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CONTABILIDADECONTABILIDADE
INTERMEDIÁRIA IIINTERMEDIÁRIA II
Me. Marco Aurélio Claudiano da Si lva
IN IC IAR
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introdução
Introdução
O principal objetivo da contabilidade é a geração de relatórios da situação
patrimonial e �nanceira de uma entidade, e é muito importante para um
pro�ssional da área contábil conhecer as principais demonstrações contábeis
que são exigidas das empresas no Brasil.
Nesta unidade, são apresentadas as duas principais demonstrações contábeis
e que são necessárias para as organizações na legislação brasileira, que
compreendem o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultados. Serão
apresentadas as suas estruturas e como entender os dados que estão
disponibilizados nesses dois relatórios contábeis fundamentais.
A partir desses pontos, você poderá conhecer melhor e aprender como
montar um Balanço Patrimonial e uma Demonstração de Resultados, assim
como conseguirá classi�car corretamente as contas que irão compor esses
demonstrativos.
A intenção principal neste material é desmisti�car a questão da contabilidade
e, em uma linguagem simples, proporcionar a você a oportunidade de
conhecer mais sobre esse ambiente fascinante.
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O Balanço Patrimonial e o Demonstrativo de Resultado do Exercício são duas
das principais Demonstrações Contábeis previstas no item 10 do
Pronunciamento Contábil número 26 (R1) de 15/12/2011, emitido pelo CPC
(Comitê de Pronunciamento Contábil), e exigidos das empresas na legislação
brasileira, independentemente de seu porte. Para as Sociedades Anônimas,
são exigidas outras demonstrações contábeis previstas na Lei nº 11.638/07 e
alteradas pela Lei nº 11.941/09 como a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos
Acumulados, Demonstração de Fluxo de Caixa, Demonstração das Mutações
do Patrimônio Líquido e Demonstrativo de Valor Adicionado.
Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial, segundo a FIPECAFI (2013, p. 2), “[...] tem por
�nalidade apresentar a posição �nanceira e patrimonial da empresa em
determinada data, representando, portanto, uma posição estática”. Com o
intuito de facilitar o entendimento, é comum fazermos a analogia com uma
Balanço Patrimonial e DREBalanço Patrimonial e DRE
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fotogra�a, ou seja, o BP retrata um momento especí�co da situação
patrimonial da empresa.
A estrutura do Balanço Patrimonial deve representar o patrimônio de uma
entidade, sendo os itens agrupados de uma forma a facilitar o entendimento
da situação �nanceira da empresa. Essa estrutura, atualmente, é regida pela
Lei nº 11.638/07   com modi�cações inseridas pela Lei nº 11.941/09. A
estrutura do BP apresenta os seguintes itens: Ativo, Passivo e Patrimônio
Líquido.
O Ativo é descrito no parágrafo 1º do art. 178 da Lei nº 6.404/76 como:
§ 1º No Ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de
grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes
grupos:
I – ativo circulante; e
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo
prazo, investimentos, imobilizado e intangível (BRASIL, 1976, on-
line).
O Passivo e o Patrimônio Líquido estão descritos no parágrafo 1º do art. 178
da Lei nº 6.404/76, como:
§ 2º No Passivo as contas serão classi�cadas nos seguintes grupos:
I – passivo circulante; e
II – passivo não-circulante; e
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de
capital, ajustes de avaliação patrimonial, reserva de lucros, ações
em tesouraria e prejuízos acumulados (BRASIL, 1976, on-line).
Segundo a FIPECAFI (2013), as demonstrações contábeis, no Brasil, são
regulamentadas pelo Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação da
Demonstrações Contábeis. Seguem as regras internacionais de relatórios
contábeis, não apresentando uma ordem para os dados no Balanço
Patrimonial, mas determinadas pela legislação brasileira.
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Quadro 1.1 - Estrutura do Balanço Patrimonial
Fonte: FIPECAFI (2013, p. 3).
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo + Patrimônio Líquido
Ativo Circulante Passivo Circulante
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante
Realizável a Longo Prazo Patrimônio Líquido
Investimentos Capital Social
Imobilizado Reservas de Capital
Intangível Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucro
Ações de Tesouraria
Prejuízos Acumulados
Highlight
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Contas do Ativo
O Ativo, segundo Marion (2018, p. 40), “é o conjunto de bens e direitos de
propriedade ou controlado pela empresa. São itens positivos do Patrimônio:
trazem benefícios, proporcionam ganho para a empresa”.
Segundo Marion (2018), os bens podem ser divididos em tangíveis e
intangíveis. Como tangíveis podem ser citados os exemplos de veículos,
móveis, estoques, disponibilidade �nanceira e outros itens que existam
�sicamente. Os bens intangíveis são aqueles que não são palpáveis, por
exemplo a marca de um produto ou patentes de produtos que são
registrados e dão direito à exploração comercial de produtos.
Para Dantas (2015, p. 7), os direitos são:
[...] Valores que irão se transformar em disponibilidades �nanceiras
(dinheiro) a curto ou longo prazos. São direitos recebíveis, como
saiba mais
Saiba mais
Para Dantas (2015), o método das partidas
dobradas foi criado pelo italiano Luca Pacioli
e é utilizado na contabilidade, prevendo que
a cada operação realizada de débito (um ou
mais lançamentos) deve também acontecer
uma operação de crédito (um ou mais
lançamentos), e nos balancetes de
veri�cação, obrigatoriamente, a soma dos
débitos deve ser igual à soma dos créditos.
Para saber mais, acesse a matéria
Escrituração de partidas dobradas: guia
completo.
ACESSAR
https://quickbooks.intuit.com/br/blog/planejamento-financeiro/escrituracao-partidas-dobradas-sistema-guia/
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por exemplo, Duplicatas e Contas a Receber, Cartões de Crédito a
Receber, Despesas Antecipadas, Impostos a Recuperar, etc.
Para Marion (2018), o ativo circulante compreende o dinheiro que a empresa
tem em disponibilidade, em caixa ou em banco, e também os valores que
poderão ser transformados em dinheiro a curto prazo, por exemplo os
estoques que estão disponíveis para a venda e as duplicatas a receber. Para
Marion (2018, p. 54), “O ativo circulante é o grupo que gera dinheiro para a
empresa pagar suas contas a curto prazo”.
Quanto ao Ativo Não Circulante, segundo Bonho, Silva e Alves (2018, p. 56):
[...] são os bens e direitos com realização acima de um ano. Além
do ativo realizável a longo prazo, o ‘ativo não circulante’ inclui
elementos patrimoniais que di�cilmente se transformarão em
dinheiro, pois não se destinam à venda, mas são utilizados como
meio de produção ou obtenção de renda para a entidade. São
bens dos quais a empresa não tem intenção de se desfazer, visto
que muitas vezes ele mantém sua atividade.
