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Prévia do material em texto

Indaial – 2022
Biomedicina 
estética
Prof.ª Suianne Leticia Antunes Mota
Prof.ª Suzana Gonçalves Carvalho
1a Edição
Procedimentos 
injetáveis em
Elaboração:
Prof.ª Suianne Leticia Antunes Mota
Prof.ª Suzana Gonçalves Carvalho
Copyright © UNIASSELVI 2022
Revisão, Diagramação e Produção:
Equipe Desenvolvimento de Conteúdos EdTech
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada pela equipe Conteúdos EdTech UNIASSELVI
Impresso por:
M917p
Mota, Suianne Leticia Antunes
 Procedimentos injetáveis em biomedicina estética. / Suianne 
Leticia Antunes Mota; Suzana Gonçalves Carvalho. – Indaial: UNIASSELVI, 
2022.
 139 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0495-6
 1. Biomedicina estética. – Brasil. I. Carvalho, Suzana Gonçalves II. 
Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 610
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao Livro Didático Procedimentos Injetáveis em 
Biomedicina Estética!
A biomedicina estética está em constante evolução, por se tratar de uma 
ferramenta importante quando pensamos em beleza, autoestima e qualidade de vida. 
Essa área da biomedicina teve início em 2011 com a criação da Resolução nº 197, de 21 
de fevereiro de 2011, do Conselho Federal de Biomedicina. Nessa disciplina, faremos 
uma revisão da legislação no que concerne à biomedicina estética, aprenderemos sobre 
a estrutura e a avaliação da pele, além da avaliação dos aspectos faciais e corporais 
e suas disfunções. Veremos, também, procedimentos injetáveis em biomedicina 
estética, como: toxina botulínica, preenchedores, bioestimuladores, mesoterapia 
(intradermoterapia) e Procedimentos Estéticos Injetáveis para Microvasos (PEIM).
Na Unidade 1, abordaremos a avaliação facial e corporal relacionada a 
procedimentos minimamente invasivos, para isso, será realizada uma abordagem de 
conceitos básicos, necessários para o entendimento da estética e dos procedimentos 
minimamente invasivos. Começaremos a unidade abordando sobre a biomedicina 
estética e as legislações envolvidas com essa profissão, posteriormente, aprenderemos 
sobre a anatomia da pele, bem como as disfunções faciais e corporais que podem 
ocorrer nesse tecido, por que ocorrem e como corrigir essas disfunções e, por último, 
abordaremos conceitos básicos sobre procedimentos minimamente invasivos.
 
Em seguida, na Unidade 2, estudaremos sobre a toxina botulínica e os 
preenchedores, dando ênfase aprofundada de como realizar procedimentos com essas 
substâncias, a legislação envolvida e suas aplicações gerais. Além disso, veremos 
as características envolvidas com essas substâncias, como e quando aplicar, suas 
possíveis reações e como evitá-las.
 
Por fim, na Unidade 3, aprenderemos sobre a mesoterapia e PEIM, dando ênfase 
aprofundada de como aplicar essas técnicas, a legislação envolvida e suas aplicações 
gerais. Além disso, veremos as características envolvidas com essas técnicas, como 
e quando aplicar e suas possíveis reações adversas. Em adição, veremos outros 
procedimentos minimamente invasivos, como bioestimuladores, acupuntura estética, 
microagulhamento e carboxiterapia.
 
Bons estudos!
Prof.ª Suianne Leticia Antunes Mota
Prof.ª Suzana Gonçalves Carvalho
APRESENTAÇÃO
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você – e 
dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, nós disponibilizamos uma diversidade de QR Codes 
completamente gratuitos e que nunca expiram. O QR Code é um código que permite que você 
acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar 
essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só 
aproveitar essa facilidade para aprimorar os seus estudos.
GIO
QR CODE
Olá, eu sou a Gio!
No livro didático, você encontrará blocos com informações 
adicionais – muitas vezes essenciais para o seu entendimento 
acadêmico como um todo. Eu ajudarei você a entender 
melhor o que são essas informações adicionais e por que você 
poderá se beneficiar ao fazer a leitura dessas informações 
durante o estudo do livro. Ela trará informações adicionais 
e outras fontes de conhecimento que complementam o 
assunto estudado em questão.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos 
os acadêmicos desde 2005, é o material-base da disciplina. 
A partir de 2021, além de nossos livros estarem com um 
novo visual – com um formato mais prático, que cabe na 
bolsa e facilita a leitura –, prepare-se para uma jornada 
também digital, em que você pode acompanhar os recursos 
adicionais disponibilizados através dos QR Codes ao longo 
deste livro. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura 
interna foi aperfeiçoada com uma nova diagramação no 
texto, aproveitando ao máximo o espaço da página – o que 
também contribui para diminuir a extração de árvores para 
produção de folhas de papel, por exemplo.
Preocupados com o impacto de ações sobre o meio ambiente, 
apresentamos também este livro no formato digital. Portanto, 
acadêmico, agora você tem a possibilidade de estudar com 
versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador.
Preparamos também um novo layout. Diante disso, você 
verá frequentemente o novo visual adquirido. Todos esses 
ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos 
nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, 
para que você, nossa maior prioridade, possa continuar os 
seus estudos com um material atualizado e de qualidade.
ENADE
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma 
disciplina e com ela um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conheci-
mento, construímos, além do livro que está em 
suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, 
por meio dela você terá contato com o vídeo 
da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementa-
res, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de 
auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que 
preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um 
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de 
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar 
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem 
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo 
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confi ra, 
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - AVALIAÇÃO FACIAL E CORPORAL RELACIONADA A PROCEDIMENTOS 
MINIMAMENTE INVASIVOS ................................................................................................... 1
TÓPICO 1 - BIOMEDICINA ESTÉTICA E LEGISLAÇÃO .........................................................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................3
2 A ESPECIALIZAÇÃO EM BIOMEDICINA ESTÉTICA ...........................................................4
3 A LEGISLAÇÃO EM BIOMEDICINA ESTÉTICA ....................................................................4
RESUMO DO TÓPICO 1 ........................................................................................................... 7
AUTOATIVIDADE ....................................................................................................................8
TÓPICO 2 - SISTEMA TEGUMENTAR – A PELE ....................................................................11
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................11
2 SISTEMA TEGUMENTAR E TECIDO ADIPOSO .................................................................. 12
3 A AVALIAÇÃO DA PELE ..................................................................................................... 16
3.1 CLASSIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DA PELE .......................................................................................17
3.2 DISFUNÇÕESESTÉTICAS FACIAIS ................................................................................................. 18
4 AVALIAÇÃO E DISFUNÇÕES ESTÉTICAS CORPORAIS .................................................. 23
4.1 FIBROEDEMA GELOIDE (FEG) ...........................................................................................................23
4.2 ESTRIAS ................................................................................................................................................24
RESUMO DO TÓPICO 2 .........................................................................................................27
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 28
TÓPICO 3 - BASE DOS PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS ............................ 31
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 31
2 TOXINA BOTULÍNICA ........................................................................................................ 31
3 PREENCHEDORES ........................................................................................................... 34
4 BIOESTIMULADORES ...................................................................................................... 35
5 MESOTERAPIA (INTRADERMOTERAPIA) ....................................................................... 35
6 PROCEDIMENTO ESTÉTICO INJETÁVEL PARA MICROVASOS (PEIM) .......................... 36
LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................................ 38
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................................ 43
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 44
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 46
UNIDADE 2 — PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS: TOXINA BOTULÍNICA 
E PREENCHEDORES ........................................................................................................... 49
TÓPICO 1 — LEGISLAÇÃO .................................................................................................... 51
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 51
2 LEGISLAÇÃO .................................................................................................................... 51
3 APLICAÇÕES GERAIS DOS PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS ................ 55
RESUMO DO TÓPICO 1 ........................................................................................................ 58
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................59
TÓPICO 2 - TOXINA BOTULÍNICA ........................................................................................ 61
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 61
2 DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS ................................................................................... 61
3 APLICAÇÕES .................................................................................................................... 64
RESUMO DO TÓPICO 2 .........................................................................................................70
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................. 71
TÓPICO 3 - PREENCHEDORES ............................................................................................73
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................73
2 DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS ...................................................................................73
3 APLICAÇÕES .....................................................................................................................75
LEITURA COMPLEMENTAR .................................................................................................79
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................................ 85
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 86
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 88
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS: MESOTERAPIA 
(INTRADERMOTERAPIA) E PEIM ........................................................................................97
TÓPICO 1 — PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS II: MESOTERAPIA 
(INTRADERMOTERAPIA) E PEIM ........................................................................................99
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................99
2 MESOTERAPIA (INTRADERMOTERAPIA) ......................................................................100
3 DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS ................................................................................. 101
4 APLICAÇÕES ...................................................................................................................103
RESUMO DO TÓPICO 1 .......................................................................................................106
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................107
TÓPICO 2 - PROCEDIMENTO ESTÉTICO INJETÁVEL PARA MICROVASOS – PEIM ...........109
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................109
2 DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS .................................................................................109
3 APLICAÇÕES ....................................................................................................................111
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................... 112
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................ 113
TÓPICO 3 - OUTROS PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS ............................. 115
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 115
2 BIOESTIMULADORES ..................................................................................................... 116
3 ACUPUNTURA ESTÉTICA ................................................................................................117
4 MICROAGULHAMENTO ................................................................................................... 119
4.1 REJUVENESCIMENTO DA PELE ..................................................................................................... 122
4.2 CICATRIZES ........................................................................................................................................ 122
4.3 ACNE VULGAR ................................................................................................................................... 122
4.4 ALOPECIA ANDROGÊNICA E ALOPECIA AREATA ...................................................................... 123
5 CARBOXITERAPIA ..........................................................................................................124
5.1 FATORES EPIDEMIOLÓGICOS E VARIAÇÃO NA RESPOSTA DE PROCEDIMENTOS 
ESTÉTICOS ..........................................................................................................................................126
5.2 MECANISMOS DE DEFESA DO PACIENTE FRENTE A PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE 
INVASIVOS............................................................................................................................................ 127
5.3 ENTENDENDO A IMPORTÂNCIA DOS ATIVOS PARA APLICAÇÃO EM BIOMEDICINA 
ESTÉTICA .............................................................................................................................................128
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................130
RESUMO DO TÓPICO 3 .......................................................................................................135
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................136
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................138
1
UNIDADE 1 -
AVALIAÇÃO FACIAL E 
CORPORAL RELACIONADA 
A PROCEDIMENTOS 
MINIMAMENTE INVASIVOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer a legislação vigente da biomedicina estética no que concerne às técnicas 
invasivas;
• avaliar as características faciais para a aplicação de técnicas de procedimentos 
minimamente invasivos em biomedicina estética;
• avaliar características corporais para a aplicação de técnicas de procedimentos 
minimamente invasivos em biomedicina estética;
• compreender a base das técnicas e procedimentos com o uso de toxina botulínica, 
preenchedores, bioestimulantes, mesoterapia (intradermoterapia) e PEIM.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará 
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – BIOMEDICINA ESTÉTICA E LEGISLAÇÃO
TÓPICO 2 – SISTEMA TEGUMENTAR – A PELE
TÓPICO 3 – BASE DOS PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
2
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 1!
Acesse o 
QR Code abaixo:
3
BIOMEDICINA ESTÉTICA E LEGISLAÇÃO 
1 INTRODUÇÃO
Desde o surgimento da biomedicina, em 1966, diversas modificações foram 
realizadas no curso. Atualmente, o curso de biomedicina oferece oportunidade em mais 
de 31 áreas de atuação, em que podemos citar a biomedicina estética como uma dessas 
áreas.
 
A biomedicina estética é responsável por cuidados relacionados ao bem-estar, 
à saúde e à beleza do paciente, envolvendo procedimentos minimamente invasivos e 
estando em consonância com a legislação vigente da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (ANVISA) e com o Conselho Federal de Biomedicina (CFBM). A estética trata do 
estudo filosófico da beleza e do gosto. Está intimamente relacionada à filosofia da arte, 
que se preocupa com a natureza da arte e os conceitos em termos dos quais as artes 
individuais são interpretadas e avaliadas.
Para entendermos de biomedicina estética, é necessário sabermos as legislações 
que estão atreladas a essa profissão. Neste tópico, abordaremos a biomedicina estética 
e as legislações envolvidas com a profissão, quais são os requisitos mínimos para se 
especializar em biomedicina estética, quais as áreas dessa profissão e o código de ética. 
Veja, a seguir, a legislação envolvida com a biomedicina estética: 
• Resolução nº 197, de 21 de fevereiro de 2011. 
• Resolução nº 200, de 1 de julho de 2011. 
• Resolução nº 214, de 10 de abril de 2012. 
• Resolução nº 241, de 29 de maio de 2014. 
• Normativa CFBM nº 004, de 5 de novembro de 2015. 
• Normativa CFBM nº 005, de 5 de novembro de 2015. 
• Resolução nº 304, de 23 de abril de 2019. 
• Resolução nº 307, de 17 de maio de 2019.
• Resolução nº 330, de 5 de novembro de 2020. 
Em adição, veremos o Código de Ética em biomedicina emitido pelo Conselho 
Federal de Biomedicina e as providências para a forma de divulgação de procedimentos 
estéticos.
TÓPICO 1 - UNIDADE 1
4
2 A ESPECIALIZAÇÃO EM BIOMEDICINA ESTÉTICA
Para trabalhar na área de biomedicina estética, é necessário realizar graduação 
em biomedicina e, além disso, apresentar especialização na área de estética ou estágio 
supervisionado, totalizando 500 horas. Assim, para atuar de forma legal nessa área 
profissional, é necessário realizar uma pós-graduação em biomedicina estética, podendo 
ser especialização, mestrado e/ou doutorado ou realizar estágio supervisionado de 
longa duração.
 
A seguir, compreenderemos os requisitos mínimos para a habilitação profissional, 
tanto provisória quanto definitiva, contidos na legislação específica para a área.
3 A LEGISLAÇÃO EM BIOMEDICINA ESTÉTICA
A biomedicina estética teve seu início em 2011 com a Resolução nº 197, de 21 de 
fevereiro de 2011, do Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), responsável por dispor 
sobre as atribuições do profissional biomédico no exercício da biomedicina estética e 
atuação como responsável técnico de empresas que executam atividades para fins 
estéticos. Essa Resolução foi responsável por habilitar o biomédico a atuar na área de 
saúde estética, desde que fosse devidamente especializado (CFBM, 2011a).
Nesse mesmo ano, o CFBM criou a Resolução nº 200, de 1 de julho de 2011, 
que dispõe sobre os critérios para a habilitação em biomedicina estética, considerando 
principalmente o déficit de normatização relacionado ao registro desses profissionais. 
Essa Resolução estabeleceu os requisitos mínimos necessários para a habilitação 
provisória e definitiva em biomedicina estética. Entre os requisitos para a habilitação 
provisória estão: cosmetologia, eletroterapia, sonoforese, iontoforese, radiofrequência 
estética, laserterapia, carboxiterapia, peelings químicos e mecânicos, intradermoterapia, 
certificados de participação em eventos em saúde estética, declaração de matrícula em 
curso de pós-graduação em estética e comprovante de experiência na área de pelo 
menos um ano. 
Os requisitos para a habilitação definitiva incluem: diploma e/ou certificado 
com título de especialização em estética (Lato Sensu), reconhecido pela Associação 
Brasileira de Biomedicina (ABBM), ou certificado de pós-graduação (Stricto Sensu), 
que são os cursos de mestrado e/ou doutorado, de acordo com a Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação (LDB). Para a habilitação definitiva, deve-se respeitar o estágio 
supervisionado de, no mínimo, 500 horas (CFBM, 2011b).
Considerando o déficit de normatização da atividade do profissional biomédico 
em relação ao uso de substâncias, o CFBM criou a Resolução nº 214, de 10 de abril de 
2012, que dispõe sobre os atos do profissional biomédico e o uso de substâncias em 
procedimentos estéticos. 
5
Essa Resolução faz uma relação das substâncias legalmente habilitadas para 
o uso profi ssional do biomédico esteta, sendo essas substâncias: materiais biológicos 
(toxina botulínica), nutrientes (vitaminas, coenzima Q10, entre outros), fi toterápicos, 
AYSLIM (extrato de manga africana), ácido glicólico, ácido alfa lipoico, ácido hialurônico, 
aminofi lina, bicarbonato de sódio, biotina, blufemedil, cafeína, centelha asiática, 
castanha-da-Índia, Green tea (chá verde), cloreto de magnésio, colágeno, complexo 
B, dente-de-leão, desoxicolato de sódio, dimetilaminoetanol (DMAE), D-pantenol, 
elastina, glicosaminoglicanos (GAG), L-glutamina, L-carnitina, L-fenilalanina, fi naterida, 
glicina glutationa, hialuronidase, L-taurina, L-triptofano, L-ornitina, lidocaína, Minoxidil, 
procaína, rutina, solução fi siológica, silício orgânico e vitamina C (CFBM, 2012).
Outro avanço na biomedicina estética aconteceu em 2014, o CFBM criou a 
Resolução nº 241, de 29 de maio de 2014, que dispõe sobre a habilitação do profi ssional 
biomédico esteta e regulamenta a prescrição por esse profi ssional para fi nalidades 
estéticas. 
Essa Resolução estabelece que o profi ssional pode prescrever substâncias 
e outrostipos de produtos com fi nalidade estética, como substâncias biológicas, 
substâncias empregadas no processo de intradermoterapia, substâncias conhecidas 
como correlatos de uso injetável, preenchimentos, fi toterápicos e nutrientes, seguindo 
sempre o preconizado pela ANVISA. Cabe também ao biomédico esteta a prescrição de 
formulações ofi cinais ou magistrais de cosméticos, dermocosméticos, cosmecêuticos, 
fármacos de uso tópico, óleos essenciais e também de peelings químicos. O processo 
de prescrição deve obedecer às etapas descritas nessa legislação (CFBM, 2014).
Em 2019, o CFBM criou a Resolução nº 304, de 23 de abril de 2019, que dispõe 
sobre a especialidade em estética de biomedicina. Essa Resolução teve por fi nalidade 
fi rmar a obrigatoriedade do profi ssional biomédico, no exercício da estética, de estar 
inscrito regularmente junto ao Conselho Regional de Biomedicina e adequadamente 
habilitado em estética (CFBM, 2019a). Ainda no ano de 2019, o CFBM revogou a 
Resolução nº 214, de 14 de abril de 2012, e a Resolução nº 304, de 23 de abril de 2019, 
com a Resolução nº 307, de 17 de maio de 2019, que dispõe sobre a especialidade da 
biomedicina estética (CFBM, 2019b). 
O Conselho Federal de Biomedicina deu origem à Normativa CFBM nº 004, 
de 5 de novembro de 2015, que dispôs sobre procedimentos realizados 
por biomédicos estetas, utilizando-se de fi os de sustentação tecidual para 
fi ns estéticos, e também a Normativa CFBM nº 005, de 5 de novembro de 
2015, que dispõe sobre a aplicação de substâncias por via intramuscular.
NOTA
6
Além dos requisitos listados, o profissional biomédico esteta deve seguir 
todas as atribuições descritas na Resolução nº 330, de 5 de novembro de 2020, que 
regulamenta o novo Código de Ética do profissional biomédico. Essa Resolução, ao 
contrário das legislações anteriores, que eram relacionadas ao Código de Ética do 
profissional biomédico, teve a implementação de normas que obrigam o biomédico, 
para a divulgação de imagens de procedimentos estéticos, a ter autorização prévia do 
paciente através de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). 
Imagens do biomédico acompanhado do paciente também devem ser 
previamente autorizadas através do TCLE e imagens com o resultado final de 
procedimentos estéticos devem vir acompanhadas da frase: ‘Esta imagem não 
representa, em hipótese alguma, garantia do resultado’, pois cada ser humano tem 
características anatômicas e fisiológicas únicas. Em imagens de “antes” e “depois”, 
deverá constar a legenda ‘divulgação autorizada pelo usuário’ (CFBM, 2020).
7
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• A origem da biomedicina estética e as leis atreladas à origem dessa profissão para 
o impacto dela na sociedade. 
• A definição, a legislação e a atuação em biomedicina estética, levando em 
consideração que, para atuar de forma legal nessa área profissional, é necessário 
realizar uma pós-graduação em biomedicina estética, podendo ser especialização, 
mestrado ou doutorado.
• A definição, as disposições, as considerações e os artigos das legislações envolvidas 
com a biomedicina estética: Resolução nº 197, de 21 de fevereiro de 2011; Resolução 
nº 200, de 1 de julho de 2011; Resolução nº 214, de 10 de abril de 2012; Resolução 
nº 241, de 29 de maio de 2014; Normativa CFBM nº 004, de 5 de novembro de 2015; 
Normativa CFBM nº 005, de 5 de novembro de 2015; Resolução nº 304, de 23 de 
abril de 2019; Resolução nº 307, de 17 de maio de 2019 e Resolução nº 330, de 5 de 
novembro de 2020.
• A importância do Código de Ética em biomedicina emitido pelo Conselho Federal 
de Biomedicina e das providências para a forma de divulgação de procedimentos 
estéticos, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e em quais casos ele é 
necessário.
RESUMO DO TÓPICO 1
8
1 A biomedicina estética é uma área de atuação do biomédico, incumbida por cuidados 
relacionados à satisfação, à autoestima, à saúde e à beleza do paciente, baseada 
na legislação de referência para a biomedicina estética, preconizada pelo Conselho 
Federal de Biomedicina (CFBM). Sobre a legislação que deu origem à profissão de 
biomedicina estética devidamente reconhecida pelo órgão, assinale a alternativa 
CORRETA:
a) ( ) A biomedicina estética foi reconhecida pela Resolução nº 200, de 1 de julho de 
2011, que dispõe sobre as atribuições do profissional biomédico no exercício da 
biomedicina estética e atuação como responsável técnico de empresas.
b) ( ) A biomedicina estética teve seu início com a Resolução nº 197, de 21 de fevereiro 
de 2011, que dispõe sobre as atribuições do profissional biomédico no exercício 
da biomedicina estética e atuação como responsável técnico de empresas.
c) ( ) A profissão de biomedicina estética foi devidamente reconhecida e teve seu 
início com a Resolução nº 304, de 23 de abril de 2019, que dispõe sobre a 
especialidade em estética de biomedicina.
d) ( ) A profissão de biomedicina estética foi devidamente reconhecida e teve seu 
início com a Resolução nº 197, de 21 de fevereiro de 2011, que dispõe sobre a 
especialidade em estética de biomedicina.
2 Para exercer a profissão de biomédico esteta, não basta se graduar no curso de 
biomedicina, também são necessários outros requisitos mínimos para a habilitação 
definitiva em biomedicina estética. De acordo com a Resolução nº 200, de 1 de 
julho de 2011 e com a Resolução nº 307, de 17 de maio de 2019, classifique V para as 
sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) A Resolução nº 200, de 1 de julho de 2011, prevê que, para o profissional atuar na 
área de biomedicina estética, ele deve apresentar diploma e/ou certificado de pós-
graduação, de acordo com a LDB.
( ) Ambas as Resoluções não tornam obrigatória a inscrição desse profissional no 
Conselho Regional de Biomedicina, visto que essa não é uma obrigatoriedade.
( ) A Resolução nº 307, de 17 de maio de 2019, reforça a obrigatoriedade do profissional 
biomédico esteta estar vinculado e inscrito no Conselho Regional de Biomedicina.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V - V - F.
b) ( ) F - F - V.
c) ( ) V - V - V.
d) ( ) V - F - V.
AUTOATIVIDADE
9
3 O Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) é responsável por regulamentar e 
fiscalizar a atuação do profissional biomédico, inclusive o biomédico esteta. Para isso, 
são criadas Resoluções a fim de padronizar e estabelecer regras a esses profissionais. 
Sobre a Resolução que dispõe sobre os atos do profissional biomédico e o uso de 
substâncias em procedimentos estéticos, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Resolução nº 200, de 1 de julho de 2011.
b) ( ) Resolução nº 241, de 29 de maio de 2014.
c) ( ) Resolução nº 214, de 10 de abril de 2012.
d) ( ) Resolução nº 200, de 1 de julho de 2011.
4 O curso de biomedicina oferece oportunidade em mais de 31 áreas de atuação, em 
que podemos citar a biomedicina estética, sendo que essa área contribui bastante 
para a saúde e a beleza das pessoas. Disserte sobre essa área de atuação, incluindo 
a sua importância para a comunidade, a regulamentação e as legislações envolvidas.
5 A partir do reconhecimento da profissão de biomedicina estética pelo Conselho 
Federal de Biomedicina (CFBM), o profissional biomédico devidamente licenciado 
teve autorização para exercer procedimentos minimamente invasivos e utilizar 
substâncias químicas e biológicas para o exercício dessas técnicas. Cite pelo 
menos sete substâncias químicas e/ou biológicas legalmente habilitadas para uso 
profissional do biomédico esteta.
10
11
SISTEMA TEGUMENTAR – A PELE
1 INTRODUÇÃO
O sistema tegumentar é o revestimento dos seres vivos, constituído por pele, 
pelos, unhas e glândulas. O papel mais conhecido desse sistema é a proteção aos tecidos 
subjacentes. A pele não é responsável só por proteger o corpo de substâncias externas 
e microrganismos, além disso, atua evitando a perda de fluidos corporais. É considerada 
o maior órgão do corpo humano, além de sera primeira linha de defesa do corpo, 
funcionando como uma barreira. É constituída por três camadas, em que cada camada 
desempenha determinada função para defender o organismo contra riscos externos/
internos e agentes infecciosos. Apresenta, também, outros papéis fundamentais, como: 
isolamento e controle da temperatura corporal, sensibilidade e produção de vitaminas D 
e B. A pele pode ser considerada um dos sistemas mais importantes do corpo humano 
(OLIVEIRA et al., 2014a).
A pele possui uma coloração denominada melanina, que é promovida pelos 
melanócitos. A melanina concentra parte da radiação ultravioleta (UV), porém também 
possui enzimas responsáveis por reparar o DNA (ácido desoxirribonucleico), que reverte 
os danos causados por esses raios. Pessoas que não apresentam genes para essas 
enzimas têm grandes riscos de adquirir câncer de pele (OLIVEIRA et al., 2014a).
Um outro papel fundamental do tecido subcutâneo é interligar a pele aos tecidos 
subjacentes, como os músculos, por exemplo. Os anexos possuem funções importantes, 
como o cabelo no couro cabeludo, que fornece isolamento da temperatura na cabeça. 
Os pelos dos cílios e sobrancelhas impedem que entrem poeira e/ou outros compostos 
externos nos olhos, e os pelos das narinas auxiliam a evitar a poeira na cavidade nasal. 
As unhas são responsáveis por proteger as pontas dos dedos de lesões mecânicas e dão 
aos dedos maior capacidade para pegar determinados objetos (OLIVEIRA et al., 2014a).
Há quatro tipos de glândulas constituintes do sistema tegumentar: glândulas 
sudoríparas, glândulas sebáceas, glândulas ceruminosas e glândulas mamárias. São 
integralmente glândulas exócrinas, secretando compostos para fora das células e do 
corpo. As glândulas sudoríparas produzem suor. São fundamentais para auxiliar no 
equilíbrio da temperatura corporal. As glândulas sebáceas são responsáveis por produzir 
óleo, que auxilia na inibição de bactérias, evitando que o cabelo e a pele ressequem. As 
glândulas ceruminosas são responsáveis por produzir cera, que mantém a superfície 
externa do tímpano flexível, impedindo o ressecamento, e as glândulas mamárias 
produzem leite (OLIVEIRA et al., 2014a).
UNIDADE 1 TÓPICO 2 - 
12
2 SISTEMA TEGUMENTAR E TECIDO ADIPOSO
A pele constitui a primeira linha de defesa humana, é o maior órgão do corpo 
humano. Responsável por desempenhar funções importantes para o corpo, incluindo 
proteção (temperatura, radiação solar, patógenos e outros fatores extrínsecos), 
sensibilidade, termorregulação, síntese e armazenamento de vitamina D, permeabilidade 
cutânea, reposição celular, resistência à água, excreção de substâncias, auxílio no 
sistema imunológico, entre outros. É dividida em epiderme, derme e tecido subcutâneo 
(adiposo) (OLIVEIRA et al., 2014a).
 
A sensibilidade da pele é responsável pelas sensações de calor, frio, tato e dor, 
que são captadas por receptores específicos:
• receptores de Ruffini: calor;
• receptores de Vater-Pacini: pressão;
• receptores de Krauser: frio;
• receptores de Meissner: tato;
• discos de Merkel: tato e pressão;
• terminações nervosas: principalmente dor.
A epiderme é a camada mais externa da pele, responsável pelas propriedades de 
regulação, absorção e barreira, é formada basicamente por queratinócitos, melanócitos, 
células de Langerhans e células de Merkel. A epiderme não é vascularizada, recebendo 
seus nutrientes da derme por difusão (STÜCKER et al., 2002) e é composta por cinco 
estratos: estrato córneo, estrato lúcido, estrato granuloso, estrato espinhoso e estrato 
germinativo (Figura 1). 
FIGURA 1 – CAMADAS DA PELE E DA EPIDERME
FONTE: A autora 
13
O estrato córneo é a camada mais externa da pele, responsável pela integridade 
e continuidade do tecido. Nesse estrato, os queratinócitos perdem seu núcleo 
(corneócitos) e outras organelas e dão origem ao chamado cimento lipídico. O estrato 
lúcido é formado por células anucleadas e planas, já o estrato granuloso é responsável 
por atuar na intervenção da queratinização. Nessa camada, há grânulos de querato-
hialina, que contêm precursores de queratina que, eventualmente, formam feixes. O 
estrato espinhoso é composto por várias camadas de células. O estrato germinativo, 
ou também denominado estrato basal, é separado da derme pela lâmina basal, nessa 
camada, são encontrados os melanócitos (OLIVEIRA et al., 2014a). 
A epiderme é responsável por regular a passagem de substâncias através da 
pele, realiza a função de barreira contra componentes estranhos, regulação térmica, 
permite a perda de eletrólitos e água e atua na absorção de fármacos (OLIVEIRA et al., 
2014a). A epiderme se renova de três a quatro semanas em condições normais.
 
Os melanócitos são células encarregadas pela síntese de melanina, 
promovendo a pigmentação da pele, cuja coloração é o resultado da combinação de 
melanina, caroteno e hemoglobina. São células globulosas de núcleo irregular. Estão 
localizados no estrato espinhoso e basal da epiderme (OLIVEIRA et al., 2014a).
 
Os queratinócitos são células encarregadas pela síntese de queratina (proteína 
de proteção), sendo as células mais numerosas da epiderme. Os queratinócitos passam 
por um processo denominado queratinização e em cada estrato da epiderme ocorre 
uma modificação (OLIVEIRA et al., 2014a).
 
As células de Langerhans possuem forma ramificada e estão localizadas 
juntamente aos queratinócitos em toda a epiderme, principalmente no estrato espinhoso. 
Atuam colaborando com o sistema imunológico, processando antígenos cutâneos. Podem 
desencadear, também, reações de hipersensibilidade (OLIVEIRA et al., 2014a).
As células de Merkel são encontradas na epiderme, passando por modificação, 
localizadas principalmente no estrato basal. São conhecidas como mecanorreceptoras, 
por estarem em contato com as terminações nervosas (OLIVEIRA et al., 2014a).
A derme é originada na região mesodérmica e é responsável pela sustentação 
da epiderme, além de atuar na proliferação celular. Os anexos da pele também estão 
situados nessa camada, tal como as glândulas sebáceas, as glândulas sudoríparas, os 
folículos pilosos, os vasos sanguíneos, os linfáticos e os nervos. É constituída por duas 
camadas, denominadas camada papilar e camada reticular. 
A camada papilar é uma camada fina, superior, integrada basicamente de 
tecido conjuntivo; a camada reticular, por sua vez, é uma camada espessa, integra 
fibras de colágeno e tecido conjuntivo denso. Constitui-se de tecido conjuntivo frouxo, 
14
também denominado tecido conjuntivo areolar, em que existem colágeno, elastina e 
fibras reticulares. Os tipos celulares mais importantes são os fibroblastos, os adipócitos 
(armazenamento de gordura) e os macrófagos (OLIVEIRA et al., 2014a).
As glândulas sudoríparas estão localizadas na derme, encarregadas pela 
síntese de suor, que atua na regulação térmica na epiderme. A composição do suor inclui 
sais, água e ureia. Podem ser divididas em écrinas e apócrinas; as glândulas apócrinas 
são aquelas situadas no púbis, na região inguinal e nas axilas, e as écrinas no restante 
do corpo (OLIVEIRA et al., 2014a).
As glândulas sudoríparas écrinas são glândulas tubulares enroladas que 
direcionam substâncias até a camada superficial da pele, porém, alongam-se até a 
camada interna da pele. Estão espalhadas por praticamente toda a extensão do corpo 
humano. São moderadas pelos nervos colinérgicos simpáticos, que são equilibrados 
pelo hipotálamo. O hipotálamo capta a temperatura central e também adquire dados 
dos receptores de temperatura localizados na pele, modificando, assim, a produção de 
suor, em associação com outros processos de termorregulação. 
O suor écrino do ser humano é constituído basicamente de água, sais e 
compostos orgânicos em solução. Ele possui baixas proporções de materiais gordurosos, 
ureia e outros sedimentos. A concentração de sódio pode variar de 35 a 65 mmol/l e é 
inferior em pessoas ambientadas a um ambiente quente (OLIVEIRA et al., 2014a).
As glândulas sudoríparasapócrinas só se expressam no princípio da puberdade 
(por volta dos 15 anos) e produzem muito mais suor do que o normal em um período de 
um mês e, em seguida, regulam e liberam proporções normais de suor após determinado 
tempo. As glândulas sudoríparas apócrinas liberam suor, que contém materiais oleosos. 
Estão presentes basicamente nas axilas e nas genitálias, sua produção é o principal 
motivo do odor do suor, em razão das bactérias que decompõem os materiais orgânicos 
dessas glândulas. O estresse emocional pode aumentar a liberação de suor das glândulas 
apócrinas, ou mais diretamente: o suor já existente no túbulo é liberado. As glândulas 
sudoríparas apócrinas atuam como glândulas odoríferas (OLIVEIRA et al., 2014a).
 
