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By @kakashi_copiador
Aula 03 - Profª Monik
Begname
INCRA (Analista em Reforma e
Desenvolvimento Agrário - Engenharia
Florestal) Conhecimentos Específicos -
2023 (Pré-Edital)
Autor:
Monik Begname de Castro
26 de Abril de 2023
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1 
 
Sumário 
Manejo Florestal Sustentável ....................................................................................................................... 2 
Manejo Florestal Sustentável ................................................................................................................... 8 
1. Categorias de Manejo Florestal ...................................................................................................... 9 
2. Práticas de manejo ....................................................................................................................... 11 
3. Licenciamento do Manejo Florestal ............................................................................................. 22 
Sistemas silviculturais aplicados às florestas tropicais ............................................................................ 36 
1. Tratamentos silviculturais ............................................................................................................ 37 
Corte Seletivo ............................................................................................................................................. 39 
1. Controle do Corte pela Área ......................................................................................................... 39 
2. Controle pelo volume ................................................................................................................... 41 
3. Combinação de área e de volume ................................................................................................. 41 
Questões Comentadas ............................................................................................................................... 42 
Lista de Questões ....................................................................................................................................... 49 
Gabarito ..................................................................................................................................................... 51 
Referências ................................................................................................................................................. 52 
 
 
 
 
 
Monik Begname de Castro
Aula 03 - Profª Monik Begname
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2 
 
MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL 
Inicialmente, gostaria de salientar que grande parte do conteúdo que iremos estudar sobre o Manejo 
Florestal Sustentável foi retirado do Informativo Técnico do Instituto Florestal Tropical (IFT) e do Curso de 
Introdução ao Manejo Florestal oferecido pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB)1. Ademais, gostaria de 
pontuar também que esse assunto e de extrema relevância para a sua prova. 
Para iniciarmos nosso estudo, gostaria de conceituar o termo floresta, uma vez que é importante que vocês 
tenham noção do quanto ela pode ser imensa e diversa. Não podemos resumir a apenas uma grande área 
de terra com árvores que produzem madeira. Assim: 
“Floresta” é qualquer vegetação que apresente predominância de indivíduos arbóreos, 
onde as copas das árvores se tocam formando um dossel. Sinônimos populares para 
florestas são: mata, bosque, capoeira e selva. Seu desenvolvimento está diretamente 
ligado aos fatores climáticos, como umidade e temperatura, incidência de luz solar (que 
variam de acordo com a latitude), altitude e composição do solo. 
Uma floresta pode se constituir tanto de formações florestais fechadas (densas), nas quais 
árvores de vários estratos cobrem uma alta proporção do solo, quanto de florestas 
abertas, onde os indivíduos se encontram mais afastados entre si, impedindo que o dossel 
se feche em muitos pontos. 
Ademais, podemos classificar as florestas das mais diversas formas, porém a principal é quanto à sua 
localização no globo, podendo ser: 
• Boreal 
• Temperada 
• Tropical 
Em nosso país há predominância das florestas tropicais, que são aquelas que ocorrem nas regiões entre os 
trópicos, e que se caracterizam por uma maior incidência de luz solar, predominando altas temperaturas e 
umidade. Essas florestas apresentam alta diversidade de espécies. São encontradas principalmente na 
América Central, na América do Sul, na África e no sudeste Asiático. 
As florestas tropicais são divididas em três categorias (FAO, 2012): 
• Florestas tropicais secas 
• Florestas tropicais estacionais 
• Florestas tropicais úmidas 
 
1 Serviço Florestal Brasileiro (SFB). Introdução ao Manejo Florestal. 2020. 
 
Monik Begname de Castro
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As florestas tropicais secas são caracterizadas por um longo período seco (5 a 8 meses) e possuem plantas 
que são adaptadas para resistir à falta de água, perdendo suas folhas ou acumulando líquidos em seu tronco, 
como é o caso dos cactos. A caatinga é um exemplo de floresta tropical seca no Brasil. 
Já as florestas tropicais estacionais são caracterizadas por possuir um período seco (3 a 5 meses), no qual 
parte das plantas perde suas folhas durante esse período (espécies caducifólias). No Brasil, a maior parte 
desse tipo de vegetação está localizada na região Sudeste, dentro do bioma Mata Atlântica. 
E for fim, as florestas tropicais úmidas são caracterizadas pela umidade e pelas altas temperaturas, sendo 
que a região de ocorrência dessas florestas pode apresentar uma estação seca, que pode variar de 0 a 3 
meses. Estes ambientes também possuem uma biodiversidade extremamente abundante, com a presença 
de árvores altas muito próximas umas das outras, formando um grande dossel sombreando o solo florestal. 
As principais florestas tropicais úmidas do Brasil ocorrem na faixa litorânea do bioma Mata Atlântica e no 
bioma Amazônia. 
A partir de agora, iremos estudar um pouco sobre a estrutura das florestas tropicais úmidas, uma vez que 
entender a estrutura espacial das espécies arbóreas dentro da floresta ajuda no planejamento do manejo 
florestal, evitando a exploração excessiva de determinada espécie e, consequentemente, sua extinção 
dentro da área de manejo. 
Dessa forma, as florestas são formadas por milhares de espécies vegetais que apresentam diferentes 
tamanhos, formas e funções dentro do ecossistema florestal. Em relação ao tamanho e forma dessas 
espécies, podemos dividir a floresta em quatro estratos (altura): herbáceo, sub-bosque, dossel e emergente. 
• Emergente: árvores altas que ultrapassam o dossel. 
• Dossel: patamar superior da floresta, correspondendo a mais alta camada de folhas, caules e 
pequenos ramos expostos. 
• Sub-bosque: conjunto de plântulas e plantas jovens que crescem abaixo do dossel florestal. 
• Herbáceo: camada de ervas (planta não lenhosa e terrestre), subarbustos (planta de base lenhosa e 
ápice herbáceo), trepadeiras (planta de hábito escandente de forma ampla), sendo estas herbáceas 
(vinhas) ou lenhosas (lianas) e arbustos (planta lenhosa ramificada desde a base) com até 1,30m. 
Numa mesma área, podemos observar a evolução da floresta ao longo do tempo, diante das seguintes 
observações: 
Cada espécie vegetal da floresta apresenta diferentes estratégias de crescimento e sobrevivência, que se 
adapta e se organiza conforme os recursos disponíveis. Entre estes grupos, temos: 
• Espécies primárias ou pioneiras, que possuem um crescimento rápido (atingindo rapidamente o dossel), 
necessitando de maior iluminaçãopara seu crescimento, com um ciclo de vida reduzido e produzem uma 
grande quantidade de sementes, que ficam bastante tempo no solo esperando melhores condições para 
se desenvolverem. Essas espécies crescem melhor após algum distúrbio no ecossistema, como a abertura 
de uma clareira na floresta. Exemplo: Açaí (Euterpe sp.), Paricá (Schizolobium amazonicum (Vell)) e Maricá 
(Mimosa bimucronata). 
Monik Begname de Castro
Aula 03 - Profª Monik Begname
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• Espécies secundárias e clímax crescem em condições de luz reduzida, possuem um ciclo de vida longo, 
produzindo sementes em menor quantidade. As espécies desse grupo são capazes de desenvolver 
plântulas dentro do sub-bosque da floresta. Exemplo: Jatobá (Hymenaea courbaril var. stilbocarpa), Copaíba 
(Copaifera sp.) e Sobrasil (Colubrina glandulosa Perkins). 
A mortalidade e a formação de clareiras ocorrem o tempo todo dentro da floresta. Quando 
um indivíduo adulto do estrato superior morre, abre-se uma clareira que beneficia as 
espécies de crescimento rápido. Estas sombreiam rapidamente a área, facilitando o 
crescimento de espécies tolerantes à sombra. Isso transforma a floresta tropical úmida em 
uma junção de unidades florestais em diferentes processos de sucessão (clareiras, clareiras 
em processo de fechamento de dossel, áreas com vegetação madura, entre outros), 
transformando a floresta tropical úmida em um mosaico dinâmico. 
O Brasil possui seis grandes biomas de características distintas, com cada um deles abrigando diferentes 
tipos de vegetação e de fauna. 
Bioma é conceituado como um espaço geográfico formado por organismos vivos 
agrupados em tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com 
condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, o que resulta em 
uma biodiversidade própria. 
Cada bioma apresenta diferentes formações florestais. As tipologias de vegetação lenhosa que o Serviço 
Florestal Brasileiro (SFB) considera como floresta correspondem às seguintes categorias de vegetação do 
Sistema de Classificação do IBGE (IBGE, 2012): 
• Floresta Ombrófila Densa; 
• Floresta Ombrófila Aberta; 
• Floresta Ombrófila Mista; 
• Floresta Estacional Semidecidual; 
• Floresta Estacional Decidual; 
• Campinarana (florestada e arborizada); 
• Savana (florestada e arborizada) – Cerradão e Campo-Cerrado; 
• Savana Estépica (florestada e arborizada) - Caatinga arbórea; 
• Estepe (arborizada); 
• Vegetação com influência marinha, fluviomarinha (arbóreas); 
• Vegetação remanescente em contatos em que pelo menos uma formação seja florestal; 
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• Vegetação secundária em áreas florestais; 
• Reflorestamento. 
Essas formações florestais estão presentes em cinco dos seis biomas brasileiros. Apenas o bioma Pampa 
não apresenta formações florestais. 
Floresta Amazônica 
A floresta amazônica é a maior reserva de biodiversidade do mundo e o maior bioma do Brasil, ocupando 
quase metade do território nacional. O bioma cobre totalmente cinco Estados (Acre, Amapá, Amazonas, 
Pará e Roraima), quase totalmente Rondônia (98,8%) e parcialmente Mato Grosso (54%), Maranhão (34%) 
e Tocantins (9%). Já a Amazônia Legal, estabelecida no artigo 2º da Lei nº 5.173, de outubro de 1966, 
abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, parte 
do Maranhão e cinco municípios de Goiás. 
A Amazônia Legal representa 59% do território brasileiro, distribuídos por 775 municípios, onde vivem, 
segundo a projeção de 2017 do IBGE, mais de 28 milhões de pessoas (aproximadamente 13% da população 
brasileira). A região é compreendida pela bacia do rio Amazonas, a mais extensa do planeta, formada por 
25 mil km de rios navegáveis, em cerca de 6,9 milhões de km2, dos quais aproximadamente 3,8 milhões de 
km² estão no Brasil. A bacia escoa 20% do volume de água doce no mundo. 
O clima predominante é quente e úmido, com temperatura média de 25°C, com chuvas bem distribuídas 
ao longo do ano. Das formações florestais vistas anteriormente, segundo dados do IBGE (2012), a floresta 
amazônica é caracterizada pela presença de: 
• Floresta ombrófila densa 
• Floresta ombrófila aberta 
• Campinarana florestada 
• Campinarana arborizada 
 
Floresta ombrófila densa 
Também conhecida como floresta tropical úmida ou pluvial, é a formação com maior presença dentro da 
floresta amazônica e caracterizada pela existência de árvores de grande porte. Essa formação florestal é 
subdividida em cinco categorias, de acordo com as variações das faixas de altitude: Altomontana, Montana, 
Submontana, Terras Baixas e Aluvial. 
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Floresta ombrófila aberta 
Apresenta um dossel mais aberto devido ao maior espaçamento entre as árvores, grande presença de cipós, 
palmeiras, bambus ou sororocas. 
 
Campinarana florestada 
Também conhecida como caatinga da Amazônia e caatinga-gapó, ocorre no alto rio Negro (noroeste do 
Amazonas) e no médio rio Branco (sul de Roraima). Essa formação se diferencia da floresta ombrófila por 
apresentar um porte menor das árvores com troncos mais finos. 
Campinarana arborizada 
Também conhecida como campinarana e caatinga-gapó, ocorre nas mesmas localidades da campinarana 
florestada, porém em locais com solos mais arenosos. Por essa limitação do solo, as árvores presentes 
nesses locais são menos desenvolvidas. 
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Além dessas formações florestais, também é possível encontrar dentro da floresta amazônica áreas com 
vegetação que sofreram distúrbios feitos pelo homem, como vegetação remanescente em mosaicos em 
que pelo menos uma formação seja florestal, vegetação secundária em áreas florestais e reflorestamento. 
Atualmente, aproximadamente 20% da floresta amazônica já foi desmatada, principalmente pelo 
avanço da fronteira agrícola e pela exploração ilegal de madeira. O desmatamento dessa floresta é 
preocupante, pois a floresta tem um papel muito importante no ciclo hidrológico da América do Sul, 
principalmente na bacia do Prata onde a umidade proveniente da Amazônia é responsável parte das chuvas 
que ocorrem na região (Lovejoy e Nobre, 2018). 
Sendo assim, vem se buscando alternativas para reverter este quadro de desmatamento, principalmente 
por meio do uso sustentável da floresta. Nesse cenário, o manejo florestal sustentável é uma alternativa 
que traz desenvolvimento econômico para a população que reside na floresta junto com a manutenção 
da floresta em pé, por meio de práticas de colheita de baixo impacto. 
Entenda a diferença entre bioma Amazônia e Amazônia Legal: 
 
Fonte: Serviço Florestal Brasileiro, 2020 
 
Monik Begname de Castro
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Manejo Florestal Sustentável 
Neste tópico iremos estudar sobre o manejo florestal sustentável e para iniciarmos, gostaria de apresentar 
a diferença entre preservação e conservação: 
• Preservação: ação de proteger contra a modificação e qualquer formade estrago ou degradação de 
um ecossistema ou espécies ameaçadas de extinção. 
 