Segundo Bonho, Silva e Alves (2018), como Ativo Não Circulante, além do
realizável a longo prazo, podem ser citados os investimentos que podem ser
participação em outras empresas, compra de terrenos para ganhos
posteriores ou compras de obras de arte.O imobilizado são bens adquiridos
para manter a atividade principal ou dar suporte à sua atividade operacional,
por exemplo imóveis utilizados, veículos, móveis etc. O ativo intangível, antigo
ativo diferido, alteração realizada pela Lei nº 11.941/2009, pode ser entendido
como algo que não existe �sicamente, mas que faz parte dos bens da
empresa, por exemplo o valor da marca de um produto ou da empresa no
mercado.
Contas do Passivo
As contas do passivo seguem a mesma lógica das contas do ativo e são
separadas em Circulante e Não Circulante também.
Highlight
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Segundo Marion (2018, p. 57), o Passivo Circulante: “evidencia todas as dívidas
com terceiros que serão pagas a curto prazo: dívidas com fornecedores de
mercadorias, salários a pagar, impostos a pagar, empréstimos bancários a
pagar, encargos a pagar, etc.”.
Sobre o Passivo Não Circulante, Marion (2018, p. 57) a�rma que:
[...] este grupo é composto principalmente do Exigível a Longo
Prazo que compreende as obrigações com terceiros que serão
liquidadas a longo prazo. As dívidas a longo prazo normalmente se
referem aos �nanciamentos obtidos junto a �nanceiras e bancos
de desenvolvimento e investimento.
Contas do Patrimônio Líquido
O Patrimônio Líquido corresponde ao total de recursos que os proprietários
da empresa investiram no negócio.
Segundo Marion (2018, p. 57),
Conforme a legislação brasileira, o Patrimônio Líquido é dividido
em Capital Social, em Reservas (destinos especí�cos para o lucro
não distribuído) e outros itens. Entretanto, para simpli�cação
contábil, o ideal é ver o Patrimônio Líquido como investimentos dos
donos da empresa. Em outras palavras: quanto os proprietários
aplicaram na empresa?
Como facilitar o entendimento do Balanço
Patrimonial
Uma grande di�culdade para quem está começando na área de Contabilidade
é conseguir entender e fazer uma leitura de um Balanço Patrimonial. O
Quadro 1.2, a seguir, procura facilitar esse processo.
Highlight
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Balanço Patrimonial para Leitura Simpli�cada
Ativo Passivo + Patrimônio Líquido
Ativo Circulante – dinheiro ou
tudo que vai ser transformado em
dinheiro a curto prazo (até um ano)
-       Disponível
-       Estoque
-       Duplicatas a Receber
Passivo Circulante – tudo aquilo
que será pago (liquidados em até
um ano)
-       Fornecedores
-       Salários a pagar
-       Impostos a pagar
-       Encargos a pagar
-       Empréstimos bancários a
pagar
-       Contas a pagar
Ativo Não Circulante
-       Realizável a Longo Prazo –
aquilo que vai ser recebido a LP
(acima de um ano)
-       Investimentos
-       Imobilizado
-       Intangível (não se destina à
venda, não será recebido)
Passivo Não Circulante
-       Exigível a Longo Prazo – tudo
aquilo que vai ser pago a LP (acima
de um ano)
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Quadro 1.2 - Balanço Patrimonial para Leitura Simpli�cada
Fonte: Adaptado de Marion (2018, p. 60).
Patrimônio Líquido
-       Capital Social
-       Reservas de Capital
-       Ajustes de Avaliação
Patrimonial
-       Reservas de Lucro
-       Ações de Tesouraria
-       Prejuízos Acumulados
(Não vai ser pago e não é exigível)
saiba mais
Saiba mais
O Balanço Patrimonial é um importante
relatório contábil, e o entendimento da sua
estrutura é vital para que um pro�ssional da
contabilidade ou mesmo uma pessoa que
não tenha formação nessa área possa ler e
entender a situação patrimonial da empresa.
Para saber mais, acesse a matéria
Demonstrações contábeis: O balanço
patrimonial , de Karen Yonamine.
ACESSAR
https://www.jornalcontabil.com.br/demonstracoes-contabeis-balanco-patrimonial/
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Demonstrativo de Resultado do Exercício
A Demonstração de Resultado do Exercício (DRE), segundo Gelbcke et al.
(2018, p. 527):
[...] é a apresentação, em forma resumida, das receitas e despesas
decorrentes das operações realizadas pela empresa durante o
exercício social, com o objetivo de demonstrar a composição do
resultado líquido do período.
Segundo Marion (2018), o DRE compreende um resumo das receitas e
despesas da empresa que é apresentado de forma dedutiva na vertical, sendo
que, primeiramente, apresentam-se as receitas e, posteriormente, vão se
deduzindo as receitas com despesas ocorridas até obter o resultado do
período que pode ser lucro (positivo) ou prejuízo (negativo).
Segundo Marion (2018), a apuração do resultado deve ser realizada ao �nal
de cada exercício social que, normalmente, compreende o ano civil. Para
apurar o resultado, deve-se entender os conceitos de receita e despesa,
conforme a seguir:
a) A receita geralmente compreende o processo de venda de serviços ou
mercadorias que vão gerar dinheiro para a empresa. A geração de uma
receita vai gerar aumento no ativo, mas nem sempre entradas de dinheiro
correspondem a receitas (por exemplo, empréstimos bancários).
b) Segundo Marion (2018, p. 73), “A despesa é todo sacrifício, todo esforço da
empresa para obter receita”. Os desembolsos para pagamento das despesas
geram uma redução no Caixa ou então um aumento no Passivo, quando não
é paga à vista. Além do pagamento em dinheiro, as despesas podem gerar
reduções no Ativo, por exemplo a depreciação de bens imobilizados.
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Quadro 1.3 - Demonstrativo de Resultado do Exercício
Fonte: Adaptado de Marion (2018, p. 73).
Segue a estrutura do DRE, conforme Bonho, Silva e Alves (2018, p. 87):
(+) receita de vendas brutas;
(–) deduções da receita;
(=) receita líquida;
(–) custos das mercadorias vendidas;
(=) lucro bruto;
(–) despesas operacionais;
(=) lucro operacional;
(+–) resultado não operacional;
(=) lucro antes de impostos sobre a renda;
(–) impostos;
(=) resultado líquido ou lucro ou prejuízo líquido.
A Tabela 1.1 retrata um exemplo de DRE para a empresa �ctícia ABC.
