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PROJETO DE PRODUTO A Faculdade Multivix está presente de norte a sul do Estado do Espírito Santo, com unidades presenciais em Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória, e com a Educação a Distância presente em todo estado do Espírito Santo, e com polos distribuídos por todo o país. Desde 1999 atua no mercado capixaba, destacando-se pela oferta de cursos de graduação, técnico, pós-graduação e extensão, com qualidade nas quatro áreas do conhecimento: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sempre primando pela qualidade de seu ensino e pela formação de profissionais com consciência cidadã para o mercado de trabalho. Atualmente, a Multivix está entre o seleto grupo de Instituições de Ensino Superior que possuem conceito de excelência junto ao Ministério da Educação (MEC). Das 2109 instituições avaliadas no Brasil, apenas 15% conquistaram notas 4 e 5, que são consideradas conceitos de excelência em ensino. Estes resultados acadêmicos colocam todas as unidades da Multivix entre as melhores do Estado do Espírito Santo e entre as 50 melhores do país. MISSÃO Formar profissionais com consciência cidadã para o mercado de trabalho, com elevado padrão de quali- dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança e modernidade, visando à satisfação dos clientes e colaboradores. VISÃO Ser uma Instituição de Ensino Superior reconhecida nacionalmente como referência em qualidade educacional. R E I TO R GRUPO MULTIVIX R E I 2 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 3 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte) Marcelo Henrique dos Santos Projeto de Produto / HENRIQUE DOS SANTOS, MARCELO. - Multivix, 2023 Catalogação: Biblioteca Central Multivix 2023 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei. 4 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 LISTA DE QUADROSLISTA DE FIGURAS UNIDADE 1 Representação do processo de criação de um novo produto 11 Princípios 12 Representação do processo de criação de um novo produto 13 Representação do processo de transformação da matéria-prima 14 Representação de uma fábrica de papel e celulose 15 Representação do processo de criação de um novo produto 16 Representação do processo de criação de um novo produto 17 Estágios decisivos para adotar ou aceitar uma inovação 18 Representação do processo de análise de valor 23 Representação do processo de desenvolvimento de produtos 24 Etapas envolvidas na criação de um produto 26 Representação do processo de negócio 33 Representação do modelo de referência 34 Representação do modelo de referência 36 Características dos modelos de referência 37 Representação do modelo de referência de um sistema de ERP 38 Representação do processo de redução de custos 40 Efeitos econômicos 41 UNIDADE 2 Representação do processo de gerenciamento de projeto 48 Representação do processo de gerenciamento de projeto 49 Representação do gerenciamento de projetos 54 Benefícios do gerenciamento de projetos 55 Representação da busca por uma solução eficaz 57 Representação da definição de metas e objetivos claros 59 Representação do gerenciamento de projetos 60 Representação do gerenciamento de riscos 62 Representação do gerenciamento de portfólio de projetos 64 5 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Problemas nas empresas 65 Representação da falta de transparência e governança 66 Representação da análise de viabilidade econômica de projetos 68 As tarefas mais importantes 71 Representação da minuta do projeto 73 Representação da viabilidade econômica 76 UNIDADE 3 O processo de inovação e criatividade 82 Processo de montagem de um computador 83 O processo de criação e inovação 84 O processo de evolução dos celulares 87 A reprodução de um filme a partir de um streaming 89 Um travesseiro ergonométrico 91 O avião é a inovação radical mais famosa 92 Representação de um organograma empresarial 94 Representação do SaaS 95 Representação de um carro elétrico sendo carregado 96 Representação dos serviços de entregas dos supermercados 97 Representação da utilização dos serviços de carsharing 98 Representação da utilização do IoT 99 Representação das embalagens personalizadas 100 Mulheres ocupando cargos de gerência 101 Representação de competições de crowdsourcing 102 O processo de planejamento e desenvolvimento de um projeto inovador 104 Representação de um usuário tocando uma tela virtual futurista 105 Representação do processo de crescimento e expansão econômico 106 Usuário utilizando o aplicativo da Uber 107 6 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 UNIDADE 4 Redução de custos 108 A utilização dos recursos tecnológicos na área da saúde 109 O processo de construção do design e apresentação do produto 110 A construção de um protótipo 3D 112 O protótipo de um projeto 114 A fase de pré-desenvolvimento 117 A fase de desenvolvimento do produto 118 A fase do pós-desenvolvimento 119 O processo de desenvolvimento de um aplicativo 120 O processo de definição do público-alvo 123 Representação do processo de redução de custos 129 Representação do processo de produção de um produto 130 Representação do processo de padronização 131 Representação da criação do design de um produto 132 Representação do processo de alinhamento e ajustes 133 Representação da impressão 3D 134 Representação do processo de comunicação 135 Representação do processo de criação de um produto 136 Representação do processo de envasamento de um vinho 138 Representação do processo de controle de qualidade de uma fábrica de peças de aço 139 Princípios que são examinados em um DFMA 140 Questões sobre os aspectos do design 141 Representação do processo de ajuste do projeto 142 Foto de parafusos e porcas de metal cromado 143 Representação de uma fábrica de automóveis 144 Fixadores e prendedores 145 Conjunto de parafusos autorroscantes e chanfrados 146 Representação do processo de fresagem de aço com respingos de fluxos de refrigeração de água 147 Representação do conceito de processo de fabricação 149 Representação de uma linha de produção automatizada 150 7 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Propriedades do material 151 Representação do padrão ISO 152 Representação do processo de planejamento 153 Representação do processo de produção de um produto 155 Variações dos indivíduos a serem consideradas no design 157 Contribuições das diversas ciências para o design 158 Representação do processo de validação de produto 161 UNIDADE 5 Representação de um mix de produtos 168 Representação do processo de compra 169 Fatores de variedades de produtos 170 Representação do processo de fabricação de cerveja 173 Representação de diversas formas de sabonetes 174 Representação do descontentamento de um cliente em relação ao produto (fone de ouvido) 175 Representação de um hotel 176 Representação do processo de queda de vendas 177 Representação dos diversos produtos de uma empresa de refrigerantes e sucos 178 Representação do processo de produção de uma fábrica de bebidas 182 Representação do processo de planejamento 187 Representação do processo de desenvolvimento de produto 188 Representação do processo de planejamento 189Representação do processo de avaliação de um serviço e/ou produto 190 Representação do processo de avaliação da qualidade de um produto em uma fábrica 191 Representação do processo de planejamento e construção de um produto 193 Representação do processo de obtenção de uma patente 198 Representação de uma patente 201 8 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 UNIDADE 6 Representação da obtenção de uma patente 203 Ilustração do logotipo da empresa Apple 205 Representação da concessão dos direitos autorais 208 Representação do lançamento de um novo produto 209 Representação do processo de marketing de produto 214 Representação do processo de análise dos dados de um produto 216 O conceito de marketing é desenvolvido nas seguintes seis etapas: 217 9 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 12 1 PROJETO DE PRODUTO 14 INRODUÇÃO DA UNIDADE 14 1.1 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO 15 1.2. DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO COMO UM PROCESSO 28 2 GERENCIAMENTO E ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS 50 INTRODUÇÃO DA UNIDADE 50 2.1. GERENCIAMENTO DE PROJETOS 50 2.2 GERENCIAMENTO DO CUSTO E RISCOS DO PROJETO 65 2.3 GESTÃO DE PORTFÓLIO 67 2.4. ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DE PROJETOS 71 2.5 GERENCIAMENTO DA CARTEIRA DE PROJETOS 73 2.6 MINUTA DO PROJETO 76 2.7 VIABILIDADE ECONÔMICA 78 3. A INOVAÇÃO E O PROCESSO DE APRESENTAÇÃO DO PRODUTO 85 INTRODUÇÃO DA UNIDADE 85 3.1. CONCEITO DE INOVAÇÃO 86 3.2 PROCESSO DE APRESENTAÇÃO DO PRODUTO 114 4 DESCRIÇÃO DA FASE DE PROJETO DO PRODUTO E PROCESSO 132 INTRODUÇÃO DA UNIDADE 132 4.1. PROJETO PARA MANUFATURA E MONTAGEM (DMFA) 132 4.2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE PRODUTOS 157 5 MIX DE PRODUTOS E FUNÇÃO DE QUALIDADE 171 INTRODUÇÃO DA UNIDADE 171 5.1. MIX DE PRODUTOS 171 5.2 FUNÇÃO DE QUALIDADE (QFD - QUALITY FUNCTION DEPLOYMENT) 185 1UNIDADE 2UNIDADE 3UNIDADE 4UNIDADE 5UNIDADE 10 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 6 REGISTRO DE PATENTES E ESTRATÉGIA DE MARKETING DO PRODUTO 201 INTRODUÇÃO DA UNIDADE 201 6.1. REGISTRO DE PATENTES E PRODUTOS 201 6UNIDADE 11 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 ATENÇÃO PARA SABER SAIBA MAIS ONDE PESQUISAR DICAS LEITURA COMPLEMENTAR GLOSSÁRIO ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM CURIOSIDADES QUESTÕES ÁUDIOSMÍDIAS INTEGRADAS ANOTAÇÕES EXEMPLOS CITAÇÕES DOWNLOADS ICONOGRAFIA 12 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A disciplina Projeto de Produto tem o objetivo de proporcionar uma visão ge- ral do processo de desenvolvimento de produto, incluindo conceito de pro- cesso de negócio e modelo de referência, desenvolvimento de produto como um processo e as suas fases principais. Ao longo das unidades, observaremos as fases do processo de desenvolvi- mento de produto e a realização do projeto. Além disso, vamos estudar a descrição da fase de concepção (anteprojeto) e a descrição da fase de conceituação, bem como os conceitos gerais de pesqui- sa de mercado, desdobramento da função qualidade (QFD) e matriz de con- ceito de produto. Também veremos a descrição da fase de projeto do produto e processo, incluindo conceitos básicos e etapas de Projeto para Manufatura e Montagem (DMFA), aspectos humanos e Ergonomia em projeto de produto. UNIDADE 1 OBJETIVO Ao final desta unidade, esperamos que possa: 13 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO > Ampliar o conceito sobre o conceito do processo de desenvolvimento de produto. > Compreender as etapas que devem ser executadas no desenvolvimento de produto como um processo. 14 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO 1 PROJETO DE PRODUTO INRODUÇÃO DA UNIDADE Nesta unidade, vamos refletir sobre as estratégias de desenvolvimento de produtos. Veremos que esse princípio é fundamental para garantir valor para os clientes em potencial, além de assegurar a existência de demanda e a boa qualidade dos produtos antes de chegarem ao mercado. Os melhores produtos também contribuem com a melhoria da sociedade, seja pela própria linha de produtos ou pela geração de emprego e renda que os novos itens proporcionam. Com relação aos negócios, um novo produto pode melhorar a participação no mercado e fomentar o crescimento de uma empresa, proporcionando sustentabilidade econômica por meio de novos flu- xos de receita. No entanto, pode-se levar anos para que as equipes de desen- volvimento levem um produto – considerando o início de tudo, desde o pro- cesso de design – até o ponto em que esteja pronto para ser comercializado e distribuído. Como resultado, é importante que um plano seja implementado para que qualquer produto novo ou existente seja desenvolvido com sucesso. 15 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE CRIAÇÃO DE UM NOVO PRODUTO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: uma mulher manipulando uma maquete de um novo projeto. Este conteúdo está organizado em dois tópicos: reflexão sobre o processo de desenvolvimento de produto e análise do desenvolvimento de produto como um processo. 1.1 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO A organização e a gestão do desenvolvimento de produtos têm sido pesqui- sadas devido, entre outros motivos, a uma mudança nas práticas de gestão de P&D durante as décadas de 1980 e 1990. De acordo com Gupta e Wilemon (1996), essas mudanças de gestão para o que eles chamam de empresas mais baseadas em tecnologia estão atreladas com os seguintes princípios centrais: 16 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO PRINCÍPIOS Fonte: elaborado pelo autor (2023). #pratodosverem: esquema com os princípios centrais do processo de desenvolvimento de produto: Maior ênfase na multifuncionalidade em vez de ser uma “tecnologia dirigida” ou “impulsionada pela produção”. Maior foco na obtenção de resultados de negócios, P&D é responsável por promover a contribuição diretamente para os resultados do negócio não apenas no longo prazo, mas também no curto prazo. Maior ênfase na velocidade de desenvolvimento. Aumentar as restrições aos recursos de P&D. Maior ênfase em alianças de P&D. Percepção da alta administração sobre a inovação. 17 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE CRIAÇÃO DE UM NOVO PRODUTO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: uma mulher manipulando um software (CAD) e criando um novo produto. O papel da P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) mudou significativamente desde a década de 1970. Inovação não é impulsionada exclusivamente pela tecnologia, mas é usada como a tecnologia. A gama de atividades esperadas dos departamentos de P&D e as demandas atendidas estão cada vez mais complexas, ou seja, a ênfase está sendo colocada nas ligações de uma em- presa com outras organizações. Algumas dessas atividades dizem respeito à aquisição de conhecimento externo e ao desenvolvimento de sistemas e procedimentos para aumentar a probabilidade de sucesso (VENANZI; SILVA, 2016). As indústrias de processo, como as de papel e aço, tradicionalmente se con- centram no desenvolvimento de seus processos de produção, enquanto o de- senvolvimento de produtos recebeu recursos relativamente limitados até o fim da década de 1970. 18 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicadano D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO A concorrência internacional aumentou principalmente devido a mudanças no mercado. As indústrias de celulose e papel favoreceram mais as qualidades de papel de valor agregado durante a década de 1980, enquanto a indústria siderúrgica também experimentou uma mudança em seus mercados com um aumento da demanda por produtos específicos com propriedades materiais especiais. Isso levou a uma maior especialização em produtos de nicho e a um maior interesse no desenvolvimento de produtos (CHRONÉER, 1998). Desde a produção de matérias-primas como aço, papel e vidro, até os mate- riais de valor agregado como cerâmica avançada, indústrias de processo são exclusivamente construídas em torno de processos de produção que mani- pulam as propriedades do material para produzir matérias-primas para uso em uma variedade de aplicações. As características da indústria de processos são muito diferentes das indústrias de montagem/fabricação e podem exigir um tipo diferente de ênfase gerencial. REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta quatro frascos contendo uma solução química sendo modificada e manipulada a partir de um braço mecânico. 19 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 O desenvolvimento de produtos na indústria de processo pode ser um gran- de risco, devido ao custo e ao tempo envolvido. No entanto, houve um desper- tar recente com empresas cortando custos e reposicionando-se no mercado. Outro exemplo de problema, no desenvolvimento de produtos na indústria de processo, ocorre quando o produto é um material industrial intermedi- ário usado para fabricação posterior, ou seja, é transformado pelos clientes. No caso do papel, a polpação é uma etapa do processo de fabricação de pa- pel anterior, cuja matéria-prima básica é convertida em um material fibroso. Poucos tipos de papel são produzidos a partir de apenas um tipo de celulose. Polpas diferentes, enchimentos e outros produtos químicos são geralmente combinados para alcançar as propriedades de papel desejadas. Como mate- rial industrial intermediário, o papel não existe por si só, mas é posteriormente convertido em uma variedade de produtos finais. Algumas classes de pro- dutos que podemos relacionar são: papéis para imprimir e escrever, emba- lagens e cartões, papéis especiais como papéis higiênicos, papéis de embru- lho e sack kraft. Algumas das características mais importantes de um papel são baixo custo, alto desempenho em relação ao peso e conveniência de uso (CHRONÉER; HÖRTE, 1998). REPRESENTAÇÃO DE UMA FÁBRICA DE PAPEL E CELULOSE Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem ilustra uma fábrica de papel e celulose, mostrando uma máquina no centro e os rolos de papéis que foram produzidos no canto inferior. 20 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO 1.1.1 GESTÃO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS O desenvolvimento de produtos é um processo completo de criação e lan- çamento de um produto no mercado. O desenvolvimento de produtos é o processo de exploração de oportunidades de mercado, transformando-o em um produto ou serviço disponível para venda. Nesse sentido, é preciso pensar em um bom entendimento das necessidades do cliente, conhecer os desejos dele, ter em mente que em um ambiente competitivo e com práticas contí- nuas, deve-se empreender estratégias para melhor satisfazer os requisitos do cliente e aumentar sua participação no mercado. Em geral, a novidade de um produto depende do que o cliente ou o mercado- -alvo considera “novo”. Por essa razão, um novo produto pode ser uma inven- ção (totalmente novo, que não existia antes), inovação (novo para a empresa, mas existente na indústria) ou modificação do produto (mudança na embala- gem, tamanho, design e outras características) (VENANZI; SILVA, 2016). REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE CRIAÇÃO DE UM NOVO PRODUTO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta o engenheiro olhando para uma maquete de um objeto que foi produzido. 21 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 O processo de desenvolvimento de produtos geralmente requer experiência em engenharia e marketing (equipes de projeto multifuncionais comumente são formadas para executar a tarefa). A equipe é responsável por todos os as- pectos do projeto, desde a geração da ideia inicial até a comercialização final, e eles geralmente se reportam à alta administração ou ao gerente de projeto, conforme o caso. Assim, o caminho para desenvolver novos produtos de su- cesso aponta três processos-chave, que podem desempenhar um papel crí- tico no desenvolvimento do produto. São processos que englobam o diálogo com o cliente, alimentando uma cultura de projeto e mantendo-os focados. 1.1.2. VISÃO GERAL DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO A chave para a introdução bem-sucedida de um novo produto é sua acei- tação pelos clientes e isso é determinado pelo processo de adoção, o qual consiste numa série de etapas pelas quais um consumidor decide adotar um novo produto ou serviço (BACK et al., 2008). REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE CRIAÇÃO DE UM NOVO PRODUTO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um homem trabalhando com um software em seu computador, montando uma engrenagem em 3D. 22 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO No mundo competitivo de hoje, um consumidor se depara com muitas op- ções de vários produtos concorrentes. Muitas vezes, um consumidor passa através de alguns estágios na decisão de adotar ou aceitar uma inovação des- de a conscientização até a adoção. De acordo com Back et al. (2008), podería- mos relacionar essas etapas a partir dos seguintes princípios: ESTÁGIOS DECISIVOS PARA ADOTAR OU ACEITAR UMA INOVAÇÃO Fonte: elaborado pelo autor (2023). #pratodosverem: esquema apresentando os estágios decisivos para adotar ou aceitar uma inovação: 1. Conscientização 2. Busca de informações 3. Avaliação 4. Teste / Avaliação 5. Adoção 23 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 1. Conscientização Esta é a etapa em que os principais profissionais de marketing gastam muito dinheiro para criar uma conscientização sobre sua inovação. Isso pode ser feito por meio de campanhas publicitárias intensivas, vendas agressivas, uso de promoção de vendas para consumidores e revendedores e comunicação de marketing. Representação do processo de conscientização Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta dois homens olhando para uma planta e discutindo sobre o projeto. 2. Busca de informações Após a divulgação de informações adequadas sobre o produto, os compradores do mercado conhecerão o produto e buscarão mais informações para conhecê-lo melhor. As pessoas procuram informações em anúncios de empresas, revendedores, agentes de vendas e outros consumidores. Representação do processo de buscar informações sobre o novo produto Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma lupa em cima de diversos arquivos, simulando o processo de busca. 24 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO 3. Avaliação Nesta etapa, o potencial comprador usa as informações obtidas para comparar diferentes características e benefícios do produto, como preço, desempenho, qualidade, disponibilidade ou durabilidade. Tudo isso é uma tentativa de tomar decisões racionais. Representação do processo de avaliação Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um homem segurando um lápis gigante e ao lado uma lista deverificação completa com as marcas de seleção. 4. Teste / Avaliação Geralmente é feito em produtos com baixo valor unitário e maior grau de divisibilidade. Para produtos técnicos e outros ativos maiores, os profissionais de marketing usam a demonstração para aprimorar sua experimentabilidade. Isso é, no entanto, difícil em serviços, pois são geralmente intangíveis em sua natureza. Os gerentes de marketing de serviço encontram maneiras de oferecer pacotes de teste aos usuários, porém é mais fácil no marketing de produtos por meio de atividades promocionais de vendas, como distribuir amostras grátis, concursos, prêmios, descontos etc. Representação do processo de avaliação / teste Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um personagem de desenho segurando uma lupa procurando defeitos em um software (computador). 25 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 5. Adoção Com base no resultado do processo de teste, neste estágio o consumidor finalmente decide adotar o produto. Espera-se que o cliente continue a comprá-lo repetidamente com base na satisfação que obtém ao usar o produto ou o serviço. Caso contrário, o processo pode terminar em rejeição. Representação do processo de adoção Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: A imagem apresenta um computador no centro e ao lado a representação de uma atualização (modificação) que será implantada para os clientes e/ou usuários. 1.1.3. ANÁLISE DE VALOR De acordo com Back et al. (2008), para a compreensão da análise de valor é necessário entender alguns conceitos-chave: Valor A relação entre uma função para a satisfação do cliente e o custo dessa função. Função O efeito produzido por um produto ou por um de seus elementos, a fim de satisfazer as necessidades do cliente. Análise de valor Metodologia para aumentar o valor de um objeto – o objeto a ser analisado pode ser um produto ou processo novo ou existente, e geralmente é realizado por uma equipe seguindo um plano de trabalho. 26 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Necessidade Algo que é necessário ou desejado pelo cliente. De acordo com Baxter (2011), a análise de valor é uma revisão sistemática dos processos de produção, compra e design de produto para reduzir os custos gerais do produto. Isso pode ser feito por meio de uma variedade de ativida- des, incluindo as seguintes etapas: • Projetar produtos para usar peças de menor tolerância que são mais baratas; • Mudar para componentes de custo mais baixo; • Padronizar peças em plataformas de produtos para obter descontos por volume; • Alterar os processos de produção para minimizar a quantidade de tempo do ciclo de produção, reduzindo assim os custos de mão de obra; • Introduzir a automação para reduzir os custos de mão de obra do processo de produção; e • Alterar a embalagem do produto para reduzir seu custo e, ao mesmo tempo, proteger o produto; 27 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE ANÁLISE DE VALOR Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma ilustração de uma mulher com uma lupa analisando diversos fatores que estão relacionados com o produto ou recurso que está sendo implementado. Por fim, a análise de valor é uma abordagem para melhorar o valor de um produto ou processo por compreensão de seus componentes constituintes e seus custos associados e, em seguida, encontrar melhorias nos componentes, reduzindo seu custo ou aumentando o valor das funções. Para saber mais sobre a engenharia reversa aplicada no desenvolvimento de produto, assista a este vídeo. Disponível neste no link https://www. youtube.com/watch?v=KUhzoUqCKeM. https://www.youtube.com/watch?v=KUhzoUqCKeM https://www.youtube.com/watch?v=KUhzoUqCKeM 28 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO 1.2. DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO COMO UM PROCESSO O processo de desenvolvimento de produtos é um plano de oito estágios para levar um produto do conceito inicial ao lançamento final no mercado. Esse processo ajuda a fragmentar tarefas e a organizar a colaboração interdepar- tamental. O desenvolvimento de um novo produto é, ao mesmo tempo, empolgante e desafiador. Da ideia inicial à pesquisa e, depois, à prototipagem, nenhum lançamento de produto é igual a outro. No entanto, há um sistema geral que pode ajudar a começar o processo de desenvolvimento do produto (BAXTER, 2011). REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma mulher manipulando uma maquete física e realizando algumas alterações no projeto em seu notebook. 29 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 O processo de desenvolvimento de produtos Descreve as seis etapas necessárias para levar um produto do conceito inicial ao lançamento final no mercado. O processo de desenvolvimento inclui: Identificar uma necessidade de mercado, sondar a concorrência, idealizar uma solução, desenvolver um roteiro do produto e construir um produto viável. O processo de desenvolvimento de produtos não somente Ajuda a simplificar o lançamento, mas também incentiva a colaboração entre equipes, pois leva o trabalho em equipe e a comunicação para a linha de frente do processo. 30 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO 1.2.1. FASES DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO De acordo com Back et al. (2008), podemos relacionar algumas etapas que estão envolvidas na criação de um novo produto: ETAPAS ENVOLVIDAS NA CRIAÇÃO DE UM PRODUTO Fonte: elaborado pelo autor (2023). #pratodosverem: esquema apresentando as etapas envolvidas na criação de um produto: 1. Geração de Ideias; 2. Triagem de Ideias; 3. Desenvolvimento e Teste de Conceito; 4. Análise de Negócio; 5. Desenvolvimento de Estratégia de Marketing. 31 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 1. Geração de ideias É o ato de obter o maior número possível de ideias. Metas para novos produtos podem ser obtidas de clientes, representantes de vendas, funcionários, distribuidores, departamento de pesquisa e desenvolvimento, empresas concorrentes, grupos focais ou brainstorming. A partir de uma grande quantidade de ideias geradas sobre o novo produto, algumas delas podem ser implementadas. A geração de ideias ou brainstorming de novos produtos, serviços ou conceitos geralmente começa quando as oportunidades de mercado são identificadas para apoiar sua fase de triagem de ideias. Representação do processo de geração de ideias Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta duas pessoas (um homem e uma mulher) conectando um quebra-cabeças. 2. Triagem de ideias É o processo de triagem das ideias geradas para eliminar aquelas ideias que não são consistentes com os objetivos e recursos da empresa. Ocorre com vista a eliminar ideias que não são exequíveis, viáveis e aceitáveis. Muitas organizações usam critérios diferentes nessa triagem, mas, em geral, devemos analisar a viabilidade e a aceitabilidade das ideias. Representação do processo de triagem de ideias Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um casal (um homem e uma mulher) sorrindo e felizes em volta de uma nuvem e uma lâmpada, representando a formação de ideias. 32 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO 3. Desenvolvimento e teste de conceito As ideias que passam pela fase de triagem são então desenvolvidas emconceito no papel, declarando claramente o marketing e a engenharia (detalhes do produto). Em essência, o conceito indicará o mercado- alvo para o produto, seus benefícios, características e atributos, bem como o preço de venda proposto e planejado para o produto. Da mesma forma, o conceito deve conter o custo estimado de produção do produto e suas marcas concorrentes percebidas no mercado escolhido. Quando o conceito é desenvolvido ele tem que ser testado, nesse estágio, pede-se a um número de potenciais clientes para avaliar a ideia com base em sua viabilidade e comercialização. Representação do processo de desenvolvimento e teste de conceito Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta duas mãos segurando um celular e clicando sobre uma marca de seleção. 