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Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal 
(TERRACAP) 
 
Comum a Todos os Cargos 
 
 
 
Língua Portuguesa 
 
1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. ............................................................................. 1 
2 Domínio da ortografia oficial. ....................................................................................................................................... 2 
3 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. ........................................................................................................... 6 
4 Domínio da estrutura morfossintática do período. 4.1 Emprego das classes de palavras. 4.2 Relações de 
coordenação entre orações e entre termos da oração. 4.3 Relações de subordinação entre orações e entre 
termos da oração. ..................................................................................................................................................................... 8 
4.4 Emprego dos sinais de pontuação. ......................................................................................................................... 38 
4.5 Concordância verbal e nominal. .............................................................................................................................. 40 
4.6 Regência verbal e nominal. ...................................................................................................................................... 42 
4.7 Emprego do sinal indicativo de crase. ................................................................................................................... 45 
4.8 Colocação dos pronomes átonos. ............................................................................................................................ 47 
5 Domínio dos mecanismos de coesão textual. 5.1 Emprego de elementos de referenciação, substituição e 
repetição, de conectores e de outros elementos de sequenciação textual. 5.2 Emprego de tempos e modos 
verbais. ...................................................................................................................................................................................... 48 
6 Reescrita de frases e parágrafos do texto. .............................................................................................................. 55 
6.1 Significação das palavras. 6.2 Substituição de palavras ou de trechos de texto. 6.3 Reorganização da 
estrutura de orações e de períodos do texto. 6.4 Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de 
formalidade. ............................................................................................................................................................................. 58 
 
 
 
Raciocínio Lógico e Matemático 
 
1 Operações, propriedades e aplicações (soma, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e 
radiciação).... .............................................................................................................................................................................. 1 
2 Princípios de contagem e probabilidade. 3 Arranjos e permutações. 4 Combinações. ................................... 5 
5 Conjuntos numéricos (números naturais, inteiros, racionais e reais) e operações com conjuntos. ............ 9 
6 Razões e proporções (grandezas diretamente proporcionais, grandezas inversamente proporcionais, 
porcentagem, regras de três simples e compostas). ....................................................................................................... 23 
7 Equações e inequações. ................................................................................................................................................ 29 
8 Sistemas de medidas. 9 Volumes. .............................................................................................................................. 35 
10 Compreensão de estruturas lógicas. 11 Lógica de argumentação (analogias, inferências, deduções e 
conclusões). .............................................................................................................................................................................. 41 
12 Diagramas lógicos. ...................................................................................................................................................... 53 
 
 
 
 
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Legislação 
 
1 Lei Orgânica do Distrito Federal e alterações posteriores: 1.1 Título I – Dos Fundamentos da Organização 
dos Poderes e do Distrito Federal. 1.2 Título II – Da Organização do Distrito Federal. 1.3 Título III – Da 
Organização dos Poderes. 1.4 Título VI – Da Ordem Social e do meio ambiente. 1.5 Título VII – Da Política 
Urbana e Rural. .......................................................................................................................................................................... 1 
2 Estatuto Social da TERRACAP. .................................................................................................................................... 38 
3 Noções de Direito Administrativo. 3.1 Conceituação, objeto, fontes e princípios do direito 
administrativo.... ..................................................................................................................................................................... 45 
3.2 Administração pública. ............................................................................................................................................. 48 
3.3 Atos administrativos. ................................................................................................................................................. 48 
3.4 Poderes da administração pública. ........................................................................................................................ 52 
3.5 Bens e serviços públicos. .......................................................................................................................................... 53 
3.6 Contratos administrativos. ....................................................................................................................................... 59 
4 Licitações e contratos (Lei Federal nº 8.666/93 e alterações posteriores). 4.1 Princípios básicos da 
licitação (definição do objeto, controles, cronogramas, registros cadastrais, habilitação, comissões e 
empenho). 4.2 Dispensa e inexigibilidade de licitação. ................................................................................................. 66 
4.3 Sistemas de cotação eletrônica e de registro de preços. ................................................................................... 74 
4.4 Pregão (Lei Federal nº 10.520/02 e alterações posteriores). .......................................................................... 80 
 
 
 
Ética no Serviço Público 
 
1 Ética e moral. .................................................................................................................................................................... 1 
2 Ética, princípios e valores .............................................................................................................................................. 5 
3 Ética e democracia: exercício da cidadania ............................................................................................................... 7 
4 Ética e função pública ..................................................................................................................................................... 8 
5 Ética no Setor Público ................................................................................................................................................... 10 
6 Decreto nº 37.297/16. ..................................................................................................................................................23 
7 Lei Complementar n.º 840/11. ................................................................................................................................... 23 
 
 
 
Noções de Informática 
 
1 Conceitos básicos e modos de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimentos de 
informática: tipos de computadores, conceitos de hardware e de software, instalação de periféricos. .............. 1 
2 Edição de textos, planilhas e apresentações (ambiente Microsoft Office, versões 2010, 2013 e 365). ....... 4 
3 Noções de sistema operacional (ambiente Windows, versões 7, 8 e 10). .......................................................... 9 
4 Redes de computadores: conceitos básicos, ferramentas, aplicativos e procedimentos de Internet e 
intranet. ..................................................................................................................................................................................... 28 
5 Programas de navegação: Mozilla Firefox e Google Chrome. 6 Programa de correio eletrônico: MS Outlook. 
7 Sítios de busca e pesquisa na Internet. ........................................................................................................................... 37 
8 Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas. ................ 51 
9 Segurança da informação: procedimentos de segurança. 10 Noções de vírus, worms e pragas virtuais. 11 
Aplicativos para segurança (antivírus, firewall, antispyware etc.). 12 Procedimentos de backup. .................... 51 
 
 
 
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A apostila OPÇÃO não está vinculada a empresa organizadora do concurso público a que se destina, 
assim como sua aquisição não garante a inscrição do candidato ou mesmo o seu ingresso na carreira 
pública. 
 
O conteúdo dessa apostila almeja abordar os tópicos do edital de forma prática e esquematizada, 
porém, isso não impede que se utilize o manuseio de livros, sites, jornais, revistas, entre outros meios 
que ampliem os conhecimentos do candidato, visando sua melhor preparação. 
 
Atualizações legislativas, que não tenham sido colocadas à disposição até a data da elaboração da 
apostila, poderão ser encontradas gratuitamente no site das apostilas opção, ou nos sites 
governamentais. 
 
Informamos que não são de nossa responsabilidade as alterações e retificações nos editais dos 
concursos, assim como a distribuição gratuita do material retificado, na versão impressa, tendo em vista 
que nossas apostilas são elaboradas de acordo com o edital inicial. Porém, quando isso ocorrer, inserimos 
em nosso site, www.apostilasopcao.com.br, no link “erratas”, a matéria retificada, e disponibilizamos 
gratuitamente o conteúdo na versão digital para nossos clientes. 
 
Caso haja dúvidas quanto ao conteúdo desta apostila, o adquirente deve acessar o site 
www.apostilasopcao.com.br, e enviar sua dúvida, que será respondida o mais breve possível, assim como 
para consultar alterações legislativas e possíveis erratas. 
 
Também ficam à disposição do adquirente o telefone (11) 2856-6066, dentro do horário comercial, 
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É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código 
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Apostilas Opção, a opção certa para a sua realização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA
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1Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
1 Compreensão e interpretação 
de textos de gêneros variados.
Interpretação de Texto
A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao 
conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler e não 
apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade, 
é dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de 
qualquer texto, seja literário, informativo, persuasivo, narrativo, 
possibilidades que se misturam e as tornam infinitas. É preciso, 
para uma boa leitura, exercitar-se na arte de pensar, de captar 
ideias, de investigar as palavras… Para isso, devemos entender, 
primeiro, algumas definições importantes:
Texto
O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de 
organização e transmissão de ideias, conceitos e informações de 
modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, um 
símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma novela de 
televisão também são formas textuais.
Interlocutor
É a pessoa a quem o texto se dirige.
Texto-modelo
“Não é preciso muito para sentir ciúme. Bastam três – você, 
uma pessoa amada e uma intrusa. Por isso todo mundo sente. 
Se sua amiga disser que não, está mentindo ou se enganando. 
Quem agüenta ver o namorado conversando todo animado com 
outra menina sem sentir uma pontinha de não-sei-o-quê? (…)
É normal você querer o máximo de atenção do seu namorado, 
das suas amigas, dos seus pais. Eles são a parte mais importante 
da sua vida.”
(Revista Capricho)
Modelo de Perguntas
1) Considerando o texto-modelo, é possível identificar quem 
é o seu interlocutor preferencial?
Um leitor jovem.
2) Quais são as informações (explícitas ou não) que permitem 
a você identificar o interlocutor preferencial do texto?
Do contexto podemos extrair indícios do interlocutor 
preferencial do texto: uma jovem adolescente, que pode ser 
acometida pelo ciúme. Observa-se ainda , que a revista Capricho 
tem como público-alvo preferencial: meninas adolescentes.
A linguagem informal típica dos adolescentes.
09 DICAS PARA MELHORAR A INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
01) Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto;
02) Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a 
leitura;
03) Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo 
menos duas vezes;
04) Inferir;
05) Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
06) Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do 
autor;
07) Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor 
compreensão;
08) Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada 
questão;
09) O autor defende ideias e você deve percebê-las;
Fonte: http://portuguesemfoco.com/09-dicas-para-
melhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas/
Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar 
inúmeros problemas, afetando não só o desenvolvimento 
profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O mundo 
moderno cobra de nós inúmeras competências, uma delas é a 
proficiência na língua, e isso não se refere apenas a uma boa 
comunicação verbal, mas também à capacidade de entender 
aquilo que está sendo lido. O analfabetismo funcional está 
relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas do 
código, pois a leitura mecânica é bem diferente da leitura 
interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer analogias e 
criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise de 
textos, elaboramos algumas dicas para você seguir e tirar suas 
dúvidas.
Uma interpretação de texto competente depende de 
inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos de contemplar 
alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas vezes, 
apressados, descuidamo-nos das minúcias presentes em um 
texto, achamos que apenas uma leitura já se faz suficiente, o que 
não é verdade. Interpretar demanda paciência e, por isso, sempre 
releia, pois uma segunda leitura pode apresentar aspectos 
surpreendentes quenão foram observados anteriormente. 
Para auxiliar na busca de sentidos do texto, você pode também 
retirar dele os tópicos frasais presentes em cada parágrafo, 
isso certamente auxiliará na apreensão do conteúdo exposto. 
Lembre-se de que os parágrafos não estão organizados, pelo 
menos em um bom texto, de maneira aleatória, se estão no lugar 
que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo 
uma relação hierárquica do pensamento defendido, retomando 
ideias supracitadas ou apresentando novos conceitos.
Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram 
explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não costumam 
conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente 
contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às ideias do autor, 
isso não quer dizer que você precise ficar preso na superfície 
do texto, mas é fundamental que não criemos, à revelia do 
autor, suposições vagas e inespecíficas. Quem lê com cuidado 
certamente incorre menos no risco de tornar-se um analfabeto 
funcional e ler com atenção é um exercício que deve ser 
praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de nós 
leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece nossas 
dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons estudos!
Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/dicas-para-
uma-boa-interpretacao-texto.html
Questões
( Agente Estadual de Trânsito – DETRAN - SP – Vunesp) 
O uso da bicicleta no Brasil
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil 
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países 
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta 
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez 
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa 
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que 
oferecem mais vantagens. 
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas 
e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais 
na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos 
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e 
prioridade sobre os automotores.
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à bicicleta 
no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, pois as bikes 
não emitem gases nocivos ao ambiente, não consomem petróleo 
e produzem muito menos sucata de metais, plásticos e borracha; 
a diminuição dos congestionamentos por excesso de veículos 
motorizados, que atingem principalmente as grandes cidades; o 
favorecimento da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito 
bom; e a economia no combustível, na manutenção, no seguro e, 
claro, nos impostos.
No Brasil, está sendo implantado o sistema de 
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo, 
o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura, em 
parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com quase um 
ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos, 
Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país aderirem a 
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2Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
esse sistema, mais duas capitais já estão com o projeto pronto 
em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do compartilhamento é 
semelhante em todas as cidades. Em Porto Alegre, os usuários 
devem fazer um cadastro pelo site. O valor do passe mensal é 
R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, podendo-se utilizar o sistema 
durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. Em 
todas as cidades que já aderiram ao projeto, as bicicletas estão 
espalhadas em pontos estratégicos.
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção 
não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não 
sabem que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, 
ou desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de 
um trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, 
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas vezes, 
discussões e acidentes que poderiam ser evitados. 
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A 
verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão 
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso 
é tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A 
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e 
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos 
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos 
e deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de 
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender 
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para 
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, 
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com 
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos 
pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo.
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. 
Adaptado)
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de 
locomoção nas metrópoles brasileiras
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra 
devido à falta de regulamentação.
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido 
incentivado em várias cidades.
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela 
maioria dos moradores.
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os 
demais meios de transporte.
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade 
arriscada e pouco salutar.
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos 
objetivos centrais do texto é
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do 
ciclista.
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é 
mais seguro do que dirigir um carro.
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta 
no Brasil.
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio de 
locomoção se consolidou no Brasil.
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista deve 
dar prioridade ao pedestre.
03. (Agente Estadual de Trânsito – DETRAN - SP – 
Vunesp) Considere o cartum de Evandro Alves.
Afogado no Trânsito
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br)
Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto 
concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum é
(A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas.
(B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas.
(C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas.
(D) o número excessivo de automóveis nas ruas.
(E) o uso de novas tecnologias no transporte público.
Respostas
1. (B) / 2. (A) / 3. (D) 
2 Domínio da ortografia oficial.
Ortografia
A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a 
forma escrita das palavras. Essa escrita está relacionada tanto 
a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) quanto 
fonológicos (ligados aos fonemas representados). É importante 
compreender que a ortografia é fruto de uma convenção. A 
forma de grafar as palavras é produto de acordos ortográficos 
que envolvem os diversos países em que a língua portuguesa é 
oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia é ler, escrever e 
consultar o dicionário sempre que houver dúvida.
O Alfabeto
O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. Cada 
letra apresenta uma forma minúscula e outra maiúscula. Veja:
a A (á) b B (bê)
c C (cê) d D (dê)
e E (é) f F (efe)
g G (gê ou guê) h H (agá)
i I (i) j J (jota)
k K (cá) l L (ele)
m M (eme) n N (ene)
o O (ó) p P (pê)
q Q (quê) r R (erre)
s S (esse) t T (tê)
u U (u) v V (vê)
w W (dáblio) x X (xis)
y Y (ípsilon) z Z (zê)
Observação: emprega-se também o ç, que representa o 
fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em determinadas palavras.
Emprego das letras K, W e Y
Utilizam-se nos seguintes casos:
a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus 
derivados.
Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor, 
taylorista.
b) Em topônimos originários de outras línguas e seus 
derivados.
Exemplos: Kuwait, kuwaitiano.
c) Em siglas, símbolos,e mesmo em palavras adotadas como 
unidades de medida de curso internacional.
Exemplos: K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km 
(quilômetro), Watt.
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3Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Emprego de X e Ch
Emprega-se o X:
1) Após um ditongo.
Exemplos: caixa, frouxo, peixe
Exceção: recauchutar e seus derivados
2) Após a sílaba inicial “en”.
Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca
Exceção: palavras iniciadas por “ch” que recebem o prefixo 
“en-”
Exemplos: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), 
encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...)
3) Após a sílaba inicial “me-”.
Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão
Exceção: mecha
4) Em vocábulos de origem indígena ou africana e nas palavras 
inglesas aportuguesadas.
Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu
5) Nas seguintes palavras:
bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, 
rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, 
xingar, etc.
Emprega-se o dígrafo Ch:
1) Nos seguintes vocábulos:
bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, 
chuchu, chute, cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, 
mochila, pechincha, salsicha, tchau, etc.
 Para representar o fonema /j/ na forma escrita, a grafia 
considerada correta é aquela que ocorre de acordo com a origem 
da palavra. Veja os exemplos:
gesso: Origina-se do grego gypsos
jipe: Origina-se do inglês jeep.
Emprega-se o G:
1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem
Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem
Exceção: pajem
2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio
Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio
3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g
Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem), 
vertiginoso (de vertigem)
4) Nos seguintes vocábulos:
algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete, 
hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, vagem.
Emprega-se o J:
1) Nas formas dos verbos terminados em -jar ou -jear
Exemplos:
arranjar: arranjo, arranje, arranjem 
despejar: despejo, despeje, despejem 
gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando
enferrujar: enferruje, enferrujem 
viajar: viajo, viaje, viajem
2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica
Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji
3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam j
Exemplos:
laranja- laranjeira loja- lojista lisonja - 
lisonjeador nojo- nojeira
cereja- cerejeira varejo- varejista rijo- enrijecer 
jeito- ajeitar
4) Nos seguintes vocábulos:
berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, jeito, jejum, laje, 
traje, pegajento
Emprego das Letras S e Z
Emprega-se o S:
1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam s no 
radical
Exemplos:
análise- analisar catálise- catalisador
casa- casinha, casebre liso- alisar
2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título 
ou origem
Exemplos:
burguês- burguesa inglês- inglesa
chinês- chinesa milanês- milanesa
3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e -osa
Exemplos:
catarinense gostoso- gostosa amoroso- amorosa
palmeirense gasoso- gasosa teimoso- teimosa
4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa
Exemplos:
catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose, 
metamorfose, virose 
5) Após ditongos
Exemplos:
coisa, pouso, lousa, náusea
6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus 
derivados
Exemplos:
pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, puséssemos
quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos
repus, repusera, repusesse, repuséssemos
7) Nos seguintes nomes próprios personativos:
Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa, 
Teresa, Teresinha, Tomás
8) Nos seguintes vocábulos:
abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, cortesia, 
decisão,despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena, mesada, 
paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, querosene, 
raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, visita, etc.
Emprega-se o Z:
1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam z no 
radical
Exemplos:
deslize- deslizar razão- razoável vazio- esvaziar
raiz- enraizar cruz-cruzeiro 
2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a 
partir de adjetivos
Exemplos:
inválido- invalidez limpo-limpeza macio- maciez 
rígido- rigidez
frio- frieza nobre- nobreza pobre-pobreza surdo- 
surdez
3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar 
substantivos
Exemplos:
civilizar- civilização hospitalizar- hospitalização
colonizar- colonização realizar- realização
4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita
Exemplos:
cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita
5) Nos seguintes vocábulos:
azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, catequizar, chafariz, 
cicatriz, coalizão, cuscuz, proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc.
6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no 
contraste entre o S e o Z
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4Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Exemplos:
cozer (cozinhar) e coser (costurar)
prezar( ter em consideração) e presar (prender)
traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior)
Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z. Veja os 
exemplos:
exame exato exausto exemplo existir exótico 
inexorável
Emprego de S, Ç, X e dos Dígrafos Sc, Sç, Ss, Xc, Xs
Existem diversas formas para a representação do fonema /S/. 
Observe:
Emprega-se o S:
Nos substantivos derivados de verbos terminados em 
“andir”,”ender”, “verter” e “pelir”
Exemplos:
expandir- expansão pretender- pretensão verter- 
versão expelir- expulsão
estender- extensão s u s p e n d e r - s u s p e n s ã o 
converter - conversão repelir- repulsão
Emprega-se Ç:
Nos substantivos derivados dos verbos “ter” e “torcer”
Exemplos:
ater- atenção torcer- torção
deter- detenção distorcer-distorção
manter- manutenção contorcer- contorção
Emprega-se o X:
Em alguns casos, a letra X soa como Ss
Exemplos:
auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, sintaxe, texto, 
trouxe
Emprega-se Sc:
Nos termos eruditos
Exemplos:
acréscimo, ascensorista, consciência, descender, discente, 
fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação, miscível, 
plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, etc.
Emprega-se Sç:
Na conjugação de alguns verbos
Exemplos:
nascer- nasço, nasça
crescer- cresço, cresça
descer- desço, desça
Emprega-se Ss:
Nos substantivos derivados de verbos terminados em “gredir”, 
“mitir”, “ceder” e “cutir”
Exemplos:
agredir- agressão demitir- demissão ceder- cessão 
discutir- discussão
progredir- progressão t r a n s m i t i r - t r a n s m i s s ã o 
exceder- excesso repercutir- repercussão
Emprega-se o Xc e o Xs:
Em dígrafos que soam como Ss
Exemplos:
exceção, excêntrico, excedente, excepcional, exsudar
Observações sobre o uso da letra X
1) O X pode representar os seguintes fonemas:
/ch/ - xarope, vexame
/cs/ - axila, nexo
/z/ - exame, exílio
/ss/ - máximo, próximo
/s/ - texto, extenso
2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci-
Exemplos: excelente, excitar
Emprego das letras E e I
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i / 
pode não ser nítida. Observe:
Emprega-se o E:
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar
Exemplos:
magoar - magoe, magoes
continuar- continue, continues
2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior)
Exemplos: antebraço, antecipar
3) Nos seguintes vocábulos:
cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico, 
orquídea, etc.
Emprega-se o I :
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir
Exemplos:
cair- cai
doer- dói
influir- influi
2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra)
Exemplos:
Anticristo, antitetânico
3) Nos seguintes vocábulos:
aborígine,artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilégio, 
etc.
Emprego das letras O e U
Emprega-se o O/U:
A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de 
algumas palavras. Veja os exemplos:
comprimento (extensão) e cumprimento (saudação, 
realização)
soar (emitir som) e suar (transpirar)
Grafam-se com a letra O: bolacha, bússola, costume, 
moleque.
Grafam-se com a letra U: camundongo, jabuti, Manuel, tábua
Emprego da letra H
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético. 
Conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e 
da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo, grafa-se desta 
forma devido a sua origem na forma latina hodie.
Emprega-se o H:
1) Inicial, quando etimológico
Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio
2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh
Exemplos: flecha, telha, companhia
3) Final e inicial, em certas interjeições
Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc.
4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo 
elemento, se etimológico
Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc.
Observações:
1) No substantivo Bahia, o “h” sobrevive por tradição. Note que 
nos substantivos derivados como baiano, baianada ou baianinha 
ele não é utilizado.
2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a 
letra “h” na sua composição. No entanto, seus derivados eruditos 
sempre são grafados com h. Veja:
herbívoro, hispânico, hibernal.
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5Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas
1) Utiliza-se inicial maiúscula:
a) No começo de um período, verso ou citação direta.
Exemplos:
Disse o Padre Antonio Vieira: “Estar com Cristo em qualquer 
lugar, ainda que seja no inferno, é estar no Paraíso.”
“Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que à luz do sol encerra
As promessas divinas da Esperança…”
(Castro Alves)
Observações:
- No início dos versos que não abrem período, é facultativo o 
uso da letra maiúscula.
Por Exemplo:
“Aqui, sim, no meu cantinho,
vendo rir-me o candeeiro,
gozo o bem de estar sozinho
e esquecer o mundo inteiro.”
- Depois de dois pontos, não se tratando de citação direta, usa-
se letra minúscula.
Por Exemplo:
“Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, 
incenso, mirra.” (Manuel Bandeira)
b) Nos antropônimos, reais ou fictícios.
Exemplos:
Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote.
c) Nos topônimos, reais ou fictícios.
Exemplos: 
Rio de Janeiro, Rússia, Macondo.
d) Nos nomes mitológicos.
Exemplos: 
Dionísio, Netuno.
e) Nos nomes de festas e festividades.
Exemplos:
Natal, Páscoa, Ramadã.
f) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais.
Exemplos: 
ONU, Sr., V. Ex.ª.
g) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, 
políticos ou nacionalistas.
Exemplos:
Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado, Nação, Pátria, 
União, etc.
Observação: esses nomes escrevem-se com inicial minúscula 
quando são empregados em sentido geral ou indeterminado.
Exemplo: 
Todos amam sua pátria.
Emprego FACULTATIVO de letra maiúscula:
a) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios.
Exemplos:
Rua da Liberdade ou rua da Liberdade 
Igreja do Rosário ou igreja do Rosário 
Edifício Azevedo ou edifício Azevedo
2) Utiliza-se inicial minúscula:
a) Em todos os vocábulos da língua, nos usos correntes.
Exemplos: 
carro, flor, boneca, menino, porta, etc.
b) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana.
Exemplos:
janeiro, julho, dezembro, etc.
segunda, sexta, domingo, etc. 
primavera, verão, outono, inverno
c) Nos pontos cardeais.
Exemplos:
Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste. 
Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste, 
sudoeste.
Observação: quando empregados em sua forma absoluta, os 
pontos cardeais são grafados com letra maiúscula.
Exemplos:
Nordeste (região do Brasil)
Ocidente (europeu)
Oriente (asiático)
Lembre-se:
Depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta, usa-
se letra minúscula.
Exemplo:
“Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, 
incenso, mirra.” (Manuel Bandeira)
Emprego FACULTATIVO de letra minúscula:
a) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica.
Exemplos:
Crime e Castigo ou Crime e castigo 
Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas
Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido
b) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em 
nomes sagrados e que designam crenças religiosas.
Exemplos:
Governador Mário Covas ou governador Mário Covas 
Papa João Paulo II ou papa João Paulo II 
Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor reitor
Santa Maria ou santa Maria.
c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e 
disciplinas.
Exemplos:
Português ou português
Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas 
modernas
História do Brasil ou história do Brasil
Arquitetura ou arquitetura
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/
fono24.php
Questões
01. (Escrevente TJ SP – Vunesp) Assinale a alternativa que 
preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho a 
seguir, de acordo com a norma-padrão.
Além disso, ___certamente ____entre nós ____do fenômeno da 
corrupção e das fraudes.
(A) a … concenso … acerca
(B) há … consenso … acerca
(C) a … concenso … a cerca
(D) a … consenso … há cerca
(E) há … consenço … a cerca
02. (Escrevente TJ SP – Vunesp). Assinale a alternativa 
cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo com a 
norma-padrão.
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local.
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos.
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos!
03. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP). 
Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para informar os 
usuários sobre o festival Sounderground.
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6Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Prezado Usuário
________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do metrô, 
________ desta segunda-feira (25/02), ________ 17h30, começa o 
Sounderground, festival internacional que prestigia os músicos 
que tocam em estações do metrô.
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresentarão 
e divirta-se!
Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se preencher 
as lacunas, correta e respectivamente, com as expressões
A) A fim ...a partir ... as
B) A fim ...à partir ... às
C) A fim ...a partir ... às
D) Afim ...a partir ... às
E) Afim ...à partir ... as
Respostas
1-B / 2-D / 3-C 
3 Reconhecimento de tipos e 
gêneros textuais.
Gêneros Textuais
Os gêneros textuais são classificações de textos de acordo 
com o objetivo e o contexto em que são empregados. Dessa 
maneira, os gêneros textuais são definidos pelas características 
dos diversos tipos de textos, os quais apresentam características 
comuns em relação à linguagem e ao conteúdo.
Lembre-se que existem muitos gêneros textuais, os quais 
promovem uma interação entre os interlocutores (emissor e 
receptor) de determinado discurso, seja uma resenha crítica 
jornalística, publicidade, receita de bolo, menu do restaurante, 
bilhete ou lista de supermercado; porém, faz-se necessário 
considerar seu contexto, função e finalidade.
O gênero textual pode conter mais de um tipo textual, ou 
seja, uma receita de bolo, apresenta a lista de ingredientes 
necessários (texto descritivo) e o modo de preparo (texto 
injuntivo).
Distinguindo
É essencial saber distinguir o que é gênero textual, gênero 
literário e tipo textual. Cada uma dessas classificações é 
referente aos textos, porém é preciso ter atenção, cada uma 
possui um significado totalmente diferente da outra. Veja uma 
breve descrição do que é um gênero literário e um tipo textual:
Gênero Literário – nestesos textos abordados são apenas os 
literários, diferente do gênero textual, que abrange todo tipo de 
texto. O gênero literário é classificado de acordo com a sua forma, 
podendo ser do gênero líricos, dramático, épico, narrativo e etc.
Tipo textual – este é a forma como o texto se apresenta, 
podendo ser classificado como narrativo, argumentativo, 
dissertativo, descritivo, informativo ou injuntivo. Cada uma 
dessas classificações varia de acordo como o texto se apresenta 
e com a finalidade para o qual foi escrito.
Tipos de Gêneros Textuais
Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura; note que 
existem inúmeros gêneros textuais dentro das categorias 
tipológicas de texto. Em outras palavras, gênero textual são 
estruturas textuais peculiares que surgem dos tipos de textos: 
narrativo, descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo e 
injuntivo.
Texto Narrativo
Os textos narrativos apresentam ações de personagens no 
tempo e no espaço. Sua estrutura é dividida em: apresentação, 
desenvolvimento, clímax e desfecho. Alguns exemplos de 
gêneros textuais narrativos:
Romance
Novela
Crônica
Contos de Fada
Fábula
Lendas
Texto Descritivo
Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor 
determinada pessoa, objeto, lugar, acontecimento. Dessa 
forma, são textos repletos de adjetivos os quais descrevem ou 
apresentam imagens a partir das percepções sensoriais do 
locutor (emissor). São exemplos de gêneros textuais descritivos:
Diário
Relatos (viagens, históricos, etc.)
Biografia e autobiografia
Notícia
Currículo
Lista de compras
Cardápio
Anúncios de classificados
Texto Dissertativo-Argumentativo
Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor 
um tema ou assunto por meio de argumentações; são marcados 
pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tenta 
persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três 
partes: tese (apresentação), antítese (desenvolvimento), nova 
tese (conclusão). Exemplos de gêneros textuais dissertativos:
Editorial Jornalístico
Carta de opinião
Resenha
Artigo
Ensaio
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7Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado
Veja também: Texto Dissertativo.
Texto Expositivo
Os textos expositivos possuem a função de expor determinada 
ideia, por meio de recursos como: definição, conceituação, 
informação, descrição e comparação. Assim, alguns exemplos de 
gêneros textuais expositivos:
Seminários
Palestras
Conferências
Entrevistas
Trabalhos acadêmicos
Enciclopédia
Verbetes de dicionários
Texto Injuntivo
O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é 
aquele que indica uma ordem, de modo que o locutor (emissor) 
objetiva orientar e persuadir o interlocutor (receptor); por isso, 
apresentam, na maioria dos casos, verbos no imperativo. Alguns 
exemplos de gêneros textuais injuntivos:
Propaganda
Receita culinária
Bula de remédio
Manual de instruções
Regulamento
Textos prescritivos
Exemplos de gêneros textuais
Diário – é escrito em linguagem informal, sempre consta 
a data e não há um destinatário específico, geralmente, é 
para a própria pessoa que está escrevendo, é um relato dos 
acontecimentos do dia. O objetivo desse tipo de texto é guardar 
as lembranças e em alguns momentos desabafar. Veja um 
exemplo:
“Domingo, 14 de junho de 1942
Vou começar a partir do momento em que ganhei você, 
quando o vi na mesa, no meio dos meus outros presentes de 
aniversário. (Eu estava junto quando você foi comprado, e com 
isso eu não contava.)
Na sexta-feira, 12 de junho, acordei às seis horas, o que 
não é de espantar; afinal, era meu aniversário. Mas não me 
deixam levantar a essa hora; por isso, tive de controlar minha 
curiosidade até quinze para as sete. Quando não dava mais para 
esperar, fui até a sala de jantar, onde Moortje (a gata) me deu as 
boas-vindas, esfregando-se em minhas pernas.”
Trecho retirado do livro “Diário de Anne Frank”.
Carta – esta, dependendo do destinatário pode ser informal, 
quando é destinada a algum amigo ou pessoa com quem se tem 
intimidade. E formal quando destinada a alguém mais culto 
ou que não se tenha intimidade. Dependendo do objetivo da 
carta a mesma terá diferentes estilos de escrita, podendo ser 
dissertativa, narrativa ou descritiva. As cartas se iniciam com 
a data, em seguida vem a saudação, o corpo da carta e para 
finalizar a despedida.
Propaganda – este gênero geralmente aparece na forma 
oral, diferente da maioria dos outros gêneros. Suas principais 
características são a linguagem argumentativa e expositiva, 
pois a intenção da propaganda é fazer com que o destinatário 
se interesse pelo produto da propaganda. O texto pode conter 
algum tipo de descrição e sempre é claro e objetivo.
Notícia – este é um dos tipos de texto que é mais fácil de 
identificar. Sua linguagem é narrativa e descritiva e o objetivo 
desse texto é informar algo que aconteceu.
Fontes: http://www.todamateria.com.br/generos-textuais/
http://www.estudopratico.com.br/generos-textuais/
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/genero-
textual.htm
Questões
01.(ENEM)
MOSTRE QUE SUA MEMÓRIA É MELHOR DO QUE A DE 
COMPUTADOR E GUARDE ESTA CONDIÇÃO: 12X SEM JUROS.
Revista Época. N° 424, 03 jul. 2006.
Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como 
práticas de linguagem, assumindo funções específicas, formais 
e de conteúdo. Considerando o contexto em que circula o texto 
publicitário, seu objetivo básico é
a) definir regras de comportamento social pautadas no 
combate ao consumismo exagerado.
b) influenciar o comportamento do leitor, por meio de apelos 
que visam à adesão ao consumo.
c) defender a importância do conhecimento de informática 
pela população de baixo poder aquisitivo.
d) facilitar o uso de equipamentos de informática pelas 
classes sociais economicamente desfavorecidas.
e) questionar o fato de o homem ser mais inteligente que a 
máquina, mesmo a mais moderna.
02. Partindo do pressuposto de que um texto estrutura-se 
a partir de características gerais de um determinado gênero, 
identifique os gêneros descritos a seguir:
I. Tem como principal característica transmitir a opinião de 
pessoas de destaque sobre algum assunto de interesse. Algumas 
revistas têm uma seção dedicada a esse gênero;
II. Caracteriza-se por apresentar um trabalho voltado 
para o estudo da linguagem, fazendo-o de maneira particular, 
refletindo o momento, a vida dos homens através de figuras que 
possibilitam a criação de imagens;
III. Gênero que apresenta uma narrativa informal ligada à 
vida cotidiana. Apresenta certa dose de lirismo e sua principal 
característica é a brevidade;
IV. Linguagem linear e curta, envolve poucas personagens, 
que geralmente se movimentam em torno de uma única ação, 
dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações 
encaminham-se diretamente para um desfecho;
V. Esse gênero é predominantemente utilizado em manuais 
de eletrodomésticos, jogos eletrônicos, receitas, rótulos de 
produtos, entre outros.
São, respectivamente:
a) texto instrucional, crônica, carta, entrevista e carta 
argumentativa.
b) carta, bula de remédio, narração, prosa, crônica.
c) entrevista, poesia, crônica, conto, texto instrucional.
d) entrevista, poesia, conto, crônica, texto instrucional.
e) texto instrucional, crônica, entrevista, carta e carta 
argumentativa.
03. (ENEM)
Câncer 21/06 a 21/07
O eclipse em seu signo vai desencadear mudanças na sua 
autoestima e no seu modo de agir. O corpo indicará onde você 
falha – se anda engolindo sapos, a área gástrica se ressentirá. O 
que ficou guardado virá à tona, pois este novo ciclo exige uma 
“desintoxicação”. Seja comedida em suas ações, já que precisará 
de energia para se recompor. Há preocupação com a família, 
e a comunicação entre os irmãos trava. Lembre-se: palavra 
preciosa é palavra dita na hora certa. Isso ajuda também na vida 
amorosa, que será testada. Melhor conter as expectativase ter 
calma, avaliando as próprias carências de modo maduro. Sentirá 
vontade de olhar além das questões materiais – sua confiança 
virá da intimidade com os assuntos da alma.
Revista Cláudia. Nº 7, ano 48, jul. 2009.
O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu 
contexto de uso, sua função específica, seu objetivo comunicativo 
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8Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
e seu formato mais comum relacionam-se com os conhecimentos 
construídos socioculturalmente. A análise dos elementos 
constitutivos desse texto demonstra que sua função é:
a) vender um produto anunciado.
b) informar sobre astronomia.
c) ensinar os cuidados com a saúde.
d) expor a opinião de leitores em um jornal.
e) aconselhar sobre amor, família, saúde, trabalho.
Respostas
01 (B) \02. (C)\03.(E)
4 Domínio da estrutura 
morfossintática do período. 
4.1 Emprego das classes de 
palavras. 4.2 Relações de 
coordenação entre orações 
e entre termos da oração. 4.3 
Relações de subordinação 
entre orações e entre termos da 
oração.
Classes de Palavras
Artigo 
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica 
se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida. 
Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o 
número dos substantivos.
Classificação dos Artigos
Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira 
precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal.
Artigos Indefinidos: determinam os substantivos 
de maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu 
matei um animal.
Combinação dos Artigos
É muito presente a combinação dos artigos definidos e 
indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma 
assumida por essas combinações:
Preposições Artigos
- o, os
a ao, aos
de do, dos
em no, nos
por (per) pelo, pelos
a, as um, uns uma, umas
à, às - -
da, das dum, duns duma, dumas
na, nas num, nuns numa, numas
pela, pelas - -
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o 
artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida 
por crase.
Constatemos as circunstâncias em que os artigos se 
manifestam:
- Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral 
“ambos”:
Ambos os garotos decidiram participar das olimpíadas.
- Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do 
artigo, outros não:
São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia...
- Quando indicado no singular, o artigo definido pode indicar 
toda uma espécie:
O trabalho dignifica o homem.
- No caso de nomes próprios personativos, denotando a ideia 
de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do artigo:
O Pedro é o xodó da família.
- No caso de os nomes próprios personativos estarem no 
plural, são determinados pelo uso do artigo:
Os Maias, os Incas, Os Astecas...
- Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a) para 
conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o artigo), o 
pronome assume a noção de qualquer.
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda)
Toda classe possui alunos interessados e desinteressados. 
(qualquer classe)
- Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo:
Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo.
- A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia de 
aproximação numérica:
O máximo que ele deve ter é uns vinte anos.
- O artigo também é usado para substantivar palavras 
oriundas de outras classes gramaticais:
Não sei o porquê de tudo isso.
- Nunca deve ser usado artigo depois do pronome relativo 
cujo (e flexões).
Este é o homem cujo amigo desapareceu.
Este é o autor cuja obra conheço.
- Não se deve usar artigo antes das palavras casa (no sentido 
de lar, moradia) e terra (no sentido de chão firme), a menos que 
venham especificadas.
Eles estavam em casa.
Eles estavam na casa dos amigos.
Os marinheiros permaneceram em terra.
Os marinheiros permanecem na terra dos anões.
- Não se emprega artigo antes dos pronomes de tratamento, 
com exceção de senhor(a), senhorita e dona.
Vossa excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria.
- Não se une com preposição o artigo que faz parte do nome 
de revistas, jornais, obras literárias.
Li a notícia em O Estado de S. Paulo.
Morfossintaxe
Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas relações 
com o substantivo. Assim, nas orações da língua portuguesa, 
o artigo exerce a função de adjunto adnominal do substantivo 
a que se refere. Tal função independe da função exercida pelo 
substantivo:
A existência é uma poesia.
Uma existência é a poesia.
Questões
01. Determine o caso em que o artigo tem valor qualificativo:
A) Estes são os candidatos que lhe falei.
B) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera.
C) Certeza e exatidão, estas qualidades não as tenho.
D) Os problemas que o afligem não me deixam descuidado.
E) Muito é a procura; pouca é a oferta.
02. (ESAN-SP) Em qual dos casos o artigo denota 
familiaridade?
A) O Amazonas é um rio imenso.
B) D. Manuel, o Venturoso, era bastante esperto.
C) O Antônio comunicou-se com o João.
D) O professor João Ribeiro está doente.
E) Os Lusíadas são um poema épico
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9Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
03.Assinale a alternativa em que o uso do artigo está 
substantivando uma palavra.
A) A liberdade vai marcar a poesia social de Castro Alves.
B) Leitor perspicaz é aquele que consegue ler as entrelinhas.
C) A navalha ia e vinha no couro esticado.
D) Haroldo ficou encantado com o andar de bailado de Joana.
E) Bárbara dirigia os olhos para a lua encantada.
Respostas
1-B / 2-C / 3-D 
Conjunção
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou 
dois termos semelhantes de uma mesma oração. Por exemplo:
A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as 
amiguinhas.
Deste exemplo podem ser retiradas três informações:
1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu as 
amiguinhas
Cada informação está estruturada em torno de um verbo: 
segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações:
1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e mostrou 
3ª oração: quando viu as amiguinhas.
A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e a 
terceira oração liga-se à segunda por meio do “quando”. As 
palavras “e” e “quando” ligam, portanto, orações.
Observe: Gosto de natação e de futebol.
Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes 
ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra “e” está 
ligando termos de uma mesma oração.
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações 
ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.
Morfossintaxe da Conjunção
As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem 
propriamente uma função sintática: são conectivos.
Classificação - Conjunções Coordenativas- Conjunções 
Subordinativas
Conjunções coordenativas
Dividem-se em:
- ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma. 
Ex. Gosto de cantar e de dançar.
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas também, 
não só...como também.
- ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de oposição, 
de compensação. 
Ex. Estudei, mas não entendi nada.
Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo, 
todavia, no entanto, entretanto.
- ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância.
Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho.
Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, quer...
quer, já...já.
- CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às orações. Ex. 
Estudei muito, por isso mereço passar.
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois 
(depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.
- EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex. É 
melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora.
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes 
do verbo), porquanto.
Conjunçõessubordinativas
- CAUSAIS
Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma 
vez que, como (= porque). 
Ele não fez o trabalho porque não tem livro.
- COMPARATIVAS
Principais conjunções comparativas: que, do que, tão...como, 
mais...do que, menos...do que.
Ela fala mais que um papagaio.
- CONCESSIVAS
Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, 
mesmo que, apesar de, se bem que.
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato 
inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”.
Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar 
cansada)
Apesar de ter chovido fui ao cinema.
- CONFORMATIVAS
Principais conjunções conformativas: como, segundo, 
conforme, consoante
Cada um colhe conforme semeia.
Expressam uma ideia de acordo, concordância, conformidade.
- CONSECUTIVAS
Expressam uma ideia de consequência.
Principais conjunções consecutivas: que (após “tal”, “tanto”, 
“tão”, “tamanho”).
Falou tanto que ficou rouco.
- FINAIS
Expressam ideia de finalidade, objetivo.
Todos trabalham para que possam sobreviver.
Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque 
(=para que),
- PROPORCIONAIS
Principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto 
mais, ao passo que, à proporção que.
À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha.
- TEMPORAIS
Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo 
que.
Quando eu sair, vou passar na locadora.
Importante:
Diferença entre orações causais e explicativas
Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais (OSA) 
e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos deparamos 
com a dúvida de como distinguir uma oração causal de uma 
explicativa. Veja os exemplos:
1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode ser 
atropelado”:
a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificativa ou 
uma explicação do fato expresso na oração anterior.
b) As orações são coordenadas e, por isso, independentes 
uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as orações que 
vêm marcadas por vírgula.
Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado.
b) Outra dica é, quando a oração que antecede a OC (Oração 
Coordenada) vier com verbo no modo imperativo, ela será 
explicativa.
Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo imperativo)
2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra cidade 
porque não havia cemitério no local.”
a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada 
(parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo 
verbo da oração principal. Outra forma de reconhecê-
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APOSTILAS OPÇÃO
la é colocá-la no início do período, introduzida pela 
conjunção como - o que não ocorre com a CS Explicativa. 
Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar os mortos 
em outra cidade.
b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente 
dependentes uma da outra.
Questões
01. (Administrador – FCC). Leia o texto a seguir.
A música alcançou uma onipresença avassaladora em nosso 
mundo: milhões de horas de sua história estão disponíveis em 
disco; rios de melodia digital correm na internet; aparelhos 
de mp3 com 40 mil canções podem ser colocados no bolso. No 
entanto, a música não é mais algo que fazemos nós mesmos, ou 
até que observamos outras pessoas fazerem diante de nós. 
Ela se tornou um meio radicalmente virtual, uma arte sem 
rosto. Quando caminhamos pela cidade num dia comum, nossos 
ouvidos registram música em quase todos os momentos − pedaços 
de hip-hop vazando dos fones de ouvido de adolescentes no metrô, 
o sinal do celular de um advogado tocando a “Ode à alegria”, de 
Beethoven −, mas quase nada disso será resultado imediato de 
um trabalho físico de mãos ou vozes humanas, como se dava no 
passado.
Desde que Edison inventou o cilindro fonográfico, em1877, 
existe gente que avalia o que a gravação fez em favor e desfavor 
da arte da música. Inevitavelmente, a conversa descambou para 
os extremos retóricos. No campo oposto ao dos que diziam que a 
tecnologia acabaria com a música estão os utópicos, que alegam 
que a tecnologia não aprisionou a música, mas libertou-a, levando 
a arte da elite às massas. Antes de Edison, diziam os utópicos, 
as sinfonias de Beethoven só podiam ser ouvidas em salas de 
concerto selecionadas. Agora, as gravações levam a mensagem 
de Beethoven aos confins do planeta, convocando a multidão 
saudada na “Ode à alegria”: “Abracem-se, milhões!”. Glenn Gould, 
depois de afastar-se das apresentações ao vivo em 1964, previu 
que dentro de um século o concerto público desapareceria no éter 
eletrônico, com grande efeito benéfico sobre a cultura musical.
(Adaptado de Alex Ross. Escuta só. Tradução Pedro Maia 
Soares. São Paulo, Cia. das Letras, 2010, p. 76-77)
No entanto, a música não é mais algo que fazemos nós mesmos, 
ou até que observamos outras pessoas fazerem diante de nós.
Considerando-se o contexto, é INCORRETO afirmar que o 
elemento grifado pode ser substituído por:
A) Porém. 
B) Contudo. 
C) Todavia. 
D) Entretanto. 
E) Conquanto.
02. (Escrevente TJ SP – Vunesp) Observando as ocorrências 
da palavra “como” em – Como fomos programados para ver o 
mundo como um lugar ameaçador… – é correto afirmar que se 
trata de conjunção
(A) comparativa nas duas ocorrências.
(B) conformativa nas duas ocorrências.
(C) comparativa na primeira ocorrência.
(D) causal na segunda ocorrência.
(E) causal na primeira ocorrência.
03. (Analista de Procuradoria – FCC). Leia o texto a seguir.
Participação
Num belo poema, intitulado “Traduzir-se”, Ferreira Gullar 
aborda o tema de uma divisão muito presente em cada um de 
nós: a que ocorre entre o nosso mundo interior e a nossa atuação 
junto aos outros, nosso papel na ordem coletiva. A divisão não é 
simples: costuma-se ver como antagônicas essas duas “partes” 
de nós, nas quais nos dividimos. De fato, em quantos momentos 
da nossa vida precisamos escolher entre o atendimento de um 
interesse pessoal e o cumprimento de um dever ético? Como poeta 
e militante político, Ferreira Gullar deixou-se atrair tanto pela 
expressão das paixões mais íntimas quanto pela atuação de um 
convicto socialista. Em seu poema, o diálogo entre as duas partes 
é desenvolvido de modo a nos fazer pensar que são incompatíveis.
Mas no último momento do poema deparamo-nos com esta 
estrofe:
“Traduzir uma parte na outra parte − que é uma questão de 
vida ou morte − será arte?”
O poeta levanta a possibilidade da “tradução” de uma parte 
na outra, ou seja, da interação de ambas, numa espécie de 
espelhamento. Isso ocorreria quando o indivíduo conciliasse 
verdadeiramente a instância pessoal e os interesses de uma 
comunidade; quando deixasse de haver contradição entre a razão 
particular e a coletiva. Pergunta-se o poeta se não seria arte esse 
tipo de integração. Realmente, com muita frequência a arte se 
mostra capaz de expressar tanto nossa subjetividade como nossa 
identidade social. 
Nesse sentido, traduzir uma parte na outra parte significaria 
vencer a parcialidade e chegar a uma autêntica participação, 
de sentido altamente político. O poema de Gullar deixa-nos essa 
hipótese provocadora, formulada com um ar de convicção.
(Belarmino Tavares, inédito)
Os seguintes fatos, referidos no texto, travam entre si uma 
relação de causa e efeito:
A) ser poeta e militante político / confronto entre 
subjetividade e atuação social
B) ser poeta e militante político / divisão permanente em 
cada um de nós
C) ser movido pelas paixões / esposar teses socialistas
D) fazer arte / obliterar uma questão de vida ou morte
E) participar ativamente da política / formular hipóteses 
com ar de convicção
Respostas
1-E / 2-E / 3-A 
Preposição
Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar 
termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normalmente 
há uma subordinação do segundo termo em relação ao 
primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura 
da língua,pois estabelecem a coesão textual e possuem valores 
semânticos indispensáveis para a compreensão do texto.
Tipos de Preposição
1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente 
como preposições.
A, ante, perante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, 
para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes 
gramaticais que podem atuar como preposições.
Como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, 
visto.
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo 
como uma preposição, sendo que a última palavra é uma delas.
Abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de 
acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de, 
graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por 
trás de.
A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode 
unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância em 
gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela
Vale ressaltar que essa concordância não é característica da 
preposição, mas das palavras às quais ela se une.
Esse processo de junção de uma preposição com outra 
palavra pode se dar a partir de dois processos:
1. Combinação: A preposição não sofre alteração.
preposição a + artigos definidos o, os
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APOSTILAS OPÇÃO
a + o = ao
preposição a + advérbio onde
a + onde = aonde
2. Contração: Quando a preposição sofre alteração.
Preposição + Artigos
De + o(s) = do(s)
De + a(s) = da(s)
De + um = dum
De + uns = duns
De + uma = duma
De + umas = dumas
Em + o(s) = no(s)
Em + a(s) = na(s)
Em + um = num
Em + uma = numa
Em + uns = nuns
Em + umas = numas
A + à(s) = à(s)
Por + o = pelo(s)
Por + a = pela(s)
Preposição + Pronomes
De + ele(s) = dele(s)
De + ela(s) = dela(s)
De + este(s) = deste(s)
De + esta(s) = desta(s)
De + esse(s) = desse(s)
De + essa(s) = dessa(s)
De + aquele(s) = daquele(s)
De + aquela(s) = daquela(s)
De + isto = disto
De + isso = disso
De + aquilo = daquilo
De + aqui = daqui
De + aí = daí
De + ali = dali
De + outro = doutro(s)
De + outra = doutra(s)
Em + este(s) = neste(s)
Em + esta(s) = nesta(s)
Em + esse(s) = nesse(s)
Em + aquele(s) = naquele(s)
Em + aquela(s) = naquela(s)
Em + isto = nisto
Em + isso = nisso
Em + aquilo = naquilo
A + aquele(s) = àquele(s)
A + aquela(s) = àquela(s)
A + aquilo = àquilo
Dicas sobre preposição
1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome pessoal 
oblíquo e artigo. Como distingui-los?
- Caso o “a” seja um artigo, virá precedendo a um substantivo. 
Ele servirá para determiná-lo como um substantivo singular 
e feminino.
A dona da casa não quis nos atender.
Como posso fazer a Joana concordar comigo?
- Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois 
termos e estabelece relação de subordinação entre eles.
Cheguei a sua casa ontem pela manhã.
Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para procurar 
um tratamento adequado.
- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/
ou a função de um substantivo.
Temos Maria como parte da família. / A temos como parte 
da família
Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. / 
Creio que a conhecemos melhor que ninguém.
2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio das 
preposições:
Destino = Irei para casa.
Modo = Chegou em casa aos gritos.
Lugar = Vou ficar em casa;
Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência.
Tempo = A prova vai começar em dois minutos.
Causa = Ela faleceu de derrame cerebral.
Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o 
tratamento.
Instrumento = Escreveu a lápis.
Posse = Não posso doar as roupas da mamãe.
Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom.
Companhia = Estarei com ele amanhã.
Matéria = Farei um cartão de papel reciclado.
Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco.
Origem = Nós somos do Nordeste, e você?
Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume.
Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista.
Questões
01. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – 
VUNESP). Leia o texto a seguir.
“Xadrez que liberta”: estratégia, concentração e reeducação
João Carlos de Souza Luiz cumpre pena há três anos e dois 
meses por assalto. Fransley Lapavani Silva está há sete anos 
preso por homicídio. Os dois têm 30 anos. Além dos muros, 
grades, cadeados e detectores de metal, eles têm outros pontos 
em comum: tabuleiros e peças de xadrez.
O jogo, que eles aprenderam na cadeia, além de uma válvula 
de escape para as horas de tédio, tornou-se uma metáfora para o 
que pretendem fazer quando estiverem em liberdade.
“Quando você vai jogar uma partida de xadrez, tem que pensar 
duas, três vezes antes. Se você movimenta uma peça errada, 
pode perder uma peça de muito valor ou tomar um xeque-mate, 
instantaneamente. Se eu for para a rua e movimentar a peça 
errada, eu posso perder uma peça muito importante na minha 
vida, como eu perdi três anos na cadeia. Mas, na rua, o problema 
maior é tomar o xeque-mate”, afirma João Carlos.
O xadrez faz parte da rotina de cerca de dois mil internos 
em 22 unidades prisionais do Espírito Santo. É o projeto “Xadrez 
que liberta”. Duas vezes por semana, os presos podem praticar 
a atividade sob a orientação de servidores da Secretaria de 
Estado da Justiça (Sejus). Na próxima sexta-feira, será realizado 
o primeiro torneio fora dos presídios desde que o projeto foi 
implantado. Vinte e oito internos de 14 unidades participam da 
disputa, inclusive João Carlos e Fransley, que diz que a vitória 
não é o mais importante.
“Só de chegar até aqui já estou muito feliz, porque eu não 
esperava. A vitória não é tudo. Eu espero alcançar outras coisas 
devido ao xadrez, como ser olhado com outros olhos, como 
estou sendo olhado de forma diferente aqui no presídio devido 
ao bom comportamento”.
Segundo a coordenadora do projeto, Francyany Cândido 
Venturin, o “Xadrez que liberta” tem provocado boas mudanças 
no comportamento dos presos. “Tem surtido um efeito positivo 
por eles se tornarem uma referência positiva dentro da unidade, 
já que cumprem melhor as regras, respeitam o próximo e 
pensam melhor nas suas ações, refletem antes de tomar uma 
atitude”.
Embora a Sejus não monitore os egressos que ganham a 
liberdade, para saber se mantêm o hábito do xadrez, João Carlos 
já faz planos. “Eu incentivo não só os colegas, mas também 
minha família. Sou casado e tenho três filhos. Já passei para a 
minha família: xadrez, quando eu sair para a rua, todo mundo 
vai ter que aprender porque vai rolar até o torneio familiar”.
“Medidas de promoção de educação e que possibilitem que o 
egresso saia melhor do que entrou são muito importantes. Nós 
não temos pena de morte ou prisão perpétua no Brasil. O preso 
tem data para entrar e data para sair, então ele tem que sair 
sem retornar para o crime”, analisa o presidente do Conselho 
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12Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Estadual de Direitos Humanos, Bruno Alves de Souza Toledo.
(Disponível em: www.inapbrasil.com.br/en/noticias/xadrez-que-
liberta-estrategia-concentracao-e-reeducacao/6/noticias. Adaptado)
No trecho –... xadrez, quando eu sair para a rua, todo mundo 
vai ter que aprender porque vai rolar até o torneio familiar.– o 
termo em destaque expressa relação de
A) espaço, como em – Nosso diretor foi até Brasília para falar 
do projeto “Xadrez que liberta”.
B) inclusão, como em – O xadrez mudou até o nosso modo 
de falar.
C) finalidade, como em – Precisamos treinar até junho para 
termos mais chances de vencer o torneio de xadrez.
D) movimento, como em – Só de chegar até aqui já estou 
muito feliz, porque eu não esperava.
E) tempo, como em – Até o ano que vem, pretendo conseguir 
a revisão da minha pena.
02. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP) 
Considereo trecho a seguir.
O metrô paulistano, ________quem a banda recebe apoio, 
garante o espaço para ensaios e os equipamentos; e a estabilidade 
no emprego, vantagem________ que muitos trabalhadores sonham, 
é o que leva os integrantes do grupo a permanecerem na 
instituição.
As preposições que preenchem o trecho, correta, 
respectivamente e de acordo com a norma-padrão, são:
A) a ...com 
B) de ...com 
C) de ...a 
D) com ...a 
E) para ...de
03. (Agente Policial – Vunesp). Assinale a alternativa cuja 
preposição em destaque expressa ideia de finalidade.
A) Além disso, aumenta a punição administrativa, de R$ 
957,70 para R$ 1.915,40.
B) ... o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu que 
o bafômetro e o exame de sangue eram obrigatórios para 
comprovar o crime.
C) “... Ele é encaminhado para a delegacia para o perito fazer 
o exame clínico”...
D) Já para o juiz criminal de São Paulo, Fábio Munhoz 
Soares, um dos que devem julgar casos envolvendo pessoas 
embriagadas ao volante, a mudança “é um avanço”.
E) Para advogados, a lei aumenta o poder da autoridade 
policial de dizer quem está embriagado...
Respostas
1-B / 2-B / 3-B 
Pronome
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele 
se refere, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o de 
alguma forma.
A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!
[substituição do nome]
A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita!
[referência ao nome]
Essa moça morava nos meus sonhos!
[qualificação do nome]
Grande parte dos pronomes não possuem significados 
fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro de 
um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata 
daquilo que está sendo colocado por meio dos pronomes no 
ato da comunicação. Com exceção dos pronomes interrogativos 
e indefinidos, os demais pronomes têm por função principal 
apontar para as pessoas do discurso ou a elas se relacionar, 
indicando-lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude 
dessa característica, os pronomes apresentam uma forma 
específica para cada pessoa do discurso.
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala]
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala]
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras 
variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em número 
(singular ou plural). Assim, espera-se que a referência através 
do pronome seja coerente em termos de gênero e número 
(fenômeno da concordância) com o seu objeto, mesmo quando 
este se apresenta ausente no enunciado.
Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile 
da nossa escola neste ano.
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância 
adequada]
[neste: pronome que determina “ano” = concordância 
adequada]
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concordância 
inadequada]
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, 
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
Pronomes Pessoais
São aqueles que substituem os substantivos, indicando 
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve 
assume os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”, “vós”, 
“você” ou “vocês” para designar a quem se dirige e “ele”, “ela”, 
“eles” ou “elas” para fazer referência à pessoa ou às pessoas de 
quem fala.
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções 
que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso 
oblíquo.
Pronome Reto
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, 
exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
Nós lhe ofertamos flores.
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero 
(apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal 
flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o 
quadro dos pronomes retos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular: eu 
- 2ª pessoa do singular: tu
- 3ª pessoa do singular: ele, ela
- 1ª pessoa do plural: nós
- 2ª pessoa do plural: vós
- 3ª pessoa do plural: eles, elas
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como 
complementos verbais na língua-padrão. Frases como “Vi 
ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram eu até aqui”, 
comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua 
formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os 
pronomes oblíquos correspondentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a 
na praça”, “Trouxeram-me até aqui”.
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome 
reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas 
verbais marcam, através de suas desinências, as pessoas do 
verbo indicadas pelo pronome reto.
Fizemos boa viagem. (Nós)
 
