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1
SIMULADO
ESPECIAL 1
TEMA: O PREJUÍZO DA CULTURA DO CANCELAMENTO PARA A SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
TEXTO 01
Cultura do cancelamento
Além dos seus usos mais tradicionais – como deixar 
de assinar um serviço ou desmarcar um compromisso 
agendado –, o verbo “cancelar” tem sido empregado 
com frequência, recentemente, para pessoas. O ato de 
cancelar alguém costuma ser aplicado a figuras públicas 
que tenham feito ou dito algo considerado condenável, 
ofensivo ou preconceituoso. São inúmeros os exemplos 
de cancelados, e a lista aumenta a cada semana. O 
cancelamento é primeiramente decretado numa rede 
social, onde gera uma onda de críticas e comentários. 
Depois estampa manchetes e, normalmente, é seguido 
de uma retratação do cancelado, que pode ou não ser 
acatada por seus críticos.
Fonte: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2019/11/01/Quais-
os-efeitos-da-cultura-do-cancelamento
TEXTO 02
 
 
Fonte: https://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/cultura-do-
cancelamento-causa-danos-ao-cancelado-ao-cancelador-afirmam-
psicologas-24882814.html
TEXTO 03 
Por que linchamos?
Não raro, o linchamento virtual resvala para a violência 
física — é o caso de Fabiane Maria de Jesus, dona de casa 
assassinada em maio de 2014, no Guarujá, após ser 
acusada de praticar magia negra e sequestrar crianças. 
O boato surgiu na internet, junto a relatos falsos de 
testemunhas. Fabiane foi espancada até a morte por 
moradores, após ser confundida com um retrato falado 
da suposta sequestradora. O linchamento foi filmado e 
divulgado na internet, onde viralizou. 
Depois, descobriu-se que o retrato havia sido feito em 
2012 por policiais do Rio de Janeiro, em um caso sem 
relação alguma com o boato. O linchamento tem caráter 
vingativo, de punir com força redobrada o suposto 
2
crime original. É uma forma de a sociedade julgar a 
ineficiência dos procedimentos oficiais de justiça. A 
hipótese mais provável é a de que a população lincha 
para punir, mas sobretudo para indicar seu desacordo 
com alternativas de mudança social que violam 
valores e normas de conduta tradicionais”, escreve 
José Martins de Souza, sociólogo e professor da USP, 
no livro Linchamentos: a justiça popular no Brasil. “O 
linchamento não é uma manifestação de desordem, 
mas de questionamento da desordem.” 
Fonte: https://super.abril.com.br/tecnologia/o-que-motiva-os-
linchamentos-virtuais/
TEXTO 04
 
Charge de Enrico Rea
ANOTAÇÕES
3
1. (ENEM) TEXTO I
Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a 
história, resistiu até o esgotamento completo. Vencido 
palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no 
dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos 
defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: 
um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente 
dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.
CUNHA, E. Os sertões. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1987.
TEXTO II
Na trincheira, no centro do reduto, permaneciam 
quatro fanáticos sobreviventes do extermínio. Era 
um velho, coxo por ferimento e usando uniforme da 
Guarda Católica, um rapaz de 16 a 18 anos, um preto 
alto e magro, e um caboclo. Ao serem intimados para 
deporem as armas, investiram com enorme fúria. 
Assim estava terminada e de maneira tão trágica a 
sanguinosa guerra, que o banditismo e o fanatismo 
traziam acesa por longos meses, naquele recanto do 
território nacional.
SOARES, H. M. A Guerra de Canudos. Rio de Janeiro: Altina, 1902.
Os relatos do último ato da Guerra de Canudos fazem 
uso de representações que se perpetuariam na 
memória construída sobre o conflito. Nesse sentido, 
cada autor caracterizou a atitude dos sertanejos, 
respectivamente, como fruto da 
a) manipulação e incompetência. 
b) ignorância e solidariedade. 
c) hesitação e obstinação. 
d) esperança e valentia. 
e) bravura e loucura. 
 
2. (UNESP) A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar cabana, e vinha,
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.
(...)
Estupendas usuras nos mercados,
Todos, os que não furtam, muito pobres,
E eis aqui a Cidade da Bahia.
(Gregório de Matos. “Descreve o que era realmente naquelle tempo 
a cidade da Bahia de mais enredada por menos confusa”. In: Obra 
poética (org. James Amado), 1990.)
O poema, escrito por Gregório de Matos no século 
XVII, 
a) representa, de maneira satírica, os governantes e a 
desonestidade na Bahia colonial. 
b) critica a colonização portuguesa e defende, de forma 
nativista, a independência brasileira. 
c) tem inspiração neoclássica e denuncia os problemas 
de moradia na capital baiana. 
d) revela a identidade brasileira, preocupação 
constante do modernismo literário. 
e) valoriza os aspectos formais da construção poética 
parnasiana e aproveita para criticar o governo. 
 
3. (FUVEST) Se o açúcar do Brasil o tem dado a conhecer 
a todos os reinos e províncias da Europa, o tabaco o 
tem feito muito afamado em todas as quatro partes do 
mundo, em as quais hoje tanto se deseja e com tantas 
diligências e por qualquer via se procura. Há pouco 
mais de cem anos que esta folha se começou a plantar 
e beneficiar na Bahia [...] e, desta sorte, uma folha 
antes desprezada e quase desconhecida tem dado e dá 
atualmente grandes cabedais aos moradores do Brasil e 
incríveis emolumentos aos Erários dos príncipes. 
ANTONIL André João. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas 
e minas. São Paulo: EDUSP, 2007. Adaptado. 
 
O texto acima, escrito por um padre italiano em 1711, 
revela que 
a) o ciclo econômico do tabaco, que foi anterior ao do 
ouro, sucedeu o da cana-de-açúcar. 
b) todo o rendimento do tabaco, a exemplo do que 
ocorria com outros produtos, era direcionado à 
metrópole. 
c) não se pode exagerar quanto à lucratividade 
propiciada pela cana-de-açúcar, já que a do tabaco, 
desde seu início, era maior. 
d) os europeus, naquele ano, já conheciam plenamente 
o potencial econômico de suas colônias americanas. 
e) a economia colonial foi marcada pela simultaneidade 
de produtos, cuja lucratividade se relacionava com sua 
inserção em mercados internacionais. 
 
