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Manual de Identi f icação de
MACROINVERTEBRADOS AQUÁTICOS
do Estado do Rio de Janeiro
Riccardo Mugnai 
Jorge Luiz Nessimian 
Darcilio Fernandes Baptista
" ' í r '
TECHNICAL BOOKS EDITORA
“Ea quae scimus sunt pars minim corum quae ignoramus 
("0 que sabemos é uma minima parte do que ignoramos”)
von Linné, 1735
Riccardo Mugnai 
Jorge Luiz Nessimian 
Darcilio Fernandes Baptista
Manua l de I d en t i f i c a ç ão de 
MACROINVERTEBRADOS AQUÁTICOS
do Estado do Rio de Janei ro
P A R A A T IV ID A D E S T É C N IC A S , DE EN SIN O E T R E IN A M E N T O EM PRO G RA M AS 
DE A V A L IA Ç Ã O DA Q U A L ID A D E E C O L Ó G IC A DOS E C O S S IS T E M A S LÓ T IC O S
1a edição
T B \
TECHNICAL BOOKS EI
Rio de Janeiro 
2010
Manual de I d e n t i f i c a ç ã o de M a c r o in v e r te b r a d o s A q u á t ic o s 
do E s t a d o do R io de J a n e ir o
Para Atividades Técnicas, de Ensino e Treinamento em Programas 
de Avaliação da Qualidade Ecológica dos Ecossistem as Lóticos
Copyright © 2010 
Technical Books Editora Ltda.
Projeto e Realização Gráfica
Mugnai, Riccardo e Gatti, Felipe 
As macrofotografias e a edição gráfica foram realizadas na Seção da Coleção Micológica do 
Laboratório de Avaliação e Promoção de Saúde Ambiental do Instituto Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro.
Dados internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
M951 Mugnai, Riccardo.
Manual de identificação de macroinvertebrados
aquáticos do Estado do Rio de Janeiro / Riccardo
Mugnai, Jorge Luiz Nessimian, Darcilio Fernandes
Baptista. — 1. ed. — Rio de Janeiro : Technical
Books, 2010.
176 p. : il. color. ; 21 cm.
Bibliografia: p. 167-174.
ISBN 978-85-61368-10-4
1. Insetos aquáticos. 2. Biomonitoramento. I.
Nessimian, Jorge Luiz. II. Baptista, Darcilio
Fernandes. III. Titulo.
CDD 595.7
Rua Gonçalves Dias, 89 - 2o andar - Sala 208 
Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20.050-030 
Tel/Fax: (21)2252-5318 
v e n d a s @ tb e d ito ra .c o m .b r 
w w w .tb e d ito ra .c o m .b r
VENDAS:
Technical Books Livraria Ltda.
Rua Gonçalves Dias, 89 - 2o andar - Salas 205 / 206 
Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20.050-030 
Tel/Fax: (21) 2224-3177 - (21) 2531-9027 
(21) 2242-4210 - (21) 2292-5525 - (21) 2252-9299 
v e n d a s @ tb liv ra r ia .c o m .b r 
w w w .tb liv ra r ia .c o m .b r
mailto:vendas@tbeditora.com.br
http://www.tbeditora.com.br
mailto:vendas@tblivraria.com.br
http://www.tblivraria.com.br
AUTORES
Riccardo Mugnai é graduado em Scienze Naturali pela 
Universitá degli Studi di Firenze - Itália (1999). Colaborador téc­
nico científico do Museo di Storia Naturale delTUniversitá degli 
Studi di Firenze, seção de zoologia "La Specola" (1995-2003). Ob­
teve o mestrado em Zoologia no Museu Nacional da UFRJ (2007). 
Atualmente, é doutorando do Programa de Pós-Graduação em 
Ensino de Biociências e Saúde da Fundação Oswaldo Cruz, do Rio 
de Janeiro. Sua área de interesse é o biomonitoramento de ecos­
sistemas dulciaquícolos.
Jorge Luiz Nessimian é graduado em Ciências Biológicas pela 
Universidade Federal do Rio de Janeiro (1979), mestre em Ciên­
cias Biológicas (Entomologia) pelo Instituto Nacional de Pesqui­
sas da Amazônia (1985) e doutor em Ciências Biológicas (Zoolo­
gia) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho 
(1993). Atualmente, é professor associado do Instituto de Biolo­
gia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com participação 
na graduação e nos programas de pós-graduação em Zoologia e 
Ecologia da UFRJ. Atua também como professor colaborador no 
programa de pós-graduação do Instituto Nacional de Pesquisas 
da Amazônia. Suas áreas de interesse são a biologia e a taxono- 
mia de insetos aquáticos.
Darcilio Fernandes Baptista é graduado em Ciências Biológi­
cas como Bacharel em Ecologia (1986) pela Universidade Federal 
do Rio de Janeiro, obteve mestrado (1991) e doutorado (1998) 
em Zoologia no Museu Nacional da UFRJ. É pesquisador titular 
do Instituto Oswaldo Cruz/FIOCRUZ com experiência na área de 
ecologia de rios, com ênfase na ecologia aplicada, atuando, prin­
cipalmente, no biomonitoramento de ecossistemas dulciaquíco­
los. Participa como colaborador externo do programa de pós- 
graduação em Ecologia da UFRJ. Administrou o Departamento 
de Biologia do Instituto Oswaldo Cruz (2001-2004) e, atualmente, 
chefia o Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambien­
tal - LAPSA.
AGRADECIMENTOS
O presente trabalho não poderia ter sido realizado sem a colaboração de muitas 
pessoas, entre colegas e amigos, que sempre atenderam com entusiasmo aos nossos 
pedidos de ajuda ou colaboraram, de forma espontânea, com este projeto.
Agradecemos a Mario Jorge Gatti, curador da Coleção Micológica do Laboratório 
de Avaliação e Saúde Ambiental do Instituto Oswaldo Cruz, pela possibilidade de usar 
os espaços e equipamentos necessários à realização desta obra, além de ser o crítico, o 
conselheiro e um incansável torcedor do projeto.
Agradecemos ao Dr. Alcimar do Lago Carvalho, do Museu Nacional do Rio de Janeiro, 
e a toda equipe do Laboratório de Insetos Aquáticos da Universidade Federal do Rio de 
Janeiro (UFRJ), em particular a Leandro Dumas e ao Dr. Nelson Ferreira Jr, pelas contribuições 
científicas relativa aos insetos.
Agradecemos à Dra. Silvana Thiengo, curadora da Coleção Malacológica da Fiocruz 
e a sua equipe, pela colaboração relativa aos moluscos, em particular a Pablo Coelho e 
Alessandro Barbosa, que forneceram material iconográfico.
Agradecemos ao Dr. Ulisses Pinheiro, que, com entusiasmo, forneceu informações 
científicas, além de material iconográfico de seu acervo de Porifera.
Agradecemos ao Dr. Nelson Papavero, que, além das informações taxonômicas sobre 
Diptera, contribuiu com a parte de etimologia e do prefácio.
Agradecemos à incansável equipe do LAPSA, em particular a Renata Bley de Oliveira, 
Carolina Milhorance, Tiago Maciel, Roberta Gravano, Carla Araújo Vieira, Ana Sattamini de 
Souza e Priscila Pereira -o s primeiros "sujeitos de pesquisa" para avaliação da funcionalidade 
deste manual - , por suas críticas e melhorias na estrutura da obra.
Agradecemos, especialmente, a Jeorgina Gentil Rodrigues, pela revisão da bibliografia 
e a Adarene Motta e Lílian Beck, pela revisão do texto.
Agradecemos a Paolo Carossini e Adriano Kury pelos aconselhamentos técnicos 
relativos às fotografias.
Outras pessoas, demais para serem todas citadas, contribuíram com ideias e sugestões, 
ou deram suporte moral para que um trabalho, que parecia não ter fim, continuasse e 
fosse concluído. Entre estes, seria impossível não citar Maria Valeria Tavares Ferreira, que 
inspirou o projeto, e as Doutoras Margareth Queiroz e Edylene Leal, que nos apoiaram com 
contínuos aconselhamentos.
Finalmente, agradecemos à Fundação Instituto Oswald Cruz (FIOCRUZ) eà Coordenação 
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pelo apoio financeiro, e ao 
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que apoiou vários 
dos projetos de pesquisa que permitiram a composição dos acervos de macroinvertebrados 
utilizados neste livro.
APRESENTAÇÃO
Esta obra é o resultado do esforço da reunião do conhecimento taxonômico 
relativo aos macroinvertebrados de água doce realizado por diversos pesquisadores, 
disperso no grande universo das diferentes formas de publicação científicas, entre 
artigos, monografias, teses e livros. O principal fator que nos motivou a elaborar este 
manual foi a percepção da existência de uma grande lacuna na literatura especializada 
e as consequentes dificuldades encontradas pelos estudantes que ingressam na área 
de estudo dos insetos aquáticos, biomonitoramento e correlatas.
Originalmente, o manual foi concebido como ferramenta auxiliar em laboratório 
de estudos de biomonitoramento, entretanto optamos por realizar um instrumento 
didático, com objetivo de possibilitar o emprego do mesmo como livro-texto de 
atividades práticas para o ensino de zoologia em sala de aula ou como guia de campo.Com a finalidade de repassar todas as informações taxonômicas de uma forma 
objetiva, decidimos apresentá-las no formato gráfico, de modo a proporcionar também 
para o leitor não especializado a lógica da classificação zoológica. Com a mesma ideia, 
optamos pelo uso da fotografia para descrever e discriminar os caracteres morfológicos 
importantes para a classificação, possibilitando aos estudantes a rápida aproximação 
ao uso do microscópio estereoscópico e as atividades de parataxônomo. Do ponto 
de vista geográfico, a obra trata da fauna de macroinvertebrados epibentônicos 
de ambiente lótico do Estado do Rio de Janeiro, porém, sua utilização em níveis 
taxonômicos elevados (classe, ordem ou família) permite, com poucas exceções, sua 
utilização em programas didáticos introdutórios para outras áreas.
O biomonitoramento das águas no Brasil ainda está em fase incipiente e esperamos 
que esta obra constitua um suporte para transpor esse sistema de controle do meio 
acadêmico para o de serviços ambientais, e se torne uma ferramenta aplicativa em 
programas de monitoramento ambiental.
Os Autores
PREFÁCIO
Este Manual de Identificação de Macroinvertebrados Aquáticos do Estado do Rio 
de Janeiro é uma esplêndida contribuição para a formação de novos pesquisadores 
que queiram dedicar-se ao estudo dos vários grupos nele tratados, sendo igualmente 
de grande utilidade, como consta do subtítulo, para os que se ocupam de atividades 
técnicas, de ensino e de programas de avaliação da qualidade ecológica dos 
ecossistemas lóticos.
A obra é pioneira, original e exaustiva, contemplando desde as técnicas de 
coleta e preparação dos exemplares, o estado do conhecimento da biota aquática do 
Rio de Janeiro, as espécies exóticas invasoras, considerações sobre biossegurança e 
doenças veiculadas pela água e macroinvertebrados vetores de doenças, até chaves 
pictóricas para a identificação dos diversos grupos.
Não é uma simples compilação da bibliografia, mas sim do fruto de muitas 
atividades de campo, evidenciando a grande experiência e a vivência dos autores. 
Prova disso é que as chaves dicotômicas são ilustradas, em sua grande maioria, com 
fotos de exemplares por eles coletados, o que contribui ainda mais para a originalidade 
da obra.
As informações são concisas e precisas, fazendo com que o livro seja de fácil e 
proveitosa utilização.
Fazia falta um manual como este. Estão de parabéns os Professores Mugnai, 
Nessimian e Baptista por este belo livro, que, certamente, muito contribuirá para o 
desenvolvimento da pesquisa e do ensino e para o aumento de nosso conhecimento 
sobre a fauna aquática de invertebrados do Rio de Janeiro. Que esta obra sirva de 
exemplo para outros estados do Brasil.
Nelson Papavero
Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 17
Biomonitoramento: conceitos básicos.............................................................. 19
Os macroinvertebrados epibentônicos............................................................. 20
Conceitos de sistemática e nomenclatura zoológica.......................................... 21
Coleta, triagem e conservação.......................................................................... 22
Generalidades.......................................................................................... 22
Tipos de amostradores............................................................................ 22
Atividades de laboratório........................................................................ 23
Técnicas de coleta, anestesia e fixação específicas.................................. 23
Estado do conhecimento da biota aquática do Estado do Rio de Janeiro........ 25
Espécies exóticas invasoras............................................................................... 26
Espécies ameaçadas do Estado do Rio de Janeiro........................................... 27
Biossegurança, doenças veiculadas pela água e macroinvertebrados vetores de 
doenças............................................................................................................... 29
Manuais de identificação e chaves dicotômicas............................................... 31
Estrutura do manual......................................................................................... 32
MACROINVERTEBRADOS AQUÁTICOS: ASPECTOS DA MORFOLOGIA E IDENTIFICAÇÃO.... 33
Chave dicotômica para determinação dos principais grupos de macroinvertebrados 34
Filo Porifera........................................................................................................ 36
Filo Cnidaria....................................................................................................... 40
Filo Entoprocta ................................................................................................. 41
Filo Ectoprocta (Bryozoa).................................................................................. 42
Filo Platyhelminthes......................................................................................... 44
Filo Nematoda .................................................................................................. 45
Filo Nematomorpha.......................................................................................... 46
Filo Annelida...................................................................................................... 47
Classe Polychaeta........................................................................... 48
Classe Oligochaeta......................................................................... 48
Classe Hirudinida............................................................................ 51
SUMÁRIO
Filo Mollusca....................................................................................... 52
Classe Bivalvia.... ........................................................................... 53
Classe Gastropoda.......................................................................... 55
Filo Arthropoda..................................................................................... 61
Subfilo Cheliceriformes........................................................................... 62
Classe Chelicerata........................................................................... 62
Ordem Acari.......................................................................... 62
Subfilo Crustacea.......................................................................................... 64
Classe Malacostraca....................................................................... 65
Ordem Amphipoda............................................................... 66
Ordem Decapoda ................................................................. 66
Ordem Isopoda..................................................................... 67
Subfilo Atelocerata.................................................................................. 75
Super classe Hexapoda................................................................... 75
Classe Insecta................................................................................. 75
Chave dicotômica para determinação das ordens....................................................... 80
Ordem Collembola................................................................ 82
Ordem Ephemeroptera ....................................................... 83
Ordem Odonata.................................................................... 91
Ordem Plecoptera ................................................................ 105
Ordem Hemiptera ................................................................ 109
Ordem Coleoptera................................................................ 115
Ordem Megaloptera.............................................................131
Ordem Neuroptera............................................................... 133
Ordem Trichoptera ............................................................... 135
Ordem Diptera ..................................................................... 148
Ordem Lepidoptera .............................................................. 155
Glossário............................................................................................................................... 157
Fontes Iconográficas............................................................................................................ 165
Bibliografia............................................................................................................................ 167
Manua l de I d en t i f i c a ç ão de 
MACROINVERTEBRADOS AQUÁTICOS
do Estado do Rio de Janei ro
P A R A A T IV ID A D E S T É C N IC A S , DE EN SIN O E T R E IN A M E N T O EM PRO G RA M AS 
DE A V A L IA Ç Ã O DA Q U A L ID A D E E C O L Ó G IC A DOS EC O S S IS T EM A S LÓ T IC O S
INTRODUÇÃO
BIOMONITORAMENTO: CONCEITOS BÁSICOS
Biomonitoramento pode ser definido como o uso sistemático das respostas de organismos vivos para 
avaliar a degradação ambiental por qualquer impacto induzido pela sociedade humana (ACADEMIA..., 
1997).
Como os rios estão sujeitos a inúmeras perturbações, a biota aquática reage a esses estímulos, sejam 
eles naturais ou antropogênicos. O uso de parâmetros biológicos para medir a qualidade da água se baseia 
nas respostas dos organismos em relação ao meio onde vivem. A habilidade de proteger os ecossistemas 
depende da capacidade de distinguir os efeitos das ações humanas das variações naturais, buscando cate­
gorizar a influência das ações humanas sobre os sistemas biológicos. Os organismos integram as condições 
ambientais durante toda a sua vida, permitindo que a avaliação biológica seja utilizada com eficiência na 
detecção tanto de lançamentos crônicos contínuos quanto de ondas tóxicas intermitentes agudas. Além dis­
so, as metodologias biológicas são eficazes na avaliação de poluição não pontual (difusa), tendo, portanto, 
grande valor para avaliações em escala regional.
Resumindo, todos os métodos de biomonitoramento baseiam-se no conceito de que, sob efeito de fato­
res poluentes, a biocenose responde com:
• o desaparecimento das espécies mais sensíveis;
• o aumento da abundância das espécies que conseguem beneficiar-se dessa nova situação;
• o aparecimento de outras espécies, antes não ocorrentes (GHETTI, 1986).
Um indicador biológico ideal deve possuir as seguintes características (GHETTI, 1986):
• ser taxonomicamente bem definido e facilmente reconhecível por não especialistas;
• apresentar distribuição geográfica ampla;
• ser abundante ou de fácil coleta;
• ter baixa variabilidade genética e ecológica;
• preferencialmente, possuir tamanho grande;
• apresentar baixa mobilidade;
• ter longo ciclo de vida;
• possuir características ecológicas bem conhecidas;
• ter possibilidade de uso em estudos em laboratório.
As populações animais e vegetais constituem, em conjunto, os indicadores de excelência dos efeitos 
produzidos pela poluição nos ambientes nos quais vivem, em razão da:
• grande diversidade ecológica e fisiológica, que permite uma ampla escolha de espécies indi­
cadoras em uma ampla escala de condições;
• capacidade dos organismos de reagir não a um fator unitário de perturbação, mas aos efeitos 
de todos os estressores no sistema biológico;
• capacidade de expressar um efeito cumulativo e sinérgico com respeito à ação de vários fa­
tores e de integração de situações no tempo;
• possibilidade de serem usados em todos os níveis de complexidade biológica (células, teci­
dos, organismos, espécies, comunidades).
Por meio da aplicação dessas ferramentas de avaliação ambiental é possível controlar:
• a perda real da diversidade de espécies, em vez de avaliar os efeitos indiretos dos agentes 
estressores;
• o efeito sinergético das alterações antropogênicas ocorridas na bacia hidrográfica (por exem­
plo, a soma dos efeitos do desmatamento, da entrada de pesticidas e de efluentes domésticos);
19
• o impacto de espécies exóticas sobre a fauna e flora locais;
• a integridade ecológica dos ecossistemas aquáticos.
Cabe ressaltar que a ausência de uma espécie em um ambiente pode ser determinada por fatores 
naturais tais como a competição alimentar ou a ausência dos organismos dos quais se nutre, sendo também 
ótimas todas as outras condições. Por último, é importante lembrar que a análise biológica não substitui as 
análises químicas e físico-químicas, mas gera informações complementares fornecendo a avaliação dos efei­
tos da perturbação, e que as análises químicas e físico-químicas fornecem indicações das causas. Em alguns 
casos, o uso de análise biológica pode fornecer informações relativas a perturbações ambientais não detectá­
veis pelas análises químicas e físico-químicas como, por exemplo, o efeito de alterações físicas de uma área a 
montante (desmatamento, retificação do rio, concretagem das margens, etc.).