33 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 4. Análise de negócios Esta etapa do processo de desenvolvimento de novos produtos é voltada para o processo de avaliação do custo geral, a receita de vendas e os potenciais de lucro da ideia de produto contemplada. Isso é alcançado por meio de análises em relação ao potencial de mercado da indústria, tamanho e taxa de crescimento, previsão de vendas e estimativa de demanda, bem como a lucratividade estimada e ponto de equilíbrio para o produto-alvo. O objetivo principal dessa análise é a identificação das ideias que são aparentemente viáveis. As ideias inviáveis podem ser descartadas nessa fase. Representação do processo de análise de negócios Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um executivo sentado em uma mesa de trabalho, olhando alguns documentos com gráficos e números e um notebook no canto. 5. Desenvolvimento da estratégia de marketing As ideias mais viáveis, que escalaram através dos estágios anteriores, podem ser usadas como boas candidatas para o desenvolvimento da estratégia de marketing. Em sua forma básica, essa fase exige a formulação do produto, preço, distribuição e promoção das estratégias a serem usadas na comercialização dos produtos propostos quando forem lançados. É pertinente notar que essas estratégias devem ser flexíveis, de modo que possam ser modificadas para se adequarem ao dinamismo do ambiente Representação do processo de desenvolvimento da estratégia de marketing Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma jovem gritando em um megafone. 34 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO 6. Desenvolvimento do produto É nesta fase que será produzido o protótipo real ou físico da ideia de sucesso. Por exemplo, se uma empresa está produzindo um automóvel, ela deve produzir um carro de brinquedo semelhante a um protótipo de carro contendo todas as características e designs especificados na fase de desenvolvimento do conceito. Se for um serviço, será desenvolvido um pacote completo de serviços prontos para o teste de marketing. Representação do processo de desenvolvimento do produto Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um homem olhando para um tablet com um modelo de construção para desenvolvimento. 7. Marketing de teste Nesta etapa, a empresa testará o produto (e sua embalagem) em situações de uso conduzindo entrevistas com clientes de grupos focais, pesquisa de revendedores ou teste em feiras para determinar a aceitação do cliente. A empresa pode usar o resultado do teste para fazer ajustes na estratégia de marketing planejada, se necessário. No entanto, uma empresa deve ser extremamente cuidadosa ao testar o marketing de seus novos produtos planejados. Representação do processo de marketing de teste Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma mulher, usando um smartphone e acima do aparelho são apresentados alguns ícones representando as redes sociais. 35 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 8. Comercialização Esta é a etapa final do processo de desenvolvimento em que o produto será lançado. Uma vez introduzido, não está mais sob o controle da empresa, mas do mercado. Aqui, uma empresa deve decidir quando, onde e como apresentar o produto. O momento do lançamento é crítico e deve ser planejado e estruturado de forma adequada, por exemplo: lançar um novo sorvete no inverno é um erro de tempo (estação). O local de lançamento também deve ser estratégico e mais próximo do mercado-alvo. Da mesma forma, uma empresa deve decidir como lançar o produto. Há duas opções principais aqui, ou seja, abordagens em cascata e por aspersão. Na abordagem em cascata, uma empresa decide comercializá-lo em todo o mercado, ou seja, introduzi-lo em todo o mercado de uma só vez. A outra opção é lançá-lo gradativamente de uma seção para outra até o momento em que todo o mercado é coberto, assim usando a técnica de aspersão. No entanto, a escolha de uma opção depende da natureza do mercado, recursos da empresa e nível de competição no mercado. Representação do processo de comercialização Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um carrinho de compras com diversas caixas de papelão espalhadas pelo cenário e um ícone de uma seta apontando para cima. Além disso, para que sua comercialização seja bem-sucedida, a empresa deve produzir e elaborar uma promoção eficaz para criar consciência depois de garantir que os produtos estão adequadamente distribuídos em todo o mer- cado. Isso ocorre porque será contraproducente para uma empresa promover um produto que não pode ser encontrado no mercado por potenciais com- pradores. No entanto, é importante observar que essas etapas podem não ser seguidas, pois algumas delas podem ser eliminadas ou feitas concomitantemente para 36 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO reduzir o tempo que leva o processo de desenvolvimento de um novo pro- duto. Existem dois tipos de estratégias de desenvolvimento de novos produ- tos, ou seja, estratégias proativas e reativas de desenvolvimento de produtos (BACK et al., 2008). A maioria das empresas líderes na indústria vê o desenvolvimento de novos produtos como um processo proativo, em que os recursos são alocados para identificar as mudanças do mercado e aproveitar as oportunidades de novos produtos antes que elas ocorram. Quanto à estratégia reativa, é adotada para observar e analisar o mercado ou algum cenário específico até que surjam problemas ou a empresa pioneira introduza uma inovação. 1.2.2. PROCESSO DE NEGÓCIO A dimensão econômica do lançamento de um produto é essencial. Embora você obviamente não precise de um plano de negócios completo para um produto, o tipo de plano de negócios que você precisa construir deve abran- ger todas as variáveis econômicas envolvidas no desenvolvimento e comercia- lização do produto. Ele deve examinar todos os investimentos feitos durante o desenvolvimento do produto e, posteriormente, estabelecer as variáveis para o pipeline de vendas necessário e os custos associados após o lançamento do produto. 37 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE NEGÓCIO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um gráfico de barras digital crescente com a sobreposição da mão de um homem. A análise de equilíbrio identificará em que ponto o exercício se torna lucrativo. Em uma perspectiva de longo prazo, uma análise do valor do tempo de vida do cliente pode contribuir para o refinamento da definição do produto. De acordo com Venanzi e Silva (2016), podemos relacionar algumas etapas que devem ser implementadas para a construção de um plano de negócios: • Uma abordagem útil é começar a construir um plano de negócios incorporandodois estágios separados: um para toda a fase de desenvolvimento do produto e outro para a fase de lançamento. As variáveis serão diferentes para cada fase, podendo exigir diferentes tipos de investimentos. • Na fase de desenvolvimento do produto, os gastos estão atrelados ao tempo gasto em pesquisa, aquisição de relatórios e expertise externa e desenvolvimento de protótipos. O plano de negócios da fase de lançamento validará os valores que podem ser investidos. • Para qualquer plano de negócios, as questões mais importantes sempre estarão relacionadas às hipóteses subjacentes que você usou. Mantenha-os claros e anote-os. 38 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO • Os melhores planos de negócios usam hipóteses construídas como variáveis para que você possa simular diferentes tipos de cenários de negócios. 1.2.3. MODELO DE REFERÊNCIA O desenho do processo é uma fase chave no redesenho dos processos de negócios. De acordo com Venanzi e Silva (2016), o modelo resultante forma a base para a implementação e execução. Garantir essa qualidade de modela- gem pode ser muito complexo, por esse motivo, o uso de modelos de proces- so aumenta significativamente a eficiência e a eficácia da fase de projeto do processo. REPRESENTAÇÃO DO MODELO DE REFERÊNCIA Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta dois homens em um escritório realizando anotações em um documento gigante. Os modelos de processo são geralmente chamados de modelos de referência de processos. Um modelo de referência engloba uma ou mais estruturas or- ganizacionais pré-projetadas e integradas. Por exemplo, um tipo de modelo de referência pode ser um modelo de referência de processos de negócios ou uma descrição dos fluxos de dados. 39 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 No artigo intitulado “Modelos de referência para desenvolvimento de produtos: classificação, análise e sugestões para pesquisas futuras”, é possível observar que os modelos de referência para o processo de desenvolvimento de produtos podem contribuir para facilitar a compreensão e a comunicação entre os coordenadores do projeto do produto, para auxiliar nas decisões sobre as funções da gestão do projeto, tais como o planejamento e a organização. É possível observar também a adaptação de modelos de referência e identificar lacunas para pesquisas futuras nesta área de conhecimento. Acesse o artigo e saiba mais! Disponível no link https://producaoonline.org.br/rpo/article/view/520. Ele integra os conceitos bem conhecidos de processos de negócios (reenge- nharia), benchmarking e a medição de processo em uma estrutura multifun- cional. Um modelo de referência é baseado em um pequeno número de conceitos unificadores e pode ser usado como base para a educação, explicando pa- drões para não especialistas. https://producaoonline.org.br/rpo/article/view/520 40 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DO MODELO DE REFERÊNCIA Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma mulher manipulando algumas folhas de papéis, representando os modelos de referência. Na literatura científica, podemos encontrar várias definições de modelos de referência. Rosemann (2003) define modelos de referência como modelos conceituais genéricos que formalizam práticas recomendadas para um de- terminado domínio. Os modelos de referência possuem as seguintes carac- terísticas: 41 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 CARACTERÍSTICAS DOS MODELOS DE REFERÊNCIA Fonte: elaborado pelo autor (2023). #pratodosverem: esquema apresentando as características dos modelos de referência: • uma representação das melhores práticas (fornecendo melhores práticas para a condução dos negócios); • aplicabilidade universal (representando uma classe de domínios, não uma empresa em particular); e • reusabilidade (podem ser entendidos como planos para o desenvolvimento de sistemas de informação, eles podem ser estruturados para permitir fácil adaptabilidade a situações específicas da empresa). Os modelos de referência desempenham um papel cada vez mais impor- tante em atividades como negócios da engenharia, sistema de informação, customização de sistemas ERP, treinamento e pesquisa. 42 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DO MODELO DE REFERÊNCIA DE UM SISTEMA DE ERP Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta no centro o texto escrito “ERP” com um homem manipulando um tablet e ao redor é exibida uma série de ícones computacionais. Para que possamos ser capazes de usar modelos de referência, eles devem ser adaptados para os requisitos de uma empresa específica. Os modelos de referência representam o conteúdo de vários domínios. A partir desse contexto, de acordo com Rosemann (2003), os tipos mais im- portantes são os seguintes: 43 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Modelos de referência da indústria Representa as melhores práticas de um setor específico da indústria. Modelos de referência de software Estes podem ser aplicações tradicionais, como sistemas ERP, ou um modelo de referência que representa um subprocesso que deve ser suportado por arquitetura orientada a serviços (SOA). Modelos de referência processual Por exemplo, um modelo de referência de gestão. Modelos de referência da empresa Representa as melhores práticas dentro de uma empresa ou grupo de empresas. 44 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE REDUÇÃO DE CUSTOS Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma seta apontada para baixo e ao lado 4 montinhos de moedas de forma decrescente. Segundo Venanzi e Silva (2016), o uso de modelos de referência tem diferentes efeitos econômicos no processo de modelagem, por exemplo: 45 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 EFEITOS ECONÔMICOS Fonte: elaborado pelo autor (2023). #pratodosverem:esquema apresentando os efeitos econômicos: • redução de custos (os modelos de referência podem ser reutilizados de modo que os custos de desenvolvimento da referência podem ser salvos); • uma redução do tempo de modelagem (o conhecimento contido no modelo de referência reduz o tempo de aprendizado e desenvolvimento, permitindo a identificação de um foco a partir das críticas); 46 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO • um aumento na qualidade do modelo (modelos de referência são soluções comprovadas e fornecem melhor modelo, qualidade e consciência das próprias deficiências); • uma diminuição do risco de modelagem (o risco de falhas durante o uso do modelo de referência pode ser reduzido porque os modelos de referência já estão validados); • o conteúdo do modelo de referência geralmente faz a ponte entre os negócios e os domínios de TI. Por exemplo, os modelos de processos de negócios podem ser vinculados com os modelos de definição de interface predefinidos. Apesar dos muitos efeitos positivos para os negócios, eles ainda são pouco uti- lizados na prática. As razões para isso podem ser encontradas na acessibilida- de ou complexidade de modelos de referência, bem como as metodologias de implementação. As possíveis desvantagens de usar modelos de referência é que uma organização pode perder alguma vantagem de sua exclusividade. Se um modelo de referênciaé amplamente usado por um setor da indústria, então dificilmente pode representar uma fonte de vantagem competitiva de uma empresa (PAJK; ŠTEMBERGER; KOVAI, 2012). No estudo de Halpern et al. (2000), a maior chance de atraso no desenvolvimento das crianças esteve associada à parcela da população mais desfavorecida que, por sua vez, acumulava vários fatores de risco biológico: eram pobres, tinham mais de três irmãos, haviam nascido com baixo peso, com idade gestacional menor de 37 semanas, e haviam recebido leite materno por menos de três meses ou não haviam sido amamentadas. Acesse o artigo e saiba mais! Disponível no link https://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0370-41062002000500016. https://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0370-41062002000500016 https://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0370-41062002000500016 47 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 CONCLUSÃO Esta unidade teve o objetivo de apresentar os princípios do conceito do pro- cesso de desenvolvimento de produto. Vimos que o desenvolvimento de produtos é o processo completo de aprimo- ramento de uma ideia, desde a fase do conceito à entrega para os usuários e/ou clientes. Esteja você entregando uma nova oferta ou aperfeiçoando um produto existente, o ciclo de desenvolvimento do produto começa muito an- tes de qualquer coisa ser construída. Abrange tudo, desde o brainstorming do conceito inicial até o planejamento estratégico, construção e lançamento no mercado para, em seguida, medir seu sucesso. Além disso, observamos as etapas que devem ser executadas no desenvolvi- mento de produto como um processo. O estudo apresentou que seguir o roteiro do produto significa promover a criação de um produto com funcionalidade suficiente para ser usado por sua base de clientes, pode não ser o produto acabado, mas deve ser o suficiente para testar o mercado e obter o feedback inicial. A partir desse contexto, discutimos que um ciclo típico de desenvolvimento de produto inclui: Ideação com estreita colaboração com os clientes. Seja por meio de um brainstorming de novas ideias de produtos, uma sugestão de um cliente ou uma ordem de um gerente sênior, o desenvolvimento de produtos começa com uma ideia. Pesquisa de mercado e atividades de comercialização para determinar uma estratégia de mercado. Uma análise de negócios demonstra a viabilidade de mercado do produto. Ele valida que o conceito do produto tem a funcionali- dade e o preço corretos para ganhar participação no mercado-alvo. Uma atividade de design de produto. Geralmente é iterativo e em colaboração com os clientes. Em algumas indústrias, o “protótipo” pode ser um conjunto de processos de fabricação, uma receita para o novo produto. Os designs de produtos passam por uma validação adicional, por exemplo, para melhorar a interface do usuário. 48 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO MATERIAL COMPLEMENTAR Para saber mais sobre este tema, leia os artigos a seguir: OLIVEIRA, F. R.; FRANÇA, S. L. B.; RANGEL, L. A. D. Princípios de economia circular para o desenvolvimento de produtos em arranjos produtivos locais. Interações, Campo Grande, v. 20, n. 4, 2019. Disponível no https://www.scielo.br/j/inter/a/ nWBqSY5NCNtpj6r74WyfZVB/?format=html&lang=pt. Acesso em: 28 fev. 2023. MASCARENHAS, A. P. F. M. et al. Desenvolvimento de produtos IOT. Brazilian Journal of Development, [S. l.], v. 7, n.-1, p. 4711-4724, 2021. Disponível no https://doi. org/10.34117/bjdv7n1-320. Acesso em: 28 fev. 2023. SÁ, A. A.; MESSIAS, C. M. B. O. Desenvolvimento de produtos alimentícios a partir do aproveitamento integral dos alimentos com destaque para manga e banana: revisão de literatura. Avanços em Ciências e Tecnologia de Alimentos: Editora Científica Digital, v. 6, 2022. Disponível no https://downloads.editoracientifica. com.br/articles/220207735.pdf. Acesso em: 28 fev. 2023. TRENTIN, R. S.; SANTOS, J. S. Benefícios do Emprego de Substâncias Funcionais no Desenvolvimento de Produtos. Ensaio e Ciência, v. 24, n. 3, 2020. Disponível no https://revista.pgsskroton.com/index.php/ ensaioeciencia/article/view/8114. Acesso em: 28 fev. 2023. SILVA BERTOSO, L.; HEEMANN, A. O codesign para geração de valor e inovação no desenvolvimento de produtos de vestuário. Moda Palavra e-periódico, Florianópolis, v. 14, n. 32, p. 206-229, 2021. Disponível no https://www.redalyc. org/journal/5140/514066979011/514066979011.pdf. Acesso em: 28 fev. 2023. https://www.scielo.br/j/inter/a/nWBqSY5NCNtpj6r74WyfZVB/?format=html&lang=pt https://www.scielo.br/j/inter/a/nWBqSY5NCNtpj6r74WyfZVB/?format=html&lang=pt https://doi.org/10.34117/bjdv7n1-320 https://doi.org/10.34117/bjdv7n1-320 https://downloads.editoracientifica.com.br/articles/220207735.pdf https://downloads.editoracientifica.com.br/articles/220207735.pdf https://revista.pgsskroton.com/index.php/ensaioeciencia/article/view/8114 https://revista.pgsskroton.com/index.php/ensaioeciencia/article/view/8114 https://www.redalyc.org/journal/5140/514066979011/514066979011.pdf https://www.redalyc.org/journal/5140/514066979011/514066979011.pdf https://ensaioseciencia.pgsskroton.com.br/article/view/8114 UNIDADE 2 OBJETIVO Ao final desta unidade, esperamos que possa: 49 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO > Refletir sobre o processo de gerenciamento de projetos. > Compreender sobre a análise de viabilidade econômica de projetos. 50 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO 2 GERENCIAMENTO E ANÁLISE DE VIABILIDADE DE PROJETOS INTRODUÇÃO DA UNIDADE Nesta unidade, vamos estudar sobre os princípios do gerenciamento e análi- se de viabilidade de projetos. Veremos que o gerenciamento de projetos é um processo importante para as empresas, porque as ajuda a cumprir as metas do projeto e a entregar exce- lentes resultados. Nesse cenário, os gerentes de projeto motivam as equipes a concluir um trabalho de alta qualidade, a monitorar seu progresso e a tomar decisões para resolver desafios rapidamente. Quando implementado de for- ma eficaz, o gerenciamento de projetos pode ajudar a melhorar a eficiência, a reduzir custos e a concluir projetos dentro do cronograma. Além disso, vamos compreender que a análise de viabilidade, também co- nhecida como estudo de viabilidade, é um procedimento que visa determi- nar a probabilidade de sucesso de um determinado projeto, bem como sua lucratividade. Uma análise de custo-benefício é indissociável da análise de viabilidade, que abrange tanto questões técnicas, relacionadas à capacidade produtiva de uma determinada empresa, quanto aspectos econômicos, rela- cionados ao benefício real de uma solução. 2.1. GERENCIAMENTO DE PROJETOS O gerenciamento de projetos de engenharia é o processo de liderar uma equi- pe para concluir um projeto de engenharia. Frequentemente, os projetos de engenharia se concentram no desenvolvimento de produtos ou processos, como inovações ou tecnologias. Os gerentes de projeto de engenharia plane- jam projetos, estimam orçamentos, programam cronogramas, atribuem ta- refas e gerenciam o progresso de sua equipe em relação às metas do projeto. Frequentemente, os engenheiros fazem a transição para funções de geren- ciamento de projetos, a fim de avançar em suas carreiras. 51 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Os gerentes de projeto de engenharia podem facilitar a conclusão bem-sucedida de projetos de engenharia. Eles geralmente combinam suas habilidades técnicas de engenharia com técnicas de gerenciamento de projetos para criar um plano de projeto abrangente e manter o progresso do projeto (VENANZI;SILVA, 2016). De acordo com Venanzi e Silva (2016), podemos relacionar alguns benefícios do gerenciamento de projetos de engenharia, como os seguintes itens: • Melhor coordenação de recursos compartilhados. • Avaliações de custos mais precisas. • Menos gastos gerais. • Melhoria do trabalho em equipe e comunicação. • Maior eficiência. Embora o gerenciamento de projetos de engenharia seja semelhante ao ge- renciamento de engenharia, existem diferenças importantes entre os dois. O primeiro se concentra em supervisionar e gerenciar um projeto relacionado à engenharia do início ao fim. Na engenharia, a gestão de projetos pode incluir funções não relacionadas a uma função de engenharia, como orçamento e gerenciamento de custos do projeto, cronograma de fases do projeto, com- pra de materiais e alocação de recursos. 52 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE PROJETO Fonte: ©pressfoto, Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta dois homens em pé olhando para alguns documentos sobre uma mesa. Já o gerenciamento de engenharia se concentra na gestão de tarefas de en- genharia do dia a dia, em vez de projetos específicos. Uma empresa pode empregar gerentes de engenharia para supervisionar uma equipe ou depar- tamento de engenharia. Em suas funções, os gerentes de engenharia podem avaliar o desempenho dos funcionários, fornecer orientação ou treinamento e trabalhar com outros gerentes para estabelecer metas organizacionais. De acordo com Venanzi e Silva (2016), há diferenças entre um gerente de pro- jeto de engenharia e um engenheiro de projeto. Um gerente de projeto de engenharia lidera uma equipe de engenheiros que trabalha para concluir um projeto. Um engenheiro de projeto é um indivíduo que faz parte dessa equi- pe. Alguns engenheiros de projeto têm conhecimentos ou habilidades espe- cializadas em uma área específica, como biotecnologia, enquanto outros têm experiência generalizada em engenharia. Eles trabalham em conjunto com outros engenheiros de projeto para concluir projetos seguindo a orientação do gerente de projeto de engenharia. 53 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Um gerente de projeto de engenharia geralmente tem uma compreensão abrangente das práticas e tecnologias de sua área. Esse conhecimento pode ajudá-lo a planejar e executar projetos, porque ele entende o trabalho, os re- cursos e o pessoal necessários para concluir as tarefas do projeto. REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE PROJETO Fonte: ©rawpixel.com, Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um homem em pé apontando para um documento em uma mesa, em volta de 3 homens e 1 mulher que estão sentados ao redor da mesa observando o documento. Os gerentes de projeto de engenharia, sem experiência nessa área, podem solicitar suporte técnico aos engenheiros de projeto e a outros membros da equipe durante todo o projeto. Segundo Widomar Jr. (2015), além da expe- riência em engenharia, é útil para os gerentes de projeto de engenharia ter outras habilidades para realizar suas tarefas de trabalho com eficiência. De acordo com Widomar Jr. (2015), tais habilidades úteis para o gerenciamento de projetos de engenharia podem ser as seguintes: 54 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Gerenciamento do envolvimento das partes interessadas. Os gerentes de projeto de engenharia se comunicam e coordenam com as partes interessadas do projeto, que podem incluir gerentes de engenharia, líderes da empresa ou clientes externos. Representação do envolvimento das partes interessadas Fonte: ©senivpetro, Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta 5 profissionais sentados e 2 em pé, unidos a partir do cumprimento de suas mãos comemorando o alinhamento e/ou uma conquista obtida pela equipe. Planejamento do projeto. Parte desse processo envolve a compreensão de cada etapa do ciclo de vida do projeto, como se aplica a ele e como distribuir as tarefas adequadamente para a conclusão do projeto. Representação do processo de planejamento do projeto Fonte: ©drobotdean, Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um homem sentado em uma mesa olhando para o seu smartphone e fazendo algumas anotações no caderno. A mesa é composta por um notebook, uma xícara de café e um livro. Redação e negociação de contratos. Alguns gerentes de projeto de engenharia podem redigir ou negociar contratos com as partes interessadas ao montar sua equipe de projeto ou planejar projetos. Representação do processo de negociação de contratos Fonte: ©drobotdean, Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta a ilustração de um homem assinando um contrato. 55 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Análise de produtividade. Para entender e saber se o projeto está progredindo, os gerentes de projeto de engenharia podem medir a produtividade dos engenheiros de projeto e de outros membros da equipe. Essa habilidade também permite que eles façam alterações ou redistribuam tarefas para melhorar a produtividade. Representação do processo de análise de produtividade Fonte: ©kroshka__nastya, Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma mulher sentada, olhando em um computador diversos gráficos. Avaliação e planejamento de riscos. Os projetos de engenharia podem envolver riscos potenciais, e os gerentes de projetos de engenharia podem usar essas habilidades para identificar fatores de risco e tomar medidas para minimizá-los ou eliminá-los. Representação do processo de avaliação e planejamento de riscos Fonte: ©kroshka__nastya, Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um homem sentado em uma mesa, analisando al- guns gráficos na tela do seu notebook. Estimativa de custo. Um gerente de projeto de engenharia cria e rastreia os orçamentos do projeto para garantir que uma equipe conclua o projeto dentro do orçamento estimado. Representação da estimativa de custo Fonte: ©flaticon, Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma sacola de compras e ao lado uma moeda dourada. 56 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Liderança. Os gerentes de projeto de engenharia geralmente lideram reuniões de projeto e usam suas habilidades de liderança para motivar e encorajar os membros da equipe a fazer o melhor trabalho. Representação do posicionamento de um líder Fonte: ©storyset, Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta 3 pessoas subindo uma escada de mãos dadas até o topo (onde pode ser visto uma bandeira). Resolução de problemas. É importante que os gerentes de projeto de engenharia tenham habilidades de resolução de problemas, para que possam enfrentar os desafios e identificar soluções para manter o progresso do projeto. Representação da resolução de problemas Fonte: ©freepik, Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um homem sentado com a cabeça abaixada e colocando as duas mãos sobre a cabeça – demonstrando preocupação e desespero. Comunicação. Ao longo de um projeto, os gerentes de projeto de engenharia se comunicam com engenheiros de projeto, gerentes, clientes e outras partes interessadas. Eles usam suas habilidades de comunicação para explicar as tarefas do projeto, responder a perguntas e fornecer atualizações de status. Representação da importância da comunicação Fonte: ©vectorjuice, Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um megafone com um ícone de exclamação. 57 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 O gerenciamento de projetos é o processo de levaros funcionários a concluir um projeto e cumprir seus objetivos. Os gerentes de projeto geralmente aju- dam uma equipe a executar suas funções principais em um projeto e a resol- ver quaisquer desafios ou problemas difíceis que surjam. Eles também auxiliam no planejamento do projeto, criando metas que aten- dam aos requisitos do cliente ou da empresa, garantindo que a equipe entre- gue o produto no prazo previsto. Para saber mais sobre a importância do gerenciamento de projetos aplicado à vida, assista a este vídeo. Disponível no link https://www.youtube. com/watch?v=7na7QNMWbXg&t=318s. Os gerentes de projeto podem trabalhar em vários setores, como TI e cons- trução. Eles geralmente têm experiência em gerenciamento ou desenvolvi- mento de negócios e habilidades técnicas relacionadas ao setor ou campo escolhido (WIDOMAR JR., 2015). https://www.youtube.com/watch?v=7na7QNMWbXg&t=318s https://www.youtube.com/watch?v=7na7QNMWbXg&t=318s 58 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS Fonte: ©gpointstudio, Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma mulher segurando uma pasta e olhando diversas anotações que foram feitas e fixadas em um quadro de aviso. O gerenciamento eficaz de projetos pode ajudar as equipes a aumentar sua produtividade e fornecer resultados bem-sucedidos. A partir desse contexto, podemos relacionar alguns benefícios que o geren- ciamento de projetos pode oferecer à empresa ou à equipe, como os seguin- tes elementos: 59 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 BENEFÍCIOS DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS Fonte: elaborado pelo autor (2023). #pratodosverem: esquema com os benefícios do gerenciamento de projetos: liderança direta, previsibilidade, solução eficaz de problemas, eficiência melhorada, melhor comunicação, metas e objetivos claros, resultados de qualidade. 