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Estrutura de Dados Homogêneas do tipo
vetor (Fundamentos, definição,
inicialização , atribuição, escrita)
Apresentação
Os dados existentes podem possuir natureza distinta. Por exemplo, eles podem ser números, letras,
frases, imagens e até dados complexos, como registros e dicionário de dados, dependendo da
linguagem de programação. Uma estrutura de dados homogênea utiliza somente um tipo de dados.
Variáveis compostas por vários dados homogêneos são armazenadas em posições de memória,
identificadas pelo mesmo nome e individualizadas por meio de índices, que possuem conteúdo do
mesmo tipo. Para armazenar uma lista de valores do mesmo tipo em uma única variável utilizamos
os vetores. Os vetores são estruturas de dados unidimensionais ou lineares que necessitam
somente de um índice para que seus elementos sejam endereçados.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá trabalhar com conjuntos de dados homogêneos, ou seja,
variáveis que representam um conjunto de informações de mesmo tipo: os vetores.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Declarar estruturas de dados homogêneas de uma dimensão.•
Diferenciar variáveis simples de variáveis que representam conjuntos de dados.•
Construir algoritmos que utilizem estruturas de dados homogêneas de uma dimensão.•
Desafio
Uma companhia aérea gostaria de organizar as informações de seus voos, e você foi contratado
para construir um algoritmo que receba um conjunto de códigos de voos e duração (tempo) de cada
um. A companhia aérea possui 30 voos.
Você deverá construir um algoritmo que manipula (lê e escreve) um conjunto de vetores; em cada
posição dos vetores, teremos as informações relativas aos voos:
- número do voo
- tempo de duração do voo (em minutos)
Bom trabalho!
Infográfico
Os vetores permitem que, através de uma única variável, sejam manipulados conjuntos de dados.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para
acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/39514aaa-ab10-4bc4-a61a-56a0b2e9d72a/1ed73292-c604-4d24-9b54-c0dd0b4f2bc0.png
Conteúdo do Livro
As estruturas de dados homogêneas (vetores, arranjos) permitem utilizar variáveis que representam
um conjunto de dados. Conheça um pouco mais sobre essas estruturas lendo as páginas 163 a 168
do seguinte livro: Algoritmos e programação com exemplos em Pascal e C .
Boa leitura!
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s é r i e l i v r o s d i d á t i c o s i n f o r m á t i c a u f r g s
volume 3 Linguagens Formais e Autômatos, 6.ed.,
de Paulo Blauth Menezes
volume 4 Projeto de Banco de Dados, 6.ed.,
de Carlos Alberto Heuser
volume 5 Teoria da Computação: Máquinas Universais
e Computabilidade, 3.ed, de Tiarajú Asmuz Diverio
e Paulo Blauth Menezes
volume 6 Arquitetura de Computadores Pessoais,
2.ed., de Raul Fernando Weber
volume 7 Concepção de Circuitos Integrados, 2.ed.,
de Ricardo Augusto da Luz Reis e cols.
volume 8 Fundamentos de Arquitetura de Computadores,
4.ed., de Raul Fernando Weber
volume 10 Tabelas: Organização e Pesquisa,
de Clesio Saraiva dos Santos e Paulo Alberto de Azeredo
volume 11 Sistemas Operacionais, 4.ed.,
de Rômulo Silva de Oliveira, Alexandre da Silva Carissimi
e Simão Sirineo Toscani
volume 12 Teoria das Categorias para Ciência
da Computação, 2.ed., de Paulo Blauth Menezes
e Edward Hermann Haeusler
volume 13 Complexidade de Algoritmos, 3.ed.,
de Laira Vieira Toscani e Paulo A. S. Veloso
volume 16 Matemática Discreta para Computação
e Informática, 4.ed., de Paulo Blauth Menezes
volume 18 Estruturas de Dados, de Nina Edelweiss
e Renata Galante
volume 19 Aprendendo Matemática Discreta com
Exercícios, de Paulo Blauth Menezes, Laira Vieira Toscani
e Javier García López
volume 20 Redes de Computadores,
de Alexandre da Silva Carissimi, Juergen Rochol
e Lisandro Zambenedetti Granville
volume 21 Introdução à Abstração de Dados,
de Daltro José Nunes
volume 22 Comunicação de Dados, de Juergen Rochol
COMPUTAÇÃO
www.grupoa.com.br
A Bookman é um dos selos editoriais do Grupo A Educação, empresa que
oferece soluções em conteúdo, tecnologia e serviços para a educação
acadêmica e profissional.