No Brasil, como em outras partes do mundo, as novas ferramentas de controle da qualidade ecológica dos 
ecossistemas aquáticos, que utilizem como indicador a biota, podem ser aplicadas tanto para o monitora­
mento e a proteção dos corpos hídricos, quanto para auxiliar nos processos de avaliação previstos por outras 
leis. Entre os vários exemplos pode-se destacar a delimitação e a indicação de áreas de particular interesse de 
proteção, a avaliação de crimes ambientais e o exame prévio de impacto, necessário para a obtenção de Licen­
ça Ambiental e dos sucessivos programas de acompanhamento, previstos para "todos os empreendimentos 
ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou 
aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental" Lei n° 6.938/81, regulamentado pela 
Resolução CONAMA n° 237/97 (BRASIL, 1981,1997).
A literatura internacional sobre o biomonitoramento é bastante ampla. Para informações relativas a 
técnicas e procedimentos, recomendamos a leitura do "Manual for the Application ofthe AQEM System"1 e o 
"Manual ofRapid Bioassessment Protocolsfor Use in Streams and Wadeable Rivers: Periphyton, Benthic Macroinver- 
tebrates, and Fish" 2. Para informações especificas em técnicas de biomonitoramento e amostragem em idioma 
português, recomendamos a consulta das obras "Oecologia Brasiliensis" 3 e "Amostragem em Limnologia" 4.
OS MACROINVERTEBRADOS EPIBENTÔNICOS
Os invertebrados aquáticos, por razões práticas, podem ser divididos com base no tamanho em:
• microinvertebrados: invertebrados que, raramente, superam um milímetro de tamanho 
(protozoários, alguns platelmintos, nematódeos, rotíferos, alguns tardígrados, cladóceros, 
ostracóideos, copépodes e hidracarinos);
• macroinvertebrados: invertebrados cujo tamanho, no final do estado larvar ou na fase ima­
ginai, é raramente inferior a um milímetro (TACHET et al, 1987).
A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos da América (United States Environmental Protec­
tion Agency) define os macroinvertebrados como os organismos que são retidos de uma rede de malha U.S. 
Standard n2 30 (0,595 mm = 21 malha/cm) (WEBER, 1973).
Com base no habitat ocupado, os macroinvertebrados podem ser distinguidos em: planctônicos, nec- 
tônicos e pleustônicos, associados à coluna de água ou ao filme superficial, e bentônicos, que são associados 
ao fundo e substratos adjacentes. Por sua vez, podemos distinguir entre os bentônicos os que vivem, pelo 
menos parte da vida, na superfície ou nos primeiros centímetros de sedimento, denominados epibentônicos, 
daqueles que vivem em estratos mais profundos, denominados freáticos (TACHET et al, 1977).
Os macroinvertebrados epibentônicos são os organismos mais utilizados para o biomonitoramento de 
águas continentais por várias razões:
1 http://www.aqem.de/mains/products.php
2 http://www.epa.gov/owow/monitoring/rbp/index.html3 Oecologia Brasiliensis vol. 12, n°3, 2008
4 Amostragem em Limnologia. BICUDO, C. E. M. & BICUDO, D. C. (Org.). Amostragem em limnologia. RIMA (Ed.), S. 
Carlos, 2004, 346 p.
20
http://www.aqem.de/mains/products.php
http://www.epa.gov/owow/monitoring/rbp/index.html
• são fáceis de coletar;
• geralmente são de fácil reconhecimento;
• apresentam vários graus de sensibilidade a estresses;
• apresentam ciclo de vida relativamente longo, o que permite a detecção de estresses pontu­
ais no tempo (GHETTI, 1986).
CONCEITOS DE SISTEMATICA E NOMENCLATURA ZOOLOGICA
A sistemática pode definir-se como o ramo da biologia que se ocupa da organização, caracterização e 
denominação dos grupos de organismos, do estabelecimento das relações de parentesco entre esses grupos, 
da identificação de formas já conhecidas e da descrição e denominação de formas novas (MATEUS, 1989).
A sistemática compreende duas partes: à taxonomia (ou taxinomia) e a nomenclatura.
A Taxonomia trata de tudo o que se refere a organização, definição e ordenação dos grupos. A finalida­
de da nomenclatura é prover nomes para os táxons, a fim de permitir a comunicação entre biólogos de todas 
as partes do mundo (MARTIN, 1983).
Os nomes são regulados pelo Código de Nomenclatura Zoológica, que disciplina a denominação dos 
táxons nos níveis de família, gênero e espécie. O nome de um grupo taxonômico pode ser constituído por 
uma só palavra (uninominal) ou por um conjunto de palavras:
• casos uninominais
° família: utiliza o nome do gênero tipo com o sufixo -idae;
° subfamília: utiliza o nome do gênero tipo com o sufixo -inae;
° gênero: substantivo nominativo singular, escrito com maiúscula e grifado.
• casos binominais
° espécie: Hintonia castalia.
• casos trinominais
° subspécie: Callideriphus grossipes flavipennis;
° espécie: quando indicado o subgênero entre parênteses; Hesperandra (Hespemndra) 
arigony.
• casos tetranominais
° subspécie: quando indicado o subgênero; Hesperandra (Tavandra) brevicollis galapago- 
ensis.
No estudo da biologia em geral, principalmente no caso de principiantes, pode ser de grande ajuda a 
etimologia, ou seja, a origem dos nomes encontrados, sendo que muitas vezes descrevem as principais carac­
terísticas morfológicas:
PORIFERA, do latim porus = poro, conduto, passagem + fero (verbo) = trazer, portar, ter. 
ANNELIDA, do latim annelus = anel.
OLIGOCHAETA, do grego olígos = pouco + chaíte = cerda.
BIVALVIA, do latim bi = dois, duplo + valvae, nominativo plural valvarum = porta (dupla). 
DECAPODA, do grego déka = dez + pous, genitivo singular podós = pé; nominativo plural: 
podá.
ISOPODA, do grego isós = iguais + pous, genitivo singular podós = pé; nominativo plural: podá. 
INSECTA, do latim insectum = cortado; nominativo plural: insecta.
ETEROPTERA, do grego héteros = diferente, contrário + pterón = asa; nominativo plural: pterá. 
MEGALOPTERA, do grego megálos = grande + pterón = asa; nominativo plural: pterá. 
TRICHOPTERA, do grego trichos = pelo + pterón = asa; nominativo plural: pterá.
DIPTERA, do grego dí-pteros, com duas asas.
21
• são fáceis de coletar;
• geralmente são de fácil reconhecimento;
• apresentam vários graus de sensibilidade a estresses;
• apresentam ciclo de vida relativamente longo, o que permite a detecção de estresses pontu­
ais no tempo (GHETTI, 1986).
CONCEITOS DE SISTEMATICA E NOMENCLATURA ZOOLOGICA
A sistemática pode definir-se como o ramo da biologia que se ocupa da organização, caracterização e 
denominação dos grupos de organismos, do estabelecimento das relações de parentesco entre esses grupos, 
da identificação de formas já conhecidas e da descrição e denominação de formas novas (MATEUS, 1989).
A sistemática compreende duas partes: à taxonomia (ou taxinomia) e a nomenclatura.
A Taxonomia trata de tudo o que se refere a organização, definição e ordenação dos grupos. A finalida­
de da nomenclatura é prover nomes para os táxons, a fim de permitir a comunicação entre biólogos de todas 
as partes do mundo (MARTIN, 1983).
Os nomes são regulados pelo Código de Nomenclatura Zoológica, que disciplina a denominação dos 
táxons nos níveis de família, gênero e espécie. O nome de um grupo taxonômico pode ser constituído por 
uma só palavra (uninominal) ou por um conjunto de palavras:
• casos uninominais
° família: utiliza o nome do gênero tipo com o sufixo -idae;
° subfamília: utiliza o nome do gênero tipo com o sufixo -inae;
° gênero: substantivo nominativo singular, escrito com maiúscula e grifado.
• casos binominais
° espécie: Hintonia castalia.
• casos trinominais
° subspécie: Callideriphus grossipes flavipennis;
° espécie: quando indicado o subgênero entre parênteses; Hesperandra (Hesperandra) 
arigony.
• casos tetranominais
° subspécie: quando indicado o subgênero; Hesperandra (Tavandra) brevicollis galapago- 
ensis.
No estudo da biologia em geral, principalmente no caso de principiantes, pode ser de grande ajuda a 
etimologia, ou seja, a origem dos nomes encontrados, sendo que muitas vezes descrevem as principais carac­
terísticas morfológicas:
PORIFERA, do latim porus = poro, conduto, passagem + fero (verbo) = trazer, portar, ter. 
ANNELIDA, do latim annelus = anel.
OLIGOCHAETA, do grego olígos = pouco + chaíte = cerda.
BIVALVIA, do latim bi = dois, duplo + valvae, nominativo plural valvarum = porta (dupla). 
DECAPODA, do grego déka = dez + pous, genitivo singular podós = pé; nominativo plural: 
podá.
ISOPODA, do grego isós = iguais + pous, genitivo singular podós = pé; nominativo plural: podá. 
INSECTA, do latim insectum = cortado; nominativo plural: insecta.
ETEROPTERA, do grego héteros = diferente, contrário + pterón = asa; nominativo plural: pterá. 
MEGALOPTERA, do grego megâlos = grande + pterón = asa; nominativo plural: pterá. 
TRICHOPTERA, do grego trichos = pelo + pterón = asa; nominativo plural: pterá.
DIPTERA, do grego dí-pteros, com duas asas.
21
É importante lembrar que esta não é uma regra fixa e que, principalmente nos níveis de gênero e es­
pécie, muitos são os casos de dedicatórias a ilustres personagens, a mulheres ou referências a fatos que não 
têm relação com a morfologia como evidenciam os seguintes casos reportados por Minelli (1992, p.117-118):
Ignotus aenigmaticos (sucessivamente em sinonimia com nome Thylodrias contractus), coleóptero 
descrito no começo de 1900, em referência às dificuldades de identificação; Pachybrachis fraudolentis, cole­
óptero, em referência ao fato de que o autor não descobriu a espécie, mas simplesmente publicou o traba­
lho de um colega que o consultou; os gêneros Carolina, Teresina, etc., dedicados a mulheres, até chegar ao 
caso do gênero Isachisme (um heteróptero) que pronunciado tem o som de Isa kiss me (!).
GENERALIDADES
A atividade de estudo da vida aquática divide-se em duas fases: a atividade de campo e a de labora­
tório. A primeira compreende toda uma série de atividades que têm como finalidade a realização de obser­
vações acerca do ambiente em torno do corpo d'água (ex. o estado de conservação da vegetação ripária), a 
realização de medições de fatores físico-químicos, a coleta de amostras de água para análise em laboratório e 
a coleta do material biológico. A segunda fase compreende as atividades de triagem, análises físico-químicas 
e identificação da biota, assim como, a digitalização e a análise dos dados obtidos.
O planejamento da atividade de pesquisa, como também o tipo e a quantidade de medições a serem 
realizadas devem estar relacionados com o estudo a ser realizado (PILLAR, 2004; SOLER, 2004) e em acordo 
com protocolos operacionais, de maneira a garantir a uniformidade dos dados (GHETTI, 1986).
TIPOS DE AMOSTRADORES
A coleta dos macroinvertebrados aquáticos pode ser realizada manualmente, com pincéis e pinças, 
ou utilizando amostradores: dragas, redes (coletor de Surber, puçá em D) ou substrados artificiais (Fig.l) 
(GHETTI, 1986; CAMPAIOLI et al., 1994; BRANDIMARTE et al., 2004), cada tipo específico para tipologia de 
rio e tipo de substrato e apresentando diferentesvantagens e desvantagem (BRANDIMARTE et al., 2004).
Figura
F
D; C) amostrador de Surber; D, E e F) substrados artificiais (ba-1. Tipos de amostradores: A) draga; B) puçá em 
seado em CAMPAIOLI et al., 1994).
22
O emprego de cada modelo de amostrador depende do objetivo do estudo e/ou do tipo de sistema 
aquático a ser amostrado. Para a utilização das redes, em lugares contaminados ou com risco de contamina­
ção é aconselhada, por motivos de biossegurança, a utilização do "kick sampling", um método em que se per­
turba o substrato em frente a abertura da rede, através de golpes com os pés (BRANDIMARTE et al., 2004), 
evitando-se assim o contato das mãos com a água.
ATIVIDADES DE LABORATÓRIO
Em laboratório, o fixador (álcool etílico 80% ou formol 4%) utilizado em campo deve ser substituído e 
o material biológico armazenado em potes de tamanho adequado e corretamente etiquetado.
Para facilitar a atividade de separação dos organismos do detrito podem ser utilizadas duas técnicas:
• separação por densidade: consiste no uso de uma solução de água e açúcar de densidade 
1,12 que permite que a maior parte dos organismos suba à superfície, facilitando a coleta. 
A solução pode ser reutilizada várias vezes, controlando-a com um densímetro. Particular 
atenção deve ser dada aos organismos mais pesados, como os oligoquetos ou aqueles que 
apresentam casulos ou conchas como tricópteros e moluscos;
• coloração seletiva: a separação dos organismos, especialmente os de cor clara ou transpa­
rente pode ser facilitada através do uso de "rosa bengala" (um derivado tetraclorado e te- 
traiodado da fluoresceína sódica (C20H2Cl4I4O5) na razão de 200ml/l, por um período de 24 
horas. A coloração pode ser removida através de imersão em álcool 95% (GHETTI, 1986).
O material biológico fixado em campo pode ser conservado em álcool 80% com exceção dos moluscos, 
cuja parte mole deve ser conservada separada da concha, que se deve conservar a seco.
TÉCNICAS DE COLETA, ANESTESIA E FIXAÇÃO ESPECÍFICAS
No caso de estudos de grupos taxonômicos específicos aconselha-se a utilização de técnicas de coleta, 
eutanásia, preparação e conservação específicas que evitam a contração e a perda da forma do corpo (ex. 
Mollusca e Platyhelminthes) ou perda de porções anatômicas por autotomia (ex. Insecta e Crustacea). Muitos 
animais são muito contráteis e para serem conservados de forma relaxada precisam ser anestesiados antes 
de proceder à eutanásia. Para uma correta preparação, os exemplares devem passar por um processo de 
fixação, com o qual se busca parar os processos de degradação e autólise das células, para concluir-se com a 
conservação em via seca ou úmida com o fluido preservativo mais indicado.
Neste capítulo, são apresentadas algumas técnicas de coleta específicas de anestesia, eutanásia, fixa­
ção e conservação para alguns grupos taxonômicos.
PORIFERA
As esponjas devem ser coletadas com o substrato, usando faca ou martelo quando necessário. Devem 
ser anotadas cores, formas e características dos organismos vivos.
A melhor forma de coletar é remover os exemplares com o substrato ao qual estão aderidos ou cortá- 
los na área mais próxima à de contato, procurando coletar as gêmulas importantes para a identificação. Para 
as formas mais delicadas, a coleta é realizada dispondo-se um papel ou pano acima do espécime e removen­
do-o com uma faca. Os exemplares podem ser secados ao sol ou em estufa a 70°C.
Para a preparação das espículas, acrecentar a uma porção de esponja duas ou três gotas de ácido nítri­
co 65%, em seguida acrecentar água e secar. Repetir a operação três vezes e montar em lâmina (VOLKMER- 
RIBEIRO e PAULS, 2000).
Para a conservação em fluido, as esponjas devem ser preparadas o mais cedo possível, sendo que estes 
organismos se deterioram rapidamente. O preservativo mais utilizado é o álcool etílico. O exemplar deve ser 
mergulhado em álcool 50% e, depois de cerca de 12 horas, transferido para álcool limpo na mesma concen­
tração. Depois de mais 12 horas, pode ser transferido em álcool 70%. Fluido de Bouin quente é recomendado 
por estudos histológicos (LINCOLN e SHEALS, 1979).
C n i d a r i a
As formas sésseis podem ser recolhidas com o uso de um martelo, as flutuantes, com uso de redes.
Geralmente, os cnidários, antes de serem fixados, precisam ser anestesiados. O anestésico mais utili­
zado é o mentol. Anestésicos alternativos são o MS 222, sulfato de magnésio, cloreto de magnésio, propylene
23
phenoxetol e stovaine. Caso estas substâncias não estejam disponíveis, pode ser utilizada uma solução diluída 
de formol. O material pode ser fixado em solução de formol a 20%. Preservação em formol a 10% ou álcool 
etílico a 70% (LINCOLN e SHEALS, 1979).
Ec t o p r o c t a
Devem ser coletados com o substrato, utilizando-se facas, quando necessário. Devem ser anotadas 
cores, formas e características dos organismos vivos.
Para este grupo, é necessária a anestesia utilizando solução de 1% de stovaine ou eucaine, adicionando- 
se gota a gota a intervalos de 10-15 minutos entre as primeiras duas doses, e 5 minutos para as sucessivas. 
Como alternativa, pode ser usado o mentol. Os animais podem ser mortos utilizando-se solução de formol. 
A conservação deve ser feita em solução de formol a 5% (LINCOLN e SHEALS, 1979).
P l a t y h e l m i n t h e s
Os platelmintos são geralmente destruídos com as técnicas convencionais de coleta. A coleta deve ser 
realizada com pincéis, pequenas espátulas ou pinças. E aconselhável o reconhecimento in vivo. Para fixação, 
os animais vivos devem ser transferidos para uma bandeja com água limpa. Após alguns minutos, a água 
deve ser removida e álcool etílico é derramado sobre os organismos distendidos. Para fixação dos Tricladida, 
pode ser utilizada a solução de Steimann, e após lavagem devem ser conservados em álcool 70% (GHETTI, 
1986). Segundo Lincoln e Sheals (1979), para a fixação e a preservação pode ser utilizado álcool 70-90%.
N e m a t o m o r p h a
Os adultos podem ser coletados com pinças e pincéis em águas quase paradas.
Para finalidades taxonômicas, estes vermes podem ser fixados em formol a 3-5% e conservados no 
mesmo fluido (LINCOLN e SHEALS, 1979).
A n n e l i d a
Oligochaeta
Os oligoquetos podem ser coletados colhendo-se material do fundo dos rios e da vegetação marginal. 
Os oligoquetos vivos devem ser transferidos, após a captura, para uma bandeja com água limpa e mor­
tos adicionando-se pequena quantidade de formol. Fixação em formol a 4% ou Dowicil® a 10%, por 24horas. 
Conservação em álcool 70-90% (LINCOLN e SHEALS, 1979; GHETTI, 1986).
Como alternativa, podem ser tratados em FAA e, após 48 horas, em álcool a 70% para conservação.
Hirudinida
As sanguessugas devem ser anestesiadas antes da eutanásia, para isso pode ser utilizada uma solução 
de álcool a 5-10%, suco de limão ou água gasosa. Quando completamente relaxadas e não respondentes aos 
estímulos, podem ser mortas utilizando-se solução de formol a 4%. Para conservação usa-se álcool a 70%, 
formol a 3% ou uma mistura dos dois. (LINCOLN e SHEALS, 1979; GHETTI, 1986), Lincoln e Sheals (1979) 
desaconselham o álcool por causa de perda de cores, aconselhando o formol a 10%,
M o l l u s c a
A maioria dos moluscos aquáticos pode ser anestesiada com sulfato de magnésio, cloreto de magnésio 
e mentol (LINCOLN e SHEALS, 1979), pentobarbital sódico (BRASIL, 2008) ou aconselha-se a imersão em 
água, cujo oxigênio seja removido através de fervura (GHETTI, 1986). Para conservação, aconselha-se a ma­
nutenção da concha a seco e das partes moles em álcool 70-80%. (GHETTI, 1986; LINCOLN e SHEALS, 1979).
