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Reprodução Células 
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Scyphozoa: Marinhos, predomina a fase de 
medusa. Ex. Aurelia, mães-d’água ou águas vivas. 
 
Anthozoa: Marinhos, predomina a fase de 
pólipo. Podem ser isolados ou coloniais. Não 
sofrem metagênese. Ex. Corais e anêmonas 
 
Hydrozoa: Marinhos ou dulcícolas, isolados ou 
coloniais. Predomina a fase de pólipo. Ex. Hidra 
(pólipo dulcícola), caravelas (pólipo colonial 
flutuante) e Obelia (pólipo séssil colonial). 
 
Os ctenóforos foram a linhagem seguinte a se 
separar da linhagem que originou todos os 
outros animais. São superficialmente 
semelhantes aos cnidários. Ambos possuem duas 
camadas celulares separadas por uma mesogléia, 
simetria radial e tentáculos para a alimentação. 
Porém, os ctenóforos possuem um tubo digestivo 
completo, onde o alimento entra por uma boca e 
os resíduos são evacuados por dois poros anais. 
Todas espécies de ctenóforos são carnívoros 
marinhos de presas pequenas. 
 
São bilateralmente simétricos que não possuem 
uma cavidade corporal fechada. São desprovidos 
de órgãos para o transporte de oxigênio até os 
tecidos e possuem órgãos simples para excretar 
os restos metabólicos (células-flama). Esse plano 
corporal impõe que cada célula deve estar perto 
de uma superfície do corpo, uma exigência 
cumprida pela forma achatada do corpo. O trato 
digestivo consiste de uma boca se abrindo em 
uma bolsa com fundo cego. 
Alguns podem não ter trato digestivo (tênias). 
Entretanto essa bolsa é muito ramificada 
aumentando a área de absorção de nutrientes. 
São os primeiros triblásticos da escala evolutiva, 
assim como bilatérios. Ocorre também neste 
grupo a ocorrência de cefalização, bem 
acentuada em tênias e planárias. 
 
Fisiologia: 
 
Com relação aos antozoários, é 
importante destacar o 
branqueamento de corais, 
fenômeno que é consequência do 
aquecimento global e que causa 
impactos enormes nas cadeias 
alimentares marinhas. 
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Classificação Ctenóforos 
Platelmintos 
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Planárias podem ter fragmentação. Há espécies 
monóicas, com desenvolvimento direto e 
indireto. Outras são dióicas. Diversos 
platelmintos fazem reprodução sexuada 
originando fases larvais. 
 
 
Sistema Digestório- incompleto; intestino 
ramificado em alguns. Digestão extracelular e 
intracelular. 
 
Sistema Circulatório- ausente; alimento 
distribuído pelo intestino ramificado a todas 
células do corpo. 
Sistema Respiratório- ausente; trocas gasosas 
feitas diretamente entre as células e o ambiente. 
Sistema Excretor- presente; rede de 
protonefrídeos com células-flama ou solenócitos. 
 
 
Sistema Nervoso- presente; um par de gânglios 
cerebrais com cefalização ligados a dois cordões 
nervosos longitudinais (escada de cordas). 
Alguns animais possuem ocelos, que acusam a 
presença da luz, e quimiorreceptores, que 
indicam a presença de substâncias químicas no 
ambiente. 
 
 
Cestodea- Formada por endoparasitas com 
corpo dividido em segmentos. Sem tubo 
digestivo pois o alimento é incorporado pela 
superfície do corpo do parasita. São tipicamente 
parasitas do intestino humano e de outros 
animais. Os parasitas mais comuns são Taenia 
solium (com ganchos no escólex para fixação e 
ventosas) e Taenia saginata (sem ganchos). 
 
Outro exemplo é o Echinococcus granulosus que 
também apresenta ganchos, mas poucas 
proglótes no corpo (segmentos). É um parasita 
de cães, sendo conhecida como “tênia do cão”. 
Neste caso o ser humano pode ser hospedeiro 
acidental quando ovos do animal são ingeridos 
sendo a doença chamada hidatidose (cisto 
hidático). 
 
 
 
 
 
 
 
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Reprodução 
Classes 
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Ciclo de vida da Taenia Solium 
 
 
 
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Trematoda- Todos parasitas, 
principalmente de vertebrados. Apresentam 
intestino ramificado. Epiderme não ciliada, 
existência de ventosas e ausência de órgãos 
sensitivos são as características que os 
diferenciam dos turbelários. O causador da 
esquistossomose, Schistosoma mansoni (dióico), 
onde o macho abriga a fêmea num espaço 
chamado canal ginecóforo; o parasita de 
carneiros, Fasciola hepática (monóico) e outros 
vermes menos conhecidos formam esta classe. 
 
 
 
 
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Ciclo de vida do Schistosoma mansoni 
 
 
 
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Turbellaria- São os platelmintos de vida livre, em 
sua grande maioria marinhos, mas também 
encontrados em água doce e solo úmido, com 
destaque maior para as planárias e geoplanas. As 
aurículas são acentuadas neste grupo e 
extrovertem a faringe conforme a figura abaixo. 
 
 
Também chamados de nematódeos ou vermes 
cilíndricos, possuem uma cutícula espessa 
composta de várias camadas que é secretada 
pela epiderme subjacente e que dá forma ao 
corpo. Fazem 4 trocas (mudas) ao longo da vida 
sendo chamados, assim como os artrópodos, de 
ecdisozoários. 
 
Eles fazem a troca de oxigênio e de nutrientes 
com o ambiente através da cutícula e do intestino, 
o qual possui apenas uma camada de células. 
Alimentam-se de pequenos protistas e de outros 
animais e muitos são parasitas humanos. 
 
 
A maioria vive em solo úmido mas existem 
espécies de água doce e marinhos (raros). Um 
importante nematódeo de vida livre estudado em 
biologia é o Caenorhabditis elegans, cujo 
genoma foi descoberto em 1998, apresenta 17 
mil genes e 302 neurônios. Os parasitas de 
plantas podem viver em raízes, sementes e frutos, 
produzindo ovos dos quais saem larvas que se 
alimentam dos tecidos da planta. Muitas vezes 
formam-se, na região da planta atacada pelo 
verme, nódulos protetores chamados galhas. Os 
parasitas de animais podem provocar doenças 
que freqüentemente debilitam o hospedeiro e, 
eventualmente, podem matá-lo. Alguns dos 
grandes problemas de saúde pública que afligem 
a população brasileira são causados por eles. 
 
 
 
 
 
 
 
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 Nematelmintos 
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Sistema Digestório- Completo; possuem boca e 
ânus. Digestão extracelular e intracelular. Os 
materiais são transportados através do tubo por 
contrações da faringe, na extremidade do verme. 
É a partir destegrupo, então, que surge a 
cavidade digestória com formato de tubo com 
duas aberturas. A boca, geralmente, é circundada 
por lábios ou papilas sensoriais. Há ânus nas 
fêmeas e cloaca nos machos. 
 
Sistema Circulatório- ausente; alimento 
distribuído pelo fluido da cavidade 
pseudocelômica. 
 
Sistema Respiratório- ausente; trocas gasosas 
diretamente entre as células e o ambiente. Pode 
haver respiração anaeróbica em alguns casos. 
 
Sistema Excretor- presente; um par de canais 
excretores (células-H), com poro excretor 
abrindo-se perto da boca. 
 
Sistema Nervoso- presente; um anel nervoso em 
torno da faringe com dois cordões nervosos 
longitudinais. 
 
Reprodução- sexuada podendo ser monóicos ou 
dióicos. Parasitas apresentam ciclos de vida 
complexos com diversos tipos. Os ovos ficam 
alojados no útero da fêmea. O desenvolvimento 
é indireto, com a existência de larvas rabditóides 
e filarióides. 
 
 
 
 
 
 
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Fisiologia 
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Principais doenças causadas por 
nematódeos 
Ascaridíase é provocada pelo nematelminto Ascaris lumbricoides, a 
lombriga, que o homem adquire ao ingerir água e verduras contaminadas 
por ovos. Embora os adultos se alojem no intestino, as larvas realizam um 
circuito hepático-cárdio-pulmonar pelo organismo. Durante o trajeto, as 
larvas rabditóides sofrem várias mudanças e se transformam, aos poucos, 
em jovens adultos. Em 60 dias alcançam a maturidade sexual e já podem 
ser encontrados ovos nas fezes do hospedeiro. O verme pode viver no 
organismo por mais de um ano. A esse deslocamento do verme pelo 
organismo do hospedeiro dá-se o nome de circuito hepático-cárdio-
pulmonar ou ciclo de Looss, em homenagem ao seu descobridor. 
 
 
 
 
 
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Ancilostomose ou amarelão é causada por dois nematelmintos 
diferentes: Ancylostoma duodenale e Necator americanus. Ambos 
penetram ativamente pela pele humana na forma larval, são hematófagos 
e agem no intestino, causando séria debilidade orgânica. O Ancylostoma 
brasiliensis (larva migrans) é o causador do bicho-geográfico, mas é 
parasita intestinal de cães e gatos. 
 
 
 
 
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Ancilostomose ou amarelão é a doença do Jeca Tatu, 
personagem imortalizado por Monteiro Lobato. 
 
 
 
 
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Enterobíase ou oxiurose é provocada pelo nematelminto Enterobius 
vermicularis, o oxiúros, também parasita intestinal, adquirido pelo 
homem graças à ingestão de água e verduras contaminadas por ovos. 
 
Filariose ou elefantíase é causada pelo nematelminto Wuchereria 
bancrofti, transmitido pela picada do mosquito Culex fatigans. Provoca 
obstrução de vasos linfáticos e causa grandes edemas, sobretudo em 
pernas e escroto. 
 
No ciclo de vida do Wuchereria bancrofti, há duas formas evolutivas 
básicas: a microfilária (forma juvenil) e o verme nematelminto 
adulto. A microfilária é encontrada no sangue e nos linfonodos e a 
forma adulta é encontrada em vasos linfáticos, onde reproduzem 
dando origem a outras microfilárias. 
 
 
 
 
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Há outras doenças como a Oncocercose (Onchocerca volvulus), 
adquirida através da picada do inseto borrachudo (simulium SP) e que 
afeta os olhos, podendo levar até a cegueira e a Strongiloidíase 
(Strongyloides stercoralis), onde há penetração de larvas pela pele 
atingindo os pulmões e o intestino. 
 
Curiosidade: Os Rotíferos: São pequenos e complexos, bilaterais e 
pseudocelomados, sendo assegmentados e com 3 camadas celulares. A 
maioria é minúscula, menores que alguns protistas ciliados, mas com 
órgãos internos altamente desenvolvidos. O tubo digestivo é completo e 
o pseudoceloma funciona como órgão hidrostático. Na cabeça há um 
órgão ciliado chamado corona e o alimento é triturado na boca em um 
órgão chamado mastax. 
A maioria é de água doce, mas existem alguns marinhos. Alguns vivem 
em musgos e liquens em estado dissecado e dormente até que chova. A 
maioria vive no máximo 2 semanas. 
 
 
 
 
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Sistema Respiratório- presente; brânquias nos 
poliquetos. Em muitos a respiração é por difusão 
na pele bem irrigada de sangue (cutânea ou 
tegumentar- oligoquetos e hirudíneos) 
 
Sistema Excretor- presente; excreção por meio 
de nefrídeos (metanefrídeos). A amônia é o 
principal excreta. 
 
 
Sistema Nervoso- presente; composto por uma 
cadeia nervosa ventral, com um par de gânglios 
por segmento. Gânglios cerebrais bem 
desenvolvidos. 
 
 
Constituem um grupo diversificado de vermes 
segmentados. Podem viver na água doce, na 
terra e no mar. O corpo segmentado está 
relacionado à locomoção aperfeiçoada neste 
grupo. Um centro nervoso separado chamado 
gânglio controla cada um dos segmentos, mas 
gânglios estão conectados por cordões nervosos 
que coordenam o seu funcionamento. São os 
primeiros animais celomados e a maioria não 
apresenta um envoltório protetor rígido. Seu 
corpo serve, em boa parte das espécies, para 
trocas gasosas. 
Sistema Digestório- completo; intestino com 
regiões diferenciadas (faringe, papo, moela). 
Digestão extracelular. Há também uma estrutura 
que aumenta a superfície de contato dos 
alimentos, uma dobra intestinal chamada 
tiflosole. 
 
 
 
Sistema Circulatório- presente; primeiros com 
sistema fechado, presença de vasos pulsáteis-
corações laterais, hemoglobina presente. 
 
 
 
 
 
 
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Anelídeos 
Fisiologia 
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Reprodução 
Sexuada, com espécies monóicas (minhoca) e dióicas (poliquetos). 
Desenvolvimento direto (minhoca) ou indireto (poliquetos). 
 
 
 
 
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Hirudinea- As sanguessugas podem ser 
encontradas no mar, em água doce e no solo 
úmido. Têm o corpo liso com uma ventosa 
fixadora em cada extremidade. A boca localiza-se 
no meio da ventosa anterior. São geralmente 
ectoparasitas hematófagos, alimentando-se do 
sangue de diversos animais. Para isso, prendem-
se ao corpo dos hospedeiros e, com o auxílio de 
pequenos dentes, perfuram sua superfície 
corporal, pela qual o sangue escorre. 
Apresentam respiração cutânea, são monóicos e 
com desenvolvimento direto, semelhante as 
minhocas. 
 
Oligochaeta- Compreende mais de 3.000 
espécies. São os anelídeos com poucas cerdas 
por segmento. Aqui estão as minhocas, de 
ambiente terrestre, e uma grande variedade de 
pequenos animais encontrados em água doce. 
Apresentam respiração cutânea são monóicos e 
com desenvolvimento direto e fecundação 
externa (dentro do casulo, mas fora do corpo do 
animal). Ocorre dupla-fertilização. 
 
Polychaeta- É a maior classe, com mais de 8.000 
espécies. São todos marinhos e caracterizam-se 
por apresentar muitas cerdas em cada segmento 
do corpo. Estas chegam a formar apêndices 
chamados parapódios, úteis na locomoção. 
Diferem das minhocas também pelo fato de 
apresentarem cabeça diferenciada nas formas 
móveis. A respiração é branquial e o 
desenvolvimento é indireto com fecundação 
externa.Podem ser livres ou tubícolas. O 
Chaetopterus, por exemplo, vive 
permanentemente em um tubo com forma de U, 
medindo até 2 cm de diâmetro, mantido com as 
duas aberturas fora da areia. Os poliquetas 
rastejantes geralmente são predadores, capazes 
de se mover com rapidez. Já o verme-de-fogo é 
livre. Podem caçar e os tubícolas são filtradores. 
 
Os artrópodos são animais que apresentam uma 
cobertura corporal rígida que impossibilita o 
movimento vermiforme. Para se locomoverem 
esses animais necessitam de apêndices que 
possam ser movidos por músculos. Esses 
apêndices são articulados e os animais que os 
apresentam são incluídos neste filo. O corpo dos 
artrópodos é dividido em segmentos e, assim 
como os nematódeos, são ecdisozoários. 
Apresentam um exoesqueleto coberto de 
quitina, um polissacarídeo resistente. As pernas 
articuladas surgiram nos trilobitas que prosperou 
nos mares do Cambriano e do Ordoviciano, hoje 
extintos. Os artrópodos atualmente são divididos 
em 3 grandes grupos: Quelicerados (aracnídeos 
e merostomatas), crustáceos (camarões e 
lagostas) e Unirremes (miriápodes e insetos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Classificação Artrópodes 
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Sistema Nervoso- composto por um cérebro 
(resultado da fusão de vários gânglios nervosos) 
e por uma cadeia nervosa ventral, com pares de 
gânglios dispostos em sequência. 
 
 
Sistema Sensorial- olhos (simples ou 
compostos), órgãos de equilíbrio, sensores táteis 
e químicos. 
 
 
Reprodução- sexuada, com espécies dióicas, 
fecundação externa ou interna. O 
desenvolvimento pode ser direto ou indireto. 
 
 
 
Sistema Digestório- completo; tubo digestivo 
com estruturas diferenciadas e glândulas 
assessórias. Digestão extracelular e peças bucais 
para manipular e triturar o alimento (mandíbulas, 
maxilas, maxilípedes, quelíceras...) 
 
Sistema Circulatório- presente; aberto. O 
líquido sanguíneo é a hemolinfa destituído (como 
nos insetos) ou dotado de pigmentos 
respiratórios (hemoglobina ou hemocianina). Há 
lacunas entre os órgãos chamadas hemoceles. 
 
Sistema Respiratório- branquial (crustáceos); 
traqueal (insetos, aracnídeos, quilópodos e 
diplópodos); filotraquéias ou pulmões foliáceos 
(aracnídeos) 
 
 
Sistema Excretor- glângulas verdes (crustáceos); 
túbulos de Malpighi (insetos, quilópodes, 
diplópodes e aracnídeos) e glângulas coxais 
(aracnídeos). A excreta nitrogenada pode ser o 
ácido úrico (insetos) e a amônia (diversos 
artrópodos). 
 
 
 
 
 
 
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Fisiologia 
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Insetos 
Nos insetos sempre há: 
-3 pares de patas (hexápodes); 
-1 par de antenas (díceros); 
-Corpo: Cabeça – tórax – abdômen. 
-Olhos compostos. 
 
Alguns exemplos de ordens de insetos: 
Dípteros: moscas e mosquitos; 
Lepidópteros: borboletas e mariposas; 
Tisanuros: traça-do-livro; 
Coleópteros: besouros e joaninhas. 
 
 
 
 
 
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Aparelho bucal em insetos: 
 Sugador maxilar (língua de sogra)- 
borboletas e mariposas 
 Mastigador (cortador)- gafanhotos, 
baratas, tesourinhas, besouros, e 
lagartas. 
 Sugador labial (lábio em estojo)- pode 
ser picador, como ocorre em percevejos, 
barbeiros, cigarras, mosquitos e pulgas, 
ou não picador, como ocorre no caso da 
mosca doméstica. 
 
 
 
 
 
Nos crustáceos há muitas variações no corpo, 
um exemplo é: 
 5 a 10 pares de patas; 
 2 pares de antenas (tetráceros); 
 Corpo: Cefalotórax e abdômen; 
 Olhos compostos. 
 
 
Principais ordens de crustáceos: 
 Isopoda- barata-da-praia, tatuzinho-de-
jardim 
 Decapoda- camarão, siri, carangueijo 
 Thoracica- cracas 
 
 
 
 
 
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Insetos 
Observação 
Os tipos de asas dos insetos podem 
ser classificadas como Tégminas, que 
são espessas e pergamináceas 
(gafanhoto, grilo e barata); 
Hemiélitros, que são espessas na 
base e membranosa na porção distal 
(percevejos) ou Élitros, que são 
coriáceas e cobrem as asas 
posteriores (besouros) 
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Crustáceos 
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Metamorfose em insetos 
Os insetos podem não apresentar metamorfose (ametábolos); 
apresentar uma metamorfose intermediária (hemimetábolos) ou ainda 
uma metamorfose completa (holometábolos). 
 
 
 
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Crustáceos 
 
Nos crustáceos há muitas variações no corpo, um exemplo é: 
 5 a 10 pares de patas; 
 2 pares de antenas (tetráceros); 
 Corpo: Cefalotórax e abdômen; 
 Olhos compostos. 
 
 
Principais ordens de crustáceos: 
 Isopoda- barata-da-praia, tatuzinho-de-jardim 
 Decapoda- camarão, siri, carangueijo 
 Thoracica- cracas 
 
 
 
 
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Crustáceos 
 
 
 
 
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Estruturas nos aracnídeos: 
 4 pares de patas; 
 Não há antenas (áceros); 
 Corpo: Cefalotórax e abdômen. 
 Olhos simples. 
 
 
Principais ordens de aracnídeos: 
 Araneae- aranhas como a tarântula e a 
caranguejeira 
 Acari- ácaros e carrapatos 
 Scorpionida- escorpiões 
 Solifugae- solífugos 
 
 
 
 
 
 
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Aracnídeos 
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Quilópodes e Diplópodes 
Quilópodes: Cabeça e tronco, olhos compostos, 1 par de antenas, 1 par 
de patas por segmentos. Exemplo principal é a lacraia. 
 
Diplópodes: Cabeça, tórax e abdômen, 1 par de antenas, dois pares de 
patas na maioria dos segmentos. Exemplo principal é o embuá (piolho-
de-cobra). 
 
 
 
 
 
 
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Resumo 
 Insetos Crustáceos Aracnídeos Quilópodos Diplópodos 
Patas 3 pares Variável 4 pares 1 por seg. 2 por seg. 
Antenas 1 par 2 pares Ausentes 1 par 1 par 
Divisão do 
corpo 
Cabeça 
Tórax 
Abdômen 
Cefalotórax 
Abdômen 
Cefalotórax 
Abdômen 
Cabeça 
Segmentos 
Cabeça 
Tórax curto 
Segmentos 
Respiração Traqueal Branquial Filotraqueal 
Traqueal 
Traqueal Traqueal 
Excreção Túbulos 
de 
Malpighi 
Glândulas 
verdes ou 
antenais 
Túbulos de 
Malpighi e 
Glândulas 
coxais 
Túbulos de 
Malpighi 
Túbulos de 
Malpigui 
Exemplos Mosca, 
barata, 
Borboleta, 
Besouro 
Camarão, 
siri, 
Lagosta, 
kril, 
Tatuíra. 
Aranha, 
ácaro, 
Carrapato, 
Escorpião 
Lacraia Piolho-de- 
cobra 
 
 
 
 
 
 
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Variam muito de tamanho, desde caracóis de 1 
mm até lulas gigantes de 18 m. Os moluscos 
sofreram uma das maiores radiações evolutivas 
entre os animais, baseada em um plano corporal 
com 3 componentes estruturais principais: pé, 
manto e massa visceral. O pé é uma estrutura 
muscular grande que originalmente era um 
órgão para a locomoção e para a sustentação dos 
órgãos internos. Já o manto é uma dobra de 
tecido que cobre a massa visceral de órgãos 
internos. Em muitos moluscos, o manto se 
estende além da massa visceral formando a 
cavidade do manto ou paleal. 
 
A concha:A pérola: Formação de uma pérola em molusco 
bivalve: um parasita ou grão de areia 
posiciona-se entre a concha e o manto e é 
envolvido por camadas de carbonato de 
cálcio. 
 
 
 
 
Sistema Digestório- completo; intestino com 
regiões diferenciadas e glândula digestiva 
associada, digestão predominante extracelular. 
Apresentam glângulas digestivas e estilete 
cristalino (bivalves). 
 
 
 
Sistema Circulatório- presente; aberto ou lacular 
(onde o sangue sai dos vasos e cai nos espaços 
intercelulares) e fechado (nos cefalópodes-onde 
o sangue circula no interior de vasos) 
 
Sistema Respiratório- presente; ocorrendo com 
órgãos especializados, na maioria brânquias e 
pulmões. Sistema acoplado ao circulatório pois 
os gases são transportados pelo líquido 
sanguíneo. 
 