4. (FUVEST) São Paulo gigante, torrão adorado
Estou abraçado com meu violão
Feito de pinheiro da mata selvagem
Que enfeita a paisagem lá do meu sertão
Tonico e Tinoco, São Paulo Gigante.
Nos versos da canção dos paulistas Tonico e Tinoco, o 
termo “sertão” deve ser compreendido como 
4
a) descritivo da paisagem e da vegetação típicas do 
sertão existente na região Nordeste do país. 
b) contraposição ao litoral, na concepção dada pelos 
caiçaras, que identificam o sertão com a presença dos 
pinheiros. 
c) analogia à paisagem predominante no Centro-Oeste 
brasileiro, tal como foi encontrada pelos bandeirantes 
no século XVII. 
d) metáfora da cidade-metrópole, referindo-se à aridez 
do concreto e das construções. 
e) generalização do ambiente rural, independentemente 
das características de sua vegetação. 
 
5. (ENEM PPL) 
Quando a propaganda é decisiva na troca de marcas 
Todo supermercadista sabe que, quando um produto 
está na mídia, a procura pelos consumidores 
aumenta. Mas, em algumas categorias, a influência da 
propaganda é maior, de acordo com pesquisa feita com 
400 pessoas pela consultoria YYY e com exclusividade 
para o supermercado XXX. 
O levantamento mostrou que, mesmo não sendo a 
razão o fator mais apontado para trocar de marca, não 
se pode ignorar a força das campanhas publicitárias. 
Em algumas categorias, um terço dos respondentes 
atribuem a mudança à publicidade. Para Nicanor 
Guerreiro, a propaganda estabelece uma relação mais 
“emocional” da marca com o público. “Todos sentimos 
necessidade de consumir produtos que sejam ‘aceitos’ 
pelas outras pessoas. Por isso, a comunicação faz o 
papel de endosso das marcas”, afirma. O executivo 
ressalta, no entanto, que nada disso adianta se o 
produto não cumprir as promessas transmitidas nas 
ações de comunicação. Um dos objetivos da propaganda 
é tornar o produtoaspiracional, despertando o desejo 
de experimentá-lo. O que o consumidor deseja é o que 
a loja vende. E é isso o que o supermercadista precisa 
ter sempre em mente. Veja o gráfico: 
De acordo com o texto e com as informações fornecidas 
pelo gráfico, para aumentar as vendas de produtos, é 
necessário que 
a) a campanha seja centrada em produtos alimentícios, 
a fim de aumentar o percentual de troca atual que se 
apresenta como o mais baixo. 
b) a preferência de um produto ocorra por influência 
da propaganda devido à necessidade emocional das 
marcas. 
c) a propaganda influencie na troca de marca e que o 
consumidor valorize a qualidade do produto. 
d) os produtos mais vendidos pelo comércio não sejam 
divulgados para o público como tal. 
e) as marcas de qualidade inferior constituam o foco 
da publicidade por serem mais econômicas. 
 
6. (ENEM) No Brasil, a origem do funk e do hip-hop 
remonta aos anos 1970, quando da proliferação dos 
chamados “bailes black” nas periferias dos grandes 
centros urbanos. Embalados pela black music 
americana, milhares de jovens encontravam nos bailes 
de final de semana uma alternativa de lazer antes 
inexistente. Em cidades como o Rio de Janeiro ou São 
Paulo, formavam-se equipes de som que promoviam 
bailes onde foi se disseminando um estilo que buscava 
a valorização da cultura negra, tanto na música como 
nas roupas e nos penteados. No Rio de Janeiro ficou 
conhecido como “Black Rio”. A indústria fonográfica 
descobriu o filão e, lançando discos de “equipe” com 
as músicas de sucesso nos bailes, difundia a moda 
pelo restante do país.
DAYRELL, J. A música entra em cena: o rap e o funk na socialização 
da juventude. Belo Horizonte: UFMG, 2005.
A presença da cultura hip-hop no Brasil caracteriza-se 
como uma forma de 
a) lazer gerada pela diversidade de práticas artísticas 
nas periferias urbanas. 
b) entretenimento inventada pela indústria fonográfica 
nacional. 
c) subversão de sua proposta original já nos primeiros 
bailes. 
d) afirmação de identidade dos jovens que a praticam. 
e) reprodução da cultura musical norte-americana. 
 
7. (FUVEST) Rubião fitava a enseada, – eram oito horas 
da manhã. Quem o visse, com os polegares metidos no 
cordão do chambre, à janela de uma grande casa de 
Botafogo, cuidaria que ele admirava aquele pedaço de 
5
água quieta; mas em verdade vos digo que pensava em 
outra coisa. Cotejava o passado com o presente. Que era, 
há um ano? Professor. Que é agora! Capitalista. Olha 
para si, para as chinelas (umas chinelas de Túnis, que lhe 
deu recente amigo, Cristiano Palha), para a casa, para o 
jardim, para a enseada, para os morros e para o céu; e 
tudo, desde as chinelas até o céu, tudo entra na mesma 
sensação de propriedade.
– Vejam como Deus escreve direito por linhas tortas, 
pensa ele. Se mana Piedade tem casado com Quincas 
Barba, apenas me dano uma esperança colateral. Não 
casou; ambos morreram, e aqui está tudo comigo; de 
modo que o que parecia uma desgraça...
Machado de Assis, Quincas Borba.
O primeiro capítulo de Quincas Borba já apresenta 
ao leitor um elemento que será fundamental na 
construção do romance: 
a) a contemplação das paisagens naturais, como se lê 
em “ele admirava aquele pedaço de água quieta”. 
b) a presença de um narrador-personagem, como se lê 
em “em verdade vos digo que pensava em outra coisa”. 
c) a sobriedade do protagonista ao avaliar o seu 
percurso, como se lê em “Cotejava o passado com o 
presente”. 
d) o sentido místico e fatalista que rege os destinos, 
como se lê em “Deus escreve direito por linhas tortas”. 
e) a reversibilidade entre o cômico e o trágico, como 
se lê em “de modo que o que parecia uma desgraça...”. 
 