Após a anestesia, que pode variar de duas horas até 12 horas, dependendo do tamanho, os exemplares 
devem ser mergulhados em água a 70°C, durante um tempo também proporcional ao tamanho. Resfriar em 
água, à temperatura ambiente. Remover a parte mole com pinça trabalhando em um recipiente com água. A 
parte mole é fixada com solução de Raillet-Henry por 24 horas e conservada em álcool 70% (BRASIL,2008).
C r u s t a c e a
Para a captura dos Malacostraca é aconselhado o uso de peneira de pedreiro com malha de 3 mm. Para 
a captura dos exemplares presentes junto à vegetação marginal de rios, usam-se armadilhas com pedaços 
de carne.
24
Para construir as armadilhas, podem ser utilizadas garrafas de plástico com capacidade de 2 litros. 
Para a construção, é necessário cortar a garrafa transversalmente à cerca de 15 cm da boca e fixá-la à porção 
restante, invertida (Fig. 2). Para que não flutue, algumas pedras devem ser inseridas na armadilha.
Com a finalidade de evitar a autotomia, deve-se usar anestesia através de uma solução de formol a
1-2%. A fixação e a conservação são feitas em álcool 70% (LINCOLN e SHEALS, 1979).
I n s e c t a
Para conservação de larvas e pupas, vários autores aconselham adicionar ao álcool a 70%, algumas 
gotas de glicerol (GHETTI, 1986).
ESTADO DO CONHECIMENTO DA BIOTA AQUATICA NO BRASIL
Muitos ambientes naturais encontram-se ameaçados, sem nem mesmo ter sua fauna inventariada ou, 
em muitos casos, com inventários que precisam ser atualizados devido a novos registros ou evolução da 
taxonomia (ROCHA, 2002).
As principais causas de perda da biodiversidade em ecossistemas aquáticos continentais brasileiros 
são a poluição, a eutrofização, o assoreamento, a construção de barragens, o controle de cheias, a pesca e a 
introdução de espécies exóticas (ZAITUNE PAMPLIN, 2006). Tais ameaças variam consideravelmente em 
número e importância, de acordo com as diferentes regiões do Brasil, a densidade populacional humana, o 
uso do solo e as características sócioeconômicas predominantes (AGOSTINHO et al., 2005).
O Brasil, do ponto de vista da biodiversidade, é considerado um país megadiverso, hospedando cerca 
de 20% da biodiversidade do planeta (BRASIL, 2006a). A base do conhecimento sobre a biodiversidade bra­
sileira encontra-se ainda incipiente e desagregada e o nível de conhecimento da fauna está longe do ideal 
(AGOSTINHO et al., 2005; BRASIL, 2006a). O desconhecimento da biota é muito alto e ocorre em todos os 
táxons e em todos os biomas, inclusive nos que estão bem amostrados em coleções (ERWIN, 1982; ROCHA, 
2002; AGOSTINHO et al., 2005; MARQUES e LAMAS, 2006; BRASIL, 2006c).
Em termos de biodiversidade, as águas continentais brasileiras apresentam enorme significado para 
Algae (25% das espécies do mundo), Porifera (Demospongiae, 33%), Rotifera (25%), Cladocera (Branchiopoda, 
20%) e peixes (21%) (AGOSTINHO et al., 2005), apresentando, este último grupo, a maior riqueza de espécies 
do mundo (MARQUES e LAMAS, 2006). O número de espécies nos ecossistemas aquáticos continentais 
brasileiros é ainda aproximado e difícil de ser estimado (AGOSTINHO et al., 2005), entretanto Rocha (2002) 
afirma que menos de 30% da biodiversidade da água doce é conhecida atualmente. Para fungos, algas, mus­
gos, pteridófitas e fanerógamas aquáticos, há uma estimativa de 20.000 espécies ainda a serem identificadas. 
Para algas são conhecidas cerca de 10.000 espécies, 800 Cyanophyceae, 3.500 Chlorophyceae, 1.200 Bacilla- 
riophyceae, 2.000 flagelados pertencentes a vários grupos, 50 Rodophyta e vários outros grupos perfazendo 
mais de 200 espécies. Para angiospermas aquáticas, poucas são as informações e cerca de 100 espécies são 
conhecidas no Brasil.
Sobre a fauna de invertebrados, foi obtido um levantamento total de 3.154 espécies: 44 Porifera; 9 Cni- 
daria; 92 Turbellaria; 2 Nemertea; 63 Gastrotricha; 10 Nematomorpha; 10 Bryozoa; 61 Tardigrada; 74 Anne- 
lida; 467 Rotifera; 308 Mollusca (Gastropoda e Bivalvia); 332 Hydracarina; 365 Crustacea e 1.297 Insecta. Há 
estimativas de que devem existir, pelo menos, cerca de 8.000 espécies de invertebrados não registrados (1.000 
Coleoptera; 500 Heteroptera e 5.000 Diptera, 500 Crustacea, 500 Rotifera, mais 1.000 espécies entre todos os
25
outros taxa) não considerando Bactéria e Protozoa (ROCHA, 2002; AGOSTINHO et al., 2005). Entre estes, 44 
invertebrados e 134 peixes são espécies ameaçadas de extinção (AGOSTINHO et al, 2005).
No estudo da biota brasileira, existem tendências no desenvolvimento do conhecimento relacionadas 
aos grupos taxonômicos (ROCHA, 2002). Para alguns grupos, entre os quais, Bryozoa, Gastrotricha, Ne- 
mertinea, Hirudinida (Annelida), Hydracarina (Chelicerata), Nematomorpha, Nematoda e muitas ordens de 
Insecta, não há especialistas, e quaisquer estudos ou inventários são, até hoje, praticamente desconhecidos 
(ROCHA, 2002; ISMAEL et al., 1999). Em alguns casos, este problema é agravado ainda mais pelo fato de que 
muitas espécies foram descritas por cientistas no exterior, algumas ainda no século passado, e os holótipos 
se encontram em coleções fora do Brasil, tornando difíceis as comparações (ROCHA, 2002).
Em geral, os grupos que apresentam importância para a saúde pública, como os moluscos e os insetos 
transmissores e/ou vetores de doenças, têm recebido atenção maior (ISMAEL et al., 1999; ROCHA, 2002). Os 
grupos planctônicos como Rotifera, Cladocera, e Copepoda são melhor conhecidos do que as formas bentô- 
nicas e, entre estas, por exemplo, os Decapoda, são melhor estudados e taxonomicamente conhecidos, por 
terem maior tamanho e importância comercial (ROCHA, 2002).
ESPECIES EXÓTICAS INVASORAS
A perda de biodiversidade é um dos mais graves problemas ambientais e dentre suas causas podem 
ser citadas, além do desmatamento, poluição das águas, construção de barragens e a introdução de espécies 
"exóticas invasoras" (ZAITUNE PAMPLIN, 2006).
As espécies "exóticas invasoras" são as espécies que estão presentes fora dos seus limites geográficos 
naturais, em consequência de atividade humana. Tais espécies, além de colonizar o novo ambiente, podem 
exercer dominância e tem a faculdade de se dispersar.
Este processo de colonização, definido como bioinvasão, é a segunda causa de perda de biodiversida­
de, e pode causar danos à saúde pública (ex. esquistossomose, filariose, etc.) e perda de serviços ambientais 
(SILVA et al., 2004).
A Portaria do IBAMA nQ 145/98 define: espécie exótica - espécie de origem e ocorrência natural so­
mente em águas de outros países (....); espécie autóctone - espécie de origem e ocorrência natural em águas 
de Unidade Geográfica Referencial (UGR) considerada; e espécie alóctone - espécie de origem e ocorrência 
natural em águas de UGR que não a considerada (BRASIL, 1998). A ocorrência dessas espécies fora dos seus 
limites biogeográficos naturais é consequência de atividades humanas tais como aquacultura, atividades 
comerciais ou esporte (SILVA et al., 2004). A introdução de espécies exóticas pode ser acidental, como no caso 
de larvas ou adultos transportados em águas de lastro ou em cascos de navios, ou proposital, quase sempre 
por razões socioeconômicas.
Tais espécies, além de colonizarem o novo ambiente, podem exercer dominância sobre as espécies na­
tivas, além de apresentar grande potencial de dispersão (SILVA et al., 2004). O impacto ambiental resultante 
da presença dessas espécies pode ser elevado, não somente pelo efeito da competição em relação às espécies 
autóctones (BARBARESI e GHERARDI, 2000), mas também, por sua potencialidade de serem transmissores 
de vírus e fungos letais para outras espécies (CHU-FANG et al., 1996; SAHUL HAMEED et al., 2000; BOWER, 
2006a, b; QUAGLIO et al., 2006), podendo causar o desaparecimento das espécies autóctones, como o caso da 
espécie de lagostim Procambarus clarkii (Girard, 1852) introduzida no continente europeu (BOWER, 2006a), e 
a perda de serviços ambientais (TAVARES e MENDONÇA Jr., 2004; BOWER, 2006a,b).
No Brasil, algumas espécies exóticas são potencialmente causadoras de danos à saúde pública. A citar, 
o caso da paragonimíase, parasitose devida ao trematóide do gênero Paragonimus (SIQUEIRA-BATISTA et 
al., 2006; ZAITUNE PAMPLIN, 2006), endêmica em alguns países da América do Sul (JHAYYA et al., 2000). 
Nesta parasitose, o homem, como hospedeiro definitivo, se infecta com a ingestão de crustáceos de água doce(hospedeiros intermediários) crus ou malcozidos contaminados com metacercárias encistadas (estágio in- 
fectante do verme). Deve-se notar que o primeiro hospedeiro intermediário, o gastropoda Thiara tuberculata 
(Muller, 1774), foi introduzido no país anteriormente a 1967 (VAZ et al., 1986).
Apesar da importância do assunto, no Brasil, poucos estudos foram realizados sobre a introdução de 
espécies exóticas invasoras (GOVEDICH, 2003, GAZOLA-SILVA, MELO e VITULE, 2007) e poucos são os 
registros das espécies alóctones (MAGALHÃES et al. 2005, SOUZA, ROCHA e LIMA, 2005). Em nosso país, 
atualmente, são registradas as seguintes espécies invasoras:
26
Crustacea Decapoda
Macrobrachium rosembergiii (De Man, 1879), nativa do Indo-oeste Pacifico. Introduzido no Brasil 
para fim de cultivo.
Procambarus clarkii (Girard, 1852), nativa do centro sul dos Estados Unidos. Trazida para o Brasil 
por aquaristas e criadores.
Mollusca Bivalvia
Corbicula fluminea (Müller, 1774), originaria da Ásia, provavelmente introduzida através de água 
de lastro, na década de 1970.
Limnoperna fortunei (Dunker, 1857), originária do sudeste asiático e registrada no Brasil em FER- 
NANDEZ et al., 2003. Introduzida nos mananciais, através de água de lastro (MANSUR et al, 
2004).
Mytilopsis leucophaeta (Conrad, 1831), espécie natural da América do Norte, eurialina, encontra­
da nas águas do porto de Recife, Pernambuco, em 2004 (SOUZA, ROCHA e LIMA, 2005).
Mollusca Gastropoda
Helisoma duryi (Wetherby, 1879), espécie de origem norte-americana, foi encontrada, no Estado 
do Rio de Janeiro, uma só vez, em um criadouro de peixes ornamentais (AMMON FERNAN- 
DEZ, com. pess.).
Melanoides tuberculatus (Muller, 1774), originária da Eurásia tropical (África e Ásia), com pri­
meiro registro, no Brasil, em 1967, e introdução ligada ao comércio de aquaricultura. Depois 
da primeira notificação, dispersou-se por outras localidades, provavelmente em decorrência de 
sucessivas introduções acidentais, provavelmente associadas a criadouros de peixes (VAZ et al., 
1986; FERNANDEZ et al., 2003). No Rio de Janeiro, M. tuberculatus está amplamente distribuída 
por todo o estado (THIENGO et al., 1998; THIENGO et al., 2001; THIENGO et al., 2002a, b). 
Pomacea diffusa (Reeve, 1856). No Estado do Rio de Janeiro, recentemente, foi observada uma 
população albina, também conhecida como "caramujo-dourado", em um córrego do município 
do Rio de Janeiro (THIENGO, com. pess.). Trata-se de uma espécie da Amazônia, muito popular 
entre aquariofilistas, motivo pelo qual se encontra espalhada por vários países, atualmente.
Annelida Hirudinida
Barbronia weberi (Blanchard 1897), espécie originalmente descrita para a índia e nativa do sudes­
te da Ásia, Java, Sumatra, Celebes (Sulawesi), Bornéu, Filipinas e Afeganistão, foi introduzida 
no Brasil provavelmente por atividades ligadas à aquariofilia (GOVEDICH, 2003).
_________J
No Estado do Rio de Janeiro, várias são as espécies aquáticas ameaçadas ou, provavelmente, ameaça­
das de extinção. Reportamos abaixo a lista publicada em "A Fauna Ameaçada de Extinção do Estado do Rio 
de Janeiro", editado no ano 2000 (MOULTON et al., 2000).
ESPÉCIES AMEAÇADAS
CRUSTACEA
DECAPODA
Atya gabonensis Giebel, 1875 
Atya scabra (Leach, 1816)
Macrobrachium carcinus (Linnaeus, 1758)
Macrobrachium heterochirus (Wiegmann, 1836)
Potmirim glabra (Kingsley, 1878)
Potmirim potimirim (Müller, 1881)
ESPÉCIES AQUÁTICAS AMEAÇADAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO________________________________________________________
27
INSECTA
Ephemeroptera
Massartella spp. Lestage, 1924 
Perissophleboides flinti (Savage, 1986)
Baetodes itatiayanus Demoulin, 1955 
Lepidoptera
Parapoynx restingalis Da Silva e Nessimian, 1990 
Coleoptera
Platynectes undecimguttatus Aubé, 1838 
Odonata
Staurophlebia reticulata (Burmeister, 1838) 
Acanthagrion taxaensis Santos, 1965 
Erythrodiplax chromoptera Borror, 1942 
Mercistogaster asticta Selys, 1880
ESPÉCIES PROVAVELMENTE AMEAÇADAS
CRUSTACEA
DECAPODA
Macrobrachium acanthurus (Wiegmann, 1836) 
Macrobrachium iheringi (Ortmann, 1897) 
Macrobrachium olfersi (Wiegmann, 1836) 
Palaemon pandaliformis (Stimpson, 1871) 
MOLLUSCA
BIVALVIA
Diplodon besckeanus (Dunker, 1848)
INSECTA
Coleoptera
Desmopachria Babington, 1841 
Plecoptera
Kempnyia Klapálek, 1914 
Kempnyia tijucana Dorvillé e Froehlich, 1997 
Ephemeroptera
Callibaetis guttatus Navás, 1915 
Lachlania boanovae Da-Silva e Pereira, 1993 
Odonata
Neuraeschna costalis (Burmeister, 1839) 
Heliocharis amazona Selys, 1853 
Archeogomphus infans (Ris, 1913)
Cyanogomphus waltheri (Selys, 1873) 
Phasmoneura itatiaiae Santos, 1970
28
BIOSSEGURANÇA, DOENÇAS VEICULADAS PELA ÁGUA 
E MACROINVERTEBRADOS VETORES DE DOENÇAS
BIOSSEGURANÇA
Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2006b), o conceito de biossegurança e sua respectiva apli­
cação têm como objetivo principal dotar os profissionais e as instituições de ferramentas para o desenvolvi­
mento de atividades com um grau de segurança adequado, seja para o profissional de saúde, seja para o meio 
ambiente ou para a comunidade. Nesse sentido, podemos definir biossegurança como sendo a condição de 
segurança alcançada por meio de um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar 
riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal, vegetal e o ambiente.
A avaliação de risco incorpora ações que objetivam o reconhecimento ou a identificação dos agentes 
biológicos e da probabilidade dos danos provenientes destes.
Conforme o documento "Classificação de risco dos agentes biológicos" (BRASIL, 2006c) utilizam-se 
cinco classes de risco:
• Classe de risco 1 (baixo risco individual e para coletividade): inclui os agentes biológicos 
conhecidos por não causarem doenças em pessoas ou animais adultos sadios. Ex. Lactoba­
cillus spp.
• Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a coletividade): inclui 
os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos animais, cujo potencial de 
propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é limitado e para os quais 
existem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes. Ex. Schistosoma mansoni.
• Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade): inclui os 
agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão por via respiratória e que cau­
sam patologias humanas ou animais potencialmente letais e para as quais existem usual­
mente medidas de tratamento e/ou de prevenção. Representam risco se disseminados na 
comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa para pessoa. Ex. Bacillus 
anthracis.
• Classe de risco 4 (alto risco individual e alto risco para a comunidade): inclui os agentes 
biológicos com grande poder de transmissão por via respiratória ou de transmissão desco­
nhecida. Até o momento, não há nenhuma medida profilática ou terapêutica eficaz. Eles cau­
sam doenças humanas e animais de alta gravidade, com alta capacidade de disseminação na 
comunidade e no meio ambiente. Esta classe inclui principalmente os vírus. Ex. vírus Ebola.
• Classe de risco especial (alto risco de causar doença animal grave e de disseminação no 
meio ambiente): inclui agentes biológicos de doenças animais não existentes no País e que, 
embora não sejam obrigatoriamente patógenos de importância para o homem, podem gerar 
graves perdas econômicas e/ou na produção de alimentos.
As atividades ligadas ao monitoramento ambiental, em virtude da presença de despejos orgânicos e 
químicos, podem ser classificadas, em geral, como classe de risco 2.
Para as atividades de pesquisa em limnologia, como também para simples coleta de material biológico 
em atividades de biomonitoramento, recomenda-se utilizar todas as preucações necessárias para atividade 
de campo, lembrando que estas atividades devem ser realizadas sempre com um mínimo de dois operadores. 
Dependendo da profundidade do rio, é necessária a utilização de boias.
Na realização de atividade de campo em áreas desconhecidasou com presença de despejos orgânicos, 
as normais medidas de biossegurança utilizadas deverão ser incrementadas, utilizando equipamento de 
proteção individual (EPI), protegendo pés e pernas com botas de borracha com solado antiderrapante e mãos 
(e eventualmente os braços) com luvas, evitando contato com água contaminada.
DOENÇAS VEICULADAS PELA ÁGUA
A expressão "água contaminada" indica água que contém micróbios patogênicos ou substâncias vene­
nosas. Várias são as doenças que podem ser transmitidas pela ingestão ou simples contato, devido à presença 
de vírus, bactérias e parasitas ou através de contato com vetores (insetos, moluscos etc.).
29
Essas doenças podem ser provocadas por:
• agentes microbianos;
• agentes químicos;
• bactérias;
• protozoários;
• helmintos;
• vírus;
• fungos (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1985; UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍ­
BA, 2007).
