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TITLE LOREM IPSUM Sit Dolor Amet ATENDIMENTO AO GRANDE QUEIMADO HOSPITAL REGIONAL DE BARBACENA (HRBJA) URGÊNCIA e EMERGÊNCIA Rodrigo Mendes de Freitas – Residente (R1) – Clínica Médica Queimadura: Lesão causada por agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos que, atuando nos tecidos de revestimento do corpo humano, destroem parcialmente ou totalmente a pele e seus anexos, podendo atingir camadas mais profundas INTRODUÇÃO EPIDEMIOLOGIA FISIOPATOLOGIA FISIOPATOLOGIA Quando a queimadura é extensa (>20 - > 25 % SCQ), o trauma leva a alterações da homeostase SISTÊMICAS 02 fases Burn-Shock Fase Hipermetabólica Estado de baixo débito inicial, com tentativa de compensação (paciente hiperdinâmico), no qual os pacientes têm frequência significativamente elevados RESPOSTA ENDÓCRINO METABÓLICA AO TRAUMA CHOQUE HIPOVOLÊMICO As queimaduras epidérmicas (superficiais; de primeiro grau) envolvem apenas a camada epidérmica da pele. Queimaduras de espessura parcial (foi de segundo grau) envolvem a epiderme e porções da derme. Eles são caracterizados como superficiais ou profundos. Queimaduras de espessura total (foi de terceiro grau) estendem-se e destroem todas as camadas da derme e muitas vezes lesam o tecido subcutâneo subjacente. A lesão por queimadura profunda (foi de quarto grau) se estende aos tecidos moles subjacentes e pode envolver músculos e/ou ossos. 1º GRAU (SUPERFICIAL) ❑ Limitadas à epiderme ❑ Hiperemia intensa, com hipersensibilidade e desconforto local ❑ Não ocorrem bolhas ou comprometimento de anexos da pele como folículos pilosos, glândulas sebáceas e sudoríparas. ❑ Não deixa lesões residuais. ❑ Não entram no cálculo da superfície corporal queimada.*** 2º GRAU (ESPESSURA PARCIAL) SUPERFICIAL PROFUNDA ❑ Lesão da epiderme e derme superficial; ❑ Eritematosas, dolorosas e geralmente com bolhas***; ❑ Empalidecem com a compressão ❑ Lesão através da epiderme e profundamente na derme ❑ Maior palidez e eventualmente torna-se mosqueada. ❑ São dolorosas ao toque, mas não empalidecem à compressão E em relação as bolhas, o que fazer? 3º GRAU (ESPESSURA TOTAL) ❑ Todas as camadas da derme e tecido subcutâneo subjacente; ❑ Hipoestésicas ou mesmo anestésicas; ❑ Aparência pode variar de branco ceroso - cinza couro, carbonizado e escurecido. *** 4º Grau: Extensão para tecidos profundos, tecidos moles subjacentes e podem envolver músculos e/ou ossos. Grande Queimado ❑ 2º grau > 15% SCQ em crianças e >20% SCQ em adultos. ❑ Queimadura de 3º grau >5% SCQ em crianças e >10% SCQ em adultos. ❑ 2º ou 3º grau acometendo períneo, ❑ 3º grau atingindo mão, pé, face, pescoço ou axila. ❑ Queimadura elétrica, qualquer acometimento de via aérea Complexidade das queimaduras Pequeno Queimado ❑ Queimaduras 1º grau (qualquer percentagem), ❑ 2ºgrau até 5% SCQ em crianças ❑ 2ºgrau até 10% SCQ adultos. Médio Queimado ❑ 2º grau 5-15% SCQ em crianças e 10-20 SCQ em adultos ❑ Qualquer queimadura de 2º grau em mão, pé, face, pescoço, axila ou grande articulação. ❑ Queimadura 3º grau < 5% SCQ em crianças e <10% SCQ em adultos, que não envolvam mão, pé, face, pescoço ou períneo. FONTE: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Queimados: Diagnóstico e Tratamento Inicial. São Paulo: SBCP ❑ ZONA DE COAGULAÇÃO > Necrose de coagulação - necessitará ser removida da ferida no tratamento. ❑ ZONA DE ESTASE > Região onde há intensa vasoconstrição, resultando em isquemia local. Uma