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1
TEMA: OS IMPACTOS DO VÍCIO EM REDES SOCIAIS PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA 
SIMULADO ESPECIAL 06 | 1º DIA
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
TEXTO 1
Você deve deletar suas redes sociais. Agora. É o que 
diz Jaron Lanier, cientista da computação, membro 
do time de pesquisas de inovações da Microsoft, 
pesquisador na Universidade do Sul da Califórnia e 
um dos entrevistados do documentário “O dilema das 
redes”, lançado pela Netflix no dia 9 de setembro e um 
dos títulos mais vistos na plataforma desde então.
Em 2018, Lanier lançou o livro “10 argumentos para 
você deletar agora suas redes sociais”, publicado no 
Brasil naquele ano pela editora Intrínseca. No dia 25 
de setembro, a publicação está na lista dos 20 mais 
vendidos na Amazon brasileira.
Desde o início de sua carreira, na década de 1980, 
Lanier se coloca como alguém preocupado com as 
possíveis consequências negativas do amplo uso 
das tecnologias nas sociedades. Para ele, as mídias 
sociais podem ser comparadas com drogas de efeitos 
devastadores.
Fonte: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/09/25/Por-
que-deletar-as-suas-redes-sociais-segundo-este-autor
TEXTO 2
De acordo com o estudo “Status of Mind” (estado da 
mente) da Royal Society for Public Health (RSPH):
Quase 91% das pessoas de 16 a 24 anos usam a Internet 
para redes sociais;
A mídia social tem sido descrita como mais viciante do 
que cigarros e álcool;
As taxas de ansiedade e depressão em jovens 
aumentaram 70% nos últimos 25 anos;
O uso da mídia social é associado ao aumento das 
taxas de ansiedade, depressão e falta de sono;
O bullying virtual é um problema crescente, com 7 em 
cada 10 jovens que afirmam ter passado por isso.
O relatório também inclui uma tabela de plataformas de 
mídia social de acordo com seu impacto na saúde mental 
dos jovens. O YouTube liderou a tabela como o mais 
positivo, com o Instagram e o Snapchat sendo os mais 
prejudiciais à saúde mental e ao bem-estar dos jovens.
Fonte: https://engenharia360.com/fomo-voce-tem-medo-de-estar-
perdendo-algo/
TEXTO 3
Checar o Facebook a cada cinco minutos, ir a um evento 
pensando nos posts para o Instagram, rolar a timeline 
do Twitter até que não tenham mais novidades. Se 
você reconhece os sintomas, isso pode ser sinal de 
FoMO. A sigla para "Fear of Missing Out", ou medo de 
estar perdendo algo, em português.
A síndrome, descrita pela primeira vez em 2000, é um 
dos principais sintomas de que alguém está viciado 
em redes sociais e pode causar desde angústia e mau 
humor até depressão. Segundo especialistas, o medo 
é identificado principalmente em jovens e adultos até 
34 anos, mas pode afetar pessoas de qualquer idade.
O que é FoMO?
O FoMO foi citado pela primeira vez em 2000 por Dan 
Herman e definido anos depois por Andrew Przybylski 
e Patrick McGinnis como o medo de que outras pessoas 
tenham boas experiências que você não tem. Além 
disso, o receio incentiva a ficar sempre conectado para 
saber de tudo e compartilhar novidades com os outros.
De acordo com estudos psiquiátricos, essa angústia 
social é causada principalmente porque a relação 
dos usuários com a tecnologia ainda é muito nova e 
imatura. Ostentações feitas em redes sociais, onde 
a maioria costuma publicar momentos de alegria e 
realização, e a publicidade que insere slogans como 
"você não pode perder" também podem incentivar 
reações como o FoMO.
Fonte: https://www.techtudo.com.br/noticias/2017/05/o-que-e-fomo-
fear-of-missing-out-revela-o-medo-de-ficar-por-fora-nas-redes-
sociais.ghtml
TEXTO 4
No fim de 2017, a OMS (Organização Mundial de Saúde) 
decidiu incluir a compulsão por jogos eletrônicos 
como transtorno mental em sua lista referência de 
doenças. A obsessão por celulares, seja para acessar 
redes sociais, jogar algo como passatempo ou checar 
e-mail, não é configurada como doença, mas não deixa 
de ser percebida como um problema.
2
ANOTAÇÕES
Em agosto de 2016, a cantora americana Selena Gomez jogou luz sobre a questão ao cancelar sua turnê por 
motivos de saúde. A jovem celebridade do pop disse estar sofrendo de depressão e ansiedade e apontou seu uso 
de redes sociais, em especial o Instagram, como responsáveis. 
“Assim que eu me tornei a pessoa com mais seguidores no Instagram, eu meio que surtei”, disse a cantora em 
março de 2017 à revista Vogue, após três meses de tratamento. “Aquilo se tornou algo que me consumia. Eu 
acordava e dormia para aquilo. Eu era uma viciada (...) Eu sempre acabava me sentindo uma merda quando 
olhava para o Instagram. Por isso estou agora meio fora do radar, um pouquinho sumida”.
Fonte: https://www.nexojornal.com.br/servico/2018/01/26/V%C3%ADcio-em-celular-e-redes-sociais-Saiba-o-que-%C3%A9-e-como-fazer-um-
detox-digital
TEXTO 5
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/547046685983723965/
3
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÕES 1 A 45
QUESTÕES 1 A 05 (OPÇÃO INGLÊS)
1. (UNESP) As long as it operated as a cheap factory, 
China’s growth was welcomed by the US, and its 
emergence as a new market for consumer goods 
was eagerly anticipated. However, in the mid-2010s 
the relationship between the rising nation and the 
incumbent superpower became more competitive. 
With the election in 2016 of Donald Trump on an 
“America First” platform, the gloves came off. Unhappy 
with the trade imbalance, the US president kicked off a 
trade war in 2018. The fallout for companies has been 
considerable.
(Lucy Colback. www.ft.com, 28.02.2020. Adaptado.)
O excerto descreve mudanças nas relações geopolíticas 
entre Estados Unidos e China nas últimas décadas. 
Essas mudanças resultaram em 
a) barreiras aos investimentos de empresas norte-
americanas em território chinês, com o confisco de 
máquinas destinadas à produção. 
b) medidas unilaterais e protecionistas do governo 
norte-americano, com a adoção de tarifas adicionais 
aos produtos chineses. 
c) soluções sustentáveis para setores industriais 
tradicionalmente poluidores, com o compartilhamento 
de fontes de insumos renováveis entre os dois países. 
d) incentivos para a criação de indústrias binacionais, 
com o intercâmbio facilitado de trabalhadores 
qualificados. 
e) sanções econômicas e diplomáticas do governo 
norte-americano, que restringiram o comércio da 
China com outros países. 
 
2. (UNESP) Analise o cartum.
 
A fala do personagem 
a) apresenta um questionamento sobre a relevância 
do desenvolvimento econômico para a população do 
planeta. 
b) coloca em dúvida o custo do desenvolvimento 
econômico para a preservação do meio ambiente. 
c) sugere uma alternativa viável para o desenvolvimento 
econômico sustentável. 
d) expõe uma constatação sobre a importância da 
preservação do meio ambiente em benefício do 
equilíbrio da economia. 
e) revela um posicionamento a respeito do impacto do 
sistema capitalista no meio ambiente. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
The cost of closed schools
 
Three-quarters of the world’s children live in countries 
where classrooms are closed. As lockdowns ease, 
schools should be among the first places to reopen. 
Children seem to be less likely than adults to catch 
covid-19. And the costs of closure are staggering: in 
the lost productivity of home schooling parents; and, 
far more important, in the damage done to children 
by lost learning. The costs fall most heavily on the 
youngest, who among other things miss out on picking 
up social and emotional skills; and on the less well-off, 
who are less likely to attend online lessons and who 
may be missing meals as well as classes. West African 
children whose schools were closed during the Ebola 
epidemic in 2014 are still paying the price.
(www.economist.com, 01.05.2020. Adaptado.)
 
3. (UNESP) O trecho “West African children whose 
schools were closed during the Ebola epidemic in 
2014 are still paying the price” indica que, na região, 
a) as crianças ainda sofrem as consequências do 
fechamento das escolas.4
b) a recuperação escolar das crianças está em curso. 
c) algumas escolas fechadas ainda não reabriram após 
a epidemia de Ebola. 
d) a epidemia de Ebola poderá ressurgir mais forte em 
uma segunda onda. 
e) a epidemia de Ebola ainda não acabou. 
 
4. (ENEM PPL) 
 
Considerando-se o uso difundido do inglês na 
atualidade, o cartum remete à 
a) necessidade de uniformização linguística. 
b) tendência de simplificação de enunciados longos. 
c) preservação do emprego de estruturas formais da 
língua. 
d) valorização de um modo de expressão em detrimento 
de outro. 
e) variação na forma de falar para atingir um propósito 
comunicativo. 
 
5. (ENEM) A Minor Bird
I have wished a bird would fly away,
And not sing by my house all day;
Have clapped my hands at him from the door
When it seemed as if I could bear no more.
The fault must partly have been in me.
The bird was not to blame for his key.
And of course there must be something wrong
In wanting to silence any song.
FROST, R. West-running Brook. New York: Henry Holt and Company, 1928.
No poema de Robert Frost, as palavras “fault” e “blame” 
revelam por parte do eu lírico uma 
a) culpa por não poder cuidar do pássaro. 
b) atitude errada por querer matar o pássaro. 
c) necessidade de entender o silêncio do pássaro. 
d) sensibilização com relação à natureza do pássaro. 
e) irritação quanto à persistência do canto do pássaro. 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÕES 1 A 45
QUESTÕES 1 A 05 (OPÇÃO ESPANHOL)
1. (ENEM PPL) 
 
Considerando os elementos verbais e não verbais 
expressos no cartaz, o objetivo do anúncio é 
a) promover o encontro literário entre pessoas com 
deficiência visual. 
b) divulgar o empréstimo de livros para alunos com 
dificuldades de acessibilidade. 
c) reivindicar a digitalização do acervo das bibliotecas 
públicas para leitores cegos. 
d) oferecer a oportunidade de apoio a um projeto para 
leitores com necessidades especiais. 
e) estimular a arrecadação de livros apropriados para 
os estudantes com dificuldade de leitura. 
5
2. (ENEM DIGITAL) No hablarás con acento andaluz 
en el telediario de las 9
Hace unos días salió publicado que el obispado de 
Salamanca ha pedido a las hermandades de Semana 
Santa que eviten usar expresiones andaluzas durante 
las procesiones arguyendo que "suenan mal".
Aunque es una noticia aparentemente local y sin otro 
interés que el de seguir los cotilleos de los cofrades y 
capillitas salmantinos, lo cierto es que recoge uno de 
los estereotipos lingüísticos más extendidos: lo mal 
que hablan los andaluces.
Lo que los hablantes percibimos subjetivamente 
como acentos buenos y malos suele ser producto de la 
influencia cultural y del poder recalcitrante que dejaron 
ciertas regiones históricamente hegemónicas. El habla 
de Castilla se convirtió en la de prestigio porque era la 
forma de hablar propia del lugar de donde emanaba 
el poder. El acento de la clase dominante pasó a tener 
prestigio social y se convirtió a ojos del conjunto de 
los hablantes en deseable, mientras que las formas de 
hablar de las zonas alejadas de los centros de poder 
pasaron a ser consideradas provincianas y propias de 
gentes pobres e incultas.
La televisión tiene un enorme poder en lo que a 
representación y normalización cultural se refiere. 
De la misma manera que esperamos que la televisión 
pública recoja los distintos intereses y sensibilidades 
de la población, sería muy deseable ver reflejado y 
celebrado todo el abanico de diversidad lingüística de 
la sociedad en que vivimos y abandonar de una vez el 
monocultivo del castellano central que copa nuestras 
pantallas. Y hoy, día de Andalucía, es un buen día para 
reclamarlo.
MELLADO, E. A. Disponível em: www.eldiario.es. Acesso em: 18 ago. 
2017.
O texto discute a proibição de expressões andaluzas 
nas procissões e no telejornal das 9 horas. De acordo 
com essa discussão, o autor defende a 
a) soberania de um falar sobre o outro. 
b) estranheza perceptiva do falar andaluz. 
c) luta dos andaluzes pela diversidade linguística. 
d) hegemonia de um sotaque com base no prestígio 
social. 
e) visão estereotipada dos próprios andaluzes acerca 
de seu falar. 
 
3. (ENEM) La violencia como bella arte
Pues bien, ‘Relatos Salvajes’, de Damián Szifrón, es 
sobre todo un brillante esfuerzo por poner rostro, por 
fotografiar, a la parte de la violencia que tanto cuesta 
ver en el cine. De repente, el director argentino coloca 
al espectador ante el espectáculo, digamos putrefacto, 
de una sociedad enferma de su propia indolencia, 
anestesiada por su ira, incapaz de entender el origen 
de la insatisfacción que la habita. ¿Cómo se quedan? Sí, 
estamos delante de la una película vocacionalmente 
violenta, obligadamente salvaje, pero, y sobre todo, 
deslumbrante en su claridad.
Más allá del esplendor sabio de una producción 
perfecta, lo que más duele, lo que más divierte, lo que 
más conmueve es la sensación de reconocimiento. 
Cada uno de los damnificados, pese a su acento 
marcadamente argentino, somos nosotros. O, mejor, 
cada insulto proferido, y no siempre entendido, es 
nuestro, en algún momento ha salido de nuestra boca. 
O saldrá.
La violencia no es sólo eso que tanto desagrada a los 
profesionales del buen gusto, a los programadores 
de ópera o a los filósofos de la nada; la violencia, la 
realmente insoportable, es también una cuestión de 
actitud, un simple gesto. Y esa violencia está por todas 
partes, está dentro. Y Szifrón acierta a retrataría tan 
fielmente que no queda otra cosa que romper a reír. 
Aunque sólo sea de simple desesperación. Brillante, 
magistral incluso.
MARTÍNEZ, L. Disponível em: www.elmundo.es. Acesso em: 13 abr. 
2015 (adaptado).
Nessa resenha crítica acerca do filme Relatos Salvajes, 
o autor evidencia o 
a) cômico como fuga da sociedade diante de situações 
violentas. 
b) estado de apatia da sociedade perante a violência 
rotineira do mundo atual. 
c) empecilho para o espectador vivenciar a violência 
bruta na realidade e na ficção. 
d) sotaque reforçado dos personagens a fim de marcar 
o espaço do cinema argentino. 
e) autorreconhecimento diante dos diversos tipos de 
comportamento humano frente à violência. 
 
6
4. (ENEM DIGITAL) Los orígenes de la habitual 
expresíon ¡che!
¿Hay algo más argentino que la expresión "che"? 
Muchos afirmarían que no, que de hecho "che" es 
sinónimo de argentino. Sin embargo, las continuas 
oleadas migratorias que recibió el país a finales del 
siglo XIX y comienzos del XX le dan un origen más 
complejo.
A Valencia, ubicada en la costa mediterránea española, 
se le conoce como la tierra de los "che". "Es muy 
probable que la expresión viajara con los emigrantes 
que llegaron a Argentina. Entre 1857 y 1935 casi tres 
millones de españoles arribaron a Buenos Aires", 
comenta la filóloga e historiadora Inés Celaya.
El "che", no obstante, es un hijo con varios padres. 
Algunos filólogos italianos reclaman la paternidad y 
sitúan su nacimiento en Venecia, cuna del "cocoliChe", 
un dialecto que transmitió muchas palabras al 
lunfardo, la jerga que nació en los bares bonaerenses. 
De 1814 a 1970 llegaron a Argentina unos seis millones 
de emigrantes italianos, siendo la comunidad europea 
más grande del país.
Otra vertiente del "che" es su posible origen en las 
comunidades indígenas del norte de Argentina. En 
guaraní "che" significa "yo" y también se utiliza como 
el posesivo "mi". "En cualquier caso el 'che' es una 
palabra errante, que ha cruzado culturas y océanos. 
Ya no sólo forma parte de la historia del Mediterráneo 
sino del cono sur de América", detalla Celaya.
Disponível em: www.lanacion.com.ar. Acesso em: 8 jul. 2015 
(adaptado).
O texto trata da origem da expressão “che”. No caso do 
espanhol da Argentina, essa expressão reflete a 
a) quantidade de imigrantes usuários do vocábulo. 
b) perspectiva da filóloga para o uso dessa palavra. 
c) identificação dos argentinoscom a palavra “che”. 
d) diversidade na formação dessa variedade do 
castelhano. 
e) imposição da língua espanhola sobre as línguas 
indígenas. 
 
5. (UFMS) Leia atentamente o texto a seguir.
Razón de sobra
Soñó que se encontraba con la novia de su marido y no 
la mataba. Siempre había tenido ganas de apretarle el 
pescuezo siquiera um ratito. Ganas de encajarle una 
piedra de su collar en la tráquea, pero nunca pensó 
que se la encontraría porque sus mundos quedaban 
tan lejos que si ella hubiera vivido en Bagdad y no em 
la colonia vecina, de todos modos hubiera estado más 
cerca Bagdad. No caminaban las mismas calles a la 
misma hora, ni buscaban la sombra bajo los mismos 
árboles, ni el sol les ahuyentaba el mismo frío. Por eso 
no la mató.
(MASTRETTA, Ángeles. Razón de sobra, p. 202. Disponível em: http://
clubdelphos.org/sites/default/files/Mastretta,Angeles-Maridos.pdf 
Acesso em: 17 out. 2019).
O significado em português da expressão “tener ganas”, 
que aparece nos seguintes segmentos do texto: “había 
tenido ganas de”, “ganas de encajarle una piedra”, é: 
a) ter ódio. 
b) ter inveja. 
c) ter vontade. 
d) ter nojo. 
e) ter habilidade. 
QUESTÕES 06 A 45
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto para responder à(s) questão(ões) a seguir.
O Ceará, apesar de restrições de renda, destaca-se em 
alfabetização. Um dos motivos do êxito é a parceria 
com os municípios, os principais encarregados dos 
primeiros anos de escolarização.
Além de medidas que incluem formação de professores 
e material didático estruturado, o governo cearense 
acionou um incentivo financeiro: as cidades com 
resultados melhores recebem fatia maior do ICMS, 
com liberdade para destinação dos recursos.
O modelo já foi adotado em Pernambuco e está sendo 
implantado ou avaliado por Alagoas, Amapá, Espírito 
Santo e São Paulo.
Replicam-se igualmente as boas iniciativas do ensino 
médio em Pernambuco, baseado em tempo integral, 
que permite ao estudante escolher disciplinas 
optativas, projeto acolhido em São Paulo.
Auspiciosa, essa rede multilateral e multipartidária 
pela educação é exemplo de como a sociedade pode se 
mobilizar em torno de propostas palpáveis.
(“Unidos pelo Ensino”. Folha de S.Paulo, 27.08.2019. Adaptado.)
 
7
6. (FAMEMA) O sentido original do texto está mantido 
com a reescrita do trecho: 
a) As cidades com liberdade para destinação dos 
recursos recebem fatia maior do ICMS, obtendo assim 
resultados melhores. 
b) São Paulo desenvolve projeto de ensino médio que 
permite ao estudante escolher disciplinas optativas, o 
qual se replica em Pernambuco. 
c) Um dos motivos do êxito é a parceria com os 
principais encarregados dos primeiros anos de 
escolarização, isto é, os municípios. 
d) Apesar de algumas medidas, como formação de 
professores e material didático estruturado, o governo 
cearense acionou um incentivo financeiro. 
e) Destaca-se em alfabetização o Ceará devido às 
restrições de renda da parceria com os municípios. 
 