Na tabela i, são apresentadas, de forma resumida, doenças ligadas à água e sua forma de transmissão.
Tabela 1. Principais doenças ligadas à água e suas formas de transmissão.
Grupo de doenças Formas de transmissão Principais doenças
Transmitida por via feco-oral Ingestão - Diarréias e disenterias como cólera e 
giardíase;
- Febre tifóide e para tifóide;
- Leptospirose;
- Hepatite infecciosa;
Transmitida por via feco-oral Contato com fontes de água 
contaminadas com fezes
- Febre tifóide e paratifoide;
- Diarréias e disenterias bacterianas, 
como cólera.
Associadas a animal aquático Penetração através da epiderme - Esquistossomose
Transmitidas por vetores que se 
relacionam com a água
Por picada - Malária;
- Febre amarela;
- Dengue;
- Filariose (elefantíase)
MACROINVERTEBRADOS VETORES DE DOENÇAS
Vários invertebrados ligados à água podem ser potencialmente vetores de doenças. Como exemplos, 
citamos:
E s p o n j a s
Uma elevada concentração de espículas de esponjas, liberadas nas águas após a morte do indivíduo, 
pode ter um efeito irritante para a pele e para os olhos, por contato. Por ingestão provoca inflamação da mu­
cosa gastrointestinal (VOLKMER-RIBEIRO e BATISTA, 2007).
M o l l u s c o s
Os moluscos são hospedeiros de trematódeos diagenéticos e de alguns nematódeos parasitos do ho­
mem e de animais domésticos. As principais doenças relacionadas são a esquistossomíase, a fasciolíase e 
a angiostrogilíase abdominal. As famílias de importância médica são Ancylidae, Lymnaeidae, Physidae e 
Planorbiidae (BRASIL, 2008).
Biomphalaria glabrata (Say, 1818) é o principal hospedeiro intermediário do agente causador da esquis­
tossomose, o Schistosoma mansoni Sambon, 1907 (LIMA, 1995; SOUZA e LIMA 1997). Os vermes adultos vi­
vem dentro de pequenas veias do intestino e do fígado do homem doente; alcançam até 12 mm de compri­
mento por 0,44 mm de diâmetro.
B. straminea (Dunker, 1848) é hospedeirado S. mansoni, mas, na região Nordeste, apresenta taxa de in­
fecção baixa e com focos isolados no estado do Pará (LIMA, 1995).
30
B. tenagophila (Orbigni, 1835) é o hospedeiro do parasita S. mansoni, nos estados do Rio de Janeiro, Santa 
Catarina e São Paulo (LIMA, 1995).
No Brasil, calcula-se que a esquistossomose atinja cerca de 2,5 milhões de pessoas (KATZ e PEIXOTO,
2000).
C r u s t a c e a
O crustáceo Macrobrachium rosenbergii (De Man, 1879) pode ser transmissor do vírus WSS (White Spot 
Syndromè), potencialmente letal para outras espécies de Crustacea (CHU-FANG et al., 1996; SAHUL HAME- 
ED et al., 2000).
Procambarus clarkii (Girard, 1852) é potencialmente, transmissor dos fungos Aphanomyces astaci Skiko- 
ra, 1906; Psorospermium spp. e Saprolegna parasitica Nees, 1823 (BOWER, 2006a; QUAGLIO et al., 2006) e pode 
dizimar as espécies nativas, como já ocorreu no continente europeu (BOWER, 2006a, b).
Os caranguejos podem ser hospedeiros intermediários secundários de um verme causador de uma 
doença parasitária, em humanos e animais domésticos, a paragonimíase, causada pela infestação de formas 
larvais (metacercárias) do trematódeo Paragonimus sp., porém sem registro no Brasil.
In s e c t a
Entre os insetos, Aedes aegypti Linnaeus 1762 e A. albopictus Skuse 1895 são transmissores do Flavivirus 
spp., vírus do dengue, um arbovírus da família Flaviviridae, do gênero Plasmodium spp., transmisor da febre 
amarela.
Os Anopheles sp. podem transmitir a febre amarela, Culex fatigans Wiedmann, 1828 e alguns Simulii- 
dae, podem transmitir oncocercose, também chamada de "cegueira dos rios" ou "mal do garimpeiro", causa­
da pelo nematoide Onchocerca volvulus Leuckart, 1893, e a filariose ou elefantíase causada pelos nematoides 
Wuchereria bancrofti (Cobbold, 1877), Brugia malayi (Bucley e Edeson, 1956) e Brugia timori (Partono, 1977), 
comumente chamados de filária.
MANUAIS DE IDENTIFICAÇÃO E CHAVES DICOTÔMICAS
Conhecer o que se estuda é o primeiro passo para qualquer pesquisa científica. Este processo é parti­
cularmente importante nas ciências biológicas, na qual reconhecer os organismos é indispensável (SIMONE, 
2006). Nos estudos limnológicos, em particular, a resolução taxonômica foi sempre considerada um aspecto 
crítico, especialmente quando os organismos são usados para o biomonitoramento da qualidade da água 
(GOETHALS, 2002; SCHMIDT-KLOIBER e NIJBOER, 2004; BONADA et al., 2006; HAASE et al., 2006; RESH, 
2007, ROSENBERG e RESH, 1993; VERDONSCHOT et al., 2006).
Resh e McElravy (1993) evidenciaram que, nos estudos limnológicos, o nível taxonômico varia de 
acordo com o grupo taxonômico, geralmente Insecta, Platyhelminthes e Crustacea em nível de gênero ou 
espécie, enquanto Nematoda e Annelida, geralmente, em nível de família ou status nomenclatural inferior, 
refletindo, provavelmente, o estado de conhecimento da biota. Por outro lado, categorias taxonômicas supra- 
específicas podem ser usadas para garantir uma ampla aplicação do estudo, do ponto de vista geográfico 
(GOETHALS, 2002), ou devido à busca de uma relação adequada entre custo e benefício (RESH e McELRAVY 
1993; BONADA et al., 2006). Vários trabalhos mostraram que a sensibilidade dos estudos ecológicos melhora 
quando a resolução taxonômica é mais precisa (RESH e UNZICKER 1975; MARCHANT 1990; MARCHANT 
et al., 1997; HAWKINS e NORRIS, 2000).
Trabalhos como chaves de identificação, catálogos e manuais com chaves de identificação representam 
passos básicos e facilitadores da pesquisa, são instrumentos úteis para formação de especialistas e para a 
exploração da biodiversidade (BRASIL, 2006c), além de serem importantes avanços na organização do conhe­
cimento (MARQUES e LAMAS, 2006).
A disponibilidade de chaves dicotômicas permite a identificação, por não especialistas, em nível de 
família ou de gênero, enquanto a identificação em nível de espécie é, frequentemente, tarefa dos especialis­
tas (GOETHALS, 2002). A ausência desse material bibliográfico pode levar o pesquisador e o estudante em 
formação a utilizarem manuais e chaves de outras regiões geográficas para tentar reconhecer as espécies de 
nossa fauna, o que nem sempre é possível e geralmente inadequado (MARQUES e LAMAS, 2006).
"O objetivo de uma chave é separar e segregar caracteres de tal maneira que, por uma série de escolhas 
alternativas, permita um caminho seguro para a identificação de um determinado táxon" (MAYR et al., 1953
31
apud PAPAVERO e MARTINS, 1983). O termo "chave" foi utilizado pela primeira vez por von Linné, em 1736, 
e o uso explícito de chave dicotômica para identificação foi instituído por Lamarck, em 1778 (PAPAVERO e 
MARTINS, 1983).
Segundo os mesmos autores, hoje, os tipos de chaves de identificação mais usados são:
• chaves dicotômicas em justaposição: o primeiro membro da dicotomia é impresso em uma 
linha e o segundo, imediatamente subsequente;
• chaves com as dicotomias agrupadas: em vez de duas alternativas virem juntas, cada uma 
delas agrupa sob si todas as outras alternativas coordenadas;
• chaves identadas: semelhantes ao tipo anterior porém graficamente mais complexas;
• chaves combinadas: combinam uma chave identada com uma chave em justaposiçãoou 
uma chave agrupada;
• chaves sólidas: reúne todas as dicotômicas em sequência;
• chaves pictóricas: que utilizam representação gráfica do caráter taxonômico empregado.
ESTRUTURA DO MANUAL
Este manual é constituído por duas seções: a primeira, introdutória, cuja finalidade é fornecer alguns 
conceitos básicos úteis para o trabalho técnico de campo e laboratório, em estudos limnológicos e de controle 
ambiental e a segunda, taxonômica, referente aos grupos de macroinvertebrados abordados.
Em cada capítulo da seção taxonômica são tratados os seguintes itens:
• etimologia do nome do táxon;
• descrição geral do grupo, morfologia e notas ecológicas;
• desenho esquemático do taxa, indicando a terminologia das partes anatômicas utilizadas na 
chave;
• chave dicotômica pictórica;
• lista das principais fontes bibliográficas utilizadas para a realização da chave pictórica.
Para sistemática, foram utilizadas as seguintes referências:
• BRUSCA, R.C.; BRUSCA, G.J. Invertebrados. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
• CSRIO (Ed.). The insects of Australia: a textbook for students and research workers. 2nd ed. 
Melbourne: Melbourne University Press, 1991. v. 1 .
Para a terminologia técnica da classe Insecta, foi utilizada a obra:
• BUZZI, Z. J. Coletânea de termos técnicos de entomologia. Curitiba: Ed. UFPR, 2003.
Para faunística, os dados obtidos na pesquisa bibliográfica foram corroborados e implementados com 
os apresentados no projeto de pesquisa Diversidade biológica da Mata Atlântica do Estado do Rio de Janeiro 
- Rede de Insetos (FAPERJ Proc. E-26/171.281/2006) e da Coleção Malacológica do Instituto Oswaldo Cruz.
O material fotográfico utilizado para realização das pranchas foi realizado pelo primeiro autor, os 
créditos das fotografias e imagens de outras autorias são citados na secção "Créditos Fontes Iconográficas 
utilizadas nas pranchas".
A descrição etimológica dos termos zoológicos foi realizada pelo Prof. Dr. Nelson Papavero.
Para realizar a chaves dicotômicas pictóricas, foram utilizadas chaves dicotômicas específicas para a 
fauna do Estado do Rio de Janeiro. Quando utilizadas chaves de identificação abrangendo áreas geográficas 
maiores, as mesmas foram modificadas de maneira tal a incluir só os caracteres da fauna do Estado do Rio 
de Janeiro e os organismo lóticos.
Lembramos que a utilização deste manual e relativas chaves para outras regiões geográficas nem sem­
pre é possível e, geralmente é inadequado.
Para as pessoas pouco familiarizadas com o uso de chaves dicotômicas ou ainda em fase de treina­
mento, devido à grande diversidade biológica e à existência de táxons de morfologia similar, aconselhamos 
utilizar as chaves, partindo sempre do primeiro passo, até chegar ao menor nível taxonômico possível.
32
i
MACROINVERTEBRADOS AQUÁTICOS 
ASPECTOS DA MORFOLOGIA 
E IDENTIFICAÇÃO
• •
CHAVE DICOTÔMICA PARA DETERMINAÇÃO DOS PRINCIPAIS 
GRUPOS DE MACROINVERTEBRADOS
(£ í^ )
CORPO IRREGULAR 
COM POROS
|
PORIFERA
GASTROPODA
BIVALVIA
PLATYHELMINTHES
NEMATOMORPHA
ENTOPROCTA + 
ECTOPROCTA
VALVAS
CONCHA
CORPO
ACHATADO
CILÍNDRICO
COM TENTÁCULOS 
OU EM FORMA DE 
ÁGUA VIVA
COLÔNIA RAMIFICADA 
EM SUBSTÂNCIA 
GELATINOSA OU MARROM
CORPO
SEGMENTADO
NÚMERO
DE
PERNAS
PERNAS
ARTICULADAS
CÁPSULA CEFÁLICA, 
PSEUDÓPODOS, SIFÃO, 
BRÁNQUIAS,
HIRUDINEA
APÊNDICES VARIADOS
■ ■ ■ ■ ■ ■
INSECTA
CHELICERATA
CRUSTACEA
lb 
111 
Of 
<
Filo
PORIFERA
(adaptado de Haeckel, 1998)
H ETIMOLOGIA
| H Do latim porus = poro, conduto, passagem + fero (verbo) = trazer, portar, ter.
■ DESCRIÇÃO
||fc As esponjas são organismos sésseis, imóveis, de consistência porosa, fixados a qualquer tipo de subs-
trato sólido, extremamente variáveis em forma e tamanho, geralmente de cor verde, mas podem ser amare- 
las, marrons ou cinzas. Podem ser encontradas em qualquer ambiente de água doce, permanente ou tempo- 
rário. Geralmente, esses organismos vivem em ambientes não contaminados, em águas livres de sedimento 
em suspensão.
As esponjas constituem um grupo essencialmente marinho com poucos representantes em águas do­
ces, todos pertencentes à classe Demospongiae. O filo é constituído por um número de espécies estimado 
entre 20.000 e 30.000. Nas águas doces, mundialmente, há 33 gêneros e 149 espécies. No Brasil, há 21 gêneros 
e 52 espécies descritas (PINHEIRO, 2007). Os gêneros mais comuns no Brasil são Metania (Metaniidae) e 
Trochospongilla (Spongillidae), cada um com cinco espécies conhecidas no país. Há um gênero e três espécies 
exclusivamente endêmicas no Brasil, e outros oito gêneros exclusivos da Região Neotropical têm a maior 
parte de sua distribuição geográfica conhecida no território brasileiro (VOLKMER-RIBEIRO e PAULS, 2000).
Para o Estado do Rio de Janeiro temos apenas três espécies Ephydatia facunda Weltner, 1895, Radiospon- 
gilla sp. e Spongilla sp. (PINHEIRO, 2007).
As esponjas são organismos filtradores, alimentado-se de matéria orgânica em suspensão na água, 
como fragmentos de organismos mortos, pelotas fecais, bactérias e picoplânton (plâncton com tamanho in­
ferior a 2 |am). As esponjas são importantes componentes das cadeias alimentares de águas doces, sendo o
principal item na dieta de alguns peixes, bem como de invertebrados, como as larvas de Neuroptera, Sisyri- 
dae (VOLKMER-RIBEIRO, 1999).
As espécies de água doce não apresentam a variabilidade morfológica das de água marinhas, podendo 
formar incrustações ou ramificações eretas, formando estruturas esféricas ou semi-esféricas, quando cres­
cem ao redor de ramos submersos. Organismos da mesma espécie podem, em função do desenvolvimento e/ 
ou tipo de substrato, apresentar morfologia diferente (VOLKMER-RIBEIRO e PAULS, 2000). O corpo é cons­
tituído por um conjunto de canais revestidos por células flageladas (coanócitos), responsáveis pela geração 
da corrente de água e pela filtração de alimento, e sustentados por um conjunto de estruturas de sílica, 
semelhantes a agulhas (espículas), e fibras de espongina, uma substância da família do colágeno (Figura 3).
Características úteis para a clasificação são: morfologia geral, cor, forma e tamanho das espículas. A 
porção mais externa (superficial) do corpo da esponja, na qual não há câmaras de coanócitos, é denominada 
ectossoma; a mais interna, geralmente distante mais de 0,1-1,0 mm da superfície, na qual estão concentradas 
as câmaras de coanócitos, chama-se coanossoma.
Os feixes espiculares são denominadas pauciespiculares, quando apresentam poucas espículas (entre 
duas e dez), lado a lado, e multiespiculares, quando compostos por mais de dez espículas.
Com relação às espículas, de acordo com sua morfologia, são denominadas megascleras, grandes e 
com função estrutural, e microscleras, pequenas e com função de reforço. Para descrever as espículas existe 
uma nomenclatura específica, descrevendo o número de eixos, a forma e a ornamentação das várias espícu­
las (BRUSCA e BRUSCA, 2007). Os termos que designam o número de eixos terminam com o sufixo - axon; o
36
número de raios termina com o sufixo - actinas. A espícula monoaxônica diactina, com as duas extremidades 
pontiagudas, é denominada óxea; a que tem duas pontas arredondadas é denominada estrôngilo. Com rela­
ção às pontas, são definidas como isotrópicas quando possuem as duas pontas iguais, e anisotrópicas, com 
as duas pontas desiguais.
Figura 3. Corte esquemático de uma esponja. A) poros; B) ósculos; C) câmaras de coanócitos. As setas indicam a dire­
ção do fluxo de água.
Figura 4. Spongillo sp, acervo fotográfico Dr. Ulisses dos Santos Pinheiro.
37
Ib 
111 
Oí 
<
Observação: As espécies Radioespongilla sp. e Spongilla sp. estão nomeadas no trabalho original de Pinheiro 
(2007), respetivamente Radioespongilla sp.nov. e Spongilla sp.no.2.
ESPÉCIES REGISTRADAS PARA O ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Spongillidae
Ephydatia Lamouroux, 1816
Ephydatia facunda Weltner, 1895 
Radiospongilla Penny e Racek, 1968 
Radiospongilla sp.
Spongilla Lamarck, 1816 
Spongilla sp.D ia g n o s e (b a s e a d a em PINHEIRO, 2007).
Ephydatia Lamouroux, 1816
Spongillidae com forma incrustante, bulbosa ou maciça. Esqueleto coanossomal anisotrópico, com 
fibras e feixes pauciespiculares (com poucas espículas). Espongina escassa. Megascleras óxeas (espícula mo- 
noaxônica diactina, com as duas extremidades pontiagudas), podendo ser lisas ou microespinhosas. Micros- 
cleras ausentes (Manconi e Pronzato, 2002).
Ephydatia facunda Weltner, 1895
Forma incrustante, normalmente epífita. Sua superfície pode ser achatada ou apresentar algumas 
projeções digitiformes. Cor em vida entre verde e amarelo. Megascleras óxeas com espinhos igualmente 
distribuídos sobre toda a superfície da espícula, ausentes somente nas extremidades, ligeramente curvada 
(normalmente) ou reta (rara), comprimento 230-375 |am. Microscleras ausentes (Figura 5).
Radiospongilla Penny e Racek, 1968
Spongillidae com forma incrustante, ocasionalmente com delicadas projeções cilíndricas. Esqueleto 
coanossomal pauciespicular anisotrópico com tratos secundários não definidos. Megascleras óxeas espinho­
sas ou estrôngilos.
Radiospongilla sp.
Esponja com morfologia variando de incrustante à maciça com projeções digitiformes, de 1 a 8 mm de 
espessura. Superfície com inúmeros orifícios. Cor, in vivo, bege com a borda azulada. Megascleras variando 
de estrôngilos (mais frequente) ou óxeas (mais raras), normalmente retas ou ligeiramente curvadas, cobertas 
por diminutos espinhos cônicos. Os estrôngilos podem ter sua extremidade alargada, formando uma cabeça. 
Os espinhos, próximos à extremidade dos estrôngilos, possuem um direcionamento centrífugo. Tamanho de 
180-280 |am. Microscleras ausentes. Espongina abundante (Figura 6 e 7).