ressuscitação volêmica adequada ajuda a reperfundí-la. ❑ ZONA DE HIPEREMIA > Não sofre o risco de necrose e é dela que se inicia o processo de regeneração. ZONAS DE JACKSON RESIDÊNCIA MÉDICA – 2018 INSTITUTO NACIONAL DE TRAUMATOLOGIA E ORTOPEDIA – INTO-RJ: As queimaduras de 3° grau caracterizam-se por: a) Anestesia no local e formação de vesículas e bolhas extensas. b) Hiperalgesia local. c) Hiperemia local, dor intensa, presença de vesículas coalescentes. d) Pele brancacenta marmórea e hipoálgica no local. ABORDAGEM Um paciente vítima de queimadura é um paciente vítima de trauma A: Via aérea ou airway. B: Ventilação ou breathing. C: Circulação. D: Disfunção ou disability. E: Exposição e environment de controle da hipotermia. Inalação de fumaça; edema das vias aéreas Expansibilidade torácica restrita Controle da temperatura e retirada do ambiente hostil Controle hemodinâmico / reposição de volume Sempre atentar... ❑ Avaliar a segurança da cena! ❑ Lesão térmica de via aérea deve ser sempre suspeitada e o paciente receberá oxigênio a 100% por máscara. *** ❑ Retirada de roupas e adornos (relógios, pulseiras, anéis) = EFEITO TORNIQUETE ❑ REPOSIÇÃO VOLÊMICA É MEDIDA FUNDAMENTAL A ESTES PACIENTES A – AIRWAYS (VIAS AÉREAS) Ação direta do calor sobre os tecidos Acúmulo de toxinas Desarranjo da anatomia Resposta inflamatória A - AIRWAYS 1. Queixa-se de cefaleia e náuseas (COHb 20 a 30%). 2. Apresenta confusão mental (COHb 30 a 40%); 3. Estado comatoso (COHb 40 a 60%). “A afinidade do monóxido de carbono com a hemoglobina é 240 vezes maior do que a afinidade do oxigênio com a hemoglobina” “A ligação do CO à Hb com o paciente respirando em ar ambiente dura cerca de quatro horas, já com oxigênio a 100% a ligação dura cerca de 40 minutos.” Intoxicação por Cianeto ❑ Queima de materiais como nylon, poliuretano e algodão, ❑ É capaz de inibir de forma irreversível a fosforilação oxidativa. TRATAMENTO Oxigênio a 100% + kit antídoto para cianeto (nitrito de amila, nitrito de sódio e tiossulfato de sódio) ou HIDROXOCOBALAMINA (70 mg/kg) ❑ Sinais de obstrução das vias aéreas: rouquidão, estridor, uso de musculatura acessória ou retração esternal; ❑ Queimaduras maiores do que 40-50% de SCQ; ❑ Queimaduras extensas na face ou em cavidade oral; ❑ Dificuldade de engolir; ❑ Edema significativo; ❑ Redução do nível de consciência; ❑ Queimaduras circunferenciais no pescoço; ❑ Hipoxemia ou hipercarbia. I.O.T B - BREATHING Escarotomia para permitir movimentação e expansibilidade pulmonar Assimetrias // EXPANSIBILIDADE TORÁCICA // Oxigenação Pacientes com queimaduras de espessura parcial ou total com mais de 20% de SCQ necessitam de acesso venoso e reposição volêmica C - CIRCULAÇÃO Os sinais clínicos do estado do volume, como frequência cardíaca, pressão arterial, pressão de pulso, pulsos distais, enchimento capilar e cor e turgor da pele não lesionada são monitorados a cada hora nas primeiras 24 horas. SUPERFÍCIE CORPORAL QUEIMADA (SCQ) 4.5 4.5 4.5 4.5 9 (cabeça) + 9 x 2 (MMSS) + 18 x 2 (MMII) + 18 (tórax ant. e post) + 18 (abdome anterior e dorso) + 1 (períneo) REGRA DOS 09 ( REGRA DE WALLACE) 1. Regra de Wallace (Mais prática) 2. Gráfico de Lung-Browder (Mais preciso) 3. Método da palma da mão (Queimaduras pequenas e irregulares) SUPERFÍCIE CORPORAL QUEIMADA (SCQ) Método da Palma da Mão 0,5 % ATSC 1,0 % ATSC *ATSC: Área total da superfície corporal Gráfico de Lund-Browder ATLS 10ª Ed. ↑↑↑ RABDOMIÓLISE ATENTAR A SÍNDROME COMPARTIMENTAL