Sistema Excretor- presente; nefrídeos removem 
resíduos nitrogenados do metabolismo. 
 
Sistema Nervoso- presente; composto por 3 ou 
4 pares de gânglios nervosos, ligados a nervos 
que atingem todo o corpo. 
 
Reprodução- sexuada, com espécies monóicas 
(caracóis e lesmas) e dióicas (mexilões e ostras). 
Desenvolvimento direto (lesmas) ou indireto 
(mariscos). A forma mais comum de 
desenvolvimento é o indireto e os estágios larvais 
mais conhecidos dos moluscos são a véliger e a 
trocófora. 
 
 
 
 
 
 
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Moluscos Fisiologia 
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Bivalvia- São aquáticos e possuem concha 
dividida em duas valvas. O pé em forma de 
machado é usado para cavar (também são 
chamados de pelecípodes- peleci= machado). 
São filtradores e a água entra pelo sifão inalante 
caindo na cavidade do manto. O muco secretado 
pelas brânquias apreende o alimento que é 
conduzido para a boca. Após chegar ao 
estômago recebe secreções de glândulas 
digestivas. Após a digestão no intestino o ânus 
abre-se em um sifão exalante, por onde a água 
sai. Ex. marisco, ostra e mexilhão. 
 
 
 
 
Gastropoda- Apresentam o pé localizado na 
região ventral. Alguns possuem concha enrolada 
em espiral; outros, como certas lesmas terrestres, 
não têm concha. A lesma-do-mar apresenta 
concha interna e reduzida. Ex. Caramujos são 
aquáticos (Biomphalaria) e caracóis (scargot) e 
lesmas são terrestres na grande maioria. Neste 
grupo, o manto pode ser visto como uma dobra 
da epiderme que secreta a concha e “empacota” 
a massa visceral. Apresentam um papo com 
glândulas salivares. 
 
 
Cephalopoda- Aquáticos, deslocam-se por 
propulsão de jatos de água emitidos por um 
sifão; nas lulas a concha é pouco desenvolvida e 
interna e nos polvos está ausente. Podem 
apresentar 8 ou 10 tentáculos. O náutilus 
apresenta concha espiralada externa. São os 
moluscos mais “inteligentes”, com maior 
cefalização, olhos bem desenvolvidos (com um 
par de estatocistos=equilíbrio)e excelentes 
predadores (podem comer até tubarões). Tem 
ampla capacidade de camuflagem pois 
apresentam células no tegumento (cromatóforos) 
que produzem diversos tipos de pigmentos. 
Podem apresentar glândula de tinta para 
confundir os predadores naturais. 
 
Amphineura- São marinhos com corpo coberto 
por 8 placas dorsais (poliplacóforos- portadores 
de muitas placas). Ex. Chiton 
 
 
Scaphopoda- São aquáticos e apresentam uma 
concha em forma de dente. Ex. Dentalium 
 
 
 
 
 
 
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Classificação 
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Evoluíram apresentando um sistema de placas 
internas calcificadas cobertas por finas camadas 
de pele e alguns músculos. São os primeiros 
animais deuterostômios da escala evolutiva e 
apresentam uma inovação na condução de água: 
o sistema vascular de água (ambulacrário), uma 
rede de canais hidráulicos calcificados que 
terminam em extensões chamadas pés 
ambulacrais. As placas calcificadas dos ancestrais 
primitivos dos equinodermos provavelmente se 
tornaram mais espessas até se fundirem dentro 
de todo o corpo, dando origem a um esqueleto 
interno calcário (origem da mesoderme). 
 
 
 
Estrutura externa de um ouriço: 
 
 
 
Sistema Digestório- completo; digestão 
extracelular. No ouriço-do-mar, a boca é provida 
de um aparelho mastigador (lanterna-de-
aristóteles), formado por cinco dentes. 
Sistema Circulatório- ausente ou muito reduzido 
(distribuição de substâncias pelo sistema 
hidrovascular). 
Sistema Respiratório- reduzido (branquial) ou 
ausente (as trocas gasosas que ocorrem são 
facilitadas pelo sistema hidrovascular) 
Sistema Excretor- ausente (excreções 
diretamente na água que circula no sistema 
hidrovascular) 
Sistema Nervoso- presente (composto por um 
anel nervoso em torno do esôfago de onde 
partem nervos radiais) 
Sistema Hidrovascular- exclusivo dos 
equinodermos. Desempenha funções de 
LOCOMOÇÃO, fixação e captura de alimento, 
além de contribuir decisivamente na respiração e 
excreção. 
 
 
 
 
Reprodução- sexuada, espécies dióicas. A 
fecundação é externa e o desenvolvimento é 
indireto com 1 ou mais tipos de larvas. 
 
 
 
 
 
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Equinodermos 
Fisiologia 
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Asteroidea- Possuem um disco central por onde 
partem os 5 ou mais braços. São representados 
pelas estrelas-do-mar. Apresenta esqueleto 
articulado. 
 
 
Echinoidea- São representados pelo ouriço-do-
mar e bolacha-da-praia. Não possuem braços 
mas tem espinhos longos e móveis em boa parte 
das espécies. O esqueleto não é articulado. 
 
 
Ophiuroidea- São parecidos com as estrelas, 
mas tem braços longos e articulados, capazes de 
se curvarem, o que lhes valeu o nome de estrela-
serpente ou ofiúro. Não apresentam ânus e 
possuem placas móveis. 
 
 
Holothuroidea- São os pepinos-do-mar 
(holotúrias). Não possuem carapaça e 
apresentam maior capacidade de locomoção. 
Tem capacidade de liberar parte do tubo 
digestivo. Apresentam os túbulos de Cunvier. 
 
 
Crinoidea- São os lírios-do-mar, vivem presos em 
rochas ou outros suportes e possuem braços 
ramificados. 
 
 
 
 
 
 
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Classificação 
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Apresentam o corpo formado por 3 partes: 
probóscide, colarinho e tronco. As 70 espécies 
existentes vivem em tocas em sedimentos 
lodosos ou arenosos. A grande probóscide é um 
órgão escavador. 
 
É coberta por um muco pegajoso que apanha 
presas do sedimento. O muco e a presa nela 
aderida são transportados para a boca pelos 
cílios. No esôfago, o muco carregado com o 
alimento é compactado em uma massa em forma 
de corda que é transportada para o resto do trato 
digestivo. Atrás da boca fica a faringe, que se 
abre para o ambiente por meio de várias fendas 
faringeanas, pelas quais a água pode passar (com 
tecido vascularizado para as trocas gasosas). Um 
hemicordado respira bombeando água para 
dentro da boca e para fora por fendas 
faringeanas. A notocorda é reduzida neste grupo. 
 
 
 
 
 
 
 
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Hemicordados 
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Cordados 
Os cordados são animais de simetria bilateral cujos planos corporais 
apresentam várias características compartilhadas: 
 
 Fendas faringeanas (em algum estágio do desenvolvimento) 
 Cordão nervoso dorsal oco 
 Cauda pós anal 
 Haste de sustentação dorsal, a notocorda 
 
 
 
 
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A notocorda é a característica derivada mais 
importante dos cordadose é própria desse filo. 
Em algumas espécies, como nos tunicados, a 
notocorda é perdida durante a metamorfose para 
o estágio adulto. Nos vertebrado ela é substituída 
por estruturas esqueléticas que dão sustentação 
ao corpo. 
 
São os cordados inferiores. São invertebrados, 
marinhos e de pequeno porte. Como exemplo 
temos as ascídias (urocordado) e o anfioxo 
(cefalocordado). 
 
Urocordados – Também chamados tunicados, 
são organismos sésseis ou flutuantes, que vivem 
solitários ou formam colônias. Compreendem 
desde formas microscópicas até seres com cerca 
de 30 centímetros de diâmetro. Existem 
aproximadamente 1 300 espécies, que podem 
exibir cores muito variadas. 
 
Os representantes mais conhecidos deste grupo 
são as ascídia, existentes sobretudo em águas 
rasas. São cordados muito diferenciados, pois as 
formas adultas não se parecem com os demais 
membros do filo. Seu corpo globoso fica preso a 
rochas ou outros substratos por meio de um 
pedúnculo basal. A ascídia é envolvida por uma 
túnica, elástica e resistente, feita de tunicina, 
material muito semelhante à celulose e raro nos 
animais, contendo vasos sangüíneos. Abre-se 
para o exterior através de dois sifões. São animais 
filtradores de plâncton, com fendas branquiais na 
faringe. Pelo sifão inalante superior entra água, 
carregando pequenos organismos e oxigênio. 
Pelo sifão exalante lateral a água sai, levando 
excretas e também células sexuais. São animais 
hermafroditas. 
 
 
 
 
 
 
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Protocordados 
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Cefalocordados- É um pequeno grupo de 
organismos (cerca de 30 espécies) chamados 
anfioxos, sendo os protocordados os que mais se 
assemelham aos vertebrados. Têm formato 
semelhante ao dos peixes, vivem em águas 
costeiras rasas, com o corpo enterrado na areia, 
ficando para fora apenas sua extremidade 
anterior. Podem eventualmente se deslocar, 
nadando através de rápidos movimentos laterais 
do corpo. 
 
 
 
Os vertebrados apresentam uma coluna vertebral 
dorsal articulada, que substituiu a notocorda 
quanto ao fato de ser o órgão de sustentação 
principal. O plano corporal de um vertebrado 
pode ser caracterizado como o seguinte: 
 
 Esqueleto interno rígido para 
sustentação e mobilidade 
 Dois pares de apêndices estão presos à 
coluna vertebral 
 A locomoção mais rápida adquirida pelos 
apêndices favoreceu a evolução de um 
crânio anterior com um grande cérebro e 
órgãos receptores bem desenvolvidos. 
 Os órgãos internos são suspensos em um 
grande celoma- - Um sistema circulatório 
com coração ventral leva oxigênio para os 
órgãos internos 
 
OBS: Um importante passo na evolução dos 
vertebrados foi o surgimento das mandíbulas que 
derivam de arcos branquiais anteriores 
cartilaginosos que modificaram-se. Arcos 
adicionais foram incorporados formando 
mandíbulas mais pesadas e mais eficientes na 
alimentação. Os peixes mandibulados primitivos 
foram os Placodermes, que possuíam uma 
armadura pesada. As mandíbulas aperfeiçoaram 
a nutrição. 
 
 
 
 
 
 
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Vertebrados 
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Ciclóstomos: São os agnatos (amandibulados). 
Os peixes-bruxa (feiticeiras) e lampréias, os 
únicos peixes amandibulados que sobreviveram 
além do período devoniano, se alimentam de 
organismos mortos e vivos. Possuem uma pele 
resistente, sem escamas e não possuem 
nadadeiras pares. A boca é arredondada e 
funciona como órgão de sucção com o qual os 
animais se aderem à sua presa e raspam a sua 
carne. 
 
Há nas lampréias dentes córneos, raspadores, no 
funil bucal e na superfície da língua. Vivem tanto 
em água doce como em água salgada e muitas 
espécies se locomovem entre os dois ambientes, 
colocando ovos nos rios e se desenvolvendo no 
mar. A notocorda estende-se da cabeça à cauda 
e junto a elas estão as peças cartilaginosas (arcos 
incompletos ao redor da medula espinhal). As 
feiticeiras não possuem vértebras. 
 
Outras peças cartilaginosas formam placas ao 
redor do encéfalo e da região branquial. 
Possuem uma nadadeira carnosa na região 
caudal. Suas brânquias abrem-se em fendas 
laterais na região anterior do corpo e seu crânio é 
formado por placas cartilaginosas e por material 
fibroso. Peixes-bruxa tem desenvolvimento direto 
enquanto as lampreias têm desenvolvimento 
indireto com fecundação externa (larvas 
amocetes, são cegas e vivem enterradas) e são 
de sexos separados. Algumas feiticeiras são 
hermafroditas e com desenvolvimento direto. 
 
Classificação 
 Myxinoidea- Feiticeiras ou peixes-bruxas 
 Petromyzontoidea- Lampreias 
 
 
Condrícties 
 
Tubarões, arraias e quimeras possuem um 
esqueleto totalmente composto por um material 
firme adaptável chamado cartilagem. A pele é 
flexível e coriácea e muitas vezes possui 
projeções espinhosas, o que dá a ela a 
consistência de lixa (escamas placóides). Os 
tubarões se locomovem para frente por meio da 
sua cauda e das nadadeiras pélvicas e a 
nadadeira caudal é dita heterocerca. As arraias, 
por outro lado, fazem isso por meio de 
movimentos ondulantes de suas nadadeiras 
peitorais, as quais são muito alongadas. A boca é 
ventral e apresenta mandíbula óssea com dentes 
enfileirados que podem ser trocados ao longo da 
vida. 
 
O tubarão: 
 
Escama dermo-
epidérmica 
 
 
 
 
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Sistema Nervoso- Possuem 10 pares de nervos 
cranianos. Todos os peixes (condricties e 
osteícties) apresentam a linha lateral, que 
permite percepções de vibrações na água por 
meio de mecanorreceptores ligados a ela. Essa 
linha também está presente em girinos. 
 
 
 
Reprodução- Apresentam fecundação interna, 
desenvolvimento direto e cloaca como peça 
reprodutora nas fêmeas. Os machos apresentam 
pênis (claspers) que são modificações das 
nadadeiras pélvicas. Podem ser ovíparos, 
ovovivíparos e até vivíparos. 
 
Na classificação dos condricties os mais 
importantes são representados pelos 
Elasmobrânquios (tubarões e raias). 
 
 
 
Sistema Digestório- O fígado dos condrícties é 
bem desenvolvido com reserva de óleo e seu 
tubo digestivo termina em uma cloaca (não existe 
peça genital separada). Apresentam uma válvula 
espiral no intestino. 
 
 
Sistema Circulatório- O coração dos peixes é 
muito semelhante em todas as espécies sendo 
presente 2 cavidades (1 átrio e 1 ventrículo). Há 
passagem somente de sangue venoso no 
coração o que torna a circulação completa (sem 
mistura de sangue). O sistema é fechado e é uma 
circulação do tipo simples (apenas sangue 
venoso no coração-rico em CO2). As hemáceas 
são nucleadas. 
 
 
Sistema Respiratório- Respiram por brânquias e 
apresentam de 5 a 7 pares de fendas branquiais 
variando conforme a espécie. Observas o 
esquema acima relacionando respiração e 
circulação. Muitos apresentam o espiráculo, que 
é um orifício respiratório bem observado em 
tubarões. 
 
Sistema Excretor- O órgão excretor em todos os 
vertebrados é o rim. Varia em tamanho, fisiologia 
e constituição da excreta nitrogenada. Próximo 
da cloaca está a glândula retal que apresenta 
importante função de regulação osmótica 
(controle de excreta nitrogenada – uréia). Durante 
o desenvolvimento embrionário apresentam rins 
do tipo pronefros e os adultos apresentam rins 
mesonefros. 
 
 
 
 
 
 
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Fisiologia 
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Osteícties 
 
 Possuem esqueletos internos de osso em 
vez de cartilagem. Seu esqueleto ósseo é mais 
leve do que o dos peixes cartilaginosos. Na 
maioria das espécies, a superfície é coberta por 
escamas leves, achatadas, lisas e finas que 
fornecem uma certa proteção (escamas 
gamóides). Apresentam glândulas mucosas e 
também cromatóforos. 
 
As brânquias são cobertas por uma aba chamada 
opérculo. Os peixes pulmonados (Coanícties, no 
qual a bexiga natatória apresenta papel 
respiratório, pirambóia da Amazônia, sabe-se 
que o pulmão perdurou nos peixes pulmonados 
atuais, nos demais osteícties ele se transformou 
em uma bolsa contendo gases, a bexiga 
natatória que atua como um órgão flutuador.). 
Nesses peixes as nadadeiras também podem ser 
usadas para locomoção em meio terrestre –
“patas”. Os peixes ósseos apresentam boca 
terminal (anterior) e a nadadeira caudal é dita 
homocerca e há também espécies com nadadeira 
dificerca. 
 
 
 
 
 
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Um peixe ósseo 
 
 
 
 
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Regulação osmótica- Peixes ósseos marinhos 
são hiposmóticos em relação ao ambiente e os 
dulcícolas são hiperosmóticos, portanto, há uma 
tendência da água em sair de um osteíctie 
marinho e entrar em um osteíctie dulcícula. 
 
Esquema de deslocamento de água e sais em um 
osteíctie marinho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Nervoso- É muito semelhante ao dos 
peixes cartilaginosos. 
 
Reprodução- A maioria das espécies é ovípara, 
mas existem alguns vivíparos. A fecundação é 
externa com desenvolvimento direto e também 
indireto (fase larval = alevino). Vale lembrar que 
existe ânus e genitália separados e são dióicos. 
 
 
 
Sistema Digestório- O tubo digestivo termina 
em ânus apresentando a genitália separada. 
Apresentam cecos pilóricos que produzem 
enzimas para a digestão. Não apresentam 
tiflosole. 
 
Sistema Circulatório- O aparelho circulatório é 
muito semelhante ao dos condrícties, sendo 
composto de um coração com 2 cavidades numa 
circulação fechada e completa. 
 
Sistema Respiratório- Apresentam aparelho 
muito semelhante aos condrícties, porém, há a 
presença do opérculo ósseo na superfície externa 
do aparelho, que controla a entrada e saída de 
água e protege as brânquias. Presença de Bexiga 
natatória (podem ser fisóstomos ou fisóclistos) 
 
Peixe fisóstomo 
 
Peixe fisoclisto 
 
 
Sistema Excretor- É semelhante ao dos 
condrícties, porém há uma diferença crucial 
quanto ao tipo de excreta nitrogenada, a amônia. 
Esta excreta é mais diluída em água e mais tóxica 
que a uréia e ácido úrico. Observe abaixo os 
processos de controle osmótico em peixes 
ósseos marinhos e dulcícolas. 
 
 
 
Um osteíctie marinho recebe sais 
por transporte passivo e os elimina 
por transporte ativo. Porém, tende 
a perder água por osmose. 
Já um osteíctie dulcícola recebe 
sais por transporte ativo e os 
elimina por passivo. Nesse caso, 
tende a ganhar água por osmose. 
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Fisiologia 
Classificação 
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Classificação 
Sarcopterygii- Possuem nadadeiras carnosas, com suporte ósseo e 
pulmão primitivo. Neste grupo estão os peixes pulmonados (Dipnoi) 
que possuem narinas em comunicação com a faringe através de coanas. 
 
Actinopterygii- Possuem nadadeiras raiadas (em forma de leque). 
Maioria dos peixes ósseos. 
 
 
 
 
 
 
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 Alguns descendentes dos peixes 
primitivos com nadadeiras articuladas se 
adaptaram à vida terrestre, originando os 
tetrápodas. Assim, os anfíbios são seres 
totalmente aquáticos na fase larval e parcialmente 
terrestres quando adultos. 
 É um grupo que representa a fase 
intermediária da passagem dos vertebrados da 
água para a terra. São os primeiros animais 
tetrópodas. Sua pele é nua e permeável sujeita à 
desidratação, por onde ainda há respiração. 
Apresentam boa visão, tanto diurna como 
noturna, têm boa acuidade visual e podem 
detectar determinadas cores. Glândulas e 
pálpebras móveis fazem a limpeza e lubrificação 
dos olhos, prevenindo ressecamento e infecções 
oculares 
 
 
 
Sistema Digestório- Quando há dentes, estes 
são apenas apreensores. A língua é bem 
desenvolvida e pode capturar insetos e outras 
presas. Quando caçam, rãs e sapos protraem 
repentina e rapidamente a língua, sempre com a 
parte posterior para diante. Não há glândulas 
salivares, mas o alimento é lubrificado por muco 
secretado na boca. A maioria dos anfíbios possui 
dentes delicados no maxilar superior e no teto da 
boca, que são substituídos continuamente. Em 
sapos, no entanto, eles não existem. Os girinos 
geralmente capturam algas e microorganismos 
suspensos na água através de um mecanismo 
filtrador situado na faringe. 
 
Sistema Circulatório- Apresentam mistura de 
sangue no único ventrículo (circulação 
incompleta). O coração, portanto, apresenta 3 
cavidades (2 átrios e 1 ventrículo) e circula num 
sistema fechado de vasos. O coração dos anfíbios 
apresenta uma pressão mais elevada que a dos 
peixes. Observa-se, então, nos anfíbios uma 
característica marcante de todos os tetrápodes, 
que é a circulação dupla, com fluxo sangüíneo 
pulmonar e fluxo sangüíneo sistêmico(corporal). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anfíbios Fisiologia 
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Sistema Respiratório- A respiração dos anfíbios 
pode ser de 3 formas: Cutânea (favorecida pela 
pele lisa e amplamente vascularizada), branquial 
(larvas e urodelos) e pulmonar (anfíbios 
terrestres). De modo geral, os órgãos 
respiratórios sempre apresentam o epitélio 
úmido e vascularizado. As formas larvais, 
conhecidas como girinos nas rãs e nos sapos, são 
aquáticas e dotadas de brânquias, muitas 
espécies as apresentam externamente. 
bucofaringe é a mucosa da cavidade bucal, onde 
pulsações da garganta permitem a 
movimentação do ar sobre uma área 
intensamente vascularizada. Há espécies 
aquáticas em que os pulmões servem como 
órgãos hidrostáticos, sendo inflados quando os 
animais flutuam. Algumas salamandras terrestres 
não têm pulmões, sendo a pele a principal 
estrutura respiratória. 
 
Sistema Excretor- Os anfíbios adultos 
apresentam rins mesonefros. Os peixes antigos, 
assim como os atuais peixes de água doce e as 
larvas dos anfíbios, excretavam amônia, 
substância muito tóxica, mas que pode ser 
rapidamente eliminada e dissipada quando a 
água é abundante. A excreção nitrogenada dos 
anfíbios adultos passou a ser a uréia, que é uma 
substância menos tóxica. Isso possibilitou 
economia de água, fundamental em meio 
terrestre. 
 
Sistema Nervoso- Possuem 10 pares de nervos 
cranianos e organização semelhante a todos os 
vertebrados com o encéfalo reduzido e medula 
espinhal. 
 
Reprodução- Apresentam fecundação externa 
com cópula na maioria (anuros) e interna sem 
cópula (urodelos). São animais ovíparos e seus 
ovos são sem casca. O desenvolvimento é 
indireto (larva girino) que sofre uma metamorfose 
controlada pela glândula tiróide. Há regressão da 
cauda pela ação dos lisossomos. Assim, os 
anfíbios são dióicos e costumam exibir 
dimorfismo sexual. Geralmente acasalam-se na 
água, onde os ovos são depositados. Deles 
eclodem as larvas aquáticas, que crescem até 
sofrera metamorfose para a forma adulta. Em 
muitas espécies de anuros, há o amplexo (abraço 
nupcial). 
 