• Conservação: utilização do recurso natural de forma controlada, garantindo sua renovação natural, 
possibilitando ter um rendimento bom e sua renovação natural. 
O manejo florestal trabalha com o conceito de conservação da floresta, ou seja, a 
utilização da floresta de forma sustentável. 
Mas o que seria Manejo Florestal? 
“Manejo” significa manusear, servir-se de algo. Quando se fala em manejo florestal, pode-se pensar no 
planejamento de uso controlado de qualquer produto da floresta (madeireiros e não-madeireiros). 
A Lei de Gestão de Florestas Públicas (Lei nº 11.284, de 2 de março de 2006) define Manejo Florestal 
Sustentável como: 
 “administração da floresta para a obtenção de benefícios econômicos, sociais e 
ambientais, respeitando se os mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do 
manejo e considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a utilização de múltiplas 
espécies madeireiras, de múltiplos produtos e subprodutos não madeireiros, bem como a 
utilização de outros bens e serviços de natureza florestal” 
Assim, nem toda a exploração de produtos florestais é manejo. Para ser caracterizado como manejo, a 
floresta deve ser mantida em pé e com capacidade de produzir o que foi retirado de forma contínua, sem 
ocasionar danos e perdas permanentes à biota que vive na floresta. 
Explorar produtos e serviços florestais em áreas tropicais de alta diversidade é uma tarefa complexa. Para 
que essa atividade seja executada de forma eficiente são necessários vários estudos e análises prévias da 
área. A meta da conservação das florestas tropicais é o manejo sustentável dos recursos, ou seja, 
explorá-los de uma forma tão meticulosamente planejada que esta exploração não afete a biodiversidade 
existente ou a resiliência da floresta. Essa é a meta do manejo de uso múltiplo da floresta. 
Na Amazônia, ainda é predominante um tipo de exploração dos recursos florestais conhecido como 
exploração predatória (ou exploração convencional). Nesse tipo de operação, não existe planejamento 
e muito menos cuidado com o estado futuro da floresta após a exploração, ou seja, a exploração é feita 
de forma a extrapolar a capacidade da floresta em se recuperar (sua resiliência). 
O resultado desta exploração desordenada é: 
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• Excesso de danos à floresta (excesso de área aberta para as estradas, os pátios e os ramais de 
arraste); 
• Desperdício excessivo, já que muitas toras são perdidas pelo uso de práticas inadequadas no corte 
ou são simplesmente esquecidas na floresta; 
• Os trabalhadores não usam equipamentos de proteção individual, os chamados EPIs. 
Mas, por diversas razões, a exploração predatória ainda supre uma parcela significativa da demanda por 
madeira em tora da Amazônia. Sua persistência dentro do setor florestal amazônico tem levado ao 
estabelecimento de um parque industrial obsoleto que continuamente migra para as novas fronteiras toda 
vez que a madeira escasseia na região de origem. Visto isso, é importante destacar as principais razões para 
se manejar uma floresta: 
Continuidade da produção. A adoção do manejo garante a produção de madeira na área indefinidamente, 
e requer a metade do tempo necessário na exploração não manejada. 
Rentabilidade. Os benefícios econômicos do manejo superam os custos. Tais benefícios decorrem do 
aumento da produtividade do trabalho e da redução dos desperdícios de madeira. 
Segurança de trabalho. As técnicas de manejo diminuem drasticamente os riscos de acidentes de trabalho. 
No Projeto Piloto de Manejo Florestal (Imazon/WWF), os riscos de acidentes durante o corte na operação 
manejada foram 17 vezes menor se comparado às situações de perigo na exploração predatória. 
Respeito à lei. Manejo florestal é obrigatório por lei. As empresas que não fazem manejo estão sujeitas a 
diversas penas. Embora, a ação fiscalizatória tenha sido pouca efetiva até o momento, é certo que essa 
situação vai mudar. Recentemente, tem aumentado as pressões da sociedade para que as leis ambientais e 
florestais sejam cumpridas. 
Oportunidades de mercado. As empresas que adotam um bom manejo são fortes candidatas a obter um 
“selo verde”. Como a certificação é uma exigência cada vez maior dos compradores de madeira, 
especialmente na Europa e nos Estados Unidos, as empresas que tiverem um selo verde, provando a 
autenticidade da origem manejada de sua madeira, poderão ter maiores facilidades de comercialização no 
mercado internacional. 
Conservação florestal. O manejo da floresta garante a cobertura florestal da área, retém a maior parte da 
diversidade vegetal original e pode ter impactos pequenos sobre a fauna, se comparado à exploração não 
manejada. 
Serviços ambientais. As florestas manejadas prestam serviços para o equilíbrio do clima regional e global, 
especialmente pela manutenção do ciclo hidrológico e retenção de carbono. 
A seguir, estudaremos sobre as principais categorias de Manejo Florestal. 
1. Categorias de Manejo Florestal 
De acordo com o Serviço Floresta Brasileiro, o manejo florestal pode ser realizado por todos os interessados 
em gerar renda e/ou matérias-primas através da floresta, tanto por empresas quanto por povos 
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tradicionais, comunidades e agricultores familiares. Dessa forma, o manejo florestal pode apresentar as 
seguintes categorias: 
• Manejo Florestal Empresarial 
• Manejo Florestal Comunitário 
• Concessão Florestal 
O Manejo Florestal Empresarial é realizado por empresas florestais com o intuito de atender a demanda 
do mercado interno e/ou externo de madeira. Por atender a demanda do mercado, a retirada de madeira na 
floresta é realizada em escala industrial, o que requer um maior investimento em maquinários e em mão de 
obra especializada. 
O Manejo Florestal Comunitário é o uso dos recursos da vegetação nativa pelos povos e comunidades 
tradicionais e agricultores familiares. Ocorre em todo o Brasil, tendo um papel importante para a 
alimentação e a renda de muitas famílias, além de fornecer vários produtos para a população urbana e 
insumos para a indústria. Numa definição mais técnica, Manejo Florestal Comunitário e familiar engloba 
todas as atividades de manejo dos recursos florestais realizadas pelos agricultores familiares, assentados 
da reforma agrária e pelos povos e comunidades tradicionais, a partir de sua própria realidade e 
perspectivas, para obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos 
de sustentação do ecossistema, conforme descrito pelo Decreto nº 6.874, de 5 de junho de 2009. 
O manejo florestal comunitário vem mostrando seu potencial como alternativa para as comunidades e 
associações rurais, principalmente por estimular duas questões importantes: 
• A conservação dos recursos naturais: o manejo deixa a floresta em pé. 
• O fortalecimento da organização social: quando a comunidade se manifesta para a prática do Manejo 
Florestal Comunitário, as famílias começam a planejar e desenvolver suas ações de maneira compartilhada. 
Com relação à Concessão Florestal, desde 2006, o governo pode conceder a empresas e comunidades o 
direito de manejar florestas públicas para extrair madeira, produtos não-madeireiros e oferecer serviços de 
turismo. 
Produtos madeireiros - Compreendem a madeira propriamente dita e o material lenhoso 
residual (porção de galhos, raízes e troncos de árvores). 
Produtos não-madeireiros - Produtos vegetais de natureza não lenhosa, incluindofolhas, 
raízes, cascas, frutos, sementes, gomas, óleos, látex e resinas. 
Serviços de ecoturismo - Hospedagem, atividades esportivas, visitação e observação da 
natureza e esportes de aventura. Não poderá ser cobrada a visitação para fins científicos e 
de educação ambiental. 
Em contrapartida ao direito do uso sustentável, os concessionários pagam ao governo quantias que variam 
em função da proposta de preço apresentada durante o processo de licitação destas áreas. O principal 
objetivo das concessões florestais é conservar a cobertura vegetal das florestas brasileiras, por meio da 
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melhoria da qualidade de vida da população que vive em seu entorno e do estímulo à economia formal com 
produtos e serviços de florestas manejadas. 
A floresta concedida permanece em pé, pois os contratos firmados somente permitem a obtenção do 
recurso florestal por meio de técnicas do manejo florestal de impacto reduzido. Desta forma, a área é 
utilizada em um sistema de rodízio, que permite a produção contínua e sustentável de madeira. É garantido 
o acesso gratuito da comunidade local à área de concessão para a coleta de produtos não-madeireiros 
considerados essenciais à sua subsistência, além da coleta de sementes para a produção de artesanatos, 
tais como biojoias. 
2. Práticas de manejo 
Conforme já visto anteriormente, o manejo aplica atividades de planejamento a fim de assegurar a 
manutenção da floresta para a próxima colheita, e monitora o desenvolvimento da floresta e aplica 
tratamentos silviculturais. 
Para a realização do manejo, algumas atividades, etapas e procedimentos devem ser cumpridos para 
minimizar o impacto causado pela exploração e assim assegurar a conservação da floresta. 
A) Planejamento 
O primeiro passo é elaborar o planejamento do manejo florestal, sendo essencial para a garantia da 
sustentabilidade da atividade. Antes de iniciar o manejo, é necessário responder as perguntas Onde, O que, 
Quanto e Como. 
Onde será explorado? 
A escolha da área da floresta onde ocorrerá o manejo é crucial devido a alguns fatores que 
devem ser levados em conta, como topografia, composição florística, formas de 
escoamento das toras, acessibilidade do maquinário, entre outros. Além disso, é 
importante delimitar quais serão as áreas excluídas da exploração (infraestruturas e 
acampamentos, Áreas de Preservação Permanentes e áreas sem potencial produtivo) e 
através de mapas georreferenciados identificar todas estas áreas. 
O que será explorado? 
Quais produtos e/ou serviços que existem na floresta com potencial de mercado e, dentre 
estes produtos, quais são os mais viáveis para exploração. 
Quanto será explorado (de cada produto)? 
Qual a quantidade existente de cada produto e/ou serviço; qual é a demanda local (família, 
comunidade ou comprador); qual a capacidade de produção do empreendimento (equipe, 
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equipamentos, conhecimentos); quanto pode ser extraído da floresta sem exceder sua 
regeneração. 
Como será explorado? 
Qual será a tecnologia empregada e o sistema de exploração, levando em consideração as 
respostas anteriores. 
As respostas dessas perguntas fazem parte das atividades de macroplanejamento do manejo. Essa etapa 
irá gerar as informações necessárias para a tomada de decisão quanto à viabilidade econômica do manejo 
florestal, além de subsidiar as demais atividades do empreendimento. 
B) Conceitos chaves para o manejo florestal 
Nas atividades de manejo florestal, a intensidade e o ciclo de corte são parâmetros essenciais para garantir 
a recuperação da floresta e a realização da intervenção com o menor impacto possível para a floresta. 
• Ciclo de corte: 
É o período de tempo (quantos anos) que deve se esperar para, após a exploração, ser 
possível fazer uma segunda exploração. 
 O ciclo de corte implica que uma área de manejo deve ter um tamanho grande o suficiente para que cada 
unidade produtiva (no jargão técnico, cada UPA, sigla de Unidade de Produção Anual) seja explorada em 
um dado ano de forma que volte a ser explorada novamente apenas quando completado o ciclo de corte. 
Isso permite que o processo de sucessão florestal ocorra nas clareiras de exploração e que as espécies 
exploradas possam se recuperar antes da próxima intervenção na floresta. O conjunto de UPAs (ou a área 
total de manejo florestal) é chamado de Unidade de Manejo Florestal, ou UMF. 
A UMF é uma área de floresta natural passível de ser explorada racionalmente por meio do manejo florestal 
para a produção de bens e serviços. Além disso, a UMF engloba áreas que não podem ser exploradas, como 
Áreas de Preservação Permanente (APP) e as reservas absolutas. A exploração de uma dada UMF é regulada 
por um Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS). 
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Fonte: Informativo técnico 1 (IFT)2 
O ciclo de corte depende: 
• Da capacidade de recuperação da floresta; 
• Da intensidade em que for feita a exploração (ou seja, quantos metros cúbicos ou quantas árvores 
serão extraídas em cada unidade de área florestal); 
• Do grau de danos que forem causados à floresta durante a exploração. 
Determinar o ciclo de corte para uma floresta pode ser uma tarefa baste complicada, pois exige muitos anos 
de acompanhamento da floresta para entender seu comportamento. Na ausência desse tipo de informação, 
a legislação brasileira (Resolução CONAMA 406/2009) exige que seja considerada uma relação máxima 
entre a intensidade máxima de corte e o ciclo de corte igual a 0,86 (para PMFS COM USO DE 
MÁQUINAS para arraste de toras - PMFS Pleno). Mas o que isso significa, Professora? 
Imagine que iremos explorar 25 m³/ha. Daqui quantos anos iremos poder voltar na área para fazer uma nova 
exploração? Ou seja, qual será nosso ciclo de corte para essa intensidade de 25 m³/ha? 
𝐶𝑖𝑐𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒 = 
25 𝑚3/ℎ𝑎
0,86
 ≈ 30 𝑎𝑛𝑜𝑠 
É possível aumentar o ciclo de corte em até 35 anos e a intensidade de exploração será proporcional. 
𝐼𝑛𝑡𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑒𝑥𝑝𝑙𝑜𝑟𝑎çã𝑜 = 35 𝑎𝑛𝑜𝑠 ∗ 0,86 ≈ 30 𝑚3/ℎ𝑎 
• Intensidade de corte 
É o máximo de volume de madeira de espécies comerciais que pode ser extraído em toras 
em cada hectare de floresta a ser manejada. Quanto maior a intensidade a ser adotada, 
 
2 INFORMATIVO TÉCNICO 1 - MANEJO FLORESTAL E EXPLORAÇÃO DE IMPACTO REDUZIDO EM FLORESTAS 
NATURAIS DE PRODUÇÃO DA AMAZÔNIA. Belém, 2014. < http://www.ift.org.br/wp-content/uploads/2014/11/Informativo-
T%C3%A9cnico-1.pdf> 
Unidade de Manejo Florestal 
(UMF) = conjunto de UPA. 
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maior deve ser o ciclo de corte, de forma a propiciar que a floresta tenha tempo para se 
recuperar até a próxima exploração. 
• Diâmetro Mínimo de Corte (DMC): 
É o diâmetro mínimo de uma árvore, medido a 1,3 metro de altura a partir do solo, para 
que seja possível explorá-la. Nos livros técnicos sobre o tema, esta unidade de mensuração 
do tronco da árvore a 1,3 metros do solo é comumente chamada de DAP, ou diâmetro à 
altura do peito. Pelas normas brasileiras (Resolução CONAMA 406/2009), o diâmetro 
mínimoem florestas da Amazônia é de 50 centímetros para todas as espécies, para as 
quais ainda não se estabeleceu o DMC específico. 
Tanto o ciclo de corte como o diâmetro mínimo para a extração foram criados no manejo florestal para 
permitir que a floresta se regenere antes da segunda exploração na mesma área. Outro ponto 
importante é que, devido ao melhor planejamento da exploração e ao uso de técnicas adequadas, a 
exploração de impacto reduzido, parte integrante do manejo florestal, provoca danos muito menores à 
floresta remanescente, assim como uma proporção muito menor de desperdícios. 
• Exploração de Impacto Reduzido (EIR): 
É a alternativa à exploração convencional, na qual a exploração é executada segundo um 
planejamento detalhado e uso de técnicas especiais de colheita florestal. É uma parte 
crucial para a execução correta do que foi previsto no manejo florestal. 
Toda a estratégia de planejamento da exploração no manejo florestal leva em consideração algumas 
medidas especiais para a proteção das espécies que serão exploradas: 
• a proteção das árvores remanescentes, também chamadas de árvores de futura colheita; 
• a proteção das chamadas árvores porta sementes. 
 
• Árvores remanescentes: em uma floresta existe uma ampla variedade de espécies, porém são 
poucas as espécies que possuem potencial para serem exploradas comercialmente. Assim, árvores 
remanescentes são todas as árvores das espécies comerciais exploradas em um dado 
empreendimento que contenham, no momento do inventário florestal, um DAP abaixo do diâmetro 
mínimo de corte. 
 