Diminuição da elasticidade da pele Aumento do edema dos tecidos moles ❑ Dor maior que o esperado e desproporcional ao estímulo ou lesão; ❑ Dor ao estiramento passivo do músculo afetado; ❑ Inchaço tenso do compartimento afetado; ❑ Parestesia ou alterações da sensibilidades distal ao compartimento afetado DIAGNÓSTICO CLÍNICO Se dúvida diagnóstica... Se diagnóstico clínico de S.C.A. ou se a pressão intracompartimental for > 30 mmHg = Descompressão com fasciotomia D - DISABILITY Avaliação imprescindível principalmente no cenário de suspeita de INALAÇÃO ❑ Retirada de roupas e adornos (relógios, pulseiras, anéis) = EFEITO TORNIQUETE ❑ Quantificar a Área Corpórea Queimada ❑ Manter a cabeceira elevada em 30% - minimiza-se efeito de edema de face ❑ Descartar outras lesões (feridas sobrepostas; oculares...)E - EXPOSIÇÃO RESIDÊNCIA MÉDICA – 2020 HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES – UFRN – HUOL Pacientes que sofreram queimaduras extensas necessitam de ressuscitação com volumes substancialmente maiores do que vítimas de outros tipos de trauma, especialmente nas 24 horas iniciais, e os volumes administrados são habitualmente calculados em função do peso do paciente e da porcentagem de Superfície Corporal Queimada (%SCQ). Na reposição volêmica inicial: A. A reposição de coloides deve ser iniciada após 12 horas do trauma para prevenir a congestão pulmonar, na dose de 2,0 mg/kg/%SCQ. B. A taxa de infusão de líquidos deve ser continuamente ajustada visando manter um débito urinário em torno de 0,5-1,0 ml/kg/hora. C. O acesso venoso e a monitorização do débito urinário são mandatórios em pacientes com %SCQ a partir de 25%. D. A “regra dos nove” é a maneira mais precisa de estimativa para mensurar a %SCQ com fins de cálculo de hidratação. ❑ Hemograma completo, ❑ Eletrólitos, ❑ Ureia e Creatinina ❑ Glicemia ❑ Lactato ❑ Gasometria arterial e carboxiemoglobina* ❑ ECG e Radiografia de Tórax (indispensáveis em cenários de lesão por inalação) ❑ **Dosagem de cianeto (acidose lática (títulos elevadíssimos de lactato) inexplicável) EXAMES COMPLEMENTARES... “Em queimaduras dérmicas profundas e de espessura total, a derme pode se tornar rígida e inflexível, e esse tecido é chamado de escara ”. ESCAROTOMIA Ex.: Lesões circunferenciais de extremidades Lesões circunferenciais de tórax FASCIOTOMIA O responsável aqui não é uma escara de pele, mas uma fáscia! Exposição da musculatura do compartimento. Ex.: Síndrome compartimental muscular (comum em choques de alta voltagem) ANALGESIA ❑ Contato de terminações nervosas expostas (COBERTURAS) ❑ Analgésicos opioides podem ser dados por via oral ou venosa – Evitar administrar por via intramuscular. ❑ Os AINEs apresentam um efeito teto em sua relação dose-resposta, tornando-os inadequados como agentes únicos para o tratamento de queimaduras graves; no entanto, seus efeitos "poupadores de opióides" podem oferecer benefícios NUTRIÇÃO O hipermetabolismo, comum a qualquer trauma, é mais exuberante em pacientes com grandes queimaduras. Depleção glicogênio + Catabolismo proteico e lipídico (com consumo muscular e desnutrição) Society of Critical Care Medicine (SCCM) e da American Society for Parenteral and Enteral Nutrition (ASPEN) apoiam o início precoce da nutrição enteral, dentro de quatro a seis horas após a lesão para todos os pacientes graves queimados (> 20% SCQ) NECESSIDADE CALÓRICA >>> FÓRMULA DE CURRERI = (PESO x 25) +(40 X SCQ). * De modo que a oferta proteica seja 