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R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 121 C ap ít u lo 6 • R om a e a A nt ig ui da de ar di aGÁLIA ITÁLIA HISPÂNIA SARDENHA SICÍLIA CÓRSEGA ÁFRICA ILÍRIA NUMÍDIAMAURITÂNIA ÍSTRIA M A R M E D I T E R R Â N E O Roma Cartago Nova Milão Gades Numância Salonae Siracusa Netum Massília (Marselha) Messana Tauromenium Apolônia Ilhas Baleares OCEANO ATLÂNTICO Territórios sob influência romana Aliados de Roma Conquistas romanas até 201 a.C. Conquistas romanas até 121 a.C. ÍSTRIAÍSTRIA MilãoMilão Fonte: G A erner R ermann Atlas historique: de la arition de l omme sur la terre l re atomi ue aris: errin As conquistas romanas até o século II a.C.DOC. 3 320 km • Fundiário. Relativo terra • Guerras P nicas. érie de tr s guerras travadas entre Roma e a cidade de artago a: a 2a: a a: a Rece eu esse nome or ue os romanos c amavam os cartagineses de nicos punici • Proletarização. Ato ou e eito de tornar se roletário camada social cu a nica utilidade era gerar il os ara o tra al o ue não ossu a outro em senão sua role ou se a seus il os 1. Quais eram os direitos reivindicados pelos plebeus? Como esses direitos foram conquistados? 2. Por que a vitória romana nas Guerras Púnicas signi- fi cou uma grande mudança na expansão territorial de Roma [doc.3]? QUESTÕES A expansão militar romana A estrutura do e ército romano gerou condi ç es ara o sucesso de sua e ansão militar s soldados eram agos regularmente oram criados arsenais e uartéis e os e ui amentos de guerra assaram a ser manu aturados trans ormando o e ército numa orça regular A ualidade e a e eri ncia tática dos comandantes romanos e dos centuri es tam ém oram decisivas ara o ito das cam an as militares A undação de col nias na en nsula tálica iniciou o rocesso de e ansão militar romana Ao norte os romanos undaram col nias no ale do com o o etivo de se de ender dos gauleses ue ameaçavam a tália Ao sul os romanos controlavam as cidades de á ua e em a tomaram a cidade grega de arento A artir desse momento a maior arte da en nsula cairia so o controle romano Restava o dom nio do ar editerr neo dis utado or Roma e a cidade de artago undada elos en cios no norte da rica A rivalidade entre romanos e cartagineses levou s c amadas Guerras nicas Ao terminar a ltima guerra em a os romanos dominavam toda a en nsula tálica a Grécia a aced nia e a r ria artago ue se trans ormou em rov ncia romana Assim em cerca de dois séculos Roma conseguiu garantir o controle do editerr neo euro eu eria somente uma uestão de tem o ara os dom nios romanos se estenderem tam ém ao gito e sia enor A esar de ainda ser uma Re lica Roma á se con igurava como um grande oder im erial [doc. 3] A crise social no fim da ep lica enri uecimento de Roma ene iciava so retudo os ricos ro rietários dos lati ndios aseados no uso em massa do tra al o escravo ormada inicialmente or atr cios aos oucos essa aristocracia assimilou os l deres le eus mais ricos e in luentes das cidades latinas ormou se a camada social dos no ilitas ue se di erenciava ela ri ueza e elo rest gio ol tico utro gru o ene iciado elas con uistas oi o dos cavaleiros da ordem equestre ue a roveitou o dom nio romano so re o ar editerr neo ara e andir suas atividades comerciais e inanceiras le com un a com a ordem senatorial a aristocracia romana o er odo re u licano dedicava se rinci almente co rança de im ostos á nos meios o ulares a situação era inversa s grandes ro rietários a ro riavam se ilegalmente das terras do stado Assim a crescente roletari zação e o aumento o ulacional nas áreas ur anas intensi icaram a miséria das camadas o ulares A reforma agrária dos irmãos Graco esse conte to de crise social os irmãos i ério e aio Graco oriundos de uma rica am lia le eia em reenderam uma série de cam an as em de esa dos direitos dos cidadãos o res