2.1.1 LIDERANÇA DIRETA Os gerentes de projeto desempenham um papel de liderança em uma equi- pe de projeto. Eles ajudam os membros da equipe a tomar decisões e resolver suas dúvidas ou preocupações. Um gerente de projeto também apoia os fun- cionários treinando-os em novas habilidades, motivando-os a continuar tra- balhando e avaliando seus progressos. Os gerentes de projeto são responsá- veis pelo sucesso do projeto, isto é, dedicam-se a garantir que o projeto atinja seus objetivos e a liderar a equipe para entregar um produto de qualidade (WIDOMAR JR., 2015). 2.1.2 PREVISIBILIDADE Os gerentes de projetos bem-sucedidos podem tornar os projetos mais pre- visíveis, planejando cuidadosamente os objetivos e tarefas e minimizando os riscos potenciais (WIDOMAR JR., 2015). 60 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Quanto mais tempo os gerentes de projeto e suas equipes gastam nos está- gios de planejamento, maior a probabilidade de prever possíveis problemas e eliminar quaisquer desafios antes que eles ocorram. Também é possível que alguns gerentes de projeto determinem a probabilidade de sucesso de um projeto antes mesmo de começar. Prever com precisão o sucesso do projeto pode ajudar as empresas a escolher apenas os projetos mais bem-sucedidos para reduzir o risco e auxiliar no desenvolvimento do negócio (WIDOMAR JR., 2015). 2.1.3 SOLUÇÃO EFICAZ DE PROBLEMAS Ao estabelecer uma liderança de qualidade, os gerentes de projeto podem ajudar a resolver problemas e desafios mais rapidamente. Quando surge um desafio durante um projeto, os funcionários sabem que podem colaborar com o gerente do projeto, que pode ajudá-los a encontrar uma maneira efi- caz de resolvê-lo (WIDOMAR JR., 2015). 61 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DA BUSCA POR UMA SOLUÇÃO EFICAZ Fonte: ©DilokaStudio, Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta a mão de um homem segurando uma lâmpada. Frequentemente, os gerentes de projeto escolhem o membro da equipe que possui as habilidades mais qualificadas para resolver o problema específico e pedem que ele o resolva. Por exemplo, se houver um problema de fiação durante um projeto de construção, o gerente do projeto pode pedir ajuda ao engenheiro elétrico. 2.1.4 EFICIÊNCIA MELHORADA Quando os membros da equipe têm um gerente de projeto liderando-os, isso pode aprimorar sua eficiência. Ele pode usar suas habilidades administrativas para entender as qualificações dos membros da equipe, delegar tarefas a eles e monitorar seus progressos para melhorar a produtividade (WIDOMAR JR., 2015). Um gerente de projeto também pode estabelecer uma estrutura para proje- tos. Essa estrutura pode ajudar os funcionários a entender o que esperar dos próximos projetos, para que possam concluir suas tarefas com mais rapidez e eficiência. 62 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO 2.1.5 MELHOR COMUNICAÇÃO O gerenciamento de projetos auxilia na melhoria da comunicação entre os departamentos da empresa, executivos e partes interessadas. Quando os ge- rentes iniciam um projeto, eles usam suas habilidades de comunicação para garantir que todos os membros da equipe do projeto entendam os objetivos e suas funções (WIDOMAR JR., 2015). Se ocorrer algum problema durante o projeto, o gerente pode notificar outros departamentos e garantir que todos fiquem atualizados. Ao longo do projeto, os gerentes também relatam o progresso de sua equipe às partes interessa- das e executivos, informando-os sobre quaisquer grandes sucessos ou con- tratempos e como eles resolveram os desafios. 2.1.6 METAS E OBJETIVOS CLAROS O gerenciamento de projetos fornece metas e objetivos claros às equipes e funcionários para alcançar resultados de projeto bem-sucedidos. Os gerentes de projeto também podem separar metas maiores em objetivos mais geren- ciáveis ou planos de ação para os membros da equipe executarem. Com o plano de ação e metas menores, os funcionários podem entender me- lhor suas tarefas e como cada uma contribui para os objetivos gerais do proje- to. Ter uma melhor compreensão de suas funções pode aumentar a eficiên- cia e a produtividade dos funcionários (WIDOMAR JR., 2015). 63 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DA DEFINIÇÃO DE METAS E OBJETIVOS CLAROS Fonte: ©nuraghies, Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta 3 setas batendo no centro do alvo de dardos. À medida que uma empresa conclui seus projetos, um forte gerenciamento de projetos fornece um controle de qualidade influente em todas as etapas do processo. Quando um membro da equipe ou departamento conclui uma meta importante, os gerentes de projeto geralmente testam o produto ou a entrega para garantir que atenda às expectativas do cliente ou da empresa antes de continuar com o projeto. No decorrer do projeto, esses profissionais também podem agendar testes para garantir que a equipe forneça resulta- dos profissionais, precisos e de alta qualidade. Os gerentes de projeto fornecem gerenciamento financeiro eficiente plane- jando projetos e criando estimativas de orçamento. Esse planejamento mi- nucioso permite que as empresas entendam todas as principais tarefas do projeto, quanto tempo pode levar para ser concluído e o seu custo financeiro. Por meio de um planejamento eficaz, os gerentes de projeto podem desen- volver planos financeiros para assegurar que o projeto permaneça dentro do orçamento. Durante o projeto, os gerentes também podem verificar o orça- mento e as despesas para garantir que o projeto se mantenha no caminho certo, financeiramente, e possa fazer ajustes, se necessário. 64 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MECnº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS Fonte: ©thicha2707, Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta diversas pessoas olhando para um protótipo de papel e realizando algumas anotações e ajustes nesse documento. Usar o gerenciamento de projetos bem-sucedidos pode criar um ambiente de trabalho positivo para as equipes. Quando um gerente de projeto ajuda a liderar uma equipe em vários projetos de sucesso, ele pode melhorar a sa- tisfação dos funcionários e motivá-los a entregar um trabalho contínuo e de alta qualidade. Usando fortes habilidades de liderança, os gerentes de projeto também podem apoiar os funcionários incentivando-os a treinar e a desen- volver suas habilidades, permitindo que eles se tornem mais confiantes e aju- dem os clientes de forma mais eficaz. Os gerentes de projeto bem-sucedidos podem ajudar as empresas a gerenciar o escopo do projeto e garantir que as tarefas dos funcionários permaneçam dentro das metas e objetivos principais do projeto (WIDOMAR JR., 2015). 65 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 O gerenciamento de escopo eficaz colabora com as empresas no sentido de economizar dinheiro e garantir que todos os produtos finais operem confor- me o planejado. Por exemplo, se um funcionário deseja adicionar um novo re- curso a um projeto de software, o gerente de projeto pode decidir se a equipe tem tempo e capital suficientes para criar o recurso sem risco para a entrega ou qualidade do produto final. 2.2 GERENCIAMENTO DO CUSTO E RISCOS DO PROJETO Sem o gerenciamento de riscos, existe a possibilidade de que os projetos saiam completamente do controle, excedam o orçamento, sejam concluídos tarde demais ou estraguem completamente. Não precisa ser assim: qualquer pessoa que reconheça os riscos em seu pro- jeto em tempo hábil pode gerenciá-los de forma proativa. No entanto, isso requer uma certa cultura e a aplicação de uma gestão contínua de riscos. Os riscos pertencem a projetos como o ar que respiramos, mas eles são fre- quentemente ignorados. Em geral, é a grande pressão de tempo do projeto e dos envolvidos que faz com que ninguém queira saber nada sobre riscos. Além disso, há política e interesses individuais – todos os assuntos que blo- queiam uma visão clara das circunstâncias reais (WIDOMAR JR., 2015). No artigo intitulado “Relacionamento entre gerenciamento de risco e sucesso de projetos”, é possível observar os resultados de uma pesquisa feita em quatro estados brasileiros sobre adoção de práticas de gerenciamento de riscos em projetos com diferentes tipos de complexidade. É possível refletir sobre a visão de práticas de gerenciamento de riscos com resultados em projetos, servindo de base para novos estudos em outros setores e áreas de conhecimento de projetos. Acesse o artigo e saiba mais! Disponível no link https://www. youtube.com/watch?v=7na7QNMWbXg&t=318s. https://www.youtube.com/watch?v=7na7QNMWbXg&t=318s https://www.youtube.com/watch?v=7na7QNMWbXg&t=318s 66 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Apenas em algumas empresas o gerenciamento profissional de riscos é parte integrante do processo de gerenciamento de projetos, embora seja uma das tarefas mais importantes e ao mesmo tempo mais exigentes. O fato de os riscos serem ignorados não precisa ter um efeito duradouro no projeto ou na empresa. Contudo, como gerente de projeto, pode-se cometer uma negligência se o risco do projeto não for considerado. O gerenciamento de riscos é sempre, também, de oportunidades. Os projetos são empreendimentos arriscados e sempre nos levam a águas previamente desconhecidas. A partir desse contexto, reside a causa de todo risco de proje- to – a incerteza. Fugir e não arriscar é fugir de oportunidade. Não realizar um projeto significa perder a oportunidade e o lucro. REPRESENTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE RISCOS Fonte: ©snowing, Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma mão de homem que interrompe a queda contínua das peças de um dominó, que estavam caindo de forma sequencial. Observe que o risco e o lucro andam sempre de mãos dadas. Aliás, o uso de gerenciamento de projetos profissional é a melhor prevenção de riscos para o seu projeto. O planejamento adequado do seu projeto cria estrutura e visão geral e, portanto, reduz a incerteza. De acordo com Widomar Jr. (2015), os riscos são eventos no decorrer do pro- jeto que têm um impacto negativo nos seus resultados. Todo risco de projeto 67 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 representa uma ameaça potencial e compromete prazos, custos, resultados e qualidade do projeto – e a satisfação do cliente também pode ser afetada. Os riscos do projeto são “ideias abstratas” porque estão sempre no futuro. Ade- mais, não se pode prever se o risco se materializará ou não, se causará danos potenciais ou não. Já segundo Barbosa Filho (2009), a definição de um risco de projeto pode ser derivada do princípio de causa e efeito. A causa é um possível evento futuro no projeto que pode levar a consequências indesejáveis. O efeito, por outro lado, é a consequência indesejada em si. O gerenciamento de riscos é sobre projetar e controlar proativamente os riscos do projeto – sobre o gerencia- mento da causa. Por fim, podemos apontar que os riscos do projeto só podem ser controlados por meio de sua probabilidade de ocorrência e consequências. 2.3 GESTÃO DE PORTFÓLIO O objetivo do gerenciamento de portfólio de projetos é fornecer uma fon- te única de informações que proporcione transparência, garanta o uso ideal de recursos para atingir metas e permita a previsão de riscos e recompensas para equilibrar o portfólio e fazer as coisas certas nos projetos em foco (BAR- BOSA FILHO, 2009). O gerenciamento de portfólio de projetos é crucial quando se trata de reunir as partes interessadas, motivar os líderes e permitir uma visão de cima para baixo. Quando bem executado, cria governança e transparência enquanto impulsiona mudanças que tornam a organização mais responsiva e alinhada às necessidades. 68 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE PORTFÓLIO DE PROJETOS Fonte: ©user850788, Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta ícones de tela virtual de um sistema de gerenciamento de pastas. Sem essa gestão, as empresas muitas vezes definham, desperdiçam recursos valiosos e sofrem erros recorrentes em projetos sem perceber as razões para eles. Se os líderes continuarem aceitando projetos sem levar em consideração a capacidade real, a empresa inevitavelmente verá uma queda na produtivi- dade e um aumento no desgaste dos funcionários (BARBOSA FILHO, 2009). É por isso que as empresas precisam de gerenciamento de portfólio de pro- jetos. Problema 1: Recursos e Prioridades Atualmente, as empresas enfrentam muitos desafios na execução e imple- mentação de projetos com altos benefícios. Dois problemas que continuam aparecendo são: 69 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROBLEMAS NAS EMPRESAS Fonte: elaborado pelo autor (2023). #pratodosverem: esquema com os problemas que continuam aparecendo. Muito trabalho para poucos recursos; nenhuma estrutura padrão para priorizar adequadamente os projetos. Os executivos querem agregar valor aos negócios, então fazem promessas que não podem cumprir. Sem o gerenciamento de portfólio de projetos, a qualidade geral do projeto é prejudicada. O resultado desses problemas são recursos sobrecarregados, que provavel- mente resultarão em esgotamento. A produtividade cai e as empresas cor-rem o risco de perder talentos valiosos, que devem ser substituídos a um cus- to significativo. O gerenciamento de portfólio de projetos pode ajudar a evitar as consequências de curto e longo prazo dessas perdas. Curiosamente, o número de horas trabalhadas não é o problema, mas a for- ma como os funcionários percebem sua jornada de trabalho. Uma carga de trabalho incontrolável e insustentável e uma pressão de tempo irracional são frequentemente responsáveis pelo esgotamento. As pessoas precisam de equilíbrio e precisam saber que seu empregador se preocupa com seu bem- -estar. Recursos sobrecarregados, sejam eles pessoas ou orçamentos, geralmente provocam atrasos, baixa qualidade e aumento de projetos fracassados. 70 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Recursos usados em excesso são quase sempre um sintoma de falta de prio- rização adequada. Se não houver gerenciamento de portfólio de projetos, não há alinhamento com os objetivos estratégicos e nenhuma estrutura para or- ganizar os projetos de acordo. Projetos de estimação, rotineiros ou de pouca utilidade costumam dominar. Projetos que não atendem a uma necessidade de negócios ou meta estraté- gica inevitavelmente não trazem nenhum benefício, consumindo orçamen- tos e recursos que poderiam ter sido investidos em um trabalho mais valioso. Problema 2: Falta de transparência e governança O problema de equilibrar capacidade de recursos e priorização reside na falta de transparência dos dados, que ajudariam os executivos a ver a verdadeira situação. As empresas precisam de gerenciamento de portfólio de projetos, porque precisam de dados em tempo real para obter uma visão geral dos projetos e capacidades de recursos no nível do portfólio, não apenas no nível do projeto. REPRESENTAÇÃO DA FALTA DE TRANSPARÊNCIA E GOVERNANÇA Fonte: ©cookie_studio, Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um homem com os óculos bagunçados com uma de suas mãos na cabeça. 71 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Quando há dados confiáveis, há uma oportunidade de impor uma governan- ça significativa. A governança é o mecanismo que fornece uma direção clara, processos de tomada de decisão transparentes e métricas para validar o im- pacto no projeto. Sem a governança fornecida pelo gerenciamento de portfó- lio de projetos, as empresas não coletam, analisam e selecionam projetos de forma consistente de acordo com critérios padronizados. Mesmo para boas ideias, não há etapas definidas para verificar a viabilidade do portfólio e a pouca supervisão ou medição de desempenho e progresso. 2.4. ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DE PROJETOS Em cada projeto é necessário verificar as perspectivas de sucesso dentro da estrutura de viabilidade e criar abordagens de solução. O estudo de viabilida- de está localizado nesta área e leva à autêntica avaliação econômica de um projeto. Se um projeto trará o benefício desejado e o valor agregado para o cliente ou se o estudo de viabilidade mostrará alguma ineficiência, isso poderá ser visto antes de sua implementação efetiva. O objetivo principal desta análise é evitar investimentos ruins e encontrar uma solução que leve ao resultado desejado, nas condições mais favoráveis e ao mesmo tempo com o melhor desempenho. Quaisquer riscos no projeto são reconhecidos antecipadamente e, portanto, podem ser excluídos de ma- neira ideal. O estudo de viabilidade consiste nas próprias análises e, na segun- da etapa, suas avaliações. Ele serve ao cliente como um auxílio à tomada de decisão baseada em fatos, documenta todas as oportunidades e riscos e fornece orientação. Por exem- plo, o estudo de viabilidade é extremamente importante para avaliar o risco envolvido na fabricação de componentes automotivos e ferramentas para sua produção, a fim de minimizar os moldes de injeção. É importante realizar essa avaliação corretamente e é absolutamente necessário recorrer a uma empresa com conhecimento e experiência adequados na fabricação das pe- ças especificadas. 72 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DA ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DE PROJETOS Fonte: ©pressfoto, Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um homem sentado em uma mesa, segurando diversas contas e contratos e realizando cálculos em uma calculadora. Ao mesmo tempo, esse procedimento é limitado a um exame preliminar, ou seja, a geometria e as propriedades físicas básicas do produto são examina- das sem entrar em detalhes sobre o processo de produção em si. Incorporar um estudo de viabilidade ao processo de fabricação da peça facilita outras operações relacionadas à análise da condição técnica dos componen- tes. É também uma forma de reduzir os custos de desenvolvimento de uma solução moderna. Além disso, usando essa técnica corretamente, podemos reduzir o tempo de lançamento no mercado, eliminando potenciais erros de projeto desde o início, o que, de outra forma, poderiam atrasar significativa- mente o desenvolvimento de uma solução adequada. 73 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 De acordo com Barbosa Filho (2009), a análise de viabilidade elimina erros manuais na avaliação e se baseia em fatos e dados que resultam de cálculos matemáticos e processos lógicos. Todos os riscos e oportunidades de uma abordagem de solução e do projeto concluído são visíveis antecipadamente, o que significa que o cliente pode decidir a favor ou contra uma solução em desenvolvimento de software e considerar a análise de viabilidade como uma recomendação confiável, além de servir de base para a tomada de decisão. No campo do desenvolvimento de software para clientes, decisões erradas podem estar associadas a altos custos e riscos enormes. A análise de viabilida- de exclui tais problemas e é a base sobre a qual um projeto pode ser planeja- do, calculado e implementado de forma eficiente com o máximo de funcio- nalidade. Para visualizar alguns exemplos de projetos com indústria e viabilidade econômica, assista a este vídeo. Disponível no link https://www.youtube. com/watch?v=OnHLeju5cb8. 2.5 GERENCIAMENTO DA CARTEIRA DE PROJETOS O gerenciamento da carteira de projetos é a administração central de todos os projetos em uma organização para atingir os objetivos estratégicos. Inclui, portanto, a manutenção e gestão de todo o mundo do projeto dentro de uma organização, tanto projetos internos quanto externos (BARBOSA FILHO, 2009). A carteira de projetos é composta por todos os programas e projetos de uma unidade organizacional. Ela contém uma coleção de projetos que não pre- cisam necessariamente perseguir os mesmos objetivos ou semelhantes. Os projetos dentro do portfólio podem até competir entre si. Uma coleção de projetos que persegue o mesmo objetivo em termos de conteúdo é chamada de programa. https://www.youtube.com/watch?v=OnHLeju5cb8 https://www.youtube.com/watch?v=OnHLeju5cb8 74 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Uma carteira de projetos, portanto, consiste em programas e projetos indivi- duais. A gestão de portfólio inclui planejamento constante, priorização, ges- tão integral e acompanhamento de todos os projetos de uma organização. De acordo com Widomar Jr. (2015), o gerenciamento da carteira de projetos não diz respeito à execução adequada dos projetos e programas em si, mas, sim, do gerenciamento de projetos e de programas. A gestão de portfólio visa selecionar e implementar os projetos certos. O principal objetivo da gestão da carteira de projetos é maximizar os benefí- cios dos projetos realizados pela empresa. Para fazer isso, deve garantir que os projetos e programascom maior probabilidade de contribuir para os obje- tivos corporativos estratégicos sejam selecionados e implementados. As tare- fas mais importantes do gerenciamento de portfólio de projetos e do gerente de portfólio incluem: 75 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 AS TAREFAS MAIS IMPORTANTES Fonte: elaborado pelo autor (2023). #pratodosverem: esquema das tarefas mais importantes do gerenciamento de portfólio de projetos e do gerente de portfólio: Avaliar e priorizar candidaturas de projetos (de acordo com as oportunidades, riscos e sua importância estratégica para a empresa); Aprovar e rejeitar solicitações de projetos com base em dados objetivos; Identificar dependências entre projetos (planejados e em andamento); Agrupar projetos em portfólios; Hierarquia do portfólio; Controlar projetos em andamento; Coordenar projetos em andamento e identificar sinergias e conflitos; Mitigar riscos entre projetos; Implementar projeto de planejamento de recursos; Avaliar concluídos e obter valores empíricos para projetos de acompanhamento; Definir e inicializar novos projetos que contribuam com os objetivos da empresa. 76 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Assim, para atingir o objetivo da gestão da carteira de projetos, o gestor deve identificar os que mais contribuem para o cumprimento das metas da empre- sa. No entanto, como uma empresa possui apenas recursos limitados (orça- mentos e funcionários), deve-se encontrar uma combinação ideal de projetos de clientes (externos) e projetos internos para que aqueles mais adequados sejam realizados no momento certo com os fundos disponíveis. Dessa forma, o gerenciamento da carteira de projetos garante a lucratividade e a seguran- ça de todo o trabalho do projeto de uma organização. 2.6 MINUTA DO PROJETO A minuta do projeto geralmente contém todas as informações necessárias durante um processo de engenharia ou construção, é o primeiro desenho an- tes de outros diagramas técnicos em um projeto. Como profissional de cons- trução ou alguém interessado em engenharia, entender como esses diagra- mas funcionam pode ser benéfico (WIDOMAR JR., 2015). A minuta do projeto é o ponto de partida para projetos de engenharia porque representa visualmente o objetivo deles. Engenheiros e desenhistas criam um modelo digital do edifício desejado, exibem-no de vários ângulos e rotu- lam-no com informações para fazer outros desenhos técnicos no papel. Um desenho de engenharia descreve as dimensões, formas, irregularidades e ou- tros detalhes de um produto que podem ajudar na compreensão completa do projeto. Esses desenhos são essenciais no processo de construção ou en- genharia. Os engenheiros projetam e enviam os diagramas ao departamento de fabricação para criar as máquinas ou instrumentos necessários. 77 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DA MINUTA DO PROJETO Fonte: ©freepik, Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta algumas pessoas sentadas em volta de uma mesa mexendo em um projeto. Após a criação, eles enviam os desenhos para o departamento de montagem para orientá-los no acoplamento das peças ou da máquina. O detalhamento do desenho de engenharia pode garantir que as medidas, dimensões, geo- metria do sistema, funcionalidade, hardware e o acabamento sejam os mais precisos possíveis. Por exemplo, projetos eletrônicos podem incluir informa- ções, como quais componentes conectar ou fundir. A engenharia estrutural – ou os diagramas arquitetônicos – pode incorporar detalhes sobre como um edifício ou mecanismo funciona com o terreno. Os desenhos também oferecem um grau significativo de informação sobre de que forma as empresas podem construir um item, incluindo os componen- tes do produto, em que a precisão é vital, e a margem de erro do projeto. Essa quantidade de detalhes é possível porque as ilustrações de engenharia ado- tam normas internacionais específicas que ajudam os engenheiros a com- preender o que o desenho pretende (WIDOMAR JR., 2015). Os engenheiros comunicam quantidades significativas de informações por meio de rascunhos. Requisitos estruturais, aspectos de design, recursos de encanamento, diagramas elétricos e até recomendações de materiais e mó- veis de acabamento são comunicados por meio de rascunhos. Esboços de- talhados e renderizações tridimensionais garantem que todos estejam na mesma página ao trabalhar em um edifício. A elaboração economiza tempo na construção de projetos. Depois que um engenheiro cria um plano detalha- do, ele pode responder a quaisquer questões de construção levantadas pelos 78 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO empreiteiros. Um plano claro evita confusão e economiza tempo e dinheiro durante o processo de construção. Os suprimentos de desenho de precisão garantem planos de qualidade. A arquitetura precisa vem de desenho e planejamento exatos. Os desenhos téc- nicos devem ser criados com bússolas, gabaritos e outras ferramentas de pre- cisão para garantir que o desenho se traduza em um edifício seguro e estável. Muitos engenheiros usam desenhos escritos à mão, embora o CAD, ou dese- nho assistido por computador, seja uma forma popular de criar renderizações bidimensionais ou tridimensionais digitalmente (WIDOMAR JR., 2015). 2.7 VIABILIDADE ECONÔMICA Uma análise de caso de negócios é o processo para determinar o caso de ne- gócios de um projeto, aplicativo ou produto. Usando métodos como cálculo de amortização, cálculo de investimento ou de comparação de custos, as empresas podem determinar se um investi- mento vale a pena. Para que a análise de rentabilidade tenha êxito, devemos definir os critérios de avaliação individualmente para seus respectivos proces- sos empresariais. É assim que você se beneficia permanentemente de uma análise de rentabi- lidade. Maus investimentos são caros para as empresas e podem ameaçar sua existência. Uma análise de rentabilidade mostra as chances e os riscos de um investimento. Com esse método, as empresas contam com um sólido banco de dados no qual se baseiam suas decisões de negócios e não precisam to- mar decisões importantes por instinto (VENANZI; SILVA, 2016). 79 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 No artigo intitulado “Análise da viabilidade econômica na implantação e operação de sistemas de aproveitamento energético em aterros sanitários da Região Metropolitana de Recife – PE”, é apresentado o planejamento e a estruturação de sistemas de aproveitamento energético em aterros sanitários da Região Metropolitana de Recife – PE. É possível observar que o projeto se tornou viável economicamente em 6 dos 12 cenários estudados, tendo sua inviabilidade nos cenários em que o valor da tarifa de energia era mais baixo. Acesse o artigo e saiba mais! Disponível no link https://repositorio. ifpe.edu.br/xmlui/handle/123456789/354. Nesse contexto, “econômico” significa que os sucessos e os retornos de um investimento superam visivelmente os custos. Dependendo do objetivo, uma análise de rentabilidade garante processos operacionais acelerados, redução do consumo de recursos ou aumento das vendas. Existem diferentes custos associados ao desenvolvimento, implementação e uso de um produto ou ser- viço, por exemplo, custos de pesquisa, publicidade, custos operacionais, de manutenção e de descarte. Portanto, não basta olhar para os custos de aqui- sição puros para determinar a rentabilidade de um investimento. https://repositorio.ifpe.edu.br/xmlui/handle/123456789/354 https://repositorio.ifpe.edu.br/xmlui/handle/123456789/354 80 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017,Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DA VIABILIDADE ECONÔMICA Fonte: ©freepik, Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma mulher segurando com o dedo em uma pequena gangorra, equilibrando diversas moedas. Em vez disso, uma análise de rentabilidade mostra a relação custo-benefício de um investimento. Dependendo do objetivo, é considerado todo o ciclo de vida de uma compra ou suas “fases de vida” individuais. A partir desse contexto, de acordo com Venanzi e Silva (2016), a amortização desempenha um papel importante em uma análise ou consideração de ren- tabilidade. Na prática, métodos muito diferentes são usados em uma análi- se de rentabilidade. Uma distinção é feita aqui entre métodos estáticos (por exemplo, ponto de equilíbrio, comparação de custos, amortização) e dinâmi- cos (por exemplo, valor do capital, anuidade). Cada um deles tem objetivos diferentes. O cálculo de rentabilidade descreve os métodos usados para uma análise de rentabilidade, como análise de valor de utilidade, método de valor de capital ou cálculo de amortização. Segundo Barbosa Filho (2009), podemos relacio- nar alguns destes métodos de análise de rentabilidade: 81 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Análise de utilidade A análise de benefícios é um método qualitativo que você pode usar principalmente para avaliar diferentes opções de ação. Com base em critérios claramente definidos, você avalia diferentes alternativas em relação ao benefício para sua empresa. Cálculo de amortização Esse é um cálculo de investimento estático. No entanto, também pode ser realizado dinamicamente se as taxas de juros forem consideradas no cálculo. Cálculo de investimento A avaliação de investimento é um termo genérico para todos os procedimentos que visam avaliar a rentabilidade de um investimento ou projeto. 