• Árvores porta sementes: são indivíduos de espécies de tamanho comercial (DAP > 50 cm) que têm 
de ser excluídas da exploração para que possam frutificar e dispersar sementes entre os ciclos de 
corte, favorecendo a regeneração das espécies exploradas. 
A Resolução CONAMA 406/2009 estabelece que um mínimo de 10% das árvores comerciais de uma dada 
espécie de interesse (ou seja, DAP > 50 cm) deve ser mantido na floresta após a exploração, para permitir 
esta regeneração em cada bloco de 100 hectares de floresta. 
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Art. 4º A intensidade de corte proposta no PMFS será definida de forma a propiciar a 
regulação da produção florestal e levará em consideração os seguintes aspectos: 
IV- 
c) manutenção de pelo menos 10% do número de árvores por espécie, na área de efetiva 
exploração da UPA, que atendam aos critérios de seleção para corte indicados no PMFS, 
respeitados o limite mínimo de manutenção de três árvores por espécie por 100 ha, em 
cada UT; e 
d) manutenção de todas as árvores das espécies, cuja abundância de indivíduos com DAP 
superior ao DMC seja igual ou inferior a três árvores por 100 ha de área de efetiva 
exploração da UPA, em cada UT. 
O manejo florestal é obrigatório para a exploração legal de florestas amazônicas. Dessa forma, um 
determinado empreendimento (empresa ou comunidade) interessado em realizá-lo deve, antes de iniciar a 
exploração, elaborar um Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS), contendo uma descrição das 
características físicas e biológicas da área a ser manejada e documentando os passos que serão adotados 
para a exploração da floresta, acompanhados por suas respectivas justificativas técnicas. 
O PMFS é então analisado pelo órgão ambiental competente que deverá aprová-lo antes da exploração da 
área. Legalmente, o empreendimento em questão também deve submeter à análise do órgão ambiental 
competente o chamado Plano Operacional Anual (POA), documento técnico que descreve as atividades 
de exploração florestal que serão executados naquele ano em questão, em conformidade com o PMFS 
aprovado para esta área. 
• Autorização para exploração (Autex): Documento expedido pelo órgão competente que autoriza o 
início da exploração da Unidade de Produção Anual-UPA e especifica o volume máximo por espécie 
permitido para exploração (Resolução CONAMA nº 406/2009). 
 
• Vistoria técnica: É a avaliação de campo para subsidiar a análise, acompanhar e controlar 
rotineiramente as operações e atividades envolvidas na AMF, realizada pelo órgão ambiental 
competente (Resolução CONAMA nº 406/2009). 
 
• Unidade de Manejo Florestal (UMF): é a área do imóvel rural a ser utilizada no manejo florestal 
(Resolução CONAMA nº 406/2009). 
 
• Área de Manejo Florestal (AMF): conjunto de Unidades de Manejo Florestal que compõem o PMFS, 
contíguas ou não, localizadas em um único Estado (Resolução CONAMA nº 406/2009). Estas áreas, 
que podem ter mais de uma UMF, compõem o mesmo plano de manejo. 
• Unidade de Produção Anual (UPA): subdivisão da Área de Manejo Florestal, destinada a ser 
explorada em um ano (Resolução CONAMA nº 406/2009). 
 
• Unidade de Trabalho (UT): subdivisão operacional da Unidade de Produção Anual (Resolução 
CONAMA nº 406/2009). 
 
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Figura 1: Exemplo da alocação de diversas UPAs subdivididas em UTs dentro da AMF. 
Fonte: Acervo do IFT 
 
A classificação dos PMFS quanto aos métodos de extração de madeira, divide-se em: 
PMFS que NÃO prevê a utilização de máquinas para o arraste de toras; e 
PMFS que prevê a utilização de máquinas para o arraste de toras 
Ciclo de corte: 
COM utilização de máquinas para o arraste de tora: máx. 35 anos e mín. 25 anos. 
SEM utiliza máquinas para o arraste de toras: mín. 10 anos. 
Intensidades máximas de corte: 
30 m³/ha para o PMFS que prevê a utilização de máquinas para o arraste de toras, 
com ciclo de corte inicial de 35 anos; 
10 m³/ha para o PMFS que NÃO utiliza máquinas para o arraste de toras, com ciclo 
de corte inicial de 10 anos; 
Relação máxima entre a intensidade máxima de corte e o ciclo de corte igual a 0,86 
m³/ha/ano para PMFS COM USO DE MÁQUINAS para arraste de toras; 
Diâmetro Mínimo de Corte: 50 cm para todas as espécies, para as quais ainda não se 
estabeleceu o DMC específico. 
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C) Etapas da execução do manejo 
As atividades do manejo florestal sustentável devem estar de acordo com as técnicas de exploração de 
impacto reduzido (EIR), como o planejamento da direção da queda das árvores quando forem cortadas e o 
planejamento das estradas por onde as toras serão escoadas. 
Estes e outros procedimentos visam: 
─ diminuir o impacto da exploração florestal na estrutura da floresta; 
─ reduzindo a intensidade de abertura de clareiras; 
─ danos às outras árvores que não serão exploradas; 
─ danos à regeneração florestal, alterações em APPs e 
─ compactação e erosão dos solos. 
Vamos conhecer melhor cada uma das etapas, que se divide em: pré-exploratórias, exploratórias e pós-
exploratórias. 
Tudo começa com a identificação de uma área florestal na qual o Manejo Florestal será realizado. Assim, a 
primeira ação é o Macroplanejamento. Esta etapa consiste em uma avaliação geral da área de manejo 
florestal quanto: 
i) aptidão da área para o manejo florestal; 
ii) qualificação da área a nível de espécies comerciais disponíveis para realização do 
manejo florestal; 
iii) a viabilidade econômica da atividade manejo florestal; 
iv) indicação das infraestruturas mínimas para realização da atividade; e 
v) um planejamento mínimo de gestão e equipe necessária para funcionamento do 
empreendimento. 
Essas são as informações mínimas para a tomada de decisão quanto à viabilidade do empreendimentoflorestal. As informações levantadas nesta etapa possibilitarão o início do processo de licenciamento 
ambiental do manejo, além de contribuir na elaboração do microplanejamento das etapas pré- exploratória 
e exploratória. Com o intuito de maximizar a produção florestal, as atividades para enriquecer, manter e/ou 
acelerar o crescimento do patrimônio físico e ambiental das áreas são realizadas na etapa pós-exploratório 
do manejo. 
Vamos passar agora pelas atividades! 
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1. ATIVIDADES PRÉ-EXPLORATÓRIAS 
São as atividades que antecedem e preparam a exploração florestal. É a etapa do manejo florestal em que 
se realiza um estudo detalhado da: 
i) Unidade de Manejo Florestal por meio do macroplanejamento; e 
ii) Unidade de Produção Anual por meio do microplanejamento. 
Esta etapa indica a aptidão da área florestal para o Manejo Florestal, a viabilidade econômica do 
empreendimento. É durante a etapa pré-exploratória que se realizam os procedimentos de licenciamento 
ambiental, são dimensionados os custos de produção, planejamento e construção das infraestruturas, e são 
levantadas informações que possibilitam a exploração racional da área de manejo florestal. Dentre as 
atividades que a compõe estão a delimitação das áreas efetivas para o manejo florestal e nelas realizadas 
inventários florestais, instaladas parcelas de monitoramento, processadas informações de campo e 
produção de mapas temáticos. 
Essas atividades devem ser realizadas pelo menos um ano antes da etapa exploratória. Devem ser 
consideradas as técnicas que colaborem para minimizar os danos ambientais e riscos à segurança e saúde 
do trabalhador florestal, o que chamamos de exploração de impacto reduzido (EIR). 
Atenção! 
A etapa exploratória só pode ser realizada após a aprovação do PMFS pelo órgão 
competente, e da AUTEX para a primeira UPA. 
 
As parcelas de monitoramento ou parcelas permanentes são delimitações feitas com 
piquetes dentro da floresta, geralmente sugeridas como tendo uma área de 1 ha (10.000 
m², o que equivale a um retângulo de 20 x 500m) para cada 250 ha de floresta manejada. 
INSTITUTO FLORESTA TROPICAL. Manejo Florestal e Exploração de Impacto Reduzido 
em Florestas Naturais de Produção na Amazônia. Informativo Técnico do IFT 1. IFT. 
Belém: IFT, 2012. 31 p. Disponível em www.ift.org.br. 
 
 
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Conforme eu havia falado, a macroplanejamento, basicamente, irá avaliar a viabilidade econômica do 
empreendimento. Mas é o Microplanejamento, consiste em que? 
Consiste nas atividades antes da exploração ocorrer. Nessa etapa, é feito o inventário florestal 100%, que 
consiste no mapeamento e medição de todos os indivíduos das espécies a serem exploradas, com DAP 
acima de 30 cm. Percebam que não são todos os indivíduos presentes na floresta, mas sim os indivíduos das 
espécies com potencial para exploração comercial. 
Cada árvore medida recebe uma placa, onde deve constar o número da árvore e seu local. Devem ser 
anotados também alguns detalhes da árvore, como a presença de ocos ou ninhos na folha de campo. 
Estes dados são usados para a elaboração do mapa de exploração. As árvores a serem abatidas são 
selecionadas levando em consideração o volume máximo autorizado e as outras exigências legais, como: 
─ Deixar porta sementes; 
─ Respeito às APPs e outras áreas protegidas e 
─ Número mínimo de indivíduos da espécie a serem deixados por hectare. 
A partir da seleção dessas árvores, são definidas as trilhas de arraste, de forma que se tenha a MENOR 
abertura de estradas possível. 
Assim, após a coleta dos dados, são iniciados os procedimentos pré-exploratórios. Alguns deles podem ter 
sido realizados bem antes. 
Esses procedimentos visam permitir a exploração da forma mais segura e com o mínimo 
de danos à floresta. 
Os mais comuns são: 
• Corte de cipós (no ano anterior à exploração) 
• Limpeza ao redor do tronco das árvores a serem derrubadas 
• Abertura de estradas e trilhas de arraste, além da construção de pátios de estocagem. 
O número e tamanho são dimensionados conforme as necessidades pontuais do empreendimento. 
A área total a ser manejada se chama Unidade de Manejo florestal (UMF), e é dividida em Unidades de 
Produção Anual (UPA). 
Uma área de manejo deve ter um tamanho grande o suficiente para que cada UPA seja explorada em um 
dado ano de forma que volte a ser explorada novamente apenas quando completado o ciclo de corte. Isso 
permite que o processo de sucessão florestal ocorra nas clareiras de exploração e que as espécies exploradas 
possam se recuperar antes da próxima intervenção na floresta. O número de Unidades de Trabalho (UT) 
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Monik Begname de Castro
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exploradas por UPA, ou seja, anualmente, varia de acordo com a capacidade operacional do 
empreendimento, da área de efetivo manejo, do planejamento de exploração, entre outros fatores. 
2. ATIVIDADES EXPLORATÓRIAS 
Esta é a etapa operacional do manejo florestal, ou a colheita florestal. Faz parte das atividades exploratórias: 
o corte direcional de árvores, planejamento de arraste, traçamento de árvores em toras, arraste florestal, 
operação de pátio, romaneio e rastreabilidade. Para a realização dessas atividades, é necessário um 
planejamento prévio para a redução de danos ambientais, dos custos de produção e dos acidentes de 
trabalho durante a execução da colheita. 
CORTE DIRECIONAL 
Antes do corte, a direção de queda da árvore deve ser definida, de modo que minimize os danos à arvores 
adjacentes. Uma rota de fuga para os trabalhadores deve ser escolhida, e uma limpeza ao redor da árvore é 
realizada para evitar a presença de cobras e melhorar a visibilidade. 
Técnicas de corte direcionado devem ser usadas nessa operação, que é realizada quase que exclusivamente 
com motosserra. Uma vez derrubada a árvore, a placa colocada na mesma durante o inventário 100% deve 
ser afixada no toco, e o número da UT e da árvore devem ser pintados no tronco, com tinta permanente à 
prova d’água. 
 
ARRASTE 
O arraste das toras pode ser feito por máquinas, sendo que o skidder é a mais comum, ou por outros meios. 
O arraste por tração animal é uma alternativa, embora raramente usado. Caso não haja o uso de máquinas, 
é comum que a tora seja desdobrada no próprio local da queda da árvore, com motosserra, para diminuir o 
peso e o volume a serem carregadas. 
 
