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Prévia do material em texto

Acessibilidade Cultural
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Suellen Leal
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Cultura: Diversidade, Igualdade de Direitos e Acesso Universal 
• Introdução;
• A Cultura como Exercício de Cidadania;
• Cultura Seus Aspectos na História do Brasil;
• Anos 2000: Políticas Públicas para a Cultura No Brasil.
• Apresentar conceitos fundamentais para a compreensão das discussões sobre acessibili-
dade cultural;
• Refl etir sobre a pluralidade e diversidade das expressões culturais;
• Apresentar marcos e pautas importantes que instauraram e fomentaram discussões 
relacionadas ao acesso cultural no Brasil.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Cultura: Diversidade, Igualdade 
de Direitos e Acesso Universal
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Cultura: Diversidade, Igualdade de Direitos e Acesso Universal 
Introdução
Nesta Unidade, serão apresentados temas fundamentais para a compreensão e 
o estudo da Acessibilidade Cultural. 
Vamos, aqui, compreender o papel de dispositivos legais que conferem reconhe-
cimento, valorização e defesa dos direitos e da diversidade cultural.
Refletiremos, também, sobre a evolução das ações voltadas à cultura no Bra-
sil. Para isso, veremos um breve panorama histórico, ressaltando momentos de 
transformação cultural e também marcos na mudança da abordagem desse tema 
no país.
Por fim, vamos refletir sobre as políticas para a Cultura no Brasil nos últimos 20 
anos e de que maneira essas ações afetam a Sociedade criando espaços de reflexão 
e reivindicação para a garantia de direitos, entre os quais, a Acessibilidade. 
A Cultura como Exercício de Cidadania
Iniciaremos nosso percurso apresentando o conceito de Cidadania Cultural 
desenvolvido no final da década de 1980 pela filósofa e professora Marílena Chauí, 
em sua gestão como secretária Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo, entre 
os anos de 1988 e 1992.
O que é Cidadania Cultural?
A ideia de Cidadania Cultural parte do pressuposto de que a cultura é um 
direito de todos. Dessa forma, as ações políticas devem criar e estimular con-
textos sociais nos quais os indivíduos possam reconhecer-se como uns sujeitos 
culturais, com garantias do direito ao acesso e à fruição, a criação e a partici-
pação cultural. 
O direito ao acesso e à fruição, a criação, a participação cultural e o reconheci-
mento de que é parte integrante e atuante em um sistema cultural (sujeito cultural) 
são os quatro pilares do conceito de Cidadania Cultural. 
Esse pensamento reconhece os indivíduos de uma Sociedade como parte ativa 
da cultura em sua criação, transmissão e atualização. E, nesse contexto, segundo 
Brant, configura-se em uma “Uma democracia direta, porém resultante de uma 
teia de diálogos e conversações” (2009, p. 32) que possibilita a expressão da plura-
lidade de vozes e visões presentes em uma determinada Sociedade.
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Vamos olhar novamente para cada um dos quatro pontos da Cidadania Cultural:
Cidadania
Cultural
Reconhecer-se como
sujeito cultural: 
direito a se reconhecer 
como indivíduo que 
possui cultura(s)
Criação: direito a
criar símbolos, valores,
pensamentos, obras artísticas...
Participação: direito de opinar,
participar e interferir em
esferas de decisão como:
fóruns, conselhos e outras
instâncias deliberativas
sobre cultura
Acesso e fruição: direito ao
acesso a serviços públicos 
voltados à cultura como:
Bibliotecas, Centros Culturais
e Teatros
Figura 1
Essa proposição criou novas referências para se pensar a cultura e o seu trata-
mento por parte do Estado no Brasil, instaurando uma abordagem que contempla 
a diversidade e favorece o diálogo entre os diferentes setores da sociedade. 
A criação de instâncias de participação, como fóruns e conselhos de cultura, foi 
uma das estratégias ligadas a esse pensamento que possibilitou a emergência de 
vozes e opiniões muitas vezes distantes das esferas de decisão.
Para alguns, em uma análise rápida, esse tipo de dinâmica pode parecer trivial, 
mas, para que o conceito de Cidadania Cultural fosse possível, muitas transforma-
ções políticas, sociais e culturais foram necessárias antes.
Aspectos Sobre as Conquistas de Direitos 
As lutas pela conquista, ampliação e garantias de direitos atravessam toda a his-
tória da Humanidade e, pode-se dizer, seguem em diferentes contextos, nos quais 
a opressão e as desigualdades são dominantes. 