Spongilla Lamarck, 1816
Spongillidae com forma incrustante, maciça, ramificada ou arbustiva. Consistência frágil e maciça. Es­
queleto ectossomal constituído por tufos de espículas. Esqueleto coanossomal irregular, de isotrópico a ani­
sotrópico, de pauci a multiespicular. Espongina abundante. Megascleras óxeas muito ou pouco espinhosas.
Spongilla sp.
Esponja de morfologia bastante variada, desde formas crostosa, submilimétricas em espessura, até 
formas tridimensionais de grande tamanho. As maciças podem ser arredondadas ou formar projeções la­
melares ramificadas. Possuem coloração caramelo. O esqueleto consiste de uma densa reticulação de fibras 
primárias e secundárias, com espongina em abundância. Megascleras de tipo óxea lisas, afiladas gradativa- 
mente na direção das pontas, comprimento 155-485 |am. As microscleras são acantóxeas bastante delgadas e 
ligeiramente curvadas.
38
Figura 5. Megascleras de Ephydotia facundo (baseado em PINHEIRO, 2007).
Figura 6. Megascleras de Rodiospongilla sp. (baseado em PINHEIRO, 2007).
Figura 7. Megascleras de Spongillo sp. (baseado em PINHEIRO, 2007).
39
lb 
UI 
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<
Filo
CNIDARIA
(adaptado de Haeckel, 1998)
ETIMOLOGIA
Do grego knide = urtiga (originalmente); Aristóteles (História dos Animais 5,16 e outras passagens) usou 
este termo para as anêmonas-do-mar.
DESCRIÇÃO
O Filo Cnidaria compreende formas coloniais ou solitárias bem conhecidas como os corais, as águas- 
vivas e as hidras. Estima-se esse grupo seja constituído por 11.000 espécies. O grupo é essencialmente mari­
nho, com poucos membros nas águas doces, todos pertencentes à classe Hydrozoa, em forma de hidroide e 
de medusa (Figura 8).
A maioria dos cnidários são predadores carnívoros e nas águas doces alimentam-se de plâncton mi­
croscópico, por meio dos tentáculos. São predados por turbelários, insetos aquáticos e crustáceos.
São frequentemente encontrados em rios e lagos, em águas limpas, desaparecendo rapidamente de 
ambientes poluídos, sendo, portanto bons indicadores ecológicos.
Há, no mundo, 27 espécies de hidroides de água doce. No Brasil, há quatro gêneros e seis espécies 
registradas. Com relação às medusas há duas espécies registradas (SILVEIRA e SCHLENZ, 1999).
ESPÉCIES REGISTRADAS PARA O ESTADO DO RIO DE JANEIRO
ANTHOMEDUSAE
Clavidae McCrady, 1859
Cordylophora (Mackie, 1968)
Cordylophora caspia (Palias, 1771)
Olindiidae Haeckel, 1879
Craspedacusta Lankester, 1880
Craspedacusta sozverbvi Lankester, 1880
Figura 8. Formas típicas de cnidários de água doce: A) Hydra sp., até 15 mm; B) Cordilophora sp. colônia cespitosa; C) 
Craspedacusta sowerbyi, diâmetro até 20 mm (adaptado de FITTER e MANUEL, 1993).
40
Filos
ENTOPROCTA e ECTOPROCTA
Animais sésseis, filtradores, coloniais, fixados ao substrato. As colônias são constituídas de pequenos 
tubos com até 1 mm de diâmetro, formando estruturas eretas, incrustantes ou gelatinosas. No ápice dos tu­
bos, estão presentes tentáculos ciliados.
1- Boca e ânus abrem-se dentro da coroa de tentáculos, tentáculos não retráteis, colônia com pedúnculos em
formato de colar de pérolas, de até 2,5 m m ................................................................................................... Entoprocta
2- O ânus abre-se fora da coroa de tentáculos, tentáculos retráteis, colônia de aspecto tubular, de até 50 mm ... 
 Ectoprocta
Filo
ENTOPROCTA
ETIMOLOGIA
Do grego entós = dentro + proktós = ânus.
DESCRIÇÃO
Um pequeno filo de cerca de 150 espécies de animais prevalentemente sésseis, constituído por quatro 
famílias. Uma só espécie (Urnatella gracilis Leydi, 1854) é de água doce, ocorre em todos os continentes, menos 
na Austrália (EVELINE e MARCUS, 1984).
Embora distantes filogeneticamente, os Entoprocta são morfologicamente parecidos com os ectoproc- 
tos, dos quais se distinguem pela posição do ânus, presente no interior da coroa de tentáculos e pelo pedún­
culo, que apresenta um aspecto de colar de pérolas, sendo composto de 1-18 elos separados por constrições, 
em forma de urna ou ovóide (Figura 9).
A colônia é fixada sobre um a três discos, de cada um dos quais levanta-se um estolão que pode ser 
ramificado. Do último segmento nasce o polipódio em forma de cálice, com uma coroa formada por 8-16 ten­
táculos não retráteis (MOTTA, 1962; BRUSCA e BRUSCA, 2007). Atinge dimensões de 2,5 mm.
41
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Figura 9. Colônia de Urnatella gracilis, com polipódio em forma de urna (a) e ovoide (b) (adaptado de FITTER e MANUEL, 
1993 e EVELINE e MARCUS, 1984).
Filo
ECTOPROCTA (= BRYOZOA)
ETIMOLOGIA
Do grego ektós = externo + proktós = ânus.
DESCRIÇÃO
Animais coloniais sésseis, quase exclusivamente coloniais, de aspecto similar aos Hydrozoa. A colônia 
pode apresentar porte ereto, ramificado, incrustante ou perfurante. O aspecto geral de arbusto da colônia, 
constituída por tubos finamente ramificados com diâmetro de até 1 mm, e comprimento de até 50 mm, que 
gerou o antigo nome de Bryozoa (animal-musgo do grego bryon = musgo + zoon = animal) (Figura 10).
O filo é constituído por cerca de 4.000 espécies, distribuídas em águas marinhas e continentais e 
divide-se em três classes, sendo que só uma, a classe Phylactolaemata é exclusiva de águas doces. Esta classe 
amplamente distribuída, apresenta cerca de 50 espécies, entre as quais algumas cosmopolitas como Frederi- 
chella sultana e Plumatella repens. No Brasil, estão presentes 10 espécies (FORNERIS, 1999a).
Os ectoproctos estão presentes em lagos ou riachos que sejam suficientemente ricos em plâncton e sem 
excessiva carga de detritos e lama. Fixam-se sobre superfícies sólidas submersas, como conchas, rochas, raí­
zes, ramos e folhas de vegetação. Os indivíduos que constituem a colônia (zooides) são pequenos, raramente 
atingindo 1 mm, e apresentam uma estrutura filtrante apical (lofóforo) em forma de ferradura de cavalo com 
12-100 tentáculos, que pode ser retraída na parede do corpo tipicamente tubular.
Hoje, este grupo apresenta escassa importância econômica, mas, antigamente, constituía um proble­
ma para reservatórios de água e sistemas de purificação.
Figura 10. Formas típicas de ectoproctos de água doce: A) Fredericella sultono; B) Plumatella sp.; C) Hyalinella sp. 
(adaptado de FITTER e MANUEL,1993).
42
Chave p a r a id e n t i f i c a ç ã o d as espécies de E c t o p r o c t a o c o r r e n t e s no B r a s i l (baseada em 
EVELINE e MARCUS, 1984).
la- Boca sem epistoma; coroa de tentáculos circular; não há estatoblastos................................................................
......................................................................................................Gymnolaemata, Ordem Ctenostomata Busk 1817: 2
lb - Epistoma sobre a boca; coroa de tentáculos, geralmente, em forma de ferradura; estatoblastos presentes
.................................................................................................................................................................... Phylactolaemata: 4
2a- Zoécios ovais, deitados no substrato...................................................Hislopia corderoi Mane-Garzon, 1959
2b- Zoécios tubiformes..........................................................................................................................................................3
3a- Zoécios eretos, separados por estolões e septados; orifício pentagonal...............................................................
..................................................................................................................................................................Pottsiella erecta (Potts, 1884)
3b- Zoécios sem estolões, em filas retas; orifício quadrangular....................................................................................
....... V..............................................................................................................................Paludicella articulata (Ehrenberg, 1830)
4a- Coroa de tentáculos circular ou oval; estatoblastos sésseis e livres, sem anel natatório.................................
....................................................................................................................................................................Fredericella Gervais 1838: 5
4b- Coroa em forma de ferradura; estatoblastos flutuantes presentes........................................................................6
5a- Estatoblastos alongados ou reniform es.............................................................F. sultana (Blumenbach, 1779)
5b- Estatoblastos largos, quase redondos.............................................................................................................................
.................................................................................................F. australiensis Goddard, 1909, subsp. browni Rogick 1945
6a- Estatoblastos flutuantes e sésseis................................................................................................................................... 7
6b- Estatoblastos somente flutuantes ............................................................................................................................. 12
7a- Ectocisto geralmente duro ........................................................................................................................................... 8
7b- Ectocisto grosso, gelatinoso ..................................................................................................................................... 11
8a- Ectocisto marron .................................................................................................................................... Plumatellinae
8b- Ectocisto transparente ................................................................................................................................................... 9
9a- Estatoblasto flutuante oblongo...................................................................................Stolella Annandale, 1909:10
9b- Estatoblato flutuante redondo......................................................................................... Stephanella Oka, 1908*
10a- 45-64 tentáculos brancos; estatoblastos simetricamente abobadado................................................................
......................................................................................................................................................................... S. evelinae Marcus, 1941
10b- 40-50 tentáculos amarelos; estatoblasto ventralmente mais convexo .............................................................
......................................................................................................................................................... S. agilis Marcus, 1942
11a- Estatoblastos sem espinhos..................................................................... Hyalinella carvalhoi Marcus, 1942
11b- Estatoblastos cobertos de espinhos em todos os lados......................................Gelatinella Toriumi, 1955*
12a- Estatoblastos sem espinhos...... ................................................................ Lophopus iheringi Meissner, 1893
12b- Estatoblatos com espinhos ..................................................................................................................................... 13
13a- Estatoblastos oblongos...................................................................................... Lophopodella Rousselet, 1904*
13b- Estatoblastos redondos ..................................................... ....................................................................................... 14
14a- Espinhos nas duas valvas..............................................................................................Cristatella Cuvier, 1798*
14b- Espinhos somente em uma valva....................................................................................Pectinella Leidy, 1851*
dos Phylactolaemata ainda não foram encontrados no Brasil: Cristatella Cuvier, 1798; Pectinatella Leidy, 1851; 
Lophopodella Rousselet, 1904; Stephanella Oka, 1908; e Gelatinella Toriumi, 1955 (EVELINE e MARCUS, 1984)
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Filo
PLATYHELMINTHES
(adaptado de Fitter e Manuel, 1993)
ETIMOLOGIA
DESCRIÇÃO
Do grego platy = largo e chato + helmins (ou helmis), genitivo singular helminthos = verme.
O Filo Platyhelminthes é constituído de vermes achatados, não segmentados, representados por cerca 
de 20.000 espécies, algumas vivendo livres em habitats marinhos e de águas doces, mas a maioria parasi­
tas em uma ampla gama de hospedeiros, tanto invertebrados quanto vertebrados. Os representantes mais 
conhecidos são: Schistosoma mansoni Sambon, 1907, responsável pela esquistossomose e a Taenia solium Lin- 
naeus, 1758, mais conhecida como solitária.
Desse grupo, são considerados macroinvertebrados de água doce somente os representantes da Classe 
Turbellaria (Figura 11). Os turbelários encontram-se, frequentemente, aderidos a macrófitas ou à face inferior 
de pedras em reservatórios e rios. Movem-se acima do substrato, utilizando arrastamento ciliar, muitas vezes 
acompanhado por movimentos de contorção. Fora da água, ou em contato com álcool, a maioria se contrai de 
maneira tal a lembrar um acúmulo gelatinoso.
No Brasil, são registradas 84 espécies de turbelários límnicos (FORNERIS, 1999b).
Figura 11. Dugesia tigrino (Girard, 1850) (modificado de FITTER e MANUEL, 1993).
44
Filo
NEMATA (= NEMATODA)
(adaptado de Fitter e Manuel, 1993).
ETIMOLOGIA
Do grego nema, genitivo singular nematós = fio, filamento + odes = sufixo que denota semelhança. 
DESCRIÇÃO
Animais com o corpo cilíndrico, alongado, não segmentado, não pigmentado, translúcido, com cerdas 
ausentes e revestido por uma cutícula (Figura 12). São conhecidas mais de 25.000 espécies, sendo cerca de 
6.000 aquáticas, a maioria parasitos de animais e vegetais. Os de vida livre raramente ultrapassam 10 mm de 
comprimento, mas a maioria situa-se entre 2 e 3 mm.
Figura 12. Aspecto geral de Nematoda (modificado de FITTER e MANUEL, 1993).
45
Filo
NEMATOMORPHA
(adaptado de Thomé e De Lema, 1973).
ETIMOLOGIA
Do grego nema, genitivo singular nematós = fio, filamento+ morphé = forma, figura, aspecto. 
DESCRIÇÃO
O Filo Nematomorpha inclui formas marinhas terrestres e de águas doces. Na água doce, o grupo é 
representado apenas pela Classe Gordioida.
Os gordioídeos são organismos finos, alongados, não segmentados, recobertos por uma cutícula (Fi­
gura 13).
A classe Gordioida é representada por cerca de 230 espécies no mundo, sendo 10 conhecidas para o 
Brasil (FORNERIS, 1999c).
As formas adultas são de vida livre em águas paradas e correntes. As larvas são endoparasitárias de 
artrópodes, normalmente um artrópode não aquático, especialmente gafanhotos e grilos. Alguns autores 
sugerem que a larva do parasita pode ser ingerida pelo hospedeiro, enquanto outros sugerem que seja a larva 
a penetrar no hospedeiro. A larva se desenvolve no hemocele do inseto e, ao atingir a fase adulta, emerge, 
matando o hospedeiro.
Figura 13. Nematomorpha, aspecto geral (foto R. Mugnai).
Filo
ANNELIDA
(adaptado de La Greca, 1990)
ETIMOLOGIA
Do latim annelus = anel.
DESCRIÇÃO
Os representantes mais conhecidos desse grupo são as minhocas. O filo Annelida é representado por 
cerca de 16.500 espécies marinhas, de água doce ou terrestres (BRUSCA e BRUSCA, 2007). A maioria é de 
vida livre, algumas são sedentárias ou tubícolas; poucas são comensais e parasitas. A principal característica 
do filo é a divisão do corpo em segmentos similares ou anéis, dispostos ao longo de um eixo anteroposte­
rior (metamerismo). O primeiro segmento (metâmero) é denominado prostômio e o último pigídio. O corpo é 
revestido por uma cutícula segmentada em anéis, que podem ou não corresponder aos metâmeros internos, 
como, por exemplo, nos Hirudinida (THOMÉ e DE LEMA, 1973). Para identificação, são importantes, como 
caracteres diagnósticos, o número de segmentos, a presença e a disposição de estruturas características, 
como cerdas, ventosas, etc. Os segmentos são identificados por uma numeração, geralmente em números 
romanos, não incluindo o prostômio (Figura 15a) (RIGHI, 1984).
Três das quatro classes estão presentes nas águas continentais brasileiras: Polychaeta, Oligochaeta e 
Hirudinea.
A maior dificuldade para a identificação está na necessidade, em alguns casos, de dissecar estes pe­
quenos animais e preparar cortes histológicos.
Nas águas doces brasileiras, estão presentes as três classes, assim distinguíveis:
la- parasitos de brânquias de crustácea.......................................................................................................... Polychaeta
lb- de vida liv re ........................................................................................................................................................................ 2
2a- com duas ventosas...........................................................................................................Hirudinida (= Hirudinea)
2b- sem ventosas .................................................................................................................................................................... 3
3a- com brânquias, estruturas cefálicas e cerdas evidentes...................................................................... Polychaeta
3b- sem brânquias, estruturas cefálicas e cerdas pouco evidentes .................................................. Oligochaeta
47
Classe
POLYCHAETA
ETIMOLOGIA
Do grego poly = numeroso, muito, vários + chaíte = cabelos flutuantes, longos, cabeleira espessa, crina; 
por extensão, cerda.
DESCRIÇÃO
A classe poliqueta é constituída por cerca de 10.000 espécies, incluídas em 87 famílias. A grande maio­
ria das espécies é marinha, poucas são eurialinas e raras as de água doce terrestres. Há aproximadamente 40 
espécies dulciaquícolas, pertencentes a oito famílias.
No Brasil, alguns poliquetos são eurialinos (AMARAL, 1984) e, por isso, podem ser encontrados perto 
dos estuários dos rios. Atualmente, como forma dulciaquícola, é conhecida apenas a família Histriobdelidae, 
com cinco espécies, pertencentes ao gênero Stratiodrilus (Figura 14), comensal de brânquias de crustáceos 
(Trichodactylus sp. e Aegla sp.) (STEINER e AMARAL, 1999; AMATO, 2001).
Figura 14. Stratiodrilus sp. (baseado em AMATO, 2001).
ÇCp
OLIGOCHAETA
ETIMOLOGIA
Do grego olígos = pouco + chaíte = cerda.
DESCRIÇÃO
Nesta classe, o prostômio nunca apresenta tentáculos, palpos ou ventosas. O corpo é cilíndrico, a 
simetria é bilateral, e apresenta um número reduzido de cerdas, com função locomotora, depostas em dois 
pares de conjuntos de cerdas: uma laterodorsal e uma lateroventral. A classe é constituída por mais de 3.000 
espécies, na maioria terrestre. O número dos limnícolas, no mundo, é de cerca de 600. Para a América Central 
e do Sul, cerca de 110 espécies (RIGHI, 1984,1999).
Para o Brasil, são conhecidas, aproximadamente, 70 espécies pertencentes a sete famílias: Aelosomati- 
dae, Alluroididae, Haplotaxidae, Naididae, Narapidae, Opistocystidae, Tubificidae (RIGHI, 1999).
Aeolosomatidae, Naididae e Opistocystidae vivem em córregos, rios e lagos, arrastando-se sobre o 
fundo mole ou duro e sobre partes submersas de plantas aquáticas. Algumas Aeolosomatidae e Naididae 
formam tubos, aglutinando partículas estranhas com secreções tegumentares, podendo ou não arrastar seus 
tubos. Algumas Naididae vivem no interior de Porifera ou sobre colônias de Ectoprocta, outras são comen­
sais em Mollusca e outras são endoparasitos de Amphibia.
Os Tubificidae, Narapidae e Alluroididae vivem nos ambientes lénticos e lóticos, desde as margens até 
as maiores profundidades. As Haplotaxidae podem viver nesses mesmos ambientes, mas são mais frequen­
tes nas margens, acima da linha d'água.
Os membros das famílias Aeolosomatidae, Naiadidae e Opistocystidae vivem em águas, tanto corren­
tes, quanto estagnadas, no fundo, sobre pedras, na vegetação e em restos de vegetação.
Os Enchytraeidae habitam tanto as águas doces quanto salobras, enquanto os Haplotaxidae são, em
48
parte, límnicos e, em parte, terrestres. Os Alluroididae são, geralmente, dulciaquícolas e palustres; os Ocne- 
rodrilidae podem ser límnicos, anfíbios ou terrestres e os Glossoscolecidae são amplamente distribuídos na 
América tropical, vivendo em água doce e solos úmidos.