Fonte: Serviço Florestal Brasileiro, 
2020 
Fonte: Serviço Florestal Brasileiro, 
2020 
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Se houver desdobro no local, os pranchões devem também serem numerados, de forma que se possa 
rastrear exatamente de que árvore vieram. 
ARMAZENAMENTO 
A madeira, seja em tora, seja em pranchões, é então levada para os pátios secundários (menores, em maior 
número e mais próximos das árvores abatidas), e depois para os pátios primários (maiores, em menor 
número e próximos da estrada principal de escoamento), onde é medida antes da venda. 
3. ATIVIDADES PÓS-EXPLORATÓRIAS 
Após a execução da colheita, a floresta continuaa crescer e é preciso acompanhar esse processo para 
conhecer sua dinâmica de crescimento e monitorar seu funcionamento. Desta forma, as atividades pós-
exploratórias visam viabilizar os próximos ciclos de corte a partir dos seguintes levantamentos: 
i) dos danos provocados pela exploração; 
ii) do crescimento da floresta; e 
iii) de medidas para catalisar este crescimento. 
Basicamente, nessa etapa são sugeridas as seguintes atividades: 
• manutenção de infraestruturas; 
• avaliação de danos e desperdícios da exploração; 
• inventário contínuo; 
• silvicultura pós-colheita; 
• medidas de proteção florestal; 
• entre outras atividades. 
A silvicultura pós-colheita consiste em tratamentos silviculturais que incluem a liberação de árvores 
comerciais através do corte de ou anelamento - processo que retira a casca da árvore numa forma de anel, 
o que impede o transporte de seiva causando sua morte - de árvores competidoras, corte de cipós, plantio 
de enriquecimento (árvores de valor comercial) em clareiras, entre outros. 
A maioria destes tratamentos visa aumentar o valor futuro de florestas de produção, ao mesmo tempo em 
que gera benefícios ecológicos para as espécies comerciais que porventura tenham sido afetadas pela 
exploração. Falaremos sobre os tratamentos silviculturais mais adiante. 
Um elemento importante desta etapa está na elaboração do relatório pós-exploratório, que irá descrever 
os resultados produtivos, a avaliação de danos e próximos passos que serão realizados na UPA para 
colaborar com a regeneração florestal. 
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O inventário contínuo é uma mensuração da floresta explorada que deve ser realizada 
permanentemente, pois seu objetivo, dentre outros, é o de monitorar o crescimento e a 
regeneração natural da floresta 
INSTITUTO FLORESTA TROPICAL. Manejo Florestal e Exploração de Impacto Reduzido 
em Florestas Naturais de Produção na Amazônia. Informativo Técnico do IFT 1. IFT. 
Belém: IFT, 2012. 31 p. Disponível em www.ift.org.br. 
3. Licenciamento do Manejo Florestal 
Agora iremos estudar sobre o licenciamento ambiental exigido para o manejo florestal. Você pode estar se 
perguntando...Professora, mas isso vai cair na minha prova? 
Pois bem, talvez o processo de licenciamento em si não apareça em sua prova, mas preciso explicá-lo para 
que você entende em qual etapa é exigido o plano de manejo florestal. Certo? 
A atividade de manejo florestal precisa ser licenciada, através de três etapas: 
1. A Autorização Prévia à Análise Técnica – APAT; 
2. O Plano de Manejo Florestal Sustentável – PMFS e 
3. A Autorização de Exploração – AUTEX. 
Alguns produtos florestais não-madeireiros também necessitam de aprovação prévia à exploração. 
"Professora, o que é APAT?" 
A sigla APAT é Autorização Prévia à Análise Técnica. Essa etapa tem como objetivo verificar se a pessoa – 
física ou jurídica – que deseja realizar o manejo, em determinada área, tem direito legal àquela área, e se a 
área pode ser manejada – tem florestas, está regular com os órgãos ambientais, não foi objeto de outro 
plano de manejo anteriormente, dentre outros. 
Já o Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS), deve conter um estudo físico da área 
(macrozoneamento), que engloba um mapa do local, estradas existentes, cursos d’água, dentre outras 
informações da floresta (inventário amostral), onde se estuda aquela floresta, que espécies existem ali, em 
que quantidades, se elas estão se reproduzindo satisfatoriamente, através da verificação da presença de 
indivíduos jovens, e outros aspectos da área, como a presença de unidades de conservação. 
Esse documento deve ser elaborado para cada floresta em que se fará exploração florestal e utilização de 
produtos e serviços, detalhando como ela será explorada e quais os passos para que essa exploração ocorra 
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de forma sustentável. Esse documento se refere à área a ser manejada como um todo, e deve ser elaborado 
por um Engenheiro Florestal – o Responsável Técnico. 
A Autex é a autorização para exploração. O detentor do PMFS submete ao órgão ambiental competente 
um Plano Operacional Anual – POA. Este documento também tem um inventário florestal, o inventário a 
100% neste caso, mas que detalha apenas as espécies que serão utilizadas, e no diâmetro comercial, o mapa 
da área com a localização das árvores e as trilhas e pátios planejados e outros dados que são necessários 
para a exploração propriamente dita da área. 
Esse documento, a AUTEX, se aplica apenas à área a ser explorada em um determinado 
ano, e precisa ser elaborado por um Engenheiro Florestal, que será o Responsável Técnico 
pelo Plano Operacional Anual. 
Estou apresentando a vocês os passos para o licenciamento do Manejo no âmbito Federal, ou seja, quando 
o Manejo Florestal ocorre em áreas da União, nas Unidades de Conservação de Uso Sustentável, e para 
a Amazônia. 
Os estados têm suas próprias exigências e, às vezes, até modalidades de manejo diferentes. É 
imprescindível consultar a legislação aplicável à área a ser manejada ANTES de qualquer atividade de 
manejo para saber que passos se tem de cumprir, ou mesmo, se o manejo florestal é permitido naquela área 
em particular. Os custos do manejo dependem em parte disso. 
Quem aprova o Plano de Manejo Florestal Sustentável? 
Quem aprova são os órgãos ambiental vinculados ao SISNAMA. No caso de áreas da União, é o Instituto 
Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – Ibama. No caso de Manejo Florestal 
Comunitário em Reservas Extrativistas e Florestas Nacionais, é o Instituto Chico Mendes de 
Conservação da Biodiversidade – ICMBio. 
Assentamentos da Reforma Agrária não emancipados, ou assentamentos ambientalmente diferenciados, 
são licenciados pela unidade Estadual do Ibama. Os outros casos são licenciados pelas Secretarias Estaduais 
de Meio Ambiente, ou as municipais, quando existirem. 
Marco legal: Segundo a Resolução CONAMA 01/86 e o Código Florestal, tanto o novo quanto o antigo, 
Manejo Florestal é atividade sujeita a licenciamento. Assim, a atividade começou a ser regulamentada pelo 
Ibama apenas em 1991. Atualmente, as principais normativas federais incidentes sobre a atividade são as 
IN MMA 04, que trata da APAT (Autorização Prévia à Análise Técnica), e IN MMA 05 de 2006, que trata da 
apresentação do PMFS e POA, a Resolução CONAMA 406 (Amazônia apenas) e a Instrução Normativa do 
Ministério do Meio Ambiente n° 1, de 25 de junho de 2009, que trata do manejo florestal na Caatinga. 
A APAT foi criada pela Instrução Normativa do Ministério do Meio Ambiente n° 04, de 11 de dezembro de 
2005. e tem validade de 24 meses. O PMFS deve ser submetido à análise do órgão dentro deste prazo. Essa 
fase, a da autorização prévia, pode ser complicada para o manejo comunitário. Além de muitas vezes 
necessitar de mais uma aprovação, a do ICMBio ou do Incra, caso a área que se quer manejar esteja em 
Unidade de Conservação ou Assentamento, muitas vezes os agricultores familiares não detêm a titularidade 
da terra, mas sim declaração de posse, declaração de cessão de uso e outras formas mais frágeis de posse 
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da terra. Assim sendo, antes de se pensar em manejar e fazer o investimento necessário para começar a 
atividade, é bom verificar se o órgão que licencia aatividade aceita o tipo de domínio da terra existente, e 
se existem outras exigências. 
A) O Plano de Manejo Florestal Sustentável 
No Plano de Manejo Florestal Sustentável é preciso detalhar como será o manejo realizado na área. Deve 
incluir ainda o tipo de madeira que será retirada, em que quantidade, depois de quanto tempo se voltará ao 
talhão, que tipo de atividades silviculturais serão realizadas, como se dará a retirada da madeira do local, 
etc. 
Vamos então reforçar alguns conceitos? 
Ciclo de corte ou rotação: é o tempo que se volta para retirar mais madeira do mesmo local. A área é 
dividida em unidades de exploração anual, que serão exploradas sequencialmente, até que se volte à 
primeira área novamente. Ciclo de corte é o tempo que demorará para voltar a cortar na primeira área. Na 
Amazônia, pode ser de dez anos, em uma modalidade de manejo (de baixa intensidade), mas geralmente 
está entre 25-30 anos. 
Intensidade de exploração: A intensidade de exploração se refere a quanto de madeira vai ser retirado em 
cada corte, em cada área de operação anual. Por exemplo, na Amazônia o limite para se retirar é 30 m³ por 
hectare, a cada ciclo. Na Caatinga é de 11 m³/ha. 
Lista de espécies: é a lista de espécies que foram escolhidas para serem exploradas excluindo as que são 
proibidas de corte pela legislação, que são a castanheira, o mogno e a seringueira. Elas são decididas em 
função das espécies que existem na área, que tem indivíduos jovens, adultos e plântulas, e que existam 
acima de determinada quantidade – esses dados são fornecidos pelo inventário amostral e pelo uso 
comercial das espécies. 
Uso de máquinas: especificamente no arraste de toras. O skidder é usado para arrastar toras na Amazônia, 
e por exigir trilhas abertas e por seu peso, tem um potencial de causar danos ambientais significativos. 
Estradas, trilhas e ramais: as áreas de manejo tendem a ser áreas de floresta relativamente intocadas. 
Desta forma, é preciso construir estradas para se chegar até elas e escoar a produção. Os ramais são 
estrados secundárias, e as trilhas de arraste são abertas para se chegar até as árvores exploradas. O 
planejamento dessas estruturas é muito importante, porque além de serem parte relevante do impacto 
ambiental do manejo, são de alto custo. 
Pátios: são os locais onde a madeira ficará armazenada até a sua retirada do local da exploração. Como 
também envolvem a retirada de vegetação, devem ser bem planejados. Modalidades de PMFS: as 
legislações, federais e estaduais, preveem algumas modalidades distintas de manejo, em relação ao 
tamanho da área a ser manejada, a intensidade de exploração e o uso de máquinas no arraste de toras. É 
bom conhecer a legislação que se aplica ao manejo na sua localidade. 
Inventário Amostral: é o estudo da floresta como um todo, feito para a elaboração do PMFS. É feito em 
algumas parcelas, sem medir a floresta toda, e registra dados de boa parte das espécies que ocorrem na 
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área que será manejada, e de vários tamanhos. Esse inventário fornece o conhecimento da floresta 
necessário para a elaboração de um bom Plano de Manejo. 
Inventário a 100%: é realizado na área que vai ser cortada, e mede todas as espécies que vão ser 
comercializadas, já adultas. Ele vai determinar que árvores serão colhidas. Atenção, no inventário a 100% 
são medidas todas as árvores comerciais, e não todas as árvores da floresta. Certo? Não se esqueça disso. 
Para a elaboração dos Planos de Manejo Florestal Sustentáveis comunitários, é importante que o técnico 
que vai elaborar este documento trabalhe em conjunto com os manejadores, e que questões como a 
definição da área a ser manejada, a intensidade de exploração, tipo de manejo a ser realizado, as 
responsabilidades de cada um para com a atividade e a repartição de possíveis lucros estejam claras para 
todos os envolvidos. Isso evita conflitos entre os manejadores e também impede que a comunidade assuma 
a responsabilidade por um PMFS que não conhece e de cuja elaboração não participou. 
É importante lembrar que o detentor de um Plano de Manejo (a pessoa física ou jurídica que detém a 
aprovação do plano em seu nome) assume várias responsabilidades para com a área de manejo, como 
protegê-la do fogo, que as operações realizadas na área estejam de acordo com a licença e com as leis 
trabalhistas e de segurança do trabalho (a atividade florestal é perigosa, e não deve ser realizada por gente 
sem capacitação!). 
1.Apresentação do Plano de Manejo Florestal - Aspectos gerais 
Caro aluno, basicamente, há duas formas de se apresentar o PMFS, sendo: 
• PMFS de baixa intensidade 
• PMFS pleno 
O PMFS de baixa intensidade foi planejado de forma a legalizar a atividade usualmente realizada por 
populações tradicionais. Permite o corte máximo de 10 m³/ha, uma rotação mínima de 10 anos e não 
pode usar máquinas no arraste de toras. Tem exigências muito menores que o PMFS pleno, também 
chamado de empresarial, em relação a mapas, planejamento e legislação trabalhista. 
O PMFS pleno permite o corte máximo de 30 m³/ha, com rotação mínima de 30 anos (esse valor é alterado 
pela Resolução Conama, para 0,876 m³/ha/ano de rotação). Permite o uso de máquinas no arraste de toras 
e é bem mais exigente na elaboração do PMFS. 
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O Plano de Manejo Florestal deve detalhar os seguintes aspectos: uma caracterização da área; de 
vegetação, inclusive as espécies não comerciais, outros aspectos bióticos, geográficos e econômicos. 
Também deve incluir os aspectos básicos da exploração a ser desenvolvida: ciclo de corte, quantidade de 
madeira prevista para ser retirada e de quais espécies, como se dará o corte e o arraste da madeira, a 
abertura de pátios e ramais, tratamentos silviculturais, inclusive os realizados fora da época de exploração, 
dentre outras. 
Os manejadores (equipe) também devem estar detalhados nesta fase: quem, quantos, que tipo de 
equipamentos e treinamentos receberão. Adicionalmente, deve conter a Anotação de Responsabilidade 
Técnica – ART de quem elaborou o Plano. O Responsável Técnico pela elaboração do PMFS pode ou não ser 
o mesmo responsável por sua execução. Sendo ou não, cada POA tem de apresentar a ART do responsável 
pela execução. 
A elaboração do plano inclui: 
• Seleção das áreas aptas ao manejo: É exatamente o que o nome diz. Uma área com situação fundiária 
definida, com cobertura florestal apta à produção de madeira e topografia favorável deve ser selecionada, 
e mapeada, inclusive rios, igarapés, estradas existentes, infraestrutura etc. 
 
• Elaboração do Plano de Manejo: Quantificação do potencial da floresta. Esta etapa é o inventário 
amostral. Faz-se uma amostragem da floresta, em relação a número de espécies, volume madeirável 
existente, tipologia florestal, presença de regeneração, dentre outros dados. Isso dará uma ideia do tipo de 
exploração possível, sustentável e rentável da florestal em questão. 
 
• Quantificação do potencial da floresta: Elaboração do Plano de Manejo: a partir dos dados do 
mapeamento e do inventário florestal – IF, se faz o planejamento do manejo propriamente dito, inclusive a 
avaliação econômica. A área deve ser dividida em Unidades de Exploração Anual –UPAS. Devem ser 
PMFS de baixa 
intensidade
Corte máximo de 10 m³/ha
Rotação mínima de 10 anos
Não permite a utilizaçao de 
máquinas de arraste de torras
PMFS pleno
Corte máximo de 30 m³/ha 
Rotação mínima de 30 anos
Permite a utilização de 
máquinas no arraste de torras
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definidas as espécies a serem exploradas, a volumetria proposta, as técnicas de exploração selecionadas, o 
traçado das estradas, pontes, pátios de exploração, alojamentos e outras 
obras necessárias definidas, recursos humanos, financeiros e instrumentais necessários, bem como 
medidas mitigatórias de impacto e de proteção da área de manejo escolhidas. Tudo isso deve compor o 
documento a ser enviado para o órgão licenciador. 
A Instrução Normativa n°05 de 2006, do Ministério do Meio Ambiente, em seus anexos, oferece um roteiro 
detalhado para a apresentação dos PMFS. 
A primeira parte a ser apresentada ao órgão licenciador, após a identificação do proponente e da APAT 
(Autorização Prévia à Análise Técnica) correspondente à esta área, é a classificação do Plano. 
Essa classificação se dá em relação à dominialidade da floresta, se pública ou se privada. 
Em relação ao detentor, se é um Plano Empresarial ou Comunitário (a diferença aqui é se o detentor é 
uma cooperativa ou associação, ou empresa ou pessoa física). 
Outros pontos importantes para categorizar os PMFS são: 
• PMFS em floresta pública, executado pelo concessionário em contratos de concessão florestal; e 
• PMFS em Floresta Nacional, Estadual ou Municipal, executado pelo órgão ambiental competente. 
Em relação aos produtos do manejo, o PMFS pode ser para a produção: 
• Madeireira; 
• Não-madeireira; ou 
• De múltiplos produtos. 
A intensidade de exploração pode ser de baixa intensidade ou pleno. Essa classificação é a que realmente 
faz diferença no tipo de manejo a ser realizado. 
Outra classificação do PMFS é em relação ao ambiente predominante, se em terra firme ou várzea. A 
legislação federal é omissa em relação ao manejo florestal em florestas de várzea, mencionando apenas 
que, para os PMFS de Baixa Intensidade em áreas de várzea, o órgão ambiental competente poderá 
autorizar a intensidade de corte acima de 10 m³/ha, limitada a três árvores por hectare. Ainda em relação à 
floresta, o manejo pode ser realizado em floresta primária ou secundária. 
 