Ao longo da História, conflitos e eventos históricos desencadearam a criação 
de tratados e regras que visavam a dirimir os conflitos e criar bases para novas 
relações entre os homens. Como exemplo, podemos citar o Tratado de Versailes
(1919) assinado ao fim da Primeira Guerra Mundial, que estabelecia reparações 
de guerra e alteração de territórios, entre outras medidas.
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UNIDADE Cultura: Diversidade, Igualdade de Direitos e Acesso Universal 
Desses acontecimentos históricos, vamos destacar dois momentos e documentos 
que são imprescindíveis para pensarmos a cidadania e os direitos do homem: A Re-
volução Francesa (1789) e a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão 
e, também, a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e a Declaração Universal 
dos Direitos do Homem.
A Revolução Francesa foi um evento marcante para a conquista dos direitos ci-
vis. O Regime Absolutista, então vigente, dava ao rei poderes irrestritos. Entendia-
-se, nesse contexto, que o monarca era a representação divina na terra e, assim, 
Igreja e Estado eram indissociáveis, sendo seus poderes absolutos. 
As desigualdades sociais e econômicas eram grandes e, no final do século XVIII, 
instaura-se uma crise política, econômica e social. 
Com as reivindicações de liberdade, igualdade e fraternidade, os revolucioná-
rios franceses derrubaram o Regime Absolutista, em 1789, mesmo ano em que 
publicaram a Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão. 
Essa declaração, com apenas 17 artigos, é considerada importante marco para 
o pensamento sobre as Leis de proteção às liberdades individuais, ao patrimônio 
cultural e, também, para a universalização dos direitos do homem:
Os representantes do povo francês, reunidos em Assembleia Nacional, 
tendo em vista que a ignorância, o esquecimentoou o desprezo dos di-
reitos do homem são as únicas causas dos males públicos e da corrup-
ção dos Governos, resolveram declarar solenemente os direitos naturais, 
inalienáveis e sagrados do homem, a fim de que esta declaração, sempre 
presente em todos os membros do corpo social, lhes lembre permanen-
temente seus direitos e seus deveres (...). (DECLARAÇÃO UNIVERSAL 
DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO 1789)
O segundo momento histórico que queremos aqui assinalar ocorreu ao fim da 
Segunda Guerra Mundial. 
Algumas potências se reuniram com o objetivo de criar uma nova instituição de 
mediação internacional e, em 1945, com a Carta das Nações Unidas iniciam-se 
as atividades da ONU – Organização das Nações Unidas, constituindo-se como 
um fórum de discussões entre as nações do mundo na manutenção da paz mundial. 
Nesse contexto, foi redigida a Declaração Universal dos Direitos Humanos, pro-
clamada na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) de 1948. 
Na ocasião de sua proclamação, cerca de 48 países a ratificaram e, atualmente, 
todos os 193 estados-membros são signatários da DUDH.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, disponível em: http://bit.ly/2NkyRre.
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A assinatura dessa Declaração implica o compromisso do estados-membros com 
o respeito e a manutenção de ações que promovam a universalização dos direitos e 
liberdades humanas fundamentais. 
Embora muitos dos princípios que constam nesse documento ainda estejam dis-
tantes da realidade cotidiana de muitas pessoas em todo o mundo, sabe-se da 
importância que ele exerce no estabelecimento de parâmetros para a defesa dos 
direitos humanos. 
Assim, a Declaração Universal dos Direitos Humanos cumpre um importante 
papel na evolução das discussões de seus temas integrantes em Sociedade e, tam-
bém, na inspiração e mobilização de diferentes grupos organizados na reivindica-
ção pela garantia seus direitos.
Ouça o texto da DUDH em uma canção. A música que todos deveriam saber a letra, 
disponível em: https://youtu.be/H__qP2vx4SkEx
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No texto, podemos observar alguns pontos que serão importantes para o nosso 
estudo como a ideia de que “todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qual-
quer distinção, a igual proteção da lei” (ONU, 1948, p. 6) e, devem ser tratados 
“sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião 
política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou 
qualquer outra condição” (ONU, 1948, p. 5). 
Podemos extrair dessas ideias o reconhecimento das diferenças entre os homens, 
sem que elas sejam um motivo de diferenciação ou discriminação. Também de que 
é papel do Estado garantir que esses direitos sejam promovidos e defendidos.
Ainda no âmbito dos trabalhos da ONU no estabelecimento de parâmetros in-
ternacionais, para o tratamento de alguns temas na sociedade, a UNESCO – Or-
ganização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, cumpriu im-
portante papel nas discussões acerca da diversidade humana, seu reconhecimento, 
proteção e valorização.