7. (UNESP) Futurismo. O Manifesto Futurista, de 
autoria do poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti 
(1876-1944), foi publicado em Paris em 1909. Nesse 
manifesto, Marinetti declara a raiz italiana da nova 
estética: “queremos libertar esse país (a Itália) de sua 
fétida gangrena de professores, arqueólogos, cicerones 
e antiquários”. Falando da Itália para o mundo, o 
Futurismo coloca-se contra o “passadismo” burguês 
e o tradicionalismo cultural. A exaltação da máquina 
e da “beleza da velocidade”, associada ao elogio da 
técnica e da ciência, torna-se emblemática da nova 
atitude estética e política.
(https://enciclopedia.itaucultural.org.br. Adaptado.)
Verifica-se a influência dessa vanguarda artística nos 
seguintes versos do poeta português Fernando Pessoa:
a) Mas, ah outra vez a raiva mecânica constante!
Outra vez a obsessão movimentada dos ônibus.
E outra vez a fúria de estar indo ao mesmo tempo
 [dentro de todos os comboios
De todas as partes do mundo,
De estar dizendo adeus de bordo de todos os navios,
Que a estas horas estão levantando ferro ou
 [afastando-se das docas.
b) O sonho é ver as formas invisíveis
Da distância imprecisa, e, com sensíveis
Movimentos da esprança e da vontade,
Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte –
Os beijos merecidos da Verdade.
c) O teu silêncio é uma nau com todas as velas pandas...
Brandas, as brisas brincam nas flâmulas, teu sorriso...
E o teu sorriso no teu silêncio é as escadas e as andas
Com que me finjo mais alto e ao pé de qualquer 
paraíso...
d) Não me compreendo nem no que, compreendendo, 
faço.
Não atinjo o fim ao que faço pensando num fim.
É diferente do que é o prazer ou a dor que abraço.
Passo, mas comigo não passa um eu que há em mim.
e) Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena
 [cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como
 [o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
 E sem desassossegos grandes.
Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam
 [a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre
 [correria,
 E sempre iria ter ao mar.
 
8. (ENEM PPL) 
Considerando-se os contextos de uso de “Todas chora”, 
essa expressão é um exemplo de variante linguística 
a) típica de pessoas despreocupadas em seguir as 
regras de escrita. 
b) usada como recurso para atrair a atenção de 
interlocutores e consumidores. 
c) transposta de situações de interação típicas de 
ambientes rurais do interior do Brasil. 
8
d) incompatível com ambientes frequentados por 
usuários da norma-padrão da língua. 
e) condenável em produtos voltados para uma clientela 
exigente e interessada em novidades. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Considere o trecho a seguir para responder à(s) 
questão(ões) a seguir.
“Olhai, oh Senhor, os jovens nos postos de gasolina. 
Apiedai-vos dessas pobres criaturas, a desperdiçar as 
mais belas noites de suas juventudes sentadas no chão, 
tomando Smirnoff Ice, entre bombas de combustível e 
pães de queijo adormecidos. Ajudai-os, meu Pai: eles 
não sabem o que fazem. [...] As ruas são violentas, é 
verdade, mas nem tudo está perdido.
[...]
Salvai-me do preconceito e da tentação, oh Pai, de 
dizer que no meu tempo tudo era lindo, maravilhoso. 
[...] Talvez exista alguma poesia em passar noite após 
noite sentado na soleira de uma loja de conveniência, 
e desfilar com a chave do banheiro e sua tabuinha, em 
gastar a mesada em chicletes e palha italiana. Explica-
me o mistério, numa visão, ou arrancai-os dali. É só 
o que vos peço, humildemente, no ano que acaba de 
nascer. Obrigado, Senhor.”
PRATA, Antônio. Conveniência. O Estado de S. Paulo, 11 jan. 2008. 
9. (UFMS) Assinale a alternativa correta quanto ao 
texto lido. 
a) O texto apresenta sequências injuntivas que o 
aproximam de uma oração, ou seja, nota-se a presença 
de um ser suplicante e de um ser a quem a prece é 
dirigida. 
b) O ser suplicante discorda totalmente dos 
comportamentos dos jovens a quem se refere no 
discurso, de modo que ele reconhece em si mesmo um 
bom exemplo a ser seguido. 
c) Embora haja a presença de ironia no texto, esse 
recurso só se manifesta no primeiro parágrafo; ao longo 
dos demais, percebe-se a ocorrência de comparações e 
de metonímias. 
d) O ser suplicante parece ter familiaridade com a 
rotina do ambiente e dos sujeitos que o frequentam, 
o que nos autoriza a deduzir que não há intenção de 
construir discurso crítico ao comportamento descrito. 
e) Ao mesclar os gêneros – oração e crônica –, o autor 
prejudica o entendimento das ideias contidas no texto, 
tornando-o incoerente. 
10. (ENEM PPL) Autobiografia de José Saramago
Nasci numa família de camponeses sem terra, 
em Azinhaga, uma pequena povoação situada na 
província do Ribatejo, na margem direita do Rio 
Almonda, a uns cem quilômetros a nordeste de Lisboa. 
Meus pais chamavam-se José de Sousa e Maria da 
Piedade. Joséde Sousa teria sido também o meu nome 
se o funcionário do Registro Civil, por sua própria 
iniciativa, não lhe tivesse acrescentado a alcunha 
por que a família de meu pai era conhecida na aldeia: 
Saramago. (Cabe esclarecer que saramago é uma planta 
herbácea espontânea, cujas folhas, naqueles tempos, 
em épocas de carência, serviam como alimento na 
cozinha dos pobres.) Só aos sete anos, quando tive 
de apresentar na escola primária um documento de 
identificação, é que se veio a saber que o meu nome 
completo era José de Sousa Saramago… Não foi este, 
porém, o único problema de identidade com que fui 
fadado no berço. Embora tivesse vindo ao mundo no 
dia 16 de novembro de 1922, os meus documentos 
oficiais referem que nasci dois dias depois, a 18: foi 
graças a esta pequena fraude que a família escapou 
ao pagamento da multa por falta de declaração do 
nascimento no prazo legal.
Disponível em: www.josesaramago.org. Acesso em: 7 dez. 2017 
(adaptado).
No texto, o autor discute o poder que os documentos 
oficiais exercem sobre a vida das pessoas. Qual fato 
torna isso evidente? 
a) A sua entrada na escola aos sete anos de idade. 
b) A alusão a uma planta no nome da família. 
c) O problema de identidade originado desde o berço. 
d) A isenção da multa por falta de declaração do 
nascimento. 
e) O seu nascimento em uma aldeia de camponeses. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
A oposição passado/presente é essencial na aquisição 
da consciência do tempo. Não é um dado natural, mas 
sim uma construção. Com efeito, o interesse do passado 
está em esclarecer o presente. O processo da memória 
no homem faz intervir não só na ordenação de vestígios, 
mas também na releitura desses vestígios. 
(Jacques Le Goff) 
9
Poema de trás pra frente
A memória lê o dia
de trás para frente
acendo um poema em outro poema
como quem acende um cigarro no outro
que vestígio deixamos
do que não fizemos?
como os buracos funcionam?
somos cada vez mais jovens
nas fotografias
de trás para frente
a memória lê o dia
(MARQUES, Ana Martins. O livro das semelhanças. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2015. p. 108) 
11. (G1 - CMRJ) Empregando os mesmos versos na 
primeira e na última estrofe, o eu lírico justifica o 
título do poema e reforça a concepção de 
a) apego às experiências de felicidade. 
b) infinitude da memória de quem lembra. 
c) prevalência do passado sobre o presente. 
d) frustração ante aquilo que não se pode mudar. 
e) continuidade das referências construídas pelo 
tempo. 
 
12. (ENEM DIGITAL) Leia a posteridade, ó pátrio Rio,
Em meus versos teu nome celebrado,
Por que vejas uma hora despertado
O sono vil do esquecimento frio:
Não vês nas tuas margens o sombrio,
Fresco assento de um álamo copado;
Não vês ninfa cantar, pastar o gado
Na tarde clara do calmoso estio.
Turvo banhando as pálidas areias
Nas porções do riquíssimo tesouro
O vasto campo da ambição recreias.
Que de seus raios o planeta louro
Enriquecendo o influxo em tuas veias,
Quanto em chamas fecunda, brota em ouro.
COSTA, C. M. Obras poéticas de Glauceste Satúrnio. Disponível em: 
www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 8 out. 2015.
A concepção árcade de Cláudio Manuel da Costa 
registra sinais de seu contexto histórico, refletidos no 
soneto por um eu lírico que 
a) busca o seu reconhecimento literário entre as 
gerações futuras. 
b) contempla com sentimento de cumplicidade a 
natureza e o pastoreio. 
c) lamenta os efeitos produzidos pelos atos de cobiça e 
pela indiferença. 
d) encontra na simplicidade das imagens a expressão 
do equilíbrio e da razão. 
e) recorre a elementos mitológicos da cultura clássica 
como símbolos da terra. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Quando pensamos em EXPERIÊNCIAS ESTUDANTIS 
NO EXTERIOR, automaticamente relacionamos o 
tema aos melhores aspectos positivos possíveis, como 
a vivência na língua, na cultura, na culinária, entre 
outros. Contudo, há outros aspectos relevantes – 
positivos e negativos – que a atividade deseja também 
abordar. Somos seres humanos em construção e 
interligados pela intensa globalização do século XXI. 
Assim, a escolha desse tema se dá pelo desejo de 
acrescentar reflexões importantes ao cotidiano de 
nossos jovens estudantes.
Texto
Busca por graduação no exterior cresce 38% entre 
estudantes brasileiros
Um terço dos alunos que foram estudar fora são de 
São Paulo; entre os países mais procurados estão 
Portugal e Canadá
Mais de 50.000 brasileiros começaram uma graduação 
internacional apenas em 2018, 37,7% a mais do que 
em 2017, segundo dados da pesquisa Selo Belta 2019, 
da Associação das Agências Brasileiras de Intercâmbio 
(Belta), divulgada neste domingo. Ainda segundo o 
levantamento, 36,6% dos universitários que foram 
para o exterior são de São Paulo, cerca de um em 
cada três estudantes. Os levantamentos quantitativos 
da Belta, integrando 75% do mercado nacional, se 
10
dividem em duas partes: a primeira com agências e a 
outra com estudantes. (...)
Acessíveis à classe média
Carla Gama, diretora-geral da Experimento 
Intercâmbio Cultural, ressalta que à medida em 
que a competição por empregos no Brasil se torna 
mais acirrada, cresce o interesse em especializações 
internacionais, afirmando que "os cursos estão mais 
acessíveis à classe média." 
"Muitas pesquisas indicam que até 2030 uma parcela 
relevante das profissões que conhecemos deixará de 
existir e, de outro lado, o mercado vem migrando suas 
exigências, deixando de lado apenas diplomas, para 
exigir habilidades", corrobora Abdul Nasser, professor 
da FGV In company e do Ibmec no Rio. "As famílias 
perceberam que investir em educação no exterior 
amplia os horizontes e possibilita a formação de um 
networking globalizado."
(...)
Pré-requisitos
Ser estudante da América Latina, ter ótimas notas no 
colégio e na prova de proficiência em inglês, praticar 
esportes, fazer trabalho voluntário, ter determinada 
condição socioeconômica, tudo pode contar na hora de 
pedir bolsa a uma instituição de ensino superior nos 
Estados Unidos. "Acho bem democrático o processo 
de bolsa nos Estados Unidos. Diferentes aspectos vão 
agregando para o aluno obter bolsa", explica Maura. 
(...)
Mesmo idioma
Uma via alternativa e sem a barreira da linguagem, 
Portugal também ganhou a atenção dos estudantes 
brasileiros. Do ano letivo 2017/18 para o 2018/19, 
a alta na venda de cursos para o país foi de 32%, 
segundo a Direção Geral de Estatísticas da Educação 
e da Ciência, que não dispõe do total só em cursos de 
graduação. (...)
Entre os principais pontos de atração do país estão 
o idioma, a cultura, a aceitação das notas do Exame 
Nacional do Ensino Médio (Enem) para o ingresso 
de algumas universidades e os bons preços das 
anuidades, como destaca Tomás Furtado de Souza, 
de 20 anos, aluno de Gastronomia no Politécnico de 
Coimbra desde 2019. (...)
(Fonte: https://veia.abril.com.br/brasil/busca-Dor-araduacao-no-
exterior-cresce-377-entre-estudantes-brasileiros/. Acessado em: 
02/09/2020) 
13. (G1 - CMRJ) O texto aborda a crescente procura de 
estudantes brasileiros pelos estudos no exterior e, por 
meio da estrutura de subtópicos, expõe os pontos que 
envolvem o tema. Sobre os pré-requisitos apontados, 
pode-se pressupor que o estudante deve 
a) ter uma alta condição econômica, o que é 
fundamental para a manutenção dos estudos e da 
sobrevivência em outro país. 
b) apresentar proficiência em línguas estrangeiras, que 
é condição exigida para a avaliação do intercâmbio. 
c) ser de origem estrangeira como forma de contribuir 
para a diversidade cultural deste país. 
d) possuir graus regulares durante o percurso colegial 
para acompanhar adequadamente os estudos no 
exterior. 
e) atuar ativamente no mercado de trabalho a fim de 
carregar consigo sua experiência para partilhar com 
os demais. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
Exposição virtual conta a história das grandes 
invenções da Humanidade
Projeto reúne mais de200 mil imagens, vídeos 
e registros históricos; aplicativo usa realidade 
aumentada para explicar Big Bang
RIO – Em 1608, o alemão Hans Lippershey apresentou 
um pedido de patente para uma lente capaz de “ver 
coisas distantes como se estivessem próximas”. 
O pedido foi negado, mas a notícia da invenção se 
espalhou pela Europa e, no ano seguinte, o italiano 
Galileu Galilei mirou essa lente melhorada para o céu, 
descobriu luas em Júpiter e crateras na Lua, dando 
início à astronomia observacional. Quatro séculos 
depois, telescópios estão no espaço, observando 
galáxias a bilhões de anos-luz de distância. Essa é 
11
uma das histórias reunidas pelo projeto “Once Upon a 
Try“, desenvolvido pelo Google Arts & Culture com 110 
museus e instituições científicas ao redor do mundo.
Trata-se da maior exibição virtual sobre a inovação e 
a inventividade humana. São quase 400 exposições 
virtuais, com mais de 200 mil imagens, vídeos e 
registros históricos, como a coleção, inédita na 
internet, de cem cartas enviadas por Albert Einstein 
a cientistas franceses, mantidas pela prestigiada 
Académie dês Sciences francesa. Da Nasa, uma 
plataforma de aprendizado de máquina oferece uma 
nova forma de explorar um arquivo com mais de 127 
mil imagens espaciais.
– Nós trabalhamos nesse projeto por mais de dois anos 
– contou Luisella Mazza, diretora de operações do 
Google Cultural Institute. – A curadoria das exposições 
foi feita pelas instituições parceiras, sem ingerência 
do Google Arts & Culture. As instituições decidiram, 
de forma autônoma, as imagens, as histórias e as 
invenções que fazem parte dessa mostra.
Coube ao Google o apoio com tecnologia, como no 
desenvolvimento do aplicativo “Big Bang AR”, que 
explica o surgimento e a evolução do universo com 
realidade aumentada. O conteúdo foi desenvolvido 
por físicos da Organização Europeia para a Pesquisa 
Nuclear, conhecida pela sigla Cern, e coloca, 
literalmente, o evento do Big Bang na palma da mão 
dos usuários.
1Modernas técnicas de digitalização foram empregadas 
para transformar em pixels o Mapa de Juan de la Cosa, 
considerado o mais antigo registro do Novo Mundo. 
Pintado a mão num pergaminho, o mapa ilustra as 
terras descobertas no continente americano até o fim 
do século XV, por expedições espanholas, inglesas e 
portuguesas. 2A partir de agora, ele estará disponível, 
em altíssima resolução, aos visitantes da mostra “Once 
Upon a Try“.
– O primeiro mapa das Américas, feito no início do 
século XVI, foi digitalizado com a tecnologia gigapixel 
– explicou Luisella. – É uma câmera muito especial, 
que permite tirar fotos em altíssima resolução, de até 
2 bilhões de pixels, de forma muito rápida e intuitiva.
O foco do projeto está nas grandes descobertas e 
invenções, mas também há espaço para inventos 
específicos, como a chuteira de futebol. Em parceria 
com o Museu do Futebol, a exposição traça a história 
de um simples calçado que está nos pés das estrelas 
do esporte mais popular do planeta, além de contar 
como foi a adaptação da chuteira em terras brasileiras.
O “Once Upon a Try” também oferece passeios 
virtuais, com o Google Street View, em instalações como 
a Estação Espacial Internacional e o Grande Colisor de 
Hádrons do Cern, a maior máquina já construída pelo 
homem. O túnel que se estende por 27 quilômetros na 
fronteira da França com a Suíça ficou mundialmente 
conhecido por comprovar, em 2012, a existência do 
bóson de Higgs, a partícula de Deus.
Adaptado de: https://oglobo.globo.com/economia/tecnologia/
exposicao-virtual-conta-historia-das-grandes-invencoes-da-
humanidade-23500843, acesso em 06SET2020, às 16:28. 
14. (G1 - CMRJ) Sobre as descobertas e invenções 
apresentadas no texto, podemos afirmar corretamente 
que 
a) a tecnologia gigapixel dá a possibilidade de se 
tirar fotos em altíssima resolução de forma rápida e 
intuitiva. 
b) Galileu Galilei foi pioneiro na criação de uma lente 
capaz de “ver coisas distantes como se estivessem 
próximas” descobrindo, a partir daí, luas em Júpiter e 
crateras na lua. 
c) por mérito exclusivo do alemão Hans Lippershey 
os telescópios estão no espaço, observando galáxias a 
bilhões de anos-luz de distância. 
d) o Google Cultural Institute foi o responsável pela 
criação de uma plataforma de aprendizado de máquina 
que oferece novas formas de explorar arquivos. 
e) o Grande Colisor de Hádrons do Cern ficou 
conhecido como a maior máquina já construída pelo 
homem e chegou a comprovar a existência de Deus. 
 
15. (ENEM PPL) Estória de um gibi da Turma da 
Mônica, intitulada Brincadeira de menino
Mônica, conhecida personagem de Maurício de Sousa, 
passa na casa da sua melhor amiga, Magali, para 
convidá-la para brincar. A mãe da Magali diz que a 
menina está com gripe e precisa de repouso, e por 
isso não vai poder sair de casa. Mônica sai triste e 
pensativa, quando cruza com o Cebolinha e convida-o 
para brincar com ela de “casinha”. Ele se recusa e diz: 
“– Homem não blinca de casinha”, e Mônica retruca: “– 
Ah, Cebolinha! Que preconceito!”. Cebolinha responde: 
“– Pleconceito uma ova! Casinha é coisa de menina! Vou 
te mostlar o que é blincadeila de menino!”. Enquanto 
ele sai de cena, Mônica fica debaixo de uma árvore 
brincando sozinha e Cebolinha faz várias aparições 
com brinquedos e brincadeiras supostamente só de 
meninos: aparece “voando” num skate, mas cai na 
frente dela. Depois aparece numa bicicleta, mas bate 
numa pedra e cai. Aparece de patins, tropeça e cai. 
12
Reaparece chutando uma bola, mas a bola bate na 
árvore e volta acertando sua cabeça. Desanimado e 
desistindo das “suas” brincadeiras, Cebolinha aparece 
no último quadro, ao lado da Mônica, brincando de 
“casinha”.
OLIVEIRA, A. B.; PERIM, G. L. (Org.). Fundamentos pedagógicos para 
o programa Segundo Tempo. Brasília: Ministério do Esporte, 2008 
(adaptado).
Refletindo sobre as relações de gênero nas brincadeiras 
infantis, a estória mostra que 
a) meninos podem se envolver com os mesmos 
brinquedos e brincadeiras que meninas. 
b) meninas são mais frágeis e por isso devem se 
envolver em brincadeiras mais passivas. 
c) meninos são mais habilidosos do que meninas e por 
isso se envolvem em atividades diferentes. 
d) meninas tendem a reproduzir mais os estereótipos 
de gênero em suas práticas corporais do que os 
meninos. 
e) meninos e meninas devem se envolver em 
atividades distintas, como, respectivamente, o futebol 
e a “casinha”. 
 