 
 
 
 
 
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Observação 
Os anfíbios são foco de muita atenção 
hoje em dia, pois as populações de 
muitas espécies estão diminuindo 
rapidamente. Por exemplo, o sapo 
dourado desapareceu da Reserva da 
Floresta de Monteverde na Costa 
Rica, que foi criada para proteger essa 
espécie rara. Dentre as possíveis 
causas estão o aumento da radiação 
ultravioleta, a seca e as doenças entre 
as populações desses animais. 
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Anura: São os anfíbios que possuem 4 patas mas 
sofrem uma completa regressão da cauda. Como 
exemplo temos os sapos (com glândula 
paratóidea) e mais terrestres, as rãs (mais 
aquáticas) e as pererecas, que apresentam as 
patas traseiras longamente desenvolvidas e tem 
um hábito mais arborícola. 
 
Urodela: Possuem as 4 patas e ainda uma cauda 
desenvolvida. É o caso das salamandras e dos 
tritões. Em algumas espécies de salamandra, a 
larva, chamada de axolote (salamandra 
mexicana), não termina a metamorfose e forma 
um indivíduo sexualmente maduro, mas com 
características larvares. O animal também pode 
ser chamado de axolote e seu processo 
reprodutivo chama-se neotenia. 
 
Gymnophiona: São ápodes e apresentam o 
corpo alongado e ausência de patas. Muitas 
vezes são confundidos com os ofídios (serpentes) 
por sua forma corporal. São conhecidos como 
cobras-cegas (cecílias). 
 
 
 
São os vertebrados totalmente independentes do 
ambiente aquático. Sua pele é impermeável e 
queratinizada, enquanto a dos anfíbios é 
permeável. Assim não há mais a respiração 
cutânea a partir deste grupo ao longo da 
evolução. Este grupo apresenta fecundação 
interna, ovo com casca dura ou mole e o anexo 
embrionário âmnio como características 
relacionadas à conquista do ambiente terrestre. 
Estas duas como sendo novidades evolutivas. 
Possuem cobertura do corpo com escamas ou 
placas dérmicas. 
 
 
 
 
 
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Classificação Répteis 
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Fisiologia 
Sistema Digestório- grande parte das espécies é carnívora, mas existem 
os que comem vegetais, ovos de outros animais, insetos, camundongos e 
aves. Alguns lacertílios são herbívoros assim como os jabutis. Podem 
trocar a dentição ao longo da vida. Quelônios apresentam a boca com 
mandíbula fina e forte e os lacertílios não apresentam dentes, sendo sua 
língua adaptada para alimentação. Serpentes peçonhentas tem dentição 
especializada para a captura de presas. Todos os ofídios são carnívoros. 
 
Sistema Circulatório- Há diferenças consideráveis entre as espécies de 
répteis. O coração da maioria apresenta 3 cavidades num circuito que 
lembra o coração dos anfíbios. Já os crocodilianos apresentam um 
coração com 4 cavidades (2 átrios e 2 ventrículos) sendo uma circulação 
dupla, fechada e completa. Há mistura de sangue em uma estrutura fora 
do coração conhecida pelo nome de Forame de Panizza durante o 
mergulho. 
 
 
 
 
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Fisiologia 
Sistema Respiratório- A partir dos amniotas a respiração é pulmonar em 
todos os representantes, porém, algumas espécies de répteis podem 
apresentar um tipo curioso que chamamos de respiração cloacal. 
Sistema Excretor- Apresentam rins do tipo metanefro e a maioria das 
espécies excreta ácido úrico como resíduo nitrogenado (são uricotélicos). 
Os quelônios são ureotélicos. 
Sistema Nervoso- Possuem 12 pares de nervos cranianos. E o sistema 
nervoso é bem semelhante ao dos outros vertebrados. Porém um pouco 
mais desenvolvido que os anfíbios. 
 Tubarão Sapo 
Crocodilo 
 
 
 
 
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Em sáurios as patas podem ser longas ou curtas, 
fortes ou delgadas; em alguns são reduzidas e há 
até mesmo lagartos ápodos, conhecidos como 
cobras-de-vidro, que vivem no solo e deslocam-
se rastejando. A cauda é usada como estrutura de 
equilíbrio e possui vértebras incompletamente 
ossificadas. Quando aprisionado, as vértebras se 
separam e o animal foge, regenerando 
posteriormente a parte perdida. Esse fenômeno 
chama-se autotomia da cauda e é comum em 
outros répteis. 
 
Em ofídios os órgãos de Jacobson são duas 
pequenas câmaras sensitivas, de função olfativa, 
que se abrem na boca. Os órgãos internos são 
alongados, o pulmão esquerdo é geralmente 
vestigial e os músculos segmentares estendem-se 
por todo o corpo, permitindo os movimentos 
sinuosos. 
 
 
Chelonia- Apresentam carapaça óssea dorsal 
(casco) e outra ventral (plastrão). Apresentam 
uma placa córnea na boca. São conhecidos como 
tartarugas (dulcícolas e marinhas), cágados 
(dulcícolas) e jabutis (terrestres). São animais que 
apresentam uma exceção quanto à excreta 
nitrogenada entre os répteis, a uréia. 
 
Crocodylia- Possuem escamas córneas, que, na 
parte dorsal, estão reforçadas por placas ósseas 
dérmicas. Apresentam o coração com 4 
cavidades bem distintas, contrariando a maioria 
dos répteis. São os jacarés, crocodilos, aligátores 
e gaviais da Índia. No Brasil só há jacarés que 
apresentam o focinho mais largo e arredondado, 
o que contraria o crocodilo e o gavial, com 
focinho mais fino e alongado. Os grandes olhos 
possuem pálpebras e uma membrana nictante 
transparente por baixo delas. 
 
Sphenodonta-rincocéfalos- Uma única espécie 
primitiva atual representa esse grupo 
(Sphenodon punctatus – tuatara) que vive na Nova 
Zelândia. São comparados aos lagartos. 
 
Squamata- Representam a maioria dos répteis. 
Apresentam corpo coberto por escamas e são 
divididos em dois grupos: sáurios (lacertílios- 
lagartos, lagartixas, cama-leão, etc.) e ofídios 
(cobras ou serpentes). As serpentes não 
apresentam o osso esterno, o que lhes permite 
grande movimentação e deslocamento da 
mandíbula. 
 
 
 
 
 
 
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Classificação 
Os répteis foram os primeiros 
vertebrados adaptados à vida em 
locais secos na terra. As adaptações 
mais importantes são: 
 
pele espessa e cornificada, 
protegendo contra o atrito e o 
dessecamento; ao contrário dos 
anfíbios, a pele dos répteis não 
permite trocas gasosas e nem 
apresenta glândulas epiteliais; 
 
garras que protegem as 
extremidades dos dedos e auxiliam 
na locomoção em superfícies ásperas; 
 
órgão copulador para transferência 
direta de espermatozóides para o 
aparelho reprodutor feminino; 
ovos protegidos: a casca rígida 
impede a perda de água, enquanto o 
âmnio, uma câmara interna cheia de 
líquido, protege o embrião do 
dessecamento e de lesões 
mecânicas; 
 
ácido úrico como produto de 
excreção nitrogenada, que, sendo 
menos tóxico, permite economia de 
água ao animal. 
 
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Dentição das cobras 
Áglifa: Não apresentam dente inoculador de veneno, como a sucuri e a 
jibóia. 
 
Opistóglifas: possuem dentes sulcados na parte posterior da maxila 
superior, como nas falsas corais e na cobra-cipó. 
 
Proteróglifas: apresentam um par de presas sulcadas rígidas na parte 
anterior da maxila superior, como nas corais e nas najas. 
 
Solenóglifas: as presas ocas da maxila superior são eréteis e móveis, 
como é o caso das cascavéis, jararacas, urutus e surucucus. Apresentam 
fosseta loreal, uma depressão situada entre a narina e o olho, em cada 
lado da cabeça, que é um órgão termossensível capaz de detectar presas 
de sanguequente e permitir um ataque eficiente mesmo quando a 
visibilidade é pouca. 
 
 
 
 
 
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Dentição das cobras 
 
 
 
 
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 São animais com corpo aerodinâmico 
coberto de penas e membros anteriores 
modificados em asas. Apresentam bico córneo e 
adaptações que auxiliam no vôo, como por 
exemplo: ausência de bexiga e dentes, presença 
de músculos peitorais desenvolvidos, presença 
de ossos com espaços de ar chamados 
pneumáticos e bolsas ligadas ao sistema 
respiratório – os sacos aéreos e esqueleto em 
armação ou gaiola. Há duas formas de vôo, o 
planado e o batido. Um importante exemplo a ser 
citado é o do beija-flor que pode sofrer 50 
contrações por segundo. As aves, assim como 
alguns outros animais, percebem campos 
magnéticos para a migração (fator muito comum 
observado em aves migratórias). Descendem 
dos répteis e são classificadas como um ramo dos 
antigos dinossauros. 
 
Fóssil Archaeopteryx, a mais antiga ave conhecida, com cerca 
de 150 milhões de anos, mostrando caracteres reptilianos, 
como dentes e cauda longa. 
 
A pele das aves é seca e sem glândulas, com 
exceção da glândula uropigiana, situada na 
região da cauda e que produz uma secreção 
oleosa. Com o bico, o animal passa essa secreção 
nas penas, impedindo que elas absorvam água, o 
que diminuiria o isolamento térmico e 
prejudicaria a flutuação nas aves aquáticas. Como 
anexos do tegumento, há as escamas córneas nas 
patas, bico e as garras córneas. 
 
 
Os olhos, grandes e laterais, possuem duas 
pálpebras e uma membrana nictitante. Existe 
uma abertura auditiva atrás de cada olho 
 
Junto com os mamíferos são os únicos animais a 
serem estudados que mantém a temperatura 
corporal sem alterações –homeotérmicas. Assim, 
não dependem do meio para regular sua 
temperatura (endotermia). 
 
Elas possuem um eixo central (ráquis) 
implantado em um folículo da pele e que se 
prolonga por uma base (cálamo). Da ráquis saem 
ramificações (barbas), que emitem 
prolongamentos (bárbulas). Essa organização 
especial é ideal para o vôo. Ocorre uma troca 
gradual de penas, em boa parte das espécies, a 
cada ano. 
 
Embora leve, o esqueleto fornece boa 
sustentação ao corpo, graças a várias soldaduras 
entre os ossos, fenômeno chamado ancilose. 
Assim, forma-se uma armação óssea capaz de 
resistir aos esforços do vôo. 
 
 
 
 
 
 
 
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Aves 
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Sistema Respiratório- A respiração é pulmonar, 
não havendo alvéolos (pulmão não alveolar). Há 
presença de parabrônquios. Os sacos aéreos 
fazem parte deste sistema. Próxima à traquéia 
está a siringe, o órgão do canto das aves. Os 
pulmões são parenquimatosos estão ligados aos 
sacos aéreos. 
 
 
 
Sistema Excretor- Apresentam rins metanefros 
que excretam ácido úrico. As aves apresentam a 
glândula de sal, importante estrutura no 
equilíbrio osmótico desses animais. Não há 
bexiga urinária nas aves. 
 
Sistema Nervoso- Possuem 12 pares de nervos 
cranianos. Sistema nervoso mais organizado que 
o dos répteis. Cerebelo mais funcional 
(equilíbrio). 
 
Reprodução- Existem diferentes formas 
reprodutivas entre as aves. Cada espécie tem 
uma época característica para se reproduzir. Ritos 
nupciais são comuns, freqüentemente realizados 
em um território anteriormente estabelecido. 
Segue-se a construção do ninho e o 
acasalamento. A fecundação é sempre interna, 
realizando-se a cópula por atrito entre cloacas, 
uma vez que o pênis só ocorre em poucas formas, 
como avestruzes, cisnes e patos. Os ovos têm 
muito vitelo e casca calcária dura, necessitando 
de aquecimento ou incubação para o 
crescimento do embrião. O cuidado parental 
após o nascimento do filhote é acentuado. 
 
As penas podem ser divididas em 3 tipos: 
 
 Rêmiges: grandes 
 Rectrizes: da cauda 
 Tectrizes: todo o corpo 
 
 
 
 
Sistema Digestório- O alimento é 
temporariamente armazenado e umedecido no 
grande papo, situado logo após o esôfago. Em 
algumas formas, carrega alimento para os 
filhotes, que captam o material regurgitado ou 
introduzem a cabeça na garganta dos pais. Em 
pombos, o epitélio do papo apresenta duas 
estruturas glandulares, que secretam uma 
substância nutritiva, o "leite de pombo", usado 
para a alimentação dos filhotes. O estômago 
compreende o proventrículo, responsável pela 
secreção de sucos digestivos, e a moela, câmara 
de paredes musculares e espessas, onde ocorre 
a trituração do alimento, com o auxílio de 
fragmentos de cascalho e outras partículas 
ingeridas propositalmente, representando, em 
termos funcionais, o papel de "dentes". A cloaca, 
que se abre para o exterior através do ânus, é a 
câmara em que se misturam fezes, excretas e 
elementos sexuais. Acompanhe a figura abaixo. 
 
 
Sistema Circulatório- O coração das aves é bem 
semelhante ao coração dos mamíferos, sendo o 
arco aórtico ramificando-se para o lado direito. 
Apresenta 4 cavidades num circuito fechado com 
circulação dupla e completa. 
 
 
 
 
 
 
 
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Fisiologia 
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O osso esterno geralmente é bem desenvolvido, 
com uma expansão chamada de quilha (carena), 
na qual está implantada a forte musculatura 
peitoral responsável pelo movimento das asas. 
 
Paleognatas- São as aves que não apresentam o 
esterno em quilha. É achatado como uma base de 
uma jangada – rates. Devido a isso não podem 
voar. Como exemplo no Brasil temos a ema. Há 
também o avestruz, o emu e o kiwi (ave sem asas). 
 
Neognatas- São as aves que apresentam a quilha 
e podem voar perfeitamente. São aves voadoras 
a galinha, o pardal, o beija-flor e a grande maioria 
das aves. Uma exceção curiosa é a do pingüim 
que é uma ave aquática que não voa, mas está 
neste grupo. 
 
 
 
 
Apresentam o corpo coberto (total ou 
parcialmente) por pêlos (formados por queratina) 
e com glândulas sudoríparas, sebáceas e 
mamárias, além das glândulas salivares. A baleia 
e o golfinho não apresentam pêlos, mas como 
uma exceção e uma adaptação à vida aquática (o 
pêlo diminuía velocidade da natação). Nesses 
animais o isolante térmico é a grande camada de 
gordura existente. Apresentam o diafragma 
(músculo respiratório) e sua dentição é 
diferenciada, com dentes incisivos, caninos, pré-
molares e molares. Pode haver garras, unhas, 
chifres, cornos e até cascos em algumas espécies. 
 
Nos outros vertebrados o número de vértebras 
cervicais varia muito, porém, nos mamíferos, esse 
número é 7 na grande maioria das espécies. Há 
uma grande variedade de formas alimentares, 
sendo carnívoros, herbívoros não ruminantes, 
ruminantes, onívoros, dentre outros. 
 
 
 
 
 
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Classificação Mamíferos 
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Sistema Circulatório- Circulação dupla, fechada 
e completa num coração com 4 cavidades 
semelhante ao das aves, sendo o arco da aorta 
ramificando-se para o lado esquerdo. 
 
 
Sistema Respiratório- Ao contrário dos demais 
vertebrados, suas hemácias são anucleadas, 
exceto em camelídeos. No aparelho respiratório, 
há a laringe, contendo cartilagens que 
circundam as cordas vocais, responsáveis pela 
produção de sons. Estes servem como alerta, 
intimidam inimigos, reúnem os membros de um 
grupo nas formas gregárias, atraem parceiros e 
permitem a localização de pais e filhotes.Os 
primatas são os mamíferos com "linguagem" mais 
variada, sendo articulada na espécie humana. Os 
morcegos emitem sons que, ecoando em objetos 
próximos, servem para orientá-los no vôo, além 
de ajudar na captura de presas. Os sons 
produzidos por algumas baleias podem ser 
detectados a quilômetros de distância. 
 
Sistema Excretor- Apresentam rins metanefros, e 
seu produto de excreção é a uréia. Há uma bexiga 
bem desenvolvida. Animais que vivem nos 
desertos excretam uma urina mais concentrada 
que o normal, logo, com maior taxa de produtos 
nitrogenados e sais. 
 
 
 
Sistema Digestório- Na grande maioria não há 
cloaca e os dentes fixam-se em alvéolos 
mandibulares e apresentam forma e função 
relacionadas com o tipo de alimento utilizado. A 
dentição inicial ou "de leite" é posteriormente 
substituída por uma dentição permanente. Em 
alguns animais os dentes crescem 
continuamente. Há glândulas anexas ao sistema 
digestório como o fígado, pâncreas e salivares. 
 
 
 
 
 
 
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Fisiologia 
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Observação! 
O comprimento do intestino dos vertebrados está nitidamente associado 
ao tipo de dieta da espécie. Os ruminantes apresentam um estômago 
maior dentre os herbívoros, apresentando 4 compartimentos: Rúmen 
(pança); retículo (barrete); folhoso (omasso); coagulador (abomasso). 
 
 
 
 
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Sistema Nervoso- Possuem 12 pares de nervos 
cranianos. O encéfalo é o mais desenvolvido dos 
vertebrados. É proporcionalmente maior que o 
de outros grupos de animais, o que está 
relacionado com a grande capacidade de 
coordenação, a aprendizagem e a memória. 
Alguns animais, como os humanos tem alto poder 
de interpretação e raciocínio devido ao alto grau 
de especialização do cérebro. 
 
 
Reprodução- A fecundação é interna e os ovos 
geralmente implantam-se na parede do útero, 
onde tecidos embrionários e maternos 
desenvolvem a placenta, estrutura que garante o 
fornecimento de nutrientes e oxigênio e a 
eliminação de excretas, através da circulação 
sangüínea materna. Entretanto, o ornitorrinco e a 
equidna são ovíparos, e os ovos, semelhantes aos 
dos répteis, são incubados. Em todos os 
mamíferos, o leite é o único alimento dos filhotes 
no início da vida. Contém água, gorduras, lactose, 
albumina e vários sais. As fêmeas passam por um 
ciclo estral periódico, quando ocorrem 
modificações celulares no útero e na vagina, além 
de alterações comportamentais. Este período é 
conhecido por "cio" 
 
Prototheria: são os monotremados, termo que 
se refere à abertura única do sistema digestório, 
urinário e reprodutor (a cloaca). São ovíparos 
(ovos com casca). Não apresentam útero, vagina 
e placenta. Suas glândulas mamárias não 
desembocam em mamas. Ex. ornitorrinco e 
équidna. 
 
Équidna 
 
Methatheria- são vivíparos, mas de placenta 
rudimentar e transitória (dura apenas poucos dias 
antes do filhote nascer). Ao nascer, o filhote 
arrasta-se até o marsúpio, bolsa de pele situada 
no ventre da mãe que contém glândulas 
mamárias, na qual completa seu 
desenvolvimento. Ex. cangurus e coalas 
(Austrália) e gambás e cuícas (América do Sul). 
São os didelfos (fêmeas apresentam duas 
vaginas) 
 
 
Canguru no marsúpio 
 
 
 
 
 
 
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Classificação 
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-Eutheria- compreende a maioria dos mamíferos. 
A placenta é desenvolvida e duradoura. Abaixo 
as diversas ordens de mamíferos eutérios. 
Um proboscídeo 
 
Xenarthra- com dentes desenvolvidos ou sem 
dentes (edentados) e garras desenvolvidas nos 
dedos. Ex. tatu, preguiça e tamanduá. 
 
Lagomorpha- dois pares de incisivos no maxilar 
superior (um par posterior e outro anterior e 
maior) e um par no maxilar inferior (mandíbula). A 
cauda é curta e grossa. Ex. lebre e coelho. 
 
Rodentia- é a ordem de maior número de 
espécies, são herbívoros e possuem dois pares 
de dentes incisivos bem desenvolvidos, um em 
cada maxilar, que crescem continuamente. Daí o 
fato de serem roedores. Ex. rato, cutia, marmota, 
camundongo, porco-espinho, esquilo, castor, 
capivara (maior roedor), lemingue, cobaia, 
chinchila, paca e preá. 
 
Carnivora- possuem caninos bem desenvolvidos 
(adaptados para rasgas a carne) e garras; nos 
aquáticos os membros são achatados e 
funcionam como remos. Embora muitos comam 
apenas carne, há uma alimentação variada nesta 
ordem. Ex. tigre, raposa, hiena, morsa, urso, cão, 
lobo, gato, leão marinho, etc. 
 
Insectivora- apresentam focinho longo e 
pontiagudo; são pequenos e comem 
principalmente insetos. Ex. toupeira, ouriço-
cacheiro e musaranho. 
 
Primates- Possuem adaptações relacionadas á 
vida em árvores: cinco dedos nas mãos (polegar 
oposto) e nos pés, unhas em vez de garras, visão 
bem desenvolvida (esteteroscópica e em cores). 
Além disso, possuem postura ereta ou semi-
ereta, cérebro bem desenvolvido. Em algumas 
espécies há um cuidado parental acentuado, 
como nos humanos. Ex. Lóris, társio, macacos das 
Américas (mico, macaco-aranha) e da Europa 
(babuíno, mandril), antropóides (chimpanzé, 
gorila, gibão, orangotango e humanos). 
 
Chiroptera- são os mamíferos voadores. 
Apresentam os membros anteriores modificados 
em asas. A maioria apresenta hábito alimentar 
frugívoro ou insetívoro, mas alguns são caçadores 
re ratos e rãs. Poucas espécies são hematófagos 
(morcegos-vampiros) e sugam o sangue de 
outros mamíferos, como o gado. 
 
Artiodactyla- herbívoros com número par de 
dedos (2 ou 4) protegido por casco (ungulados). 
Ex. boi, veado, porco, camelo , hipopótamo, 
girafa, cabra, lhama, antílope, carneiro. 
 
Perissodactyla- apresentam número impar de 
dedos (1 ou 3) e casco. Ex. zebra, rinoceronte, 
anta, cavalo. 
 
Cetacea- apresentam membros anteriores 
modificados em nadadeiras; a forma é 
hidrodinâmica, não apresentam membros 
posteriores e possuem nadadeira caudal. A 
narina fica no alto da cabeça e dela sai um 
esguicho de ar quente com vapor d’água; são 
carnívoros ou filtradores de plâncton; a grossa 
camada de gordura protege contra o frio. Ex. 
baleias e golfinhos. 
 
Sirenia- aquáticos e com membros também 
modificados em nadadeiras e posteriores 
ausentes. A cauda é achatada e funciona como 
remo. Ex. peixe-boi, que vive nos rios amazonas. 
 
