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Assistência de enfermagem ao pré-natal na atenção básica: relato de experiência Objetivo: relatar a experiência, que ocorreu no intervalo de tempo entre 15 de abril a 26 de abril de 2024, na UBS Pedro Zeferino Marques - Módulo 17, na cidade de Parnaíba PI, e a atribuição do enfermeiro no acompanhamento do pré-natal na atenção básica. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência que descreve a atuação do enfermeiro nas unidades básicas de saúde, em especial sobre o acompanhamento de gestantes no seu período gestacional na unidade básica em que foram acompanhadas por acadêmicos de enfermagem em seu período de estágio pela instituição Universidade Paulista (UNIP). relato de experiência: Os acadêmicos de enfermagem consultaram e acompanharem o pré-natal de algumas usuárias da UBS módulo 17, onde as gestantes foram examinadas e encaminhadas para realização de exames, vacinas e ultrassonografias. Considerações finais: O estágio demostrou que um acolhimento mais adequado e humanizado por parte dos profissionais garante maior adesão às consultas de pré-natal. Introdução De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2000a), a assistência ao pré-natal é o primeiro passo para um parto e nascimento saudável, ou seja, ele faz a promoção e a manutenção do bem-estar físico e emocional ao longo do processo da gestação, parto e nascimento, além de trazer informação e orientação sobre a evolução da gestação e do trabalho de parto à parturiente. Participando do programa, a gestante terá aumentada a possibilidade de ter uma gestação mais saudável e tranquila. Um dos principais objetivos do pré-natal é acolher a mulher desde o início de sua gravidez, quando ela passa por um período de mudanças físicas e emocionais, além de dar assistência em necessidades. Deve-se lembrar que este período é vivenciado por cada mulher de forma distinta. A assistência ao pré-natal deve começar ainda no primeiro trimestre da gestação, as consultas devem ser agendadas para que se tenha a cobertura necessária ao acompanhamento efetivo, de acordo com o manual do Ministério da Saúde: as realizações das consultas devem ocorrer no mínimo uma consulta no primeiro trimestre, duas no segundo e três no terceiro. Quando as consultas não acontecem no início da gestação e não tem a sequência necessária para a avaliação do binômio feto - mãe, o acompanhamento do desenvolvimento do feto pode ficar prejudicado, além de não poder detectar precocemente algumas doenças, como a diabetes gestacional e ainda a pré-eclâmpsia, trazendo graves problemas para as gestantes. Tais problemas poderiam ser controlados e verificados através do pré-natal durante toda a gravidez (ANDREUCCI; CECATI, 2011). Durante a gestação e no parto a qualidade da assistência prestada é preconizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tendo a Unidade Básica de Saúde (UBS) como porta de entrada preferencial ao sistema de saúde e ponto de atenção estratégico para acompanhamento de forma contínua da gestação. A Estratégia Saúde da Família (ESF) é a proposta principal para organizar e referenciar os modelos de cuidados e práticas no tocante da atenção primária (WARMLING CM, et al., 2018). Metodologia relato de experiência Durante os estágios, foram realizadas diversas consultas de pré-natal, desde a iniciação com a primeira consulta de enfermagem, até mães perto da data provável do parto. Assim, foi realizado vários procedimentos, como: verificação da pressão arterial e rastreio da glicemia; testes rápidos de sífilis, HIV, hepatite B e C; ausculta dos batimentos cardiofetais; vacinação; peso, altura da mãe e altura uterina e solicitação de exames previstos no período gestacional. O processo gestacional é uma experiência única e individual para a mulher, e que engloba diversas mudanças, desde físicas, psicológicas, econômicas e socioculturais. Diante dessa nova fase da vida da mulher ela necessita de cuidados para a promoção de saúde e qualidade vida. Nesse sentido o pré-natal é uma etapa fundamental que consiste em monitorar e acompanhar a gestação com objetivo de identificar e intervir nas ocorrências de risco à saúde materna e fetal (Costa et al., 2013; Mendes et al., 2020). A UBS módulo 17 tem funcionamento diurno, em especial pela tarde, com consultas de enfermagem de livre demanda, sem necessário agendamento prévio, pois os pacientes residem longe da localidade do posto, dificultando o trânsito das pessoas. A equipe de enfermagem era composta por 1 enfermeira e 1 técnica de enfermagem, com a carga horária semanal de 20 horas vespertinas Conclusão Observou-se uma grande relevância do tema, visto que, foram encontrados vários estudos acerca do tema. Os artigos mostraram importância do pré-natal, para uma gestação sem complicações. A maioria das gestantes que realizavam um número de consulta abaixo do que é preconizado possuíam um menor nível de escolaridade e uma renda menor que um salário-mínimo. Foi identificado pontos relevantes que podem influenciar em uma crítica positiva, referente a consulta de enfermagem. É importante o enfermeiro ter um conhecimento técnico, mostrar interesse, acolher a gestante para que a mesma se sinta confortável e retorne para próximas consultas, porém observado que nem todos os enfermeiros da Atenção Básica tem conhecimento sobre SAE. Na Atenção Básica, o enfermeiro é capacitado e possui autonomia, baseado na Lei do Exercício Profissional, decreto nº 94.406/87 e lei 7.498/86 tendo respaldo legal para realizar consulta de enfermagem, prestar assistência de enfermagem e também realizar as consultas de pré-natal, onde é feito o exame físico e avalição obstétrica, como: medição da circunferência abdominal, altura do fundo de útero, ausculta dos batimentos cardíacos fetais e percepções de movimentos de acordo com a idade gestacional, além de exames laboratoriais e de imagem também são prescritos (OLIVEIRAEC, et al., 2016). O Pré-Natal (PN) consiste no acolhimento e acompanhamento de gestantes, que tem como finalidade promover atenção à saúde das mesmas e do feto, através de consultas clínicas e exames laboratoriais periodicamente. Para garantir sua eficácia foi instituído o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN) pela portaria GM/MS Nº559/GM, de 1º de junho de 2000, com intuito de melhorar o acesso e a qualidade da assistência. O PN deve ser iniciado a partir do momento em que se descobre a gestação, sendo preconizado o número mínimo de 6 consultas até o parto (BRASIL, 2012). REFERÊNCIAS https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/18140/16219 https://acervomais.com.br/index.php/artigos/article/view/7219/4496 https://www.revistaenfermagematual.com/index.php/revista/article/download/1421/1438