16. (ITA) 
 
Assinale a alternativa que exprime o teor crítico da 
charge. 
a) A pichação somente contribui para o aumento da 
poluição visual da cidade. 
b) É necessário investir efetivamente em educação 
para a conscientização ambiental. 
c) Há incoerência entre a proibição governamental e 
sua efetiva fiscalização. 
d) A pichação é uma forma ilegítima de protesto social 
e educacional. 
e) Os pichadores demonstram total indiferença com o 
meio ambiente e a lei. 
17. (G1 - CMRJ) Texto I
 
João e o pé de feijão-preto
José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta
1Era uma vez um menino chamado João, que vivia com 
sua mãe num casebre bem longe da cidade.
2Eles 3eram pobres, muito pobres, pobres de dar dó.
Só o que tinham era uma vaca, e viviam de vender seu 
leite. 4Mas, um dia, quando João foi ordenhá-la, não 
saiu nem uma gota.
Então a mãe de João disse;
5— Meu filho, nosso dinheiro acabou e nossa vaquinha 
secou. Vá até o mercado e veja se alguém quer comprá-la.
João pegou o animal pelo cabresto e foi até a cidade. 
Porém, antes que chegasse lá, um homem de 
cavanhaque lhe perguntou:
— Ei, garoto, não quer trocar essa vaca por um grão de 
feijão?
— Rá, rá, essa é boa. O senhor pensa que eu sou bobo?
— Mas é feijão mágico.
— Mágico?
— Não vou contar o que ele faz, senão estraga a 
surpresa. Mas é só você plantá-lo numa noite de lua 
cheia e no dia seguinte vai ver o que acontece.
João achou que era melhor ter um feijão mágico do 
que dinheiro, e assim trocou sua vaca com o homemde cavanhaque.
6O menino voltou para casa todo feliz, achando que 
tinha feito um ótimo negócio.
Porém, quando sua mãe viu o feijão, ficou muito triste.
— 7Você trocou nossa vaquinha por isso? Agora vamos 
morrer de fome...
— Não! Este feijão é mágico!
— Não existe mágica no feijão. Você foi enganado, João.
8Desapontada, ela atirou o grão pela janela.
Mas, por uma grande coincidência, naquela noite 
houve uma bela lua cheia.
13
Quando João acordou na manhã seguinte, viu que um 
enorme pé de feijão tinha crescido no seu quintal. Era 
tão alto que passava das nuvens!
O garoto não pensou duas vezes 9e começou a subir 
pela planta para ver o que tinha lá em cima.
Depois de passar pela última nuvem, avistou um 
castelo. 10Ele era muito grande, muitíssimo grande, 
muitíssimo grandíssimo! E tinha torres pretas bem 
pontudas.
João andou até o castelo e passou por baixo da porta 
como se fosse uma barata.
11Mal entrou, ouviu um barulho diferente: “glu-glu!”.
Olhando na direção do “glu-glu” ele viu uma enorme 
perua dentro de uma gaiola de ouro. Então pensou: 
“Vou levar esta perua para casa. Assim, eu e minha 
mãe comeremos omeletes para sempre!”.
12João ia abrir a gaiola quando o chão começou a 
tremer. Pou! Pou! Pou!
O menino se escondeu atrás de um malcheiroso cesto de 
roupas sujas e quase desmaiou ao ver um gigante na sala.
Para piorar, ele cantava assim:
Fi-fi-fa-fa, fi-fi-fó-fum,
Mau como eu só existe um.
Fi-fi-fa-fa, fi-fi-fó-fum,
Mau como eu só existe um.
13O gigante vinha todo contente, mas então torceu o 
nariz e fez “snif, snif, snif”
— Sinto o cheiro de criança! Urrou ele.
14Já chegava perto do cesto em que João se escondia 
quando, ploc, a perua botou um ovo. Só que não era 
um ovo comum. Era de ouro!
15O grandalhão caminhou até a gaiola, pegou o ovo e 
guardou-o no bolso. Depois foi comer seu almoço, que 
naquele dia foi um cavalo assado e, de sobremesa, 
cavalos-marinhos cobertos de chocolate.
Então ele abriu um baita bocejo e dormiu.
Quando o gigante começou a roncar, João abriu a 
gaiola e amarrou seu cinto no pescoço da ave.
Ele estava 16quase saindo do castelo, no entanto 
(sempre tem um “no entanto” nas histórias) a perua 
fez “glu-glu” bem alto.
O gigante acordou. E com muita raiva.
17— Espere aí, seu patife, vais virar um belo bife.
O menino saiu correndo com o animal e 18desceu 
deslizando pelo pé de feijão-preto como se ele fosse 
um escorregador beeeeeeem comprido.
Já o gigante teve que descer com calma pela planta, 
porque era meio desengonçado.
Assim que chegou em casa, João gritou:
— Mãe, vamos derrubar o pé de feijão-preto! Tem um 
gigante querendo me pegar!
19— O que você fez desta vez?
— Entrei no castelo dele e roubei sua perua.
— Você invade uma casa, rouba um bicho e ainda quer 
matar o sujeito?
20Então a mãe de João segurou-o pelo braço e esperou 
que o gigante descesse. 21Aí disse para o grandalhão:
— Senhor gigante, meu filho agiu muito mal. Por favor, 
nos desculpe. Isso não vai mais acontecer. Pode levar 
sua perua.
Ainda bufando de raiva, o gigante tomou a ave nos 
braços e pôs a mão num dos galhos do pé de feijão.
No entanto, antes de subir, pensou: “22Puxa, eles 
poderiam ter cortado o pé de feijão, mas essa mulher 
preferiu fazer a coisa certa. 23Isto não acontece todos 
os dias. Acho que darei uma recompensa a ela.”
E, tirando o ovo de ouro do bolso, entregou-o à mãe de 
João.
24— Tome, faça o que quiser com isso.
Depois, sem dizer mais nada, voltou para seu castelo 
nas nuvens.
25A mãe de João vendeu o ovo de ouro e comprou 
várias vacas (que davam leite) e galinhas (que botavam 
ovos de verdade).
Assim, o menino aprendeu uma lição e eles nunca 
mais passaram fome.
26Moral da história: Às vezes quem é bom não se dá 
mal.
TORERO, José Roberto & PIMENTA, Marcus Aurelius: ilustrações 
Jean-Claude R. Alphen. João e os 10 pés de feijão. São Paulo: 
Companhia das Letrinhas, 2016. p.5-6, 20-25.
Texto II
O Cão e o Lobo
14
Um lobo muito magro e faminto, todo pele e ossos, pôs-
se um dia a filosofar sobre as tristezas da vida. E nisso 
estava quando lhe surge pela frente um cão — mas um 
cão e tanto, gordo, forte, de pelo fino e lustroso.
Espicaçado pela fome, o lobo teve ímpeto de atirar-se a 
ele. A prudência, entretanto, cochichou-lhe ao ouvido: 
“Cuidado! Quem se mete a lutar com um cão desses sai 
perdendo”.
O lobo aproximou-se do cão com toda a cautela e disse:
— Bravos! Palavra de honra que nunca vi um cão mais 
gordo nem mais forte. Que pernas rijas, que pelo 
macio! Vê-se que o amigo se trata...
— É verdade! — respondeu o cão. Confesso que tenho 
tratamento de fidalgo. 1Mas, amigo lobo, suponho que 
você pode levar a mesma boa vida que levo.
¯ Como?
2— Basta que abandone esse viver errante, esses 
hábitos selvagens e se civilize, como eu.
— Explique-me lá isso por miúdo, pediu o lobo com um 
brilho de esperança nos olhos.
— É fácil. Eu apresento você ao meu senhor. Ele, está 
claro, simpatiza-se e dá a você o mesmo tratamento 
que dá a mim: bons ossos de galinha, nacos de carne, 
um canil com palha macia. Além disso, agrados, mimos 
a toda hora, palmadas amigas, um nome.
3— Aceito! — respondeu o lobo. Quem não deixará uma 
vida miserável como esta por uma de regalos assim?
— Em troca disso — continuou o cão — você guardará o 
terreiro, não deixando entrar ladrões nem vagabundos. 
Agradará ao senhor e à sua família, sacudindo a cauda 
e lambendo a mão de todos.
4— Fechado! — resolveu o lobo e emparelhando-se com 
o cachorro partiu a caminho da casa. 5Logo, porém, 
notou que o cachorro estava de coleira.
— Que diabo é isso que você tem no pescoço?
— É a coleira.
— E para que serve?
— Para me prenderem à corrente.
— Então não é livre, não vai para onde quer, como eu?
— Nem sempre. Passo às vezes vários dias preso, 
conforme a veneta do meu senhor. Mas que tem isso, 
se a comida é boa e vem à hora certa?
O lobo entreparou, refletiu e disse:
— Sabe do que mais? Até logo! Prefiro viver magro e 
faminto, porém livre e dono do meu focinho, a viver 
gordo e liso como você, mas de coleira ao pescoço. 
Fique-se lá com a sua gordura de escravo que eu me 
contento com a minha magreza de lobo livre.
E afundou no mato.
LOBATO, Monteiro, in Fábulas: O Cão e o Lobo. Brasiliense, São Paulo, 
2002, p. 29. Fonte da imagem Disponível: <http://www.iejusa.com.
br/mundoinfantil/fabulasbrasileiras.php>. Acesso em 04 de out. de 
2019.
Texto III
O bicho 
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos. 
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade. 
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato. 
O bicho, meu Deus, era um homem. 
BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Inteira. 20ª ed. Rio de Janeiro: 
Nova Fronteira, 1993.
Texto IV
COMO SERÁ A ALIMENTAÇÃO DOS HUMANOS NO 
FUTURO?
Adaptado de Maria Luciana Rincon
Com o aumento da população mundial, a redução de 
recursos e mudanças na dieta, muita gente prevê que 
no futuro a humanidade enfrentará uma competição 
por alimentos sem precedentes. Aliás, segundo os 
mais fatalistas, se as coisas continuarem como estão, 
por volta do ano 2050 seremos testemunhas de uma 
onda de fome que poderá afetar todo o planeta.
Algumas estimativas apontam que dentro de apenas 
uma ou duas gerações a população mundial terá 
aumentado em alguns bilhões de habitantes, e boa 
parte dessa gente toda se concentrará em grandes 
centros urbanos. Assim, além da falta de recursos 
naturais, é preciso encontrar formas de fazer com que 
os alimentos cheguem até essas áreas e supram as 
necessidades de todos.
15
Por sorte, já existem cientistas quebrando a cabeça 
para encontrar soluções para a iminente crise de 
alimentos, apostando na tecnologia e na ciência 
para isso. Uma saída talvez seja uma mudança na 
dieta e, para Richard Archer, um desses cientistas 
preocupados, dentro de um período de 25 anos, a 
alimentação humana se baseará principalmente em 
produtos altamente processados e — diferente dos 
itens disponíveishoje em dia — nutricionalmente 
equilibrados.
1Segundo Archer, além de nutritivos, os alimentos 
processados podem ser preservados por mais tempo, 
além de serem mais facilmente transportados. Contudo, 
antes que eles substituam os alimentos atuais, alguns 
problemas precisam ser contornados. Atualmente, 
quando falamos em produtos processados, logo 
imaginamos alimentos recheados de gordura, sal e 
açúcar. As opções mais equilibradas existem, mas não 
agradam ao paladar dos consumidores pela falta de 
sabor.
Assim, um dos maiores desafios da indústria de 
alimentos é encontrar formas de desenvolver 
produtos processados que sejam saudáveis e também 
saborosos. Outro problema para o futuro é o consumo 
de carne vermelha. Segundo Archer, a produção atual 
já é vista como cara e ineficiente e, no futuro, com a já 
prevista escassez de água e espaço para o cultivo, esses 
produtos se tornarão economicamente inviáveis.
Desta forma, o consumo de carnes se limitará a 
quantidades cada vez mais reduzidas, dando lugar à 
ingestão de proteína animal misturada à proteína de 
origem vegetal e outros ingredientes que garantirão o 
sabor e o valor nutricional dos alimentos.
2Outra tendência apontada por Archer será o emprego 
de equipamentos 3D para imprimir refeições e, de 
acordo com o cientista, esses dispositivos permitirão 
que os usuários fabriquem suas criações culinárias 
e comidas que nem sequer existem ainda. Além 
disso, ele prevê o desenvolvimento de tecnologias 
que permitam criar ingredientes livres de calorias 
e que possam encapsular, cobrir, proteger e liberar 
nutrientes e compostos alimentares bioativos.
E, segundo Archer, as mudanças na dieta não se 
limitarão apenas aos humanos, pois, conforme 
explicou, animais como frangos e peixes poderão 
ser alimentados com algas e insetos cultivados 
industrialmente.
Entretanto, apesar de todo esse otimismo com respeito 
às soluções para o futuro, 3com uma população mundial 
cada vez mais urbana e ávida por comodidades, suprir 
a necessidade de toda essa gente — e ao mesmo tempo 
atender os gostos de todo mundo — não será uma tarefa 
nada fácil.
Disponível:<https://www.megacurioso.com.br/
sustentabilidade/44765-como-sera-a-alimentacao-dos-humanos-no-
futuro.htm>. Acesso em 04 de out. de 2019
É possível relacionar os textos I, II, III e IV desta prova 
por terem em comum 
a) a luta pela sobrevivência. 
b) a impossibilidade de encontrar alimentos. 
c) as tecnologias para produção dos alimentos. 
d) a falta de perspectiva para resolver o problema da 
fome. 
e) a necessidade de desenvolver formas sustentáveis 
de alimentos. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Considere o excerto do texto “Novos letramentos pelos 
memes: muito além do ensino de línguas”, de Maciel e 
Takaki, para responder à(s) questão(ões) a seguir.
“[...] No Facebook, em outra época, foi comentada a 
frase Can the twitter speak? (O twitter pode falar?), 
fazendo analogia à famosa frase da indiana Gayatri 
Spivak: Can the subaltern speak? (O subalterno 
pode falar?), defensora da tese de que as pessoas 
só podem ser ouvidas se forem filiadas a um grupo 
preferencialmente hegemônico, ou seja, só serão 
ouvidas se estiverem do lado de dentro. Contudo, o 
ciberespaço fornece essa possibilidade de expressão, 
embora apenas como propagação de ideias sem estar 
necessariamente atrelado a um poder de decisão. 
Mesmo assim, devido a uma grande participação 
de internautas, as ideias se revestem de grandes 
complexidades, sobretudo com a convergência em 
outras mídias.
Desse modo, destacamos que, no contexto da 
linguagem, os memes representam modelos culturais 
de pensamentos, ideias, pressupostos, valores, 
esquemas interpretativos de fenômenos sociais 
16
simbólicos e comportamentais que são produzidos 
por participantes, por exemplo, em “espaços de 
afinidade” (Gee, 2004, p. 77). Nesses contextos, as 
pessoas interagem, participam e aprendem num 
ambiente que sugere muito mais que um mero 
pertencimento a determinada comunidade. Para o 
referido teórico, no “espaço de afinidade”, diferente do 
espaço da comunidade convencional, os integrantes 
se encontram com maior flexibilidade por questões de 
interesse comum e não por aquelas vinculadas à [...] 
classe social, gênero, etnia. Esse “espaço de afinidade” 
atende aos interesses de usuários que se encontram 
socialmente saturados por diversas tarefas e que, por 
isso mesmo, são interpelados a construir sentidos 
acessando e deixando o ambiente digital quando 
sentirem necessidade, sem que precisem passar por 
seguranças e portarias, como costuma ocorrer em 
clubes, parques e em outras esferas sociais”.
(MACIEL, Ruberval Franco; TAKAKI, Nara Il. Novos letramentos 
pelos memes: muito além no ensino de línguas. In: JESUS, D.; 
MACIEL, R. (Orgs.). Olhares sobre tecnologias digitais: linguagens, 
ensino, formação e prática docente. Campinas: Pontes, 2015). 
18. (UFMS) De acordo com o texto, é correto afirmar 
que: 
a) os participantes que interagem no ciberespaço 
determinam as regras na elaboração dos memes, já 
que pertencem a grupos cujas ideias, pensamentos e 
valores são rigidamente combinados. 
b) várias mídias podem colaborar na construção dos 
memes, uma vez que contexto da linguagem permite 
a mobilidade dos internautas, dependendo dos 
interesses que os motivam. 
c) o ciberespaço possibilita a circulação de ideias, 
valores e modelos culturais e, em função da visibilidade 
que apresenta, influencia na tomada de decisão de boa 
parte dos internautas. 
d) a interação no espaço midiático, por abranger classe 
social, gênero e etnia, direciona os internautas ao 
desejo de pertencer a determinado grupo. 
e) as pessoas, de modo geral, só utilizam as mídias pela 
comodidade que elas oferecem, haja vista que não há 
necessidade da presença de portarias e de seguranças, 
como se vê em clubes e em outros locais. 
 