Chave para as famílias de Oligochaeta com representantes aquáticos (Chave baseada em 
RIGHI, 1984).
la- gânglio cerebróide intraparietal. Cerdas capilares presentes em alguns ou todos os tufos dorsais e ven- 
trais. Indivíduos frequentemente em cadeias.......................................................................................Aelosomatida
lb- gânglio cerebróide intracelômico. Cerdas capilares, quando presentes, apenas em tufos dorsais. Rara­
mente faltam todas as cerdas ou só as dorsais. Indivíduos isolados ou em cadeias............................................. 2
2a- cerdas capilares presentes nos tufos dorsais ou faltam todas as cerdas dorsais................................................ 3
2b- cerdas capilares ausentes, todas sigmoides ou aciculares e sigmoides. Raramente faltam todas as cer­
das dorsais e ventrais 5
3a- cerdas dorsais começam em IV ou mais para trás, ou faltam todas as cerdas dorsais. Indivíduos frequen­
temente dispostos em cadeias..............................................................................................................................Naididae
3b- cerdas dorsais começam em II, indivíduos raramente dispostos em cadeia...................................................... 4
4a- estômago presente, com células quilíferas.................................................................................................. Naididae
4b- estômago e células quilíferas ausentes...................................................................................................... Tubificidae
5a- cerdas dorsais começam em V, 3-6 por tufo anterior. Indivíduos frequentemente dispostos em cadeia .... 
.......................................................................................................................................................................................Naididae
5b- início das cerdas variável, 2 por tufo, ou cerdas não dispostas em tufos raramente ausentes em todo o
corpo. Indivíduos nunca dispostos em cadeia................................................................................................................ 6
6a- vias masculinas com átrios............................................................................................................................................. 7
6b- vias masculinas sem átrios..............................................................................................................................................9
7a- espermatecas no segmento testicular .................................................................................................... Tubificidae
7b- espermatecas pré ou pós-testiculares......................................................................................................................... 8
8a- espermatecas pré-testiculares .............................................................................................................. Alluroididae
8b- espermatecas pós-testiculares ......................................................................................................... Opistocystidae
9- funil seminal simples. Moela presente .............................................................................................. Haplotaxidae
49
peristômio cerdas dorsais
prost ôm io
a
cerdas ventrais clitelo
abertura clitelo
glandulas acessórias /
gonoporo gonoporo
masculino feminino
espermateca
Figura 15. Estrutura do corpo de Annelida, a) numeração dos segmentos de Annelida (baseado em CAMPAIOLI et al., 
1994); b) posição dos gonóporos (baseado em RIBEIRO-COSTA e ROCHA, 2006); c) secção longitudinal (ba­
seado em RIBEIRO-COSTA e ROCHA, 2006).
b
Figura 16. Tipo de cerdas de Oligochaeta. a) capilares; b) sigmoides; c) aciculares (baseado em Righi, 1984).
cordão nervoso 
ventral gânglio cerebroide
clitelo
oviduto
ovano
50
Classe
HIRUDINIDA
ETIMOLOGIA
Do latim hirudo, genitivo singular hirudinis = sanguessuga.
DESCRIÇÃO
São animais conhecidos como sanguessugas, caracterizados pela presença de duas ventosas e de es­
truturas cefálicas reduzidas, cerdas e parapódios ausentes. O corpo é achatado dorsoventralmente, por vezes 
cilindroide e, geralmente constituído por 34 segmentos. A segmentação externa não corresponde ao número 
de metâmeros, sendo que os da cutícula externa podem ser de 2 a 14, por cada metâmero. Das duas ventosas, 
a maior corresponde à posterior. Podem ocorrer células fotorreceptoras e, por vezes, olhos.
Atualmente, são conhecidas cerca de 500 espécies, sendo a maioria de águas doces, mas existem es­
pécies terrestres e marinhas. As sanguessugas estão presentes nas águas doces brasileiras, mas são pouco 
conhecidas e não há estimativas do número de espécies. Para o Estado do Rio de Janeiro são assinaladas 
somente as famílias Glossiphoniidae e Salifidae. Esta última é representada pela espécie invasora Barbronia 
weberi (Blanchard 1897), originalmente descrita para a índia e nativa do sudeste da Ásia, Java, Sumatra, Ce- 
lebes, Bornéu, Filipinas e Afeganistão. Foi, provavelmente, introduzida no Brasil, para atividades ligadas a 
aquariofilia (GOVEDICH, 2003).
Os glossifonídeos são predadores de invertebrados e abundantes em riachos relativamente poluídos 
com dejetos domésticos, mas com águas correntes que propiciam boa oxigenação. Os representantes desta 
família distinguem-se por apresentar o corpo achatado, ventosa anterior reduzida e não possuir mandíbulas 
na abertura oral (RIBEIRO-COSTA e ROCHA, 2006) (Figura 17).
posterior
Figura 17. Glossiphonidae.
ESPÉCIES INVASORAS INTRODUZIDAS NO BRASIL 
HIRUDINIDA
Barbronia weberi (Blanchard 1897)
51
Filo
MOLLUSCA
(adaptado de Haeckel, 1998)
ETIMOLOGIA
Do latim mollis = mole, macio. Mollusca foi uma tradução para o latim do plural de malákion, termo cria­
do por Aristóteles (História dos Animais 1, 6 e outras passagens) para moluscos cuja pele não é protegida por 
concha (os atuais Cephalopoda) do grego malakía, moleza, fraqueza de constituição.
DESCRIÇÃO
Os moluscos são invertebrados de corpo mole, não segmentado, sendo que a maior parte possuindo 
uma concha rígida.
A grande maioria é de ambiente marinho, mas há formas terrestres, anfíbias de água salobra e de água 
doce. Em água doce são comuns e podem ser abundantes. Os moluscos podem atingir tamanhos de até 20 
cm, um dos maiores portes dentre os invertebrados de água doce. Preferencialmente, habitam os sedimentos 
e a vegetação marginal, em águas rasas, com profundidades de até 2 m.
A distribuição dos moluscos é condicionada por um conjunto de fatores como cálcio, nitritos, nitratos, 
temperatura e oxigênio. A exata interação entre a disponibilidade de cálcio no ambiente e a abundância de 
moluscos não é conhecida, mas representa um fator limitante. Abaixo de 4,5 mg/l os animais são afetados 
fisiologicamente. A temperatura determina a taxa de reprodução e de desenvolvimento, como também o 
voltinismo (LODGE et al., 1987)
Alguns moluscos, como Corbicula fluminea (Müller, 1774), já foram usados para o biomonitoramento em 
tempo real, através da análise de variações do batimento cardíaco e do período de fechamento das valvas 
(ALLEN et al., 1996).
Só duas classes deste grupo estão presentes nas águas continentais:
1- concha formada por duas valvas articuladas................................................................................................ Bivalvia
2- concha de uma única peça, espiralada ou cônica............................................................................ ......Gastropoda
No Brasil, de acordo com Avellar (1999), são conhecidas 305 espécies, sendo 115 da Classe Bivalvia e 
193 da Classe Gastropoda.
O Estado do Rio de Janeiro é um dos poucos que possui um detalhado inventário dos gastrópodes 
límnicos. São conhecidas 36 espécies distribuídas em 10 famílias (SIMONE, 2006; THIENGO et al. 1998; 2001; 
2002ab; 2004ab; 2006).
52
Classe
BIVALVIA
ETIMOLOGIA
Do latim bi = dois, duplo + valvae, nominativo plural valvarum = porta (dupla).
DESCRIÇÃO
Moluscos com simetria bilateral, comprimidos lateralmente. A concha é formada por duas valvas arti­
culadas na região dorsal e uma charneira lisa ou com dentição variada (Figura 18); o comprimento pode atin­
gir até 25 cm. O pé pode se estender além das margens ventrais das valvas e é usado para locomoção ou per­
furação do solo. Do ponto de vista alimentar, são filtradores alimentando-se, principalmente, de fitoplâncton.
Os bivalves ocorrem em todos os tipos de ambientes de água doce, sendo mais abundantes e diver­
sificados em represas e rios de maior porte. Estes animais são pouco observáveis, em função do frequente 
costume fossador, vivendo principalmente enterrados em fundos lodosos ou arenolodosos,.
Do ponto de vista econômico, os bivalves são importantes pela produção de pérolas, e devido ao do 
ciclo reprodutivo de alguns taxa (ex. Unionoida), para produzir larvas denominadas gloquídeos, que parasi­
tam peixes (FITTER e MANUEL, 1993), causando problemas em cultivos de caráter comercial.
De acordo com Avellar (1999), os bivalves brasileiros pertencem, principalmente, a quatro famílias: 
Hyriidae, Mycetopodidae, Sphaeridae e Corbiculidae. As duas primeiras famílias são de ampla distribuição 
geográfica, ocorrendo em habitats bastante variados, como lagos, lagoas marginais e represas, na maioria das 
bacias hidrográficas do continente sul-americano, enquanto as outras famílias têm ocorrência mais restrita. 
A família Corbiculidae é representada por uma só espécie Corbiculafluminea de origem asiática, invasora no 
Brasil.
marca muscolar umbone ligamento lamela marca muscolar
Figura 18. Morfologia da concha de um Bivalvia. (adaptado de CAMPAIOLI et al., 1994).
53
ESPÉCIES ENCO N TRAD AS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
BIVALVIA
Hyriidae (Wächtler, 2001)
Diplodon Spix, 1827
Diplodon beskeanus (Dunker, 1848)
Diplodon ellipticus(Wagner, 1827)
Diplodon granosus (Bruguiére, 1792)
Diplodon multistriatus (Lea, 1834)
Diplodon rhuacoicus (Orbigny, 1835) 
Mycetopodidae Gray, 1840
Anodontites Bruguère, 1792
Anodontites obtusus (Spix, 1927)
Mycetopoda Ordigny, 1835
Mycetopoda legumen (Martens, 1888) 
Pisidiidae (Gray, 1857)
Pisidium Pfeiffer, 1821
Pisidium globulus Clessin, 1888 
Eupera Bourguignat, 1854
Eupera modioliforme Arton, 1837
Fonte: Simone, 2006
54
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GASTROPODA
ETIMOLOGIA
Do latim gastér, genitivo singular gasterós = estômago, ventre + pous, genitivo singular podós = pé; no­
minativo plural: podá. Na realidade, este nome está mal formado; deveria ser "Gasteropoda"; só o latim gaster 
forma o genitivo singular em gastris. O nome, tal como é usado, torna-se uma palavra híbrida (latim + grego).
DESCRIÇÃO
Animais de corpo mole revestidos por uma concha univalve, espiralada, talvez com um opérculo 
separado utilizado para fechar a abertura, geralmente chamados de caracóis. O corpo pode ser dividido em 
duas porções: a porção visceral espiralada que contém os órgãos digestivos, protegida no interior da concha, 
e o pé muscular, onde fica a cabeça, que pode ser expandido para fora da concha, com funções locomotoras.
Os Gastropoda são de particular importância nas águas doces, pelo número de espécies, biomassa e 
importante papel nas cadeias tróficas, pois são consumidores primários e servem de alimento a muitos ou­
tros grupos de animais, principalmente peixes, aves e mamíferos. Os caracóis de água doce são, geralmente, 
herbívoros alimentado-se de algas e plantas aquáticas, raspando-as com uma língua flexível e denteada, em 
forma de fita.
Este grupo é importante no Brasil, do ponto de vista médico-sanitário, pois algumas espécies são ve­
tores de doenças, como no caso de alguns representantes da família Planorbidae, hospedeiros intermediários 
de helmintos responsáveis pela esquistossomose e pela fasciolose (BARBOSA, 1995; SOUZA e LIMA, 1997; 
BOAVENTURA et al, 2007).
No mundo, é estimada a existência de cerca de 5.000 espécies. No Brasil, é registrada a ocorrência de 
193 espécies. No Estado do Rio de Janeiro, são assinaladas as seguintes famílias: Ampullariidae, Ancylidae, 
Hydrobiidae, Lymnaeidae, Physidae, Planorbidae, Thiaridae, com um total de 32 espécies (TIENGO pers. 
comm).
Do ponto de vista morfológico, a concha é variável, podendo ser simples como a concha pateliforme 
da família Ancylidae ou espiralada. A espiral pode ocorrer em um plano, concha plano espiral, como na 
família Planorbidae, ou em dois planos, concha helicoidal cônica. Esta, por sua vez, pode ser distinguida em 
sinistrógira, com abertura voltada para a esquerda, ou dextrogira, com abertura voltada para a direita (Figu­
ra 19, 20 e 21).
Figura 19. Morfologia da concha de Gastropoda (adaptado de CAMPAIOLI et al 1994).
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Figura 20. Tipos de concha de Gastropoda. a) concha peteliforme; b) concha helicoidal cônica sinistrógira (com aber­
tura voltada para esquerda); c) concha helicoidal cônica dextrogira (com abertura voltada para direita); 
d) concha plano espiral; e) globosa; f) espiral alongada; g) com abertura oval; h) com abertura falciforme 
(baseado em BARBOSA, 1995 e SOUZA e LIMA, 1997).
Figura 21. Morfologia de Gastropoda, número de giros da concha (baseado em SOUZA e LIMA, 1997).
56
ESPÉCIES ENCO NTRADAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
GASTROPODA
Ampullariidae Gray, 1824 
Pomacea Perry, 1811
Pomacea canaliculata (Lamarck, 1822) 
Pomacea diffusa (Reeve, 1856)*
Pomacea lineate (Spix, 1827)
Pomacea sórdida (Swainson, 1823) 
Ancylidae Rafinesque, C.S. 1815.
Burnupia Walker, 1912 
Burnupia sp.
Ferrissia Walker, 1903 
Ferrissia sp.
Gundlachia Pfeiffer, 1849 
Gundlachia sp.
Gundlachia ticaga (Marcus e Marcus, 1962) 
Hebetancylus Pilsbry, 1914
Hebetancylus moricandi (Orbigny, 1837) 
Hydrobiidae Troschell, 1857 
Heleobia Stimpson, 1865
Heleobia australis australis (d'Orbigny, 1835) 
Heleobia bertoniana (Pilsbry, 1911)
Heleobia davisi Silva e Thomé, 1985 
Heleobia parchappei (d'Orbigny, 1835) 
Idiopyrgus Pylsbry, 1911
Idiopyrgus souleyetianus Pilsbry, 1911 
Lymnaeidae Rafinesque, 1815 
Lymnaea Lamarck, 1799
Lymnaea columella Say, 1817 
Physidae Fitzinger, 1833
Physa Draparnaud, 1801
Physa acuta Draparnaud, 1805 
Physa marmorata Guilding, 1828 
Planorbidae Rafinesque, 1815
Antillorbis Harry e Hubendick, 1964
Antillorbis nordestensis (Lucena, 1954) 
Biomphalaria Preston, 1910
Biomphalaria glabrata (Say, 1818) 
Biomphalaria peregrina (d'Orbigny, 1835) 
Biomphalaria schrammi (Crosse, 1864) 
Biomphalaria straminea (Dunker, 1848) 
Biomphalaria tenagophila (d'Orbigny, 1835)
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Drepanotrema Fischer e Crosse, 1880
Drepanotrema anatinum (d'Orbigny, 1835)
Drepanotrema cimex (Moricand, 1839)
Drepanotrema depressissimum (Moricand, 1839)
Drepanotrema lucidum (Pfeiffer, 1839)
Helisoma Swainson, 1840
Helisoma duryi (Wetherby, 1879)**
Plesiophysa Fischer, 1883
Plesiophysa guadeloupensis ("Fischer" Maze, 1883)***
Thiaridae Rõding, 1798
Melanoides Olivier, 1804
Melanoides tuberculatus (Müller, 1774)*
Fonte: Thiengo et al. 1998; 2001; 2002ab; 2004ab; 2006.
* espécie invasora
** espécie invasora encontrada só por limitados períodos em águas de cultivo de peixes ornamentais (Am­
mon Fernandes com. pess.).
*** espécie rara e de áreas alagadas (ERNANDEZ et al., 2006)
Fotografias de Coelho P.M. e Barbosa A.F., acervo fotográfico Coleção Malacológica do Instituto Oswal- 
do Cruz.
Chave dicotômica baseada em: BARBOSA, 1995; SOUZA e LIMA, 1997.
58
MOLLUSCA
PRANCHA I
concha 
pateliforme 
ANCILIDÂE
concha
helicoidal
helicoidal cônica
plano-espiral
PLANORBIDAE
prancha II
com espiral muito alongada com espiral não 
muito alongada
tamanho grande, com 
esculturas fortes e 
salientes, com espira apical 
frequentemente ausente 
THIARIDAE 
Melanoides
concha
sinistrogira
PHYSIDAE
Physa
tamanho pequeno (em milímetros), 
com esculturas não fortes e salientes, 
com hespira apical presente
HYDROBIIDAE
globosa
tamanho grande, 
com faixas 
espirais escuras 
AMPULARIDAE
Pomacea
concha
dextrogira
não globosa 
LYMNAEIDAE 
Lymnaea
tamanho pequeno 
(em milímetros), 
sem faixas 
espirais escuras 
HYDROBIIDAE
59
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7 ;
4 giros
Antillorbis (rara)
concha côncava 
somente de 
um lado; abertura 
falciforme; se 
bicôncava, 
muito estreita 
Drepanotrema
60
PRANCHA II
concha côncava de 
ambos os lados; 
abertura oval
5 -7 giros 
Biomphalaria
PLANQRBIDAE
Filo
ARTHROPODA
(adaptado de Aubert, 1960)
ETIMOLOGIA
Do grego árthron = junta, articulação + pous, podós = pé; nominativo plural: podá.
DESCRIÇÃO
Os artrópodes constituem o grupo mais abundante dos macroinvertebrados aquáticos. O filo distin­
gue-se por possuir o seguinte conjunto de caracteres: pernas articuladas, simetria bilateral, esqueleto externo 
(exoesqueleto), segmentação e corpo dividido em duas ou três porções (tagmas). Algumas dessas características 
podem não ser evidentes em algumas das fases do ciclo de vida.
Por possuir um exoesqueleto rígido, o crescimento está condicionado à perda do velho esqueleto (exu- 
viação) e à formação de um novo, em um processo chamado ecdise, determinando assim, um ciclo de vida 
caracterizado por um crescimento não linear constituído por fases distintas chamadas estádios ou instares.
Atualmente, há mais de uma proposta para a classificação do filo Arthropoda, com base em estudos 
acerca do relacionamento filogenético de seus componentes. Neste manual, adotamos a divisão do filo em 
quatro subfilos: Trilobitomorpha, Cheliceriformes, Crustacea e Atelocerata, dos quais, os três últimos serão 
tratados a seguir.
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Subfilo
CHELICERIFORMES
Classe
CHELICERATA
(adaptado de Aubert, 1960)
ETIMOLOGIA
Do grego chelé = objeto em forma de pinça, pé ou pinça de certos animais, casco + keras, genitivo sin­
gular keratos = corno, chifre, ponta.