As glândulas sebáceas são encontradas na pele dos humanos e são 
responsáveis por secretar uma substância gordurosa denominada sebo, que é composta 
por lipídios e o restante das células adiposas mortas. Essas glândulas estão presentes 
em todo o epitélio humano, com exceção das palmas das mãos e das solas dos pés. 
O sebo age protegendo e impermeabilizando o cabelo e a camada externa do epitélio, 
impedindo que fiquem ressecados, frágeis e rachados. Além disso, podem impedir o 
crescimento de agentes infecciosos na pele (OLIVEIRA et al., 2014a).
As glândulas sebáceas comumente são encontradas em superfícies revestidas 
de pelos, onde se encontram conexas aos folículos capilares, para liberarem sebo 
nos fios, carregando-os para o exterior da pele ao longo da haste capilar. O cabelo, 
o folículo piloso e a glândula sebácea compõem a unidade pilossebácea. Em áreas 
15
sem revestimento de pelo, como pálpebras, mamilos, lábios, pênis e pequenos lábios, 
também podem ser encontradas glândulas sebáceas, sendo os dutos os responsáveis 
por transportar sebo nesses locais. Nas glândulas, o sebo é fornecido no interior de 
células especializadas e é liberado conforme essas células se rompem; as glândulas 
sebáceas são classificadas como glândulas holócrinas (OLIVEIRA et al., 2014a).
O sebo é desprovido de odor, no entanto, sua degradação bacteriana pode 
provocar odores. O sebo é o motivo de cabelos “oleosos”, caso não forem devidamente 
limpos por alguns dias. A cera de ouvido é em parte sebo, da mesma forma que a secreção 
mucopurulenta, a substância seca que se concentra nas quinas dos olhos depois de 
dormir. A constituição do sebo muda entre espécies, em humanos, o conteúdo oleoso 
compreende cerca de 25% de monoésteres de cera, 41% de triglicerídeos, 16% de ácidos 
graxos livres e 12% de esqualeno (OLIVEIRA et al., 2014a).
As glândulas sebáceas estão relacionadas aos distúrbios na pele, tal como 
acne e queratose pilar. Uma glândula sebácea em disfunção pode acarretar em cisto 
sebáceo. A isotretinoína altera de forma significativa a quantia de sebo formada pelas 
glândulas sebáceas e é utilizada no tratamento da acne. O uso exagerado de esteroides 
anabolizantes por fisiculturistas para impedir a perda de peso pode incitar as glândulas 
sebáceas, resultando em acne (OLIVEIRA et al., 2014a).
As glândulas ceruminosas, conhecidas por produzirem a cera de ouvido, 
também denominada clinicamente como cerúmen, é caracterizada como uma substância 
cerosa e de coloração amarelada e é secretada pelo ouvido humano. Possui um papel 
fundamental no aparelho auditivo, ajudando a manter a limpeza e a lubrificação da pele, 
além disso, é responsável por fornecer proteção contra microrganismos e insetos. O 
excesso de cerúmen pode causar obstrução do canal auditivo e, consequentemente, 
prejudicar a audição (OLIVEIRA et al., 2014a).
 
As glândulas mamárias são responsáveis pela produção de leite em fêmeas, 
para sustento dos filhos/filhotes. São glândulas sudoríparas modificadas e com tamanho 
aumentado, quando comparadas às demais glândulas sudoríparas. São compostas por 
alvéolos com revestimento de células epiteliais, responsáveis pela produção de leite. Os 
alvéolos são responsáveis por dar origem aos lóbulos, que drenam a abertura dos mamilos. 
Células mioepiteliais se contraem de forma similar às células musculares, empurrando o 
leite pelos ductos lactíferos em direção ao mamilo, onde são acumulados em seios. Os 
bebês espremem o leite que fica armazenado nesses seios (OLIVEIRA et al., 2014a).
 
Os pelos são originados pelo processo de renovação da epiderme, onde novas 
células são produzidas constantemente e células velhas ficam expostas. Quando ocorre 
o acúmulo de queratina, as células ficam compactas, dando origem aos pelos e às unhas 
(OLIVEIRA et al., 2014a).
 
16
As unhas são estruturas compostas de queratina. Possuem duas principais 
funções no corpo humano: proteção e sensibilidade na ponta dos dedos. A ponta do 
dedo possui várias terminações nervosas, que são responsáveis por garantir que sejamos 
capazes de receber informações quando entramos em contato com as superfícies. A 
unha pode produzir ainda força contrária à ponta do dedo, fornecendo informações 
quando determinado objeto é tocado (OLIVEIRA et al., 2014a).
A unha pode ser dividida em seis partes: raiz, leito ungueal, lâmina ungueal, 
eponíquio (cutícula), perioníquio e hiponíquio. A raiz da unha também é denominada 
matriz germinativa. Fica localizada abaixo da pele, na parte detrás da unha e ocupa 
alguns milímetros do dedo, é responsável pela produção de grande parte da unha e do 
leito ungueal. Não produz melanina, por não possuir melanócitos presentes. 
A borda da raiz é caracterizada como sendo uma estrutura branca em forma 
decrescente presente na unha, denominada lúnula. O leito ungueal compõe a matriz 
ungueal, também denominada matriz estéril. A matriz estéril vai da lúnula até o 
hiponíquio. O leito ungueal possui vasos sanguíneos, nervos e células produtoras de 
melanina. Conforme a unha é desenvolvida pela matriz germinativa, ela adiciona material 
na superfície inferior da unha, fazendo com que fique mais espessa, esse processo 
é fundamental para que ocorra o crescimento das unhas e para que o leito ungueal 
tenha característica lisa. Caso não ocorra, a unha pode ser danificada, rachando ou 
formando sulcos, que são esteticamente desagradáveis. A placa ungueal é composta 
de queratina. A característica rosada da unha é ocasionada pelos vasos sanguíneos sob 
a unha. A superfície inferior da placa ungueal possui sulcos no decorrer do comprimento 
da unha, que auxiliam na ancoragem do leito ungueal (OLIVEIRA et al., 2014a).
A cutícula da unha também é conhecida como eponíquio, está localizada entre 
a pele do dedo e a lâmina ungueal, formando uma barreira à prova d’água. O perioníquio 
é conhecido como a pele que recobre a placa ungueal em seus lados. É denominada 
também como borda paroníquia, é a localização das unhas encravadas, e o hiponíquio 
é a área conhecida entre a placa ungueal e a ponta do dedo (OLIVEIRA et al., 2014a).
A camada de sustentação dos revestimentos superiores (epiderme e derme) é 
denominada de fáscia subcutânea, tecido subcutâneo (adiposo) e uma denominação 
mais antiga, hipoderme. Contém células adiposas e também alguns anexos da pele, 
tais como vasos sanguíneos e folículos capilares. A função desse tecido é de proteção, 
preenchimento, reserva de energia e isolante térmico (OLIVEIRA et al., 2014a).
3 A AVALIAÇÃO DA PELE
 
A pele é responsável por grande parte do peso corporal humano, equivalendo a 
cerca de 20% desse peso. Vários critérios são usados para classificar os diferentes tipos 
de pele. No entanto, do ponto de vista estético, a pele é classificada de acordo com vários 
fatores relacionados ao seu equilíbrio: secreção sebácea, hidratação e nível de sensibilidade. 
17
Assim, cada tipo de pele terá características próprias e exigirá cuidados 
diferenciados. O tipo de pele é determinado pela genética, embora também seja 
afetado por outros fatores e possa mudar com o tempo. A pele pode apresentar diversas 
disfunções faciais, acometidas principalmente pelo tipo de pele individual, composição 
da pele, fatores relacionados à exposição aosol e ao envelhecimento.
3.1 CLASSIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DA PELE
Ao comparar a pele de diferentes indivíduos é possível observar diferenças 
signifi cativas na composição desse tecido, acarretando diferentes classifi cações de 
biotipos de pele. A pele pode ser classifi cada, dessa forma, quanto ao seu aspecto, 
elasticidade, textura, sensibilidade e porcentagem de óleo e água produzidos no tecido 
(OLIVEIRA et al., 2014a).
• Pele normal ou eudérmica: é a pele que apresenta secreções sudoríferas e 
sebáceas equilibradas, garantindo, dessa forma, um equilíbrio entre óleo e água. 
Uma pele desse tipo é caracterizada por possuir uma boa elasticidade e hidratação 
e aspecto saudável (OLIVEIRA et al., 2014a).
• Pele seca ou alípica: esse tipo de pele é caracterizado por apresentar espessura 
da epiderme reduzida e défi cit de manto hidrolipídico, apresentando, assim, 
irritabilidade e tendência à sensibilidade. A característica visual desse tipo de pele é 
opaca, esbranquiçada e adelgaçada, acarretando na falta de viço. Uma pele desse 
tipo apresenta pouca produção de água e óleo (OLIVEIRA et al., 2014a).
• Pele oleosa ou lipídica: esse tipo de pele é caracterizado pela produção exacerbada 
de secreção sebácea, resultando em uma espessura epidérmica maior. O aspecto 
desse tipo de pele é com excesso de brilho e tendência à formação de lesões, como 
pápulas, comedões e pústulas (OLIVEIRA et al., 2014a).
• Pele lipídica acneica: esse tipo de pele é caracterizado pelo mesmo tipo de pele 
anterior, porém pode ser decorrente a presença de lesões e infl amações intensas, 
como pápulas, nódulos, comedões, pústulas e cistos (OLIVEIRA et al., 2014a).
• Pele mista: nesse tipo de pele, a zona T exibe características diferentes das 
demais áreas do rosto. Dessa forma, a zona T apresenta um excesso de secreção 
sebácea, podendo apresentar comedões, e as demais partes da face apresentam 
características de pele desidratadas ou normais (OLIVEIRA et al., 2014a).
A zona T é constituída pela região frontal da face, mento e nariz.
IMPORTANTE
18
3.2 DISFUNÇÕES ESTÉTICAS FACIAIS
Acnes são caracterizadas como poros entupidos na pele. Podem ser acometidas 
por: produção de óleo exagerada, microrganismos, desregulação hormonal, células 
lisadas e pelos encravados. Realizar a identificação do tipo de acne é de extrema 
importância para o sucesso no tratamento. As acnes podem ser classificadas em não 
inflamatórias ou inflamatórias. Os subtipos de acne alocados dentro dessas duas divisões 
incluem: cravos, espinhas, pápulas, pústulas, nódulos e cistos (CHERNEY, 2019).
A acne denominada não inflamatória inclui cravos e espinhas. Normalmente, é 
caracterizada por não causar inchaço. Responde relativamente bem aos tratamentos 
estéticos considerados simples, como limpeza de pele, por exemplo. O ácido salicílico 
é utilizado com frequência no tratamento da acne em geral, porém, normalmente, 
funciona mais adequadamente em acne não inflamatória. Tal ácido esfolia naturalmente 
a pele, removendo as células mortas, que é um dos motivos de causas de espinhas e 
cravos (CHERNEY, 2019).
Os cravos acontecem quando determinado poro está entupido em decorrência 
de excesso de sebo e/ou células lisadas na pele. A parte superior do poro se mantém 
aberta e o restante entupido, resultando na coloração preta característica na superfície 
da pele (CHERNEY, 2019).
Espinhas vermelhas visivelmente inchadas são denominadas acnes 
inflamatórias. Apesar de o sebo e de as células lisadas da pele contribuírem para a 
acne inflamatória, microrganismos, como as bactérias, também podem desencadear 
um papel no entupimento desses poros. As bactérias podem provocar uma infecção 
no interior da superfície da pele, resultando em manchas de acne, que geralmente 
são doloridas e difíceis de tratar. Os produtos à base de peróxido de benzoíla auxiliam 
na redução do inchaço, na eliminação de microrganismos e na remoção do excesso 
de sebo. Os retinoides de uso tópico também são úteis no tratamento de pápulas e 
pústulas inflamatórias (CHERNEY, 2019).
As pápulas são decorrentes quando as paredes ao redor dos poros se rompem 
por causa de uma inflamação grave, resultando em poros endurecidos e entupidos, 
sensíveis ao toque. A pele em torno desses poros geralmente é rosada. As pústulas 
também podem ocorrer quando as paredes em volta dos poros são rompidas. 
Diferentemente das pápulas, as pústulas são completadas com pus. Esses inchaços 
saem da pele e geralmente são de coloração avermelhada. Frequentemente, possuem 
a parte superior amarela ou branca (CHERNEY, 2019).
Os nódulos acontecem quando poros entupidos e inflamados crescem. 
Diferentemente das pústulas e pápulas, os nódulos são caracterizados por serem bem 
profundos, e os cistos podem progredir quando os poros são obstruídos por uma 
associação de microrganismos, sebo e células lisadas. As obstruções ocorrem no interior 
da pele e são mais profundas do que os nódulos. Esses inchaços são frequentemente 
19
dolorosos ao toque. Os cistos são os subtipos de acne com maior forma e sua formação 
pode acarretar em infecção grave. Este tipo de acne também é o mais propenso a 
cicatrizar (CHERNEY, 2019).
 
O processo de cicatrização ocorre em três etapas: a fase inflamatória, a 
proliferativa e a remodeladora. Na fase inflamatória, ocorre a formação da rede de 
fibrina e a dispersão de células de defesa que removerão microrganismos e substâncias 
desconhecidas. Na segunda fase, também denominada de fase proliferativa, ocorre 
principalmente a proliferação de endotélio, fibloblastos e queratinócitos e também 
a formação de fibronexus. Na última fase, ocorre a modificação na organização do 
colágeno, sendo o colágeno tipo III substituído pelo tipo I, favorecendo as ligações 
cruzadas entre monômeros e aumentando a resistência da ferida (LEMOS, 2019).
Cicatrizes faciais comuns são formadas por acnes, resultando no aumento da 
proliferação do tecido ou perda tecidual (Figura 2). Essas cicatrizes são ocasionadas pela 
perda de colágeno em consequência ao processo inflamatório ocasionado pela acne. Na 
estética, não existe terapêutica padrão para o tratamento dessas cicatrizes, existem 
tratamentos adotados, tais como peelings, dermabrasão, preenchedores, subcisão, 
aplicação de lasers, técnicas de compuch e microagulhamento (LEMOS, 2019).
FIGURA 2 – CICATRIZES FACIAIS OCASIONADAS POR ACNE
FONTE: <https://shutr.bz/3jDzsUq>. Acesso em: 30 mar. 2022.
O colágeno é uma proteína tridimensional composta por várias sequências 
de três aminoácidos, sendo sintetizado de forma natural pelo organismo. 
Os principais tipos de colágeno são tipo I, tipo II, tipo III e tipo IV. O 
colágeno tipo I é o mais abundante no corpo humano, sendo encontrado 
em tendões, pele, dentes e ossos, possui forma de fibra e é resistente. O 
colágeno tipo II é encontrado principalmente nas cartilagens. O colágeno 
tipo III é encontrado principalmente em músculos, artérias, intestino 
e útero e ainda em órgãos, como rins e baço, apresenta elasticidade e 
é encontrado em formas variáveis. O colágeno tipo IV é formado por 
moléculas que não estão associadas com fibrilas.
INTERESSANTE
20
Com o processo natural de envelhecimento, o colágeno presente no tecido 
conjuntivo vai se tornando mais rígido e a elastina passa a entrar em défi cit com a sua 
elasticidade natural. Essas variações no tecido conjuntivo fazem com que o tecido 
adiposo da pele não se mantenha uniforme, provocando a desidratação excessiva da 
pele, resultando em fl acidez e rugas faciais (LEMOS, 2019).
Em consequência a esse processo, existe a ação do vetor gravitacional, que 
infl uencia na queda do tônus muscular, gerando fl acidez e comprometendo a estética 
facial. O envelhecimento provoca a redução dos valores do ângulo no sulco nasogeniano, 
aumentando a distância entre a base do nariz e a comissura labial (LEMOS, 2019).
A exposição prolongada à luz ultravioleta faz com que a pele sofra 
fotoenvelhecimento e, em casos mais graves, até fotocarcinogênese.A melanina é 
uma substância importante na proteção da pele contra os raios ultravioleta, porém 
sua produção exagerada pode provocar manchas na pele. O processo denominado 
melanogênese acontece nos melanócitos no estrato basal da epiderme, sendo 
infl uenciado por fatores hormonais, genéticos, genes de pigmentação e exposição aos 
raios ultravioleta (LEMOS, 2019). Existem vários tipos e manifestações de hipercromias
conhecidos, dentre os quais podemos destacar:
• dermatite por bijuteria e/ou perfume: manchas no rosto e/ou colo decorrentes 
da ação de sensibilidade a substâncias existentes em determinados cosméticos ou 
bijuterias;
• hipercromias pós-infl amatórias: decorrentes de fenômenos de agressão à pele, 
como infl amação ou queimaduras;
• lentigens: são manchas não ocasionadas pela exposição ao sol. São salientes e 
limitadas, apresentando coloração amarelo a marrom-escuro;
• lentigens de luz de sol ou senis: manchas escuras decorrentes de exposição 
solar ou faixa etária acima de 50 anos (Figura 3).
O sulco nasogeniano é ocasionado pela contração dos músculos da face em 
excesso, pela falta de descanso noturno e pelo cansaço, além de causas que 
favorecem o envelhecimento estrutural da derme e do tecido subcutâneo.
NOTA
21
FIGURA 3 – LENTIGENS DE LUZ DE SOL OU SENIS
FONTE: Joyja-Lee, Shutterstock (2022).
• melanodermia residual: decorrente de um processo inflamatório crônico, que 
pode levar ao aumento de melanófagos.
• melasma: decorrente principalmente em mulheres, consistindo na hipermelanogê-
nese com coloração marrom-escuro, sendo ocasionado por fatores como: exposição 
prolongada ao sol, hormônios, uso de cosméticos com perfume e fatores genéticos 
(Figura 4).
FIGURA 4 – MELASMA
FONTE: <https://shutr.bz/3jz0TyD>. Acesso em: 30 mar. 2022. 
• queratoses senis ou actínicas (melanoses solares): manchas com coloração 
variada, com escamas e crostas, podendo evoluir para carcinoma;
• máscara de gravidez ou clasma: são manchas acometidas pela gravidez ou 
anticoncepcionais, que acometem principalmente a testa, as maçãs do rosto e as 
têmporas;
• sardas da cor ruiva ou efélides: são representadas por manchas com coloração 
marrom-avermelhada, aumentando de tamanho quando expostas ao raio 
ultravioleta, são encontradas no rosto e em partes cobertas do corpo (Figura 5).
22
FIGURA 5 – SARDAS DA COR RUIVA OU EFÉLIDES
FONTE: <https://shutr.bz/3EaRl6w>. Acesso em: 30 mar. 2022. 
• hiperpigmentação periorbital: melanose com aspecto circular próxima à região 
periocular e pálpebras. Essa hipercromia não possui tratamento, trata-se de 
casos hereditários de transmissão autossômica, desenvolvida principalmente na 
adolescência;
• melanodermatites por fotossensibilização: pigmentações decorrentes de fo-
tossensibilização medicamentosa;
• melanose de Riehl: pigmentação que acomete a face, as têmporas, o colo e a 
testa, é causada principalmente por fatores endócrinos, cosméticos e nervosos;
• poiquilodermia de Civatte: manchas escuras que surgem principalmente no V do 
pescoço em mulheres peri e pós-menopausa.
As rugas são resultado da destruição da arquitetura na composição cutânea, 
ocasionando sobras de pele, flacidez, bolsas de gordura e rugas estáticas e dinâmicas, 
resultado do envelhecimento. Podem ser profundas, que permanecem mesmo com o 
estiramento da pele, e superficiais, que com o estiramento da pele desaparecem. São 
classificadas como estáticas, quando ficam expostas mesmo sem expressões faciais, 
e dinâmicas, quando aparecem somente sob influência de expressões faciais, como o 
sorriso (LEMOS, 2019).
 
Sulcos infraorbitais (olheiras): é o resultado do envelhecimento da região 
dos olhos, acarretando alterações cutâneas e perda de volume. Várias são as causas que 
podem acarretar as olheiras: aumento de melanina, sendo considerada uma melanocitose 
dérmica, fricção da área periorbital, envelhecimento, provocando a redução de tecido 
subcutâneo adiposo, edema periorbital, aumento de sombreamento, provocado por 
situações de luminosidade, e aumento da visibilidade dos vasos (LEMOS, 2019).
 
É necessário sempre levar em consideração o tipo de olheira para a seleção do tipo 
de tratamento. Quando decorrentes de hipervisibilidade da vasculatura e musculatura, 
não é indicado nenhum tipo de tratamento, pelos benefícios serem mínimos. Quando 
decorrentes pelo acúmulo de melanina, podem ser realizados peelings químicos, 
23
clareadores, ácido retinoico, lasers e luz intensa pulsada. Caso sejam decorrentes de 
modificações no volume periorbital, as técnicas de preenchimento podem ser realizadas. 
Quando provenientes da alteração do contorno devido à flacidez, são indicados peelings 
químicos, lasers e luz intensa pulsada (LEMOS, 2019).
4 AVALIAÇÃO E DISFUNÇÕES ESTÉTICAS CORPORAIS
Disfunções estéticas corporais, tais como fibroedema geloide, estrias e flacidez, 
são as queixas mais comuns em pacientes atendidos em centros estéticos. Entre as 
causas desses distúrbios estão o envelhecimento cronológico, o fotoenvelhecimento, 
as mudanças no corpo, a gravidez e a perda ou ganho de peso. A fibroedema geloide, 
conhecida popularmente como “celulite”, tem uma prevalência entre 85% e 98% em 
todos os grupos étnicos (SILVA; FILONI; FITZ, 2014).
Os fatores de risco que contribuem para o seu surgimento são: excesso de 
gordura corporal, fatores hormonais, dietas inadequadas, predisposição genética, 
tabagismo, distúrbios posturais e ortopédicos, inatividade e também compressão 
externa dos tecidos do corpo causada pelo uso de roupas apertadas. 
Embora a queixa principal esteja relacionada à estética, disfunções estéticas 
corporais causam problemas funcionais e emocionais, podem levar à redução da 
autoestima e criar problemas nas relações interpessoais. Assim, esses distúrbios são 
considerados um problema de saúde, por apresentarem grande impacto na qualidade 
de vida das mulheres (SILVA; FILONI; FITZ, 2014).
4.1 FIBROEDEMA GELOIDE (FEG)
Fibroedema geloide, também denominado de celulite, é um distúrbio no panículo 
adiposo e acomete de 80 a 90% das mulheres, atingindo principalmente a região das 
coxas e glúteos. São alterações na circulação, que possuem como consequência 
o edema, prejudicando o metabolismo e alterando o adipócito, que sofre hipertrofia, 
comprimindo a microcirculação e acarretando no espessamento não inflamatório. É 
apresentado como depressões na pele com aspecto denominado “casca de laranja” 
(OLIVEIRA et al., 2014b).
24
FIGURA 6 – ASPECTO VISUAL DE CELULITES
FONTE: <https://shutr.bz/3E8Nqas>. Acesso em: 30 mar. 2022. 
As alterações das FEGs são divididas em quatro fases:
• fase 1: ocorre a hipertrofia das células, que acarreta na congestão, comprimindo, 
assim, os vasos calibrosos, que são dilatados, excretando um líquido seroso e 
aumentando a congestão. Esse ciclo é vicioso;
• fase 2: a dilatação faz com que ocorra a liberação de eletrólitos e mucopolissacarídeos, 
que são responsáveis por atingir as terminações nervosas e modificar as fibras 
conjuntivas;
• fase 3: compressão de nervos e artérias devido à formação de um tecido composto 
de colágeno;
• fase 4: desenvolvimento de fibrose cicatricial e retração esclerótica, que acomete 
os nervos e provoca periarterite (OLIVEIRA et al., 2014b).
A incidência de FEG é maior em mulheres do que em homens em virtudes 
fisiológicas, hormonais e anatômicas. Os lóbulos dos adipócitos em mulheres são maiores 
do que nos homens. Homens possuem tecido subcutâneo com septos relativamente 
mais finos e lóbulos de adipócitos menores, reduzindo a incidência. Causas etiológicas 
também podem causar FEG, nas quais podemos destacar: tabagismo, sedentarismo, 
fatores genéticos, fatores hormonais e problemas circulatórios (OLIVEIRA et al., 2014b).
 
4.2 ESTRIAS
 
Estrias são comuns na população e acometem principalmente as mulheres, 
sendo provocadas por um estiramento em excesso do tecido. São incidentes na 
adolescência, entre 12 e 14 anos, e na fase adulta, entre 20 a 30 anos. No período degestação, o aumento de estrias é comum (OLIVEIRA et al., 2014b). São vistas como 
desagradáveis do ponto de vista estético por questões socioculturais, também podem 
estar relacionadas com ansiedade e baixa autoestima.
25
FIGURA 7 – ASPECTO VISUAL DAS ESTRIAS
FONTE: <https://www.adcosprofissional.com.br/blog/tipos-estrias-tratamentos/>. Acesso em: 30 mar. 2022.
As estrias geralmente são decorrentes de crescimento rápido, aumento de peso 
rápido, uso de contraceptivos hormonais por um longo período de tempo, gravidez, 
desidratação e sedentarismo. As áreas de maior incidência são as que sofrem por 
modificações elásticas, como mamas, glúteos e abdômen (OLIVEIRA et al., 2014b). 
Os fatores de risco na obtenção de estrias são: ser mulher, ter um histórico 
pessoal ou familiar de estrias, gravidez, crescimento rápido na adolescência, ganho e 
perda de peso rapidamente, uso de corticosteroides, fazer cirurgia plástica de aumento 
de mama, exercícios e uso de esteroides anabolizantes e ter um distúrbio genético, 
como síndrome de Cushing ou síndrome de Marfan.
As estrias não são todas iguais. Eles variam dependendo do tempo de obtenção, 
causa, localização no corpo e o tipo de pele. Variações comuns incluem: listras ou linhas 
recortadas no abdômen, seios, quadris, nádegas ou outros lugares do corpo, listras 
rosas, vermelhas, pretas, azuis ou roxas, listras brilhantes que desbotam para uma cor 
mais clara e estrias cobrindo grandes áreas do corpo (OLIVEIRA et al., 2014b).
 
A síndrome de Cushing é representada por uma série de reações adversas 
ocasionadas pelo uso contínuo de glicocorticoides, elevando o nível de cortisol 
no sangue. Entre os sintomas característicos da síndrome de Cushing, pode-
se citar distúrbios emocionais, face de lua cheia com bochechas rosadas, 
hipertensão, hipertrofia cardíaca, depósito de gordura abdominal, obesidade, 
tendência a hiperplasias, aparecimento de estrias, osteoporose, úlceras na 
pele e perda de massa muscular.
NOTA
26
Entre os tratamentos utilizados para estrias e melhora do seu aspecto visual, 
podemos citar: introdução de agulha, promovendo resposta infl amatória e acelerando 
o processo de reepitelização e reparo do tecido; microdermoabrasão; tratamento com 
ácidos, porém só em estrias rubras (fase inicial), intradermoterapia e fototerapia com 
lasers (OLIVEIRA et al., 2014b).
O tratamento com ácidos em estrias rubras consiste, principalmente, na síntese 
de colágeno, que atua reestruturando fi bras elásticas e reduzindo a espessura das 
estrias. Os principais ácidos utilizados para essa fi nalidade são o ácido glicólico, o ácido 
retinoico e o ácido L-ascórbico.
A fototerapia com lasers tem como princípio, por sua vez, a estimulação de 
radicais livres de oxigênio e peróxido de hidrogênio, sendo estes responsáveis por 
destruírem ligações bivalentes, causando o efeito de clareamento nas estrias.
Veremos o procedimento de intradermoterapia mais adiante e na Unidade 3.
ESTUDOS FUTUROS
27
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• O sistema tegumentar é composto por pele e anexos, que são as camadas da pele 
e as células que as compõem (melanócitos, queratinócitos, células de Langerhans 
e células de Merkel), a função das glândulas (sudoríparas, sebáceas, ceruminosas e 
mamárias) e a composição, a função e o desenvolvimento de unhas e pelos.
• A pele é classificada e avaliada em normal ou eudérmica, seca ou alípica, oleosa ou 
lipídica, acneica e mista.
• Existem disfunções estéticas faciais, como acnes, cicatrizes, flacidez, hipercromias, 
rugas e sulcos infraorbitais (olheiras), assim, entendemos seus conceitos, fatores de 
predisposição e como funciona o seu tratamento.
• Existem disfunções estéticas corporais, como fibroedema geloide (celulites) e estrias, 
compreendemos seus conceitos, fatores de predisposição e como funciona o seu 
tratamento.
28
1 O sistema tegumentar é a barreira física dos seres vivos, composto por pele, pelos, 
unhas e glândulas. A pele não é responsável só por proteger o corpo de substâncias 
externas e microrganismos, além disso, atua evitando a perda de fluidos corporais. 
Sobre a pele, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) É formada basicamente por quatro camadas: epiderme, derme, hipoderme e 
tecido adiposo.
b) ( ) É considerada o maior órgão do corpo humano. Uma das suas camadas é 
conhecida como epiderme, dividida em cinco estratos: estrato córneo, estrato 
lúcido, estrato granuloso, estrato espinhoso e estrato germinativo.
c) ( ) A pele é formada por apenas três camadas: estrato lúcido, estrato granuloso e 
estrato germinativo.
d) ( ) As glândulas sebáceas, as glândulas sudoríparas, os folículos pilosos, os vasos 
sanguíneos, os linfáticos e os nervos estão localizados na epiderme da pele.
2 A pele desempenha funções importantes no corpo humano, como proteção, 
sensibilidade, termorregulação, produção e armazenamento de vitamina D, 
entre outras funções. Dessa forma, pode ser classificada quanto ao seu aspecto, 
elasticidade, textura, sensibilidade e porcentagem de óleo e água produzidos no 
tecido. Sobre a pele, sua classificação e as disfunções faciais, classifique V para as 
sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) A pele pode ser classificada em pele normal ou eudérmica, pele seca ou alípica, 
pele oleosa ou lipídica, pele lipídica acneica e pele normal.
( ) Acnes, cicatrizes e sulcos infraorbitais são exemplos de disfunções faciais.
( ) Sardas, sulcos infraorbitais e fibroedema geloide são exemplos de disfunções faciais.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V - V - F.
b) ( ) F - F - V.
c) ( ) V - V - V.
d) ( ) V - F - V.
3 Fibroedema geloide é uma desordem no panículo adiposo, principalmente em mulheres, 
ocasionado por alterações na circulação e, consequentemente, causando edema, 
atrapalhando o metabolismo e modificando o adipócito. Sobre o que representam o 
fibroedema geloide, as estrias e a flacidez, assinale a alternativa CORRETA:
AUTOATIVIDADE
29
a) ( ) Disfunções corporais.
b) ( ) Disfunções faciais.
c) ( ) Sintomas da síndrome de Cushing.
d) ( ) Problemas emocionais.
4 A epiderme é conhecida como a camada mais externa da pele, responsável pela 
regulação, absorção e também por propriedades de barreira. É formada por quatro 
tipos celulares: queratinócitos, melanócitos, células de Langerhans e células de 
Merkel. Disserte sobre esses tipos celulares, incluindo sua produção, localização e 
função no organismo.
5 A derme é formada na região mesodérmica da pele e é encarregada pela sustentação 
da epiderme, atuando também na proliferação celular. Nessa camada, ficam os anexos, 
como as glândulas (sebáceas, sudoríparas, mamárias e ceruminosas). Disserte sobre 
essas glândulas, incluindo sua função, produção e localização.
30
31
TÓPICO 3 - 
BASE DOS PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE 
INVASIVOS
1 INTRODUÇÃO
A beleza é vista como um conjunto de atributos que são confortáveis aos olhos 
e que são capazes de agradar o observador. A definição de beleza é versátil, de acordo 
com aspectos culturais e do ponto de vista pessoal. O envelhecimento é um processo 
biológico e constante, que é ocasionado por razões intrínsecas ou extrínsecas. O processo 
de envelhecimento intrínseco é um evento natural e inevitável com o passar dos anos, o 
extrínseco ocorre de forma precoce por exposição do organismo a fatores ambientais, 
como a exposição ao sol. Durante o período de envelhecimento, ocorrem alterações 
bioquímicas e estruturais das fibras de colágeno, diminuindo sua síntese e aumentando 
a sua degradação, como resultado acontece a modificação do volume facial, a perda de 
elasticidade, os sulcos e as marcas de expressões (VASCONCELOS et al., 2020).
 