 
 
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O PMFS de Baixa Intensidade para a produção de madeira não utiliza maquinário 
(skidder) para o arraste de toras, tem um ciclo de corte de 10 anos e uma intensidade 
máxima de exploração de 10 m³/ha/ano. O PMFS pleno para a produção de madeira prevê 
a utilização de máquinas para o arraste de toras, tem um ciclo de corte mínimo de 30 anos 
e uma extração máxima de 0,86 m³/ha/ano. 
Na apresentação do plano de manejo de baixa intensidade, é exigido: 
• Identificar a área de execução da atividade, estado, município; 
• Área com coordenadas; 
• Vias de acesso; 
• Referências e outros dados necessários para se identificar e chegar na área de manejo; 
• Descrição da vegetação, solos, uso atual da terra; e 
• O macrozoneamento da propriedade onde está localizada a AMF (área de manejo florestal): 
✓ áreas produtivas para fins de manejo florestal; 
✓ áreas de preservação permanente (APP); 
✓ área de reserva legal; e 
✓ a localização das UPAS (Unidades de Produção Unais) 
 
Já o PMFS Pleno tem mais exigências, descritas abaixo: 
• O macrozoneamento pedido para o plano de manejo pleno é um pouco mais complexo: Áreas 
produtivas para fins de manejo florestal; 
• Áreas reservadas (por exemplo: Áreas de Alto Valor para Conservação; reserva absoluta); 
• Áreas não produtivas ou destinadas a outros usos; 
• Área de reserva legal; 
• Área de Preservação Permanente-APP; 
• Tipologias florestais; 
• Localização das UPAS; e 
• Estradas permanentes e de acesso. 
A descrição dos recursos florestais para os planos de manejo pleno precisa ainda detalhar: 
✓ Os métodos utilizados no inventário; 
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✓ A composição florística; 
✓ A distribuição diamétrica das espécies (diâmetro à altura do peito = 10 cm) para as variáveis número 
de árvores, área basal e volume, classe de qualidade de fuste, bem como a estimativa da capacidade 
produtiva da floresta (análise estatística). 
A Instrução Normativa (IN) 05/2006 estabelece o volume máximo e o ciclo de corte mínimo 
para as duas modalidades de PMFS. No entanto, eles podem variar, regulando a 
produção florestal de forma a garantir sua sustentabilidade. 
Para uma determinada área, deve-se levar em consideração: 
• a estimativa da produtividade anual da floresta manejada (m³/ha/ano), para o grupo de espécies 
comerciais, com base em estudos disponíveis na região; 
• o ciclo de corte inicial de no mínimo 25 anos e de no máximo 35 anos para o PMFS Pleno e de, no 
mínimo, 10 anos para o PMFS de Baixa Intensidade; 
• a estimativa da capacidade produtiva da floresta, definida pelo estoque comercial disponível 
(m³/ha), baseado nos resultados do inventário florestal da UMF, dos critérios de seleção de árvores 
para o corte, previstos no PMFS e de como será definido um número mínimo de árvores adultas 
deixadas no campo para cada espécie, de modo a garantir a reprodução das espécies exploradas e a 
integridade das áreas de APP. 
 
A Instrução Normativa (IN) n° 05 de 2006, ainda determina que o diâmetro mínimo de 
corte – DMC será estabelecido por espécie explorada, baseado em estudos e diretrizes 
técnicas disponíveis que observam a distribuição diamétrica do número de árvores por 
unidade de área (n/ha), a partir de 10 cm de diâmetro à altura do peito - DAP, resultado 
do inventário florestal da UMF (Unidade de Manejo Florestal); outras características 
ecológicas que sejam relevantes para a sua regeneração natural e o uso que a se destinam. 
Pela ausência de dados e/ou análise da informação já disponível, o diâmetro mínimo 
de corte continua sendo o padrão de 50 cm ou maior. 
Pelas normas brasileiras (Resolução CONAMA 406/2009), o diâmetro mínimo em 
florestas da Amazônia é de 50 centímetros para todas as espécies, para as quais ainda 
não se estabeleceu o DMC específico. 
A determinação da intensidade de corte, na prática, quando do planejamento da exploração de cada UPA, 
além do diâmetro mínimo de corte deve levar em consideração também as seguintes exigências legais: 
• devem ser mantidas pelo menos 3 árvores de cada espécie a cada 100 ha, dentro do padrão 
comercial; e 
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• 10% do número de árvores por espécie. 
A IN estabelece que podem ser apresentados estudos técnicos para a alteração destes parâmetros, no geral 
ou de forma avulsa, mediante justificativas elaboradas pelo responsável técnico do PMFS, baseados nos 
dados da floresta e nas melhores técnicas de exploração. Estas justificativas devem apresentar o 
fundamento científico nas quais se basearam. 
Ademais, PMFS deve prever procedimentos que possibilitem a rastreabilidade dos produtos extraídos, 
inclusive dos resíduos, quando for o caso, e as medidas de proteção da área de manejo, contra incêndios, 
invasões e outras ocorrências danosas. 
Cada órgão licenciador tem exigências próprias para a entrega dos documentos relativos tanto ao PMFS e 
ao POA. Para o Ibama, estes documentos devem ser entregues em via digital (CD-ROM) e impressa (com 
exceção das planilhas comos dados de campo dos inventários florestais). Caso o órgão ofereça sistema para 
a entrega do PMFS pela internet, pode fazê-lo. 
2. Exigências para PMFS Plenos 
Na apresentação do PMFS pleno, as informações a serem apresentadas para o manejo florestal são mais 
detalhadas, deverá ser apresentado: 
• o sistema silvicultural, incluindo a cronologia das principais atividades do manejo florestal; 
• as espécies florestais a manejar e a proteger; 
• a lista de espécies e grupos de uso; 
• o método de identificação botânica das espécies; 
• os diâmetros mínimos de corte; 
• as espécies com características ecológicas especiais e a lista de espécies protegidas; 
• a regulação da produção: 
o ciclo de corte 
o intensidade de corte prevista (m³/ha); e 
o estimativa de produção anual (m³). 
Além disso, deverá ser apresentado a descrição das atividades pré-exploratórias em cada UPA (Unidade 
de Produção Anual): 
• delimitação permanente da UPA; 
• a subdivisão da UPA em UT (Unidade de Trabalho); 
• o Inventário florestal a 100%, o microzoneamento; 
• corte de cipós; 
• os critérios de seleção de árvores para corte e manutenção e o planejamento da rede viária. 
Descrição das atividades de exploração: 
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• Métodos de corte e derrubada; 
• Método de extração da madeira; 
• Equipamentos utilizados na extração; 
• Carregamento e transporte; 
• Descarregamento; 
• Procedimentos de controle da origem da madeira; e 
• Métodos de extração de resíduos florestais (quando previsto). 
Descrição das atividades pós-exploratórias: 
• Avaliação de danos (quando previsto); 
• Tratamentos silviculturais pós-colheita (quando previsto); 
• Monitoramento do crescimento e produção (quanto previsto). 
3. Operacional Anual 
Uma vez aprovado o Plano de Manejo, que vai guiar todo o processo de exploração, durante todo o tempo 
do manejo, o Plano de Operação Anual – POA deve ser elaborado e aprovado. O POA é feito a partir do 
mapa da área de exploração anual e do inventário amostral, definindo a área total que vai ser explorada 
naquele ano, qual o volume de madeira ou lenha esperado, o mapa da área de exploração, com todas as 
atividades previstas, como abertura de estradas etc. Somente com a aprovação dele no órgão ambiental 
competente – a Emissão da Autorização de Exploração – AUTEX exploração pode começar. 
A AUTEX também gera os créditos no sistema de controle. O Documento de Origem Florestal – DOF é o 
federal, gerido pelo Ibama, e usado pela maior parte dos estados, com exceção de Mato Grosso, Maranhão 
e Pará, que usam o SISFLORA. A cada transporte de madeira, se abate do total de créditos o volume e 
espécie a serem transportados, e é ilegal transportar madeira sem a guia de transporte. 
O POA, além das informações de identificação do detentor, do tipo de manejo e da área a ser manejada, 
que são idênticas às do PMFS, deve trazer informações adicionais: 
• o sistema silvicultural; 
• as espécies florestais a manejar e a proteger; 
• a lista de espécies e grupos de uso. 
As demais informações são mais específicas para a área da UPA e as atividades previstas: intensidade de 
corte, o tamanho das UPAs e a produção anual programada, em metros cúbicos, a descrição das atividades 
pré-exploratórias em cada UPA, como se dará a delimitação permanente da UPA, o corte de cipós, se 
aplicável, o inventário a 100% e os critérios de seleção de árvores. 
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Após a identificação do POA, incluindo a que PMFS se refere, o documento deve identificar e caracterizar a 
UPA: coordenadas geográficas dos limites, as subdivisões em UTs (quando previsto), e os resultado do 
microzoneamento. 
O POA deve detalhar a especificação da produção pretendida: potencial de produção por espécie, indicando 
o nome, o DMC considerado, o volume e número de árvores acima do DMC da espécie que atendam critérios 
de seleção para corte, a porcentagem do número de árvores a serem mantidas na área de efetiva 
exploração, o número de árvores e volume de árvores de espécies com baixa densidade, o volume e número 
de árvores passíveis de serem exploradas, e, caso previsto, o volume de resíduos florestais a serem 
explorados. 
O POA também deve especificar todas as atividades previstas para o ano, juntamente com o cronograma, 
inclusive as atividades que serão realizadas na UMF, como manutenção de estradas principais e secundárias, 
indicação de equipe e equipamentos. Essas atividades devem estar agrupadas em atividades pré-
exploração, atividades de exploração e atividades pós-exploração florestal. Quando previsto no PMFS, as 
atividades complementares, como avaliação de danos e outros estudos técnicos, treinamentos e ações de 
melhoria de logística e segurança do trabalho também devem estar descritas. 
Anexos ao POA devem estar os mapas florestais, a saber: 
a. os mapas de uso de solo atual na UPA, com escala mínima de 1:10.000 para áreas de até 5.000 ha, 
contendo os limites da UPA, tipologias florestais, rede hidrográfica, rede viária e infraestrutura, áreas 
reservadas, áreas inacessíveis e áreas de preservação permanente; 
b. mapa(s) de localização das árvores (mapa de exploração) em cada UT da UPA, com escala de no mínimo 
1:25.500 para áreas de até 100 ha, contendo os limites da UT, rede hidrográfica, rede viária e infraestrutura 
atual e planejada, áreas reservadas, áreas inacessíveis e áreas de preservação permanente e os resultados 
do inventário a 100%, na forma de tabela e resumo contendo o número de árvores, área basal e volume 
comercial por espécie inventariada, por classe de DAP de 10 cm de amplitude e por classe de qualidade de 
fuste. 
Os arquivos digitais do POA devem apresentar a tabela com os dados primários coletados 
durante o inventário a 100%, tratados conforme diretrizes técnicas. Qualquer uma das 
modalidades de PMFS deve apresentar a ART do responsável técnico pela realização do 
manejo para este POA 
Caro aluno, a seguir irei deixar algumas leituras complementares sobre o assunto manejo florestal, pois 
acredito ser muito relevante para sua prova. 
 
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Relatório de Exploração 
O relatório de exploração precisa conter o resumo dos resultados da exploração para cada 
UT, contendo as seguintes informações: área de efetiva exploração (ha), volume 
explorado (m³ e m³/ha), número de árvores exploradas (n e n/ha), volume romaneiado (m³ 
e m³/ha), volume selecionado para corte (VS) e volume explorado (VE). 
Nas Exigências específicas para o PMFS Pleno, também devem constar: o volume e o 
número de árvores autorizadas (m3), volume e número de árvores exploradas (m3), e 
respectivos saldos em pé (m3), o volume e número de árvores derrubadas e não 
arrastadas, o volume e número de toras arrastadas mas não transportadas, deixadas em 
pátios ou na floresta, um resumo da produção da madeira explorada e transportada à 
indústria, contendo espécie, número de árvores exploradas e número e volume de toras 
transportados. Caso o POA tenha atividades complementares previstas, a execução ou 
não das mesmas também deve constar aqui. 
Para se conseguir a renovação do POA no ano seguinte, é necessário apresentar ao órgão 
licenciador o relatório de exploração. Este relatório deve conter os mesmos dados de 
identificação do POA. Além disso, deve conter o resumo das atividadesplanejadas e 
executadas no ano a que o relatório se refere, pré-exploração, de exploração e pós-
exploração florestal. 
A área que foi efetivamente explorada, o volume efetivamente retirado e o volume 
efetivamente romaneado, e as informações por espécie, como o volume autorizado e o 
volume retirado, e o volume transportado devem constar deste relatório, bem como 
qualquer atividade complementar que tenha sido realizada. 
 
Manejo da Caatinga 
O manejo florestal na Amazônia é geralmente feito para a retirada de madeira em tora, de 
árvores muito grandes, com um tronco reto, maciço, e que não têm a capacidade de 
rebrotar depois de cortadas. Na Caatinga, a madeira é retirada principalmente para o 
fornecimento de lenha, de árvores pequenas e de tronco mais fino, podendo ser cortadas 
até com machado. Essas árvores geralmente rebrotam. Na Mata Atlântica, é proibido 
mexer em florestas primárias, assim sendo não se faz manejo neste Bioma. 
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Talhadia: é o sistema de corte da Caatinga, onde se corta quase todas as árvores a 30 cm 
do solo na área a ser explorada anualmente, para que rebrotem. 
 
Manejo de não-madeireiros 
O manejo de Produtos Florestais Não-Madeireiros (PFNMs) merece uma atenção especial, 
pois além de tornar as florestas uma fonte de renda e sobrevivência para as comunidades, 
pois são vários os produtos que podem ser explorados, podem ajudar a manter a 
biodiversidade e estrutura dessas florestas de forma quase que natural, desde que feito da 
maneira correta. 
O manejo de produtos não-madeireiros é difundido em todo o país, e vários produtos 
extrativistas compõem a alimentação, a economia e por vezes a cultura de cada região. 
Como exemplos, temos o açaí, a borracha, a copaíba e a andiroba no Norte, o umbu, o caju 
e a imburana-de-cheiro no Nordeste, o pequi, a mangaba, o velame e o licuri na região 
Centro-Oeste, o pinhão e a erva-mate no Sul, a jussara no Sudeste. 
 
O Manejo Florestal Comunitário 
Apesar deste crescimento, as experiências vivenciadas na Amazônia brasileira mostraram 
que o MFC (Manejo Florestal Comunitário) ainda enfrenta muitas dificuldades, como a 
ausência de regularização fundiária, excesso de exigências legais, inexperiência em 
trabalhos coletivos e falta de infraestrutura; a complexidade técnica que envolve as 
atividades do manejo florestal sustentável (em especial o madeireiro); falta de recursos, 
inabilidade de gestão de empreendimentos, falta de assistência técnica capacitada, entre 
outros. 
Na Caatinga, onde a lenha é muito importante para a matriz energética e na economia, 
por ser usada na produção de gesso e cerâmica, o manejo para este fim tem tido mais 
sucesso. É um bioma diferente, e as árvores dele possuem a capacidade de rebrotar depois 
que forem cortadas. A legislação reflete isso, sendo mais simples, e a produção de lenha 
manejada tem gerado renda para muitas comunidades rurais. 
 