1-2 g/kg/dia ANTIBIOTICOTERAPIA ➢ Deve-se promover a limpeza cuidadosa da ferida queimada com água e clorexidina degermante a 2%; na falta desta, utilize água com sabão neutro. ➢ Certificar que corpos estranhos e tecidos desvitalizados foram removidos. ➢ A cobertura das lesões deve ser feita com antimicrobiano tópico, como a sulfadiziana de prata 1% associada a nitrato de cério a 0,4%, geralmente nos 3 primeiros dias. Após o quarto dia, somente a sulfadiazina de prata 1% é suficiente. EXCISÃO E ENXERTOS Transposição tecidual de uma área doadora para uma área receptora sem vínculo vascular, o que os diferencia dos retalhos (transposição de tecido com vínculo vascular). Na prática, os enxertos são nutridos pela área receptora adjacente. Dessa forma, é de extrema importância que área receptora seja bem desbridada, esteja bem vascularizada e livre de infecção para recebê-los. Excisão precoce demonstrou ser o principal fator de proteção contra a falência múltipla de órgãos em grandes queimados (IDEALMENTE, NAS PRIMEIRAS 48 HORAS) EXCISÃO E ENXERTOS São três os principais tipos de excisão, que se diferenciam basicamente pelo grau de profundidade: Tangencial x Espessura Total x Fascial Excisão cirúrgica de toda a pele e tecido subcutâneo até a própria fáscia muscular. Raspagem é feita geralmente até o tecido adiposo saudável Região de derme saudável, ou seja, até que o sangramento tecidual revele a região viável; Autoenxerto é factível quando a SCQ é de até 30-40%. Em situações de SCQ maiores, a utilização de aloenxertos deve ser indicada. ANTIBIOTICOTERAPIA Critérios da American Burn Association para SEPSE de queimaduras • Melhora clínica após ATBterapia; • Infecção patológica confirmada em cultura; • Fonte patológica do tecido é identificada. • Temperatura >39°C • Trombocitopenia após 3 dias de reanimação volêmica • Taquicardia progressiva • Taquipneia progressiva • Leucocitose • Hipotensão refratária • Hiperglicemia > 110 mg/dL • Intolerância a dieta enteral por mais de 24 horas (Distensão abdominal; volumes residuais; diarreia incontrolável. 1 3 ANTIBIOTICOTERAPIA SEPSE DECORRENTE DE QUEIMADURA Piperacilina-Tazobactam ou Carbapenem (Meropenem; Imipenem) +/- Vancomicina (Se suspeita S.aureus (MRSA) +/- Aminoglicosídeo (Se suspeita de P.aeruginosa multirresistente) - MDR https://www.uptodate.com/contents/piperacillin-united-states-not-available-drug-information?topicRef=14985&source=see_link https://www.uptodate.com/contents/vancomycin-drug-information?topicRef=14985&source=see_link Para queimaduras mais profundas do que a de espessura superficial !!! PROFILAXIA - TÉTANO MORTALIDADE ❑ Idade superior a 60 anos; ❑ Queimaduras não superficiais cobrindo mais de 40% de TBSA; ❑ Lesão por inalação. 0,3% (ZERO) -- 3,0% (UM) -- 33% (DOIS) -- 90% (TRÊS) POR TIPOS ESPECÍFICOS... QUEIMADURAS ELÉTRICAS Choques com baixa voltagem (110 – 220 V) Semelhantes às queimaduras térmicas, causando apenas lesão local. Choques com ALTA VOLTAGEM Lesões cutâneas nos pontos de entrada e saída e nos tecidos subcutâneos!!! EFEITO JOULE ❑ Solicitar um ECG – Avaliar necessidade de tratamento antiarrítmico. ❑ Síndromes compartimentais – Fasciotomias ❑ 4 x peso x SCQ, buscando um débito urinário de 100 ml/h no paciente adulto, até a urina ficar clara. ❑ Complicações tardias : alterações oftalmológicas e/ou neurológicas QUEIMADURAS QUÍMICAS A lesão é causada por uma ampla gama de reações cáusticas, incluindo alteração do pH, ruptura das