Operações A prazo À vista
Receita ->
+     Dupl. a receber
(Ativo)
+     Caixa (encaixe)
(Ativo)
Despesa ->
+     Contas a Pagar
(Passivo)
(-) Caixa (desembolso)
(Ativo)
Demonstração de
Resultado do Exercício
Balanço Patrimonial
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Tabela 1.1 - Exemplo de DRE
Fonte: Adaptado de Bonho, Silva e Alves (2018, p. 88).
Segundo Quintana (2014), é importante �car atento à questão das contas de
resultado do DRE que têm um funcionamento diferente em relação às contas
patrimoniais do BP. No Balanço Patrimonial, as contas são acumuladas ao
longo do tempo e registram as informações desde a abertura da empresa. Já
no DRE, as contas de resultado devem ser zeradas ao �nal do exercício social
e re�etem o lucro ou prejuízo da empresa ao �nal de cada período.
Empresa ABC – Exemplo de DRE
Receita com Vendas R$ 40.000,00
(-) Impostos sobre vendas (R$ 7.200,00)
(=) Receita operacional líquida R$ 32.800,00
(-) CMV (Custo da Mercadoria
Vendida)
(R$ 24.600,00)
(=) Lucro operacional bruto R$ 8.200,00
(-) Despesas com salários (R$ 2.000,00)
(=) Lucro Operacional Líquido R$ 6.200,00
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praticar
Vamos PraticarO Balanço Patrimonial sofreu grandes alterações com a publicação das Leis número
11.638/07 e 11.941/2009 com o objetivo de injetar sangue novo na Contabilidade
brasileira e fazer com que ela �casse mais próxima das normas internacionais já
implantadas em outros países. Algumas dessas mudanças geraram impactos na
estrutura do Balanço Patrimonial.
Fonte: CHAGAS, G. Contabilidade intermediária simpli�cada . São Paulo: Saraiva,
2014.
Em relação às opções a seguir, assinale a alternativa cuja conta não pertence mais à
estrutura do Balanço Patrimonial a partir da nova legislação:
a) Ativo Diferido.
b) Ativo Circulante.
c) Passivo Circulante.
d) Passivo Não Circulante.
e) Patrimônio Líquido.
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As vendas de produtos ou serviços são vitais para que as empresas possam
obter receitas e se manter no mercado. O ideal é que as vendas pudessem ser
efetivadas apenas em dinheiro com entrada à vista no caixa, mas a realidade
das empresas, atualmente, exige que essas possuam formas de vendas a
prazo para que consigam gerar receitas a curto ou a longo prazo. Dessa
forma, é importante entender como ocorre o processo de vendas a prazo,
buscando identi�car de que forma as Contas a Receber impactarão no
resultado da empresa e sua situação patrimonial.
Identi�icação das Contas a Receber
Segundo Padoveze (2017a, p. 147),
[...] no caso de vendas a prazo, nós entregamos mercadorias de
nosso estoque, por um preço de venda, na promessa de
recebermos o valor em dinheiro em algum prazo mais pra frente.
Isso signi�ca um direito. Dentro de nossa lei comercial, faremos a
emissão de uma duplicata, que é um título de crédito, que em
Ativo Circulante Ativo Circulante –Contas a–Contas a
ReceberReceber
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nosso país deve ser utilizado para cobrança de vendas a prazo de
mercadorias ou serviços.
Segundo Chagas (2014), a conta Duplicatas a Receber (clientes) agrupa os
valores que a empresa tem para receber dos seus clientes. Esses títulos de
crédito devem ter identi�cados de forma legal seus devedores, e constituem-
se um ativo muito importante para a empresa.
Classi�ca-se como Contas a Receber tudo o que a empresa vendeu de forma
parcelada ou com uma condição especial de pagamento para o cliente.
Quando a venda é efetuada à vista, automaticamente irá para as
Disponibilidades do Ativo no Caixa (em dinheiro) ou no Banco (depósito
bancário). Quando a empresa tem algum valor a prazo para receber, mas não
é referente à sua questão operacional de vendas de mercadorias ou de
serviços – por exemplo, venda de algum bem imóvel, de fornecedores ou
mesmo de sócios –, pode ser alocado na conta Outras Contas a Receber do
Ativo Circulante.
Segundo Padoveze (2016), os procedimentos para vendas a prazo no Brasil
determinam que deve ser realizada a emissão de uma nota �scal de venda, de
uma fatura que identi�que os valores a serem recebidos com seus especí�cos
vencimentos e a emissão de uma ou mais duplicatas, dependendo da
quantidade de parcelas acordadas. Atualmente, ao invés de duplicatas, as
empresas emitem boletos bancários, que substituem a emissão das faturas e
das duplicatas de uma única vez.
Segundo Gelbcke et al. (2018), muitas empresas colocam no Balanço
Patrimonial apenas o total de contas a receber de clientes, os valores
previstos de eventuais perdas e alguns outros eventos. Mas, nas notas
explicativas no item contas a receber, devem ser colocadas as informações
necessárias que expliquem como foi realizada a conciliação do saldo para a
avaliação dos usuários dos relatórios. Cada entidade pode fazer da forma
como o contador achar melhor, mas o mais indicado seria pelo menos os
seguintes grupos:
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a) Contas a receber de clientes: onde estão colocados os valores devidos pelos
clientes que compraram as mercadorias ou serviços da empresa.
b) Contas a receber de controladas e coligadas: a CPC 26 – Apresentação das
Demonstrações Contábeis, no item 78b, em que devem ser separados os
valores a receber, de clientes normais, das empresas controladas ou coligadas
da companhia principal.
c) Contas a receber relativas a componentes de �nanciamento: devem ser
registrados de forma separadas dos valores a receber através da venda de
mercadorias ou prestação de serviços de valores de �nanciamento a receber.
d) Perdas estimadas com créditos de clientes: o CPC 48, no item 5.5.15,
observa que as empresas devem prever os valores com possíveis perdas com
não recebimentos do crédito pela empresa.
Em relação às perdas, elas fazem parte da incerteza do negócio, e é
importante o registro desses valores pela empresa, para que contabilmente
possam re�etir a sua situação �scal e gerencial. Segundo Gelbcke et al. (2018,
p. 51):
Dentre os modelos mais utilizados para esse propósito, destaca-se
o modelo de aging list, que consiste em classi�car todas as contas
em aberto por categoria de vencimento; por exemplo, é possível
criar seis categorias de vencimentos de contas: (1) não vencidas; (2)
vencidas entre 1 e 30 dias; (3) vencidas entre 31 e 60 dias; (4)
vencidas entre 61 e 90 dias; (5) vencidas entre 91 e 180 dias; e (6)
vencidas há mais de 180 dias. A quantidade de categorias pode ser
maior ou menor, a depender das características do negócio.