82 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO CONCLUSÃO Esta unidade teve o objetivo de apresentar o gerenciamento e análise de via- bilidade de projetos. Vimos que o gerenciamento de projetos é o processo de levar os funcionários a concluir um projeto e cumprir seus objetivos. Os gerentes de projeto nor- malmente ajudam a equipe a realizar suas funções principais em um projeto e a resolver quaisquer desafios ou problemas difíceis que surjam. Além disso, durante nossos estudos, observamos que, sem o gerenciamento de riscos, existe a probabilidade de que os projetos saiam completamente do controle, excedam o orçamento, sejam concluídos com atraso ou estraguem completamente. A partir desse contexto, discutimos que a análise de viabilidade elimina erros manuais na avaliação e se baseia em fatos e dados que resultam de cálculos matemáticos e processos lógicos. Todos os riscos e oportunidades de uma abordagem de solução e do projeto concluído são visíveis antecipadamente, o que significa que o cliente pode decidir a favor ou contra uma solução em desenvolvimento de software e considerar a análise de viabilidade como uma recomendação confiável e base para a tomada de decisão. 83 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MATERIAL COMPLEMENTAR Para saber mais sobre este tema, leia os artigos a seguir: A importância do gerenciamento de projetos para pequenas e médias empresas. Disponível no link https://saber.unioeste. br/index.php/gestaoedesenvolvimento/article/view/23009 Gerenciamento de resíduos sólidos orgânicos do Consórcio do Maciço de Baturité: Análise técnica e econômica da geração de biogás por aterro sanitário e usina de digestão anaeróbia. Disponível no link https://www.scielo.br/j/esa/a/ Zw5zg6WFMQXg6z4NqDmH5mk/?format=html&lang=pt Gerenciamento do cronograma em obras de infraestrutura: um estudo de caso. Disponível no link https://bibliodigital. unijui.edu.br:8443/xmlui/handle/123456789/6943 Análise de viabilidade mercadológica e financeira para abertura de um novo negócio na cidade de Carlos Barbosa: "BAST - Gerenciamento de Projetos". Disponível no link https:// repositorio.ucs.br/xmlui/handle/11338/9784 Análise da viabilidade econômica de sistema fotovoltaico híbrido aliado a tarifa branca considerando gerenciamento de carga. Disponível no link https://repositorio.ufsm.br/ handle/1/27908 https://saber.unioeste.br/index.php/gestaoedesenvolvimento/article/view/23009 https://saber.unioeste.br/index.php/gestaoedesenvolvimento/article/view/23009 https://saber.unioeste.br/index.php/gestaoedesenvolvimento/article/view/23009 https://www.scielo.br/j/esa/a/Zw5zg6WFMQXg6z4NqDmH5mk/?format=html&lang=pt https://www.scielo.br/j/esa/a/Zw5zg6WFMQXg6z4NqDmH5mk/?format=html&lang=pt https://www.scielo.br/j/esa/a/Zw5zg6WFMQXg6z4NqDmH5mk/?format=html&lang=pt https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/handle/123456789/6943 https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/handle/123456789/6943 https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/handle/123456789/6943 https://repositorio.ucs.br/xmlui/handle/11338/9784 https://repositorio.ucs.br/xmlui/handle/11338/9784 https://repositorio.ucs.br/xmlui/handle/11338/9784 https://repositorio.ufsm.br/handle/1/27908 https://repositorio.ufsm.br/handle/1/27908 https://repositorio.ufsm.br/handle/1/27908 UNIDADE 3 OBJETIVO Ao final desta unidade, esperamos que possa: 84 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO > Refletir sobre o processo de desenvolvimento de produto. > Conhecer o conceito de inovação. 85 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO 3. A INOVAÇÃO E O PROCESSO DE APRESENTAÇÃO DO PRODUTO INTRODUÇÃO DA UNIDADE Esta unidade trará uma reflexão sobre os princípios do processo de inovação e o processo de apresentação do produto. Veremos que a inovação inclui algumas mudanças tecnológicas que propor- cionam o processo de produzir produtos ou serviços, utilizando métodos ou insumos que são novos para as empresas. O ponto principal é que o primeiro a usar os métodos ou formas é o inovador, e os outros que usam essas formas posteriormente são seguidores. A inovação significa mudança e melhoria de processo para a construção de um produto ou sistema, de forma que essa mudança seja nova para a empre- sa. A criatividade cria algo, e a inovação fará com que esse algo seja utilizado. A inovação do produto se refere a mudanças que melhoram o design, os ma- teriais, a sensação, a aparência, a capacidade, a funcionalidade e a experiência geral do usuário. Uma melhoria pode ser tangível, como um produto físico, ou intangível, como um software ou serviços. A inovação de produtos ajuda as empresas a permanecer relevantes em seus mercados e continuar crescendo e melhorando ao longo do tempo. A capa- cidade de inovação de uma empresa é considerada essencial para sua viabi- lidade a longo prazo. Além disso, será possível compreender que a inovação de produtos inclui a exploração bem-sucedida de um novo conhecimento, e assim, depende de duas condições: usabilidade e utilidade. A inovação de produto é um proces- so que envolve design industrial, gerenciamento, P&D, produção e atividades econômicas relacionadas ao marketing ou produto aprimorado. Por isso, é definido a partir da perspectiva da psicologia. 86 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 3.1. CONCEITO DE INOVAÇÃO O termo inovação descreve um processo criativo no qual soluções úteis são desenvolvidas a partir de novas ideias. Segundo as publicações das empresas, quase todas são inovadoras e sempre estão preparadas para abrir novos caminhos. Esses discursos fazem parte do repertório fixo de fala de todos os líderes da empresa. Mas a maioriadas em- presas não é tão inovadora quanto gostaria de se apresentar. Para muitos, a chamada inovação se limita a otimizar o que já existe. O PROCESSO DE INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma ilustração de 4 pessoas que estão no centro da imagem com uma representação de um foguete, lâmpada e um lápis. De acordo com Venanzi e Silva (2016), a criatividade é a capacidade mental de criar ideias e projetos; a inovação, por outro lado, é um processo criativo no qual novas ideias se tornam soluções úteis. A inovação visa atingir objetivos definidos, e isso também é usado para medir a qualidade das ideias e solu- ções de problemas. Por exemplo, uma das máximas de Thomas Edison, que inventou a lâmpada, entre outras coisas, era: “Não quero inventar o que não pode ser vendido”. 87 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Nas operações do dia a dia, cada melhoria dentro da estrutura existente é muitas vezes referida como uma inovação. Com “inovações reais”, no entanto, tarefas ou problemas são resolvidos de uma maneira completamente dife- rente do que antes. Uma chamada mudança de padrão é realizada, permitin- do um salto quântico em vez de uma melhoria parcial. No contexto econômico, por exemplo, realizar um pagamento utilizando um smartphone em vez de dinheiro representa uma mudança de padrão, bem como a leitura remota dos dados do medidor de eletricidade. A base das “inovações reais” não são modismos ou tendências efêmeras, mas frequentemente avanços tecnológicos tão fundamentais que mudam radicalmente os paradigmas da vida econômica (e social) (VENANZI; SILVA, 2016). Essa mudança de paradigma foi o triunfo da tecnologia da informação. Per- mitiu tecnologias posteriores como a criação do computador, notebook, co- municações móveis, a internet e as redes sociais, que estão a revolucionar ou já revolucionaram a vida econômica e social. PROCESSO DE MONTAGEM DE UM COMPUTADOR. Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta as placas e dispositivos eletrônicos para a montagem de um computador. As inovações podem estar relacionadas a produtos e serviços, estruturas e processos, entre outras coisas. Em um contexto operacional, seu objetivo geralmente é manter ou aumentar a viabilidade futura de uma empresa e 88 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 atingir seus objetivos de médio e longo prazos (desenvolvimento). Objetivos de negócios específicos associados a isso podem ser: obter mais lucro, man- ter/expandir as participações de mercado ou fazer um nome para si mesmo, como líder de inovação (técnica) no mercado. O tema da inovação ganhou importância nas empresas nos últimos anos, pois, entre outras questões, o triunfo das modernas tecnologias de informa- ção e comunicação não só permite soluções completamente novas para pro- blemas, como também questiona os modelos de negócios das empresas. A capacidade de inovação de uma empresa é, portanto, cada vez mais um fator chave de sucesso. O PROCESSO DE CRIAÇÃO E INOVAÇÃO Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma lâmpada ao centro da ilustração, com pessoas discutindo e trabalhando no desenvolvimento de um projeto. Se os projetos de mudança em uma empresa visam a “inovação” genuína e não a otimização do que já existe, então a empresa geralmente precisa do apoio de profissionais especialistas e que eles tenham essa visão. Isso costu- 89 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO ma ser difícil tanto para os indivíduos quanto para as organizações, pois os há- bitos de pensamento e comportamento (ao longo dos anos) passaram a fazer parte de sua identidade e lhes dão segurança, e isso é correspondentemente difícil para realizar as modificações necessárias a longo prazo. 3.1.1. TIPOS DE INOVAÇÃO A inovação em geral oferece grandes oportunidades de crescimento econô- mico e soluções de problemas sociais críticos, como pobreza, aquecimento global e doenças. Podemos tomar como exemplos as tentativas de reduzir as emissões globais de CO², neutralizar a crise climática e desenvolver aborda- gens inovadoras para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (VENANZI; SILVA, 2016). Além disso, a inovação evoluiu com o objetivo de criar um acesso mais amplo para os indivíduos. As soluções estão cada vez mais focadas na inclusão, para que grupos ou comunidades sociais desfavorecidas possam ter acesso a re- cursos críticos, como infraestrutura ou internet. Dada a importância da inovação para os negócios, as demandas dos consu- midores em rápidas mudanças e as intensas pressões competitivas levaram a inovação ao topo da agenda estratégica. As empresas estabelecidas precisam desenvolver tempos de resposta rápidos e uma abordagem proativa para se manterem competitivas diante do crescente número de startups e novas me- todologias e formas de comercialização. No geral, a inovação ajuda organizações e empresas a crescer, permanecer relevantes para consumidores e usuários e se diferenciar da concorrência (VENANZI; SILVA, 2016). Semelhante à definição do conceito de inovação, também existem inúmeras abordagens de classificação ao diferenciar os tipos de inovação. De acordo com Venanzi e Silva (2016), podemos relacionar os quatro tipos de inovação que podem ser abordados e implementados. Também conhecidos como os quatro níveis de inovação, representam pa- 90 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 drões recorrentes de como as empresas podem inovar. As inovações diferem em quais problemas tentam resolver, dependendo do mercado e da tecnolo- gia (VENANZI; SILVA, 2016). Fonte: elaborado pelo autor (2023). 3.1.1.1. INOVAÇÃO INCREMENTAL Inovação incremental significa a melhoria gradual, mas contínua, de uma tec- nologia, produto ou processo existente, a fim de manter uma base de clientes preexistente e manter algum nível de posicionamento estratégico (VENANZI; SILVA, 2016). Como parte de um portfólio de crescimento equilibrado, a inovação incre- mental forma o primeiro, dentro dos três horizontes de crescimento. De acor- do com o modelo de inovação 70-20-10, deve responder por cerca de 70% da alocação de recursos. Por exemplo: o mercado de smartphones é um bom exemplo de inovação incremental. 91 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO O PROCESSO DE EVOLUÇÃO DOS CELULARES Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma ilustração de um conjunto de diferentes gerações de celulares. As inovações nessa área são, principalmente, renovações de design ou fun- ções adicionais. Outro bom exemplo são as inovações das lâminas de barbear. Empresas como a Gillette baseiam seus modelos de receita em melhorias repetitivas, adicionando novos recursos às suas ofertas de produtos, como lâ- minas de barbear aquecidas, tecnologia de resfriamento ou aparadores de precisão. 92 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 No artigo intitulado “Estratégia de coopetição interorganizacional e intraorganizacional e inovação incremental e radical: uma revisão sistemática de literatura”, é possível observar uma revisão sistemática de literatura nas bases de dados Scopus e Web of Science sobre os tipos de estratégia de coopetição interorganizacional e intraorganizacional associada à inovação incremental e radical e seus impactos e principais características, para que se possa estabelecer as relações que mais prevalecem e identificar lacunas e possibilidades de pesquisas futuras. Acesse o artigo no link https://parc.ipp.pt/index.php/iirh/article/view/4298e saiba mais! 3.1.1.2. INOVAÇÃO DISRUPTIVA Clay Christensen, professor da Harvard Business School, que cunhou o ter- mo “inovação disruptiva”, afirma que toda empresa estabelecida um dia será ameaçada ou superada por um recém-chegado revolucionário (VENANZI; SILVA, 2016). As preferências dos clientes são diferentes em cada mercado. Alguns clientes podem ficar satisfeitos com níveis de desempenho muito básicos, enquanto outros são mais exigentes e ficarão satisfeitos apenas com níveis de desem- penho muito altos de uma tecnologia. https://parc.ipp.pt/index.php/iirh/article/view/4298 93 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO A REPRODUÇÃO DE UM FILME A PARTIR DE UM STREAMING Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta a ilustração de uma smart TV apresentando um filme a partir do serviço de streaming. Provedores pequenos e disruptivos, que entram no mercado com um nível de desempenho muito baixo, logo superam os provedores existentes. Perma- necer competitivo em um ambiente global é, portanto, um dilema enfrenta- do por muitas organizações. As influências das inovações disruptivas Levam a novas tecnologias, produtos, conceitos ou modelos de negócios que impulsionam a mudança; mudam fundamentalmente uma indústria existente; criam mercados e redes de criação de valor; substituem as práticas convencionais e, finalmente, levam a novas expectativas do cliente (VENANZI; SILVA, 2016). 94 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Em comparação com a inovação incremental, a inovação disruptiva Forma o terceiro, fora dos três horizontes de crescimento e deve representar cerca de 10% da distribuição de recursos. Por exemplo: a Netflix é uma empresa disruptiva clássica (VENANZI; SILVA, 2016). As inovações dos serviços de um streaming Apresentam um modelo de negócios novo, inovador e habilitado para tecnologia, os serviços de streaming (por exemplo, a Netflix) interromperam um mercado existente e revolucionaram a maneira como as pessoas assistem à TV e alugam filmes (VENANZI; SILVA, 2016). 3.1.1.3. INOVAÇÃO ARQUITETÔNICA Na inovação arquitetônica, os componentes existentes de um produto, por exemplo, uma tecnologia, devem ser modificados e adaptados para um novo mercado e propósito (VENANZI; SILVA, 2016). Esse tipo de inovação tende a ser menos arriscado porque aproveita uma tec- nologia existente em outro lugar. Por exemplo: a espuma viscoelástica é um exemplo de inovação arquitetônica. Originalmente desenvolvida para melho- rar a segurança do estofamento de aeronaves na Nasa, agora usamos essa espuma para a aplicação em colchões ou travesseiros. 95 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO UM TRAVESSEIRO ERGONOMÉTRICO Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um homem deitado em um travesseiro ergonométrico, representando a tecnologia da Nasa. 3.1.1.4. INOVAÇÃO RADICAL A inovação radical é o mais raro dos quatro tipos. Trata-se do desenvolvimen- to de tecnologias, produtos ou serviços que substituem totalmente as ofertas existentes e abrem um novo mercado (VENANZI; SILVA, 2016). Por exemplo: uma das inovações radicais mais famosas é o avião. Ele reinventou as viagens e abriu toda uma nova indústria e mercado. 96 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 O AVIÃO É A INOVAÇÃO RADICAL MAIS FAMOSA Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem mostra a fotografia de um avião, parado, no solo, com o pôr do sol ao fundo e um céu azul acima. Para saber mais sobre os tipos de inovação, assista a este vídeo.. Disponível no link https://www.youtube. com/watch?v=K8y1ZsN_UjE. 3.1.2. ESTRATÉGIAS DE INOVAÇÃO No contexto corporativo, a inovação pode ocorrer em diversas áreas. De acor- do com Venanzi e Silva (2016), podemos relacionar alguns pontos focais mais comuns, como os elementos que estão representados no esquema a seguir. https://www.youtube.com/watch?v=K8y1ZsN_UjE https://www.youtube.com/watch?v=K8y1ZsN_UjE https://www.youtube.com/watch?v=K8y1ZsN_UjE 97 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Fonte: elaborada pelo autor (2023). 98 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 3.1.2.1. INOVAÇÃO ORGANIZACIONAL A inovação organizacional descreve o desenvolvimento de novas formas de gerenciar recursos e processos organizacionais. REPRESENTAÇÃO DE UM ORGANOGRAMA EMPRESARIAL Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta a representação de um organograma empresarial. Afeta, por exemplo, a estrutura e a organização do local de trabalho de uma empresa. Por exemplo: as empresas que foram as primeiras a adotar a sema- na de trabalho de quatro dias são um bom exemplo de inovação organizacio- nal. 3.1.2.2. INOVAÇÃO DE PROCESSO A inovação de processos refere-se à implementação de novas soluções para melhorar os processos, por exemplo: na produção, durante a entrega ou na interação com os clientes e, assim, aumentar a eficiência ou eficácia do status quo. Outro exemplo que poderíamos observar é justamente o das empresas que foram as primeiras a adotar a tecnologia SaaS (Software as a Service) e trans- formaram a forma como os dados são coletados, acessados e gerenciados. 99 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Isso criou maneiras de otimizar os processos. REPRESENTAÇÃO DO SAAS Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta a sigla SaaS exibida no centro da imagem com diversos ícones de processamento de dados em nuvem e servidores. 3.1.2.3. INOVAÇÃO DE PRODUTO Inovação de produto é o desenvolvimento de novos produtos ou recursos de produtos com base em tecnologia, materiais ou software aprimorados. Por exemplo: o desenvolvimento do veículo motorizado levou ao desenvolvimen- to de motores movidos a bateria em carros elétricos. 100 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DE UM CARRO ELÉTRICO SENDO CARREGADO Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um carro elétrico sendo carregado. 3.1.2.4. INOVAÇÃO EM SERVIÇOS A inovação em serviços refere-se à criação e melhoria de ofertas de serviços novos ou já existentes. Isso pode incluir, por exemplo, suporte ao cliente, trei- namento e garantias. Os serviços de entrega on-line oferecidos pelos super- mercados criaram um valor agregado para os clientes graças à sua conveni- ência (VENANZI; SILVA, 2016). 101 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ENTREGAS DOS SUPERMERCADOS Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um entregador vestindo uniforme vermelho, segurando uma cesta de alimentos. 3.1.2.5. INOVAÇÃO DO MODELO DE NEGÓCIOS A inovação do modelo de negócios consiste em encontrar novas maneiras de agregar valor aos clientes. Tecnologias, canais e mercados são usados para abrir novos fluxos de receita e criar valor para o cliente. Um exemplo são os serviços de carsharing (aluguel de carros por hora) na indústria automóvel. Essa estrutura criou um modelo de negócio completamente novo para atrair um novo público-alvo. 102 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE CARSHARING Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma mulher dirigindo um veículo, utilizando os serviços de carsharing.3.1.2.6. INOVAÇÃO TECNOLÓGICA Inovação em tecnologia se refere ao desenvolvimento de soluções e é uma ferramenta desenvolvida por meio de P&D e inovação em resposta a novas necessidades ou desejos do consumidor (VENANZI; SILVA, 2016). As tecnologias são uma indicação de uma recuperação do mercado que per- mite novos modelos de negócios, produtos e serviços. Por exemplo: novas tecnologias como IA (Inteligência Artificial) ou IoT (Internet das Coisas) são inovações tecnológicas, que são muitas vezes a base para outras inovações em diferentes áreas. 103 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DO IOT Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta a ilustração de um homem utilizando um notebook com diversos equipamentos sendo integrados a partir dos princípios da IoT. 3.1.2.7. MARKETING-INOVAÇÃO A inovação de marketing descreve novos métodos ou estratégias relaciona- das ao design/embalagem do produto, publicidade, preço ou canais de distri- buição. Por exemplo, marcas como Coca-Cola realizam campanhas que per- mitem aos clientes criar e comprar embalagens de produtos personalizadas (por exemplo, com o nome na garrafa). 104 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DAS EMBALAGENS PERSONALIZADAS Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma garrafa de um refrigerante ao lado de um copo. 3.1.2.8. INOVAÇÃO SOCIAL Inovações sociais são novas soluções para melhorar o bem-estar de indiví- duos e/ou comunidades. Isso pode incluir, por exemplo, uma mudança em produtos, processos, condições de trabalho ou educação (VENANZI; SILVA, 2016). Por exemplo: regulamentações que assegurem uma certa proporção de mulheres em cargos de gestão, ou medidas para eliminar as disparidades salariais entre homens e mulheres. 105 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO MULHERES OCUPANDO CARGOS DE GERÊNCIA Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta quatro mulheres executivas. 3.1.2.9. INOVAÇÃO ABERTA A inovação aberta é uma abordagem colaborativa para a inovação. Ao abrir o processo de inovação e envolver atores externos e conhecimento, as empre- sas aumentam sua própria capacidade de inovar e alcançar uma vantagem competitiva significativa (VENANZI; SILVA, 2016). Por exemplo: competições de crowdsourcing (modelo de produção que utiliza conhecimentos coletivos e voluntários, geralmente propagados pela internet), em que empresas como BMW ou Cisco coletam ideias ou soluções inovadoras para um problema de um grupo externo, são um tipo de inovação aberta. 106 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DE COMPETIÇÕES DE CROWDSOURCING Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta a palavra crowdfunding no centro de um caderno e algumas imagens de moeda. 3.1.3. INDICADORES DE INOVAÇÃO A capacidade de inovar é a chave para o sucesso corporativo de longo prazo. Sem inovação, as empresas não sobrevivem por muito tempo. De acordo com Baxter (2011), em 1960, o tempo médio de vida de uma em- presa girava em torno de 60 anos, hoje é de apenas 18 anos. A substituição de antigas empresas por novas startups de rápido crescimento está aumentan- do constantemente. Neste tópico, vamos refletir sobre a gestão da inovação e de que forma deve- mos implementar e operar esses elementos a partir do cenário em que esta- mos inseridos e dos indicadores de inovação. 107 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Fonte: elaborada pelo autor (2023). 3.1.3.1. GARANTIR UMA VANTAGEM COMPETITIVA SUSTENTÁVEL Para garantir uma vantagem competitiva sustentável, as empresas devem ser criativas e desenvolver ideias “fora da caixa”. O espírito inovador e uma gestão da inovação estrategicamente orientada asseguram a competitividade das pequenas e grandes empresas a médio e longo prazos. 108 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 O PROCESSO DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO INOVADOR Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma equipe de profissionais conversando e analisando alguns documentos ao redor de uma mesa. Funcionários inovadores, em particular, são um recurso extremamente valio- sos a esse respeito. As empresas de sucesso não veem a inovação como um subproduto, mas implementam o pensamento inovador em sua organização e, dessa forma, utilizam o potencial de seus funcionários. 3.1.3.2. RESPOSTA RÁPIDA ÀS MUDANÇAS NAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS As empresas enfrentam grandes desafios devido a mudanças cada vez mais rápidas. Os governos mudam, novas leis são aprovadas, o que antes era ilegal pode de repente se tornar legal ou vice-versa. Além disso, existem constante- mente novos padrões tecnológicos, clientes mais exigentes e tendências que podem surgir com relativa rapidez. 109 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DE UM USUÁRIO TOCANDO UMA TELA VIRTUAL FUTURISTA Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um homem tocando em uma tela virtual futurista. Há alguns anos, a tendência ambiental estava focada em algumas áreas, hoje tudo precisa ser ecologicamente correto, ecologicamente sustentável ou or- gânico. Para poder se adaptar rapidamente a essas mudanças, a inovação é uma obrigação. As empresas que lidam com inovações e gestão da inovação são capazes de reagir rapidamente e também conseguirão ter sucesso no futuro (BAXTER, 2011). 3.1.3.3. CRESCIMENTO E DIFERENCIAÇÃO DO MERCADO Uma ameaça direta a uma empresa vem de novos entrantes, que iniciam no mercado com um novo modelo de negócios ou o mesmo modelo de negó- cios, produto ou serviço a um preço mais baixo. 110 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE CRESCIMENTO E EXPANSÃO ECONÔMICO Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta barra digital crescente com sobreposição de mão de um empresário. A empresa deve, então, diferenciar-se por meio da inovação para se destacar da concorrência no mercado existente. Mesmo pequenas inovações de pro- duto podem proteger contra a imitação e serem usadas como uma alavanca para o crescimento e a diferenciação do mercado. Um alto grau de diferen- ciação é alcançado com as inovações do modelo de negócios (BAXTER, 2011). 3.1.3.4. DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MERCADOS E GRUPOS-ALVO As inovações permitem a entrada em um novo mercado e o desenvolvimento de novos grupos-alvo. Com uma inovação de mercado, você pode, por exem- plo, avançar em novos setores transferindo tecnologias utilizadas na empresa para novos campos de aplicação (como a Uber: transporte de passageiros e entrega de alimentos). 111 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO USUÁRIO UTILIZANDO O APLICATIVO DA UBER Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um usuário utilizando um smartphone com o logo da empresa Uber em destaque. No entanto, muitas vezes é necessário adaptar não só a tecnologia, o marke- ting ou o serviço, mas também os produtos e o modelo de negócio às exi- gências da nova indústria. Assim, uma inovação de mercado rapidamente se torna um novo desenvolvimento de negócios. 3.1.3.5. AUMENTO DA EFICIÊNCIA E REDUÇÃO DE CUSTOS NA EMPRESA A inovação pode levar a uma redução nos custos de produção. Por exemplo, as inovações de processo podem aumentar de forma significativae sustentá- vel a eficácia e a eficiência de uma empresa. 112 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REDUÇÃO DE CUSTOS Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta algumas barras de um gráfico representando a redução de custos. Por exemplo, uma empresa poderia adotar um novo processo que poderia economizar até 50% de energia em comparação com o método antigo. 3.1.3.6. VALOR AGREGADO PARA A SOCIEDADE As inovações também criam valor agregado para a sociedade. Particularmen- te na área médica, as tecnologias inteligentes oferecem novas formas de tra- tamento e facilitam muito o atendimento domiciliar (BAXTER, 2011). 113 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO A UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS NA ÁREA DA SAÚDE Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta dois profissionais da área da saúde usando uma simulação de rv com tecnologia de holograma. Um menor consumo de recursos por empresas por meio de tecnologias ino- vadoras é outro exemplo de valor agregado social – seja em embalagens que economizam recursos ou soluções sustentáveis na indústria têxtil. A inovação é a única forma de gerar vantagem competitiva sustentável e sucesso de mercado. Inovações garantem as vendas de amanhã, reduzem custos e garantem que as empresas possam se destacar no mercado (BAXTER, 2011).. No entanto, um bom modelo de negócios que oferece apenas uma breve vantagem de mercado e desaparece novamente após um ano não é a abor- dagem correta, mesmo que várias empresas atuem dessa maneira. Para criar uma vantagem de mercado ao longo de toda a vida útil da empresa, a gestão da inovação implementada profissionalmente é essencial. 114 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 3.2 PROCESSO DE APRESENTAÇÃO DO PRODUTO O processo de construção do design e apresentação do produto são a base para o surgimento de um bom desempenho de design, incluem todas as eta- pas e fases de trabalho necessárias pelas quais um projeto passa para alcan- çar o resultado desejado. O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO DESIGN E APRESENTAÇÃO DO PRODUTO Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um homem trabalhando na fabricação industrial de um produto. O serviço de construção da apresentação do produto não é simplesmente a criação de um resultado bi ou tridimensional. Em vez disso, as decisões de de- sign estão se tornando cada vez mais decisões estratégicas de uma empresa. Quem tem dificuldade em se diferenciar de seus concorrentes por meio de tecnologia ou funcionalidade precisa de outros diferenciais. Um dos critérios essenciais é o desenho de um produto, um serviço, uma marca, até processos inteiros (BAXTER, 2011). 