Em consonância com os princípios de defesa dos Direitos Humanos, a Diversi-
dade é um tema que adquire relevância nos trabalhos da UNESCO. 
A Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural (2001) e a Convenção 
sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais (2005) 
são dois importantes documentos que estabeleceram metas e objetivos relacionados 
a este tema. 
A Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões 
Culturais teve ampla adesão e foi assinada por 141 estados e pela União Europeia. 
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UNIDADE Cultura: Diversidade, Igualdade de Direitos e Acesso Universal 
Essa Convenção demarca o momento em que a diversidade humana passa por 
um processo de legitimação internacional e compromete os Estados signatários 
com sua promoção, defesa e valorização. 
Na esteira desse pensamento, os direitos culturais passam a ser um tema de 
importância defendidos como parte dos direitos universais:
Os direitos culturais são parte integrante dos direitos humanos, que são 
universais, indissociáveis e interdependentes. O desenvolvimento de uma 
diversidade criativa exige a plena realização dos direitos culturais, tal 
como os define o Artigo 27 da Declaração Universal de Direitos Huma-
nos e os artigos 13 e 15 do Pacto Internacional de Direitos Econômicos, 
Sociais e Culturais. (UNESCO, 2001, p. 3)
Assim, a relação entre direitos culturais, diversidade e direitos humanos é intrín-
seca e indissociável.
No Brasil, a Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das 
Expressões Culturais foi ratificada no Decreto Federal nº 6.177/2007, o que 
conferiu ao documento força legal em território nacional.
Você já parou para pensar a diversidade cultural em nosso país? 
No Brasil, somos hoje cerca de 210 milhões de habitantes (segundo projeções do 
IBGE), distribuídos em diferentes regiões (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordes-
te), cada uma dessas regiões com características geográficas e de ocupação específicas. 
Temos centros urbanos e zonas rurais, áreas desenvolvidas economicamente e 
outras em que não há infraestrutura básica, populações tradicionais que precisam 
lutar pela manutenção de suas comunidades e grandes centros modernos com po-
pulações oriundas de diversas partes do mundo, ou seja, uma grande diversidade 
de contextos, modos de vida e culturas. 
Vamos ver uma enquete sobre a Diversidade?, assista ao vídeo “O que é Diversidade”, 
disponível em: https://youtu.be/EAxcgrvxgLsEx
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Note como, de forma dinâmica, o vídeo apresenta a opinião de diferentes pessoas 
de diferentes meios culturais, dos saberes populares e tradicionais como os do raizeiro 
e do artesão de couro, aos saberes do professor e dos estudantes universitários. 
Você acha que esse vídeo reflete a diversidade cultural do Brasil?
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Cultura Seus Aspectos na História do Brasil 
Sabemos que a miscigenação cultural é um traço marcante na história do país. O 
período colonial é marcado pelo encontro de três matrizes principais: o índio, o negro 
e o branco, povos oriundos de diferentes contextos e com modos de vida particulares. 
Esses povos falavam diferentes línguas, tinham hábitos, práticas, religiões e tra-
dições completamente distintas. 
Figura 2 – Victor Meirelles: A primeira Missa no Brasil, 1861
Fonte: Wikimedia Commons 
Assim, populações nativas – indígenas que viviam nas terras do Brasil, povos de 
matrizes africanas – traficados e escravizados, e os europeus – em seu processo de 
expansão marítima e disputa por territórios, encontram-se nessa terra no período 
da colonização portuguesa.
Por força da colonização e de um sistema de dominação, a cultura dos coloniza-
dores era imposta a índios e negros. Como exemplo desse processo, podemos citar 
a proibição do uso de línguas maternas e, também, a proibição de manifestação 
religiosa divergente das práticas do Catolicismo. 
Apesar da resistência de negros e índios, a incidência de novas doenças – tra-
zidas pelos europeus, a fragmentação das relações sociais e comunitárias, entre 
outros fatores, dificultavam a reversão do processo de dominação:
Os índios resistiram às várias formas de sujeição, pela guerra, pela fuga, pela 
recusa ao trabalho compulsório. Em termos comparativos as populações 
indígenas tinham melhores condições de resistir que escravos africanos. En-
quanto estes se viam diante de território desconhecido onde eram plantados 
à força, os índios se encontravam em sua casa. (FAUSTO, 2015, p. 23)
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UNIDADE Cultura: Diversidade, Igualdade de Direitos e Acesso Universal 
Importante salientar que, mesmo em desvantagem por desconhecerem a terra, 
os negros, assim como os índios, resistiram por meio da fuga, da guerra e de outras 
de estratégias de defesa. 