A perda de colágeno é um dos principais contribuintes para o envelhecimento 
facial. O colágeno é uma proteína fibrosa que dá estrutura e sustentação à pele. Quando 
o conteúdo de colágeno da pele diminui com a idade, dá origem a sinaistípicos de 
envelhecimento, como flacidez e rugas.
Procedimentos minimamente invasivos, incluindo neurotoxinas, preenchimentos 
dérmicos, ácidos, lasers, bioestimuladores, mesoterapia, PEIM e microagulhamento, 
oferecem complementos poderosos e menos agressivos que a cirurgia e são 
altamente eficazes em pacientes selecionados. Esses procedimentos visam solucionar 
irregularidades faciais, incluindo rugas e linhas finas, diminuição de volume, contorno 
e gordura indesejada. Determinar a melhor abordagem para um determinado 
paciente envolve uma consideração cuidadosa das condições de saúde do paciente, 
características anatômicas únicas, qualidade do tecido e resultados desejados.
2 TOXINA BOTULÍNICA
 
A toxina botulínica, também conhecida popularmente como botox, é 
desenvolvida por uma bactéria denominada Clostridium botulinum, passando por um 
processo de purificação antes da sua utilização na prática estética. É amplamente 
utilizada com a finalidade de reduzir a hipertonia muscular e bloquear a liberação de 
acetilcolina no nervo pré-sináptico. Existem vários tipos de toxinas produzidas pela 
bactéria, conhecidas como A, B, C, D, E e F, porém, a toxina botulínica tipo A é a mais 
amplamente utilizada na aplicação estética (LEMOS, 2019). 
UNIDADE 1
32
O nome “botox” vem do nome comercial da toxina botulínica do tipo A, produzida 
pela indústria Allegan Inc., cujo nome comercial é BOTOX®.
O mecanismo de ação da toxina botulínica compreende o bloqueio da liberação 
de acetilcolina nos terminais pré-sinápticos, reduzindo, dessa forma, a contração do 
músculo. Quando a forma de aplicação é injetada diretamente no músculo, a neurotoxina 
é internalizada através de um receptor que se encontra na junção neuromuscular. A toxina, 
no entanto, realiza a quebra das ligações peptídicas da proteína SNARE (do inglês Soluble 
N-ethylmaleimide-sensitive fator attachment protein receptor), que funde as vesículas 
de acetilcolina com as membranas na terminação pré-sináptica (SILVA et al., 2016).
Para a aplicação de toxina botulínica com finalidade estética, é necessário 
conhecer a anatomia facial, a função de cada músculo sobre a expressão facial e as 
linhas de expressão que ele produz.
QUADRO 1 – REVISÃO DOS MÚSCULOS, FUNÇÃO E LINHAS DE EXPRESSÃO QUE PRODUZEM
Músculo Função Linha de expressão
Frontal
Levantamento das sobrancelhas 
enquanto expressa espanto
Concomitantes horizontais na testa
Orbicular dos olhos Fechamento dos olhos Popular "Pés de galinha"
Prócero
Contribuição na depressão da 
porção medial das sobrancelhas. 
Contribui durante expressão de 
preocupação 
Concomitantes e horizontais sobre 
a glabela
Corrugador
Une as sobrancelhas próximas à 
linha média durante expressão 
de preocupação e auxilia no 
fechamento pressionado dos olhos
Oblíquas na região da glabela e 
quadrante superior interno da 
órbita.
Elevador da pálpebra 
superior
Levantamento da pálpebra superior
Músculo funcional. Não há 
formação de linhas de expressão
Transverso do nariz
Mobilidade do nariz e auxílio ao 
falar que estende as narinas
Contribui nas linhas de expressão 
sobre o nariz nas laterais e nas 
linhas da região infraocular interna 
Depressor do septo 
nasal
Abaixa o septo nasal. Sua função é 
facilmente exibida no sorriso
Horizontal entre a borda do lábio 
superior e a base do septo nasal
Elevador do lábio 
superior (nasal)
Levanta o quadrante superior do 
lábio na elevação do canino
Contribui nas rugas da lateral do 
nariz, do canto dos olhos e para 
o início do sulco nasogeniano 
juntamente ao nariz
33
Elevador do lábio 
superior (malar)
Levanta o quadrante na parte 
superior do lábio na porção medial 
ao canino
Auxilia para o sulco nasogeniano 
e também para as rugas ao redor 
dos olhos
Zigomático menor
Levanta o quadrante superior 
do lábio com o elevador do lábio 
superior, exibindo os dentes 
mandibulares
Colabora para o sulco naso-
geniano e também para rugas ao 
redor dos olhos
Zigomático maior
Levanta o ângulo da boca para 
cima e para fora, como no sorriso, 
semblante de felicidade e auxiliar 
no processo de mastigação
Auxilia para o sulco nasogeniano, 
para as rugas ao redor dos olhos 
e também no alinhamento do 
sorriso
Elevador do ângulo 
da boca 
Levanta o ângulo da boca e lábio 
superior simultaneamente com o 
zigomático maior 
Contribui na linha do sorriso
Orbicular dos lábios Fechamento e abertura dos lábios Linhas ao redor da boca
Bucinador
Preserva constante o formato da 
bochecha e está associado com 
funções de assopro e assobio
Se trata de um músculo funcional 
e pode contribuir com linhas em 
torno da boca
Risório
Guia o ângulo da boca para cima e 
para trás
Linha do sorriso
Depressor do ângulo 
da boca
Contrai o ângulo da boca
Auxilia para o popular "bigode 
chinês"
Depressor do lábio 
inferior
Everte o lábio inferior
Auxilia para o popular "bigode 
chinês”
Mentual
Protrai o mento, levantando as 
partes coles da borda do queixo
Forma linha no formato de meia 
-lua no queixo
Platisma ou cutâneo 
do pescoço
Tensiona a pele do pescoço 
enquanto que contribui para a 
tração da mandíbula e do lábio 
inferior para baixo
Forma as linhas do popular 
“colarete" no pescoço
FONTE: Adaptado de Sposito (2004)
As linhas de expressão hipercinéticas são as mais encontradas na parte superior 
da face, em que tratamentos cirúrgicos são vistos como muito invasivos e os resultados 
nem sempre são agradáveis. Por esse motivo, o tratamento com toxina botulínica nessa 
região tem se mostrado promissor (SPOSITO, 2004). 
34
FIGURA 8 – ANATOMIA FACIAL E LINHAS DE EXPRESSÃO
FONTE: <https://shutr.bz/3LZe7Ry>. Acesso em: 30 mar. 2022.
 
O terço inferior e médio possui músculos que estão relacionados à função 
anatômica da boca, atuando tanto como agonistas como antagonistas. A aplicação de 
neurotoxina nessas áreas deve ser avaliada de forma criteriosa, por se tratar de uma 
região complexa. O terço inferior está relacionado aos músculos em volta da boca, que 
possuem ações funcionais, como deglutição, mastigação, articulações sonoras e ações 
em algumas expressões faciais, como sorriso, “biquinho”, descontentamento e birra 
(SPOSITO, 2004).
3 PREENCHEDORES
Preenchedores são substâncias atóxicas e biocompatíveis que são aplicadas 
na pele, desempenhando funções estéticas e corrigindo imperfeições e/ou disfunções. 
O preenchedor mais amplamente utilizado para aplicação estética é o ácido hialurônico 
(SILVA et al., 2016).
O ácido hialurônico é um polissacarídeo que é encontrado naturalmente na matriz 
extracelular da pele, e devido ao seu caráter aniônico, desempenha importantes funções 
relacionadas à hidratação, ao preenchimento e à estabilização. Por ser uma substância 
biocompatível, são raras as manifestações de rejeição, sendo reações comuns pequenos 
hematomas e processos inflamatórios pós-aplicação (SILVA et al., 2016).
FIGURA 9 – APLICAÇÃO DE ÁCIDO HIALURÔNICO PARA CONTORNO DOS LÁBIOS
FONTE: <https://shutr.bz/3v97u8w>. Acesso em: 30 mar. 2022.
35
O ácido hialurônico é comumente aplicado na estética para a correção de sulcos 
infraorbitais (olheiras), sulco nasogeniano (“bigode chinês”), contorno e aumento de 
volume labial, contorno da mandíbula, projeção do queixo, correção do nariz, correção 
de rugas e aumento do zigomático (SILVA et al., 2016).
4 BIOESTIMULADORES
Bioestimuladores são substâncias que após injetadas sob a superfície da 
pele, restauram o volume e melhoram a sua aparência. Eles funcionam estimulando 
a produção natural de fibroblastos (células que criam colágeno e elastina) do corpo. O 
objetivo dos bioestimuladores de colágeno é ativar a renovação do colágeno na pele e, 
assim, ajudar a restaurar sua estrutura e volume internos (LEMOS, 2019).
Um bioestimulador de colágeno consiste em uma substância que é injetada 
na derme profunda, a camada intermediária da pele. Uma vez injetada, a substância 
estimulará a produção de colágeno. Um tratamento com um bioestimulador de colágeno 
é o chamado tratamento minimamenteinvasivo. O efeito é gradual e os resultados 
geralmente são visíveis alguns meses após o tratamento inicial, durando até dois anos 
ou mais. Os bioestimuladores de colágeno fornecem resultados duradouros, em vez de 
uma solução rápida. Isso ocorre porque seus resultados se acumulam ao longo do tempo, à 
medida que sua pele começa a restaurar o colágeno perdido. Isso oferece uma progressão 
natural de melhorias sem revelar grandes mudanças da noite para o dia (LEMOS, 2019).
O primeiro bioestimulador de colágeno lançado utiliza ácido poli-L-láctico 
(PLLA) para revitalizar a produção de colágeno. O PLLA é uma substância que é usada 
em pontos dissolúveis para o tratamento de feridas. 
As contraindicações para esses bioestimuladores incluem: gravidez e 
amamentação, alergias e distúrbios hemorrágicos.
5 MESOTERAPIA (INTRADERMOTERAPIA)
A gordura localizada é uma alteração das células adiposas, podendo ser 
caracterizada como um distúrbio no metabolismo da gordura ou crescimento anormal 
de gordura, sendo uma das principais queixas de insatisfação estética entre homens 
e mulheres. Como resultado, várias abordagens terapêuticas de alta tecnologia, 
minimamente invasivas, personalizadas e baseadas em múltiplos ativos vêm surgindo, 
possibilitando uma redução efetiva e confortável da adiposidade localizada aos 
pacientes (SILVA et al., 2016).
36
A intradermoterapia é uma tecnologia que visa liberar medicamentos na pele 
usando força mecânica, pressão do gás e ondas de choque (em caso de intradermoterapia 
pressurizada), ou aplicação de injeções intradérmicas de fármacos/aditivos muito diluídos 
diretamente na área de interesse, permitindo o tratamento de diferentes aspectos 
estéticos, como gordura localizada, flacidez e celulite (SILVA et al., 2016).
Esse sistema de entrega foi descrito pela primeira vez em 1936 por Marshall 
Lockhart. Em 1940, Higson e outros pesquisadores desenvolveram dispositivos de alta 
pressão que usavam jatos finos de fluido para penetrar na pele e depositar fármacos no 
tecido subjacente. Isso permitiu a administração de medicamentos altamente viscosos, 
que as agulhas tradicionais muitas vezes não conseguiam gerenciar, tornando a aplicação 
menos dolorosa (SILVA et al., 2016).
O uso da intradermoterapia para o tratamento da gordura localizada envolve o 
uso de medicamentos, reagentes e extratos de plantas nas camadas de gordura e tecido 
conjuntivo da pele. Consiste em uma ampla gama de agentes usados para abrir vasos 
sanguíneos, como enzimas, nutrientes, antibióticos e hormônios. Esse tratamento é indicado 
para pequenas áreas com excesso de gordura ou depósitos de gordura localizada. Um 
exemplo clássico de intradermoterapia é a aplicação de lipoenzimas, amplamente utilizada 
na biomedicina estética para o tratamento de gorduras localizadas (SILVA et al., 2016). 
Usos mais populares: celulite, gordura localizada, rejuvenescimento facial, 
alopecia e estrias.
6 PROCEDIMENTO ESTÉTICO INJETÁVEL PARA MICROVASOS 
(PEIM)
Os microvasos são considerados dilatações de veias, artérias ou capilares 
inferiores a 2 milímetros de diâmetro, que afetam cerca de seis em cada 10 mulheres, 
ocorrendo praticamente sempre nas pernas. Há uma predisposição genética em 90% 
dos casos (Figura 10). Raramente os microvasos indicam problemas relacionados à 
saúde, sendo na maioria apenas um problema relacionado à estética, classificado 
como tipo I, sem caráter patológico. O procedimento estético injetável para microvasos 
(PEIM) tem sido amplamente utilizado para eliminar esses vasos de menor calibre (TONI; 
PEREIRA, 2017).
As principais causas de ocorrências de microvasos são: predisposição genética, 
anticoncepcionais por tempo prolongado, ficar em uma mesma posição por muito tempo, 
atividades de alto impacto, obesidade, sedentarismo, gravidez, diabetes e tabagismo.
37
FIGURA 10 – MICROVASOS
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/varicose-veins-on-womans-legs-1120340792>. 
Acesso em: 30 mar. 2022. 
O procedimento ocorre através da injeção de glicose hipertônica com agulhas 
bem finas diretamente dentro dos microvasos. A glicose é mais indicada nesses casos 
por não causar nenhum tipo de reação alérgica. Esse procedimento pode ser incômodo 
nas primeiras injeções antes da ação anestésica surgir (TONI; PEREIRA, 2017).
38
O USO DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA HARMONIZAÇÃO FACIAL 
Thaise Primo Santos Saboia
Mara Régina Lucena Cabral
Liberta Lamarta Favoritto Garcia Neres 
Resumo
O preenchimento facial com ácido hialurônico é um procedimento minimamente 
invasivo que vem se destacando positivamente ao longo dos anos na área da 
Biomedicina estética. Devido à grande demanda por opções não cirúrgicas, surgiram 
na harmonização facial técnicas referentes ao uso de preenchedores dérmicos, que 
são capazes de proporcionar aumento de volume, equilíbrio simétrico e restauração 
dos contornos faciais, promovendo o rejuvenescimento. Objetivo: realizar uma revisão 
bibliográfica sobre o uso do ácido hialurônico como preenchedor na harmonização 
facial dentro das extensões estéticas, bem como analisar as intercorrências acometidas 
pelo ácido hialurônico. Método: tratou-se de um estudo exploratório e descritivo. 
A construção da revisão foi feita através de um levantamento, utilizando artigos 
científicos e periódicos, selecionados a partir das fontes: Google Acadêmico, PubMed 
e Scielo. Resultados: foram analisados os artigos mais relevantes, a fim de se obter 
uma melhor execução do trabalho, desenvolvendo informações quanto à literatura a 
respeito desse tema. Conclusão: é notável que o uso do ácido hialurônico injetável vem 
crescendo a cada dia e tem um papel fundamental nos tratamentos para a prevenção 
e o gerenciamento do envelhecimento, e, através disso, vem conquistando um lugar de 
destaque, melhorando, assim, o bem-estar físico, mental e social do paciente.
Palavras-chave: Harmonização. Ácido hialurônico. Envelhecimento. Hialuronidase.
Introdução
Nos últimos tempos, a sociedade está cada vez mais atenta não só ao que se 
refere ao cuidado com o corpo, mas também com o facial, todavia, o envelhecimento é 
um processo multifatorial, inevitável e acontece de forma natural. Com o aumento da 
expectativa de vida, eleva-se também o crescimento de buscas para melhorar os aspectos 
faciais, isso ocorre porque com o avanço da idade é possível observar o envelhecimento 
da pele, principalmente na face, tornando-se, dessa forma, um dos motivos que levam as 
pessoas a buscar recursos estéticos para diminuírem os efeitos do tempo.
LEITURA
COMPLEMENTAR
39
[...]
De acordo com Salvi e Maia (2018), a partir de procuras não cirúrgicas, em que 
as pessoas pudessem fazer os procedimentos e tratamentos tendo uma rotina normal, 
surgiu um novo conceito de beleza, que é a harmonização facial, que é um conjunto 
de técnicas e protocolos capazes de amenizar o efeito do tempo, ajustando o volume e 
restaurando o equilíbrio dos contornos faciais. Os tratamentos minimamente invasivos 
e tecnologias existentes no mercado têm sido bastante utilizados para atender a essa 
finalidade. Uma das escolhas de maior destaque nesse processo de gerenciamento 
do envelhecimento consiste na aplicação do Ácido Hialurônico (AH), um preenchedor 
dérmico, onipresente e biocompatível, cujas características físicas e químicas estariam 
relacionadas à correção de sulcos, rugas e assimetrias, promovendo a harmonização 
dos contornos faciais.
Desde 2011, o Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) regulamentou, na 
Resolução 200/2011, a Biomedicina Estética como uma especialidade, visto que, 
biomédicos estetas são profissionais aptos para exercerem com competência 
procedimentos estéticos corporais, bem como procedimentos dentro da harmonização 
facial. Atualmente, a harmonização facial vem sendo cada vez mais desempenhada 
pelos biomédicos estetas, praticada através de técnicas novas, com o objetivo de 
harmonizar a face de forma natural, buscando sempre resultados suaves, respeitando o 
biotipo, a idadee a anatomia da face de cada paciente, atendendo, assim, aos resultados 
esperados e amenizando o processo de envelhecimento causado pelo tempo.
Apesar de o Ácido Hialurônico ser destaque entre os preenchedores temporários, 
com mais aplicabilidade dentro da harmonização facial (HF), é necessária uma avaliação 
sobre as suas indicações para cada indivíduo e seus efeitos biológicos. A disposição 
do presente estudo foi de produzir uma revisão bibliográfica, avaliando as vantagens 
da utilização do AH na harmonização facial, bem como amenizar o processo de 
envelhecimento e atenuar as disfunções estéticas.
Materiais e métodos
O presente trabalho refere-se a uma revisão bibliográfica narrativa, norteando a 
busca de estudos pesquisados em fontes credíveis de informação científica, utilizando 
as bases de dados eletrônicas PubMed/MEDLINE (US National Library of Medicine), 
Scielo, Lilacs e Saúde. Todos os trabalhos encontrados on-line e na íntegra. Foram 
pesquisados artigos em língua portuguesa e inglesa publicados no período de 2010 a 
2021. Os descritores utilizados na busca foram: harmonização facial, preenchimento 
facial; ácido hialurônico; e envelhecimento. Além disso, foram feitos levantamentos de 
documentos oficiais, legislações e normativas que regulamentam e norteiam a profissão 
do biomédico esteta. Foram considerados como critérios de inclusão: pesquisas 
científicas, relatos de casos com abordagem do assunto relacionado ao uso do ácido 
hialurônico na harmonização facial e revisões sobre envelhecimento facial, indexados 
nas plataformas científicas supracitadas.
40
Revisão de literatura
O envelhecimento é um processo incessante que afeta diretamente a harmonia 
facial, diminuindo as funções naturais da nossa pele, tornando os fatores intrínsecos e 
extrínsecos excessivos, influenciados pela alteração do material genético, exposição 
solar, tabagismo, etilismo, alimentação e estresse. Essa variação de pele relacionada ao 
envelhecimento demonstra-se através de rugas, manchas de pele, perda de elasticidade 
e volume, reposicionamento da gordura facial e reabsorção óssea.
Os coxins de gordura da face atuam proporcionando volume no tecido mole, 
possibilitando um suporte voluntário como um travesseiro para a pele e para outras 
estruturas mais profundas do rosto. Em uma face jovem, essa camada de gordura 
entrega um tônus de pele mais firme e sustentador. A atrofia desse tecido no processo 
de envelhecimento entra como principal precursor, mostrando os sinais aparentes de 
envelhecimento. Além disso, as condições de nutrição da derme são reduzidas através 
da mudança da qualidade e fornecimento de sangue e líquidos nas camadas adjacentes.
De acordo com Oliveira et al. (2014), o desgaste da pele com o decorrer do tempo 
está relacionado à redução do número de células no organismo e ao funcionamento 
desorganizado das que se mantêm. Com isso, a derme fica com menor espessura, as 
fibras de elastina se degradam e há uma redução da vascularização. Dessa forma, o 
ácido hialurônico, um dos componentes importantes para a hidratação da pele, volume, 
sustentação e jovialidade, também sofre as consequências do envelhecimento.
O ácido hialurônico é um polímero natural, altamente hidrofílico, que pode ter 
origem natural, é encontrado na matriz extracelular da pele, no tecido conectivo e no 
humor vítreo, ou na forma sintética, pela fermentação bacteriana. Tem capacidade 
de promover a sustentação da derme, deixando-a firme e com mais elasticidade, 
colaborando para o rejuvenescimento e o preenchimento de partes moles para corrigir 
rugas, sulcos, flacidez e assimetrias. A conduta biológica é bem comum: ao injetar o AH, 
ele será absorvido progressivamente por meio do dióxido de carbono e água, por fim, 
será metabolizado pelo fígado.
O AH sintético foi criado em 1989 por Endre Balazs, porém, a duração no 
organismo era de 24 horas. O injetável pode ter duas origens: animal, extraído da crista 
de galo; e sintética, por fermentação bacteriana através da cultura de Streptococcus, 
este tem sido utilizado com frequência nos últimos tempos.
Os preenchedores faciais atuais são divididos em absorvíveis e não absorvíveis, 
sendo que o primeiro permanece por apenas um período no local onde é injetado. O 
AH é o injetável mais utilizado para preenchimento facial dentre os absorvíveis, ele 
se destaca por ser metabolizado gradativamente em um período de três a 24 meses, 
dependendo da quantidade aplicada no organismo.
41
O preenchimento dérmico ou subcutâneo tem como função suavizar indícios 
do envelhecimento, promovendo o rejuvenescimento facial. O procedimento deve ser 
seguro, eficiente, biocompatível, não alergênico e de fácil remoção. Diante disso, o ácido 
hialurônico (AH) é o preenchedor mais utilizado para o preenchimento de rugas estáticas, 
cicatrizes hipotróficas, aumento de volume labial, sulco nasogeniano, nasojulgal, 
correção nasal, volumização por perda de coxins gordurosos e remodelamento facial.
Segundo Ferreira e Capobianco (2016), a capacidade do AH em retardar o 
envelhecimento facial está relacionada as suas propriedades antioxidantes, em que 
o ácido hialurônico age nos radicais livres, aumentando a proteção da pele contra a 
radiação UV e contribuindo para o aumento da capacidade de regeneração tecidual. Além 
disso, destacam que o AH proporciona volume, sustentação, hidratação e elasticidade à 
pele, aprimorando a sua estrutura.
A utilização de preenchedores à base de AH aumentou consideravelmente, em 
se tratando de rejuvenescimento facial, que, através da sua aplicação, tem-se vários 
benefícios para a qualidade dérmica. Com esse acréscimo, podem ocorrer efeitos 
indesejados, mesmo sendo uma matéria degradável pelo organismo. Algumas situações 
requerem ações rápidas, por isso a importância da assistência pós-procedimento.
De acordo com Salvi e Maia (2018), o procedimento, habitualmente, é realizado 
através de agulhas ou cânulas, das quais o calibre será apropriado à reticulação do 
preenchedor, à área e à profundidade de aplicação. A técnica poderá ser realizada por 
retroinjeção, aplicações em bolus, injeções cruzadas, entre outras, levando em conta 
a viscoelasticidade do preenchedor escolhido. É necessária a união de vários métodos 
em um mesmo paciente, sendo uma abordagem individualizada para cada um e os 
resultados são correspondentes à habilidade do profissional. 
Conforme Leite e Cardoso (2019), inicialmente, os pacientes devem passar 
por uma anamnese para a avaliação da indicação ou não do tratamento, para que 
sejam investigados distúrbios de sangramento, gestação, hipersensibilidade, doenças 
autoimunes, diabetes descompensada, bem como o uso de medicações ou fitoterápicos 
relacionados a anticoagulantes.
Segundo Dantas et al. (2019), o rejuvenescimento pode acontecer de duas 
formas, com prevenção ou tratamento, que pode se dar através de uma junção de 
condutas e procedimentos, que visam minimizar o aparecimento dos sinais do tempo, 
e formulações à base de ácido hialurônico, que tem como objetivo retroceder as 
manifestações clínicas aparentes de uma pele envelhecida.
A aplicação do AH pode ser realizada em planos diferentes, com injeções no 
plano subcutâneo em regiões, como nasolabial e linha de marionete. Áreas, como malar, 
zigomático, mento, frontal e mandíbula, são planos mais profundos (supraperiosteal), 
já na área labial ocorre superficialmente. Pode ser usada agulha ou cânula, depende 
do nível de profundidade e reticulação do produto. O preenchimento utilizando a 
42
microcânula é menos invasivo, pois não são feitas punções como no método tradicional 
com agulha, porém, em ambos os modos, poderá haver a necessidade de anestesia na 
área, dependendo da sensibilidade de cada paciente.
O conhecimento da anatomia facial e da fisiologia do tratamento é indispensável 
ao profissional que realiza o procedimento, para que minimize os riscos de injeção 
intravascular de AH e sua compressão, evitando áreas com o propósito de prevenircomplicações vasculares, formação de nódulos, necrose e morte.
Diante disso, o profissional tem que estar preparado e apto para controlar 
essas casualidades, dispondo da aplicação de uma enzima que degrade rápida e 
especificamente essa substância, utilizando a hialuronidase. Esse procedimento diminui 
a massa molar, modificando a sua viscoelasticidade, recuperando o fluxo sanguíneo 
local e evitando sequelas, sendo, portanto, apropriado para reduzir as reações adversas 
ocasionadas por excesso de preenchimento em locais inadequados. Não há na literatura 
uma dose recomendada de hialuronidase para reverter o preenchimento com ácido 
hialurônico, há sugestões que variam entre cinco e 75UI.
Conclusão
Evidenciou-se que o envelhecimento cutâneo é um processo incessante, em 
que todos os indivíduos são acometidos, e o AH ajuda na prevenção e no tratamento, 
por possuir características antioxidantes, entrega volume, sustentação, hidratação e 
elasticidade, sendo conveniente para a correção de rugas e assimetrias, restabelecendo 
a harmonia dos contornos faciais.
[...]
Dessa forma, conclui-se que o uso do AH na harmonização facial fornece os 
benefícios necessários para uma pele saudável, com volume, sustentação, hidratação e 
elasticidade. Entretanto, a escolha do produto e sua reticulação devem ser apropriadas, 
atendendo às necessidades individuais de cada paciente, proporcionando resultados 
satisfatórios.
Considerando as questões apresentadas nas publicações e as hipóteses 
levantadas, foi observado que o uso do ácido hialurônico oferece muitos benefícios no 
contexto dos procedimentos estéticos, entretanto, estudos futuros sobre as técnicas 
empregadas e as intercorrências nos procedimentos devem ser analisados e publicados 
criteriosamente, para que a utilização da técnica se torne cada vez mais segura para o 
paciente.
FONTE: SABOIA, T. P. S.; CABRAL, M. R. L.; NERES, L. L. F. G. O uso do ácido hialurônico na harmonização 
facial. Research, Society and Development, [s. l.], v. 10, n. 14, p. 1-7, out. 2021. Disponível em: https://
rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/21731/19376/262311. Acesso em: 8 fev. 2022.
 