Proboscidea- mamíferos herbívoros com nariz e 
lábio superior transformados em tromba e dentes 
incisivos superiores bem desenvolvidos (presas). 
Ex. elefante indiano e africano. 
 
 
 
 
 
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Principais ordens de 
eutérios 
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É o ramo da biologia que trata do estudo dos 
sistemas do organismo. Iremos nos basear na 
anatomia, biofísica e bioquímica para 
aprofundarmos os processos, atividades e 
fenômenos característicos que ocorrem nos 
humanos. Assim, entenderemos os processos 
químicos e físicos do nosso corpo como um todo. 
 
É importante ressaltarmos a relação existente 
entre diversos sistemas, como por exemplo, a 
que existe entre o sistema endócrino e nervoso e 
entre o respiratório e circulatório. 
 
As glândulas do corpo humano podem ser 
exócrinas (com seus produtos de secreção sendo 
lançados em um ducto) ou endócrinas (com seus 
produtos de secreção sendo lançados na 
corrente sanguínea). 
 
O sistema endócrino é responsável por liberar 
substâncias na circulação que atuam em diversas 
funções, como crescimento, transporte de 
substâncias, absorção de cálcio, produção do 
leite, estímulo do metabolismo,dentre outras. 
 
Esse mecanismo dá-se por um processo 
chamado retroalimentação (positiva ou 
negativa). 
 
 
 
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Fisiologia 
Humana 
Sistema Endócrino 
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Hipófise (Pituitária): Localizada na base do encéfalo na sela túrcica. Nos 
seres humanos tem o tamanho aproximado de um grão de ervilha e 
possui basicamente duas partes, o lobo anterior (adeno-hipófise) e o 
lobo posterior (neuro-hipófise). 
 
Adenohipófise: Nesta região destacam-se a prolactina, o hormônio do 
crescimento (somatotrofina ou STH - GH), o tireotrófico (TSH), os 
gonadotróficos (FSH e LH) e o adrenocorticotrófico (ACTH). 
Neurohipófise: Esta região da hipófise não produz seus hormônios, que 
são produzidos no hipotálamo. Logo, ela apenas armazena e secreta os 
hormônios vasopressina (ADH ou anti-diurético) e o hormônio 
oxitocina. 
 
Há ainda a hipófise intermediária (lobo mediano) que secreta o hormônio 
MSH – hormônio estimulante dos melanócitos (intermedina) que em 
peixes, anfíbios e répteis tem relação com os cromatóforos que alteram a 
cor da pele. A hipófise localiza-se na sela túrcica, depressão do osso 
esfenóide. 
 
 
 
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Glândula Pineal 
 
Está relacionada aos ciclos circadianos (ritmos 
biológicos) como a atividade sexual e 
reprodutora dentre outras funções. Produz o 
hormônio melatonina com função de regular o 
sono nos humanos. 
 
Timo 
É um órgão linfático com função de maturação 
das células de defesa (linfócitos T). Produz o 
hormônio timosina que auxilia nessa função. 
 
Tireóide: Localiza-se no pescoço, estando 
apoiada sobre as cartilagens da laringe e da 
traquéia. Seus dois hormônios, triiodotironina 
(T3) e tetraiodotironina (tiroxina - T4), aumentam 
a velocidade dos processos de oxidação e de 
liberação de energia nas células do corpo, 
elevando a taxa metabólica e a geração de calor. 
Estimulam ainda a produção de RNA e a síntese 
de proteínas, estando relacionados ao 
crescimento, maturação e desenvolvimento. A 
calcitonina participa do controle da 
concentração sangüínea de cálcio, inibindo a 
remoção do cálcio dos ossos e a saída dele para 
o plasma sangüíneo, estimulando sua 
incorporação pelos ossos. 
 
 
 
 
 
Paratireóides: Secretam o paratormônio (ou 
paratireoidina), que estimula a remoção de cálcio 
da matriz óssea (o qual passa para o plasma 
sangüíneo), a absorção de cálcio dos alimentos 
pelo intestino e a reabsorção de cálcio pelos 
túbulos renais, aumentando a concentração de 
cálcio no sangue. O cálcio circulante será 
importante para a contração muscular e 
coagulação, por exemplo. 
 
Gônadas (ovários e testículos): Os ovários 
produzem a progesterona e o estrogênio, 
ambos com muita influência no ciclo menstrual e 
os testículos produzem a testosterona. 
 
 
 
 
 
 
 
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Órgãos do Sist. Endócrino 
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Adrenais: São duas glândulas localizadas acima dos rins e divididas em 
duas partes independentes – a medula (parte interna) e o córtex (parte 
externa) . Essas duas regiões secretam hormônios completamente 
diferentes e comportam-se como duas glândulas. O córtex secreta três 
tipos de hormônios: os glicocorticóides (cortisol), os 
mineralocorticóides (aldosterona) e os androgênios e a medula secreta 
as catecolaminas (adrenalina ou epinefrina e noradrenalina ou 
norepinefrina) 
 
 
 
 
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Pâncreas (Ihotas Pancreáticas): É uma glândula mista ou anfícrina – 
apresenta determinadas regiões endócrinas e determinadas regiões 
exócrinas (da porção secretora partem dutos que lançam as secreções 
para o interior da cavidade intestinal) ao mesmo tempo. As chamadas 
ilhotas de Langerhans são a porção endócrina, onde estão as células que 
secretam os dois hormônios: insulina (produzida nas células beta) e 
glucagon (produzido nas células alfa), que atuam no metabolismo da 
glicose. 
 
 
 
Alguns hormônios podem ter efeito diabetogênico (atuando no 
aumento da glicemia sanguínea). 
É o caso do hormônio cortisol, da somatotrofina, do glucagon, dentre 
outros. 
Nesta função esses hormônios são antagônicos da insulina. 
 
 
 
 
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Origem do sistema nervoso: 
 
 
Tem por função receber, associar, armazenar ou 
emitir informações garantindo assim a 
homeostase e neurossecreção. É dividido 
didaticamente em dois, o Sistema Nervoso 
Central, destacando o hipotálamo, cérebro, 
cerebelo, ponte e bulbo; e o Sistema Nervoso 
Periférico, formado por gânglios nervosos e 
nervos, sendo 12 pares de nervos cranianos e 31 
pares de nervos raquidianos. Os tipos celulares 
são os neurônios e as células glia, que 
compõem o tecido nervoso. Observe a divisão 
básica. 
 
 
 
 
 
 
 
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Sistema Nervoso 
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A caixa craniana protege o encéfalo assim como 
a espinha dorsal protege a medula espinhal. 
Todo o sistema nervos é protegido por três 
membranas chamadas meninges (dura-máter – 
mais externa, aracnóide – mediana e pia-máter – 
mais interna). Nas meninges também há o líquido 
cefalorraquidiano ou líquor que protege o 
sistema de impactos. A análise desse líquido 
permite saber se há ou não meningite. 
 
Encéfalo 
É formado por cinco vesículas. A primeira e maior 
delas (telencéfalo) é o cérebro, a quarta 
(metencéfalo) é o cerebelo e a quinta 
(mielencéfalo) é o bulbo, do qual parte a medula 
espinhal protegida pelas vértebras. O cérebro e 
o cerebelo, ao longo do desenvolvimento, 
crescem muito e recobrem as outras vesículas. 
 
Cérebro- Substância cinzenta – córtex; 
Substância branca – central. É responsável pelo 
controle sensorial (audição e visão, por exemplo) 
e motor (movimentos do corpo e fala), 
inteligência e memória. 
Cerebelo- massa cinzenta também externa. 
Coordena as atividades motoras evitando 
sobrecarga do cérebro. Também atua no 
equilíbrio e tônus muscular. 
Ponte- Ligação entre o cérebro e o cerebelo 
Bulbo- Atua no controle dos movimentos 
cardiorrespiratórios 
 
 
 
 
 
 
Medula Espinhal 
Apresenta a massa cinzenta na região central, 
onde encontramos os corpos celulares dos 
neurônios (massa branca = periférica). Ao longo 
da medula, partem os 31 pares de nervos 
espinhais, que se ramificam lateralmente no 
corpo e estão ligados a duas cadeias de gânglios 
nervosos. 
 
 
 
 
Gânglios- Formados por corpos celulares de 
neurônios concentrados. 
Nervos- Formados basicamente por axônios, 
dendritos ou ambos. São divididos em 3 tipos. 
 Nervos sensoriais- São formados por 
dendritos que levam o impulso nervoso 
aos centros nervosos. 
 Nervos motores- Formados por axônios 
que levam o impulso dos centros para os 
órgãos efetuadores (músculos e 
glândulas). 
 Nervos mistos- Formados por feixes 
sensoriais e motores. 
 
 
 
 
 
 
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Sistema Nervoso Central 
Sistema Nervoso Periférico 
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Sistema Nervoso Autônomo (SNA) 
Todos os órgãos viscerais têm uma regulação autônoma, independente 
de um controle voluntário. Respiração e movimentos peristálticos, por 
exemplo, não dependem do sistema nervosovoluntário. São controlados 
pelo SNA. Os nervos e os gânglios do SNA estão reunidos em dois 
grupos: 
 
SNA simpático- formado por uma cadeia de gânglios situados dos dois 
lados da medula, ao longo das regiões torácica e lombar. Seu mediador 
químico (neurotransmissor) é a adrenalina/noradrenalina (fibras 
nervosas adrenérgicas). 
 
SNA parassimpático-parte do cérebro e da região sacra da medula. Suas 
fibras são longas (pré-ganglionares) chegam aos gânglios 
parassimpáticos que estão nas paredes dos órgãos viscerais. Seu 
neurotransmissor é a acetilcolina (fibras coligérgicas). 
 
 
 
 
 
 
 
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Reflexo 
 É um ato involuntário e rápido que visa uma proteção ou 
adaptação do organismo quando recebemos um estímulo periférico. 
Ocorre por estimulação física ou química e depende de uma série de 
estruturas para que se efetive a reação ou ação reflexa. Essas estruturas 
constituem o arco reflexo simples (que é o trajeto percorrido pelo 
impulso nervoso), são elas: 
 
- Receptores na pele, mucosas, tendões e músculos 
- Nervo aferente ou sensitivo, que leva o impulso nervoso até um centro 
nervoso 
- Centro nervoso, coordenador, que pode ser o encéfalo ou a medula 
espinhal 
- nervo eferente ou motor, que leva o impulso nervoso para um órgão 
efetuador 
- órgão efetuador, glândula ou músculo, que reage, caracterizando o ato 
ou ação reflexa (que é a resposta) 
 
 
Os principais neurotransmissores são Dopamina, Acetilcolina, 
Noradrenalina, , Endorfina, GABA e Serotonina 
 
 
 
 
 
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Aparelho sensorial 
 Para que os processos de recepção a estímulos externos ocorram, 
necessitamos de receptores sensoriais, estruturas que têm a função de 
receber um estímulo e transformá-lo em impulso nervoso, que é 
processado nos centros nervosos cerebrais. Informado sobre as 
alterações do seu interior e as do ambiente, o corpo inicia as reações de 
adaptação às novas condições. Formados por receptores sensoriais 
(neurônios ou células modificadas). 
Tipos 
 Exteroreceptores e interoceptores 
Ocorre abertura e fechamento de canais iônicos 
São eles: 
 Mecanorreceptores: Pressão 
 Quimiorreceptores: Substâncias químicas 
 Fotorreceptores: Visão 
 Termorreceptores: Temperatura 
 Eletrorreceptores: Sinais elétricos 
 
 
 
 
 
 
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Visão 
Para atingir a retina, o feixe de luz inicia o trajeto pela córnea. Logo 
atrás da pupila está o cristalino, que é uma lente bixonvexa que torna o 
feixe de luz convergente, permitindo a formação da imagem na retina. Na 
retina existem os cones (responsáveis pela visão em cores) e os 
bastonetes (responsáveis pela visão na escuridão). Assim, a luz atravessa 
esse sistema de lentes até chegar à retina. 
 
 
 
 
 
 
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Visão – Defeito de focalização 
 
OBS: Outros defeitos relacionados à visão são presbiopia (vista cansada), 
glaucoma (aumento da pressão), conjutivites (irritações ou inflamações da 
conjuntiva), tracoma (infecção grave na conjuntiva) e catarata (perda da 
transparência do cristalino). 
Audição 
Audição(orelha = fonorrecepção e equilíbrio)- As orelhas são 
mecanorreceptoras, pois percebem ondas sonoras que provocam 
deformações em suas estruturas. Apresenta três regiões: 
 
 Orelha externa- Pavilhão auditivo e meato acústico 
 Orelha média- Tímpano, tuba auditiva e ossículos (martelo, 
bigorna e estribo) 
 Orelha interna- Canais semicirculares e cóclea 
 
 
 
 
 
 
 
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A captação do som 
 
O equilíbrio 
O labirinto é uma região importante na orelha interna. Formado por 
uma câmara, o vestíbulo, ligada a três canais semicirculares. Na base de 
cada canal há uma dilatação, a ampola, e internamente a ela, grupos de 
neurônios, os neuromastos, semelhantes aos da linha lateral dos peixes. 
O labirinto é preenchido pela endolinfa, onde ficam dispersos grânulos 
de carbonato de cálcio, os otólitos, que são responsáveis pela 
estimulação dos neuromastos quando há uma corrente ou deslocamento 
de endolinfa. O ramo vestibular do nervo auditivo leva ao cérebro os 
impulsos nervosos que nos dão a percepção dos movimentos e da nossa 
posição em relação à força de gravidade possibilitando o equilíbrio e a 
postura. 
 
 
 
 
 
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Olfato 
Para sentirmos o cheiro dos alimentos e das partículas presentes no ar 
devemos ter os seguintes eventos: 
 
1- As moléculas odofíferas penetram na cavidade nasal 
2- Os pêlos olfatórios possuem receptores para tipos específicos 
de moléculas odofíferas 
3- Os potenciais de ação produzidos pela ligação entre as 
moléculas odofíferas e os receptores são transmitidos pelas células 
olfatórias até o bulbo olfatório 
4- Os interneurônios no bulbo olfatório integram a informação 
oriunda das células olfatórias 
 
 
 
 
 
 
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Paladar 
 O gosto relaciona-se à percepção de soluções que entram em 
contato com as células sensoriais, de forma semelhante ao que ocorre 
com o olfato. Na língua, a células sensoriais que são estimuladas pelas 
substâncias que entram na boca, o que gera um impulso nervoso. De 
cada botão gustativo sai uma fibra nervosa, que é um ramo de um nervo 
craniano e, assim, o impulso nervoso chega ao cérebro, onde temos a 
consciência do gosto. 
 
 
 
 
 
 
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Tem por função tornar as macromoléculas, 
retiradas dos alimentos, em compostos 
aproveitáveis pelas células. Para tal processo são 
necessários dois mecanismos: digestão 
mecânica (mastigação, deglutição e o 
peristaltismo exercido pelo sistema nervoso 
autônomo) e digestão química (processos 
enzimáticos exercidos pela produção da saliva- 
na boca; quimificação – processo estomacal e 
quilificação – processo intestinal). 
 Para que ocorram todos os processos 
digestivos perfeitamente são necessárias diversas 
enzimas, hormônios, sais e diversas outras 
substâncias produzidas pelos órgãos do tubo 
digestivo. O pH ideal para cada enzima difere em 
cada região. A amilase salivar atua em pH neutro 
(6,8-7,0), a pepsina atua em pH ácido (2,0) e as 
enzimas que atuam do intestino em pH alcalino 
(8,0). A digestão inicia na boca com ação da 
amilase salivar e, após a deglutição, segue a 
digestão no estômago e intestino com auxílio do 
pâncreas e do fígado. 
 Quanto aos nutrientes, existem os 
plásticos (ricos em proteínas – ovos, carnes, soja, 
feijão) e os energéticos (ricos em glicídios – mel, 
caldo-de-cana e lipídios – toucinho e carnes 
gordas). 
 
 
 
O tubo digestivo 
 
 
 
 
 
 
 
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Sistema Digestório 
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Observe os órgãos com suas principais enzimas digestivas 
 
 
 
Além da pepsina o suco gástrico contém também uma lipase fraca e 
renina, que coagula a proteína do leite (caseína), facilitando suadigestão. O HCl estomacal também tem função anti-séptica, pois evita 
putrefações causadas por bactérias ingeridas junto aos alimentos. Além 
disso, catalisa a conversão do pepsinogênio (inativo), produzido pelas 
glândulas da mucosa gástrica, em pepsina, e mantém um pH ótimo para 
essa enzima. 
 
No duodeno desembocam os canais do pâncreas e do fígado (colédoco). 
O suco pancreático é rico em bicarbonato de sódio, que neutraliza a 
acidez do quimo, elevando o pH para perto de 8.0, valor ótimo para a 
ação das enzimas pancreáticas amilase, lipase e tripsinogênio. Este último 
é convertido em tripsina para ação da enteroquinase produzida na 
mucosa duodenal. Ao longo do intestino delgado ocorrem etapas finais 
do desdobramento das substâncias pela ação do suco entérico, que 
contém várias glucidases (lactase, maltase, sacarase) além das lipases e 
peptidases. Lembre que no duodeno existem as microvilosidades que 
aumentam a superfície de absorção dos alimentos. 
 
 
 
 
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Formado por dois rins, dois ureteres, bexiga e 
uretra. Apresenta um grande papel na 
manutenção de uma composição relativamente 
estável dos fluidos orgânicos. As principais 
funções são a eliminação de substâncias tóxicas 
resultantes do metabolismo das proteínas, 
especialmente a amônia, a uréia e o ácido úrico; 
eliminação de substâncias estranhas (como 
drogas, por exemplo); manutenção do equilíbrio 
hidrossalino (osmorregulação); regulação do 
volume sanguíneo; manutenção do equilíbrio 
ácido-básico, mantendo um pH por volta de 7,4 
nos fluidos orgânicos. 
 
Os rins são órgãos pares e são protegidos 
externamente por uma resistente cápsula de 
tecido conjuntivo fibroso. Internamente podemos 
dividir o rim em uma zona cortical (córtex-
periferia) e uma zona medular (centro). Suas 
unidades excretoras, na realidade microfiltros, 
são os néfrons (cerca de 1 milhão em cada rim). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É um processo de filtração-reabsorção seletiva 
(nem todas as substâncias filtradas são 
reabsorvidas), integrado com mecanismos 
reguladores neurormonais. 
 
Filtração 
O capilar de entrada no glomérulo apresenta alta 
pressão arterial, tornando eficiente a filtragem do 
plasma. O líquido filtrado (filtrado glomerular) 
contém água, sais, glicose, aminoácidos, 
vitaminas, uréia, etc. As proteínas, pelo grande 
peso molecular, não atravessam o endotélio 
capilar e o epitélio pavimentoso, portanto sua 
presença na urina indica lesões nos rins (nefrites). 
 
Reabsorção 
Ao longo dos túbulos do néfron, ocorre 
reabsorção de algumas substâncias que saem do 
capilar glomerular. Algumas delas são 
reabsorvidas por transporte ativo (glicose, 
aminoácidos, sódio e outros íons - eletrólitos), 
outras são arrastadas passivamente (osmose - 
água). Existe ainda o processo de secreção ativa 
(excreção ativa), feita do plasma para o interior 
dos túbulos distais, eliminando o íon H+, que 
deixa a urina ácida. 
 
 
 
 
 
 
 
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Sistema Excretor 
Formação da Urina 
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Reabsorção 
Ao longo dos túbulos do néfron, ocorre 
reabsorção de algumas substâncias que saem do 
capilar glomerular. Algumas delas são 
reabsorvidas por transporte ativo (glicose, 
aminoácidos, sódio e outros íons - eletrólitos), 
outras são arrastadas passivamente (osmose - 
água). Existe ainda o processo de secreção ativa 
(excreção ativa), feita do plasma para o interior 
dos túbulos distais, eliminando o íon H+, que 
deixa a urina ácida. 
 
A urina apresenta 95% de água e 5% de 
substâncias orgânicas e inorgânicas dissolvidas. 
Em 1 litro de urina, cerca de 25g são de uréia, o 
restante são basicamente sais (9g de NaCl), 
creatinina, ácido úrico e amônia. Ela apresenta 
coloração amarelada pois há uma substância 
chamada urobilina, originada principalmente da 
degradação de hemoglobina de hemáceas 
velhas. Isso ocorre no baço e fígado que excretam 
bilirrubina para o sangue (produto da 
degradação da hemoglobina). A bilirrubina é 
extraída do sangue pelo fígado e excretada na 
bile. A bile é lançada no duodeno e bactérias 
intestinais transformam a bilirrubina em 
urobilinogênio, que permanece em 80% no 
intestino sendo oxidada e originando a 
estercobilina (cor marrom das fezes). Cerca de 
20% do urobilinogênio presente no intestino é 
reabsorvido pelas células intestinais e lançado no 
sangue. O fígado capta esse urobilinogênio, mas 
uma parte escapa e é absorvida pelos rins, 
lançada na urina e oxidada formando a urobilina. 
 
 
 
 
 
 
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Regulação hormonal e Sistema Renina-
Angiotensina-Aldosterona 
 
 
Formação da uréia (ureogênese) 
 
 
 
 
 
 
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Observe a integração do sistema circulatório e a 
anatomia básica do coração humano. 
 
 
 
 A contração (sístole) do miocárdio 
determina uma pressão no sistema arterial ligado 
aos ventrículos. Essa pressão arterial é medida no 
momento da sístole (pressão sistólica) e é de 
aproximadamente 120 mmHg e cai para cerca de 
80 mmHg no momento do relaxamento (diástole-
pressão diastólica). O número de contrações por 
minuto é chamado de freqüência cardíaca e a 
quantidade de sangue que metade do coração 
(um ventrículo) pode bombear em 1 minuto é 
chamado de débito cardíaco. 
 
É responsável, principalmente, pelo transporte 
de substâncias. Participa ativamente da 
distribuição de calor, hormônios, regulação 
osmótica, defesa, transporte de gases 
respiratórios e toxinas que serão eliminadas pelo 
organismo, dentre outras funções. 
O sistema circulatório humano apresenta artérias 
(que partem do coração para o corpo e suportam 
mais pressão) e veias (que chegam no coração 
trazendo sangue dos órgãos e suportam menos 
pressão). As artérias se ramificam em arteríolas e 
os capilares unem-se constituindo vênulas que 
encontram as veias. A parede dos capilares é 
muito fina, formada por epitélio simples 
pavimentoso (endotélio). Através dele ocorre 
contínua troca de substâncias por difusão, entre o 
plasma e os líquidos intercelulares. 
 
 
 
= 
 
 
 
 
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Sistema Circulatório 
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Atenção! 
 