algoritmos
e programação
com exemplos em Pascal e C
nina edelweiss
maria aparecida castro livi
Material didático para professores
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nina edelweiss
maria aparecida castro livi
l i v r o s d i s p o n í v e i s
algoritm
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P
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algoritmos
e programação
com exemplos em Pascal e C
Aprender programação não é uma tarefa simples.
Requer um entendimento perfeito do problema, a análise
de como solucioná-lo e a escolha da forma de implementação
da solução. algoritmos e programação apresenta
o processo de construção de algoritmos e de programas,
enfatizando as etapas de abstração, organização, análise
e crítica na busca de soluções eficientes. Os elementos
de um programa são introduzidos pouco a pouco ao longo
do texto, inicialmente apresentados em pseudolinguagem e,
em seguida, exemplificados nas linguagens de programação
Pascal e C. Este é um livro-texto para disciplinas iniciais
de programação de duração de um semestre. Pode ser
utilizado sobretudo em cursos de bacharelado e licenciatura
em ciência da computação, análise de sistemas e engenharia
da computação.
E22a Edelweiss, Nina.
Algoritmos e programação com exemplos em Pascal e C
[recurso eletrônico] / Nina Edelweiss, Maria Aparecida Castro
Livi. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Bookman, 2014.
Editado também como livro impresso em 2014.
ISBN 978-85-8260-190-7
1. Informática. 2. Algoritmos – Programação. I. Livi,
Maria Aparecida Castro. II. Título.
CDU 004.421
as autoras
Nina Edelweiss é engenheira eletricista e doutora em Ciência da Computação pela Uni-
versidade Federal do Rio Grande do Sul. Durante muitos anos, lecionou em cursos de Enge-
nharia e de Ciência da Computação na UFRGS, na UFSC e na PUCRS. Foi, ainda, orientadora
do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da UFRGS. É coautora de três
livros, tendo publicado diversos artigos em periódicos e em anais de congressos nacionais
e internacionais. Participou de diversos projetos de pesquisa financiados por agências de
fomento como CNPq e FAPERGS, desenvolvendo pesquisas nas áreas de bancos de dados e
desenvolvimento de software.
Maria Aparecida Castro Livi é licenciada e bacharel em Letras, e mestre em Ciência da
Computação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Desenvolveu sua carreira pro-
fissional na UFRGS, onde foi programadora e analista de sistema, antes de ingressar na
carreira docente. Ministrou por vários anos a disciplina de Algoritmos e Programação para
alunos dos cursos de Engenharia da Computação e Ciência da Computação. Sua área de
interesse prioritário é o ensino de Linguagens de Programação, tanto de forma presencial
quanto a distância.
Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052
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■ ■ Este capítulo introduz um tipo
de variável estruturada
denominado arranjo, que
agrupa dados do mesmo tipo.
Analisa os arranjos
de uma dimensão, ou seja,
unidimensionais,
também denominados vetores.
Também discute como vetores
devem ser declarados e manipulados,
e apresenta alguns
exemplos de algoritmos de
classificação e de pesquisa de dados
armazenados em
vetores.
variáveis estruturadas:
capítulo 6
arranjos unidimensionais
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164 Algoritmos e Programação com Exemplos em Pascal e C
Com as estruturas básicas de controle de fluxo já vistas, sequência, seleção e iteração, é pos-
sível resolver praticamentequalquer problema de forma algorítmica. Entretanto, os recursos
de armazenamento até agora utilizados não são adequados para soluções que envolvam
grandes volumes de dados.
Por exemplo, se um professor tem 30 alunos em uma turma e deseja calcular a média arit-
mética dessa turma, quantas variáveis ele necessita para ler as médias dos 30 alunos? Pode
usar 30, mas uma só é suficiente. Isso porque, nesse problema, as médias dos alunos, após
serem lidas e acumuladas em uma variável, não precisam mais ser guardadas. Uma única
variável pode ser reaproveitada para ler todas as 30 médias. A cada nova média, ao ser uti-
lizada a mesma variável para nova leitura, a média anterior é perdida, ou seja, “jogada no
lixo”, sem que isso afete o resultado pretendido, pois o valor anterior já foi acumulado para
calcular a média.