43
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Procedimentos minimamente invasivos, incluindo neurotoxinas, preenchimentos 
dérmicos, ácidos, lasers, bioestimuladores, mesoterapia, PEIM e microagulhamento 
oferecem complementos poderosos e importantes para a aplicação estética.
• A toxina botulínica é um composto biológico, uma importante ferramenta para a 
biomedicina estética, sendo aplicada principalmente no tratamento de linhas de 
expressão.
• Preenchedores são substâncias biocompatíveis que são aplicadas na pele, 
desempenhando funções estéticas e corrigindo imperfeições e/ou disfunções. O 
preenchedor mais utilizado no mundo é o ácido hialurônico.
• Os bioestimuladores são substâncias que, após injetadas sob a superfície da pele, 
restauram o volume e melhoram a sua aparência. Sua principal função é a estimulação 
da produção natural de colágeno.
• A intradermoterapia é uma tecnologia que visa liberar medicamentos na pele, 
permitindo o tratamento de diferentes aspectos estéticos, como gordura localizada, 
flacidez e celulite.
44
1 A toxina botulínica, também conhecida popularmente como botox, é desenvolvida 
por uma bactéria denominada Clostridium botulinum, passando por um processo 
de purificação antes da sua utilização na prática estética. Sobre a toxina botulínica, 
assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) É utilizada com a finalidade de aumentar a hipertonia muscular e liberar 
acetilcolina no nervo pré-sináptico.
b) ( ) Existem vários tipos de toxinas produzidas pela bactéria, conhecidas como A, B, 
C, D, E e F, porém, a toxina botulínica tipo C é a mais amplamente utilizada na 
aplicação estética.
c) ( ) O nome botox vem do nome comercial da toxina botulínica do tipo A, produzida 
pela indústria Allegan Inc., cujo nome comercial é BOTOX®.
d) ( ) O mecanismo de ação da toxina botulínica compreende a liberação de acetilcolina 
nos terminais pré-sinápticos, aumentando, dessa forma, a contração do músculo.
2 A gordura localizada é definida como uma modificação das células adiposas, podendo 
ser descrita também como uma alteração no metabolismo da gordura ou crescimento 
desenfreado de gordura, um dos principais motivos de insatisfação estética entre 
ambos os sexos. Sobre a gordura localizada e os métodos existentes para o seu 
tratamento, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) A toxina botulínica é um método eficaz no tratamento de gorduras localizadas, 
pois bloqueia a liberação de acetilcolina nos terminais pré-sinápticos, diminuindo 
a contração muscular.
( ) O PEIM é uma ótima alternativa estética para o tratamento de gorduras localizadas.
( ) A intradermoterapia é uma tecnologia que visa liberar medicamentos na pele, 
permitindo o tratamento de diferentes aspectos estéticos, como gordura localizada, 
flacidez e celulite.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V - V - F.
b) ( ) F - F - V.
c) ( ) V - V - V.
d) ( ) V - F - V.
3 Preenchedores são procedimentos minimamente invasivos, denominados como 
substâncias biocompatíveis, que não causam toxicidade em humanos, sendo 
administrados na pele e que desempenham funções estéticas importantes, corrigindo 
imperfeições e/ou disfunções. Sobre os preenchedores, assinale a alternativa CORRETA:
AUTOATIVIDADE
45
a) ( ) A toxina botulínica é um exemplo de preenchedor.
b) ( ) O ácido hialurônico é o preenchedor mais comumente aplicado na estética.
c) ( ) São responsáveis pela estimulação da produção de colágeno.
d) ( ) Atuam no tratamento de gorduras localizadas.
4 O envelhecimento é um processo biológico que ocorre em todas as pessoas com 
o passar dos anos. Desencadeado por uma série de fatores, o envelhecimento, no 
entanto, pode ocorrer por fatores intrínsecos e extrínsecos. Explique cada um desses 
fatores e exemplifique.
5 A toxina botulínica é um composto natural e biológico produzida a partir de um 
microrganismo denominado Clostridium botulinum, atuando principalmente no 
tratamento de linhas de expressão, como um procedimento minimamente invasivo. 
Descreva o mecanismo de ação da toxina botulínica para tal tratamento.
46
REFERÊNCIAS
CFBM. CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA. Resolução nº 197, de 21 de 
fevereiro de 2011. Dispõe sobre as atribuições do profissional Biomédico no 
Exercício da Saúde Estética de Atuar como Responsável Técnico de Empresas 
que Executam Atividades para fins Estéticos. Brasília, DF: CFBM, 2011a. 
Disponível em: https://cfbm.gov.br/resolucao-no-197-de-21-de-fevereiro-
de-2011/. Acesso em: 17 jan. 2022.
CFBM. CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA. Resolução nº 200, de 1 de 
julho de 2011. Dispõe sobre critérios para habilitação em Biomedicina Estética. 
Brasília, DF: CFBM, 2011b. Disponível em: https://cfbm.gov.br/resolucao-no-200-
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CFBM. CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA. Resolução nº 214, de 10 de 
abril de 2012. Dispõe sobre atos do profissional biomédico e, insere-se no uso 
de substâncias em procedimentos estéticos. Brasília, DF: CFBM, 2012. Disponível 
em: https://cfbm.gov.br/resolucao-no-214-de-10-de-abril-de-2012/. Acesso em: 
17 jan. 2022.
CFBM. CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA. Resolução nº 241, de 29 de 
maio de 2014. Dispõe sobre atos do profissional biomédico com habilitação 
em biomedicina estética e regulamenta a prescrição por este profissional para 
fins estéticos. Brasília, DF: CFBM, 2014. Disponível em: https://cfbm.gov.br/
resolucao-no-241-de-29-de-maio-de-2014/. Acesso em: 17 jan. 2022.
CFBM. CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA. Normativa CFBM nº 004/2015, 
de 5 de novembro de 2015. Dispõe sobre procedimentos realizados por 
Biomédicos Estetas, utilizando-se de fios de sustentação tecidual para fins 
estéticos. Brasília, DF: CFBM, 2015a. Disponível em: https://crbm1.gov.br/
novosite/wp-content/uploads/2014/01/NORMATIVA-CFBM-004.2015-ESTETICA.pdf. Acesso em: 17 jan. 2022.
CFBM. CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA. Normativa CFBM nº 005/2015, 
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intramuscular. Brasília, DF: CFBM, 2015b. Disponível em: https://crbm1.gov.br/
novosite/wp-content/uploads/2014/01/NORMATIVA-CFBM-005.2015-ESTETICA.
pdf. Acesso em: 17 jan. 2022.
CFBM. CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA. Resolução nº 304, de 23 de 
abril de 2019. Dispõe sobre a especialidade em estética de biomedicina, 
reconhecida pelo Conselho Federal de Biomedicina. Brasília, DF: CFBM, 2019a. 
Disponível em: https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolu%C3%87%C3%83o-
n%C2%BA-304-de-23-de-abril-de-2019-84796429. Acesso em: 17 jan. 2022.
47
CFBM. CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA. Resolução nº 307, de 17 
de maio de 2019. Dispõe sobre a especialidade da Biomedicina Estética, 
reconhecida pelo Conselho Federal de Biomedicina. Brasília, DF: CFBM, 2019b. 
Disponível em: https://cfbm.gov.br/resolucao-no-307-de-17-de-maio-de-2019/. 
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CFBM. CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA. Resolução nº 330, de 5 de 
novembro de 2020. Regulamenta o novo Código de Ética do Profissional 
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facial. Revista Brasileira Militar de Ciências, [s. l.], v. 6, n. 14, p. 8-15, 2020.
49
PROCEDIMENTOS 
MINIMAMENTE INVASIVOS: 
TOXINA BOTULÍNICA E 
PREENCHEDORES 
UNIDADE 2 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer a legislação da biomedicina estética no que concerne à realização de 
procedimentos invasivos, como a toxina botulínica e os preenchedores;
• dominar a base da aplicação da toxina botulínica;
• dominar a base da aplicação de preenchedores.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará 
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – LEGISLAÇÃO 
TÓPICO 2 – TOXINA BOTULÍNICA
TÓPICO 3 – PREENCHEDORES
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
50
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 2!
Acesse o 
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51
TÓPICO 1 — 
LEGISLAÇÃO
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
A área da estética abriu novas oportunidades de trabalho para o biomédico, 
possibilitando sua atuação em clínicas e consultórios relacionados com a estética. 
Os resultados excelentes fazem com que esses procedimentos sejam cada vez mais 
frequentes. A Resolução nº 241/2014, do Conselho Federal de Biomedicina, define o 
biomédico como um dos profissionais responsáveis por manusear essas técnicas 
(CFBM, 2014).
A biomedicina estética é uma das áreas em que o profissional pode se habilitar, 
pois é um campo de atuação bastante promissor. O profissional dessa área pode 
atuar em tratamentos utilizados na estética facial e corporal, tornando o processo de 
envelhecimento mais lento e melhorando a autoestima dos pacientes (LABE, 2016).
No entanto, para sua atuação, é necessário realizar um curso de pós-graduação 
em uma instituição reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC) ou ter, no mínimo, 
500 horas de estágio supervisionado na área de estética (CFBM, 2011). Neste tópico, 
você estudará de forma geral os procedimentos minimamente invasivos e conhecerá a 
legislação da biomedicina estética no que concerne à realização desses procedimentos. 
2 LEGISLAÇÃO 
Os procedimentos minimamente invasivos são aqueles realizados com
agulhas e injeções hipodérmicas, ou seja, procedimentos injetáveis, que invadem 
epiderme, derme e tecido subcutâneo sem atingir órgãos internos e considerados como 
não cirúrgicos. Os profissionais que podem fazer esses procedimentos são os da área de 
saúde, devidamente habilitados (PEREIRA; DELAY, 2017). 
A Resolução nº 241, de 29 de maio de 2014, dispõe que o profissional com 
habilitação em biomedicina estética possa prescrever substâncias de fins estéticos 
(CFBM, 2014). Entretanto, essa habilitação já foi concedida aos biomédicos em 10 de 
outubro de 2010, sendo definida em reunião pelos membros do Conselho Federal e 
Regional de Biomedicina. Nessa reunião, foram discutidos pontos como: as disciplinas 
que deveriam ser cursadas por esses profissionais, como o biomédico deveria atender e 
quais as avaliações seriam feitas aos pacientes (BME, 2013). 
52
As Resoluções do CFBM (nº 197/2011 e nº 241/2014) permitem que os 
profi ssionais realizem procedimentos estéticos minimamente invasivos, tais como: 
injeções intradérmicas, subcutâneas, intramusculares e periostais, sob o respaldo das 
leis e regulamentações em plena vigência e efi cácia.
FIGURA 1 – TIPOS DE INJEÇÕES MINIMAMENTE INVASIVAS
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/set-type-injections-illustration-1125078341>. 
Acesso em: 31 mar. 2022. 
Seguindo as normatizações da ANVISA, as Resoluções nº 169/2009 e nº 
174/2009, do CFBM, permitem que o biomédico possa realizar a prescrição das seguintes 
substâncias para fi ns estéticos: toxina botulínica tipo A, substâncias utilizadas na 
intradermoterapia, substâncias de uso injetável, conforme a ANVISA, preenchimentos 
dérmicos, subcutâneo, supraperiostal, fi toterápicos, vitaminas e minerais.
Cabe aos profi ssionais biomédicos a prescrição de formulações magistrais ou 
de referência de cosméticos, dermocosméticos, óleos essenciais e fármacos 
de administração tópica. O biomédiconão está autorizado a prescrever 
medicamentos, mas biomédicos habilitados em estética podem prescrever 
e administrar substâncias utilizadas nas técnicas estéticas previstas na 
Resolução CFBM nº 241/2014.
ATENÇÃO
Esses profi ssionais são qualifi cados para a realização dos procedimentos 
mencionados nas Resoluções do CFBM, pois têm facilidade com procedimentos que 
utilizam agulhas, sejam para a coleta de sangue ou para a aplicação de outras substâncias. 
Entretanto, o profi ssional não poderá fazer uso da toxina botulínica com fi nalidade 
terapêutica (CFBM, 2011).
53
Além disso, a atuação do biomédico em estética deve estar em consonância 
com a legislação vigente do Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) e da Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), segundo a Normativa nº 01, de 10 de abril de 
2012, a Resolução nº 214, de 10 de abril de 2012, a Resolução nº 200, de 1 de julho de 
2011 e a Resolução nº 197, de 21 de fevereiro de 2011. O presidente do Conselho Federal 
de Biomedicina estabeleceu normas do Conselho, que regulamenta a profissão.
De acordo com o Conselho Federal de Biomedicina (2015), para a realização dos 
procedimentos estéticos injetáveis, o profissional deve usar no máximo 10 ml de produto 
por sessão. A técnica deve ser realizada por biomédicos estetas capacitados e em 
estabelecimentos que tenham Alvará de Licença Sanitária. Ficam vedados ao biomédico 
os procedimentos de varizes tipo II, III e IV, que devem ser encaminhados ao médico. 
Em casos de procedimentos utilizando fios de sustentação tecidual, os fios de 
sutura utilizados por biomédicos devem ser absorvíveis, hipoalergênicos, biocompatíveis, 
estéreis e de uso individual aprovados pela ANVISA. Os profissionais da Biomedicina só 
poderão fazer esse procedimento com a classificação estabelecida pela ANVISA, sendo 
vedada a utilização de técnicas invasivas cirúrgicas, mesmo sendo produto absorvível 
(SUNDARAM et al., 2016).
No tratamento de aplicação de substâncias por via intramuscular, o procedimento 
só poderá ser feito por biomédicos com habilitação em biomedicina estética, em 
estabelecimento que possua Alvará de Licença Sanitária (CFBM, 2015).
Tratando-se de legislações sobre a realização de procedimentos estéticos, é 
possível encontrar as principais Resoluções no site do Conselho Regional de Biomedicina. 
São elas: Resolução nº 197, de 21 de fevereiro de 2011 – Dispõe sobre as atribuições 
do profissional biomédico no exercício da saúde estética de atuar como responsável 
técnico de empresas que executam atividades para fins estéticos. Resolução nº 200, de 
1 de junho de 2011 – Dispõe sobre critérios para habilitação em Biomedicina Estética. 
Resolução nº 214, de 10 de abril de 2012 – Dispõe sobre atos do profissional biomédico 
e, insere-se no uso de substâncias em procedimentos estéticos. 
Além de levar beleza e bem-estar, o biomédico também pode atuar no 
desenvolvimento de pesquisas em biomedicina no ramo da estética e procedimentos. 
Para cada procedimento minimamente invasivo, há uma indicação, e os recursos 
permitidos atualmente são: 
• aplicação de toxina botulínica tipo A; 
• mesoterapia/intradermoterapia; 
• preenchimentos semipermanentes; 
• peelings químicos; 
• carboxiterapia; 
• laser fracionado; 
• luz intensa pulsada; 
• radiofrequência;
54
• entre outras inúmeras técnicas invasivas não cirúrgicas utilizadas no rejuvenescimento 
cutâneo e em alterações nas conformações corporais (celulite, estrias, flacidez, 
gordura localizada etc.). 
Outra vantagem dos procedimentos minimamente invasivos é o de não causar 
desconforto e não afastar o paciente de sua rotina. Quando exigem um tempo de 
recuperação maior, como no caso do peeling químico, esse período não excede 15 dias, e o 
paciente pode repousar em casa.
Como consta na Resolução nº 214/2012, a aplicação de substâncias nos 
procedimentos estéticos deve seguir as normas do fabricante, em obediência às normas 
estabelecidas pela sociedade científica. Em consonância, essa mesma Resolução confere 
ao biomédico a responsabilidade técnica para utilizar e prescrever substâncias, mediante 
cumprimento dos critérios necessários para obter a referente habilitação (CFBM, 2012). 
Além disso, o histórico escolar do curso deve possuir toda a grade curricular básica, 
incluindo disciplinas ou conteúdos de semiologia e farmacologia para atuar na biomedicina 
estética, critérios exigidos para a especialização, que estão previstos na Resolução do 
Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) nº 200/2011, nos art. 3º e 5º, e estão de acordo 
com as normas e as Resoluções nº 169 e 174 do Conselho Federal de Biomedicina.
Considerando o entendimento das técnicas de aplicação de substâncias, outro 
requisito é conhecer os antecedentes do paciente, obtendo informações importantes, 
tais como: se ele faz ou não uso de medicamentos, se é gestante ou lactante e se possui 
desordens no sistema nervoso periférico ou neuromuscular (SILVA, 2012). 
Como a estética está intimamente ligada ao corpo, a maneira mais atrativa de 
vender seu serviço profissional é mostrando seus pacientes em redes sociais, com fotos de 
antes e depois, e até mesmo os momentos em que são realizados os procedimentos. No 
entanto, existem algumas considerações com relação à propaganda da atividade biomédica, 
são elas: Capítulo V - Dos Limites para Divulgação e Propaganda da Atividade Biomédica:
CAPÍTULO V Dos Limites para Propaganda, Publicidade e Anúncio da 
Atividade Biomédica.
Art. 8º Considera-se propaganda, publicidade ou anúncio, qualquer 
divulgação relativa à atividade profissional oriunda ou promovida pelo 
profissional biomédico, independentemente do meio de divulgação.
I. A participação do profissional biomédico na divulgação de assun-
tos de seu âmbito profissional deve-se pautar pela prévia con-
dição de conteúdo que apresente evidências científicas, visando 
primordialmente o esclarecimento e a educação da população, 
além do interesse público, vedada a autopromoção, a prática en-
ganosa, abusiva ou em desacordo aos direitos do consumidor;
II. É obrigação do profissional biomédico observar os princípios 
éticos de sua profissão na publicidade, propaganda ou anúncio, 
em especial no campo dos procedimentos assistenciais
III. O profissional biomédico, responsável legal/administrador e/ou 
Responsável Técnico por estabelecimento, de igual forma torna-
se responsável pela publicidade, propaganda e/ou anúncio que a 
Pessoa Jurídica realizar.
55
 Art. 9º Na propaganda, publicidade ou anúncio individual ou coletiva, 
deverão constar:
a) nome do biomédico, da pessoa jurídica e seus respectivos números 
de inscrições no Conselho;
b) habilitações devidamente registradas;
c) títulos do profissional;
d) endereços e horários de trabalho;
 
Art. 10 O profissional biomédico poderá divulgar os títulos, cursos/
capacitações/atualizações que participou, após sua inclusão na área 
de atuação. § 1º - O biomédico poderá utilizar mídia exterior e/ou mídia 
eletrônica, obedecendo a legislação pertinente. As mídias deverão 
obedecer às indicações constantes do artigo 9º e alíneas, ainda:
I – A divulgação de autorretratos (selfies) de biomédicos, acompa-
nhados de usuário ou não, desde que com autorização prévia do 
usuário ou de seu representante legal, através de Termo de Con-
sentimento o Livre e Esclarecido – TCLE;
II - Toda atividade passível de autorização do usuário deverá ser 
obrigatoriamente encaminhada ao respectivo conselho via digital, 
sob responsabilidade exclusiva do Responsável Técnico - RT;
III - Divulgação de imagens por biomédico responsável pela sua 
execução cientificamente comprovada, com autorização prévia 
do usuário ou de seu representante legal, através de TCLE;
IV - Publicar imagens e resultado final de procedimentos, salvo nos casos 
onde houver, além do TCLE para esse fim, os seguintes dizeres cons-
tantes na descrição ou legenda da peça publicitária: “Esta imagem 
não representa, em hipótese alguma, garantia de resultado. Cada ser 
humanotem características anatômicas e fisiológicas únicas”;
V - No caso de divulgação de imagens relativas aos procedimentos, 
conhecidos como “antes” e “depois” deverá constar legenda nas 
imagens contendo a seguinte informação autorizada em TCLE: 
“divulgação autorizada pelo usuário”.
A realização dos procedimentos pelo profissional biomédico, quando seguidas as 
pragmáticas de segurança, é eficaz e segura, com relatos de aprovação dos pacientes e 
resultados visuais satisfatórios (BRATZ, 2016).
O biomédico que possuir essa habilitação poderá realizar a prescrição de 
substâncias e outros produtos para fins que não sejam terapêuticos, incluindo substâncias 
biológicas (toxina botulínica tipo A) (CFBM, 2014).
3 APLICAÇÕES GERAIS DOS PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE 
INVASIVOS 
Uma área que cresceu nesses últimos anos foi a Biomedicina Estética, que cuida do 
bem-estar e beleza do paciente, levando os recursos da saúde relacionados ao seu amplo 
conhecimento para a recuperação dos tecidos e do organismo como um todo (SILVA, 2012). 
Entre as técnicas utilizadas no rejuvenescimento facial e corporal, os 
procedimentos minimamente invasivos (não cirúrgicos) são os mais frequentes, em que o 
biomédico esteta aplica as técnicas para as disfunções estéticas relacionadas à derme e 
seus anexos e ao tecido adiposo. 
56
Conforme a Resolução nº 197, de 21 de fevereiro de 2011, do Conselho Federal de 
Biomedicina, o biomédico é um profissional capacitado para a realização de tratamentos 
de disfunções corporais e faciais decorrentes do envelhecimento. Esse profissional pode 
indicar tratamentos específicos através de uma anamnese minuciosa, cuidando da saúde, 
do bem-estar e da beleza das pessoas (CFBM, 2011). Além disso, pode realizar os procedi-
mentos minimamente invasivos, como a aplicação de carboxiterapia, peelings químicos mi-
croagulhamento, intradermoterapia, toxina botulínica do tipo A e preenchimentos dérmicos. 
Os procedimentos minimamente invasivos, em alta no mercado, têm 
sido amplamente empregados. Um dos que mais se destacam é a carboxiterapia, 
procedimento utilizado nas disfunções estéticas, caracterizada pelo uso terapêutico do 
gás carbônico com o intuito de eliminar estrias, celulites, flacidez da pele e gorduras 
localizadas (FELIZZOLA; MEJIA, 2014). 
É uma intervenção simples e segura, entretanto, sua utilização requer conheci-
mento, profissionais capacitados e ambiente apropriado. É administrada por via subcutâ-
nea e promove vasodilatação, que melhora o fluxo de nutrientes necessários para remo-
delar os componentes da matriz extracelular e reparação dos tecidos (MACHADO, 2014). 
Um dos efeitos colaterais relatados é a dor, pois no local da aplicação pode 
ocorrer ardência, dormência ou pequenos hematomas. As contraindicações incluem 
problemas infecciosos na pele e disfunções como: alergia, obesidade, gravidez, herpes, 
acne, urticária, infecção local, epilepsia, distúrbios psiquiátricos etc. (REIS; VIEIRA, 2018).
Os peelings químicos também têm se tornado uma modalidade terapêutica cada vez 
mais popular. É um dos procedimentos estéticos mais utilizados. Consiste na aplicação de 
uma substância química na pele para produzir descamação do estrato córneo e normalização 
da epiderme, com remodelação da pele (TRUCHUELO; CERDÁ; FERNÁNDEZ, 2017). 
O profissional que fará o peeling deve ter conhecimento dos agentes químicos, pois 
são alguns dos mais amplamente utilizados no tratamento do melasma. O procedimento pro-
duz uma melhoria considerável na qualidade da pele tratada, após um curto período de recu-
peração, além de ser um procedimento econômico e relativamente seguro (GRIMES, 2000).
O procedimento consiste na aplicação de um ou mais agentes esfoliantes na pele, 
ocorrendo depois a regeneração de parte da epiderme e/ou derme, através do aumento 
da expressão dos genes de colágeno. Os efeitos colaterais podem ser minimizados 
quando se utilizam concentrações mais baixas, de 20% a 35%, sendo que concentrações 
mais elevadas geralmente provocam irritação e podem causar hiperpigmentação pós-
inflamatória em pacientes com pele escura (SARKAR; BANSAL; GARG, 2012).
Outra técnica usada no rejuvenescimento é a intradermoterapia, um procedimento 
médico que consiste na aplicação de substâncias com mecanismos de ação já conhecidos 
e em baixas doses, biocompatíveis e absorvíveis, indicadas no combate aos radicais livres 
e nos casos de envelhecimento leve a moderado (CHOI et al., 2012).
57
Entretanto, a intradermoterapia está contraindicada no tratamento de rugas de 
expressão e de envelhecimento facial como tratamento isolado, podendo ser utilizada 
como tratamento combinado a outras técnicas. É melhor indicada em pacientes 
com sinais iniciais de envelhecimento, que apresentam desidratação cutânea leve a 
moderada e formação de rugas finas (EL-DOMYATI et al., 2012).
O ácido hialurônico, por sua vez, é um dos preenchedores dérmicos temporários mais 
usados na correção de linhas e sulcos faciais por ser seguro e eficaz. Sua forma injetável tem 
conquistado lugar de destaque na prevenção ao envelhecimento. Embora seu uso não seja 
um substituto para a cirurgia plástica, sua aplicação vem se destacando como uma das op-
ções não cirúrgicas mais aceitas pelos pacientes, devido ao seu baixo custo e por apresentar 
efeitos imediatos, além de conferir volume, sustentação, hidratação e elasticidade à pele. 
As diferentes apresentações farmacêuticas disponíveis permitem a escolha do produ-
to com reticulação e densidade apropriada à reposição volumétrica, em diferentes planos de te-
cidos e zonas anatômicas, de forma a atender às necessidades individuais (MORAES et al., 2017). 
A contração muscular proporciona expressões faciais chamadas de rugas 
dinâmicas. O surgimento das rugas dinâmicas, com o tempo, pode levar à formação de 
rugas que aparecem mesmo sem a ação muscular, ou seja, surgem as rugas estáticas. 
Estas transmitem uma percepção de idade mais avançada, causando acurácia da 
transmissão das informações de emoção (EKMAN, 1992).
Em casos de pacientes que tenham rugas hiperfuncionais, o tratamento 
para a suavização pode estar indicado. Além de suavizar as rugas de expressão, os 
pacientes também podem ter aparência mais jovem, melhorando sua aceitação social e 
autoestima, humor e diminuição do nível de estresse (KHAN, 2001).
A ruga hiperfuncional é frequente na região frontal, na glabela, ao redor dos 
olhos e na boca. Alguns tratamentos são usados na suavização e, dependendo da 
profundidade e da localização, são indicados a dermoabrasão, os tratamentos a laser, 
os preenchimentos, a cirurgia e as aplicações de toxina botulínica tipo A. Tais tratamentos 
podem ser utilizados, ainda, em combinação, para deixar uma aparência mais jovem e 
saudável. No entanto, o resultado do tratamento depende do diagnóstico correto do 
problema, além de uma discussão sincera com o paciente a respeito de expectativas e 
duração de efeitos (FINN; COX; EARL, 2003).
O botox é um dos procedimentos estéticos não cirúrgicos mais realizados na 
atenuação de linhas de expressão na região frontal, periorbicular, terço médio e inferior da 
face, pescoço e colo, hiperidrose palmar, axial, plantar e correções de assimetrias faciais 
(LACORDIA; JANUÁRIO; PEREIRA, 2011).
Durante a execução do procedimento, o profissional deve ter conhecimento 
anatômico, muscular, nervoso e subcutâneo da face. As durações do efeito ocorrem 
de forma individualizada e dependem de fatores relacionados ao paciente, como idade, 
sexo, patologia associada ou, ainda, a formação de anticorpos antitoxina botulínica, que 
tendem a reduzir sua eficácia terapêutica (SANTOS, 2013).
58
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• A legislação da biomedicina estética envolve a realização dos procedimentos 
minimamente invasivos.
• As Resoluções que asseguram a atuação dos biomédicos na estética são as de nº 169 
e 174, do Conselho Federal de Biomedicina, e a Resolução nº 214.
• Os requisitos paraobter a habilitação para atuar em biomedicina estética são, além 
do histórico escolar do curso, possuir toda a grade curricular básica, bem como 
disciplinas ou conteúdos de semiologia e farmacologia. São critérios exigidos para a 
especialização, que estão previstos na Resolução do Conselho Federal de Biomedicina. 
59
RESUMO DO TÓPICO 1
1 A atuação do biomédico na estética deve estar em consonância com a legislação 
vigente do Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) e da Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (ANVISA). De acordo com as Resoluções do CFBM (nº 197/2011 e 
nº 241/2014), é permitido que os biomédicos realizem procedimentos minimamente 
invasivos. Sobre os procedimentos médicos estéticos que podem ser atribuídos ao 
biomédico esteta, assinale a alternativa CORRETA: 
a) ( ) Preenchimentos dérmicos.
b) ( ) Cirurgia bariátrica.
c) ( ) Toxina botulínica com finalidade terapêutica.
d) ( ) Reconstrução de mama.
2 Os Conselhos de Classes de profissões da saúde baseiam-se em suas próprias 
Resoluções para habilitar e fiscalizar seus respectivos profissionais na realização 
de procedimentos estéticos. O biomédico habilitado em estética poderá realizar 
determinados procedimentos da área mediante o cumprimento de critérios necessários 
para obter a referente habilitação. A respeito de um dos requisitos necessários para o 
profissional obter o título de biomédico esteta, assinale a alternativa CORRETA: 
a) ( ) Ter curso de pós-graduação em biomedicina estética.
b) ( ) Comprovar estágio supervisionado em biomedicina estética, com 300 horas/
aula durante a graduação.
c) ( ) Ser graduado no curso de biomedicina, apenas. 
d) ( ) Não há a necessidade de estar inscrito no Conselho de Classe para a atuação 
em estética. 
3 A harmonização facial está relacionada à execução de diversos procedimentos, como 
a aplicação de toxina botulínica, de ácido hialurônico e demais dermocosméticos. 
Muitas vezes, podem surgir intercorrências e complicações durante ou após esses 
procedimentos. Mediante os eventuais erros durante a realização dos procedimentos 
estéticos, os profissionais estetas são obrigados a reparar os danos com indenizações. 
Considerando o Art. 10º, que faz referência aos limites para a divulgação e a 
propaganda da atividade biomédica, quanto ao que é vedado ao biomédico, analise 
as afirmativas a seguir:
I- Oferecer seus serviços profissionais através de qualquer mídia para se promover 
profissionalmente.
II- Divulgar nome, endereço, laudos ou qualquer outro elemento que identifique o 
paciente.
AUTOATIVIDADE
60
III- Publicar fotografia de pacientes, salvo em veículo de divulgação estritamente científico 
e com prévia e expressa autorização do paciente ou de seu representante legal.
IV- Anunciar preços de serviços, modalidade de pagamento e outras formas de 
comercialização.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As afirmativas I, II e IV estão corretas.
b) ( ) As afirmativas III e IV estão corretas.
c) ( ) As afirmativas I, II e III estão corretas.
d) ( ) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
4 A Normativa nº 01, de 10 de abril de 2012 e as Resoluções nº 214, de 10 de abril de 
2012, nº 200, de 1 de julho de 2011, e nº 197, de 21 de fevereiro de 2011, estabelecem 
normas do Conselho que regulamenta a profissão do biomédico. Disserte sobre a 
atuação do biomédico em relação ao tratamento estético injetável de microvasos, 
fios de sustentação e aplicação de substâncias por via intramuscular.
5 Entre as técnicas utilizadas no rejuvenescimento facial e corporal, os procedimentos 
minimamente invasivos (não cirúrgicos) são os mais frequentes, em que o biomédico 
esteta aplica as técnicas para as disfunções estéticas relacionadas à derme e seus 
anexos e ao tecido adiposo. Disserte sobre a Resolução que assegura a atuação dos 
biomédicos na estética. 
61
TOXINA BOTULÍNICA
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, estudaremos o uso da toxina botulínica na estética. Envelhecer 
é um processo natural que ocorre com todos os indivíduos. Ao longo desse processo, 
haverá alterações fisiológicas e funcionais em cada parte do corpo. 
Quando falamos de envelhecimento, não estamos nos referindo apenas à idade 
cronológica, mas também aos fatores externos, como o estilo de vida de cada pessoa, 
a exposição ao sol etc. Esses processos são visíveis na pele nas regiões mais expostas, 
e apesar de que envelhecer faz parte da vida, muitas pessoas sofrem com baixa 
autoestima em decorrência do processo de envelhecimento (GIMENEZ et al., 2002). 
A aplicação da toxina botulínica teve destaque ultimamente nos tratamentos 
estéticos, pois ela devolve a autoestima e causa bem-estar aos pacientes. Contudo, 
deve ser feita por um profissional qualificado e habilitado, seguindo todos os protocolos 
de segurança, de acordo com o perfil de cada paciente (GIMENEZ et al., 2002). 
É importante avaliar os aspectos individuais de cada paciente (idade, sexo, 
religião, residência, escolaridade e profissão), evitando, assim, efeitos indesejados. Neste 
tópico, você aprenderá a importância da toxina botulínica e suas indicações, as marcas 
disponíveis no Brasil, o mecanismo de ação da toxina, as técnicas de aplicação, as 
recomendações após o uso da toxina botulínica, os efeitos adversos e as contraindicações. 
2 DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS 
Descrita pela primeira vez há mais de um século por Justinus Kerner, em 1817, 
a toxina botulínica gera grande receio por sua capacidade de provocar uma doença 
conhecida como “botulismo”. A palavra é derivada do latim, botulus. Seu agente etiológico é 
uma bactéria anaeróbica, gram positiva, denominada Clostridium botulinum (MIRA, 2010).
 