Observe o exemplo descrito no caso a seguir.
Segundo Padoveze (2016), para exempli�car os procedimentos e lançamentos
contábeis em uma situação de venda a prazo, a seguir estão relacionadas as
operações através da venda de produtos para um cliente com pagamento a
prazo:
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1. Venda a prazo de mercadoria no valor de R$ 21.000,00 em três
parcelas de R$ 7.000,00.
2. Recebimento da primeira parcela de R$ 7.000,00 no vencimento.
3. Recebimento da segunda parcela com atraso mais juros de R$ 95,00.
4. Recebimento da terceira parcela antes do vencimento concedendo
descontos de R$ 100,00.
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Tabela 1.2 - Lançamentos Contábeis das Operações
Fonte: Padoveze (2016, p. 121).
Nº
Op.
Tipo Conta Contábil Valor Conta
1 Débito
Conta a Receber de
Clientes
21.000,00
Ativo
Circulante
1 Crédito
Receita Bruta de
Vendas
21.000,00 Receita
2 Débito
Bancos Conta
Movimento
7.000,00
Ativo
Circulante
2 Crédito
Contas a Receber de
Clientes
7.000,00
Ativo
Circulante
3 Débito
Bancos Conta
Movimento
7.095,00
Ativo
Circulante
3 Crédito
Contas a Receber de
Clientes
7.000,00
Ativo
Circulante
3 Crédito Juros de Atraso 95,00 Receita
4 Débito
Bancos Conta
Movimento
6.900,00
Ativo
Circulante
4 Crédito
Contas a Receber de
Clientes
7.000,00
Ativo
Circulante
4 Crédito Descontos Concedidos 100,00 Despesa
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Ao veri�car os lançamentos, �ca fácil entender o processo de lançamento dos
fatos contábeis para as vendas a prazo e que, efetuando-os, re�etem um
direito para a empresa no momento da venda e posteriormente um
recebimento para as disponibilidades da empresa (Caixa ou Bancos Conta
Movimento). Pode-se perceber que, para os juros de atraso, é efetuado um
lançamento de receita e, para o desconto concedido, é lançado para uma
conta de Despesa, sendo que ambos os lançamentos estarão no fechamento
do período, aparecendo no DRE da empresa.
ContasRecebíveis a curto prazo e a longo
prazo
No Ativo Circulante estão localizadas as contas a Receber de curto prazo, que
são realizáveis até o exercício seguinte do balanço. Os vencimentos a longo
prazo fazem parte das parcelas recebíveis após o exercício seguinte, parcelas
essas que devem estar localizadas no Ativo Não Circulante. A Lei nº 11.638/07
prevê o ajuste ao valor presente das contas a receber.
Segundo Padoveze (2016), para alguns tipos de eventos contábeis ocorrem
pagamentos antecipados, e os fatos geradores di�cilmente passam para o
próximo exercício. Por isso, essas contas são alocadas no Ativo Circulante.
Segundo Padoveze (2016, p. 142):
Assim, no Ativo Circulante, encontramos o grupo Despesas
Antecipadas (ou Despesas do Exercício Seguinte), que tem por
objetivo absorver despesas pagas ou contratadas em um período,
mas que se referem, parcial ou totalmente, a períodos
subsequentes. Dessa maneira, os gastos caracterizam-se como
despesas antecipadas ou despesas de competência do exercício
seguinte.
Segundo FIPECAFI (2013), as Despesas Antecipadas estão posicionadas no
último item apresentado no Ativo Circulante, por ordem de liquidez. No Ativo
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Circulante, podem ser lançadas despesas como: prêmios de seguros a
apropriar, assinatura e anuidades a apropriar, comissões e prêmios pagos
antecipadamente, aluguéis pagos antecipadamente e outras despesas pagas
antecipadamente. Se for de longo prazo, serão lançadas no Ativo Não
Circulante, por exemplo prêmios de seguro a apropriar de longo prazo.
Contratações de Seguros
Segundo Gelbcke et al. (2018), a contratação de seguros é um dos exemplos
de Despesa Antecipada, em que a empresa pode contratar apólices para suas
atividades operacionais ou não, por exemplo seguro de veículos, predial etc.
Os valores dos prêmios de seguros devem ser apresentados no balanço pelas
parcelas aplicadas até a data de seu fechamento, de forma a obedecer a regra
do regime de competência, ou seja, o valor deve ser apropriado ao resultado
no período em que foi utilizado e não quando foram pagas as parcelas.
Supondo que uma empresa contrate um seguro de um veículo por um
período de 12 meses, pelo valor de R$ 2.400,00, pagando à vista o valor do
prêmio do seguro. Dessa forma, a contabilização dos fatos �caria conforme
pode ser visualizado na Tabela 1.3:
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Tabela 1.3 - Demonstração da contabilização de um contrato de seguro
Fonte: Adaptado de Gelbcke (2018, p. 89).
Reconhecimento de Despesas Antecipadas
Segundo Favero et al. (2011, p. 175),
1 – Contabilização da Contratação da Apólice do Seguro
Contas Débito Crédito
Prêmio de Seguro
(Despesas de Períodos
Seguintes)
R$ 2.400,00
Disponibilidades – Caixa R$ 2.400,00
2 – Contabilização quando do reconhecimento da despesa ou do
custo em cada mês da vigência do contrato (R$ 2.400,00 dividido
por 12 meses => R$ 200,00)
Contas Débito Crédito
Despesas com Seguros
(Custos de Produção /
Despesas de Vendas ou
Administrativas)
R$ 200,00
Prêmio de Seguro
(Despesas de Períodos
Seguintes)
R$ 200,00
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Para efeito de apuração do resultado do exercício e atendendo ao
Princípio da Competência há a necessidade de que continuamente
seja feita a apropriação das receitas e das despesas
correspondentes ao período em que incorreram. Tanto no caso da
receita como no da despesa segue-se o raciocínio de que é o fato
gerador quem determina o reconhecimento.
Conforme Viceconti e Neves (2018), a contabilidade apresenta dois regimes
contábeis para a de�nição de quais Despesas e Receitas serão consideradas
na apuração do resultado do Exercício, que são: Regime de Caixa e Regime de
Competência. No Regime de Caixa, ocorre o reconhecimento da despesa no
momento do seu efetivo pagamento, independentemente de quando o fato
gerador irá ocorrer. Para o Regime de Competência, a despesa será
reconhecida na data de ocorrência do fato gerador, não importando se ela foi
paga ou não. Segundo Viceconti e Neves (2018, p. 315), “No Brasil, as
entidades com �ns lucrativos devem apurar seus Resultados no Regime de
Competência, enquanto a adoção do Regime de Caixa é mais comum nas
entidades sem �ns lucrativos”.