Pronome Oblíquo
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, 
exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou 
indireto) ou complemento nominal.
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13Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante 
do pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica a função 
diversa que eles desempenham na oração: pronome reto marca 
o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento da 
oração.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com 
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou tônicos.
Pronome Oblíquo Átono
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são 
precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica fraca.
Ele me deu um presente.
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): me
- 2ª pessoa do singular (tu): te
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
- 1ª pessoa do plural (nós): nos
- 2ª pessoa do plural (vós): vos
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
Observações:
O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se 
apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união entre o 
pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por acompanhar 
diretamente uma preposição, o pronome “lhe” exerce sempre a 
função de objeto indireto na oração.
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos 
diretos como objetos indiretos.
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como 
objetos diretos.
Saiba que:
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se 
com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como mo, 
mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no-
la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso dessas formas 
nos exemplos que seguem:
- Trouxeste o pacote? - Não contaram a novidade a 
vocês?
- Sim, entreguei-to ainda há 
pouco.
- Não, no-la contaram.
No português do Brasil, essas combinações não são usadas; 
até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito raro. 
Atenção:
Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois 
de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -z, 
-s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo 
tempo que a terminação verbal é suprimida.
Por exemplo: fiz + o = fi-lo
 fazei + o = fazei-os
 dizer + a = dizê-la
Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume 
as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:
viram + o: viram-no
repõe + os = repõe-nos
retém + a: retém-na
tem + as = tem-nas
Pronome Oblíquo Tônico
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre 
precedidos por preposições, em geral as preposições a, para, de 
e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função 
de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte.
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim 
configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas
Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico 
são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais 
repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
- As preposições essenciais introduzem sempre pronomes 
pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos 
contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os 
pronomes costumam ser usados desta forma:
Não há mais nada entre mim e ti.
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
Não há nenhuma acusação contra mim.
Não vá sem mim.
Atenção:
Há construções em que a preposição, apesar de surgir 
anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração cujo 
verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito 
expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser do caso 
reto.
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
Não vá sem eu mandar.
- A combinação da preposição “com” e alguns pronomes 
originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, 
conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos 
frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de 
companhia.
Ele carregava o documento consigo.
- As formas “conosco” e “convosco” são substituídas por “com 
nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais são reforçados 
por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou 
algum numeral.
Você terá de viajar com nós todos.
Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias.
Ele disse que iria com nós três.
Pronome Reflexivo
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem 
como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da oração. 
Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo 
verbo.
O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.
Eu não me vanglorio disso.
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.
- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.
Assim tu te prejudicas.
Conhece a ti mesmo.
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.
Guilherme já se preparou.
Ela deu a si um presente.
Antônio conversou consigo mesmo.
- 1ª pessoa do plural (nós): nos.
Lavamo-nos no rio.
- 2ª pessoa do plural (vós): vos.
Vós vos beneficiastes com a esta conquista.
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.
Eles se conheceram.
Elas deram a si um dia de folga.
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14Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
A Segunda Pessoa Indireta
A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando 
utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso 
interlocutor ( portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na 
terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento, 
que podem ser observados no quadro seguinte:
 
Pronomes de Tratamento
Vossa Alteza V. A. príncipes, duques
Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos
Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e 
 oficiais-generais
Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de 
universidades
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento 
 cerimonioso
Vossa Onipotência V. O. Deus
Também são pronomes de tratamento o senhor, a 
senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados 
no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tratamento 
familiar. Você e vocês são largamente empregados no português 
do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é de uso frequente; 
em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito à 
linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.
Observações:
a) Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de 
tratamento que possuem “Vossa (s)” são empregados em 
relação à pessoa com quem falamos.
Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este 
encontro.
Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa.
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o 
Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.
- Os pronomes de tratamento representam uma forma 
indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao 
tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, 
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado 
supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
b) 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento dirijam-
se à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª 
pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os 
pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar 
na 3ª pessoa.
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, 
para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.
c) Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou 
nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do 
texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, 
por exemplo, se começamos a chamar alguém de “você”, não 
poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo 
na terceira pessoa.
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus 
cabelos. (errado)
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus 
cabelos. (correto)
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus 
cabelos. (correto)
Pronomes Possessivos
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical 
(possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa 
possuída).
 Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)
Observe o quadro:
Número Pessoa Pronome
singular primeira meu(s), minha(s)
singular segunda teu(s), tua(s)
singular terceira seu(s), sua(s)
plural primeira nosso(s), nossa(s)
plural segunda vosso(s), vossa(s)
plural terceira seu(s), sua(s)
Note que: A forma do possessivo depende da pessoa 
gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com 
o objeto possuído.
Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento 
difícil.
Observações:
1 - A forma “seu” não é um possessivo quando resultar da 
alteração fonética da palavra senhor.
- Muito obrigado, seu José.
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. 
Podem ter outros empregos, como:
a) indicar afetividade.
- Não faça isso, minha filha.
b) indicar cálculo aproximado.
Ele já deve ter seus 40 anos.
c) atribuir valor indefinido ao substantivo.
Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o 
pronome possessivo fica na 3ª pessoa.
Vossa Excelência trouxe sua mensagem?
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo 
concorda com o mais próximo.
Trouxe-me seus livros e anotações.
5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos 
átonos assumem valor de possessivo.
Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.)
Pronomes Demonstrativos
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a 
posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto. 
Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, no tempo ou 
discurso.
No espaço:
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro 
está perto da pessoa que fala.
Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro 
está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que 
fala.
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro 
está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.
 
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto 
por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita de 
fala), são particularmente importantes o este e o esse - o primeiro 
localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação 
ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade.
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar 
informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da universidade 
destinatária).
Reafirmamos a disposição destauniversidade em participar 
no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que 
envia a mensagem).
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15Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
No tempo:
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se refere 
ao ano presente.
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se refere a 
um passado próximo.
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se 
referindo a um passado distante.
 
- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou 
invariáveis, observe:
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).
Invariáveis: isto, isso, aquilo.
- Também aparecem como pronomes demonstrativos:
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e puderem 
ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que 
te indiquei.)
- mesmo(s), mesma(s):
Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
- próprio(s), própria(s):
Os próprios alunos resolveram o problema.
- semelhante(s):
Não compre semelhante livro.
- tal, tais:
Tal era a solução para o problema.
Note que:
a) Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em 
construções redundantes, com finalidade expressiva, para 
salientar algum termo anterior. Por exemplo:
Manuela, essa é que dera em cheio casando com o José Afonso. 
Desfrutar das belezas brasileiras, isso é que é sorte!
b) O pronome demonstrativo neutro ou pode representar 
um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso em que 
aparece, geralmente, como objeto direto, predicativo ou aposto.
O casamento seria um desastre. Todos o pressentiam.
c) Para evitar a repetição de um verbo anteriormente 
expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo fazer, 
chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as vezes 
de).
Ninguém teve coragem de falar antes que ela o fizesse.
d) Em frases como a seguinte, este se refere à pessoa 
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em primeiro 
lugar.
O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos; 
aquele casado, solteiro este. [ou então: este solteiro, aquele casado]
e) O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irônica.
A menina foi a tal que ameaçou o professor?
f) Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com 
pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, disso, 
nisso, no, etc.
Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo)
Pronomes Indefinidos
São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso, 
dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade 
indeterminada.
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-
plantadas.
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa 
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma 
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano 
que seguramente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou 
não se quer revelar. 
Classificam-se em: 
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lugar 
do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. São 
eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, 
outrem, quem, tudo.
Algo o incomoda?
Quem avisa amigo é.
- Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser 
expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade 
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s).
Cada povo tem seus costumes.
Certas pessoas exercem várias profissões.
Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora 
pronomes indefinidos adjetivos:
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), 
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns, 
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer, 
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), 
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.
Menos palavras e mais ações.
Alguns se contentam pouco.
Os pronomes indefinidos podem ser divididos 
em variáveis e invariáveis. Observe:
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário, tanto, 
outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca, vária, 
tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, nenhuns, 
todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos, algumas, 
nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas, outras, quantas.
Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, algo, 
cada.
São locuções pronominais indefinidas: cada qual, cada um, 
qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja quem for, 
seja qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou 
qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
Cada um escolheu o vinho desejado.
Indefinidos Sistemáticos
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, 
percebemos que existem alguns grupos que criam oposição 
de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm sentido 
afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm sentido negativo; 
todo/tudo, que indicam uma totalidade afirmativa, e nenhum/
nada, que indicam uma totalidade negativa; alguém/ninguém, 
que se referem à pessoa, e algo/nada, que se referem à coisa; 
certo, que particulariza, e qualquer, que generaliza.
Essas oposições de sentido são muito importantes na 
construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas 
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumentos 
expostos. Observe nas frases seguintes a força que os pronomes 
indefinidos destacados imprimem às afirmações de que fazem 
parte:
Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado 
prático.
Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são 
pessoas quaisquer.
Pronomes Relativos
São aqueles que representam nomes já mencionados 
anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as 
orações subordinadas adjetivas.
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um 
grupo racial sobre outros.
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = 
oração subordinada adjetiva).
O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” e 
introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra “sistema” 
é antecedente do pronome relativo que.
O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome 
demonstrativo o, a, os, as.
Não sei o que você está querendo dizer.
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16Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem 
expresso.
Quem casa, quer casa.
Observe:
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os quais, 
cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas, quantas.
Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.
Note que:
a) O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego, 
sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído 
por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for 
um substantivo.
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)
b) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente 
pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente para 
verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que podem ter 
várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles são 
usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza 
ou depois de determinadas preposições:
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o 
qual me deixou encantado. (O uso de “que”, neste caso, geraria 
ambiguidade.)
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas 
dúvidas? (Não se poderia usar “que” depois de sobre.)
c) O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e se 
refere a uma oração.
Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a 
sua vocação natural.
d) O pronome “cujo” não concorda com o seu antecedente, 
mas com o consequente. Equivale a do qual,da qual, dos quais, 
das quais.
Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas.
 (antecedente) (consequente) 
e) “Quanto” é pronome relativo quando tem por antecedente 
um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo:
Emprestei tantos quantos foram necessários.
 (antecedente) 
Ele fez tudo quanto havia falado.
 (antecedente) 
 
f) O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sempre 
precedido de preposição.
É um professor a quem muito devemos.
 (preposição) 
g) “Onde”, como pronome relativo, sempre possui 
antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar.
A casa onde morava foi assaltada.
h) Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em 
que.
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no 
exterior.
i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras:
- como (= pelo qual)
Não me parece correto o modo como você agiu semana 
passada.
- quando (= em que)
Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.
j) Os pronomes relativos permitem reunir duas orações 
numa só frase.
O futebol é um esporte.
O povo gosta muito deste esporte.
O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.
k) Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode 
ocorrer a elipse do relativo “que”.
A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria, 
(que) fumava.
Pronomes Interrogativos
São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas 
ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos, referem-
se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes 
interrogativos: que, quem, qual (e variações), quanto (e variações).
Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço.
Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas 
preferes.
Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos 
passageiros desembarcaram.
Sobre os pronomes:
O pronome pessoal é do caso reto quando tem função de 
sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo quando 
desempenha função de complemento. Vamos entender, 
primeiramente, como o pronome pessoal surge na frase e que 
função exerce. Observe as orações:
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia ajudá-
lo.
Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” 
exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso reto. 
Já na segunda oração, observamos o pronome “lhe” exercendo 
função de complemento, e, consequentemente, é do caso oblíquo.
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso, 
o pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para a 
segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se devia 
ajudar.... Ajudar quem? Você (lhe).
Importante: Em observação à segunda oração, o emprego do 
pronome oblíquo “lhe” é justificado antes do verbo intransitivo 
“ajudar” porque o pronome oblíquo pode estar antes, depois ou 
entre locução verbal, caso o verbo principal (no caso “ajudar”) 
estiver no infinitivo ou gerúndio. 
Eu desejo lhe perguntar algo. 
Eu estou perguntando-lhe algo.
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos: 
os primeiros não são precedidos de preposição, diferentemente 
dos segundos que são sempre precedidos de preposição.
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que eu 
estava fazendo.
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o que 
eu estava fazendo.
Questões
01. (Prefeitura de Praia Grande/SP - Agente 
Administrativo - IBAM) Observe as sentenças abaixo. 
I. Esta é a professora de cuja aula todos os alunos gostam. 
II. Aquela é a garota com cuja atitude discordei - tornamo-
nos inimigas desde aquele episódio. 
III. A criança cuja a família não compareceu ficou inconsolável.
O pronome ‘cuja’ foi empregado de acordo com a norma 
culta da língua portuguesa em:
(A) apenas uma das sentenças
(B) apenas duas das sentenças.
(C) nenhuma das sentenças.
(D) todas as sentenças.
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17Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
02. (MPE/RS - Técnico Superior de Informática - MPE)
Um estudo feito pela Universidade de Michigan constatou que 
o que mais se faz no Facebook, depois de interagir com amigos, 
é olhar os perfis de pessoas que acabamos de conhecer. Se você 
gostar do perfil, adicionará aquela pessoa, e estará formado um 
vínculo. No final, todo mundo vira amigo de todo mundo. Mas, 
não é bem assim. As redes sociais têm o poder de transformar 
os chamados elos latentes (pessoas que frequentam o mesmo 
ambiente social, mas não são suas amigas) em elos fracos – 
uma forma superficial de amizade. Pois é, por mais que existam 
exceções _______qualquer regra, todos os estudos mostram que 
amizades geradas com a ajuda da Internet são mais fracas, sim, 
do que aquelas que nascem e se desenvolvem fora dela.
Isso não é inteiramente ruim. Os seus amigos do peito 
geralmente são parecidos com você: pertencem ao mesmo 
mundo e gostam das mesmas coisas. Os elos fracos, não. Eles 
transitam por grupos diferentes do seu e, por isso, podem lhe 
apresentar novas pessoas e ampliar seus horizontes – gerando 
uma renovação de ideias que faz bem a todos os relacionamentos, 
inclusive às amizades antigas. O problema é que a maioria das 
redes na Internet é simétrica: se você quiser ter acesso às 
informações de uma pessoa ou mesmo falar reservadamente com 
ela, é obrigado a pedir a amizade dela. Como é meio grosseiro 
dizer “não” ________ alguém que você conhece, todo mundo acaba 
adicionando todo mundo. E isso vai levando ________ banalização 
do conceito de amizade.
É verdade. Mas, com a chegada de sítios como o Twitter, ficou 
diferente. Esse tipo de sítio é uma rede social completamente 
assimétrica. E isso faz com que as redes de “seguidores” e 
“seguidos” de alguém possam se comunicar de maneira muito 
mais fluida. Ao estudar a sua própria rede no Twitter, o sociólogo 
Nicholas Christakis, da Universidade de Harvard, percebeu 
que seus amigos tinham começado a se comunicar entre si 
independentemente da mediação dele. Pessoas cujo único ponto 
em comum era o próprio Christakis acabaram ficando amigas. 
No Twitter, eu posso me interessar pelo que você tem a dizer e 
começar a te seguir. Nós não nos conhecemos.
Mas você saberá quando eu o retuitar ou mencionar seu 
nome no sítio, e poderá falar comigo. Meus seguidores também 
podem se interessar pelos seus tuítes e começar a seguir você. 
Em suma, nós continuaremos não nos conhecendo, mas as 
pessoas que estão ________ nossa volta podem virar amigas entre 
si.
Adaptado de: COSTA, C. C.. Disponível em:
<http://super.abril.com.br/cotidiano/como-internet-
estamudando-amizade-619645.shtml>.
Considere as seguintes afirmações sobre a relação que se 
estabelece entre algumas palavras do texto e os elementos a que 
se referem. 
I. No segmento que nascem, a palavra que se refere a 
amizades. 
II. O segmento elos fracos retoma o segmento uma forma 
superficial de amizade. 
III. Na frase Nós não nos conhecemos, o pronome Nós refere-
se aos pronomes eu e você.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas III.
(D) Apenas I e II.
(E) I, II e III.
03. (PC/MA - Farmacêutico Legista - FGV/2012) Observe 
a charge a seguir. 
Em relação à charge acima, assinale a afirmativa inadequada. 
(A) A fala do personagem é uma modificação intencional de 
uma fala de Cristo. 
(B) As duas ocorrências do pronome “eles” referem-se a 
pessoas distintas. 
(C) A crítica da charge se dirige às autoridades políticas no 
poder.
(D) A posição dos braços do personagem na charge repete a 
de Cristo na cruz. 
(E) Os elementos imagísticos da charge estão distribuídos de 
forma equilibrada. 
Respostas
01. A\02. E\03. B
Substantivo
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é 
a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam 
os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos 
também nomeiam:
-lugares: Alemanha, Porto Alegre...
-sentimentos: raiva,amor...
-estados: alegria, tristeza...
-qualidades: honestidade, sinceridade...
-ações: corrida, pescaria...
Morfossintaxe do substantivo
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral 
exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua 
como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto 
direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar 
como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como 
núcleo do predicativo do sujeito ou do objeto ou como núcleo 
do vocativo. Também encontramos substantivos como núcleos 
de adjuntos adnominais e de adjuntos adverbiais - quando essas 
funções são desempenhadas por grupos de palavras. 
Classificação dos Substantivos
1- Substantivos Comuns e Próprios
Observe a definição:
s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, 
dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda a sede de município 
é cidade). 2. O centro de uma cidade (em oposição aos bairros).
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas e 
edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada cidade. 
Isso significa que a palavra cidade é um substantivo comum.
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma 
mesma espécie de forma genérica.
cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro.
Estamos voando para Barcelona.
 
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie 
cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Próprio: é 
aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma 
particular.
Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
2 - Substantivos Concretos e Abstratos
LÂMPADA MALA
Os substantivos lâmpada e mala designam seres com 
existência própria, que são independentes de outros seres. São 
assim, substantivos concretos.
Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe, 
independentemente de outros seres.
Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo 
real e do mundo imaginário.
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18Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, 
etc.
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantasma, etc.
 
Observe agora:
Beleza exposta
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual.
O substantivo beleza designa uma qualidade.
Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que 
dependem de outros para se manifestar ou existir.
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser 
observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa 
que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar. 
Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato.
Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, 
ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos, 
e sem os quais não podem existir.
vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade 
(sentimento). 
3 - Substantivos Coletivos
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra 
abelha, mais outra abelha.
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário 
repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais outra 
abelha...
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.
No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular 
(enxame) para designar um conjunto de seres da mesma espécie 
(abelhas).
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo 
estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma 
espécie.
Formação dos Substantivos
Substantivos Simples e Compostos
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra.
O substantivo chuva é formado por um único elemento ou 
radical. É um substantivo simples.
Substantivo Simples: é aquele formado por um único 
elemento.
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja agora: 
O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos 
(guarda + chuva). Esse substantivo é composto.
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais 
elementos.
Outros exemplos: beija-flor, passatempo.
 
Substantivos Primitivos e Derivados
Meu limão meu limoeiro,
meu pé de jacarandá...
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de 
nenhum outro dentro de língua portuguesa.
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma 
outra palavra da própria língua portuguesa.
O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir 
da palavra limão.
Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra 
palavra.
Flexão dos substantivos
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável 
quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por exemplo, 
pode sofrer variações para indicar:
Plural: meninos
Feminino: menina
Aumentativo: meninão
Diminutivo: menininho
Flexão de Gênero
Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar 
sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, 
há dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao 
gênero masculino os substantivos que podem vir precedidos dos 
artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes:
O velho e o mar
Um Natal inesquecível
Os reis da praia
 
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem 
vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
A história sem fim
Uma cidade sem passado
As tartarugas ninjas
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes
Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes 
de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado 
ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o 
masculino e outra para o feminino. Observe: gato – gata, homem 
– mulher, poeta – poetisa, prefeito - prefeita
Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam uma 
única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o 
feminino. Classificam-se em:
- Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos.
a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré 
fêmea.
- Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas.
a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, 
o indivíduo.
- Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por 
meio do artigo.
o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista.
Saiba que:
- Substantivos de origem grega terminados em ema ou oma, 
são masculinos.
o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema.
- Existem certos substantivos que, variando de gênero, 
variam em seu significado.
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora) o 
capital (dinheiro) e a capital (cidade)
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
a) Regra geral: troca-se a terminação -o por -a.
aluno - aluna
b) Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao 
masculino.
freguês - freguesa
c) Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de três 
formas:
- troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa 
- troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
- troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão - sultana
d) Substantivos terminados em -or:
- acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora 
- troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz
e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa:
cônsul - consulesa abade - abadessa poeta - poetisa
duque - duquesa conde - condessa profeta - profetisa
f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e final 
por -a:
elefante - elefanta
g) Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e 
no feminino:
bode – cabra boi - vaca
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19Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
h) Substantivos que formam o feminino de maneira especial, 
isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
czar – czarina réu - ré
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes
- Epicenos:
Novo jacaré escapade policiais no rio Pinheiros.
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso ocorre 
porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma para indicar 
o masculino e o feminino.
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para 
designar os dois sexos. Esses substantivos são chamados de 
epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a necessidade 
de especificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea.
A cobra macho picou o marinheiro.
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
Sobrecomuns:
Entregue as crianças à natureza.
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo masculino, 
quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem o artigo nem 
um possível adjetivo permitem identificar o sexo dos seres a que 
se refere a palavra. Veja:
A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria.
Outros substantivos sobrecomuns: 
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa 
criatura.
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O 
cônjuge de Marcela faleceu
Comuns de Dois Gêneros:
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez 
que a palavra motorista é um substantivo uniforme. O restante 
da notícia informa-nos de que se trata de um homem.
A distinção de gênero pode ser feita através da análise do 
artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substantivo.
o colega - a colega
o imigrante - a imigrante
um jovem - uma jovem
artista famoso - artista famosa
repórter francês - repórter francesa
- A palavra personagem é usada indistintamente nos dois 
gêneros.
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada 
preferência pelo masculino:
O menino descobriu nas nuvens os personagens dos contos de 
carochinha.
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino:
O problema está nas mulheres de mais idade, que não aceitam 
a personagem.
Não cheguei assim, nem era minha intenção, a criar uma 
personagem.
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo 
fotográfico Ana Belmonte.
Observe o gênero dos substantivos seguintes:
Masculinos 
o tapa
o eclipse
o lança-perfume
o dó (pena)
o sanduíche
o clarinete
o champanha
o sósia
o maracajá 
o clã
o hosana
o herpes
o pijama
o suéter
o soprano
o proclama
o pernoite 
o púbis 
Femininos 
a dinamite
a áspide
a derme
a hélice
a alcíone
a filoxera
a clâmide
a omoplata
a cataplasma
a pane
a mascote
a gênese
a entorse
a libido
a cal
a faringe
a cólera (doença)
a ubá (canoa)
- São geralmente masculinos os substantivos de origem 
grega terminados em -ma:
o grama (peso)
o quilograma
o plasma
o apostema
o diagrama 
o epigrama
o telefonema
o estratagema
o dilema
o teorema 
o apotegma
o trema
o eczema
o edema
o magma 
o anátema
o estigma
o axioma
o tracoma
o hematoma
Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
 
Gênero dos Nomes de Cidades:
Com raras exceções, nomes de cidades são femininos.
A histórica Ouro Preto.
A dinâmica São Paulo.
A acolhedora Porto Alegre.
Uma Londres imensa e triste. 
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
Gênero e Significação:
Muitos substantivos têm uma significação no masculino e 
outra no feminino.
Observe:
o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os 
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à frente 
de um bloco carnavalesco, manejando um bastão) 
a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou 
proibição de trânsito)
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20Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
o cabeça (chefe) 
a cabeça (parte do corpo)
o cisma (separação religiosa, dissidência) 
a cisma (ato de cismar, desconfiança)
o cinza (a cor cinzenta) 
a cinza (resíduos de combustão)
o capital (dinheiro) 
a capital (cidade)
o coma (perda dos sentidos) 
a coma (cabeleira)
o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro) 
a coral (cobra venenosa)
o crisma (óleo sagrado, usado na administração da crisma e 
de outros sacramentos) 
a crisma (sacramento da confirmação)
o cura (pároco) 
a cura (ato de curar)
o estepe (pneu sobressalente) 
a estepe (vasta planície de vegetação)
o guia (pessoa que guia outras) 
a guia (documento, pena grande das asas das aves)
o grama (unidade de peso) 
a grama (relva)
o caixa (funcionário da caixa) 
a caixa (recipiente, setor de pagamentos)
o lente (professor) 
a lente (vidro de aumento)
o moral (ânimo) 
a moral (honestidade, bons costumes, ética)
o nascente (lado onde nasce o Sol) 
a nascente (a fonte)
o maria-fumaça (trem como locomotiva a vapor) 
a maria-fumaça (locomotiva movida a vapor)
o pala (poncho) 
a pala (parte anterior do boné ou quepe, anteparo)
o rádio (aparelho receptor) 
a rádio (estação emissora)
o voga (remador) 
a voga (moda, popularidade)
 
Flexão de Número do Substantivo
Em português, há dois números gramaticais: o singular, que 
indica um ser ou um grupo de seres, e 
o plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres. A 
característica do plural é o “s” final.
 