A doença pode ser adquirida pelo consumo de produtos contaminados, tais 
como: carnes, legumes e conservas, apesar de já ter sido relatada em algumas infecções 
de feridas. A toxina produzida por essa bactéria possui alta toxicidade devido ao seu 
mecanismo de ação altamente específico, sendo o sintoma mais característico a paralisia 
progressiva dos músculos voluntários que, consequentemente, ocasiona insuficiência 
UNIDADE 2 TÓPICO 2 - 
62
respiratória e morte (CARRUTHERS; CARRUTHERS, 2001). Por outro lado, a toxina 
botulínica vai além de causar uma grave doença, e vem sendo usada cada vez mais no 
campo da saúde. Ao longo dos anos, o uso da toxina prosseguiu com diversas aplicações, 
que evoluíram e dispuseram novas possibilidades à medicina (BRITO; BARBOSA, 2020). 
Nessa conjuntura, a toxina foi usada pela primeira vez por Alan Scott (1968), em 
crianças com estrabismo, o qual concluiu que a toxina botulínica seria uma alternativa 
ao método cirúrgico. Visto a melhoria, ela passou a ser utilizada também na cosmética, 
sendo liberada para uso em 1992, nos EUA (MIRA, 2010). No Brasil, foi liberada pela 
ANVISA apenas no ano 2000 (FISZBAUM, 2008). Atualmente, vem sendo usada em 
vários outros transtornos estéticos como: redução do sorriso gengival e atenuação de 
queloides, cicatrizes e hiperidrose, pois contribui para a melhoria da qualidade de vida 
do paciente, restabelecendo a autoestima e a aceitação social (SILVA, 2009).
Há várias espécies bacterianas capazes de produzir toxinas: Clostridium 
botulinum, Clostridium butyricum, Clostridium baratii e Clostridium argentinense (SILVA, 
2009). Entretanto, a espécie C. botulinum é a mais relevante, podendo ser dividida 
em quatro grupos distintos, sendo cada um destes classificados conforme as suas 
características genéticas e fenotípicas, que são subdivididos em oito tipos, que vão de 
A até G (Tabela 1) (MACHADO; MENEGAT, 2018).
TABELA 1 – CLASSIFICAÇÃO DOS SUBGRUPOS DE C. BOTULINUM
Subgrupo Tipo de Toxina
I A, B, F
II B, E, F
III C1, C2 e D
IV D
FONTE: A autora 
Como foi citado anteriormente, a espécie C. botulinum produz oito tipos diferentes 
de toxinas, desses, cinco tipos (A, B, E, F e G) podem infectar humanos, com exceção das C 
(1 e 2) e D, sendo que os tipos A, B e E constituem as principais causas de doença humana 
e são liberadasapenas quando ocorre a lise da bactéria (FREEMAN; COHEN, 2008).
Com relação ao seu uso na área da cosmética, a toxina do tipo A é a mais 
utilizada em aplicações terapêuticas. Por esse motivo, sua utilização era inicialmente 
para fins terapêuticos e somente na década de 1990 se estendeu para a área estética. 
Carruthers e Carruthers demonstraram, em 1992, a minimização de rugas localizadas 
na glabela com o uso da toxina botulínica. Com esses resultados e, posteriormente, 
estudos clínicos, introduziu-se a aplicabilidade da toxina do tipo A como um método 
eficaz e seguro no tratamento das rugas faciais (CARRUTHERS; CARRUTHERS, 2001). 
63
Com relação à estrutura molecular, a toxina botulínica é formada por uma cadeia 
peptídea simples de 150 kDa, constituída por duas unidades proteicas: uma de peso 
molecular de 100 kDa, de cadeia pesada (Hc), e outra de 50 kDa, de cadeia leve (Lc). 
Essas unidades são conectadas entre si por pontes de proteases, que são denominadas 
de dissulfídricas. Por sua vez, essas porções exercem um papel fundamental no 
mecanismo de ação da toxina, que é marcado pela diminuição da contração muscular, 
através da inibição da acetilcolina (CARRILHO, 2007). 
FIGURA 2 – ESTRUTURA DA TOXINA BOTULÍNICA
FONTE: <https://bit.ly/37OKV0H>. Acesso em: 31 mar. 2022. 
A toxina botulínica deve ser aplicada por via intramuscular, e sua ação é dose-
dependente, age bloqueando os canais de cálcio ao passo que inibe a liberação do 
neurotransmissor acetilcolina e, consequentemente, a transmissão do impulso nervoso 
à placa motora do músculo. Uma vez ligada à membrana neuronal, desloca-se para o 
citoplasma do axônio, bloqueando a transmissão sináptica, causando fraqueza muscular 
(HAMBLETON, 1992; SPOSITO, 2009). 
Ao ser injetada, a toxina atingirá diretamente a corrente sanguínea e será 
transportada para os terminais neuromusculares. No entanto, não atravessa a barreira 
hematoencefálica e, caso ocorra a absorção cutânea, a toxina é transportada pelo 
sistema linfático e levada aos terminais neuromusculares (CARRILHO, 2007).
64
FIGURA 3 – MECANISMO DE AÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA
FONTE: <https://shutr.bz/3xrdImX>. Acesso em: 31 mar. 2022.
O tempo de ação da toxina varia conforme seus diferentes tipos. Seu feito inicial 
é de dois dias e se estabiliza por volta do 15º dia. Dependendo da área aplicada, dura em 
torno de dois a quatro meses nas junções neuromusculares (SILVA, 2009). 
A toxina do tipo A é a que tem uma maior duração no uso estético, sendo também 
a mais eficiente. Entretanto, após o período de ação da toxina, novos receptores para a 
acetilcolina são formados, o que garante uma segurança ao organismo, impedindo que 
a neurotoxina atinja o sistema nervoso central, tornando o procedimento reversível e 
reaplicável ao longo do tempo (SPOSITO, 2009).
3 APLICAÇÕES
As “rugas de expressão”, também chamadas de dinâmicas, são provocadas 
por contrações repetitivas de certos músculos faciais, que ao longo do tempo se 
transformam em estáticas, devido ao envelhecimento. Podem ser causadas por exposição 
solar excessiva, insuficiência de fibras colágenas e elásticas nas células, tabagismo, 
ressecamento superficial da pele e fatores genéticos (ANTONIO; ANTONIO, 2016). 
Os principais músculos para aplicar a toxina com o objetivo de rejuvenescimento 
facial são: orbicular dos olhos, frontal, nasal, prócero, corrugador, levantador do lábio e 
levantador de ângulo da boca. Seu uso aumenta a autoestima e diminui as imperfeições 
estéticas como: modelamento de sobrancelha e nariz, linhas de expressão na testa, 
levantar os cantos da boca, suavizar rugas dinâmicas, tanto na face como no pescoço e 
colo, e corrigir assimetrias faciais (DRESSLER; BENECKE, 2007).
65
FIGURA 4 – MÚSCULOS DA FACE
FONTE: <https://shutr.bz/3jDJ3uG>. Acesso em: 31 mar. 2022.
A aplicação da toxina deverá seguir as características pessoais de cada indivíduo, 
levando em conta as suas particularidades. Alguns, por exemplo, têm expressões mais 
rígidas que outros (MAIO, 2011). Antes de realizar o procedimento, inicialmente, faz-
se uma assepsia na pele e deve-se também fazer a marcação da área muscular a ser 
puncionada. A toxina deve ser distribuída pelos diferentes pontos marcados. Na ficha do 
paciente, devem constar a quantidade e a marca utilizadas, os pontos aplicados e a data 
da aplicação e do retorno (BARBOSA; BARBOSA, 2017). 
FIGURA 5 – PONTOS DE APLICAÇÃO DA TOXINA
FONTE: <https://shutr.bz/3M5ULdo>. Acesso em: 31 mar. 2022.
66
De acordo com Fiszbaum (2008), o paciente deve ser fotografado antes e após o 
procedimento. Além disso, a aplicação deve ser feita com seringa graduada em unidade 
por m/L (U) e o paciente deve estar confortável e relaxado.
O uso da toxina botulínica é seguro e efi caz na estética facial quando comparado 
com um procedimento cirúrgico e raramente provoca efeitos adversos. Todavia, seu uso 
requer conhecimentos anatômicos, musculares e subcutâneos da pele. De acordo com 
Fiszbaum (2008), não existem relatos na literatura de efeitos adversos letais de aplicação 
da toxina botulínica. Podem ocorrer efeitos mínimos e isolados, como edemas, cefaleia 
e hematomas locais, em função da alta vascularização da região da face e de pequenos 
traumas causados pela aplicação, que regridem logo após as primeiras horas, não havendo 
a necessidade de qualquer tratamento, embora a dor possa ser amenizada com o uso de 
pomadas anestésicas e com o uso de agulhas de menor calibre (KEDE; SABATOVICH, 2004).
Uma das formas para evitar efeitos adversos é através da purifi cação da solução, 
que tem como objetivo retirar resíduos tóxicos e contaminantes. Por outro lado, o uso 
incorreto pode causar alguns efeitos adversos e complicações, que podem ser evitados 
com um profi ssional qualifi cado e cumprimento de protocolos (DAYAN, 2013).
FIGURA 6 – HEMATOMA PERIORBITAL
FONTE: <https://shutr.bz/37MkDfy>. Acesso em: 31 mar. 2022.
Entre as principais complicações, a ptose palpebral (queda da pálpebra superior) 
é uma das mais temidas e está relacionada à técnica utilizada durante a aplicação que 
paralisa o músculo levantador da pálpebra superior. Além do mais, aplicações próximas 
à área orbital, ou manipulação do local após a aplicação, são fatores que aumentam a 
possibilidade de intercorrências. Geralmente, esses sintomas aparecem entre sete a 10 
A técnica e a velocidade de aplicação do produto devem ser feitas de forma lenta.
ATENÇÃO
67
dias após a aplicação, mas normalmente tendem a ser leves e regridem espontaneamente 
em duas a quatro semanas. Além da queda da pálpebra, os pacientes também sentem 
sensação de peso e dificuldade de movimentar os olhos (SANTOS, 2013).
Em casos extremos, recomenda-se o uso de colírio a 0,5% de Iopidine, um 
fármaco que auxilia na contração ciliar e abertura ocular, sendo recomendada uma gota 
no olho três vezes ao dia, no local da queda palpebral.
FIGURA 7 – PTOSE PALPEBRAL
FONTE: Sruilk, Shutterstock (2022).
Atualmente, há várias marcas de toxina tipo A disponíveis no mercado para 
aplicação estética no tratamento de rugas dinâmicas. O desafio maior é o resultado que 
cada uma desenvolve nos pacientes, pois apesar de serem do mesmo tipo e possuírem 
mecanismos de ação similares, diferem na formulação, na maneira de fabricação, no 
tamanho do complexo etc. (BARBOSA, 2014; BORGES, 2018). 
No Brasil, há cinco marcas aprovadas pela ANVISA, sendo elas: 
• Botox® - Toxina onabotulínica A: ONA (Allergan, Inc., Irvine, Califórnia).
• Dysport® - Toxina abobotulínica A: ABO (Ipsen Ltd., Berkshire, Reino Unido). 
• Prosigne® - TBA (Lanzhou, China).
• Xeomin® - Toxina incobotulínica A: INCO (Merz Pharma, Frankfurt).
• Botulift® - TBA (MedyTox Inc., Coreia do Sul).
Entre essas, o Botox® foi o primeiro produto a ser registrado e licenciado pelo 
laboratório Allergan, sendo uma das marcas mais conhecidas no Brasil e, por esse 
motivo, o procedimento ficou conhecido por todos como “Botox”. No entanto, as outras 
marcas e apresentações no Brasil,liberadas pela ANVISA, são seguras e eficazes. 
Contudo, segundo Odergren et al. (1998), uma unidade de um produto não corresponde 
à unidade de outro fabricante, então, não há uma mesma mensuração padronizada, 
devendo haver atenção no preparo para a aplicação. 
68
As seringas utilizadas na aplicação da toxina no paciente são as de insulina, sendo 
que as mais comuns são Ultrafi ne® (BD), com agulha fi xa, pois evitam o desperdício. As 
seringas podem apresentar o volume total de 0,3 mL (30U) ou 0,5 mL (50U) em escala 
dividida em uma unidade a cada 0,01 mL, isto é, cada um dos traços corresponde a 1U 
de toxina (SUNDARAM et al., 2016).
A toxina se encontra disponível na forma de pó e deverá ser refrigerada (2-
8º C), sendo necessária a sua diluição para uso. Sua reconstituição deverá ser feita 
com cloreto de sódio 0,9% estéril e injetável, na seguinte proporção: a cada 100 (U) 
unidades de toxina botulínica, recomenda-se 1 ml de cloreto de sódio, podendo variar a 
quantidade de diluição a critério do fabricante, por isso é sempre importante ler a bula 
(AYRES; SANDOVAL, 2016; BORGES, 2018).
A utilização de solução salina contém conservantes e pode não ser tão efi caz 
quanto deveria pelo fato de o pH da solução ser alterado com o uso de tal diluidor. 
A diluição do produto pode ser feita em qualquer quantidade, fi cando a critério do 
profi ssional o quanto quer diluir, porém, a dose que será aplicada é mensurada de acordo 
com a necessidade que o paciente apresentar, conforme a avaliação do profi ssional. 
Durante a diluição, deve-se aspirar a quantidade necessária de diluente com a seringa 
apropriada, injetar o diluente no frasco lentamente e misturar de forma delicada. Além 
disso, é preciso anotar a data e a hora da reconstituição no espaço reservado no rótulo 
do frasco (ALLERGAN, 2018).
Existem dois tipos de diluição da toxina: seca e úmida. A seca é a mais indicada, 
pois sua reconstituição é feita com 1 ml de soro a cada 100 unidades de toxina. Essa 
diluição é mais segura e traz maior exatidão na aplicação no músculo do paciente, 
garantindo uma efetividade do procedimento, sem que haja grande risco de a solução 
migrar para outros músculos. Por outro lado, a diluição úmida é reconstituída com 
muito soro, ou seja, 2 ou 3 ml. Nesse caso, há o risco de difusão da toxina para outra 
musculatura que, na verdade, não deveria recebê-la (MOSCONI, 2018).
Além dos fatores citados anteriormente, a aplicação deve ser feita por um 
profi ssional qualifi cado e habilitado, seguindo todos os protocolos de segurança de acordo 
com o perfi l de cada paciente (GIMENEZ et al., 2002). É fundamental avaliar os aspectos 
individuais de cada paciente (idade, sexo, estado civil, religião, residência, escolaridade 
Injetar o diluente no frasco lentamente, homogeneizando de forma delicada 
no volume desejado para a aplicação e deve-se anotar a data e a hora da 
reconstituição.
DICA
69
e profi ssão), evitando, assim, efeitos indesejados, já que a técnica utilizada faz toda a 
diferença. Por isso, o profi ssional biomédico deve ser devidamente qualifi cado por órgãos 
competentes, para realizar o procedimento com segurança (ALLERGAN, 2018).
Existem algumas contraindicações do uso da toxina botulínica que devem ser 
respeitadas, que são: o uso da toxina em gestantes ou lactantes; locais que apresentem 
riscos de infecções; pessoas com distúrbios neurológicos e neuromusculares e pacientes 
sensíveis aos componentes da fórmula da toxina ou da albumina humana (SANTOS, 2013).
Após a aplicação da toxina, algumas recomendações devem ser seguidas:
• para impedir a migração do produto para as áreas não desejadas, deve-se evitar 
massagear a região tratada, a realização de movimentos bruscos e viagens aéreas; 
• não praticar exercícios físicos nas primeiras 24 horas da aplicação;
• não abaixar a cabeça e não deitar durante as primeiras quatro horas após a aplicação;
• pode ocorrer hematoma e inchaço ao redor dos pontos de aplicação logo após a 
realização dos procedimentos, que desaparecerão em aproximadamente cinco 
horas;
• caso ocorram hematomas, suspender o uso de aspirina ou medicamento similar;
• após a aplicação, podem ocorrer dores de cabeça. Isto é comum e resultado da 
tensão ocorrida durante a realização do procedimento;
• caso ocorra qualquer sintoma descrito, imediatamente contate seu biomédico 
e o informe minuciosamente sobre as reações ocorridas e as medidas até então 
adotadas;
• a ação da toxina ocorre entre 24 e 48 horas após a aplicação, sendo completa ao 
fi m de 14 dias. O retorno deverá acontecer entre 15 e 29 dias a contar do dia da 
aplicação; 
• a aplicação de maquiagem, hidratante ou protetor solar só pode ocorrer após 12 
horas da aplicação;
• o uso de ácido só pode ocorrer após 24 horas da aplicação.
Informar ao paciente os resultados, a durabilidade, as possíveis intercorrências 
e os efeitos colaterais do procedimento. Além disso, esse processo deve ser 
feito em um pré-atendimento, esclarecendo mitos e expectativas irreais.
IMPORTANTE
70
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• A importância da toxina botulínica e suas indicações para: o modelamento de 
sobrancelha e nariz, linhas de expressão na testa, levantar os cantos da boca, suavizar 
rugas dinâmicas, tanto na face como pescoço e colo, e corrigir assimetrias faciais.
• Existem cinco marcas aprovadas pela ANVISA disponíveis no Brasil. Entretanto, o 
Botox® foi o primeiro produto a ser registrado e licenciado pelo laboratório Allergan, 
sendo uma das marcas mais conhecidas no Brasil e, por esse motivo, o procedimento 
ficou conhecido por todos como “Botox”.
• As técnicas de aplicação e as recomendações após o uso da toxina botulínica. O 
uso da toxina botulínica não deve ser feito em gestantes ou lactantes; em locais que 
apresentem infecções; em pessoas com distúrbios neurológicos e neuromusculares e 
em pacientes sensíveis aos componentes da fórmula da toxina ou da albumina humana.
• Os efeitos adversos e as contraindicações, os resultados, a durabilidade, as possíveis 
intercorrências e os efeitos colaterais esperados após o procedimento.
71
1 A espécie Clostridium botulinum produz oito tipos diferentes de toxinas, classificados 
conforme as suas características genéticas e fenotípicas, que vão de A até G. Com 
relação ao seu uso na área da cosmética, existe um tipo de toxina que é a mais 
utilizada em aplicações terapêuticas. Quanto ao nome dessa toxina, assinale a 
alternativa CORRETA:
a) ( ) Toxina tipo A.
b) ( ) Toxina tipo B.
c) ( ) Toxina tipo C.
d) ( ) Toxina tipo D.
2 O uso da toxina botulínica é seguro e eficaz na estética facial quando comparado 
a procedimentos cirúrgicos. No entanto, podem ocorrer efeitos mínimos e isolados, 
que regridem logo após as primeiras horas, não havendo a necessidade de qualquer 
tratamento. Sobre alguns exemplos de efeitos adversos esperados durante a 
aplicação, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Hematomas locais.
b) ( ) Alergia no local da aplicação.
c) ( ) Abcesso.
d) ( ) Ptose palpebral.
3 A toxina botulínica, ao ser injetada, atingirá diretamente a corrente sanguínea e será 
transportada para os terminais neuromusculares. A injeção local de toxina bloqueia 
a transmissão sináptica, causando fraqueza muscular, isso ocorre, pois a toxina 
interfere na liberação de um neurotransmissor. Quanto ao nome do neurotransmissor 
bloqueado durante a ação da toxina, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Dopamina.
b) ( ) Noradrenalina.
c) ( ) Acetilcolina.
d) ( ) Serotonina.
4 Envelhecer é um processo natural que ocorre com todos os indivíduos. Ao longo 
desse processo, haverá alterações fisiológicas e funcionais em cada parte do corpo, 
causando alterações também na expressão facial. Levando em conta o mecanismo 
de ação da toxina botulínica no tratamento das rugas dinâmicas, disserte como a 
toxina botulínica age no organismo.
AUTOATIVIDADE
72
5 À medida que a expectativa de vida da populaçãoaumenta, cresce também o 
interesse por amenizar os sinais do envelhecimento. Entre os tratamentos estéticos 
disponíveis, o uso da toxina botulínica propicia resultados rápidos e seguros. Com 
relação à técnica de aplicação, disserte sobre os principais músculos em que se 
aplicam a toxina e suas principais indicações na estética.
73
TÓPICO 3 - 
PREENCHEDORES
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Este tópico abordará a utilização do ácido hialurônico como preenchedor facial 
e suas demais áreas da estética. Esse ácido é produzido naturalmente pelo organismo 
humano e tem como função a elasticidade e a hidratação da pele. Com o passar do 
tempo, o tecido perde a elasticidade, o colágeno e a gordura, tornando a pele sensível, 
seca, fina e com rugas.
O ácido hialurônico surge como uma alternativa para melhorar as alterações do 
contorno facial oriundas do processo de envelhecimento, sendo uma nova opção de 
tratamento estético e de forma menos invasiva em relação aos procedimentos cirúrgicos.
Tem sido um dos procedimentos mais realizados atualmente por ser pouco 
invasivo e não necessitar de intervenção cirúrgica, apresentando efeitos imediatos e 
satisfatórios. Neste tópico, você estudará a importância do ácido hialurônico e suas 
indicações, marcas disponíveis no Brasil, técnicas de aplicação, recomendações após o 
uso do ácido, efeitos adversos e contraindicações. 
 
2 DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS 
O ácido hialurônico é um polissacarídeo presente no tecido conjuntivo, cuja 
substância tem aspecto viscoelástico de consistência gelatinosa, com alto poder de 
hidratação e integridade dos tecidos. Esse polímero é produzido de forma natural pelo 
organismo, principalmente por fibroblastos e queratinócitos, e pode ser encontrado em 
humanos nos fluidos vítreo, sinovial, cérebro, cartilagem e derme (GREENE; SIDLE, 2015). 
Levando em conta as características peculiares do ácido hialurônico, ele tem 
como função preencher espaços vazios, absorvendo choques, mantendo a elasticidade 
e a hidratação dos tecidos e fazendo ligações com moléculas de água perdidas durante 
o envelhecimento (BOHAUMILITZKY et al., 2017). 
Foi isolado pela primeira vez por Karl Meyer e John Palmer em 1934, em tecidos 
de humor vítreo e cordão umbilical de animais. Posteriormente, com os avanços da 
tecnologia, essa substância passou a ser de Streptococcus hemolíticos e Staphylococcus 
(PAN et al., 2013). 
74
Atualmente, vem sendo usado na estética com o objetivo de promover a 
sustentação da porção externa dos olhos, a elevação lateral das sobrancelhas e a 
diminuição das rugas periorbitárias (ALMEIDA et al., 2017). Essas vantagens apresentadas 
têm conquistado o público, uma vez que o procedimento é menos traumático que 
cirurgias, com menos efeitos adversos, menores custos e com resultados rápidos 
(COIMBRA; OLIVEIRA; URIBE, 2015). 
Além disso, tem como vantagem a disponibilidade de um tratamento alternativo 
em casos de complicações no tratamento. A hialuronidase, uma enzima utilizada, tem 
capacidade de diminuir a viscosidade intercelular e aumentar a permeabilidade e a 
absorção dos tecidos (BUHREN et al., 2016; BALASSIANO; BRAVO, 2014).
Com a finalidade de obter uma aparência mais harmônica, o ácido hialurônico 
surge como uma alternativa para melhorar as alterações do contorno facial, oriundas 
do processo de envelhecimento. Segundo Coimbra, Oliveira e Uribe (2015), uma face 
considerada atrativa é aquela que apresenta simetria, bochechas altas e contornos 
marcados. Na análise da simetria da face, utiliza-se a técnica que divide a face em três 
terços horizontalmente.
FIGURA 8 – TERÇOS DA FACE
FONTE: <https://shutr.bz/3Oe6QiW>. Acesso em: 1 abr. 2022.
O ácido hialurônico é uma das principais substâncias usadas em procedimentos 
estéticos, ajudando a elevar a autoestima e a reestruturar a face. As principais indicações 
são nos preenchimentos dos sulcos nasojugais, nasogenianos, rugas glabelares, rugas 
finas e na rinomodelação (FERREIRA; CAPOBIANCO, 2016).
75
FIGURA 9 – ÁREAS DE PREENCHIMENTOS FACIAIS
FONTE: <https://shutr.bz/3rnuUpq>. Acesso em: 1 abr. 2022.
Durante o preenchimento, são utilizadas duas técnicas: as volumizadoras e 
as bioestimuladoras. A volumizadora tem o objetivo de devolver o volume da face, e a 
bioestimuladora de estimular a produção de colágeno e elastina. O ácido hialurônico 
age corrigindo as imperfeições causadas pelo envelhecimento, ajudando a melhorar 
aspectos indesejados na pele (PAVANI; FERNANDES, 2017).
3 APLICAÇÕES
O ácido hialurônico comercial se encontra disponível em seringas de 1 ml, em 
forma de gel espesso, incolor, composto por uma molécula simples, com alto peso 
molecular e hidrofílico. Ele pode ser armazenado em temperatura ambiente. Entretanto, 
deve-se evitar a exposição do produto ao calor, pois pode estimular a formação de 
monômeros, contribuindo potencialmente para a inflamação (BAUMANN, 2004).
É importante também considerar o local e o volume a ser aplicado do produto. 
Um bom resultado depende da profundidade dos sulcos, das rugas e também da 
viscosidade do ácido que será utilizado no procedimento (PEREIRA; DELAY, 2017; 
FERREIRA; CAPOBIANCO, 2016).
Você pode combinar o ácido hialurônico com outros ativos, como o retinol, 
potencializando, assim, a hidratação da pele, reduzindo as rugas e melhorando 
a elasticidade e a firmeza dela.
DICA
76
Os resultados de uma única aplicação podem ser notados logo após o 
procedimento e seus efeitos podem durar entre oito a 12 meses. Entretanto, seus 
efeitos podem ser determinados pela degradação enzimática dos fibroblastos, tornando 
a formação da cadeia do polímero mais curta. Áreas com maior mobilidade apresentam 
resultados menos satisfatórios. No entanto, para prolongar esses efeitos, pode-se fazer 
o uso concomitante com toxina botulínica (PEREIRA; DELAY, 2017).
Existem no mercado várias linhas de produtos à base do ácido para tratamento 
facial. No Brasil, as principais marcas comercializadas são: Juvederm®, Belotero®, 
Restylane®, Redexis®, Reviderm® e Matridex® (GLADSTONE; PEGGY; CARRUTHERS, 2005; 
FERREIRA; CAPOBIANCO, 2016). A escolha do produto deve obedecer a alguns aspectos 
como: segurança, estabilidade no local de aplicação, baixo risco de alergia, não desenvolver 
reação inflamatória, fácil aplicação, resultar em aparência natural, baixa imunogenicidade, 
rápida absorção, entre outros (FERREIRA; CAPOBIANCO, 2016; PIEL, 2011).
A via de administração do ácido hialurônico mais eficaz é a injetável, sua 
utilização pode ser feita com cânula ou agulha. Entretanto, a escolha do material para 
aplicação vai depender da preferência do profissional e da viscosidade do produto. De 
forma geral, o profissional pode optar pelo uso da agulha quando a aplicação do produto 
for menos viscosa e de menor profundidade no tecido, devido à espessura da agulha ser 
mais fina e, nesse caso, será destinado à derme. No entanto, ocorrem maiores riscos de 
sangramento pelo trauma causado pelo bisel (ANTONIO et al., 2014). 
Por outro lado, o uso de agulha atrapalha a aplicação dos preenchimentos 
em regiões mais profundas, enquanto, com a cânula, o procedimento é mais rápido 
e seguro, já que não promove penetração intravascular, diminuindo, assim, o risco de 
edema e nódulos, sendo mais confortável para o paciente e para o profissional. Além 
disso, as cânulas oferecem a vantagem de gerar preenchimento uniforme (FERREIRA; 
CAPOBIANCO, 2016; LIMA; MACHADO; MARSON, 2016). 
Antes da realização do procedimento, é necessário que o profissional discuta a 
expectativa e avalie os antecedentes do paciente, bem como se existe a possibilidade 
de alergia e se o paciente faz uso de medicamentos que podem influenciar no resultado 
final. Para assegurar o biomédico, é fundamental solicitar a assinatura do termo de 
consentimento e realizar fotografias antes e após o procedimento (CROCCO; ALVES; 
ALESSI, 2012). 
Alguns sinais, como vermelhidão e edema, são comuns e podem ocorrer na 
maioria dos casos. Para minimizar esses sintomas,pode-se utilizar compressa de gelo 
no local e manter a cabeça elevada. Essas reações podem ser causadas pelo rompimento 
dos vasos sanguíneos no local da aplicação e podem se agravar pelo aspecto do 
produto e técnica incorreta de aplicação (LA GLENNE, 2004). Por isso, é aconselhável 
não fazer o uso de anticoagulantes para reduzir a incidência de hematomas e minimizar 
os movimentos da área aplicada (CROCCO; ALVES; ALESSI, 2012).
77
Antes da realização do procedimento, deve-se realizar assepsia da pele com 
clorexidina a 4%. O procedimento não requer cuidados especiais e não interfere na rotina 
do paciente. Entretanto, para o conforto deste, pode ser aplicado anestésico 30 minutos 
antes do procedimento. Algumas marcas já possuem em sua formulação a lidocaína, 
sendo assim desnecessário o uso tópico (ALMEIDA; SAMPAIO; QUEIROZ, 2017).
Para a realização do preenchimento facial, existem diferentes técnicas e aplicações, 
mas a mais utilizada é a injeção retrógrada. Essa técnica permite que a agulha ou a cânula 
seja introduzida na área da glabela, sulcos nasolabiais, lábios, sulco lacrimal, entre outros, 
aplicando o produto em um movimento de trás para frente, na direção retrógrada (WARREN; 
NELIGAN, 2015). Entretanto, técnicas podem ser combinadas durante o preenchimento, 
e após o produto ser aplicado, o local pode ser modelado com a ponta dos dedos para 
suavizar possíveis irregularidades (PIEL, 2011; KEDE; SABATOVICH, 2004).
Apesar de a técnica ser considerada segura, o procedimento não está livre de 
riscos e nem de eventos adversos. Por isso, é recomendado aplicar até 2 ml, no máximo, 
em cada região. Caso seja necessário mais produto, recomenda-se outra sessão. 
O profissional também deve ter conhecimento da técnica, já que aplicações muito 
superficiais podem causar irregularidades aparentes, enquanto aplicações profundas 
podem ser ineficazes (PIEL, 2011).
Técnicas incorretas na aplicação do produto podem levar a complicações como: 
reações inflamatórias no local, hematomas, vermelhidão, infecção, nódulos, abscessos 
e necrose tecidual. A região da glabela é uma das áreas mais propícias ao aparecimento 
desses sinais, devido ser um local de grande quantidade de vasos sanguíneos, e seu 
comprometimento pode levar a graves efeitos colaterais (FERREIRA; CAPOBIANCO, 
2016; LIMA; MACHADO; MARSON, 2016). 
FIGURA 10 – VASOS SANGUÍNEOS PRESENTES NA FACE
FONTE: <https://shutr.bz/3ObYfNt>. Acesso em: 1 abr. 2022.
78
Mesmo sendo um procedimento pouco invasivo, algumas contraindicações 
merecem destaque para a realização do procedimento, são elas: gravidez, lactação, 
doenças sistêmicas autoimunes e imunodepressão, distúrbios de coagulação ou uso 
de anticoagulantes, inflamação ou infecção no local a ser tratado (CROCCO; ALVES; 
ALESSI, 2012).
 
79
USO DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA PREVENÇÃO DO ENVELHECIMENTO FACIAL
Natália Ribeiro Ferreira
Marcela Petrolini Capobianco
Atualmente, a sociedade se apresenta mais vaidosa e preocupada em manter 
a beleza facial e corporal, mas o envelhecimento é um processo natural. No entanto, 
há procedimentos que incrementam a circulação superficial local, melhorando, assim, 
a nutrição, o metabolismo e o tônus muscular, o que proporciona uma melhora no 
aspecto geral, retardando o envelhecimento precoce. Com isso, a utilização de ácidos 
no rejuvenescimento facial vem se tornando um procedimento cada vez mais comum. 
Na maioria dos tratamentos de rejuvenescimento, uma das etapas consiste na aplicação 
do Ácido Hialurônico (AH), que confere volume, sustentação, hidratação e elasticidade 
à pele, melhorando os sinais de envelhecimento. Complicações decorrentes do seu 
uso são infrequentes, mas podem ocorrer devido a reações alérgicas de pacientes 
em relação às substâncias químicas presentes no material utilizado nas aplicações e 
também aos componentes proteicos presentes nas preparações do ácido hialurônico.
INTRODUÇÃO
A pele é o órgão que envolve o corpo, determinando seu limite com o meio 
externo e exerce diversas funções, como regulação térmica, defesa orgânica, controle 
do fluxo sanguíneo, proteção contra diversos agentes do meio ambiente e funções 
sensoriais (calor, frio, pressão, dor e tato), sendo um órgão vital. Sem ela, a sobrevivência 
seria impossível (SCHNEIDER, 2000).
A sociedade se apresenta mais vaidosa e preocupada em manter a beleza facial 
e corporal, no entanto, o envelhecimento é um processo natural (SPIRDUSO, 2005). 
Conforme aumenta a expectativa de vida, aumenta também a preocupação com o 
envelhecimento da pele, pois através da aparência é possível observar o avanço da 
idade, principalmente na face; sendo este um dos motivos que levam os indivíduos a 
procurarem produtos que possam diminuir os efeitos do tempo (MAIA, 2012).
O envelhecimento se deve a alterações em nível celular, com diminuição da 
capacidade de os órgãos executarem suas funções normais, resultando, provavelmente, 
em doença e morte (PEREIRA, 2008). Trata-se de deterioração progressiva, tempo-
dependente do organismo em resposta adaptativa às mudanças ambientais e, com 
o passar do tempo, ocorrem alterações moleculares que desencadeiam alterações 
LEITURA
COMPLEMENTAR
80
orgânicas que levam ao envelhecimento (YAAR, 1995). É um processo biológico 
complexo contínuo, que se caracteriza por alterações celulares e moleculares, com 
diminuição progressiva da capacidade de homeostase do organismo, senescência e/ou 
morte celular (BAGATIN, 2011).
O processo de envelhecimento compromete os fibroblastos e, consequentemente, 
a síntese e a atividade de proteínas importantes, que garantem elasticidade, resistência 
e hidratação da pele, como a elastina, o colágeno e as proteoglicanas (SCOTTI; VELASCO, 
2003). Essas modificações levam ao aparecimento de um fenótipo característico, 
compreendido pelo aparecimento de rugas, flacidez, manchas, diminuição da capacidade 
de regeneração dos tecidos, perda do tônus, perda do brilho e aumento da fragilidade 
capilar (VANZIN; CAMARGO, 2008).
O homem utiliza substâncias para melhorar a aparência há milhares de 
anos e, inicialmente, essas substâncias utilizadas apresentavam exclusivamente 
pigmentos de origem animal e vegetal, que eram aplicados topicamente na tentativa 
de melhorar somente a aparência facial (MONTEIRO; PARADA, 2010). No entanto, o 
mercado consumidor cosmético oferece preparações constituídas por substâncias 
naturais ou sintéticas utilizadas na manutenção e no aperfeiçoamento da estética do 
corpo humano, com o objetivo principal de limpá-lo, perfumá-lo, alterar ou corrigir sua 
aparência, colaborando de modo a melhorar a qualidade da pele e seus anexos (GOMES; 
GABRIEL, 2006; ANVISA, 2005).
Atualmente, existem medidas eficazes para amenizar e retardar o processo de 
envelhecimento através de procedimentos que incrementam a circulação superficial 
local, melhorando a nutrição, o metabolismo e o tônus muscular, o que proporciona 
uma melhora no aspecto geral da pele, retardando, assim, o envelhecimento precoce 
(BAGATIN, 2009; SANTOS, 2013).
Com isso, a utilização de ácidos no rejuvenescimento facial vem se tornando um 
procedimento cada vez mais comum. Na maioria dos tratamentos de rejuvenescimento, 
uma das etapas consiste na aplicação do Ácido Hialurônico (AH), que vem ganhando 
destaque por ser um constituinte da matriz extracelular, cujas principais funções são 
preencher os espaços não ocupados pelas células e conferir resistência aos tecidos 
cutâneos (JHA et al., 2011).
ÁCIDO HIALURÔNICO
O Ácido Hialurônico (AH) é uma molécula carregada negativamente e, por 
isso, possui uma alta capacidade de se ligar à molécula de água, formando um bloco 
coeso com grande força para preencher as rugas (LIU et al., 2011). É componente 
de importantes líquidos do corpo, por exemplo, o líquido sinovial, que tem a função 
de lubrificar as articulações sinoviais, e o humor vítreo, líquido viscoso que atua na 
manutenção da forma esférica do olho. Vale ressaltar que a maior parte do AH no 
81
organismoestá situada na pele, conferindo-lhe volume, sustentação, hidratação e 
elasticidade (BANSAL et al., 2010; NOBLE et al., 2011).
São substâncias presentes em todos os organismos vivos e devido a sua 
natureza hidratante, viscoelástica e a sua biocompatibilidade, também é utilizado 
em várias aplicações clínicas, incluindo a suplementação de fluido das articulações 
em artrite, cirurgia dos olhos e no auxílio da cicatrização e da regeneração de feridas 
cirúrgicas (DAHIYA; KAMAL, 2013).
Apresenta uma capacidade de reter até 100 vezes o seu peso molecular (1 x 
105 até 5 x 105 daltons) em água, o que induz uma expansão da matriz extracelular, 
facilitando a difusão de moléculas hidrossolúveis, porém, a quantidade de AH é 
inversamente proporcional ao tempo de vida do organismo. Com o envelhecimento, 
ocorre a diminuição de AH, alterando a quantidade de água, daí o surgimento de rugas 
na pele de idosos, desidratação, alteração da elasticidade, perda do turgor e formação 
de manchas (PRESTWICH, 2011; LEE, 2008).
Ao devolver o AH nas camadas internas da pele, restabelece-se o equilíbrio 
hídrico, filtrando e regulando a distribuição de proteínas nos tecidos e compondo um 
ambiente físico, no qual ocorre o movimento das células, contribuindo para a melhora 
na estrutura e elasticidade da pele, removendo rugas, realçando e restaurando o volume 
facial, criando volume labial, suavizando as linhas de expressão e proporcionando o 
rejuvenescimento facial (BERTOLAMI et al., 1992; FRASER et al., 2007).
Apresenta um efeito antioxidante, pois atua como sequestrante de radicais 
livres, aumentando a proteção da pele em relação à radiação ultravioleta e contribui para 
o aumento da capacidade de reparação tecidual, representando, assim, uma alternativa 
no tratamento do envelhecimento facial e no preenchimento de partes moles para 
corrigir depressões, rugas e sulcos (GUILLAUME et al., 2006; SALLES et al., 2011).
Como preenchedor dérmico, o AH foi desenvolvido em 1989, quando Endre 
Balazs observou sua biocompatibilidade com a pele e ausência de imunogenicidade 
(PIACQUADIO et al., 1997). Entretanto, a degradação do produto era extremamente 
rápida e a meia-vida do AH não estabilizado era por volta de 24 horas no tecido cutâneo 
(MONTEIRO, 2011). Portanto, o produto teve que ser estabilizado por meio de uma 
tecnologia molecular denominada cross-linking, através de substâncias geradoras 
de ligações intermoleculares que aumentam a estabilidade e durabilidade clínica 
do implante, com o objetivo de produzir formas adequadas para utilizá-lo como um 
preenchedor cutâneo (GONÇALVES et al., 2006; FALCONE et al., 2008).
Na ausência do processo de estabilização dessa molécula, o tempo de 
permanência no tecido cutâneo seria de horas ou dias, apenas (PILLONI, 2011). Por outro 
lado, o excesso de modificações na sua estrutura molecular para aumentar o tempo 
de permanência tecidual pode afetar negativamente suas propriedades e diminuir sua 
biocompatibilidade cutânea (PRESTWICH, 2011).
82
Complicações decorrentes do seu uso são infrequentes e autolimitadas, 
incluindo reações inflamatórias, pequenos hematomas, abscessos nos sítios de 
aplicação, necrose tecidual (por injeção intravascular ou compressão da rede vascular 
adjacente), edema persistente e granulomas (ALSTER, 2000; HOFFMANN et al., 2003). 
Ressalta-se que edema persistente e granulomas podem ser desencadeados por alergia 
ao material, que contém substâncias como: divinil sulfona e butanediol-diglicidil-éter, 
ou resposta imunológica aos componentes proteicos presentes nas preparações de AH. 
Essas complicações podem ser tratadas com injeção local de hialuronidase (BRODY, 
2005; CROCCO; ALVES; ALESSI, 2012).
A hialuronidase é uma enzima produzida a partir da fermentação bacteriana não 
patogênica de Streptococcus e Staphylococcus, que hidrolisam o AH no tecido conjuntivo 
e reduzem sua viscosidade, aumentando, assim, a permeabilidade hídrica dos tecidos 
(NECAS et al., 2008; OGRODOWSKI et al., 2006). São as diferentes origens, formulações 
e concentrações que geram grandes polêmicas em relação à possibilidade de efeitos 
colaterais e eventos alérgicos decorrentes do uso do AH. As maiores desvantagens são 
o custo elevado e a baixa durabilidade dos resultados, que são evidenciados por seis a 
12 meses após o uso (LIU et al., 2008; PRINCE, 2005).
 