No período colonial, a dominação forçada se impunha pelo controle dos corpos, 
dos hábitos e das expressões simbólicas. A referência cultural, o padrão imposto, 
era a do colonizadore, assim, renegadas outras formas de conhecimento e modos 
de vida. 
Essa lógica de superioridade permaneceu atrelada às relações sociais e políticas 
durante todo o período colonial e, ainda hoje, podemos dizer que em nossa cultura 
existam resquícios dessa herança.
Em seu cotidiano, você já se deparou com alguma situação em que acredita encontrar traços 
dessa lógica?Ex
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Durante os primeiros 300 anos de colonização, apesar do grande entrelaçamen-
to de culturas, mantinha-se a hierarquia e as práticas de domínio cultural. 
Durante esse período, educação e cultura estiveram, principalmente, sob os 
cuidados da Igreja Católica, em seu processo de catequização: como tinha em suas 
mãos a educação das pessoas, o “controle das almas” era um instrumento muito 
eficaz para veicular a ideia geral de obediência e mais restritamente de obediência 
ao poder de Estado (FAUSTO, 2015, p. 29).
A criação das primeiras instituições coincide com a chegada de D João VI ao 
Brasil, em 1808, após a fuga da Corte de Portugal. Essas medidas buscavam criar 
condições para o de desenvolvimento científico e intelectual na colônia, mas, so-
bretudo, criar conforto, entretenimento e condições menos precárias para a vida da 
Corte no Brasil. 
Datam desse período a criação da Biblioteca Nacional, do Jardim Botânico, 
as Missões Artísticas Francesas e o Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro.
As instituições, recém-criadas, mantinham a lógica de superioridade cultural e 
restringiam suas ações a uma pequena parcela da sociedade: nobres, elite e clero. 
No fim do século XIX, o país passa por um processo de transformações políticas, 
sociais e culturais. Essas transformações aparecem refletidas na criação artística do 
período. O Romantismo, movimento, artístico político e filosófico, o Realismo e 
o Naturalismo passaram a retratar diferentes aspectos do país. 
No Romantismo, “A valorização das coisas nacionais e dos primeiros habitantes 
do país, muito comum nos historiadores da época e incentivada pelo próprio go-
verno, era uma forma de se opor aos portugueses e legitimar a independência no 
Brasil” (CÁCERES, 1993, p. 205).
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Na literatura de José de Alencar, autor romântico, temos como exemplo, os 
personagens de O Guarani e Iracema, obras nas quais os heróis são indígenas, 
respectivamente, Peri e Iracema. 
Figura 3 – José Maria de Medeiros: Iracema
Fonte: Wikimedia Commons
Esses personagens, apesar de retratados de maneira idealizada, assinalam as 
transformações que ocorriam no país naquele momento. A exaltação nacional e a 
busca de uma “identidade” para o país independente tomam força e geram espaços 
para transformações culturais.
Da literatura realista, podemos destacar a obra de Aluísio Azevedo, O Mulato, que 
narra a história de um filho de uma escrava com um branco. Por meio de sua história, 
temos um retrato do preconceito contra os negros no Brasil do final do século XIX.
O início do século XX, no Brasil, é marcado pela industrialização e pelo crescimento 
da produção: café, borracha, açúcar e cacau são exportados para o mundo todo. 
O aumento do número de imigrantes para o trabalho no campo, o êxodo rural, 
a criação de ferrovias, portos, bancos e sociedades comerciais transformam a paisa-
gem urbana: “Nas cidades, setores de uma recém-desenvolvida classe média estavam 
ansiosos por artigos importados e bens de consumo” (CÁCERES, 1993, p. 237).
Nesse contexto, cresce o fluxo de imigrantes de diferentes regiões do mundo 
para o Brasil; italianos, alemães e japoneses passam a viver no Brasil, compondo 
novos contextos culturais. E, desse modo, cresce também a multiplicidade de povos 
e matrizes culturais no Brasil.
Nas Artes, mais um movimento artístico, político e cultural deixa suas marcas: 
a Semana de Arte Moderna de 1922, que inaugura o Modernismo Brasileiro, 
capitaneado por um grupo de artistas brasileiros influenciados pelas Vanguardas 
Europeias como o Futurismo, o Cubismo, o Dadaísmo e o Surrealismo, inspi-
rados no progresso e nas transformações que ocorriam no país daquele momento, 
busca romper com os padrões e “recriar a cultural nacional”. 