Manejo Florestal Comunitário em Florestas Públicas 
Parte das florestas brasileiras são públicas, isto é, pertencem à União, aos estados e/ou aos 
municípios. As Unidades de Conservação são um exemplo de florestas públicas. Das 
florestas públicas, algumas são cedidas para uso das populações que residem no local, por 
vezes, sendo criadas exclusivamente em função delas. Esse é o caso das Reservas 
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Extrativistas (RESEX), algumas Florestas Nacionais (FLONAS), Terras Indígenas (TI) e 
Assentamentos da Reforma Agrária (alguns assentamentos são florestais por vocação, e 
não agrícolas, como os Projetos de Assentamento Agroextrativistas e Projetos de 
Assentamentos Florestais). Ainda existem as terras tituladas pela Secretaria de 
Patrimônio da União em nome de ribeirinhos. As Terras Quilombolas, embora sejam 
privadas, são de uso comunitário também. 
Atualmente, as florestas comunitárias somam 49,7% da área de florestas públicas federais 
(Levantamento SFB ano 2013 – Dados do Cadastro Nacional de Florestas Públicas), que 
correspondem a 153 milhões de hectares. 
Quando o Manejo Florestal é praticado de forma comunitária, pelos povos e comunidades 
tradicionais dessas florestas, é chamado de Manejo Florestal Comunitário. Às vezes é 
praticado no lote familiar apenas, de forma individual, sendo denominado Manejo 
Florestal Familiar. 
As terras indígenas são aquelas áreas ocupadas pelos povos indígenas do Brasil, habitadas 
em caráter permanente e utilizadas para as suas atividades produtivas. São 
imprescindíveis para a reprodução física e da cultura destes povos, de seus costumes e 
tradições, pois dependem intimamente dos recursos naturais. 
Existe um tipo de Unidade de Conservação, chamada de Uso Sustentável, que permite a 
utilização dos seus recursos naturais. Dentre elas, as RESEX, as FLONAS e as RDS (Reserva 
de Desenvolvimento Sustentável) englobam áreas de florestas comunitárias. 
As RESEX são áreas onde habitam populações tradicionais que já moravam há alguns anos 
neste local e utilizam da floresta, dos rios e demais recursos o seu sustento. Os 
proprietários particulares que estiverem dentro de uma RESEXs deverão sair da área, com 
direito à indenização do governo. As Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) são 
áreas onde a população tradicional tem o direito de residir. A diferença entre RESEX e RDS 
é que quando existir alguma terra particular legalizada dentro de uma RDS, esse 
proprietário não precisa deixar a área, desde que o mesmo garanta que a terra e as 
atividades dele não irão prejudicar os moradores da RDS nem seus bens e se comprometer 
a respeitar o PLANO DE MANEJO da Unidade. Se o proprietário não colaborar, ele deve 
se retirar, com recebimento de indenização do governo. As FLONAS também não 
permitem terras privadas, mas as populações tradicionais que residiam no local quando a 
UC foi criada têm o direito de permanecer e usufruir dos recursos naturais que forem 
necessários para seu modo de vida. 
Existem alguns tipos de assentamentos da reforma agrária chamados de ambientalmente 
diferenciados, que são voltados para populações tradicionais que praticam o extrativismo 
em complemento com a agricultura. O Projeto Agroextrativista (PAE) serve para 
regularizar a terra de populações tradicionais, extrativistas e ribeirinhas que já moram em 
uma área e que usam a floresta como sobrevivência, sendo a principal atividade o 
extrativismo de produtos da floresta (castanha, frutos, essências, etc). O Projeto de 
Desenvolvimento Sustentável (PDS) é semelhante ao PAE, com a diferença de que os 
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moradores da PDS podem estar na área há poucas gerações e não precisam ser 
extrativistas, ou seja, além de usarem a floresta para sua sobrevivência, podem praticar 
agricultura. 
Existem florestas de uso comunitário em todas as regiões e biomas do país, mas observa-
se que estão principalmente na região Norte, com participação de 89% na distribuição 
total das florestas por regiões. As floretas públicas municipais têm crescido recentemente. 
Entre os anos de 2012 e 2013, a presença de florestas públicas municipais passou de quatro 
para quatorze estados. 
As comunidades, tanto as que englobam áreas públicas tanto as que envolvem as áreas 
particulares, podem se organizar na forma de associações e cooperativas. Essa forma de 
se organizar permite que as comunidades e produtoresfamiliares realizem um manejo de 
acordo com suas necessidades e sua realidade, onde serão participantes de todo o 
processo, definindo a melhor forma de executar o manejo florestal sustentável. 
Dessa forma, encerrados nosso estudo sobre o manejo florestal sustentável. No próximo tópico, 
estudaremos um pouco mais sobre o tratamento silviculturais aplicados às florestas tropicas. 
 Sistemas silviculturais aplicados às florestas tropicais 
Sistema silvicultural é um conjunto de regras e ações necessárias para conduzir uma floresta a uma nova 
colheita, incluindo, principalmente os tratamentos silviculturais. 
Existe uma série de sistemas silviculturais que foram desenvolvidos nos trópicos, com base na regeneração 
natural, os quais podem ser resumidos em dois grupos: sistemas monocíclicos e sistemas policíclicos3. 
O sistema monocíclico é aquele em que todo o estoque de árvores de madeira comercial é removido em 
uma única operação, com o objetivo de criar uma floresta alta equiânia a partir de regeneração natural, 
para exploração em rotações definidas. Os sistemas monocíclicos modificam drasticamente a composição 
de espécies, a estrutura de idade, a estrutura diamétrica e o estoque de nutrientes da floresta, incluindo: 
• Sistema Uniforme Malaio (SUM) 
• Sistema Uniforme Malaio Modificado (SUMM) 
• Sistema Tropical de Cobertura (STC) 
O sistema policíclico é aquele em que as operações de colheita são aplicadas, periodicamente, em apenas 
uma parte dos indivíduos e das espécies comerciais, fazendo-se os cortes em intervalos regulares, 
denominados ciclos de corte, com o objetivo de manter a floresta alta multiânea ou inequiânea, 
manejada, prioritariamente, para espécies comerciais. Inclui principalmente: 
• Sistema de Seleção (SSE) 
 
3 SOUZA, A.L.; SOARES, C.P.B. Florestas nativas: estrutura, dinâmica e manejo. 1ª edição. Viçosa: UFV, 2013, 322p. 
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• Sistema de Espécies Listadas (SEL) 
• CELOS (Center for Agricultural Research in Suriname 
Os sistemas policíclicos são mais apropriados para o manejo das florestas nativas, por se assemelharem aos 
processos naturais de sucessão em clareiras. Além do mais, os sistemas policíclicos, desde que aplicados 
adequadamente, propiciam: 
• A conservação da biodiversidade e do estoque de nutrientes; 
• Manutenção das estruturas da floresta, de todas as opções de produção de produtos florestais 
madeireiros e não madeireiros e de serviços e benefícios para satisfação das necessidades e 
aspirações do homem.; 
• Os riscos de infestação de pragas e doenças são menores; 
• Causam menos impactos à biodiversidade, pois não requerem os tratamentos radicais para 
conversão da estrutura inequiânea em equiânea; 
• Provocam, provavelmente, menores alterações na evapotranspiração e na hidrologia; 
• Modificam ligeiramente o estoque de nutrientes na fitomassa e a função filtrante da floresta e, 
portanto, a reposição de nutrientes por via atmosférica é mantida. 
De maneira geral, um sistema silvicultural consiste em três fases principais: 
1. Colheita ou exploração de um crescimento prévio. 
2. Regeneração das áreas de colheita. 
3. Favorecimento, ou seja, assistência silvicultural a regeneração e ao estoque em crescimento. 
Operação Tipo Característica 
Exploração 
Seletiva 
Corte seletivo em uma área 
específica, adotando-se um ciclo 
de corte 
Corte raso 
Corte raso numa área, em uma 
única operação. 
Regeneração 
Natural 
Mudas da regeneração natural 
ou rebrota 
Artificial Mudas de viveiro 
Tratamento silvicultural 
De baixa intensidade 
De alta intensidade 
1. Tratamentos silviculturais 
Tratamentos silviculturais são todas aquelas intervenções realizadas na floresta que visam aumentar a sua 
qualidade e a produtividade. Uma floresta só é considerada manejada se houver prescrições e aplicações de 
tratamentos silviculturais, mesmo que sejam os mais elementares possíveis. 
Os tratamentos silviculturais que são aplicáveis no manejo das florestas naturais são: 
➢ Corte de cipós 
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➢ Exploração florestal 
➢ Refinamento 
➢ Liberação 
➢ Plantio de enriquecimento 
A) Corte de cipós: a presença de cipós, dependendo do grau de infestação, pode representar forte 
competição e condição inadequada à sucessão natural e ao crescimento e produção das espécies arbóreas 
de valor comercial. Por isso, sua população deverá ser controlada, não só para reduzir a competição por 
luz, umidade e nutrientes, mas também para facilitar o acesso às áreas de colheitas, reduzir os danos de 
abate de árvores durante a colheita, evitar acidentes durante as atividades de exploração, o refinamento e 
a liberação e melhorar a qualidade dos fustes das árvores de valor comercial. 
O corte de cipós pode ser feito com facão ou foice e em dois lugares: rente ao chão e o mais alto possível. O 
corte de cipós realizado pelo menos um ano antes do abate de árvores comerciais diminui os danos da 
colheita de madeira, contudo, onera consideravelmente o manejo florestal. 
B) Exploração ou colheita florestal: refere-se ao conjunto de operações que começa com o planejamento 
e compreende a derrubada ou corte ou abate direcional das árvores, o arraste das toras, o seu manuseio no 
pátio de estocagem e o seu transporte. Anteriormente, a exploração florestal era vista como operação 
distinta dos tratamentos silviculturais. Atualmente, quando a exploração é bem planejada e 
cuidadosamente executada, pode ser considerada um dos tratamentos silviculturais mais eficientes. 
Cada operação pode afetar um ou vários componentes do ecossistema: a água; o solo; a fauna; a vegetação, 
ou seja, a arquitetura, a composição florística, e as estruturas horizontal, vertical, interna e paramétrica. 
Enfim, essas operações podem afetar positivamente e negativamente a qualidade e a produtividade das 
florestas. Contudo, representam tratamentos siviculturais, somente as operações de exploração 
florestal que efetivamente modificam a estrutura e a arquitetura da floresta, ou seja, a abertura de 
acessos, o corte de cipós o abate de árvores e o arraste de toras. Somente o abate de árvores comerciais 
tem sido avaliado como tratamento silvicultural, porque representa a operação fundamental de qualquer 
sistema silvicultural. 
D) Refinamento e liberação: 
Refinamento: compreende a eliminação de indivíduos arbóreos com características indesejáveis. É 
aplicado uniformemente na floresta. Reduz a área basal para um nível planejado e, consequentemente, a 
competição. 
Liberação: refere-se ao favorecimento de indivíduos arbóreos desejáveis. É feita somente no entorno da 
árvore desejada. 
Entende-se como indivíduo arbóreo desejável aquele pertencente à lista de espécies comerciais. E 
indivíduos alvos a se eliminar incluem as árvores tortuosas, senescentes, ocas, podre, morta, severamente 
danificadas, mesmo que pertençam à lista de espécies desejáveis, como também árvores bem formadas de 
espécies não comerciais, mas que estejam competindo com as desejáveis. 
O refinamento pode ser feito de duas formas: 
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1. Abate de árvores 
2. Anelamento e, ou, envenenamento arbóreo. 
A escolha entre as formas vai depender do comportamento ecofisiológico das espécies e de fatores 
econômicos. 
E) Plantio de enriquecimento: visa melhorara composição de espécies do povoamento florestal, por meio 
do plantio de mudas de espécies nativas de valor comercial, ambiental, e, ou, social. Embora o termo técnico 
seja plantio de enriquecimento, a semeadura também pode ser recomendada. 
O plantio de enriquecimento deve ser recomendado mais como uma medida mitigadora de efeitos 
ambientais negativos do que opção silvicultural. Prescreve-se, o plantio de enriquecimento nas situações 
em que: 
✓ A regeneração natural das espécies comerciais é deficitária; 
✓ Há extinção local de espécies de valor econômico, social ou ambiental; 
✓ Há interesse na introdução de espécies de valor econômico, social ou ambiental; 
✓ Há espécies raras, espécies em perigo ou consideradas em extinção; 
✓ Há necessidade de recuperar as clareiras provocadas por abate, trilhas de arraste e pátios de 
estocagem de madeira. 
 
CORTE SELETIVO 
A extração de madeira é um dos principais fatores que têm levado a altas taxas de desmatamento das 
florestas brasileiras, principalmente a Amazônica, onde cerca de 80% desse desmatamento pode estar 
relacionado a extrações ilegais. Considerando os efeitos que a extração madeireira tem sobre as florestas 
tropicais, faz-se necessário a implementação de estratégias de exploração que sejam menos prejudiciais a 
esses ecossistemas. Frente a essa demanda de manejo menos prejudiciais, o corte seletivo se destaca como 
uma alternativa frente ao corte madeireiro desorganizado e sem planejamento e tem se tornado uma 
atividade realizada nas florestas tropicais que apresenta grande importância econômica. 
Há vários métodos e fórmulas empregados na determinação do corte, sendo alguns empregados no manejo 
de florestas equiâneas e outros no manejo de florestas inequiâneas. Seja qual for o método usado, o 
controle do corte é feito por: área, volume ou por área-volume. É importante ressaltar que o volume de 
corte calculado é apenas uma aproximação. Os métodos de controle do corte existentes, e que iremos 
apresentar ao longo desta aula, servem de guia para a regulação de florestas naturais inequiâneas. 
1. Controle do Corte pela Área 
Qualquer que seja a propriedade florestal, tem-se dois tipos de áreas florestais: 
1) Áreas de Florestas de Proteção Integral - referem-se às áreas frágeis ou áreas de preservação 
permanente e que, portanto, devem ser mantidas sob cobertura florestal permanente, tais como: solos 
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críticos; áreas de captação de água; encostas íngremes; áreas situadas em altitudes elevadas; e florestas 
reservadas para preservação do ecossistema e de espécies vegetais e animais; e 
2) Áreas de Florestas de Produção (AFP) – referem-se às florestas destinadas à produção sustentada de 
Produtos Florestais Madeireiros (PFM) e de Produtos Florestais Não-Madeireiros (PFNM), nas quais 
frequentemente os objetivos de proteção e, ou, de conservação são tidos como secundários. São áreas 
escolhidas pelo seu potencial de produção perpétua de madeiras de alta qualidade. A produção florestal não 
deve ser considerada um uso marginal. 
O princípio do controle por área é o seguinte: o volume a ser obtido é estimado pela 
madeira a ser removida na área determinada pelo controle do corte. A cada ano uma área 
será submetida à exploração ou colheita, podendo o volume variar. 
O controle do corte pela área pode ser exemplificado pelo manejo em regime de corte seletivo de uma área 
de floresta de produção (AFP), cujo ciclo de corte é de 20 anos. 
 