FONTES DE EXTRAÇÃO DO ÁCIDO HIALURÔNICO
O AH foi isolado pela primeira vez em 1934, a partir do humor vítreo da vaca. 
Depois foi isolado do cordão umbilical humano, fluido sinovial e, mais tarde, da crista de 
galos (PIRES et al., 2010; BANSAL et al., 2010). No entanto, sua obtenção a partir dessas 
fontes naturais apresenta algumas desvantagens, como a necessidade de purificação 
laboriosa, pois se encontra usualmente misturado com outros mucopolissacarídeos e 
proteínas, o que gera uma redução da sua massa molar devido à degradação das suas 
cadeias nos procedimentos de purificação (OGRODOWSKI, 2005; GONTIJA et al., 2012).
Ressalta-se que os métodos de extração utilizando diferentes líquidos extratores, 
como acetona, clorofórmio, hidróxido de sódio, etanol e metanol, são necessários para 
garantir a quebra da molécula e liberação do AH do complexo de outros polissacarídeos 
e proteínas (ROSA, 2008; IGNATOVA et al.,1990).
USO DO ÁCIDO HIALURÔNICO NA COSMETOLOGIA
Existem várias empresas que comercializam o produto legalmente no Brasil, 
trata-se de uma grande evolução da indústria química e farmacêutica (ROCQUET et al., 
2008). Algumas das marcas mais comumente utilizadas são o Surgiderm, Juvederm, 
Hylaform, Restylane, Perlane, Esthelis e Forthelis. Ressalta-se que a escolha da 
marca a ser utilizada depende do profissional que realizará o procedimento e da queixa 
de cada paciente (PINSKY et al., 2008).
83
O profissional considerará vários aspectos para a escolha do AH mais apropriado 
para cada situação, considerando, além das características químicas, a segurança, a 
compatibilidade biológica, o baixo risco de alergia, a baixa imunogenicidade, o tempo 
de reabsorção, a forma de obtenção do produto e o custo para o paciente (JOHANNEN, 
2009). Essas são as características de preenchedores dérmicos que são muito bem 
respondidas pelo Ácido Hialurônico, o que o faz ser um produto muito bem aceito em 
todo o mundo para o preenchimento cutâneo temporário (MONTEIRO, 2010).
Segundo a Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos, no ano de 2012, foram 
realizados cerca de dois milhões de procedimentos utilizando AH como preenchedor 
dérmico, resultando em um aumento de 5% dos procedimentos realizados em 2011 
e 205% em 2000, ficando atrás apenas da toxina botulínica (AMERICAN SOCIETY OF 
PLASTIC SURGEON, 2012).
Atualmente, o AH na forma de gel injetável é considerado tratamento padrão ouro 
na abordagem estética para a correção de rugas, perda de contorno e reposição de volume 
facial. Como exemplo, cita-se sua utilização no preenchimento dos sulcos nasojugais 
(conhecidos popularmente como olheiras), nos sulcos nasogenianos (conhecidos como 
“bigode chinês”), nas rugas glabelares (rugas do nariz e entre as sobrancelhas) e nas 
rugas finas, conhecidas popularmente como “pés de galinha” (JAIN, 2013). 
Deve-se levar em consideração que o volume de AH a ser injetado para uma boa 
correção depende da profundidade dos sulcos das rugas e também da viscosidade do 
ácido que será utilizado nesse procedimento (FRASER et al., 2007). 
A aplicação dérmica de preenchedores de alta viscosidade tem como função 
preencher grandes volumes e, desse modo, remodelar o rosto e corrigir depressões 
(SALLES et al., 2011). Os comercializados no Brasil são o Juvederm, Belotero, Restylane, 
Redexis, Reviderm, Matridex, entre outros. Essa aplicação pode ser feita com agulha ou 
com cânula, dependendo da preferência do médico (GLADSTONE; PEGGY; CARRUTHERS, 
2005). O uso da agulha é mais simples e mais preciso do que o uso da cânula, pois atinge 
uma menor profundidade no tecido, devido à espessura da agulha ser maisfina e delicada, 
oferecendo mais conforto e suavidade, principalmente para os pacientes mais sensíveis 
(EL-SAYAD et al., 2012).
Enfim, mesmo em meio a polêmicas, o AH representa uma alternativa 
moderna e eficaz para o tratamento do envelhecimento cutâneo, sendo utilizado para 
preenchimento de partes moles e também para corrigir depressões, rugas e sulcos, 
resultando em uma pele aparentemente melhor e mais jovial (SANTOS, 2013).
84
JUSTIFICATIVA
O processo de envelhecimento cutâneo não pode ser revertido, portanto, as 
rugas não podem ser evitadas e, mais cedo ou mais tarde, elas aparecerão. No entanto, 
o mercado consumidor cosmético oferece medidas eficazes para amenizá-las, através 
de procedimentos que utilizam o AH como um agente precursor, proporcionando uma 
melhora no aspecto geral, retardando, assim, o envelhecimento precoce cutâneo.
METODOLOGIA
Este trabalho consistiu na elaboração de um artigo científico de revisão 
bibliográfica. Para a revisão, foram utilizados os bancos de dados Google Acadêmico 
e Scielo, no período de janeiro a junho de 2016. As palavras-chave utilizadas na busca 
foram: rejuvenescimento facial, ácido hialurônico, hialuronidase e dermocosméticos.
CONCLUSÃO
Conclui-se que:
• o ácido hialurônico ajuda na prevenção do envelhecimento facial, pois apresenta 
propriedades antioxidantes, confere volume, sustentação, hidratação e elasticidade 
à pele, melhorando, assim, sua estrutura e as linhas de expressão;
• complicações relatadas decorrentes de seu uso geralmente são infrequentes, mas 
podem ocorrer devido a reações alérgicas de pacientes em relação às substâncias 
químicas presentes no material utilizado nas aplicações e também aos componentes 
proteicos presentes nas preparações do ácido hialurônico;
• o uso do ácido hialurônico na cosmetologia tem se tornado muito frequente, pela 
capacidade de esta substância atuar como preenchedor dérmico, corrigindo as 
rugas e repondo o volume facial.
FONTE: FERREIRA, N. R.; CAPOBIANCO, M. P. Uso do ácido hialurônico na prevenção do envelhecimento 
facial. Revista Científica Unilago, Grandes Lagos, 2016. Disponível em: http://www.unilago.edu.br/
revista/edicaoatual/Sumario/2016/downloads/33.pdf. Acesso em: 19 jan. 2022.
 
85
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• O ácido hialurônico surge como uma alternativa para melhorar as alterações do 
contorno facial oriundas do processo de envelhecimento, sendo uma nova opção 
de tratamento estético, de forma menos invasiva em relação aos procedimentos 
cirúrgicos. É usado na estética para a correção de rugas, perda de contorno e 
reposição de volume facial.
• As marcas disponíveis no Brasil de ácido hialurônico para comercialização são: 
Juvederm, Belotero, Restylane, Redexis, Reviderm, Matridex, entre outros.
• As técnicas de aplicação e recomendações após o uso do ácido hialurônico. A técnica 
volumizadora tem o objetivo de devolver o volume da face, e a técnica bioestimuladora 
de estimular a produção de colágeno e elastina. O ácido hialurônico age corrigindo 
as imperfeições causadas pelo envelhecimento, ajudando a melhorar aspectos 
indesejados na pele.
• Efeitos adversos e contraindicações podem ocorrer devido a reações alérgicas de 
pacientes em relação às substâncias químicas presentes no material utilizado nas 
aplicações e também aos componentes proteicos presentes nas preparações do ácido 
hialurônico. Técnicas incorretas na aplicação do produto podem levar a complicações 
como: reações inflamatórias no local, hematomas, vermelhidão, infecção, nódulos, 
abscessos e necrose tecidual.
86
1 A via de administração do ácido hialurônico mais eficaz é a injetável, sua utilização 
pode ser feita com cânula ou agulha. No entanto, a utilização destas na aplicação 
do produto vai depender da preferência do profissional e da viscosidade do produto. 
Quanto mais fluido for o produto, sua aplicação será destinada à derme, e quanto 
mais viscoso for, mais profunda será sua aplicação. Com relação ao material usado 
na aplicação, é aconselhável o uso da agulha durante a realização do procedimento 
com ácido hialurônico na estética em alguns casos, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Quando a aplicação for menos profunda. 
b) ( ) Quando a espessura da pele for mais grossa.
c) ( ) Quando o produto for aplicado no músculo.
d) ( ) Quando o produto for mais viscoso. 
2 O ácido hialurônico é um polissacarídeo presente no tecido conjuntivo, cuja 
substância tem aspecto viscoso e elástico de consistência gelatinosa, com alto poder 
de hidratação e integridade dos tecidos. Assinale a alternativa CORRETA quanto às 
principais indicações no tratamento do ácido hialurônico na estética:
a) ( ) Estrabismo.
b) ( ) Sulcos nasogenianos. 
c) ( ) Rinoplastia.
d) ( ) Hiperidrose.
3 O ácido hialurônico é produzido naturalmente pelo organismo humano e tem como 
função a elasticidade e a hidratação da pele. Com o passar do tempo, o tecido perde 
essa substância, tornando a pele sensível, seca, fina e com rugas. O ácido hialurônico 
comercial encontra-se disponível em seringas de 1 ml em forma de gel espesso 
e incolor. Com relação às propriedades moleculares do ácido hialurônico, este é 
composto por uma molécula. Sobre ela, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Alto peso molecular e hidrofílica.
b) ( ) Alto peso molecular e hidrofóbica. 
c) ( ) Alto peso molecular e higroscópica. 
d) ( ) Baixo peso molecular e hidrofílica.
4 Uma paciente de 45 anos de idade procurou um biomédico esteta para a realização 
de um procedimento minimamente invasivo, já que ela não queria se submeter 
a cirurgias. Ao exame clínico, foram identificados: rugas estáticas na área dos 
olhos, sulcos nasogenianos e entre as sobrancelhas. Considerando o caso clínico 
apresentado, disserte sobre como as propriedades do ácido hialurônico podem ajudar 
a melhorar as alterações na face oriundas do processo de envelhecimento.
AUTOATIVIDADE
87
5 O ácido hialurônico surge como uma alternativa para melhorar as alterações do 
contorno facial oriundas do processo de envelhecimento, sendo uma nova opção 
de tratamento estético de forma menos invasiva em relação aos procedimentos 
cirúrgicos. Apesar de o procedimento ser considerado seguro, há, no entanto, 
algumas contraindicações para a realização do procedimento. Disserte sobre quais 
são as contraindicações do uso do ácido hialurônico.
88
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96
97
PROCEDIMENTOS 
MINIMAMENTE 
INVASIVOS: MESOTERAPIA 
(INTRADERMOTERAPIA) E 
PEIM
UNIDADE 3 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer a legislação da Biomedicina Estética no que concerne à realização de 
Procedimentos Minimamente Invasivos, como a Mesoterapia e o PEIM;
• dominar a base e a aplicação da Mesoterapia;
• dominar a base e a aplicação do PEIM;
• conhecer as características principais de outros Procedimentos Minimamente 
Invasivos.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará 
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS II: MESOTERAPIA 
(INTRADERMOTERAPIA) E PEIM
TÓPICO 2 – PROCEDIMENTO ESTÉTICO INJETÁVEL PARA MICROVASOS – PEIM
TÓPICO 3 – OUTROS PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
98
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UNIDADE 3!
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TÓPICO 1 — 
PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE 
INVASIVOS II: MESOTERAPIA 
(INTRADERMOTERAPIA) E PEIM 
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
As atividades dos profissionais habilitados em biomedicina estética são 
compreendidas por: iontoforese, eletroterapia, ultrassom estético, radiofrequência, 
terapias com laser, terapias com luz intensa pulsada, LED (do inglês Light Emitting 
Diode), peelings (tanto químicos quanto mecânicos), cosmetologia, carboxiterapia, 
intradermoterapia, preenchimentos, procedimento estético injetável para microvasos 
(PEIM), fios de sustentação tecidual absorvíveis com finalidade estética e aplicação de 
substâncias por via intramuscular para fins estéticos.
A gordura localizada é uma modificação de células adiposas, que pode ser 
descrita como uma alteração no metabolismo da gordura corporal ou um crescimento 
desenfreado de gordura, sendo um dos motivos de baixa autoestima, tanto em 
mulheres quanto em homens. Diante disso, várias condutas terapêuticas tecnológicas, 
consideradas minimamente invasivas, personalizadas e fundamentadas em múltiplos 
ativos, vêm sendo desenvolvidas, viabilizando uma redução efetiva e confortável da 
gordura localizada nesses pacientes (SILVA et al., 2016).
A Resolução nº 200, de 1 de julho de 2011, do Conselho Federal de Biomedicina 
(CFBM), dispõe sobre os critérios para a habilitação em biomedicina estética, em que a 
intradermoterapia é um requisito mínimo e obrigatório para a atuação em biomedicina 
estética (CFBM, 2011).
A intradermoterapia é uma ferramenta estética introduzida desde 1958, que trata 
da administração de injeções intradérmicas, com substâncias de ações farmacológicas, 
que são aplicadas exatamente na região requerida. Existem descrições da utilização da 
intradermoterapia no tratamento terapêutico de doenças que causam dor e dermatites. 
Os centros estéticos utilizam a técnica empregando o nome popular: mesoterapia 
(HERREROS; MORAES; VELHO, 2011).
A intradermoterapia é um procedimento minimamente invasivo, realizado 
por meio de terapia intradérmica local, com ativos ou outros compostos bioativos 
administrados em pequenas quantidades, as quais reduzidas de multipunções 
dérmicas, sendo que o local da injeção corresponde à área da disfunção estética. A 
terapia intradérmica local é usada quando não existem outras opções de terapia, quando 
outras terapias falharam (ou por qualquer motivo não podem ser usadas), quando há um 
100
possível benefício sinérgico com outras terapias farmacológicas/não farmacológicas e, 
principalmente, quando essa técnica pode ter um efeito, evitando o uso sistêmico de 
fármacos. É necessária experiência farmacológica e clínica para a correta aplicação 
da mesoterapia. A desconsideração dos procedimentos corretos constitui negligência 
profissional (HERREROS; MORAES; VELHO, 2011).
Além da aplicação para a redução da gordura localizada, a técnica pode ser 
aplicada para outras finalidades, como clareamento da pele, tratamento da perda 
de cabelo, redução de linhas de expressão, redução da celulite, contorno corporal e 
tratamento da flacidez (HERREROS; MORAES; VELHO, 2011).
As principais reações adversas dessa técnica incluem dor, processo inflamatório, 
náusea, sensibilidade, coceira, vermelhidão, cicatrizes, manchas na pele, contusão, inchaço 
no local da aplicação, irritação da pele e infecção (HERREROS; MORAES; VELHO, 2011).
A seguir, abordaremos essa técnica de forma detalhada, apresentando sua 
definição, características, vantagens, limitações, contraindicações, complicações, 
aplicações e como funciona o procedimento.
2 MESOTERAPIA (INTRADERMOTERAPIA)
A intradermoterapia, também conhecida como mesoterapia, consiste na 
aplicação de injeções intradérmicas de substâncias farmacológicas diluídas diretamente 
na região a ser tratada, como enzimas, extratos naturais, hormônios, vitaminas, minerais, 
fármacos e medicamentos, como antibióticos e vasodilatadores. Foi, inicialmente, 
realizada na década de 1950 por um médico francês. Desde então, tornou-se um 
tratamento opcional para diversas condições, incluindo disfunções estéticas, como 
gordura localizada, rugas e linhas de expressão, flacidez e celulite, e os resultados 
podem ser obtidos pela combinação de diferentes substâncias (HERREROS; MORAES; 
VELHO, 2011; MAIA et al., 2001).
Afinal, o que é um fármaco? Fármaco pode ser definido como uma 
substância química que contenha propriedades farmacológicas com 
finalidade benéfica e medicamentosa, produzindo efeito biológico. Um 
medicamento, por sua vez, para fins de diferenciação, trata-se de uma 
preparação elaborada, que pode conter um ou mais fármacos (princípio 
ativo), visando ao uso terapêutico. Medicamentos, além de conterem o 
fármaco em sua composição, contêm substâncias químicas denominadas 
excipientes, como conservantes e antioxidantes, por exemplo (RANG et 
al., 2012; KATZUNG, 2010).
NOTA
101
O mecanismo que leva à redução da adiposidade localizada está relacionado ao 
tipo de substância utilizada, podendo se basear na ativação da lipólise ou morte celular 
acidental, sendo esta última conhecida como “ablativo”, e envolvendo tumefação celular e 
coagulação do citoplasma (HERREROS; MORAES; VELHO, 2011; MAIA et al., 2001). 
A intradermoterapia pode ser aplicada por meio de agulhas ou pela técnica 
pressurizada. Tradicionalmente, múltiplas injeções intradérmicas ou subcutâneas 
são aplicadas usando agulhas de calibre muito fi no, diretamente sobre ou perto dos 
locais afetados. O método de intradermoterapia pressurizada, ao contrário, utiliza uma 
tecnologia sem agulha, que visa liberar a substância terapêutica na pele ou tecido 
subcutâneo por meio de forças, pressões de gás e ondas de choque mecânicas, sem 
a necessidadede injetá-las com agulhas, proporcionando maior conforto ao paciente 
durante a aplicação (HERREROS; MORAES; VELHO, 2011; MAIA et al., 2001).
3 DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS
A utilização de agulhas para tratamento de doenças ou disfunções tem uma 
longa história, iniciando com Hipócrates em 400 a.C., que utilizava uma aplicação local 
de cacto para tratamento de dores no ombro, os chineses, utilizando acupuntura na 
medicina tradicional chinesa (há 2000 anos) e, posteriormente, a injeção de compostos 
acompanhando a invenção da agulha oca desde o século XIX. A intradermoterapia é um 
procedimento desenvolvido na década de 1950 pelo médico francês Dr. Michel Pistor, 
para o tratamento de dores e distúrbios vasculares, uma das pessoas mais renomadas 
nacionalmente, com realizações signifi cativas no seu país (HERREROS; MORAES; VELHO, 
2011; SIVAGNANAM, 2010).
A intradermoterapia teve início quando Pistor realizou a injeção de procaína pela 
via intravenosa para o tratamento da asma, descobrindo que, apesar de a condição original 
não melhorar, ocorreu uma melhora signifi cativa na defi ciência auditiva do paciente. Com 
o intuito de intensifi car o efeito, Pistor realizou a injeção de doses reduzidas de procaína 
A intradermoterapia não possui apenas fi nalidade estética, ela é aplicada 
também no tratamento de algumas doenças dermatológicas. Alguns 
medicamentos utilizados por via intradérmica no tratamento dessas 
doenças são: acetonido de triancinolona, antimoniato de meglumina, 
interferon alfa-2b, lincomicina, metotrexato, plasma rico em plaquetas, 
ácido tranexâmico, secuquinumabe, verapamil, bleomicina, 5-fl uorouracil, 
glicocorticoide, interleucina-2, toxina botulínica, ciclosporina, minoxidil, 
ixequizumabe e brodalumabe (CANZONA et al., 2020).
INTERESSANTE
102
de três a cinco milímetros de profundidade aos arredores do alvo terapêutico, ou seja, no 
próprio canal auditivo. Desde então, dezenas de pacientes surdos procuraram por Pistor, 
porém, foram observadas outras condições relacionadas, como eczema do canal auditivo, 
dor na articulação temporomandibular e zumbido (SIVAGNANAM, 2010).
Pistor cunhou o termo “mesoterapia” em sua primeira publicação da técnica, 
em uma revista médica local em 1958. Ele a definiu como tratamento do mesoderma 
(a camada germinativa primária que se desenvolve em tecido conjuntivo, músculo e 
sistema circulatório), referindo-se aos efeitos da procaína local em tão grande número 
de tecidos. Assim, a “mesoterapia” pode ser considerada um desdobramento da 
farmacoterapia, decorrente da manipulação fortuita da via intradérmica, até então, 
menos explorada, para tratar condições médicas. Pistor foi responsável pela fundação 
da Sociedade Francesa de Mesoterapia, no ano de 1964, e ampliou o procedimento para 
o tratamento de patologias humanas, veterinárias e disfunções estéticas gerais. 
Em 1987, a Academia Nacional Francesa de Medicina realizou o reconhecimento 
oficial da mesoterapia como uma especialidade médica. Nesse intervalo de tempo, a 
mesoterapia passou a se tornar popular em grande parte da Europa, América do Sul 
e, posteriormente, nos Estados Unidos e países asiáticos. Pistor faleceu em 2003 
(HERREROS; MORAES; VELHO, 2011; SIVAGNANAM, 2010).
A terapia intradérmica é uma técnica de injeção que, se bem aplicada 
isoladamente ou em combinação com outras terapias, é útil em diversas condições 
clínicas. A justificativa científica para essa técnica se baseia no fato de que um 
medicamento injetado em pequenas doses na camada superficial da pele se 
espalha lentamente para os tecidos subjacentes e permanece por mais tempo do 
que a administração sistêmica, como confirmado em estudos pré-clínicos. De fato, 
concentrações mais altas de droga injetada por via intradérmica foram detectadas na 
pele, músculos e articulações subjacentes ao local da infiltração em comparação com 
a administração intramuscular. Além disso, uma maior resposta imune, tanto primária 
quanto secundária, foi relatada após a injeção intradérmica em comparação com a 
administração intramuscular (CANZONA et al., 2020).
Muitas vantagens desta técnica têm sido descritas: minimamente invasiva, 
menor dose do fármaco em relação ao tratamento sistêmico, menor risco de eventos 
adversos sistêmicos e simples aplicação. A mesoterapia consiste em uma ou mais 
microinjeções intradérmicas na área a ser tratada. Agulhas de 13 mm (calibre 30 ou 
32) ou agulhas de 4 mm (calibre 27) são usadas. É recomendado entre 30° e 45° para 
aplicação, para depositar o fármaco na derme até uma profundidade de cerca de 2 
milímetros (HERREROS; MORAES; VELHO, 2011; CANZONA et al., 2020).
A técnica de intradermoterapia utiliza agulhas muito finas para a aplicação 
de uma série de injeções no mesoderma. O intuito por trás da intradermoterapia é a 
correção de problemas subjacentes, como a má circulação e a inflamação que causam 
danos à pele (HERREROS; MORAES; VELHO, 2011; MAIA et al., 2001).
103
Os efeitos adversos desse procedimento podem incluir: dor, inflamação, náusea, 
sensibilidade, contusão, coceira, inchaço no local de aplicação, vermelhidão, irritação à 
pele, cicatrizes, infecção e manchas.
4 APLICAÇÕES
As principais aplicações da técnica de intradermoterapia são:
• remoção de gorduras em áreas localizadas, como pernas, braços, barriga, rosto, coxas, 
glúteos e quadril. Esse procedimento é considerado simples e seguro, são utilizados 
ativos que realizam a quebra da gordura e aumento da circulação local, fazendo com 
que ocorra a eliminação de gorduras localizadas através da perda calórica;
• clareamento da pele;
• tratamento de alopecia (perda do cabelo): esse tratamento consiste na injeção de 
extratos, vitaminas ou medicamentos, como Minoxidil e Finasterida, no local em que 
se deseja promover o crescimento dos fios;
• redução de linhas e rugas;
• redução de fibroedema geloide: nesse procedimento, é utilizada uma mescla de ativos 
que auxiliam na eliminação da fibroedema geloide, melhorando o aspecto da pele;
• contorno corporal;
• tratamento da flacidez: são utilizados ativos que proporcionam o aumento da 
tonificação da pele, aumentando a síntese de elastina e colágeno, tornando, 
consequentemente, a pele mais firme.
FIGURA 1 – REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DE GORDURAS EM ÁREAS LOCALIZADAS
FONTE: < https://shutr.bz/3Od4QHn>. Acesso em: 28 fev. 2022. 
Alguns estudos descritos na literatura ainda abordam a utilização de 
intradermoterapia para aplicação em doenças funcionais na pele (nesses casos, alguns 
não possuem finalidade estética, e não cabe o tratamento com biomédico em estética), por 
104
exemplo, alopecias, acnes císticas, queloides, hidrosadenite supurativa, verrugas, vitiligo, 
mixedema pré-tibial, neoplasias cutâneas, psoríase, leishmaniose cutânea, melasma e 
necrobiose lipoídica (HERREROS; MORAES; VELHO, 2011; CANZONA et al., 2020).
As injeções podem ser dadas em diferentes profundidades, dependendo da 
condição e do tratamento do paciente. Cada injeção deve administrar apenas uma 
pequena gota da substância farmacológica na pele. Geralmente, para o tratamento, são 
necessárias várias sessões de mesoterapia, a fi m de se obter o efeito desejado, com 
retornos entre dez e 15 dias (HERREROS; MORAES; VELHO, 2011; MAIA et al., 2001).
Um exemplo clássico da aplicação da intradermoterapia diz respeito às aplicações 
de lipoenzimas para tratamento da gordura localizada, que vêm ganhando destaque na 
estética, uma vez que apresenta diversas vantagens quando comparada a métodos 
cirúrgicos. Dentre os benefícios, podemos citar que ela é menos invasiva, traz bons 
resultados em um curto período de tempo, acelera o metabolismo e pode ser realizada 
em várias partes do corpo (HERREROS; MORAES; VELHO, 2011; MAIA et al., 2001).
Como se trata de um procedimento minimamente invasivo, a recuperação é 
imediata, muitas pessoas conseguem realizar suas atividades normais no mesmo dia e 
algumas necessitam de pelo menos um dia de folga devido a dores frequentes.
Técnicas de injeçãode mesoterapia:
• ponto por ponto: técnica relatada pela primeira vez pelo médico francês Dr. Pistor, 
abrangendo a injeção de 0,02 ml a 0,05 ml de ativos, de forma perpendicular à pele 
(aproximadamente 4 mm de profundidade), dada de 1 cm a 2 cm de distância entre 
as aplicações (SIVAGNANAM, 2010);
• nappage (do francês, para “cobrir”): trata-se de injeções superfi ciais 
(aproximadamente, 2 mm de profundidade) com agulha de 4 mm, envolvendo 
uma grande área. As injeções são aplicadas com um ângulo de aproximadamente 
45º da pele, ao passo que é aplicada uma pressão positiva leve e constante no 
êmbolo, o aplicador rapidamente sacode o pulso. Em cada área, uma gota de ativo 
é introduzida. Em comparação, essa é uma técnica mais desconfortável para o 
paciente (SIVAGNANAM, 2010);
O contorno corporal consiste na modelação das circunferências de tal forma 
que fi que mais agradável para a paciente, sem que seja necessário fazer 
cirurgias plásticas. É válido ressaltar que, em muitos casos, não é possível 
chegar ao resultado desejado somente com a intradermoterapia.
INTERESSANTE
105
• epidérmico: técnica mais superficial (1 mm de profundidade) em comparação às 
demais, sendo que por essa técnica não ocorre penetração na camada basal. O 
tamanho da agulha varia entre 27 a 31 calibres com o bisel orientado para longe da 
pele e empurrado com uma pressão leve e positiva aplicada ao êmbolo. É realizado 
um padrão de grade com intervalos de 1 cm em toda a área de aplicação. Injeções 
múltiplas com doses reduzidas de ativos, em locais precisos, em uma única sessão, 
são altamente exigentes para o esteticista (SIVAGNANAM, 2010).
 
 
106
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• A intradermoterapia, também denominada mesoterapia, é um procedimento estético 
valioso criado na década de 1950, que consiste na administração de injeções com 
substâncias com atividades farmacológicas para tratamentos específicos.
• A intradermoterapia pode provocar reações adversas, assim como grande parte dos 
procedimentos estéticos, porém são efeitos adversos brandos, como dor; inflamação, 
náuseas, sensibilidade, contusão, coceira, inchaço local, irritação, vermelhidão, 
cicatrizes, manchas e infecções.
• As principais aplicações da intradermoterapia/mesoterapia consistem em redução da 
gordura localizada, clareamento da pele, tratamento de alopecia, redução de linhas 
de expressão, redução de celulites, contorno corporal e redução da flacidez.
• A intradermoterapia é um requisito mínimo para a atuação como biomédico esteta, 
de acordo com a Resolução nº 200, de 1 de julho de 2011, do Conselho Federal de 
Biomedicina (CFBM), que dispõe sobre os critérios para a habilitação em biomedicina 
estética.
107
RESUMO DO TÓPICO 1
1 A intradermoterapia é um procedimento estético que possui como finalidade liberar 
ativos na pele através de injeções intradérmicas, permitindo, dessa forma, que 
seja realizado o tratamento de diferentes disfunções estéticas, tornando-se uma 
ferramenta importante para a aplicação estética. Sobre estas aplicações, assinale a 
alternativa CORRETA:
a) ( ) São aplicadas para tratamento de gordura localizada, principalmente em áreas 
de maior depósito de gordura, como pernas, braços, barriga, rosto, coxas, glúteos 
e quadris.
b) ( ) São aplicadas como preenchimento em áreas requeridas, como lábios, olheiras 
e outras áreas de preenchimento.
c) ( ) São aplicadas principalmente no tratamento de linhas de expressão, utilizando 
toxina botulínica como substância farmacológica.
d) ( ) São aplicadas principalmente em tratamentos faciais, como em olheiras, 
preenchimento labial, levantamento das sobrancelhas, entre outros.
2 A técnica de intradermoterapia/mesoterapia é um requisito obrigatório, de acordo 
com o Conselho Federal de Biomedicina, através de uma legislação, que dispõe sobre 
os critérios para a habilitação em biomedicina estética. Sobre a legislação que dispõe 
sobre a obrigatoriedade da técnica para o exercício da profissão, assinale a alternativa 
CORRETA:
a) ( ) Resolução nº 200, de 1 de julho de 2011.
b) ( ) Normativa CFBM nº 003/2015, de 5 de novembro de 2015.
c) ( ) Resolução nº 214, de 10 de abril de 2012.
d) ( ) Normativa CFBM nº 001/2016, de 28 de janeiro de 2016.
3 A intradermoterapia consiste em uma série de microinjeções na camada superficial 
da pele de ingredientes ativos que se difundem lentamente nos tecidos subjacentes. 
Essa técnica é aplicada em diferentes condições clínicas e, também, em dermatologia, 
pode desempenhar um papel útil no caminho do tratamento de muitos pacientes. De 
acordo com as substâncias farmacológicas comumente utilizadas no tratamento da 
intradermoterapia, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) Vitaminas e enzimas são substâncias comumente utilizadas no tratamento com 
essa técnica. 
( ) Ácido hialurônico, toxina botulínica e glicose são exemplos dessas substâncias.
( ) Medicamentos, como antibióticos e vasodilatadores, são exemplos dessas 
substâncias.
AUTOATIVIDADE
108
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V - F - F.
b) ( ) V - F - V.
c) ( ) F - V - F.
d) ( ) F - F - V.
4 A intradermoterapia é um procedimento que tem por finalidade liberar ativos na 
pele utilizando força mecânica, pressão do gás e ondas de choque (no caso de 
intradermoterapia pressurizada), ou aplicação de injeções intradérmicas de fármacos/
aditivos pontualmente na área de tratamento, possibilitando a prática de diferentes 
procedimentos estéticos, como gordura localizada, flacidez e celulite. De acordo com o 
conteúdo aprendido sobre intradermoterapia, liste as principais aplicações dessa técnica.
5 Procedimentos minimamente invasivos, englobando microagulhamento, 
intradermoterapia, aplicação de bioestimuladores, preenchedores, neurotoxinas, 
ácidos e PEIM, são ferramentas importantes na área estética. Nesse contexto, 
disserte sobre a intradermoterapia para a gordura localizada.
109
PROCEDIMENTO ESTÉTICO INJETÁVEL PARA 
MICROVASOS – PEIM
1 INTRODUÇÃO
O Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) criou a Normativa CFBM nº 003/2015, 
em 5 de novembro de 2015, que dispõe sobre o Procedimento Estético Injetável para 
Microvasos (PEIM). Essa Resolução define o PEIM com uso exclusivo de glicose 50% e 
75%, com quantidade não podendo exceder 10 mililitros por sessão, além de vedar o 
procedimento em varizes enquadradas no tipo II, III e IV, de acordo com a Classificação 
de Francischelli (CFBM, 2015).
Os microvasos, também denominados telangiectasias e varizes, são resultados de 
problemas encontrados nas válvulas responsáveis pelo direcionamento de sangue. Muitos 
fatores podem inferir sobre o aparecimento de microvasos, como tabagismo, obesidade, 
diabetes, genética, posições que possam vir a prejudicar a circulação, entre outros. Podem 
ser classificados em quatro tipos, de acordo com a Classificação de Francischelli.
O procedimento estético injetável para microvasos possui como principal função 
eliminar ou reduzir esses microvasos, principalmente encontrados nas pernas, através 
de substâncias biocompatíveis regulamentadas (glicose 50% ou 75% em associação 
com a lidocaína, de acordo com o Conselho Federal de Biomedicina), que auxiliarão 
no direcionamento do sangue. Trata-se de uma técnica segura e com muitos estudos 
evidenciados (TONI; PEREIRA, 2017).
Neste tópico, abordaremos a técnica de forma detalhada, apresentando sua 
definição, características, tipos de varizes, contraindicações, complicações, aplicações, 
como funciona o procedimento estético e quando pode ser utilizado.
 