Plural dos Substantivos Simples
a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e “n” 
fazem o plural pelo acréscimo de “s”.
pai – pais ímã - ímãs hífen - hifens (sem acento, no 
plural).
Exceção: cânon - cânones.
b) Os substantivos terminados em “m” fazem o plural em 
“ns”.
homem - homens.
c) Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural 
pelo acréscimo de “es”.
revólver – revólveres raiz - raízes
Atenção: O plural de caráter é caracteres.
d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se 
no plural, trocando o “l” por “is”.
quintal - quintais caracol – caracóis hotel - hotéis
Exceções: mal e males, cônsul e cônsules.
e) Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de duas 
maneiras: 
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis
- Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas 
maneiras: répteis ou reptis (pouco usada).
f) Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de duas 
maneiras: 
- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo 
de “es”: ás – ases / retrós - retroses
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis: 
o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.
g) Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural de três 
maneiras.
- substituindo o -ão por -ões: ação - ações
- substituindo o -ão por -ães: cão - cães
- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos
h) Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: o 
látex - os látex.
Plural dos Substantivos Compostos
A formação do plural dos substantivos compostos depende 
da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam 
o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que 
são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos 
simples:
aguardente e aguardentes girassol e girassóis
pontapé e pontapés malmequer e malmequeres
O plural dos substantivos compostos cujos elementos são 
ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discussões. 
Algumas orientações são dadas a seguir:
a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de: 
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores 
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos 
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras
b) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando 
formadosde: 
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas 
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-
falantes 
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos
c) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando 
formados de: 
substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-
colônia e águas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-
vapor e cavalos-vapor
substantivo + substantivo que funciona como determinante 
do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo 
anterior.
palavra-chave - palavras-chave 
bomba-relógio - bombas-relógio
notícia-bomba - notícias-bomba
homem-rã - homens-rã
d) Permanecem invariáveis, quando formados de: 
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora 
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas
e) Casos Especiais
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21Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
o louva-a-deus e os louva-a-deus
o bem-te-vi e os bem-te-vis
o bem-me-quer e os bem-me-queres
o joão-ninguém e os joões-ninguém.
Plural das Palavras Substantivadas
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras classes 
gramaticais usadas como substantivo, apresentam, no plural, as 
flexões próprias dos substantivos.
Pese bem os prós e os contras.
O aluno errou na prova dos noves.
Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou “z” não 
variam no plural.
Nas provas mensais consegui muitos seis e alguns dez.
Plural dos Diminutivos
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final e 
acrescenta-se o sufixo diminutivo.
pãe(s) + zinhos = pãezinhos
animai(s) + zinhos = animaizinhos
botõe(s) + zinhos = botõezinhos
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
farói(s) + zinhos = faroizinhos
tren(s) + zinhos = trenzinhos
colhere(s) + zinhas = colherezinhas
flore(s) + zinhas = florezinhas 
mão(s) + zinhas = mãozinhas
papéi(s) + zinhos = papeizinhos
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
funi(s) + zinhos = funizinhos
túnei(s) + zinhos = tuneizinhos
pai(s) + zinhos = paizinhos
pé(s) + zinhos = pezinhos
pé(s) + zitos = pezitos
Plural dos Nomes Próprios Personativos
Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas sempre 
que a terminação preste-se à flexão.
Os Napoleões também são derrotados.
As Raquéis e Esteres.
Plural dos Substantivos Estrangeiros
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser escritos 
como na língua original, acrescentando -se “s” (exceto quando 
terminam em “s” ou “z”).
os shows os shorts os jazz
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acordo com 
as regras de nossa língua:
 os clubes os chopes
 os jipes os esportes
 as toaletes os bibelôs
 os garçons os réquiens
Observe o exemplo:
Este jogador faz gols toda vez que joga.
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.
Plural com Mudança de Timbre
Certos substantivos formam o plural com mudança de 
timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato fonético 
chamado metafonia (plural metafônico).
Singular Plural Singular Plural
corpo (ô) 
esforço 
fogo 
forno 
fosso 
imposto 
olho
corpos (ó) 
esforços 
fogos 
fornos 
fossos 
impostos 
olhos
osso (ô) 
ovo 
poço 
porto 
posto 
rogo 
tijolo
ossos (ó) 
ovos 
poços 
portos 
postos 
rogos 
tijolos
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos, 
esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.
Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de 
molho (ó) = feixe (molho de lenha).
Particularidades sobre o Número dos Substantivos
a) Há substantivos que só se usam no singular:
o sul, o norte, o leste, o oeste, a fé, etc.
b) Outros só no plural:
as núpcias, os víveres, os pêsames, as espadas/os paus 
(naipes de baralho), as fezes.
c) Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do singular:
bem (virtude) e bens (riquezas)
honra (probidade, bom nome) e honras (homenagem, 
títulos)
d) Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas com 
sentido de plural:
Aqui morreu muito negro.
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas 
improvisadas.
Flexão de Grau do Substantivo
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as 
variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:
- Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado 
normal. Por exemplo: casa
- Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do ser. 
Classifica-se em: 
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que 
indica grandeza. Por exemplo: casa grande. 
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de 
aumento. Por exemplo: casarão.
- Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho do ser. 
Pode ser: 
Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que 
indica pequenez. Por exemplo: casa pequena. 
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de 
diminuição. Por exemplo: casinha.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf12.php
Questões
01. (Escrevente TJ SP Vunesp) A flexão de número do 
termo “preços-sombra” também ocorre com o plural de
(A) reco-reco.
(B) guarda-costa.
(C) guarda-noturno.
(D) célula-tronco.
(E) sem-vergonha.
02. (Escrevente TJ SP Vunesp) Assinale a alternativa cujas 
palavras se apresentam flexionadas de acordo com a norma-
padrão.
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local.
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos.
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos!
03. Indique a alternativa em que a flexão do substantivo está 
errada:
A) Catalães. 
B) Cidadãos. 
C) Vulcães. 
D) Corrimões.
Respostas
1-D / 2-D / 3-C 
Adjetivo
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou 
característica do ser e se relaciona com o substantivo.
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos 
que, além de expressar uma qualidade, ela pode ser colocada ao 
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22Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa 
bondosa.
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, 
não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade, 
moça bondade, pessoa bondade. 
Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo.
Morfossintaxe do Adjetivo:
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função dentro 
de uma oração) relativas aos substantivos, atuando como adjunto 
adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).
Adjetivo Pátrio
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe 
alguns deles:
Estados e cidades brasileiros:
Alagoas alagoano
Amapá amapaense
Aracaju aracajuano ou aracajuense
Amazonas amazonense ou baré
Belo Horizonte belo-horizontino
Brasília brasiliense
Cabo Frio cabo-friense
Campinas campineiro ou campinense
Adjetivo Pátrio Composto 
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro 
elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita. 
Observe alguns exemplos:
África afro- / Por exemplo: Cultura afro-americana
Alemanha germano- ou teuto- / Por exemplo: 
Competições teuto-inglesas
América américo- / Por exemplo: Companhia 
américo-africana
Bélgica belgo- / Por exemplo: Acampamentos belgo-
franceses
China sino- / Por exemplo: Acordos sino-japoneses
Espanha hispano- / Por exemplo: Mercado hispano-
português
Europa euro- / Por exemplo: Negociações euro-
americanas
França franco- ou galo- / Por exemplo: Reuniões 
franco-italianas
Grécia greco- / Por exemplo: Filmes greco-romanos
Inglaterra anglo- / Por exemplo: Letras anglo-
portuguesas
Itália ítalo- / Por exemplo: Sociedade ítalo-
portuguesa
Japão nipo- / Por exemplo: Associações nipo-
brasileiras
Portugal luso- / Por exemplo: Acordos luso-brasileiros
Flexão dos adjetivos
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
 
Gênero dos Adjetivos
Osadjetivos concordam com o substantivo a que se referem 
(masculino e feminino). De forma semelhante aos substantivos, 
classificam-se em: 
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e 
outra para o feminino. 
Por exemplo: ativo e ativa, mau e má, judeu e judia.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino 
somente o último elemento. 
Por exemplo: o moço norte-americano, a moça norte-
americana. 
Exceção: surdo-mudo e surda-muda.
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como 
para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no 
feminino. Por exemplo: conflito político-social e desavença 
político-social.
Número dos Adjetivos
Plural dos adjetivos simples
Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com 
as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substantivos 
simples. 
Por exemplo:
mau e maus
feliz e felizes
ruim e ruins
boa e boas
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função 
de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver 
qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, 
ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza é 
originalmente um substantivo; porém, se estiver qualificando 
um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então, invariável. 
Logo: camisas cinza, ternos cinza. 
Veja outros exemplos:
Motos vinho (mas: motos verdes)
Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).
Adjetivo Composto
É aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente, 
esses elementos são ligados por hífen. Apenas o último elemento 
concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam 
na forma masculina, singular. Caso um dos elementos que 
formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, 
todo o adjetivo composto ficará invariável. Por exemplo: a 
palavra rosa é originalmente um substantivo, porém, se estiver 
qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se 
ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; 
como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro 
ficará invariável. Por exemplo:
Camisas rosa-claro.
Ternos rosa-claro.
Olhos verde-claros.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
Observe
- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo 
composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis.
- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm 
os dois elementos flexionados.
Grau do Adjetivo
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a 
intensidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: 
o comparativo e o superlativo.
Comparativo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica 
atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características 
atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, 
de superioridade ou de inferioridade. Observe os exemplos 
abaixo:
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23Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
1) Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade
No comparativo de igualdade, o segundo termo da 
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão.
2) Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de 
Superioridade Analítico
No comparativo de superioridade analítico, entre os dois 
substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma é 
analítica porque pedimos auxílio a “mais...do que” ou “mais...que”.
3) O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de 
Superioridade Sintético
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de 
superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. 
São eles:
bom-melhor
pequeno-menor
mau-pior
alto-superior
grande-maior
baixo-inferior
Observe que: 
a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade, 
pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente.
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas 
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas 
entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar 
as formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais 
pequeno.
Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo - Comparação de 
dois elementos.
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas 
qualidades de um mesmo elemento.
4) Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de 
Inferioridade
Sou menos passivo (do) que tolerante.
Superlativo
O superlativo expressa qualidades num grau muito 
elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser 
absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:
Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um 
ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apresenta-se 
nas formas:
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras 
que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo: O 
secretário é muito inteligente.
Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de 
sufixos.
Por exemplo:
O secretário é inteligentíssimo.
Observe alguns superlativos sintéticos: 
benéfico beneficentíssimo
bom boníssimo ou ótimo
comum comuníssimo
cruel crudelíssimo
difícil dificílimo
doce dulcíssimo
fácil facílimo
fiel fidelíssimo
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser 
é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa relação 
pode ser:
De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
Note bem:
1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio 
dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, etc., 
antepostos ao adjetivo.
2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob duas 
formas : uma erudita, de origem latina, outra popular, de origem 
vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do adjetivo 
latino + um dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo: 
fidelíssimo, facílimo, paupérrimo.
A forma popular é constituída do radical do adjetivo 
português + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariíssimo, 
necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as formas 
seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o desagradável 
hiato i-í.
Questões
01. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – 
VUNESP). Leia o texto a seguir.
Violência epidêmica
A violência urbana é uma enfermidade contagiosa. Embora 
possa acometer indivíduos vulneráveis em todas as classes 
sociais, é nos bairros pobres que ela adquire características 
epidêmicas.
A prevalência varia de um país para outro e entre as cidades 
de um mesmo país, mas, como regra, começa nos grandes 
centros urbanos e se dissemina pelo interior.
As estratégias que as sociedades adotam para combater a 
violência variam muito e a prevenção das causas evoluiu muito 
pouco no decorrer do século 20, ao contrário dos avanços 
ocorridos no campo das infecções, câncer, diabetes e outras 
enfermidades.
A agressividade impulsiva é consequência de perturbações 
nos mecanismos biológicos de controle emocional. Tendências 
agressivas surgem em indivíduos com dificuldades adaptativas 
que os tornam despreparados para lidar com as frustrações de 
seus desejos.
A violência é uma doença. Os mais vulneráveis são os que 
tiveram a personalidade formada num ambiente desfavorável ao 
desenvolvimento psicológico pleno.
A revisão de estudos científicos permite identificar três 
fatores principais na formação das personalidades com maior 
inclinação ao comportamento violento:
1) Crianças que apanharam, foram vítimas de abusos, 
humilhadas ou desprezadas nos primeiros anos de vida.
2) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes 
transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não 
lhes impuseram limites de disciplina.
3) Associação com grupos de jovens portadores de 
comportamento antissocial.
Na periferia das cidades brasileiras vivem milhões de crianças 
que se enquadram nessas três condições de risco. Associados à 
falta deacesso aos recursos materiais, à desigualdade social, 
esses fatores de risco criam o caldo de cultura que alimenta a 
violência crescente nas cidades.
Na falta de outra alternativa, damos à criminalidade a 
resposta do aprisionamento. Porém, seu efeito é passageiro: o 
criminoso fica impedido de delinquir apenas enquanto estiver 
preso. 
Ao sair, estará mais pobre, terá rompido laços familiares 
e sociais e dificilmente encontrará quem lhe dê emprego. Ao 
mesmo tempo, na prisão, terá criado novas amizades e conexões 
mais sólidas com o mundo do crime.
Construir cadeias custa caro; administrá-las, mais ainda. 
Obrigados a optar por uma repressão policial mais ativa, 
aumentaremos o número de prisioneiros. As cadeias continuarão 
superlotadas.
Seria mais sensato investir em educação, para prevenir a 
criminalidade e tratar os que ingressaram nela.
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24Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Na verdade, não existe solução mágica a curto prazo. 
Precisamos de uma divisão de renda menos brutal, motivar os 
policiais a executar sua função com dignidade, criar leis que 
acabem com a impunidade dos criminosos bem-sucedidos e 
construir cadeias novas para substituir as velhas.
Enquanto não aprendermos a educar e oferecer medidas 
preventivas para que os pais evitem ter filhos que não serão 
capazes de criar, cabe a nós a responsabilidade de integrá-los 
na sociedade por meio da educação formal de bom nível, das 
práticas esportivas e da oportunidade de desenvolvimento 
artístico.
(Drauzio Varella. In Folha de S.Paulo, 9 mar.2002. Adaptado)
Em – características epidêmicas –, o adjetivo epidêmicas 
corresponde a – características de epidemias.
Assinale a alternativa em que, da mesma forma, o adjetivo 
em destaque corresponde, corretamente, à expressão indicada.
A) água fluvial – água da chuva.
B) produção aurífera – produção de ouro.
C) vida rupestre – vida do campo.
D) notícias brasileiras – notícias de Brasília.
E) costela bovina – costela de porco.
02.Não se pluraliza os adjetivos compostos abaixo, exceto:
A) azul-celeste
B) azul-pavão
C) surda-muda
D) branco-gelo
03.Assinale a única alternativa em que os adjetivos não 
estão no grau superlativo absoluto sintético:
A) Arquimilionário/ ultraconservador;
B) Supremo/ ínfimo;
C) Superamigo/ paupérrimo;
D) Muito amigo/ Bastante pobre
04.Na frase: “Trata-se de um artista originalíssimo”, o 
adjetivo grifado encontra-se no grau:
A) comparativo de superioridade.
B) superlativo absoluto sintético.
C) superlativo relativo de superioridade.
D) comparativo de igualdade.
E) superlativo absoluto analítico.
05.Aponte a alternativa em que o superlativo do adjetivo 
está incorreto:
A) Meu tio está elegantíssimo.
B) Joana, ela é minha amicíssima.
C) Esta panela está cheissíssima de água.
D) A prova foi facílima.
Respostas
1-B / 2-C / 3-D / 4-B / 5-C 
Advérbio
O advérbio, assim como muitas outras palavras existentes 
na Língua Portuguesa, advém de outras línguas. Assim sendo, 
tal qual o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a ideia de proximidade, 
contiguidade. 
Essa proximidade faz referência ao processo verbal, no 
sentido de caracterizá-lo, ou seja, indicando as circunstâncias 
em que esse processo se desenvolve. 
O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no sentido de 
caracterizar os processos expressos por ele. Contudo, ele não 
é modificador exclusivo desta classe (verbos), pois também 
modifica o adjetivo e até outro advérbio. Seguem alguns 
exemplos:
Para quem se diz distantemente alheio a esse assunto, 
você está até bem informado.
Temos o advérbio “distantemente” que modifica o adjetivo 
alheio, representando uma qualidade, característica.
O artista canta muito mal.
Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modifica outro 
advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos pudemos 
verificar que se tratava de somente uma palavra funcionando 
como advérbio. No entanto, ele pode estar demarcado por 
mais de uma palavra, que mesmo assim não deixará de ocupar 
tal função. Temos aí o que chamamos de locução adverbial, 
representada por algumas expressões, tais como: às vezes, sem 
dúvida, frente a frente, de modo algum, entre outras.
Mediante tais postulados, afirma-se que, dependendo das 
circunstâncias expressas pelos advérbios, eles se classificam em 
distintas categorias, uma vez expressas por: 
de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pressas, às 
claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse 
jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado 
a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior parte dos que terminam 
em -mente: calmamente, tristemente, propositadamente, 
pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, 
bondosamente, generosamente
de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em 
excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto, quão, 
tanto, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de 
muito, por completo.
de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora, 
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, 
doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, 
afinal, breve, constantemente, entrementes, imediatamente, 
primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes, 
à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de 
quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, 
em breve, hoje em dia
de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, 
além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, 
longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, 
alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distância, 
à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, 
ao lado, em volta
de negação : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de 
forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum
de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente, 
provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe
de afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto, 
efetivamente, certo, decididamente, realmente, deveras, 
indubitavelmente
de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, 
simplesmente, só, unicamente
de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, também
de ordem: Depois, primeiramente, ultimamente
de designação: Eis
de interrogação: onde?(lugar), como?(modo), 
quando?(tempo), por quê?(causa), quanto?(preço e intensidade), 
para quê?(finalidade)
Locução adverbial 
É reunião de duas ou mais palavras com valor de advérbio. 
Exemplo:
Carlos saiu às pressas. (indicando modo)
Maria saiu à tarde. (indicando tempo)
Há locuções adverbiais que possuem advérbios 
correspondentes. 
Exemplo:
Carlos saiu às pressas. = Carlos saiu apressadamente.
Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de modo são 
flexionados, sendo que os demais são todos invariáveis. A única 
flexão propriamente dita que existe na categoria dos advérbios 
é a de grau:
Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: longe 
- longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente - 
inconstitucionalissimamente, etc;
Diminutivo: diminui a intensidade. 
Exemplos: perto - pertinho, pouco - pouquinho, devagar - 
devagarinho, 
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25Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Questões
01. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – 
VUNESP). Leia os quadrinhos para responder a questão.
(Leila Lauar Sarmento e Douglas Tufano. Português. Volume 
Único)
No primeiro e segundo quadrinhos, estão em destaque dois 
advérbios: AÍ e ainda.
Considerando que advérbio é a palavra que modifica 
um verbo, um outro advérbio ou um adjetivo, expressando 
a circunstância em que determinado fato ocorre, assinale 
a alternativa que classifica, correta e respectivamente, as 
circunstâncias expressas por eles.
A) Lugar e negação.
B) Lugar e tempo.
C) Modo e afirmação.
D)Tempo e tempo.
E) Intensidade e dúvida.
02. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP). Leia o 
texto a seguir.
Impunidade é motor de nova onda de agressões
Repetidos episódios de violência têm sido noticiados nas 
últimas semanas. Dois que chamam a atenção, pela banalidade 
com que foram cometidos, estão gerando ainda uma série de 
repercussões.
Em Natal, um garoto de 19 anos quebrou o braço da 
estudante de direito R.D., 19, em plena balada, porque ela teria 
recusado um beijo. O suposto agressor já responde a uma ação 
penal, por agressão, movida por sua ex-mulher.
No mesmo final de semana, dois amigos que saíam de uma 
boate em São Paulo também foram atacados por dois jovens 
que estavam na mesma balada, e um dos agredidos teve a perna 
fraturada. Esses dois jovens teriam tentado se aproximar, sem 
sucesso, de duas garotas que eram amigas dos rapazes que 
saíam da boate. Um dos suspeitos do ataque alega que tudo não 
passou de um engano e que o rapaz teria fraturado a perna ao 
cair no chão.
Curiosamente, também é possível achar um blog que diz 
que R.D., em Natal, foi quem atacou o jovem e que seu braço se 
quebrou ao cair no chão.
Em ambos os casos, as câmeras dos estabelecimentos 
felizmente comprovam os acontecimentos, e testemunhas vão 
ajudar a polícia na investigação.
O fato é que é difícil acreditar que tanta gente ande se 
quebrando por aí ao cair no chão, não é mesmo? As agressões 
devem ser rigorosamente apuradas e, se houver culpados, que 
eles sejam julgados e condenados.
A impunidade é um dos motores da onda de violência que 
temos visto. O machismo e o preconceito são outros. O perfil 
impulsivo de alguns jovens (amplificado pela bebida e por 
outras substâncias) completa o mecanismo que gera agressões.
Sem interferir nesses elementos, a situação não vai mudar. 
Maior rigor da justiça, educação para a convivência com o outro, 
aumento da tolerância à própria frustração e melhor controle 
sobre os impulsos (é normal levar um “não”, gente!) são alguns 
dos caminhos.
(Jairo Bouer, Folha de S.Paulo, 24.10.2011. Adaptado)
Assinale a alternativa cuja expressão em destaque apresenta 
circunstância adverbial de modo.
A) Repetidos episódios de violência (...) estão gerando ainda 
uma série de repercussões.
B) ...quebrou o braço da estudante de direito R. D., 19, em 
plena balada…
C) Esses dois jovens teriam tentado se aproximar, sem 
sucesso, de duas amigas…
D) Um dos suspeitos do ataque alega que tudo não passou 
de um engano...
E) O fato é que é difícil acreditar que tanta gente ande se 
quebrando por aí…
03. (Agente Educacional – VUNESP). Leia o texto a seguir.
Cultura matemática
Hélio Schwartsman
SÃO PAULO – Saiu mais um estudo mostrando que o ensino 
de matemática no Brasil não anda bem. A pergunta é: podemos 
viver sem dominar o básico da matemática? Durante muito 
tempo, a resposta foi sim. Aqueles que não simpatizavam muito 
com Pitágoras podiam simplesmente escolher carreiras nas 
quais os números não encontravam muito espaço, como direito, 
jornalismo, as humanidades e até a medicina de antigamente.
Como observa Steven Pinker, ainda hoje, nos meios 
universitários, é considerado aceitável que um intelectual se 
vanglorie de ter passado raspando em física e de ignorar o beabá 
da estatística. Mas ai de quem admitir nunca ter lido Joyce ou 
dizer que não gosta de Mozart. Sobre ele recairão olhares tão 
recriminadores quanto sobre o sujeito que assoa o nariz na 
manga da camisa.
Joyce e Mozart são ótimos, mas eles, como quase toda a 
cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida 
prática. Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma 
ponta de desprezo, torna-se cada vez mais fundamental, mesmo 
para quem não pretende ser engenheiro ou seguir carreiras 
técnicas.
Como sobreviver à era do crédito farto sem saber calcular as 
armadilhas que uma taxa de juros pode esconder? Hoje, é difícil 
até posicionar-se de forma racional sobre políticas públicas sem 
assimilar toda a numeralha que idealmente as informa. 
Conhecimentos rudimentares de estatística são pré-requisito 
para compreender as novas pesquisas que trazem informações 
relevantes para nossa saúde e bem-estar.
A matemática está no centro de algumas das mais intrigantes 
especulações cosmológicas da atualidade. Se as equações da 
mecânica quântica indicam que existem universos paralelos, 
isso basta para que acreditemos neles? Ou, no rastro de Eugene 
Wigner, podemos nos perguntar por que a matemática é tão 
eficaz para exprimir as leis da física.
Releia os trechos apresentados a seguir.
- Aqueles que não simpatizavam muito com Pitágoras 
podiam simplesmente escolher carreiras nas quais os números 
não encontravam muito espaço... (1.º parágrafo)
- Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma 
ponta de desprezo, torna-se cada vez mais fundamental...(3.º 
parágrafo)
Os advérbios em destaque nos trechos expressam, correta e 
respectivamente, circunstâncias de
A) afirmação e de intensidade.
B) modo e de tempo.
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26Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
C) modo e de lugar.
D) lugar e de tempo.
E) intensidade e de negação.
Respostas
1-B / 2-C / 3-B 
Interjeição
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, 
sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o 
interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, 
para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas 
mais elaboradas. Observe o exemplo:
Droga! Preste atenção quando eu estou falando!
No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua 
raiva se traduz numa palavra: Droga!
Ele poderia ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou 
simplesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga!
As sentenças da língua costumam se organizar de forma 
lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e os distribui 
em posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por 
outro lado, são uma espécie de “palavra-frase”, ou seja, há uma 
ideia expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras - 
locução interjetiva) que poderia ser colocada em termos de uma 
sentença.
Veja os exemplos:
Bravo! Bis!
bravo e bis: interjeição / sentença (sugestão): «Foi muito 
bom! Repitam!»
Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé...
ai: interjeição / sentença (sugestão): “Isso está doendo!” ou 
“Estou com dor!”
A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em que 
não há uma ideia organizada de maneira lógica, como são as 
sentenças da língua, mas sim a manifestação de um suspiro, 
um estado da alma decorrente de uma situação particular, um 
momento ou um contexto específico. Exemplos:
Ah, como eu queria voltar a ser criança!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição
 
O significado das interjeições está vinculado à maneira 
como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que dita 
o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto de 
enunciação. Exemplos:
Psiu! 
contexto: alguém pronunciando essa expressão na rua; 
significado da interjeição (sugestão): “Estou te chamando! Ei, 
espere!”
Psiu!
contexto: alguém pronunciando essa expressão em um 
hospital; significado da interjeição (sugestão): “Por favor, faça 
silêncio!”
Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
puxa: interjeição; tom da fala: euforia
Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
puxa: interjeição; tom da fala: decepção
 
As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
a) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, 
tristeza, dor, etc.
Você faz o que no Brasil? 
Eu? Eu negocio com madeiras.
Ah, deve ser muito interessante.
b) Sintetizar uma frase apelativa
Cuidado! Saia da minha frente.
As interjeições podem ser formadas por:
a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô.
b) palavras: Oba!, Olá!, Claro!
c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, Ora 
bolas!A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes 
da entonação com que é pronunciada; por isso, pode ocorrer que 
uma interjeição tenha mais de um sentido. Por exemplo:
Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contrariedade) 
 Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria)
Classificação das Interjeições
Comumente, as interjeições expressam sentido de:
- Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!, 
Atenção!, Olha!, Alerta!
- Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô!
- Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva!
- Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah!
- Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!, 
Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca!
- Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!, Boa!
- Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã! 
- Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!, Safa!, 
Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora!
- Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá!
- Desculpa: Perdão!
- Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!, Oh!, 
Eh!
- Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!, Epa!, 
Ora!
- Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!, Quê!, 
Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?, Cruz!, Putz!
- Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!, Raios!, 
Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora!
- Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade!
- Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!, 
Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-me, 
Deus!
- Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio!
- Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh!
Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto é, 
não sofrem variação em gênero, número e grau como os nomes, 
nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz como os 
verbos. No entanto, em uso específico, algumas interjeições 
sofrem variação em grau. Deve-se ter claro, neste caso, que 
não se trata de um processo natural dessa classe de palavra, 
mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite. 
Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho.
Locução Interjetiva
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma 
expressão com sentido de interjeição. Por exemplo
Ora bolas!
Quem me dera!
Virgem Maria!
Meu Deus!
Ai de mim!
Valha-me Deus!
Graças a Deus!
Alto lá!
Muito bem!
Observações:
1) As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. Por 
exemplo:
Ué! = Eu não esperava por essa!
Perdão! = Peço-lhe que me desculpe.
2) Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o seu 
tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes gramaticais 
podem aparecer como interjeições.
Viva! Basta! (Verbos)
Fora! Francamente! (Advérbios)
3) A interjeição pode ser considerada uma “palavra-frase” 
porque sozinha pode constituir uma mensagem.
Socorro!
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27Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Ajudem-me! 
Silêncio!
Fique quieto!
4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitativas, 
que exprimem ruídos e vozes.
Pum! Miau! Bumba! Zás! Plaft! Pof!
Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc.
5) Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com a sua 
homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria, tristeza, etc. 
Faz-se uma pausa depois do” oh!” exclamativo e não a fazemos 
depois do “ó” vocativo.
“Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!» (Olavo Bilac) 
Oh! a jornada negra!» (Olavo Bilac)
6) Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas 
de palavras de outras classes, podem aparecer flexionadas no 
diminutivo ou no superlativo.
Calminha! Adeusinho! Obrigadinho!
Interjeições, leitura e produção de textos
 