É importante entender a questão do momento do Reconhecimento das
Despesas, principalmente quando ocorrem as Despesas Antecipadas, pois a
forma de contabilização deve ser bem entendida para que seja realizada
corretamente. Para Gelbcke et al. (2018), como Despesas Antecipadas, a mais
comum de ocorrerem são aquelas pagas antecipadamente, como prêmios de
seguros, assinaturas de revistas ou jornais, IPVA a apropriar, IPTU a apropriar
e a apresentação no balanço deve obedecer ao regime de competência.
Saporito (2017, p. 184) a�rma que:
As despesas antecipadas devem ser lançadas no Ativo, pois são
direito de utilização futura dos benefícios anteriormente
adquiridos. Por exemplo, quando se contrata uma apólice de
seguros contra incêndio de um prédio, normalmente a vigência é
de um ano. Portanto, durante um ano a partir da contratação, o
contratante está protegido pela apólice de seguro e será
indenizado em caso de ocorrência de incêndio no prédio segurado.
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Não é correto considerar seguros como uma despesa do mês de
contratação, pois seu uso não ocorre somente nesse mês, mas
também nos outros onze meses seguintes.
Já conforme Gelbcke et al.  (2018, p. 90):
A forma de apropriação de algumas dessas despesas aos
resultados deve ser em quotas proporcionais, durante o prazo do
evento, normalmente com a utilização de controles auxiliares que
contenham, no mínimo, informações relativas ao valor do
pagamento antecipado e às parcelas mensais a serem
apropriadas.
Na Tabela 1.3, pode ser visualizado um exemplo de contabilização da
contratação de um prêmio de seguro, que é algo muito comum nas empresas,
visto que podem ser contratados vários tipos de seguro dentro da
organização.
praticar
Vamos Praticar
A empresa XYZ fechou um contrato de seguro de suas instalações pelo prazo de um
ano, tendo efetuado o pagamento do prêmio de seguro em três parcelas de R$
1.200,00, sendo uma no ato do fechamento e outras duas com 30/60 dias. Tendo
essas informações, como o contador da empresa deverá proceder o lançamento da
apropriação do prêmio do seguro?
a) 1 lançamento único de R$ 1.200,00 para: D - Despesas de Seguros / C -
Prêmios de Seguro a Apropriar.
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b) 3 lançamentos de R$ 1.200,00, sendo um em cada mês de pagamento: D -
Despesas de Seguros / C - Prêmios de Seguro a Apropriar.
c) 12 lançamentos de R$ 300,00, sendo um para cada mês de vigência do
seguro: D - Despesas de Seguros / Prêmios de Seguros.
d) 1 lançamento único de R$ 3.600,00: D - Despesas de Seguros / C - Prêmios
de Seguro a Apropriar.
e) 1 lançamento de R$ 300,00: D - Despesas de Seguros / C - Prêmios de
Seguros.
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As empresas, ao venderem a seus clientes a prazo, passam a ter direito sobre
o recebimento desses valores no seu vencimento. Muitas empresas se
utilizam de instituições bancárias para ajudar no processo de cobrança desses
títulos de crédito, tendo a possibilidade de passar apenas para uma simples
cobrançaou mesmo fazendo o desconto do título, que é uma operação
bancária de crédito que será detalhada neste tópico.
Emissão e Remessa de Títulos de crédito
Segundo Chagas (2014), a conta Duplicatas a Receber tem origem na venda de
mercadorias efetuadas e são títulos de crédito com os devedores legalmente
identi�cados e com a data certa para seu recebimento, podendo ser
classi�cado no Ativo Circulante (curto prazo) e Não Circulante (longo prazo).
Segundo Padoveze (2017a), há dois tipos de operações mais comuns com
duplicatas: a cobrança simples e o desconto de duplicatas. Para a emissão de
uma duplicata, deve ocorrer uma fatura, que tem origem na emissão de uma
nota �scal. Segundo Padoveze (2017a, p. 174):
Ativo Circulante –Ativo Circulante –
descontos de títulosdescontos de títulos
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A duplicata é uma cópia da fatura, se for apenas um vencimento,
daí o seu nome (dupla cópia). Caso a fatura corresponda a mais de
um pagamento, serão emitidas tantas duplicatas quantos forem os
vencimentos e valores parciais. A duplicata é que é o instrumento
legal de cobrança do crédito. Portanto, as duplicatas devem ser
assinadas pelo emitente, pois se torna instrumento legítimo de
crédito.
Segundo Dantas (2015), é importante que seja �rmado o documento com o
comprador do título de crédito em que ocorra a autorização para a emissão
do documento de crédito que pode ser a Duplicata, Nota Promissória ou Letra
de Câmbio. Com a emissão de um desses documentos, é possível, também,
que a empresa faça o protesto e a cobrança judicial do recebível do cliente
caso esse não pague.
Chagas (2014, p. 149) a�rma que:
Por serem Ativos, são negociáveis, de regra, com instituições
�nanceiras. Isso quer dizer que a empresa cedente (ou sacadora),
como meio de capitalizar-se, pode negociá-los com uma instituição,
transferindo-lhe a propriedade dos títulos ou apenas outorgando-
lhe, mediante endosso, o direito de cobrá-los dos respectivos
devedores (sacados).
Segundo Schmidt, Santos e Gomes (2011), o processo de cobrança bancária
ocorre quando a empresa que tem o crédito a receber remete ao banco com
o recebimento de uma contrapartida que deve ser ajustado através de
contrato entre as partes. Para a operação de cobrança, há uma série de
etapas que devem ser cumpridas.
Segundo Padoveze (2017a, p. 174):
O instrumento de envio e controle das duplicatas que estão com os
bancos é chamado borderô. Relacionam-se todas as duplicatas
que estão sendo enviadas ao banco para a operação, seja ela de
cobrança simples, de desconto ou vinculada, no impresso
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denominado borderô. O banco recebedor protocola o
recebimento, �cando a partir daí com a responsabilidade de
cobrança. Com os sistemas integrados de cobrança banco/cliente
hoje, o borderô pode ser processado eletronicamente, sem
relatórios em papel.
Simples Remessa e Descontos de títulos
O envio de duplicatas para cobrança bancária pode ser realizado de duas
formas, de acordo com o contrato de prestação de serviços de cobrança
celebrados entre a empresa e o banco. Pode ser uma simples remessa para
cobrança ou através do desconto de títulos.