Mas, se o nosso professor desejar, além de calcular e apresentar a média da turma, também
listar as médias dos alunos que forem iguais ou superiores à média da turma, quantas variá-
veis ele precisará para armazenar os 30 valores? Nesse caso não há escolha, ele precisará de
30 variáveis. Se o professor quiser fazer o mesmo para sua turma em EAD (ensino a distância),
com 150 alunos, precisará de 150 variáveis. Detalhe importante: cada variável deverá ter um
nome diferente! Surge aí um grande problema: quanto maior o número de variáveis que
um problema exige, maior é o número de nomes diferentes necessários. É claro que sempre
dá para usar nomes de variáveis como val01, val02, val03, etc. Mas, além de trabalhosas,
as soluções que seguem por esse caminho têm grande chance de serem indutoras de erros/
enganos devido ao número elevado de nomes semelhantes. Se pensarmos que há problemas
em que o número de valores diferentes que devem permanecer armazenados por períodos
relativamente longos são na ordem de centenas e até mesmo de milhares, o uso de variáveis
simples para armazenar grandes volumes de dados claramente não parece ser a melhor opção
de armazenamento.
Este capítulo discute um tipo de variável estruturada denominado arranjo, que agrupa dados
do mesmo tipo e possibilita trabalhar com grande volume de dados de forma eficiente. Ar-
ranjos de uma dimensão (ou seja, unidimensionais) são apresentados e analisados aqui. São
vistos também alguns exemplos de algoritmos de classificação e de pesquisa para arranjos
unidimensionais. Arranjos de mais dimensões serão vistos no Capítulo 7.
6.1 arranjos
Um arranjo é uma variável estruturada, formada pelo agrupamento de variáveis de mesmo
tipo (inteiro, real, etc.). As variáveis que integram um arranjo compartilham um único nome
e são identificadas individualmente por um índice, que é o valor que indica sua posição no
agrupamento. Os índices dos arranjos geralmente são de tipos ordinais, como inteiro e ca-
ractere, e podem ser tanto variáveis como constantes. Não existe uma vinculação obrigatória
entre um arranjo e as variáveis ou constantes usadas para indexá-lo. Dessa forma, consideran-
do um certo código, um arranjo pode ser indexado em momentos diferentes por diferentes
Edelweiss_06.indd 164Edelweiss_06.indd 164 12/03/14 09:0212/03/14 09:02
Capítulo 6 Variáveis Estruturadas: Arranjos Unidimensionais 165
variáveis ou constantes, que podem igualmente ser usadas em outros momentos para a inde-
xação de outros arranjos.
A qualquer momento pode-se acessar um determinado elemento de um arranjo, sem neces-
sidade de acessar antes os elementos que o precedem. O índice utilizado define o elemento
sendo acessado. Um elemento de um arranjo é equivalente a uma variável simples. Assim, so-
bre qualquer elemento de um arranjo podem ser efetuadas todas as operações até aqui vistas
para variáveis simples – preencher o elemento por leitura ou por atribuição, utilizar seu valor
em expressões aritméticas, assim como consultar seu valor para operações, testes ou saídas.
A ideia base dos arranjos é por vezes utilizada em situações do mundo real como, por exem-
plo, no caso do professor que não sabe o nome de seus alunos no início do ano letivo e então
entrega a eles, ordenadamente, cartões numerados de 1 a 30, do aluno sentado na primeira
fileira até o aluno sentado na última fileira. Concluída a entrega dos cartões, passa a referir-
-se aos alunos usando o nome genérico aluno, seguido do número que consta no cartão que
o aluno recebeu, que corresponde à sua posição no conjunto dos alunos da sala: aluno 10,
aluno 29, etc. O conjunto de alunos da sala constitui “o arranjo” aluno, em que cada aluno
é indexado por sua posição (índice) na sala.