19. (FAMEMA) Leia a fábula “A tartaruga e a águia” do 
escritor grego Esopo (620 a.C.?-564 a.C.?).
Uma tartaruga pediu a uma águia que a ensinasse a 
voar. A ave tentou dissuadi-la:
– Voar é completamente contrário à sua natureza.
Mas a tartaruga suplicou e insistiu ainda mais. Então 
a águia pegou a tartaruga com suas garras, levou-a até 
bem alto no céu e depois a soltou. A tartaruga caiu nos 
rochedos e se espatifou.
(Fábulas, 2013.)
Depreende-se leitura da fábula a seguinte moral: 
a) Aqueles que têm uma natureza má prejudicam até 
mesmo quem os ajuda. 
b) Quem concebe armadilhas para os outros se torna o 
causador de seus próprios males. 
c) Os artifícios dos maus não escapam à perspicácia 
dos mais sensatos. 
d) Muitas vezes o esforço vence o talento natural, 
quando este se torna indiferença. 
e) Muitos se recusam a ouvir os bons conselhos que 
lhes são dados: azar o deles. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
História das invenções
Dona Benta costumava receber livros novos, de 
ciências, de arte, de literatura. Era o tipo da velhinha 
novidadeira. Bem dizia o compadre Teodorico: "Dona 
Benta parece velha, mas não é, tem o espírito mais 
moço que o de jovens de vinte anos".
Assim foi que naquele bolorento mês de fevereiro, 
em que era impossível botar o nariz fora de casa, de 
tanto que chovia, resolveu contar aos meninos um dos 
últimos livros chegados.
– Tenho aqui um livro de Hendrik Van Loon – disse 
ela –, um sábio americano, autor de coisas muito 
interessantes. Ele sai dos caminhos por onde todo 
17
mundo anda e fala das ciências dum modo que 
tudo vira romance, de tão atrativo. Já li para vocês a 
geografia que ele escreveu e agora 1vou ler este último 
livro – História das invenções do homem, o fazedor de 
milagres.
Era um livro grosso, de capa preta, cheio de desenhos 
feitos pelo próprio autor. 2Desenhos não muito bons, 
mas que serviam para acentuar suas ideias.
– E quando começa? – quis saber Narizinho.
– Hoje mesmo, no serão. Podemos começar logo depois 
do rádio.
– Comece, vovó! – disse Pedrinho. E Dona Benta 
começou.3– Este livro não é para crianças – disse ela; – mas 
se eu ler do meu modo, vocês entenderão tudo. Não 
tenham receio de me interromperem com perguntas, 
sempre que houver qualquer coisa obscura. Aqui está 
o prefácio...
– Que é prefácio? – perguntou Emília.
– São palavras explicativas que certos autores põem 
no começo do livro para esclarecer os leitores sobre 
as suas intenções. O prefácio pode ser escrito pelo 
próprio autor ou por outra pessoa qualquer. Neste 
prefácio o Senhor Van Loon diz que antigamente tudo 
era muito simples...
– Tudo o quê? – interrompeu Pedrinho. – A explicação 
das coisas do mundo. A Terra formava o centro do 
universo. O céu era uma abóbada de cristal azul onde 
à noite os anjos abriam buraquinhos para espiar. 
Esses buraquinhos formavam as estrelas. Tudo muito 
simples.
4Mas depois as coisas se complicaram. Um sábio 
da Polônia, de nome Nicolau Copérnico, publicou 
um livro no qual provava que a Terra não era fixa, 
pois girava em redor do Sol, 5e as estrelas não eram 
brinquedinhos dos anjos, sim sóis imensos, em redor 
dos quais giravam milhões de terras como a nossa.
Isso veio causar uma grande trapalhada nas ideias 
assentes, isto é, nas ideias que estavam na cabeça de 
todo mundo – e por um triz não queimaram vivo a 
esse homem. Afinal a sua ideia venceu e hoje ninguém 
pensa de outra maneira.
A astronomia, que é a ciência que estuda os astros, 
tomou um grande desenvolvimento. Os astrônomos 
foram descobrindo coisas e mais coisas, chegando 
à perfeição de medir a distância dum astro a outro, 
e pesar a massa desses astros. As distâncias entre 
os astros eram tão grandes que as nossas medidas 
comuns se tornaram insuficientes. Foi preciso criar 
medidas novas – medidas astronômicas.
– Por quê? – perguntou Narizinho. – Com o quilômetro 
a gente pode medir qualquer distância. É só ir botando 
zeros e mais zeros.
6– Parece, minha filha. As distâncias entre os astros 
são tamanhas que para medi-las com quilômetros 
seria necessário usar carroçadas de zeros, de maneira 
que não haveria papel que chegasse. E então os 
astrônomos inventaram o "metro astronômico", ou a 
"unidade astronômica", que é como eles dizem. Essa 
unidade, esse metro tinha 92.900.000 milhas.
– Que colosso, vovó! Eu acho que fizeram um metro 
grande demais...
– Pois está muito enganada, minha filha. As distâncias 
entre a Terra e as novas estrelas que com os modernos 
telescópios foram sendo descobertas, acabaram 
deixando essa medida pequena. E então o astrônomo 
Michelson propôs outra medida: o ano-luz.
– Cáspite!
– Pois bem, isto que os astrônomos fizeram para 
os astros, outros homens de ciência fizeram para 
o contrário dos astros, isto é, para as moléculas e 
átomos, que são coisinhas infinitamente pequenas. 
Chegaram a medir átomos que têm o tamanhinho de 
uma trilionésima parte de milímetro.
7– Será possível? Um milímetro já é uma isca que a 
gente mal percebe...
– Ora, neste livro o Senhor Van Loon trata de mostrar 
como esse bichinho homem, que já foi peludo e 
andava de quatro, chegou a desenvolver seu cérebro a 
ponto de medir a distância entre os astros e a calcular 
o tamanho dos átomos.
– Como foi isso?
– Inventando coisas. O homem é um grande inventor 
de coisas, e a história do homem na Terra não 
passa da história das suas invenções com todas 
as consequências que elas trouxeram para a vida 
humana. É mais ou menos isto o que Van Loon diz 
neste prefácio. Vamos agora ver o capítulo número 1.
– Depois da pipoca, vovó! – gritou Narizinho farejando 
o ar.
8De fato: da cozinha vinha para a sala o cheiro das 
pipocas que Tia Nastácia estava rebentando. Pipocas à 
noite foi coisa que nunca faltou no sítio de Dona Benta.
Adaptado de: LOBATO, Monteiro.
História das invenções. São Paulo, SP: Círculo do Livro. 
20. (G1 - CMRJ) Analise atentamente a seguinte 
passagem do texto:
18
“Mas depois as coisas se complicaram. Um sábio 
da Polônia, de nome Nicolau Copérnico, publicou 
um livro no qual provava que a Terra não era fixa, 
pois girava em redor do Sol, e as estrelas não eram 
brinquedinhos dos anjos, sim sóis imensos, em redor 
dos quais giravam milhões de terras como a nossa”. 
(ref. 4) 
Sobre o trecho acima, é correto afirmar que 
a) Nicolau Copérnico provou que a Terra era inerte. 
b) uma nova perspectiva humana sobre o universo foi 
apresentada. 
c) a ciência prefere as explicações complexas às 
racionais. 
d) o conhecimento astronômico ratifica crenças 
populares. 
e) Tia Nastácia exemplifica o progresso do pensamento 
científico. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia a charge do cartunista Duke para responder à(s) 
questão(ões) a seguir.
 
 
21. (FAMEMA) Depreende-se com a leitura da charge 
que as redes sociais 
a) melhoram a saúde do homem, quando usadas 
intensamente. 
b) podem ocasionar prejuízos à saúde do ser humano. 
c) promovem situações salutares de convivência 
humana. 
d) permitem o aguçamento da percepção das pessoas. 
e) influenciam pouco a saúde, assim como as 
atividades físicas. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Texto para a(s) questão(ões) a seguir.
Pichação-arte é pixação?
As discussões muitas vezes acaloradas sobre 
o reconhecimento da pixação como expressão 
artística trazem à tona um questionamento 
conceitual importante: uma vez considerado arte 
contemporânea, o movimento perderia sua essência? 
Para compreendermos os desdobramentos da pixação, 
alguns aspectos presentes no graffiti são essenciais 
e importantes de serem resgatados. O graffiti nasceu 
originalmente nos EUA, na década de 1970, como um 
dos elementos da cultura hip-hop (Break, MC, DJ e 
Graffiti). Daí até os dias atuais, ele ganhou em força, 
criatividade e técnica, sendo reconhecido hoje no 
Brasil como graffiti artístico. Sua caracterização como 
arte contemporânea foi consolidada definitivamente 
por volta do ano 2000.
A distinção entre graffiti e pixação é clara; ao primeiro é 
atribuída a condição de arte, e o segundo é classificado 
como um tipo de prática de vandalismo e depredação 
das cidades, vinculado à ilegalidade e marginalidade. 
Essa distinção das expressões deu-se em boa parte 
pela institucionalização do graffiti, com os primeiros 
resquícios já na década de 1970.
Esse desenvolvimento técnico e formal do graffiti 
ocasionou a perda da potência subversiva que o marca 
como manifestação genuína de rua e caminha para uma 
arte de intervenção domesticada enquadrada cada 
vez mais nos moldes do sistema de arte tradicional. 
O grafiteiro é visto hoje como artista plástico, 
possuindo as características de todo e qualquer artista 
contemporâneo, incluindo a prática e o status. Muito 
além da diferenciação conceitual entre as expressões – 
ainda que elas compartilhem da mesma matéria-prima 
– trata-se de sua força e essência intervencionista.
Estudos sobre a origem da pixação afirmam que o 
graffiti nova-iorquino original equivale à pixação 
brasileira; os dois mantêm os mesmos princípios: 
a força, a explosão e o vazio. Uma das principais 
características do pixo é justamente o esvaziamento 
sígnico, a potência esvaziada. Não existem frases 
poéticas, nem significados. A pichação possui 
dimensão incomunicativa, fechada, que não conversa 
com a sociedade. Pelo contrário, de certa forma, a 
agride. A rejeição do público geral reside na falta de 
compreensão e intelecção das inscrições; apenas 
os membros da própria comunidade de pixadores 
decifram o conteúdo.
19
A significância e a força intervencionista do pixo 
residem, portanto, no próprio ato. Ela é evidenciada 
pela impossibilidade de inserção em qualquer 
estatuto pré-estabelecido, pois isso pressuporia a 
diluição e a perda de sua potência signo-estética. 
Enquanto o graffiti foi sendo introduzido como uma 
nova expressão de arte contemporânea, a pichação 
utilizou o princípio de não autorização para fortalecer 
sua essência.
Mas o quão sensível é essa forma de expressão 
extremista e antissistema como a pixação? Como lidar 
com a linha tênue dos princípiosestabelecidos para 
não cair em contradição? Na 26ª Bienal de Arte de São 
Paulo, em 2004, houve um caso de pixo na obra do 
artista cubano naturalizado americano, Jorge Pardo. 
Seu comentário, diante da intervenção, foi “Se alguém 
faz alguma coisa no seu trabalho, isso é positivo, 
para mim, porque escolheram a minha peça entre 
as expostas” […]. “Quem fez isso deve discordar de 
alguma coisa na obra. Pode ser outro artista fazendo 
sua própria obra dentro da minha. Pode ser só uma 
brincadeira” e finalizou dizendo que “pichar a obra de 
alguém também não é tão incomum. Já é tradicional”.
É interessante notar, a partir do depoimento de Pardo, 
a recorrência de padrões em movimentos de qualquer 
natureza, e o inevitável enquadramento em algum 
tipo de sistema, mesmo que imposto e organizado 
pelos próprios elementos do grupo. Na pixação, 
levando em conta o “sistema” em que estão inseridos, 
constatamos que também passa longe de ser perfeito; 
existe rivalidade pesada entre gangues, hierarquia e 
disputas pelo “poder”.
Em 2012, a Bienal de Arte de Berlim, com o tema 
“Forget Fear”, considerado ousado, priorizou fatos e 
inquietações políticas da atualidade. Os pixadores 
brasileiros, Cripta (Djan Ivson), Biscoito, William e 
R.C., foram convidados na ocasião para realizar um 
workshop sobre pixação em um espaço delimitado, 
na igreja Santa Elizabeth. Eles compareceram. Mas 
não seguiram as regras impostas pela curadoria, ao 
pixar o próprio monumento. O resultado foi tumulto 
e desentendimento entre os pixadores e a curadoria 
do evento.
O grande dilema diante do fato é que, ao aceitarem 
o convite para participar de uma bienal de arte, 
automaticamente aceitaram as regras e o sistema 
imposto. Mesmo sem adotar o comportamento 
esperado, caíram em contradição. Por outro lado, 
pela pichação ser conhecidamente transgressora (ou 
pelo jeito, não tão conhecida assim), os organizadores 
deveriam pressupor que eles não seguiriam padrões 
pré-estabelecidos.
Embora existam movimentos e grupos que 
consideram, sim, a pixação como forma de arte, 
como é o caso dos curadores da Bienal de Berlim, há 
uma questão substancial que permeia a realidade 
dos pichadores. Quem disse que eles querem sua 
expressão reconhecida como arte? Se arte pressupõe, 
como ocorreu com o graffiti, adaptar-se a um 
molde específico, seguir determinadas regras e por 
consequência ver sua potência intervencionista 
diluída e branda, é muito improvável que tenham esse 
desejo.
A representação da pixação como forma de 
expressão destrutiva, contra o sistema, extremista e 
marginalizada é o que a mantêm viva. De certo modo, 
a rejeição e a ignorância do público é o que garante sua 
força intervencionista e a tão importante e sensível 
essência.
Adaptado de: CARVALHO, M. F. Pichação-arte é pixação? Revista 
Arruaça, Edição nº 0. Cásper Líbero, 2013. Disponível em <https://
casperlibero.edu.br/revistas/pichacao-arte-e-pixacao/> Acesso em: 
maio 2018. 
22. (ITA) Podemos afirmar que o texto 
a) entende que grafite é arte desprovida de crítica 
social e pichação simboliza a revolta popular. 
b) considera grafite como arte institucionalizada e 
pichação como manifestação popular transgressora. 
c) reconhece que a preocupação estética é exatamente 
a mesma em ambas as manifestações. 
d) defende que o “pixo” é arte, ainda que não apresente 
mensagens poéticas identificáveis. 
e) assume que pichação e grafite transmitem a mesma 
mensagem, mas em contextos sociais diferentes. 
 
23. (ENEM DIGITAL) Carlos é hoje um homem 
dividido, Mário, e isso graças às suas cartas.
Às vezes ele torce pelas palmeiras paródicas do 
Oswald de Andrade (a ninguém cá da terra passou 
despercebido o título que quer dar ao seu primeiro 
livro de poemas – Minha terra tem palmeiras). Às vezes 
não quer esquecer o gélido cinzel de Bilac e a prosa 
clássica dos decadentistas franceses, e à noite, ao ouvir 
o chamado da moça-fantasma, fica cismando ismálias 
em decassílabos rimados. Às vezes sucumbe ao trato 
cristão da condição humana e,à sombra dos rodapés 
de Tristão de Ataíde, tem uma recaída jacksoniana. 
Às vezes não sabe se prefere o barulho do motor do 
carro em disparada, ou se fica contemplando o sinal 
vermelho que impõe stop ao trânsito e silêncio ao 
cidadão. Às vezes entoa loas à vida besta, que devia 
20
jazer para sempre abandonada em Itabira. Mas na 
maioria das vezes sai saracoteando ironicamente 
pela rua macadamizada da poesia, que nem um 
pernóstico malandro escondido por detrás dos óculos 
e dos bigodes, ou melhor, que nem a foliona negra que 
você tanto admirou no Rio de Janeiro por ocasião das 
bacanais de Momo.
SANTIAGO, S. Contos antológicos de Silviano Santiago. São Paulo: 
Nova Alexandria, 2006.
Inspirado nas cartas de Mário de Andrade para Carlos 
Drummond de Andrade, o autor dá a esse material 
uma releitura criativa, atribuindo-lhe um remetente 
ficcional. O resultado é um texto de expressividade 
centrada na 
a) hesitação na escolha de um modelo literário ideal. 
b) colagem de estilos e estéticas na formação do 
escritor. 
c) confluência de vozes narrativas e de referências 
biográficas. 
d) fragmentação do discurso na origem da 
representação poética. 
e) correlação entre elementos da cultura popular e de 
origem erudita. 
 
24. (ENEM PPL) 
 
Essa campanha contra a sexualização infantil utiliza-
se da articulação entre texto escrito e imagem para 
representar um(a) 
a) casal de crianças do sexo oposto. 
b) relação inocente entre duas crianças. 
c) horário do dia inapropriado para crianças. 
d) proximidade inadequada entre as crianças. 
e) espaço perigoso para crianças dessa idade. 
25. (ENEM DIGITAL) 
 
De acordo com as intenções comunicativas e os 
recursos linguísticos que se destacam, determinadas 
funções são atribuídas à linguagem. A função que 
predomina nesse texto é a conativa, uma vez que ele 
a) atua sobre o interlocutor, procurando convencê-lo a 
realizar sua escolha de maneira consciente. 
b) coloca em evidência o canal de comunicação pelo 
uso das palavras “corrige” e “confirma”. 
c) privilegia o texto verbal, de base informativa, em 
detrimento do texto não verbal. 
d) usa a imagem como único recurso para interagir 
com o público a que se destina. 
e) evidencia as emoções do enunciador ao usar a 
imagem de uma criança. 
 
26. (ENEM DIGITAL) 
 
21
Essa é uma campanha de conscientização sobre os 
efeitos do álcool na direção. Pela leitura do texto, 
depreende-se que 
a) o álcool afeta os sentidos humanos, podendo 
provocar a morte de pessoas inocentes. 
b) a bicicleta é um veículo de difícil visibilidade para 
os motoristas alcoolizados. 
c) o recipiente da bebida pode ser usado como refletor 
da imagem da criança. 
d) a visão do motorista alcoolizado fica turva após a 
ingestão de bebida. 
e) a bebida alcoólica é proibida a menores de idade. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto extraído da primeira parte, intitulada 
“A terra”, da obra Os sertões, de Euclides da Cunha. 
A obra resultou da cobertura jornalística da Guerra 
de Canudos, realizada por Euclides da Cunha para o 
jornal O Estado de S.Paulo de agosto a outubro de 1897, 
e foi publicada apenas em 1902.
Percorrendo certa vez, nos fins de setembro [de 1897], 
as cercanias de Canudos, fugindo à monotonia de 
um canhoneio1 frouxo de tiros espaçados e soturnos, 
encontramos, no descer de uma encosta, anfiteatro 
irregular, onde as colinas se dispunham circulando 
um vale único. Pequenos arbustos, icozeiros2 virentes 
viçando em tufos intermeados de palmatórias3 de flores 
rutilantes, davam ao lugar a aparência exata de algum 
velho jardim em abandono. Ao lado uma árvore única, 
uma quixabeira alta, sobranceando a vegetação franzina.
O sol poente desatava, longa, a sua sombra pelo chão 
e protegido por ela – braços largamente abertos, face 
volvida para os céus – um soldado descansava.
Descansava... havia três meses.
Morrera no assalto de 18 dejulho [de 1897]. A coronha 
da Mannlicher4 estrondada, o cinturão e o boné 
jogados a uma banda, e a farda em tiras, diziam que 
sucumbira em luta corpo a corpo com adversário 
possante. Caíra, certo, derreando-se à violenta 
pancada que lhe sulcara a fronte, manchada de uma 
escara preta. E ao enterrarem-se, dias depois, os 
mortos, não fora percebido. Não compartira, por isto, 
a vala comum de menos de um côvado de fundo em 
que eram jogados, formando pela última vez juntos, 
os companheiros abatidos na batalha. O destino que 
o removera do lar desprotegido fizera-lhe afinal uma 
concessão: livrara-o da promiscuidade lúgubre de 
um fosso repugnante; e deixara-o ali há três meses – 
braços largamente abertos, rosto voltado para os céus, 
para os sóis ardentes, para os luares claros, para as 
estrelas fulgurantes...
E estava intacto. Murchara apenas. Mumificara 
conservando os traços fisionômicos, de modo a incutir 
a ilusão exata de um lutador cansado, retemperando-
se em tranquilo sono, à sombra daquela árvore 
benfazeja. Nem um verme – o mais vulgar dos trágicos 
analistas da matéria – lhe maculara os tecidos. Volvia 
ao turbilhão da vida sem decomposição repugnante, 
numa exaustão imperceptível. Era um aparelho 
revelando de modo absoluto, mas sugestivo, a secura 
extrema dos ares.
(Os sertões, 2016.)
1 canhoneio: descarga de canhões.
2 icozeiro: arbusto de folhas coriáceas, flores de tom 
verde-pálido e frutos bacáceos.
3 palmatória: planta da família das cactáceas, de flores 
amarelo-esverdeadas, com a parte inferior vermelha, 
ou róseas, e bagas vermelhas.
4 Mannlicher: rifle projetado por Ferdinand Ritter von 
Mannlicher. 
27. (UNESP) A linguagem do texto pode ser 
caracterizada como 
a) erudita e lacônica. 
b) rebuscada e técnica. 
c) coloquial e prolixa. 
d) subjetiva e informal. 
e) hermética e impessoal. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Examine a tira de André Dahmer para responder à(s) 
questão(ões) a seguir.
 