2 DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS
O PEIM é um procedimento estético realizado com a finalidade de eliminar os 
microvasos que surgem no corpo, principalmente nas pernas, tornando-se um incômodo 
do ponto de vista estético. Esses microvasos são denominados telangiectasias. O 
aparecimento dessas telangiectasias pode estar relacionado com o refluxo sanguíneodecorrente em veias profundas (Figura 2), podendo ser ocasionado por problemas nas 
válvulas que direcionam o sangue para a direção correta. Existem, além disso, mais fatores 
que influenciam no surgimento dos microvasos, como fatores genéticos, gestações, 
posições que prejudiquem a circulação, atividades físicas de alto impacto, sobrepeso, 
UNIDADE 3 TÓPICO 2 - 
110
sedentarismo, tabagismo, diabetes e uso de medicamentos anticoncepcionais, que 
podem dificultar a circulação do sangue nas pernas, desencadeando na formação de 
microvasos (TONI; PEREIRA, 2017).
FIGURA 2 – COMPARAÇÃO ESQUEMÁTICA DE PERNAS COM E SEM MICROVASOS
FONTE: <https://shutr.bz/3KERS34>. Acesso em: 1 mar. 2022.
De acordo com a Classificação de Francischelli, as varizes (microvasos) podem 
ser classificadas em quatro tipos: tipo 1, tipo 2, tipo 3 e tipo 4 (Tabela 1). O procedimento 
de PEIM só pode ser realizado em varizes classificadas como tipo 1, ficando vedada a 
utilização do procedimento nos demais tipos de varizes, sendo esses tipos de varizes 
tratados por médicos vasculares.
TABELA 1 – TIPOS DE VARIZES DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO DE FRANCISCHELLI
Tipo de Varizes Características
Tipo 1 Varizes problemáticas do ponto de vista estético ao paciente.
Tipo 2
Varizes que apresentam problemas funcionais e estéticos ao 
paciente.
Tipo 3
Varizes que apresentam problemas funcionais ao paciente, 
porém não são problemas do ponto de vista estético.
Tipo 4
Varizes que apresentam problemas funcionais e complicações à 
saúde do paciente.
FONTE: A autora 
Uma agulha de baixo calibre e fina é utilizada para administrar substâncias com 
capacidade de eliminar os microvasos. O procedimento pode ser incômodo devido às 
injeções, e cada sessão pode levar cerca de 1 hora, dependendo do caso. O procedimento 
não atrapalha as atividades normais do paciente, que deve evitar apenas atividades 
físicas por um período de 24 horas (TONI; PEREIRA, 2017).
111
Não é indicado nos casos de patologias vasculares, insufi ciência renal, infecção, 
casos de trombose, diabetes descompensada, arteriopatias, doenças no fígado, gravidez 
e casos de câncer ativos (TONI; PEREIRA, 2017).
As principais complicações consistem em: hiperpigmentação, não desapareci-
mento das varizes, edema temporário, bolhas e, em casos raros, necrose e fl ebite (TONI; 
PEREIRA, 2017).
3 APLICAÇÕES
A aplicação consiste na utilização de uma agulha de pequeno calibre e bem 
fi na para injeção no interior do vaso sanguíneo, com soluções de glicose hipertônica 
(50% ou 75%) com anestésico (lidocaína). Nas primeiras aplicações, o paciente pode 
sentir incômodo e dor, porém, devido à presença do anestésico, a dor logo desaparece. 
A glicose é a substância mais indicada por ser biocompátivel e não causar reações 
adversas, além disso, é o esclerosante permitido pelo CFBM. Esse procedimento pode 
durar de uma a seis sessões (TONI; PEREIRA, 2017).
Quando o paciente procura tratamento estético para a realização do PEIM, a 
primeira etapa do protocolo é realizar uma anamnese, que consiste em saber dados 
básicos e importantes do paciente, como saber se é diabético ou não. Além disso, o 
profi ssional biomédico deve deixar claro ao paciente as limitações e as vantagens da 
técnica, realizar avaliação do paciente em posição ortostática (verifi cando principalmente 
se são varizes do tipo 1), realizar fotodocumentação e antissepsia para evitar infecções 
recorrentes. A aplicação da glicose deve ser feita de forma lenta e, após a aplicação, 
deve ser realizada a compressão local (TONI; PEREIRA, 2017).
As orientações básicas ao paciente após o procedimento estético são: não 
tomar sol por um período de 10 dias, não realizar nenhum tipo de esforço físico em um 
período de 24 horas, usar meia ou faixa de compressão, não fazer repouso e não fazer 
depilação ou massagem por um período de 24 horas (TONI; PEREIRA, 2017).
É importante enfatizar que esse procedimento deve ser muito bem avaliado 
antes de realizado, para verifi car se o grau dos microvasos é puramente 
estético ou se existe a necessidade de recomendações médicas, que é o 
caso das varizes do tipo II, III e IV pela Classifi cação de Francischelli.
INTERESSANTE
112
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• O Procedimento Estético Injetável para Microvasos (PEIM) passou a ser um 
procedimento legalizado pelo Conselho Federal de Biomedicina a partir da Normativa 
CFBM nº 003/2015, de 5 de novembro de 2015, que dispõe sobre tal procedimento.
• De acordo com a Resolução vigente, o PEIM, para biomédicos, só pode ser realizado 
com glicose 50% e 75% e anestésicos, como a lidocaína. O procedimento não pode 
ser realizado em varizes enquadradas no tipo II, III e IV, conforme a Classificação de 
Francischelli.
• De acordo com a Classificação de Francischelli, os microvasos podem ser classificados 
em quatro tipos, sendo eles: tipo I, tipo II, tipo III e tipo IV. O tipo I é o único que causa 
somente problemas estéticos, sendo os microvasos a serem tratados por PEIM.
• Fatores genéticos, gravidez, posições, atividades físicas, obesidade, sedentarismo, 
tabagismo, diabetes e uso de hormônios são fatores que podem desencadear a 
formação de microvasos.
113
1 O Procedimento Estético Injetável para Microvasos (PEIM) é amplamente utilizado 
para eliminar vasos de menor calibre, tornando-se uma ferramenta importante para 
a aplicação estética no tratamento de varizes externas. Sobre a técnica de PEIM, 
assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) De acordo com o Conselho Federal de Biomedicina, só é permitido realizar a 
aplicação de glicose 50% ou 75% juntamente a um anestésico, como a lidocaína.
b) ( ) Várias substâncias podem ser utilizadas para o procedimento de PEIM, como a 
toxina botulínica.
c) ( ) É um procedimento indolor, que não possui reações adversas e, na maioria dos 
casos, uma sessão é necessária para resolver os problemas.
d) ( ) São utilizadas no tratamento de varizes do tipo II.
2 Os microvasos são denominados como dilatações de artérias, veias ou capilares, 
menores que 2 mm de diâmetro, afetando aproximadamente seis em cada 10 
mulheres, ocorrendo em sua maioria nas pernas. Existe uma predisposição genética 
em cerca de 90% dos casos, em que os microvasos podem originar varizes. Sobre os 
tipos de varizes, associe os itens, utilizando o código a seguir:
I- Tipo I.
II- Tipo II.
III- Tipo III.
IV- Tipo IV.
( ) Varizes problemáticas do ponto de vista estético.
( ) Varizes que apresentam problemas funcionais e complicações à saúde.
( ) Varizes que apresentam problemas funcionais, porém não são problemas do ponto 
de vista estético.
( ) Varizes que apresentam problemas funcionais e estéticos.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) I - III - IV - II.
b) ( ) I - IV - III - II.
c) ( ) II - IV - III - I .
d) ( ) III - IV - I - II.
3 A técnica de Procedimento Estético Injetável para Microvasos (PEIM) é regulamentada 
pelo Conselho Federal de Biomedicina através de uma legislação, que dispõe sobre 
a técnica, listando as substâncias a serem utilizadas e os tipos de varizes a serem 
tratados. Sobre a legislação que dispõe sobre a técnica, assinale a alternativa CORRETA:
AUTOATIVIDADE
114
a) ( ) Resolução nº 200, de 1 de julho de 2011.
b) ( ) Normativa CFBM nº 003/2015, de 5 de novembro de 2015.
c) ( ) Resolução nº 214, de 10 de abril de 2012.
d) ( ) Normativa CFBM nº 001/2016, de 28 de janeiro de 2016.
4 De acordo com o Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), o Procedimento Estético 
Injetável para Microvasos (PEIM) deve ocorrer sempre de acordo com a legislação 
vigente para os profissionais biomédicos, cabendo ao biomédico a responsabilidade 
de avaliar o paciente e realizar o procedimento da forma mais segura possível. Nesse 
contexto, disserte sobre como funciona o procedimento, desde a procura do paciente 
pelo tratamento até a realização do procedimento.
5 Os microvasos são ocasionados devido a problemasnas válvulas que são responsáveis 
por direcionar o sangue, acometidos principalmente em mulheres e podendo ser 
ocasionados por diversos fatores, internos ou externos. Cite pelo menos cinco fatores 
que podem favorecer a formação de microvasos.
115
TÓPICO 3 - 
OUTROS PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE 
INVASIVOS
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
De acordo com o Conselho Federal de Biomedicina, o profissional licenciado 
em biomedicina estética pode atuar em diversos procedimentos minimamente 
invasivos. Como vimos anteriormente, pode atuar na aplicação de toxina botulínica 
e preenchedores, na intradermoterapia/mesoterapia, em procedimentos estéticos 
injetáveis para microvasos (PEIM) e também em outros procedimentos, como aplicação 
de bioestimuladores, na acupuntura estética, no microagulhamento e na carboxiterapia, 
que serão vistos de forma detalhada neste tópico, sendo alguns desses procedimentos 
requisitos mínimos para atuação na profissão.
A técnica utilizando aplicação de estimuladores atua principalmente 
estimulando a síntese de colágeno na pele, atuando em fatores causados pelo processo 
de envelhecimento da pele. Esse procedimento ocorre através da aplicação de polímeros 
biocompatíveis, sendo o mais amplamente utilizado o ácido poli-L-láctico (PLLA).
A acupuntura estética foi regulamentada em 2016 pelo Conselho Federal de 
Biomedicina e requer que o profissional seja devidamente habilitado em acupuntura 
para utilizar técnicas de acupontos, para objetivos estéticos. É uma técnica da medicina 
tradicional chinesa e visa à redução de linhas de expressões faciais.
O microagulhamento é um procedimento amplamente utilizado nos centros 
estéticos, pois atua no tratamento de diversas disfunções estéticas, como cicatrizes, 
rejuvenescimento da pele, acnes e até mesmo no melasma. Consiste em uma técnica 
utilizando o dermaroller como ferramenta.
A carboxiterapia é um procedimento que utiliza o dióxido de carbono como 
principal ferramenta para o tratamento de várias complicações estéticas, como olheiras, 
celulites, estrias e gorduras localizadas. É um requisito obrigatório para a legalização 
como biomédico esteta e é um procedimento seguro aprovado pela Food and Drug 
Administration (FDA).
116
2 BIOESTIMULADORES
No processo de envelhecimento, tanto as alterações denominadas intrínsecas, 
relacionadas à capacidade de regeneração celular resultante da ação cronológica, 
quanto alterações extrínsecas, causadas pela radiação ultravioleta, podem acelerar o 
processo, causando um envelhecimento precoce. Tratamentos que visam à restauração 
da síntese de colágeno e estimulação da produção de fibroblastos são fundamentais para 
a manutenção da pele. O uso de produtos promissores, que visam estimular a síntese 
de colágeno, composto que desempenha um papel importante na matriz extracelular, 
representa uma alternativa eficaz para melhorar as propriedades da pele e suas 
características mecânicas no tratamento das alterações causadas pelo envelhecimento 
da pele (CUNHA et al., 2020; KATZUNG, 2010).
Outra característica do processo de envelhecimento é que com o passar dos 
anos o tipo de colágeno encontrado na pele é modificado, sendo o colágeno do tipo I 
predominante em jovens, enquanto o colágeno do tipo III é predominante em pessoas 
com idade avançada. Essas modificações influenciam diretamente nas propriedades da 
pele (CUNHA et al., 2020; KATZUNG, 2010).
Os bioestimuladores atuam induzindo a resposta inflamatória tecidual, levando a 
uma degradação lenta, resultando na deposição de colágeno. O sucesso do tratamento 
é dependente principalmente do paciente, do polímero utilizado e da técnica utilizada 
para a injeção do polímero. Vários fatores devem ser levados em consideração na 
escolha do polímero apropriado para utilização como bioestimulador: tamanho de 
partícula, biocompatibilidade, composição, estrutura química, ângulo de contato, tensão 
superficial e carga (CUNHA et al., 2020).
Polímeros são considerados macromoléculas compostas por monômeros e são muito 
utilizados nas indústrias em diversas áreas, desde a agricultura até a farmacêutica. São 
classificados de acordo com a sua forma de obtenção em polímeros naturais e 
sintéticos. Polímeros naturais são provenientes da natureza, sem modificações 
químicas e estruturais. Apresentam características estruturais que os 
fazem bons componentes em sistemas de liberação, como atoxicidade, 
biocompatibilidade, biodegradabilidade e mucoadesão, são exemplos: 
amido, quitosana, ácido hialurônico, pectina, goma gelana, gelatina, 
alginato, entre outros. Os polímeros sintéticos, por sua vez, apresentam 
modificações estruturais e apresentam como principais características, 
que fazem bons excipientes em sistemas de liberação, boa resistência 
mecânica, capacidade filmógena, resistência térmica e capacidade 
de intumescimento. São exemplos de polímeros sintéticos: polietileno, 
polipropileno, policloreto de vinila (PVC) e poliacetato de vinila (PVA).
INTERESSANTE
117
Os bioestimuladores mais amplamente utilizados com finalidade estética para 
estimular a síntese de colágeno são o ácido poli-L-láctico (PLLA) e a hidroxiapatita de 
cálcio (CaHA).
 
O PLLA é utilizado para aplicação estética desde 1999. É um polímero de alto peso 
molecular (140kD), derivado do ácido lático. É considerado com alta biocompatibilidade, 
uma vez que sua hidrólise ocorre por uma via não enzimática, consequentemente, 
formam dímeros e monômeros, que são fagocitados por macrófagos, metabolizando 
H2O, CO2 ou sendo adicionados à glucose. 
Após a aplicação do polímero na pele, ocorre a liberação plaquetária na matriz 
extracelular, que é responsável pela liberação de fatores quimiotáticos e homeostáticos, 
sendo esses precursores para a atração de neutrófilos, monócitos e fibroblastos, dando 
início ao processo inflamatório. Os neutrófilos, dessa forma, realizam a fagocitose dos 
compostos estranhos, secretando enzimas e citoquinas. No período por volta de 7 a 10 
dias após a administração de PLLA, os macrófagos tentam, juntamente a outras células, 
fagocitar partículas, secretando fatores de crescimento e dando início à reconstrução. 
Os fibroblastos, no entanto, começam a secretar componentes, como o colágeno tipo I, 
em grande quantidade, e o colágeno tipo III, em menor quantidade (CUNHA et al., 2020).
A hidroxiapatita de cálcio (CaHA) foi aprovada como bioestimulante em 2006 
pela Food and Drug Administration (FDA), para tratamento de reposição de volume, 
tratamento de rugas e sulcos na face. A hidroxiapatita de cálcio é uma substância de 
origem sintética, biocompatível, biodegradável e atóxica, que possui fosfato e cálcio em 
sua composição (CUNHA et al., 2020).
3 ACUPUNTURA ESTÉTICA
O Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) criou a Normativa CFBM nº 001/2016, 
de 28 de janeiro de 2016, que dispõe sobre a atividade do biomédico acupunturista, 
que permite ao biomédico devidamente habilitado em acupuntura utilizar técnicas de 
acupontos para objetivos estéticos (CFBM, 2016).
Na medicina tradicional chinesa, a técnica de acupuntura é utilizada para 
intensificar o deslocamento de energia vital (denominada “qi” ou “chi”) em todo o corpo. 
Pensa-se que essa energia vital circule por meio de linhas de energia, denominadas como 
meridianos. Conforme a medicina tradicional chinesa, as patologias são decorrentes de 
bloqueios no deslocamento da energia vital. Ao introduzir agulhas em pontos específicos 
ao longo das linhas meridianas, os profissionais visam restaurar o fluxo de energia vital 
e, consequentemente, melhorar disfunções relacionadas à saúde (WONG, 2020).
A filosofia da medicina tradicional chinesa compreendida por trás da acupuntura 
é complexa, pois a prática não é tradicionalmente baseada na ciência e na medicina. 
118
Os antigos presumiam que o corpo humano era completo e animado por uma força 
vital que eles chamavam de ‘qi’ (pronuncia-se ‘chee’) e quando o qi de determinada 
pessoa estava correndo bem e indo para ambientes certos, então oindivíduo tinha uma 
boa saúde física e mental. Em contrapartida, quando o qi estava fluindo incorretamente 
(bloqueado ou deficiente), isso acarretaria doença (WONG, 2020).
A definição de qi está relacionada com o funcionamento interno natural de 
determinado indivíduo. Algumas vezes, o indivíduo pode estar mais susceptível a contrair 
doenças quando está sob condições de estresse e ansiedade. Quando o indivíduo está 
relaxado e saudável, o corpo transmite isso relativamente bem. Em síntese, o humor, a 
saúde mental e o bem-estar geral afetam diretamente na saúde e no bem-estar físico. 
Dessa forma, a acupuntura tem como finalidade ajudar as pessoas a alcançar o equilíbrio, 
ou qi, e, por conseguinte, proporcionar alívio para muitas patologias (WONG, 2020).
A acupuntura estética é um procedimento minimamente invasivo, que abrange a 
utilização de acupuntura para aprimorar a pele e suprimir o processo de envelhecimento 
(Figura 3). Conhecida como um ‘rejuvenescimento facial’, a acupuntura estética usualmente 
é utilizada como uma variação aos liftings cirúrgicos e procedimentos convencionais, 
responsáveis por reverter os sinais ocasionados pelo processo de envelhecimento da pele. 
Alguns autores afirmam que a acupuntura estética pode auxiliar na redução de rugas, 
reduzir linhas finas, eliminar manchas da idade e elevar pálpebras caídas. Grande parte 
dos cursos de tratamento com acupuntura estética envolve 10 ou mais sessões, além de 
sessões adicionais para manutenção dos resultados (WONG, 2020).
FIGURA 3 – ACUPUNTURA ESTÉTICA
FONTE: <https://shutr.bz/37djMVz>. Acesso em: 1 mar. 2022. 
A acupuntura estética possui como finalidade melhorar a pele e atuar principalmente 
no tratamento do envelhecimento, em parte, realizando o estímulo da produção de 
colágeno. À medida que ocorre o processo de envelhecimento, a camada superior da 
pele perde colágeno e, consequentemente, torna-se menos elástica, porém, não existem 
evidências científicas que apoiem a afirmação de que a acupuntura pode desencadear a 
promoção da produção de colágeno. Alguns autores sugerem que a acupuntura estética 
pode auxiliar no rejuvenescimento da pele, melhorando a energia geral (WONG, 2020).
119
Vale destacar que a acupuntura é, de forma geral, considerada segura quando 
exercida por um profissional devidamente apto a realizar o procedimento. Conforme o 
Centro Nacional de Medicina Complementar e Alternativa, a acupuntura pode ocasionar 
diversos efeitos adversos (como infecções e órgãos perfurados) quando aplicada de 
forma irregular (WONG, 2020).
No rosto, o profissional acupunturista introduz cerca de quarenta a setenta 
agulhas minúsculas e indolores. Conforme as agulhas entram em contato com a pele, 
desencadeiam feridas dentro de seu limiar, denominadas de microtraumas positivos. 
Quando o corpo de determinado indivíduo sente essas feridas, passa a realizar a 
reparação. Esse é o mesmo princípio que o microagulhamento usa para obter bons 
resultados para o tratamento do envelhecimento, porém, a acupuntura é considerada 
menos intensa, com média de cerca de cinquenta punções. O microagulhamento realiza 
centenas de picadas por meio de um dispositivo denominado dermaroller (WONG, 2020).
Essas punções são responsáveis por estimular os sistemas linfático e 
circulatório, que atuam juntamente com a finalidade de fornecer nutrientes e oxigênio 
para as células da pele, nutrindo, dessa forma, a pele de dentro para fora. Isso auxilia na 
uniformização da pele, além de promover o brilho. Os microtraumas positivos também 
ajudam na produção de colágeno, auxiliando na melhora da elasticidade, reduzindo 
linhas de expressão e rugas (WONG, 2020).
4 MICROAGULHAMENTO
O conceito de microagulhamento teve início em 1995, quando Orentreich e 
Orentreich descreveram o agulhamento dérmico na forma de subcisão para o tratamento 
de cicatrizes. Posteriormente, de forma independente, em 1997, o cirurgião plástico 
Camirand utilizou pistolas de tatuagem sem tinta para a retirada de cicatrizes pós-
cirúrgicas. A técnica de microagulhamento em si foi desenvolvida pelo inventor alemão 
Liebl, em 2000, e o cirurgião plástico Fernandes, em 2006, projetou um dispositivo em 
forma de tambor com múltiplas agulhas finas salientes para a indução percutânea de 
colágeno (SINGH; YADAV, 2016).
O microagulhamento é uma técnica terapêutica muito simples, segura, eficaz e 
minimamente invasiva (Figura 4). Foi inicialmente introduzido para o rejuvenescimento da 
pele, no entanto, atualmente, é utilizado para uma ampla gama de indicações, incluindo 
cicatriz de acne, acne, cicatriz pós-traumática/queimadura, alopecia, rejuvenescimento 
da pele, administração de medicamentos, hiperidrose, estrias, entre outras. Além disso, 
durante os últimos 10 anos, muitas inovações foram feitas no instrumento inicial, que 
era usado para microagulhamento. Essa técnica pode ser combinada com outras para 
proporcionar melhores resultados. Em particular, é uma técnica muito segura para tipos 
de pele escura, em que o risco de pigmentação pós-inflamatória é muito alto com outras 
técnicas que danificam a epiderme (SINGH; YADAV, 2016).
120
FIGURA 4 – MICROAGULHAMENTO
FONTE: <https://shutr.bz/37M1daO>. Acesso em: 1 mar. 2022. 
O dermaroller padrão tem um cabo de 12 cm de comprimento com um cilindro em 
forma de tambor de 2 x 2 cm de largura em uma extremidade, cravejado com 8 linhas e 24 
conjuntos circulares de 192 microagulhas finas, geralmente, 0,5-3 mm de comprimento e 
0,1-0,25 mm de diâmetro. Essas microagulhas de uso único são sintetizadas por técnicas 
de gravação de íons reativos em silício ou aço inoxidável de grau médico. O instrumento 
passa por um processo de pré-esterilização por irradiação gama. Trabalhar com um 
dermaroller tradicional contendo cerca de 192 agulhas de 2 mm de comprimento e 0,07 
mm de diâmetro sobre uma área de pele por aproximadamente 15 vezes resulta em 250 
orifícios por cm quadrado até a derme, dependendo da pressão aplicada sob o dispositivo. 
Cada aplicação produz cerca de 16 micropunturas no estrato córneo por cm quadrado 
sem causar danos significativos à epiderme (SINGH; YADAV, 2016).
FIGURA 5 – DERMAROLLER
FONTE: <https://shutr.bz/3EdutmZ>. Acesso em: 1 mar. 2022.
Micropunturas são criadas usando microagulhas, que produzem uma lesão 
controlada da pele, sem danificar a epiderme. Essas microlesões levam ao sangramento 
superficial mínimo e estabelecem uma cascata de cicatrização de feridas com liberação 
de vários fatores de crescimento, como fator de crescimento derivado de plaquetas 
(PGF), fator de crescimento transformador alfa e beta (TGF-α e TGF-β), proteína 
ativadora do tecido conjuntivo, fator de crescimento do tecido conjuntivo e fator de 
crescimento de fibroblastos (FGF) (SINGH; YADAV, 2016). 
121
As agulhas também quebram os antigos fios endurecidos da cicatriz e permitem 
que ela seja revascularizada. A neovascularização e a neocolagênese são iniciadas pela 
migração e proliferação de fibroblastos e estabelecimento de matriz intercelular. Uma 
matriz de fibronectina se forma após cinco dias de lesão, que determina a deposição de 
colágeno, resultando em endurecimento da pele, que persiste por cinco a sete anos na 
forma de colágeno III. A profundidade da neocolagênese varia de cinco a 600 µm com 
uma agulha de 1,5 mm de comprimento (SINGH; YADAV, 2016).
O microagulhamento é uma técnica relativamente simples, com duração de 10 
a 20 minutos, conforme a área de tratamento. Durante o procedimento, os pacientes 
devem ser devidamente aconselhados, com antecedência do procedimento, explanando 
a técnica, os resultados esperados, a possível resposta tardia e a demanda de muitas 
sessões. A pele, no entanto, deve ser estimulada, de preferência, diariamente por pelo 
menos trinta dias com formulações contendo vitamina A e C para favorecer a síntese 
de colágeno dérmico. A vitamina A estimula cerca de 400-1000 genes responsáveis por 
controlar a proliferação e a diferenciação celular na derme e epiderme,e a vitamina C é 
imprescindível para a síntese de colágeno normal (SINGH; YADAV, 2016).
A técnica é realizada sob anestesia local, com uma mistura de lidocaína e 
prilocaína/tetracaína, por um período que varia entre 45 minutos a uma hora. Após 
o preparo do local de aplicação com antisséptico e soro fisiológico, a pele deve ser 
esticada, sendo realizado um rolamento cinco vezes cada na direção horizontal, vertical 
e oblíqua. O resultado do procedimento é apontado como sangramento pontual e 
uniforme, que pode ser controlado de forma simples. Posteriormente ao tratamento, a 
área é hidratada com soro fisiológico ou são utilizadas compressas de gelo para gerar 
conforto ao paciente. 
Após essa etapa, o paciente é aconselhado sobre a utilização do protetor solar 
de forma regular e a seguir as medidas de proteção solar. A técnica é bem tolerada pelos 
pacientes e na maioria das vezes não há sequelas após o tratamento, com exceção de 
leve eritema e edema, que dura cerca de dois a três dias. O procedimento não acarreta 
a inatividade do paciente para o exercício das atividades normais, podendo retomar o 
trabalho diário no dia seguinte. Os procedimentos são realizados em períodos de três a 
oito semanas e são demandadas muitas sessões para a obtenção do requerido na pele. 
Os resultados não são observados rapidamente, pois o colágeno sintetizado continua 
sendo depositado por um período de três a seis meses após a finalização do tratamento 
(SINGH; YADAV, 2016).
O microagulhamento tem sido usado para uma ampla gama de indicações, 
com muitos ensaios comprovando sua utilidade. Tem sido aplicado isoladamente, bem 
como em combinação com outras modalidades de tratamento, como peeling químico, 
plasma rico em plaquetas, radiofrequência, subcisão, elevação por punção e lasers. É 
frequentemente utilizado em conjunto com uma formulação tópica e, portanto, aumenta 
sua penetração e ação (SINGH; YADAV, 2016).
122
4.1 REJUVENESCIMENTO DA PELE
Vários fatores podem estar relacionados com o processo de rejuvenescimento 
da pele, reduzindo os efeitos desencadeados pelo processo de envelhecimento natural. 
Esses fatores estão diretamente relacionados com linhas de expressão e rugas (SINGH; 
YADAV, 2016).
O microagulhamento leva à reorganização das velhas fibras de colágeno e à 
formação de novo colágeno, elastina e capilares, levando ao efeito de firmamento da 
pele. Essa indução percutânea de colágeno leva a uma aparência geral jovem da pele, 
reduzindo as linhas finas, as rugas e o tamanho dos poros, dando mais maleabilidade e 
elasticidade. Os efeitos são potencializados quando o procedimento é combinado com soro 
antienvelhecimento tópico de vitamina C e aplicação de tretinoína (SINGH; YADAV, 2016).
4.2 CICATRIZES
Cicatrizes são o resultado de um processo de lesão na pele e podem ser 
desencadeadas por diversos fatores, tanto internos quanto externos. O tipo de cicatriz 
influencia no procedimento a ser realizado para o seu tratamento, além de como deve 
ser desenvolvida a técnica. As cicatrizes podem ser classificadas em cicatrizes de acne 
e cicatrizes sem acne (SINGH; YADAV, 2016).
• cicatrizes de acne: a indicação mais utilizada de microagulhamento é para 
o tratamento de cicatrizes atróficas faciais pós-acne. Um grande número de 
estudos é descrito na literatura avaliando a técnica isoladamente, bem como em 
combinação com peelings químicos, ricos em plaquetas, subcisão e crioterapia. Os 
resultados mostram que o microagulhamento é mais eficaz para o tratamento de 
cicatrizes causadas por acnes. É seguro para todos os tipos de pele, com tempo de 
inatividade mínimo. Apenas a área afetada precisa ser tratada e não há risco mínimo 
de discromia pós-inflamatória. No entanto, no mínimo quatro a seis sessões são 
necessárias para a apresentação de resultados (SINGH; YADAV, 2016);
• cicatrizes sem acne: estudos também apontam a eficácia do microagulhamento para 
aplicação no tratamento de cicatrizes não ocasionadas por acne. O microagulhamento 
tem sido utilizado para quase todos os tipos de cicatrizes pós-cirúrgicas. Alguns 
estudos apontaram a técnica como eficaz na redução até mesmo de cicatrizes de 
queimaduras, reduzindo até 80% dessas cicatrizes. O microagulhamento também é 
eficaz para cicatrizes de varicela e cicatrizes pós-traumáticas (SINGH; YADAV, 2016).
4.3 ACNE VULGAR
A acne vulgar é uma disfunção dermatológica ocasionada principalmente 
por fatores hormonais, em ambos os sexos. Esse tipo de acne desencadeia pústulas, 
pápulas, nódulos e cistos, ocasionando processos inflamatórios e liberando pus.
123
A técnica de radiofrequência com microagulhamento fracionado expandiu a 
aplicação do microagulhamento também na acne vulgar. A técnica tem como alvo direto 
as glândulas sebáceas e auxilia na redução da produção de sebo. Também é conhecida 
por reduzir a hiperproliferação de queratinócitos (SINGH; YADAV, 2016).
4.4 ALOPECIA ANDROGÊNICA E ALOPECIA AREATA
O uso de microagulhamento no couro cabeludo para alopecia é um de seus 
avanços recentes. Existem resultados na literatura de que a utilização do procedimento 
associada com minoxidil favorece ainda mais o tratamento e os resultados (SINGH; 
YADAV, 2016).
As contraindicações do microagulhamento incluem: acne ativa; herpes labial ou 
qualquer outra infecção local, como verrugas; doença de pele crônica moderada a grave, 
como eczema e psoríase; discrasias sanguíneas, pacientes em terapia anticoagulante; 
tendência extrema de queloide e pacientes em quimioterapia/radioterapia (SINGH; 
YADAV, 2016).
Apesar das inúmeras vantagens, a técnica de microagulhamento também 
possui algumas limitações. É menos efi caz em alguns tipos de cicatrizes, como cicatrizes 
sem caroço, cicatrizes lineares e cicatrizes profundas. No entanto, combinar outros 
procedimentos cirúrgicos ao microagulhamento pode melhorar seus resultados. Certas 
A técnica de microagulhamento tem sido bem explorada para aumentar a penetração de 
fármacos através da barreira cutânea. Isso foi comprovado em modelos de pele in vitro, 
em que foi observada a absorção aprimorada de moléculas maiores, como a calceína. As 
microagulhas cobrem uma gama de atividades entre a de um adesivo transdérmico e uma 
agulha hipodérmica, tentando obter as vantagens de ambos e eliminar as desvantagens de 
cada um deles. O microagulhamento tem sido usado para a administração transdérmica 
de vários tipos de drogas, incluindo biofármacos macromoleculares, como insulina, 
hormônio do crescimento, heparina e albumina, imunobiológicos, proteínas, peptídeos e 
medicamentos, como aspirina, minoxidil, tretinoína e ácido L-ascórbico.
O microagulhamento também foi combinado com outras técnicas 
avançadas, como microbombas, sonoforese, iontoforese e eletroporação 
para melhor penetração do medicamento. Com relação à estética, 
o microagulhamento é frequentemente combinado com tretinoína 
tópica e vitamina C para o tratamento de cicatrizes de acne e 
rejuvenescimento da pele. O aumento da penetração de minoxidil e 
plasma rico em plaquetas para alopecia androgênica é outra aplicação. 
O microagulhamento aumenta o efeito do ácido 5-aminolevulínico para 
uma terapia fotodinâmica mais efi caz.
INTERESSANTE
124
reações adversas também são decorrentes do procedimento, sendo as mais comuns o 
eritema e a irritação, que geralmente desaparecem em poucas horas. Outros eventos 
observados são hiperpigmentação pós-inflamatória, agravamento da acne e reativação 
de herpes, hipersensibilidade sistêmica, alergia e infecções locais após o uso de um 
instrumento não estéril (SINGH; YADAV, 2016).
5 CARBOXITERAPIA
De acordo com a Resolução nº 200, de 1 de julho de 2011, do Conselho Federal 
de Biomedicina (CFBM), que dispõe sobre os critérios para a habilitação em biomedicina 
estética, a carboxiterapia é um requisito mínimo e obrigatório para a atuação em 
biomedicina estética (CFBM, 2011).
A carboxiterapia foi originada na década de 1930, na França. O tratamento era 
realizado através da pele, por uma viadenominada percutânea, por meio de banhos de 
água gaseificada aquecida. O procedimento, a princípio, era utilizado para o tratamento 
de úlceras e arteriopatia, porém, com o tempo, foi ganhando novas aplicações. Após 
muitos estudos do procedimento, a técnica deixou de ser tópica e passou a ser infundida 
de forma direta no tecido subcutâneo, oferecendo, dessa forma, melhores resultados 
(PIANEZ et al., 2016). 
A carboxiterapia é uma técnica que utiliza administrações de dióxido de carbono 
para o tratamento de olheiras, celulites e estrias. Mostra uma melhora principalmente 
na elasticidade da pele, em linhas de expressão e na circulação sanguínea, porém 
também tem atividade na redução de gordura, auxilia no reparo de colágeno da pele, 
além de atuar na redução de olheiras por elevar o fluxo sanguíneo nas pálpebras. Os 
principais locais de aplicação dessa técnica são: rosto, glúteos, pescoço, abdômen, 
coxas, pálpebras e braços (GOTTER, 2018).
As principais aplicações da carboxiterapia são em:
• estrias: nas estrias, a carboxiterapia atua na estimulação da síntese de colágeno, 
fazendo com que melhore o aspecto visual da pele;
• olheiras: o principal motivo das causas de olheiras é a má circulação, dessa forma, 
a carboxiterapia atua promovendo a circulação e reduzindo o acúmulo de coloração 
azulada;
• celulites: a carboxiterapia atua na gordura subcutânea, fazendo com que células 
de gordura sejam rompidas, sendo uma alternativa segura e eficaz para o tratamento 
das celulites, com estudos comprovados;
• alopecia: como uma das causas da alopecia é a má circulação, o procedimento 
pode favorecer o tratamento da alopecia.
125
Essa técnica apresenta segurança e efi cácia comprovada, sendo aprovada pela 
Food and Drug Administration (FDA) e não demonstra praticamente nenhuma reação 
adversa. Em poucos casos, pode causar hematomas no local da aplicação, principalmente 
em braços e pernas, sendo que o paciente pode retornar as suas atividades normais 
após a realização do procedimento estético (utilizar banheira ou nadar somente um dia 
após a aplicação). Para que o tratamento seja realizado com sucesso, são necessárias 
entre sete a 10 sessões (PIANEZ et al., 2016; GOTTER, 2018).
Um estudo realizado em 2016 consistiu na avaliação e nos resultados do 
tratamento com carboxiterapia em mulheres com idade de aproximadamente 29 e ± 61 
anos, sendo realizadas oito sessões em cada paciente com intervalo de sete dias entre 
as sessões. Os resultados mostraram-se promissores, com a redução na celulite de 
grau III para grau II (PIANEZ et al., 2016).
O procedimento varia de acordo com a área a ser tratada, porém a base da 
técnica é a mesma. Para o procedimento, é necessário que um tanque contendo dióxido 
de carbono (CO2) seja acoplado juntamente a um regulador de fl uxo, com um fi ltro na 
sua extremidade. O fi ltro faz com que qualquer tipo de impureza seja eliminada e não 
chegue ao corpo, o gás então atravessa uma agulha de pequeno calibre, sendo injetado 
sob a pele (Figura 6). A técnica é considerada indolor e leva pouco tempo para ser 
realizada (cerca de 15 a 30 minutos) (PIANEZ et al., 2016; GOTTER, 2018).
FIGURA 6 – PROCEDIMENTO DE CARBOXITERAPIA
FONTE: <https://shutr.bz/38GDkSm>. Acesso em: 1 mar. 2022.
O termo celulite é utilizado de forma errônea, uma vez que, na patologia, 
o sufi xo ITE está relacionado a um processo infl amatório. Em celulites, não 
existe um processo infl amatório.
INTERESSANTE
126
No tecido, o dióxido de carbono reage com as moléculas de água, e o ácido 
carbônico molecular é formado. Este ácido reduz o pH do tecido, assim, o denominado 
Efeito de Bohr ocorre, quanto menor o pH, mais fraca é a ligação entre a hemoglobina 
e o oxigênio. Enquanto a carboxiterapia está sendo aplicada, a liberação de oxigênio da 
hemoglobina é aumentada. Além disso, ao nível de pH de 6,8 ou menos, a permeabilidade 
das paredes capilares é aumentada. Em pH de 6,5 ou menos, a flexibilidade das fibras de 
colágeno é aumentada, enquanto sua firmeza diminui. 
Outras reações químicas incluem a redução de íons de cálcio bivalentes e a 
divisão do ácido carbônico em H+ a HCO3, resultando na formação de bicarbonato de 
cálcio, bicarbonato de sódio e bicarbonato de potássio. Como reação, o pH se torna 
alcalino, o que finalmente leva a um efeito analgésico e espasmolítico. O tônus das 
artérias e dos capilares é diminuído e a temperatura da pele é aumentada em 1 °C. 
Esse efeito combinado com a atividade alterada das terminações nervosas melhora a 
troficidade das localidades tratadas. Ao mesmo tempo, a oxidação das gorduras das 
células gordurosas é ativada, sendo que alguns autores afirmam que há efeito lipolítico 
direto sobre os adipócitos. O CO2 residual é exalado pelos pulmões. Outros efeitos da 
carboxiterapia também são descritos, que levam à dilatação das artérias coronárias, 
bradicardia e redução da pressão arterial (PIANEZ et al., 2016; ZELENKOVÁ, 2017).
As contraindicações do procedimento incluem casos de doença cardíaca 
isquêmica grave, embolia aguda, tromboflebite, flebotrombose, gangrena, insuficiência 
renal, hipertensão não tratada, acidente vascular cerebral, gravidez, lactação, adiposidade 
grave (após contorno corporal), doença infecciosa aguda, febre e coagulação sanguínea. 
Outras contraindicações também incluem expectativas irreais por parte do paciente e 
idade biológica elevada (PIANEZ et al., 2016; ZELENKOVÁ, 2017).
5.1 FATORES EPIDEMIOLÓGICOS E VARIAÇÃO NA RESPOSTA 
DE PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS
Diversos estudos já apontam a raça como um fator epidemiológico importante 
a ser levado em consideração na resposta de procedimentos estéticos utilizando ativos. 
Um bom exemplo disso pode ser comparando chineses e europeus na metabolização de 
etanal. Os chineses produzem mais concentração de acetaldeído, causando palpitação 
e rubor (RANG et al., 2012; KATZUNG, 2010). 
A idade é fator que influencia diretamente na ação dos ativos e nas respostas 
a procedimentos estéticos. A eliminação de ativos é diferente em recém-nascidos e 
idosos, dessa forma, ativos tendem a ser mais eficientes em adultos. Além disso, a 
composição corporal é diferente de acordo com a idade, principalmente em gordura e 
líquidos, sendo que idosos produzem muito menos líquidos e determinadas enzimas do 
que jovens.
127
A excreção renal de ativos, em consonância à meia-vida de eliminação 
plasmática, também é influenciada com a idade. Um exemplo disso pode ser dado com 
a gentamicina (antibiótico), em recém-nascidos, apresentam tempo de meia-vida > 18 
horas, aproximadamente 10 horas para bebês e entre uma a quatro horas para adultos 
(RANG et al., 2012; ATKINSON et al., 2006; KATZUNG, 2010).
Diversas enzimas envolvidas na metabolização de ativos possuem baixa atividade 
em recém-nascidos, entre elas, acetiltransferases, esterases e glucuronil-transferases.
Na gravidez, a distribuição de ativos pode ser comprometida por modificações 
fisiológicas no feto e na mãe. A ligação de ativos a proteínas plasmáticas pode ser influenciada 
devido à redução da concentração de albumina (RANG et al., 2012; KATZUNG, 2010).
Algumas doenças podem limitar alguns procedimentos estéticos, pessoas 
com trombose, patologias vasculares e diabetes não podem realizar o Procedimento 
Estético Injetável para Microvasos (PEIM), também ocorrem limitações para outros 
procedimentos estéticos.
Muitas pessoas, principalmente idosos, fazem tratamento contínuo com mais 
de um medicamento para o tratamento de doenças crônicas. Em casos de tratamentos 
agudos ou oportunistas (por exemplo, infecções), são tratados com medicamentos 
adicionais, isso faz com que aumente o potencial para interações entre esses ativos. 
Essas interações podem desencadear desde a perda da eficácia do tratamento até 
reações adversas graves (RANG et al., 2012; KATZUNG, 2010). 
5.2 MECANISMOS DE DEFESA DO PACIENTE FRENTE A 
PROCEDIMENTOS MINIMAMENTE INVASIVOS
Muitos procedimentos minimamente invasivos (praticamente todos) 
desencadeiamuma resposta inflamatória ao paciente, que algumas vezes é vista como 
vantajosa, uma vez que faz parte do protocolo de tratamento do paciente, e algumas 
vezes essas respostas são vistas como limitações da técnica. O mecanismo de defesa 
do paciente envolve principalmente mediadores inflamatórios, gerados por um processo 
inflamatório, gerando características como: dor, rubor, calor, intumescimento e perda da 
função (RANG et al., 2012; KATZUNG, 2010). 
Respostas inflamatórias ocorrem principalmente após a exposição a algum 
microrganismo, substância nociva ou após alguma lesão. O sistema imune geralmente 
atua com uma resposta inata não adaptativa e uma resposta imunológica adaptativa. 
O resultado é a cura sem o aparecimento de cicatrizes. Grande parte dos tratamentos 
estéticos disponíveis envolve processo inflamatório (RANG et al., 2012; KATZUNG, 2010). 
128
Como o organismo consegue identificar se determinada célula é um patógeno ou 
elemento idôneo? O organismo conta com uma gama de receptores de reconhecimento 
padrão PRR (do inglês, Pattern Recognition Receptors). Esses receptores possuem 
como função reconhecer PAMPs (do inglês, Pathogen-Associated Molecular Patterns), 
produtos esses provenientes de vírus, fungos, bactérias, entre outros (RANG et al., 2012; 
KATZUNG, 2010). 
O processo inflamatório conta com células presentes normalmente nos tecidos 
e outras móveis, e conseguem acesso através da corrente sanguínea. São células 
do sistema imunológico: leucócitos polimorfonucleares (neutrófilos), mastócitos, 
monócitos/macrófagos, células dendríticas, eosinófilos, basófilos, células endoteliais 
vasculares, plaquetas e células natural killer (RANG et al., 2012; KATZUNG, 2010). 
Devido ao processo inflamatório desencadeado nos pacientes, em muitos 
procedimentos, são utilizadas substâncias biocompatíveis e atóxicas, com o intuito 
principal de não desencadear uma resposta inflamatória duradoura.
5.3 ENTENDENDO A IMPORTÂNCIA DOS ATIVOS PARA 
APLICAÇÃO EM BIOMEDICINA ESTÉTICA
 
