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Rio Tigre
Rio Nilo
Rio Eufrates
GOLFO PÉRSICOAlexandria
Beritos (Beirute)
Arados
Biblos
Gaza
Canaã
Jericó
Susa
Babilônia
Sidon
Tiro
Cádiz
Málaga
LÍBIA
Cartago Siracusa RodesMALTA
SICÍLIA
CRETA
CHIPRE
SARDENHA
CÓRSEGA
FENÍCIA
LÍGURES
ETRÚRIA MAR NEGRO
MAR MEDITERRÂNEO
OCEANO
ATLÂNTICO
BALEARES
EGITO
ÁSIA MENOR
EUROPA
ÁSIA
ÁFRICA
PLANALTO
DO IRÃ
MESOPOTÂMIA
MAR CÁSPIO
I b e r o s
C e l t a s
N ú m i d a s
A Palestina no século X a.C.
Colônias fenícias
A Pérsia no início do
governo de Ciro
Colonização fenícia
Fenícia
4 Hebreus, fenícios e persas
 4.1 Da era do bronze 
à era do ferro
O desenvolvimento da metalurgia do 
ferro contribuiu para desestabilizar os 
reinos da era do bronze.
 4.2 Os hebreus: das origens 
ao êxodo
A religião hebraica se diferenciava de 
outras religiões principalmente por ser 
monoteísta.
 4.3 Os hebreus antigos: 
política e sociedade
A fixação dos hebreus em Canaã, 
após o retorno do Egito, assinalou o 
nascimento da monarquia hebraica.
 4.4 A civilização marítima 
dos fenícios
Os fenícios ficaram conhecidos como 
excelentes navegadores e comerciantes.
 4.5 O Império Persa
O extenso Império Persa era mantido, 
entre outras coisas, por um eficiente 
sistema de estradas.
Hebreus, fenícios e persas
76
Fontes: VIDAL-NAQUET, Pierre; BERTIN, Jacques. Atlas histórico: da Pré-história aos nossos dias. 
Lisboa: Círculo de Leitores, 1987. kinder, Hermann e Hilgemann, Werner. Atlas histórico mundial. Madri: Istmo, 1983. p. 38.
370 km
O Oriente Médio antigo
Entre os séculos XII e X a.C., uma série de transformações técnicas, 
políticas e sociais pôs fim aos grandes impérios que disputavam o poder 
no Oriente Médio e permitiu o nascimento de novas formas de Estado. 
Uma inovação técnica importante desse período foi a introdução da me-
talurgia do ferro, que permitiu construir armas bem mais potentes.
No sul da Palestina, surgiu o Reino de Israel, formado por tribos de 
pastores nômades que se estabeleceram na região: os hebreus. Um 
pequeno reino, que logo se dividiria devido a lutas internas e acabaria 
sendo conquistado por impérios que dominaram a região. Contudo, 
mesmo perdendo a independência política, a cultura hebraica, marcada 
pelo monoteísmo ético, sobreviveu e chegou aos nossos dias.
Já ao norte da Palestina, formou-se uma civilização constituída de 
cidades-Estado, em grande parte dedicada ao comércio marítimo: a dos 
fenícios. Entre outras realizações, os fenícios foram responsáveis pela 
difusão do alfabeto, tanto na Europa quanto na Ásia, uma conquista 
cultural de inestimável valor.
A leste da Mesopotâmia, no planalto iraniano, desenvolveu-se o 
Império Persa, que no decorrer de poucos séculos iria dominar toda 
a região, numa expansão contínua sem precedentes até então. Do-
minando um imenso território, os persas criaram o primeiro império 
multicultural da história, unindo sob seu comando povos, línguas e 
culturas diferentes.
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Capítulo
Rio Tigre
Rio Nilo
Rio Eufrates
GOLFO PÉRSICOAlexandria
Beritos (Beirute)
Arados
Biblos
Gaza
Canaã
Jericó
Susa
Babilônia
Sidon
Tiro
Cádiz
Málaga
LÍBIA
Cartago Siracusa RodesMALTA
SICÍLIA
CRETA
CHIPRE
SARDENHA
CÓRSEGA
FENÍCIA
LÍGURES
ETRÚRIA MAR NEGRO
MAR MEDITERRÂNEO
OCEANO
ATLÂNTICO
BALEARES
EGITO
ÁSIA MENOR
EUROPA
ÁSIA
ÁFRICA
PLANALTO
DO IRÃ
MESOPOTÂMIA
MAR CÁSPIO
I b e r o s
C e l t a s
N ú m i d a s
A Palestina no século X a.C.