Usadas com muita frequência na língua falada informal, 
quando empregadas na língua escrita, as interjeições costumam 
conferir-lhe certo tom inconfundível de coloquialidade. Além 
disso, elas podem muitas vezes indicar traços pessoais do falante 
- como a escassez de vocabulário, o temperamento agressivo ou 
dócil, até mesmo a origem geográfica. É nos textos narrativos - 
particularmente nos diálogos - que comumente se faz uso 
das interjeições com o objetivo de caracterizar personagens 
e, também, graças à sua natureza sintética, agilizar as falas. 
Natureza sintética e conteúdo mais emocional do que 
racional fazem das interjeições presença constante nos textos 
publicitários.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
morf89.php
Numeral
Numeral é a palavra que indica os seres em termos 
numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa 
em determinada sequência.
Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.
[quatro: numeral = atributo numérico de “ingresso”]
Eu quero café duplo, e você?
[duplo: numeral = atributo numérico de “café”]
A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor!
 [primeira: numeral = situa o ser “pessoa” na sequência de 
“fila”]
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que 
os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a 
expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata 
de numerais, mas sim de algarismos.
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a 
ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras 
consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção 
ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par, 
ambos(as), novena.
Classificação dos Numerais
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico: 
um, dois, cem mil, etc.
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada: 
primeiro, segundo, centésimo, etc.
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão 
dos seres: meio, terço, dois quintos, etc.
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos 
seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada: 
dobro, triplo, quíntuplo, etc.
Leitura dos Numerais 
Separando os números em centenas, de trás para frente, 
obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no 
início, também de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos 
usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção “e”.
1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte 
e seis. 
45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte.
Flexão dos numerais
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, 
dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas em 
diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc. 
Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam em número: 
milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais são invariáveis.
Os numerais ordinais variam em gênero e número:
primeiro segundo milésimo
primeira segunda milésima
primeiros segundos milésimos
primeiras segundas milésimas
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam 
em funções substantivas:
Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de produção.
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais 
flexionam-se em gênero e número:
Teve de tomar doses triplas do medicamento.
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. 
Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/duas terças 
partes
Os numerais coletivos flexionam-se em número. Veja: uma 
dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos 
numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sentido. 
É o que ocorre em frases como:
“Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade!
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda 
divisão de futebol)
Emprego dos Numerais
*Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em 
que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e a 
partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do 
substantivo:
Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
Século VIII (oitavo) SéculoXX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
*Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal 
até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
*Ambos/ambas são considerados numerais. Significam “um 
e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são largamente 
empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez 
referência.
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância 
da solidariedade. Ambos agora participam das atividades 
comunitárias de seu bairro.
Obs.: a forma “ambos os dois” é considerada enfática. 
Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.
Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários
um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
nove nono nônuplo nono
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28Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinquenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos
cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos trecentésimo - trecentésimo
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
setecentos septingentésimo - septingentésimo
oitocentos octingentésimo - octingentésimo
novecentos nongentésimo 
 ou noningentésimo - nongentésimo
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão bilionésimo - bilionésimo
Questões
01.Na frase “Nessa carteira só há duas notas de cinco reais” 
temos exemplos de numerais:
A) ordinais;
B) cardinais;
C) fracionários;
D) romanos;
E) Nenhuma das alternativas.
02.Aponte a alternativa em que os numerais estão bem 
empregados.
A) Ao papa Paulo Seis sucedeu João Paulo Primeiro. 
B) Após o parágrafo nono virá o parágrafo décimo.
C) Depois do capítulo sexto, li o capitulo décimo primeiro. 
D) Antes do artigo dez vem o artigo nono.
E) O artigo vigésimo segundo foi revogado.
03. Os ordinais referentes aos números 80, 300, 700 e 90 
são, respectivamente
A) octagésimo, trecentésimo, septingentésirno, 
nongentésimo
B) octogésimo, trecentésimo, septingentésimo, nonagésimo
C) octingentésimo, tricentésimo, septuagésimo, nonagésimo
D) octogésimo, tricentésimo, septuagésimo, nongentésimo
Respostas
1-B / 2-D / 3-B 
Análise Sintática
Oração
Oração: é todo enunciado linguístico dotado de sentido, 
porém há, necessariamente, a presença do verbo. A oração 
encerra uma frase (ou segmento de frase), várias frases ou um 
período, completando um pensamento e concluindo o enunciado 
através de ponto final, interrogação, exclamação e, em alguns 
casos, através de reticências.
Em toda oração há um verbo ou locução verbal (às vezes 
elípticos). Não têm estrutura sintática, portanto não são orações, 
não podem ser analisadas sintaticamente frases como:
Socorro!
Com licença!
Que rapaz impertinente!
Muito riso, pouco siso.
“A bênção, mãe Nácia!” (Raquel de Queirós)
Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como 
partes de um conjunto harmônico: elas formam os termos 
ou as unidades sintáticas da oração. Cada termo da oração 
desempenha uma função sintática. Geralmente apresentam dois 
grupos de palavras: um grupo sobre o qual se declara alguma 
coisa (o sujeito), e um grupo que apresenta uma declaração (o 
predicado), e, excepcionalmente, só o predicado. Exemplo:
A menina banhou-se na cachoeira.
A menina – sujeito
banhou-se na cachoeira – predicado
Choveu durante a noite. (a oração toda predicado)
O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em 
número e pessoa. É normalmente o «ser de quem se declara 
algo», «o tema do que se vai comunicar».
O predicado é a parte da oração que contém “a informação 
nova para o ouvinte”. Normalmente, ele se refere ao sujeito, 
constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito.
Observe: O amor é eterno. O tema, o ser de quem se declara 
algo, o sujeito, é “O amor”. A declaração referente a “o amor”, ou 
seja, o predicado, é «é eterno».
Já na frase: Os rapazes jogam futebol. O sujeito é “Os rapazes”, 
que identificamos por ser o termo que concorda em número e 
pessoa com o verbo “jogam”. O predicado é “jogam futebol”. 
Núcleo de um termo é a palavra principal (geralmente um 
substantivo, pronome ou verbo), que encerra a essência de 
sua significação. Nos exemplos seguintes, as palavras amigo e 
revestiu são o núcleo do sujeito e do predicado, respectivamente:
“O amigo retardatário do presidente prepara-se para 
desembarcar.” (Aníbal Machado)
A avezinha revestiu o interior do ninho com macias plumas.
Os termos da oração da língua portuguesa são classificados 
em três grandes níveis:
- Termos Essenciais da Oração: Sujeito e Predicado.
- Termos Integrantes da Oração: Complemento Nominal e 
Complementos Verbais (Objeto Direto, Objeto indireto e Agente 
da Passiva).
- Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, 
Adjunto Adverbial, Aposto e Vocativo.
Termos Essenciais da Oração: São dois os termos essenciais 
(ou fundamentais) da oração: sujeito e predicado. Exemplos:
Sujeito Predicado
Pobreza não é vileza.
Os sertanistas capturavam os índios.
Um vento áspero sacudia as árvores.
Sujeito: é equivocado dizer que o sujeito é aquele que pratica 
uma ação ou é aquele (ou aquilo) do qual se diz alguma coisa. Ao 
fazer tal afirmação estamos considerando o aspecto semântico 
do sujeito (agente de uma ação) ou o seu aspecto estilístico 
(o tópico da sentença). Já que o sujeito é depreendido de uma 
análise sintática, vamos restringir a definição apenas ao seu 
papel sintático na sentença: aquele que estabelece concordância 
com o núcleo do predicado. Quando se trata de predicado verbal, 
o núcleo é sempre um verbo; sendo um predicado nominal, o 
núcleo é sempre um nome. Então têm por características básicas:
- estabelecer concordância com o núcleo do predicado;
- apresentar-se como elemento determinante em relação ao 
predicado;
- constituir-se de um substantivo, ou pronome substantivo 
ou, ainda, qualquer palavra substantivada.
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29Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Exemplos: 
A padaria está fechada hoje. 
está fechada hoje: predicado nominal
fechada: nome adjetivo = núcleo do predicado
a padaria: sujeito
padaria: núcleo do sujeito - nome feminino singular
Nós mentimos sobre nossa idade para você. 
mentimos sobre nossa idade para você: predicado verbal
mentimos: verbo = núcleo do predicado
nós: sujeito
No interior de uma sentença, o sujeito é o termo determinante, 
ao passo que o predicado é o termo determinado. Essa posiçãode determinante do sujeito em relação ao predicado adquire 
sentido com o fato de ser possível, na língua portuguesa, uma 
sentença sem sujeito, mas nunca uma sentença sem predicado.
Exemplos: 
As formigas invadiram minha casa. 
as formigas: sujeito = termo determinante
invadiram minha casa: predicado = termo determinado
Há formigas na minha casa. 
há formigas na minha casa: predicado = termo determinado
sujeito: inexistente
O sujeito sempre se manifesta em termos de sintagma 
nominal, isto é, seu núcleo é sempre um nome. Quando esse 
nome se refere a objetos das primeira e segunda pessoas, o 
sujeito é representado por um pronome pessoal do caso reto (eu, 
tu, ele, etc.). Se o sujeito se refere a um objeto da terceira pessoa, 
sua representação pode ser feita através de um substantivo, de 
um pronome substantivo ou de qualquer conjunto de palavras, 
cujo núcleo funcione, na sentença, como um substantivo.
Exemplos: 
Eu acompanho você até o guichê. 
eu: sujeito = pronome pessoal de primeira pessoa
Vocês disseram alguma coisa? 
vocês: sujeito = pronome pessoal de segunda pessoa
Marcos tem um fã-clube no seu bairro. 
Marcos: sujeito = substantivo próprio
Ninguém entra na sala agora. 
ninguém: sujeito = pronome substantivo
O andar deve ser uma atividade diária. 
o andar: sujeito = núcleo: verbo substantivado nessa oração
Além dessas formas, o sujeito também pode se constituir 
de uma oração inteira. Nesse caso, a oração recebe o nome de 
oração substantiva subjetiva: 
É difícil optar por esse ou aquele doce...
É difícil: oração principal
optar por esse ou aquele doce: oração substantiva subjetiva
O sujeito é constituído por um substantivo ou pronome, ou 
por uma palavra ou expressão substantivada. Exemplos:
O sino era grande.
Ela tem uma educação fina.
Vossa Excelência agiu com imparcialidade.
Isto não me agrada.
O núcleo (isto é, a palavra base) do sujeito é, pois, um 
substantivo ou pronome. Em torno do núcleo podem aparecer 
palavras secundárias (artigos, adjetivos, locuções adjetivas, etc.).
 Exemplo: “Todos os ligeiros rumores da mata tinham uma 
voz para a selvagem filha do sertão.” (José de Alencar)
O sujeito pode ser:
Simples: quando tem um só núcleo: As rosas têm espinhos; 
“Um bando de galinhas-d’angola atravessa a rua em fila indiana.”
Composto: quando tem mais de um núcleo: “O burro e o 
cavalo nadavam ao lado da canoa.” 
Expresso: quando está explícito, enunciado: Eu viajarei 
amanhã.
Oculto (ou elíptico): quando está implícito, isto é, quando 
não está expresso, mas se deduz do contexto: Viajarei amanhã. 
(sujeito: eu, que se deduz da desinência do verbo); “Um soldado 
saltou para a calçada e aproximou-se.” (o sujeito, soldado, está 
expresso na primeira oração e elíptico na segunda: e (ele) 
aproximou-se.); Crianças, guardem os brinquedos. (sujeito: 
vocês)
Agente: se faz a ação expressa pelo verbo da voz ativa: O Nilo 
fertiliza o Egito.
Paciente: quando sofre ou recebe os efeitos da ação expressa 
pelo verbo passivo: O criminoso é atormentado pelo remorso; 
Muitos sertanistas foram mortos pelos índios; Construíram-se 
açudes. (= Açudes foram construídos.) 
Agente e Paciente: quando o sujeito realiza a ação expressa 
por um verbo reflexivo e ele mesmo sofre ou recebe os efeitos 
dessa ação: O operário feriu-se durante o trabalho; Regina 
trancou-se no quarto.
Indeterminado: quando não se indica o agente da ação 
verbal: Atropelaram uma senhora na esquina. (Quem atropelou 
a senhora? Não se diz, não se sabe quem a atropelou.); Come-se 
bem naquele restaurante.
Observações:
- Não confundir sujeito indeterminado com sujeito oculto.
- Sujeito formado por pronome indefinido não é 
indeterminado, mas expresso: Alguém me ensinará o caminho. 
Ninguém lhe telefonou.
- Assinala-se a indeterminação do sujeito usando-se o 
verbo na 3ª pessoa do plural, sem referência a qualquer agente 
já expresso nas orações anteriores: Na rua olhavam-no com 
admiração; “Bateram palmas no portãozinho da frente.”; “De 
qualquer modo, foi uma judiação matarem a moça.”
- Assinala-se a indeterminação do sujeito com um verbo 
ativo na 3ª pessoa do singular, acompanhado do pronome se. O 
pronome se, neste caso, é índice de indeterminação do sujeito. 
Pode ser omitido junto de infinitivos.
Aqui vive-se bem.
Devagar se vai ao longe.
Quando se é jovem, a memória é mais vivaz.
Trata-se de fenômenos que nem a ciência sabe explicar.
- Assinala-se a indeterminação do sujeito deixando-se o 
verbo no infinitivo impessoal: Era penoso carregar aqueles 
fardos enormes; É triste assistir a estas cenas repulsivas.
Normalmente, o sujeito antecede o predicado; todavia, a 
posposição do sujeito ao verbo é fato corriqueiro em nossa 
língua. 
Exemplos:
É fácil este problema!
Vão-se os anéis, fiquem os dedos.
“Breve desapareceram os dois guerreiros entre as árvores.” 
(José de Alencar)
“Foi ouvida por Deus a súplica do condenado.” (Ramalho 
Ortigão)
“Mas terás tu paciência por duas horas?” (Camilo Castelo 
Branco)
Sem Sujeito: constituem a enunciação pura e absoluta de um 
fato, através do predicado; o conteúdo verbal não é atribuído a 
nenhum ser. São construídas com os verbos impessoais, na 3ª 
pessoa do singular: Havia ratos no porão; Choveu durante o jogo.
Observação: São verbos impessoais: Haver (nos sentidos 
de existir, acontecer, realizar-se, decorrer), Fazer, passar, ser 
e estar, com referência ao tempo e Chover, ventar, nevar, gear, 
relampejar, amanhecer, anoitecer e outros que exprimem 
fenômenos meteorológicos.
Predicado: assim como o sujeito, o predicado é um 
segmento extraído da estrutura interna das orações ou das 
frases, sendo, por isso, fruto de uma análise sintática. Nesse 
sentido, o predicado é sintaticamente o segmento linguístico 
que estabelece concordância com outro termo essencial 
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30Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
da oração, o sujeito, sendo este o termo determinante (ou 
subordinado) e o predicado o termo determinado (ou principal). 
Não se trata, portanto, de definir o predicado como “aquilo 
que se diz do sujeito” como fazem certas gramáticas da língua 
portuguesa, mas sim estabelecer a importância do fenômeno 
da concordância entre esses dois termos essenciais da oração. 
Então têm por características básicas: apresentar-se como 
elemento determinado em relação ao sujeito; apontar um 
atributo ou acrescentar nova informação ao sujeito.
Exemplos:
Carolina conhece os índios da Amazônia. 
sujeito: Carolina = termo determinante
predicado: conhece os índios da Amazônia = termo 
determinado
Todos nós fazemos parte da quadrilha de São João. 
sujeito: todos nós = termo determinante
predicado: fazemos parte da quadrilha de São João = termo 
determinado
Nesses exemplos podemos observar que a concordância é 
estabelecida entre algumas poucas palavras dos dois termos 
essenciais. No primeiro exemplo, entre “Carolina” e “conhece”; 
no segundo exemplo, entre “nós” e “fazemos”. Isso se dá porque 
a concordância é centrada nas palavras que são núcleos, isto 
é, que são responsáveis pela principal informação naquele 
segmento. No predicado o núcleo pode ser de dois tipos: um 
nome, quase sempre um atributo que se refere ao sujeito da 
oração, ou um verbo (ou locução verbal). No primeiro caso, 
temos um predicado nominal (seu núcleo significativo é um 
nome, substantivo, adjetivo, pronome, ligado ao sujeito por 
um verbo de ligação) e no segundo um predicado verbal (seu 
núcleo é um verbo, seguido, ou não, de complemento(s) ou 
termos acessórios). Quando, num mesmo segmento o nome e o 
verbo são de igual importância, ambos constituem o núcleo do 
predicado e resultam no tipo de predicado verbo-nominal (tem 
dois núcleos significativos: um verbo e um nome). Exemplos:
Minha empregada é desastrada. 
predicado: é desastrada
núcleo do predicado: desastrada = atributo do sujeito
tipo de predicado: nominal
O núcleo do predicado nominal chama-se predicativo 
do sujeito,porque atribui ao sujeito uma qualidade ou 
característica. Os verbos de ligação (ser, estar, parecer, etc.) 
funcionam como um elo entre o sujeito e o predicado.
A empreiteira demoliu nosso antigo prédio. 
predicado: demoliu nosso antigo prédio
núcleo do predicado: demoliu = nova informação sobre o 
sujeito
tipo de predicado: verbal
Os manifestantes desciam a rua desesperados. 
predicado: desciam a rua desesperados
núcleos do predicado: desciam = nova informação sobre o 
sujeito; desesperados = atributo do sujeito
tipo de predicado: verbo-nominal
Nos predicados verbais e verbo-nominais o verbo é 
responsável também por definir os tipos de elementos que 
aparecerão no segmento. Em alguns casos o verbo sozinho basta 
para compor o predicado (verbo intransitivo). Em outros casos 
é necessário um complemento que, juntamente com o verbo, 
constituem a nova informação sobre o sujeito. De qualquer 
forma, esses complementos do verbo não interferem na tipologia 
do predicado.
Entretanto, é muito comum a elipse (ou omissão) do verbo, 
quando este puder ser facilmente subentendido, em geral por 
estar expresso ou implícito na oração anterior. Exemplos:
“A fraqueza de Pilatos é enorme, a ferocidade dos algozes 
inexcedível.” (Machado de Assis) (Está subentendido o verbo é 
depois de algozes)
“Mas o sal está no Norte, o peixe, no Sul” (Paulo Moreira da 
Silva) (Subentende-se o verbo está depois de peixe)
“A cidade parecia mais alegre; o povo, mais contente.” (Povina 
Cavalcante) (isto é: o povo parecia mais contente)
Chama-se predicação verbal o modo pelo qual o verbo 
forma o predicado.
Há verbos que, por natureza, tem sentido completo, 
podendo, por si mesmos, constituir o predicado: são os verbos 
de predicação completa denominados intransitivos. Exemplo:
As flores murcharam.
Os animais correm.
As folhas caem.
“Os inimigos de Moreiras rejubilaram.” (Graciliano Ramos)
Outros verbos há, pelo contrário, que para integrarem 
o predicado necessitam de outros termos: são os verbos de 
predicação incompleta, denominados transitivos. Exemplos:
João puxou a rede.
“Não invejo os ricos, nem aspiro à riqueza.” (Oto Lara 
Resende)
“Não simpatizava com as pessoas investidas no poder.” 
(Camilo Castelo Branco)
Observe que, sem os seus complementos, os verbos puxou, 
invejo, aspiro, etc., não transmitiriam informações completas: 
puxou o quê? Não invejo a quem? Não aspiro a quê?
Os verbos de predicação completa denominam-se 
intransitivos e os de predicação incompleta, transitivos. Os 
verbos transitivos subdividem-se em: transitivos diretos, 
transitivos indiretos e transitivos diretos e indiretos 
(bitransitivos).
Além dos verbos transitivos e intransitivos, quem encerram 
uma noção definida, um conteúdo significativo, existem os de 
ligação, verbos que entram na formação do predicado nominal, 
relacionando o predicativo com o sujeito.
Quanto à predicação classificam-se, pois os verbos em:
Intransitivos: são os que não precisam de complemento, 
pois têm sentido completo.
“Três contos bastavam, insistiu ele.” (Machado de Assis)
“Os guerreiros Tabajaras dormem.” (José de Alencar)
“A pobreza e a preguiça andam sempre em companhia.” 
(Marquês de Maricá)
Observações: Os verbos intransitivos podem vir 
acompanhados de um adjunto adverbial e mesmo de um 
predicativo (qualidade, características): Fui cedo; Passeamos 
pela cidade; Cheguei atrasado; Entrei em casa aborrecido. 
As orações formadas com verbos intransitivos não podem 
“transitar” (= passar) para a voz passiva. Verbos intransitivos 
passam, ocasionalmente, a transitivos quando construídos com 
o objeto direto ou indireto.
- “Inutilmente a minha alma o chora!” (Cabral do Nascimento)
- “Depois me deitei e dormi um sono pesado.” (Luís Jardim)
- “Morrerás morte vil da mão de um forte.” (Gonçalves Dias)
- “Inútil tentativa de viajar o passado, penetrar no mundo 
que já morreu...” (Ciro dos Anjos)
Alguns verbos essencialmente intransitivos: anoitecer, 
crescer, brilhar, ir, agir, sair, nascer, latir, rir, tremer, brincar, 
chegar, vir, mentir, suar, adoecer, etc.
Transitivos Diretos: são os que pedem um objeto direto, isto 
é, um complemento sem preposição. Pertencem a esse grupo: 
julgar, chamar, nomear, eleger, proclamar, designar, considerar, 
declarar, adotar, ter, fazer, etc. Exemplos:
Comprei um terreno e construí a casa.
“Trabalho honesto produz riqueza honrada.” (Marquês de 
Maricá)
“Então, solenemente Maria acendia a lâmpada de sábado.” 
(Guedes de Amorim)
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31Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Dentre os verbos transitivos diretos merecem destaque os 
que formam o predicado verbo nominal e se constrói com o 
complemento acompanhado de predicativo. Exemplos:
Consideramos o caso extraordinário.
Inês trazia as mãos sempre limpas.
O povo chamava-os de anarquistas.
Julgo Marcelo incapaz disso.
Observações: Os verbos transitivos diretos, em geral, podem 
ser usados também na voz passiva; Outra característica desses 
verbos é a de poderem receber como objeto direto, os pronomes 
o, a, os, as: convido-o, encontro-os, incomodo-a, conheço-as; Os 
verbos transitivos diretos podem ser construídos acidentalmente 
com preposição, a qual lhes acrescenta novo matiz semântico: 
arrancar da espada; puxar da faca; pegar de uma ferramenta; 
tomar do lápis; cumprir com o dever; Alguns verbos transitivos 
diretos: abençoar, achar, colher, avisar, abraçar, comprar, 
castigar, contrariar, convidar, desculpar, dizer, estimar, elogiar, 
entristecer, encontrar, ferir, imitar, levar, perseguir, prejudicar, 
receber, saldar, socorrer, ter, unir, ver, etc.
Transitivos Indiretos: são os que reclamam um 
complemento regido de preposição, chamado objeto indireto. 
Exemplos:
“Ninguém perdoa ao quarentão que se apaixona por uma 
adolescente.” (Ciro dos Anjos)
“Populares assistiam à cena aparentemente apáticos e 
neutros.” (Érico Veríssimo)
“Lúcio não atinava com essa mudança instantânea.” (José 
Américo)
“Do que eu mais gostava era do tempo do retiro espiritual.” 
(José Geraldo Vieira)
Observações: Entre os verbos transitivos indiretos importa 
distinguir os que se constroem com os pronomes objetivos lhe, 
lhes. Em geral são verbos que exigem a preposição a: agradar-lhe, 
agradeço-lhe, apraz-lhe, bate-lhe, desagrada-lhe, desobedecem-
lhe, etc. Entre os verbos transitivos indiretos importa distinguir 
os que não admitem para objeto indireto as formas oblíquas 
lhe, lhes, construindo-se com os pronomes retos precedidos de 
preposição: aludir a ele, anuir a ele, assistir a ela, atentar nele, 
depender dele, investir contra ele, não ligar para ele, etc. 
Em princípio, verbos transitivos indiretos não comportam 
a forma passiva. Excetuam-se pagar, perdoar, obedecer, e 
pouco mais, usados também como transitivos diretos: João 
paga (perdoa, obedece) o médico. O médico é pago (perdoado, 
obedecido) por João. Há verbos transitivos indiretos, como 
atirar, investir, contentar-se, etc., que admitem mais de uma 
preposição, sem mudança de sentido. Outros mudam de sentido 
com a troca da preposição, como nestes exemplos: Trate de sua 
vida. (tratar=cuidar). É desagradável tratar com gente grosseira. 
(tratar=lidar). Verbos como aspirar, assistir, dispor, servir, etc., 
variam de significação conforme sejam usados como transitivos 
diretos ou indiretos.
Transitivos Diretos e Indiretos: são os que se usam com 
dois objetos: um direto, outro indireto, concomitantemente. 
Exemplos:
No inverno, Dona Cléia dava roupas aos pobres.
A empresa fornece comida aos trabalhadores.
Oferecemos flores à noiva.
Ceda o lugar aos mais velhos.
De Ligação: Os que ligam ao sujeito uma palavra ou 
expressão chamada predicativo. Esses verbos, entram na 
formação do predicado nominal. Exemplos:
A Terra é móvel.
A água está fria.
O moço anda (=está) triste.
Mário encontra-se doente.
A Lua parecia um disco.
Observações: Os verbos de ligação não servem apenas de 
anexo,mas exprimem ainda os diversos aspectos sob os quais 
se considera a qualidade atribuída ao sujeito. O verbo ser, por 
exemplo, traduz aspecto permanente e o verbo estar, aspecto 
transitório: Ele é doente. (aspecto permanente); Ele está doente. 
(aspecto transitório). Muito desses verbos passam à categoria 
dos intransitivos em frases como: Era =existia) uma vez uma 
princesa.; Eu não estava em casa.; Fiquei à sombra.; Anda com 
dificuldades.; Parece que vai chover.
Os verbos, relativamente à predicação, não têm classificação 
fixa, imutável. Conforme a regência e o sentido que apresentam 
na frase, podem pertencer ora a um grupo, ora a outro. Exemplos:
O homem anda. (intransitivo)
O homem anda triste. (de ligação)
O cego não vê. (intransitivo)
O cego não vê o obstáculo. (transitivo direto)
Deram 12 horas. (intransitivo)
A terra dá bons frutos. (transitivo direto)
Não dei com a chave do enigma. (transitivo indireto)
Os pais dão conselhos aos filhos. (transitivo direto e indireto)
Predicativo: Há o predicativo do sujeito e o predicativo do 
objeto.
Predicativo do Sujeito: é o termo que exprime um atributo, 
um estado ou modo de ser do sujeito, ao qual se prende por um 
verbo de ligação, no predicado nominal. Exemplos:
A bandeira é o símbolo da Pátria.
A mesa era de mármore.
O mar estava agitado.
A ilha parecia um monstro.
Além desse tipo de predicativo, outro existe que entra na 
constituição do predicado verbo-nominal. Exemplos:
O trem chegou atrasado. (=O trem chegou e estava 
atrasado.)
O menino abriu a porta ansioso.
Todos partiram alegres.
Marta entrou séria.
Observações: O predicativo subjetivo às vezes está 
preposicionado; Pode o predicativo preceder o sujeito e até 
mesmo ao verbo: São horríveis essas coisas!; Que linda 
estava Amélia!; Completamente feliz ninguém é.; Raros são os 
verdadeiros líderes.; Quem são esses homens?; Lentos e tristes, 
os retirantes iam passando.; Novo ainda, eu não entendia certas 
coisas.; Onde está a criança que fui?
Predicativo do Objeto: é o termo que se refere ao objeto de 
um verbo transitivo. Exemplos:
O juiz declarou o réu inocente.
O povo elegeu-o deputado.
As paixões tornam os homens cegos.
Nós julgamos o fato milagroso.
Observações: O predicativo objetivo, como vemos dos 
exemplos acima, às vezes vem regido de preposição. Esta, em 
certos casos, é facultativa; O predicativo objetivo geralmente 
se refere ao objeto direto. Excepcionalmente, pode referir-se 
ao objeto indireto do verbo chamar. Chamavam-lhe poeta; 
Podemos antepor o predicativo a seu objeto: O advogado 
considerava indiscutíveis os direitos da herdeira.; Julgo 
inoportuna essa viagem.; “E até embriagado o vi muitas 
vezes.”; “Tinha estendida a seus pés uma planta rústica da 
cidade.”; “Sentia ainda muito abertos os ferimentos que aquele 
choque com o mundo me causara.”
Termos Integrantes da Oração
Chamam-se termos integrantes da oração os que completam 
a significação transitiva dos verbos e nomes. Integram (inteiram, 
completam) o sentido da oração, sendo por isso indispensável à 
compreensão do enunciado. São os seguintes:
- Complemento Verbais (Objeto Direto e Objeto Indireto);
- Complemento Nominal;
- Agente da Passiva.
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32Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Objeto Direto: é o complemento dos verbos de predicação 
incompleta, não regido, normalmente, de preposição. Exemplos:
As plantas purificaram o ar.
“Nunca mais ele arpoara um peixe-boi.” (Ferreira Castro)
Procurei o livro, mas não o encontrei.
Ninguém me visitou.
O objeto direto tem as seguintes características:
- Completa a significação dos verbos transitivos diretos;
- Normalmente, não vem regido de preposição;
- Traduz o ser sobre o qual recai a ação expressa por um 
verbo ativo: Caim matou Abel.
- Torna-se sujeito da oração na voz passiva: Abel foi morto 
por Caim.
O objeto direto pode ser constituído:
- Por um substantivo ou expressão substantivada: O lavrador 
cultiva a terra.; Unimos o útil ao agradável.
- Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos: 
Espero-o na estação.; Estimo-os muito.; Sílvia olhou-se ao 
espelho.; Não me convidas?; Ela nos chama.; Avisamo-lo a 
tempo.; Procuram-na em toda parte.; Meu Deus, eu vos amo.; 
“Marchei resolutamente para a maluca e intimei-a a ficar 
quieta.”; “Vós haveis de crescer, perder-vos-ei de vista.”
- Por qualquer pronome substantivo: Não vi ninguém na 
loja.; A árvore que plantei floresceu. (que: objeto direto de 
plantei); Onde foi que você achou isso? Quando vira as folhas do 
livro, ela o faz com cuidado.; “Que teria o homem percebido nos 
meus escritos?”
Frequentemente transitivam-se verbos intransitivos, dando-
se-lhes por objeto direto uma palavra cognata ou da mesma 
esfera semântica:
“Viveu José Joaquim Alves vida tranquila e patriarcal.” 
(Vivaldo Coaraci)
“Pela primeira vez chorou o choro da tristeza.” (Aníbal 
Machado)
“Nenhum de nós pelejou a batalha de Salamina.” (Machado 
de Assis)
Em tais construções é de rigor que o objeto venha 
acompanhado de um adjunto.
Objeto Direto Preposicionado: Há casos em que o objeto 
direto, isto é, o complemento de verbos transitivos diretos, vem 
precedido de preposição, geralmente a preposição a. Isto ocorre 
principalmente:
- Quando o objeto direto é um pronome pessoal tônico: 
Deste modo, prejudicas a ti e a ela.; “Mas dona Carolina amava 
mais a ele do que aos outros filhos.”; “Pareceu-me que Roberto 
hostilizava antes a mim do que à ideia.”; “Ricardina lastimava o 
seu amigo como a si própria.”; “Amava-a tanto como a nós”.
- Quando o objeto é o pronome relativo quem: “Pedro 
Severiano tinha um filho a quem idolatrava.”; “Abraçou a todos; 
deu um beijo em Adelaide, a quem felicitou pelo desenvolvimento 
das suas graças.”; “Agora sabia que podia manobrar com ele, com 
aquele homem a quem na realidade também temia, como todos 
ali”.
- Quando precisamos assegurar a clareza da frase, evitando 
que o objeto direto seja tomado como sujeito, impedindo 
construções ambíguas: Convence, enfim, ao pai o filho amado.; 
“Vence o mal ao remédio.”; “Tratava-me sem cerimônia, como a 
um irmão.”; A qual delas iria homenagear o cavaleiro? 
- Em expressões de reciprocidade, para garantir a clareza e a 
eufonia da frase: “Os tigres despedaçam-se uns aos outros.”; “As 
companheiras convidavam-se umas às outras.”; “Era o abraço de 
duas criaturas que só tinham uma à outra”.
- Com nomes próprios ou comuns, referentes a pessoas, 
principalmente na expressão dos sentimentos ou por amor da 
eufonia da frase: Judas traiu a Cristo.; Amemos a Deus sobre 
todas as coisas. “Provavelmente, enganavam é a Pedro.”; “O 
estrangeiro foi quem ofendeu a Tupã”. 
- Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o objeto 
direto para dar-lhe realce: A você é que não enganam!; Ao 
médico, confessor e letrado nunca enganes.; “A este confrade 
conheço desde os seus mais tenros anos”.
- Sendo objeto direto o numeral ambos(as): “O aguaceiro 
caiu, molhou a ambos.”; “Se eu previsse que os matava a 
ambos...”.
- Com certos pronomes indefinidos, sobretudo referentes a 
pessoas: Se todos são teus irmãos, por que amas a uns e odeias a 
outros?; Aumente a sua felicidade, tornando felizes também aos 
outros.; A quantos a vida ilude!. 
- Em certas construções enfáticas, como puxar (ou arrancar) 
da espada, pegar da pena, cumprir com o dever, atirar com os 
livros sobre a mesa, etc.: “Arrancam das espadas de aço fino...”; 
“Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou 
da linha, enfiou a linha na agulha e entrou a coser.”; “Imagina-se 
a consternação de Itaguaí, quando soube do caso.”
Observações: Nos quatro primeiros casos estudados a 
preposição é de rigor, nos cinco outros, facultativa; A substituição 
do objeto direto preposicionado pelo pronome oblíquo átono, 
quando possível, se faz com as formas o(s), a(s) e não lhe, 
lhes: amar a Deus (amá-lo); convencer ao amigo (convencê-
lo); O objetodireto preposicionado, é obvio, só ocorre com 
verbo transitivo direto; Podem resumir-se em três as razões 
ou finalidades do emprego do objeto direto preposicionado: 
a clareza da frase; a harmonia da frase; a ênfase ou a força da 
expressão.
Objeto Direto Pleonástico: Quando queremos dar destaque 
ou ênfase à ideia contida no objeto direto, colocamo-lo no 
início da frase e depois o repetimos ou reforçamos por meio do 
pronome oblíquo. A esse objeto repetido sob forma pronominal 
chama-se pleonástico, enfático ou redundante. Exemplos:
O dinheiro, Jaime o trazia escondido nas mangas da camisa.
O bem, muitos o louvam, mas poucos o seguem.
“Seus cavalos, ela os montava em pelo.” (Jorge Amado)
Objeto Indireto: É o complemento verbal regido de 
preposição necessária e sem valor circunstancial. Representa, 
ordinariamente, o ser a que se destina ou se refere à ação verbal: 
“Nunca desobedeci a meu pai”. O objeto indireto completa a 
significação dos verbos:
- Transitivos Indiretos: Assisti ao jogo; Assistimos à missa e 
à festa; Aludiu ao fato; Aspiro a uma vida calma.
- Transitivos Diretos e Indiretos (na voz ativa ou passiva): 
Dou graças a Deus; Ceda o lugar aos mais velhos; Dedicou sua 
vida aos doentes e aos pobres; Disse-lhe a verdade. (Disse a 
verdade ao moço.)
O objeto indireto pode ainda acompanhar verbos de outras 
categorias, os quais, no caso, são considerados acidentalmente 
transitivos indiretos: A bom entendedor meia palavra basta; 
Sobram-lhe qualidades e recursos. (lhe=a ele); Isto não lhe 
convém; A proposta pareceu-lhe aceitável.
Observações: Há verbos que podem construir-se com dois 
objetos indiretos, regidos de preposições diferentes: Rogue a 
Deus por nós.; Ela queixou-se de mim a seu pai.; Pedirei para 
ti a meu senhor um rico presente; Não confundir o objeto direto 
com o complemento nominal nem com o adjunto adverbial; Em 
frases como “Para mim tudo eram alegrias”, “Para ele nada é 
impossível”, os pronomes em destaque podem ser considerados 
adjuntos adverbiais.
O objeto indireto é sempre regido de preposição, expressa 
ou implícita. A preposição está implícita nos pronomes objetivos 
indiretos (átonos) me, te, se, lhe, nos, vos, lhes. Exemplos: 
Obedece-me. (=Obedece a mim.); Isto te pertence. (=Isto 
pertence a ti.); Rogo-lhe que fique. (=Rogo a você...); Peço-
vos isto. (=Peço isto a vós.). Nos demais casos a preposição é 
expressa, como característica do objeto indireto: Recorro a 
Deus.; Dê isto a (ou para) ele.; Contenta-se com pouco.; Ele 
só pensa em si.; Esperei por ti.; Falou contra nós.; Conto com 
você.; Não preciso disto.; O filme a que assisti agradou ao 
público.; Assisti ao desenrolar da luta.; A coisa de que mais 
gosto é pescar.; A pessoa a quem me refiro você a conhece.; Os 
obstáculos contra os quais luto são muitos.; As pessoas com 
quem conto são poucas.
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33Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Como atestam os exemplos acima, o objeto indireto é 
representado pelos substantivos (ou expressões substantivas) 
ou pelos pronomes. As preposições que o ligam ao verbo são: a, 
com, contra, de, em, para e por.
Objeto Indireto Pleonástico: à semelhança do objeto direto, 
o objeto indireto pode vir repetido ou reforçado, por ênfase. 
Exemplos: “A mim o que me deu foi pena.”; “Que me importa 
a mim o destino de uma mulher tísica...? “E, aos brigões, 
incapazes de se moverem, basta-lhes xingarem-se a distância.”
Complemento Nominal: é o termo complementar reclamado 
pela significação transitiva, incompleta, de certos substantivos, 
adjetivos e advérbios. Vem sempre regido de preposição. 
Exemplos: A defesa da pátria; Assistência às aulas; “O ódio ao 
mal é amor do bem, e a ira contra o mal, entusiasmo divino.”; 
“Ah, não fosse ele surdo à minha voz!” 
Observações: O complemento nominal representa o 
recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um 
nome: amor a Deus, a condenação da violência, o medo de 
assaltos, a remessa de cartas, útil ao homem, compositor 
de músicas, etc. É regido pelas mesmas preposições usadas 
no objeto indireto. Difere deste apenas porque, em vez de 
complementar verbos, complementa nomes (substantivos, 
adjetivos) e alguns advérbios em –mente. Os nomes que 
requerem complemento nominal correspondem, geralmente, a 
verbos de mesmo radical: amor ao próximo, amar o próximo; 
perdão das injúrias, perdoar as injúrias; obediente aos pais, 
obedecer aos pais; regresso à pátria, regressar à pátria; etc.
Agente da Passiva: é o complemento de um verbo na voz 
passiva. Representa o ser que pratica a ação expressa pelo verbo 
passivo. Vem regido comumente pela preposição por, e menos 
frequentemente pela preposição de: Alfredo é estimado pelos 
colegas; A cidade estava cercada pelo exército romano; “Era 
conhecida de todo mundo a fama de suas riquezas.”
O agente da passiva pode ser expresso pelos substantivos ou 
pelos pronomes:
As flores são umedecidas pelo orvalho.
A carta foi cuidadosamente corrigida por mim.
Muitos já estavam dominados por ele.
O agente da passiva corresponde ao sujeito da oração na voz 
ativa:
A rainha era chamada pela multidão. (voz passiva)
A multidão aclamava a rainha. (voz ativa)
Ele será acompanhado por ti. (voz passiva)
Tu o acompanharás. (voz ativa)
Observações: 
Frase de forma passiva analítica sem complemento agente 
expresso, ao passar para a ativa, terá sujeito indeterminado 
e o verbo na 3ª pessoa do plural: Ele foi expulso da cidade. 
(Expulsaram-no da cidade.); As florestas são devastadas. 
(Devastam as florestas.); Na passiva pronominal não se declara 
o agente: Nas ruas assobiavam-se as canções dele pelos 
pedestres. (errado); Nas ruas eram assobiadas as canções dele 
pelos pedestres. (certo); Assobiavam-se as canções dele nas 
ruas. (certo)
Termos Acessórios da Oração
Termos acessórios são os que desempenham na oração 
uma função secundária, qual seja a de caracterizar um ser, 
determinar os substantivos, exprimir alguma circunstância. São 
três os termos acessórios da oração: adjunto adnominal, adjunto 
adverbial e aposto.
Adjunto adnominal: É o termo que caracteriza ou determina 
os substantivos. Exemplo: Meu irmão veste roupas vistosas. 
(Meu determina o substantivo irmão: é um adjunto adnominal 
– vistosas caracteriza o substantivo roupas: é também adjunto 
adnominal).
O adjunto adnominal pode ser expresso: Pelos adjetivos: 
água fresca, terras férteis, animal feroz; Pelos artigos: o 
mundo, as ruas, um rapaz; Pelos pronomes adjetivos: nosso tio, 
este lugar, pouco sal, muitas rãs, país cuja história conheço, 
que rua?; Pelos numerais: dois pés, quinto ano, capítulo sexto; 
Pelas locuções ou expressões adjetivas que exprimem qualidade, 
posse, origem, fim ou outra especificação:
- presente de rei (=régio): qualidade
- livro do mestre, as mãos dele: posse, pertença
- água da fonte, filho de fazendeiros: origem
- fio de aço, casa de madeira: matéria
- casa de ensino, aulas de inglês: fim, especialidade
- homem sem escrúpulos (=inescrupuloso): qualidade
- criança com febre (=febril): característica
- aviso do diretor: agente
Observações: Não confundir o adjunto adnominal formado 
por locução adjetiva com complemento nominal. Este representa 
o alvo da ação expressa por um nome transitivo: a eleição do 
presidente, aviso de perigo, declaração de guerra, empréstimo 
de dinheiro, plantio de árvores, colheita de trigo, destruidor 
de matas, descoberta de petróleo, amor ao próximo, etc. O 
adjunto adnominal formado por locução adjetiva representa 
o agente da ação, ou a origem, pertença, qualidade de alguém 
ou de alguma coisa: o discurso do presidente, aviso de amigo, 
declaração do ministro, empréstimo do banco, a casa do 
fazendeiro, folhas de árvores, farinha de trigo, beleza das 
matas, cheiro de petróleo, amor de mãe.
Adjunto adverbial: É o termo que exprime uma circunstância 
(de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que modifica 
o sentidode um verbo, adjetivo ou advérbio. Exemplo: “Meninas 
numa tarde brincavam de roda na praça”. O adjunto adverbial 
é expresso: Pelos advérbios: Cheguei cedo.; Ande devagar.; 
Maria é mais alta.; Não durma ao volante.; Moramos aqui.; 
Ele fala bem, fala corretamente.; Volte bem depressa.; Talvez 
esteja enganado.; Pelas locuções ou expressões adverbiais: Às 
vezes viajava de trem.; Compreendo sem esforço.; Saí com meu 
pai.; Júlio reside em Niterói.; Errei por distração.; Escureceu 
de repente.
Observações: Pode ocorrer a elipse da preposição antes 
de adjuntos adverbiais de tempo e modo: Aquela noite, não 
dormi. (=Naquela noite...); Domingo que vem não sairei. (=No 
domingo...); Ouvidos atentos, aproximei-me da porta. (=De 
ouvidos atentos...); Os adjuntos adverbiais classificam-se de 
acordo com as circunstâncias que exprimem: adjunto adverbial 
de lugar, modo, tempo, intensidade, causa, companhia, meio, 
assunto, negação, etc. É importante saber distinguir adjunto 
adverbial de adjunto adnominal, de objeto indireto e de 
complemento nominal: sair do mar (ad.adv.); água do mar (adj.
adn.); gosta do mar (obj.indir.); ter medo do mar (compl.nom.).
Aposto: É uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, 
desenvolve ou resume outro termo da oração. Exemplos:
D. Pedro II, imperador do Brasil, foi um monarca sábio.
“Nicanor, ascensorista, expôs-me seu caso de consciência.” 
(Carlos Drummond de Andrade)
“No Brasil, região do ouro e dos escravos, encontramos a 
felicidade.” (Camilo Castelo Branco)
“No fundo do mato virgem nasceu Macunaíma, herói de 
nossa gente.” (Mário de Andrade)
O núcleo do aposto é um substantivo ou um pronome 
substantivo:
Foram os dois, ele e ela.
Só não tenho um retrato: o de minha irmã.
O dia amanheceu chuvoso, o que me obrigou a ficar em casa.
O aposto não pode ser formado por adjetivos. Nas frases 
seguintes, por exemplo, não há aposto, mas predicativo do 
sujeito:
Audaciosos, os dois surfistas atiraram-se às ondas.
As borboletas, leves e graciosas, esvoaçavam num balé de 
cores.
Os apostos, em geral, destacam-se por pausas, indicadas, na 
escrita, por vírgulas, dois pontos ou travessões. Não havendo 
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34Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
pausa, não haverá vírgula, como nestes exemplos:
Minha irmã Beatriz; o escritor João Ribeiro; o romance Tóia; 
o rio Amazonas; a Rua Osvaldo Cruz; o Colégio Tiradentes, etc.
“Onde estariam os descendentes de Amaro vaqueiro?” 
(Graciliano Ramos)
O aposto pode preceder o termo a que se refere, o qual, às 
vezes, está elíptico. Exemplos:
Rapaz impulsivo, Mário não se conteve.
Mensageira da ideia, a palavra é a mais bela expressão da 
alma humana.
“Irmão do mar, do espaço, amei as solidões sobre os 
rochedos ásperos.” (Cabral do Nascimento) (refere-se ao sujeito 
oculto eu).
O aposto, às vezes, refere-se a toda uma oração. Exemplos:
Nuvens escuras borravam os espaços silenciosos, sinal de 
tempestade iminente.
O espaço é incomensurável, fato que me deixa atônito.
Simão era muito espirituoso, o que me levava a preferir sua 
companhia.
Um aposto pode referir-se a outro aposto:
“Serafim Gonçalves casou-se com Lígia Tavares, filha do 
velho coronel Tavares, senhor de engenho.” (Ledo Ivo)
O aposto pode vir precedido das expressões explicativas isto 
é, a saber, ou da preposição acidental como:
Dois países sul-americanos, isto é, a Bolívia e o Paraguai, 
não são banhados pelo mar.
Este escritor, como romancista, nunca foi superado.
O aposto que se refere a objeto indireto, complemento 
nominal ou adjunto adverbial vem precedido de preposição:
O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado.
“Acho que adoeci disso, de beleza, da intensidade das 
coisas.” (Raquel Jardim)
De cobras, morcegos, bichos, de tudo ela tinha medo.
Vocativo: (do latim vocare = chamar) é o termo (nome, título, 
apelido) usado para chamar ou interpelar a pessoa, o animal ou 
a coisa personificada a que nos dirigimos:
“Elesbão? Ó Elesbão! Venha ajudar-nos, por favor!” (Maria 
de Lourdes Teixeira)
“A ordem, meus amigos, é a base do governo.” (Machado de 
Assis)
“Correi, correi, ó lágrimas saudosas!” (Fagundes Varela)
“Ei-lo, o teu defensor, ó Liberdade!” (Mendes Leal)
Observação: Profere-se o vocativo com entoação exclamativa. 
Na escrita é separado por vírgula(s). No exemplo inicial, os 
pontos interrogativo e exclamativo indicam um chamado alto e 
prolongado. O vocativo se refere sempre à 2ª pessoa do discurso, 
que pode ser uma pessoa, um animal, uma coisa real ou entidade 
abstrata personificada. Podemos antepor-lhe uma interjeição de 
apelo (ó, olá, eh!):
“Tem compaixão de nós , ó Cristo!” (Alexandre Herculano)
“Ó Dr. Nogueira, mande-me cá o Padilha, amanhã!” 
(Graciliano Ramos)
“Esconde-te, ó sol de maio, ó alegria do mundo!” (Camilo 
Castelo Branco)
O vocativo é um tempo à parte. Não pertence à estrutura da 
oração, por isso não se anexa ao sujeito nem ao predicado.
Questões
01. (PC-ES – Escrivão de Polícia – FUNCAB/2013) O termo 
em destaque é adjunto adverbial de intensidade em:
(A) pode aprender e assimilar MUITA coisa
(B) enfrentamos MUITAS novidades
(C) precisa de um parceiro com MUITO caráter
(D) não gostam de mulheres MUITO inteligentes
(E) assumimos MUITO conflito e confusão
02. Assinale a alternativa correta: “para todos os males, há 
dois remédios: o tempo e o silêncio”, os termos grifados são 
respectivamente:
(A) sujeito – objeto direto;
(B) sujeito – aposto;
(C) objeto direto – aposto;
(D) objeto direto – objeto direto;
(E) objeto direto – complemento nominal.
03. (EEAR – Sargento Administração – Aeronáutica/2014). 
Assinale a alternativa em que o termo destacado é objeto 
indireto.
(A) “Quem faz um poema abre uma janela.” (Mário Quintana)
(B) “Toda gente que eu conheço e que fala comigo / Nunca 
teve um ato ridículo / Nunca sofreu enxovalho (...)” (Fernando 
Pessoa)
(C) “Quando Ismália enlouqueceu / Pôs-se na torre a sonhar 
/ Viu uma lua no céu, / Viu uma lua no mar.” (Alphonsus de 
Guimarães)
(D) “Mas, quando responderam a Nhô Augusto: ‘– É a 
jagunçada de seu Joãozinho Bem-Bem, que está descendo para 
a Bahia.’ – ele, de alegre, não se pôde conter.” (Guimarães Rosa) 
04. “Recebeu o prêmio o jogador que fez o gol”. Nessa frase 
o sujeito de “fez”?
(A) o prêmio;
(B) o jogador;
(C) que;
(D) o gol;
(E) recebeu.
05. Assinale a alternativa correspondente ao período onde 
há predicativo do sujeito:
(A) como o povo anda tristonho!
(B) agradou ao chefe o novo funcionário;
(C) ele nos garantiu que viria;
(D) no Rio não faltam diversões;
(E) o aluno ficou sabendo hoje cedo de sua aprovação.
Respostas
01. D\02. C\03. D\04. C\05. A
Período
Período: Toda frase com uma ou mais orações constitui um 
período, que se encerra com ponto de exclamação, ponto de 
interrogação ou com reticências.
O período é simples quando só traz uma oração, chamada 
absoluta; o período é composto quando traz mais de uma 
oração. Exemplo: Pegou fogo no prédio. (Período simples, oração 
absoluta.); Quero que você aprenda. (Período composto.)
Existe uma maneira prática de saber quantas orações há 
num período: é contar os verbos ou locuções verbais. Num 
período haverá tantas orações quantos forem os verbos ou as 
locuções verbais nele existentes. Exemplos:
Pegou fogo no prédio. (um verbo, uma oração)
Quero que você aprenda. (dois verbos, duas orações)
Está pegando fogo no prédio. (uma locução verbal, uma 
oração)
Deves estudar para poderes vencer na vida. (duas locuções 
verbais, duas orações)
Há três tipos de período composto: por coordenação, por 
subordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo 
tempo (também chamada de misto).
Período Composto por Coordenação – Orações 
Coordenadas
Considere, por exemplo, este período composto:
Passeamos pela praia, / brincamos, / recordamos os tempos 
de infância.
1ª oração: Passeamos pela praia
2ª oração: brincamos
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35Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
3ª oração: recordamos os tempos de infância
As três orações que compõem esse período têm sentido 
próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência sintática: 
elas são independentes. Há entre elas, é claro, uma relação de 
sentido, mas, como já dissemos, uma não depende da outra 
sintaticamente.
As orações independentes de um período são chamadas 
de orações coordenadas (OC), e o período formado só de 
orações coordenadas é chamado de período composto por 
coordenação.
As orações coordenadas são classificadas em assindéticas e 
sindéticas.
- As orações coordenadas são assindéticas (OCA) quando 
não vêm introduzidas por conjunção. Exemplo:
Os torcedores gritaram, / sofreram, / vibraram.
 OCA OCA OCA
“Inclinei-me, apanhei o embrulho e segui.” (Machado de 
Assis)
“A noite avança, há uma paz profunda na casa deserta.” 
(Antônio Olavo Pereira)
“O ferro mata apenas; o ouro infama, avilta, desonra.” 
(Coelho Neto)
- As orações coordenadas são sindéticas (OCS) quando vêm 
introduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo:
O homem saiu do carro / e entrou na casa.
 OCA OCS
As orações coordenadas sindéticas são classificadas de 
acordo com o sentido expresso pelas conjunções coordenativas 
que as introduzem. Pode ser:
- Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não só... 
mas também, não só... mas ainda.
Saí da escola / e fui à lanchonete.
 OCA OCS Aditiva
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção 
que expressa idéia de acréscimo ou adição com referência à 
oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa aditiva.
A doença vem a cavalo e volta a pé.
As pessoas não se mexiam nem falavam.
“Não só findaram as queixas contra o alienista, mas até 
nenhum ressentimento ficou dos atos que ele praticara.” 
(Machado de Assis)
- Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas, 
porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.
Estudei bastante / mas não passei no teste.
 OCA OCS Adversativa
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção 
que expressa idéia de oposição à oração anterior, ou seja, por 
uma conjunção coordenativa adversativa.
A espada vence, mas não convence.
“É dura a vida, mas aceitam-na.” (Cecília Meireles)
Tens razão, contudo não te exaltes.
Havia muito serviço, entretanto ninguém trabalhava.
- Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto, 
por isso, pois, logo.
Ele me ajudou muito, / portanto merece minha gratidão.
 OCA OCS Conclusiva
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção 
que expressa ideia de conclusão de um fato enunciado na oração 
anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa conclusiva.
Vives mentindo; logo, não mereces fé.
Ele é teu pai: respeita-lhe, pois, a vontade.
Raimundo é homem são, portanto deve trabalhar.
- Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou,ou... ou, 
ora... ora, seja... seja, quer... quer.
Seja mais educado / ou retire-se da reunião!
 OCA OCS Alternativa
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma 
conjunção que estabelece uma relação de alternância ou escolha 
com referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção 
coordenativa alternativa.
Venha agora ou perderá a vez.
“Jacinta não vinha à sala, ou retirava-se logo.” (Machado de 
Assis)
“Em aviação, tudo precisa ser bem feito ou custará preço 
muito caro.” (Renato Inácio da Silva)
“A louca ora o acariciava, ora o rasgava freneticamente.” 
(Luís Jardim)
- Orações coordenadas sindéticas explicativas: que, 
porque, pois, porquanto.
Vamos andar depressa / que estamos atrasados.
 OCA OCS Explicativa
Observe que a 2ª oração é introduzida por uma conjunção 
que expressa ideia de explicação, de justificativa em relação 
à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa 
explicativa.
Leve-lhe uma lembrança, que ela aniversaria amanhã.
“A mim ninguém engana, que não nasci ontem.” (Érico 
Veríssimo)
“Qualquer que seja a tua infância, conquista-a, que te 
abençoo.” (Fernando Sabino)
O cavalo estava cansado, pois arfava muito.
Questões
01. Relacione as orações coordenadas por meio de 
conjunções:
(A) Ouviu-se o som da bateria. Os primeiros foliões surgiram.
(B) Não durma sem cobertor. A noite está fria.
(C) Quero desculpar-me. Não consigo encontrá-los.
 