Após a efervescência dos anos 1920, segundo Brant, “A situação cultural sofreria 
mudanças somente após a revolução de 1930”; (2015, p. 52) e, com a ascensão de 
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UNIDADE Cultura: Diversidade, Igualdade de Direitos e Acesso Universal 
Getúlio Vargas ao poder, a cultura torna-se assunto do Estado e, entre “Diversas res-
ponsabilidade que até então eram isentas dos interesses federais, Vargas percebeu as 
vantagens de usar a cultura como plataforma política” (BRANT, 2015, p. 52).
Nesse período, investimentos são realizados na construção de instituições e me-
canismos de atuação direta do estado. Exemplos dessas ações são: a criação dos 
Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Serviço Nacional do Te-
atro, Instituto Nacional de Cinema Educativo, do primeiro Conselho Nacional 
de Cultura, além de Universidades, Colégios e Liceus Federais. 
A indústria cultural também foi favorecida por meio de iniciativas federais que 
beneficiaram o cinema, o rádio e a produção editorial.
 Segundo Cáceres, “O Estado Novo precisava legitimar-se perante a opinião pú-
blica, principalmente urbana” (1993, p. 282) e, nesse contexto, cultura e educação 
foram as formas eleitas para criar legitimidade.
Apesar de estarem ancoradas em objetivos políticos, essas ações permitiram 
uma importante movimentação cultural no país:
Artistas e intelectuais estabeleciam um trabalho arraigado em propostas de 
“redescobrir o Brasil”. Exemplos característicos do movimento modernista 
na pintura e na literatura, ou mesmo encontrados em trabalhos intelectuais 
nacionais como Sérgio Buarque de Holanda, Gilberto Freyre, Caio Prado, 
entre outros, que se colocaram a buscar uma interpretação acerca da rea-
lidade brasileira, amparados em temáticas sociais. (BRANT, 2015, p. 54)
A partir das décadas de 1940 e 1950, o Estado reduz drasticamente suas ações no 
Setor Cultural, abrindo espaço para uma forte atuação por parte do empresariado. 
Podemos destacar as ações de Assis Chateaubriand, Franco Zampari, e de Fran-
cisco Matarazzo como fomentadores de iniciativas das quais destacam-se: a criação 
do TBC – Teatro Brasileiro de Comédia, da TV Tupi, dos Estúdios Vera Cruz, do 
MASP – Museu de Arte de São Paulo e da Bienal Internacional de São Paulo.
Com o início da Ditadura Militar (1964-1985), a cultura volta a ser regida sob a 
batuta do Estado Brasileiro. O período é marcado pela revogação da Constituição 
Federal e sua substituição pelos Atos Constitucionais, pela dissolução do Con-
gresso Nacional, pelo impedimento da atuação de partidos políticos (apenas dois 
partidos puderam existir no período: Arena e MDB) e pela supressão de direitos 
civis e de liberdades fundamentais.
A ditadura, ao tratar a Cultura como um tema do Estado, cria instituições que 
mediam e controlam a produção cultural e artística no país. Datam desse período 
a criação da Funarte – Fundação Nacional para Artes, do Conselho Nacional 
do Direito Autoral e do Centro Nacional de Referência Cultural, entre outros, 
controlados pelo Serviço Nacional de Informações (SNI).
Apesar do regime de controle, a produção artística e cultural desse período foi 
intensa. Destaca-se, nesse contexto, o Movimento Tropicalista. 
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De caráter artístico, cultural, político e social, o movimento propagou o expe-
rimentalismo, a mistura de gêneros e linguagens, a incorporação de elementos da 
cultura pop, da cultura popular, do rock, da psicodelia. 
Esse movimento, em sua combinação de elementos, foi um importante agre-
gador cultural, quebrando barreiras tradicionais entre tradição e vanguarda, “alta 
cultura” e cultura de massa. 
Tropicália ou Panis Et Circencis l O Som do Vinil, disponível em: https://youtu.be/tLuzTt0V928
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A partir da década de 1980, temos o processo de redemocratização e a abertura 
política do país, marca o período a publicação da Constituição Federal de1988, 
também conhecida como Constituição Cidadã. 
Alinhada aos direitos humanos e originada no anseio de restituir ao país as ga-
rantias de direitos civis, políticos e sociais, a Constituição estabelece em seu Artigo 
215 que: “O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e aces-
so às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão 
das manifestações culturais” (BRASIL, 1988).