 
22
28. (UNESP) Constituem exemplos de linguagem 
formal e de linguagem coloquial, respectivamente, as 
seguintes falas: 
a) “Ah, estou morrendo de pena...” e “Ainda vou 
trabalhar a noite inteira no Iraque, meu rapaz.” 
b) “Me adianta essa, vai...” e “É cedo para mim.” 
c) “O importante é trabalhar com o que a gente gosta.” 
e “Posso lhe dar um emprego bem melhor...” 
d) “É cedo para mim.” e “Posso lhe dar um emprego 
bem melhor...” 
e) “Posso lhe dar um emprego bem melhor...” e “Me 
adianta essa, vai...” 
 
29. (FAMEMA) Leia o trecho de uma entrevista com 
o cineasta francês Jean Renoir (1894-1979), filho do 
conhecido pintor Pierre-Auguste Renoir, datada de 
novembro de 1958.
Cheguei mesmo a me perguntar se toda obra humana 
não é provisória – mesmo um quadro, mesmo uma 
estátua, mesmo uma obra arquitetônica, mesmo o 
Partenon. Seja qual for a solidez do Partenon, o que 
resta dele é muito pouco e não temos nenhuma ideia 
do que era quando acabara de ser construído. Mesmo 
o que resta vai desaparecer. Talvez se consiga, a custa 
de tanto colocar cimento nas colunas, mantê-lo por 
cem anos, duzentos anos, digamos quinhentos anos, 
digamos mil anos. Mas, enfim, chegará um dia em 
que o Partenon não existirá mais. Pergunto-me se não 
seria mais honesto abordar a obra de arte sabendo 
que ela é provisória e irá desaparecer, e que, na 
verdade, relativizando, não há diferença entre uma 
obra arquitetônica feita em mármore maciço e um 
artigo de jornal, impresso em papel e jogado fora no 
dia seguinte.
(Jean Renoir apud Jorge Coli. O que é arte, 2013. Adaptado.)
Neste trecho da entrevista, Jean Renoir reflete sobre 
a) a materialidade dos objetos artísticos. 
b) a finalidade dos objetos artísticos. 
c) o significado dos objetos artísticos. 
d) a origem dos objetos artísticos. 
e) o conteúdo dos objetos artísticos. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
O texto abaixo serve como base para a(s) questão(ões) 
a seguir.
Pedrinho, na varanda, lia um jornal. De repente parou 
e disse à Emília, que andava rondando por ali:
– Vá perguntar à vovó o que quer dizer folk-lore.
– Vá? Dobre a sua língua. Eu só faço coisas quando me 
pedem por favor. — Pedrinho, que estava com preguiça 
de levantar-se, cedeu à exigência da ex-boneca.
– 1Emilinha do coração — disse ele —, faça-me o 
maravilhoso favor de ir perguntar à vovó que coisa 
significa a palavra folk-lore, sim, teteia? — Emília foi e 
voltou com a resposta.
– Dona Benta disse que folk quer dizer gente, povo; 
e lore quer dizer sabedoria, ciência. Folclore são as 
coisas que o povo sabe por boca, de um contar para o 
outro, de pais a filhos.
Os contos, as histórias, as anedotas, as superstições, 
as bobagens, a sabedoria popular etc. e tal. Por que 
pergunta isso, Pedrinho?
O menino calou-se. Estava pensativo, com os olhos 
lá longe. Depois disse: — Uma ideia que eu tive. 2Tia 
Nastácia é o povo. Tudo que o povo sabe e vai contando 
de um para outro, ela deve saber. Estou com o plano de 
espremer Tia Nastácia para tirar o leite do folclore que 
há nela.
Emília arregalou os olhos. – Não está má a ideia, não, 
Pedrinho! 3Às vezes, a gente tem uma coisa muito 
interessante em casa e nem percebe.
Fonte: do livro Histórias de Tia Nastácia. São Paulo: Globo, 2009. 
30. (S1 - IFCE) Na frase “Tia Nastácia é o povo. Tudo 
que o povo sabe e vai contando de um para outro, 
ela deve saber” (referência 2) Pedrinho demonstra 
considerar que Tia Nastácia tem como característica 
o(a) 
a) sabedoria popular, por sua origem simples e 
interiorana. 
b) irreverência, fala tudo o que pensa sem muita 
reflexão. 
c) esclarecimento, é sempre bem informada dos 
principais acontecimentos do mundo. 
d) erudição, possui conhecimentos aprofundados 
sobre os mais diversos temas. 
e) coragem, por ser sempre muito destemida. 
23
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto para responder à(s) questão(ões) a seguir.
[...] no tempo em que se passavam os fatos que vamos 
narrando nada mais havia comum do que ter cada 
casa um, dois e às vezes mais agregados.
Em certas casas os agregados eram muito úteis, porque 
a família tirava grande proveito de seus serviços, 
e já tivemos ocasião de dar exemplo disso quando 
contamos a história do finado padrinho de Leonardo; 
outras vezes porém, e estas eram maior número, o 
agregado, refinado vadio, era uma verdadeira parasita 
que se prendia à árvore familiar, que lhe participava da 
seiva sem ajudá-la a dar frutos, e o que é mais ainda, 
chegava mesmo a dar cabo dela. E o caso é que, apesar 
de tudo, se na primeira hipótese o esmagavam com o 
peso de mil exigências, se lhe batiam a cada passo com 
os favores na cara, se o filho mais velho da casa, por 
exemplo, o tomava por seu divertimento, e à menor 
e mais justa queixa saltavam-lhe os pais em cima 
tomando o partido de seu filho, no segundo aturavam 
quanto desconcerto havia com paciência de mártir, 
o agregado tornava-se quase um rei em casa, punha, 
dispunha, castigava os escravos, ralhava com os filhos, 
intervinha enfim nos mais particulares negócios.
Em qual dos dois casos estava ou viria estar em breve 
o nosso amigo Leonardo? O leitor que decida pelo que 
se vai passar.
(Manuel Antônio de Almeida. Memórias de um Sargento de Milícias, 
1994.) 
31. (FAMEMA) O romance de Manuel Antônio de 
Almeida aborda costumes da sociedade do Rio de 
Janeiro do século XIX. Um deles é a presença comum 
de agregados nas casas. No texto, essa figura é descrita 
a) com certa reserva, já que se tratava de uma pessoa 
que não era bem vista pela família. 
b) por dois vieses, conforme a sua relação com a 
família: ou era útil a esta ou a explorava. 
c) de modo divertido, como uma pessoa que 
surpreendia não raro pelo seu humor e pela sua 
simpatia. 
d) como vítima do sistema, uma vez que a família a 
explorava, chegando a tratá-la como um escravo. 
e) de forma positiva, dado que os laços afetivos 
estabelecidos com a família eram legítimos. 
 
32. (G1 - CMRJ)Essa história em quadrinhos se comunica com o leitor 
por meio de palavras e imagens. Observando a fala de 
Calvin no primeiro e no último quadrinho, é correto 
perceber que ele expressa, respectivamente, 
a) orgulho e aflição. 
b) medo e confiança. 
c) alegria e precaução. 
d) curiosidade e satisfação. 
e) coragem e arrependimento. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
33. (S1 - IFCE) Sobre a charge acima, é correto afirmar-
se 
a) fake news não existem, assim como personagens de 
contos de fadas. 
b) por ser experiente em mentiras, Pinóquio seria um 
bom consultor para a criação de fake news. 
c) o nariz de Pinóquio está crescendo, pois ele está 
veiculando fake news. 
d) Pinóquio ter uma agenda em seu tablet demonstra 
um exemplo de fake news. 
e) o personagem Pinóquio utilizará fake news para 
conseguir fazer campanha política. 
 
24
34. (ENEM DIGITAL) 
Como o preconceito contribui para o aumento da 
epidemia de aids
Apesar dos avanços da medicina, a mentalidade em 
relação à aids e ao HIV continua na década de 1980.
O último Boletim Epidemiológico do Ministério da 
Saúde, de 2016, mostrou que os casos de HIV entre 
os jovens no Brasil aumentaram consideravelmente. 
O problema avançou:das 32 321 novas infecções por 
HIV registradas em 2015, 24,8% aconteceram com 
pessoas entre 15 e 24 anos.
Muitos apontam como causa o fato de que os 
adolescentes não conviveram com o auge da epidemia. 
Mas, para os especialistas, a questão é bem mais 
complexa. “Continuamos com essa visão hipócrita de 
que falar sobre sexo incita os mais jovens, e não damos 
ferramentas para que eles tomem decisões mais 
seguras em relação à sexualidade”, afirma Georgiana 
Braga-Orillard, diretora do Unaids, programa conjunto 
da ONU sobre HIV e aids,que tem como meta acabar 
com a epidemia até 2030.
A questão do preconceito não pode ser separada de 
uma síndrome estigmatizante comoa aids. Leis como 
a que garante o tratamento gratuito pelo SUS e a que 
penaliza atos de discriminação ajudam, mas não são 
suficientes para mudar a mentalidade da sociedade, 
que ainda enxerga quem vive com o vírus como 
um “merecedor”. Além disso, o acesso à saúde e à 
orientação não é igual para todos.
Disponível em: http://revistaplaneta.terra.com.br. Acesso em: 2 set. 
2017 (adaptado).
Essa reportagem discute o preconceito de não se falar 
abertamente sobre sexo com os mais jovens como um 
fator responsável pelo avanço do número de casos de 
aids no Brasil. A estratégia usada pelo repórter para 
tentar desconstruir esse preconceito é 
a) trazer para seu texto trecho que apresenta a palavra 
de uma autoridade na área. 
b) alertar para o fato de que o portador do vírus da aids 
é tido como um “merecedor”. 
c) tornar públicas estatísticas que comprovam o 
aumento no número de casos da doença. 
d) informar que os jovens de hoje desconhecem os 
piores momentos da epidemia de aids. 
e) comprovar que as informações sobre a doença e seu 
tratamento são inacessíveis a todos. 
 
35. (UNICAMP) De acordo com Heloísa Starling, “Sertão 
é uma palavra carregada de ambiguidade. Sertão pode 
indicar a formação de um espaço interno, a fronteira 
aberta, ou um pedaço da geografia brasileira onde a 
terra se torna mais árida, o clima é seco, a vegetação 
escassa. Mas a palavra é igualmente utilizada para 
apontar uma realidade política: a inexistência de 
limites, o território do vazio, a ausência de leis, a 
precariedade dos direitos. Sertão é, paradoxalmente, o 
potencial de liberdade e o risco da barbárie – além de 
ser também uma paisagem fadada a desaparecer.
(Adaptado de Heloisa Murgel Starling, A palavra “sertão” e uma 
história pouco edificante sobre o Brasil. Disponível em https://
www.suplementopernambuco.com.br/artigos/2243-a-palavra-
sert%C3%A3o-e-uma-hist%C3%B3ria-pouco-edificante-sobre-o-brasil.
html. Acessado em 06/08/2020.)
Assinale o excerto que corresponde à ideia de sertão 
desenvolvida pela autora. 
a) “Se achardes no Sertão muito sertão, lembrai-vos 
que ele é infinito, e a vida ali não tem esta variedade 
que não nos faz ver que as casas são as mesmas, e 
os homens não são outros.” (Machado de Assis, Obra 
completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, v. 3, p. 765) 
b) “Nessa época o sertão parece a terra combusta 
do profeta; dir-se-ia que por aí passou o fogo e 
consumiu toda a verdura, que é o sorriso dos campos 
e a gala das árvores, ou o seu manto, como chamavam 
poeticamente os indígenas.” (José de Alencar, O 
sertanejo. São Paulo: Ática, 1995, p.15) 
c) “Lugar sertão se divulga: é onde os pastos carecem 
de fechos; onde um pode torar dez, quinze léguas, sem 
topar com casa de morador; e onde criminoso vive 
seu cristo-jesus, arredado do arrocho de autoridade.” 
(João Guimarães Rosa, Grande sertão: veredas. Rio de 
Janeiro: José Olympio, 1956, p. 8.) 
d) “Dilatam-se os horizontes. O firmamento, sem o azul 
carregado dos desertos, alteia-se, mais profundo, ante 
o expandir revivescente da terra. E o sertão é um vale 
fértil. É um pomar vastíssimo, sem dono.” (Euclides da 
Cunha, Os sertões. São Paulo: Ateliê, 2001, p. 135) 
 
25
36. (ENEM PPL) 
 
Os quadrinhos apresentam a sequência de certos 
dispositivos eletrônicos criados no decorrer da 
história, destacando 
a) a alienação provocada pelo uso excessivo da 
tecnologia nas sociedades urbanas contemporâneas. 
b) o estágio mais recente da evolução tecnológica para 
o armazenamento de dados digitais. 
c) os diferentes tipos de dispositivos usados atualmente 
para a gravação de dados digitais. 
d) o desperdício de matéria-prima proveniente da 
indústria tecnológica. 
e) a comparação entre evolução humana e tecnológica. 
 
37. (S1 - IFPE) A Semana de Arte Moderna trouxe 
para a sociedade experiências distintas em relação 
ao contato com a leitura, através da literatura, e com 
a arte em geral. Dos excertos a seguir, assinale aquele 
que, com o advento do Modernismo, nos proporcionou 
a experiência da narrativa por meio do fluxo de 
consciência. 
a) “Como a nordestina, há milhares de moças 
espalhadas por cortiços, vagas de cama num quarto, 
atrás de balcões trabalhando até a estafa. Não notam 
sequer que são facilmente substituíveis e que tanto 
existiriam como não existiriam. Poucas se queixam 
e ao que eu saiba nenhuma reclama por não saber a 
quem. Esse quem será que existe?” (Clarice Lispector, 
em A hora da estrela) 
b) “Enfim, chegou a hora da encomendação e da 
partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o 
desespero daquele lance consternou a todos. Muitos 
homens choraram também, as mulheres todas. Só 
Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si 
mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. 
A confusão era geral.” (Machado de Assis, em Dom 
Casmurro) 
c) “Mas tinham ainda outra influência, que é 
justamente a que falta aos de hoje: era a influência 
que derivava de sua condições físicas. Os meirinhos 
de hoje são homens como quaisquer outros; nada 
têm de imponentes, nem no seu semblante nem no 
seu trajar, confundem-se com qualquer procurador, 
escrevente de cartório ou contínuo de repartição.” 
(Manuel Antônio de Almeida, em Memórias de um 
sargento de milícias) 
d) “Dir-se-ia que, vassalo e tributário desse rei das 
águas, o pequeno rio, altivo e sobranceiro contra 
os rochedos, curva-se humildemente aos pés do 
suserano. Perde então a beleza selvática; suas ondas 
são calmas e serenas como as de um lago, e não se 
revoltam contra os barcos e as canoas que resvalam 
sobre elas: escravo submisso, sofre o látego senhor.” 
(José de Alencar, em O Guarani) 
e) João Romão foi, dos treze aos vinte e cinco anos, 
empregado de um vendeiro que enriqueceu entre as 
quatro paredes de uma suja e obscura taverna nos 
refolhos do bairro do Botafogo; e tanto economizou do 
pouco que ganhara nessa dúzia de anos, que, ao retirar-
se o patrão para a terra, lhe deixou, em pagamento 
de ordenados vencidos, nem só a venda com o que 
estava dentro, como aindaum conto e quinhentos em 
dinheiro.” (Aluísio de Azevedo, em O cortiço) 
 
38. (FAMEMA) 
 
Do questionamento da personagem Mafalda, 
depreende-se uma crítica 
a) ao crescimento demográfico. 
b) à mercantilização da infância. 
c) à precariedade da educação. 
d) à generalização do consumismo. 
e) à desumanização do mundo. 
26
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto para responder à(s) questão(ões) a seguir.
Vem um Sapateiro com seu avental e carregado de 
formas, chega ao 1batel infernal, e diz:
Hou da barca!
Diabo – Quem vem aí?
Santo sapateiro honrado,
como vens tão carregado?
Sapateiro – Mandaram-me vir assi...
Mas para onde é a viagem?
Diabo – Para a terra dos danados.
Sapateiro – E os que morrem confessados
onde têm sua passagem?
Diabo – Não cures de mais linguagem!
que esta é tua barca, esta!
Sapateiro – Renegaria eu da festa
e da barca e da barcagem!
Como poderá isso ser, confessado e 
comungado?
Diabo – Tu morreste excomungado,
não no quiseste dizer.
Esperavas de viver;
calaste dez mil enganos,
tu roubaste bem trinta anos
o povo com teu mister.
Embarca, pobre de ti,
que há já muito que te espero!
Sapateiro – Pois digo-te que não quero!
Diabo – Que te pese, hás de ir, si, si!
(Gil Vicente. Auto da Barca do Inferno. Adaptado.)
1batel: pequena embarcação. 
39. (FAMEMA) O texto transcrito de Gil Vicente 
assume caráter 
a) moralizante, uma vez que traz explícita crítica aos 
costumes do personagem. 
b) educativo, pois o personagem reconhece seu erro e, 
ao final, é perdoado. 
c) humorístico, com intenção de entreter mais do que 
condenar comportamentos. 
d) doutrinário, considerando a devoção do personagem 
à religião quando em vida. 
e) edificante, já que o comportamento do personagem 
se torna exemplo a seguir. 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o trecho do conto-prefácio “Hipotrélico”, que 
integra o livro Tutameia, de João Guimarães Rosa.
Há o hipotrélico. O termo é novo, de impesquisada 
origem e ainda sem definição que lhe apanhe em 
todas as pétalas o significado. Sabe-se, só, que vem 
do bom português. Para a prática, tome-se hipotrélico 
querendo dizer: antipodático, sengraçante imprizido; 
ou, talvez, vice-dito: indivíduo pedante, importuno 
agudo, falto de respeito para com a opinião alheia. 
Sob mais que, tratando-se de palavra inventada, e, 
como adiante se verá, embirrando o hipotrélico em 
não tolerar neologismos, começa ele por se negar 
nominalmente a própria existência.
Somos todos, neste ponto, um tento ou cento 
hipotrélicos? Salvo o excepto, um neologismo 
contunde, confunde, quase ofende. Perspica-nos a 
inércia que soneja em cada canto do espírito, e que 
se refestela com os bons hábitos estadados. Se é que 
um não se assuste: saia todo-o-mundo a empinar 
vocábulos seus, e aonde é que se vai dar com a língua 
tida e herdada? Assenta-nos bem à modéstia achar 
que o novo não valerá o velho; ajusta-se à melhor 
prudência relegar o progresso no passado. [...]
Já outro, contudo, respeitável, é o caso – enfim – de 
“hipotrélico”, motivo e base desta fábula diversa, e que 
vem do bom português. O bom português, homem-
de-bem e muitíssimo inteligente, mas que, quando 
ou quando, neologizava, segundo suas necessidades 
íntimas.
Ora, pois, numa roda, dizia ele, de algum sicrano, 
terceiro, ausente:
– E ele é muito hiputrélico...
Ao que, o indesejável maçante, não se contendo, 
emitiu o veto:
– Olhe, meu amigo, essa palavra não existe.
Parou o bom português, a olhá-lo, seu tanto perplexo:
– Como?!... Ora... Pois se eu a estou a dizer?
– É. Mas não existe.
Aí, o bom português, ainda meio enfigadado, mas no 
tom já feliz de descoberta, e apontando para o outro, 
peremptório:
– O senhor também é hiputrélico...
E ficou havendo.
(Tutameia, 1979.) 
40. (UNESP) Considerando que “sonejar” constitui um 
neologismo formado pelo radical “sono” e pelo sufixo 
27
“-ejar”, que exprime aspecto frequentativo, “a inércia 
que soneja em cada canto do espírito” (2º parágrafo) 
contribui, segundo o narrador, para 
a) a degradação da norma-padrão. 
b) a invenção de novos vocábulos. 
c) a valorização da linguagem coloquial. 
d) a renovação radical da língua. 
e) a sobrevivência do idioma. 
 