Arranjos podem ser unidimensionais (de uma só dimensão, quando precisam de um só índice
para identificar seus elementos) ou multidimensionais (de duas ou mais dimensões). Os arran-
jos de uma só dimensão também são chamados de vetores, e os de duas ou mais dimen-
sões, de matrizes. Este capítulo discutirá os arranjos unidimensionais, e o capítulo seguinte,
os arranjos multidimensionais.
6.2 vetores
Um vetor é um arranjo de uma só dimensão que, portanto, necessita um só índice para
acessar seus elementos.
Características de um vetor:
■ nome, comum a todos os seus elementos;
■ índices que identificam, de modo único, a posição dos elementos dentro do vetor;
■ tipo dos elementos (inteiros, reais, etc.), comum a todos os elementos do vetor;
■ conteúdo de cada elemento do vetor.
Na Figura 6.1 está representado graficamente um vetor de 10 elementos chamado de nota,
com índices variando de 1 a 10, sendo o conteúdo do sétimo elemento igual a 8,5.
6.2.1 declaração de um vetor
Em pseudolinguagem, um arranjo é declarado com o seguinte tipo:
arranjo [<índice menor>..<índice maior>] de <tipo do vetor>
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166 Algoritmos e Programação com Exemplos em Pascal e C
onde índice menor e índice maior definem os valores limites do intervalo de índices váli-
dos para acessar o vetor, bem como o tipo de índice que deve ser usado, e tipo do vetor
é o tipo dos dados que podem ser armazenados no vetor. Observar que o nome da variável
vetor definida com esse tipo será comum a todos os seus elementos.
A declaração a seguir corresponde ao vetor da Figura 6.1, de nome nota, com 10 elementos
reais acessados através dos índices de 1 a 10:
Variável: nota (arranjo [1..10] de real)
6.2.2 acesso a um elemento de um vetor
O acesso a um elemento de um vetor é feito indicando o nome do vetor seguido do ín-
dice do elemento considerado, colocado entre colchetes. Na pseudolinguagem utilizada, os
índices válidos para acessar um vetor devem estar compreendidos entre os valores dos índices
definidos na sua declaração, incluindo os extremos. Assim, a referência ao sétimo elemento
do vetor nota é nota[7].
Somente valores de índice válidos devem ser utilizados para acessar um vetor. Índices fora de
intervalo provocam tentativas de acesso a áreas não previstas da memória, com resultados
imprevisíveis e muitas vezes com reflexos aleatórios sobre o comportamento do algoritmo,
gerando erros difíceis de localizar e corrigir. No caso do vetor nota, os índices válidos são os
valores de 1 a 10.
Para identificar o índice de um elemento de um vetor podem ser utilizadas:
■ uma constante, indicando diretamente o valor do índice. Assim, nota[7] referencia o
sétimo elemento do vetor nota;
■ uma variável, sendo que o valor contido nessa variável corresponde ao índice. Por exem-
plo, se, no momento do acesso, o valor da variável inteira ind for 3, então nota[ind] vai
acessar o terceiro elemento do vetor nota;
1 2 3 4 5 6 7 8 9
nota
Índices
Nome
8,5
10
Valor
figura 6.1 Características de um vetor.
Edelweiss_06.indd 166Edelweiss_06.indd 166 12/03/14 09:0212/03/14 09:02
Capítulo 6 Variáveis Estruturadas: Arranjos Unidimensionais 167
■ uma expressão que será avaliada, sendo seu resultado utilizado como índice. Por exem-
plo, se o valor da variável inteira i for 4, então nota[i+1] se refere ao quintoelemento
do vetor nota.
Variáveis diferentes podem ser utilizadas como índice para acessar o mesmo vetor. No exem-
plo a seguir, o vetor valor é preenchido por leitura com o auxílio da variável i (primeiro
comando para/faça)e, em seguida, seu conteúdo é exibido com o auxílio da variável k (se-
gundo comando para/faça). Observar o uso da constante MAX, tanto para declarar o vetor
quanto para acessá-lo.