115 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Consequentemente, o processo de design é uma parte elementar do processo de agregação de valor de uma empresa e requer especialização adequada. O design faz parte da criação de valor corporativo. Torna-se, portanto, cada vez mais importante para o designer integrar os seus serviços no valor acres- centado do seu cliente. O designer deve entender o cliente, analisar seu po- tencial, apontar suas fragilidades, avaliar o contexto de sua atividade empre- endedora, reconhecer tendências e antecipá-las em seu próprio trabalho de design. Dessa forma, é previsível que a competência criativa se torne uma qualificação fundamental em empresas de todos os setores. Os designers podem apoiar significativamente com seus projetos. Isso tam- bém significa que os projetos de design estão se tornando cada vez mais complexos e extensos. Portanto, no futuro, os designers trabalharão cada vez mais em equipes interdisciplinares compostas por especialistas. 116 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 A CONSTRUÇÃO DE UM PROTÓTIPO 3D Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma peça de um motor impresso na impressora a partir de filamento de plástico. A realização criativa (o rascunho, o protótipo) ainda é o cerne do trabalho de um designer. Para atingir todo o seu potencial, o designer deve ser tão cui- dadoso, prudente e criativo em todos os sentidos da palavra nas outras fases. O processo de design aqui descrito é obviamente um protótipo e não quer sugerir que um projeto de design só seja bem-sucedido se passar por exata- mente todas as fases mencionadas. Processos que terminam após o rascunho (prototipagem), por exemplo, também são processos de design. No entanto, o conceito de processo de projeto expandido leva em consideração as disci- plinas de projeto altamente diferenciadas e também mostra potencial para serviços de projeto que são solicitados em pequena escala (BAXTER, 2011). O processo criativo é imanente em todas as fases, ou seja, o processo de de- senvolvimento da ideia. A capacidade e a vontade de verificar repetidamente o conhecimento existente, questioná-lo e estabelecer novas relações consigo mesmo e com o outro, para encontrar soluções que inicialmente pareciam absurdas, está no DNA de todas as pessoas criativas. Em última análise, deter- mina a relevância e o sucesso de uma conquista de design. 117 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Funções do designer Ao determinar o alvo, o designer se comunica com o cliente sobre as preocupações, conteúdo e resultado desejado da tarefa de design. A principal tarefa é descobrir qual trabalho de design ajuda a atingir efetivamente os objetivos do cliente (BAXTER, 2011). O serviço de design É importante que haja uma troca contínua sobre o entendimento comum da situação. Para se convencer da necessidade e eficácia de um serviço de design, o cliente deve reconhecê-lo e entendê-lo como necessário e eficaz (BAXTER, 2011). Projetar É uma realização mental e criativa orientada para um objetivo, em preparação para um artefato bi ou tridimensional a ser desenvolvido posteriormente. É, portanto, considerada a atividade-chave do designer, que, no entanto, não pode prescindir das fases anteriores e posteriores (BAXTER, 2011). O design Como resultado da fase de design, pode permanecer uma ideia puramente mental. Via de regra, no entanto, o termo rascunho é entendido como uma representação e apresentação na forma de textos, desenhos, gráficos, maquetes, narrativas e cálculos. Eles tornam a ideia visível, verificável e formam a base para poder falar com outras pessoas sobre ela. Com base neles, qualidade e funcionalidade, mas também possíveis erros em um design podem ser discutidos e, se necessário, melhorados (BAXTER, 2011). Na fase de realização, o projeto selecionado é implementado. Desenhos fi- nais são criados, protótipos e modelos são projetados e construídos, meios de comunicação são criados, sites e aplicativos são programados, textos são escritos e ilustrações são desenhadas. O designer geralmente trabalha em conjunto com especialistas de outras disciplinas e frequentemente assume tarefas como gerenciamento de projetos. 118 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 O PROTÓTIPO DE UM PROJETO Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta a ilustração de uma prototipagem de um projeto. O resultado é uma solução testada e comprovada que pode entrar em produ- ção (impressão, fabricação) ou em operação (site, aplicativo) após a aceitação do cliente. Os produtos ou serviços de design acabados vão para o mercado e são usados na prática. O designer pode assumir tarefas de gerenciamento de projetos e processos. No entanto, é imprescindívela realização de mais testes no serviço resultante, a fim de obter informações sobre sua “praticabilidade” (BAXTER, 2011). 119 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Para saber mais sobre os erros Mais Comuns na Apresentação de Projetos, assista a este vídeo no link https://www.youtube.com/watch?v=LCuDcN- gS-Y. 3.2.1 APRESENTAÇÃO DE UM MODELO DE REFERÊNCIA PARA DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO De acordo com Borrás e Mergulhão (2013), a proposta da utilização de um modelo de referência é unificar a visão do processo de desenvolvimento de produtos entre todos os envolvidos. A partir de um modelo de referência do processo de desenvolvimento de produtos, podemos gerenciar cada lança- mento de produto como um projeto, e isso traz vantagens como a compreen- são dos limites dos vários estágios de desenvolvimento, bem como dos custos e tempo associados a cada um. Segundo Borrás e Mergulhão (2013), podemos aplicar um modelo, dividindo a estrutura em três macrofases classificadas como pré-desenvolvimento, de- senvolvimento e pós-desenvolvimento. https://www.youtube.com/watch?v=LCuDcN-gS-Y https://www.youtube.com/watch?v=LCuDcN-gS-Y https://www.youtube.com/watch?v=LCuDcN-gS-Y 120 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Fonte: elaborada pelo autor (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma pirâmide contendo de baixo para cima as três macrofases: pré-desenvolvimento, desenvolvimento e pós-desenvolvimento. A fase de pré-desenvolvimento é caracterizada pelo processo da promoção do alinhamento do produto a ser desenvolvido com a estratégia da organi- zação e a disponibilidade de seus recursos e competências. Essa macrofase é decomposta em duas fases de planejamento estratégico e planejamento. 121 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO A FASE DE PRÉ-DESENVOLVIMENTO Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um homem usando um laptop em uma fábrica. O desenvolvimento chega à materialização dos aspectos produtivos e comer- cialização de produtos. Essa macrofase é implantada em etapas de design informacional, projeto conceitual, projeto detalhado, preparação de produção e lançamento do produto. 122 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 A FASE DE DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta trabalhadores de uma fábrica e um braço robótico removendo pacotes da linha de produção. O pós-desenvolvimento visa monitorar o desempenho do produto no merca- do com foco na melhoria. Isso tende a facilitar a retirada do produto no mer- cado. Essa macrofase é implantada em etapas de produto e processa, moni- tora o produto. 123 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO A FASE DO PÓS-DESENVOLVIMENTO Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um usuário utilizando um tablet para analisar diversos dados estatísticos a partir de números e gráficos. 3.2.2. APRESENTAÇÃO DAS FASES DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO O desenvolvimento de produtos é o processo de conceituar, planejar, proje- tar e criar os produtos que uma empresa vende a seus clientes. Os bens ou serviços que uma empresa vende são seus produtos. Em alguns casos, são produtos físicos como bens de consumo. Por exemplo, podemos observar os fabricantes de smartphones. Em outros casos, os produtos em questão não são do tipo que você pode segurar em suas mãos, como o processo de desen- volvimento de aplicativos. Em ambos os exemplos, o resultado é um smartphone que executa aplica- tivos, mas as empresas em questão fabricam produtos muito diferentes. In- dependentemente disso, essas empresas terão passado por um processo de desenvolvimento de produto semelhante (BAXTER, 2011). 124 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE UM APLICATIVO Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma ilustração em que uma mulher está criando e ajustando a interface de usuário de um aplicativo móvel. É importante observar que o desenvolvimento do produto é apenas uma eta- pa do ciclo de vida do produto. Embora seja justo dizer que o desenvolvimen- to é o primeiro estágio desse ciclo de vida, dificilmente será o último. Para ter sucesso no mercado, é preciso entregar o produto certo, na hora cer- ta. Não importa o tamanho de sua marca, sempre há uma chance de seu pro- duto fracassar se não for compatível com o mercado do produto. Por fim, podemos refletir sobre as quatro fases do ciclo de vida do produto. Assim como um bebê não permanece jovem para sempre, as novas ofertas da empresa envelhecerão. De acordo com BAXTER (2011), seguem os quatro estágios do ciclo de vida do produto: Introdução Nessa fase, o produto é introduzido no mercado pela primeira vez. 125 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Crescimento Se bem-sucedido, durante a fase de crescimento, um produto começa a ganhar força no mercado. Em outras palavras, as pessoas estão comprando. Maturidade Dependendo do produto, essa etapa pode durar alguns meses ou até anos. Um produto que atinge a maturidade é aquele que é bastante popular a ponto de saturar o mercado. Embora isso seja uma boa notícia por um lado (seu produto é popular há tempo suficiente para ficar saturado), também significa que as margens de lucro tendem a encolher, e mais esforço será necessário para manter ou aumentar a participação no mercado. Produtos estabelecidos como a Coca-Cola permaneceram na fase de maturidade por décadas. Declínio Quase todos os produtos acabarão por ver a sua demanda ir a declínio. À medida que o comportamento do consumidor muda, seja por meio de novas tecnologias ou não, a maioria dos produtos se torna menos necessária. Quando foi a última vez que você pensou em comprar um DVD player? Ou lembra da Blockbuster e sua batalha fracassada contra a Netflix? 3.2.3. APRESENTAÇÃO DA REALIZAÇÃO DO PROJETO A apresentação serve para explicar sobre o projeto – tanto o produto quanto o processo – aos avaliadores. Ela complementa a documentação do projeto e a demonstração do produto (se houver) e oferece aos avaliadores a chance de tirar dúvidas, fazendo perguntas na hora, por exemplo. Embora a maioria dos avaliadores deva ler a documentação do projeto, não há garantia de que eles a lerão de forma integral. Mas eles têm presença ga- rantida na apresentação do projeto e cabe a você tirar o melhor proveito disso. Alguns avaliadores preferem assistir primeiro à apresentação e ler o relatório 126 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 depois. Nesse caso, a apresentação cria a primeira impressão do seu projeto na mente do avaliador (VENANZI; SILVA, 2016). Em alguns casos, toda a avaliação é baseada apenas na apresentação. Seja qual for o caso, devemos tratar a apresentação como um fator determinante. A seguir, estão algumas dicas para fazer o melhor de sua apresentação do projeto. 3.2.3.1 PRATICAR, PRATICAR, PRATICAR As apresentações do projeto são geralmente curtas. Faça quantas execuções de prática forem necessárias para aperfeiçoar sua apresentação. Ao praticar, fale em voz alta. Às vezes, as coisas que você pretende dizer pare- cem inteligentes em sua cabeça, mas podem sair de forma equivocada quan- do você realmente diz as palavras em voz alta. 3.2.3.2 CHEGAR ANTES DO HORÁRIO Por alguma estranha razão, o tráfego rodoviário é especialmente lento no dia da apresentação e muitos profissionaischegam atrasados porque estão “pre- sos no trânsito”. Por favor, tome cuidado extra para chegar ao local da apresentação com bas- tante tempo de sobra. A pior maneira de começar uma apresentação é che- gar atrasado. 3.2.3.3 TERMINAR NA HORA As apresentações de projetos geralmente são agendadas consecutivamente, todas com a presença do mesmo painel de avaliadores e/ou investidores. É desnecessário dizer que eles ficam irritados quando você ultrapassa o limite de tempo. Isso mostra negligência grosseira de sua parte; se você fez um en- saio, deveria ter percebido o problema antes. Se a duração da apresentação for de 30 minutos, planeje terminar em 25 mi- nutos. A execução real quase sempre leva mais tempo. 127 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO 3.2.3.4 ESTEJA PRONTO PARA PERGUNTAS Esteja preparado para perguntas que você pode antecipar. Mesmo que você tenha feito tudo certo em seu projeto, os avaliadores e/ou investidores ficarão desconfiados se você não puder explicar a lógica por trás de suas decisões. Durante a prática, faça com que sua equipe elabore perguntas que provavel- mente serão feitas pelos avaliadores e certifique-se de que você pode lidar com elas com fluência. 3.2.3.5 O PÚBLICO NÃO É VOCÊ Ao preparar a apresentação, considere-a do ponto de vista do público. Um erro comum é presumir que o público sabe algo só porque você sabe. Aqui está um teste útil que você pode fazer durante a preparação. Para cada slide, verifique se cada termo ou conceito significativo, que será usado para explicar esse slide, é garantido para o público de antemão ou já foi explicado em slides anteriores. Esse teste é uma ótima maneira de identificar problemas no fluxo da apresentação. O PROCESSO DE DEFINIÇÃO DO PÚBLICO-ALVO Fonte: ©Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma seta batendo no centro do alvo de dardos. 128 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 3.2.3.6 MOSTRE CONFIANÇA Não estrague suas chances revelando falta de confiança em seu próprio pro- duto. Evite frases como “espero que comece quando eu clicar neste botão”. Ensaiar a demonstração de antemão ajudará você a agir com confiança ao fazê-lo. 3.2.3.7 CONHEÇA O VALOR DAS PERGUNTAS E RESPOSTAS Se você ficar sem tempo, não reduza o tempo alocado para o período de per- guntas e respostas. A hora de perguntas e respostas é para os avaliadores e/ ou investidores esclarecerem as coisas. Não dar a eles a chance de fazer isso não funcionará a seu favor. Uma pergunta não feita é uma pergunta não res- pondida. Tenha slides de backup para responder às perguntas. Os avaliadores ficarão impressionados ao ver como você antecipou as perguntas. Quando questio- nado, nunca aja na defensiva. Embora não haja problema em ter uma pessoa designada para perguntas e respostas, esteja pronto para responder às per- guntas se essa pessoa não estiver familiarizada com a área sob escrutínio. Se você estiver encurralado, não tente blefar para sair. Ser sincero e humilde é mais importante do que tentar acertar todas as perguntas. A melhor maneira de sair de uma pergunta que você não consegue responder é aceitar que não pensou nisso, agradecer ao avaliador por trazê-la à tona, prometer pensar so- bre isso e, talvez, usar uma piada leve para quebrar a tensão. 129 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO CONCLUSÃO Esta unidade teve o objetivo de apresentar os princípios do processo de ino- vação e o processo de apresentação do produto. Desse modo, vimos que a inovação de produto é o que projetamos e criamos, incluindo a qualidade dos materiais utilizados. A inovação de processo refere- -se a como fabricamos, distribuímos e vendemos. Por exemplo, o Google se destaca em ambas as formas de inovação. A empresa investiu milhões em seu sistema operacional Android e impulsionou as vendas de dispositivos in- vestindo em seu site, criando campanhas publicitárias eficazes e até fazendo parcerias com outras empresas. O resultado? O Android é um adversário dig- no da Apple. Além disso, ao longo dos nossos estudos, observamos que muitas pessoas pensam que não há necessidade de inovar se já administramos um negócio de sucesso. Mas isso simplesmente não é verdade. A inovação do produto é importante para atingir melhores resultados. As empresas que introduzem novos produtos obtêm lucros maiores do que aquelas que não o fazem. As empresas inovadoras geram um retorno médio sobre as vendas mais de três vezes maior do que aquelas que não se preocupam com isso. A diversificação traz novas oportunidades. A inovação de produtos impulsio- na a expansão ao abrir novas oportunidades de mercado. Também ajuda as empresas a diversificar seus negócios e a explorar grupos de clientes total- mente diferentes. Discutimos sobre antecipar as necessidades dos clientes e aumentar a reten- ção. E mais, se estivermos constantemente inovando, os clientes nunca nos verão como irrelevantes ou desatualizados. A inovação ajuda no processo de acompanhamento do mercado. Quer você inove ou não, outras empresas o farão. E esses concorrentes podem potencialmente roubar seus clientes. Ino- var ajuda você a diferenciar seu negócio e estar sempre à frente. 130 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MATERIAL COMPLEMENTAR Para saber mais sobre este tema, leia os artigos a seguir: WELTER, C. V. N.; SAUSEN, J. O.; CAPPELLARI, G. Tipologias de inovação: Um estudo em organizações graduadas de incubadoras de base tecnológica. Revista Ibero Americana de Estratégia, [S. l.], v. 18, n. 4, 2019. Disponível em: https://www.redalyc.org/ journal/3312/331267304004/331267304004.pdf. Acesso em: 12 mar. 2023. SANTOS, R. T. S. A inovação como vantagem competitiva das empresas. Revista Gestão Empresarial - RGE, [S. l.], v. 6, n. 1, 2020. Disponível em: https://trilhasdahistoria. ufms.br/index.php/disclo/article/view/10887 Acesso em: 12 mar. 2023. FROEHLICH, C.; KONRATH, K. A capacidade de inovação em uma empresa do segmento químico. Revista Capital Científico Eletrônica – (RCCe), [S.l.], v. 17, n. 2, 2019. Disponível em: https://revistas.unicentro.br/index.php/ capitalcientifico/article/view/5702. Acesso em: 12 mar. 2023. REZENDE, K. S.; SILVA, G. O.; ALBUQUERQUE, F. C. Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo: um ensaio sobre a construção das listas de produtos estratégicos. Saúde debate, [S. l.], v. 42, (spe2), 2019. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/sdeb/2019. v43nspe2/155-168/. Acesso em: 12 mar. 2023. MAGALHÃES, D. Uma visão geral sobre processo de desenvolvimento de produtos, inovação, gestão do conhecimento, startup e indústria 4.0. Enciclopédia Biosfera, [S. l.], v. 17 n. 33, 2020. Disponível em: https:// conhecer.org.br/ojs/index.php/biosfera/article/view/683. Acesso em: 12 mar. 2023. https://www.redalyc.org/journal/3312/331267304004/331267304004.pdf https://www.redalyc.org/journal/3312/331267304004/331267304004.pdf https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/disclo/article/view/10887 https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/disclo/article/view/10887 https://revistas.unicentro.br/index.php/capitalcientifico/article/view/5702 https://revistas.unicentro.br/index.php/capitalcientifico/article/view/5702 https://www.scielosp.org/article/sdeb/2019.v43nspe2/155-168/ https://www.scielosp.org/article/sdeb/2019.v43nspe2/155-168/ https://conhecer.org.br/ojs/index.php/biosfera/article/view/683 https://conhecer.org.br/ojs/index.php/biosfera/article/view/683 UNIDADE 4 OBJETIVO Ao final desta unidade, esperamos que possa: 131 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO > Compreender sobre a gestão e manipulação do Projeto paraManufatura e Montagem (DMFA). > Descrever sobre o planejamento estratégico de produtos. 132 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO 4 DESCRIÇÃO DA FASE DE PROJETO DO PRODUTO E PROCESSO INTRODUÇÃO DA UNIDADE Nesta unidade, promoveremos uma reflexão sobre os princípios da fase de projeto do produto e o seu processo. Veremos que DfMA (Design for Manufacturing and Assembly) é uma aborda- gem de design que prioriza a facilidade de fabricação e a eficiência da mon- tagem. O DFMA é considerado uma inovação construtiva que, muitas vezes, é aproveitada na construção modular ao implementar a construção industria- lizada. Além disso, será possível compreender que o gerenciamento de produtos é uma carreira multifuncional e lucrativa a ser considerada, se você estiver interessado no processo de desenvolvimento de produtos de uma empresa. Compreender o que está envolvido para mover um produto através de seu desenvolvimento, crescimento e sucesso pode ajudá-lo a determinar se esse é o caminho de carreira certo para você. Ao longo dessa unidade, vamos re- fletir sobre o gerenciamento de produtos e a estratégia de gerenciamento de produtos e as principais etapas para um gerenciamento de produtos eficaz. 4.1. PROJETO PARA MANUFATURA E MONTAGEM (DMFA) O projeto para manufatura e montagem (DFMA – Design for Manufacturing and Assembly) é uma parte crítica do ciclo de desenvolvimento do produto. Envolve otimizar o design do seu produto para o processo de fabricação e montagem, mesclando os requisitos de design do produto com seu método de produção. Empregar táticas de DMFA reduz o custo e a dificuldade de pro- duzir um produto, mantendo sua qualidade (ATLAS, 2018). 133 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 A partir desse contexto, podemos refletir sobre a importância do DMFA: • Redução de custos: cerca de 70% dos custos de fabricação de um produto podem ser derivados de decisões de design, como materiais e método de fabricação. Os 30% restantes dos custos compõem as decisões de produção, como planejamento de processos e seleção de ferramentas. O foco na otimização do projeto reduz o custo de fabricação. REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE REDUÇÃO DE CUSTOS Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma ilustração de uma seta apontando uma redução do custo. • Ampliação da Produção Simplificada: a luta do desenvolvimento de hardware vem da escala do protótipo para a produção. Considerar o DMFA desde o início do ciclo de desenvolvimento do produto reduz o trabalho de redesenho, melhora a qualidade do produto e acelera o tempo de lançamento no mercado. 134 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE UM PRODUTO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma mulher em uma fábrica. • Padronização: a padronização reduz os custos ao reduzir o estoque e as necessidades de aumento de escala. Peças de design podem ser reutilizadas em um produto ou compartilhadas entre linhas de produtos. A partir desse contexto, podemos padronizar o hardware dentro dos produtos para reduzir as necessidades de estoque. A padronização e a simplicidade do projeto podem reduzir as necessidades de estoque. 135 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE PADRONIZAÇÃO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um homem em uma fábrica de garrafa pet. Simplicidade de design: simplificar o design reduz o tempo e o estoque ne- cessários para fabricar o produto, o que se correlaciona com seu custo. Para simplificar o produto, podemos minimizar as etapas de montagem e o es- toque criando peças multifuncionais. Além disso, é possível utilizar o alinha- mento projetado ou métodos de fixação rápida, como encaixes rápidos. As técnicas de fixação, incluindo aparafusamento ou colagem, levam mais tem- po para serem fixadas e exigem mais estoque. 136 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DA CRIAÇÃO DO DESIGN DE UM PRODUTO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um designer criando um layout utilizando uma mesa digitalizadora e um notebook. Alinhamento e Conformidade: erros no alinhamento podem danificar peças ou equipamentos, reduzindo o rendimento ou até mesmo causando a para- da da linha. Ajuste seus projetos para contabilizar inclinação, desalinhamento e empilhamento de tolerância fazendo qualquer um dos seguintes: resolver os problemas de montagem analisando como as tolerâncias serão empilha- das em sua montagem. 137 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE ALINHAMENTO E AJUSTES Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta diversas engrenagens no centro de uma mesa e as mãos de duas pessoas organizando esses elementos. Redução do tempo de configuração: diminua o tempo de configuração re- duzindo o número de operações necessárias por peça ou simplificando as etapas de montagem com acessórios impressos em 3D e melhorias no fluxo de trabalho. 138 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DA IMPRESSÃO 3D Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma mão que foi projetada e impressa em uma impressora 3D. Comunicação: a iteração no design do produto funciona nos dois sentidos. Trabalhe com as pessoas no chão de fábrica para iterar e melhorar seu proje- to, porque muitas vezes eles experimentaram muitos dos problemas de pro- dução em primeira mão. 139 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um indivíduo segurando um megafone. 4.1.1. CONCEITOS GERAIS E ORIGEM DO DFMA Projetar produtos tendo em vista a facilidade de fabricação e montagem é de suma importância, pois é possível reduzir o custo de produção, melhorar a qualidade e reduzir o lead time, dentre outros fatores. Existem outros benefí- cios indiretos, mas basicamente são três grandes, a razão por trás de qualquer melhoria: custo, qualidade e tempo (ATLAS, 2018). Um ponto importante a ter em mente com essas ferra- mentas é que elas são ferramentas de avaliação – para avaliar um design, primeiro você deve criar um design. Concedido, por meio do uso contínuo dessas ferramen- tas, o usuário provavelmente aprenderá o que funciona e o que não funciona, e alimentará isso em seu design inicial. Um designer DFMA competente, no entanto, terá uma compreensão dos 140 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO princípios que sustentam essas ferramentas e aplicará esse conhecimento em seus projetos iniciais. Um exemplo de um princípio do DFMA é projetar para a montagem vertical, em que as peças são montadas em um movimen- to direto para baixo. Isso significa que a gravidade pode ser aproveitada para fornecer localização positiva em vez de um acessório. Isso também prova o futuro do design para uma mudança da montagem manual para a robótica. Outro exemplo é o projeto de desenhos zero, no qual a montagem ou fabri- cação de um produto é intuitiva e à prova de erros, sem a necessidade de desenhos de produção. Isso pode ocorrer com recursos de montagem, como guias de vários tamanhos, usados para criar peças que cabem apenas no local correto. Um exemplo cotidiano disso é se você já trocou uma roda furada em seucarro. Você deve ter notado que os furos nas rodas são um pouco maiores que os pinos da roda, isso permite que a roda seja facilmente localizada no cubo e os pinos da roda iniciados (ALVES FILHO; MEIRA JUNIOR; WALBER, 2022). REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE CRIAÇÃO DE UM PRODUTO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um indivíduo utilizando uma mesa digitalizadora para criar um layout. 141 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 De acordo com Atlas (2018), em primeiro lugar, o DFMA precisa ser uma pers- pectiva de design equilibrada. Isso significa que os engenheiros de projeto já estão projetando para um orçamento, projetando para uma escala de tempo, para um cliente, para um ciclo de trabalho, entre outros. A partir daí, está o segundo ponto chave, como acontece com qualquer melhoria, a empresa é diferente de todas as outras empresas e um tamanho não serve para todos. Por esse motivo, a melhoria bem-sucedida depende da cultura da empresa, da adesão em todos os níveis e da definição do que funciona para você com base em suas próprias prioridades. Para saber mais sobre o desenvolvimento e projeto do produto, assista a este vídeo no link https://www. youtube.com/watch?v=sU7wef0pubQ. 4.1.2. PRINCÍPIOS DO DESIGN DE MANUFATURA E MONTAGEM Um dos problemas na fabricação de produtos é a dificuldade de traduzir o que os consumidores precisam em projetos de produtos. O design para mon- tagem é crucial, pois garante que os fabricantes justifiquem relevantes e possam atender às demandas intermináveis de seus clientes (WIDOMAR JR., 2015). https://www.youtube.com/watch?v=sU7wef0pubQ https://www.youtube.com/watch?v=sU7wef0pubQ 142 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE ENVASAMENTO DE UM VINHO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um homem analisando um vinho, que foi envasado em uma fábrica de vinhos. Os processos de desenvolvimento de produtos passaram por grandes modi- ficações ao longo dos anos. Isso ocorre porque o design do processo de fabri- cação e montagem auxilia na produção rápida de produtos, principalmente a um custo reduzido. O DFMA é um processo de design de produto que busca simplificar o design de um produto atendendo ao seu número de peças. Portanto, minimiza o custo e aumenta a facilidade de montagem. Esse recurso pode ser visto como uma ferramenta econômica, que auxilia as equipes de design de produtos, pois permite aplicar melhorias no design do produto antes da produção real (WIDOMAR JR., 2015). Sendo assim, os funcionários podem se concentrar mais na funcionalidade do produto e na facilidade de montagem. Menos peças de montagem em um produto significa que o produto é mais fácil de montar, requer menos tempo e resulta em custo de montagem minimizado. O principal objetivo 143 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 do DFMA é minimizar os custos e reduzir as peças de montagem do produ- to. Cabe ressaltar, sua aplicação ao design de produtos trouxe melhorias na qualidade e durabilidade dos produtos e uma redução no estoque de peças e equipamentos de produção. REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE CONTROLE DE QUALIDADE DE UMA FÁBRICA DE PEÇAS DE AÇO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um homem analisando algumas peças de aço, que foram construídas em uma fábrica de aço. De acordo com Widomar Jr. (2015), o DFMA é o processo de projetar peças, componentes ou produtos para facilitar a fabricação, com o objetivo final de fazer um produto melhor a um custo menor. Isso é feito simplificando, oti- mizando e refinando o design do produto. A partir desse contexto, podemos apontar cinco princípios que são examinados durante um DFMA: 144 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO PRINCÍPIOS QUE SÃO EXAMINADOS EM UM DFMA Fonte: elaborado pelo autor (2023). #pratodosverem: esquema mostra os princípios que são examinados em um DFMA: processo, projeto, material, ambiente e teste de conformidade. Idealmente, o DFMA precisa ocorrer no início do processo de design, bem antes do início das ferramentas. Além disso, deve ser executado adequada- mente e precisa incluir todas as partes interessadas – engenheiros, projetistas, fabricantes contratados, construtores de moldes e fornecedores de materiais. À medida que o projeto avança no ciclo de vida do produto, as alterações se tornam mais caras e mais difíceis de implementar. O DFMA permite que as alterações de projeto sejam executadas rapidamente, no local mais barato (WIDOMAR JR., 2015). Reunir as partes interessadas no início do proces- so de design é mais fácil se você estiver desenvol- vendo um novo produto, mas mesmo se estiver lidando com um produto estabelecido, desafiar o design original é um elemento necessário de um DFMA completo. Muitas vezes, os erros em um projeto são repetidos pela replicação de um proje- to anterior (ATLAS, 2018). 