 No governo de José Sarney, é criado o Ministério da Cultura, diante da grande 
crise econômica que assolava o país, após anos de regime militar, a pasta sofre com 
ausência de recursos para o investimento em ações e projetos e, como medida para 
atenuar a situação, é criada a primeira Lei de isenção fiscal para a cultura no Brasil, 
a Lei nº 7.505, de 2 de julho de 1986, também conhecida como Lei Sarney:
A lei inaugurou uma nova forma de atuação do Estado em relação à cultu-
ra. Se por um lado, alivia o controle e o dirigismo, por outro lança a pro-
dução cultural nas mãos do mercado patrocinador, já que o Estado não 
se municiou de uma diversificação de mecanismos para abraçar todas 
as (complexas) demandas da sociedade em relação à cultura. (BRANT, 
2009, p. 63)
O Estado, segundo Brant, deixando a cargo das empresas privadas a escolha e 
o incentivo de propostas culturais, entrega a cultura ao poder econômico e, “Aca-
bou por estimular a homogeneização da cultura, com vista aos fortalecimentos da 
economia via consumo cultural” (2015, p. 63).
Desse modo, a diversidade e a pluralidade de expressões artísticas e seus seg-
mentos ficaram comprometidas.
Em 1991, a criação da Lei Roanet nº 8.313/91 buscou tratar a falta de abran-
gência da Lei Sarney. Nesse novo instrumento, três diferentes mecanismos deve-
riam ampliar o espectro de atuação e melhorar o funcionamento da Lei de Isenção 
Fiscal, garantindo que fossem contemplados de maneira mais integral diferentes 
modos de produção artística e cultural.
17
UNIDADE Cultura: Diversidade, Igualdade de Direitos e Acesso Universal 
O Mecenato, o Ficart – Fundo de Investimento Cultural e Artístico e, o FNC 
– Fundo Nacional de Cultura, sendo este último responsável por garantir a reali-
zação dos projetos que fossem menos atraentes para a iniciativa privada, deveriam 
garantir melhor funcionamento da Lei de Isenção Fiscal, porém, na prática apenas 
o Mecenato continuou a funcionar.
O ano de 1991 ainda é marcado pela dissolução do Ministério da Cultura e de 
muitos dos seus mecanismos, no governo Collor. 
Embora o Ministério tenha sido recriado no ano de 1992, no governo de Itamar 
Franco, considera-se que a década de 1990 foi marcada pela dinâmica do incentivo 
privado e da estimulação do consumo de cultura.
A partir dos anos 2000, com as gestões de Gilberto Gil e Juca Ferreira no Ministé-
rio na Cultura, o status da Cultura na Administração Pública ganha novos contornos. 
A proposta de um novo olhar para a cultura e a valorização de seu papel em 
Sociedade são a tônica da gestão. Diante de um novo olhar para Cultura no país, 
são criados programas, projetos e ações de incentivo, reconhecimento, conexão e 
difusão cultural. 
Anos 2000: Políticas Públicas 
para a Cultura No Brasil
O Ministério da Cultura, a partir de 2003, adota o conceito da Cultura em 
Três Dimensões. 
Diretamente ligada ao conceito de Cidadania Cultural, a Cultura em Três Dimen-
sões propõe uma mudança de perspectiva no tratamento da Cultura no Brasil. Essa 
transformação possibilitou conferir maior abrangência à diversidade cultural do país, 
contemplando a participação social dos diferentes territórios e setores da cultura no país.
E quais são as três Dimensões da Cultura?
Cultura em Três Dimensões
Dimensão simbólica:
está relacionada
às expressões de visões
de mundo, dos valores,
modos de vida e sua reinvenção,
ressigni�cação por meio
das interações sociais
Dimensão cidadã: 
reconhecimento
da cultura como um direito
de todos, assim como,
de sua importância
para a qualidade de vida
Dimensão Econômica:
trata a cultura como um 
potencial fator de
desenvolvimento, 
capaz de gerar inovação,
integração, formação,
também, trabalho e renda
Figura 4
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Tendo como “referência precursora” o trabalho de Mário de Andrade, poeta 
modernista de atuação marcante na Administração Pública, responsável por uma 
das maiores missões de registro da cultura popular brasileira, e também, como 
“referência internacional contemporânea” a Convenção sobre a Proteção e Pro-
moção da Diversidade das Expressões Culturais (UNESCO) foram propostas 
nesse período no país inúmeras ações para o Setor Cultural.