8. (FUVEST) – Posso furar os olhos do povo?
Esta frase besta foi repetida muitas vezes e, em falta de 
coisa melhor, aceitei-a. Sem dúvida. As mulheres hoje 
não vivem como antigamente, escondidas, evitando os 
homens. Tudo é descoberto, cara a cara. Uma pessoa 
topa outra. Se gostou, gostou; se não gostou, até logo. E 
eu de fato não tinha visto nado. As aparências mentem. A 
terra não é redonda? Esta prova da inocência de Marina 
me pareceu considerável. Tantos indivíduos condenados 
injustamente neste mundo ruim! O retirante que fora 
encontrado violando a filha de quatro anos – estava aí um 
exemplo. As vizinhas tinham visto o homem afastando as 
pernas da menina, todo o mundo pensava que ele era um 
monstro. Engano. Quem pode ló furar que isto é assim 
ou assado? Procurei mesmo capacitar-me de que Julião 
Tavares não existia. Julião Tavares era uma sensação. 
Uma sensação desagradável, que eu pretendia afastar 
de minha casa quando me juntasse àquela sensação 
agradável que ali estava a choramingar.
Graciliano Ramos, Angústia.
Em termos críticos, esse fragmento permite observar 
que, no plano maior do romance Angústia, o ponto de 
vista 
a) se acomoda nos limites da vulgaridade. 
b) tenta imitar a retórica dos dominantes. 
c) reproduz a lógica do determinismo social. 
d) atinge a neutralidade do espírito maduro. 
e) revira os lados contrários da opinião. 
 
9. (FUVEST) 
O efeito de humor presente nas falas das personagens 
decorre 
a) da quebra de expectativa gerada pela polissemia. 
b) da ambiguidade causada pela antonímia. 
c) do contraste provocado pela fonética. 
d) do contraste introduzido pela neologia. 
e) do estranhamento devido à morfologia. 
 
10. (G1 - EPCAR (CPCAR)) TEXTO I
Agressividade is the new black
RUTH MANUS
Para que dialogar se nós podemos jogar pedras?
The new black. Expressão inglesa que designa uma nova 
tendência, algo que está tão na moda que poderia até 
mesmo funcionar como um pretinho básico. Adoraria 
que este fosse um texto sobre jaqueta jeans, mas não é.
“Se prepare, Ruth, a agressividade nas redes sociais é 
algo que você não pode imaginar.”
Foi o que me disseram pouco antes da estreia do 
blog. Eu, fingindo não estar com medo, balancei a 
cabeça positivamente como quem diz “tô sabendo, 
tô sabendo”. Mas como diria Compadre Washington, 
“sabe de nada, inocente”.
6
No meu segundo texto, quase desisti de tudo. Eu 
realmente não tinha dimensão do nível sem cabimento 
que as pessoas poderiam atingir para atacar algo que 
na maioria das vezes nem mesmo as provocou.
Há muito tempo venho tentando digerir, mas não 
consigo. Achava que a agressividade vinha só de 
alguns leitores meio pancadas. Engano meu. Ela vem 
de todo lado: de quem lê, de quem não lê, de quem lê 
só o título e 3até de quem escreve.
E eu pensava que isso acontecia porque o computador 
torna as pessoas intocáveis, assim como os carros e 
que por isso elas canalizavam toda sua agressividade 
nas redes sociais ou no trânsito.
Engano meu. Tá generalizado, como uma peste que se 
espalha pelo país e ninguém faz nada para conter. Mesa 
de bar, fila da farmácia, ponto do ônibus. Discursos de 
ódio e ignorância estão por toda parte.
Acho que existe um erro de conceito. As pessoas 
passaram a utilizar a agressividade como um artifício 
para aumentar a própria autoestima.
Como as pessoas se sentem politizadas? Sendo 
agressivas.
Como as pessoas se sentem informadas? Sendo 
agressivas.
Como as pessoas se sentem engraçadas? Sendo 
agressivas.
Como as pessoas se sentem menos ignorantes? Sendo 
agressivas.
Entendam: pessoas inteligentes não jogam pedras. 
E pessoas equilibradas não berram, nem mesmo via 
caps lock.
Sempre me vem à mente aquela passagem de Sagarana, 
em que Augusto Matraga diz que vai para o céu “nem 
que seja a porrete”. As pessoas tentam reduzir a 
violência com agressividade. Tentam melhorar o 
país com agressividade. Tentam educar seus filhos 
com agressividade. Tentam fazer justiça amarrando 
pessoas em postes.
“Pra pedir silêncio eu berro, pra fazer barulho eu 
mesma faço”. Será que um dia essa gente vai entender 
que o antônimo de agressividade não é passividade? 
Mas é assim que tá sendo.
Porque argumentar dá muito trabalho. Pesquisar 
então,nem se fala. Articular um discurso está fora 
de questão. Tentar persuadir é bobagem. E tolerar... 
Tolerar é um verbo morto. Agressividade is the new 
black.
(Disponível em: https://emais.estadao.com.br/blogs/ruth-manus/ 
agressividade-is-the-new-black/ - Acesso em 28/08/2020)
TEXTO II
O QUE É INTOLERÂNCIA
A palavra “intolerância” vem do latim intolerantia, 
que significa impaciência, incapacidade de suportar, 
falta de condescendência e de compreensão. Também 
compreende o sentido de inflexível, rígido e que não 
admite opinião ou posição divergente. No sentido 
oposto, “tolerância” foi definida pela Organização das 
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura 
(Unesco) como “o respeito, a aceitação e o apreço da 
riqueza e da diversidade das culturas de nosso mundo, 
de nossos modos de expressão e de nossas maneiras 
de exprimir nossa qualidade de seres humanos”.
(...)
Um interessante entendimento das razões da 
intolerância é o da antropóloga francesa Françoise 
Héritier (1933-2017). Segundo ela, a intolerância está 
associada à dificuldade de reconhecer a expressão 
da condição humana no que nos é absolutamente 
diverso. Ser intolerante seria “restringir a definição 
de humano aos membros do grupo; os outros, sendo 
não humanos, podem ser tratados como tais”. 1Está aí 
uma das chaves para a compreensão das causas do 
aumento da intolerância nos últimos tempos.
(...)
(Disponível em: http://conhecimentocerebral1.blogspot.com/2018/06/
atualidades-vestibular-e-enem-dossie.html - Acesso em 28/08/2020)
TEXTO III
Em uma coletânea intitulada Os cem menores contos 
brasileiros do século, Cíntia Moscovich, ao ser 
convidada para produzir um conto com até cinquenta 
palavras, escreveu:
“Uma vida inteira pela frente. O tiro veio por trás.”
7
Considerando os textos I, II e III apresentados nesta 
prova e o microconto acima, assinale a alternativa que 
apresenta um comentário correto acerca deles. 
a) A narrativa trazida pelo conto é uma consequência 
direta da intolerância vigente nos dias atuais, 
incentivada e incrementada pelo ódio propagado nas 
redes sociais. 
b) A violência a que as pessoas estão submetidas 
e que é retratada no conto confirma a mensagem 
apresentada no diálogo do texto III. 
c) “O tiro veio por trás” é uma metáfora que serve 
para ilustrar a afirmativa do Texto II: “está aí uma das 
chaves para a compreensão das causas do aumento da 
intolerância nos últimos tempos.” (ref. 1). 
d) A “the new black” apresentada no Texto I, a 
agressividade, pode culminar como no conto, isto é, 
na violência entre os seres humanos. 
e) Os textos não têm relação entre si.
 