A cobrança simples, segundo Padoveze (2017a, p. 175), “É o caso mais
comum. Envia-se um borderô de duplicatas para o banco, para cobrança
simples. O banco logo em seguida envia um aviso de débito bancário das
despesas de cobrança de todos os títulos”. O direito de receber continua
sendo da empresa e, caso não seja pago, a companhia vai efetuar o processo
de cobrança do título diretamente ao cliente.
Conforme Padoveze (2017a), Schmidt, Santos e Gomes (2011) e Chagas (2014),
a operação de descontos de duplicatas possibilita à empresa levantar um
recurso �nanceiro com o adiantamento do crédito mediante a cobrança de
uma taxa de juros como contraprestação de serviço da instituição bancária.
Isso pode ser visualizado como uma operação de crédito a curto prazo. O
processo pode ser descrito da seguinte forma:
a) A empresa envia para o banco o título endossado transferindo para o
banco o direito de recebimento do título.
b) O banco libera o crédito para a empresa através da cobrança da taxa de
juros acordada para todo o período.
c) O banco envia um boleto bancário para o cliente com o valor total do título
a ser recebido.
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d) Caso o pagamento seja realizado pelo cliente, o banco manda um aviso de
liquidação de duplicata descontada, atestando seu pagamento, podendo
serem baixados os registros contábeis.
e) Quando o pagamento não é realizado, o banco efetua a cobrança do cliente
durante um período acordado com a empresa e, caso não ocorra o
pagamento, é debitado contra a empresa o valor total do título acrescido dos
juros de mora.
Lançamentos Contábeis de Simples
Remessa e Descontos de Títulos
Os lançamentos contábeis para as operações de cobrança de simples
remessa e de descontos de títulos vão acontecer de forma diferente, tendo
em vista as características diferentes entre si. Nos tópicos a seguir, serão
detalhados os processos de contabilização de cada um deles.
Simples Remessa
Conforme Padoveze (2017), os lançamentos de uma simples remessa para o
banco devem ser registrados contabilmente, levando-se em conta os passos
para que ela seja disponibilizada ao banco e, posteriormente, ao recebimento
e pagamento da taxa de serviço ao estabelecimento bancário. Supondo a
emissão de um título de R$ 1.000,00 e uma despesa bancária de R$ 4,00 para
o processo de cobrança do título, os lançamentos bancários estão listados na
Tabela 1.4.
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Tabela 1.4 - Lançamentos contábeis de um título de simples remessa para
cobrança bancária
Fonte: Adaptado de Padoveze (2017a, p. 176).
Desconto de Duplicatas
1 – Contabilização da despesa bancária pelo envio do título
Contas Débito Crédito
Despesas Bancárias
(Conta de Despesa)
R$ 4,00
Bancos Conta
Movimento (Ativo
Circulante)
R$ 4,00
2 - Aviso de Crédito quando do recebimento da duplicata pelo banco
Contas Débito Crédito
Bancos Conta
Movimento (Ativo
Circulante)
R$ 1.000,00
Duplicatas a Receber
(Ativo Circulante)
R$ 1.000,00
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Segundo Padoveze (2017a), a contabilização das operações de desconto de
duplicata tem uma característica diferente, pois há uma liberação dos valores
do título, descontados os juros cobrados pela instituição bancária para a
empresa, como um empréstimo de curto prazo, e, caso o cliente não efetue o
pagamento no vencimento, o banco irá cobrar o título da empresa. Os
lançamentos contábeis para esse tipo de operação são descritos a seguir:
a) Encaminhamento de um borderô de cobrança para o banco com duas
duplicatas a vencerem em até 90 dias de R$ 500,00 cada, perfazendo um total
de R$ 1.000,00, com a cobrança dos juros antecipados de R$ 100,00.
b) Recebimento no vencimento da primeira parcela de R$ 500,00.
c) Não pagamento da segunda parcela de R$ 500,00 e posterior cobrança da
empresa pelo banco.
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1 - Contabilização do envio do borderô de cobrança para o banco.
Contas Débito Crédito
Juros Bancários
(Despesa)
R$ 100,00
Bancos Conta
Movimento (Ativo
Circulante)
R$ 900,00
Títulos descontados
(PassivoCirculante)
R$ 1.000,00
2 - Aviso de Liquidação de duplicata descontada, paga no vencimento
Contas Débito Crédito
Títulos Descontados
(Passivo Circulante)
R$ 500,00
Duplicatas a Receber
(Ativo Circulante)
R$ 500,00
3 - Aviso de débito de título não pago mais o valor de juros até o dia
do envio do aviso.
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Tabela 1.5 - Lançamentos contábeis de títulos descontados em banco
Fonte: Adaptado de Padoveze (2017a, p. 178).
Reconhecimento das Despesas Financeiras
de descontos de duplicatas
De acordo com Schmidt, Santos e Gomes (2014), a conta de Encargos
Financeiros a apropriar é uma conta que deve ser classi�cada no balanço
patrimonial no subgrupo de Despesas do Exercício Seguinte. Conforme a
empresa vai fazendo as operações de desconto de duplicatas, deve ser
visualizado o valor �nanceiro que será cobrado para os títulos descontados, e,
ao �nal de cada 30 dias, a empresa deverá reconhecer a despesa de Encargos
Financeiros referentes ao período. Deve ser aplicado nesse caso o mesmo
conceito das Despesas Antecipadas, pois o reconhecimento deve ser realizado
apenas no momento em que a empresa usufrui dele, mesmo os encargos
sendo pagos no momento do desconto das duplicatas pelo Banco.
Juros Bancários
(Despesa)
R$ 10,00
Títulos Descontados
(Passivo Circulante)
R$ 500,00
Bancos Conta
Movimento
R$ 510,00
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praticar
Vamos Praticar
A empresa XYZ efetuou um desconto de duplicatas com uma instituição �nanceira
no mês de junho de 2019 com o valor total de R$ 100.000,00 com vencimentos dos
títulos nos meses de julho, agosto e setembro de 2019. De acordo com o contrato
assinado com o banco, foi descontado um valor de R$ 4.500,00 de juros relativos à
operação realizada. Tendo essas informações e considerando que a empresa deve
fazer os lançamentos referentes ao mês do movimento, assinale a seguir a
alternativa correta para que seja efetuado o lançamento contábil para a operação
descrita.