Constante: MAX = 100
Variáveis:
valor (arranjo [1..MAX] de inteiro)
i, k (inteiro)
...
para i de 1 incr 1 até MAX faça
ler (valor[i])
para k de 1 incr 1 até MAX faça
escrever('Valor: ', valor[k])
A mesma variável pode ser utilizada, no mesmo momento ou em momentos diferentes, para
acessar vetores diferentes. Por exemplo, supondo a declaração de dois vetores utilizados em
um programa para corrigir uma prova, um contendo o gabarito das questões e o outro, as
respostas de um aluno (Figura 6.2):
Constante: NUMQUEST = 30
Variáveis:
gabarito, respostas (arranjo [1..NUMQUEST] de caractere)
1 2 3 4 5 6 7
gabarito
a e b d c a a c
... 30
1 2 3 4 5 6 7
respostas
a e c a c d a c
... 30
resp
o
sta in
co
rreta
resp
o
sta in
co
rreta
resp
o
sta in
co
rreta
figura 6.2 Vetores gabarito e respostas (com respostas de um aluno).
Edelweiss_06.indd 167Edelweiss_06.indd 167 12/03/14 09:0212/03/14 09:02
168 Algoritmos e Programação com Exemplos em Pascal e C
O vetor respostas é reaproveitado a cada novo aluno processado. A correção da prova é
feita comparando cada uma das respostas de um aluno com o elemento correspondente no
vetor gabarito. O comando a seguir mostra a exibição dos valores desses dois vetores, o do
gabarito e aquele com os resultados de um aluno, da primeira questão até a última, o que é
feito utilizando o mesmo índice para acessar os dois vetores:
para k de 1 incr 1 até NUMQUEST faça
escrever(gabarito[k], respostas[k])
6.2.3 inicialização de vetores
Não é necessário inicializar um vetor quando ele for totalmente preenchido por leitura, uma
vez que todos os valores anteriormente armazenados nas posições de memória do vetor são
descartados quando novos valores são colocados nelas.
Se um vetor for criado apenas parcialmente, restando posições não ocupadas no seu início,
meio ou fim, ou se for utilizado em totalizações, devem ser tomados cuidados para garantir
que os valores iniciais de todas as suas posições sejam os desejados. Isso pode ser feito ou
inicializando o vetor na sua totalidade antes de sua utilização, ou inicializando cada posição
do arranjo imediatamente antes de seu uso.
O trecho a seguir inicializa todos os elementos do vetor nota, de 10 elementos reais, com
zeros:
para i de 1 incr 1 até 10 faça
nota[i] ← 0
No caso de vetores preenchidos progressivamente, de forma contínua, visto que o número
de posições ocupadas é sempre conhecido, é desnecessário inicializá-los antes do uso, desde
que sempre sejam acessadas apenas as posições efetivamente ocupadas (ver Exercícios 6.2 e
6.3, a seguir).
6.3 exemplos de uso de vetores
6.3.1 operações sobre um só vetor
Os trechos de código a seguir executam algumas operações sobre um vetor inteiro de 5 ele-
mentos chamado de valor:
Constante: MAX = 5
Variável: valor (arranjo [1..MAX] de inteiro)
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Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Dica do Professor
Assista ao vídeo para compreender melhor o que são os vetores, sua declaração e manipulação
básica.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/a78bd91da1d2d71b4294bf74e0943682
Exercícios
1) Em relação às estruturas de dados homogêneas, é INCORRETO afirmar que:
A) Vetores são estruturas de dados homogêneas, também denominadas arranjos ou array (em
inglês).
B) Vetores somente são úteis para pequenos conjuntos de dados (menores que 10 elementos),
pois, para grandes conjuntos, o ideal é utilizar diversas variáveis simples (individuais).
C) Os índices dos arranjos geralmente são de tipos ordinais.
D) As variáveis que integram um vetor/arranjo compartilham um único nome e são identificadas
individualmente por um índice.
E) Um elemento de um vetor/arranjo é equivalente a uma variável simples.
2) Um vetor é um arranjo de uma só dimensão que, portanto, necessita de apenas um índice
para acessar seus elementos. Selecione a alternativa a seguir que NÃO apresenta uma
característica de um vetor.
A) Nome, comum a todos os seus elementos.
B) Índices que identificam, de modo único, a posição dos elementos dentro do vetor.
C) Tipo dos elementos (inteiros, reais, etc.), comum a todos os elementos do vetor.
D) Acesso ao conteúdo de cada elemento do vetor.
E) Passagem de parâmetro complexa, pois exige a enumeração de cada elemento do vetor.