11. (ENEM) TEXTO I
Andaram na praia, quando saímos, oito ou dez deles; 
e daí a pouco começaram a vir mais. E parece-me que 
viriam, este dia, à praia, quatrocentos ou quatrocentos 
e cinquenta. Alguns deles traziam arcos e flechas, 
que todos trocaram por carapuças ou por qualquer 
coisa que lhes davam. […] Andavam todos tão bem-
dispostos, tão bem feitos e galantes com suas tinturas 
que muito agradavam.
CASTRO, S. “A carta de Pero Vaz de Caminha”. Porto Alegre: L&PM, 
1996 (fragmento).
TEXTO II
Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta 
de Pero Vaz de Caminha e a obra de Portinari retratam 
a chegada dos portugueses ao Brasil. Da leitura dos 
textos, constata-se que 
a) a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das 
primeiras manifestações artísticas dos portugueses 
em terras brasileiras e preocupa-se apenas com a 
estética literária. 
b) a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos 
pintados, cuja grande significação é a afirmação da 
arte acadêmica brasileira e a contestação de uma 
linguagem moderna. 
c) a carta, como testemunho histórico-político, mostra 
o olhar do colonizador sobre a gente da terra, e a 
pintura destaca, em primeiro plano, a inquietação dos 
nativos. 
d) as duas produções, embora usem linguagens 
diferentes — verbal e não verbal —, cumprem a mesma 
função social e artística. 
e) a pintura e a carta de Caminha são manifestações de 
grupos étnicos diferentes, produzidas em um mesmo 
momentos histórico, retratando a colonização. 
 
12. (ENEM) 
Nessa charge, o recurso morfossintático que colabora 
para o efeito de humor está indicado pelo(a) 
a) emprego de uma oração adversativa, que orienta a 
quebra da expectativa ao final. 
b) uso de conjunção aditiva, que cria uma relação de 
causa e efeito entre as ações. 
c) retomada do substantivo “mãe”, que desfaz a 
ambiguidade dos sentidos a ele atribuídos 
d) utilização da forma pronominal “la”, que reflete um 
tratamento formal do filho em relação à “mãe”. 
e) repetição da forma verbal “é”, que reforça a relação 
de adição existente entre as orações. 
 
8
13. (ENEM) 
A tirinha denota a postura assumida por seu produtor 
frente ao uso social da tecnologia para fins de interação 
e de informação. Tal posicionamento é expresso, de 
forma argumentativa, por meio de uma atitude 
a) crítica, expressa pelas ironias. 
b) resignada, expressa pelas enumerações. 
c) indignada, expressa pelos discursos diretos. 
d) agressiva, expressa pela contra-argumentação. 
e) alienada, expressa pela negação da realidade. 
 
14. (ENEM) 
LXXVIII (CAMÕES, 1525?-1580)
Leda serenidade deleitosa,
Que representa em terra um paraíso;
Entre rubis e perlas doce riso;
Debaixo de ouro e neve cor-de-rosa;
Presença moderada e graciosa,
Onde ensinando estão despejo e siso
Que se pode por arte e por aviso,
Como por natureza, ser fermosa;
Fala de quem a morte e a vida pende,
Rara, suave; enfim, Senhora, vossa;
Repouso nela alegre e comedido:
Estas as armas são com que me rende
E me cativa Amor; mas não que possa
Despojar-me da glória de rendido.
CAMÕES, L. Obra completa. Rio de janeiro: Nova Aguilar, 2008.
A pintura e o poema, embora sendo produtos de duas 
linguagens artísticas diferentes, participaram do 
mesmo contexto social e cultural de produção pelo 
fato de ambos 
a) apresentarem um retrato realista, evidenciado pelo 
unicórnio presente na pintura e pelos adjetivos usados 
no poema. 
b) valorizarem o excesso de enfeites na apresentação 
pessoa e na variação de atitudes da mulher, 
evidenciadas pelos adjetivos do poema. 
c) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado 
pela sobriedade e o equilíbrio, evidenciados pela 
postura, expressão e vestimenta da moça e os adjetivos 
usados no poema. 
d) desprezarem o conceito medieval da idealização da 
mulher como base da produção artística, evidenciado 
pelos adjetivos usados no poema. 
e) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado 
pela emotividade e o conflito interior, evidenciados 
pela expressão da moça e pelos adjetivos do poema. 
 
15. (ENEM) 
As palavras e as expressões são mediadoras dos 
sentidos produzidos nos textos. Na fala de Hagar, a 
expressão “é como se” ajuda a conduzir o conteúdo 
enunciado para o campo da 
9
a) conformidade, pois as condições meteorológicas 
evidenciam um acontecimento ruim. 
b) reflexibilidade, pois o personagem se refere aos 
tubarões usando um pronome reflexivo. 
c) condicionalidade, pois a atenção dos personagens é 
a condição necessária para a sua sobrevivência. 
d) possibilidade, pois a proximidade dos tubarões leva 
à suposição do perigo iminente para os homens. 
e) impessoalidade, pois o personagem usa a terceira 
pessoa para expressar o distanciamento dos fatos. 
 