a) Débito – Banco Conta Movimento – R$ 100.000,00 (Ativo)
Crédito – Despesas Financeiras – R$ 4.500,00 (Despesas)
Crédito – Duplicatas Descontadas – R$ 95.500,00 (Passivo)
b) Débito – Bancos Conta Movimento – R$ 95.500,00 (Ativo)
Crédito – Juros a Apropriar – R$ 4.500,00 (Ativo)
Crédito – Duplicatas Descontadas – R$ 100.000,00 (Passivo)
c) Débito – Bancos Contas Movimento – R$ 100.000,00 (Ativo)
Crédito – Duplicatas Descontadas – R$ 100.000,00 (Passivo)
d) Débito – Bancos Conta Movimento – R$ 95.500,00 (Ativo)
Débito – Despesas Financeiras – R$ 4.500,00 (Despesas)
Crédito – Duplicatas Descontadas – R$ 100.000,00 (Passivo)
e) Débito – Duplicatas Descontadas R$ 95.500,00 (Passivo)
Débito – Despesas Financeiras – R$ 4.500,00 (Despesas)
Crédito – Bancos Conta Movimento – R$ 100.000,00 (Ativo)
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É muito comum as empresas terem de buscar recursos de terceiros,
principalmente em instituições bancárias, visando, muitas vezes, ao
crescimento do negócio, ou mesmo para resolver problemas pontuais em
relação a capital de giro ou manutenção do negócio. Entretanto, é muito
importante que o empresário entenda os riscos de operações de crédito que
devem ser realizadas com muita sabedoria, pois, da mesma forma que
podem ajudar, também podem atrapalhar e ser até mesmo uma situação que
coloque o empreendimento em risco. Neste tópico, será conhecido como
funciona esse tipo de operação no tocante a visão contábil.
Empréstimos, Financiamentos e
Debêntures
De acordo com Schmidt, Santos e Gomes (2014), a conta de Empréstimos e
Financiamentos a pagar tem o objetivo de registrar as operações realizadas
juntos a instituições �nanceiras e, de acordo com o item 11 do
Pronunciamento Técnico CPC 08, os recursos captados com terceiros devem
Empréstimos eEmpréstimos e
FinanciamentosFinanciamentos
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ser registrados no Passivo Circulante (curto prazo) ou Não Circulante (longo
prazo), devendo ser registrados no valor líquido, e qualquer valor de
acréscimo ou desconto deve ser tratado como encargos �nanceiros.
Segundo Schmidt, Santos e Gomes (2014, p. 215):
Os encargos �nanceiros incorridos na captação de recursos junto a
terceiros, segundo o item 12 do pronunciamento técnico CPC 08,
devem ser apropriados ao resultado em função da �uência do
prazo, com base no método do custo amortizado. Nesse sentido,
consideram-se encargos �nanceiros a soma das despesas
�nanceiras (juros e variação monetária), dos custos de transação,
prêmios, descontos, ágios, deságios e assemelhados, a qual
representa a diferença entre os valores recebidos e os valores
pagos (ou a pagar) a terceiros.
O método do custo amortizado considera a taxa interna de retorno
(TIR) da operação para a apropriação dos encargos �nanceiros
durante a vigência da operação. A utilização do custo amortizado
faz com que os encargos �nanceiros re�itam o efetivo custo do
instrumento �nanceiro e não somente a taxa de juros contratual
do instrumento, ou seja, incluem-se neles os juros e os custos de
transação da captação, bem como prêmios recebidos, ágios,
deságios, descontos, atualização monetária e outros.
Chagas (2014) explica que podem ser classi�cados como títulos de crédito os
papéis emitidos por instituições �nanceira, que podem ser letras de câmbio,
certi�cados de depósitos bancários, entre outros, ou por entidades não
�nanceiras, que são os chamados debêntures. Segundo Hoss et al. (2013), os
empréstimos bancários podem ser de curto prazo e estarão localizados no
Passivo Circulante, ou quando forem de longo prazo estarão no Passivo Não
Circulante.
Conforme veri�cado acima, tanto empréstimos como �nanciamentos devem
ser realizados através de contrato com as instituições �nanceiras. A diferença
entre empréstimo e �nanciamento é que esse equivale a um crédito vinculado
à aquisição de um bem, com o banco ou diretamente com o seu fornecedor.
Já o empréstimo não tem vinculação especí�ca de um bem, sendo uma
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operação que envolve apenas a liberação do valor para a empresa. Segundo
Ribeiro (2018), há uma grande variedade de tipos de empréstimos e
�nanciamentos quanto à forma de cálculo de juros ou acréscimos que podem
ser pré-�xados (em que já se conhece os valores que serão pagos) ou pós-
�xados (em que não se conhece o valor que será pago de juros).
Além dos empréstimos e �nanciamentos já citados, uma outra forma de
operação é a emissão de debêntures. Segundo Nigros (2017), as debêntures
são emitidas pelas empresas para que possam fazer uma captação de
recursos no mercado de capitais e quem emite esses títulos determina a
forma de amortização e como serão remunerados quem comprar esses
títulos. Existem debêntures que são conversíveis em ações da empresa e
pode ser pactuadas entre a empresa que emite e quem compra repactuações
que podem fazer com que aconteçam variações na forma de resgate, já que
são de longo prazo, mas podem ser resgatadas/antecipadas também em
prazos menores, podendo haver descontos nos valores que estão resgatados.
Segundo Gelbcke et al. (2018, p. 341):
A emissão de debêntures é uma forma de a companhia conseguir
recursos a longo prazo para �nanciar suas atividades. Uma das
principais vantagens é o baixo custo na captação, além da maior
�exibilidade, já que essa operação permite que a empresa
emissora adapte os �uxos de pagamentos, incluindoprazos e taxas
de juros, conforme suas necessidades.
Todas as informações sobre a emissão de debêntures estão
presentes em um documento que se chama Escritura de Emissão.
Esse documento inclui informações sobre direitos dos detentores,
obrigações da companhia emissora, montante da emissão, datas
de emissão e vencimento, remuneração recebida pelos
debenturistas, prêmios, possibilidade de conversão em ações etc.
Indicadores de Correção Monetária
A correção monetária simplesmente é um ajuste �nanceiro em moeda
nacional em relação à quando ocorre um atraso de empréstimos ou
�nanciamentos, adequando o valor dentro de um índice estipulado em
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contrato para que não ocorra perda �nanceira em relação ao valor da
operação. A correção monetária é realizada através de índices que medem a
in�ação do período e pode ser aplicada no valor original e também nos
acréscimos decorrentes de atrasos.
Takamatsu e Lamounier (2006) a�rmam que, no Brasil, existem vários índices
que são calculados por instituições como faculdades, institutos de pesquisa e
órgão sindicais. Dentre os principais utilizados, os que se destacam no Brasil
são:
a) INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor: calculado pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística), que é o índice mais utilizado
em dissídios salariais.
b) IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Ampliado: é utilizado como
referência para metas de in�ação pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
c) IGP-M: calculado pela Fundação Getúlio Vargas, é considerado o principal
indicador do país e é utilizado como base para muitos contratos.