02. Em: “... ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar 
das ondas...” a partícula como expressa uma ideia de:
(A) causa
(B) explicação
(C) conclusão
(D) proporção
(E) comparação
 
03. “Entrando na faculdade, procurarei emprego”, oração 
sublinhada pode indicar uma ideia de:
(A) concessão
(B) oposição
(C) condição
(D) lugar
(E) consequência
Respostas
01.
Ouviu-se o som da bateria e os primeiros foliões surgiram.
Não durma sem cobertor, pois a noite está fria.
Quero desculpar-me, mas consigo encontrá-los.
 
02. E\03. C
Período Composto por Subordinação
Observe os termos destacados em cada uma destas orações:
Vi uma cena triste. (adjunto adnominal)
Todos querem sua participação. (objeto direto)
Não pude sair por causa da chuva. (adjunto adverbial de 
causa)
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36Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Veja, agora, como podemos transformar esses termos em 
orações com a mesma função sintática:
Vi uma cena / que me entristeceu. (oração subordinada 
com função de adjunto adnominal)
Todos querem / que você participe. (oração subordinada 
com função de objeto direto)
Não pude sair / porque estava chovendo. (oração 
subordinada com função de adjunto adverbial de causa)
Em todos esses períodos, a segunda oração exerce uma 
certa função sintática em relação à primeira, sendo, portanto, 
subordinada a ela. Quando um período é constituído de pelo 
menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a 
subordinada) depende sintaticamente da outra (principal), ele 
é classificado como período composto por subordinação. As 
orações subordinadas são classificadas de acordo com a função 
que exercem: adverbiais, substantivas e adjetivas.
Orações Subordinadas Adverbiais
As orações subordinadas adverbiais (OSA) são aquelas 
que exercem a função de adjunto adverbial da oração principal 
(OP). São classificadas de acordo com a conjunção subordinativa 
que as introduz:
- Causais: Expressam a causa do fato enunciado na oração 
principal. Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que, 
visto que.
Não fui à escola / porque fiquei doente.
 OP OSA Causal
O tambor soa porque é oco.
Como não me atendessem, repreendi-os severamente.
Como ele estava armado, ninguém ousou reagir.
“Faltou à reunião, visto que esteve doente.” (Arlindo de 
Sousa)
- Condicionais: Expressam hipóteses ou condição para a 
ocorrência do que foi enunciado na principal. Conjunções: se, 
contanto que, a menos que, a não ser que, desde que.
Irei à sua casa / se não chover.
 OP OSA Condicional
Deus só nos perdoará se perdoarmos aos nossos 
ofensores.
Se o conhecesses, não o condenarias.
“Que diria o pai se soubesse disso?” (Carlos Drummond de 
Andrade)
A cápsula do satélite será recuperada, caso a experiência 
tenha êxito.
- Concessivas: Expressam ideia ou fato contrário ao da 
oração principal, sem, no entanto, impedir sua realização. 
Conjunções: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais 
que, mesmo que.
Ela saiu à noite / embora estivesse doente.
 OP OSA Concessiva
Admirava-o muito, embora (ou conquanto ou posto que 
ou se bem que) não o conhecesse pessoalmente.
Embora não possuísse informações seguras, ainda assim 
arriscou uma opinião.
Cumpriremos nosso dever, ainda que (ou mesmo quando 
ou ainda quando ou mesmo que) todos nos critiquem.
Por maisque gritasse, não me ouviram.
- Conformativas: Expressam a conformidade de um fato 
com outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), segundo.
O trabalho foi feito / conforme havíamos planejado.
 OP OSA Conformativa
O homem age conforme pensa.
Relatei os fatos como (ou conforme) os ouvi.
Como diz o povo, tristezas não pagam dívidas.
O jornal, como sabemos, é um grande veículo de informação.
- Temporais: Acrescentam uma circunstância de tempo ao 
que foi expresso na oração principal. Conjunções: quando, assim 
que, logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal (=assim que).
Ele saiu da sala / assim que eu cheguei.
 OP OSA Temporal
Formiga, quando quer se perder, cria asas.
“Lá pelas sete da noite, quando escurecia, as casas se 
esvaziam.” (Carlos Povina Cavalcânti)
“Quando os tiranos caem, os povos se levantam.” (Marquês 
de Maricá)
Enquanto foi rico, todos o procuravam.
- Finais: Expressam a finalidade ou o objetivo do que foi 
enunciado na oração principal. Conjunções: para que, a fim de 
que, porque (=para que), que.
Abri a porta do salão / para que todos pudessem entrar.
 OP OSA Final
“O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos.” 
(Marquês de Maricá)
Aproximei-me dele a fim de que me ouvisse melhor.
“Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis) (que = 
para que)
“Instara muito comigo não deixasse de frequentar as 
recepções da mulher.” (Machado de Assis) (não deixasse = 
para que não deixasse)
- Consecutivas: Expressam a consequência do que foi 
enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como (= 
porque), pois que, visto que.
A chuva foi tão forte / que inundou a cidade.
 OP OSA Consecutiva
Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos.
“A fumaça era tanta que eu mal podia abrir os olhos.” (José 
J. Veiga)
De tal sorte a cidade crescera que não a reconhecia mais.
As notícias de casa eram boas, de maneira que pude 
prolongar minha viagem.
- Comparativas: Expressam ideia de comparação com 
referência à oração principal. Conjunções: como, assim como, 
tal como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado com 
menos ou mais).
Ela é bonita / como a mãe.
 OP OSA Comparativa
A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro.” 
(Marquês de Maricá)
Ela o atraía irresistivelmente, como o imã atrai o ferro.
Os retirantes deixaram a cidade tão pobres como vieram.
Como a flor se abre ao Sol, assim minha alma se abriu à luz 
daquele olhar.
Obs.: As orações comparativas nem sempre apresentam 
claramente o verbo, como no exemplo acima, em que está 
subentendido o verbo ser (como a mãe é).
- Proporcionais: Expressam uma ideia que se relaciona 
proporcionalmente ao que foi enunciado na principal. 
Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto 
mais, quanto menos.
Quanto mais reclamava / menos atenção recebia.
 OSA Proporcional OP
À medida que se vive, mais se aprende.
À proporção que avançávamos, as casas iam rareando.
O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai 
diminuindo.
Orações Subordinadas Substantivas
As orações subordinadas substantivas (OSS) são aquelas 
que, num período, exercem funções sintáticas próprias de 
substantivos, geralmente são introduzidas pelas conjunções 
integrantes que e se. Elas podem ser:
- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: É 
aquela que exerce a função de objeto direto do verbo da oração 
principal. Observe: O grupo quer a sua ajuda. (objeto direto)
O grupo quer / que você ajude.
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37Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
 OP OSS Objetiva Direta
O mestre exigia que todos estivessem presentes. (= O 
mestre exigia a presença de todos.)
Mariana esperou que o marido voltasse.
Ninguém pode dizer: Desta água não beberei.
O fiscal verificou se tudo estava em ordem. 
- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: É 
aquela que exerce a função de objeto indireto do verbo da oração 
principal. Observe: Necessito de sua ajuda. (objeto indireto)
Necessito / de que você me ajude.
 OP OSS Objetiva Indireta
Não me oponho a que você viaje. (= Não me oponho à sua 
viagem.)
Aconselha-o a que trabalhe mais.
Daremos o prêmio a quem o merecer.
Lembre-se de que a vida é breve.
- Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É aquela 
que exerce a função de sujeito do verbo da oração principal. 
Observe: É importante sua colaboração. (sujeito)
É importante / que você colabore.
 OP OSS Subjetiva
A oração subjetiva geralmente vem:
- depois de um verbo de ligação + predicativo, em construções 
do tipo é bom, é útil, é certo, é conveniente, etc. Ex.: É certo que 
ele voltará amanhã.
- depois de expressões na voz passiva, como sabe-se, conta-
se, diz-se, etc. Ex.: Sabe-se que ele saiu da cidade.
- depois de verbos como convir, cumprir, constar, urgir, 
ocorrer, quando empregados na 3ª pessoa do singular e seguidos 
das conjunções que ou se. Ex.: Convém que todos participem 
da reunião.
É necessário que você colabore. (= Sua colaboração é 
necessária.)
Parece que a situação melhorou.
Aconteceu que não o encontrei em casa.
Importa que saibas isso bem.
- Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal: 
É aquela que exerce a função de complemento nominal de um 
termo da oração principal. Observe: Estou convencido de sua 
inocência. (complemento nominal)
Estou convencido / de que ele é inocente.
 OP OSS Completiva Nominal
Sou favorável a que o prendam. (= Sou favorável à prisão 
dele.)
Estava ansioso por que voltasses.
Sê grato a quem te ensina.
“Fabiano tinha a certeza de que não se acabaria tão cedo.” 
(Graciliano Ramos)
- Oração Subordinada Substantiva Predicativa: É aquela 
que exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal, 
vindo sempre depois do verbo ser. Observe: O importante é sua 
felicidade. (predicativo)
O importante é / que você seja feliz.
 OP OSS Predicativa
Seu receio era que chovesse. (Seu receio era a chuva.)
Minha esperança era que ele desistisse.
Meu maior desejo agora é que me deixem em paz.
Não sou quem você pensa.
- Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela 
que exerce a função de aposto de um termo da oração principal. 
Observe: Ele tinha um sonho: a união de todos em benefício 
do país. (aposto)
Ele tinha um sonho / que todos se unissem em benefício do 
país.
 OP OSS Apositiva
Só desejo uma coisa: que vivam felizes. (Só desejo uma 
coisa: a sua felicidade)
Só lhe peço isto: honre o nosso nome.
“Talvez o que eu houvesse sentido fosse o presságio disto: de 
que virias a morrer...” (Osmã Lins)
“Mas diga-me uma cousa, essa proposta traz algum motivo 
oculto?” (Machado de Assis)
As orações apositivas vêm geralmente antecedidas de dois-
pontos. Podem vir, também, entre vírgulas, intercaladas à oração 
principal. Exemplo: Seu desejo, que o filho recuperasse a 
saúde, tornou-se realidade.
Observação: Além das conjunções integrantes que e se, 
as orações substantivas podem ser introduzidas por outros 
conectivos, tais como quando, como, quanto, etc. Exemplos:
Não sei quando ele chegou.
Diga-me como resolver esse problema.
Orações Subordinadas Adjetivas
As orações subordinadas Adjetivas (OSA) exercem 
a função de adjunto adnominal de algum termo da oração 
principal. Observe como podemos transformar um adjunto 
adnominal em oração subordinada adjetiva:
Desejamos uma paz duradoura. (adjunto adnominal)
Desejamos uma paz / que dure. (oração subordinada 
adjetiva)
As orações subordinadas adjetivas são sempre introduzidas 
por um pronome relativo (que , qual, cujo, quem, etc.) e podem 
ser classificadas em:
- Subordinadas Adjetivas Restritivas: São restritivas 
quandorestringem ou especificam o sentido da palavra a que se 
referem. Exemplo:
O público aplaudiu o cantor / que ganhou o 1º lugar.
 OP OSA Restritiva
Nesse exemplo, a oração que ganhou o 1º lugar especifica 
o sentido do substantivo cantor, indicando que o público não 
aplaudiu qualquer cantor mas sim aquele que ganhou o 1º lugar.
Pedra que rola não cria limo.
Os animais que se alimentam de carne chamam-se 
carnívoros.
Rubem Braga é um dos cronistas que mais belas páginas 
escreveram.
“Há saudades que a gente nunca esquece.” (Olegário 
Mariano)
- Subordinadas Adjetivas Explicativas: São explicativas 
quando apenas acrescentam uma qualidade à palavra a que se 
referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem 
restringi-lo ou especificá-lo. Exemplo:
O escritor Jorge Amado, / que mora na Bahia, / lançou um 
novo livro.
 OP OSA Explicativa OP
Deus, que é nosso pai, nos salvará.
Valério, que nasceu rico, acabou na miséria.
Ele tem amor às plantas, que cultiva com carinho.
Alguém, que passe por ali à noite, poderá ser assaltado.
Orações Reduzidas
Observe que as orações subordinadas eram sempre 
introduzidas por uma conjunção ou pronome relativo e 
apresentavam o verbo numa forma do indicativo ou do 
subjuntivo. Além desse tipo de orações subordinadas há outras 
que se apresentam com o verbo numa das formas nominais 
(infinitivo, gerúndio e particípio). Exemplos:
- Ao entrar nas escola, encontrei o professor de inglês. 
(infinitivo)
- Precisando de ajuda, telefone-me. (gerúndio)
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38Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
- Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário. 
(particípio)
As orações subordinadas que apresentam o verbo numa das 
formas nominais são chamadas de reduzidas.
Para classificar a oração que está sob a forma reduzida, 
devemos procurar desenvolvê-la do seguinte modo: colocamos 
a conjunção ou o pronome relativo adequado ao sentido e 
passamos o verbo para uma forma do indicativo ou subjuntivo, 
conforme o caso. A oração reduzida terá a mesma classificação 
da oração desenvolvida.
Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês.
Quando entrei na escola, / encontrei o professor de inglês.
 OSA Temporal
Ao entrar na escola: oração subordinada adverbial temporal, 
reduzida de infinitivo.
Precisando de ajuda, telefone-me.
Se precisar de ajuda, / telefone-me.
 OSA Condicional
Precisando de ajuda: oração subordinada adverbial 
condicional, reduzida de gerúndio.
Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário.
Assim que acabou o treino, / os jogadores foram para o 
vestiário.
 OSA Temporal
Acabado o treino: oração subordinada adverbial temporal, 
reduzida de particípio.
Observações:
- Há orações reduzidas que permitem mais de um tipo de 
desenvolvimento. Há casos também de orações reduzidas 
fixas, isto é, orações reduzidas que não são passíveis de 
desenvolvimento. Exemplo: Tenho vontade de visitar essa 
cidade.
- O infinitivo, o gerúndio e o particípio não constituem 
orações reduzidas quando fazem parte de uma locução verbal. 
Exemplos:
Preciso terminar este exercício.
Ele está jantando na sala.
Essa casa foi construída por meu pai.
- Uma oração coordenada também pode vir sob a forma 
reduzida. Exemplo:
O homem fechou a porta, saindo depressa de casa.
O homem fechou a porta e saiu depressa de casa. (oração 
coordenada sindética aditiva)
Saindo depressa de casa: oração coordenada reduzida de 
gerúndio.
Qual é a diferença entre as orações coordenadas explicativas 
e as orações subordinadas causais, já que ambas podem ser 
iniciadas por que e porque? Às vezes não é fácil estabelecer a 
diferença entre explicativas e causais, mas como o próprio nome 
indica, as causais sempre trazem a causa de algo que se revela na 
oração principal, que traz o efeito. 
Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre 
a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes, 
imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal. 
Essa noção de causa e efeito não existe no período composto por 
coordenação. Exemplo: Rosa chorou porque levou uma surra. 
Está claro que a oração iniciada pela conjunção é causal, visto 
que a surra foi sem dúvida a causa do choro, que é efeito. 
Rosa chorou, porque seus olhos estão vermelhos. O 
período agora é composto por coordenação, pois a oração 
iniciada pela conjunção traz a explicação daquilo que se revelou 
na coordena anterior. Não existe aí relação de causa e efeito: o 
fato de os olhos de Elisa estarem vermelhos não é causa de ela 
ter chorado.
Ela fala / como falaria / se entendesse do assunto.
OP OSA Comparativa OSA Condicional
Questões
01. Na frase: “Maria do Carmo tinha a certeza de que estava 
para ser mãe”, a oração destacada é:
(A) subordinada substantiva objetiva indireta 
(B) subordinada substantiva completiva nominal 
(C) subordinada substantiva predicativa 
(D) coordenada sindética conclusiva 
(E) coordenada sindética explicativa 
02. “Na ‘Partida Monção’, não há uma atitude inventada. 
Há reconstituição de uma cena como ela devia ter sido na 
realidade.” A oração sublinhada é: 
(A) adverbial conformativa 
(B) adjetiva 
(C) adverbial consecutiva 
(D) adverbial proporcional
(E) adverbial causal
03. (PREFEITURA DE OSASCO – FARMACÊUTICO – 
FGV/2014) “Esses produtos podem ser encontrados nos 
supermercados com rótulos como ‘sênior’ e com características 
adaptadas às dificuldades para mastigar e para engolir dos 
mais velhos, e preparados para se encaixar em seus hábitos de 
consumo”. O segmento “para se encaixar” pode ter sua forma 
verbal reduzida adequadamente desenvolvida em 
(A) para se encaixarem. 
(B) para seu encaixotamento. 
(C) para que se encaixassem. 
(D) para que se encaixem. 
(E) para que se encaixariam.
Respostas
01. B\02. A\03. D
4.4 Emprego dos sinais de 
pontuação.
Pontuação
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem 
para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar 
especificidades semânticas e pragmáticas. Vejamos as principais 
funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo uso da língua 
portuguesa.
Ponto
1- Indica o término do discurso ou de parte dele.
- Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que 
se encontra.
- Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite.
- Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.
2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.
Ponto e Vírgula ( ; )
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma 
importância.
- “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão 
a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de 
nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)
2- Separa partes de frases que já estão separadas por 
vírgulas.
- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros montanhas, frio 
e cobertor.
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, 
decreto de lei, etc.
- Ir ao supermercado;
- Pegar as crianças na escola;
- Caminhada na praia;
- Reunião com amigos.
Dois pontos
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39Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
1- Antes de uma citação
- Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:
2- Antes de um aposto
- Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde 
e calor à noite.
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
- Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a 
rotina de sempre.
4- Em frases de estilo direto
 Maria perguntou: 
- Por que você não toma uma decisão?
Ponto de Exclamação
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto, 
súplica, etc.
- Sim! Claro que eu quero me casar com você!
2- Depois de interjeições ou vocativos
- Ai! Que susto!
- João! Há quanto tempo!
Ponto de Interrogação
Usa-senas interrogações diretas e indiretas livres.
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo)
Reticências
1- Indica que palavras foram suprimidas.
- Comprei lápis, canetas, cadernos...
2- Indica interrupção violenta da frase.
“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida
- Este mal... pega doutor?
4- Indica que o sentido vai além do que foi dito
- Deixa, depois, o coração falar...
Vírgula
Não se usa vírgula 
*separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se 
diretamente entre si:
a) entre sujeito e predicado.
Todos os alunos da sala foram advertidos. 
 Sujeito predicado
b) entre o verbo e seus objetos.
O trabalho custou sacrifício aos realizadores. 
 V.T.D.I. O.D. O.I.
c) entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto 
adnominal.
A surpreendente reação do governo contra os sonegadores 
despertou reações entre os empresários.
 adj. adnominal nome adj. adn. complemento nominal
Usa-se a vírgula:
- Para marcar intercalação:
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância, 
vem caindo de preço.
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão 
produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias 
não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir 
mão dos lucros altos.
- Para marcar inversão:
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): 
Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos 
pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio 
de 1982.
- Para separar entre si elementos coordenados (dispostos 
em enumeração):
Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.
- Para marcar elipse (omissão) do verbo:
Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.
- Para isolar:
 - o aposto:
São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um 
trânsito caótico.
 - o vocativo:
Ora, Thiago, não diga bobagem.
Questões
01. (Agente Policial – Vunesp). Assinale a alternativa em 
que a pontuação está corretamente empregada, de acordo com a 
norma-padrão da língua portuguesa.
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora, 
experimentasse, a sensação de violar uma intimidade, procurou 
a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse 
ajudar a revelar quem era a sua dona.
(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, embora 
experimentasse a sensação, de violar uma intimidade, procurou 
a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse 
ajudar a revelar quem era a sua dona.
(C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora 
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou 
a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse 
ajudar a revelar quem era a sua dona.
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, embora 
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou 
a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse 
ajudar a revelar quem era a sua dona.
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora, 
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou 
a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse 
ajudar a revelar quem era a sua dona.
02. Assinale a opção em que está corretamente indicada a 
ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas 
da frase abaixo:
 “Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas devem 
ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica que o trabalho 
oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter.
A) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula
B) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
C) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
D) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
E) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.
03. (Agente de Apoio Administrativo – FCC). Os sinais de 
pontuação estão empregados corretamente em:
A) Duas explicações, do treinamento para consultores 
iniciantes receberam destaque, o conceito de PPD e a construção 
de tabelas Price; mas por outro lado, faltou falar das metas de 
vendas associadas aos dois temas.
B) Duas explicações do treinamento para consultores 
iniciantes receberam destaque: o conceito de PPD e a construção 
de tabelas Price; mas, por outro lado, faltou falar das metas de 
vendas associadas aos dois temas.
C) Duas explicações do treinamento para consultores 
iniciantes receberam destaque; o conceito de PPD e a construção 
de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das metas de 
vendas associadas aos dois temas.
D) Duas explicações do treinamento para consultores 
iniciantes, receberam destaque: o conceito de PPD e a construção 
de tabelas Price, mas, por outro lado, faltou falar das metas de 
vendas associadas aos dois temas.
E) Duas explicações, do treinamento para consultores 
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40Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
iniciantes, receberam destaque; o conceito de PPD e a construção 
de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das metas, de 
vendas associadas aos dois temas.
Resposta
1-C 2-C 3-B
4.5 Concordância verbal e 
nominal
Concordância Verbal
Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos 
referindo à relação de dependência estabelecida entre um termo 
e outro mediante um contexto oracional. Desta feita, os agentes 
principais desse processo são representados pelo sujeito, que no 
caso funciona como subordinante; e o verbo, o qual desempenha 
a função de subordinado. 
Dessa forma, temos que a concordância verbal caracteriza-
se pela adaptação do verbo, tendo em vista os quesitos “número 
e pessoa” em relação ao sujeito. Exemplificando, temos: O aluno 
chegou 
Temos que o verbo apresenta-se na terceira pessoa do 
singular, pois faz referência a um sujeito, assim também expresso 
(ele). Como poderíamos também dizer: os alunos chegaram 
atrasados.
Temos aí o que podemos chamar de princípio básico. 
Contudo, a intenção a que se presta o artigo em evidência é 
eleger as principais ocorrências voltadas para os casos de sujeito 
simples e para os de sujeito composto. Dessa forma, vejamos: 
Casos referentes a sujeito simples
1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com o 
núcleo em número e pessoa: O aluno chegou atrasado. 
2) Nos casos referentes a sujeito representado por 
substantivo coletivo, o verbo permanece na terceira pessoa do 
singular: A multidão, apavorada, saiu aos gritos.
Observação:
- No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto adnominal 
no plural, o verbo permanecerá no singular ou poderá ir para o 
plural: Uma multidão de pessoas saiu aos gritos.
Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.
3) Quando o sujeito é representado por expressões partitivas, 
representadas por “a maioria de, a maior parte de, a metade de, 
uma porção de, entre outras”, o verbo tanto pode concordar 
com o núcleo dessas expressões quanto com o substantivo 
que a segue: A maioria dos alunos resolveu ficar. A maioria 
dos alunos resolveram ficar.
4) No caso de o sujeito ser representado por expressões 
aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo 
concorda com o substantivo determinado por elas: Cerca de 
vinte candidatos se inscreveram no concurso de piadas.
5) Em casos em que o sujeito é representado pela expressão 
“mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais de 
um candidato se inscreveu no concurso de piadas. 
Observação:
- No caso da referida expressão aparecer repetida ou 
associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo, 
necessariamente, deverá permanecer no plural: Mais de um 
aluno, mais de um professor contribuíram na campanha de 
doação de alimentos. 
Mais de um formando se abraçaramdurante as solenidades 
de formatura. 
6) Quando o sujeito for composto da expressão “um dos 
que”, o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi um dos 
que atuaram na Copa América.
7) Em casos relativos à concordância com locuções 
pronominais, representadas por “algum de nós, qual de vós, 
quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário nos 
atermos a duas questões básicas:
- No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural, 
o verbo poderá com ele concordar, como poderá também 
concordar com o pronome pessoal: Alguns de nós o receberemos. 
/ Alguns de nós o receberão.
- Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso 
no singular, o verbo permanecerá, também, no singular: Algum 
de nós o receberá. 
8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome 
“quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do singular 
ou poderá concordar com o antecedente desse pronome: 
Fomos nós quem contou toda a verdade para ela. / Fomos 
nós quem contamos toda a verdade para ela.
9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela palavra 
“que”, o verbo deverá concordar com o termo que antecede essa 
palavra: Nesta empresa somos nós que tomamos as decisões. / 
Em casa sou eu que decido tudo. 
10) No caso de o sujeito aparecer representado por 
expressões que indicam porcentagens, o verbo concordará com o 
numeral ou com o substantivo a que se refere essa porcentagem: 
50% dos funcionários aprovaram a decisão da diretoria. / 50% 
do eleitorado apoiou a decisão.
Observações:
- Caso o verbo aparecer anteposto à expressão de 
porcentagem, esse deverá concordar com o numeral: Aprovaram 
a decisão da diretoria 50% dos funcionários. 
- Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no singular: 
1% dos funcionários não aprovou a decisão da diretoria. 
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de 
determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural: Os 
50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria. 
11) Nos casos em que o sujeito estiver representado por 
pronomes de tratamento, o verbo deverá ser empregado na terceira 
pessoa do singular ou do plural: Vossas Majestades gostaram das 
homenagens. Vossa Majestade agradeceu o convite. 
12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo 
próprio no plural se encontram relacionados a alguns aspectos 
que os determinam:
- Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo ser, 
este permanece no singular, contanto que o predicativo também 
esteja no singular: Memórias póstumas de Brás Cubas é uma 
criação de Machado de Assis. 
- Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também 
permanece no plural: Os Estados Unidos são uma potência 
mundial.
- Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele nem 
aparece, o verbo permanece no singular: Estados Unidos é uma 
potência mundial. 
Casos referentes a sujeito composto
1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas 
gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando 
relacionado a dois pressupostos básicos:
- Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as 
demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio.
- Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá 
flexionar na 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. 
Tu e ele são primos.
2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer anteposto 
ao verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus dois 
filhos compareceram ao evento. 
3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao verbo, este 
poderá concordar com o núcleo mais próximo ou permanecer 
no plural: Compareceram ao evento o pai e seus dois filhos. 
Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos.
4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com 
mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular: 
Meu esposo e grande companheiro merece toda a felicidade do 
mundo.
5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinônimas 
ou ordenado por elementos em gradação, o verbo poderá 
permanecer no singular ou ir para o plural: Minha vitória, 
minha conquista, minha premiação são frutos de meu esforço. 
/ Minha vitória, minha conquista, minha premiação é fruto de 
meu esforço.
Questões
01. A concordância realizou-se adequadamente em qual 
alternativa?
(A) Os Estados Unidos é considerado, hoje, a maior potência 
econômica do planeta, mas há quem aposte que a China, em 
breve, o ultrapassará.
(B) Em razão das fortes chuvas haverão muitos candidatos 
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41Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
que chegarão atrasados, tenho certeza disso.
(C) Naquela barraca vendem-se tapiocas fresquinhas, pode 
comê-las sem receio!
(D) A multidão gritaram quando a cantora apareceu na 
janela do hotel!
02. “Se os cachorros correm livremente, por que eu não 
posso fazer isso também?”, pergunta Bob Dylan em “New 
Morning”. Bob Dylan verbaliza um anseio sentido por todos 
nós, humanos supersocializados: o anseio de nos livrarmos 
de todos os constrangimentos artificiais decorrentes do fato 
de vivermos em uma sociedade civilizada em que às vezes nos 
sentimos presos a uma correia. Um conjunto cultural de regras 
tácitas e inibições está sempre governando as nossas interações 
cotidianas com os outros.
Uma das razões pelas quais os cachorros nos atraem é o fato 
de eles serem tão desinibidos e livres. Parece que eles jogam 
com as suas próprias regras, com a sua própria lógica interna. 
Eles vivem em um universo paralelo e diferente do nosso - um 
universo que lhes concede liberdade de espírito e paixão pela 
vida enormemente atraentes para nós. Um cachorro latindo ao 
vento ou uivando durante a noite faz agitar-se dentro de nós 
alguma coisa que também quer se expressar.
Os cachorros são uma constante fonte de diversão para 
nós porque não prestam atenção as nossas convenções sociais. 
Metem o nariz onde não são convidados, pulam para cima 
do sofá, devoram alegremente a comida que cai da mesa. Os 
cachorros raramente se refreiam quando querem fazer alguma 
coisa. Eles não compartilham conosco as nossas inibições. Suas 
emoções estão ã flor da pele e eles as manifestam sempre que 
as sentem.
 (Adaptado de Matt Weistein e Luke Barber. Cão que 
late não morde. Trad. de Cristina Cupertino. S.Paulo: Francis, 
2005. p 250)
A frase em que se respeitam as normas de concordância 
verbal é:
(A) Deve haver muitas razões pelas quais os cachorros nos 
atraem.
(B) Várias razões haveriam pelas quais os cachorros nos 
atraem.
(C) Caberiam notar as muitas razões pelas quais os cachorros 
nos atraem.
(D) Há de ser diversas as razões pelas quais os cachorros nos 
atraem.
(E) Existe mesmo muitas razões pelas quais os cachorros 
nos atraem.
03. (TST - Analista Judiciário - Contabilidade - FCC - 
Adaptado) 
Uma pergunta
Frequentemente cabe aos detentores de cargos de 
responsabilidade tomar decisões difíceis, de graves 
consequências. Haveria algum critério básico, essencial, para 
amparar tais escolhas? Antonio Gramsci, notável pensador 
e político italiano, propôs que se pergunte, antes de tomar a 
decisão: - Quem sofrerá?
Para um humanista, a dor humana é sempre prioridade a se 
considerar.
(Salvador Nicola, inédito)
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no 
singular para preencher adequadamente a lacuna da frase: 
(A) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de 
corresponder nossos valores éticos mais rigorosos. 
(B) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre o 
peso de suas mais graves decisões. 
(C) Aos governantes mais responsáveis não ...... (ocorrer) 
tomar decisões sem medir suas consequências. 
(D) A toda decisão tomada precipitadamente ...... (costumar) 
sobrevir consequências imprevistas e injustas. 
(E) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade, 
recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta a dor 
humana. 
Respostas
01. C\02. A\03. C
Concordância Nominal
Concordância nominal é que o ajuste que fazemos aos 
demaistermos da oração para que concordem em gênero e 
número com o substantivo. Teremos que alterar, portanto, o 
artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso, temos 
também o verbo, que se flexionará à sua maneira.
Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome 
concordam em gênero e número com o substantivo.
- A pequena criança é uma gracinha. 
- O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.
Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à regra 
geral mostrada acima.
a) Um adjetivo após vários substantivos
1 - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural 
ou concorda com o substantivo mais próximo.
- Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.
- Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.
2 - Substantivos de gêneros diferentes: vai para o 
plural masculino ou concorda com o substantivo mais próximo.
- Ela tem pai e mãe louros. 
- Ela tem pai e mãe loura.
3 - Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente 
para o plural.
- O homem e o menino estavam perdidos. 
- O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.
b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos
1 - Adjetivo anteposto normalmente concorda com o mais 
próximo.
Comi delicioso almoço e sobremesa. 
Provei deliciosa fruta e suco.
2 - Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: 
concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
Estavam feridos o pai e os filhos. 
Estava ferido o pai e os filhos.
c) Um substantivo e mais de um adjetivo
1- antecede todos os adjetivos com um artigo.
Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.
2- coloca o substantivo no plural.
Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.
d) Pronomes de tratamento
1 - sempre concordam com a 3ª pessoa.
Vossa Santidade esteve no Brasil.
e) Anexo, incluso, próprio, obrigado
1 - Concordam com o substantivo a que se referem.
As cartas estão anexas. 
A bebida está inclusa. 
Precisamos de nomes próprios. 
Obrigado, disse o rapaz.
f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)
1 - Após essas expressões o substantivo fica sempre no 
singular e o adjetivo no plural.
Renato advogou um e outro caso fáceis. 
Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.
g) É bom, é necessário, é proibido
1- Essas expressões não variam se o sujeito não vier 
precedido de artigo ou outro determinante.
Canja é bom. / A canja é boa. 
É necessário sua presença. / É necessária a sua presença. 
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada 
é proibida.
h) Muito, pouco, caro
1- Como adjetivos: seguem a regra geral.
Comi muitas frutas durante a viagem. 
Pouco arroz é suficiente para mim. 
Os sapatos estavam caros.
2- Como advérbios: são invariáveis.
Comi muito durante a viagem. 
Pouco lutei, por isso perdi a batalha. 
Comprei caro os sapatos.
i) Mesmo, bastante
1- Como advérbios: invariáveis
Preciso mesmo da sua ajuda. 
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.
2- Como pronomes: seguem a regra geral.
Seus argumentos foram bastantes para me convencer. 
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42Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.
j) Menos, alerta
1- Em todas as ocasiões são invariáveis.
Preciso de menos comida para perder peso. 
Estamos alerta para com suas chamadas.
k) Tal Qual
1- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o 
consequente.
As garotas são vaidosas tais qual a tia. 
Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.
l) Possível
1- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” 
ou “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões.
A mais possível das alternativas é a que você expôs. 
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa. 
As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da 
cidade.
m) Meio
1- Como advérbio: invariável.
Estou meio (um pouco) insegura.
2- Como numeral: segue a regra geral.
Comi meia (metade) laranja pela manhã.
n) Só
1- apenas, somente (advérbio): invariável.
Só consegui comprar uma passagem.
2- sozinho (adjetivo): variável.
Estiveram sós durante horas.
Questões
01. Indique o uso INCORRETO da concordância verbal ou 
nominal: 
(A) Será descontada em folha sua contribuição sindical.
(B) Na última reunião, ficou acordado que se realizariam 
encontros semanais com os diversos interessados no assunto.
(C) Alguma solução é necessária, e logo!
(D) Embora tenha ficado demonstrado cabalmente a 
ocorrência de simulação na transferência do imóvel, o pedido 
não pode prosperar.
(E) A liberdade comercial da colônia, somada ao fato de D. 
João VI ter também elevado sua colônia americana à condição de 
Reino Unido a Portugal e Algarves, possibilitou ao Brasil obter 
certa autonomia econômica.
02. Aponte a alternativa em que NÃO ocorre silepse (de 
gênero, número ou pessoa): 
(A) “A gente é feito daquele tipo de talento capaz de fazer a 
diferença.”
(B) Todos sabemos que a solução não é fácil.
(C) Essa gente trabalhadora merecia mais, pois acordam às 
cinco horas para chegar ao trabalho às oito da manhã.
(D) Todos os brasileiros sabem que esse problema vem de 
longe...
(E) Senhor diretor, espero que Vossa Senhoria seja mais 
compreensivo.
03. A concordância nominal está INCORRETA em: 
(A) A mídia julgou desnecessária a campanha e o 
envolvimento da empresa.
(B) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa 
desnecessária.
(C) A mídia julgou desnecessário o envolvimento da empresa 
e a campanha.
(D) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa 
desnecessárias.
Respostas
01. D\02. D\03. B
4.6 Regência verbal e nominal.
Regência Verbal e Nominal
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que 
ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus complementos. 
Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando 
frases não ambíguas, que expressem efetivamente o sentido 
desejado, que sejam corretas e claras.
Regência Verbal
Termo Regente: VERBO
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre 
os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e 
objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).
O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa 
capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de 
conhecermos as diversas significações que um verbo pode 
assumir com a simples mudança ou retirada de uma preposição. 
Observe:
A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar, contentar.
A mãe agrada ao filho. -> agradar significa “causar agrado ou 
prazer”, satisfazer.
Logo, conclui-se que “agradar alguém” é diferente de 
“agradar a alguém”.
Saiba que:
O conhecimento do uso adequado das preposições é um 
dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e 
também nominal). As preposições são capazes de modificar 
completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os 
exemplos:
Cheguei ao metrô.
Cheguei no metrô.
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo 
caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração “Cheguei 
no metrô”, popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se 
vai, possui, no padrão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é 
muito comum existirem divergências entre a regência coloquial, 
cotidiana de alguns verbos, e a regência culta. 
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de 
acordo com sua transitividade. A transitividade, porém, não é 
um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes 
formas em frases distintas.
Verbos Intransitivos
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É 
importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos 
aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.
a) Chegar, Ir
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais 
de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para 
indicar destino ou direção são: a, para.
Fui ao teatro.
 Adjunto Adverbial de Lugar
Ricardo foi para a Espanha.
 Adjunto Adverbial de Lugar
b) Comparecer
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido 
por em ou a.
Comparecemosao estádio (ou no estádio) para ver o último 
jogo.
Verbos Transitivos Diretos
Os verbos transitivos diretos são complementados por 
objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição para 
o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses 
verbos, devemos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os, 
as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem assumir 
as formas lo, los, la, las (após formas verbais terminadas em -r, 
-s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas verbais terminadas em 
sons nasais), enquanto lhe e lhes são, quando complementos 
verbais, objetos indiretos.
São verbos transitivos diretos, dentre outros: abandonar, 
abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, 
adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, 
condenar, conhecer, conservar,convidar, defender, eleger, estimar, 
humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respeitar, 
socorrer, suportar, ver, visitar.
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como o 
verbo amar:
Amo aquele rapaz. / Amo-o.
Amo aquela moça. / Amo-a.
Amam aquele rapaz. / Amam-no.
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.
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43Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos para 
indicar posse (caso em que atuam como adjuntos adnominais).
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira)
Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor)
Verbos Transitivos Indiretos
Os verbos transitivos indiretos são complementados por 
objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exigem uma 
preposição para o estabelecimento da relação de regência. 
Os pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que 
podem atuar como objetos indiretos são o “lhe”, o “lhes”, para 
substituir pessoas. Não se utilizam os pronomes o, os, a, as como 
complementos de verbos transitivos indiretos. Com os objetos 
indiretos que não representam pessoas, usam-se pronomes 
oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos 
pronomes átonos lhe, lhes. 
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes:
a) Consistir - Tem complemento introduzido pela 
preposição “em”.
A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para 
todos.
b) Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complementos 
introduzidos pela preposição “a”.
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.
Eles desobedeceram às leis do trânsito.
c) Responder - Tem complemento introduzido pela 
preposição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a 
quem” ou “ao que” se responde.
Respondi ao meu patrão.
Respondemos às perguntas.
Respondeu-lhe à altura.
Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto 
quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva 
analítica. Veja:
O questionário foi respondido corretamente.
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente.
d) Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complementos 
introduzidos pela preposição “com”.
Antipatizo com aquela apresentadora.
Simpatizo com os que condenam os políticos que governam 
para uma minoria privilegiada.
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados 
de um objeto direto e um indireto. Merecem destaque, nesse 
grupo:
Agradecer, Perdoar e Pagar
São verbos que apresentam objeto direto
 relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas. 
Veja os exemplos:
Agradeço aos ouvintes a audiência.
 Objeto Indireto Objeto Direto
Cristo ensina que é preciso perdoar o pecado ao pecador.
 Obj. Direto Objeto Indireto
Paguei o débito ao cobrador.
 Objeto Direto Objeto Indireto
- O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com 
particular cuidado. Observe:
Agradeci o presente. / Agradeci-o.
Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
Paguei minhas contas. / Paguei-as.
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
Informar
- Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto 
indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
Informe os novos preços aos clientes.
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos 
preços)
- Na utilização de pronomes como complementos, veja as 
construções:
Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre 
eles)
Obs.: a mesma regência do verbo informar é usada para os 
seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir.
Comparar
Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as 
preposições “a” ou “com” para introduzir o complemento 
indireto.
Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma criança.
Pedir
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma 
de oração subordinada substantiva) e indireto de pessoa.
Pedi-lhe favores.
Objeto Indireto Objeto Direto
 