16. (ENEM 2ª APLICAÇÃO) Quando vou a São Paulo, 
ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; 
não espero só o sotaque geral dos nordestinos, 
onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada 
um; os paulistas pensam que todo nordestino fala 
igual; contudo as variações são mais numerosas que 
as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, 
Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus 
nativos muito mais variantes do que se imagina. E a 
gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo 
mundo ri, porque parece impossível que um praianode beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo 
de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se 
orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um 
the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au 
ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, 
Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José 
Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento 
adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de 
variação linguística que se percebe no falar de pessoas 
de diferentes regiões. As características regionais 
exploradas no texto manifestam-se 
a) na fonologia. 
b) no uso do léxico. 
c) no grau de formalidade. 
d) na organização sintática. 
e) na estruturação morfológica. 
 
17. (ENEM) Aquele bêbado
— Juro nunca mais beber — e fez o sinal da cruz com os 
indicadores. Acrescentou: — Álcool.
O mais, ele achou que podia beber. Bebia paisagens, 
músicas de Tom Jobim, versos de Mário Quintana. 
Tomou um pileque de Segall. Nos fins de semana 
embebedava-se de Índia Reclinada, de Celso Antônio.
— Curou-se 100% de vício — comentavam os amigos.
Só ele sabia que andava bêbado que nem um 
gambá. Morreu de etilismo abstrato, no meio de 
uma carraspana de pôr do sol no Leblon, e seu 
féretro ostentava inúmeras coroas de ex-alcoólatras 
anônimos.
ANDRADE, C. D. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1991.
A causa mortis do personagem, expressa no último 
parágrafo, adquire um efeito irônico no texto porque, 
ao longo da narrativa, ocorre uma 
a) metaforização do sentido literal do verbo “beber”. 
b) aproximação exagerada da estética abstracionista. 
c) apresentação gradativa da coloquialidade da 
linguagem. 
d) exploração hiperbólica da expressão “inúmeras 
coroas”. 
e) citação aleatória de nomes de diferentes artistas. 
 
18. (ESPM) 
A graça da tira decorre: 
a) da existência de “ruído” na comunicação efetuada 
pela esposa Helga e não entendida pelo amigo Ed 
Sortudo. 
b) de uma fala inabitual de Helga que, ao dirigir-se 
diretamente ao próprio marido, refere-se às qualidades 
de uma terceira pessoa. 
c) do não entendimento de um discurso ambíguo 
bastante comum, no qual se dirige à própria pessoa, 
questionando-a como se fosse uma outra. 
d) da diferença do nível de linguagem usado pelo 
emissor para se dirigir aos interlocutores, fato que fez 
sugerir a existência de dois maridos. 
e) da dificuldade de compreensão, por parte do amigo 
Ed Sortudo, devido aos traços de infor¬malidade no 
discurso de Helga. 
10
19. (ENEM) 
 
A rapidez é destacada como uma das qualidades do 
serviço anunciado, funcionando como estratégia de 
persuasão em relação ao consumidor do mercado 
gráfico. O recurso da linguagem verbal que contribui 
para esse destaque é o emprego 
a) do termo “fácil” no início do anúncio, com foco no 
processo. 
b) de adjetivos que valorizam a nitidez da impressão. 
c) das formas verbais no futuro e no pretérito, em 
sequência. 
d) da expressão intensificadora “menos do que” 
associada à qualidade. 
e) da locução “do mundo” associada a “melhor”, que 
quantifica a ação. 
 
20. (ENEM) Mal secreto
Se a cólera que espuma, a dor que mora
N’alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;
Se se pudesse, o espírito que chora,
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!
Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!
CORREIA, R. In: PATRIOTA, M. Para compreender Raimundo Correia. 
Brasília: Alhambra, 1995.
Coerente com a proposta parnasiana de cuidado 
formal e racionalidade na condução temática, o soneto 
de Raimundo Correia reflete sobre a forma como as 
emoções do indivíduo são julgadas em sociedade. Na 
concepção do eu lírico, esse julgamento revela que 
a) a necessidade de ser socialmente aceito leva o 
indivíduo a agir de forma dissimulada. 
b) o sofrimento íntimo torna-se mais ameno quando 
compartilhado por um grupo social. 
c) a capacidade de perdoar e aceitar as diferenças 
neutraliza o sentimento de inveja. 
d) o instinto de solidariedade conduz o indivíduo a 
apiedar-se do próximo. 
e) a transfiguração da angústia em alegria é um artifício 
nocivo ao convívio social. 
 
21. (ENEM) Cultivar um estilo de vida saudável é 
extremamente importante para diminuir o risco de 
infarto, mas também como de problemas como morte 
súbita e derrame. Significa que manter uma alimentação 
saudável e praticar atividade física regularmente já 
reduz, por si só, as chances de desenvolver vários 
problemas. Além disso, é importante para o controle 
da pressão arterial, dos níveis de colesterol e de glicose 
no sangue. Também ajuda a diminuir o estresse e 
aumentar a capacidade física, fatores que, somados, 
reduzem as chances de infarto. Exercitar-se, nesses 
casos, com acompanhamento médico e moderação, é 
altamente recomendável.
ATALIA, M. Nossa vida. Época. 23 mar. 2009.
As ideias veiculadas no texto se organizam 
estabelecendo relações que atuam na construção do 
sentido. A esse respeito, identifica-se, no fragmento, 
que 
a) A expressão “Além disso” marca uma sequenciação 
de ideias. 
b) o conectivo “mas também” inicia oração que 
exprime ideia de contraste. 
c) o termo “como”, em “como morte súbita e derrame”, 
introduz uma generalização. 
d) o termo “Também” exprime uma justificativa. 
e) o termo “fatores” retoma coesivamente “níveis de 
colesterol e de glicose no sangue”. 
11
22. (ENEM) Psicologia de um vencido
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundíssimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância…
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
ANJOS, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
A poesia de Augusto dos Anjos revela aspectos de 
uma literatura de transição designada como pré-
modernista. 
Com relação à poética e à abordagem temática 
presentes no soneto, identificam-se marcas dessa 
literatura de transição, como 
a) a forma do soneto, os versos metrificados, a 
presença de rimas e o vocabulário requintado, além do 
ceticismo, que antecipam conceitos estéticos vigentes 
no Modernismo. 
b) o empenho do eu lírico pelo resgate da poesia 
simbolista, manifesta em metáforas como “Monstro 
de escuridão e rutilância” e “influência má dos signos 
do zodíaco”. 
c) a seleção lexical emprestada ao cientificismo, 
como se lê em “carbono e amoníaco”, “epigênesis da 
infância” e “frialdade inorgânica”, que restitui a visão 
naturalista do homem. 
d) a manutenção de elementos formais vinculados 
à estética do Parnasianismo e do Simbolismo, 
dimensionada pela inovação na expressividade 
poética, e o desconcerto existencial. 
e) a ênfase no processo de construção de uma poesia 
descritiva e ao mesmo tempo filosófica, que incorpora 
valores morais e científicos mais tarde renovados 
pelos modernistas. 
 