145 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Segundo Atlas (2018), devemos questionar todos os aspectos do design reali- zando as seguintes perguntas: QUESTÕES SOBRE OS ASPECTOS DO DESIGN Fonte: elaborada pelo autor (2023). #pratodosverem: esquema indicando em lista as perguntas que, segundo o autor Atlas (2018), devem ser feitas sobre o design, a saber: Quais são os produtos concorrentes e quais são as suas características? Quem são os principais usuários (público-alvo)? Fale com o fabricante contratado – quem pode ter resolvido o problema com outro cliente? Alguém já resolveu esse problema de uma forma diferente? E existe uma maneira de torná-lo melhor? A partir desse contexto, de acordo com Atlas (2018), o objetivo do DFMA é re- duzir os custos de fabricação sem reduzir o desempenho. Além desses prin- cípios, podemos relacionar alguns fatores que podem afetar o projeto para fabricação e o projeto para montagem: • Minimizar contagem de peças: reduzir o número de peças em um produto é a maneira mais rápida de diminuir custos, porque você está reduzindo a quantidade de material necessário, a quantidade de engenharia, produção, mão de obra, até os custos de envio. 146 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE AJUSTE DO PROJETO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um homem analisando os detalhes de uma maquete. • Padronizar Peças e Materiais: personalização e customização são caras e demoradas. O uso de peças padronizadas de qualidade pode reduzir o tempo de produção, pois essas peças normalmente estão disponíveis e você pode ter mais certeza de sua consistência. 147 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 FOTO DE PARAFUSOS E PORCAS DE METAL CROMADO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta diversos parafusos e porcas de metal cromado. • Criar montagens modulares: o uso de módulos/conjuntos modulares não personalizados em seu projeto permite que você modifique o produto sem perder sua funcionalidade geral. Um exemplo simples é um automóvel básico que permite adicionar extras por meio de uma atualização modular. 148 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DE UMA FÁBRICA DE AUTOMÓVEIS Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma linha de produção de automóveis. • Design para junção eficiente: as peças podem se encaixar ou não? Procure maneiras de unir peças sem o uso de parafusos, fixadores ou adesivos.A partir desse contexto, de acordo com Atlas (2018), podemos observar o exemplo de uma situação, na qual em uma fabricação de um produto específico é necessário utilizar fixadores, sendo assim, devemos seguir algumas dicas específicas: • mantenha o número, tamanho e variação de fixadores no mínimo; • use prendedores padrão tanto quanto possível; 149 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 FIXADORES E PRENDEDORES Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem mostra um conjunto de fixadores e prendedores nas cores prata, dourado, bronze e preto. • use parafusos autorroscantes e chanfrados para melhor colocação; • fique longe de parafusos muito longos ou muito curtos, arruelas separadas, furos roscados, cabeças redondas e cabeças chatas. 150 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO CONJUNTO DE PARAFUSOS AUTORROSCANTES E CHANFRADOS Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem mostra um conjunto de parafusos autorroscantes e chanfrados. • Minimize a reorientação das peças durante a montagem e usinagem: as peças devem ser projetadas de modo que seja necessário um mínimo de interação manual durante a produção e montagem. 151 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE FRESAGEM DE AÇO COM RESPINGOS DE FLUXOS DE REFRIGERAÇÃO DE ÁGUA Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta o processo de fresagem de aço com respingos de fluxos de refrigeração de água. • Simplificar o número de operações/processos de fabricação: quanto mais complexo for o processo de fabricação do seu produto, mais variáveis de erro serão introduzidas. Todos os processos têm limitações e capacidades, por esse motivo devemos incluir apenas as operações que são essenciais para a função do projeto. Para saber mais sobre o processo de desenvolvimento de produtos, assista a este vídeo no link https://www. youtube.com/watch?v=AwyXDuUSkKM. https://www.youtube.com/watch?v=AwyXDuUSkKM https://www.youtube.com/watch?v=AwyXDuUSkKM 152 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO 4.1.3. ETAPAS (PASSOS) DA METODOLOGIA DFMA Vimos que o DFMA é um processo de design de produto que busca simpli- ficar o design de um produto reduzindo seu número de peças. O DFMA au- xilia as equipes de design de produtos, pois permite melhorias no design do produto antes da produção real. Portanto, eles podem se concentrar mais na funcionalidade do produto e na facilidade de montagem. Menos peças de montagem em um produto significa que o produto é mais fácil de montar, requer menos tempo e leva a um custo de montagem minimizado (ATLAS, 2018). Diante desse cenário, de acordo com Alves Filho, Meira Junior e Walber, (2022), podemos observar detalhes das etapas (passos) da metodologia do DFMA. 4.1.3.1 PROCESSO O processo de fabricação escolhido deve ser o correto para a peça ou produto. Você não gostaria de usar um processo altamente capitalizado, como a mol- dagem por injeção, que envolve a construção de ferramentas e matrizes para fazer uma peça de baixo volume, que poderia ter sido fabricada usando um método de menor capitalização, como a termoformagem. Isso seria equiva- lente a usar um tanque para esmagar um formigueiro – um caso clássico de exagero. 153 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DO CONCEITO DE PROCESSO DE FABRICAÇÃO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma ilustração de três funcionários trabalhando em uma linha de produção. 4.1.3.2 PROJETO O design é essencial. O desenho real da peça ou produto deve estar em con- formidade com os bons princípios de fabricação para o processo de fabrica- ção que você escolheu. Especifique as tolerâncias mais flexíveis que permitem um bom produto e consulte a organização comercial do seu processo de fabricação sobre o que é razoável para esse processo. Certifique-se de discutir o projeto com o fabricante contratado, que pode ga- rantir que seu projeto esteja em conformidade com os bons princípios de fa- bricação para o processo selecionado. 154 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DE UMA LINHA DE PRODUÇÃO AUTOMATIZADA Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma ilustração de uma linha de produção informatizada (com braços robóticos). 4.1.3.3 MATERIAL É importante selecionar o material correto para sua peça/produto. Algumas propriedades do material a serem consideradas durante o DFMA incluem: 155 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROPRIEDADES DO MATERIAL Fonte: elaborado pelo autor (2023). #pratodosverem: esquema indicando em listas alguns aspectos a serem considerados sobre os materiais na produção, a saber: Propriedades mecânicas – Qual deve ser a resistência do material? Propriedades ópticas – O material é refletivo ou transparente? Propriedades térmicas – Quão resistente ao calor precisa ser? Cor – Qual a cor que a peça precisa ter? Propriedades elétricas – O material precisa agir como um dielétrico (atue como um isolante em vez de um condutor)? Inflamabilidade – Quão resistente a chamas/ queimaduras o material precisa ser? 156 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Mais uma vez, certifique-se de discutir o material com o fabricante contrata- do, que pode ter acesso aos materiais existentes em seu portfólio, o que per- mitiria garantir preços de material mais baixos. 4.1.3.4 AMBIENTE Sua peça/produto deve ser projetada para suportar o ambiente ao qual será submetida. Toda a forma do mundo não importará se a peça não funcionar corretamente em suas condições normais de operação. 4.1.3.5 TESTE DE CONFORMIDADE Todos os produtos devem cumprir as normas de segurança e qualidade. Às vezes, esses são padrões do setor, outros são padrões de terceiros e alguns são padrões internos específicos da empresa. REPRESENTAÇÃO DO PADRÃO ISO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma ilustração de um homem de fundo e na frente várias imagens de engrenagens com a sigla ISO em destaque. 157 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 4.2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE PRODUTOS As empresas precisam de direção e metas organizacionais para trabalhar. O planejamento estratégico oferece esse tipo de orientação. Essencialmente, um plano estratégico é um roteiro para atingir os objetivos de negócios. Sem essa orientação, não há como saber se uma empresa está no caminho certo para atingir suas metas (COBRA, 2014). REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma ilustração de um homem realizando o planejamento em uma lousa. De acordo com Cobra (2014), os seguintes aspectos do desenvolvimento da estratégia merecem atenção: 158 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO • A missão. O planejamento estratégico começa com uma missão que oferece à empresa um senso de propósito e direção. A declaração de missão da organização descreve quem é, o que faz e para onde quer ir. As missões são geralmente amplas, mas acionáveis. Por exemplo, uma empresa do setor educacional pode buscar ser líder em ferramentas e serviços educacionais virtuais. • Os objetivos. O planejamento estratégico envolve a seleção de metas. Metas mensuráveis são importantes porque permitem que os líderesde negócios determinem o desempenho da empresa em relação às metas e à missão geral. A definição de metas para o negócio educacional fictício pode incluir o lançamento da primeira versão de uma plataforma de sala de aula virtual em dois anos, ou o aumento das vendas de uma ferramenta existente em 30% no próximo ano. • Alinhamento com metas de curto prazo. O planejamento estratégico está diretamente relacionado ao planejamento tático de negócios de curto prazo e pode ajudar os líderes de negócios, na tomada de decisões diárias que melhor se alinham à estratégia de negócios. • Avaliação e revisão. O planejamento estratégico ajuda os líderes de negócios a avaliar periodicamente o progresso em relação ao plano e a fazer alterações ou ajustes em resposta às mudanças nas condições. Por exemplo, uma empresa pode buscar uma presença global, mas podem surgir restrições legais e regulatórias que afetem sua capacidade de operar em determinadas regiões geográficas. Como resultado, os líderes de negócios podem ter que revisar o plano estratégico para redefinir os objetivos ou alterar as métricas de progresso. 4.2.1 ASPECTOS HUMANOS EM PROJETO DE PRODUTO A engenharia de design de produtos é uma indústria empolgante, ela evolui continuamente junto com a tecnologia, avanços de produtos, demanda por tempos de resposta mais rápidos, produtos exclusivos e personalizados e ca- deias de suprimentos e produção ecologicamente corretas (COBRA, 2014). 159 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE UM PRODUTO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma ilustração de uma fábrica. Trata-se de entender os requisitos e a funcionalidade do produto, questionar as formas existentes de fazer as coisas e ver as oportunidades de mudá-las para melhor. A engenharia de design de produto combina um foco de engenharia mais técnico (como mecânica, eletrônica, matemática, cálculos de engenharia do design de um produto) com princípios de design, experiência do usuário e tecnologia para criar produtos funcionais ou desenvolver os existentes que podem ser vendidos em mercados competitivos. 160 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Fatores humanos em design se referem a fatores ergonômicos e estéticos que influenciam o design de produtos, sistemas e ambientes. Esses fatores são apoiados pelo uso de técnicas de coleta e aná- lise de dados antropométricos (a medição do ta- manho e das proporções do corpo humano), psi- cológicos e sensoriais. Compreender as relações espaciais entre pessoas, objetos e seus ambientes é importante ao considerar os fatores humanos no projeto (COBRA, 2014). De acordo com Cobra (2014), o design de fatores humanos está relacionado com o estudo das interações entre os seres humanos e as ferramentas, tarefas e ambientes de trabalho e vida cotidiana. Os engenheiros de fatores huma- nos se esforçam para produzir projetos que atendam melhor às capacidades, limitações e necessidades das pessoas que os utilizam. Nosso trabalho se cru- za com designers industriais, designers UX e engenheiros de design; não ape- nas melhora as experiências do usuário, mas também ajuda a evitar lesões e erros do usuário. 4.2.2 ERGONOMIA EM PROJETO DE PRODUTO A ergonomia tem como objetivo garantir um bom ajuste entre as pessoas e as coisas com as quais elas interagem. Isso pode incluir os objetos que elas usam ou os ambientes onde vivem. Você deve considerar a ergonomia no design de cada produto, sistema ou ambiente. Você deve se concentrar na ergonomia no início do processo de design. Ignorar a ergonomia pode levar a projetos que provavelmente falharão comercialmente, pois podem não aten- der às necessidades do usuário. A ergonomia é uma parte importante da pesquisa no processo de desenvol- vimento de produtos. Sua finalidade é aumentar a segurança, o conforto e o desempenho de um produto ou ambiente, como um escritório. A ergonomia usa dados antropométricos para determinar o tamanho e a forma ideais de um produto e torná-lo mais fácil de usar (COBRA, 2014). 161 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Para saber mais sobre os princípios da Ergonomia do Produto, assista a este vídeo no link https://www. youtube.com/watch?v=h3RsRqR5UN8. Os ergonomistas podem ajudá-lo a identificar quais características do usuário você deve levar em consideração durante o processo de design. Isso é impor- tante quando você considera o quanto os indivíduos variam em termos de: VARIAÇÕES DOS INDIVÍDUOS A SEREM CONSIDERADAS NO DESIGN Fonte: elaborado pelo autor (2023). #pratodosverem: variações dos indivíduos a serem consideradas no design, a saber: tamanho do corpo, formato corporal, força, mobilidade, sensibilidade sensorial, habilidade mental e experiência. https://www.youtube.com/watch?v=h3RsRqR5UN8 https://www.youtube.com/watch?v=h3RsRqR5UN8 162 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO A partir desse contexto, segundo Cobra (2014), a ergonomia no design do pro- duto significa garantir que o produto se adapte às pessoas que o usarão com mais eficiência. A ergonomia de um produto é crucial porque se o produto não se adequar ao seu cliente, não atender às suas necessidades, o produto falhará no seu propósito. É importante realizar pesquisas para coletar dados e entender as necessida- des do seu cliente. Dessa forma, você pode garantir que o produto criado te- nha o tamanho, a forma e o design adequados para a finalidade pretendida pelo usuário. Segundo Cobra (2014), para alcançar as melhores práticas de design, os ergo- nomistas usam os dados e técnicas de várias disciplinas, por exemplo: CONTRIBUIÇÕES DAS DIVERSAS CIÊNCIAS PARA O DESIGN Fonte: elaborado pelo autor (2023). #pratodosverem: contribuições das diversas ciências para o design, a saber: Antropometria: tamanhos, formas corporais; populações e variações. Biomecânica: músculos, alavancas, forças. Física ambiental: ruído, luz, calor, frio, radiação, vibração, sistemas corporais: audição, visão, sensações. Psicologia aplicada: habilidade, aprendizagem, erros, diferenças e Psicologia social: grupos, comunicação, aprendizagem, comportamentos. 163 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 De acordo com Cobra (2014), existem três grandes áreas de ergonomia: a er- gonomia física analisa como as características anatômicas, antropométricas, fisiológicas e biomecânicas humanas se relacionam com a atividade física. Isso inclui: • posturas de trabalho; • manuseio manual; • movimentos repetitivos; • distúrbios musculoesqueléticos; • layout e ambiente de trabalho. A ergonomia psicológica estuda os processos mentais (por exemplo, percep- ção, cognição, memória, raciocínio e emoção) e como as pessoas interagem com produtos, sistemas e ambientes. Isso inclui: • carga de trabalho mental; • tomando uma decisão; • interação humano-computador; • confiabilidade humana; • atitudes; • estresse; • motivação; • prazer; • diferenças culturais. 164 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO A ergonomia organizacional trata da otimização das estruturas, políticas e processos organizacionais dos sistemas sociotécnicos. Isso inclui: • comunicação; • projeto de trabalho; • gerenciamento de recursos de pessoal; • padrões de tempo de trabalho; • trabalho cooperativo; • gestão da qualidade; • cultura organizacional. Para garantir que você mantenha as necessidades de seus usuários finais em foco o tempo todo, você deve tornar os ergonomistas parte integrante de sua equipe de desenvolvimentode projetos. 4.2.3 VALIDAÇÃO DO PRODUTO A validação é o processo de criar uma trilha de evidência documentada (por meio de verificação e testes rigorosos) para demonstrar que um sistema, pro- cedimento ou processo usado na produção e teste do produto mantenham a conformidade em todas as etapas e levem a um resultado consistente e reprodutível (ALVES FILHO; MEIRA JUNIOR; WALBER, 2022). A validação é uma parte central do processo de fabricação nas indústrias. Os produtos fabricados devem ser sempre exatamente os mesmos e são testa- dos no final do processo de produção para garantir que assim seja. Além disso, os processos, sistemas e equipamentos que levam à sua fabricação também são examinados de perto. Cada etapa está sujeita à validação, para garantir que os produtos finais sejam sempre seguros e eficazes. As tarefas de validação são realizadas durante todos os estágios do ciclo de vida de um produto – desde a pesquisa e desenvolvimento até a fabricação e distribuição. Além disso, quaisquer alterações em sistemas, equipamentos ou processos dentro de um sistema de manufatura estabelecido também devem ser validadas para que não alterem o resultado ou o produto (ALVES FILHO; MEIRA JUNIOR; WALBER, 2022). 165 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 A validação do produto minimiza o risco de desperdício de recursos no de- senvolvimento do produto errado. Ele ajuda você a garantir que seu produto terá demanda, trará a receita esperada e obterá uma vantagem competitiva. REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE VALIDAÇÃO DE PRODUTO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma ilustração de um homem realizando a validação de diversos produtos. De acordo com Alves Filho, Meira Junior e Walber (2022), quando temos uma nova ideia, não sabemos se ela encontrará seu público e se tornará popular. Você tem apenas uma hipótese baseada em algumas suposições. Tais ideias são sempre arriscadas. Aqui estão alguns exemplos do que podemos enfren- tar: Ajuste do produto ao mercado: seu produto pode não encontrar demanda no mercado escolhido. Ou você pode identificar o mercado certo, mas atender às necessidades erradas. Nenhuma vantagem competitiva: sem uma proposta de valor única, você pode enfrentar uma forte concorrência ou se perder entre milhares de serviços semelhantes. 166 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Investimento mal realizado: você pode gastar mais recursos do que pretendia ou até mesmo ficar sem dinheiro desenvolvendo um produto inviável (ALVES FILHO; MEIRA JUNIOR; WALBER, 2022). A validação do produto ajuda a estimar o interesse do mercado em seu pro- duto e a evitar o desenvolvimento de um produto sem demanda. Envolve pesquisar, coletar e analisar dados, bem como testar seu produto. Sua pes- quisa pode ser quantitativa, focando em números e avaliando o panorama geral, como o tamanho do mercado ou o número de usuários interessados. Ou pode ser qualitativa, concentrando-se em razões e opiniões e dando uma ideia dos problemas que os usuários enfrentam e dos objetivos que gosta- riam de alcançar (ALVES FILHO; MEIRA JUNIOR; WALBER, 2022). Por fim, podemos relacionar alguns benefícios da aplicação da validação do produto no processo de desenvolvimento e fabricação. Dentre esses recursos, de acordo com Alves Filho, Meira Junior e Walber (2022), podemos apontar os seguintes itens: Certificar de que haja demanda de mercado para o produ- to: a validação de novos produtos ajuda a garantir que seu produto seja necessário, que haja um mercado interessado e que tenha valor suficiente para obter uma vantagem competitiva. Definir e atender às necessidades dos clientes: quanto mais você souber sobre seus clientes e os problemas que eles enfrentam, mais fácil será para você resolvê-los. Ao testar sua ideia, você pode apresentar alguns recursos que não havia pensado ou mudar ligeiramente de direção para se adequar melhor ao mercado. A validação do produto ajuda a garantir que seu produto agregue valor aos clientes. 167 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Obter seus primeiros clientes: durante a pesquisa, você se comunica com seu público-alvo. Eles podem se interessar pelo seu produto e se tornar seus futuros clientes. Garantir seus investimentos: sem uma estratégia clara e um conjunto de recursos, um projeto requer muitos ajustes em cada etapa e corre o risco de ser desnecessário para os usuários. A validação do produto permite que você invista em um produto depois de ter se mostrado viável e potencialmente lucrativo. 168 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO CONCLUSÃO Essa unidade teve o objetivo de apresentar os princípios da fase de projeto do produto e o seu processo. Desse modo, vimos que o Design for Manufacturing and Assembly (DfMA) considera a operação de fabricação e a eficiência da montagem em todo o processo de design para criar o produto mais eficiente possível. Essa aborda- gem inteligente foca no kit de peças que compõe todo o projeto – minimi- zando e simplificando essas peças para aumentar a velocidade, qualidade e sustentabilidade do produto. Além disso, ao longo dos nossos estudos, observamos que o gerenciamento de produtos é a função organizacional de uma empresa que lida com o ci- clo de vida de um produto. Isso inclui o desenvolvimento de novos produtos, bem como o planejamento, produção, precificação, marketing e o lançamen- to dele. Os gerentes de produto visam desenvolver um produto melhor ou diferente das ofertas atuais da empresa, o que garante que o novo produto seja valioso para seu público-alvo. A partir desse contexto, discutimos que a estratégia de produto é o processo de definir porque um produto deve existir, quem ele beneficiará e como uma empresa planeja desenvolvê-lo. Vimos que os elementos-chave para uma es- tratégia de produto bem-sucedida geralmente incluem alavancar uma estru- tura, diagnosticar o problema e prever a solução. Além disso, observamos que existem vários modelos em que as empresas podem basear suas estratégias de produto, incluindo modelos de diferenciação, qualidade, custo e foco. 169 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MATERIAL COMPLEMENTAR Para saber mais sobre este tema, leia os artigos a seguir: Proposta de uma sistemática do projeto para ma- nufatura aditiva (DFMA) no contexto de desenvol- vimento de produtos. Disponível no link https://re- positorio.unb.br/handle/10482/41782. Inovação e desenvolvimento de novos pro- dutos. Disponível no link http://hdl.handle. net/10400.21/10528. Procedimento de padronização de projetos me- cânicos. Disponível no link http://repositorio.upf.br/ handle/riupf/2121 DFM/A aplicado ao reprojeto de um sistema para colheita mecanizada de mexilhões. Disponível no link https://repositorio.ifsc.edu.br/bitstream/hand- le/123456789/1074/TCC-WPdSilva_VERSAO-FINAL. pdf?sequence=1. Importância do gerenciamento de projetos de en- genharia. Disponível no link https://repositorio.ufu. br/handle/123456789/27127. https://repositorio.unb.br/handle/10482/41782 https://repositorio.unb.br/handle/10482/41782 http://hdl.handle.net/10400.21/10528 http://hdl.handle.net/10400.21/10528 http://repositorio.upf.br/handle/riupf/2121 http://repositorio.upf.br/handle/riupf/2121 https://repositorio.ifsc.edu.br/bitstream/handle/123456789/1074/TCC-WPdSilva_VERSAO-FINAL.pdf?sequence=1 https://repositorio.ifsc.edu.br/bitstream/handle/123456789/1074/TCC-WPdSilva_VERSAO-FINAL.pdf?sequence=1 https://repositorio.ifsc.edu.br/bitstream/handle/123456789/1074/TCC-WPdSilva_VERSAO-FINAL.pdf?sequence=1 https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/27127 https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/27127UNIDADE 5 OBJETIVO Ao final desta unidade, esperamos que possa: 170 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO > Refletir sobre a gestão do mix de produtos. > Compreender sobre a função de qualidade (QFD – Quality Function Deployment). 171 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO 5 MIX DE PRODUTOS E FUNÇÃO DE QUALIDADE INTRODUÇÃO DA UNIDADE Nesta unidade, vamos promover uma reflexão sobre os princípios do mix de produtos e a função de qualidade. Veremos que um mix de produtos, também chamado de sortimento de pro- dutos, representa a soma total dos produtos que uma empresa vende. Isso inclui novos produtos, produtos existentes e variações de produtos (como tamanhos menores para crianças). Cada um desses tipos conta para o mix completo de produtos da empresa. A partir desse contexto, vamos discutir que o mix de produtos de uma empre- sa impacta seus canais de distribuição: quanto mais tipos de produtos uma empresa oferecer, maiores são suas necessidades de distribuição. Um grande mix de produtos também influencia o mix de marketing de uma empresa, que pode precisar de uma gama maior de canais de marketing para compar- tilhar sua miríade de ofertas de produtos com bases de clientes díspares. Além disso, será possível compreender que o QFD – Quality Function Deploy- ment é um método usado para identificar atributos críticos do cliente e criar um vínculo específico entre os desejos do cliente e os parâmetros do projeto. Trabalhando em equipe, engenheiros de projeto e profissionais de marketing primeiro estabelecem atributos críticos do cliente para o produto. Esses atri- butos se tornam as fileiras da matriz central da casa da qualidade. A equipe pode agrupar atributos em categorias mais amplas para simplificar o plane- jamento e a análise. 5.1. MIX DE PRODUTOS Mix de produtos, também conhecido como portfólio de produtos, refere-se às várias linhas de produtos e produtos individuais oferecidos por uma orga- nização no mercado. O foco no sortimento de produtos ajuda as empresas a analisar os requisitos dos clientes e a introduzir mais produtos para atender melhor à demanda (ATLAS, 2018). 