A cada ano, 1/20 da AFP poderá ser colhida e dessa colheita resulta um volume de corte (Vcorte) e, em 
seguida, a área é submetida a tratamento silvicultural que, por sua vez, pode produzir um volume (Vtr). O 
tratamento silvicultural visa aumentar a produtividade e a qualidade da floresta manejada, para sustentar 
novas colheitas após decorridos os sucessivos ciclos de corte. 
 
Você deve estar se perguntando, mas como assim produzir volume de madeira a partir de tratamentos 
silviculturas?! Pois bem, vimos anteriormente que os tratamentos são todas aquelas intervenções realizadas 
na floresta que visam aumentar a sua qualidade e a produtividade. Uma floresta só é considerada manejada 
se houver prescrições e aplicações de tratamentos silviculturais, mesmo que sejam os mais elementares 
possíveis. Os tratamentos silviculturais que são aplicáveis no manejo das florestas naturais são: 
➢ Corte de cipós 
➢ Exploração florestal 
➢ Refinamento 
➢ Liberação 
➢ Plantio de enriquecimento 
O volume final (Vf) será igual a Vcorte + Vtr. Uma vez que as áreas não são equiprodutivas, é óbvio que, na 
prática, a adoção destes procedimentos irá resultar em volumes flutuantes a cada ano. 
 
Suponha, por exemplo, uma área de floresta de produção de 400 hectares, onde são estimados: 
 
• Um ciclo de corte de 20 anos; 
• Uma colheita seletiva no ano zero de aproximadamente 40 m³/ha; 
• Um refinamento no quarto ano de 15 m³/ha (Tratamento silvicultural - Vtr). 
• A cada ano, a partir do ano zero, haverá uma colheita anual de 400/20 = 20 ha/ano. 
 
Nesta situação, o volume anual de colheita poderá variar muito, devido, às diferentes capacidades 
produtivas que porventura venham a existir entre as Unidades de Produção (UP’s). 
 
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2. Controle pelo volume 
No controle pelo volume, basicamente, ao invés da determinação de corte ser pela área, conforme vimos 
anteriormente, a colheita será programada pelo volume. O controle do corte pelo volume foi muito útil no 
passado, porém, atualmente, pouco aplicado. Esse método pode ser útil para proporcionar diretrizes ao 
manejo, porém, as estimativas são pouco precisas. 
3. Combinação de área e de volume 
O uso do volume ou da área como meio de controle de corte numa floresta, apresenta muitas limitações e 
não nos fornece resultados exatos. Assim, é interessante, na prática, combinar os dois tipos de controle. 
Trata-se de uma alternativa de grande aplicação no caso de grandes empresas que não usam modelos de 
programação matemática para regulação florestal. O procedimento consiste basicamente em combinar 
uma série de passos, envolvendo considerações sobre áreas e demandas, em termos de volume, e codificar 
esses passos em um programa de computação que permita efetuar algumas simulações. 
 
Os principais passos nesse tipo de controle podem ser resumidos assim: 
1) estabelecer uma regra para o corte, por exemplo, cortar primeiro os povoamentos mais velhos; 
2) ordenar os povoamentos, ou compartimentos, na ordem em que eles serão explorados; 
3) usar o controle por área ou por volume e determinar o corte anual, ou ambos; 
4) comparar os fluxos de caixa em cada ano e rearranjar os povoamentos em classes de idade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 2 3 4 5 
6 7 8 9 10 
11 12 13 14 15 
16 17 18 19 20 
Ano 4: 20 ha para exploração. 
Considere a produção aproximada 
de 40m³ por ha, então: 
Vcorte = 20 ha *40 m³ = 800 m³ 
Vtr = 20 ha * 15 m³/ha = 300 m³ 
Vf = 1100 m³ 
Ano 0: 20 ha para exploração. 
Considere a produção 
aproximada de 40m³ por ha, 
então: 20*40 = 800 m³. 
Lembrado que esse valor pode 
variar muito de um hectare para 
outro. 
Vcorte = 800 m³ 
Vtr = 0 
 Vf = 800 m³ 
 
 
Vtr = 15 m³ 
Vf = 815 m³ 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
Manejo Florestal 
Considere a exploraçãode madeira em duas áreas na floresta amazônica — área 1, explorada de forma 
convencional (sem manejo florestal sustentável) e área 2, mediante manejo florestal sustentável. A 
partir dessa situação e de estudos disponíveis acerca do assunto, como os realizados pela Fundação 
Floresta Tropical (FFT) e pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON), julgue os 
itens que se seguem. 
1. (CESPE/2004) A exploração de impacto reduzido (EIR), aplicada como técnica do manejo florestal 
sustentável (área 2), inclui uma fase de atividades pré-exploratórias, normalmente realizada um ano 
antes da exploração. Nessa fase, é realizada a operação de remoção de cipós, quando necessário. 
Comentários: 
Correta. Uma das etapas do manejo de impacto reduzido consiste na fase de atividade pré-exploratórias. E 
nessa fase que é realizada a operação de remoção de cipós, quando necessário. O corte de cipós deve ser 
feito no mínimo um ano antes da exploração, para garantir que os cipós mais resistentes apodreçam e se 
desprendam das árvores. 
O PMFS está baseado nas seguintes etapas do manejo florestal: 
1ª Macroplanejamento da exploração florestal; 
2ª Microplanejamento, incluindo as atividades pré-exploratórias do manejo florestal. 
3ª Atividades de exploração dos recursos florestais, também chamada de Exploração de Impacto 
Reduzido (EIR); 
 
4ª Atividades pós-exploratórias, incluindo as operações de silvicultura pós-colheita. 
Gabarito: Certa. 
2. (CESPE/2004) Em ambos os modos de exploração descritos para as áreas 1 e 2, normalmente são 
instaladas parcelas permanentes antes da exploração propriamente dita, com a principal finalidade de 
identificar as árvores a serem exploradas. 
Comentários: 
Atividade Pré-exploratória 
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Errada. Apenas na área 2 que são instaladas parcelas permanentes com o objetivo de controlar a exploração 
florestal, ou seja, conhecer a estrutura e arquitetura da floresta para, posteriormente, avaliar os impactos 
da aplicação das atividades de exploração florestal e verificar se as prescrições e o nível de colheita foram 
adequadamente executados. (por exemplo, se a intensidade de cortes e as regras básicas estabelecidas para 
a colheita de baixo impacto não foram violadas). Esse objetivo de controlar a exploração florestal não existe 
na exploração florestal convencional. 
Gabarito: Errada. 
3. (CESPE/2004) Considere que a exploração florestal seja fundamentada no consumo de madeira, 
que, para a área 2, tenha sido estabelecido um ciclo de corte de 30 anos e, ainda, que, para um consumo 
anual de 10.000 m³ de madeira em tora, com 25 m³ de madeira comercial por hectare, seja necessário 
explorar 400 ha/ano. Nessa situação, se a floresta dessa área possuísse 12.000 ha, esta seria explorada 
em 30 anos. 
Comentários: 
Para um consumo anual de 10.000 m³ de madeira em tora, com 25 m³ de madeira comercial por hectare, 
seja necessário explorar 400 ha/ano. Logo, uma área que possui 12.000 ha seria explorada em 30 anos, veja: 
1 𝑎𝑛𝑜 − − − −400 ℎ𝑎 
 𝑥 − − − −12.000 ℎ𝑎 
𝑥 = 30 𝑎𝑛𝑜𝑠 
Gabarito: Certa. 
4. (CESPE/2004) Em se tratando de PMFS empresarial, o diâmetro mínimo de exploração das espécies 
exigido por lei é de 30 cm. Em casos excepcionais, e com a anuência do órgão competente, o diâmetro 
poderá ser de, no mínimo, 20 cm. 
Comentários: 
A afirmativa está errada. Vimos que aula que o diâmetro mínimo de corte é de 50 cm para todas as espécies, 
para as quais ainda não se estabeleceu o DMC específico. 
Gabarito: Errada. 
5. (CESPE/2004) No planejamento do inventário florestal exigido para a elaboração de plano de 
manejo florestal sustentável de uso múltiplo na Amazônia Legal, com vistas à exploração de madeira 
com alta intensidade, deve ser considerada a enumeração total de todos os indivíduos de porte 
comercial ou não. O inventário deve assegurar a medição, a contagem e a numeração das espécies 
encontradas e, ainda, estabelecer o volume total da produção por hectare e a identificação das árvores, 
considerando um nível de precisão preestabelecido. 
Comentários: 
A questão erra ao afirmar que o inventário florestal exigido para a elaboração do PMFS deve ser considerado 
a enumeração total de todos dos indivíduos, inclusive os que não possuem porte comercial. Na verdade, é 
feito um levantamento de todas as árvores de valor comercial existentes no talhão (área de exploração 
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anual), feito um a dois anos antes da exploração, envolvendo a demarcação dos talhões, abertura das trilhas 
e identificação, localização e avaliação das árvores de valor comercial. Tais informações são utilizadas no 
planejamento da exploração e na definição dos tratamentos silviculturais. 
Gabarito: Errada. 
6. (CESPE/2013) Se em um plano de manejo florestal sustentável o diâmetro mínimo de corte (DMC) 
para determinada espécie arbórea não for definido, então, nesse caso, o DMC deverá ser igual a 50 cm. 
Comentários: 
Afirmativa correta. Vimos que aula que o diâmetro mínimo de corte é de 50 cm para todas as espécies, para 
as quais ainda não se estabeleceu o DMC específico. 
Gabarito: Certa. 
7. (CESPE/2013) A implantação de projetos de manejo florestal responsável focalizada na exploração 
madeireira, apesar de ser uma forma de conservação do patrimônio natural, reduz a geração de renda 
das populações locais. 
Comentários: 
Afirmativa incorreta. A implantação de projetos de manejo florestal responsável focalizada na exploração 
madeireira é uma forma de conservação do patrimônio natural, já que evita a supressão da floresta e busca 
a sua sustentabilidade. Além disso, aumenta a geração de renda das populações locais. 
Gabarito: Errada. 
8. (CESPE/2013) Manejo florestal consiste na administração da floresta para obtenção de benefícios 
econômicos e sociais, respeitando-se os mecanismos de sustentação ambiental dos ecossistemas. 
Comentários: 
Correto. Vimos em aula que o manejo florestal é o instrumento que possibilita conciliar os benefícios 
ambientais, sociais e econômicos em uma propriedade. 
Gabarito: Certa. 
9. (CESPE/2013) O manejo florestal deve ser adaptado às características não apenas das florestas, mas 
também das populações que as habitam; dessa forma, as estratégias para intervenção em áreas 
despovoadas devem ser diferenciadas das utilizadas para as florestas ocupadas por populações 
tradicionais. 
Comentários: 
A afirmativa está correta. O manejo florestal deve ser adaptado às características não apenas das florestas, 
mas também das populações que as habitam. 
Gabarito: Certa. 
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10. (CESPE/2013) Nas florestas tropicais, devido à baixa concentração de nutrientes nas árvores, o 
maior prejudicado com o corte de matas nativas é o solo, o qual é rapidamente lixiviado quando 
exposto às fortes chuvas, com consequente perda de grande parte dos elementos nutritivos da 
floresta. 
Comentários: 
A afirmativa está errada. Em florestas tropicas, os solos são pobres e a maior parte dos nutrientes se 
concentram nas árvores. O solo quando exposto, está sujeito a lixiviação, porém a consequência da grande 
perda de elementos nutritivos se dá pela retirada da floresta e não pela lixiviação causada pelas chuvas. 
Gabarito: Errada. 
11. (CESPE/2013) Considerando a grande variação de tipologiasna floresta tropical e seus diferentes 
potenciais de exploração, o inventário estatístico é insuficiente para fornecer informação imediata da 
floresta que auxilie no estudo de viabilidade e planejamento de projeto de manejo a ser desenvolvido. 
Comentários: 
O inventário estatístico é fundamental para dar uma informação imediata do todo da floresta. É 
fundamental para o planejamento de grandes áreas de floresta que devem ser estudadas para posterior 
fragmentação de talhões ou subtalhões que maximizem o retorno da floresta e a primeira visão da 
distribuição da rede viária. Com a grande variação de tipologias na floresta tropical e diferentes potenciais, 
somente o inventário estatístico pode antecipar a viabilidade de qualquer médio ou grande projeto de 
manejo a ser desenvolvido. Logo, afirmativa incorreta. 
Gabarito: Errada. 
12. (CESPE/2013) Na colheita da madeira, o solo fica exposto e sujeito à ação direta da chuva, com 
possibilidades de ocorrência de erosão, o que pode ser evitado por meio de uma técnica que consiste 
na construção de curvas de nível um ano antes da colheita. 
Comentários: 
Na colheita da madeira, o solo fica exposto e sujeito à ação direta da chuva, com possibilidades de 
ocorrência de erosão, o que pode ser evitado por meio de uma técnica que consiste na construção de curvas 
de nível antes do plantio um ano antes da colheita. 
Gabarito: Errada. 
13. (CESPE/2013) No planejamento do manejo de florestas naturais amazônicas, a definição do ciclo 
de corte dependerá da capacidade de recuperação da floresta, da intensidade de corte e do grau de 
danos causados à floresta durante a exploração. 
Comentários: 
O ciclo de corte depende: 
• Da capacidade de recuperação da floresta; 
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• Da intensidade em que for feita a exploração (ou seja, quantos metros cúbicos ou quantas árvores 
serão extraídas em cada unidade de área florestal); 
• Do grau de danos que forem causados à floresta durante a exploração. 
Logo, a afirmativa está correta. 
Gabarito: Certa. 
14. (CESPE/2013) A intensidade máxima de corte para a floresta amazônica será de 10 m³/ha, quando 
for prevista a utilização de máquinas para o arraste de toras, com ciclo de corte inicial de dez anos. 
Comentários: 
A intensidade máxima de corte para a floresta amazônica será de 10 m³/ha, quando NÃO for prevista a 
utilização de máquinas para o arraste de toras, com ciclo de corte inicial de dez anos. 
Intensidades máximas de corte: 
30 m³/ha para o PMFS que prevê a utilização de máquinas para o arraste de toras, com ciclo de corte inicial 
de 35 anos; 
10 m³/ha para o PMFS que NÃO utiliza máquinas para o arraste de toras, com ciclo de corte inicial de 10 
anos; 
Gabarito: Errada. 
15. (CESPE / 2013) Os pátios de estocagem devem ser planejados como infraestrutura permanente da 
exploração florestal e costuma-se localizá-los em áreas afastadas das estradas secundárias da área 
explorada. 
Comentários: 
"Os pátios de estocagem devem ser planejados como infraestrutura permanente da exploração florestal e 
costuma-se localizá-los em áreas afastadas das estradas secundárias da área explorada." 
Os pátios de estocagem devem ser planejados como infraestrutura permanente da exploração, sendo 
localizados ao longo das estradas secundárias. A distribuição dos pátios pode ser feita de forma 
sistemática ou dirigida, conforme o tipo de solo e a topografia da floresta 
Gabarito: Errada. 
16. (CESPE / 2013) O trator florestal do tipo Skidder é recomendado para a operação de arraste das 
toras, em uma exploração manejada em terra firme, da área de corte até o pátio de estocagem. 
Comentários: 
Para transportar as toras do local de queda das árvores até os pátios de estocagem utilizam-se os mais 
variados veículos de carga, desde tração animal, passando por tratores agrícolas e de esteira até o trator 
florestal de pneus (skidder). O trator florestal (skidder) e o trator de esteira adaptado com guincho e torre 
são as máquinas recomendadas para o arraste das toras em uma exploração manejada de terra firme. Em 
termos comparativos, o skidder tem um melhor desempenho, uma vez que foi desenvolvido 
especificamente para as operações de exploração madeireira. 
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Gabarito: Certa. 
 