23. (ENEM) Desabafo 
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha 
divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como 
disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. 
A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem 
à noite. Seis recados para serem respondidos na 
secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para 
pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou 
zangado. 
CARNEIRO, J.E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento) 
Nos textos em geral, é comum a manifestação 
simultâneade várias funções da linguagem, com 
predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No 
fragmento da crônica Desabafo, a função de linguagem 
predominante é a emotiva ou expressiva, pois 
a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio 
código. 
b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está 
sendo dito. 
c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção 
da mensagem. 
d) o referente é o elemento que se sobressai em 
detrimento dos demais. 
e) o enunciador tem como objetivo principal a 
manutenção da comunicação. 
 
24. (UNIFESP) 
 
Mantida a norma-padrão da língua portuguesa, a frase 
que preenche corretamente o segundo balão é: 
a) Todos os dragões o tem. 
b) Todos os dragões têm isso. 
c) Os dragões todos lhe tem. 
d) Sempre se encontra dragões com isso. 
e) Sofre disso todos os dragões. 
 
25. (ENEM) Carnavália
Repique tocou
O surdo escutou
E o meu corasamborim
12
Cuíca gemeu, será que era meu, quando ela passou por
mim?
[…]
ANTUNES, A.; BROWN, C.; MONTE, M. Tribalistas, 2002 (fragmento).
No terceiro verso, o vocábulo “corasamborim”, que é 
a junção coração + samba + tamborim, refere-se, ao 
mesmo tempo, a elementos que compõem uma escola 
de samba e a situação emocional em que se encontra 
o autor da mensagem, com o coração no ritmo da 
percussão.
Essa palavra corresponde a um(a) 
a) estrangeirismo, uso de elementos linguísticos 
originados em outras línguas e representativos de 
outras culturas. 
b) neologismo, criação de novos itens linguísticos, pelos 
mecanismos que o sistema da língua disponibiliza. 
c) gíria, que compõe uma linguagem originada 
em determinado grupo social e que pode vir a se 
disseminar em uma comunidade mais ampla. 
d) regionalismo, por ser palavra característica de 
determinada área geográfica. 
e) termo técnico, dado que designa elemento de área 
específica de atividade. 
 
26. (FUVEST) Examine esta propaganda.
 
Por ser empregado tanto na linguagem formal quanto 
na linguagem informal, o termo “legal” pode ser lido, 
no contexto da propaganda, respectivamente, nos 
seguintes sentidos: 
a) lícito e bom. 
b) aceito e regulado. 
c) requintado e excepcional. 
d) viável e interessante. 
e) jurídico e autorizado. 
 
27. (ENEM) TEXTO I
Um ato de criatividade pode contudo gerar um 
modelo produtivo. Foi o que ocorreu com a palavra 
sambódromo, criativamente formada com a terminação 
-(ó)dromo (= corrida), que figura em hipódromo, 
autódromo, cartódromo, formas que designam itens 
culturais da alta burguesia. Não demoraram a circular, 
a partir de então, formas populares como rangódromo, 
beijódromo, camelódromo.
AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: 
Publifolha, 2008. 
TEXTO II
Existe coisa mais descabida do que chamar de 
sambódromo uma passarela para desfile de escolas 
de samba? Em grego, -dromo quer dizer “ação de 
correr, lugar de corrida”, dai as palavras autódromo e 
hipódromo. É certo que, às vezes, durante o desfile, a 
escola se atrasa e é obrigada a correr para não perder 
pontos, mas não se desloca com a velocidade de um 
cavalo ou de um carro de Formula 1.
GULLAR, F. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 3 ago, 
2012.
Há nas línguas mecanismos geradores de palavras. 
Embora o Texto II apresente um julgamento de valor 
sobre a formação da palavra sambódromo, o processo 
de formação dessa palavra reflete 
a) o dinamismo da língua na criação de novas palavras. 
b) uma nova realidade limitando o aparecimento de 
novas palavras. 
c) a apropriação inadequada de mecanismos de criação 
de palavras por leigos. 
d) o reconhecimento da impropriedade semântica dos 
neologismos. 
e) a restrição na produção de novas palavras com o 
radical grego. 
 
13
28. (ENEM) 
 
Na criação do texto, o chargista lotti usa criativamente 
um intertexto: os traços reconstroem uma cena de 
Guernica, painel de Pablo Picasso que retrata os 
horrores e a destruição provocados pelo bombardeio a 
uma pequena cidade da Espanha. Na charge, publicada 
no período de carnaval, recebe destaque a figura do 
carro, elemento introduzido por lotti no intertexto. 
Além dessa figura, a linguagem verbal contribui para 
estabelecer um diálogo entre a obra de Picasso e a 
charge, ao explorar 
a) uma referência ao contexto, “trânsito no feriadão”, 
esclarecendo-se o referente tanto do texto de Iotti 
quanto da obra de Picasso. 
b) uma referência ao tempo presente, com o emprego 
da forma verbal “é”, evidenciando-se a atualidade do 
tema abordado tanto pelo pintor espanhol quanto pelo 
chargista brasileiro. 
c) um termo pejorativo, “trânsito”, reforçando-se a 
imagem negativa de mundo caótico presente tanto em 
Guernica quanto na charge. 
d) uma referência temporal, “sempre”, referindo-
se à permanência de tragédias retratadas tanto em 
Guernica quanto na charge. 
e) uma expressão polissêmica, “quadro dramático”, 
remetendo-se tanto à obra pictórica quanto ao 
contexto do trânsito brasileiro. 
 