Colônias fenícias
A Pérsia no início do
governo de Ciro
Colonização fenícia
Fenícia
 Objetivo
 Entender as 
transformações 
ocasionadas pela 
introdução da 
metalurgia do ferro na 
Antiguidade.
 Termos e conceitos
•	Era	do	bronze
•	Era	do	ferro
Seção 4.1
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DOC. 1 Vocabulário histórico
Técnica e tecnologia
A técnica é o conjunto de procedimentos que o homem 
desenvolveu, ao longo do tempo, na produção de objetos 
para facilitar sua vida. O desenvolvimento da técnica é um 
índice do domínio do homem sobre a natureza.
A tecnologia é a ciência desenvolvida sobre essa téc-
nica, um conjunto de conhecimentos aplicados sobre os 
procedimentos mecânicos. A inovação tecnológica vem 
ocorrendo desde a fabricação dos primeiros instrumen-
tos de trabalho, ainda na Pré-história. Essa inovação foi 
intensificada com a Revolução Industrial, pela automação 
dos processos de produção.
Da era do bronze à era do ferro
 O colapso da era do bronze
O impacto que as inovações técnicas e tecnológicas exercem na vida hu-
mana pode ser percebido em vários momentos da história. Entre os séculos 
XII e X a.C., um conjunto de transformações técnicas, políticas e demográficas 
levou as civilizações do antigo Oriente Médio ao colapso. Esse período, que 
costuma ser designado como “Idade das Trevas”, ainda é pouco conhecido 
pela ausência de documentos escritos. Foi nesse momento que ocorreu uma 
mudança técnica fundamental: a substituição da metalurgia do bronze pela 
metalurgia do ferro [doc. 1]. 
No decorrer do segundo milênio antes da nossa era, ao lado do Egito e da 
Mesopotâmia, desenvolveram-se outros reinos no Oriente Médio antigo. Na 
costa da Anatólia, estabeleceu-se o Império Hitita, uma monarquia religiosa 
e militar conhecida por suas táticas de guerra e pelo uso militar do cavalo e 
responsável pela introdução da metalurgia do ferro na região. No nordeste da 
Mesopotâmia, surgiu o Império Assírio, cujos domínios chegaram ao Egito. Na 
região do Golfo Pérsico, situava-se o Reino de Elam e, finalmente, no norte da 
África, o Egito, então na fase do Médio Império [doc. 2].
PENÍNSULA
ARÁBICA
EGITO
IMPÉRIO HITITA
ASSÍRIA
REINO DE ELAM
CRETA CHIPRE
Hattusa
Nínive
Biblos
Sídon
Tiro
Assur
Babilônia
Jerusalém Lagash Susa
Gaza Uruk
HeliópolisMênfis
Tell el-Amarna
Tebas
Abu-Simbel
Napata
MAR NEGRO
MAR
CÁSPIO
OCEANO
ÍNDICO
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Golfo Pérsico
M A R M E D I T E R R Â NE O 
Rio N
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Rio Eufrates 
Rio Tigre 
Rio Amu Daria 
Lago
Aral
Golfo de Omã
Nipur
Eridu
Ur
MAR
CÁSPIO
RiRiR oioi
Amu Daria
Fonte: Atlas da história do mundo. São Paulo: 
Times/Folha de S.Paulo, 1995. p. 57.
 Reinos do Oriente Médio antigo 
(séculos XIII-VII a.C.)
DOC. 2
480 km
Armadura de bronze 
produzida por volta 
do século X a. C., 
durante a era do ferro. 
Apesar da disseminação 
da metalurgia do ferro, 
o trabalho com o bronze 
não foi totalmente 
abandonado.
 As características do bronze
O bronze é uma liga metálica obtida pela 
fusão de cobre com estanho. O cobre é um 
metal flexível demais para fazer armas e ins-
trumentos, por isso é necessário adicionar o 
estanho para conferir-lhe a dureza necessária. 
O problema é que o cobre é um minério relati-
vamente raro, além disso, as jazidas de cobre 
e de estanho não costumavam ficar na mesma 
região. 