Pedi-lhe que mantivesse em silêncio.
Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva
 Objetiva Direta
Saiba que:
1) A construção “pedir para”, muito comum na linguagem 
cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua culta. No 
entanto, é considerada correta quando a palavra licença estiver 
subentendida.
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa.
Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz uma 
oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo (para 
ir entregar-lhe os catálogos em casa).
2) A construção “dizer para”, também muito usada 
popularmente, é igualmente considerada incorreta.
Preferir
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto 
indireto introduzido pela preposição “a”. Por Exemplo:
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.
Prefiro trem a ônibus.
Obs.: na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado sem 
termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes, um 
milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo existente 
no próprio verbo (pre).
Mudança de Transitividade versus Mudança de 
Significado
Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade, 
apresentam mudança de significado. O conhecimento das 
diferentes regências desses verbos é um recurso linguístico 
muito importante, pois além de permitir a correta interpretação 
de passagens escritas, oferece possibilidades expressivas a 
quem fala ou escreve. Dentre os principais, estão:
AGRADAR
1) Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, 
acariciar.
Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada 
quando o revê.
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / Cláudia 
não perde oportunidade de agradá-lo.
2) Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado 
a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento introduzido 
pela preposição “a”.
O cantor não agradou aos presentes.
O cantor não lhes agradou.
ASPIRAR
1) Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar 
(o ar), inalar.
Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o)
2) Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter 
como ambição.
Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspirávamos a 
elas)
Obs.: como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pessoa, 
mas coisa, não se usam as formas pronominais átonas “lhe” 
e “lhes” e sim as formas tônicas “a ele (s)”, “ a ela (s)”. Veja o 
exemplo:
Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela)
ASSISTIR
1) Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar 
assistência a, auxiliar. Por Exemplo:
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
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44Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
2) Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, 
estar presente, caber, pertencer. 
Exemplos:
Assistimos ao documentário.
Não assisti às últimas sessões.
Essa lei assiste ao inquilino.
Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é 
intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de lugar 
introduzido pela preposição “em”.
Assistimos numa conturbada cidade.
CHAMAR
1) Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, 
solicitar a atenção ou a presença de.
Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-la.
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
2) Chamar no sentido de denominar, apelidar pode 
apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predicativo 
preposicionado ou não.
A torcida chamou o jogador mercenário.
A torcida chamou ao jogador mercenário.
A torcida chamou o jogador de mercenário.
A torcida chamou ao jogador de mercenário.
CUSTAR
1) Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor 
ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial.
Frutas e verduras não deveriam custar muito.
2) No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo ou 
transitivo indireto.
Muito custa viver tão longe da família.
 Verbo Oração Subordinada Substantiva Subjetiva 
 Intransitivo Reduzida de Infinitivo
Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela atitude.
 Objeto Oração Subordinada Substantiva Subjetiva 
 Indireto Reduzida de Infinitivo
 
Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que 
atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por pessoa. 
Observe o exemplo abaixo:
Custei para entender o problema. 
Forma correta: Custou-me entender o problema.
IMPLICAR
1) Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
a) dar a entender, fazer supor, pressupor
Suas atitudes implicavam um firme propósito.
b) Ter como consequência, trazer como consequência, 
acarretar, provocar
Liberdade de escolha implica amadurecimento político de um 
povo.
2) Como transitivo direto e indireto, significa comprometer, 
envolver
Implicaram aquele jornalista em questões econômicas.
Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo 
indireto e rege com preposição “com”.
Implicava com quem não trabalhasse arduamente.
PROCEDER
1) Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, 
ter cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se, 
agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado de 
adjunto adverbial de modo.
As afirmações da testemunha procediam, não havia como 
refutá-las.
Você procede muito mal.
2) Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a preposição” 
de”) e fazer, executar (rege complemento introduzido pela 
preposição “a”) é transitivo indireto.
O avião procede de Maceió.
Procedeu-se aos exames.
O delegado procederá ao inquérito.
QUERER
1) Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter 
vontade de, cobiçar.
Querem melhor atendimento.
Queremos um país melhor.
2) Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, 
estimar, amar.
Quero muito aos meus amigos.
Ele quer bem à linda menina.
Despede-se o filho que muito lhe quer.
VISAR
1) Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, 
fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
O homem visou o alvo. 
O gerente não quis visar o cheque.
2) No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como 
objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição “a”.
O ensino deve sempre visar ao progresso social.
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar 
público.
Questões
01. (IFC - Auxiliar Administrativo - IFC). Todas as 
alternativas estão corretas quanto ao emprego correto da 
regência do verbo, EXCETO: 
(A) Faço entrega em domicílio.
(B) Eles assistem o espetáculo.
(C) João gosta de frutas.
(D) Ana reside em São Paulo.
(E) Pedro aspira ao cargo de chefe.
02. Assinale a opção em que o verbo 
chamar é empregado com o mesmo sentido que 
apresenta em __ “No dia em que o chamaram de Ubirajara, 
Quaresma ficou reservado, taciturno e mudo”:
(A) pelos seus feitos, chamaram-lhe o salvador da pátria;
(B) bateram à porta, chamando Rodrigo;
(C) naquele momento difícil, chamou por Deus e pelo Diabo;
(D) o chefe chamou-os para um diálogo franco;
(E) mandou chamar o médico com urgência.
03. (Consórcio Intermunicipal Grande ABC -CAIP-
IMES -Procurador / 2015) A regência verbal está correta na 
alternativa:
(A) Ela quer namorar com o meu irmão.
(B) Perdi a hora da entrevista porque fui à pé.
(C) Não pude fazer a prova do concurso porque era de menor.
(D) É preferível ir a pé a ir de carro.
Respostas
01. B\02. A\03. D
Regência Nominal
 
É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, 
adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa 
relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo 
da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes 
apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que 
derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, 
conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: 
Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem 
complementos introduzidos pela preposição «a”.Veja:
Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados 
da preposição ou preposições que os regem. Observe-os 
atentamente e procure, sempre que possível, associar esses 
nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.
Substantivos
Admiração a, por 
Devoção a, para, com, por 
Medo a, de
Aversão a, para, por 
Doutor em 
Obediência a
Atentado a, contra 
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45Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Dúvida acerca de, em, sobre 
Ojeriza a, por
Bacharel em 
Horror a 
Proeminência sobre
Capacidade de, para 
Impaciência com 
Respeito a, com, para com, por
Adjetivos
Acessível a 
Diferente de 
Necessário a
Acostumado a, com 
Entendido em 
Nocivo a
Afável com, para com 
Equivalente a 
Paralelo a
Agradável a 
Escasso de 
Parco em, de
Alheio a, de 
Essencial a, para 
Passível de
Análogo a 
Fácil de 
Preferível a
Ansioso de, para, por 
Fanático por 
Prejudicial a
Apto a, para 
Favorável a 
Prestes a
Ávido de 
Generoso com 
Propício a
Benéfico a 
Grato a, por 
Próximo a
Capaz de, para 
Hábil em 
Relacionado com
Compatível com 
Habituado a 
Relativo a
Contemporâneo a, de 
Idêntico a 
Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a 
Impróprio para 
Semelhante a
Contrário a 
Indeciso em 
Sensível a
Curioso de, por 
Insensível a 
Sito em
Descontente com 
Liberal com 
Suspeito de
Desejoso de 
Natural de 
Vazio de
Advérbios
Longe de Perto de
Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir 
o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a; 
paralelamente a; relativa a; relativamente a.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php
Questões
01. Assinale a alternativa em que a preposição “a” não deva 
ser empregada, de acordo com a regência nominal.
(A) A confiança é necessária ____ qualquer relacionamento.
(B) Os pais de Pâmela estão alheios ____ qualquer decisão.
(C) Sirlene tem horror ____ aves.
(D) O diretor está ávido ____ melhores metas.
(E) É inegável que a tecnologia ficou acessível ____ toda 
população.
02. Quanto a amigos, prefiro João.....Paulo,.....quem sinto......
simpatia.
(A) a, por, menos
(B) do que, por, menos
(C) a, para, menos
(D) do que, com, menos
(E) do que, para, menos
 
03. Assinale a opção em que todos adjetivos podem ser 
seguidos pela mesma preposição:
(A) ávido, bom, inconsequente
(B) indigno, odioso, perito
(C) leal, limpo, oneroso
(D) orgulhoso, rico, sedento
(E) oposto, pálido, sábio
Respostas
01. D\02. A\03. D
4.7 Emprego do sinalindicativo 
de crase.
Crase
A palavra crase é de origem grega e significa «fusão», 
«mistura». Na língua portuguesa, é o nome que se dá à «junção» 
de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da 
preposição “a” com o artigo feminino “a” (s), com o “a” inicial dos 
pronomes aquele(s), aquela (s), aquilo e com o “a” do relativo a 
qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para 
indicar a crase. O uso apropriado do acento grave depende da 
compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também, 
para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos 
e nomes que exigem a preposição “a”. Aprender a usar a 
crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência 
simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. 
Observe:
Vou a + a igreja.
Vou à igreja.
No exemplo acima, temos a ocorrência da 
preposição “a”, exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a 
ocorrência do artigo “a” que está determinando o substantivo 
feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e 
elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe 
os outros exemplos:
Conheço a aluna. 
 Refiro-me à aluna.
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer 
algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode 
ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto 
(referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição “a”. 
Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja 
feminino e admita o artigo feminino “a” ou um dos pronomes já 
especificados.
Veja os principais casos em que a crase NÃO ocorre:
1-) diante de substantivos masculinos:
Andamos a cavalo.
Fomos a pé.
Passou a camisa a ferro.
Fazer o exercício a lápis.
Compramos os móveis a prazo.
2-) diante de verbos no infinitivo:
A criança começou a falar.
Ela não tem nada a dizer. 
Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos 
exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase.
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46Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
3-) diante da maioria dos pronomes e das expressões de 
tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e dona:
Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
Entreguei a todos os documentos necessários.
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.
Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos.
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes 
podem ser identificados pelo método: troque a palavra feminina 
por uma masculina, caso na nova construção surgir a forma ao, 
ocorrerá crase. Por exemplo:
Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.)
Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.)
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio 
Cláudio para sair mais cedo.)
4-) diante de numerais cardinais:
Chegou a duzentos o número de feridos
Daqui a uma semana começa o campeonato.
Casos em que a crase SEMPRE ocorre:
1-) diante de palavras femininas:
Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.
Sempre vamos à praia no verão.
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
Sou grata à população.
Fumar é prejudicial à saúde.
Este aparelho é posterior à invenção do telefone.
2-) diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de” 
(mesmo que a expressão moda de fique subentendida):
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé. 
Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
Estava com vontade de comer frango à (moda de) passarinho.
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.
3-) na indicação de horas:
Acordei às sete horas da manhã.
Elas chegaram às dez horas.
Foram dormir à meia-noite. 
4-) em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de 
que participam palavras femininas. Por exemplo:
à tarde às ocultas às pressas à medida que
à noite às claras às escondidas à força
à vontade à beça à larga à escuta
às avessas à revelia à exceção de à imitação de
à esquerda às turras às vezes à chave
à direita à procura à deriva à toa
à luz à sombra de à frente de à proporção que
à 
semelhança 
de
às ordens à beira de
Crase diante de Nomes de Lugar
Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do 
artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que 
diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a 
preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não 
a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o termo 
regente por um verbo que peça a preposição “de” ou “em”. A 
ocorrência da contração “da” ou “na” prova que esse nome de 
lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase.
Por exemplo:
Vou à França. (Vim da [de+a] França. Estou na [em+a] 
França.)
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália)
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto 
Alegre.) 
- Minha dica: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou A 
volto DE, crase PRA QUÊ?”
Ex: Vou a Campinas. = Volto de Campinas.
 Vou à praia. = Volto da praia.
- ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado, 
ocorrerá crase. Veja:
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = 
mesmo que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE” 
Irei à Salvador de Jorge Amado.
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s), 
Aquela (s), Aquilo
Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo 
regente exigir a preposição “a”. Por exemplo:
Refiro-me a + aquele atentado.
Preposição Pronome
Refiro-me àquele atentado.
O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo 
indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige preposição, 
portanto, ocorre a crase. Observe este outro exemplo:
Aluguei aquela casa.
O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não exige 
preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso. 
Veja outros exemplos:
Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho.
Quero agradecer àqueles que me socorreram.
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.
Não obedecerei àquele sujeito.
Assisti àquele filme três vezes.
Espero aquele rapaz.
Fiz aquilo que você disse.
Comprei aquela caneta.
Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as 
quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses pronomes 
exigir a preposição «a», haverá crase. É possível detectar a 
ocorrência da crase nesses casos utilizando a substituição do 
termo regido feminino por um termo regido masculino. 
Por exemplo:
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade.
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a crase. 
Veja outros exemplos:
São normas às quais todos os alunos devem obedecer.
Esta foi a conclusão à qual ele chegou.
Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam 
responder nenhuma das questões.
A sessão à qual assisti estava vazia.
Crase com o Pronome Demonstrativo “a”
A ocorrência da crase com o pronome 
demonstrativo “a” também pode ser detectada através da 
substituição do termo regente feminino por um termo regido 
masculino. 
Veja:
Minha revolta é ligada à do meu país.
Meu luto é ligado ao do meu país.
As orações são semelhantes às de antes.
Os exemplos são semelhantes aos de antes.
Suas perguntas são superiores às dele.
Seus argumentos são superiores aos dele.
Sua blusa é idêntica à de minha colega.
Seu casaco é idêntico ao de minha colega.
A Palavra Distância
Se a palavra distância estiver especificada, determinada, a 
crase deve ocorrer.
Por exemplo:
Sua casa fica à distância de 100 Km daqui. (A palavra está 
determinada)
Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A 
palavra está especificada.)
Se a palavra distância não estiver especificada, a 
crase não pode ocorrer. 
Por exemplo:
Os militares ficaram a distância.
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47Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Gostavade fotografar a distância.
Ensinou a distância.
Dizem que aquele médico cura a distância.
Reconheci o menino a distância.
Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade, 
pode-se usar a crase. 
Veja:
Gostava de fotografar à distância.
Ensinou à distância.
Dizem que aquele médico cura à distância.
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA
1-) diante de nomes próprios femininos:
Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes 
próprios femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe:
Paula é muito bonita. Laura é minha amiga.
A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga.
Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo 
feminino diante de nomes próprios femininos, então podemos 
escrever as frases abaixo das seguintes formas:
Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a 
Roberto.
Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao 
Roberto.
2-) diante de pronome possessivo feminino:
Observação: é facultativo o uso da crase diante de 
pronomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do 
artigo. Observe:
Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está 
esperando por você.
A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está 
esperando por você.
Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de 
pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as 
frases abaixo das seguintes formas:
Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô.
Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô.
3-) depois da preposição até:
Fui até a praia. ou Fui até à praia.
Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o até à porta.
A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou 
A palestra vai até às cinco horas da tarde.
Questões
01.( Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) No Brasil, as 
discussões sobre drogas parecem limitar-se ______aspectos 
jurídicos ou policiais. É como se suas únicas consequências 
estivessem em legalismos, tecnicalidades e estatísticas criminais. 
Raro ler ____respeito envolvendo questões de saúde pública 
como programas de esclarecimento e prevenção, de tratamento 
para dependentes e de reintegração desses____ vida. Quantos de 
nós sabemos o nome de um médico ou clínica ____quem tentar 
encaminhar um drogado da nossa própria família?
 
 (Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo, 
17.09.2012. Adaptado)
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e 
respectivamente, com:
(A) aos … à … a … a
(B) aos … a … à … a
(C) a … a … à … à
(D) à … à … à … à
(E) a … a … a … a
02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013).Leia 
o texto a seguir.
Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, correu 
______ cartomante para consultá-la sobre a verdadeira causa do 
procedimento de Camilo. Vimos que ______ cartomante restituiu-
lhe ______ confiança, e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o 
que fez.
(Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias. Rio de 
Janeiro: Globo, 1997, p. 6)
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na 
ordem dada:
A) à – a – a
B) a – a – à
C) à – a – à
D) à – à – a
E) a – à – à
03 “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas já 
expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”.
a) à - àqueles - a - há 
b) a - àqueles - a - há 
c) a - aqueles - à - a 
d) à - àqueles - a - a 
e) a - aqueles - à - há
Respostas
1-B / 2-A / 3-B
4.8 Colocação dos pronomes 
átonos.
Colocação dos Pronomes Oblíquos 
Átonos
De acordo com as autoras Rose Jordão e Clenir Bellezi, a 
colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais 
oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se 
referem.
São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe, 
lhes, nos e vos.
O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na 
oração em relação ao verbo:
1. próclise: pronome antes do verbo
2. ênclise: pronome depois do verbo
3. mesóclise: pronome no meio do verbo
Próclise 
A próclise é aplicada antes do verbo quando temos:
- Palavras com sentido negativo:
Nada me faz querer sair dessa cama. 
Não se trata de nenhuma novidade. 
- Advérbios:
Nesta casa se fala alemão.
Naquele dia me falaram que a professora não veio.
- Pronomes relativos:
A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje.
Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram.
- Pronomes indefinidos:
Quem me disse isso?
Todos se comoveram durante o discurso de despedida.
- Pronomes demonstrativos:
Isso me deixa muito feliz!
Aquilo me incentivou a mudar de atitude!
- Preposição seguida de gerúndio:
Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais 
indicado à pesquisa escolar.
- Conjunção subordinativa:
Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.
Ênclise
A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não 
aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A 
ênclise vai acontecer quando:
- O verbo estiver no imperativo afirmativo:
Amem-se uns aos outros.
Sigam-me e não terão derrotas.
- O verbo iniciar a oração:
Diga-lhe que está tudo bem.
Chamaram-me para ser sócio.
- O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da preposição 
“a”:
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48Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Naquele instante os dois passaram a odiar-se.
Passaram a cumprimentar-se mutuamente.
- O verbo estiver no gerúndio:
Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de 
despreocupada.
Despediu-se, beijando-me a face.
- Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
Se passar no vestibular em outra cidade, mudo-me no 
mesmo instante.
Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.
Mesóclise 
A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no 
futuro do presente ou no futuro do pretérito:
A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela se 
realizará)
Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma 
proposta a você)
Fontes:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf42.php
http://www.brasilescola.com/gramatica/colocacao-pronominal.
htm
Questões
01. Considerada a norma culta escrita, há correta substituição 
de estrutura nominal por pronome em: 
(A) Agradeço antecipadamente sua Resposta // Agradeço-
lhes antecipadamente. 
(B) do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica. // do 
verbo fabricar se extraiu-lhe. 
(C) não faltam lexicógrafos // não faltam-os. 
(D) Gostaria de conhecer suas considerações // Gostaria de 
conhecê-las. 
(E) incluindo a palavra ‘aguardo’ // incluindo ela.
02. Caso fosse necessário substituir o termo destacado em 
“Basta apresentar um documento” por um pronome, de acordo 
com a norma-padrão, a nova redação deveria ser 
(A) Basta apresenta-lo. 
(B) Basta apresentar-lhe. 
(C) Basta apresenta-lhe. 
(D) Basta apresentá-la. 
(E) Basta apresentá-lo.
03. Em qual período, o pronome átono que substitui o 
sintagma em destaque tem sua colocação de acordo com a 
norma-padrão?
(A) O porteiro não conhecia o portador do embrulho – 
conhecia-o
(B) Meu pai tinha encontrado um marinheiro na praça Mauá 
– tinha encontrado-o.
(C) As pessoas relatarão as suas histórias para o registro no 
Museu – relatá-las-ão.
(D) Quem explicou às crianças as histórias de seus 
antepassados? – explicou-lhes.
(E) Vinham perguntando às pessoas se aceitavam a ideia de 
um museu virtual – Lhes vinham perguntando.
Respostas
01. D/02. E/03. C
5 Domínio dos mecanismos de 
coesão textual. 5.1 Emprego de 
elementos de referenciação, 
substituição e repetição, 
de conectores e de outros 
elementos de sequenciação 
textual. 5.2 Emprego de tempos e 
modos verbais.
Coesão
Coesão é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de 
um texto, como descreve Marina Cabral. Percebemos tal definição 
quando lemos um texto e verificamos que as palavras, as frases 
e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao 
outro.
Os elementos de coesão determinam a transição de ideias 
entre as frases e os parágrafos.
Observe a coesão presente no texto a seguir:
“Os sem-terra fizeram umprotesto em Brasília contra a 
política agrária do país, porque consideram injusta a atual 
distribuição de terras. Porém o ministro da Agricultura 
considerou a manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o 
projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de sem-
terra.”
JORDÃO, R., BELLEZI C. Linguagens. São Paulo: Escala Educacional, 
2007, p. 566
As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do 
texto, podemos dizer que elas são responsáveis pela coesão do 
texto.
Há vários recursos que respondem pela coesão do texto, os 
principais são:
- Palavras de transição: são palavras responsáveis pela 
coesão do texto, estabelecem a interrelação entre os enunciados 
(orações, frases, parágrafos), são preposições, conjunções, 
alguns advérbios e locuções adverbiais.
Veja algumas palavras e expressões de transição e seus 
respectivos sentidos:
- inicialmente (começo, introdução)
- primeiramente (começo, introdução)
- primeiramente (começo, introdução)
- antes de tudo (começo, introdução)
- desde já (começo, introdução)
- além disso (continuação)
- do mesmo modo (continuação)
- acresce que (continuação)
- ainda por cima (continuação)
- bem como (continuação)
- outrossim (continuação)
- enfim (conclusão)
- dessa forma (conclusão)
- em suma (conclusão)
- nesse sentido (conclusão)
- portanto (conclusão)
- afinal (conclusão)
- logo após (tempo)
- ocasionalmente (tempo)
- posteriormente (tempo)
- atualmente (tempo)
- enquanto isso (tempo)
- imediatamente (tempo)
- não raro (tempo)
- concomitantemente (tempo)
- igualmente (semelhança, conformidade)
- segundo (semelhança, conformidade)
- conforme (semelhança, conformidade)
- assim também (semelhança, conformidade)
- de acordo com (semelhança, conformidade)
- daí (causa e consequência)
- por isso (causa e consequência)
- de fato (causa e consequência)
- em virtude de (causa e consequência)
- assim (causa e consequência)
- naturalmente (causa e consequência)
- então (exemplificação, esclarecimento)
- por exemplo (exemplificação, esclarecimento)
- isto é (exemplificação, esclarecimento)
- a saber (exemplificação, esclarecimento)
- em outras palavras (exemplificação, esclarecimento)
- ou seja (exemplificação, esclarecimento)
- quer dizer (exemplificação, esclarecimento)
- rigorosamente falando (exemplificação, esclarecimento).
Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso 
cotidiano. Assim sendo, quem a pratica possui uma melhor 
qualidade de vida.
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49Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
- Coesão por referência: existem palavras que têm a função 
de fazer referência, são elas:
- pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os...
- pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso...
- pronomes demonstrativos: este, esse, aquele...
- pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo...
- pronomes relativos: que, o qual, onde...
- advérbios de lugar: aqui, aí, lá...
Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Tal 
resultado demonstra que ela se esforçou bastante para alcançar 
o objetivo que tanto almejava.
- Coesão por substituição: substituição de um nome (pessoa, 
objeto, lugar etc.), verbos, períodos ou trechos do texto por uma 
palavra ou expressão que tenha sentido próximo, evitando a 
repetição no corpo do texto.
Ex.: Porto Alegre pode ser substituída por “a capital gaúcha”;
Castro Alves pode ser substituído por “O Poeta dos Escravos”;
João Paulo II: Sua Santidade;
Vênus: A Deusa da Beleza.
Ex.: Castro Alves é autor de uma vastíssima obra literária. 
Não é por acaso que o “Poeta dos Escravos” é considerado o mais 
importante da geração a qual representou.
Assim, a coesão confere textualidade aos enunciados 
agrupados em conjuntos.
Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/redacao/coesao.htm
Questões
01. (TJ/RJ – Analista Judiciário – FGV/2014)
Texto 1 – Bem tratada, faz bem
Sérgio Magalhães, O Globo 
O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória: “O 
carro é o cigarro do futuro.” Quem poderia imaginar a reversão 
cultural que se deu no consumo do tabaco? 
Talvez o automóvel não seja descartável tão facilmente. Este 
jornal, em uma série de reportagens, nestes dias, mostrou o 
privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo ao 
transporte coletivo. Surpreendentemente, houve entrevistado 
que opinou favoravelmente, valorizando Los Angeles – um caso 
típico de cidade rodoviária e dispersa. 
Ainda nestes dias, a ONU reafirmou o compromisso desta 
geração com o futuro da humanidade e contra o aquecimento 
global – para o qual a emissão de CO2 do rodoviarismo é agente 
básico. (A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a 
poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito.) 
O transporte também esteve no centro dos protestos de 
junho de 2013. Lembremos: ele está interrelacionado com a 
moradia, o emprego, o lazer. Como se vê, não faltam razões para 
o debate do tema. 
“Como se vê, não faltam razões para o debate do tema.” 
Substituindo o termo destacado por uma oração 
desenvolvida, a forma correta e adequada seria:
(A) para que se debatesse o tema;
(B) para se debater o tema;
(C) para que se debata o tema;
(D) para debater-se o tema;
(E) para que o tema fosse debatido.
02. (TJ/RJ – Analista Judiciário – FGV/2014) 
“A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a poluição 
em São Paulo mata o dobro do que o trânsito”. 
A oração em forma desenvolvida que substitui correta e 
adequadamente o gerúndio “advertindo” é:
(A) com a advertência de;
(B) quando adverte;
(C) em que adverte;
(D) no qual advertia;
(E) para advertir.
03. (PC/RJ – Papilocopista – IBF/2014) 
Texto III - Corrida contra o ebola
Já faz seis meses que o atual surto de ebola na África 
Ocidental despertou a atenção da comunidade internacional, 
mas nada sugere que as medidas até agora adotadas para refrear 
o avanço da doença tenham sido eficazes.
Ao contrário, quase metade das cerca de 4.000 contaminações 
registradas neste ano ocorreram nas últimas três semanas, 
e as mais de 2.000 mortes atestam a força da enfermidade. A 
escalada levou o diretor do CDC (Centro de Controle e Prevenção 
de Doenças) dos EUA, Tom Frieden, a afirmar que a epidemia 
está fora de controle.
O vírus encontrou ambiente propício para se propagar. 
De um lado, as condições sanitárias e econômicas dos países 
afetados são as piores possíveis. De outro, a Organização 
Mundial da Saúde foi incapaz de mobilizar com celeridade 
um contingente expressivo de profissionais para atuar nessas 
localidades afetadas.
Verdade que uma parcela das debilidades da OMS se explica 
por problemas financeiros. Só 20% dos recursos da entidade 
vêm de contribuições compulsórias dos países-membros – o 
restante é formado por doações voluntárias.
A crise econômica mundial se fez sentir também nessa área, 
e a organização perdeu quase US$ 1 bilhão de seu orçamento 
bianual, hoje de quase US$ 4 bilhões. Para comparação, o CDC 
dos EUA contou, somente no ano de 2013, com cerca de US$ 6 
bilhões.
Os cortes obrigaram a OMS a fazer escolhas difíceis. A agência 
passou a dar mais ênfase à luta contra enfermidades globais 
crônicas, como doenças coronárias e diabetes. O departamento 
de respostas a epidemias e pandemias foi dissolvido e integrado 
a outros. Muitos profissionais experimentados deixaram seus 
cargos.
Pesa contra o órgão da ONU, de todo modo, a demora para 
reconhecer a gravidade da situação. Seus esforços iniciais foram 
limitados e mal liderados.
O surto agora atingiu proporções tais que já não é mais 
possível enfrentá-lo de Genebra, cidade suíça sede da OMS. 
Tornou-se crucial estabelecer um comando central na África 
Ocidental, com representantes dos países afetados.
Espera-se também maior comprometimento das potências 
mundiais, sobretudo Estados Unidos, Inglaterra e França, 
que possuem antigos laços com Libéria, Serra Leoa e Guiné, 
respectivamente.
A comunidade internacional tem diante de si um desafio 
enorme, mas é ainda maior a necessidadede agir com rapidez. 
Nessa batalha global contra o ebola, todo tempo perdido conta 
a favor da doença.
 
(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/
opiniao/2014/09/1512104-editorial-corrida-contra-o-ebola.shtml: 
Acesso em: 08/09/2014)
Assinale a opção em que se indica, INCORRETAMENTE, o 
referente do termo em destaque.
(A) “quase US$ 1 bilhão de seu orçamento bianual” (5º§) – 
organização
(B) “A agência passou a dar mais ênfase” (6º§) – OMS
(C) “Pesa contra o órgão da ONU”(7º§) – OMS
(D) “Seus esforços iniciais foram limitados” (7º§) – gravidade 
da situação
(E) “A comunidade tem diante de si” (10º§) – comunidade 
internacional
Respostas
01. (C)/02. (C)/03. (D)
Verbo
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, 
número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros 
processos: ação (correr); estado (ficar); fenômeno (chover); 
ocorrência (nascer); desejo (querer).
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus 
possíveis significados. Observe que palavras como corrida, 
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50Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns 
verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as 
possibilidades de flexão que esses verbos possuem.
Estrutura das Formas Verbais
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode 
apresentar os seguintes elementos:
a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significado 
essencial do verbo. Por exemplo: 
fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-)
b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a 
conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: fala-r
São três as conjugações:
1ª - Vogal Temática - A - (falar)
2ª - Vogal Temática - E - (vender)
3ª - Vogal Temática - I - (partir)
c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o 
tempo e o modo do verbo. 
Por exemplo:
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
d) Desinência número-pessoal: é o elemento que designa 
a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou 
plural). 
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
falavam (indica a 3ª pessoa do plural.)
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados 
(compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois a 
forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, apesar de haver 
desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do 
verbo: põe, pões, põem, etc.
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos 
verbos com o conceito de acentuação tônica, percebemos com 
facilidade que nas formas rizotônicas, o acento tônico cai no 
radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por exemplo. Nas 
formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no radical, mas sim 
na terminação verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos.
Classificação dos Verbos
Classificam-se em:
a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências 
normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alterações 
no radical. 
Por exemplo: canto cantei cantarei cantava cantasse
b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações 
no radical ou nas desinências.
Por exemplo: faço fiz farei fizesse
c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação 
completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais e pessoais.
- Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. 
Normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os 
principais verbos impessoais são:
a) haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se 
ou fazer (em orações temporais).
Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo)
Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
Era primavera quando a conheci.
Estava frio naquele dia.
c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza 
são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer, 
escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci mal-
humorado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido figurado. 
Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, 
deixa de ser impessoal para ser pessoal.
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
d) São impessoais, ainda:
1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo. 
Ex.: Já passa das seis.
2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, 
indicando suficiência. Ex.: 
Basta de tolices. Chega de blasfêmias.
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem, 
Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem referência 
a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso, 
classificar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos, 
então, pessoais.
4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de “ser 
possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uns trocados?
- Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se 
apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural.
A fruta amadureceu.
As frutas amadureceram.
 
Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos 
pessoais na linguagem figurada:
Teu irmão amadureceu bastante.
Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de 
animais; eis alguns:
bramar: tigre
bramir: crocodilo
cacarejar: galinha
coaxar: sapo
cricrilar: grilo
Os principais verbos unipessoais são:
1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, 
ser (preciso, necessário, etc.).
Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos 
bastante.)
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.)
É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)
2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da 
conjunção que.
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de 
fumar.)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia. 
(Sujeito: que não vejo Cláudia)
Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.
- Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos 
morfológicos ou eufônicos. Por exemplo:
verbo falir. Este verbo teria como formas do presente do 
indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que 
provavelmente causaria problemas de interpretação em certos 
contextos.
verbo computar. Este verbo teria como formas do presente do 
indicativo computo, computas, computa - formas de sonoridade 
considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas 
razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas 
verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é 
o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a 
popularização da informática, tem sido conjugado em todos os 
tempos, modos e pessoas.
d) Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma 
forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma 
ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares 
terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas 
curtas (particípio irregular). Observe:
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51Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Infinitivo Particípio regular Particípio irregular
Anexar Anexado Anexo
Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso
Matar Matado Morto
Morrer Morrido Morto
Pegar Pegado Pego
Soltar Soltado Solto
e) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical 
em sua conjugação.
Por exemplo: 
Ir Pôr Ser Saber
vou 
vais 
ides 
fui 
foste
ponho 
pus 
pôs 
punha
sou 
és 
fui 
foste 
seja
sei 
sabes 
soube 
saiba
f) Auxiliares
São aqueles que entram na formação dos tempos 
compostos e das locuções verbais. O verbo principal, quando 
acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numadas formas 
nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
 
 Vou espantar as moscas.
(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)
Está chegando a hora do debate.
(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio) 
 
Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e 
haver.
Conjugação dos Verbos Auxiliares
SER - Modo Indicativo
Presente: eu sou, tu és, ele é, nós somos, vós sois, eles são.
Pretérito Imperfeito: eu era, tu eras, ele era, nós éramos, 
vós éreis, eles eram.
Pretérito Perfeito Simples: eu fui, tu foste, ele foi, nós 
fomos, vós fostes, eles foram.
Pretérito Perfeito Composto: tenho sido.
Mais-que-perfeito simples: eu fora, tu foras, ele fora, nós 
fôramos, vós fôreis, eles foram.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha sido.
Futuro do Pretérito simples: eu seria, tu serias, ele seria, 
nós seríamos, vós seríeis, eles seriam.
Futuro do Pretérito Composto: terei sido.
Futuro do Presente: eu serei, tu serás, ele será, nós seremos, 
vós sereis, eles serão.
Futuro do Pretérito Composto: Teria sido.
SER - Modo Subjuntivo
Presente: que eu seja, que tu sejas, que ele seja, que nós 
sejamos, que vós sejais, que eles sejam.
Pretérito Imperfeito: se eu fosse, se tu fosses, se ele fosse, 
se nós fôssemos, se vós fôsseis, se eles fossem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse sido.
Futuro Simples: quando eu for, quando tu fores, quando ele 
for, quando nós formos, quando vós fordes, quando eles forem.
Futuro Composto: tiver sido.
SER - Modo Imperativo
Imperativo Afirmativo: sê tu, seja ele, sejamos nós, sede 
vós, sejam eles.
Imperativo Negativo: não sejas tu, não seja ele, não sejamos 
nós, não sejais vós, não sejam eles.
Infinitivo Pessoal: por ser eu, por seres tu, por ser ele, por 
sermos nós, por serdes vós, por serem eles.
SER - Formas Nominais
Formas Nominais
Infinitivo: ser
Gerúndio: sendo 
Particípio: sido
Infinitivo Pessoal : ser eu, seres tu, ser ele, sermos 
nós, serdes vós, serem eles. 
ESTAR - Modo Indicativo
Presente: eu estou, tu estás, ele está, nós estamos, vós estais, 
eles estão.
Pretérito Imperfeito: eu estava, tu estavas, ele estava, nós 
estávamos, vós estáveis, eles estavam.
Pretérito Perfeito Simples: eu estive, tu estiveste, ele 
esteve, nós estivemos, vós estivestes, eles estiveram.
Pretérito Perfeito Composto: tenho estado.
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu estivera, tu 
estiveras, ele estivera, nós estivéramos, vós estivéreis, eles 
estiveram.
Pretérito Mais-que-perfeito Composto: tinha estado
Futuro do Presente Simples: eu estarei, tu estarás, ele 
estará, nós estaremos, vós estareis, eles estarão.
Futuro do Presente Composto: terei estado.
Futuro do Pretérito Simples: eu estaria, tu estarias, ele 
estaria, nós estaríamos, vós estaríeis, eles estariam.
Futuro do Pretérito Composto: teria estado.
ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo
Presente: que eu esteja, que tu estejas, que ele esteja, que 
nós estejamos, que vós estejais, que eles estejam.
Pretérito Imperfeito: se eu estivesse, se tu estivesses, se 
ele estivesse, se nós estivéssemos, se vós estivésseis, se eles 
estivessem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse estado
Futuro Simples: quando eu estiver, quando tu estiveres, 
quando ele estiver, quando nós estivermos, quando vós 
estiverdes, quando eles estiverem.
Futuro Composto: Tiver estado.
Imperativo Afirmativo: está tu, esteja ele, estejamos nós, 
estai vós, estejam eles.
Imperativo Negativo: não estejas tu, não esteja ele, não 
estejamos nós, não estejais vós, não estejam eles.
Infinitivo Pessoal: por estar eu, por estares tu, por estar ele, 
por estarmos nós, por estardes vós, por estarem eles.
Formas Nominais
Infinitivo: estar
Gerúndio: estando
Particípio: estado
ESTAR - Formas Nominais
Infinitivo Impessoal: estar 
Infinitivo Pessoal: estar, estares, estar, estarmos, estardes, 
estarem. 
Gerúndio: estando 
Particípio: estado
 
HAVER - Modo Indicativo
Presente: eu hei, tu hás, ele há, nós havemos, vós haveis, eles 
hão.
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52Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Pretérito Imperfeito: eu havia, tu havias, ele havia, nós 
havíamos, vós havíeis, eles haviam.
Pretérito Perfeito Simples: eu houve, tu houveste, ele 
houve, nós houvemos, vós houvestes, eles houveram.
Pretérito Perfeito Composto: tenho havido.
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu houvera, tu 
houveras, ele houvera, nós houvéramos, vós houvéreis, eles 
houveram.
Pretérito Mais-que-Prefeito Composto: tinha havido.
Futuro do Presente Simples: eu haverei, tu haverás, ele 
haverá, nós haveremos, vós havereis, eles haverão.
Futuro do Presente Composto: terei havido.
Futuro do Pretérito Simples: eu haveria, tu haverias, ele 
haveria, nós haveríamos, vós haveríeis, eles haveriam.
Futuro do Pretérito Composto: teria havido.
HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo
Modo Subjuntivo
Presente: que eu haja, que tu hajas, que ele haja, que nós 
hajamos, que vós hajais, que eles hajam.
Pretérito Imperfeito: se eu houvesse, se tu houvesses, se 
ele houvesse, se nós houvéssemos, se vós houvésseis, se eles 
houvessem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse havido.
Futuro Simples: quando eu houver, quando tu houveres, 
quando ele houver, quando nós houvermos, quando vós 
houverdes, quando eles houverem.
Futuro Composto: tiver havido.
Modo Imperativo 
Imperativo Afirmativo: haja ele, hajamos nós, havei vós, 
hajam eles.
Imperativo Negativo: não hajas tu, não haja ele, não 
hajamos nós, não hajais vós, não hajam eles.
Infinitivo Pessoal: por haver eu, por haveres tu, por haver 
ele, por havermos nós, por haverdes vós, por haverem eles.
HAVER - Formas Nominais
Infinitivo Impessoal: haver, haveres, haver, havermos, 
haverdes, haverem. 
Infinitivo Pessoal: haver 
Gerúndio: havendo 
Particípio: havido
TER - Modo Indicativo
Presente: eu tenho, tu tens, ele tem, nós temos, vós tendes, 
eles têm.
Pretérito Imperfeito: eu tinha, tu tinhas, ele tinha, nós 
tínhamos, vós tínheis, eles tinham.
Pretérito Perfeito Simples: eu tive, tu tiveste, ele teve, nós 
tivemos, vós tivestes, eles tiveram.
Pretérito Perfeito Composto: tenho tido.
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu tivera, tu tiveras, 
ele tivera, nós tivéramos, vós tivéreis, eles tiveram.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha tido.
Futuro do Presente Simples: eu terei, tu terás, ele terá, nós 
teremos, vós tereis, eles terão.
Futuro do Presente: terei tido.
Futuro do Pretérito Simples: eu teria, tu terias, ele teria, 
nós teríamos, vós teríeis, eles teriam.
Futuro do Pretérito composto: teria tido.
TER - Modo Subjuntivo e Imperativo
Modo Subjuntivo
Presente: que eu tenha, que tu tenhas, que ele tenha, que 
nós tenhamos, que vós tenhais, que eles tenham.
Pretérito Imperfeito: se eu tivesse, se tu tivesses, se ele 
tivesse, se nós tivéssemos, se vós tivésseis, se eles tivessem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse tido.
Futuro: quando eu tiver, quando tu tiveres, quando ele tiver, 
quando nós tivermos, quando vós tiverdes, quando eles tiverem.
Futuro Composto: tiver tido.
Modo Imperativo
Imperativo Afirmativo: tem tu, tenha ele, tenhamos nós, 
tende vós, tenham eles.
Imperativo Negativo: não tenhas tu, não tenha ele, não 
tenhamos nós, não tenhais vós, não tenham eles.
Infinitivo Pessoal: por ter eu, por teres tu, por ter ele, por 
termos nós, por terdes vós, por terem eles.
g) Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com 
os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mesma 
pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais 
acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no próprio 
sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja:
- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os 
pronomes oblíquos me,te, se, nos, vos, se. São poucos: abster-se, 
ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos 
verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já está implícita 
no radical do verbo. Por exemplo:
Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem 
um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mesma, 
pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o 
pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do 
verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-
se que o pronome apenas serve de reforço da ideia reflexiva 
expressa pelo radical do próprio verbo. 
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e 
respectivos pronomes): 
Eu me arrependo 
Tu te arrependes 
Ele se arrepende 
Nós nos arrependemos 
Vós vos arrependeis 
Eles se arrependem
 - 2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que 
a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto representado por 
pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito 
faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos 
transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser 
conjugados com os pronomes mencionados, formando o que se 
chama voz reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava.
 A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode 
ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: Maria 
penteou-me.
 