Considere o seguinte algoritmo em pseudocódigo:
algoritmo "vetores"
var
valores: vetor[1..5] de real
indice: inteiro
inicio
para indice de 1 ate 5 passo 1 faca
3)
escreva("Digite valor: ")
leia(valores[indice])
fimpara
fimalgoritmo
Analise as alternativas a seguir e selecione a verdadeira.
A) A variável "indice" pode ser do tipo real.
B) A declaração "valores: vetor[1..5] de real" cria um vetor com 5 posições e já inicializa o vetor
com o seguinte conjunto de valores: { 1,2,3,4,5 }.
C) A declaração "valores: vetor[1..5] de real" cria, inicialmente, um vetor com 5 posições,
indexadas pelos valores de 1 até 5, mas novos elementos são automaticamente adicionados,
indexando novas posições, como 6, 7, 8, etc.
D) Pode-se indexar o vetor "valores" acessando sua posição inicial pelo índice 0 (zero).
E) Para acessar um elemento de um vetor, deve-se acessar o índice da posição desejada; para o
índice, pode-se utilizar uma variável ou uma constante inteira.
4) Considere o seguinte algoritmo em pseudocódigo (os dois dígitos à esquerda identificam o
número da linha do algoritmo):
01- algoritmo "vetores"
02- var
03- valores: vetor[1..5] de real
04- indice: inteiro
05- inicio
06- para indice de 1 ate 5 passo 1 faca
07- escreva("Digite valor: ")
08- leia(valores[indice])
09- fimpara
10- para indice de 1 ate 5 passo 1 faca
11- escreval("Valor[",indice,"]: ",valores[indice])
12- fimpara
13- fimalgoritmo
Analise as alternativas a seguir e selecione a INCORRETA.
A) Entre as linhas 10 e 12 realiza-se a repetição que permite escrever o valor de cada um dos
elementos armazenados no vetor.
B) Entre as linhas 06 e 09 realiza-se a repetição que faz a leitura de cada um dos elementos do
vetor.
C) Se forem trocados de lugar os blocos de instruções das linhas 06-09 com 10-12, o programa
será executado da mesma forma e funcionará corretamente.
D) Se a declaração da linha 03 for alterada, mudando o limite superior do arranjo, também
devem ser alterados os limites superiores dos comandos "para...faça" nas linhas 06 e 10.
E) O bloco de comandos das linhas 06-09 poderia ser substituído pela seguinte sequência de
comandos:
escreva("Digite valor: ")
leia(valores[1])
escreva("Digite valor: ")
leia(valores[2])
escreva("Digite valor: ")
leia(valores[3])
escreva("Digite valor: ")
leia(valores[4])
escreva("Digite valor: ")
leia(valores[5])
Considere o seguinte algoritmo em pseudocódigo:
algoritmo "vetores"
var
v1: vetor[1..5] de real
v2: vetor[1..4] de real
v3: vetor[1..9] de real
indice: inteiro
inicio
para indice de 1 ate 5 passo 1 faca
escreva("Digite valor: ")
leia(v1[indice])
fimpara
para indice de 1 ate 4 passo 1 faca
escreva("Digite valor: ")
leia(v2[indice])
fimpara
para indice de 1 ate 9 passo 1 faca
5)
se (indice <= 5) entao
v3[indice] <- v1[indice]
senao
v3[indice] <- v2[indice-5]
fimse
fimpara
para indice de 1 ate 9 passo 1 faca
escreval("Valor[",indice,"]:",v3[indice])
fimpara
fimalgoritmo
Analise as afirmativas a seguir e selecione a correta.
A) Ao final da execução do algoritmo, os elementos do vetor v3 terão o produto dos elementos
dos vetores v1 e v2.
B) O vetor v3 não foi lido, pois é muito grande.
C) O vetor v3 é o resultado da concatenação dos vetores v1 e v2.
D) As declarações dos vetores v1, v2 e v3 está incorreta e todos os vetores deveriam ter o
mesmo tamanho.
E) O algoritmo precisa de um índice para acesso a cada um dos vetores, portanto, não pode
utilizar uma única variável com esse fim.
Na prática
Vetores são estruturas muito úteis, pois permitem a manipulação simples de um conjunto de
dados.