 
Circulação completa 
 
A grande circulação (sistêmica): 
VE – aorta – tecidos – veias cava – AD 
A pequena circulação (pulmonar): 
VD – artéria pulmonar – pulmões – veias pulmonares – AE 
Legenda: V= ventrículo; A= átrio; D= direito; E= 
 
 
 
 
 
 
 
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O controle nervoso sobre o coração – 
Marcapasso (nodo sinoatrial) e nodo 
atrioventricular 
A frequência dos batimentos cardíacos é controlada por uma região 
especial do coração denominada marcapasso, ou nó sinoatrial. Este é 
um aglomerado de células musculares especializadas, localizado perto da 
junção entre o átrio direito e a veia cava superior. Aproximadamente a 
cada segundo, as células do marca-passo emitem um sinal elétrico que se 
propaga diretamente para a musculatura dos átrios, provocando sua 
contração (sístole).Outra região é o nó atrioventricular, que distribui o 
sinal gerado pelo marcapasso, estimulando a musculatura dos ventrículos 
a entrar em sístole. OBS: Eletrodos colocados sobre a pele captam os 
sinais elétricos que coordenam os batimentos cardíacos, assim podemos 
registrar esses sinais na forma de um gráfico conhecido como 
eletrocardiograma. 
 
OBS: O hormônio ou peptídio natriurético atrial atua regulando a 
pressão sanguínea com ação renal. 
Ele promove a vasodilatação da arteríola aferente, vasoconstrição 
da arteríola eferente e, consequentemente a diurese. Isso promove 
a diminuição da pressão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sistema Linfático 
 
É um sistema paralelo ao circulatório e é formado por uma série de vasos 
linfáticos (parecidos com as veias), que se distribuem por todo o corpo e 
recolhem o líquido tissular que não retornou aos capilares sangüíneos, 
filtrando-o e reconduzindo-o à circulação sangüínea. O sistema é formado 
pela linfa, vasos e órgãos linfáticos. 
 
Os capilares linfáticos estão presentes em quase todos os tecidos do 
corpo. Capilares mais finos vão se unindo em vasos linfáticos maiores, que 
terminam em dois grandes dutos principais: o duto torácico (recebe a 
linfa procedente da parte inferior do corpo, do lado esquerdo da cabeça, 
do braço esquerdo e de partes do tórax) e o duto linfático (recebe a linfa 
procedente do lado direito da cabeça, do braço direito e de parte do 
tórax), que desembocam em veias próximas ao coração. 
 
A linfa é o líquido que circula nos vasos. Sua composição é semelhante à 
do sangue, mas não possui hemácias, apesar de conter glóbulos brancos 
sendo a maioria linfócitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os movimentos respiratórios são controlados 
pelo “bulbo”. Para equilíbrio do pH, uma 
elevação da concentração de gás carbônico, 
diminuição da concentração de oxigênio e 
excesso de íons H+ no sangue (acidez) estimulam 
o bulbo. Já uma diminuição de gás carbônico, 
aumento da concentração de oxigênio e 
diminuição de íons H+ (alcalose) inibem o bulbo. 
 
Os movimentos respiratórios 
 
 
 A maior parte de oxigênio é transportada 
pela hemoglobina (oxiemoglobina) e o gás 
carbônico é transportado em sua maior parte na 
forma de bicarbonato, em parte pela 
hemoglobina (carboemoglobina) e uma pequena 
porção dissolvida no plasma. Pode formar-se a 
carboxiemoglobina na presença de CO 
(monóxido de carbono) que apresenta uma 
ligação estável com a hemoglobina. 
 
Principais fenômenos nos movimentos: 
Inspiração: Contração dos músculos intercostais 
e diafragma, diafragma desce; expande a caixa 
torácica. 
 
Expiração: Relaxamentos dos músculos, 
diafragma sobe, retrai a caixa torácica. 
 
Constituído por um conjunto de canais, cujas 
últimas e finas ramificações, os bronquíolos, 
terminam em câmaras microscópicas, os alvéolos. 
Existem milhões deles e são responsáveis pelas 
trocas gasosas (hematose). 
Os pulmões são dois sacos infláveis, protegidos 
por pleuras. No inferior dos pulmões há o 
diafragma que separa o tórax do abdome. 
 
O objetivo geral do sistema é expulsar o gás 
carbônico proveniente da respiração celular e 
captar o oxigênio para que haja total degradação 
da glicose no meio intracelular. No ar a pressão 
parcial do oxigênio (PO2) é de 160 mmHg e a 
pressão parcial do gás carbônico (PCO2) é 
desprezível: apenas 0,2 mmHg. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sistema Respiratório 
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Transporte de CO2 
 
O CO2 pode ser transportado de 3 formas diferentes: 
 -CO2 livre no plasma; 
 -Junto à hemoglobina (como carboemoglobina); 
 -Como HCO3- (bicarbonato) – maior parte do CO2 que sai de uma 
célula é conduzido dessa forma. Na imagem a seguir, podemos 
ver esse processo desde à saída de uma célula até a chegada no 
alvéolo pulmonar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Nos três últimos séculos, pensadores e cientistas 
têm se empenhado em desenvolver um sistema 
eficiente para organizar e compreender a 
diversidade de formas de vida. 
 
Esse sistema é a classificação biológica, ou 
taxonomia, que distribui os seres vivos em 
grupos hierárquicos denominados táxons, com 
grupos “menores” incluídos em grupos mais 
abrangentes, como por exemplo, a classe Insecta 
incluída dentro do filo Arthropoda. Assim, táxon é 
qualquer agrupamento de organismos com base 
em semelhanças: pode ser uma espécie ou um 
agrupamento de espécies. 
 
Na taxonomia tradicional, o grande conjunto de 
seres vivos divide-se em diversos reinos (a mais 
abrangente). O maior número de espécies 
descritas é pertencente ao reino Animalia. 
 
 
 
 
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Classificação 
dos Seres Vivos 
Breve História da 
Classificação dos Seres 
Vivos Sistemática - é o estudo da 
diversidade, descrição dos 
organismos, incluindo a sua 
filogenia 
Taxonomia - é o estudo da 
classificação, incluindo nomes, 
normas e princípios 
Classificação - ordenação dos seres 
vivos em grupos, com base em 
parentesco, semelhança 
morfológica, entre outros, e sua 
hierarquização. 
! 
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OBS: Para Lineu, o número de espécies na 
natureza era fixo e havia sido determinado por 
Deus no momento da criação (Fixismo). 
 
Hoje, muito se usa o sistema de classificação de 
Whittaker, elaborado em 1969, no qual os seres 
vivos foram divididos em cinco reinos: reino 
Monera, Protista, Fungi, Animal e Vegetal. Nessa 
classificação, são adotados critérios de 
organização celular (procarionte e eucarionte) e 
modos de alimentação, como ingestão nos 
animais e absorção de nutrientes pelos fungos. A 
idéia é que as formas mais simples de 
organização seriam os ancestrais das formas mais 
organizadas, como Protista, Fungi, Animal e 
Vegetal. 
 
Viveu entre 384 e 323 a.C. e foi o pioneiro em 
classificar os seres vivos. Um dos seus trabalhos 
foi demonstrar a importância da organização 
corporal dos animais como critério de 
classificação para dividi-los em grupos. Essa idéia 
foi retomada por Lineu mais de 2 mil anos depois. 
Para ele, baleias e golfinhos, apesar de viverem 
no mesmo ambiente dos peixes, diferiam 
notadamente destes na organização de seus 
corpos, nisso assemelhando-se aos mamíferos, 
junto aos quais deveriam ser classificados. Logo 
depois de Aristóteles, houve um importante 
progresso nesse aspecto, onde os estudiosos 
começaram a pensar em sistemas que 
agrupassem os seres vivos de acordo com as suas 
características corporais e até funções orgânicas. 
Surgiam, então, os sistemas naturais de 
classificação, diferenciando-se dos muitos 
sistemas artificiais (e superficiais) antes usados. 
Tais sistemas trouxeram duas importantes 
vantagens: 
 - primeiro, o fato de os organismos serem 
separados em grupos com base em 
múltiplas características assegura que 
fiquem reunidos seres realmente 
semelhantes, satisfazendo os objetos de 
classificação; 
 - segundo, realiza-se a divisão dos 
organismos com base em seu parentesco 
evolutivo, refletindo a filogenia, que é a 
história evolutiva de um grupo. 
 Carlos Linnaeus, ou simplesmente Lineu 
(1707 – 1778) já citado antes, foi um dos primeiros 
pesquisadores a propor um sistema de 
classificaçãonatural. Em 1758, no seu Systema 
Naturae, dividiu os animais conhecidos em 
mamíferos, aves, anfíbios (incluíram os répteis), 
peixes, insetos e vermes (que incluíam todos os 
outros invertebrados), subdividindo cada grupo 
até as espécies. Propôs também regras para a 
nomenclatura dos seres vivos com o uso de 
palavras latinas. Lineu viveu antes de Darwin e, 
portanto, antes do estabelecimento da Teoria da 
Evolução. 
 
 
 
 
 
 
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Classificação de Aristóteles 
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As diferentes classificações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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As diferentes classificações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os grandes domínios e o sistema de 6 reinos 
 
As formas de classificação também são conhecidas como escolas de 
classificação e são divididas em FILÉTICA e FENÉTICA, conforme 
abaixo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Este tipo de classificação tem um objetivo prático, 
o de permitir a identificação rápida de um 
organismo, sem se preocupar com as relações de 
parentesco entre ele e outros. Por este motivo, 
privilegia os caracteres diretamente observáveis 
ou morfológicos, numa informação primária de 
características fenotípicas (características que 
podem ser pesadas, medidas, numerados, etc.). 
O taxonomista deve, portanto, primeiro 
descrever o organismo, recorrendo ao máximo 
de características que puder. 
 
Este tipo de classificação não considera o tempo 
pois as características morfológicas variam ao 
longo da evolução das espécies – classificação 
estática ou horizontal. 
 
Um exemplo desta visão são as chaves 
dicotômicas, que podem ser representadas por 
dendogramas, onde as linhas não relacionam a 
separação dos diversos ramos com o tempo em 
que ocorreram, podendo mesmo ser 
representados todas com o mesmo comprimento 
 
 
 
Esta escola de classificação atribui maior valor ás 
relações evolutivas, sobressaindo a importância 
da filogenia e deixando para segundo plano o 
aspecto morfológico. As características utilizadas 
neste tipo de classificação são separadas em dois 
grupos: primitivas ou ancestrais (partilhadas por 
um grupo de seres devido ao fato de partilharem 
um ancestral comum) e derivadas (presentes 
apenas em certas linhagens, revelando 
separação num novo ramo). Este é um sistema 
vertical pois considera o fator tempo, é um 
sistema dinâmico. A representação deste modo 
de pensar é o cladograma (usado muito em 
conteúdos que envolvam evolução dos seres), 
ilusoriamente semelhante ao dendograma, mas 
onde se podem determinar os pontos de 
divergência entre as espécies, o que quer dizer 
que os traços são proporcionais ao tempo 
decorrido entre cada separação. 
 
Os cladogramas revelam por vezes surpresas 
taxonômicas, como a maior proximidade dos 
crocodilos e das aves. No entanto, quando 
surgem estes “conflitos”, estes são resolvidos 
subjetivamente, dando-se prioridade a algumas 
das características que foram usadas na 
classificação. Por este motivo, muitas 
classificações fenéticas que não estão de acordo 
com as relações filogenéticas continuam a ser 
utilizadas; 
 
 
 
 
 
 
 
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Classificação Fenética Classificação Filética 
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As diferentes classificações 
Há também a forma de classificação evolutiva clássica, segundo esta 
escola, anterior às restantes, tenta-se conciliar critérios fenéticos e 
cladísticos. Os taxonomistas clássicos “pesam” os caracteres que 
determinam os pontos de ramificação das árvores filogenéticas, por 
exemplo, a inovação evolutiva (exploração de um novo meio principal) 
tem grande importância neste tipo de classificação. 
 
 
 
 
 
 
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Entre o nível de espécie e o nível de reino, Lineu 
e outros taxonomistas acrescentaram várias 
categorias ao longo dos anos. Assim, duas ou 
mais espécies que tenham um certo número de 
caracteres comuns constituem um gênero. 
Basicamente, podemos classificar os seres vivos 
conforme as sete categorias taxonômicas básicas 
em ordem, conforme abaixo: 
 
“REINO-FILO-CLASSE-ORDEM-FAMÍLIA-
GÊNERO-ESPÉCIE” 
 
Ao escrevermos os nomes científicos dos seres 
vivos, devemos seguir algumas regras básicas 
como forma de uma universalização. Assim, na 
África o leão é chamado cientificamente de 
Panthera leo. Da mesma forma é na America do 
Sul e nos outros continentes. Abaixo as principais 
regras de nomenclatura biológica: 
 
 
 
 
 
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Regras de nomenclatura 
A nomenclatura deve ser binominal, 
composto por duas palavras. A 
primeira refere-se ao epíteto genérico 
(gênero) e a segunda ao epíteto 
específico (espécie). Os dois nomes 
juntos formam a espécie que se 
deseja indicar. Ex: Araucaria 
angustifólia; Ancylostoma duodenale; 
Homo sapiens 
O epíteto genérico é sempre um 
substantivo e o epíteto específico, 
geralmente, é um adjetivo que 
qualifica o gênero. 
 
1 
Os nomes científicos devem ser 
escritos em latim (ou latinizados), 
destacados de texto (negrito, 
sublinhado ou itálico), sendo a 
primeira letra do nome do gênero 
escrita em maiúscula e a da espécie 
em minúscula. 
 
2 
Quando existe subespécie, o nome 
que a designa deve ser escrito depois 
do nome da espécie, sempre com 
inicial minúscula. Ex: Rhea americana 
alba (ema branca). 
 
3 
Quando existe subgênero, o nome 
que o designa deve ser escrito depois 
do nome do gênero, entre parênteses 
e com inicial maiúscula. Exemplo: 
Anopheles (Nyssorhinchus) darlingi 
(mosquito-prego, transmissor da 
malária). 
 
4 
O nome da família, para animais, é 
feito pela adição da terminação –
IDAE ao radical correspondente ao 
nome do gênero-tipo (aquele mais 
característico da família). Para 
subfamília a terminação usada é –
INAE e para superfamília é –OIDEA. 
Ex: cão = gênero Canis, família 
Canidae; cascavel = gênero Crotalus, 
subfamília Crotalinae; lombriga = 
gênero Ascaris, superfamília 
Ascaroidea. Entre vegetais, no 
entanto, os nomes das famílias 
costumam apresentar a terminação –
ACEAE. Exemplos: palmeira e 
coqueiro = família Palmaceae; 
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 Reprodução por montagem 
 Quando fora da célula hospedeira recebe 
o nome de Vírion. 
 Na reprodução, qualquer modificação no 
DNA ou no RNA provoca uma mutação, 
gerando novos tipos de vírus. 
 Podem apresentar envelope lipídico 
(herpes vírus) ou não (parvovírus) 
 
 
 
 
 
Características gerais: 
 Parasitas intracelulares obrigatórios e 
acelulares 
 Agentes Pequenos (filtráveis) 
 Usam a maquinaria de síntese da célula 
hospedeira 
 Possuem RNA(podendo ser retrovírus ou 
não) ou DNA (Adenovírus) como ácido 
nucléico que serão introduzidos na célula 
hospedeira. 
 
 
 
 
 
 
 
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Vírus 
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Lítico: Há rompimento e liberação de novos vírus. 
 
O ciclo lítico de um vírus compreende 4 etapas:6 
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Ciclo reprodutivo 
Etapas ciclo lítico 
 
Adsorção- Encaixe do vírus na 
membrana da célula hospedeira; 
Penetração- Entrada do vírus na 
célula hospedeira. Pode ser de 3 
formas básicas (fusão do envelope 
viral, endocitose ou injeção do 
material genético – imagem do 
bacteriófago ao lado); 
Eclipese- Etapa mais longa, onde há 
toda a atividade de produção de 
moléculas para criação de novos 
vírus; 
Liberação- Onde os novos vírus 
montados são eliminados da célula 
 
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Lisogênico: Não há rompimento da célula 
hospedeira. 
 
 
Citomegalovírus (CMV)- é um vírus híbrido 
(apresenta DNA + RNA) que se enquadra entre os 
vários tipos de Herpesvírus patogênicos para o 
homem. A infecção congênita por CMV é uma 
causa freqüente de perda auditiva bilateral 
permanente. 
 
HIV – Vírus causador da AIDS (síndrome da 
imunodeficiência adquirida) 
 
 
 
 
 
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Vírus importantes 
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Doenças Virais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA 
MODO DE 
CONTÁGIO 
COMENTÁRIOS 
GERAIS 
 
 
Poliomielite 
(“Paralisia infantil”) 
Provavelmente gotículas 
de saliva de 
contaminados ou contato 
com água ou alimentos 
contaminados por fezes 
de doentes. 
A doença afeta o sistema nervoso e 
muscular. Pode haver casos leves e 
até paralisia severa. Há vacina Sabin 
(vírus atenuado) e Salk (vírus 
inativado) 
 
 
Raiva 
(Hidrofobia) 
Mordedura de animal 
infectado, principalmente 
cachorros. 
Há alterações respiratórias, 
taquicardia e a doença afeta o 
sistema nervoso central. Existem 
soro e vacina antirrábicos que 
devem ser aplicados rapidamente 
após a contaminação. Também 
deve-se vacinar os cães. 
 
 
Hepatite 
(A,B,C,D,E) 
 
 
Podem ser transmitidas 
de forma fecal-oral, por 
contato sanguíneo ou 
objetos contaminados 
(seringa, objetos 
cortantes) 
O vírus afeta o fígado. Para as 
formas fecal-oral devemos ter 
saneamento básico e para as formas 
sexualmente transmissíveis 
devemos usar preservativos e evitar 
contato sanguíneo. Há vacina para 
hepatite B. 
 
 
Gripe 
Causada por uma 
variedade do 
Influenzavirus e 
transmitida através de 
contato de pessoa para 
pessoa por gotículas de 
secreções como a saliva 
ou no ar. 
O vírus é um dos mais mutagênicos 
e não há imunidade permanente. 
Há resfriados que são causados por 
um grupo de vírus chamado 
Rinovirus. Há vacina anual contra a 
gripe. 
 
SARS 
(Síndrome 
respiratória 
aguda - Pneumonia 
asiática) 
 
Gotículas liberadas da 
tosse ou espirro de 
pessoas contaminadas 
pelo vírus. 
O primeiro caso foi descoberto na 
Ásia em 2002 e em pouco tempo a 
doença atingiu a Europa e América 
do Norte. Com grande esforço 
internacional a doença foi 
controlada. 
 
 
Varicela/catapora 
Saliva ou contato com 
objetos contaminados 
pelas lesões da pele ou 
diretamente. 
A doença manifesta pequenas 
feridas no corpo. Há vacinação e 
tratamento para os doentes. Deve-
se evitar contato direto com os 
pacientes contaminados. 
 
 
Herpes I e II 
Contato direto ou indireto 
com objetos usados por 
herpéticos quando as 
feridas estão na fase de 
manifestação da doença. 
A doença manifesta pequenas 
bolhas que se tornam feridas na 
boca ou pele (herpes tipo I) e 
feridas na região genital ou anal 
(herpes tipo II). 
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Doenças Virais 
DOENÇA 
MODO DE 
CONTÁGIO 
COMENTÁRIOS GERAIS 
 
 
 
 
Sarampo 
Gotículas de saliva 
eliminadas por pessoas 
contaminadas pelo vírus. O 
vírus penetra pela mucosa 
das vias respiratórias, 
disseminando-se pelo corpo 
via corrente sanguínea. 
A doença provoca febre e manchas 
vermelhas na pele, tosse, coriza e 
manchas brancas na face interna das 
bochechas. Pode evoluir em casos de 
desnutrição e ser mais grave. 
Há vacinação e tratamento para os 
doentes. 
 
 
 
 
Rubéola 
Contato direto com pessoas 
contaminadas ou contato 
com gotículas de saliva 
disseminadas no ar por essas 
pessoas. 
Pode provocar febre baixa, aumento 
dos linfonodos do pescoço e manchas 
vermelhas no corpo. Não é grave, mas 
devemos evitar que se manifeste em 
gestantes ,pois pode provocar 
complicações no feto como surdez ou 
até morte. Há vacinação e tratamento. 
 
 
 
Caxumba 
Saliva, uso de objetos 
comuns como garfos e copos 
sem a devida higienização. 
A doença provoca inflamação das 
glândulas salivares, principalmente das 
parótidas, podendo afetar testículos e 
ovários e até provocar esterilidade. Há 
vacinação e tratamento dos doentes. 
Evita-se o contato. 
 
 
 
Febre 
amarela 
Picada das fêmeas (são 
hematófagas) do mosquito 
Aedes aegypti, mosquitos do 
gênero Haemagogus e 
Sabethes. Os primatas são 
principais hospedeiros 
desses vírus. 
A doença pode ser inaparente ou 
fulminante. O vírus afeta 
principalmente o fígado, o que dá o 
aspecto amarelado do doente, baço, 
rins, medula óssea e linfonodos. Pode 
levar à morte. Há vacinação e 
tratamento para o doente. 
 
 
 
 
Dengue 
 
Picada das fêmeas do 
mosquito Aedes aegypti. Para 
evitar que esse mosquito se 
alastre devemos tampar os 
reservatórios de água limpa 
parada, evitar água em vasos, 
pneus, latas, etc. As larvas 
desenvolvem-se muito bem 
nesses locais. 
Na dengue clássica (maioria dos casos) 
o paciente apresenta febre alta, 
fraqueza, falta de apetite, manchas 
vermelhas na pele e pequenos 
sangramentos. Na dengue 
hemorrágica (apx. 5% dos casos) os 
sintomas são semelhantes, porém 
pode haver queda brusca da pressão 
arterial devido às hemorragias. 
 
 
 
Hantavírose 
 
 
Provocada pelo Hantavírus 
encontrado em ratos 
silvestres e transmitida 
quando a pessoa respira 
poeira com restos de fezes, 
entra em contado com urina 
ou saliva de ratos 
contaminados. 
A doença afetou o Distrito Federal em 
2004, mas já havia sido detectada no 
Paraná em São Paulo. Os sintomas são 
febre acima de 38 graus, dores 
musculares e dificuldade de respirar. 
 
 
 
Ebola 
(Febre 
hemorrágica) 
Contato com secreções do 
contaminado. É altamente 
contagiosa e letal em mais de 
90% dos casos. 
O vírus ataca o fígado, baço e promove 
hemorragia em muitas regiões, 
promovendo vômitos e liberação fezes 
com sangue, podendo haver 
sangramento também pelas gengivas, 
mucosas e pele. 
 
 
 
 
 
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Casos de Hepatite Viral 
 
 
Outros 
 
Há ainda outras formas de manifestações virais, como é o caso do 
Rotavírus, do Vírus Epstein-Barr (Linfoma de Burkitt e mononucleose 
infecciosa); H5N1 (gripe aviária ou do frango) e N1N1 (gripe A- “gripe 
suína”). 
 