29. (G1 - IFSC) 
 
Assinale a alternativa CORRETA.
Segundo o texto, pode-se afirmar que 
a) as mulheres têm mais aptidão às novas tecnologias 
que os homens. 
b) tanto os mais jovens quanto os mais velhos 
enfrentam dificuldades em usar smartphones. 
c) os telefones fixos ainda são mais usados do que os 
telefones celulares. 
d) à medida que envelhecem, as pessoas se tornam 
menos sábias. 
e) os jovens têm mais facilidade com as novas 
tecnologias que as pessoas mais velhas. 
 
30. (UNESP) Examine a tira Hagar, o Horrível do 
cartunista americano Dik Browne (1917-1989).
 
O ensinamento ministrado por Hagar a seu filho 
poderia ser expresso do seguinte modo: 
a) “A fome é a companheira do homem ocioso.” 
b) “O estômago que raramente está vazio despreza 
alimentos vulgares.” 
c) “Nada é mais útil ao homem do que uma sábia 
desconfiança.” 
d) “Muitos homens querem uma coisa, mas não suas 
consequências.” 
e) “É impossível para um homem ser enganado por 
outra pessoa que não seja ele mesmo.” 
 
31. (ENEM) 
 
14
Os textos publicitários são produzidos para cumprir 
determinadas funções comunicativas. Os objetivos 
desse cartaz estão voltados para a conscientização dos 
brasileiros sobre a necessidade de 
a) as crianças frequentarem a escola regularmente. 
b) a formação leitora começar na infância. 
c) a alfabetização acontecer na idade certa. 
d) a literatura ter o seu mercado consumidor ampliado. 
e) as escolas desenvolverem campanhas a favor da 
leitura. 
 
32. (ENEM CANCELADO) TEXTO 1
No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra [...] 
ANDRADE, C. D. Antologia poética. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 
2000. (fragmento)
TEXTO 2
 
A comparação entre os recursos expressivos que 
constituem os dois textos revela que 
a) o texto 1 perde suas características de gênero poético 
ao ser vulgarizado por histórias em quadrinho. 
b) o texto 2 pertence ao gênero literário, porque as 
escolhas linguísticas o tornam uma réplica do texto 1. 
c) a escolha do tema, desenvolvido por frases semelhantes, 
caracteriza-os como pertencentes ao mesmo gênero.
d) os textos são de gêneros diferentes porque, apesar da 
intertextualidade, foram elaborados com finalidades 
distintas. 
e) as linguagens que constroem significados nos dois 
textos permitem classificá-los como pertencentes ao 
mesmo gênero. 
33. (ENEM 2ª APLICAÇÃO) 
 
O cartaz de Ziraldo faz parte de uma campanha contra 
o uso de drogas. Essa abordagem, que se diferencia 
das de outras campanhas, pode ser identificada 
a) pela seleção do público alvo da campanha, 
representado, no cartaz, pelo casal de jovens. 
b) pela escolha temática do cartaz, cujo texto configura 
uma ordem aos usuários e não usuários: diga não às 
drogas. 
c) pela ausência intencional do acento grave, que constrói 
a ideia de que não é a droga quefaz a cabeça do jovem. 
d) pelo uso da ironia, na oposição imposta entre a 
seriedade do tema e a ambiência amena que envolve a 
cena. 
e) pela criação de um texto de sátira à postura dos 
jovens, que não possuem autonomia para seguir seus 
caminhos. 
 
34. (ENEM) O homem disse, Está a chover, e depois, 
Quem é você, Não sou daqui, Anda à procura de comida, 
Sim, há quatro dias que não comemos, E como sabe que 
são quatro dias, É um cálculo, Está sozinha, Estou com 
o meu marido e uns companheiros, Quantos são, Ao 
todo, sete; Se estão a pensar em ficar conosco, tirem daí 
o sentido, já somos muitos, Só estamos de passagem, 
Donde vêm, Estivemos internados desde que a cegueira 
começou, Ah, sim, a quarentena, não serviu de nada. 
Porque diz isso, Deixaram-nos sair, Houve um incêndio 
e nesse momento percebemos que os soldados que nos 
vigiavam tinham desaparecido, E saíram, Sim, Os vossos 
soldados devem ter sido dos últimos a cegar, toda a gente 
está cega, Toda a gente, a cidade toda, o país,
SARAMAGO, J. Ensaio sobre a cegueira. São Paulo: Cia. das Letras. 
1995.
15
A cena retrata as experiências das personagens em um 
país atingido por uma epidemia. No diálogo, a violação 
de determinadas regras de pontuação 
a) revela uma incompatibilidade entre o sistema de 
pontuação convencional e a produção do gênero 
romance. 
b) provoca uma leitura equivocada das frases 
interrogativas e prejudica a verossimilhança. 
c) singulariza o estilo do autor e auxilia na 
representação do ambiente caótico. 
d) representa uma exceção às regras do sistema de 
pontuação canônica. 
e) colabora para a construção da identidade do 
narrador pouco escolarizado. 
 
35. (ENEM) 
 
Opportunity é o nome de um veículo explorador 
que aterrissou em Marte com a missão de enviar 
informações à Terra. A charge apresenta uma crítica 
ao(à) 
a) gasto exagerado com o envio de robôs a outros 
planetas. 
b) exploração indiscriminada de outros planetas. 
c) circulação digital excessiva de autorretratos. 
d) vulgarização das descobertas espaciais. 
e) mecanização das atividades humanas. 
 