Considere que uma professora tem 20 alunos. Para cada um, ela aplica três avaliações e calcula a
média de cada aluno pela seguinte fórmula:
Média = (N1 * 2 + N2 * 3 + N3 * 5)/10
Assim, foi construído um algoritmo que manipula quatro vetores, um para cada nota e outro para a
média de cada aluno. A professora tem uma folha para cada uma das notas, na qual há a lista de
alunos e a nota obtida na avaliação. Portanto, cada vetor precisa ser lido separadamente e, depois,
calcula-se a média.
algoritmo "notas"
var
alunos, indice: inteiro
nota1: vetor[1..20] de real
nota2: vetor[1..20] de real
nota3: vetor[1..20] de real
media: vetor[1..20] de real
inicio
//leitura das informações de cada nota
escreval("=============================================")
escreval("Leitura das Informações Sobre os Alunos")
escreval("=============================================")
escreval("______________________________________________")
escreval("______________Nota 01_________________________")
escreval("______________________________________________")
para indice de 1 ate 20 faca
escreval("Digite a nota 1 do aluno", indice)
leia(nota1[indice])
fimpara
escreval("______________________________________________")
escreval("______________Nota 02_________________________")
escreval("______________________________________________")
para indice de 1 ate 20 faca
escreval("Digite a nota 2 do aluno", indice)
leia(nota2[indice])
fimpara
escreval("______________________________________________")
escreval("______________Nota 03_________________________")
escreval("______________________________________________")
para indice de 1 ate 20 faca
escreval("Digite a nota 3 do aluno", indice)
leia(nota3[indice])
fimpara
para indice de 1 ate 20 faca
media[indice] <- ((nota1[indice] * 2) + (nota2[indice] * 3) + (nota3[indice] * 5))/10
fimpara
escreval("=============================================") escreval("Listagem dos
alunos e suas respectivas médias")
escreval("=============================================")
para indice de 1 ate 20 faca
escreva("Aluno:",indice)
escreva(" Média:",media[indice])
escreval("")
fimpara
escreval("=============================================")
fimalgoritmo
Saiba mais
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Algoritmos e programação: Vetores (Scratch)
Existem variadas linguagens de programação, como C, PHP e Java, e algumas delas são utilizadas
para aprendizagem, como Pascal e o Python, devido a facilidade da sua sintaxe. O Scratch é uma
dessas linguagens onde são utilizados blocos lógicos, itens de som e imagem para criação de suas
próprias histórias interativas, jogos e animações. Verifique no link abaixo como são criados vetores
por meio dessa ferramenta.
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Lógica de Programação - Vetores - Exemplo de uso no VisualG
Pratique um pouco mais verificando um exemplo prático do uso de vetores no VisualG. Acompanhe
como armazenar notas e realizar o cálculo da média, exibindo o resultado na tela.
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Lógica de Programação - Vetores - Atribuição de valores e
leitura de dados
Aprender a lógica de programação e a construção de algoritmos é o primeiro passo para você se
tornar um excelente programador. Neste sentido, aprenda como atribuir valores aos vetores, ou
seja, armazenar dados dentro dos vetores, para posteriormente, realizar a leitura desses dados
https://www.youtube.com/embed/h3H41sTLbRI
https://www.youtube.com/embed/xuVDA5jjRQI
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Algoritmos e programação: Vetores (VisuAlg)
Visualg é um programa gratuito de criação, edição, interpretação e execução de algoritmos, que
utiliza o português estruturado (Portugol). O Visualg é empregado no ensino de lógica de
programação em várias escolas e universidades no Brasil e no exterior. Veja no vídeo do Professor
André Santanchè um tutorial para criar vetores utilizando essa ferramenta.
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Lógica de Programação - Vetores - Definição e declaração
Uma matriz é uma coleção de variáveis de mesmo tipo, que são acessíveis por um único nome. Um
vetor ou array é uma matriz de uma única dimensão, onde cada variável do vetor é acessada por
meio do uso de índices. Veja no link a seguir como declarar um vetor na criação de programas.
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https://www.youtube.com/embed/D6YF7xAl8vY
https://www.youtube.com/embed/UAjj2kc9MKk
https://www.youtube.com/embed/Hr4dyUyMfa0