OBS: as siglas “H” e “N” do H1N1 e H5N1 estão relacionadas a proteínas 
do envelope viral (Hemaglutinina-H e Neuraminidase-N) 
 
SÃO DOENÇAS EMERGENTES A AIDS, O EBOLA, A SARS, H1N1, H5N1 E 
A HANTAVIROSE. JÁ AS DOENÇAS RESSURGENTES SÃO A DENGUE 
E A FEBRE AMARELA 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os antibióticos não tem efeito contra os vírus, mas 
o organismo humano possui defesas naturais, 
como os anticorpos e o interferon (proteína 
produzida por várias células do corpo, como os 
linfócitos e os fibroblastos). Existem também 
defesas artificiais, como a vacina, o soro e alguns 
medicamentos inibidores dos processosenzimáticos virais na célula hospedeira. É o que 
acontece com o Aciclovir, medicamento 
amplamente usado no combate ao Herpes vírus. 
OBS: PRÍON – PROTEÍNA INFECCIOSA 
 
É uma doenças causada por uma proteína 
anormal. Essa proteína é capaz de causar defeitos 
no tecido nervoso -“furos”- (encefalopatias 
espongiformes). As doenças mais conhecidas são 
a doença de Vaca Louca (em bovinos) e Scrapie 
(em ovinos). Existem outras doenças raras que 
podem atacar inclusive humanos, como por 
exemplo: kuru de habitantes da Nova Guiné e a 
doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD) que causa 
grave demência por volta dos 60 anos e ataca 1 
em um milhão de pessoas. 
 
Há fragmentos de RNA chamados de viróides. 
São parasitas de vegetais superiores (batata). 
Os mimivírus são os maiores de todos os vírus. 
Podem controlar seu próprio metabolismo e 
foram encontrados pela primeira vez na 
Acanthamoeba polyphaga e foi confundido com 
uma bactéria gram-positiva devido a coloração e 
tamanho. 
 
 
ATENÇÃO: 
Vale lembrar que as doenças podem 
acarretar em EPIDEMIAS, que surge 
de forma súbita e se espalha 
rapidamente por uma região, 
acometendo um número de pessoas 
maior que o habitual de casos 
esperados por tempo limitado. É o 
caso da gripe. Se uma doença 
persiste por vários anos em um lugar 
específico ela passa a ser considerada 
uma ENDEMIA. Portanto, afeta de 
forma permanente um número de 
pessoas maior que o usual para a 
doença e esse número se mantém ao 
longo do tempo. A malária, doença 
causada por um protozoário, é 
endêmica na região da Amazônia. A 
PANDEMIA é o aparecimento de um 
número de casos da doença fora do 
comum em todo um continente ou no 
mundo. Um exemplo de pandemia é 
a gripe espanhola, que matou 
milhares de pessoas no mundo todo. 
 
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Defesas contra vírus 
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Eubactéria: são os moneras mais comuns como 
as cianobactérias e as bactérias causadoras de 
doenças (heterótrofas) e as bactérias autótrofas. 
Para fins didáticos, vamos estudar mais 
profundamente este grupo. 
Importância das bactérias: 
 Decompositoras – reciclagem da matéria 
 Causadoras de doenças 
 Indústria alimentícia- laticínios 
 Produtoras em ecossistemas, incluindo 
abissais 
 Mutualismo 
 Biotecnologia – vetores de genes 
(transgenia) – “Sistema Agrobacterium” 
 
Neste grupo estão incluídos os organismos 
autótrofos (fotossintetizantes ou 
quimiossintetizantes) como as cianobactérias e 
algumas bactérias e organismos heterótrofos 
como as bactérias parasitas. São procariotos 
(citoplasma sem núcleo individualizado = 
carioteca ausente) e unicelulares, podendo ser 
aeróbios, anaeróbios ou facultativos. Há os 
representantes menos convencionais como os 
Micoplasmas “PPLO” (Pleuro-pneumonia-like 
organisms) – Heterótrofos; as Rickéttsias – 
Heterótrofas e as Clamídias – Heterótrofos. 
 
O DNA dos procariotos não está ligado a histonas 
sendo a bactéria Escherichia coli estudada 
profundamente. Em seu citoplasma somente 
existem os ribossomos como organelas e são do 
tipo 70S, os eucariotos apresentam o tipo 80S. 
São divididos em arqueobactérias e eubactérias: 
 
Archaea- São moneras que vivem e estão 
altamente adaptadas em condições extremas, 
que provavelmente prevaleceram durante o 
início da vida na Terra. São divididas em 3 grupos: 
 
 Metanogênicas: formadoras de metano, 
podem ser encontradas em ambientes 
encharcados e também associadas a 
alguns animais como os ruminantes. 
Sobrevivem conforme a reação abaixo: 
 
 
 Termoacidófilas: são as que vivem em 
acidez ou temperaturas extremas, como 
próximo de ilhas vulcânicas e águas 
termais ou em regiões ácidas. 
 Halófitas: apresentam alta afinidade aos 
ambientes salinos. Os elementos 
esqueléticos estão representados apenas 
por espículas calcáreas, de sílica e por 
fibras protéicas de espongina, que são 
flexíveis. Por não apresentarem órgãos e 
tecidos são chamados de Parazoários e 
sua fisiologia é basicamente 
representada por células funcionais. 
 
 
 
 
 
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Procariotos 
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Algumas bactérias: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Quanto ao método de coloração as 
bactérias podem ser: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Bactérias autótrofas fotossintetizantes 
(fotoautotróficas)- A clorofila encontra-se em 
todos os organismos fotossintéticos, inclusive nas 
cianobactérias, porém, não estão presentes nas 
bactérias fotossintéticas. Aqui, encontram-se as 
bacterioclorofilas, podendo ser a,b,c,d ou e. 
Muitos desses procariotos realizam fotossíntese 
anoxigênica (que não libera oxigênio como 
produto secundário) e utilizam outras fontes de 
hidrogênio que não a água. Por exemplo, nas 
sulfobactérias que realizam fotossíntese os 
doadores de hidrogênio são compostos de 
enxofre, como o gás sulfídrico. 
 
Bactérias autótrofas quimiossintetizantes 
(quimioautotróficas)- não possuem pigmentos 
fotorreceptores e utilizam energia química 
proveniente da oxidação de compostos 
inorgânicos simples para sintetizar glicose a partir 
de dióxido de carbono e uma fonte de 
hidrogênio. O esquema representa a 
quimiossíntese realizada em Nitrosomonas e 
Nitrobacter. Lembre que estas são etapas do ciclo 
do nitrogênio onde amônia = NH3, nitrito = NO2 
e nitrato = NO3. 
 
 
Quanto ao aproveitamento ou não do oxigênio 
podem ser aeróbias, anaeróbias ou facultativas 
(podem viver na ausência ou presença de O2). 
 
Dos tipos reprodutivos mais comuns a forma 
assexuada por cissiparidade é a predominante, 
porém, muitas bactérias também reproduzem-se 
sexuadamente. Há três tipos de reprodução 
sexuada: 
 
 Conjugação: Uma bactéria (macho), 
através de uma ponte citoplasmática, doa 
material genético (DNA) a outra (fêmea), 
tornando esta mais variável 
geneticamente. 
 
 Transformação: Bactérias podem 
incorporar fragmentos de DNA de 
bactérias mortas presentes do meio, 
assim há aumento da variabilidade 
genética. 
 
 Transdução: Durante a reprodução viral 
(de um bacteriófago), o vírus injeta 
material genético (DNA) em uma 
“bactéria 1”. Ao final da reprodução, 
novos vírus atacam novas bactérias 
levando e introduzindo parte do material 
genético da bactéria 1. As bactérias, ao 
receberem o ataque viral, incorporam o 
DNA da bactéria 1, o que aumenta a 
variabilidade. 
 
 
 
 
 
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Metabolismo bacteriano Reprodução das bactérias 
Doenças bacterianas: As doenças 
bacterianas são tratadas com 
antibióticos, já que estes atuam 
impedindo a síntese protéica das 
bactérias (nos ribossomos, por 
exemplo) ou degradando a parede 
celular bacteriana. Ambos os 
processos levam a bactéria à morte. 
Já os vírus são tratados com 
inibidores enzimáticos. 
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Doenças Bacterianas 
DOENÇA 
TRANSMISSÃO E 
AGENTE 
SINTOMA, TRATAMENTO 
Hanseníase Bac.Mycobacterium leprae 
Vias respiratórias 
Falta de sensibilidade e lesões na pele 
Há vacina BCG e tratamento 
Sífilis Bac. Treponema palidum 
Via sexual ou congênita 
Rinite sanguinolenta, inflamações na 
pele, surdez, entre outros 
Uso de preservativos e tratamento. 
Gonorreia Bac. Neisseria gonorroheae 
Via sexual 
Purulência, ardência na uretra e dor ao 
urinar, podendo darfebre. 
Há tratamento com bons resultados 
Pneumonia Bac. Streptococcus 
pneumoniae 
Bac. Diplococcus 
pneumoniae 
Vias respiratórias 
Febre alta, dores no peito e 
dificuldades de respirar. 
Tratamento do doente 
Antraz 
(carbúnculo) 
Bac. Bacillus anthracis 
Infecção do esporo pela pele 
Inalação do esporo 
Ingestão do esporo 
Não há por contato pessoal 
Úlceras cutâneas – infecção por pele 
Tosse, febre, dor no corpo – infecção 
por inalação 
Cólica, dores abdominais e diarréia – 
infeção por ingestão (mais grave) 
Há diversos antibióticos e a vacina não 
é muito eficaz. 
Tuberculose 
(Bacilo de 
Koch) 
Bac. Mycobacterium 
tuberculosis 
Gotículas contaminadas no ar 
são liberadas por espirro ou 
tosse 
Vias respiratórias 
Perda de apetite, tosse com escarro, 
sudorese, emagrecimento 
Vacina BCG e tratamento dos doentes 
Botulismo Bac. Clostridium botulinum 
Forma esporos resistentes 
que 
vivem no solo e água doce. 
Alimentos contaminados 
(latas) 
Produzem a toxina botulínica 
Doença grave que inibe a transferência 
dos sinais nervosos para os músculos. 
O doente pode morrer por parada 
cardíaca e respiratória. 
A doença é letal, exceto com o 
atendimento imediato. 
 
 
 
 
 
 
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Doenças Bacterianas 
DOENÇA 
TRANSMISSÃO E 
AGENTE 
SINTOMA, 
TRATAMENTO 
Cólera Bac. Vibrio colerae 
Água e alimentos 
contaminados com o vibrião, 
que é eliminado pelas fezes da 
pessoa contaminada. 
Diarréia com fezes em “água de 
arroz”, vômitos e forte desidratação e 
cãibra. 
A falta de tratamento acarreta na 
morte por falência renal e 
desidratação. 
Coqueluche Bac. Bordetella pertussis 
Gotículas eliminadas pelos 
portadores ao falar, tossir ou 
espirrar. 
Pode causar pneumonia pela própria 
bactéria e convulsões e hemorragias 
cerebrais. A tosse seca e prolongada 
é um sintoma típico. 
Há vacinação e deve-se evitar o 
contato com doentes. 
Difteria 
(Crupe) 
Bac. Corynebacterium 
diphteriae 
Gotículas pelo nariz e boca de 
pessoas contaminadas. 
Fossas nasais, laringe, faringe e 
amígdalas são afetadas pela bactéria. 
Pode haver asfixia. 
Há vacinação e deve-se evitar o 
contato com pessoas doentes. 
Disenteria 
bacilar 
Bac. do gên. Shigella 
Transmitida por água e 
alimentos contaminados. 
Diarréia intensa com muco e sangue 
nas fezes. Pode haver desidratação. 
Saneamento básico e tratamento do 
doente. É uma doença grave. 
Febre tifoide 
(Doença das 
mãos sujas) 
Bac. Salmonella typhi 
Contaminação via oral, por 
água e alimentos 
contaminados ou contato com 
pessoas doentes se higiene. 
Febre alta, dor de cabeça, falta de 
apetite, bradicardia, aumento do 
baço, diarréia e manchas vermelhas 
no corpo. 
A vacina é de baixa eficácia e 
temporária. Trata-se o doente. 
Febre 
maculosa 
Bac. Rickettsia rickettsi 
O transmissor é o “carrapato 
estrela”(Amblyomma 
cajennense) 
O parasita é intracelular obrigatório e 
causa um estágio febril agudo 
variável. Dores de cabeça, náuseas e 
vômitos são comuns, assim como 
manchas avermelhadas pelo corpo. 
 
Gastrite 
bacteriana 
Bac. Helycobacter pilori 
Infecção geralmente dá-se na 
infância por via oral-oral ou 
oral-fecal. Muitos não 
desenvolvem a doença. 
Causa ulcerações na parede do 
estômago, pois destroem o muco 
protetor do epitélio estomacal. 
Há tratamento com antibióticos sob 
recomendação médica. 
 
 
 
 
 
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Doenças Bacterianas 
DOENÇA 
TRANSMISSÃO E 
AGENTE 
SINTOMA, 
TRATAMENTO 
Doença dos 
legionários 
(Legionelose) 
Bac. Legionella pneumophyla 
É uma forma de pneumonia grave 
A bactéria vive em sistemas de 
distribuição água e ar 
condicionado. 
Vias respiratórias 
 
Forma-se um quadro de 
pneumonia necrotizante, com 
febre, dores de cabeça, tremores e 
tosse seca. 
Um caso típico é a “febre de 
Pontiac”, não pneumônica. 
Há tratamento convencional para 
a doença em estágios iniciais, 
pode ser fatal. 
Meningite 
bacteriana 
Bac. Neisseria meningittidis 
Pode ser causada por outros 
agentes como vírus, fungos e 
protozoários. 
Portadores liberal o meningococo 
no ar por meio de gotículas 
faringeanas e nasais. 
Inflamação nas meninges, febre, 
dores de cabeça, rigidez na nuca, 
vômitos, paralisia. Pode levar à 
morte. 
Há vacinação e evita-se locais 
abafados e aglomerações de 
pessoas. 
Peste 
 
Bac. Yersinia pestis 
Picada de pulgas infectadas que 
podem viver em ratos, coelhos, 
gatos, cães, etc. 
Febres, dores no corpo e 
inflamação nos gânglios linfáticos 
(que crescem formando o “bulbão 
pestoso”) que podem se romper 
liberando purulência. 
Pode haver tosse com sangue pela 
complicação pulmonar. 
Controle das pulgas e 
transmissores, tratamento do 
doente e saneamento básico são 
as principais medidas. 
Tétano Bac. Clostridium tetani 
Objetos contaminados com 
poeira, terra, ou fezes de animais 
contaminados, inclusive humanos. 
Feridas são a porta de entrada 
dos esporos bacterianos (forma 
de resistência) 
Os bacilos afetam o sistema 
nervoso liberando uma toxina que 
causa fortes contrações 
musculares (tetania) e dor. Pode 
ocorrer parada respiratória ou 
cardíaca. Leva à morte em muitos 
casos. 
Há vacinação eficaz 
 
 
 
 
 
 
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As cianobactérias 
São também chamadas de algas azul-esverdeadas ou cianofíceas e são 
incluídas no grupo das eubactérias. Podem ser células isoladas, agregados 
celulares, colônias ou até fazendo parte dos líquenes. O DNA não está ligado 
a histonas e encontra-se em certas zonas do citoplasma. Fazem fotossíntese 
de modo semelhante ao que ocorre nos vegetais e protistas clorofilados, o 
que ajuda a explicar que provavelmente foram as formas fotossintetizantes 
mais primitivas do planeta. Vivem em locais úmidos, sobre rochas, água doce, 
solo e até tronco de árvores. Algumas vivem em temperaturas extremas. Pode 
haver uma bainha de mucilagem externa à parede celular e é frequentemente 
pigmentada (dourada, amarela, azul, violeta, marrom, etc.). A cor das 
cianobactérias é dada devido a pigmentos contidos nos sistemas de 
membranas e não em plastos: azul (ficocianina), vermelho (ficoeritrina), 
clorofila “a” e carotenóides. Algumas podem fixar o nitrogênio atmosférico 
através de um tipo celular chamado heterocisto. Ainda podem formar os 
acinetos (estruturas muito resistentes em ambientes desfavoráveis). Quanto 
à reprodução é assexuada por cissiparidade ou ainda podem se partir em 
fragmentos chamados hormogônios. 
 
Importância das cianobactérias 
 Atuam como pulmão do planeta produzindo grande parte do O2 
da atmosfera 
 Fixação do nitrogênio 
 Produtoras e pioneiras nas sucessões ecológicas sendo essencial 
nas teias alimentares aquáticas e terrestres. 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO: No grupo dos eucariontes, os organismos 
apresentam material genético envolto por membrana 
nuclear (carioteca). Há casos de unicelularidade 
(protozoários, algas e fungos) e de multicelularidade (algas, 
fungos, vegetais e animais). Podem ser autótrofos (algas 
protistas e vegetais) ou heterótrofos (protozoários, fungos e 
animais). Os seres vivos eucariotos são divididos 
didaticamente em 4 reinos: protistas, vegetais, fungos e 
animais. 
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Protistas 
O termo protista deriva do grego e significa “primeiro de todos”, dando 
a idéia de serem os primeiros eucariontes da escala evolutiva. Podem serunicelulares (algas e protozoários) ou multicelulares (algas), autótrofos 
(algas) ou heterótrofos (protozoários). No caso das algas, seu corpo pode 
ser chamado de Talo, independentemente de serem uni ou 
multicelulares. É um reino com diversas classificações, sendo que no 
sistema de cinco reinos proposto por Whittaker ele é considerado Reino 
Protista, porém, foi modificado por Schwartz e Margulis para Reino 
Protoctista, onde mostra que este reino é claramente polifilético, isto é, 
seus representantes não apresentam ancestralidade direta comum. 
Usaremos como base uma das bibliografias amplamente usadas no 
ensino médio (Bio2-1.ed. Sônia Lopes- Ed. Saraiva-São Paulo-2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Atualmente a classificação em quatro filos, 
tomando por base a presença e o tipo de 
estrutura empregada na locomoção, não é mais 
aceita. Hoje, consideram-se cerca de dez filos, 
cujas relações filogenéticas ainda não são bem 
compreendidas. Usaremos, neste momento, a 
classificação tradicional. 
 
Protozoários ameboides- Deslocam-se ou 
capturam alimentos por meio de pseudópodes, 
constituem cerca de quatro filos, com origens 
bastante distintas; por isso não devem ser 
considerados dentro de um único filo, como 
antigamente (filo Sarcodina, os Rizópodes). São 
dulcícolas, marinhos ou solos úmidos. Alguns são 
parasitas. Inclusive dos humanos (Entamoeba 
histolitica -figura abaixo- e Entamoeba gengivalis). 
A ameba de vida livre mais conhecida é a 
Amoeba proteus (foto abaixo). O tipo de 
reprodução mais comum é a divisão binária. 
 
 
 
Entamoeba histolitica 
 
 
 
Observação 
As amebas dulcícolas, possuem 
citoplasma com concentração maios 
que a do meio externo, em função 
disso muita água entra na célula por 
osmose o que pode causar 
rompimento, entretanto, apresentam 
vacúolos contráteis ou pulsáteis, 
que expulsam a água em excesso 
(osmorregulação). Nos marinhos não 
há esses vacúolos, pois são 
isosmóticos com o meio. Não há 
esses vacúolos nos parasitas. 
 
As amebas são do filo Rhizopoda e os 
outros protistas amebóides são os 
Heliozoários e os Radiolários, que 
pertencem ao filo Actinopoda e os 
Foraminíferos que pertencem ao filo 
Granuloreticulosea. 
 
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Protozoários 
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Protozoários flagelados- Deslocam-se ou 
obtém alimentos por meio de flagelos; compõem 
cerca de três filos, antigamente considerados em 
um único filo (filo Flagellata ou Mastigophora), o 
que não é mais aceito. Há muitos de vida livre 
aquáticos, como o gênero Bodo, comuns em 
águas paradas. Outro exemplo é o Trychonympha 
que vive em mutualismo no corpo de outros 
animais, degradando celulose presente na 
madeira ingerida por cupins e baratas. 
 
Os parasitas mais conhecidos com seus métodos 
de contaminação são o Trypanosoma cruzi (Mal 
de Chagas- Percevejo Barbeiro ou Chupança- 
Triatoma), Trypanosoma gambiense (Doença do 
sono- Mosca Tsé-Tsé), Giardia lamblia (Giardíase- 
Água e alimentos contaminados), Trychomonas 
vaginalis (Tricomoníase- Contato sexual), 
Leishmania brasiliensis (Leishmaniose 
tegumentar americana- Úlcera de Bauru ou ferida 
brava- Mosquito fêmea do gên. Lutzomyia, 
Mosquito palha) e Leishmania chagasi 
(Leishmaniose vísceral americana- Calazar- 
Mosquito palha). Abaixo o ciclo de vida da 
Doença de Chagas. 
 
 
 
 
O barbeiro pica e defeca próximo 
ao local da picada. Assim, os 
tripanossomos penetram no 
ferimento após serem liberados nas 
fezes do inseto. CUIDADO: na 
saliva do inseto não há os 
tripanossomos, logo, não há 
contaminação apenas com a 
picada. 
Outro ponto importante a se 
identificar é que o barbeiro é um 
percevejo e NÃO É UM MOSQUITO. 
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Protozoários esporozoários- Não possuem 
estruturas especiais para deslocamento, mas 
podem se deslocar por flexões do corpo ou 
deslizamento; obtêm alimentos principalmente 
por absorção ou pinocitose; eram chamados de 
Sporozoa. São todos endoparasitas e completam 
seu ciclo de vida dentro de células do seu 
hospedeiro. Seu ciclo de vida apresenta formas 
de intensa multiplicação no interior do corpo dos 
organismos parasitados (esquizogonia e 
esporogonia). Podem formar estruturas de 
resistência (esporocistos) onde ficam os 
esporozoítos, uma das formas celulares dos 
esporozoários. Os principais parasitas deste 
grupo são os seres do gênero Plasmodium, 
causador da Malária e o Toxoplasma, causador 
da Toxoplasmose. 
 
Malária: 
-Hospedeiro intermediário: Homem; -
Hospedeiro definitivo: Fêmea do mosquito do 
gên. Anopheles (hematófago) 
Espécies causadoras: 
 Plasmodium vivax – Febre terçã benigna, 
acesos febris a cada 48 horas. 
 Plasmodium malariae – Febre quartã 
benigna, acessos febris a cada 72 horas. 
 Plasmodium falciparum – Febre terçã 
maligna, acessos febris de 36 a 48 horas 
(irregulares). Hemácias parasitadas 
aglutinam e provocam obstrução dos 
vasos. Pode ser fatal. 
 