da Re lica leito tri uno da le e em a i ério ro s uma lei ara distri uir as terras licas entre os cidadãos o res o ondo se aos interesses da aris tocracia rural romana i ério oi assassinado elos senadores em a Anos mais tarde seu irmão aio eleito tri uno da le e em a deu rosseguimento cam an a ela reforma agrária aio ro s medidas ainda mais radicais como a concessão da cidadania a todos os aliados itálicos e a distri uição gratuita de alimentos ao ovo omo o irmão aio oi assassi nado o mesmo ocorrendo com outras mil essoas ue o a oiavam HIST_PLUS_UN_B_CAP_06.indd 121 18.08.10 17:28:01 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Objetivo Explicar o processo de unificação do Império Romano. Termos e conceitos • Guerra civil • Império • Paz omana • Povos ár aros eção . 122 U n id ad e B • A A nt ig ui da de c lá ss ic a: G ré ci a e R om a Vocabulário histórico Ditadura Situação em que o poder era confiado temporaria- mente a um único homem, geralmente um comandante militar o ditador A ditadura era juridicamente legal, mas só podia ser utilizada em crises graves, como uma guerra civil. A revolta de Espártaco Nascido na Trácia, Espártaco era auxiliar do exército romano antes de tornar se escravo gladiador ntre e a reuniu mil omens liderou uma imensa sublevação de escravos e camponeses livres e do- minou uma boa parte do sul da Itália, antes de ser derrotado e morto em a e a como o escritor grego A iano c descreveu esse acontecimento: “O trácio Espártaco, um ex-soldado romano que fora feito prisioneiro e vendido como gladia- dor para a escola de treinamento de lutadores de Cápua, persuadiu cerca de setenta homens a arriscarem sua vida pela liberdade, antes que para agradarem ao público. Dominaram os guardas, roubaram viajantes e armaram-se com clavas e armas brancas. Esconderam-se no Monte Vesúvio, onde muitos escravos fugitivos e alguns camponeses livres juntaram-se ao bando [...] Por três anos ele venceu as tropas romanas até a batalha final, na qual sofreu uma ferida de uma lança na coxa, caiu de joelhos, mas continuou a defender-se com seu escudo. Lutou até que ele e seus companheiros foram cercados e mortos.” A A Guerras civis n: aime arla rgs História da cidadania. ão aulo: onte to DOC. Morte de Espártaco na decisiva atal a de uc nia em a Gravura de O nascimento de um império universal A guerra civil e o fim da República As re ormas ro ostas elos irmãos Graco e a rutalidade de seu assassinato levaram a sociedade romana a polarizar-se em duas facções ol ticas: de um lado os populares, que defendiam a ampliação dos direitos da plebe, e, de outro, os oligarcas, interessados em manter os privilégios das famílias patrícias. As duas facções entraram em confronto aberto, provocando uma guerra civil. Os conflitos foram duramente reprimidos pelo exército, que deixava de representar os “cidadãos em armas” para se profissionalizar. Foi nesse contexto que eclodiu a maior rebelião escrava ue o mundo antigo avia visto: a revolta de s ártaco [doc. 1]. Durante o século I a.C., o fortalecimento do exército permitiu que determinados generais tomassem o poder em Roma e instalassem a ditadura. César, comandante militar que se tornou célebre após a con uista da Gália oi o mais im ortante desses ditadores o curto er odo de seu governo entre e a alternando o cargo de ditador e de cônsul, realizou uma série de reformas que reforçaram seu poder. Contudo, foi assassinado pelo filho de sua amante, Brutus, que liderava uma conspiração oligárquica contra ele. O assassinato de César levou a uma nova guerra civil. Os conflitos políticos continuaram. Otávio, adotado por César em seu testamento, após derrotar Marco Antônio, tornou-seo primeiro imperador em a rece endo o t tulo de Augusto. Após essas lutas sangrentas, Roma deixaria de ser uma República para se tornar um Império. HIST_PLUS_UN_B_CAP_06.indd 