172 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 De acordo com Filho (2009), a principal função de um portfólio de produtos é fornecer às organizações uma compreensão de um produto específico e as técnicas para anunciá-lo ao maior número possível de consumidores. A com- binação certa de linhas de produtos pode oferecer informações abrangentes sobre todos os produtos e os clientes-alvo. Existem quatro elementos do mix de produtos – comprimento, profundidade, consistência e largura. REPRESENTAÇÃO DE UM MIX DE PRODUTOS Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um carrinho de supermercado com 3 produtos de limpeza. De acordo com Atlas (2018), o significado de mix de produtos refere-se ao conjunto completo de produtos no portfólio de uma empresa. Uma mistura prudente pode aumentar as vendas e ajudar a manter uma imagem de mar- ca estelar, além de atender à demanda do consumidor. Vários fatores afetam o portfólio de produtos de uma empresa, alguns deles são o impacto dos ele- mentos do mix de marketing e as capacidades de produção da organização. Uma diferença fundamental entre uma linha de produtos e um mix é que pode haver várias linhas de produtos. No entanto, uma empresa não pode ter 173 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO vários portfólios de produtos. Segundo Baxter (2011), o mix de produtos se refere à gama completa de pro- dutos vendidos por uma empresa. Varia em diferentes organizações. Embo- ra várias empresas tenham apenas um número limitado de ofertas, diversas organizações oferecem diferentes tipos de produtos agrupados em linhas de produtos separadas. Para saber mais sobre por que é importante entender o mix de produtos, assista a este vídeo, clicando aqui https://www.youtube.com/watch?v=9ttwASKCaq0. O portfólio de produtos de uma organização desempenha um papel crucial na manutenção e aprimoramento de sua imagem, ajudando a empresa a gerenciar o estoque e atender melhor aos requisitos dos clientes. Além disso, auxilia as empresas a identificar clientes fiéis e os consumidores que mudam para as ofertas dos concorrentes. REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE COMPRA Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma ilustração do processo final da venda de um produto, demonstrando uma mulher retirando um pacote de uma loja. https://www.youtube.com/watch?v=9ttwASKCaq0 174 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Quanto maior o sortimento de produtos de uma empresa, mais ele pode aju- dar o negócio a formular estratégias para aumentar as vendas. Por outro lado, as empresas podem incorrer em perdas significativas se o portfólio de produ- tos consistir em um produto sem demanda do cliente. Assim, as organizações se concentram na venda de produtos que são populares entre os consumido- res. Isso os ajuda a competir com seus pares no mercado. Além disso, permi- te-lhes desenvolver diretamente uma estratégia para aumentar a eficiência e melhorar as vendas (BAXTER, 2011). Se o mix de produtos estiver incorreto, por exemplo, suponha que não haja produtos suficientes em uma linha de produtos, as vendas de uma empresa podem diminuir. Portanto, as empresas devem garantir que os produtos se complementem em vez de competir. Vejamos alguns fatores que afetam a variedade de produtos de uma empresa: FATORES DE VARIEDADES DE PRODUTOS Fonte: elaborado pelo autor (2023). De acordo com Baxter (2011), podemos relacionar as dimensões ou elementos do mix de produtos a partir dos seguintes fatores: 175 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO 1 – Comprimento É o número total de produtos em um portfólio de produtos. Em outras palavras, as empresas podem determinar a extensão de seu mix de produtos adicionando todos os produtos. Por exemplo, digamos que uma empresa tenha cinco linhas de produtos e dez produtos em cada uma das linhas. Nesse caso, o comprimento será de cinquenta. 2 – Consistência Refere-se à relação entre os diferentes produtos do mix. A relação pode ser quanto ao processo produtivo, canais de distribuição etc. Focar nesse elemento pode auxiliar as organizações a reduzir custos de produção. Além disso, garante que a imagem de marca de uma empresa seja sinônimo de suas ofertas. É preciso lembrar que quanto maior o número de produtos ofertados, menor a consistência. 3 – Profundidade Refere-se aos diferentes tipos ou variações de produtos em uma determinada linha de produtos. Geralmente, as variações dependem das características dos produtos como tamanho, formato etc. Por exemplo, uma empresa vende sucos de frutas de diferentes sabores (goiaba, laranja, uva etc.) dentro de uma mesma linha de produtos. 4 – Largura É o número total de linhas de produtos oferecidas por uma empresa aos consumidores. Por exemplo, se uma empresa de bens de consumo vende batatas fritas e sabonetes, ela tem duas linhas de produtos. Porém, terá três linhas de produtos se passar a oferecer biscoitos. 176 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 5.1.1 CONCEITO DE MIX DE PRODUTOS Um mix de produtos é o número total de produtos individuais e as linhas de produtos que a empresa fabrica; é algo que varia de empresa para empresa. Algumas empresas têm um número limitado de produtos, enquanto outras têm várias linhas de produtos, que incluem vários itens diferentes em cada linhade produtos. Uma empresa pode ter várias linhas de produtos contendo vários produtos. Uma linha de produtos é basicamente um gru- po de vários produtos semelhantes em termos de seus atributos básicos. Os produtos que se enquadram na mesma linha de produtos geral- mente visam a mesma base de clientes e têm preços quase semelhantes. Os profissionais que trabalham no departamento de desenvolvimen- to de produtos geralmente criam fluxogramas para ilustrar suas diferentes linhas de produtos e explicar como as linhas de produtos se relacio- nam entre si (FILHO, 2009). De acordo com Cobra (2014), os fundamentos de um mix de produtos que ajudam as empresas a manter as necessidades de sua base de clientes exis- tente e alcançar novos clientes são: • Significado: as empresas com grandes linhas de produtos geralmente se concentram no mix de produtos. O foco no mix de produtos permite que as empresas analisem as necessidades dos clientes para que possam introduzir alguns novos produtos na linha. Auxilia as empresas a atender melhor às demandas de seus clientes. O uso perfeito do mix de produtos faz com que as empresas se mantenham atualizadas, pois pode haver muitas delas, concorrentes, que se concentram em várias bases de clientes. 177 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE CERVEJA Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma ilustração de uma fábrica de cerveja com diversos tipos de envasamento diferentes. • Função: a principal função de um mix de produtos é fornecer às empresas uma compreensão de um determinado produto e os métodos para anunciá- lo ao maior número possível de clientes. Um bom mix de produtos pode fornecer informações detalhadas sobre cada produto e os clientes-alvo. Por exemplo, se uma empresa de sabonetes produz um sabonete básico, um sabonete caro e um sabonete ecológico, um bom mix de produtos contém 178 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 todas as variedades de sabonetes que a empresa produz com os tipos de consumidores e suas necessidades. REPRESENTAÇÃO DE DIVERSAS FORMAS DE SABONETES Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma foto de vários sabonetes em diferentes formatos e cores. • Tamanho: quanto maior for o mix de produtos, mais benefício trará à empresa no planejamento de estratégias para o crescimento das vendas. Se o mix de produtos contiver um produto impopular entre os consumidores, pode causar uma perda significativa nas vendas. As empresas geralmente se concentram em ter os produtos em demanda no mix de produtos. Concentrar-se em produtos atualmente em demanda com os clientes pode ajudar as empresas a se posicionarem contra seus concorrentes no mercado. 179 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DO DESCONTENTAMENTO DE UM CLIENTE EM RELAÇÃO AO PRODUTO (FONE DE OUVIDO) Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma mulher segurando um fone de ouvido com um olhar de reprovação. • Efeitos: o mix de produtos pode ajudar as empresas a conhecer sua base de clientes leais e os que estão migrando para seus concorrentes. Isso pode ajudá-las diretamente a planejar e construir estratégias com foco no aumento da eficiência das vendas. Por exemplo, se está a gerir uma cadeia de hotéis para uma empresa, pode oferecer aos seus clientes diferentes tipos de quartos, jardins e piscinas em um só local. Dessa forma, os clientes podem obter diferentes tipos de instalações em apenas um lugar. 180 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DE UM HOTEL Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem mostra um hotel com variedade de ambientes: jardins, piscinas e quiosques. • Equívocos: algumas empresas podem interpretar mal um mix de produtos como um grupo de vários produtos que se coloca no mercado. Um mix de produtos fornece informações detalhadas sobre cada produto do grupo e auxilia na otimização dos processos de produção e entrega. A introdução de muitos produtos no mesmo grupo pode ocasionar queda nas vendas. O uso cuidadoso do mix de produtos permite que as empresas tenham certeza de que seus produtos se complementam, em vez de competirem entre si. 181 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE QUEDA DE VENDAS Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma ilustração de um carrinho de compras com uma seta no fundo representando a queda das vendas. 5.1.2 MIX DE PRODUTOS E A ESTRATÉGIA DA MARCA O mix de produtos pode ser um elemento muito importante de campanhas de marketing e estratégias de longo prazo. Por exemplo, vamos observar uma empresa de roupas esportivas. Consideremos que você analise seu mix de produtos e descubra que produz apenas roupas esportivas. No entanto, em- presas concorrentes no mesmo nicho oferecem bebidas esportivas, proteínas em pó e acessórios esportivos, como aparelhos ou ferramentas de ginásti- ca. Ao analisar seu mix de produtos, você pode identificar uma lacuna, nos produtos ou serviços oferecidos, que pode ser aproveitada. Depois de des- cobrir quais são os novos produtos que serão oferecidos, poderá destacá-los em suas próximas campanhas e materiais de marketing. Apresentar tudo em anúncios on-line, anúncios de mídia social, em sites e muito mais pode ser benéfico (COBRA, 2014). 182 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Para saber mais sobre como usar a Pirâmide do Mix de Produtos (Passo a Passo), assista a este vídeo ht- tps://www.youtube.com/watch?v=1BgOpyYDjlE. Em outras palavras, o mix de produtos é importante no marketing, pois ajuda a divulgar as mensagens certas para os clientes certos. É uma maneira de direcionar ou focar na expansão futura e em novas ofertas de produtos, ou o contrário, pode oferecer uma maneira de reduzir as ofertas de produtos para fins de economia de custos. Vamos analisar outro exemplo de mix de produtos, desta vez, do mundo real. A Coca-Cola tem um mix de produtos muito simples, mas vamos supor que supervisione apenas duas linhas de produtos distintas: sucos, água e refrige- rantes, como Coca-Cola ou Sprite. REPRESENTAÇÃO DOS DIVERSOS PRODUTOS DE UMA EMPRESA DE REFRIGERANTES E SUCOS Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma ilustração de diversas embalagens de refrigerantes. https://www.youtube.com/watch?v=1BgOpyYDjlE https://www.youtube.com/watch?v=1BgOpyYDjlE 183 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Nesse caso, a consistência do mix de produtos da Coca-Cola seria muito alta. Todos os produtos que são fabricados são comestíveis e são tipos de bebidas. Isso permite que a Coca-Cola use produtos e canais de distribuição seme- lhantes para cada produto e seu catálogo. O comprimento do produto inclui bebidas à base de suco e refrigerantes. En- quanto a largura do mix de produtos inclui o número total de linhas distin- tas de sucos e refrigerantes produzidos pela Coca-Cola. E a profundidade do mix de produtos inclui o número total de variações entre diferentes bebidas, como toda a variedade em refrigerantes. Ao entender seu mix total de produtos, a Coca-Cola pode tomar melhores decisões de marketing e de fabricação para aumentar seus resultados e lu- cratividade. 5.1.3 A VANTAGEM COMPETITIVA E O MIX DE PRODUTOS Segundo Barbosa Filho (2009), a vantagem competitiva é aquela que uma empresa tem sobre seus concorrentes, permitindo-lhe gerar mais negócios. Cada componente do mixde mercado é importante para obter vantagem competitiva. A melhor estratégia para ficar à frente de nossos concorrentes é colocar o produto certo, pelo preço certo, no lugar certo, na hora certa. De acordo com Barbosa Filho (2009), as estratégias para vantagem competitiva são: Mix de produtos Um produto é uma combinação de vários atributos físicos como cor, design, recursos, desempenho e atributos não físicos como valor, qualidade etc. Um produto é diferenciado de seus concorrentes com base em seu design, tecnologia, utilidade, valor, transportador, marca, embalagem e/ou garantia. Mix de preços O preço de um produto depende do custo do material, diferenciação do produto, concorrência, participação de mercado e valor adquirido pelo cliente de um produto. 184 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Local Uma variedade de canais de distribuição está disponível hoje. Decidir o melhor canal é fundamental na obtenção de vantagem. Os vários canais podem ser varejo, atacado, internet, vendas diretas e/ou ponto a ponto. Mix de promoção Uma comunicação eficaz sobre o produto para o mercado-alvo é muito crítica. As decisões de promoção podem incluir ofertas especiais, ofertas introdutórias, endossos, anúncios, trilhas de usuários, joint ventures com fornecedores e distribuidores, mala direta e personalização (BARBOSA FILHO, 2009). A partir desse contexto, podemos observar dois exemplos de como as empre- sas conseguiram obter as vantagens competitivas no mercado: O Walmart se destaca em uma estratégia de liderança em custo. A empresa oferece “Preços Sempre Baixos” por meio de economias de escala e os melhores preços disponíveis de um bem. Representação de um hipermercado. Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma mulher idosa segurando um carrinho de supermercado em um corredor com diversos produtos. 185 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO A Apple usa uma estratégia de diferenciação para atrair sua base de consumidores. Fornece designs icônicos, tecnologias inovadoras e, portanto, produtos altamente procurados; isso garante que os consumidores estejam dispostos a pagar um prêmio por dispositivos Apple. Representação de um iPhone Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma ilustração de um smartphone realista com câmera, na cor roxa. 5.2 FUNÇÃO DE QUALIDADE (QFD - QUALITY FUNCTION DEPLOYMENT) Atualmente, o consumidor médio tem uma infinidade de opções disponíveis para selecionar produtos e serviços semelhantes. A maioria dos consumido- res faz sua escolha com base em uma percepção geral de qualidade ou valor. Os consumidores normalmente querem “o maior retorno possível”. Para se manterem competitivas, as organizações devem determinar o que está im- pulsionando a percepção de valor ou qualidade do consumidor em um pro- duto ou serviço (ATLAS, 2018). De acordo com Atlas (2018), devem ser definidas quais características dos pro- dutos, como confiabilidade, estilo ou desempenho, formam a percepção de qualidade e valor do cliente. Muitas organizações de sucesso reúnem e in- tegram os requisitos e desejos do cliente (VOC – Voice of the Customer) no projeto e fabricação de seus produtos. Eles projetam ativamente a qualidade e o valor percebido pelo cliente em seus produtos e serviços. Essas empresas estão utilizando um processo estruturado para definir os desejos e necessi- dades de seus clientes e transformá-los em projetos de produtos específicos e planos de processo para produzir produtos que satisfaçam as necessidades do cliente. Esse processo é chamado de Quality Function Deployment (QFD). 186 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE UMA FÁBRICA DE BEBIDAS Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um trabalhador usando laptop em meio à linha de produção de uma fábrica de bebida. Segundo Baxter (2011), o QFD é um processo e um conjunto de ferramentas usadas para definir efetivamente os requisitos do cliente e convertê-los em especificações e planos de engenharia detalhados para produzir os produtos que atendem a esses requisitos. O QFD é usado para traduzir os requisitos do cliente (ou VOC) em metas de projeto mensuráveis e conduzi-los desde o nível de montagem até os níveis de subconjunto, componente e processo de produção. A metodologia QFD fornece um conjunto definido de matrizes utilizadas para facilitar essa progressão. 187 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO O QFD foi desenvolvido pela primeira vez no Ja- pão por Yoji Akao, no fim dos anos 1960, enquan- to trabalhava para o estaleiro da Mitsubishi. Pos- teriormente, foi adotado por outras empresas, incluindo a Toyota e sua cadeia de suprimentos. No início dos anos 1980, o QFD foi introduzido nos Estados Unidos, principalmente pelas três grandes empresas automotivas e alguns fabri- cantes de eletrônicos. A aceitação e o crescimen- to do uso do QFD nos EUA foram inicialmente bastante lentos, mas, desde então, ganharam popularidade e atualmente estão sendo usados em organizações de manufatura, saúde e servi- ços (BAXTER, 2011).. A comunicação eficaz é um dos aspectos mais importantes e impactantes do sucesso de qualquer organização. A metodologia QFD comunica com efi- cácia as necessidades do cliente para várias operações de negócios em toda a organização, incluindo design, qualidade, fabricação, produção, marketing e vendas. Essa comunicação eficaz da VOC permite que toda a organização trabalhe em conjunto e produza produtos com altos níveis de valor percebido pelo cliente (BAXTER, 2011). De acordo com Baxter (2011), há vários benefícios adicionais em usar o Quality Function Deployment: 188 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Fonte: elaborado pelo autor (2023). As empresas devem trazer produtos novos e aprimorados para o mercado que atendam aos desejos e necessidades reais do cliente, reduzindo o tempo de desenvolvimento. A metodologia QFD é para organizações comprometi- das em observar os princípios da VOC e atender às necessidades dos clientes. 189 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO 5.2.1 DEFINIÇÃO E IMPORTÂNCIA DO QFD O objetivo era criar uma metodologia que integrasse a satisfação do cliente em um produto antes de implementar seu processo de fabricação. Isso apre- senta uma abordagem mais proativa do que outros métodos de controle de qualidade, que se concentram na correção de problemas do cliente durante ou após a fabricação (COBRA, 2014). Normalmente, os requisitos do cliente são comunicados na forma de termos qualitativos, como “seguro”, “amigável”, “ergonômico” e assim por diante. Para que as organizações desenvolvam efetivamente um produto ou serviço, esses termos qualitativos dos clientes precisam ser traduzidos em requisitos de projeto quantitativos. As organizações podem tomar melhores decisões depois de avaliar os requisitos do cliente e considerar como os produtos ou serviços vão contra a concorrência no mercado. A forma como o QFD contribui nesse aspecto é que ele fornece a documentação necessária para o processo geral de tomada de decisão. 5.2.2 PRINCIPAIS ETAPAS DO QFD O QFD permite que equipes multifuncionais colaborem e encontrem um equilíbrio entre as necessidades do cliente e os requisitos técnicos. Isso é cru- cial para simplificar a maneira como os fabricantes e as instalações de produ- ção decidem que tipo de recursos ou características devem incluir em seus produtos e serviços que os clientes comprarão e valorizarão (COBRA, 2014).190 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Para saber mais sobre os princípios do Desdobramento da Função Qualidade (QFD), assista a este vídeo no link https://www.youtube.com/watch?v=W9Dp9kqseII. De acordo com Cobra (2014), o processo abrangente do QFD é dividido em quatro fases principais: Fonte: elaborado pelo autor (2023). No estágio do Planejamento de Produto, a matriz House of Quality é usada para traduzir as necessidades do cliente em requisitos de projeto. Os desejos e características do cliente (VOC) são obtidas por meio da realização de Discus- sões de Grupo Focal, entrevistas e outros métodos. Em seguida, o feedback e as percepções de tais requisitos do cliente são alinhados para considerações de recursos de design e produto. Como essa fase ajudará a definir o ritmo de todo o processo QFD, é importante cobrir também vários aspectos. Isso inclui identificar os requisitos subjacentes – além dos óbvios e declarados – dos clientes, características de possíveis ofer- https://www.youtube.com/watch?v=W9Dp9kqseII 191 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO tas de mercado e oportunidades competitivas. Também é importante obser- var que essa etapa geralmente é liderada pelo departamento de marketing. REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma mulher analisando diversos documentos em uma mesa. O estágio da etapa de Desenvolvimento de Produto permite que a equipe especifique os requisitos de projeto, identificando peças críticas e compo- nentes de montagem. Esses são, então, baseados na lista priorizada de carac- terísticas de oferta reunidas na fase de Planejamento do Produto usando a matriz House of Quality. 192 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma mesa grande com vários profissionais trabalhando, cada um com seus materiais de anotação e um computador. A terceira fase, denominada de Planejamento do Processo, envolve a decisão sobre o processo de fabricação e montagem do projeto que melhor atende aos requisitos discutidos na fase de Desenvolvimento do Produto. As equipes responsáveis por essa vertente devem ser capazes de definir as orientações, elementos e parâmetros operacionais necessários. 193 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma foto de um caderno escrito a palavra em inglês PLAN (ou plano em português), ao lado de uma caneta, um teclado de computador e uma lupa. Por fim, a fase final, denominada de Planejamento da Produção, é quando são estabelecidos os métodos de controle do processo, com os processos de produção e inspeção. Esses são fundamentais para garantir que as caracterís- ticas sejam atendidas e continuamente avaliadas e aprimoradas. 5.2.3 BENEFÍCIOS DO QFD O QFD melhora a satisfação do cliente, garantindo que suas expectativas sejam atendidas (ou excedidas). Ao incorporar o feedback e os requisitos do cliente no processo de desenvolvimento do produto, as empresas podem de- senvolver produtos e serviços que atendam (ou excedam) as expectativas do cliente (BARBOSA FILHO, 2009). 194 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE UM SERVIÇO E/OU PRODUTO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma mulher apontando para a maior avaliação de um produto e/ou serviço. O QFD promove a implementação e o uso de medidas de controle de quali- dade em todos os estágios da implantação da função qualidade. Isso ajuda as empresas a evitar problemas de qualidade e produzir um produto ou serviço de alta qualidade. Como resultado, as empresas podem economizar tempo e dinheiro evitando que os problemas de qualidade aumentem. O QFD auxilia as organizações quanto a otimizar seus processos e torná-los mais eficientes. As empresas podem evitar problemas de qualidade e econo- mizar tempo e dinheiro dinamizando seus processos. Além disso, podem usar o desdobramento da função de qualidade para avaliar seus processos e fazer as melhorias necessárias (BARBOSA FILHO, 2009). A implantação da função de qualidade ajuda a melhorar a comunicação en- tre todos os membros da equipe de desenvolvimento. Para produzir um pro- duto ou serviço de qualidade, é importante que todos estejam na mesma página e saibam qual é o seu papel no processo. O QFD auxilia no sentido de 195 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO garantir que todos conheçam suas responsabilidades e o que precisa ser feito para produzir um produto ou serviço de qualidade. REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE UM PRODUTO EM UMA FÁBRICA Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um jovem examinando cilindros de haste fabricados em uma fábrica. De acordo com Atlas (2018), os principais benefícios de “processo” do uso do QFD são: comunicação aprimorada e compartilhamento de informações dentro de uma equipe multifuncional encarregada de desenvolver um novo produto. Essa equipe normalmente inclui pessoas de uma variedade de gru- pos funcionais, como marketing, vendas, serviços, distribuição, engenharia de produto, engenharia de processo, aquisição e produção. Tem como metas a identificação de “buracos” no conhecimento atual da equipe de design; a captura e exibição de uma ampla variedade de informações importantes de projeto, em um local de forma compacta; suporte para entendimento, con- senso e tomada de decisão, especialmente quando relacionamentos comple- xos e trade-offs estão envolvidos; a criação de uma base de informações que é valiosa para ciclos repetidos de produto e melhoria. A seguir, uma represen- tação da importância da utilização do QFD: 196 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Fonte: elaborado pelo autor (2023). A partir desse contexto, segundo Atlas (2018), os principais benefícios do uso do QFD são: maior probabilidade de sucesso do produto no mercado, devido ao direcionamento preciso dos principais requisitos do cliente; redução do tempo geral do ciclo de design, principalmente devido a uma redução nas mudanças de design demoradas. Esse é um benefício poderoso: é menos 197 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO provável que os requisitos do cliente tenham mudado desde o início do proje- to de design; e ciclos de projeto mais frequentes significam que os produtos podem ser melhorados mais rapidamente do que a concorrência, custo total reduzido devido à redução das mudanças de projeto, que não são apenas demoradas, mas muito caras, especialmente aquelas que ocorrem em um estágio tardio. REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO E CONSTRUÇÃO DE UM PRODUTO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um homem trabalhando na construção do layout de uma peça (produto). Por fim, podemos relacionar que a partir dessa abordagem as organizações conseguem garantir a qualidade dos processos, principalmente no desen- volvimento de produtos. O QFD fornece uma abordagem sistemática para construir uma perspectiva de equipe sobre o que precisa ser feito, as melho- res maneiras de fazê-lo, a melhor ordem para realizar as tarefas propostas e a equipe, e os recursos necessários para aumentar a satisfação do cliente. Tam- bém é um bomformato para capturar e registrar/documentar a tomada de decisões. 198 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 CONCLUSÃO Essa unidade teve o objetivo de apresentar os princípios do mix de produtos e a função de qualidade. Desse modo, vimos que o mix de produtos, também conhecido como portfó- lio de produtos, refere-se às várias linhas de produtos e produtos individuais oferecidos por uma organização no mercado. O foco no sortimento de produ- tos ajuda as empresas a analisar os requisitos dos clientes e a introduzir mais produtos para atender melhor à demanda Uma diferença fundamental entre uma linha de produtos e um mix é que pode haver várias linhas de produtos. No entanto, uma empresa não pode ter vários portfólios de produtos. Ademais, no decorrer dos nossos estudos, observamos que o consumidor médio, hoje, tem uma infinidade de opções disponíveis para selecionar pro- dutos e serviços semelhantes. A maioria dos consumidores faz sua escolha com base em uma percepção geral de qualidade ou valor. Os consumidores normalmente querem “o maior retorno possível”. Discutimos que a comunicação eficaz é um dos aspectos mais importantes e impactantes do sucesso de qualquer organização. A metodologia QFD co- munica com eficácia as necessidades do cliente para várias operações de ne- gócios em toda a organização, incluindo design, qualidade, fabricação, produ- ção, marketing e vendas. Essa comunicação eficaz da VOC permite que toda a organização trabalhe em conjunto e produza produtos com altos níveis de valor percebido pelo cliente. 199 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO MATERIAL COMPLEMENTAR Para saber mais sobre este tema, leia os artigos a seguir: Processo de composição de mix de produtos em abatedouro avícola com apoio da Programação Linear e da Análise de Sensibilidade. Disponível no link https://aprepro.org.br/conbrepro/2019/anais/ arquivos/09282019_130927_5d8f875b546c7.pdf. Plano de inserção de um mix de produtos no mercado mossoroense. Disponível no link https:// repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/8701. Programação linear na otimização de mix de serviços: um estudo de uma empresa de hotelaria. Disponível no link https://revistas.fucamp.edu.br/ index.php/contabilometria/article/view/2304. Definição do Mix de produto ótimo utilizando o método de custeio variável e a Programação Linear: um estudo de caso. Disponível aqui no link https:// repositorio.ufc.br/handle/riufc/49577. Mix e preço na tomada de decisão: um estudo de caso em uma empresa de pequeno porte de tintas imobiliárias. Disponível no https://anaiscbc. emnuvens.com.br/anais/article/view/4688. https://aprepro.org.br/conbrepro/2019/anais/arquivos/09282019_130927_5d8f875b546c7.pdf https://aprepro.org.br/conbrepro/2019/anais/arquivos/09282019_130927_5d8f875b546c7.pdf https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/8701 https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/8701 https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/49577 https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/49577 https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/view/4688 https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/view/4688 UNIDADE 6 OBJETIVO Ao final desta unidade, esperamos que possa: 200 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO > Compreender os princípios de marketing do produto. > Refletir sobre a gestão de Registro de Patentes e Produtos. 201 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO 6 REGISTRO DE PATENTES E ESTRATÉGIA DE MARKETING DO PRODUTO INTRODUÇÃO DA UNIDADE Nesta unidade, abordaremos o processo da gestão e cadastramento do regis- tro de patentes e estratégia de marketing do produto. O Registro de Patentes e Produtos é um tema fundamental para empresas e indivíduos que buscam proteger suas invenções e propriedade intelectual. A patente de produto, por exemplo, confere ao seu titular o direito exclusivo de fabricar e comercializar a invenção por um período determinado, incentivan- do a inovação e o desenvolvimento tecnológico. É importante refletir sobre a gestão adequada do registro de patentes e pro- dutos, desde a busca prévia de anterioridade até a análise de mercado e ges- tão do portfólio de patentes. Além disso, é essencial compreender a diferença entre marca e patente, bem como os princípios do marketing de produto, que inclui estratégias para identificar e atender as necessidades dos consu- midores. 