Juros Moratórios, Juros Remuneratórios e
Multas
É importante que se tenha um entendimento da diferença entre os conceitos
de juros moratórios e remuneratórios, taxas e multas.
Conforme Secco (2017), juros moratórios são referentes a encargos quando
ocorrem atrasos de pagamento e que devem ser de 1% ao mês de acordo
com o art. 52, parágrafo primeiro do Código de Defesa do Consumidor. Esse
tipo de juro tem o caráter punitivo diante dos atrasos realizados pelo cliente.
Normalmente, eles estão previstos nos contratos de empréstimos ou
�nanciamentos realizados entre a empresa e a instituição �nanceira. Já os
juros remuneratórios são cobrados quando ocorre a assinatura do contrato
da operação �nanceira e são compensações ao fruto natural do capital e o
seu cálculo é realizado ao longo do período de duração da operação.
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A multa moratória é aplicada às empresas que �zeram os empréstimos ou
�nanciamentos em caso de atraso do pagamento, e de acordo com o Código
de Defesa do Consumidor no seu art. 52: § 1° “As multas de mora decorrentes
do inadimplemento de obrigações no seu termo não poderão ser superiores a
dois por cento do valor da prestação”. Quando ocorrer a cobrança maior que
esse percentual, há a possibilidade de abertura de processos com base no
Código de Defesa do Consumidor.
Operações Financeiras e Princípios
Contábeis
Segundo Padoveze (2017b), o princípio da competência prevê que as
despesas devem ter sua contabilização quando ocorrem, não estando
atrelado a quando foram pagas. O princípio da oportunidade indica que os
registros devem ser realizados no momento em que ocorrem através de fatos
reflita
Re�ita
Muitas vezes, é importante para as empresas buscarem
créditos através de empréstimos ou �nanciamentos para
ajudá-las a alavancar seu negócio, entretanto elas devem
tomar cuidado e analisar os riscos envolvidos ao utilizar
crédito de terceiros. A partir do momento em que o crédito
seja utilizado para o crescimento e/ou desenvolvimento da
empresa, pode ser uma boa opção, contudo não pode ser a
única forma de capitalização da empresa. Para saber mais,
acesse a matéria Empréstimos: as vantagens e desvantagens
de se recorrer ao capital de terceiros.
< https://endeavor.org.br/dinheiro/emprestimos/ >
https://endeavor.org.br/dinheiro/emprestimos/
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objetivos e com documentação comprobatória. O princípio da prudência está
ligado à questão de tomar atitudes dentro do que é correto para a
organização. O princípio do registro pelo valor original leva em conta que os
valores devem ser realizados em moeda corrente no país, e, caso sejam
realizadas em moeda estrangeira, deve haver a conversão para a moeda
nacional.
É possível fazer uma correlação entre os princípios contábeis citados e as
operações �nanceiras, levando em conta que um empréstimo, por exemplo,
deve ser realizado em moeda corrente ou convertido para ela, e os encargos
�nanceiros devem ser contabilizados de acordo com o princípio da
competência. Da mesma forma, sempre que ocorre uma oportunidade de se
fazer uma operação, é preciso levar em conta o princípio da prudência e se é
possível para a organização cumprir com o que está sendo contratado.
praticar
Vamos Praticar
Debêntures são títulos de crédito emitidos por Sociedades Anônimas, que conferem
a seus titulares direitos de créditos contra ela, nas condições constantes das
escrituras de emissão ou dos certi�cados. Os dados relativos à emissão das
debêntures, como os direitos conferidos por elas, suas garantias e demais cláusulas
ou condições, constarão de um documento denominado escritura de emissão.
Fonte: RIBEIRO, O. M. Contabilidade avançada . São Paulo: Saraiva, 2018.
Com base na a�rmação acima, identi�que nas opções a seguir qual delas
representa a forma correta de se classi�car uma debênture no plano de contas de
uma empresa:
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a) Integralização de Capital Social.
b) Patrimônio Líquido.
c) Ativo.
d) Passivo.
e) Títulos e resgatar.
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indicações
Material
Complementar
LIVRO
ContabilidadeIntermediária em IFRS e CPC
Marcelo Cavalcanti Almeida
Editora: Atlas
ISBN: 9788597016666
Comentário: O conteúdo desse livro aborda os
principais assuntos em relação aos pontos tratados
neste material e permite um aprofundamento em
vários itens importantes da Contabilidade como um
todo, desde os pontos iniciais até assuntos mais
especí�cos. É muito interessante também, pois conta
com as mais recentes atualizações do CPC e das
normas internacionais da Contabilidade que são
utilizadas no Brasil.
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FILME
Até que a sorte nos separe
Ano: 2012
Comentário: No �lme, um casal ganha na loteria e,
apesar da grande quantia em dinheiro, �ca
deslumbrado, sem controle e perde tudo o que ganhou.
É interessante que você possa assistir ao �lme com
uma visão de contador, procurando identi�car pontos
que poderiam salvar a família a não perder todo o
dinheiro.
Para conhecer mais sobre o �lme, assista ao trailer.
TRA ILER
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conclusão
Conclusão
Ao longo dos capítulos, vimos as principais demonstrações contábeis em uso
na contabilidade no Brasil e sua estrutura, além de como trabalhar com as
informações desses relatórios contábeis, como identi�car e trabalhar com os
recebíveis de uma empresa a curto e longo prazo e a forma como devem ser
contabilizadas as Despesas Antecipadas.
Tambémvimos como ocorrem as emissões de títulos com simples remessa e
desconto de duplicatas e como operacionalizar essas duas formas de se
trabalhar com os recebíveis da empresa. Por último, foi discutida uma noção
de como trabalhar com empréstimos, �nanciamentos e debêntures.
Desenvolva as atividades propostas, assista ao �lme sugerido e busque
pesquisar mais sobre esses assuntos muito importantes para um pro�ssional
da área contábil.
referências
Referências
Bibliográ�cas
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https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=96%2fsuRumVl64MQsnFxqiLA%3d%3d&l=jfXR%2bHUdn3iBq6nLTz2jSA%3d%3d&cd=IL… 45/47
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15/11/2023, 17:51 Ead.br
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https://ribas-secco.com/voce-sabe-qual-e-a-diferenca-entre-juros-compensatorios-remuneratorios-e-juros-moratorios/
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IMPRIMIR
https://revistas.face.ufmg.br/index.php/contabilidadevistaerevista/article/view/298
https://www.jornalcontabil.com.br/demonstracoes-contabeis-balanco-patrimonial/
https://www.jornalcontabil.com.br/demonstracoes-contabeis-balanco-patrimonial/

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