Entender sobre ativos vai além das grandes áreas de farmácia e medicina, 
sendo de grande importância também na estética e na cosmética. Quando pensamos 
em estética e cosmética, pensamos em cuidados e recuperação, visto que muitas 
vezes necessitam de tratamento farmacológico para serem alcançados. A aplicação 
farmacológica na estética e na cosmética se encontra principalmente nas seguintes 
finalidades:
• recuperação estética: nessas situações, são utilizados principalmente agentes 
cicatrizantes, calmantes e de regeneração celular. Como exemplo: a alantoína e o 
d-pantenol;
• controle da oleosidade: também denominados seborreguladores. Por exemplo: a 
espironolactona;
• hidratação: princípios ativos que atuam no processo de hidratação da pele. 
Exemplo: o algasan e o ácido hialurônico;
• adstringentes: utilizados para reduzir a secreção nas mucosas. Como exemplo: o 
sulfato de zinco;
• antibióticos: utilizados para o tratamento de infecções bacterianas, como acne 
(causada por Propionibacterium acnes) e foliculite. Irgasan, eritromicina e clindamicina 
são exemplos de fármacos utilizados no tratamento de infecções bacterianas;
• anti-inflamatórios: utilizados em processos inflamatórios relacionados à estética 
e após procedimentos que desencadeiam processos inflamatórios. 
129
Além de ativos empregados para essas fi nalidades, existem também fármacos 
utilizados para tratamento medicinal, que possuem uso off label para fi nalidades estéticas 
e cosméticas. Exemplos incluem o uso do minoxidil, anti-hipertensor, utilizado como 
uso off label para tratar alopecia, e da toxina botulínica, que é usada medicinalmente 
para alívio do espasmo muscular e amplamente em alterações cosméticas.
O termo off label se refere ao uso de ativos que não seguem indicações, 
estudos, efeitos adversos e contraindicações para o uso no qual está sendo 
utilizado e sim para outra função farmacológica, por exemplo, a utilização de 
propranolol como ansiolítico.
NOTA
130
ACUPUNTURA E A MINIMIZAÇÃO DE RUGAS FACIAIS: UMA REVISÃO 
BIBLIOGRÁFICA
Aline Pierezan
Danieli Carla Menin
Deisi Mara Rech
Patricia Elisa Ulmer
Taís Gonçalves Azevedo
Eidimara Ferreira
Margarete Rien
Micheline Machado Teixeira
Resumo
A acupuntura estética facial é um processo que contribui para a redução de 
rugas, além de minimizar o decurso do envelhecimento, reparando a estrutura da pele, 
restaurando o estrato córneo e estimulando a circulação sanguínea e linfática, bem como 
a produção de colágeno. Esse artigo tem como objetivo compreender o mecanismo e a 
eficácia da acupuntura na atenuação das rugas no tratamento facial. A pesquisa teve 
como fonte de dados a revisão de literatura em artigos científicos nos seguintes sites: 
Scielo, PubMed e Google Acadêmico, mostrando os benefícios da acupuntura para o 
rejuvenescimento facial, por tratar do indivíduo como um todo e quaisquer condições 
subjacentes que geralmente contribuem para o envelhecimento prematuro. O tratamento 
de acupuntura facial é baseado nos princípios da medicina tradicional chinesa e envolve a 
inserção de agulhas finas em pontos específicos da face para manipular o movimento de 
energia no corpo, de acordo com o indivíduo e as suas necessidades.
Palavras-chave: Acupuntura facial. Envelhecimento facial. Rugas.
INTRODUÇÃO
O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo, uma vez que apresenta 
modificações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas, psicológicas e funcionais que 
contribuem para a perda gradual da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio 
ambiente, ocasionando maior fragilidade e, consequentemente, maior incidência 
aos processos patológicos. Sobre o tema, as teorias que tentam explicar o complexo 
processo de envelhecimento relacionam-se ao envelhecimento intrínseco, que é 
determinado pela genética e pelo tempo cronológico, e ao envelhecimento extrínseco, 
que decorre da exposição da pele às influências do meio ambiente.
LEITURA
COMPLEMENTAR
131
A pele é o maior órgão do corpo humano e o que mais reflete os efeitos 
cronológicos e ambientais. A estrutura básica da pele é constituída por epiderme, derme 
e tecido subcutâneo. A epiderme é a região mais externa, não vascularizada, cuja função 
é realizar a interface com o meio ambiente. 
Com o envelhecimento, a pele sofre um estreitamento, perda de função e 
estabilidade estrutural e há uma intensa diminuição na espessura da estrutura formada 
pela junção da derme com a epiderme, com alterações na percepção neurossensorial, 
permeabilidade e capacidade de reparo. Isso é elucidado pelo desdobramento nas 
papilas dérmicas que unem a epiderme à derme dos indivíduos jovens, e que perdem 
a sua função com o passar dos anos, tanto na fase adulta como em idosos, tornando 
a junção dermoepidérmica mais comprimida e fragilizada e, suas fibras, fragmentadas, 
afetando a atividade de diferenciação celular na camada basal e inibindo as trocas de 
nutrientes e oxigênio para as camadas superiores da epiderme, especialmente na região 
facial, dando origem aos sulcos e às rugas. 
As rugas são sulcos ou pregas na superfície da pele que representam um parâmetro 
do envelhecimento cutâneo. São classificadas de acordo com a sua profundidade: 
rugas superficiais, em que há uma diminuição de fibras elásticas na derme papilar e 
desaparecem ao estiramento da pele, e rugas profundas, que são decorrentes da ação solar 
e não desaparecem ao estiramento da pele. O tratamento para rugas tem como finalidade 
harmonizar os músculos faciais e impulsionar a produção de colágeno, suavizando as rugas 
e possibilitando uma maior elasticidade da pele. Os principais traços do envelhecimento são 
rugas, hipercromias, desidratação, perda de luminosidade e ptose tissular. 
Como terapia para reverter os sinais do tempo, a acupuntura vem sendo utilizada 
para diversas patologias e também para fins estéticos variados. Como procedimento milenar, 
a acupuntura é uma prática que ajuda na diminuição de sinais e rugas, além de proporcionara prevenção no processo de envelhecimento facial. A acupuntura possui diversos benefícios, 
se comparada a outras técnicas. Além de ser praticamente indolor, os resultados são rápidos 
e os efeitos são do interior para o exterior, em que as contraindicações se limitam ao período 
de gestação, dermatites ou áreas tumorais e portadores de marca-passo.
Assim, o objetivo deste estudo foi compreender o mecanismo e a eficácia da 
acupuntura na atenuação das rugas no tratamento facial. Para tanto, foi realizada uma 
revisão bibliográfica, que se deu por fundamentação teórica por meio de buscas nas 
bases de dados científicos: Scientific Electronic Library Online (Scielo) e National Library 
of Medicine (PubMed).
MÉTODOS
A pesquisa teve como fonte de dados a revisão de literatura em artigos científicos 
nacionais pesquisados no período de agosto a outubro de 2018 nos seguintes sites: 
Scientific Electronic Library Online (Scielo) e National Library of Medicine (PubMed) por 
um grupo de estudantes do VII nível do Curso de Estética e Cosmética da Universidade 
132
de Passo Fundo (UPF), na cidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, utilizando os 
critérios de inclusão correspondentes no tratamento de rugas faciais com utilização das 
técnicas de acupuntura somente em artigos nacionais. Os artigos internacionais foram 
excluídos. Os termos empregados para a busca foram os seguintes: acupuntura facial; 
rejuvenescimento facial, acupuntura e rugas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A acupuntura estética começou a aparecer no Brasil na década de 1970, 
empregando a mesma metodologia da acupuntura tradicional. Os músculos faciais 
apresentam algumas especificidades e atuam nas diferentes emoções. O desequilíbrio 
nos músculos faciais geralmente é ocasionado por alterações emocionais que, 
integrado à ineficiência do uso de grupos musculares, determinará a localização e o 
tipo de ruga. Nesse sentido, a acupuntura, como método auxiliar no campo da estética, 
busca o tratamento das causas e consequente efeito na minimização de problemas 
biopsicológicos, além de estimular áreas reflexológicas ao ser aplicada à face. 
Nesse contexto, a acupuntura é aplicada na face para minimizar as lesões 
causadas pela idade. As rugas, segundo a medicina tradicional chinesa, estão associadas 
às alterações dos rins, enquanto as da derme relacionam-se ao baço e ao pâncreas, 
da epiderme ao pulmão e do tônus da musculatura da face ao fígado, assim como as 
expressões faciais ao coração. Nesse sentido, a acupuntura busca estimular o equilíbrio 
dos pontos energéticos relacionados aos órgãos causadores do respectivo problema. 
Com isso, para o tratamento das rugas, esse equilíbrio é obtido pela inserção 
de agulhas em pontos específicos da face, possibilitando a estimulação de colágeno, 
circulação, elasticidade da pele, bem como o tônus dos músculos faciais. A acupuntura 
contribui para a diminuição de rugas e atenua os fatores de envelhecimento, beneficiando 
a composição da pele, restaurando o estrato córneo e reparando a circulação local. Ainda, 
é importante destacar a relevância em respeitar a anatomia dos músculos da face, pois 
como todo o organismo humano, possuem os músculos agonistas e os antagonistas, que 
são músculos que trabalham em direções opostas. Os primeiros realizam uma determinada 
ação, enquanto os segundos se distendem para facilitar a contração muscular. 
Em outros termos, os músculos agonistas (agentes principais na execução 
de um movimento) e os antagonistas (ação anatômica oposta à dos agonistas) estão 
implicados em cada tipo de ruga e em harmonizar os grupos musculares. As marcas e 
os sulcos na região facial são o resultado da perda do tônus muscular desses músculos. 
Assim, na acupuntura facial, a terapia melhora o tônus muscular e a contração 
dérmica, aumentando a circulação local e, consequentemente, a maximização da energia 
dos canais dos órgãos e vísceras, levando o corpo a uma harmonia de matéria e de 
energia. Esses resultados atuam no sistema nervoso autônomo e central, no sangue e 
nos hormônios, ocasionando reações de analgesia, aumento ou diminuição das funções 
orgânicas.
133
Através da inserção das agulhas ocorre o equilíbrio sintomatológico pela estimulação 
de pontos específicos. Ocorre uma desorganização regional, melhorando a microcirculação 
e estimulando o sistema nervoso central (SNC), ocasionando a liberação de endorfinas e 
outras substâncias com efeito analgésico. Igualmente, incide na maximização de colágeno 
e elastina, de tal modo que aproxima os sulcos na pele, unificando as rugas. Além disso, 
a acupuntura facial pode potencialmente atuar pela qualidade da pele, promovendo a 
redução de rugas e restaurando o fluxo de energia vital da face.
Assim, a acupuntura tem como objetivo a minimização ou supressão das rugas 
faciais pelos acupontos, que são as regiões onde se encontra um grande acúmulo de 
terminações nervosas sensoriais. De acordo com a medicina tradicional chinesa, o Wei 
Qi (energia de defesa) é o encarregado por nutrir o espaço entre a pele e o osso, a sua 
deficiência ocasiona a diminuição no aquecimento do espaço, transformando a pele não 
aderente da sua musculatura.
Além de fortalecer o Shen Qi (energia dos rins), tem de se fortificar também 
o Pi (baço/pâncreas) e o Fei (pulmão), tratando o tônus dos músculos, do tecido 
conjuntivo e da epiderme. As agulhas usadas na face, inseridas por via subcutânea, têm 
geralmente 0,5 cm de comprimento e 0,18 mm de espessura. Os pontos de acupuntura 
são escolhidos com base no diagnóstico diferencial do paciente, na constituição da 
estratégia de tratamento, principais queixas e anamnese do paciente. 
Os principais pontos de localização são: IG-19 (Heliao), IG-20 (Yingxiang), 
VG-26 (Renzhong ou Shuigou), VC-24 (Chengjiang), M-CP-18 (Jiachengjiang), VC-24 
(Chengjiang), M-CP-6 (Yuyao), M-CP-8 (Qiuhou), M-CP-9 (Taiyang), E-2 (Sibai), VB-1 
(Tongziliao), TA-23 (Shizukong), B-2 (Zanzhu), E-3 (Juliao), E-4 (Dicang) (DRUZIK; PIRES, 
2011). Esses pontos, segundo Cruz e Pereira (2018), por meio da acupuntura, estimulam o 
sistema linfático e circulatório, que trabalham juntos para fornecer nutrientes e oxigênio 
às células da pele, nutrindo-a de dentro para fora. Isso ajuda a uniformizar e promover 
o brilho da pele. Os microtraumas positivos também estimulam a produção de colágeno, 
melhorando a elasticidade e minimizando linhas finas e rugas. 
O tratamento da acupuntura facial produz ações no organismo de forma 
localizada, provocando reações fisiológicas associadas ao estímulo neuro-humoral para 
a liberação de certas substâncias e a inibição de outras. Uma das muitas teorias da 
medicina tradicional chinesa sobre os vários mecanismos pelos quais a acupuntura atua 
é que, com a inserção da agulha, o corpo suporta um microtrauma que, por sua vez, 
estimula o sistema de reparo da lesão dentro do corpo. É esse processo de cura natural 
que estimula a produção de colágeno no local da inserção da agulha. A regeneração da 
derme e da epiderme produz novas proteínas de colágeno e elastina. O novo tecido da 
pele parece essencialmente mais estimulado, jovem e rejuvenescido [...]. 
O uso da técnica refere-se ao fato de os acupontos terem relação com regiões 
de acesso no trajeto externo dos canais energéticos dos órgãos e vísceras, atenuando 
as rugas, trabalhando o indivíduo como um todo e normalizando o funcionamento 
134
dos sistemas e órgãos internos, os quais possuem influência direta na saúde da pele, 
suavizando linhas de expressão, tonificando músculos, melhorando a circulação e a 
nutrição local, favorecendo uma melhora no aspecto geral da pele e retardando o seu 
envelhecimento precoce.
As técnicas de tonificação são usadas em indivíduos que têm pele flácida [...]. 
Já as técnicas de sedação são usadas em áreas com músculos tensos, que podem se 
beneficiar do relaxamento. Os métodos de tonificação podem ser usados para promover 
a circulação sanguínea. Os benefícios do tratamento incluem a eliminaçãode algumas 
rugas e a diminuição do comprimento e profundidade de outras, diminuição do edema 
facial e da acne, melhora do tônus da musculatura facial, melhora da textura da pele, 
com poros mais reduzidos, e diminuição da flacidez ao redor dos olhos, região malar, 
queixo e pescoço. 
O foco principal de um tratamento, como preconiza a medicina tradicional 
chinesa, é manter as forças Yin e Yang equilibradas no organismo. A sua atuação é de 
dentro para fora, melhorando a contração dérmica, aumentando o colágeno, diminuindo 
os poros, ativando a circulação local do sangue e da linfa na face, além de promover 
a saúde geral e o bem-estar, diminuindo as linhas de expressão, rugas, manchas da 
idade, olheiras e favorecendo a hidratação facial.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A utilização da acupuntura na atenuação das rugas no tratamento facial 
visa corrigir os sinais de envelhecimento, tanto pelo tratamento local quanto pelo 
tratamento das causas subjacentes do que está especificamente manifestando o 
processo de envelhecimento. Sua eficácia encontra-se no equilíbrio do organismo e, 
consequentemente, na melhora física, mental e emocional, assim como na capacidade 
de fortalecer o sistema imunológico do qual a pele é parte essencial, ajudando a 
estimular os processos naturais de reprodução e crescimento celular, reduzindo os 
sinais negativos do envelhecimento.
FONTE: PIEREZAN, A. et al. Acupuntura e a minimização de rugas faciais: uma revisão bibliográfica. Revista 
Eletrônica Acervo Científico, [s. l.], v. 4, p. 1-5, maio 2019.
135
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Os bioestimuladores são utilizados para a estimulação de colágeno na pele, tratando 
disfunções estéticas ocasionadas pelo processo de envelhecimento, causado tanto 
por fatores internos quanto externos.
• A acupuntura estética é um procedimento baseado na medicina tradicional chinesa. 
O profissional que atua em biomedicina estética deve ser devidamente habilitado em 
acupuntura, de acordo com a legislação vigente. A técnica consiste na aplicação de 
agulhas nos acupontos, melhorando o fluxo de energia vital.
• O microagulhamento é um procedimento seguro e eficaz, realizado com o auxílio 
do dermaroller e é aplicado no tratamento de diversos problemas do ponto de vista 
estético, como alopecia, melasma, acnes e cicatrizes ocasionadas por diversos 
fatores, como queimaduras e acnes.
• A carboxiterapia é um procedimento totalmente seguro e que praticamente não 
causa efeitos adversos, aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) e consiste 
na aplicação de dióxido de carbono (CO2) para o tratamento de diversas disfunções 
estéticas, como alopecia, estrias, olheiras e celulites.
136
1 De acordo com o Conselho Federal de Biomedicina, a técnica de carboxiterapia é 
um requisito obrigatório, através de uma legislação que dispõe sobre os critérios 
para a habilitação em biomedicina estética. Sobre a legislação que dispõe sobre a 
obrigatoriedade da técnica para o exercício da profissão, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Resolução nº 200, de 1 de julho de 2011.
b) ( ) Normativa CFBM nº 003/2015, de 5 de novembro de 2015.
c) ( ) Resolução nº 214, de 10 de abril de 2012.
d) ( ) Normativa CFBM nº 001/2016, de 28 de janeiro de 2016.
2 A técnica de acupuntura é regulamentada pelo Conselho Federal de Biomedicina 
através de uma legislação, que dispõe sobre a técnica e sua aplicação para finalidade 
estética, além de abordar outras aplicações da acupuntura na biomedicina. Sobre a 
legislação que dispõe sobre a técnica, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Resolução nº 200, de 1 de julho de 2011.
b) ( ) Normativa CFBM nº 003/2015, de 5 de novembro de 2015.
c) ( ) Resolução nº 214, de 10 de abril de 2012.
d) ( ) Normativa CFBM nº 001/2016, de 28 de janeiro de 2016.
3 A biomedicina estética é uma das áreas, entre as mais de trinta, em que o profissional 
biomédico pode atuar. Essa área está intimamente relacionada ao cuidado, à 
autoestima e à saúde, incluindo os procedimentos minimamente invasivos. Sobre os 
procedimentos minimamente invasivos, associe os itens, utilizando o código a seguir:
I- Intradermoterapia.
II- Carboxiterapia.
III- Peim.
( ) Consiste no tratamento de microvasos através de microinjeções de glicose 50% ou 
75% juntamente a anestésicos.
( ) Consiste em injeções de substâncias farmacológicas, como vitaminas, extratos, 
hormônios, enzimas, entre outros, que atuam no tratamento de diversas disfunções 
estéticas.
( ) Consiste no tratamento utilizando administração de dióxido de carbono.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) I - III - II.
b) ( ) III - I - II.
AUTOATIVIDADE
137
c) ( ) III - II - I.
d) ( ) II - I - III.
4 Bioestimuladores são substâncias que, após injetadas sob a superfície da pele, 
restauram o volume e melhoram a sua aparência. Eles funcionam estimulando a 
produção natural de fibroblastos do corpo. De acordo com os conhecimentos obtidos 
sobre os bioestimuladores, disserte sobre esse procedimento, sua finalidade estética 
e exemplifique com bioestimuladores usuais.
5 O microagulhamento é uma técnica antiga, aplicada na estética para diversas 
finalidades. Muitos estudos são descritos na literatura abordando essa técnica 
e suas inúmeras vantagens, resultados e segurança do procedimento, porém, a 
técnica também apresenta algumas limitações. Descreva algumas limitações que o 
procedimento de microagulhamento pode provocar:
138
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