41. (ENEM PPL) Entre as tentativas de encontrar o 
melhor ângulo para retirar o terneiro, meu irmão, o 
guri e seu pai tentavam convencer Jaqueline de que 
a morte da vaca não seria uma grande perda: “não é a 
mesma coisa que perder um pai, um avô, que a gente 
lembra para o resto da vida, fica lá no cemitério”, 
“bicho é bicho”. Jefferson, o guri, repetia tudo que o 
pai dizia, mas já afastado, pois havia sido corrido pela 
mãe.
Jaqueline repete: “pra mim não tem diferença! Os 
bichos estão tudo na volta. Eles sabem quando eu 
chego, me conhecem, sabem o meu cheiro. Sou eu 
que dou comida. Não tem diferença nenhuma!”. O pai 
tenta concordar sem afrontar os caras, dizendo que as 
pessoas desenvolvem valor de estima pelos animais.
KOSBY, M. F. Mugido (ou diário de uma doula). Rio de Janeiro: 
Garupa, 2017.
No fragmento, as reações à perda de um animal 
refletem concepções fortalecidas pela 
a) sensibilidade adquirida com a lida no campo. 
b) banalização da morte em função de sua recorrência. 
c) expectativa do sofrimento na visão do destino 
humano. 
d) certeza da efemeridade da vida como fator de 
pessimismo. 
e) empatia gerada pela interseção entre o homem e 
seu ambiente. 
 
42. (G1 - CMRJ) 
 
O humor, no texto acima, concretiza-se no último 
quadrinho. Considerando a leitura integral dessa 
tirinha, é correto afirmar que o recurso de humor 
presente no texto é originado da 
a) conclusão ilógica. 
b) indagação do óbvio. 
c) expectativa frustrada. 
d) autoimagem distorcida. 
e) afirmação contraditória. 
 
43. (ENEM DIGITAL) 
 
A fim de contribuir para a diminuição do número de 
acidentes de trânsito, essa campanha 
a) proíbe o uso de remédios para evitar o sono na 
direção. 
b) dá dicas aos motoristas sobre diminuição do cansaço 
físico. 
c) apresenta a capotagem como consequência da 
direção perigosa. 
d) atribui ao motorista a responsabilidade pela 
segurança no trânsito. 
e) conscientiza o motorista sobre a necessidade de 
controle da velocidade nas estradas. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o soneto “VII”, de Cláudio Manuel da Costa, para 
responder à(s) questão(ões) a seguir.
Onde estou? Este sítio desconheço:
Quem fez tão diferente aquele prado?
Tudo outra natureza tem tomado,
E em contemplá-lo, tímido, esmoreço.
Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço
De estar a ela um dia reclinado;
Ali em vale um monte está mudado:
Quanto pode dos anos o progresso!
28
Árvores aqui vi tão florescentes,
Que faziam perpétua a primavera:
Nem troncos vejo agora decadentes.
Eu me engano: a região esta não era;
Mas que venho a estranhar, se estão presentes
Meus males, com que tudo degenera!
(Cláudio Manuel da Costa. Obras, 2002.)
 
44. (UNESP) No soneto, o eu lírico expressa um 
sentimento de inadequação que, a seu turno, se faz 
presente na seguinte citação: 
a) “A independência, não obstante a forma em que se 
desenrolou, constituiu a primeira grande revolução 
social que se operou no Brasil.” (Florestan Fernandes. 
A revolução burguesa no Brasil.) 
b) “Todo povo tem na sua evolução, vista à distância, 
um certo ‘sentido’. Este se percebe não nos 
pormenores de sua história, mas no conjunto dos fatos 
e acontecimentos essenciais que a constituem num 
largo período de tempo.” (Caio Prado Júnior. Formação 
do Brasil contemporâneo.) 
c) “A ocupação econômica das terras americanas 
constitui um episódio da expansão comercial da 
Europa. A descoberta das terras americanas é, 
basicamente, um episódio dessa obra ingente. De 
início pareceu ser episódio secundário. E na verdade o 
foi para os portugueses durante todo um meio século.” 
(Celso Furtado. Formação econômica do Brasil.) 
d) “Trazendo de países distantes nossas formasde convívio, nossas instituições, nossas ideias, e 
timbrando em manter tudo isso em ambiente muitas 
vezes desfavorável e hostil, somos ainda hoje uns 
desterrados em nossa terra.” (Sérgio Buarque de 
Holanda. Raízes do Brasil.) 
e) “A formação patriarcal do Brasil explica-se, tanto nas 
suas virtudes como nos seus defeitos, menos em termos 
de ‘raça’ e de ‘religião’ do que em termos econômicos, 
de experiência de cultura e de organização da família, 
que foi aqui a unidade colonizadora.” (Gilberto Freyre. 
Casa-grande e senzala.) 
 
45. (ENEM PPL) O Brasil (descrição física e política)
O Brasil é um país maior do que os menores e menor 
do que os maiores. É um país grande, porque, medida 
sua extensão, verifica-se que não é pequeno. Divide-se 
em três zonas climatéricas absolutamente distintas: 
a primeira, a segunda e a terceira. Sendo que a 
segunda fica entre a primeira e a terceira. Há muitas 
diferenças entre as várias regiões geográficas do país, 
mas a mais importante é a principal. Na agricultura 
faz-se exclusivamente o cultivo de produtos vegetais, 
enquanto a pecuária especializa-se na criação de 
gado. A população é toda baseada no elemento 
humano, sendo que as pessoas não nascidas no país 
são, sem exceção, estrangeiras. Tão privilegiada 
é hoje, enfim, a situação do país que os cientistas 
procuram apenas descobrir o que não está descoberto, 
deixando para a indústria tudo o que já foi aprovado 
como industrializável e para o comércio tudo o que é 
vendável. É, enfim, o país do futuro, e este se aproxima 
a cada dia que passa.
FERNANDES, M. In: ANTUNES, I. Língua, texto e ensino: outra escola 
possível. São Paulo: Parábola, 2009 (adaptado).
Em relação ao propósito comunicativo anunciado no 
título do texto, esse gênero promove uma quebra de 
expectativa ao 
a) abordar aspectos físicos e políticos do país de 
maneira impessoal. 
b) apresentar argumentos plausíveis sobre a estrutura 
geopolítica do Brasil. 
c) tratar aspectos físicos e políticos do país por meio 
de abordagem cômica. 
d) trazer informações relevantes sobre os aspectos 
físicos e políticos do Brasil. 
e) propor uma descrição sucinta sobre a organização 
física e política do Brasil. 
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÕES 46 A 90
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
Leia o texto.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, os Estados 
Unidos se viram numa situação privilegiada, como 
a mais forte, coesa e próspera economia mundial. O 
governo americano coordenou um vasto plano de 
apoio para recuperar as economias capitalistas da 
Europa Ocidental, já no contexto da Guerra Fria. As 
agitações revolucionárias na Ásia, África e América 
Latina forçariam desdobramentos dos investimentos 
americanos também para essas áreas.
O resultado desse conjunto de medidas foi um 
crescimento econômico sem precedentes das 
29
economias industriais. Entre 1953 e 1975 a taxa de 
produção industrial cresceu na escala extraordinária 
de seis por cento ao ano. O crescimento da riqueza foi 
de cerca de quatro por cento per capita em todo esse 
período. Mesmo com a crise do petróleo, que atingiu e 
abateu os mercados entre 1973 e 1980, o crescimento 
continuou, embora reduzido a cerca de dois e meio 
por cento ao ano, o que ainda era uma escala notável.
(Nicolau Sevcenko. A corrida para o século XXI: no loop da 
montanha-russa, 2001. Adaptado.) 
46. (UNESP) No contexto descrito, 
a) a industrialização no Ocidente expandiu-se 12% 
no período de 1973 a 1980, o que refletiu a plena 
independência da indústria ocidental em relação ao 
petróleo produzido e exportado pelo Oriente Médio. 
b) o crescimento da riqueza foi menor no período 
de 1973 a 1980, em relação às décadas anteriores, 
demonstrando o impacto da crise do petróleo na 
economia norte-americana e na do Ocidente europeu. 
c) a taxa de produção industrial cresceu 132% no 
período de 1953 a 1975, o que fortaleceu a economia 
norte-americana e permitiu investimentos nos países 
do Ocidente europeu. 
d) a produção industrial norte-americana manteve-se 
estável no período de 1953 a 1975, o que impediu que 
os Estados Unidos abalassem a liderança econômica 
mundial da China e da União Soviética. 
e) a riqueza per capita sofreu redução de 2,5% no 
período de 1973 a 1980, o que fragilizou a posição 
norte-americana na disputa pelos mercados dos 
países do Ocidente europeu. 
 
47. (UNESP) O apoio à recuperação das economias 
capitalistas da Europa Ocidental e os investimentos 
na Ásia, na África e na América Latina, mencionados 
no texto, correspondem à atuação dos Estados Unidos 
a) na defesa de posições políticas e ideológicas 
de caráter globalista e multicultural, após a onda 
nacionalista trazida pela Segunda Guerra. 
b) na disputa pelos mercados internos dos países do 
centro e oriente da Europa e dos países do Hemisfério 
Sul. 
c) no cenário geopolítico do pós-Segunda Guerra, 
em meio às disputas de caráter econômico, militar e 
ideológico com o bloco socialista. 
d) na constituição de uma hegemonia mundial 
unilateral, favorecida pelo declínio econômico e 
militar dos países do centro e do ocidente europeus. 
e) no esforço de reconstrução dos países afetados 
diretamente pelos bombardeios e pelas invasões 
territoriais durante a Segunda Guerra. 
 
48. (FGV) Observe as fotos tiradas no Congo em 1904 
e 1905.
 
Os registros fotográficos foram feitos pela missionária 
inglesa Alice Seeley Harris no Congo, propriedade 
particular do rei Leopoldo II da Bélgica. As fotografias, 
de grande circulação nas sociedades europeias no 
início do século passado, revelaram 
a) o abandono das sociedades nativas pelos 
colonizadores europeus. 
b) a utilização de armas de fogo pelas tribos 
permanentemente rebeladas. 
c) a sujeição física de indivíduos em condições de 
penúria social. 
d) o desinteresse das potências imperialistas por um 
território sem recursos naturais. 
e) a difusão de produtos de consumo da indústria 
europeia entre os habitantes. 
 
49. (UNESP) Texto 1
O filósofo é o amigo do conceito, ele é conceito em 
potência. Quer dizer que a filosofia não é uma simples 
arte de formar, de inventar ou de fabricar conceitos, 
pois os conceitos não são necessariamente formas, 
achados ou produtos. A filosofia, mais rigorosamente, 
é a disciplina que consiste em criar conceitos.
(Gilles Deleuze e Félix Guattari. O que é a filosofia?, 2007.)
Texto 2
A língua é um “como” se pensa, enquanto que a cultura 
é “o quê” a sociedade faz e pensa. A língua, como meio, 
molda o pensamento na medida em que pode variar 
livremente. A língua é o molde dos pensamentos.
(Rodrigo Tadeu Gonçalves. Perpétua prisão órfica ou Ênio tinha três 
corações, 2008. Adaptado.)
30
Os textos levantam questões que permitem identificar 
uma característica importante da reflexão filosófica, 
qual seja, que 
a) a mutabilidade da linguagem amplia o conhecimento 
do mundo. 
b) a cultura é constituída a partir da especulação 
teórica. 
c) o conhecimento evolui a partir do desenvolvimento 
tecnológico. 
d) a filosofia estabelece as balizas e diretrizes do fazer 
científico. 
e) os conceitos são permanentes e derivados de 
verdades preestabelecidas. 
 
50. (FGV) Observe a capa do livro Assim falou Juca 
Pato, de Belmonte, publicado em primeira edição em 
1933.
 
Belmonte é o pseudônimo do jornalista, caricaturista 
e escritor Benedito Barros Barreto. Belmonte criou o 
personagem Juca Pato nas suas crônicas diárias no 
jornal Folha da Noite, a partir de 1925. O livro Assim 
falou Juca Pato (Aspectos divertidos de uma confusão 
dramática) é uma coletânea de crônicas publicadas no 
jornal. A capa do livro é uma ilustração dos assuntos 
tratados por Belmonte, tais como: 
a) consolidação do liberalismo econômico, tratados 
militares, independência de colônias africanas, 
primeira República brasileira, sufrágio universal 
feminino. 
b) alianças de governos totalitários, vitórias socialistas 
no Oriente, industrializaçãocolonial, Estado Novo 
brasileiro e pessimismo cultural. 
c) formação de Estados Nacionais, política de Paz 
Armada, aliança dos países do Terceiro Mundo, 
República Federal brasileira e dissolução dos 
costumes. 
d) constituição de regimes antidemocráticos, 
expansionismos militares, contestação do domínio 
colonial, situação política brasileira, modificações 
comportamentais. 
e) fortalecimento da Sociedade das Nações, 
internacionalismo econômico, criação do pan-
asiatismo, movimento sindicalista brasileiro e 
movimento feminista. 
 
51. (ENEM) 
 
A dinâmica produtiva apresentada na imagem tem 
como estratégia central 
a) separação pelo tipo de solo. 
b) exportação da colheita sazonal. 
c) priorização da tecnologia moderna. 
d) adequação pelo tempo da natureza. 
e) intensificação da atividade pecuária. 
31
52. (FUVEST) O acordo entre o Mercosul e a União 
Europeia está sendo discutido há cerca de 20 anos e 
prevê, entre outros elementos, a redução progressiva 
das tarifas de exportação entre os blocos. O Brasil, que 
é um grande exportador de produtos de origem agrícola 
para o mercado europeu, teria redução tarifária para a 
exportação de produtos como carnes, açúcar e etanol, 
dentre outros.
Para a ratificação do acordo, o parlamento europeu 
aprovou uma resolução que manifesta a importância 
do compromisso dos países do Mercosul com a 
implementação do Acordo de Paris. A relutância em 
ratificar o acordo entre Mercosul e União Europeia, 
por parte de alguns países da UE em 2020, deveu-se, 
entre outros fatores,
Note e adote:
OMC: Organização Mundial do comércio
PRONAF: Programa Nacional de Fortalecimento da 
Agricultura Familiar
SAFs: Sistemas Agroflorestais
UE: união Europeia
 
a) à desigual condição climática para produção de 
vinhos nos dois continentes. 
b) às políticas de incentivo à agricultura familiar na 
América Latina e especialmente ao PRONAF no Brasil. 
c) à difusão de SAFs, criados com o propósito de 
produção para consumo humano no Cone Sul. 
d) às declarações que cogitaram a retirada do Brasil da 
OMC meses antes da aprovação da resolução. 
e) aos graves problemas ambientais no Brasil, tais 
como desmatamento e queimadas. 
 
53. (UNESP) 
Quinta-feira, 14 de novembro de 1991
Para checheno, russos impõem “terror real”
O presidente da Checheno-Ingushia (Cáucaso, sul 
da Rússia) declarou ontem que a Rússia prepara 
uma campanha desestabilizadora contra seu país. O 
Parlamento russo exigiu uma “solução pacífica” e o 
envio de um grupo de deputados para a negociação.
Segunda-feira, 18 de novembro de 1991
Sérvios derrotam croatas em Vukovar
Croácia admite a perda da cidade para o Exército 
iugoslavo, que a sitiava há 86 dias
A Croácia admitiu ter perdido militarmente para o 
Exército iugoslavo a cidade sitiada de Vukovar. A 
queda de Vukovar é uma das piores derrotas sofridas 
pela Croácia.
Segunda-feira, 16 de maio de 1994
Combate se intensifica na Bósnia
Sérvios e muçulmanos ignoram apelo internacional 
por diálogo; denunciadas novas atrocidades
Tropas muçulmanas e sérvias intensificaram os 
combates na região de Tuzla, nordeste da Bósnia, 
ameaçando jogar por terra o esforço por novas 
conversações de paz. Os novos combates indicam que 
sérvios e muçulmanos não estão dispostos a aceitar os 
apelos internacionais por novas conversações.
(https://acervo.folha.com.br. Adaptado.)
Essas notícias têm em comum conflitos que envolvem 
questões 
a) imperialistas, relacionadas ao controle do Estado, 
decorrentes da adoção de medidas baseadas em 
diferenças culturais entre adversários políticos. 
b) geopolíticas, relacionadas à dissolução do Pacto de 
Varsóvia, que tinha como objetivo a formação de uma 
aliança militar entre os países do Leste Europeu. 
c) territoriais, relacionadas ao estabelecimento de 
novas fronteiras, cujos limites refletem a conjuntura 
multilateral de formação de blocos econômicos. 
d) supranacionais, relacionadas ao esfacelamento do 
bloco socialista, cujo esgotamento econômico deveu-
se à estrutura centralizadora da Rússia. 
e) étnico-nacionalistas, relacionadas à constituição de 
novos Estados, devido a hostilidades que remontam 
às expansões dos impérios Russo, Otomano e Austro-
Húngaro. 
 
54. (ENEM DIGITAL) Mesmo com a instalação da 
quarta emissora no Rio de Janeiro, a Rádio Educadora, 
em janeiro de 1927, a música popular ainda não 
desfrutava desse meio de comunicação para se tornar 
32
mais conhecida. Renato Murce, um dos maiores 
radialistas de todos os tempos, registrou, no seu livro 
Nos bastidores do rádio, que as emissoras veiculavam 
apenas “um certo tipo de cultura, com uma 
programação quase só da chamada música erudita, 
conferências maçantes e palestras destituídas de 
interesse”. E acrescentou: “Nada de música popular. 
Em samba, então, nem era bom falar”.
CABRAL, S. A MPB na Era do Rádio. São Paulo: Moderna, 1996.
A situação descrita no texto alterou-se durante o 
regime do Estado Novo, porque o meio de comunicação 
foi instrumentalizado para 
a) exportar as manifestações folclóricas nacionais. 
b) ampliar o alcance da propaganda político-ideológica. 
c) substituir as comemorações cívicas espontâneas. 
d) atender às demandas das elites oligárquicas. 
e) favorecer o espaço de mobilização social. 
 