Protozoários ciliados- Deslocam-se ou obtêm 
alimentos por meio de cílios; é o único grupo que 
se mantém igual à classificação tradicional, a qual 
propõe o agrupamento de todos os ciliados em 
um único filo (Ciliophora). Podem ser 
encontrados em água doce, salgada, salobra e 
solos úmidos. Existem espécies parasitas sendo a 
Balantitium coli a parasita do ser humano. Os 
gêneros mais conhecidos de vida livre são o 
Paramecium e a Vorticella, que se alimentam de 
material em suspensão na água e a Frontonia que 
é predador de outros protozoários. Usaremos 
como base o Paramécio que apresenta estruturas 
típicas como o sulco oral, uma reentrância ciliada 
onde o alimento entra no ser vivo; o citóstoma, 
onde o alimento penetra na célula; citopígio ou 
citoprocto, por onde os restos não aproveitados 
são eliminados do vacúolo para fora. Há também 
presença de vacúolos pulsáteis para 
osmorregulação e a presença de dois núcleos, o 
macronúcleo (metabolismo) e o micronúcleo 
(reprodução sexuada-conjugação, conforme 
abaixo) 
 
 
 
 
 
 
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Ciclo de vida do Plasmodium vivax 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Toxoplasmose 
Contágio: As pessoas podem ingerir diretamente os cistos do 
Toxoplasma gondii presentes no meio ou ao ingerir carnes malpassadas 
que contenham os cistos especiais do toxoplasma. 
 
 
OBS: O parasita prejudica o sistema nervoso e também pode causar 
cegueira, sendo um dos exames importantes durante o período 
gestacional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Um dinoflagelado 
 
Filo Bacillariophyta- Este filo é representado 
pelas Diatomáceas, algas muito comuns no 
plâncton marinho e em água doce. A maioria é 
autótrofa, mas existem espécies heterótrofas no 
sedimento marinho. A sua parede celular é rígida 
(frústula ou carapaça), impregnada de 
compostos de sílica. A frústula é composta por 
duas valvas que se encaixam. Há muitas formas 
de vida neste grupo, não havendo um padrão 
comum. 
 
OBS: Após a mortedas diatomáceas formam-
se depósitos dessas carapaças, formando as 
terras de diatomáceas, ou diatomito, que 
podem ser classificadas como um tipo de rocha 
sedimentar. O diatomito pode ser usado como 
filtro e essas carapaças podem ser usadas 
como abrasivos e até na produção de 
dentifrícios e cosméticos. 
 
 
As diversas formas das diatomáceas 
 
Filo Phaeophyta- Algas pardas. São 
multicelulares e de tamanho variado, podendo 
chegar de microscópicos até mais de 60 metros. 
Ocorrem principalmente no ambiente marinho. 
Na região Nordeste temos tipicamente o 
Sargassume a Padina. No Atlântico Norte forma-
se o Mar de Sargaço. 
 
 
 
No geral são classificadas de acordo com os tipos 
de substâncias de reserva de carboidrato e os 
tipos de pigmentos fotossintetizantes. São 
divididas em vários filos. Abaixo das possíveis 
classificações das algas: 
Filo Euglenophyta- Parede celular ausente. 
Apresentam dois flagelos que partem do saco 
flagelar ou reservatório. Voltada para o 
citoplasma, apresentam uma película flexível 
formada por fibrilas protéicas que dão forma mais 
constante à célula. Existem espécies 
fotossintetizantes (apresentam estigma para 
percepção da luz) como a Euglena e a Phacus e 
heterótrofos, que se alimentam de outros 
protistas. A Peranema é um exemplo de 
heterótrofo que se alimenta de euglenas. Essas 
espécies vivem em água doce, mas são comuns 
exemplos em água salgada. Também 
apresentam vacúolos para osmorregulação, 
como outros protistas. 
Euglena 
 
Filo Dinophyta (Dinoflagelados)- São também 
chamadas de Pyrrophyta (algas de fogo). Abriga 
organismos unicelulares autótrofos, heterótrofos 
de vida livre, mutualistas e até parasitas de 
protozoários, crustáceos e peixes. Possuem 
endoesqueleto com sacos membranosos 
associados à membrana plasmática e podem 
conter depósitos de celulose. Muitas espécies 
fazem parte do plânton marinho (gên. Ceratium é 
autótrofo e o gên. Noctiluca é heterótrofo com 
um tentáculo móvel). O gênero Noctiluca 
apresenta bioluminescência, sendo a reação 
química dependente de uma substância 
chamada luciferina que é oxidada pela enzima 
luciferase na presença de ATP e oxigênio, 
liberando a luz. Isso também acontece com 
outros seres vivos. Algumas espécies são 
formadoras da MARÉ VERMELHA. 
 
 
 
 
 
 
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ALGAS 
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Filo Chlorophyta- É o grupo mais diversificado 
de algas, com representantes uni ou 
multicelulares e mais de 7 mil espécies. São 
marinhos, dulcícolas ou meio úmido (cascas de 
árvores, barrancos). A Ulva (alface-do-mar) é um 
exemplo bem conhecido. A parede celular é rica 
em celulose e algumas podem apresentar 
carbonato de cálcio (algas verdes calcárias), 
comuns no litoral brasileiro. Podem também fazer 
parte da formação mutualística dos líquenes. 
 
Apresentam ramos diferenciados com função 
reprodutora e pequenas vesículas cheias de gás 
que funcionam como flutuadores, mantendo a 
alga na superfície. Em alguns ambientes costeiros 
e frios podemos encontrar algas pardas gigantes 
(Kelps) que formam florestas aquáticas. São fonte 
de muitos produtos para a indústria para 
alginatos (substâncias viscosas para fabricar o 
papel), estabilizadores de cremes dentais e 
sorvetes. Os principais gêneros são o Macrocystis 
e Laminaria. A espécie Laminaria japônica 
(Kombu), comum na China é usada na 
alimentação e seu alto teor de Iodo combate o 
Bócio. 
 
 
Uma alga parda 
 
Filo Rhodophyta- Algas vermelhas. Maioria 
marinha, existem algumas espécies usadas na 
alimentação humana, como no nori (gênero 
Porphyra), usada no sushi. Apresenta alto teor de 
vitamina C, logo, é muito usada para combater o 
escorbuto. A parede celular é formada por uma 
camada interna e rígida de celulose e outra 
externa mucilaginosa (com polissacarídeos ágar 
e carragenina). Usada na indústria farmacêutica, 
cosmética e na preparação de meios de cultura 
para bactérias. Certos grupos ainda apresentam 
carbonato de cálcio na parede celular (algas 
vermelhas calcárias) que auxiliam na formação de 
recifes. 
 
 
Uma alga vermelha 
 
 
 
 
 
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Ciclo de vida da Ulva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Abaixo um resumo de uma das classificações das 
algas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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São organismos heterotróficos que apresentam 
alimentação por absorção e digestão 
extracorpórea. Apresentam parede celular de 
quitina e reserva energética de glicogênio. Sua 
reprodução envolve a formação de esporos. 
Quanto a sua formação celular podem ser 
unicelulares ou com o corpo formado por 
estruturas chamadas hifas que se organizam 
dando origem ao micélio (conjunto de hifas). 
 
 
 
 
 O corpo do fungo é formado por 
esses filamentos delgados (hifas), formando o 
micélio, que não é um tecido propriamente dito. 
Quanto aos fungos não formados por hifas o 
exemplo mais comum é o Saccharomyces 
cerevisiae (levedura usada na fabricação de 
bebidas alcoólicas – cerveja e produção de pão). 
Existem hifas que são septadas (com divisão no 
citoplasma separando o núcleo) ou hifas não 
septadas – cenocíticas (onde vários núcleos ficam 
dispersos na mesma massa citoplasmática). 
 No geral, quanto à formação do 
micélio, há hifas imersas no substrato (micélio 
vegetativo - retiram alimento) e hifas fora do 
substrato (micélio reprodutivo - formador de 
esporos). 
 
 
 
 
 
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Fungos 
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Reprodução de certos fungos 
 
Importância 
Os fungos são importantes fontes usadas na farmacologia, sendo 
constituintes básicos na formação dos antibióticos usados no combate às 
bactérias. Exemplos como a Penicilina (Penicilium notatum) e a Neomicina são 
amplamente usados. Os fungos são decompositores e importantes nas 
cadeias alimentares servindo como fonte de alimento e também no controle 
da população de outros seres, sendo parasitas de plantas e animais. 
O fungo Aspergillus pode contaminar as sementes de amendoim liberando 
aflatoxinas, que pode levar a problemas hepáticos. Queijos camembert e 
roquefort, além de bebidas alcoólicas são produzidos a partir de fungos. 
Há importantes associações mutualísticas, como as micorrizas (fungos 
associados a raizes de algumas plantas) e os Líquenes (associações de fungos 
com as algas), conforme abaixo. As estruturas reprodutivas do liquens são os 
sorédios (forma assexuada de reprodução). Cada sorédio apresenta células 
de algas envolvidas por hifas de fungos e são facilmente transportados pelo 
vento. Existem 3 tipos de liquens: Crostoso (talo é fortemente aderido ao 
substrato); folhoso (talo lembra folhas) e fruticoso (talo é ereto e semelhante 
a um arbusto). 
Líquen no tronco de uma árvore 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os vegetais são seres vivos autótrofos 
fotossintetizantes e apresentam parede celular 
celulósica na sua constituição celular. São todos 
multicelulares e apresentam como reserva 
energética o amido.São eucariontes e 
apresentam um ciclo de vida conhecido por 
Alternância de gerações (ou Metagênese), 
alternando uma fase sexuada, que forma um ser 
diplóide, com uma fase assexuada, que forma um 
ser haplóide. Apresentam meiose espórica 
como forma assexuada de propagação. 
 
Para melhor compreender o 
conteúdo deveremos memorizar os 
seguintes termos botânicos: 
“Criptógama; Fanerógamas; 
Avasculares; Vasculares; 
Sifonógamas; Espermatófitas; 
Embriófitas e Cormófitas” 
! 
 
 
 
 
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Vegetais - Metaphyta 
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Filogenia dos vegetais 
 
 
Podemos dividir os vegetais em Avasculares ou Vasculares, conforme a 
presença de vasos condutores de seiva (xilema e floema): 
 
-Avasculares – Filo Bryophyta (musgos); Filo Hepatophyta (hepáticas) e 
Filo Anthocerophyta (antóceros) 
-Vasculares sem sementes – Filo Pterophyta (samambaia, xaxim e 
avenca); Filo Lycophyta (licopódios e selaginalas); Filo Sphenophyta 
(cavalinha); Filo Psilophyta (Psilotum). 
-Vasculares com sementes (mas sem fruto)- GIMNOSPERMAS: Filo 
Coniferophyta (pinheiros e ciprestes); Filo Cycadophyta (palma de 
ramos); Filo Gnetophyta (Gên. Welwitschia); Filo Ginkgophyta (Ginkgo 
biloba). 
-Vasculares com sementes (e com frutos)- ANGIOSPERMAS: Quanto à 
divisão, na grande maioria dos casos, podemos dividi-las em 
Monocotiledôneas (como as gramíneas) e Eudicotiledôneas (como as 
leguminosas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Apresentam características de transição do 
ambiente aquático para o terrestre, onde os 
organismos apresentam alguns problemas. Entre 
eles a redução da quantidade de água disponível. 
 
Em todos os vegetais a reprodução dá-se por 
metagênese, sendo a fase produtora de gametas 
predominante somente nas plantas avasculares – 
o gametófito. Há formação de um protonema 
(gametófito em fase jovem). No que diz respeito 
a fase produtora de esporos, neste caso, é uma 
fase transitória aclorofilada – o esporófito. 
Apresentam estruturas adequadas para evitar a 
transpiração excessiva, por isso são mais comuns 
em ambientes úmidos e sombreados – são 
umbrófilas – muito comuns nas florestas tropicais 
e temperadas. Apresentam gametas flagelados, 
assim como nas pteridófitas, como adaptação a 
esse meio úmido (os anterozoides). 
 
 
 
 
 
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Briófitas - Musgos 
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Nesses vegetais não há vasos condutores de seiva, sendo a seiva bruta 
(água e sais minerais) conduzida por um grupo de células especiais 
denominadas hidróides e a seiva elaborada (matéria orgânica rica em 
açúcar) conduzida pelos leptóides. Um exemplo bem conhecido é o 
musgo das turfeiras. 
Ciclo de vida de um musgo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Pteridófitas - Samambaias 
São as primeiras plantas Traqueófitas (vasculares). Como são plantas 
com vasos condutores (xilema e floema), esse avanço evolutivo permitiu 
que os vegetais atingissem um maior porte. Um exemplo disso é o xaxim 
ou samambaiaçu, que pode atingir vários metros. Há uma grande 
mudança no ciclo de vida dos vegetais a partir deste grupo, onde o 
esporófito será a fase do ciclo de vida que é permanente e o gametófito 
a fase transitória. Observe abaixo o funcionamento da reprodução das 
pteridófitas.
 
 
Ciclo de vida da samambaia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Gimnospermas 
Pinus, Araucárias, Ciprestes, Sequoias e Palma-de-ramos 
 
 Nos grupos vegetais anteriores temos uma dependência da água 
para a reprodução sexuada, isso porque os seus gametas são flagelados. 
A partir das gimnospermas, surgem estruturas que estão relacionadas 
com a reprodução sexuada e, no caso das gimnospermas, são chamadas 
de estróbilos (cones ou pinhas. O pinhão é a semente da araucária e de 
outras gimnospermas e a pinha é o estróbilo. A aquisição dessas 
estruturas é um dos sucessos evolutivos desses vegetais quanto à 
independência da água para a reprodução. 
 Os esporos nas fanerógamas não são liberados no ambiente 
como antes eram nas criptógamas, assim, eles ficam no interior da planta 
até serem formados os grãos-de-pólen, consideradas as estruturas 
masculinas que contém os gametas. 
 
Observe abaixo o ciclo de formação do gameta feminino 
 
 
Agora observe a formação do gameta masculino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Na linhagem que deu origem às angiospermas 
surgiram outras estruturas de proteção do óvulo 
e da semente: os ovários e os frutos. O 
surgimento dos frutos permitiu uma eficiência 
maior das sementes, já que vários animais podem 
alimentar-se dos diversos tipos de angiospermas 
existentes. 
 
Anatomia de uma flor de angiosperma: 
 As flores completas são formadas por 
pedicelo ou pedúnculo e um receptáculo, onde 
se inserem os verticilos florais, que são: 
 
 Cálice: conjunto das sépalas, geralmente 
verdes 
 Corola: conjunto das pétalas, de diversas 
cores 
 Androceu: formado pelos estames 
 Gineceu: formado pelo pistilo 
 
OBS: “O conjunto cálice-corola é denominado 
perianto” 
 
Após o grão-de-pólen chegar na estrutura 
feminina, cresce o tubo polínico conduzindo os 
gametas masculinos (núcleos espermáticos) no 
gametófito feminino. A fecundação é o fato de 
fusão de um dos núcleos espermáticos com a 
oosfera (gameta feminino). Com isso, forma-se a 
semente, que contém: 
Casca- 2n 
Embrião- 2n 
Endosperma primário- n 
 
 
 
 Esporófito (2n): indivíduo mais 
desenvolvido, é a própria planta. 
 Gametófito masculino (n): grão de 
pólen e tubo polínico. 
 Gameta masculino (n): célula 
espermática 
 Gametófito feminino (n): tecido 
nutritivo com arquegônios 
(endosperma). 
 Gameta feminino (n): oosfera 
 Óvulo: ginosporângio ou 
megasporângio revestido por 
tegumento. 
 Semente: óvulo fecundado e 
desenvolvido. 
 
 
 
 
 
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Resumo do ciclo de vida 
Angiospermas 
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Óvulo da flor 
 
Nos vegetais há mecanismos que dificultam a autofecundação, já que 
muitos são hermafroditas: 
 - Dicogamia: amadurecimento do androceu e do gineceu em 
épocas diferentes. Protrandria (androceu) e protoginia (gineceu). 
 - Hercogamia: barreira física impedindo a queda do pólen no 
estigma da mesma flor 
 - Auto-incompatibilidade: Incompatibilidade entre pólen e 
gineceu, não ocorrendo germinação do grão de pólen na própria flor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Formas de polinização 
 
Ciclo de vida de uma angiosperma 
 
 
Resumo do ciclo de vida: 
 Esporófito (2n): indivíduo mais desenvolvido, é a própria planta 
 gametófito masculino (n): grão de pólen e tubo polínico 
 gameta masculino (n): células espermáticas 
 gametófito feminino (n): saco embrionário 
 gameta feminino (n): oosfera 
 Óvulo: esporângio envolto por tegumentos 
 Semente: óvulo fecundadoe desenvolvido 
 Fruto: ovário desenvolvido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATENÇÃO: TANTO GIMNOSPERMA 
COMO ANGIOSPERMA 
APRESENTAM NA SEMENTE: 
 
- Tegumento originado da 
diferenciação dos tegumentos do 
óvulo e, portanto, é 2n; 
- Tecido nutritivo que, nas 
gimnospermas é o endosperma 
haploide (n), e nas angiospermas 
corresponde ao endosperma 
triploide (3n), também chamado de 
endosperma secundário. Porém, 
nas angiospermas, esse 
endosperma só ocorre se houver 
fecundação; 
- Embrião, que corresponde ao 
esporófito jovem e, portanto, é 2n. 
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Monocotiledôneas e Eudicotiledôneas – Principais 
Diferenças 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os hormônios e os movimentos vegetais 
 
 
Os hormônios mais estudados são as Auxinas. A mais importante auxina 
é chamada de ácido indolacético, ou simplesmente AIA. Esse hormônio é 
produzido principalmente pelas gemas apicais (áreas meristemáticas- 
jovens) do caule e da raiz e distribuído desses órgãos (sentido ápice-base) 
provocando a elongação dos mesmos. São os hormônios responsáveis 
pelo crescimento do vegetal. Podem ser inativadas pela luz. Além disso, 
as auxinas inibem a abscisão especialmente de frutos, atuam com 
herbicidas seletivos e inibem o brotamento de gemas laterais nos caules. 
Atuam também no fototropismo e geotropismo. Observe abaixo os locais 
com alta produção de AIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Giberilina e germinação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os vegetais e outros seres vivos podem sofrer 
movimentos influenciados por diversos agentes, 
como por exemplo: luz, gravidade, toque, 
substâncias químicas, dentre outros. 
Em outra análise, os deslocamentos intracelulares 
são facilmente observados nos grandes pêlos 
absorventes de plantas aquáticas como a Trinea. 
Já no interior das células clorofiladas das folhas 
da Elodea (planta aquática ornamental) também 
há movimentos. Tais movimentos, as cicloses, 
são correntes citoplasmáticas que arrastam 
algumas estruturas celulares, como cloroplastos e 
diferentes granulações dispersas no citoplasma. 
Abaixo os principais movimentos nos seres vivos. 
 
TROPISMOS 
 São crescimentos orientados. Isso quer 
dizer que podem manifestar-se em função da 
direção do estímulo exterior. Os agentes 
exteriores que os induzem podem ser de vários 
tipos, como força gravitacional, substâncias 
químicas, luz e outros. Fala-se em tropismo 
positivo quando o crescimento estiver orientado 
no sentido do estímulo, e em tropismo negativo 
quando estiver orientado em sentido oposto ao 
da incidência do estímulo. 
 O fototropismo é acentuado em plantas 
novas de Sinapsis (mostarda), cujos caules se 
curvam em direção da luz. Trata-se de um 
fototropismo positivo. As inflorescências do 
Heliantus (girassol) e muitas folhas de pecíolos 
longos também apresentam acentuado 
fototropismo. 
 
 O geotropismo é particularmente 
observado nas raízes (positivo) e nos caules 
(negativo). Se um órgão, como os ramos laterais, 
crescem horizontalmente, falamos em 
plagiogeogropismo. 
 
 
 
Certos estudos indicam que as auxinas migram 
para o lado oposto à luz. Isso provoca um 
crescimento desigual entre o lado iluminado 
(que cresce menos- pois tem menos AIA) e o 
lado escuro (que cresce mais por tem mais AIA) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há também um hormônio chamado ácido 
jasmônico (jasmonato) que forma-se a partir 
do ácido linolênico nos tecidos vegetais. Pode 
estimular a produção de etileno e favorece a 
produção de bulbos e tubérculos. Aumenta 
rapidamente sua produção em função 
defensiva. 
 
Pergunta: Qual a ação da 
dominância apical das auxinas? 
Dominância apical é a tendência de 
crescimento a partir dos ápices de raiz 
e caule. Esse crescimento é 
comandado pelas auxinas. A poda, 
bloqueia essa dominância, 
estimulando o surgimento de brotos 
laterais. 
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Movimentos vegetais 
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O seismonastismo ocorre na Mimosa pudica, a 
conhecida dormideira ou sensitiva. A folha, ao ser 
tocada, fecha seus folíolos e em seguida se 
dobra, inclinando o pecíolo como se estivesse 
inteiramente murcha. Esse movimento rápido 
depende de bruscas variações de turgência de 
um tecido especial da base dos pecíolos foliares. 
 O fotonastismo é provocado pelas 
variações de luz nos períodos dia-noite. Em 
Leontodon (dente-de-leão), a incidência de luz 
forte faz com que toda inflorescência se abra. Em 
luz fraca ou no escuro ela se fecha. 
 Se o calor provocar reações de abertura 
ou fechamento da flor falamos em 
termonastismo. As flores da tulipa, por exemplo, 
abrem-se em temperaturas altas e fecham-se em 
temperaturas baixas. 
 
O quimiotropismo é orientado por substâncias 
especiais, produzidas por determinadas células 
ou tecidos. Ocorre, por exemplo, nos tubos 
polínicos que crescem em direção aos óvulos no 
interior do ovário. É um quimiotropismo 
positivo. 
 Os tigmotropismos são crescimentos de 
curvatura ou enrolamento causados por estímulo 
mecânico, de contato. É o caso das gavinhas da 
videira, do chuchu e do maracujá. 
 
TACTISMOS 
 
 São movimentos orientados 
(deslocamentos), induzidos também por agentes 
externos. A exemplo dos tropismos, são 
chamados positivos ou negativos, conforme se 
processem no sentido do estímulo ou em 
oposição a ele. 
 O fototactismo se manifesta nas folhas 
dos musgos, cujos cloroplastos migram no 
interior das células, conforme aja maior ou menor 
intensidade luminosa. Neste caso o fototactismo 
é positivo para a luz fraca e negativo para a luz 
forte. 
 No quimiotactismo atuam como 
estímulos vários tipos de substâncias produzidas 
pelas próprias plantas. É o caso dos 
anterozóides, que apresentam quimiotactismo 
positivo para substâncias especiais produzidas 
pelas oosferas. Fica assim garantido o encontro 
das células sexuais. 
 Há também o aerotactismo, onde alguns 
seres aproximam-se ou afastam-se da presença 
do gás oxigênio. 
 