6.1. REGISTRO DE PATENTES E PRODUTOS Seja você um pesquisador, uma startup, uma grande empresa, um engenhei- ro ou um inventor amador, registrar sua patente lhe dá direitos exclusivos de uso para sua invenção. A patente que serve como título de propriedade in- dustrial confere ao seu titular o direito exclusivo de uso por até 20 anos. Ter uma patente registrada oferece uma clara vantagem competitiva e pode ser a chave para o crescimento empresarial. As patentes podem proteger técnica e criativamente todas as novas inven- ções. De acordo com Atlas (2018), para se beneficiar da proteção de patente, a invenção deve ser nova. Isso significa que nenhuma outra pessoa deve regis- trar uma patente sobre a mesma invenção. Por isso, desde cedo, é importante que ninguém, inclusive você, divulgue sua invenção antes de registrar uma 202 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 patente. Deixar de fazer isso pode custar os direitos sobre a invenção. A proteção dos direitos de propriedade industrial das empresas e, em particu- lar, a gestão das patentes, só podem ser pensadas de forma “global”; estamos na escala de um mundo em que todos os territórios estão em competição. Segundo Thompson e Strickland (2002), existem muitas boas razões para de- positar uma patente, após a concepção e realização de uma invenção. No en- tanto, é importante saber o que uma invenção patenteável cobre antes de pensar em depositar um pedido de patente. A finalidade do pedido de pa- tente é obter proteção para novas invenções que possam ser utilizadas nas indústrias e que apresentem atividade inventiva. Assim, a obtenção de uma patente confere proteção a uma invenção regis- tada, assegurando o monopólio de exploração por um período máximo de 20 anos, o que cria uma certa vantagem competitiva, que pode beneficiar os titulares da patente. REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE OBTENÇÃO DE UMA PATENTE Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma pessoa carimbando um documento. 203 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Em outras palavras, o requerente da patente passará a ser o titular definitivo de um direito de proibir a exploração da invenção em questão. Os benefícios da proteção de patente vão além da mera titularidade, pois a obtenção de uma patente irá, entre outros fatores, gerar receita, impedir a concorrência, proporcionar uma vantagem econômica e estratégica, contribuindo para a construção da imagem de uma empresa. Para saber mais sobre os princípios da propriedade intelectual – proteção por patentes e registro de sof- tware, assista a este vídeo no link https://www.youtu- be.com/watch?v=rM8v9lTtL7o. 6.1.1 O QUE É PATENTE DE PRODUTO? A patente é um direito exclusivo concedido a uma invenção, que é, em geral, uma maneira inédita de se fazer algo ou oferecer uma solução técnica inova- dora para um problema, entre outras situações. Para obter uma patente, as informações técnicas sobre a invenção devem ser divulgadas ao público em um pedido de patente (ATLAS, 2018). Após o processo de configuração de patente, o titular obtém o direito exclu- sivo, podendo impedir que outros explorem comercialmente a sua invenção.Ou seja, proteção de patente significa que a invenção não pode ser tramitada comercialmente, nem usada ou distribuída, nem importada ou vendida por terceiros sem o consentimento do proprietário da patente. https://www.youtube.com/watch?v=rM8v9lTtL7o https://www.youtube.com/watch?v=rM8v9lTtL7o 204 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 As patentes são direitos territoriais. Em geral, os direitos exclusivos são aplicáveis apenas no país ou região em que uma patente foi depositada e concedida, de acordo com a lei desse país ou região. A proteção é concedida por um período limitado, geralmente 20 anos a partir da data de depósito do pedido. De acordo com Thompson e Strickland (2002), as patentes de utilidade podem ser concedidas a qualquer pessoa que invente ou descubra qualquer novo e útil processo, máquina, artigo de manufatura ou composições de matérias, ou qualquer nova melhoria útil. As patentes de design podem ser concedidas a qualquer pessoa que invente um design novo, original e ornamental para um artigo de manufatura. Já as patentes de plantas podem ser concedidas a qualquer pessoa que invente ou descubra e reproduza assexuadamente qualquer variedade distinta e nova de planta. 205 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DE UMA PATENTE Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma ilustração de um homem segurando um documento que representa uma patente. As patentes, entre todos os ativos que se enquadram nos direitos de proprie- dade intelectual, são principalmente procuradas por industriais e inventores. A razão é que isso lhes dá um direito que impede outros de fabricar, usar ou fabricar um produto usando a mesma fórmula ou técnica. Isso geralmente leva a um direito de monopólio sobre o produto ou sobre o processo usado para fabricar o produto. Tal direito dura por um período especificado. A partir desse contexto, sobre a patente de produto, como o nome sugere, esse tipo de patente protege o produto. Oferece ao inventor maior proteção para sua invenção, diminuindo o nível de concorrência do mesmo produto. Assim, podemos concluir que uma patente de produto possui as seguintes características que eventualmente beneficiam o inventor ou o titular da pa- tente: 206 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Fonte: elaborado pelo autor (2023). Por fim, de acordo com Thompson e Strickland (2002), sobre a patente de processo, a proteção de patente é concedida apenas a um determinado pro- cesso usado na fabricação de um produto, mas não ao produto final. Muitas vezes, considera-se que uma patente de processo fornece proteção limitada. A razão é que ela não impede que outros fabriquem ou criem o mesmo pro- duto usando um processo distinto. Assim, é possível que existam múltiplas patentes de processo concedidas para um único produto. Isso eventualmente reduz o monopólio de que o inventor desfruta, aumentando assim o nível de competição. 6.1.2 A IMPORTÂNCIA DA PATENTE DE PRODUTO As patentes de produtos são monopólios de longo prazo concedidos pelo go- verno que lhe dão direitos exclusivos para monetizar sua invenção. Eles po- dem ser bastante valiosos se você descobrir como gerar receita de vendas e royalties (e lucros) de seu produto patenteado. 207 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REPRESENTAÇÃO DA OBTENÇÃO DE UMA PATENTE Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta a ilustração de uma mulher segurando uma lâmpada em cima de um documento que representa o registro de uma patente. Evidentemente, parece existir uma divergência estrita entre os regimes de patentes de produto e de processo. Os países desenvolvidos estão inclinados para o sistema de patente de produto, enquanto o país em desenvolvimento prefere o sistema de patente de processo. Como a patente de processo é con- cedida para um determinado processo e não para o produto em si, qualquer outra pessoa pode produzir o mesmo produto usando um processo diferente, simplesmente modificando os parâmetros usados. Isso permitiria que vários produtores produzissem o mesmo produto. É uma desvantagem para o in- 208 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 ventor porque a multiplicidade de produtores no mercado lhe daria menos proteção ao seu direito patenteado e, eventualmente, ele não teria o monopó- lio, originando a concorrência no mercado (COBRA, 2014). No entanto, uma patente de processo é um benefício para o consumidor de tal produto, pois o cliente pode obter opções alternativas e pode optar por um produto que tenha todas as especificações disponíveis a um preço acessível. A inexistência de monopólio sobre um produto ainda pressiona o inventor a comercializar o produto a um custo menor, o que o torna rentável para o con- sumidor desse produto. No caso de uma patente de produto, o direito exclusivo é dado ao inventor original de um produto. Uma vez concedido esse tipo de patente, nenhuma outra pessoa pode fazer, usar ou fabricar o mesmo produto. Como haveria um monopólio sobre o produto, o inventor se beneficiaria, pois poderia comercia- lizar o produto pelo preço que desejasse. No entanto, seria uma desvantagem para o consumidor, uma vez que o preço de tal produto seria alto e o consu- midor que não tem outra opção agora será forçado a comprar o produto ao preço determinado pelo inventor como seu direito exclusivo. 6.1.3 DIFERENÇA ENTRE MARCA E PATENTE Uma marca é um registro oficial de produtos ou serviços que é protegido. A marca registrada deve, portanto, ser sempre vista em estreita conexão com seus produtos ou serviços. A ideia básica é que uma marca deve indicar ao comprador de onde vem os bens ou serviços. Do ponto de vista puramente legal, existe apenas uma marca para algo – um produto específico, grupo de produtos ou serviço. Como consequência, o mesmo sinal pode pertencer a diferentes empresas se for utilizado para diferentes produtos ou serviços. O que uma marca protege é, portanto, determinado pela interação de sinais (palavra, logotipo etc.) e os bens e serviços associados (ALVES FILHO; MEIRA JUNIOR; WALBER, 2022). Uma marca pode assumir formas muito diferentes: podem ser usadas letras, números, palavras, imagens ou até mesmo cores puras ou sinais acústicos. As mais comuns são marcas nominativas compostas por uma ou mais palavras. A palavra ou palavras podem ser, por exemplo, nomes próprios (como Dis- ney), abreviaturas (como BMW), empréstimos de outras línguas (Audi, Uber), siglas (como Adidas) ou palavras como os próprios bens (Apple, Amazon). 209 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO ILUSTRAÇÃO DO LOGOTIPO DA EMPRESA APPLE Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta a ilustração de uma maçã com uma mordida. No caso de uma marca figurativa, a proteção se estende a representações idênticas ou muito semelhantes da marca. Deve-se ter cuidado para garantir que a entrada seja feita na combinação de cores em que a marca figurativa será usada posteriormente. Se uma marca figurativa também contiver uma ou mais palavras, ela é chamada de marca nominativa/figurativa. Tal marca não confere proteção aos componentes individuais, mas apenas à combina- ção. De acordo com Cobra (2014), as marcas registradas identificam os serviços e produtos de uma empresa. A marca nominativa “Apple” com a marca figura- tiva do logotipo da Apple pode ser mencionada como exemplo. O proprietá- rio de uma marca tem o direito exclusivo de usar sua marca para serviços ou bens protegidos. Ele pode vender ou alienar suas marcas econceder o direito de uso. 210 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Fonte: elaborado pelo autor (2023). A partir desse contexto, podemos relacionar que uma patente protege novas invenções, processos ou criações científicas, uma marca registrada protege marcas, logotipos e slogans, e um direito autoral protege obras originais de autoria. De acordo com Cobra (2014), uma patente é um direito de proteção que pode proteger principalmente qualquer coisa técnica. Muitas patentes já foram concedidas para melhorias inovadoras em produtos ou processos existentes. Você não precisa ter desenvolvido uma tecnologia completamente nova de imediato, e o produto ou processo não precisa estar muito maduro – uma ideia que não é imediatamente óbvia geralmente é suficiente para uma pa- tente. 211 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Fonte: elaborado pelo autor (2023). As patentes são realmente concedidas em todas as áreas técnicas, como as áreas de engenharia clássica, de engenharia mecânica e engenharia elétrica, mas também para coisas da vida cotidiana, para processos de trabalho, para invenções de software e, claro, nas áreas de alta tecnologia da Física, Química e Biotecnologia. Os requisitos para invenções técnicas são: novi- dade, possibilidade de implementação comer- cial e base em atividade inventiva. A invenção técnica não deve ter sido publicada ou utilizada antes do pedido (BARBOSA FILHO, 2009). O titular da patente tem o direito exclusivo de dispor de sua invenção. Ele pode conceder licenças ou explorar sua própria invenção. O proprietário pode impedir que outras pessoas usem sua invenção sem permissão. No entanto, o direito de proteção só é válido no país para o qual foi registrado. 212 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DA CONCESSÃO DOS DIREITOS AUTORAIS Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um homem mostrando o símbolo de direitos autorais. De acordo com Alves Filho, Meira Junior e Walber (2022), ao contrário do pro- cesso de registro de direitos autorais, o processo de solicitação de patente é caro, complexo e demorado e, geralmente, não deve ser tentado sem a assis- tência de um advogado ou agente de patentes experiente. Para saber mais sobre as diferenças entre registro de marca e patente, assista a este vídeo no link https:// www.youtube.com/watch?v=CxY-tOLR9c0. 6.2 MARKETING DO PRODUTO O marketing de produto é o processo de comunicar o valor exclusivo de um produto para clientes e equipes internas. Isso significa articular com o que os https://www.youtube.com/watch?v=CxY-tOLR9c0 https://www.youtube.com/watch?v=CxY-tOLR9c0 213 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO clientes estão lutando, como o produto ou serviço pode resolver seus proble- mas e o que diferencia o produto no mercado. O marketing de produto é um ótimo papel para alguém que prospera em um ambiente dinâmico e multifuncional. As pessoas atraídas por esse trabalho tendem a gostar de planejar, contar histórias, entender profundamente o que os clientes precisam e trabalhar em várias equipes para produzir uma ampla variedade de produtos. Na maioria das organizações, a função de marketing de produto fica na interseção de gerenciamento de produto, marketing e vendas. O objetivo do marketing de produto é traduzir a funcionalidade técnica em benefícios que ressoam com os usuários. Ao destacar os benefícios da oferta de forma clara e convincente, os profissionais de marketing ajudam a diferen- ciar o produto e aumentar a demanda e o uso (ALVES FILHO; MEIRA JUNIOR; WALBER, 2022). REPRESENTAÇÃO DO LANÇAMENTO DE UM NOVO PRODUTO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma mulher segurando um megafone e uma caixa com um novo produto. 214 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 A partir desse contexto, de acordo com Widomar Jr. (2015), os profissionais de marketing de produtos entendem profundamente o produto, o mercado e os clientes. Eles então aplicam esse conhecimento especializado de várias maneiras. Aqui, estão algumas das principais entregas que as equipes de ma- rketing de produtos produzem – geralmente em colaboração com o geren- ciamento de produtos: Fonte: elaborado pelo autor (2023). 215 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO De acordo com Widomar Jr. (2015), segue a descrição de algumas das princi- pais entregas que as equipes de marketing de produtos produzem: Personas do comprador: as personas do comprador descrevem seu cliente ideal e incluem características-chave, como seus objetivos, desafios, gostos e desgostos. Isso ajuda outras equipes multifuncionais (incluindo a equipe de marketing mais ampla) a criar mensagens personalizadas que ressoam com os compradores-alvo. Estudos de caso: estudos de caso (ou “histórias de sucesso”) descrevem como os clientes estão alcançando seus objetivos, usando seu produto, e mostram como seu produto está entregando benefícios reais. Essas peças de conteúdo podem fornecer prova social para compradores em potencial. Apoio ao parceiro de canal: os parceiros de canal podem desempenhar um papel importante no sucesso comercial de um produto. Os profissionais de marketing de produtos trabalham em estreita colaboração com os parceiros para garantir que eles tenham o suporte e os materiais necessários para serem bem-sucedidos. Demonstrações e apresentações: o marketing de produto oferece demonstrações para ilustrar a funcionalidade e os benefícios de um produto. O marketing do produto pode apresentar essas informações a um cliente individual, em eventos virtuais de webinar ou como parte de uma conferência. 216 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Planos de lançamento: os planos de lançamento incluem todas as atividades multifuncionais necessárias para dar suporte a um novo produto ou lançamento – incluindo marketing, vendas e suporte. Uma lista de verificação de lançamento pode ajudar os membros da equipe a se comunicarem regularmente e responsabilizá-los. Mensagens: a mensagem é como você descreve seu produto externamente. Ela destila o valor fundamental que seu produto oferece em declarações concisas e é usada para orientar o desenvolvimento de atividades de marketing, como cópia de site, campanhas publicitárias, postagens em mídias sociais e comunicados à imprensa. O objetivo é ter uma mensagem de produto consistente em todos os canais. Posicionamento: o posicionamento é um documento com foco interno que descreve os benefícios exclusivos de seu produto ou serviço, e por que sua solução é melhor do que a de seus concorrentes. Esse é um exercício estratégico e pode ser desenvolvido para novos produtos ou para enquadrar melhorias em um produto existente, como novas funcionalidades. Briefings de imprensa e analistas: os briefings para a imprensa e analistas oferecem uma oportunidade para compartilhar desenvolvimentos estratégicos relevantes. Os fornecedores apresentam sua estratégia de negócios e compartilham importantes lançamentos de produtos. O marketing de produto geralmente cria a apresentação do briefing, traduzindo conceitos técnicos em uma história convincente sobre como o produto está atendendo às necessidades do mercado e do cliente. 217 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Preços: o preço é um componente central do mix de marketing. Os modelos de preços devemser uma equação simples otimizada para seu mercado-alvo que indica como seu produto será vendido. Estratégias comuns para produtos de software incluem preços por estação, uso simultâneo ou com base no uso. Materiais de capacitação de vendas: materiais de capacitação de vendas –como análise de concorrentes, apresentações, folhas de dados, guias de avaliação ou uma calculadora de ROI – dão suporte à equipe de vendas enquanto orientam o comprador em diferentes estágios da jornada do cliente. Canais-alvo: Os profissionais de marketing de produtos entendem quais canais seus clientes usam para informar as decisões de compra. Eles fornecem mensagens específicas do canal para alcançar e envolver seu público-alvo. Com frequência, os profissionais de marketing de produtos participam diretamente de fóruns, conferências e outros locais do setor onde os clientes interagem. Finalmente, de acordo com Barbosa Filho (2009), podemos relacionar que o marketing de produto eficaz comunica o valor de um produto e impulsiona o crescimento dos negócios. Os melhores gerentes de marketing de produto transmitem sua paixão pelo produto para o público interno e externo. 6.2.1 O QUE É O MARKETING DE PRODUTO? O marketing de produto é a arte e a ciência de definir a posição do seu pro- duto em um mercado e levá-lo às pessoas que desejam usá-lo. Começa com a base de uma estratégia de produto existente e a transforma em um progra- ma de marketing para criar reconhecimento, converter vendas e aumentar a receita. Uma abordagem sólida para o marketing de produtos vem de uma combinação de pesquisa de mercado e estreita colaboração entre vários de- partamentos. 218 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE MARKETING DE PRODUTO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta uma ilustração de um megafone ao centro de um smartphone. Os profissionais de marketing de produtos têm muitas funções agrupadas em uma pessoa. O profissional de marketing do seu produto é responsável por entender o mercado, a linguagem que seu público fala e usar todas as informações que eles têm para dar vida ao seu produto aos olhos do cliente e vendê-lo. Eles são bons em entender as necessidades e metas de muitos grupos e sintetizar todas essas informações em uma estratégia coesa. Eles podem alternar entre fazer o trabalho e delegar tarefas entre equipes de pro- jeto (ALVES FILHO; MEIRA JUNIOR; WALBER, 2022). 6.2.2 COMO IMPLEMENTAR O MARKETING DE PRODUTO O marketing de produto utiliza pesquisa, design e estratégia para apresentar um produto ao público. O processo de marketing de produto também com- bina as funções das equipes de vendas, produto e marketing. Se você traba- 219 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO lha com marketing, entender o que é marketing de produto e saber como os profissionais dessa área criam essas campanhas pode ajudá-lo a promover novos lançamentos no futuro (ALVES FILHO; MEIRA JUNIOR; WALBER, 2022). Para saber mais sobre os 4P´s do Marketing de Pro- duto, assista a este vídeo no link https://www.youtu- be.com/watch?v=KrC6Z6Qjy6U. A seguir, estão alguns exemplos para ajudá-lo a entender como as campa- nhas de marketing de produto podem ser (THOMPSON, STRICKLAND III, 2002): Uma empresa de tecnologia Pode lançar fones de ouvido sem fio e usar vídeos de pessoas se exercitando enquanto os usam para atingir clientes atléticos e destacar a conveniência do produto. Uma empresa de maquiagem sofisticada Pode contratar uma celebridade que o público associa ao glamour e à beleza para promover um novo batom de luxo. Um fabricante de automóveis, ao lançar um novo veículo Pode criar comerciais destacando todos os recursos de alta tecnologia que não estão disponíveis nos carros dos concorrentes. Uma empresa de assistência médica Pode promover estudos de caso mostrando como um novo medicamento melhorou a vida de pessoas reais. https://www.youtube.com/watch?v=KrC6Z6Qjy6U https://www.youtube.com/watch?v=KrC6Z6Qjy6U 220 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Uma marca de roupas Lança uma nova linha de produtos em uma ampla gama de tamanhos e promove a nova linha apresentando entrevistas com clientes ansiosos para experimentar os novos itens. 6.2.3 ESTÁGIOS DO MARKETING DE PRODUTO De acordo com Barbosa Filho (2009), especialistas do setor afirmam que nove em cada dez lançamentos de produtos falham, porque não atendem aos ob- jetivos desejados. Um dos problemas que podemos apontar é que a maioria dos lançamentos é mal pensada. Inúmeros ciclos de lançamento são desper- diçados em produtos que não são úteis ou inutilizáveis. REPRESENTAÇÃO DO PROCESSO DE ANÁLISE DOS DADOS DE UM PRODUTO Fonte: Freepik (2023). #pratodosverem: a imagem apresenta um homem analisando diversas estatísticas e gráficos em uma tela grande. 221 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO A partir desse contexto, de acordo com Alves Filho, Meira Junior e Walber (2022), todos os produtos tangíveis e intangíveis são referidos como desem- penho de mercado e ideias resumidas. Eles são classificados por finalidade de compra e vida útil divididos basicamente em duas categorias: serviços de consumo (bens de consumo/duráveis) e serviços do mercado de investimen- to (produção/bens de capital). O CONCEITO DE MARKETING É DESENVOLVIDO NAS SEGUINTES SEIS ETAPAS: Fonte: elaborado pelo autor (2023). Passo 1 – Conheça seus clientes O processo de marketing de produto começa com o conhecimento de seus consumidores em um nível pessoal. Quem são essas pessoas? O que elas querem? Como elas querem isso? Responder a essas perguntas ajudará você a entendê-las melhor, criar personas fortes e encontrar os pontos problemáticos do usuário. 222 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 Passo 2 – Pesquisa de mercado A análise competitiva é uma maneira fácil e infalível de saber o que você está enfrentando. Quem são seus concorrentes? O que eles estão vendendo? As pessoas estão felizes com eles? Há espaço para melhorias? Responder a essas perguntas ajudará você a conhecer produtos semelhantes no espaço de mercado e seu posicionamento exclusivo e a natureza das empresas que fabricam esses produtos. Passo 3 – Molde o posicionamento e as mensagens do pro- duto Use as informações que você obteve na etapa 1 e na etapa 2 e contextualize-as em uma mensagem de produto inovadora e significativa que ressoe com seus consumidores, bem como com sua própria equipe. Enquanto isso, o posicionamento do produto ajuda você a se diferenciar de seus concorrentes e atrair diferentes personas. Passo 4 – Crie uma estratégia de entrada no mercado Use as etapas de 1 a 3 e elabore um plano estratégico que efetivamente leve seu produto às massas. Uma estratégia de entrada no mercado de marketing de produto define os canais, públicos e outros componentes com os quais as equipes de marketing tradicionais precisam ajudar. Uma estratégia de entrada no mercado pode ter uma ou várias campanhas integradas para cada persona. Passo 5 – Elabore o briefing de vendas e marketing Depois de elaborar uma estratégia de entrada no mercado, é hora de trazer todos. Isso significa que todos os membros da equipe de vendas e marketing devem estar familiarizados com seu plano e formar uma frente unificada. Você também deve garantir que seus líderes de marketing e vendas tenham todos os recursos necessários para realizar seu trabalho; isso significa fornecer fundos e recursos para criação de conteúdo, propaganda, amostragem de produtos ou qualquer outro canal sugerido por sua estratégia de entrada no mercado na etapa4. 223 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO Passo 6 – Lance seu produto e monitore os resultados Dependendo do seu produto e do feedback que você recebe de seus consumidores, sua equipe de vendas e marketing saberá quando manter o produto atual e quando mudar para maximizar a eficácia do lançamento. O monitoramento de desempenho também é crucial para rastrear a resposta do consumidor ao produto, garantindo que você atinja o público certo com a melhor mensagem possível. Para finalizar, de acordo com Widomar Jr. (2015), seguindo essas seis etapas, será possível navegar pelo processo de marketing de produto do início ao fim. No entanto, o processo de marketing do produto pode ser trabalhoso; con- tém muitos detalhes e requer sua atenção constante, sendo difícil gerenciar seus recursos por meio dele. Felizmente, existem empresas e serviços dispo- níveis para você terceirizar esse processo minuciosamente e obter os mesmos resultados. 224 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 CONCLUSÃO Esta unidade teve o objetivo de apresentar os princípios da gestão e manipu- lação do registro de patentes e estratégia de marketing do produto. Ao longo dos nossos estudos, observamos que o marketing do produto não termina depois que o produto chega ao mercado; e também discutimos que o marketing de produto pode ser uma responsabilidade compartilhada por várias pessoas e departamentos diferentes ou atribuída a um gerente de ma- rketing de produto, pode até haver uma equipe de marketing de produto dedicada. Vimos que as principais responsabilidades de um profissional de marketing de produto incluem: • realização e análise de pesquisas de mercado; • auxílio no desenvolvimento de produtos; • determina o posicionamento e a mensagem para novos produtos; • desenvolve e executa uma estratégia go-to-market para lançamentos de produtos; e • mensura o sucesso do produto e da campanha por meio do feedback do cliente e dos principais indicadores de desempenho. Finalmente, refletimos que o marketing de produto se concentra exclusiva- mente no produto e se baseia na crença de que o produto que melhor atende ao mercado sempre vencerá, independentemente de outros fatores, como reconhecimento de nome ou publicidade. Em outras palavras, o papel do pro- fissional de marketing de produto é lançar um produto que crie o mercado. 225 PROJETO DE PRODUTO MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 MATERIAL COMPLEMENTAR Para saber mais sobre este tema, leia os materiais a seguir: Estratégia de Marketing Digital na Promoção do Produto Turístico - Jogos Tradicionais da Empresa Lovejump. Disponível aqui https://iconline.ipleiria. pt/handle/10400.8/4290.. Estratégias de marketing aplicadas no setor farmacêutico durante a pandemia do Covid-19. Disponível aqui https://dspace.ifrs.edu.br/xmlui/ handle/123456789/661.. Prospecção de Uso da Tecnologia Blockchain: uma análise a partir de documentos de pedidos patentes. Disponível aqui https://periodicos.ufba.br/ index.php/nit/article/view/29280.. Identificação de requisitos de clientes em pesquisa de patentes para avaliar tecnologias de equipamentos agrícolas. Disponível aqui https:// www.researchgate.net/publication/339299411_ Identif icacao_de_requisitos_de_clientes_em_ pesquisa_de_patentes_Para_avaliar_tecnologias_ de_equipamentos_agricolas. Panorama das patentes depositadas no Brasil: uma análise a partir dos maiores depositantes de patentes na base Derwent Innovations Index. Disponível aqui https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/202733. https://iconline.ipleiria.pt/handle/10400.8/4290 https://iconline.ipleiria.pt/handle/10400.8/4290 https://dspace.ifrs.edu.br/xmlui/handle/123456789/661 https://dspace.ifrs.edu.br/xmlui/handle/123456789/661 https://periodicos.ufba.br/index.php/nit/article/view/29280 https://periodicos.ufba.br/index.php/nit/article/view/29280 https://www.researchgate.net/publication/339299411_Identificacao_de_requisitos_de_clientes_em_pesquisa_de_patentes_Para_avaliar_tecnologias_de_equipamentos_agricolas https://www.researchgate.net/publication/339299411_Identificacao_de_requisitos_de_clientes_em_pesquisa_de_patentes_Para_avaliar_tecnologias_de_equipamentos_agricolas https://www.researchgate.net/publication/339299411_Identificacao_de_requisitos_de_clientes_em_pesquisa_de_patentes_Para_avaliar_tecnologias_de_equipamentos_agricolas https://www.researchgate.net/publication/339299411_Identificacao_de_requisitos_de_clientes_em_pesquisa_de_patentes_Para_avaliar_tecnologias_de_equipamentos_agricolas https://www.researchgate.net/publication/339299411_Identificacao_de_requisitos_de_clientes_em_pesquisa_de_patentes_Para_avaliar_tecnologias_de_equipamentos_agricolas https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/202733 226 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 PROJETO DE PRODUTO REFERÊNCIAS ALVES FILHO, A.; MEIRA JUNIOR., A. 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