55. (ENEM PPL) No fim da década de 1950, a 
agricultura intensiva começou a ser disseminada 
nos países em desenvolvimento. Esse fato marcou o 
início da Revolução Verde – um período de 30 anos 
de grandes colheitas que permitiram a muitos países 
pobres tornarem-se autossuficientes em alimentos. 
Com esse incrível aumento na produção, observado 
especialmente nos países da América Latina, veio 
uma crescente dependência dos produtos químicos 
agrícolas – e também problemas ecológicos em escala 
global. No Brasil, os resultados dessa revolução são 
visíveis e colocaram o país entre os mais importantes 
da agropecuária mundial.
BURNIE, D. Fique por dentro da ecologia. São Paulo: Cosac & Naify, 
2001 (adaptado).
A expansão da capacidade produtiva brasileira, no 
contexto indicado, também resultou em 
a) queda nos níveis de contaminação do solo. 
b) retomada das técnicas tradicionais de plantio. 
c) desvalorização financeira das propriedades rurais. 
d) inibição do fluxo migratório campo-cidade. 
e) crescimento da demanda por trabalhadores 
qualificados. 
 
56. (FGV) Analise os mapas.
 
 
A análise dos mapas permite afirmar que 
a) as ocupações de terra diminuíram na região Norte. 
b) a concentração de terras aumentou na região Sul. 
c) o assentamento de famílias aumentou na região 
Centro-Oeste. 
d) a agricultura familiar diminuiu na região Nordeste. 
e) as agroindústrias diminuíram na região Sudeste. 
 
33
57. (UNESP) Aquele que ousa empreender a instituição 
de um povo deve sentir-se com capacidade para, por 
assim dizer, mudar a natureza humana, transformar 
cada indivíduo, que por si mesmo é um todo perfeito e 
solitário, em parte de um todo maior, do qual de certo 
modo esse indivíduo recebe sua vida e seu ser; alterar 
a constituição do homem para fortificá-la; substituir 
a existência física e independente, que todos nós 
recebemos da natureza, por uma existência parcial 
e moral. Em uma palavra, é preciso que destitua o 
homem de suas próprias forças para lhe dar outras […] 
das quais não possa fazer uso sem socorro alheio.
(Jean-Jacques Rousseau. Do contrato social, 1978.)
De acordo com a teoria contratualista de Rousseau, é 
necessário superar a natureza humana para 
a) assegurar a integridade do soberano. 
b) conservar as desigualdades sociais. 
c) evitar a guerra de todos contra todos. 
d) promover a efetivação da vontade geral. 
e) garantir a preservação da vida. 
 
58. (UNESP) Para Oswald, o primitivo estará associado 
ao pensamento selvagem como questionamento 
do pensamento iluminista e como proposta de 
valorização do pensamento selvagem local ao qual 
viria se acrescentara incorporação contemporânea da 
técnica.
(Viviana Gelado. Poéticas da transgressão: vanguarda e cultura 
popular nos anos 20 na América Latina, 2006.)
O primitivismo expresso no “Manifesto da Poesia Pau-
Brasil”, lançado por Oswald de Andrade em 1924, 
pode ser associado à 
a) rejeição da influência cultural estrangeira e da 
ideologização na produção artística. 
b) recusa do experimentalismo estético e dos discursos 
de resgate das tradições locais. 
c) defesa dos princípios ilustrados e da renovação 
técnica proporcionada pela sociedade de fábrica. 
d) celebração da originalidade nativa e da 
modernização tecnológica. 
e) perspectiva rousseauniana do bom selvagem e do 
primado do pensamento lógico-racional. 
 
59. (FUVEST) O Monte Everest é o pico mais elevado 
do planeta, localizado na cordilheira do Himalaia, na 
fronteira da China e Nepal, com 8.848 metros de altitude. 
Possui cinco estações meteorológicas em diferentes 
altitudes funcionando desde 2019, entre elas a estação 
mais elevada do planeta (8.430 m), que registra dados 
valiosos para a climatologia. Esse projeto foi liderado pelo 
Dr. Paul Andrew Mayewski, geógrafo e climatologista, 
cuja equipe projetou e treinou por meses para instalar 
a estação meteorológica em tal condição adversa em 
menos de 90 minutos.
Disponível em https://www.climadeensinar.com.br/. Adaptado.
A dificuldade de instalação da estação na altitude 
citada deve-se 
a) às elevadas condições de umidade provenientes do 
derretimento de neve. 
b) à ocorrência de chuvas intensas, que aumentam os 
riscos de avalanches. 
c) às temperaturas reduzidas e à baixa concentração 
de oxigênio nessa altitude. 
d) aos dias mais curtos nessa altitude, o que reduz o 
brilho solar. 
e) à elevada pressão atmosférica, que produz ventos 
intensos nessa altitude. 
 
60. (ENEM DIGITAL) Constantinopla, aquela cidade 
vasta e esplêndida, com toda a sua riqueza, sua ativa 
população de mercadores e artesãos, seus cortesãos 
em seus mantos civis e as grandes damas ricamente 
vestidas e adornadas, com seus séquitos de eunucos 
e escravos, despertaram nos cruzados um grande 
desdém, mesclado a um desconfortável sentimento de 
inferioridade.
RUNCIMAN, S. A Primeira Cruzada e a fundação do Reino de 
Jerusalém. Rio de Janeiro: Imago, 2003 (adaptado).
A reação dos europeus quando defrontados com essa 
cidade ocorreu em função das diferenças entre Oriente 
e Ocidente quanto aos(às) 
a) modos de organização e participação política. 
b) níveis de disciplina e poderio bélico do exército. 
c) representações e práticas de devoção politeístas. 
d) dinâmicas econômicas e culturais da vida urbana. 
e) formas de individualização e desenvolvimento 
pessoal. 
 
61. (UNESP) Mas eu me persuadi de que nada existia 
no mundo, que não havia nenhum céu, nenhuma terra, 
espíritos alguns, nem corpos alguns; me persuadi 
também, portanto, de que eu não existia? Certamente 
não, eu existia, sem dúvida, se é que eu me persuadi 
ou, apenas, pensei alguma coisa. Mas há algum, não 
34
sei qual, enganador mui poderoso e mui ardiloso que 
emprega toda a sua indústria em enganar-me sempre. 
Não há pois dúvida alguma de que sou, se ele me 
engana; e, por mais que me engane, não poderá jamais 
fazer com que eu nada seja, enquanto eu pensar ser 
alguma coisa. De sorte que, após ter pensado bastante 
nisto e de ter examinado cuidadosamente todas as 
coisas, cumpre enfim concluir e ter por constante que 
esta proposição, penso, logo sou, é necessariamente 
verdadeira, todas as vezes que a enuncio […].
(René Descartes. Meditações, 1973.)
Segundo o texto, um dos pontos iniciais do método de 
Descartes que o levou ao cogito (“penso, logo sou”) foi 
a) a análise das partes. 
b) a síntese das partes analisadas. 
c) o prevalecimento da alma sobre o raciocínio. 
d) o reconhecimento de um Deus enganador. 
e) a arte da persuasão grega. 
 
62. (FUVEST) A criação do Banco do Amazônia e da 
Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia 
(SUDAM) preconizou uma política de concessão de 
incentivos fiscais aos empresários, especialmente das 
regiões mais ricas do país, para que deixassem de 
pagar 50% do imposto de renda, desde que o dinheiro 
fosse depositado naquele banco para financiar 
projetos de desenvolvimento no estado do Amazonas. 
Os investimentos orientaram-se de preferência para 
a agropecuária, de modo que um grande número de 
empresários e de empresas, especialmente do Sudeste do 
Brasil, sem tradição no ramo, tornaram-se proprietárias 
de terras e empresários rurais. Em princípio o aquisição 
de terras pelos grandes capitalistas do Sudeste animou o 
mercado imobiliário.
José de Sousa Martins. O Poder do Atraso. Adaptado.
Assinale a alternativa que apresenta a combinação 
correta entre o período a que se refere o texto e as 
implicações, territoriais e sociais, observadas nas áreas 
onde a política de incentivos fiscais entrou em operação.
Período
Implicações
Territoriais Sociais
a) Brasil 
Império
Expansão dos 
sistemas agroflo-
restais e preserva-
ção da vegetação 
nativa
Aprovação do 
direito de sindica-
lização do traba-
lhador rural
b) Primei-
ra Repú-
blica
Expansão da área 
voltada à pecuária 
e redução da Mata 
Atlântica
Aumento do nú-
mero de assalaria-
dos no campo
c) Estado 
Novo
Expansão da eco-
nomia extrativa 
e concentração 
fundiária
Eliminação dos 
direitos trabalhis-
tas na cidade e no 
campo
d) Di-
tadura 
Militar
Aumento da grila-
gem e avanço do 
desmatamento
Aumento dos con-
flitos violentos no 
campo
e) Nova 
República
Aumento da área 
de vegetação 
nativa e reforma 
agrária massiva
Melhora na distri-
buição fundiária 
e dos níveis de 
consumo interno
 
63. (FGV) 
Processos importantes
I. Ataque, pela acidez da água, nas estruturas 
dos cristais.
II. Desintegração de minerais que possuem ferro 
mais solúvel e móvel, transformando-o em 
óxidos pouco solúveis.
III. O ferro no estado menos solúvel é dissolvido.
IV. Dissolução completa (como a da rocha calcária, 
que pode formar cavernas).
(Igo F. Lepsch. Formação e conservação dos solos, 2002. Adaptado.)
Na formação dos solos, os processos destacados são 
responsáveis 
a) pelo intemperismo físico. 
b) pela morfogênese. 
c) pelo assoreamento. 
d) pela erosão. 
e) pelo intemperismo químico. 
 
64. (ENEM DIGITAL) Certos músicos agradavam 
tanto ao público da Corte por seu talento especial 
como virtuose ou como compositor, que sua fama 
se espraiava para além da Corte local onde estavam 
empregados, chegando aos mais altos níveis. Eram 
chamados para tocar nas Cortes dos poderosos, como 
aconteceu com Mozart; imperadores e reis exprimiam 
abertamente prazer com sua arte e admiração por suas 
realizações. Tinham permissão para jantar à mesma 
mesa – normalmente em troca de uma execução ao 
35
piano; muitas vezes se hospedavam em seus palácios 
quando viajavam e assim conheciam intimamente seu 
estilo de vida e seu gosto.
ELIAS, N. Mozart, sociologia de um gênio. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 
1995 (adaptado).
Com base no caso descrito, qual elemento histórico do 
Antigo Regime contrasta com o trânsito de intelectuais 
e artistas pelas Cortes? 
a) Rigidez das estruturas sociais. 
b) Fragmentação do poder estatal. 
c) Autonomia de profissionais liberais. 
d) Harmonia das relações interindividuais. 
e) Racionalização da administração pública. 
 
65. (FGV) O mercador de Veneza é uma peça de teatro 
escrita por William Shakespeare entre 1596 e 1597. No 
excerto, o judeu Shylock refere-se a um empréstimo 
em dinheiro feito por ele ao cristão Antônio.
Shylock
Ainda um mau negócio para mim! Um falido, um 
pródigo, que mal se atreve a mostrar a cabeça no 
Rialto! Um mendigo que habitualmente vinha exibir-
se na praça!... [...] Gostava de chamar-me de usurário. 
[...] Gostava de emprestar dinheiro por cortesia cristã.
(William Shakespeare. O mercador de Veneza, 2013.)
As palavras de Shylock sobre Antônio revelama) a separação entre desenvolvimento econômico e 
crenças religiosas de grupos empresariais. 
b) a crise do comércio de especiarias no Mar 
Mediterrâneo com a condenação cristã do lucro 
monetário. 
c) a guerra religiosa na cidade com a expropriação 
econômica dos estrangeiros em benefício dos 
dirigentes políticos. 
d) a organização da economia urbana segundo 
preceitos bíblicos com a exigência legal do perdão de 
dívidas. 
e) a ligação entre comportamentos religiosos e 
mecanismos de acumulação de capitais. 
 
66. (FUVEST) Observe o mapa com dados de 2020:
 
Os países destacados em amarelo no mapa referem-se: 
a) Ao bloco dos BRICS. 
b) Aos novos integrantes da OCDE. 
c) A países excluídos da OMC. 
d) A países da OPEP. 
e) A países membros da OTAN. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o trecho do romance Grande sertão: veredas, de 
Guimarães Rosa.
Sei que estou contando errado, pelos altos. Desemendo. 
Mas não é por disfarçar, não pense. De grave, na lei do 
comum, disse ao senhor quase tudo. Não crio receio. O 
senhor é homem de pensar o dos outros como sendo 
o seu, não é criatura de pôr denúncia. E meus feitos 
já revogaram, prescrição dita. Tenho meu respeito 
firmado. Agora, sou anta empoçada, ninguém me caça. 
Da vida pouco me resta – só o deo-gratias; e o troco. 
Bobeia. Na feira de São João Branco, um homem andava 
falando: – “A pátria não pode nada com a velhice...” 
Discordo. A pátria é dos velhos, mais. Era um homem 
maluco, os dedos cheios de anéis velhos sem valor, 
as pedras retiradas – ele dizia: aqueles todos anéis 
davam até choque elétrico... Não. Eu estou contando 
assim, porque é o meu jeito de contar. Guerras e 
batalhas? Isso é como jogo de baralho, verte, reverte. 
Os revoltosos depois passaram por aqui, soldados de 
Prestes, vinham de Goiás, reclamavam posse de todos 
os animais de sela. Sei que deram fogo, na barra do 
Urucuia, em São Romão, aonde aportou um vapor 
do Governo, cheio de tropas da Bahia. Muitos anos 
adiante, um roceiro vai lavrar um pau, encontra balas 
cravadas. O que vale, são outras coisas. A lembrança da 
vida da gente se guarda em trechos diversos, cada um 
com seu signo e sentimento, uns com os outros acho 
que nem não misturam. Contar seguido, alinhavado, 
só mesmo sendo as coisas de rasa importância. De 
36
cada vivimento que eu real tive, de alegria forte ou 
pesar, cada vez daquela hoje vejo que eu era como se 
fosse diferente pessoa. Sucedido desgovernado. Assim 
eu acho, assim é que eu conto. [...] Tem horas antigas 
que ficaram muito mais perto da gente do que outras, 
de recente data. O senhor mesmo sabe.
(Grande sertão: veredas, 2015.)
67. (UNESP) O evento histórico mencionado no texto 
está relacionado 
a) à Revolta da Chibata. 
b) à Revolta da Armada. 
c) ao Cangaço. 
d) ao Abolicionismo. 
e) ao Tenentismo. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia a letra da canção “Bom conselho”, de Chico 
Buarque, composta em 1972.
Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado:
Quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio vento na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
(www.chicobuarque.com.br) 
68. (UNESP) Considerando-se o contexto histórico-
social em que a canção foi composta, o verso “Vou pra 
rua e bebo a tempestade” (3ª estrofe) sugere a ideia de 
manifestações populares que ocorreram no Brasil por 
ocasião 
a) do Regime Civil-Militar. 
b) do fim do Estado Novo. 
c) da deposição de João Goulart. 
d) do Movimento Diretas Já. 
e) do Movimento Grevista dos Metalúrgicos do ABC. 
 
69. (UNESP) A classificação das raças em “superiores” 
e “inferiores”, recorrente desde o século XVII, ganha 
uma falsa legitimidade baseada no mito iluminista 
do saber científico, coincidindo com a necessária 
justificativa de que a dominação e a exploração da 
África, mais do que “naturais” e inevitáveis, eram 
“necessárias” para desenvolver os “selvagens” 
africanos, de acordo com as normas e os valores da 
civilização ocidental.
(Leila Leite Hernandez. A África na sala de aula: visita à história 
contemporânea, 2005.)
As teorias raciais utilizadas durante o processo de 
colonização da África no século XIX eram 
a) desdobramentos do pensamento ilustrado, que 
valorizava a liberdade e a igualdade social e de 
natureza. 
b) manifestações ideológicas que buscavam justificar 
a exploração e o domínio europeus sobre o continente 
africano. 
c) baseadas no pensamento lamarckista, que explicava 
a transmissão genética de características fisiológicas e 
intelectuais adquiridas. 
d) validadas pela defesa darwinista do direito dos 
superiores se imporem aos demais seres vivos. 
e) sustentadas pelo pensamento antropológico, que 
tratava as diferenças culturais dos diversos povos 
como positivas e necessárias. 
 
70. (UNESP) A crítica de Sócrates aos sofistas consiste 
em mostrar que o ensinamento sofístico limita-se a 
uma mera técnica ou habilidade argumentativa que 
visa a convencer o oponente daquilo que se diz, mas 
não leva ao verdadeiro conhecimento. A consequência 
disso era que, devido à influência dos sofistas, as 
decisões políticas na Assembleia estavam sendo 
tomadas não com base em um saber, ou na posição 
dos mais sábios, mas na dos mais hábeis em retórica, 
que poderiam não ser os mais sábios ou virtuosos.
(Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, 2010.)
37
De acordo com o texto, a crítica socrática aos sofistas 
dizia respeito 
a) ao entendimento de que o verdadeiro conhecimento 
baseava-se no exercício da retórica. 
b) à desvalorização da pluralidade de opiniões e de 
posicionamentos político-ideológicos. 
c) ao prevalecimento das técnicas discursivas nas 
decisões da Assembleia acerca dos rumos das cidades-
Estado. 
d) ao predomínio de líderes pouco sábios e com poucas 
virtudes na composição da Assembleia. 
e) à defesa de formas tirânicas de exercício do poder 
desenvolvida pela retórica convincente. 
 
71. (UNESP) Observe a gravura de Isidore-Stanislas 
Helman (1743-1806).
O evento representado na imagem mostra 
a) o poder legislativo, composto por representantes de 
todas as classes sociais e responsável pela proposição 
e criação das leis federais. 
b) uma assembleia popular, reunida em caráter 
permanente e aberta à participação direta de todos os 
cidadãos. 
c) o poder moderador, composto por representantes 
de organismos sociais e políticos e responsável pelo 
controle sobre as decisões do rei. 
d) o poder executivo, composto pelos membros da 
nobreza e do clero e responsável pelas decisões 
relativas à política exterior. 
e) uma assembleia consultiva, convocada 
esporadicamente pelo rei e formada por representantes 
das três ordens sociais. 
 
72. (UNESP) Locke […] admite, a título de direito 
natural, o direito de propriedade fundado sobre o 
trabalho e limitado, por consequência, à extensão de 
terra que um homem pode cultivar, e o poder paterno, 
sendo a família instituição natural e não política. […] 
O pacto social não cria nenhum direito novo. É um 
acordo entre indivíduos que se reúnem para empregar 
a força coletiva no sentido de executar as leis naturais, 
renunciando a executá-las por sua própria força.
(Émile Bréhier. História da filosofia, 1979.)
O excerto apresenta um aspecto da teoria política de 
Locke, que estabelece 
a) a garantia da defesa de bens individuais. 
b) a submissão das famílias à decisão coletiva. 
c) a regulação do Estado conforme a vontade divina. 
d) a ausência de um poder soberano. 
e) a autoridade do governo na divisão de propriedades. 
 