NASTISMOS 
 
 Não são orientados. Não importam a 
natureza e a direção de incidência do agente, o 
movimento sempre ocorrerá segundo um 
determinado padrão, dependendo apenas da 
organização dos tecidos e dos órgão que 
reagem. 
 Normalmente, os nastismos se 
processam por crescimento diferencial (desigual) 
de duas faces opostas de um mesmo órgão que, 
assim, efetuam a curvatura. Há, no entanto, muitas 
reações násticas que se originam por variações 
de turgência de tecidos especializados. 
 
 
 
 
 
 
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ATENÇÃO: Fotoperiodismo 
É uma resposta biológica de um ser vivo às variações na duração dos dias, 
em decorrência das estações do ano. Em vegetais é muito estudado, já 
que para florescer as plantas dependem de um número de horas de 
luminosidade, bem como de um número de horas em ausência de luz. É 
importante entendermos o significado de fotoperíodo crítico:é o 
número de horas de iluminação diária que, se não for atingido, provocará 
alteração fisiológica do vegetal em relação à floração. Proteínas especiais 
envolvidas com essa resposta chamam-se fitocromos. 
Há 3 tipos de plantas 
 Plantas de dia longo: necessitam de um número de horas alto na 
presença da luz para florescer (noite curta). Ex. alface. 
 
 Plantas de dia curto: necessitam de um número de horas baixo na 
presença da luz para florescer (noite longa). Ex. morango. 
 
 Plantas indiferentes: florescem em qualquer época do ano, 
independentemente dos períodos de luz e noite. 
 Ex. tomate 
 
Vejamos um caso de fisiologia de uma planta: Uma planta de dia longo 
tem um fotoperíodo crítico de 16 horas. Caso ela seja exposta a 12h 
diárias de luz ela floresce ou não? A resposta é não, pois se ela é de dia 
longo e deve ser exposta a, no mínimo, 16h de luz diária (noite curta). 
Cuidado: Uma planta de dia curto deve ser exposta diariamente a, no 
máximo, o valor de seu fotoperíodo crítico para florescer. 
Atenção: Sabe-se há muitos anos que o período de duração das noites é 
extremamente importante para a floração. Por exemplo, se uma planta de 
dia curto (noite longa) for exposta a uma noite longa com interrupção da 
noite por um breve período luminoso, ela não florescerá, o que prova que 
os períodos de ausência de luz são necessários para essas plantas. Veja o 
esquema a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Meristemas secundários- Promovem o 
crescimento em espessura do vegetal. Ao longo 
do tempo suas células perdem a capacidade de 
efetuar mitoses, voltando à característica 
embrionária (desdiferenciação). Os meristemas 
secundários são divididos em câmbio e 
felogênio. 
 
 
 
- Câmbio- Instala-se entre os tecidos vasculares 
primários, produzindo os tecidos vasculares 
secundários. Quando em atividade, são células 
altamente vacuoladas, com núcleo pequeno. A 
porção diferenciada a partir do procâmbio 
formará os elementos de condução (xilema e 
floema). Existe uma parte do câmbio diferenciada 
a partir de um outro meristema, chamado 
periciclo, que produzirá raios parenquimáticos. 
 
- Felogênio- É o meristema lateral que origina a 
periderme, um tecido secundário que substitui a 
epiderme em muitas dicotiledôneas e 
gimnospermas lenhosas. Pode ser observado em 
cortes transversais, como uma faixa mais ou 
menos contínua e suas células iniciais são 
retangulares. 
 
 Obs.: Periciclo: tecido primário que origina o 
felogênio e a parte do câmbio (câmbio 
interfascicular, em frente aos polos de 
protoxilema) que origina os raios 
parenquimáticos (presentes entre o xilema). 
 
Desde as sementes, os vegetais apresentam 
tecidos embrionários e, à medida que crescem, 
as plantas formam tecidos organizados com 
diversas funções. Esse processo é chamado 
diferenciação e vai formando novos tecidos ou 
novas estruturas. 
 
Os tecidos vegetais podem ser divididos em: 
 
Meristemáticos ou embrionários 
 
Meristemas primários- São os tecidos que 
permitem o crescimento longitudinal dos 
vegetais. Estão localizados nas extremidades das 
plantas. As células meristemáticas deste tecido 
demonstram uma permanente capacidade de 
efetuar mitoses, promovendo um crescimento 
contínuo. 
Em uma planta jovem, por exemplo, os 
meristemas apicais existentes na ponta do caule 
estão em grande atividade. Os meristemas 
primários são divididos em: 
 
 Dermatogênio (protoderme)- Forma a 
epiderme e anexos da epiderme 
 Periblema (meristema fundamental)- 
Forma a casca ou córtex. Desse tecido 
surgem os parênquimas e os tecidos de 
sustentação. 
 Pleroma (procâmbio)- Forma o cilindro 
central. Origina os vasos do xilema e 
floema. 
 
 
 
 
 
 
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Histologia dos Vegetais 
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http://professores.unisanta.br/Meus%20documentos/Minhas%20Webs/HPMARASANTA/Imagens/ANATOMIA/felogênio%20e%20periderme.jpg
 
 
Cutícula 
As células epidérmicas secretam para o exterior 
substâncias impermeabilizantes, que formam 
uma película de revestimento denominada 
cutícula. O principal componente da cutícula é a 
cutina, um polímero feito de moléculas de ácidos 
graxos. Além de evitar a perda de água, a cutícula 
protege a planta contra infecções e traumas 
mecânicos. 
 
 
 
 
Lenticelas 
 
 
Adultos ou permanentes 
 
Revestimento- Epiderme e súber 
A epiderme das plantas vasculares é um tecido 
formado, de modo geral, por uma única camada 
de células de formato irregular, achatadas, vivas e 
aclorofiladas. É um tecido de revestimento típico 
de órgãos jovens (raiz, caule e folhas). A 
epiderme de uma raiz mostra uma camada 
cilíndrica de revestimento, com uma zona pilífera, 
cujos pelos nada mais são do que extensões de 
uma célula epidérmica. 
 
Pêlos ou tricomas (secretores ou absorventes) 
 
São geralmente estruturas especializadas contra 
a perda de água por excesso de transpiração, 
ocorrendo em planta de clima quente. Podem 
ser, no entanto, secretores, produzindo 
secreções oleosas, digestivas ou urticantes. As 
plantas carnívoras possuem tricomas 
“digestivos” e a urtiga, planta que provoca 
irritação da pele, possui tricomas urticantes. 
 
 
 
 
 
 
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Anexos nos vegetais 
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Acúleos 
São estruturas pontiagudas com função de 
proteção da planta contra predadores, são 
frequentemente confundido com espinhos, que 
são folhas ou ramos modificados. Os acúleos são 
fáceis de destacar e são provenientes da 
epiderme. Podem ser encontrados nas roseiras. 
 
Hidatódios 
Hidatódios são estômatos modificados, 
especializados em eliminar excessos líquidos da 
planta. Os hidatódios geralmente presentes nas 
bordas das folhas, onde, pela manhã, é possível 
observar as gotas de líquido que eles eliminam, 
fenômeno conhecido como gutação. 
 
Estômatos 
Os estômatos são os anexos mais importantes 
relacionados com a troca de gases e água entre 
as folhas e o meio. As células estomáticas são as 
únicas na epiderme que possuem clorofila. Um 
estômato visto de cima, assemelha-se a dois 
feijões dispostos com as concavidades frente a 
frente: são as duas células estomáticas ou células-
guarda, que possuem parede celular mais 
espessa na face côncava e cuja disposição deixa 
entre elas um espaço denominado fenda 
estomática ou ostíolo. 
 
 
 
 
 
 
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ATENÇÃO: “Periderme” 
Na estrutura secundária da raiz e caule de angiospermas e 
gimnospermas, a epiderme é substituída pela periderme, camada 
formada pelo súber, felogênio e feloderme. O felogênio produz para fora 
o súber, formado por células com parede celular impregnada de 
suberina, uma espécie de cera que impermeabiliza as células, o que torna 
o tecido morto pois não absorve substâncias. Para dentro, o felogênio 
produz a feloderme composta por células vivas. 
 
 
 
OBS: O súber pode se desprender da planta à medida que é 
renovado, chamamos então de Ritidoma, que são cascas que se 
desprendem do vegetal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Preenchimento 
 A folhaé totalmente revestida pela epiderme, e seu interior, 
denominado mesófilo (do grego, mesos, meio e phylon, folha), é 
constituído por parênquima clorofiliano, tecidos condutores e tecidos 
de sustentação. 
 
O parênquima clorofiliano foliar pode ser, em geral de dois tipos: 
 
-Paliçádico - constituído por células prismáticas e justapostas como uma 
paliçada 
-Lacunoso - constituído por células de forma irregular, que deixam 
espaços ou lacunas entre si. 
 
 
OBS: O parênquima clorofiliano (assimilador) realiza fotossíntese e, por 
isso, é mais encontrado em folhas e caules verdes; o parênquima amilífero 
ou de reserva é o que armazena reservas energéticas (principalmente 
amido) e é muito encontrado em raízes; o parênquima aerífero 
(aerênquima) armazena ar, mas não para respirar, mas para flutuar em 
ambientes aquáticos; o parênquima aquífero armazena água para resistir 
em regiões áridas (quentes e secas) como é o caso dos desertos e da 
caatinga e é bem desenvolvido em cactáceas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sustentação 
 Colênquima 
É um tecido flexível, localizado mais externamente no corpo do vegetal 
e encontrado em estruturas jovens como pecíolo de folhas, extremidade 
do caule, raízes, frutos e flores. 
 
 
Esclerênquima 
O esclerênquima é um tecido mais rígido que o colênquima, 
encontrado em diferentes locais do corpo de uma planta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Condução - Transporte 
Inicialmente, ocorre a absorção de água e nutrientes minerais pela zona 
pilífera da raiz. Os diferentes tipos de íons são obtidos ativa ou 
passivamente e a água é absorvida por osmose. 
Forma-se uma solução aquosa mineral, a seiva bruta ou seiva inorgânica. 
Essa solução caminha de célula a célula radicular até atingir os vasos do 
xilema (ou lenho) existentes no centro da raiz. A partir daí, o transporte 
dessa seiva ocorre integralmente dentro dos vasos lenhosos até as folhas. 
Lá chegando, os nutrientes e a água difundem-se até as células e são 
utilizados no processo da fotossíntese. 
Os compostos orgânicos elaborados nas células do parênquima 
clorofiliano das folhas difundem-se para outro conjunto de vasos do 
tecido condutor chamado floema ou líber. No interior dos vasos 
liberianos, essa seiva orgânica ou seiva elaborada é conduzida até atingir 
as células do caule, de um fruto, de um broto em formação, de uma raiz 
etc., onde é utilizada ou armazenada. 
Xilema 
 
 
 
Floema 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A parte interna da raiz é o cilindro central, composto principalmente por 
elementos condutores (protoxilema e protofloema), fibras e 
parênquima. O cilindro central é delimitado pela endoderme, uma 
camada de células bem ajustadas e dotadas de reforços especiais nas 
paredes, as estrias de Caspary. Essas estrias são como cintas de celulose 
que unem firmemente as células vizinhas, vedando completamente os 
espaços entre elas. Assim, para penetrar no cilindro central, toda e 
qualquer substância tem que atravessar diretamente as células 
endodérmicas, uma vez que as estrias de caspary fecham os interstícios 
intercelulares. Abaixo, observe como a água desloca-se dentro do 
vegetal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Alguns pontos dos modelos de Munch e Dixon 
 
 
 
 
 
 
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Secretores 
- Pêlos – Defesa, absorção e predação. Podem conter enzimas digestivas 
(como na Drosera) 
- Nectários- Produzem o néctar 
- Vasos Lactíferos- Látex, seringueira- borracha. 
- Bolsa Secretora- Pode servir de defesa e acumular cristais de oxalato 
de cálcio. Notam-se duas formas, as drusas ou ráfides. 
 
A organografia dos vegetais - Estudo dos órgãos 
 
 
Sistemas radiculares 
 
 
 
 
 
 
 
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-Tronco: É um caule aéreo, ereto e lenhoso. 
Apresenta ramificações. Ocorre em plantas como 
paineiras, figueiras e tantas outras. O umbuzeiro 
apresenta um tipo de tronco chamado suculento 
que acumula água. 
 
-Haste: Caule aéreo delicado, não-lenhoso. 
Ocorre no feijoeiro e na maioria das ervas. 
 
-Estipe: Caule aéreo, ereto e com coroa de folhas 
apenas no ápice. Em muitos casos apresenta-se 
fino, mas em grandes árvores como as palmeiras. 
 
-Colmo: Caule aéreo, ereto, com nós e entre-nós 
bem evidentes; são mais delgados que as estipes 
e as folhas não estão restritas ao ápice. Ocorre na 
cana-de-açúcar e no bambu. Neste, os entre-nós 
(gomos) são ocos, enquanto na cana-de-açúcar 
são maciços. 
 
-Caule volúvel: Caule aéreo, não ereto, incapaz 
de sustentar suas folhas; eleva-se do solo, 
enrolando-se em qualquer suporte. Ocorre em 
certas trepadeiras como a madressilva e 
ipoméias. 
 
-Escora (suporte): raiz aérea que dá suporte à 
planta. Encontrada em algumas plantas que 
vivem em solo pantanoso como o milho e o 
Pandanus. 
 
-Tabular: É um tipo especial de suporte em que 
os ramos radiculares se fundem com o caule. 
Ocorre em plantas de grande porte. Um exemplo 
típico é a figueira. 
 
-Estrangulantes: É uma variação de raiz escora 
que se desenvolve em certas plantas epífitas, 
como as figueiras mata-pau. Ao atingir o solo 
essas raízes ramificam-se e crescem podendo 
envolver o tronco de uma outra planta 
(hospedeira). Pode viver muito tempo com a 
planta hospedeira, mesmo sendo um caso de 
relação negativa. 
 
-Pneumatóforo: Raiz aérea com função 
respiratória. Cresce em direção à superfície, 
ficando exposta ao ar ou à água. Possui pequenos 
orifícios chamados pneumatódios, por onde 
ocorrem as trocas gasosas. O exemplo típico é o 
mangue vermelho. 
 
-Sugadora ou Haustório: Raiz aérea típica de 
plantas parasitas e hemiparasitas. São muito finas 
e penetram no caule retirando seiva bruta 
(hemiparasita - erva-de-passarinho) ou seiva 
elaborada (holoparasita – cipó-chumbo). 
 
-Tuberosa: Esse tipo de raiz atua também como 
órgão de reserva. É um tipo de raiz subterrânea. 
Pode ser pivotante (como na cenoura) ou lateral 
(como na batata-doce). 
 
 
 
 
 
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Sistemas caulinares 
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Bulbo: É ao mesmo temo exemplo de caule e de 
folhas subterrâneas. É o caso da cebola (bulbo 
simples), cujo bulbo possui uma parte central 
(prato) que corresponde ao caule e de onde 
partem os catafilos (folhas modificadas), que 
nesse caso são ricas em reserva nutritiva. Outro 
exemplo de bulbo é o alho, em que cada dente 
corresponde a um pequeno bulbo (bulbo 
composto). 
-Caule rastejante ou prostrado do tipo 
sarmento: Caule aéreo, não ereto, incapaz de 
sustentar suas folhas, desenvolvendo-se rente ao 
chão. Fixa-se ao solo por raízes que se 
desenvolvem em um só ponto. Ocasionalmente 
pode se enrolar e subir em um suporte. Ex. 
chuchu, abóboras e algumas ipomeias. 
 
-Rastejante do tipo Estolho: Caule aéreo, não 
ereto, incapaz de sustentar suas folhas, 
desenvolvendo-se rente ao chão. Fixa-se ao solo 
por raízes que se desenvolvem-se a partir de 
vários pontos. 
Funcionam como elementos de propagação 
vegetativo quando a ligação entreum 
enraizamento e outro é rompida. Ocorre nos 
morangos e nas “Eras” podem subir em 
substratos. 
 
-Cladódio: Caule aéreo, ereto, modificado com 
função fotossintetizante e/ou de reserva de água. 
Ocorre com cactos, plantas que têm suas folhas 
transformadas em espinhos. O caule é achatado 
e verde, passando a ser responsável pela 
fotossíntese e atua como reserva d’água. 
 
-Rizóforos: São ramificações produzidas a partir 
de um eixo caulinar principal. Crescem em 
direção ao solo e formam raízes adventícias. Eles 
auxiliam na sustentação e estabilização de plantas 
ou atuam no aumento da capacidade da planta 
explorar o solo ao seu redor. Ocorre em plantas 
comuns nos manguezais brasileiros. 
 
-Rizoma: Caule subterrâneo que se desenvolve 
paralelamente à superfície; dele podem emergir 
diretamente folhas aéreas ou ramos caulinares 
verticais com folhas. Ocorre na bananeira, cujas 
folhas possuem bainhas desenvolvidas, que 
juntas formam o pseudo-caule. É comum nas 
bananeiras, nas samambaias e na espada-de-são-
jorje. 
 
-Tubérculo: Caule subterrâneo arredondado, 
rico em material nutritivo. É o caso do gengibre e 
batatinha comum (Solanum tuberosum), nos 
quais é possível observar como em todo e 
qualquer caule, a presença de botões vegetativos 
ou gemas, popularmente conhecidos por “olhos”. 
 
 
 
 
 
 
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Sistemas foliares 
 
Algumas adaptações 
 
-Espinhos: Na grande maioria dos casos, os espinhos são folhas 
modificadas com função de evitar a transpiração excessiva do vegetal. É 
encontrado nos cactos e em outras plantas que vivem em climas quentes 
como nos desertos. 
 
-Brácteas: Folhas sempre presentes na base das flores. Podem ou não ser 
coloridas, atuando como estruturas de atração de insetos ou pássaros. 
Ocorre no bico-de-papagaio, onde as brácteas são geralmente vermelhas 
e as flores são pequenas e pouco vistosas. Ocorre também na 
“Primavera”. 
 
-Catafilos: Folhas reduzidas, que geralmente protegem gemas 
dormentes. Em alguns casos especiais atuam como órgãos de reserva, 
como na cebola e alho. 
 
- Folhas de plantas carnívoras: Modificadas para a captura e digestão 
de insetos e outros pequenos animais. É o caso de Nepenthes, Drosera e 
Dionaea. 
 
 
 
 
 
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ATENÇÃO – GAVINHAS: Podem ser modificações de 
caules, raízes ou folhas. Têm como característica enrolar-
se a um suporte porque são sensíveis ao contato, embora 
não se trate de um caule volúvel. As caulinares sempre 
nascem a partir da axila de folhas e ocorrem, por 
exemplo, na uva e no maracujá. Gavinhas que nascem de 
raízes podem ser encontradas em algumas orquídeas. Já 
as gavinhas que derivam de folhas modificadas ocorrem, 
por exemplo, nas ervilhas. 
Uma gavinha 
 
 
 
 
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SECOS 
 Neste caso o pericarpo apresenta-se de 
forma seca. 
 
Os frutos secos podem ser: 
 
-Deiscentes: Abrem-se naturalmente quando 
maduros, expondo ou mesmo eliminando suas 
sementes, ou dividem-se em segmento durante a 
maturação. Podem ser: 
 1- Legume ou vagem- Feijão, ervilha e soja. 
 
 
 
 2- Lomento- Carrapicho 
 3- Cápsula- Papoula e castanha-do-pará 
 
-Indeiscentes: Não se abrem naturalmente 
quando maduros. 
 
 1- Aquênio: Com uma só semente ligada à 
parede do fruto por um só ponto. Ocorre no fruto 
do girassol. 
 2- Cariopse ou grão: Com uma só semente 
ligada à parede do fruto por toda a sua extensão. 
Ocorre no trigo, milho e arroz. 
 3- Noz: O pericarpo é muito duro, contendo 
uma só semente livre do pericarpo no seu 
interior. Ocorre no avelã, noz, castanha 
portuguesa e carvalho. 
 
 
ATENÇÃO: Frutos secos do tipo sâmara podem 
ser deiscentes ou indeiscentes. Eles apresentam 
expansões aladas para facilitar a dispersão dos 
frutos e de suas sementes. 
 
 
 Os frutos protegem a semente e auxiliam 
na sua disseminação. Origina-se do 
desenvolvimento do ovário e, portanto, das 
estruturas carpelares. No fruto já formado, elas 
compõem o pericarpo. Este, de fora pra dentro, 
apresenta: epicarpo, mesocarpo e endocarpo. 
O mesocarpo geralmente torna-se carnoso, 
suculento, com substâncias de reserva. 
 
Os tipos de frutos são: 
 
CARNOSOS 
 Nos frutos carnosos o pericarpo apresenta-
se de forma suculenta, coriáceo ou fibroso. 
 
-Baga: Com pericarpo carnoso, geralmente com 
muitas sementes separáveis do fruto. Encontra-se 
na uva, tomate, laranja, limão, melancia, 
abobrinha. 
 
-Drupa: Com pericarpo carnoso, coriáceo ou 
fibroso e endocarpo muito duro envolvendo a 
semente, formando o caroço. Geralmente com 
uma semente. Ocorre na azeitona, pêssego, 
ameixa e manga. 
 
 
 
 
 
 
 
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Frutos e sementes 
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2- Pseudofrutos compostos ou agregados: São 
derivados de muitos ovários de uma só flor, que 
ficam unidos pelo desenvolvimento de outra 
estrutura que não o ovário. É o que acontece com 
o morango, em que os ovários (frutos simples) 
ficam presos a uma parte carnosa que 
corresponde ao receptáculo da flor. 
 
 3- Pseudofrutos do tipo infrutescências ou 
múltiplos: Derivam de inflorescências em que os 
ovários de cada flor amadurecem. É o caso do 
figo e da amora, além do abacaxi, no qual a parte 
suculenta é derivada de brácteas e do pedúnculo 
da inflorescência. 
 
 
 
Os pseudofrutos 
 
Estruturas suculentas com reservas nutritivas que 
se desenvolvem a partir de processos incomuns, 
como por exemplo, de outras porções da flor que 
não o ovário. Atualmente se tem usado o termo 
fruto para os designar. 
 
Podem ser: 
 
1- Pseudofruto simples (ou fruto 
acessório): Provenientes do desenvolvimento do 
pedúnculo ou do receptáculo floral. Isso ocorre 
na maçã, pêra e caju, em que a parte carnosa 
comestível não é resultado do desenvolvimento 
do ovário. Nesse caso o fruto verdadeiro é a 
semente comestível. 
 
De onde originam-se os frutos 
abaixo? 
-Maçã e pera: receptáculo floral 
-Caju: pedúnculo floral. CUIDADO: a 
castanha é o fruto verdadeiro, 
originado do ovário da flor. 
 
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Algumas formas de Propagação vegetal 
 
 
 
 
 
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