DESCRIÇÃO
Osquelicerados são animais bem conhecidos incluindo neste grupo aranhas e escorpiões. O corpo 
pode ser dividido em duas porções: prossoma e opistossoma. São caracterizados por possuir quatro pares de 
patas e um par de apêndices pré-orais, as quelíceras, com um ferrão caniculado que se comunica com uma 
glândula. Dentre os Chelicerata, a ordem Acari tem o maior número de representates associados a ambientes 
aquáticos.
Ordem
ACARI
ETIMOLOGIA
Do grego ákari, genitivo singular akareos, através da forma latinizada acarus, nominativo plural acari ■-
acaro.
DESCRIÇÃO
A ordem Acari inclui ácaros e carrapatos, constituindo o maior táxon dentre os quelicerados, com mais 
de 30.000 espécies conhecidas (BRUSCA e BRUSCA, 2007). A ordem apresenta espécies terrestres, parasitas 
e aquáticas. No Brasil, são conhecidas 332 espécies (FORNERIS, 1999d).
Hydracarina é um grupamento constituído por cerca de 40 famílias de ácaros aquáticos (University 
of Arizona College..., 2008) por um total de mais de 5.000 espécies, sendo que os ácaros aquáticos da África, 
Ásia e América do Sul são pouco estudados.
Os adultos atingem, geralmente, um tamanho de 0,5mm até 2mm (Figura 22). Ocorrem em todos os 
corpos de água doce, vivendo em cavidades de árvores, nascentes quentes, cascatas e, alguns, no oceano. Do 
ponto de vista alimentar, são parasitas de insetos, moluscos e crustáceos na fase larvar, predadores na fase 
adulta. Algumas espécies são parasitas também na fase adulta.
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Subfilo
CRUSTACEA
(adaptado de Aubert, 1960)
ETIMOLOGIA
Do latim crusta = crosta, concha, superfície dura + aceus = de ou pertencente a.
DESCRIÇÃO
Pertencem aos crustáceos animais bem conhecidos como caranguejos, siris e camarões. O corpo pos­
sui um número de segmentos muito variado e em todos os segmentos há apêndices duplos (birremes).
A cabeça apresenta sempre dois pares de antenas, sendo o primeiro par denominado antênula, e um 
par de olhos compostos. O tronco pode ser subdividido em tórax (jpereiori) e abdome (pleion), ambos com um 
número variado de segmentos. O pleion sempre termina em um télson.
Na maioria dos crustáceos, a cabeça e o tórax acham-se fusionados em uma estrutura dita cefalotórax, 
que está recoberta por uma carapaça.
Os apêndices torácicos podem ser modificados para a apreensão da comida (maxillipodes) ou para a 
locomoção (pereopodes), os do abdome, para o nado e a respiração (pleopodes). Os apêndices do penúltimo 
segmento, muita vezes vistosamente modificados, são denominados urópodes (Figura 23).
Os crustáceos são frequentemente usados como bioindicadores e organismos-sentinela para o contro­
le de vários sistemas aquáticos (RINDERHAGEN et al., 2008), devido a vários fatores. Dentre esses estão o 
longo ciclo de vida, a capacidade de bioacumulação de contaminantes metálicos ou pesticidas em laboratório 
e in situ, e por serem sensíveis a variações de fatores físico-químicos e ambientais (RODRIGUEZ, 1981; FLE- 
NET, 1995; RAVERA 2001; RINDERHAGEN et al., 2008).
Os Malacostraca de água doce, em particular os Decapoda, apresentam padrões de distribuição geo­
gráfica influenciados por um complexo conjunto de fatores abióticos e bióticos tais como temperatura, oxi­
gênio e velocidade do fluxo de água como também por mecanismos de dispersão intraespecíficos (RODRI- 
GUEZ, 1981; LODGE e HILL, 1994). Como exemplos a citar, o teor mínimo de cálcio ambiental necessário 
para a correta calcificação do exoesqueleto após a muda e variações do pH de origem antrópica, que podem 
levar à extinção as populações de crustáceos (LODGE e HILL, 1994).
Dentre os crustáceos, Amphipoda e Isopoda são utilizados com frequência para estudos de bioacu­
mulação de As, Cd, Cu, Pb, Zn e pesticidas (RINDERHAGEN et al., 2008), e as várias espécies apresentam 
diferentes habilidades de acúmulo devido às diferentes estratégias fisiológicas ligadas ao ambiente onde 
vivem (PLENET, 1995).
Para a avaliação de poluição orgânica já foram usadas abundância e diversidade de crustáceos bentô- 
nicos. Proporção entre Amphipoda e Isopoda, deriva e respostas comportamentais foram utilizadas como 
indicadores de variáveis ambientais como salinidade e índice de estresse ambiental (RINDERHAGEN, 2008).
Do ponto de vista ambiental, muitos crustáceos preferem substratos firmes e caracterizados pela pre­
sença de refúgios (LODGE e HILL, 1994). Capelli e Magnosus (1983) afirmam que o substrato é a mais im­
portante variável relacionada à abundância total de camarões, podendo ser utilizada como indicadora de 
conservação ambiental.
Rodriguez (1981) observou que alguns dos camarões de águas continentais têm a necessidade de uma 
determinada concentração de cloretos durante seu desenvolvimento larvar, fato este que justifica sua de­
pendência do estuário. A partir dessas observações, o autor classificou os camarões em espécies litorâneas e 
espécies continentais, definindo como espécies litorâneas as espécies encontradas nas bacias costeiras e no
64
curso inferior dos grandes rios, pois suas fêmeas precisam migrar para o estuário no período de desova, e 
como espécies continentais, as espécies perfeitamente adaptadas aos hábitos dulciaquícolas.
A distribuição de espécies litorâneas pode ser influenciada pela construção de barragens como tam­
bém pela presença de fontes poluidoras pontuais, em consequência da fragmentação do ecossistema aquáti­
co, impedindo a migração em períodos de reprodução (HOLMQUIST et al., 1998; COVICH, 2006). Em conse­
quência disso, as espécies litorâneas podem ser utilizadas como bioindicadoras de presença de conectividade 
em um rio.
Do ponto de vista ecológico, os crustáceos têm uma importante função nas interações tróficas da co­
munidade bentônica, reduzindo a biomassa do perifíton e removendo as macrófitas (HILL e LODGE, 1995). 
Além disso, são importante fonte alimentar não só de vertebrados como pássaros, peixes e anfíbios, mas, 
também, na sua fase juvenil, de invertebrados, como larvas de Aeshnidae (WIZING et al., 1986).
ccp
MALACOSTRACA
ETIMOLOGIA
Do grego malakós = mole, brando + óstrakon = concha (figuradamente, carapaça). Termo criado por 
Espeusipo (408-339 a. C) e depois utilizado por Aristóteles (História dos Animais 1, í, 7), originalmente para 
invertebrados de carapaça não muito dura e quebradiça, como caranguejos, lagostas e paguros.
DESCRIÇÃO
Este grupo de custáceos é bastante rico em espécies, sendo que, para águas continentais brasileiras, 
foram registradas, apenas 116 espécies para a ordem Decapoda (MAGALHÃES, 1999). No Estado do Rio de 
Janeiro, estão registradas 20 espécies de malacostracos, e é assinalada a possível presença de duas espécies 
invasoras Procambarus clarkii (Girard, 1852) e Macrobrachium rosenbergii (De Man, 1879). Estas duas possíveis 
espécies são vetores potenciais de vírus e fungos potencialmente letais para as espécies autóctones.
Entre as espécies de Malacostraca do Estado do Rio de Janeiro, seis são consideradas ameaçadas de 
extinção e quatro estão, provavelmente, ameaçadas (MOULTON et al., 2000).
ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO
• Atya gabonensis Giebel, 1875;
• Atya scabra (Leach, 1816);
• Macrobrachium carcinus (Linnaeus, 1758);
• Macrobrachium heterochirus (Wiegmann, 1836);
• Potmirim glabra (Kingsley, 1878);
• Potmirim potimirim (Müller, 1881).
ESPÉCIES PROVAVELMENTE AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO
• Macrobrachium acanthurus (Wiegmann, 1836);
• Macrobrachium iheringi (Ortmann, 1897);
• Macrobrachium olfersi (Wiegmann, 1836);
• Palaemon pandaliformis (Stimpson, 1871).
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Ordem
AMPHIPODA
ETIMOLOGIA
Do grego amphi = ao redor, duplo + pous, genitivo singular podós = pé; plural: podá.
DESCRIÇÃO
Corpo achatado lateralmente, com quatro pares de pereopodes voltados para a frente e três pares 
voltados para trás. Antênulas birremes. Olhos sésseis. Um par de maxilípedes. Nas águas doces do território 
fluminense encontra-se apenas o gênero Hyalella Smith, 1874, da família DogielinotidaeGurjanova, 1953, com 
quatro espécies.
Ordem
DECAPODA
ETIMOLOGIA
Do grego déka = dez + pous, genitivo singular podós = pé; nominativo plural: podá.
DESCRIÇÃO
Nos decápodes, a cabeça e o tórax são fundidos (cefalotórax) e uma carapaça bem desenvolvida os pro­
tege, formando câmaras branquiais bem definidas. Os olhos são pedunculados. No cefalotórax, os primeiros 
três pares de pernas são modificados para funções alimentares, os cinco restantes para função ambulatória 
(pereopodes). Os pereopodes do primeiro par são geralmente mais robustos e chamam-se de quelipodes. As 
pernas abdominais (pleópodes) são especializadas para várias funções como nado, respiração e reprodução.
C a r a n g u e j o s
Os caranguejos de água doce do Estado do Rio de Janeiro pertencem a uma só família: Trichodactyli- 
dae, com três espécies. (MAGALHÃES, 1999, De Melo, 2003). É um grupo típico de rios de planícies, sendo 
raras as espécies que habitam corpos de água situados em altitudes superiores a 300 metros. Há poucos es­
tudos sobre biologia e ecologia dos caranguejos dulciaquícolas. Sabe-se, contudo, que eles assumem impor­
tante papel nas cadeias tróficas dos ambientes aquáticos, atuando em diferentes níveis, seja como herbívoros, 
seja como predadores, ou ainda como necrófagos (MAGALHÃES, 1999). Os adultos tendem a permanecer 
escondidos, durante o dia, embaixo de pedras, troncos submersos e dentro de tocas, enquanto as formas jo­
vens e imaturas são mais encontradas junto à vegetação aquática e à serrapilheira submersa.
C a m a r õ e s
Os camarões de água doce pertencem às famílias Atyidae e Palaemonidae. São animais não muito exi­
gentes do ponto de vista alimentar, alimentado-se de peixes, crustáceos, larvas e adultos de insetos, plantas 
terrestres e aquáticas, folhas, sementes e algas, os atyídeos apresentam também hábito detritívoro.
Do ponto de vista reprodutivo, os Atyidae estão quase completamente confinados ao ambiente de 
água doce, enquanto os Paleomonidae têm representantes ligados às águas salgadas para completar o ciclo 
reprodutivo. Com base nessa característica, podem ser divididos em espécies litorâneas e espécies continen­
tais (RODRIGUEZ, 1981), definindo como espécies litorâneas aquelas encontradas nas bacias costeiras e no 
curso inferior dos grandes rios, pois suas fêmeas precisam migrar para o estuário no período de desova, e 
como espécies continentais, as espécies perfeitamente adaptadas aos hábitos dulçaquícolas.
Com relação à distribuição de algumas espécies, Rocha e Bueno (2004) relatam que no gênero Ma- 
crobrachium as espécies M. acanturus, M. carcinus, M. heterochirus e M. olfersi são litorâneas. Já as espécies M. 
potiuna e M. iheringi são continentais, enquanto a espécie Palaemon pandaliformis pode realizar o estágio larvar 
em águas salgadas ou doces. Os gêneros Atya e Potimirim são litorâneos. A distribuição de espécies litorâ­
neas pode ser influenciada pela construção de barragens, como também pela presença de fontes poluidoras
66
pontuais, em consequência da fragmentação do ecossistema aquático impedindo a migração em períodos de 
reprodução (HOMQUIST et al., 1998; COVICH, 2006).
Ordem
ISOPODA
ETIMOLOGIA
Do grego isós = iguais + pous, genitivo singular podós = pé; nominativo plural: podá.
DESCRIÇÃO
Corpo achatado dorsoventralmente, todos os pereopodes voltados para frente. Olhos sésseis. Lemos 
de Castro e Loyola e Silva (1985) reportam 20 espécies para o território brasileiro, sendo muitas formas para­
sitas e eurialinas.
Das oitos subordens reconhecidas de isópodos, três estão presentes no Brasil: Flabellifera, Asellota e 
Epicaridea (LEMOS DE CASTRO e LOYOLA E SILVA, 1985). A subordem Epicaridea é constituída, prevalen- 
temente, de formas parasitas, entre as quais o gênero Probopyrus Giard e Bonnier, 1888, da câmara branquial 
de camarões dos gêneros Palaemon Weber, 1795 e Macrobrachium Bate, 1868. A subordem Asellota é represen­
tada no país apenas por uma espécie Hetarias (Fritziana) exul (Muller, 1892) (LEMOS DE CASTRO e LOYOLA 
E SILVA, 1985; BOWMAN et a l , 1987), registrada nos estados de São Paulo e Santa Catarina (MAGALHÃES, 
1998). A subordem Flabellifera é a mais representativa, tendo várias espécies eurialinas presentes em man- 
guezais e estuários (MAGALHÃES, 1998).
Chave dicotômica baseada em: De Melo, 2003.
ESPÉCIES ENCONTRADAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
AMPHIPODA
Dogielinotidae Gurjanova, 1953 
Hyalella Smith, 1874
H. curvispina Shoemaker, 1942 
H. gracilicornis (Faxon, 1876)
H. longistila (Faxon, 1876)
H. pernix (Moreira, 1903)
DECAPODA
Aeglidae Dana, 1852
Aegla Leach, 1820
A. paulensis Schmidt 1942 
Atyidae De Haan, 1859 
Atya Leach, 1816
A. gabonensis Giebel, 1875 
A. scabra (Leach, 1816)
Potimirim Holthuis, 1954
P. glabra (Kingsley, 1878)
P. potimirim (Müller, 1881)
Cam baridae Hobbs, 1942
Procambarus Ortmann, 1905
Procambarus clarkii (Girard, 1852) *
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Palaemonidae Rafinesque, 1815 
Macrobrachium Bate, 1868
M. acanthurus (Wiegmann, 1836)
M. carcinus (Linnaeus, 1758)
M. heterochirus (Wiegmann, 1836) 
M. iheringi (Ortmann, 1897)
M. olfersi (Wiegmann, 1836)
M. potiuna (Muller, 1880)
M. rosembergii (De Man, 1879) *
Pdaemon Weber, 1795
P. pandaliformis (Stimpson, 1871) 
Trichodactylidae Milne-Edwards, 1853 
Trichodactylus Lastreille, 1828
T. dentatus Milne-Edwards, 1853 
T. fluviatilis Lastreille, 1828 
T. petropolitanus (Gõldi, 1886)
ISOPODA
Janiridae Sars, 1897
Heterias Richardson, 1904
Heterias exul (Muller, 1892)*
* provavelmente presente no Estado do Rio de Janeiro
ESPÉCIES INVASORAS INTRODUZIDAS NO BRASIL
Cambaridae Hobbs Jr.
Procambarus clarkii (Girard, 1852)
Palaemonidae Rafinesque, 1815
Macrobrachium rosembergii (De Man, 1879)
MORFOLOGIA GERAL
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PRANCHA III
CRUSTACEA
V
antena menor que a 
metade do
comprimento do corpo; 
urópode I com margem 
interna do ramo interno 
com 1 ou 2 espinhos 
longos, finos e curvos 
H. curvispina
antena maior que a 
metade do comprimento 
do corpo; urópode I 
com margem interna do 
ramo interno sem 
espinhos longos, finos 
e curvos
gnatópode II com própode gnatópode II com própode 
subretangular e alongado; oval; urópode III com ramo 
urópode III com ramo externo externo tão longo
mais longo que o pedúnculo quanto o pedúnculo
H. Longistila
gnatópode II com dáctilo 
menor que a palma 
H. pernix
gnatópode II com dáctilo 
tão longo quanto a palma 
H. gracilicornis
mais de 5 
pares de pereiópodes 
AMPHIPODA + ISOPODA
5 pares de
DECAPODA
prancha IV
corpo achatado 
lateralmente, 
as primeiras três 
pernas voltadas 
para frente e as 
últimas três para trás 
AMPHIPODA
corpo achatado 
dorsoventralmente 
pernas igualmete 
direcionadas 
ISOPODA
gnatópode II com quela; 
antênula maior que o 
segundo antenômero 
da antena 
HYALELLIDAE 
Hyalella
T.
gnatópode II simples; 
antênula menor que o 
segundo
da antena 
TALITRIDAE
allauaudi (semiterrestre)
70
PRANCHA IV
em forma de caranguejo
TRICHODACTYLIDAE
Trichodactylus
fr
margem anterolateral 
da carapaça com 3 
dentes
fr
dentes pequenos e 
acuminados, os dois 
primeiros mais próximos 
entre si do que o 2 e o 3 
71 dentatus (até 46 mm)
r
DECAPODA
V
não em forma de caranguejo
margem anterolateral da 
carapaça lisa, com 1-2 
entalhes ou 1-2 dentes 
próximos entre si 
T. fluviatilis (até 49 mm)
.... - ........... " i i
dentes grandes e 
acuminados, quase 
igualmente espaçiados; 
crista mediana transversal presente 
T petropolitanus (até 45 mm)
em forma de camarão em forma de tatuzinho 
AEGLIDAE 
A eg la paulensis
íi
rostro desarmade dorsalmente, 
dedos do pereópodo 2 com tufo 
de pêlo 
ATYIDAE
............. .......... .......Tl
rostro armado dorsalmente, 
dedos do pereópode 2 
sem tufo de pêlo 
PALAEMONIDAE
prancha 6-7
(I
rostro com margem 
ventral com espinhos 
Potimirim
prancha 5
- ----- ------------ 11
rostro com margem 
ventral sem espinhos 
Atya 
prancha 5
71
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PRANCHA V
Potimirim
V------------------------------------—rostro ultrapassando o primeiro segmento 
do pedúnculo antênular; apêndix masculino 
com lóbulos bem definidos e com reentância 
em forma de "U” entre o primeiro e o segundo 
lóbulos; face inferior do rostro com 5 dentes 
P. glabra (até 25 mm)
--------------------------------------------- II
rostro não alcançando o primeiro segmento do 
pedúnculo antênular; apêndix masculino trilobado, 
com lóbulos suaves, sem reentrância em forma de 
"U" entre o primeiro e o segundo lóbulos; 
face inferior do rostro com 2-3 dentes 
P. potimirim (até 95 mm)
li-
carapaça fortemente esculpida 
A. gabonensis (ate 150mm)
Atya
/
........ .................... I!
carapaça fracamente esculpida 
A. scabra (ate 60mm)
Paleomonidae
V
i i ............................................
espinho hepático ausente
Palaemon
P. pandaliformis (até 45 mm)
espinho hepático presente 
Macrorachium
prancha VI-VII
72
PRANCHA VI
M acrobrachium
/
rostro reto, longo ultrapassando o pedúnculo antenal, rostro variavel não ultrapassando o
peréopodos cobertos por pequenas espínulas pedúnculo antenal; dedos dos
peréopodes com fortes espinhos
rostro curvo para cima, alcançando o pedúnculo antenal, 
margem superior 11-14 dentes (4-6 postorbitais), inferior 
3-4; espinhos posteriores não alcançando o final do télson 
M. carcinus (ate 240 mm)
peréopodos II muitos desiguais em forma e tamanho, propode inchado
margem superior do rostro com 12-15 dentes, inferior 
com 3-4; telso com margem posterior aguda 
e espinhos posteriores que ultrapassam a margem 
M. olfersii
peréopodes II subiguais em 
forma, podendo ser 
em tamanho, 
não inchado
pereópodes II com dedos deixando um espaço quando fechado
carpo do quelípode tão ou 
mais longo que o mero
margem superior 9-11 dentes, inferior 4-6; periópodes II 
cobertos com pequenas espínulas; margem 
posterior do télson aguda com 2 espinhos subapicais 
que alcançam além do ponto mediano 
M. acanthurus (ate 180 mm)
pereópodos II com dedos não 
deixando espaço quando fechados 
prancha VII
Í T
carpo do quelípode curto do que o mero;
rostro reto, margem superior com 7-10 dentes (2 postorbitais), 
inferior com 2-3; ; margem posterior do télson 
aguda, ultrapassada pelos espinhos externos 
M. potiuma (ate 60 mm)
73
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H(
AC
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Heterías exul
PROVAVELMENTE PRESENTE
isópode com abdome de dois 
segmentos, o primeiro inconspícuo 
e o segundo bem distinto e grande
Macrobrachium rosembergii
PRANCHA VII
peréopodes 2 com dedos não 
deixando espaço quando fechado
rostro mais longo que o pedúnculo antenal com 6-9 
dentes, 2 dentes postorbitais, dedos pereópode II 
um pouco mais curtos que a palma 
M. iheringi (até 65 mm)
rostro alcançando no máximo, a base do 
pedúnculo antenal com 10-12 dentes, mais de 
2 dentes postorbitais; dedos do pereópode 
II com 2/3 do comprimento da palma 
M. heterochirus
p o s s ív e is e s p e c ie s
Procambarus clarkii
cor avermelhada, cefalotórax granulado com 
pequenos tubérculos, rostro curto, reto, 
convergente, terminando em forma de triângulo, 
quelípodes com papilas evidentes
rostro sinuoso, fortemente curvado,
8-15 dentes sup., 6-15 inf., 
pereópodes II iguais, carpo que 
se extende além do escafocerite
74
Subfilo
ATELOCERATA
ETIMOLOGIA
Do grego a = negação + telo = extremidade + cerato = projeção (sem projeção terminal, referindo-se à 
ausência do do segundo par de antenas).