Para obter esses minérios em quantidade 
suficiente, era necessário ter boas relações 
com os Estados vizinhos e manter trocas co-
merciais constantes. Além disso, devido à sua 
raridade, o bronze costumava ser usado apenas 
pela aristocracia guerreira, que o utilizava para 
suas armas e cerimônias religiosas. A massa 
camponesa não utilizava instrumentos de me-
tal, mas de madeira ou pedra. 
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DOC. 5 Página da Bíblia hebraica com tradução 
em aramaico, século XI. O aramaico era a língua 
escrita maisutilizada no Oriente Médio até o século 
VII d.C. Era a língua oficial do Império Persa. Seu 
alfabeto, escrito da direita para a esquerda, é 
derivado do fenício e serviu de base para a escrita 
do Antigo Testamento. Dele se originaram o alfabeto 
hebraico e o árabe. 
•	 Reinos	da	era	do	bronze. Incluíam o Império 
Babilônico, o Império Assírio e o Império 
Egípcio. Os reinos da era do ferro eram o hitita, 
o arameu, o hebreu, o fenício e o persa.
 1. Quais as hipóteses expostas no texto para o colapso 
dos reinos da Idade do Bronze, como o egípcio e os 
mesopotâmicos, a partir do ano 1000 a.C.?
 2. Estabeleça diferenças entre a escrita aramaica e a 
escrita cuneiforme dos sumérios [doc. 5].
QUESTÕES
DOC. 3 Espada de ferro 
e ouro, c. 1000 a.C.
DOC. 4 Jarro persa em 
bronze, século VIII a.C. O 
desenvolvimento da metalurgia 
do ferro não significou o fim 
do uso do bronze.
 As invasões aramaicas
Outro acontecimento que, para muitos pesqui-
sadores, explica o súbito colapso dos reinos da 
era do bronze foi a invasão de povos estrangeiros, 
alguns deles conhecidos apenas por “povos do 
mar”. A origem desses últimos é incerta, embora 
a região do Mar Egeu e a Anatólia ocidental sejam 
identificadas como seus locais de dispersão.
Entre os séculos XII e X a.C., os arameus, povos 
nômades que viviam no Deserto da Síria, expandi-
ram-se por todo o Oriente Médio, alterando profun-
damente o panorama político, social e cultural da 
região. Provavelmente fugindo da seca ou de uma 
catástrofe climática, os arameus vieram em ondas 
sucessivas e com contingentes cada vez maiores, 
provocando uma grave crise demográfica e o colap-
so das estruturas políticas e administrativas dos 
reinos que dominavam o Oriente Médio na época. 
Era o início da era do ferro. 
Aos poucos, os arameus formaram uma rede de 
cidades-Estado, sobretudo na Síria e na Mesopotâ-
mia, e atuaram como os principais comerciantes no 
A difusão do ferro
Durante os últimos séculos da era do bronze 
(1600-1200 a.C.), os reinos desse período mantive-
ram-se em relativa estabilidade. A introdução da 
metalurgia do ferro contribuiu para subverter essa 
situação. A técnica do ferro difundiu-se a partir da 
Anatólia para a Europa e a Ásia, 
por volta de 1200 a.C. Para ser 
produzido, o ferro necessitou de 
aperfeiçoamentos técnicos na 
metalurgia, pois ele entra em 
fusão numa temperatura muito 
mais alta do que a do bronze. No en-
tanto, ao contrário dos metais que 
formam a liga do bronze, o ferro pode 
ser encontrado em abundância em 
praticamente qualquer lugar da ter-
ra. Sendo um metal muito mais duro e 
resistente do que o bronze, a produção 
de armas, carros e armaduras de ferro 
permitiu constituir exércitos muito mais 
letais e bem armados [doc. 3].
Golfo Pérsico e no Mediterrâneo. Sua influência foi 
tão grande que, em alguns séculos, o aramaico, a 
língua falada por eles, disseminou-se na região, 
suplantando o acádio e tornando-se 
a língua administrativa do 
Império Persa. Embora o 
aramaico fosse a língua 
falada dominante na Pales-
tina, o hebraico permaneceu 
como língua sagrada [doc. 5]. Com 
a reconstrução das cidades e o 
ressurgimento das estruturas 
estatais, puderam florescer 
na região novas civiliza-
ções, como as de Israel, da 
Fenícia e da Pérsia.
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