Observações:
1- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes 
oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função 
sintática.
2- Há verbos que também são acompanhados de pronomes 
oblíquos átonos, mas que não são essencialmente pronominais, 
são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, 
apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito, 
exercem funções sintáticas.
Por exemplo:
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me (objeto 
direto) - 1ª pessoa do singular
Modos Verbais
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo 
verbo na expressão de um fato. Em Português, existem três 
modos: 
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo: 
Eu sempre estudo.
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por 
exemplo: Talvez eu estude amanhã.
Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por 
exemplo: Estuda agora, menino.
Formas Nominais
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas 
que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo, 
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53Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. 
Observe: 
- a) Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo 
de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de 
substantivo. Por exemplo: Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente 
(forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
É preciso ler este livro. Era preciso ter lido este livro.
b) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três 
pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não 
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; 
nas demais, flexiona- -se da seguinte maneira:
2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu)
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.:termos (nós)
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.:terdes (vós)
3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.:terem (eles)
Por exemplo:
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.
- c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou 
advérbio. Por exemplo: 
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de 
advérbio)
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo)
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; 
na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo:
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.
- d) Particípio: quando não é empregado na formação dos 
tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado 
de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e 
grau. Por exemplo:
Terminados os exames, os candidatos saíram.
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma 
relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo 
(adjetivo verbal). Por exemplo:
Ela foi a aluna escolhida para representar a escola.
Tempos Verbais
Tomando-se como referência o momento em que se fala, 
a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos. 
Veja:
1. Tempos do Indicativo
- Presente - Expressa um fato atual. Por exemplo: 
Eu estudo neste colégio.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num 
momento anterior ao atual, mas que não foi completamente 
terminado. Por exemplo: Ele estudava as lições quando foi 
interrompido.
- Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido 
num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado. 
Por exemplo: Ele estudou as lições ontem à noite.
- Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve 
início no passado e que pode se prolongar até o momento atual. 
Por exemplo: Tenho estudado muito para os exames.
- Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido 
antes de outro fato já terminado. Por exemplo: Ele já tinha 
estudado as lições quando os amigos chegaram. (forma 
composta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. 
(forma simples)
- Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve 
ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual. 
Por exemplo: Ele estudará as lições amanhã.
- Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve 
ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já terminado 
antes de outro fato futuro. Por exemplo: Antes de bater o sinal, 
os alunos já terão terminado o teste.
- Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode 
ocorrer posteriormente a um determinado fato passado. Por 
exemplo: Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.
- Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato que 
poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato 
passado. Por exemplo: Se eu tivesse ganho esse dinheiro, teria 
viajado nas férias.
2. Tempos do Subjuntivo
- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento 
atual. Por exemplo: É conveniente que estudes para o exame.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas 
posterior a outro já ocorrido. Por exemplo: Eu esperava que 
ele vencesse o jogo.
Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções 
em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por exemplo: 
Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
- Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente 
terminado num momento passado. Por exemplo: Embora tenha 
estudado bastante, não passou no teste.
- Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode 
ocorrer num momento futuro em relação ao atual. Por exemplo: 
Quando ele vier à loja, levará as encomendas.
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que 
indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à loja, 
levará as encomendas.
- Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior 
ao momento atual mas já terminado antes de outro fato 
futuro. Por exemplo: Quando ele tiver saído do hospital, nós o 
visitaremos.
Presente do Indicativo
1ª conjugação/2ª conjugação/3ª conjugação / Desinência 
 pessoal
CANTAR VENDER PARTIR 
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M
Pretérito Perfeito do Indicativo
1ª conjugação/2ª conjugação/3ª conjugação/Desinência 
 pessoal
CANTAR VENDER PARTIR 
canteI vendIpartI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM AM
 
Pretérito mais-que-perfeito
1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conj. /Desin. Temp. /Desin. Pess.
 1ª/2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR - -
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M
Pretérito Imperfeito do Indicativo
1ª conjugação / 2ª conjugação / 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
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54Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM
Futuro do Presente do Indicativo
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão
Futuro do Pretérito do Indicativo
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM
Presente do Subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a 
desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do 
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou 
pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).
1ª conj./2ª conj./3ª conju./Des.Temp./Des.temp./Des. pess
 1ª conj. 2ª/3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR 
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a 
desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, 
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse 
tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número 
e pessoa correspondente.
1ª conj. 2ª conj. 3ª conj. Des. temporal Desin. pessoal
 1ª /2ª e 3ª conj. 
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíssemos SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSE vendeSSEM partiSSEM SSE M 
Futuro do Subjuntivo
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência 
-STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-
se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a 
desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa 
correspondente.
1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conj. / Des. temp. /Desin. pess.
 1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR 
cantaR vendeR partiR Ø 
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES 
cantaREM vendeREM PartiREM R EM
Imperativo
Imperativo Afirmativo 
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente 
do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa do 
plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, 
sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja: 
Pres. do Indicativo Imperativo Afirm. Pres. do Subjuntivo
Eu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem
Imperativo Negativo
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a 
negação às formas do presente do subjuntivo.
Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo
Que eu cante ---
Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles
Observações:
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa 
(singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido 
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se 
fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), 
sede (vós).
Infinitivo Impessoal
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
Infinitivo Pessoal
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM
Questões
01. Considere o trecho a seguir. É comum que objetos 
___ esquecidos em locais públicos. Mas muitos transtornos 
poderiam ser evitados se as pessoas ______ a atenção voltada 
para seus pertences, conservando-os junto ao corpo. Assinale a 
alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas 
do texto.
(A) sejam … mantesse
(B) sejam … mantivessem
(C) sejam … mantém
(D) seja … mantivessem
(E) seja … mantêm
02. Na frase –… os níveis de pessoas sem emprego estão 
apresentando quedas sucessivas de 2005 para cá. –, a locução 
verbal em destaque expressa ação
(A) concluída. 
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55Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
(B) atemporal. 
(C) contínua. 
(D) hipotética. 
(E) futura.
03. Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata--
se de um ser cujas interações sociais terminam, 99% das vezes, 
diante da pergunta “débito ou crédito?”. Nesse contexto, o verbo 
estereotipar tem sentido de
(A) considerar ao acaso, sem premeditação.
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido dela.
(C) adotar como referência de qualidade.
(D) julgar de acordo com normas legais.
(E) classificar segundo ideias preconcebidas.
Respostas
1-B / 2-C / 3-E
6 Reescrita de frases e 
parágrafos do texto.
Reescritura de Frases
Antes de discorrermos acerca de um assunto tão importante, 
convidamos você, caro (a) usuário (a), a se enlevar mediante as 
palavras do grandioso mestre denossas letras, João Cabral de 
Melo Neto, que, por meio de uma metalinguagem, cumpre bem 
seu trabalho de lidar com as palavras e deixar claro para nós, 
leitores, quão grandioso e magnífico é o exercício da escrita. 
Voltemo-nos a elas, portanto:
Catar feijão
1.
Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
2.
Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a como o risco.
Poema intitulado “Catar feijão”, parte constituinte do livro 
“Educação pela pedra”, publicado em 1965.
A comparação ora estabelecida parece casar perfeitamente 
diante daquele momento em que as ideias são elencadas. No 
entanto, é preciso ser hábil para escolher palavra por palavra, 
de modo a fazer com que o discurso (as orações, os períodos, os 
parágrafos) torne-se claro e preciso, atendendo às expectativas 
de nosso interlocutor. Dessa forma, como aqueles grãos que 
boiam fora, desnecessários por sinal, algumas palavras também 
parecem não se encaixar, pois por um motivo ou outro acabam 
escapando aos nossos olhos.
O porquê de escaparem? É simples, haja vista que nesse 
momento essa habilidade antes mencionada entra em ação e, em 
meio a esse ínterim, conhecimentos de toda ordem parecem se 
relacionar, sejam eles de ordem ortográfica, semântica, sintática 
e, sobretudo, aqueles indispensáveis a todo bom redator: o 
conhecimento de mundo.
Dada essa manifestação, é impossível não abordar um 
procedimento, tão útil quanto necessário: a reescrita textual. 
Acredite que, por meio dele, você, enquanto emissor, encontrará 
os grãos pesados entre um grão qualquer, pedra ou indigesto, um 
grão imastigável, de quebrar dente. Vale dizer, contudo, que essa 
reescrita não deve se dar somente no âmbito de corrigir aqueles 
possíveis erros... digamos assim... gramaticais. Importantes eles? 
Sim, sem dúvida alguma, mas não são tudo. Cumpre afirmar que 
a reescrita deve ir além, haja vista que nos permite reconhecer 
aquelas “falhas” que certamente seriam reconhecidas por 
outra pessoa, sobretudo em se tratando do “teor”, da “essência” 
discursiva.
Tendo em vista que a coesão representa um dos principais 
aspectos na produção textual, muitas vezes, mediante a leitura 
daquilo que escrevemos, constatamos que os parágrafos não se 
encontram assim tão harmoniosamente ligados como deveriam. 
Às vezes, uma conjunção ali, um advérbio acolá e um pronome 
adiante não se encontram bem distribuídos. Outras vezes, 
percebemos uma quebra de simetria (revelada pela falta de 
paralelismo), em que uma ideia poderia ter sido expressa de 
outra forma.
Assim, de modo a constatar como esse aspecto assimétrico 
se manifesta na prática, analise o seguinte enunciado: 
A leitura é importante, necessária, útil e traz benefícios a 
todo emissor que deseja aprimorar ainda mais a competência 
discursiva.
Inferimos que com o uso de “traz benefícios” houve uma 
quebra de simetria dos adjetivos explicitados (importante, 
necessária, útil...). Não que isso seja considerado uma falha de 
grande extensão, mas a ideia ficaria mais clara se outro adjetivo 
tivesse sido utilizado, justamente para acompanhar o raciocínio 
antes firmado, ou seja:
A leitura é importante, necessária, útil e benéfica a todo 
emissor que deseja aprimorar ainda mais a competência 
discursiva.
Outro aspecto, não menos importante, materializa-se pela 
“abundância” de orações intercaladas, as quais corroboram 
para a extensão da ideia, fazendo com que o interlocutor perca 
o “fio da meada” e passe a não entender mais o que se afirma 
no início da oração. Dessa forma, para que fique um pouco mais 
claro, analisemos o parágrafo que segue, revelando ser um bom 
exemplo da ocorrência em questão:
A leitura, esse importante instrumento – o qual o torna 
mais culto, mais apto a expressar seus pensamentos –, pois 
amplia significativamente seu vocabulário, contribui para o 
aperfeiçoamento da escrita.
Tudo aquilo que se afirma acerca da eficácia da leitura, ainda 
que relevante, tornou extensa e cansativa a ideia abordada. 
Dessa forma, retificando a oração, poderíamos obter como 
essencial somente estes dizeres, os quais seguem expressos:
A leitura contribui para o aperfeiçoamento da escrita. 
Mediante os pressupostos aqui elencados, acreditamos ter 
contribuído de forma significativa para que você aprimore ainda 
mais suas habilidades no que tange à construção textual. E que, 
por meio da reescrita de suas ideias, possa ser hábil em jogar 
fora o leve o oco, assim mesmo como ressalta nosso grande 
mestre, e reelabore seu discurso pautando-se na concretude das 
palavras, tornando-as claras, precisas, objetivas.
Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/reescrita-
textual.html
ATITUDES NÃO RECOMENDADAS
EXPRESSÕES 
CONDENÁVEIS
USO RECOMENDADO
A nível de / Ao nível Em nível, No nível
Face a / Frente a Ante, Diante, Em face de, Em 
vista de, Perante
Onde (Quando não 
exprime lugar)
Em que, Na qual, Nas quais, No 
qual, Nos quais
Sob um ponto de vista De um ponto de vista
Sob um prisma Por (ou através de) um prisma
Em função de Em virtude de, Por causa de, 
Em consequência de, Por, Em 
razão de
Expressões não recomendadas
- a partir de (a não ser com valor temporal). 
Opção: com base em, tomando-se por base, valendo-se 
de...
- através de (para exprimir “meio” ou instrumento). 
Opção: por, mediante, por meio de, por intermédio de, 
segundo...
- devido a. 
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56Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Opção: em razão de, em virtude de, graças a, por causa 
de.
- dito. 
Opção: citado, mencionado.
- enquanto. 
Opção: ao passo que.
- inclusive (a não ser quando significa incluindo-se). 
Opção: até, ainda, igualmente, mesmo, também. 
- no sentido de, com vistas a. 
Opção: a fim de, para, com a finalidade de, tendo em vista.
- pois (no início da oração). 
Opção: já que, porque, uma vez que, visto que.
- principalmente. 
Opção: especialmente, sobretudo, em especial, em 
particular.
Expressões que demandam atenção
- acaso, caso – com se, use acaso; caso rejeita o se
- aceitado, aceito – com ter e haver, aceitado; com ser e estar, 
aceito
- acendido, aceso (formas similares) – idem
- à custa de – e não às custas de
- à medida que – à proporção que, ao mesmo tempo que, 
conforme
- na medida em que – tendo em vista que, uma vez que
- a meu ver – e não ao meu ver
- a ponto de – e não ao ponto de
- a posteriori, a priori – não tem valor temporal
- em termos de – modismo; evitar
- enquanto que – o que é redundância
- entre um e outro – entre exige a conjunção e, e não a
- implicar em – a regência é direta (sem em)
- ir de encontro a – chocar-se com 
- ir ao encontro de – concordar com
- se não, senão – quando se pode substituir por caso não, 
separado; quando não se pode, junto
- todo mundo – todos
- todo o mundo – o mundo inteiro
- não pagamento = hífen somente quando o segundo termo 
for substantivo
- este e isto – referência próxima do falante (a lugar, a tempo 
presente; a futuro próximo; ao anunciar e a que se está tratando)
- esse e isso – referência longe do falante e perto do ouvinte 
(tempo futuro, desejo de distância; tempo passado próximo do 
presente, ou distante ao já mencionado e a ênfase).
Erros Comuns
- “Hoje ao receber alguns presentes no qual completo vinte 
anos tenho muitas novidades para contar”. 
Uso inadequado do pronome relativo. Ele provoca falta de 
coesão, pois não consegue perceber a que antecedente ele se re-
fere, portanto nada conecta e produzrelação absurda.
- “Ainda brincava de boneca quando conheci Davi, piloto de 
cart, moreno, 20 anos, com olhos cor de mel. “Tudo começou na-
quele baile de quinze anos”, “... é aos dezoito anos que se começa 
a procurar o caminho do amanhã e encontrar as perspectiva que 
nos acompanham para sempre na estrada da vida”.
Você pode ter conhecimento do vocabulário e das regras 
gramaticais e, assim, construir um texto sem erros. Entretanto, 
se você reproduz sem nenhuma crítica ou reflexão expressões 
gastas, vulgarizadas pelo uso contínuo. A boa qualidade do texto 
fica comprometida.
- Tema: Para você, as experiências genéticas de clonagem 
põem em xeque todos os conceitos humanos sobre Deus e a 
vida? “Bem a clonagem não é tudo, mas na vida tudo tem o seu 
valor e os homens a todo momento necessitam de descobrir todos 
os mistérios da vida que nos cerca a todo instante”. 
É de extrema importância seguir o que foi proposto no tema. 
Antes de começar o texto leia atentamente todos os elementos 
que o examinador apresentou. Esquematize as ideias e perceba 
se não há falta de correspondência entre o tema proposto e o 
texto criado.
- “Uma biópsia do tumor retirado do fígado do meu primo (...) 
mostrou que ele não era maligno”. 
Esta frase está ambígua. Não se sabe se o pronome ele refere-
-se ao fígado ou ao primo. Para se evitar a ambiguidade, deve-se 
observar se a relação entre cada palavra do texto está correta.
- “Ele me tratava como uma criança, mas eu era apenas uma 
criança”. 
Problema com o uso do conectivo “mas”. O conectivo mas indi-
ca uma circunstância de oposição, de ideia contrária a. Portanto, 
a relação adversativa introduzida pelo “mas” no fragmento aci-
ma produz uma ideia absurda.
- “Entretanto, como já diziam os sábios: depois da tempestade 
sempre vem a bonança. Após longo suplício, meu coração apazi-
guava as tormentas e a sensatez me mostrava que só estaríamos 
separadas carnalmente”. 
Não utilize provérbios ou ditos populares. Eles empobrecem 
a redação e fazem parecer que o autor não tem criatividade ao 
lançar mão de formas já gastas pelo uso frequente. 
- “Todos os deputados são corruptos”.
 Evite pensamentos radicais. É recomendável não generali-
zar e evitar, assim, posições extremistas. 
- “Bem, acho que - você sabe - não é fácil dizer essas coisas. 
Olhe, acho que ele não vai concordar com a decisão que você to-
mou, quero dizer, os fatos levam você a isso, mas você sabe - todos 
sabem - ele pensa diferente. É bom a gente pensar como vai fazer 
para, enfim, para ele entender a decisão”.
O ato de escrever é diferente do ato de falar. O texto escrito 
não deve apresentar marcas de oralidade.
- “Mal cheiro”, “mau-humorado”. 
Mal opõe-se a bem e mau, a bom. Assim: mau cheiro (bom 
cheiro), mal-humorado (bem-humorado). Igualmente: mau hu-
mor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar.
- “Fazem” cinco anos.
Fazer, quando exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos. / 
Fazia dois séculos. / Fez 15 dias.
- “Houveram” muitos acidentes.
Haver, como existir, também é invariável: Houve muitos 
acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver muitos casos 
iguais. 
- Para “mim” fazer. 
Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu fa-
zer, para eu dizer, para eu trazer.
- Entre “eu” e você. 
Depois de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e você. / 
Entre eles e ti.
- “Há” dez anos “atrás”. 
Há e atrás indicam passado na frase. Use apenas há dez anos 
ou dez anos atrás. 
- “Entrar dentro”. 
Problema de redundância. O certo seria: entrar em. 
Veja outras redundâncias: Sair fora ou para fora, elo de liga-
ção, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do 
falecido.
- Vai assistir “o” jogo hoje.
Assistir como presenciar exige a: Vai assistir ao jogo, à missa, 
à sessão.
Outros verbos com a: A medida não agradou (desagradou) 
à população. / Eles obedeceram (desobedeceram) aos avisos. / 
Aspirava ao cargo de diretor. / Pagou ao amigo. / Respondeu à 
carta. / Sucedeu ao pai. / Visava aos estudantes.
- Preferia ir “do que” ficar.
Prefere-se sempre uma coisa a outra: Preferia ir a ficar. É 
preferível segue a mesma norma: É preferível lutar a morrer 
sem glória. 
- Não há regra sem “excessão”.
O certo é exceção.
Veja outras grafias erradas e, entre parênteses, a forma 
correta: “paralizar” (paralisar), “beneficiente” (beneficente), 
“xuxu” (chuchu), “previlégio” (privilégio), “vultuoso” (vultoso), 
“cincoenta” (cinquenta), “zuar” (zoar), “frustado” (frustrado), 
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57Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
“calcáreo” (calcário), “advinhar” (adivinhar), “benvindo” (bem-
-vindo), “ascenção” (ascensão), “pixar” (pichar), “impecilho” 
(empecilho), “envólucro” (invólucro). 
- Comprei “ele” para você.
Eu, tu, ele, nós, vós e eles não podem ser objeto direto. As-
sim: Comprei-o para você. Também: Deixe-os sair, mandou-nos 
entrar, viu-a, mandou-me. 
- “Aluga-se” casas. 
O verbo concorda com o sujeito: Alugam-se casas. / Fazem-
-se consertos. / É assim que se evitam acidentes. / Compram-se 
terrenos. / Procuram-se empregados. 
- Chegou “em” São Paulo. 
Verbos de movimento exigem a, e não em: Chegou a São Pau-
lo. / Vai amanhã ao cinema. / Levou os filhos ao circo. 
- Todos somos “cidadões”.
O plural de cidadão é cidadãos. Veja outros: caracteres (de 
caráter), juniores, seniores, escrivães, tabeliães, gângsteres. 
- A última “seção” de cinema.
Seção significa divisão, repartição, e sessão equivale a tempo 
de uma reunião, função: Seção Eleitoral, Seção de Esportes, se-
ção de brinquedos; sessão de cinema, sessão de pancadas, ses-
são do Congresso.
- Vendeu “uma” grama de ouro. 
Grama, peso, é palavra masculina: um grama de ouro, vitami-
na C de dois gramas.
- “Porisso”. 
Duas palavras, por isso, como de repente e a partir de
- Não viu “qualquer” risco.
Deve-se usar “nenhum”, e não “qualquer.
 Não viu nenhum risco. / Ninguém lhe fez nenhum reparo. / 
Nunca promoveu nenhuma confusão. 
- A feira “inicia” amanhã.
Alguma coisa se inicia, se inaugura: A feira inicia-se (inaugu-
ra-se) amanhã.
- O peixe tem muito “espinho”.
Peixe tem espinha.
Veja outras confusões desse tipo: O “fuzil” (fusível) queimou. 
/ Casa “germinada” (geminada), “ciclo” (círculo) vicioso, “cabe-
çário” (cabeçalho). 
- Não sabiam «aonde» ele estava.
O certo: Não sabiam onde ele estava.
Aonde se usa com verbos de movimento, apenas: Não sei 
aonde ele quer chegar. / Aonde vamos? 
- “Obrigado”, disse a moça. 
Obrigado concorda com a pessoa: “Obrigada”, disse a moça. / 
Obrigado pela atenção. / Muito obrigados por tudo. 
- Ela era “meia” louca. 
Meio, advérbio, não varia: meio louca, meio esperta, meio 
amiga.
- “Fica” você comigo.
Fica é imperativo do pronome tu. Para a 3.ª pessoa, o certo 
é fique: Fique você comigo. / Venha pra Caixa você também. / 
Chegue aqui. 
- A questão não tem nada «haver» com você.
A questão, na verdade, não tem nada a ver ou nada que ver. 
Da mesma forma: Tem tudo a ver com você. 
- Vou “emprestar” dele. 
Emprestar é ceder, e não tomar por empréstimo: Vou pegar 
o livro emprestado. Ou: Vou emprestar o livro (ceder) ao meu 
irmão. 
Repare nesta concordância: Pediu emprestadas duas malas. 
- Ele foi um dos que “chegou” antes. 
Um dos que faz a concordância no plural: Ele foi um dos que 
chegaram antes (dos que chegaram antes, ele foi um). / Era um 
dos que sempre vibravam com a vitória. 
- “Cerca de 18” pessoas o saudaram. Cerca de indica arredon-
damento e não pode aparecer com números exatos: Cerca de 20 
pessoas o saudaram. 
- Tinha “chego” atrasado.
“Chego” não existe. O certo: Tinha chegado atrasado.
- Queria namorar “com” o colega.
O com não existe: Queria namorar o colega. 
- O processo deu entrada “junto ao” STF. 
Processo dá entrada no STF
- As pessoas “esperavam-o”. 
Quando o verbo termina em m, ão ou õe, os pronomes o, a, os 
e as tomam a forma no, na, nos e nas: As pessoas esperavam-no. 
/Dão-nos, convidam-na, põe-nos, impõem-nos. 
- Vocês “fariam-lhe” um favor? 
Não se usa pronome átono (me, te, se, lhe, nos, vos, lhes) de-
pois de futuro do presente, futuro do pretérito (antigo condicio-
nal) ou particípio. Assim: Vocês lhe fariam (ou far-lhe-iam) um 
favor? / Ele se imporá pelos conhecimentos (e nunca “imporá-
-se”). / Os amigos nos darão (e não “darão-nos”) um presente. / 
Tendo-me formado (e nunca tendo “formado-me”).
- Chegou “a” duas horas e partirá daqui “há” cinco minutos. 
Há indica passado e equivale a faz, enquanto a exprime dis-
tância ou tempo futuro (não pode ser substituído por faz): Che-
gou há (faz) duas horas e partirá daqui a (tempo futuro) cinco 
minutos. / O atirador estava a (distância) pouco menos de 12 
metros. / Ele partiu há (faz) pouco menos de dez dias. 
- Estávamos “em” quatro à mesa. 
O “em” não existe: Estávamos quatro à mesa. / Éramos seis. 
/ Ficamos cinco na sala. 
- Sentou “na” mesa para comer. 
Sentar-se (ou sentar) em é sentar-se em cima de. Veja o cer-
to: Sentou-se à mesa para comer. / Sentou ao piano, à máquina, 
ao computador.
- Ficou contente “por causa que” ninguém se feriu. 
A locução não existe. Use porque: Ficou contente porque nin-
guém se feriu.
- O time empatou “em” 2 a 2. 
A preposição é “por”: O time empatou por 2 a 2. Repare que 
ele ganha por e perde por. Da mesma forma: empate por. 
- Não queria que “receiassem” a sua companhia. 
O i não existe: Não queria que receassem a sua companhia. 
Da mesma forma: passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só exis-
te i quando o acento cai no e que precede a terminação ear: re-
ceiem, passeias, enfeiam). 
- Eles “tem” razão. 
No plural, têm é com acento. Tem é a forma do singular. O 
mesmo ocorre com vem e vêm e põe e põem: Ele tem, eles têm; 
ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem. 
- Acordos “políticos-partidários”. Nos adjetivos compostos, 
só o último elemento varia: acordos político-partidários. Ou-
tros exemplos: Bandeiras verde-amarelas, medidas econômico-
-financeiras, partidos social-democratas. 
- Andou por “todo” país. 
Todo o (ou a) é que significa inteiro: Andou por todo o país 
(pelo país inteiro). / Toda a tripulação (a tripulação inteira) foi 
demitida. 
Sem o, todo quer dizer cada, qualquer: Todo homem (cada 
homem) é mortal. / Toda nação (qualquer nação) tem inimigos. 
- “Todos” amigos o elogiavam. 
No plural, todos exige os: Todos os amigos o elogiavam. / Era 
difícil apontar todas as contradições do texto. 
- Ela “mesmo” arrumou a sala.
 “Mesmo” é variável: Ela mesma (própria) arrumou a sala. / 
As vítimas mesmas recorreram à polícia. 
- Chamei-o e “o mesmo” não atendeu. 
Não se pode empregar o mesmo no lugar de pronome ou 
substantivo: Chamei-o e ele não atendeu. / Os funcionários pú-
blicos reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos 
servidores (e não “dos mesmos”). 
- Vou sair “essa” noite. 
É este que designa o tempo no qual se está o objeto próximo: 
Esta noite, esta semana (a semana em que se está), este dia, este 
jornal (o jornal que estou lendo), este século (o século 20).
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58Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
- A temperatura chegou a 0 “graus”. Zero indica singular sem-
pre: Zero grau, zero-quilômetro, zero hora. 
- Comeu frango “ao invés de” peixe. 
Em vez de indica substituição: Comeu frango em vez de pei-
xe. 
Ao invés de significa apenas ao contrário: Ao invés de entrar, 
saiu. 
- Se eu “ver” você por aí... 
O certo é: Se eu vir, revir, previr. Da mesma forma: Se eu vier 
(de vir); se eu tiver (de ter); se ele puser (de pôr); se ele fizer (de 
fazer); se nós dissermos (de dizer). 
- Evite que a bomba “expluda”. Explodir só tem as pessoas em 
que depois do “d” vêm “e” e “i”: Explode, explodiram, etc. Portan-
to, não escreva nem fale “exploda” ou “expluda”, 
- Disse o que “quiz”. 
Não existe z, mas apenas s, nas pessoas de querer e pôr: Quis, 
quisesse, quiseram, quiséssemos; pôs, pus, pusesse, puseram, 
puséssemos. 
- O homem “possue” muitos bens. 
O certo: O homem possui muitos bens. Verbos em uir só têm 
a terminação ui: Inclui, atribui, polui. Verbos em uar é que admi-
tem ue: Continue, recue, atue, atenue. 
- A tese “onde”. 
Onde só pode ser usado para lugar: A casa onde ele mora. / 
Veja o jardim onde as crianças brincam. Nos demais casos, use 
em que: A tese em que ele defende essa ideia. / O livro em que... 
/ A faixa em que ele canta... / Na entrevista em que... 
- Já “foi comunicado” da decisão. 
Uma decisão é comunicada, mas ninguém “é comunicado” 
de alguma coisa. Assim: Já foi informado (cientificado, avisado) 
da decisão. Outra forma errada: A diretoria “comunicou” os em-
pregados da decisão. Opções corretas: A diretoria comunicou a 
decisão aos empregados. / A decisão foi comunicada aos empre-
gados. 
- A modelo “pousou” o dia todo. 
Modelo posa (de pose). Quem pousa é ave, avião, viajante, 
etc. 
- Espero que “viagem” hoje. 
Viagem, com g, é o substantivo: Minha viagem. A forma ver-
bal é viajem (de viajar). 
Evite também “comprimentar” alguém: de cumprimento 
(saudação), só pode resultar cumprimentar. Comprimento é ex-
tensão. Igualmente: Comprido (extenso) e cumprido (concreti-
zado). 
- O pai “sequer” foi avisado. 
Sequer deve ser usado com negativa: O pai nem sequer foi 
avisado. / Partiu sem sequer nos avisar. 
- O fato passou “desapercebido”. 
Na verdade, o fato passou despercebido, não foi notado. De-
sapercebido significa desprevenido. 
- “Haja visto” seu empenho... 
A expressão é “haja vista” e não varia: Haja vista seu empe-
nho. / Haja vista seus esforços. / Haja vista suas críticas. 
- A moça “que ele gosta”. 
Quem gosta, gosta de, o certo é: A moça de que ele gosta
- É hora “dele” chegar. 
Não se deve fazer a contração da preposição com artigo ou 
pronome, nos casos seguidos de infinitivo: É hora de ele chegar. 
/ Apesar de o amigo tê-lo convidado. / Depois de esses fatos te-
rem ocorrido. 
- A festa começa às 8 “hrs.”. 
As abreviaturas do sistema métrico decimal não têm plural 
nem ponto. Assim: 8 h, 2 km (e não “kms.”), 5 m, 10 kg. 
- “Dado” os índices das pesquisas... 
A concordância é normal: Dados os índices das pesquisas... / 
Dado o resultado... / Dadas as suas ideias... 
- Ficou “sobre” a mira do assaltante. 
Sob é que significa debaixo de: Ficou sob a mira do assaltan-
te. / Escondeu-se sob a cama. 
Sobre equivale a em cima de ou a respeito de: Estava sobre 
o telhado. / Falou sobre a inflação. E lembre-se: O animal ou o 
piano têm cauda e o doce, calda. Da mesma forma, alguém traz 
alguma coisa e alguém vai para trás. 
- “Ao meu ver”. Não existe artigo nessas expressões: A meu 
ver, a seu ver, a nosso ver.
6.1 Significação das palavras. 
6.2 Substituição de palavras 
ou de trechos de texto. 6.3 
Reorganização da estrutura 
de orações e de períodos do 
texto. 6.4 Reescrita de textos de 
diferentes gêneros e níveis de 
formalidade.
Significação das palavras
Na língua portuguesa, uma PALAVRA (do latim parabola, que 
por sua vez deriva do grego parabolé) pode ser definida como 
sendo um conjunto de letras ou sons de uma língua, juntamente 
com a ideia associada a este conjunto.
Sentido Próprio e Figurado das Palavras
Pela própria definição acima destacada podemos perceber 
que a palavra é composta por duas partes, uma delas relacionada 
a sua forma escrita e os seus sons (denominada significante) e a 
outra relacionada ao que ela (palavra) expressa, ao conceito que 
ela traz (denominada significado).
Em relação ao seu SIGNIFICADO as palavras subdividem-se 
assim:
- Sentido Próprio - é o sentido literal, ou seja, o sentido comum 
que costumamos dar a uma palavra.
- Sentido Figurado - é o sentido “simbólico”, “figurado”, que 
podemos dar a uma palavra.
Vamos analisar a palavra cobra utilizada em diferentes 
contextos:
1. A cobra picou o menino. (cobra = tipo de réptil peçonhento)
2. A sogra dele é uma cobra. (cobra = pessoadesagradável, que 
adota condutas pouco apreciáveis)
3. O cara é cobra em Física! (cobra = pessoa que conhece muito 
sobre alguma coisa, “expert”)
No item 1 aplica-se o termo cobra em seu sentido comum 
(ou literal); nos itens 2 e 3 o termo cobra é aplicado em sentido 
figurado.
Podemos então concluir que um mesmo significante (parte 
concreta) pode ter vários significados (conceitos).
Sinônimos: são palavras de sentido igual ou aproximado. 
Exemplo:
- Alfabeto, abecedário.
- Brado, grito, clamor.
- Extinguir, apagar, abolir, suprimir.
- Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial.
Na maioria das vezes não é indiferente usar um sinônimo 
pelo outro. Embora irmanados pelo sentido comum, os 
sinônimos diferenciam-se, entretanto, uns dos outros, por 
matizes de significação e certas propriedades que o escritor não 
pode desconhecer. Com efeito, estes têm sentido mais amplo, 
aqueles, mais restrito (animal e quadrúpede); uns são próprios 
da fala corrente, desataviada, vulgar, outros, ao invés, pertencem 
à esfera da linguagem culta, literária, científica ou poética 
(orador e tribuno, oculista e oftalmologista, cinzento e cinéreo).
A contribuição Greco-latina é responsável pela existência, 
em nossa língua, de numerosos pares de sinônimos. Exemplos:
- Adversário e antagonista.
- Translúcido e diáfano.
- Semicírculo e hemiciclo.
- Contraveneno e antídoto.
- Moral e ética.
- Colóquio e diálogo.
- Transformação e metamorfose.
- Oposição e antítese.
O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se sinonímia, 
palavra que também designa o emprego de sinônimos.
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59Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
Antônimos: são palavras de significação oposta. Exemplos:
- Ordem e anarquia.
- Soberba e humildade.
- Louvar e censurar.
- Mal e bem.
A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido 
oposto ou negativo. Exemplos: Bendizer/maldizer, simpático/
antipático, progredir/regredir, concórdia/discórdia, explícito/
implícito, ativo/inativo, esperar/desesperar, comunista/
anticomunista, simétrico/assimétrico, pré-nupcial/pós-nupcial.
Homônimos: são palavras que têm a mesma pronúncia, e às 
vezes a mesma grafia, mas significação diferente. Exemplos:
- São (sadio), são (forma do verbo ser) e são (santo).
- Aço (substantivo) e asso (verbo).
Só o contexto é que determina a significação dos homônimos. 
A homonímia pode ser causa de ambiguidade, por isso é 
considerada uma deficiência dos idiomas.
O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspecto 
fônico (som) e o gráfico (grafia). Daí serem divididos em:
Homógrafos Heterofônicos: iguais na escrita e diferentes 
no timbre ou na intensidade das vogais.
- Rego (substantivo) e rego (verbo).
- Colher (verbo) e colher (substantivo).
- Jogo (substantivo) e jogo (verbo).
- Apoio (verbo) e apoio (substantivo).
- Para (verbo parar) e para (preposição).
- Providência (substantivo) e providencia (verbo).
- Às (substantivo), às (contração) e as (artigo).
- Pelo (substantivo), pelo (verbo) e pelo (contração de 
per+o).
Homófonos Heterográficos: iguais na pronúncia e 
diferentes na escrita.
- Acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir).
- Concertar (harmonizar) e consertar (reparar, emendar).
- Concerto (harmonia, sessão musical) e conserto (ato de 
consertar).
- Cegar (tornar cego) e segar (cortar, ceifar).
- Apreçar (determinar o preço, avaliar) e apressar (acelerar).
- Cela (pequeno quarto), sela (arreio) e sela (verbo selar).
- Censo (recenseamento) e senso (juízo).
- Cerrar (fechar) e serrar (cortar).
- Paço (palácio) e passo (andar).
- Hera (trepadeira) e era (época), era (verbo).
- Caça (ato de caçar), cassa (tecido) e cassa (verbo cassar = 
anular).
- Cessão (ato de ceder), seção (divisão, repartição) e sessão 
(tempo de uma reunião ou espetáculo).
Homófonos Homográficos: iguais na escrita e na pronúncia.
- Caminhada (substantivo), caminhada (verbo).
- Cedo (verbo), cedo (advérbio).
- Somem (verbo somar), somem (verbo sumir).
- Livre (adjetivo), livre (verbo livrar).
- Pomos (substantivo), pomos (verbo pôr).
- Alude (avalancha), alude (verbo aludir).
Parônimos: são palavras parecidas na escrita e na 
pronúncia: Coro e couro, cesta e sesta, eminente e iminente, 
tetânico e titânico, atoar e atuar, degradar e degredar, cético e 
séptico, prescrever e proscrever, descrição e discrição, infligir 
(aplicar) e infringir (transgredir), osso e ouço, sede (vontade 
de beber) e cede (verbo ceder), comprimento e cumprimento, 
deferir (conceder, dar deferimento) e diferir (ser diferente, 
divergir, adiar), ratificar (confirmar) e retificar (tornar reto, 
corrigir), vultoso (volumoso, muito grande: soma vultosa) e 
vultuoso (congestionado: rosto vultuoso).
Polissemia: Uma palavra pode ter mais de uma significação. 
A esse fato linguístico dá-se o nome de polissemia. Exemplos:
- Mangueira: tubo de borracha ou plástico para regar as 
plantas ou apagar incêndios; árvore frutífera; grande curral de 
gado.
- Pena: pluma, peça de metal para escrever; punição; dó.
- Velar: cobrir com véu, ocultar, vigiar, cuidar, relativo ao véu 
do palato.
Podemos citar ainda, como exemplos de palavras 
polissêmicas, o verbo dar e os substantivos linha e ponto, que 
têm dezenas de acepções.
Denotação e Conotação
- Denotação: verifica-se quando utilizamos a palavra com o 
seu significado primitivo e original, com o sentido do dicionário; 
usada de modo automatizado; linguagem comum. Veja este 
exemplo: 
Cortaram as asas da ave para que não voasse mais.
Aqui a palavra em destaque é utilizada em seu sentido 
próprio, comum, usual, literal.
- DICA - Procure associar Denotação com Dicionário: trata-
se de definição literal, quando o termo é utilizado em seu sentido 
dicionarístico.
- Conotação: verifica-se quando utilizamos a palavra com o 
seu significado secundário, com o sentido amplo (ou simbólico); 
usada de modo criativo, figurado, numa linguagem rica e 
expressiva. Veja este exemplo:
Seria aconselhável cortar as asas deste menino, antes que 
seja tarde mais.
Já neste caso o termo (asas) é empregado de forma figurada, 
fazendo alusão à ideia de restrição e/ou controle de ações; 
disciplina, limitação de conduta e comportamento.
Fonte:
http://www.tecnolegis.com/estudo-dirigido/oficial-de-justica-tjm-
sp/lingua-portuguesa-sentido-proprio-e-figurado-das-palavras.html
Questões
01. (MPE/SP – Biólogo – VUNESP/2016) 
McLuhan já alertava que a aldeia global resultante das 
mídias eletrônicas não implica necessariamente harmonia, 
implica, sim, que cada participante das novas mídias terá um 
envolvimento gigantesco na vida dos demais membros, que terá 
a chance de meter o bedelho onde bem quiser e fazer o uso que 
quiser das informações que conseguir. A aclamada transparência 
da coisa pública carrega consigo o risco de fim da privacidade 
e a superexposição de nossas pequenas ou grandes fraquezas 
morais ao julgamento da comunidade de que escolhemos 
participar.
Não faz sentido falar de dia e noite das redes sociais, apenas 
em número de atualizações nas páginas e na capacidade dos 
usuários de distinguir essas variações como relevantes no 
conjunto virtualmente infinito das possibilidades das redes. Para 
achar o fio de Ariadne no labirinto das redes sociais, os usuários 
precisam ter a habilidade de identificar e estimar parâmetros, 
aprender a extrair informações relevantes de um conjunto finito 
de observações e reconhecer a organização geral da rede de que 
participam.
O fluxo de informação que percorre as artérias das redes 
sociais é um poderoso fármaco viciante. Um dos neologismos 
recentes vinculados à dependência cada vez maior dos jovens 
a esses dispositivos é a “nomobofobia” (ou “pavor de ficar sem 
conexão no telefone celular”), descrito como a ansiedade e o 
sentimento de pânico experimentados por um número crescente 
de pessoas quando acaba a bateria do dispositivo móvel ou 
quando ficam sem conexão com a Internet. Essa informação,como toda nova droga, ao embotar a razão e abrir os poros da 
sensibilidade, pode tanto ser um remédio quanto um veneno 
para o espírito.
(Vinicius Romanini, Tudo azul no universo das redes. 
Revista USP, no 92. Adaptado)
As expressões destacadas nos trechos – meter o bedelho 
/ estimar parâmetros / embotar a razão – têm sinônimos 
adequados respectivamente em:
a) procurar / gostar de / ilustrar
b) imiscuir-se / avaliar / enfraquecer
c) interferir / propor / embrutecer
d) intrometer-se / prezar / esclarecer
e) contrapor-se / consolidar / iluminar
02. (Pref. de Itaquitinga/PE – Psicólogo – IDHTEC/2016) 
A entrada dos prisioneiros foi comovedora (...) Os 
combatentes contemplavam-nos entristecidos. Surpreendiam-
se; comoviam-se. O arraial, in extremis, punhalhes adiante, 
naquele armistício transitório, uma legião desarmada, 
mutilada faminta e claudicante, num assalto mais duro que o 
das trincheiras em fogo. Custava-lhes admitir que toda aquela 
gente inútil e frágil saísse tão numerosa ainda dos casebres 
bombardeados durante três meses. Contemplando-lhes os 
rostos baços, os arcabouços esmirrados e sujos, cujos molambos 
em tiras não encobriam lanhos, escaras e escalavros – a vitória 
tão longamente apetecida decaía de súbito. Repugnava aquele 
triunfo. Envergonhava. Era, com efeito, contraproducente 
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60Língua Portuguesa
APOSTILAS OPÇÃO
compensação a tão luxuosos gastos de combates, de reveses e de 
milhares de vidas, o apresamento daquela caqueirada humana – 
do mesmo passo angulhenta e sinistra, entre trágica e imunda, 
passando-lhes pelos olhos, num longo enxurro de carcaças e 
molambos...
Nem um rosto viril, nem um braço capaz de suspender 
uma arma, nem um peito resfolegante de campeador domado: 
mulheres, sem-número de mulheres, velhas espectrais, 
moças envelhecidas, velhas e moças indistintas na mesma 
fealdade, escaveiradas e sujas, filhos escanchados nos quadris 
desnalgados, filhos encarapitados às costas, filhos suspensos 
aos peitos murchos, filhos arrastados pelos braços, passando; 
crianças, sem-número de crianças; velhos, sem-número de 
velhos; raros homens, enfermos opilados, faces túmidas e 
mortas, de cera, bustos dobrados, andar cambaleante.
(CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos. 
Edição Especial. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980.)
Em qual das alternativas abaixo NÃO há um par de sinônimos? 
a) Armistício – destruição 
b) Claudicante – manco 
c) Reveses – infortúnios 
d) Fealdade – feiura 
e) Opilados – desnutridos
03. (Pref. de Lauro Muller/SC – Auxiliar Administrativo 
– FAEPESUL/2016) 
Atento ao emprego dos Homônimos, analise as palavras 
sublinhadas e identifique a alternativa CORRETA: 
a) Ainda vivemos no Brasil a descriminação racial. Isso é 
crime! 
b) Com a crise política, a renúncia já parecia eminente.
c) Descobertas as manobras fiscais, os políticos irão 
agora expiar seus crimes. 
d) Em todos os momentos, para agir corretamente, é preciso 
o bom censo. 
e) Prefiro macarronada com molho, mas sem estrato de 
tomate. 
Respostas
01. B\02. A\03. C
Anotações
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
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1Raciocínio Lógico e Matemático
APOSTILAS OPÇÃO
1 Operações, propriedades e 
aplicações (soma, subtração, 
multiplicação, divisão, 
potenciação e radiciação).
Caro (a) leitor (a), neste tópico estudaremos apenas 
“Potenciação e Radiciação“, os demais assuntos serão 
estudados no tópico “5 Conjuntos numéricos (números 
naturais, inteiros, racionais e reais) e operações com 
conjuntos“.
POTENCIAÇÃO
Observando a figura acima, quantos cubos há:
1) em uma barra?
2) uma placa?
3) um bloco?
Respondendo a essas perguntas, efetuamos as seguintes 
multiplicações:
1) 1 barra = 10 cubinhos
2) 1 placa = 10 .10 = 100 cubinhos
3) 1 bloco = 10.10.10 = 1000 cubinhos
A esse tipo de multiplicação de fatores iguais chamamos 
de Potenciação.
Vejamos:
Na figura acima, observamos a repetição de um fator (dez – 
10) ao qual chamamos de base, e a quantidade de vezes que essa 
base se repete (2, 3, 4...) chamamos de expoente, ao resultado 
da potenciação chamamos de potência. Dessa forma podemos 
representar essa repetição da seguinte forma:
10.10 = 10² (lê-se 10 elevado a 2ª potência ou ao quadrado)
10.10.10 = 10³ (Lê-se 10 elevado a 3ª potência ou ao cubo)
E assim sucessivamente.
- Propriedades da Potência
1) Todo número elevado a zero é igual 1(um):
Exemplos:
210 = 1 ;
20 = 1.
2) Multiplicação de potência de mesma base:
Conserva-se a base e soma-se os expoentes.
Exemplos:
212 .2152 = 212 + 52 ;
20.23 = 20 + 3.
3) Divisão de potência de mesma base:
Conserva-se a base e subtrai-se os expoentes.
Exemplos:
2121 : 2110 = 2121 – 10 = 2111;
23 : 23 = 23 – 3 = 20 = 1.
4) Potência de uma potência:
Conserva-se a base e multiplica-se os expoentes.
Exemplos:
5) Multiplicação de potência de mesmo expoente:
Conserva-se os expoentes e multiplicam-se as bases.
Exemplos:
26. 36 = (2.3)6 = 66
52.82.72 = (5.8.7)2 = 2802
6) Divisão de potência de mesmo expoente:
Conserva-se os expoentes e dividem-se as bases.
Exemplos:
46 : 26 = (4 : 2)6 = 26
102 : 82 = (10 : 8)2 = (5/4)2
7) Potência de um produto:
Eleva-se cada termo da multiplicação ao expoente.
Exemplos:
(2.3)6 = 26.36
(5.8.7)2 = 52.82.72
8) Potência de um quociente:
Eleva-se cada termo da divisão ao expoente.
Exemplos:
(2 : 3)6 = 26 : 36
(10 : 8)2 = 102 : 82
9) Base elevada a expoente par:
Qualquer número real (positivo ou negativo), elevado a um 
expoente par terá sempre como resultado um número positivo.
Exemplos:
(-3)2 = -3.-3 = 9
(7)4 = 7.7.7.7 = 2 401
10) Base elevada a expoente ímpar:
Qualquer número real (positivo ou negativo), elevado a um 
expoente impar terá sempre como resultado sempre o mesmo 
sinal da base.
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2Raciocínio Lógico e Matemático
APOSTILAS OPÇÃO
Exemplos:
(-3)3 = -3.-3.-3 = -27
(7)5 = 7.7.7.7.7 = 16 807
11) Base elevada a expoente negativo:
Inverte-se a base da potenciação e muda-se o sinal do 
expoente.
Exemplos:
12) Potência elevada a uma outra potência:
Qualquer número real (positivo ou negativo), elevado a 
vários expoentes simultaneamente, deve ser resolver cada 
expoente separadamente até chegar a uma potência.
Exemplos:
 → Vamos resolver primeiro 22 = 4, logo ficamos com 34 
= 81
→ Vamos resolver primeiro 32 = 9, logo ficamos com 69
Questões
01. (METRÔ/SP - Analista Desenvolvimento Gestão 
Júnior - Administração de Empresas – FCC) O resultado dessa 
expressão numérica:
é igual a 
(A) 256. 
(B) 128. 
(C) 64. 
(D) 512. 
(E) 1.
02. (TRF-3ª REGIÃO -Técnico Judiciário - Área 
Administrativa – FCC) O resultado da expressão numérica 53 ÷ 
5 . 54 ÷ 5 . 55 ÷ 5 ÷ 56 − 5 é igual a
(A) 120.
(B) 1/5.
(C) 55.
(D) 25.
(E) 620.
03. (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYAMA) 
Analise as operações a seguir:
I abac=ax
II 
III 
De acordo com as propriedades da potenciação, temos que, 
respectivamente, nas operações I, II e III: 
(A) x=b-c, y=b+c e z=c/2.
(B) x=b+c, y=b-c e z=2c.
(C) x=2bc, y=-2bc e z=2c.
(D) x=c-b, y=b-c e z=c-2.
(E) x=2b, y=2c e z=c+2.
04. (FUVEST) A metade de 2100 é:
(A) 250
(B) 1100
(C) 299
(D) 251
(E) 150
05. (UFSM) Efetuando a divisão ex : ex-2, teremos:
(A) e-2
(B) ex2-2x
(C) e2
(D)
(E) ex
Respostas
01. Resposta:A.
 