122 18.08.10 16:02:39 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 123 C ap ít u lo 6 • R om a e a A nt ig ui da de ar di a A cultura no século de Augusto Grande arte da ase de nossa cultura letrada oi elaborada durante a época áurea do século de Augus- to. Autores como Virgílio, Horácio, Ovídio, Lucrécio e Tito Lívio continuam a ser estudados e discutidos em instituições de ensino dedicadas às ciências huma- nas e estudos clássicos, presentes na maioria das grandes cidades do Ocidente, inclusive no Brasil. O longo período conhecido como Paz omana a d oi marcado or relativa az interna estabilidade das instituições e riqueza econômica e cultural. Otávio Augusto encomendou o restauro de antigos edifícios e ordenou a edificação de novos templos em Roma, mandou construir anfiteatros e palácios e reparar vias, pontes e aquedutos. Segundo Augusto, ele havia encontrado “Roma de tijolos e a deixara de mármore” [doc. 2]. As grandes criações culturais do chamado “século de Augusto” tornaram-se possíveis justamente devi- do ao retorno da paz e à riqueza do Império. Foi nesse período que se consolidou a cultura greco-latina, formada pela síntese de valores culturais gregos e latinos [doc. 3]. Com o Império unificado, essa cultura penetrou largamente em todas as províncias roma- nas mundo romano tornou se il ngue: o latim era falado no lado ocidental do Império, enquanto o grego era falado nas províncias orientais. Religião e leituras No campo religioso, houve a unificação do panteão dos deuses latinos e gregos e o ingresso em Roma de novos cultos de origem oriental, resultando num sincretismo religioso. Os mistérios e as práticas reli- giosas centradas no culto de divindades, como a deu- sa egípcia Ísis e o deus iraniano Mitra, eram os mais populares. Destinados exclusivamente aos iniciados, esses cultos eram secretos e se baseavam na crença de uma vida bem-aventurada após a morte. Os principais meios de difusão da cultura eram as bibliotecas e as leituras públicas. As bibliotecas podiam ser públicas ou particulares e reuniam obras de autores gregos e latinos conservadas em rolos de papiro. Já o hábito das leituras públicas logo se dis- seminou pela elite romana e era um dos meios pelos quais os autores novos podiam ficar conhecidos pelo público [doc. 4]. A helenização de Roma e ército romano con uistou a Grécia mas em con trapartida Roma foi conquistada pela cultura grega. O patriciado romano, entretanto, mantinha uma oposição tenaz à influência cultural grega sobre Roma, em defesa das tradições e dos costumes romanos, considerados superiores aos dos gregos. Já segundo o orador e polí- tico Cícero, os romanos seriam superiores aos gregos por seus costumes duros e austeros, por suas institui- ções republicanas e principalmente por sua grandeza militar, mas os gregos seriam superiores aos romanos em tudo o que se referia às artes e às letras. DOC. Autor Principais obras lauto a de Sarsina, Úmbria. Anfitrião, Báquides, Aululária: a comédia da panela. atão a de Túsculo, Lácio. Origenes, De agri cultura. cero a de Arpino, no Lácio. Da República, Diálogo sobre a amizade. ucrécio a de Roma. Da natureza das coisas. orácio a de Venúsia, na Apúlia. Odes, Epodos, Sátiras, Epístolas. irg lio a de Mântua. Bucólicas, Geórgicas, Eneida. ito vio a de Pádua. História de Roma. v dio a de Sulmo. Arte de amar, Metamorfoses. lutarco de Queroneia. Vidas paralelas, Como tirar proveito de seus inimigos, Conselho aos políticos para bem governar, Como ouvir. Principais autores e o ras romanasDOC. 4 • incretismo religioso. Síntese entre cultos religiosos de origens distintas, resultado da interação entre duas ou mais religiões. DOC. 2 Augusto de Prima Porta. Escultura representando o imperador Otávio Augusto, século I. Museu do Vaticano. HIST_PLUS_UN_B_CAP_06.indd 123 18.08.10 16:02:40