73. (FUVEST) [No Brasil] a transição da predominância 
indígena para a africana na composição da força de trabalhoescrava ocorreu aos poucos ao longo de aproximadamente 
meio século. Quando os senhores de engenho, individualmente, 
acumulavam recursos suficientes, compravam alguns cativos 
africanos, e iam acrescentando outros à medida que capital e 
crédito se tornavam disponíveis. Em fins do século XVI, a mão 
de obra dos engenhos era mista do ponto de vista racial, e a 
proporção foi mudando constantemente e favor dos africanos 
e sua prole.
Stuart Schwartz, Segredos internos. São Paulo: Companhia das 
Letras, 1988, p.68.
Com base na leitura do trecho e em seus conhecimentos, 
podemos afirmar corretamente que no Brasil 
a) a implementação da escravidão de origem africana 
não fez desaparecer a escravidão indígena, pois o 
emprego de ambos poderia variar segundo épocas e 
regiões específicas. 
b) do ponto de vista senhorial, valia a pena pagar mais 
caro por escravos africanos, porque estes viviam mais 
do que os escravos indígenas, que eram mais baratos. 
c) o comércio de escravos africanos foi incompatível 
com o comércio de indígenas, porque eram explorados 
por diferentes traficantes, que competiam entre si. 
d) havia crédito disponível para a compra de escravos 
africanos, mas não de escravos indígenas, pois a Igreja 
estava interessada na manutenção de boas relações 
com os nativos. 
e) a escravização dos indígenas pelos portugueses 
foi impossibilitada pelo fato de que os povos nativos 
americanos eram contrários ao aprisionamento de 
seres humanos. 
38
74. (FGV) Em 9 de março de 1933, foi lançado nos 
Estados Unidos um amplo programa de reformas 
implementado pelo governo de Franklin Delano 
Roosevelt. Surgiu para salvar o país de uma enorme 
depressão e pôs em xeque os fundamentos do 
liberalismo clássico, do “laissez faire, laissez passer”, 
para o qual o alicerce básico da economia seria a sua 
autorregulamentação. 
(https://operamundi.uol.com.br, 09.03.2018. Adaptado.)
O programa de reformas e a crise que motivou sua 
implantação correspondem, respectivamente, 
a) ao Plano Marshall e à Primeira Guerra Mundial. 
b) à Emenda Platt e à concessão de subsídios 
industriais. 
c) ao New Deal e à quebra da bolsa de Nova Iorque. 
d) à Doutrina Monroe e à queda do poder de compra 
nacional. 
e) ao America First e ao déficit da balança comercial. 
 
75. (FAMEMA) Os cadetes da Escola Militar formavam a 
falange sagrada. [...] Uns trapos de positivismo tinham 
colado naquelas inteligências e uma religiosidade 
especial brotara-lhes no sentimento, transformando 
a autoridade, especialmente Floriano e vagamente a 
República, em artigo de fé.
(Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma, 1959.)
O romance Triste fim de Policarpo Quaresma foi 
publicado em primeira edição em 1915. Interpretando-
se a passagem citada à luz das instituições da Primeira 
República brasileira, pode-se concluir que o excerto 
alude 
a) à defesa do sufrágio universal secreto pelas forças 
armadas brasileiras. 
b) à ausência de liberdade de imprensa ao longo da 
República oligárquica. 
c) ao conteúdo filosófico predominante na primeira 
Constituição republicana brasileira. 
d) à diversidade de orientações políticas no interior 
dos grupos republicanos. 
e) às decisões políticas da presidência da República 
dirigidas pelo saber científico. 
 
76. (FGV) 
 
Em junho de 2019, ativistas do Greenpeace instalaram 
um letreiro gigante em frente ao Museu Nacional de 
História e Arte de Amsterdã, substituindo a mensagem 
“I amsterdam" por “I amazonia”. A iniciativa chamava 
a atenção para a necessidade de preservar a floresta 
amazônica em um momento em que o governo 
brasileiro anunciava a revisão do Fundo Amazônia, 
criado em 2008.
A respeito do funcionamento do Fundo Amazônia, 
assinale a afirmação correta. 
a) O Fundo capta investimentos para ações 
de prevenção, monitoramento, combate ao 
desmatamento e de promoção do uso sustentável da 
floresta amazônica. 
b) Uma parte dos recursos angariados pelo Fundo é 
destinada a indenizar os investidores do agronegócio na 
Região Amazônica, cujas terras foram desapropriadas 
por razões de preservação ambiental. 
c) O Fundo recebe empréstimos internacionais 
reembolsáveis graças aos lucros obtidos com as 
iniciativas de exploração sustentável da Amazônia. 
d) A gestão do Fundo é realizada pelos estados 
integrantes da Amazônia Legal, responsáveis por 
captar os recursos, além de contratar e monitorar os 
projetos apoiados. 
e) Os parceiros internacionais do Fundo mais 
comprometidos com a preservação da floresta 
amazônica são institutos governamentais dos Estados 
Unidos, da Noruega e da Alemanha. 
 
77. (UNESP) Pode acontecer que, para a educação do 
verdadeiro filósofo, seja preciso que ele percorra todas 
as gradações nas quais os “trabalhadores da filosofia” 
estão instalados e devem permanecer firmes: ele deve 
ter sido crítico, cético, dogmático e histórico e, ademais, 
poeta, viajante, moralista e vidente e “espírito livre”, 
tudo enfim para poder percorrer o círculo dos valores 
humanos, dos sentimentos de valor, e poder lançar um 
39
olhar de múltiplos olhos e múltiplas consciências, da 
mais sublime altitude aos abismos, dos baixios para o 
alto. Mas tudo isso é apenas uma condição preliminar 
da sua incumbência. Seu destino exige outra coisa: a 
criação de valores.
(Friedrich Nietzsche. Além do bem e do mal, 2001. Adaptado.)
No texto, Nietzsche propõe que a formação do filósofo 
deve 
a) assegurar e manter os poderes políticos do 
governante. 
b) conhecer e extrapolar as práticas de vida, os 
sentimentos e os valores presentes na sociedade. 
c) privilegiar e fortalecer o papel da religião nas 
atitudes críticas perante a vida e os humanos. 
d) restringir-se ao terreno da reflexão na busca por 
uma verdade absoluta. 
e) retomar a origem una e indivisível dos humanos, na 
busca de sua liberdade de natureza. 
 
78. (FUVEST) 
 
Sobre as projeções cartográficas apresentadas, suas 
formas, é correto afirmar: 
a) Interesses geopolíticos e comerciais forçaram 
distorções na projeção de Mercator, para fazer parecer 
mais curto o caminho ao novo continente, elemento 
corrigido a partir do século XIX, na projeção de Gall-
Peters. 
b) As três projeções apresentam distorções, uma vez 
que a Terra tem forma aproximada de um geoide e sua 
projeção num plano ficará distorcida. 
c) As projeções de Mercator e GaII-Peters apresentam 
distorções pela falta de recursos técnicos no período 
em que foram feitas, mas o avanço computacional do 
século XX permitiu o fim das distorções na projeção 
de Robinson. 
d) A projeção de GalI-Peters não apresentava distorções 
no momento de sua elaboração, mas a descoberta 
da Antártica e da Oceania, logo após sua proposição, 
forçou a adaptação e induziu distorções. 
e) Todas as projeções apresentam distorções, uma vez 
que o formato da Terra não era conhecido até o século 
XX, o que gerou dúvidas sobre como essa projeção 
deveria ser executada. 
 
79. (UNESP) No que dizia respeito ao Estado a ser 
construído, genericamente o modelo disponível era 
aquele que prevalecia no mundo ocidental. Tratava-se 
de organizar um aparato político-administrativo com 
jurisdição sobre um território definido, que exercia 
as competências de ditar as normas que deveriam 
regrar todos os aspectos da vida na sociedade, cobrar 
compulsoriamente tributos para financiá-lo e às suas 
políticas, exercer o poder punitivo para aqueles que 
não respeitassem as normas por ele ditadas.
(Miriam Dolhnikoff. História do Brasil império, 2019.)
O texto refere-se à organização política do Brasil após 
a independência, em 1822. O novo Estado brasileiro 
foi baseado em padrões 
a) federalistas e garantia completa autonomia às 
províncias. 
b) liberais e contava com sistema político 
representativo. 
c) absolutistas e fundava-se no exercício dos três 
poderes pelo imperador. 
d) elitistas e era controlado apenas pelos portugueses 
residentes no país. 
e) democráticose permitia a ampla participação da 
população brasileira. 
40
80. (UNESP) A agricultura 4.0 é a conexão em tempo 
real dos dados coletados pelas tecnologias digitais com 
o objetivo de otimizar a produção em todas as suas 
etapas. Representará a chegada da Internet das Coisas 
ao campo. “No futuro, a agricultura será autonômica, 
independente. Os equipamentos conectados, com 
apoio de inteligência artificial e aprendizado de 
máquina, irão analisar os dados da cadeia produtiva 
e tomar as decisões. Caberá ao agricultor acompanhar, 
monitorar e endossar os processos em curso”, diz 
Fernando Martins, conselheiro de empresas de 
tecnologia voltadas ao agronegócio.
(Domingos Zaparolli. “Agricultura 4.0”. Pesquisa Fapesp, janeiro de 
2020.)
Caso se concretize no cenário brasileiro, a agricultura 
4.0 tem potencial para promover 
a) a qualificação profissional da mão de obra, ainda 
que possa promover mudanças na estrutura fundiária. 
b) a superação do campesinato, embora deva 
permanecer ligada às práticas de cultivo tradicionais. 
c) a ampliação dos cultivos, a despeito dos baixos 
recursos comumente destinados aos insumos. 
d) o aumento da produtividade, embora tenda a 
reforçar as desigualdades no campo. 
e) o aumento das exportações, ainda que possa 
desabastecer o mercado interno. 
 
81. (FGV) Observe a montagem visual que faz parte 
de uma série fotográfica composta entre 1967 e 1972.
 
Vinculando-se o momento da produção da série 
fotográfica com aquela conjuntura da história norte-
americana, a imagem “Limpando a cortina” pode 
fornecer explicação sobre 
a) a segurança interna da população de uma nação 
capitalista desenvolvida. 
b) a desigualdade social produzida pelos desníveis das 
economias em escala global. 
c) a dificuldade de circulação de notícias internacionais 
em países democráticos. 
d) a vitória nas eleições presidenciais de candidatos 
das forças armadas. 
e) a mobilização de setores sociais afetados pela 
política exterior do país. 
 
82. (FAMEMA) Analise o gráfico.
O contexto expresso no gráfico indica a necessidade 
brasileira de 
a) incentivar políticas de obsolescência programada. 
b) aumentar os investimentos no setor de logística. 
c) reavaliar as infraestruturas dedicadas ao marketing. 
d) promover a organização de compras coletivas. 
e) combater os resquícios do consumo consciente. 
 
83. (FGV) É particularmente no Oeste da província de 
São Paulo – o Oeste de 1840, não o de 1940 – que os 
cafezais adquirem seu caráter próprio, emancipando-
se das formas de exploração agrária estereotipadas 
desde os tempos coloniais no modelo clássico de 
lavoura canavieira e do “engenho” de açúcar. A 
silhueta antiga do senhor de engenho perde aqui 
alguns dos seus traços característicos, desprendendo-
se mais da terra e da tradição – da rotina – rural. A terra 
da lavoura deixa então de ser o seu pequeno mundo 
para se tornar unicamente seu meio de vida, sua fonte 
de renda e de riqueza. A fazenda resiste com menos 
energia à influência urbana.
(Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil, 1995.)
O historiador compara duas economias agrárias, 
empregando como critério da comparação 
a) o volume do capital acumulado com as redes 
internacionais de comércio de produtos primários. 
b) o grau maior ou menor de autonomia dos centros 
de produções agrícolas para com as relações 
41
socioeconômicas mais gerais. 
c) o emprego de formas de exploração do trabalho 
especializado assalariado ou compulsório em regimes 
de plantations. 
d) o controle ou a influência maior ou menor dos 
grandes empresários agrícolas sobre as políticas 
governamentais. 
e) a permanência mais ou menos duradoura da 
atividade produtiva agrícola ao longo da história do 
Brasil. 
 
84. (FUVEST) “A base física do Brasil, ao principiar 
o século XVIII, era profundamente diversa daquela 
que, mesmo numa interpretação liberal do Tratada 
de Tordesilhas, fora assentada no diploma de 1494. A 
expansão ao longo do litoral levara ao Oiapoc, no norte, 
e ao Prata, no sul. O rush do ouro estava determinando 
a ampliação da área oeste do mesmo modo por que a 
‘droga do sertão’ explicava a façanha da incorporação do 
mundo amazônica. Toda uma geografia nova, política, 
social e econômica se estava escrevendo na América 
portuguesa [...].”
Arthur F. Reis. "Os tratados de limites". História geral da civilização 
brasileira, t.I, v.1, p. 396.
A partir da leitura do trecho e de seus conhecimentos, 
é correto afirmar que: 
a) o Tratado de Tordesilhas representou uma 
permanente barreira a exploração econômica dos 
sertões portugueses da América, e só foi ultrapassada 
no século XVIII por sertanistas que passaram a agir 
junto à Coroa Portuguesa. 
b) a ocupação da Amazônia foi determinante na 
formação do território português da América porque 
as drogas do sertão puderam ser exploradas por 
longos períodos, ao contrário do efêmero ouro de 
Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. 
c) embora a mineração tenha interiorizado a presença 
portuguesa no continente, a definição das fronteiras 
territoriais do Brasil só se completaria definitivamente 
muito depois, no começo do século XX. 
d) mesmo com o rush minerador a economia 
colonial portuguesa continuou isolada em relação 
aos principais circuitos econômicos europeus de sua 
época, situação que só alteraria na primeira década do 
século XIX. 
e) a realidade econômica de Portugal e Espanha no 
séculos XVII e XVIII tornou o Tratado de Tordesilhas 
obsoleto, uma vez que neste período importava menos 
o comércio extrativista e mais a produção industrial. 
85. (ENEM DIGITAL) TEXTO I
De modo geral, para a Região Norte, o fato contundente 
é a expansão dos padrões motivados pela pecuária. 
Hoje, as pastagens se estendem como uma frente 
pecuarista para o interior do Pará, com São Félix do 
Xingu contabilizando um dos maiores rebanhos do 
país.
IBGE. Censo agropecuário. Rio de Janeiro: IBGE, 2006.
TEXTO II
As várzeas dos rios são os principais espaços de 
aproveitamento para o cultivo de uma lavoura 
rudimentar dedicada ao consumo local, com produção 
de pouca extração e baixo nível tecnológico, induzindo 
a aquisição monetária à complementaridade através 
da pesca e da extração vegetal.
IBGE. Censo agropecuário. Rio de Janeiro: IBGE, 2006.
De acordo com os textos, observa-se na Região Norte 
a coexistência de dois modelos agrários baseados, 
respectivamente, no(a) 
a) mercado de exportação e na subsistência. 
b) agricultura familiar e na agroecologia. 
c) sistema de arrendamento e no agronegócio. 
d) produção orgânica e na sustentabilidade. 
e) abastecimento interno e na transumância. 
 
86. (UNESP) Artigo 1º – Todos os escravos, que 
entrarem no território ou portos do Brasil, vindos de 
fora, ficam livres [...].
Artigo 2º – Os importadores de escravos no Brasil 
incorrerão na pena corporal do artigo cento e setenta e 
nove do Código Criminal, imposta aos que reduzem à 
escravidão pessoas livres [...].
(Lei de 7 de novembro de 1831. https://camara.leg.br.)
A Lei de 7 de novembro de 1831, também conhecida 
como “Lei Feijó”, 
a) proporcionou a imediata superação da escravidão 
no Brasil, que se consolidou com a entrada maciça de 
imigrantes europeus a partir da década de 1870. 
b) teve efeito reduzido, pois o tráfico internacional 
de escravos e a entrada de mão de obra africana 
no território brasileiro persistiram nos governos 
sucessivos do país até a metade do século XIX. 
c) foi promulgada por pressão da Coroa inglesa, que 
determinou que navios britânicos apreendessem todas 
as embarcações suspeitas de tráfico de escravizados. 
42
d) proibiu a escravidão no Brasil, embora a escassez de 
mão de obra assalariada tenha levado à manutenção 
do emprego de mão de obra de escravizados até a 
década de 1880. 
e) resultou da guinada ocorrida no Período Regencial, 
quando o Brasil assumiu diretrizes liberais e 
ilustradas na condução da política econômica eno 
reconhecimento dos direitos humanos. 
 
87. (UNESP) Texto 1
Nos últimos tempos, reservou-se (e, com isso, 
popularizou- se) o termo fake news para designar os 
relatos pretensamente factuais que inventam ou 
alteram os fatos que narram e que são disseminados, 
em larga escala, nas mídias sociais, por pessoas 
interessadas nos efeitos que eles poderiam produzir.
(Wilson S. Gomes e Tatiana Dourado. “Fake news, um fenômeno 
de comunicação política entre jornalismo, política e democracia”. 
Estudos em Jornalismo e Mídia, nº 2, vol. 16, 2019.)
Texto 2
As vacinas foram os principais alvos de fake news entre 
todas as publicações monitoradas pelo Ministério da 
Saúde em 2018. Cerca de 90% dos focos de mentiras 
identificados pelo órgão tinham como alvo a vacinação. 
Reconhecido internacionalmente, o programa de 
imunização brasileiro viu doenças como sarampo e 
poliomielite voltarem a ameaçar o país em 2018 após 
os índices de cobertura vacinal caírem em 2017.
(Fabiana Cambricoli. “Ministério da Saúde identifica 185 focos de 
fake news e reforça campanhas”. https://saude.estadao.com.br, 
20.09.2018. Adaptado.)
Os textos tratam de uma prática que é contrária ao 
princípio da fundamentação racional sustentado por 
Descartes, que propôs a 
a) busca por um conhecimento seguro proveniente do 
ato de duvidar. 
b) construção da compreensão a partir da lógica 
dialética. 
c) eliminação da subjetividade na produção do 
conhecimento. 
d) fundamentação das certezas a partir da experiência 
sensível. 
e) percepção da realidade por meio da associação 
entre fé e razão. 
 
88. (ENEM PPL) O horário brasileiro de verão consiste 
em adiantar em uma hora a hora legal (oficial) de 
determinados estados. Ele é adotado por iniciativa do 
Poder Executivo com vistas a limitar a máxima carga a 
que o sistema fica sujeito no período do ano de maior 
consumo, aumentando, assim, sua confiabilidade, 
constituída pelas linhas de transmissão e pelas usinas 
que atendem as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e 
parte da Região Norte.
Disponível em: www12.senado.gov.br. Acesso em: 29 jun. 2015 
(adaptado).
A ação governamental descrita é possibilitada por 
meio da seguinte estratégia: 
a) Redução do valor das contas de luz. 
b) Estímulo à geração de energia limpa. 
c) Diminuição de produção da matriz hidrelétrica. 
d) Distribuição da eletricidade de modo equitativo. 
e) Aproveitamento do fotoperíodo de forma estendida. 
 
89. (FGV) As cidades brasileiras foram classificadas, 
hierarquicamente, a partir das funções de gestão que 
exercem sobre outras cidades, considerando tanto 
seu papel de comando em atividades empresariais 
quanto de gestão pública, e, ainda, em função da sua 
atratividade para suprir bens e serviços para outras 
cidades.
(https://biblioteca.ibge.gov.br. Adaptado.)
Essa classificação é estabelecida a partir da análise 
a) do PIB per capita das cidades. 
b) da área de influência das cidades. 
c) do plano diretor das cidades. 
d) da densidade demográfica das cidades. 
e) do déficit público das cidades. 
 
90. (FGV) 
 
43
A distribuição dos aglomerados subnormais ocorre, 
sobretudo, em: 
a) áreas de altas taxas de desemprego, devido à intensa 
urbanização. 
b) áreas com altos índices de analfabetismo, devido ao 
intenso processo de industrialização. 
c) áreas metropolitanas, em virtude das deficiências 
no planejamento e execução de políticas públicas. 
d) cidades médias, devido à não obrigatoriedade de 
elaboração de um plano diretor. 
e) cidades com pequena influência, em virtude das 
baixas taxas de articulação com a rede urbana.

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