 
02. Resposta: A.
Vamos aplicar as propriedades de potência:
1ª vamos resolver todas as divisões, onde subtraímos os 
expoentes das potências de mesma base:
(53 ÷ 5) . (54 ÷ 5 ). (55 ÷ 5) ÷ 56 – 5 → (52 . 53 . 54)÷ 56 – 5 , agora 
vamos resolver a multiplicação , onde somamos os expoentes → 
59 ÷ 56 – 5, novamente resolvemos a divisão, onde subtraímos 
os expoentes → 53 -5 , agora resolvemos a potência 53 = 125 → 
125 – 5 = 120.
03. Resposta: B.
I da propriedade das potências, temos:
II 
III 
04. Resposta: C.
Como queremos saber a metade de 2100, precisamos dividir 
esta potência por 2, e subtrairmos os expoentes (divisão de 
mesma base), logo:
05. Resposta: C.
Na divisão de potências de mesma base, conserva-se as 
bases e subtrai-se os expoentes:
RADICIAÇÃO
Considere o quadrado ao lado.
Podemos dizer que a área desse quadrado é 42 = 16 
 
 
Sabendo que a área é 16 podemos calcular a medida de seu 
lado fazendo 16 = 4, pois 42 = 16.
Observe o cubo ao lado. 
 
Podemos dizer que o volume do cubo é 53 = 125 
 
Sabendo que o volume é 125, podemos calcular a medida de 
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3Raciocínio Lógico e Matemático
APOSTILAS OPÇÃO
sua aresta fazendo
 3 125 = 5, pois 53 = 125.
Da mesma forma:
3 64 = 4, porque 43 = 64; 4 81 = 3, porque 34 5 32 = 81; = 2, 
porque 25 = 32.
Ou, de modo geral, indicando a raiz enésima de a por b, 
podemos escrever:
abba nn =⇔= (n ∈ N e n ≥1)
Na raiz n a , o número n é chamado índice e o número a, 
radicando.
Veja os exemplos:
- Na raiz 25 , o radicando é 25 e o índice é 2.
- Na raiz 3 27 , o radicando é 27 e o índice é 3.
Observação: Podemos omitir o índice 2 na indicação da raiz 
quadrada. 
Assim: 2 25 = 25
Raiz de um Número Real
1º Caso: n = 1
Se n = 1, então 1 a = a
Exemplos:
- 1 10 = 10, porque 101 = 10
- 1 8− = – 8, porque (– 8)1 = – 8 
A raiz de índice 1 é igual ao próprio radicando.
2º Caso: n é par e a > 0
Considere como exemplo a raiz 25 . Nele o radicando a = 25 
é positivo e o índice n = 2 é par.
Temos:
(– 5)2 = 25 e (+ 5)2 = 25
Deveríamos então dizer que a raiz quadrada de 25 é 5 ou –5, 
porém o resultado de uma operação deve ser único e, para que 
não haja dúvida quanto ao sinal da raiz, convencionaremos que:
25 = 5
A raiz de índice par de um número positivo é um número 
positivo.
3º Caso: n é ímpar
Considere como exemplos as raízes:
- 3 64 , na qual a = 64 (positivo) e n = 3 (ímpar). Temos:
3 64 = 4, porque 43 = 64
- 3 64− , na qual a = - 64 (negativo) e n = 3 (ímpar). Temos:
3 64− = - 4, porque (- 4)3 = - 64
A raiz de índice ímpar tem o mesmo sinal do radicando.
Observação: A raiz de índice n do número zero é zero, ou 
seja:
n 0 = 0, para todo n ∈ N*
4º Caso: n é par e a < 0
Considere como exemplo a raiz quadrada de -36, onde a = 
-36 (negativo) e n = 2 (par).
Não existe raiz quadrada real de -36, porque não existe 
número real que, elevado ao quadrado, dê -36.
Não existe a raiz real de índice par de um número real 
negativo.
Potência com Expoente Fracionário
Observe as equivalências em que as bases das potências são 
positivas:
( ) 2
6
636223 777777 ==⇔= ou
6- Expoente do radicando
2- Índice da raiz
Essas equivalências nos sugerem que todo radical de 
radicando positivo pode ser escrito em forma de potência com 
expoente fracionário. Assim:
n
m
n m aa = .( a e R*+ ; m e Z e. n e N*)
Exemplos:
- 5
3
5 3 22 =
- 4
1
4 33 =
Propriedade dos Radicais
1ª Propriedade:
Considere o radical 5555 13
3
3 3 ===
De modo geral, se ,, *NnRa ∈∈ + então:
aan n =
O radical de índice n de uma potência com expoente também 
igual a n dá como resultado a base daquela potência.
2ª Propriedade:
Observe: ( ) 5.35.35.35.3 2
1
2
1
2
1
===
De modo geral, se ,,, *NnRbRa ∈∈∈ ++ então:
 nnn baba .. =
 Radical de um produto Produto dos radicais
O radical de índice inteiro e positivo de um produto indicado 
é igual ao produto dos radicais de mesmo índice dos fatores do 
radicando.
3ª Propriedade:
Observe: 
3
2
3
2
3
2
3
2
2
1
2
1
2
1
==




=
De modo geral, se ,,, ** NnRbRa ∈∈∈
++ então:
 
 
n
n
n
b
a
b
a
=
 
Radical de um quociente Quociente dos radicais
O radical de índice inteiro e positivo de um quociente 
indicado é igual ao quociente dos radicais de mesmo índice dos 
termos do radicando.
4ª Propriedade:
Observe: 3 23
2
12
8
12 8 3333 ===
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4Raciocínio Lógico e Matemático
APOSTILAS OPÇÃO
Então: 12 83 23 212 8 3333 == e
De modo geral, para ,,, *NnNmRa ∈∈∈ + se p *N∈ , 
temos:
pn pmn m aa . .=
Se p é divisor de m e n, temos:
pn pmn m aa : :=
Multiplicando-se ou dividindo-se o índice e o expoente do 
radicando por um mesmo número natural maior que zero, o 
valor do radical não se altera.
Simplificação de Radicais
1º Caso
O índice do radical e o expoente do radicando têm fator 
comum. De acordo com a 4ª propriedade dos radicais podemos 
dividir o índice e o expoente pelo fator comum.
Exemplo
Dividindo o índice 9 e o expoente 3 e 6 por 3, temos:
3 23:9 3:63:39 63 2.2.2 aaa ==
2º Caso
Os expoentes dos fatores do radicando são múltiplos do 
índice. Considere o radical ,.n pna com ,+∈ Ra *Nn ∈ e .Zp ∈ 
Temos:
pn
pn
n pn aaa ==
.
.
Assim, podemos dizer que, num radical, os fatores do 
radicando cujos expoentes são múltiplos do índice podem ser 
colocados fora do radical, tendo como novo expoente o quociente 
entre o expoente e o índice.
Exemplo
44282482482 9..3..3..381 abbabababa ====
3º Caso
Os expoentes dos fatores do radicando são maiores que o 
índice, mas não múltiplos deste. Transforma-se o radicando num 
produto de potências de mesma base, sendo um dos expoentes 
múltiplos do índice;
Exemplo
ababababbaaba b2242435 ....... ===
Passagem de um fator para fora e para dentro de um 
radical 
Decompõe-se o radicando num produto de factores primos e 
aplica-se a propriedade da multiplicação de radicais. 
Para passar um fator para dentro do radical eleva-se este ao 
índice do radical.
Exemplos:
√108
2√5 = √(22´5) = √20
33√52 = 3√(33´52) = 3√(27´25) = 3√675
Racionalização de Denominadores
Vamos transformar o radical de um denominador em 
um número racional a fim de facilitar o cálculo da divisão, 
eliminando-o do denominador. Esta racionalização pode ser 
feita multiplicando-se o numerador e o denominador da fração 
por um mesmo fator, obtendo-se uma fração equivalente à 
anterior. Esse fator recebe o nome de fator de racionalização 
ou racionalizante.
Vejamos os casos:
1º Caso: Denominadores do tipo 
Observemos que:
Assim quando encontrarmos um denominador do tipo 
bastas multiplicar o seu numerador e o seu denominador por 
 (fator racionalizante) para eliminarmos o radical do 
denominador.
2º Caso : Denominadores do tipo 
Vamos utilizar o conceito de produto notável para 
resolvermos a questão:
(A+B).(A-B)= A2 – B2, aplicando ao denominador obteremos 
um resultado racional.
Para este caso basta multiplicarmos o denominador pelo seu 
conjugado, eliminando assim o radical do denominador.
Assim:
Denominador : conjugado 
Denominador : conjugado 
Questões
01. (TRT - Técnico Judiciário) Considere as sentenças 
abaixo:
Quais são verdadeiras?
(A) Apenas I
(B) Apenas II
(C) Apenas III
(D) Apenas I e II
(E) Apenas II e III
02. (BRDE-RS) – Se x = - 1, o número - x é:
(A) ímpar
(B) negativo
(C) nulo
(D) irracional
(E) primo
03. Ao racionalizar o numerador da expressão 
com h 0, encontra-se:
a) 
b) 0
c)Apostila Digital Licenciada para Duany Aldeny - duanyaldeny@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
5Raciocínio Lógico e Matemático
APOSTILAS OPÇÃO
d) 1
e) 
Respostas
01. Resposta: C.
 I) Falsa
02. Resposta: D.
x = √2 – 1 , vamos substituir onde tem x este valor:
Aplicando acima temos:
03. Resposta: A. 
2 Princípios de contagem e 
probabilidade. 3 Arranjos e 
permutações. 4 Combinações.
Análise Combinatória
A análise combinatória são cálculos que permitem a 
formação de grupos relacionados à contagem, de forma que faz 
análise das possibilidades e das combinações possíveis entre um 
conjunto de elementos.
Diagrama de árvore
 É um diagrama que mostra todos os possíveis resultados de 
um acontecimento, utilizado quando número de possibilidades 
é pequeno.
Exemplo : Lançam-se 3 moedas ao ar (ou lança-se uma moeda 
3 vezes ao ar), qual a probabilidade de saírem exatamente 2 
vezes o mesmo lado (seja Cara ou Coroa)?
Resposta: A probabilidade é igual a 6 em 8 (6/8 = 3/4) 
Nota-se que, para o exemplo acima, cada lançamento não 
influencia o outro.
Este tipo de árvore serve para acontecimentos em que há 
reposição das condições iniciais, ou seja, em cada experiência 
aleatória.
Sendo assim, podemos observar que se um acontecimento 
A pode ocorrer de n modos diferentes e se para cada um dos 
n modos de A, um segundo acontecimento B pode ocorrer de 
m modos diferentes, então o número de modos de ocorrer o 
acontecimento A seguido do acontecimento B é n.m.
Se um acontecimento pode ocorrer de n modos diferentes, 
um segundo de m modos diferentes, um terceiro de x modos 
diferentes e assim por diante, então o número de modos que 
esse acontecimento pode ocorrer é dado pelo produto: n.m.x....
Problemas
1. Quantos números de 2 algarismos podem ser formados 
usando apenas os algarismos 3, 4, 5, 6 e 7
2. De quantas maneiras diferentes uma pessoa pode se vestir 
sabendo que ela possui 2 saias, 3 blusas e 3 sapatos?
Respostas
1. Como dispomos de 5 algarismos, são 5 possibilidades 
de escolha para a primeira casa, depois dessa escolha temos 
novamente 5 possibilidades para a segunda casa, uma vez que 
podemos repetir algarismos.
5 . 5 = 25
São 25 números 
2. Sabendo que são 2 saias, 3 blusas e 3 sapatos vamos 
multiplicar 2 . 3. 3 = 18, logo são 18 maneiras diferentes de se 
vestir. 
Para efetuar os cálculos em alguns problemas, devemos 
estudar algumas propriedades da análise combinatória:
Permutação
A cada um dos agrupamentos que podemos formar com 
certo número de elementos distintos, tal que a diferença entre 
um agrupamento e outro se dê apenas pela mudança de posição 
entre seus elementos, damos o nome de permutação simples.
Por exemplo, se C = (2, 3, 4), as permutações simples de seus 
elementos são: 234, 243, 324, 342, 423 e 432. 
Indicamos o número de Permutações simples de n elementos 
distintos por: 
Pn = n! 
Ex: Quantos anagramas podemos formar a partir da palavra 
ORDEM?
Um anagrama é uma palavra ou frase formada com todas as 
letras de uma outra palavra ou frase. Normalmente as palavras 
ou frases resultantes são sem significado, como já era de se 
esperar.
Como a palavra ORDEM possui 5 letras distintas, devemos 
calcular o número de permutações calculando P5. Temos então:
P5 = 5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120
Portanto:
O número de anagramas que podemos formar a partir da 
palavra ORDEM é igual 120.
Alguns anagramas: MEDRO, ROMED, EDROM, DEMOR...
Arranjos
Os agrupamentos dos elementos dependem da ordem e 
da natureza dos mesmos. Assim, para obter o arranjo simples 
de n elementos tomados p a p (p ≤ n), ou seja, para calcular os 
diferentes arranjos ordenados de tais elementos, utiliza-se a 
seguinte expressão:
Ex: Uma família é composta por seis pessoas (pai, mãe e 
quatro filhos) que nasceram em meses diferentes do ano. Calcule 
as sequências dos possíveis meses de nascimento dos membros 
dessa família.
Resolução:
Sabemos que 1 ano é composto de 12 meses, então devemos 
determinar o número de sequência através do arranjo de 12, 
tomados 6 a 6.
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6Raciocínio Lógico e Matemático
APOSTILAS OPÇÃO
Como outro exemplo de arranjo, podemos pensar nas 
eleições, de modo que 20 deputados concorrem a 2 vagas no 
estado de São Paulo. Dessa forma, de quantas maneiras distintas 
a escolha poderá ser feita? Observe que nesse caso, a ordem é 
importante, visto que altera o resultado final.
Logo, o arranjo pode ser feito de 380 maneiras diferentes.
Combinação Denominamos combinações simples de n 
elementos distintos tomados p a p aossubconjuntos formados 
por p elementos distintos escolhidos entre os n elementos dados. 
É importante observar que duas combinações são diferentes 
quando possuem elementos distintos, não importando a ordem 
em que os elementos são colocados.
Representando por Cn,p o número total de combinações de n 
elementos tomados p a p , temos a seguinte fórmula:
 
 Ex: Uma prova consta de 6 questões, das quais o aluno deve 
resolver 3. De quantas formas ele poderá escolher as 3 questões?
Quer-se agrupar 3 elementos, dentre os 6 existentes.
Perceba que a ordem em que os elementos aparecerão 
não será importante, uma vez que, ao resolver a 1ª , a 2ª e a 
3ª questão é o mesmo que resolver a 2ª , a 3º e a 1ª, portanto é 
um problema de combinação.
Logo, um aluno pode escolher suas 3 questões de 20 
maneiras diferentes. 
Questões
01 (TJ-RO –TECNICO JUDICIÁRIO – FGV -2015) 
João tem 5 processos que devem ser analisados e Arnaldo 
e Bruno estão disponíveis para esse trabalho. Como Arnaldo é 
mais experiente, João decidiu dar 3 processos para Arnaldo e 2 
para Bruno.
O número de maneiras diferentes pelas quais João pode 
distribuir esses 5 processos entre Arnaldo e Bruno é:
 (A) 6.
(B) 8.
(C) 10. 
(D) 12. 
(E) 15. 
02 ( SEDUC-PE- AGENTE DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO 
ESCOLAR ESPECIAL- FGV -2015)
 Um professor deseja dividir um grupo de cinco alunos em 
dois grupos: um com dois alunos e o outro com três alunos. Dos 
cinco alunos, dois deles são especiais.
De quantas maneiras diferentes o professor pode fazer 
a divisão dos cinco alunos em dois grupos, de modo que cada 
grupo tenha um aluno especial?
(A) 3.
(B) 4. 
(C) 5. 
(D) 6.
(E) 10. 
03 (TSE –CE ANALISTA DE TECNOLOGIA DA 
INFORMAÇÃO-SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO – FGV -2015)
 João tem 4 primas e 3 primos, deseja convidar duas dessas 
pessoas para ir ao cinema, mas não quer que o grupo seja 
exclusivamente masculino.
O número de maneiras diferentes pelas quais João pode 
escolher seus dois convidados é:
(A) 9. 
(B) 12. 
(C) 15. 
(D) 16. 
(E) 18.
04 (PETROBRÁS –CONHECIMENTOS BÁSICOS NÍVEL 
MÉDIO – CESGRANRIO-2014) 
A Figura apresenta a disposição de 20 carteiras escolares em 
uma sala de aula. As carteiras que estão identificadas por letras 
já estavam ocupadas quando Marcelo, Joana e Clara entraram na 
sala.
Se Marcelo, Joana e Clara vão escolher três carteiras seguidas 
(lado a lado), de quantos modos distintos eles podem sentar-se?
(A) 6.
(B) 9.
(C) 12.
(D) 18.
(E) 24.
05 (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO 
-2013) 
Uma empresa de propaganda pretende criar panfletos 
coloridos para divulgar certo produto. O papel pode ser 
laranja, azul, preto, amarelo, vermelho ou roxo, enquanto o 
texto é escrito no panfleto em preto, vermelho ou branco. 
De quantos modos distintos é possível escolher uma cor para o 
fundo e uma cor para o texto se, por uma questão de contraste, 
as cores do fundo e do texto não podem ser iguais?
(A) 13.
(B) 14. 
(C) 16. 
(D) 17. 
(E) 18. 
Respostas
01 Resposta: C.
Para uma melhor compreensão vamos fazer da seguinte 
maneira:
 as linhas representam os processos ( que são 5) : ______ 
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7Raciocínio Lógico e Matemático
APOSTILAS OPÇÃO
______ ______ ______ ______ 
as letras são as iniciaisque A A A 
B B
deverão ser permutadas entre si:
Arnaldo: AAA( 3 processos) e Bruno BB( 2 processos) 
agora é só fazer as permutações possíveis no esquema acima 
CALCULO:
TOTAL DE 5 LETRAS: A A A B B permutadas entre si e o 
desconto das repetições.
LOGO: 5! / 3! x 2!
5! ( das 5 letras)
3! ( das 3 letras ‘’A’’ que repetem)
2! ( das 2 letras ‘’B’’ que repetem)
fazendo os cálculos temos:
5x4x3x2x1 / 3x2x2x1 = 10
02 Resposta: D.
Como temos dois grupos de alunos nomeados por especiais 
e não especiais vamos utilizar letras para distingui-los e tentar 
resolver o problema sem uso de fórmulas:
 Sendo:
Alunos especiais A e B
Alunos não especiais: C D E
Primeira situação:
Aluno especias A mais um formando grupos de dois (note que 
ao formar um grupo o outro será composto obrigatoriamente 
pelos alunos restantes)
AC
AD
AE
Segunda situação:
Aluno especial A com mais dois alunos formando 
grupos de três (o outro grupo, como na situação anterior, é 
automaticamente formado)
ACD
ACE
ADE
03 Resposta: E. 
De acordo com o texto, observa-se que como João não quer 
que o grupo seja exclusivamente masculino, ele pode ter duas 
opções:
- grupos com 1 homem e 1 mulher: neste caso temos 4 x 
3 = 12 possibilidades (basta escolher 1 dos 3 primos e 1 das 4 
primas).
- grupos com 2 mulheres: neste caso basta combinar as 4 
primas em grupos de 2, ou seja, C(4,2) = 4×3 / 2! = 12 / 2 = 6 
possibilidades.
Ao todo temos 12 + 6 = 18 somadas as possibilidades 
encontradas nos grupos 1 e 2.
04 Resposta: C.
De acordo com a figura foi possível observar que somente na 
terceira linha é possível escolherem três lado a lado.
Como são quatro lugares, é necessário fazer a permutação 
de 3! e depois multiplicar por dois, pois eles podem sentar nas 
primeiras três cadeiras e depois na segunda, terceira e quarta, 
da esquerda para a direita ou contrário.
Fazendo a permutaçaõ de 3! = 3.2.1 = 6
 Multiplicando por 2:
6 x 2 = 12.
05 Resposta: C.
 O primeiro passo é descobrir o total de maneiras possíveis, 
SEM restrições Papel = 6 e texto = 3:
C 6,3 = 6 x 5 x 4 x 3 ! = 120 = 20
 3! 3 x 2 x 1 ! 6
Descobri o total de maneiras possíveis COM restrições. 
Papel = 6 - 2 (preto e vermelho) = 4 e texto = 3
C 4,3 = 4 x 3 ! = 4
 3! 1!
 Fazendo a diferença entre as combinações possíveis 20-4 
=16 
Probabilidade
O estudo da probabilidade vem da necessidade de em certas 
situações, prevermos a possibilidade de ocorrência de determi-
nados fatos.
A história da teoria das probabilidades, teve início com os 
jogos de cartas, dados e de roleta. Esse é o motivo da grande 
existência de exemplos de jogos de azar no estudo da probabili-
dade. A teoria da probabilidade permite que se calcule a chance 
de ocorrência de um número em um experimento aleatório.
Experimento Aleatório
 É aquele experimento que quando repetido em iguais 
condições, podem fornecer resultados diferentes, ou seja, 
são resultados explicados ao acaso. Quando se fala de 
tempo e possibilidades de ganho na loteria, a abordagem 
envolve cálculo de experimento aleatório.
 Se lançarmos uma moeda ao chão para observarmos a 
face que ficou para cima, o resultado é imprevisível, pois 
tanto pode dar cara, quanto pode dar coroa.
Se ao invés de uma moeda, o objeto a ser lançado for um 
dado, o resultado será mais imprevisível ainda, pois aumenta-
mos o número de possibilidades de resultado.
A experimentos como estes, ocorrendo nas mesmas condi-
ções ou em condições semelhantes, que podem apresentar re-
sultados diferentes a cada ocorrência, damos o nome de experi-
mentos aleatórios.
Espaço Amostral
Ao lançarmos uma moeda não sabemos qual será a face que 
ficará para cima, no entanto podemos afirmar com toda certeza 
que ou será cara, ou será coroa, pois uma moeda só possui estas 
duas faces. Neste exemplo, ao conjunto 
{ cara, coroa } damos o nome de espaço amostral, pois ele 
é o conjunto de todos os resultados possíveis de ocorrer neste 
experimento.
Representamos um espaço amostral, ou espaço amostral 
universal como também é chamado, pela letra S. No caso da 
moeda representamos o seu espaço amostral por:
S = { cara, coroa }
Se novamente ao invés de uma moeda, o objeto a ser lançado 
for um dado, o espaço amostral será:
S = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 }
Evento
Quando lançamos um dado ou uma moeda, chamamos a 
ocorrência deste fato de evento. Qualquer subconjunto de um 
espaço amostral é um evento.
Em relação ao espaço amostral do lançamento de um dado, 
veja o conjunto a seguir:
A = { 2, 3, 5 }
Note que ( A está contido em S, A é um 
subconjunto de S ). O conjunto A é a representação do 
evento do lançamento de um dado, quando temos a face 
para cima igual a um número primo.
Classificação de Eventos
Podemos classificar os eventos por vários tipos. Vejamos al-
guns deles:
Evento Simples
Classificamos assim os eventos que são formados por um 
único elemento do espaço amostral.
A = { 5 } é a representação de um evento simples do lança-
mento de um dado cuja face para cima é divisível por5. Nenhuma 
das outras possibilidades são divisíveis por 5.
Evento Certo
Ao lançarmos um dado é certo que a face que ficará para 
cima, terá um número divisor de 720. Este é um evento certo, 
pois 720 = 6! = 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1, obviamente qualquer um dos 
números da face de um dado é um divisor de 720, pois 720 é o 
produto de todos eles.
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8Raciocínio Lógico e Matemático
APOSTILAS OPÇÃO
O conjunto A = { 2, 3, 5, 6, 4, 1 } representa um evento certo 
pois ele possui todos os elementos do espaço amostral S = { 1, 
2, 3, 4, 5, 6 }.
Evento Impossível
No lançamento conjunto de dois dados qual é a possibilidade 
de a soma dos números contidos nas duas faces para cima, ser 
igual a 15?
Este é um evento impossível, pois o valor máximo que pode-
mos obter é igual a doze. Podemos representá-lo por 
, ou ainda por A = {}.
Conceito de probabilidade
Se em um fenômeno aleatório as possibilidades são igual-
mente prováveis, então a probabilidade de ocorrer um evento 
A é:
Por, exemplo, no lançamento de um dado, um número par 
pode ocorrer de 3 maneiras diferentes dentre 6 igualmente pro-
váveis, portanto, P = 3/6= 1/2 = 50%
Probabilidade da União de dois Eventos
Dados dois eventos A e B de um espaço amostral S a probabi-
lidade de ocorrer A ou B é dada por: 
P(A U B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B)
Verificação:
O Número de elementos de A U B é igual à soma do número 
de elementos de A com o número de elementos de B, menos uma 
vez o número de elementos de A ∩ B que foi contado duas vezes 
(uma em A e outra em B). Assim temos: 
n(AUB) = n(A) + n(B) – n(A∩B) 
Dividindo por n(S) [S ≠ ] resulta 
 
P(AUB) = P(A) + P(B) – P(A∩B) 
Ex: Numa urna existem 10 bolas numeradas de 1 a 10. Reti-
rando uma bola ao acaso, qual a probabilidade de ocorrer múlti-
plos de 2 ou múltiplos de 3? 
 
A é o evento “múltiplo de 2”. 
B é o evento “múltiplo de 3”. 
P(AUB) = P(A) + P(B) – P(A∩B) = + - = = 70%
Probabilidade da intersecção de dois eventos
A probabilidade da intersecção de dois eventos ou probabi-
lidade de eventos sucessivos determina a chance, a possibilida-
de, de dois eventos ocorrerem simultânea ou sucessivamente. 
Para o cálculo desse tipo de probabilidade devemos interpretar 
muito bem os problemas, lendo com atenção e fazendo o uso da 
seguinte fórmula:
Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral S. A proba-
bilidade de 
A ∩ B é dada por:
Onde
p(A∩B) → é a probabilidade da ocorrência simultânea de 
A e B
p(A) → é a probabilidade de ocorrer o evento A
p(B│A) → é a probabilidade de ocorrer o evento B sabendo 
da ocorrência de A (probabilidade condicional)
Se os eventos A e B forem independentes (ou seja, se a ocor-
rência de um não interferir na probabilidade de ocorrer outro), 
a fórmula para o cálculo da probabilidade da intersecçãoserá 
dada por:
Vejamos alguns exemplos de aplicação.
Ex. 1. Em dois lançamentos sucessivos de um mesmo dado, 
qual a probabilidade de sair um número ímpar e o número 4?
Resolução: O que determina a utilização da fórmula da inter-
secção para resolução desse problema é a palavra “e” na frase 
“a probabilidade de sair um número ímpar e o número 4”. Lem-
bre-se que na matemática “e” representa intersecção, enquanto 
“ou” representa união.
Note que a ocorrência de um dos eventos não interfere na 
ocorrência do outro. Temos, então, dois eventos independentes. 
Vamos identificar cada um dos eventos.
Evento A: sair um número ímpar = {1, 3, 5}
Evento B: sair o número 4 = {4}
Espaço Amostral: S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
Temos que:
Assim, teremos:
Ex. 2. Numa urna há 20 bolinhas numeradas de 1 a 20. Reti-
ram-se duas bolinhas dessa urna, uma após a outra, sem repo-
sição. Qual a probabilidade de ter saído um número par e um 
múltiplo de 5?
Solução: Primeiro passo é identificar os eventos e o espaço 
amostral.
Evento A: sair um número par = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 
20}
Evento B: sair um múltiplo de 5 = {5, 10, 15, 20}
Espaço amostral: S = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 
15, 16, 17, 18, 19, 20}
Como as duas bolinhas foram retiradas uma após a outra 
e não houve reposição, ou seja, não foram devolvidas à urna, a 
ocorrência do evento A interfere na ocorrência do B, pois haverá 
na urna somente 19 bolinhas após a retirada da primeira.
Assim, temos que:
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9Raciocínio Lógico e Matemático
APOSTILAS OPÇÃO
Após a retirada da primeira bola, ficamos com 19 bolinhas 
na urna. Logo, teremos:
Questões
01 (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro 
Militar – COVEST – UNEMAT) Uma loja de eletrodoméstico tem 
uma venda mensal de sessenta ventiladores. Sabe-se que, des-
se total, seis apresentam algum tipo de problema nos primeiros 
seis meses e precisam ser levados para o conserto em um servi-
ço autorizado.
Um cliente comprou dois ventiladores. A probabilidade de 
que ambos não apresentem problemas nos seis primeiros meses 
é de aproximadamente:
(A) 90%
(B) 81%
(C) 54%
(D) 11%
(E) 89%
02 (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro 
Militar – COVEST – UNEMAT) Em uma caixa estão acondicio-
nados uma dúzia e meia de ovos. Sabe-se, porém, que três deles 
estão impróprios para o consumo.
Se forem escolhidos dois ovos ao acaso, qual a probabilidade 
de ambos estarem estragados?
(A) 2/153
(B) 1/9
(C) 1/51
(D) 1/3
(E) 4/3
03 (Polícia Militar/SP – Aluno – Oficial – VUNESP) O po-
liciamento de um grande evento musical deteve 100 pessoas. 
Sabe-se que 50 pessoas foram detidas por furto de celulares, 
que 25 pessoas detidas são mulheres, e que 20 mulheres foram 
detidas por furto de celulares. Para a elaboração do relatório, 
o PM Jurandir montou uma tabela e inseriu esses dados, para 
depois completá-la.
Furto de
Celulares
Outros
Motivos
Total
Sexo Femini-
no
20 25
Sexo Mascu-
lino
Total 50 100
Tomando-se ao acaso uma das pessoas detidas por outros 
motivos, a probabilidade de que ela seja do sexo masculino é de
(A) 90%.
(B) 75%.
(C) 50%.
(D) 45%.
(E) 30%.
Respostas
01. Resposta: B.
6 / 60 = 0,1 = 10% de ter problema
Assim, se 10% tem problemas, então 90% não apresentam 
problemas.
 
02 Resposta: C.
 (: 6 / 6)
03. Resposta: A.
Vamos completar a tabela:
Furto de
Celulares
Outros
Motivos
Total
Sexo Femini-
no
20 5 25
Sexo Mascu-
lino
30 45 75
Total 50 50 100
Assim, a probabilidade é de: 45 / 50 = 0,9 = 90 / 100 = 90%
5 Conjuntos numéricos (números 
naturais, inteiros, racionais 
e reais) e operações com 
conjuntos.
COJUNTOS NÚMERICOS
CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS - N
O conjunto dos números naturais é representado pela letra 
maiúscula N e estes números são construídos com os algarismos: 
0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, que também são conhecidos como 
algarismos indo-arábicos. Embora o zero não seja um número 
natural no sentido que tenha sido proveniente de objetos de 
contagens naturais, iremos considerá-lo como um número 
natural uma vez que ele tem as mesmas propriedades algébricas 
que estes números. 
Na sequência consideraremos que os naturais têm início 
com o número zero e escreveremos este conjunto como: N = { 0, 
1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}
As reticências (três pontos) indicam que este conjunto não 
tem fim. N é um conjunto com infinitos números.
Excluindo o zero do conjunto dos números naturais, o 
conjunto será representado por: 
N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, ...}
Subconjuntos notáveis em N:
1 – Números Naturais não 
nulos
N* ={1,2,3,4,...,n,...}; N* = N-{0}
2 – Números Naturais 
pares
Np = {0,2,4,6,...,2n,...}; com 
n N
3 - Números Naturais 
ímpares
Ni = {1,3,5,7,...,2n+1,...} com 
n N
4 - Números primos
P={2,3,5,7,11,13...}
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10Raciocínio Lógico e Matemático
APOSTILAS OPÇÃO
A construção dos Números Naturais
- Todo número natural dado tem um sucessor (número que 
vem depois do número dado), considerando também o zero.
Exemplos: Seja m um número natural.
a) O sucessor de m é m+1.
b) O sucessor de 0 é 1.
c) O sucessor de 3 é 4.
- Se um número natural é sucessor de outro, então os dois 
números juntos são chamados números consecutivos.
Exemplos:
a) 1 e 2 são números consecutivos.
b) 7 e 8 são números consecutivos.
c) 50 e 51 são números consecutivos.
- Vários números formam uma coleção de números naturais 
consecutivos se o segundo é sucessor do primeiro, o terceiro é 
sucessor do segundo, o quarto é sucessor do terceiro e assim 
sucessivamente.
Exemplos:
a) 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos.
b) 7, 8 e 9 são consecutivos.
c) 50, 51, 52 e 53 são consecutivos.
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um 
antecessor (número que vem antes do número dado).
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente de zero.
a) O antecessor do número m é m-1.
b) O antecessor de 2 é 1.
c) O antecessor de 56 é 55.
d) O antecessor de 10 é 9.
O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos números 
naturais pares. Embora uma sequência real seja outro objeto 
matemático denominado função, algumas vezes utilizaremos 
a denominação sequência dos números naturais pares para 
representar o conjunto dos números naturais pares: P = {0, 2, 
4, 6, 8, 10, 12, ...}
O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos números 
naturais ímpares, às vezes também chamados, a sequência dos 
números ímpares. I = {1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, ...}
Operações com Números Naturais
Na sequência, estudaremos as duas principais operações 
possíveis no conjunto dos números naturais. Praticamente, 
toda a Matemática é construída a partir dessas duas operações: 
adição e multiplicação.
- Adição de Números Naturais
A primeira operação fundamental da Aritmética tem por 
finalidade reunir em um só número, todas as unidades de dois 
ou mais números. 
Exemplo:
5 + 4 = 9, onde 5 e 4 são as parcelas e 9 soma ou total
-Subtração de Números Naturais
É usada quando precisamos tirar uma quantia de outra, é a 
operação inversa da adição. A operação de subtração só é válida 
nos naturais quando subtraímos o maior número do menor, ou 
seja quando a-b tal que a ≥ b.
Exemplo:
254 – 193 = 61, onde 254 é o Minuendo, o 193 Subtraendo 
e 061 a diferença.
Obs.: o minuendo também é conhecido como aditivo e o 
subtraendo como subtrativo.
- Multiplicação de Números Naturais
É a operação que tem por finalidade adicionar o primeiro 
número denominado multiplicando ou parcela, tantas vezes 
quantas são as unidades do segundo número denominadas 
multiplicador.
Exemplo:
2 x 5 = 10, onde 2 e 5 são os fatores e o 10 produto.
- 2 vezes 5 é somar o número 2 cinco vezes: 2 x 5 = 2 + 2 + 2 
+ 2 + 2 = 10. Podemos no lugar do “x” (vezes) utilizar o ponto “. “, 
para indicar a multiplicação).
- Divisão de Números Naturais
Dados dois

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