membranas celulares e efeitos tóxicos diretos nos processos metabólicos. Do ponto de vista do tratamento, o grande passo a ser tomado é: Retirada da roupa contaminada + Lavagem exaustiva da pele com água (ÁGUA CORRENTE - 5–20 litros (cerca de 20–30 minutos) Não devemos tentar neutralizar um álcali com um ácido ou vice-versa Paciente PJFR, 44 anos, deu entrada no Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência de Belém - PA, em 13/10/2009, às 4:15h, com diagnóstico de queimadura por chama direta, com exposição em ambiente fechado a fumaça, SCQ de 39%, lesões de 2º grau em face, vibrissas chamuscadas, tórax /abdome e membros superiores (anteriormente). RELATO DE CASO (LESÃO INALATÓRIA GRAVE) Foto ilustrativa de broncoscopia evidenciando lesão inalatória. Frasco de aspiração com resíduo de fuligem. BRONCOSCOPIA DIRETA No 1° dia de internação hospitalar, o paciente manteve o quadro inicial, com suporte de O2 em máscara (MNC) com fluxo de O2 = 15 l/m, frequência respiratória (FR) = 25, radiografia de tórax e gasometria arterial normais. Foi submetido à realização de broncoscopia, que revelou laringite e traqueobronquite edematosa grave e presença de fuligem em moderada quantidade, caracterizando lesão inalatória grave. Optou-se pela intubação orotraqueal precoce e ventilação mecânica. O paciente foi mantido em intubação orotraqueal e ventilação mecânica por 7 dias, em modalidade ventilação por pressão controlada (PCV) em modo assistido controlado (A/C) com uma média nos parâmetros de ventilação mecânica, em pressão controlada = 23,3 cmH2O; pressão expiratória final positiva (PEEP) = 5,8 cmH2O; FIO2 = 34,4%; tempo inspiratório = 1,08 seg; FR = 14,8 irpm;volume corrente = 606,2 ml e média na SatO2 = 99,4%. Houve controle diário dos sinais vitais, balanço hídrico, radiografia de tórax, gasometria arterial e acompanhamento com fisioterapia respiratória e motora, além da realização de curativos cirúrgicos para cuidado das lesões em face, tórax, abdome e membros superiores, realizados pela equipe de cirurgia plástica. Nesse período, não houve grandes alterações no padrão radiológico e uma média na relação PaO2/FIO2 = 366,2. Após 8° dia de internação hospitalar e 7° dia de intubação orotraqueal e ventilação mecânica, realizou-se nova broncoscopia, com melhora da lesão, com laudo de traqueobronquite leve. Com isso, houve uma interrupção total na sedação e iniciado desmame ventilatório progressivo, com decúbito dorsal elevado, alteração na modalidade de ventilação mecânica de PCV-A/C para pressão de suporte (PSV) e, de acordo com a necessidade do paciente, a redução dos parâmetros, houve realização do teste de respiração espontânea (TRE) com pressão de suporte = 7 cmH2O, PEEP = 5 cmH2O, FIO2 = 40%, FR = 18 rpm, durante 30 minutos, com sucesso, e posterior extubação, deixando o paciente em decúbito dorsal elevado MNC com O2 = 5 l/m, sem intercorrências. O paciente continuou com acompanhamento da fisioterapia respiratória e motora. Após 4 dias do desmame, o paciente recebeu alta para a enfermaria com suporte de O2 em cateter de O2 = 3 l/m. No 17° dia de internação hospitalar, foi retirado totalmente o suporte de O2, pois nas tentativas anteriores, após a retirada, o paciente apresentava diminuição na SatO2 e da pressão arterial de O2 (PaO2) na gasometria arterial, alucinações e confusão mental. O paciente recebeu alta hospitalar no 23° dia de internação hospitalar. Partiu voltar pra enfermaria Obrigado! ANEXO