As medidas adotadas foram responsáveis por alçar a Cultura a um elevado grau 
de relevância na Gestão Administrativa Pública, com a criação de mecanismos e 
instrumentos para a impulsionar mudanças e alavancar realizações. 
Destacamos, aqui, algumas ações que foram de relevância no período:
• Mudança na perspectiva sobre a Cultura e seu papel para o país;
• Modificação no recorte e formato de inscrição nos editais do MINC, buscando 
desburocratização e inclusão;
• Criação de novas instâncias de participação como conselhos, fóruns e investi-
mento na criação de meios de ampliar canais de informação e diálogo;
• Realização de parcerias com institutos de pesquisa para a realização de ma-
peamentos e documentação do Setor e de seus dados estatísticos (produção, 
economia, agentes e distribuição territorial);
• Atuação transversal ligando a cultura a diferentes áreas do conhecimento: Ad-
ministração, Turismo, Comunicação, Tecnologia e Informação, entre outras;
• Aumento no orçamento para a Cultura no país de R$ 540,7 milhões em 2003, 
para mais de R$ 2,2 bilhões em 2010;
• A criação dos Pontos de Cultura, do Programa Cultura Viva e da implementa-
ção do Plano Nacional de Cultura.
O Programa Cultura Viva buscou flexibilizar e desburocratizar os modos de 
participação institucional considerando as diferentes realidades e contextos no país. 
Como exemplo, possibilitou que mestres da cultura popular, indígenas e outras seg-
mentos tradicionalmente excluídos de participação nessas esferas, em razão da bu-
rocracia documental e processual da máquina pública, pudessem ser reconhecidos, 
incluídos e incentivados por meio de prêmios e editais: “Trata-se de um programa 
flexível, que se molda à realidade, em vez de moldar a realidade. Um programa que 
será não o que o governante pensa que é certo ou adequando, mas o que o cidadão 
deseja e consegue tocar adiante” (BRASIL, 2010, p. 37).
No que se relaciona a grupos tradicionalmente deixados de fora de ações de 
incentivo e participação cultural, foram também criadas políticas específicas para 
pessoas com deficiência e idosos, como exemplo.
Nesse período, temos, ainda, a implementação do Plano Nacional de Cultu-
ra, responsável por mobilizar cidades e estados na discussão sobre as metas e os 
objetivos para a cultura no país. Foram realizados fóruns, seminários e consultas 
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UNIDADE Cultura: Diversidade, Igualdade de Direitos e Acesso Universal 
públicas, no intuito de possibilitar participação ampla, resguardando a dimensão e 
diferentes contextos do país. 
Aprovado em 2010, por meio da Lei n° 12.343, de 2 de dezembro de 2010, 
o PNC – Plano Nacional de Cultura estabelece as metas para o Brasil até 2020. 
Historico PNC, disponível em: http://bit.ly/35PByHJ
Ex
pl
or
Como último ponto, queremos destacar o status da Acessibilidade e Democra-
tização de Acesso, nas ações desse período. 
Em 2006, é criado o Decreto nº 5.761/2006, que instituiu novos parâmetros 
para a aplicação da Lei Roanet, buscando aprimorar e conferir garantias de maior 
benefício público. 
O documento estabelece uma série de novas regras para os diferentes mecanis-
mos da Lei, mas, um ponto de destaque é a criação da obrigatoriedade por parte 
dos proponentes de que contemplem em seus projetos medidas de Democratiza-
ção de Acesso, contemplando:
I - tornar os preços de comercialização de obras ou de ingressosmais 
acessíveis à população em geral; II - proporcionar condições de acessibi-
lidade a pessoas idosas, nos termos do art. 23 da Lei no 10.741, de 1o de 
outubro de 2003, e portadoras de deficiência, conforme o disposto no 
art. 46 do Decreto no 3.298, de 20 de dezembro de 1999; III - promover 
distribuição gratuita de obras ou de ingressos a beneficiários previamente 
identificados que atendam às condições estabelecidas pelo Ministério da 
Cultura; e, IV - desenvolver estratégias de difusão que ampliem o acesso. 
(BRASIL, 2006, Art. 27)
Medidas adotadas diante das inúmeras barreiras que podem inviabilizar o acesso 
a produção cultural: falta de recursos, falta de meios de locomoção, falta de infor-
mação, de acessibilidade física e comunicacional e de segurança. 
A lógica da democratização começa a atuar de forma mais presente e, embora 
existam questionamentos sobre a efetividade das garantias de acesso e acessibili-
dade no âmbito da Lei Roanet, podemos considerar que essas ideias se tornaram 
mais difundidas. Atualmente, é possível encontrar a exigência de aplicação dessas 
medidas em muitos dos editais públicos do país.