36. (ENEM) Quem procura a essência de um conto no 
espaço que fica entre a obra e seu autor comete um 
erro: é muito melhor procurar não no terreno que fica 
entre o escritor e sua obra, mas justamente no terreno 
que fica entre o texto e seu leitor.
OZ, A. De amor e trevas.
São Paulo: Cia. das Letras. 2005 (fragmento).
A progressão temática de um texto pode ser 
estruturada por meio de diferentes recursos coesivos, 
entre os quais se destaca a pontuação. Nesse texto, o 
emprego dos dois pontos caracteriza uma operação 
textual realizada com a finalidade de 
a) comparar elementos opostos. 
b) relacionar informações gradativas. 
c) intensificar um problema conceitual. 
d) introduzir um argumento esclarecedor. 
e) assinalar uma consequência hipotética. 
 
37. (ENEM) 
 
Não somos tão especiais
Todas as características tidas como exclusivas dos 
humanos são compartilhadas por outros animais, 
ainda que em menor grau.
INTELIGÊNCIA
A ideia de que somos os únicos animais racionais tem 
sido destruída desde os anos 40. A maioria das aves e 
mamíferos tem algum tipo de raciocínio.
AMOR 
O amor, tido como o mais elevado dos sentimentos, 
é parecido em várias espécies, como os corvos, que 
também criam laços duradouros, se preocupam com o 
ente querido e ficam de luto depois de sua morte.
CONSCIÊNCIA
Chimpanzés se reconhecem no espelho. Orangotangos 
observam e enganam humanos distraídos. Sinais de 
16
que sabem quem são e se distinguem dos outros. Ou 
seja, são conscientes.
CULTURA
O primatologista Frans de Waal juntou vários 
exemplos de cetáceos e primatas que são capazes de 
aprender novos hábitos e de transmiti-los para as 
gerações seguintes. O que é cultura se não isso?
BURGIERMAN, D. Superinteressante, n.º 190, jul. 2003.
O título do texto traz o ponto de vista do autor sobre 
a suposta supremacia dos humanos em relação 
aos outros animais. As estratégias argumentativas 
utilizadas para sustentar esse ponto de vista são 
a) definição e hierarquia. 
b) exemplificação e comparação. 
c) causa e consequência. 
d) finalidade e meios. 
e) autoridade e modelo. 
 
38. (ENEM) Verbo ser
QUE VAI SER quando crescer? Vivem perguntando 
em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um 
nome? Tenho os três. E sou? Tenho de mudar quando 
crescer? Usar outro nome, corpo ou jeito? Ou a gente 
só principia a ser quando cresce? É terrível, ser? Dói? 
É bom? É triste? Ser: pronunciado tão depressa, e cabe 
tantas coisas? Repito: ser, ser, ser. Er. R. Que vou ser 
quando crescer? Sou obrigado a? Posso escolher? Não 
dá para entender. Não vou ser. Não quero ser. Vou 
crescer assim mesmo. Sem ser. Esquecer.
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992.
A inquietação existencial do autor com a autoimagem 
corporal e a sua corporeidade se desdobra em questões 
existenciais que têm origem 
a) no conflito do padrão corporal imposto contra as 
convicções de ser autêntico e singular. 
b) na aceitação das imposições da sociedade seguindo 
a influência de outros. 
c) na confiança no futuro, ofuscada pelas tradições e 
culturas familiares. 
d) no anseio de divulgar hábitos enraizados, 
negligenciados por seus antepassados. 
e) na certeza da exclusão, revelada pela indiferença de 
seus pares. 
 
39. (ENEM) 
14 coisas que você não deve jogar na privada
Nem no ralo. Elas poluem rios, lagos e mares, o que 
contamina o ambiente e os animais. Também deixa 
mais difícil obter a água que nós mesmos usaremos. 
Alguns produtos podem causar entupimentos:
- cotonete e fio dental;
- medicamento e preservativo;
- óleo de cozinha;
- ponta de cigarro;
- poeira de varrição de casa;
- fio de cabelo e pelo de animais;
- tinta que não seja à base de água;
- querosene, gasolina, solvente, tíner. 
Jogue esses produtos no lixo comum. Alguns deles, 
como óleo de cozinha, medicamento e tinta, podem 
ser levados a pontos de coleta especiais, que darão a 
destinação final adequada.
MORGADO, M.; EMASA. Manual de etiqueta. Planeta Sustentável, jul.-
ago. 2013 (adaptado). 
O texto tem objetivo educativo. Nesse sentido, além do 
foco no interlocutor, que caracteriza a função conativa 
da linguagem, predomina também nele a função 
referencial, que busca 
a) despertar no leitor sentimentos de amor pela 
natureza, induzindo-o a ter atitudes responsáveis que 
beneficiarão a sustentabilidade do planeta. 
b) informar o leitor sobre as consequências da 
destinação inadequada do lixo, orientando-o sobre 
como fazer o correto descarte de alguns dejetos. 
c) transmitir uma mensagem de caráter subjetivo, 
mostrando exemplos de atitudes sustentáveis do autor 
do texto em relação ao planeta. 
d) estabelecer uma comunicação com o leitor, 
procurando certificar-se de que a mensagem sobre 
ações de sustentabilidade está sendo compreendida. 
e) explorar o uso da linguagem, conceituando 
detalhadamente os termos utilizados de forma a 
proporcionar melhor compreensão do texto. 
 
17
40. (FUVEST) Leia o seguinte texto, que faz parte de 
um anúncio de um produto alimentício: 
 
EM RESPEITO A SUA NATUREZA, SÓ TRABALHAMOS 
COM O MELHOR DA NATUREZA 
Selecionamos só o que a natureza tem de melhor para 
levar até a sua casa. Porque faz parte da natureza dos 
nossos consumidores querer produtos saborosos, 
nutritivos e, acima de tudo, confiáveis. 
www.destakjornal.com.br, 13/05/2013. Adaptado. 
Procurando dar maior expressividade ao texto, seu 
autor 
a) serve-se do procedimento textual da sinonímia. 
b) recorre à reiteração de vocábulos homônimos. 
c) explora o caráter polissêmico das palavras. 
d) mescla as linguagens científica e jornalística. 
e) emprega vocábulos iguais na forma, mas de sentidos 
contrários.

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