17. (CESPE / 2013) A produção de matéria-prima é mantida pelo aumento no ciclo de corte e no limite 
de diâmetro e(ou) pelo aumento no número de espécies exploráveis. Praticamente todas as florestas 
existentes são manejadas continuamente no mesmo tratamento e na mesma forma de manejo e 
condução. 
Comentários: 
A afirmativa está errada. Praticamente inexistem florestas manejadas continuamente no mesmo 
tratamento. A produção é mantida pela redução no ciclo de corte e no limite de diâmetro e, ou, pelo 
aumento no número de espécies exploráveis. 
Gabarito: Errada. 
18. (CESPE / MPU / 2013) Um dos objetivos do uso sustentado da floresta Amazônica é estimular a 
regeneração artificial nas clareiras e proteger o estoque de árvores nativas remanescentes. Esse 
objetivo só pode ser alcançado com a conservação de árvores porta-sementes. 
Comentários: 
A afirmativa está errada. De fato, um dos objetivos do uso sustentado da floresta Amazônica é estimular a 
regeneração artificial nas clareiras e proteger o estoque de árvores nativas remanescentes. Porém, para 
alcançar esse objetivo, além da conservação de árvores porta-sementes, outras técnicas podem ser 
aplicadas, como: utilizar técnicas para reduzir os danos ecológicos da colheita florestal. No entanto, é 
possível que, em algumas clareiras, a regeneração natural pós-colheita seja escassa. Neste caso, é 
necessário fazer o plantio de mudas para garantir a regeneração. Além disso, as árvores remanescentes 
podem estar em condições desfavoráveis ao crescimento (por exemplo, sombreadas por árvores sem valor 
comercial). O crescimento destas árvores pode ser aumentado com a aplicação dos tratamentos 
silviculturais. 
Gabarito: Errada. 
19. (CESPE / MPU / 2013) A base silvicultural para a exploração sustentada de madeira na Amazônia 
pode ser feita pelo sistema monocíclico, no qual se considera apenas uma idade de corte, ou policíclico, 
em que se considera mais de uma idade de corte. 
Comentários: 
Afirmativa errada. O sistema monocíclico é aquele em que todo o estoque de madeira comercial é 
removido em uma ÚNICA OPERAÇÃO e não um sistema que considera apenas uma idade de corte. Já o 
sistema policíclico é aquele em que as operações de colheita são aplicadas, periodicamente, em apenas 
uma parte dos indivíduos e das espécies comerciais. Sistema monocíclico e policíclico não tem a ver com 
idades de corte e sim com o número de operação de colheita. 
O sistema monocíclico é aquele em que todo o estoque de árvores de madeira comercial é removido em 
uma única operação, com o objetivo de criar uma floresta alta equiânia a partir de regeneração natural, 
para exploração em rotações definidas. Os sistemas monocíclicos modificam drasticamente a composição 
de espécies, a estrutura de idade, a estrutura diamétrica e o estoque de nutrientes da floresta. 
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O sistema policíclico é aquele em que as operações de colheita são aplicadas, periodicamente, em apenas 
uma parte dos indivíduos e das espécies comerciais, fazendo-se os cortesem intervalos regulares, 
denominados ciclos de corte, com o objetivo de manter a floresta alta multiânea ou inequiânea, 
manejada, prioritariamente, para espécies comerciais. 
Gabarito: Errada. 
20. (CESPE / MPU / 2013) Na exploração madeireira com impacto reduzido, as atividades pré-
exploratórias são iniciadas um mês antes da exploração propriamente dita. Uma dessas atividades é o 
inventário 100%, em que as espécies comerciais são inventariadas e têm sua localização anotada. 
Comentários: 
"Na exploração madeireira com impacto reduzido, as atividades pré-exploratórias são iniciadas um mês 
antes da exploração propriamente dita. Uma dessas atividades é o inventário 100%, em que as espécies 
comerciais são inventariadas e têm sua localização anotada." 
Atividades pré-exploratórias: é a etapa do manejo florestal na qual são planejadas e construídas as 
infraestruturas e são levantadas informações que possibilitam a exploração racional da área de manejo 
florestal. Essas atividades devem ser realizadas pelo menos um ano antes da exploração. As principais 
atividades dessa etapa são: 
• Delimitação da Unidade de Trabalho (UT)*. 
• Inventário florestal 100%. 
• Trato silvicultural pré-exploratório. 
• Inventário contínuo. 
• Processamento de dados. 
• Confecção de mapas. 
• Planejamento das infraestruturas florestais (estradas e pátios). 
Gabarito: Errada. 
21. (CESPE / MPU / 2013) Com a exploração da floresta de forma racional e com impacto reduzido, pode 
ser estabelecido um ciclo de corte de setenta anos de idade, enquanto a exploração convencional exige 
um ciclo de corte de cem anos de idade ou mais. 
Comentários: 
A afirmativa está errada. O ciclo de corte máximo é de 35 anos. Veja: 
Ciclo de corte: 
COM utilização de máquinas para o arraste de tora: máx. 35 anos e mín. 25 anos. 
SEM utiliza máquinas para o arraste de toras: mín. 10 anos. 
 
Gabarito: Errada. 
 
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LISTA DE QUESTÕES 
Manejo Florestal 
Considere a exploração de madeira em duas áreas na floresta amazônica — área 1, explorada de forma 
convencional (sem manejo florestal sustentável) e área 2, mediante manejo florestal sustentável. A 
partir dessa situação e de estudos disponíveis acerca do assunto, como os realizados pela Fundação 
Floresta Tropical (FFT) e pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON), julgue os 
itens que se seguem. 
1. (CESPE/2004) A exploração de impacto reduzido (EIR), aplicada como técnica do manejo florestal 
sustentável (área 2), inclui uma fase de atividades pré-exploratórias, normalmente realizada um ano 
antes da exploração. Nessa fase, é realizada a operação de remoção de cipós, quando necessário. 
 
2. (CESPE/2004) Em ambos os modos de exploração descritos para as áreas 1 e 2, normalmente são 
instaladas parcelas permanentes antes da exploração propriamente dita, com a principal finalidade de 
identificar as árvores a serem exploradas. 
 
3. (CESPE/2004) Considere que a exploração florestal seja fundamentada no consumo de madeira, 
que, para a área 2, tenha sido estabelecido um ciclo de corte de 30 anos e, ainda, que, para um consumo 
anual de 10.000 m³ de madeira em tora, com 25 m³ de madeira comercial por hectare, seja necessário 
explorar 400 ha/ano. Nessa situação, se a floresta dessa área possuísse 12.000 ha, esta seria explorada 
em 30 anos. 
 
4. (CESPE/2004) Em se tratando de PMFS empresarial, o diâmetro mínimo de exploração das espécies 
exigido por lei é de 30 cm. Em casos excepcionais, e com a anuência do órgão competente, o diâmetro 
poderá ser de, no mínimo, 20 cm. 
 
5. (CESPE/2004) No planejamento do inventário florestal exigido para a elaboração de plano de 
manejo florestal sustentável de uso múltiplo na Amazônia Legal, com vistas à exploração de madeira 
com alta intensidade, deve ser considerada a enumeração total de todos os indivíduos de porte 
comercial ou não. O inventário deve assegurar a medição, a contagem e a numeração das espécies 
encontradas e, ainda, estabelecer o volume total da produção por hectare e a identificação das árvores, 
considerando um nível de precisão preestabelecido. 
 
6. (CESPE/2013) Se em um plano de manejo florestal sustentável o diâmetro mínimo de corte (DMC) 
para determinada espécie arbórea não for definido, então, nesse caso, o DMC deverá ser igual a 50 cm. 
 
7. (CESPE/2013) A implantação de projetos de manejo florestal responsável focalizada na exploração 
madeireira, apesar de ser uma forma de conservação do patrimônio natural, reduz a geração de renda 
das populações locais. 
 
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8. (CESPE/2013) Manejo florestal consiste na administração da floresta para obtenção de benefícios 
econômicos e sociais, respeitando-se os mecanismos de sustentação ambiental dos ecossistemas. 
 
9. (CESPE/2013) O manejo florestal deve ser adaptado às características não apenas das florestas, mas 
também das populações que as habitam; dessa forma, as estratégias para intervenção em áreas 
despovoadas devem ser diferenciadas das utilizadas para as florestas ocupadas por populações 
tradicionais. 
 
10. (CESPE/2013) Nas florestas tropicais, devido à baixa concentração de nutrientes nas árvores, o 
maior prejudicado com o corte de matas nativas é o solo, o qual é rapidamente lixiviado quando 
exposto às fortes chuvas, com consequente perda de grande parte dos elementos nutritivos da 
floresta. 
 
 
11. (CESPE/2013) Considerando a grande variação de tipologias na floresta tropical e seus diferentes 
potenciais de exploração, o inventário estatístico é insuficiente para fornecer informação imediata da 
floresta que auxilie no estudo de viabilidade e planejamento de projeto de manejo a ser desenvolvido. 
 
12. (CESPE/2013) Na colheita da madeira, o solo fica exposto e sujeito à ação direta da chuva, com 
possibilidades de ocorrência de erosão, o que pode ser evitado por meio de uma técnica que consiste 
na construção de curvas de nível um ano antes da colheita. 
 
13. (CESPE/2013) No planejamento do manejo de florestas naturais amazônicas, a definição do ciclo 
de corte dependerá da capacidade de recuperação da floresta, da intensidade de corte e do grau de 
danos causados à floresta durante a exploração. 
 
14. (CESPE/2013) A intensidade máxima de corte para a floresta amazônica será de 10 m³/ha, quando 
for prevista a utilização de máquinas para o arraste de toras, com ciclo de corte inicial de dez anos. 
 
15. (CESPE / 2013) Os pátios de estocagem devem ser planejados como infraestrutura permanente da 
exploração florestal e costuma-se localizá-los em áreas afastadas das estradas secundárias da área 
explorada. 
 
16. (CESPE / 2013) O trator florestal do tipo Skidder é recomendado para a operação de arraste das 
toras, em uma exploração manejada em terra firme, da área de corte até o pátio de estocagem. 
 
17. (CESPE / 2013) A produção de matéria-prima é mantida pelo aumento no ciclo de corte e no limite 
de diâmetro e(ou) pelo aumento no número de espécies exploráveis. Praticamente todas as florestas 
existentes são manejadas continuamente no mesmo tratamento e na mesma forma de manejo e 
condução. 
 
18. (CESPE / MPU / 2013) Um dos objetivos do uso sustentado da floresta Amazônica é estimular a 
regeneração artificial nas clareiras e proteger o estoque de árvores nativas remanescentes. Esse 
objetivo só pode ser alcançado com a conservação de árvores porta-sementes. 
 
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19. (CESPE / MPU / 2013) A base silvicultural para a exploração sustentada de madeira na Amazônia 
pode ser feita pelo sistema monocíclico, no qual se considera apenas uma idade de corte, ou policíclico, 
em que se considera mais de uma idade de corte. 
 
20. (CESPE / MPU / 2013) Na exploração madeireira com impacto reduzido, as atividades pré-
exploratórias são iniciadas um mês antes da exploração propriamente dita. Uma dessas atividades é o 
inventário 100%, em que as espécies comerciais são inventariadas e têm sua localização anotada. 
 
21. (CESPE / MPU / 2013) Com a exploração da floresta de forma racional e com impacto reduzido, pode 
ser estabelecido um ciclo de corte de setenta anos de idade, enquanto a exploração convencional exige 
um ciclo de corte de cem anos de idade ou mais. 
 
 
GABARITO 
 
1. Certa 
2. Errada 
3. Certa 
4. Errada 
5. Errada 
6. Certa 
7. Errada 
8. Certa 
9. Certa 
10. Errada 
11. Errada 
12. Errada 
13. Certa 
14. Errada 
15. Errada 
16. Certa 
17. Errada 
18. Errada 
19. Errada 
20. Errada 
21. Errada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
BALIEIRO, M.; ESPADA, A. L. V.; NOGUEIRA, O.; PALMIERI, R.; LENTINI, M. As concessões de florestas 
públicas na Amazônia Brasileira: um manual para pequenos e médios produtores florestais. IMAFLORA 
e IFT. Piracicaba: IMAFLORA, 2010. 205 p. Disponível em: http://www.ift.org.br. 
BATMANIAN, Garo. Floresta para Sempre: um manual para a produção de madeira na Amazônia. Imazon, 
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CAMPOS, J.C.C.; LEITE, H.G. Mensuração Florestal: perguntas e respostas. 4.ed. atualizada e 
ampliada. Viçosa: Editora UFV. 2013. 605 p. 
CLUTTER, J.C.; FORSTON, J.C.; PIENNAR, L.V.; BRISTER, G.H.; BAILEY, R.L. Timber management: a 
quantitative approach. 3. ed. New York: John Willey & Sons, 1983. 333p. 
DOBNER JÚNIOR, Mário. Desbaste pelo alto: uma alternativa rentável para povoamentos de Pinus 
taeda no Sul do Brasil. Pomerode-SC, 2015. 28 p. Disponível 
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jan. 2020. 
MACHADO, C. C.; SILVA, E. N., PEREIRA, R. S. O setor florestal brasileiro e a colheita florestal. In: 
MACHADO, C. C.; Colheita Florestal. Viçosa: UFV, Imp. Univ., 2 ed., 2008. 
MACHADO, C.C. (Ed.) Colheita florestal. Viçosa, MG: UFV, 2002. p. 55-88. 
MALINOVSKI, J. R.; CAMARGO, C. M. S.; MALINOVSKI, R. A. Sistemas. In: MACHADO, C.C. (Ed.) Colheita 
florestal. Viçosa, MG: UFV, 2008. p. 145-167. 
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55-88. 
SCOLFORO, J.R.S. Biometria florestal: modelos de crescimento e produção florestal. Lavras: 
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SOAREAS, Carlos Pedro Boechat. Capacidade Produtiva dos povoamentos. Mensuração florestal, 2017. 
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Serviço Florestal Brasileiro (SFB). Introdução ao Manejo Florestal. 2020. 
 
 
 
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