Todas essas transformações promoveram espaços, articulações e a inclusão de 
diferentes vozes nas esferas de participação cultural. 
Após este período, nas futuras gestões, o Ministério da Cultura perde fôlego, 
chegando a ser extinto em 2016 e, logo em seguida, reativado. 
Em 2019, após nova dissolução dessa pasta, a gestão dos trabalhos na Adminis-
tração Pública Federal para a Cultura passa para Secretaria Especial da Cultura, 
dentro do atual Ministério da Cidadania.
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Importante!
Nesta Unidade, nós nos propusemos a apresentar perspectivas do entendimento da Cul-
tura como algo inerente e de direito de todos. Para isso, apresentamos a evolução das 
conquistas dos direitos do homem e o reconhecimento dos seus direitos culturais. 
Fizemos um percurso, na demarcação de pontos na história do Brasil, observando ao 
longo dessa trajetória aspectos do pensamento sobre cultura e as ações desenvolvidas 
nesse campo.
Observamos como o conceito da Diversidade Cultural ganhou destaque crescente a 
partir do início do século XXI, e de que modo esse pensamento se refletiu nas ações ins-
titucionais para a Cultura no país. 
Conhecemos, ainda, o conceito de Cultura Cidadã e os desdobramentos desse pensa-
mento do trabalho da Administração Pública Federal entre os anos de 2003 e 2010. 
O conjunto de ideias aqui apresentado compõe o contexto em que os conceitos de Inclu-
são e Acessibilidade Cultural se fortalecem.
Esses conceitos serão o foco de nossa próxima Unidade, na qual estudaremos os meca-
nismos criados para a constituição de direitos e defesa nesses campos. 
Em Síntese
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UNIDADE Cultura: Diversidade, Igualdade de Direitos e Acesso Universal 
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Cultura Viva
http://bit.ly/36TQGVy
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE
http://bit.ly/2NoFsRh
 Vídeos
Diversidade (Lenine) – Lenine Doc / Trilhas 2010 Casa 9
https://youtu.be/BuCN4BlFrPc
Direitos Humanos ONU-Brasil
https://youtu.be/hGKAaVoDlSs
Viviane Mosé fala sobre a diversidade
https://youtu.be/jFzxFgb9RFI
O que é Cidadania?
https://youtu.be/xF0JJ-fosys 
 Leitura
Um século de barbárie e de direitos humanos
http://bit.ly/2R9AcCa
Brasil defenderá diversidade cultural em novo comitê na UNESCO
https://glo.bo/35UVQj7
Cidadania e Democracia no Brasil
http://bit.ly/383sksC
Um Raio-X na Cultura do Brasil
http://bit.ly/30eIxsu
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Referências
BRANT, L. O Poder da Cultura. Sã o Paulo: Peiró polis, 2009.
BRASIL. Constituiç ã o da Repú blica Federativa do Brasil de 1988. Atualizada, 2010. 
_______. Decreto nº 5.761, de 27 de abril de 2006.
_______. Cultura em Três Dimensões. Material informativo: as políticas do Mi-
nistério da Cultura de 2003 a 2010. Brasília: Ministério da Cultura (MINC), 2010.
_______. Almanaque Cultura Viva. Brasília: Secretaria de Cidadania Cultural/
MINC, 2010.
CÁCERES, F. História do Brasil. São Paulo: Moderna, 1993.
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– 1948. Disponível em: <http://pfdc.pgr.mpf.mp.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/
legislacao/direitos-humanos/declar_dir_homem_cidadao.pdf>. Acesso em: jul. 2019.
FAUSTO, B. História concisa do Brasil. São Paulo: Edusp/Imprensa Oficial do 
Estado, 2001.
HOBSBAWN, E. Era dos extremos: o breve sé culo XX (1914-1991). Sã o Paulo: 
Cia. das Letras, 1995.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA 
E A CULTURA (UNESCO). Declaração universal sobre a diversidade cultu-
ral, 2001. Disponível em: http://www.unesco.org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/
HQ/CLT/diversity/pdf/declaration_cultural_diversity_pt.pdff. Acesso em: jul. 2019.
_______. Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expres-
sões Culturais, 2005. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/
pf0000150224. Acesso em: jul. 2019.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Declaração Universal dos Di-
reitos Humanos, 1948. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/
pf0000150224. Acesso em: jul. 2019.
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