DESCRIÇÃO
Os atelocerados são um conjunto muito vasto de artrópodes, os quais estão divididos em duas super­
classes, Myriapoda, à qual pertencem os gongolos e as lacraias, e Hexapoda, à qual pertencem os insetos. São 
animais prevalentemente terrestres, mas com representantes que invadiram secundariamente o ambiente 
aquático.
Características salientes são o corpo dividido em duas (Myriapoda) ou três (Insecta) porções, os apên­
dices simples, que os diferenciam dos birremes dos crustáceos, e a presença de um par de antenas.
Neste manual, tratamos somente da superclasse Hexapoda.
Superclasse
HEXAPODA
(modificado de Aubert, 1960)
ETIMOLOGIA
Do grego hexa = seis + pous = pés.
ETIMOLOGIA
Do latim insectus = cortado.
DESCRIÇÃO
A superclasse Hexapoda é representada por animais bem conhecidos, como besouros, baratas etc. É 
um dos maiores táxons zoológicos, tendo sido descritas cerca de um milhão de espécies, mas há previsões de 
que existam de 20 a 50 milhões (BRUSCA e BRUSCA, 2007). A superclasse Hexapoda está dividida em duas 
classes: Classe Entognatha, formada pelas ordens Collembola, Protura e Diplura, e classe Insecta, constitu­
ída por cerca de 30 ordens. Dentre as ordens de Hexapoda, quinze apresentam representantes relacionados 
a ambientes de água doce: Collembola, Ephemeroptera, Odonata, Plecoptera, Blattodea, Ensifera, Caelifera, 
Hemiptera, Megaloptera, Neuroptera, Coleoptera, Hymenoptera, Trichoptera, Lepidoptera e Diptera.
Na sua forma mais típica os hexápodes, aos quais passamos aqui a chamar de insetos de uma forma 
geral, apresentam o corpo dividido em três tagmas (cabeça, tórax e abdome), um par de antenas, três pares 
de pernas e dois pares de asas. Com base na posição do aparelho bucal em relação ao corpo, a cabeça pode 
ser distingida em:
75
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D
O
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^
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xm
x
• prognata, quando as peças bucais estão voltadas para frente;
• hipógnata quando as peças bucais estão voltadas para baixo;
• opistógnata quando, as peças bucais projetam-se para trás.
A cabeça é, geralmente, bem desenvolvida, mas pode ser reduzida ou indistinta em algumas larvas 
(ex. dípteros). As antenas, geralmente filiformes, podem ser mais ou menos modificadas ou reduzidas em al­
guns grupos (ex. tricópteros, dípteros e heterópteros). Apresentam olhos compostos de numerosos omatídios 
e frequentemente ocelos (olhos simples). Nas formas imaturas de holometábolos os olhos compostos estão 
ausentes, sendo substituídos por estemas (olhos simples laterais).
O aparelho bucal é constituído pelo labro, um par de mandíbulas, um par de maxilas, cada uma 
com um palpo segmentado (palpo maxilar), e o lábio, munido de dois palpos (palpo labial) (Figura 28). As 
estruturas do aparelho bucal podem estar incluídas na cabeça, não sendo visíveis externamente, como nos 
Entognatha (Collembola), ou não incluídas, sendo visíveis externamente (Insecta). Há diversas modificações 
do aparelho bucal, relacionadas ao tipo de alimento.
O tórax é constituído por três segmentos (protórax, mesotórax e metatórax) que, nas formas adultas, 
apresentam sempre um par de pernas cada; o mesotórax e o metatórax apresentam as estruturas alares (asas 
ou tecas alares). O abdome é, na sua forma típica, constituído por 11 segmentos (Figura 26 e 30). Os únicos 
apêndices desenvolvidos no abdome são os cercos (um par presente no décimo-primeiro segmento). Porém, 
em alguns grupos há vestígios de apêndices em outros segmentos. Além disso, em diversas formas o abdo­
me pode portar outras estruturas diferenciadas:
• pseudopernas (lepidóteros, dípteros, tricópteros), estrutura locomotora não segmentada;
• saliências ou projeções locomotoras (dípteros), relevos intersegmentares transversias, dor­
sais ou ventrais;
• urogonfos (em larvas de coleópteros), apêndices fixos ou móveis do nono e décimo segmen­
tos.
A respiração é baseada no sistema traqueal. Este sistema consiste em uma rede de tubos com revesti­
mento cuticular (traquéias), com, originalmente, um par de aberturas em cada segmento do corpo (espirá- 
culos). No final de cada ramificação traqueal, encontram-se as traqueolas, formadas pela célula traqueolar, 
a qual está em contato direto com os tecidos. Em insetos aquáticos, este sistema aberto (com espiráculos 
funcionais) está presente nas formas adultas aquáticas ou nas formas munidas de sifão. Em outros, o sistema 
pode ser fechado (sem espiráculos funcionais), como a respiração cutânea (em imaturos) ou através de tra- 
queobrânquias que são evaginaçôes cuticulares foliáceas ou filiformes contendo traquéias.
Do ponto de vista do desenvolvimento pós-embrionário, os insetos podemser divididos em:
• Ametabola: Insetos primitivos, desprovidos de asas. Apresentam os estágios de ovo, ninfa e 
adulto. As formas que emergem do ovo (ninfas) já são iguais à forma adulta, com exceção do 
aparelho reprodutor. Ex. protura, tisanura, collembola e diplura.
• Paurometabola: Insetos cujas ninfas saem do ovo quase iguais aos adultos, diferenciando se 
dos adultos pela ausência das asas e do aparelho reprodutor imaturo. Ex. hemiptera, blattaria.
• Hemimetabola: Insetos com metamorfose incompleta e estágio imaturo de hábitos aquáticos. 
As formas juvenis, denominadas ninfas ou náiades, no caso de ninfa aquáticas com brânquias, 
são diferentes da forma adulta e vivem em ambientes distintos (Figura 24a). Ex. odonata, 
ephemeroptera.
• Holometabola: Insetos com metamorfose completa cuja fase juvenil (larva) é muito diferente 
do adulto seja estruturalmente seja ecologicamente. Apresentam uma fase quiescente e 
metamorfose em um pupário (Figura 24b). Ex. lepidóptera.
76
/
Figura 24. Ciclo de vida dos insetos. A) hemimetábolo, família Hebridae: 1 ovo; 2,3,4,5,6 ninfas diferentes estádios;
7 adulto; B) holometábolo, família Hidrophilidae: 1 ovo; 2,3 larvas diferentes instares; 4 pupa; 5 adulto, 
(adaptado de COSTA LIMA, 1940 e COSTA et alv 1988).
Em relação ao ciclo, as formas que completam uma geração por ano dizem-se univoltinas. Multivol- 
tinas as espécies que realizam mais de uma geração por ano. Semivoltinas aquelas que necessitam de dois 
anos para completar o ciclo.
A morfologia dos insetos pode ser extremamente variável e as formas imaturas podem ser extrema­
mente diferentes das adultas podendo variar nos aspectos morfológicos, comportamentais e ecológicos. As 
formas adultas e as ninfas apresentam a forma típica com corpo dividido em três regiões, três pares de patas, 
e nos estágios mais desenvolvidos dois pares de asas ou tecas alares. As larvas têm formas extremamente 
variáveis.
Do ponto de vista morfológico as larvas (holometábolos) podem ser distinguidas em (Figura 25):
• Campodeiformes: São larvas caracterizadas pelo bom desenvolvimento dos órgãos 
sensoriais e das pernas articuladas, mas não dos apêndices abdominais. Possuem grande 
capacidade locomotora. Ex. trichoptera e alguns coleoptera.
• Eruciformes: São larvas de cilíndrico, com breves apêndices não articulados (pseudopernas) 
no abdome. Ex. lepidoptera.
• Escarabeiformes: São larvas com corpo cilíndrico e pernas articuladas, mas sem grande 
capacidade locomotora.
• Vermiformes: São larvas que apresentam corpo sem pernas articuladas. São também 
denominados para alguns autores de ápodes.
a b c d
Figura 25. Tipologia de larvas: a) campodeiforme; b) escarabeiforme; c) eruciforme; d) vermiforme (redesenhado de 
CHINERY, 1987 e FITTER e MANUEL, 1993).
77
X
U
IX
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O
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Q
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Insetos são os macroinvertebrados mais utilizados em biomonitoramento de águas continentais. Na 
Europa, os grupos taxonômicos utilizados como indicadores possuem uma tolerância crescente aos fatores 
de estresse, que corresponde, de maneira geral, à seguinte escala, dos menos para os mais tolerantes: Ple- 
coptera - Ephemeroptera - Trichoptera - Decapoda - Chironomidae. Na ordem Ephemeroptera, as famílias 
Baetidae e Caenidae possuem uma tolerância maior, e são enquadradas no mesmo nível da ordem Trichopte­
ra (GHETTI1997). Em contraste, o estudo de MUGNAI et al. (2008), no Estado do Rio de Janeiro, evidenciou 
que essas ordens apresentam uma grande variabilidade no grau de tolerância nos níveis de família e gênero.
Alguns insetos, entre os quais Megaloptera, Diptera, Trichoptera e Efemeroptera, já foram utilizados 
como bioindicadores da presença de metais como contaminantes do meio aquático (Zn, Cu, Cd, Hg), mas 
apresentam flutuações populacionais dependentes, além da concentração dos poluentes, da estação climáti­
ca, do pH e outros fatores (HARE e CAMPBELL, 1992). Malformações em larvas de Odonata foram usadas 
para detecção de pesticidas (CHANG et al., 2007) e deformações do aparelho bucal de larvas de Chironomi­
dae (Diptera) para despejos orgânicos (GROENENDIJK, et al., 1998).
Observação: As chaves devem ser utilizadas, preferencialmente, para ninfas e larvas em estádios avançado.
MORFOLOGIA
abdômen tórax cabeça
Figura 26. Esquema de uma ninfa de Ephemeroptera (redesenhado de CAMPAIOLI et al., 1994).
Figura 27. Tipo de orientação da cabeça: a) prognata (Megaloptera); b) hipógnata (Baetidae, Ephemeroptera); c) opis- 
tógnata (Hemiptera). (redesenhado de FITTER e MANUEL, 1993).
sutura epicranial maxila
Figura 28. Nomenclatura de porções anatômicas da cabeça (baseado em CHINERY, 1987).
78
<££J_ÍjQ_1jC
11
14
15
Figura 29. Diferentes tipos de antenas de inseto: 1) aristada; 2) clavada; 3) capitada; 4) estilada; 5) filiforme; 6) flabe- 
lada; 7) fusiforme; 8) geniculada; 9) geniculo-clavada; 10) moniliforme; 11) lamelada; 12) pectinada; 13) 
plumosa; 14) serreada; 15) setácea (adaptado de BUZZI, 2003).
metapleura
mesopleura
Figura 30. Esquema do corpo de um Hexapoda (redesenhado de BUZZI, 2003).
tibia
----- tarso
unha
Figura 31. Esquema da perna de um Hexapoda (redesenhado de CHINERY, 1987).
79
coxa
trocânter
tarsômero
>
o
O
T
>
xm
x
CHAVE DICOTÔMICA PARA 
DETERMINAÇÃO DAS ORDENS
falsas pemas 
anais com garras
-L
mandíbulas u brânquias abdominais
em foice
(simj
_n_ tubulares
^menor da cabeçj^
tamanho
mandíbula
^maior da cabeça)
pemas
articuladas
COLEOPTERA
TRICHOPTERA
MEGALOPTERA + 
COLEOPTERA 
(GIRINIDAE)
Tp W i l
1
...— ...- NEUROPTERA
3 torácicas articuladas,
4 abdominais (sim) LEPIDOPTERA
e 1 anal não articuladas
V - /
HOLOMETABOLA
sugador
máscara
raptatorial
HEMIMETABOLA
v
outro
HETEROPTERA
garras brânquias 
tarsais^ ftbdominais,
filamento 
caudal mediano
EPHEMEROPTERA
PLECOPTERA
ODONATA
>r
OD
BS
ni
rr
OO
Ordem
COLLEMBOLA
ETIMOLOGIA
Do grego kolla = goma + embole = inserção.
DESCRIÇÃO
Pequenos hexápodes entognatos, com número de segmentos abdominais reduzidos a seis e providos 
de um característico aparelho saltador no abdome, a fúrcula, no quarto segmento, e o tenáculo, no terceiro. 
No primeiro segmento abdominal, há uma estrutura tubular eversível, o colóforo. Os colêmbolos são, em 
maioria, terrestres. No ambiente aquático, encontram-se na superfície da água e associados a plantas emer­
gentes. No Brasil, há registro de cinco espécies semiaquáticas. Hábitos alimentares variam de herbívoros a 
carnívoros, mas, na maioria, são detritívoros.
Figura 32. Collembola (foto R. Mugnai).
82
Ordem
EPHEMEROPTERA
(adaptado de Chinery, 1987)
ETIMOLOGIA
Do grego ephémeros = que dura um só dia + pterón = asa; nominativo plural: pterá. Aristóteles (História 
dos Animais 5,12, 26) já aplicou essa palavra a esses insetos, porque duram apenas um dia.
DESCRIÇÃO
No mundo, há pouco mais de 2.000 espécies e no Brasil, cerca de 170 (HUBBARD e PESCADOR, 1999). 
A ordem, junto a Plecoptera e Trichoptera, constitui um dos principais grupos dentre os macroinvertebrados 
epibentônicos usados em avaliações ambientais e de qualidade da água.
As ninfas são habitantes comuns em águas correntes, enquanto os adultos têm uma vida aérea muito 
breve, característica da qual deriva o nome da ordem. Os adultos são alados, de tamanho médio, em torno de
1 a 2 cm, com asas membranosas com muitas veias, que não se dobram sobre o corpo.
O ciclo de vida é do tipo hemimetábolo. Característica peculiar da ordem é a existência de um está­
gio alado intermediário entre a ninfa e o adulto, denominado subimago ou subadulto: na penúltima muda, 
a ninfa sobe à superfície e transforma-se na subimago, que voa para a vegetação próxima da água e muda 
novamente para o adulto. Os adultos vivem apenas um ou dois dias e não se alimentam; reproduzem-se e 
morrem.
Os estágios imaturos aquáticos, tipicamente campodeiformes, vivem em grande variedade de habi- 
tats, especialmente em córregos e lagos, mas também em rios profundos. As ninfas apresentam abdome 
com 3 filamentos terminais (ou 2, quandoo paracerco é reduzido) e traqueobrânquias lamelares, plumosas 
ou filamentosas. Do ponto de vista alimentar, exibem uma variedade de estratégias, podendo ser filtradoras, 
raspadoras, fragmentadoras, coletoras ou, mais raramente, predadoras.
A ordem Ephemeroptera distingue-se da ordem Plecoptera pela presença de brânquias abdominais, 
do paracerco (talvez reduzido ou ausente) e de uma garra tarsal.
A cabeça é prognata ou hipógnata, a cápsula cefálica é bem desenvolvida e apresenta, dorsalmente 
ou lateralmente, grandes olhos compostos, sexualmente dimórficos, e três ocelos dispostos em triângulo. A 
antena insere-se anteriormente ou ventralmente aos olhos. As peças bucais variam de acordo com as estra­
tégias alimentares de cada grupo.
As pernas de alguns grupos podem ser modificadas para diversas funções: construção de galerias, 
filtração etc. O abdome é composto de dez segmentos bem desenvolvidos e um décimo-primeiro rudimen­
tar, que pode se prolongar em um filamento mediano, o paracerco. Os tergos podem apresentar processos 
ou tubérculos. Nas extremidades posteriores de alguns ou todos os primeiros sete segmentos, localizam-se 
as traqueobrânquias lamelares ou filamentosas. Na família Oligoneneuriidae, estão presentes traqueobrân­
quias submaxilares auxiliares.
Observação: Neste manual, apresentamos uma chave de identificação dos gêneros da ordem, à exceção da 
família de Baetidae, pois, além de ser pouco conhecida, têm sido descritos novos gêneros nos úl­
timos anos para a região Sudeste do Brasil (SALLES et al., 2004a, b) e, diferentemente das outras 
famílias, são as peças bucais que oferecem os principais caracteres taxonômicos para definição 
dos gêneros neste grupo (SALLES et al., 2004b), dificultando o processo prático de identificação.
83
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Chave dicotômica baseada em: Dias, Molinieri e Ferreira, 2007; Da-Silva, Salles, Nessimian e Nova 
Coelho, 2003; Da-Silva, Salles e Silva Baptista, 2002; Dominguez, Hubbard e Peters, 1992.
GÊNEROS ENCONTRADOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Baetidae Leach, 1815
Americabaetis Kluge, 1992 
Apobaetis Day, 1955
Aturbina Lugo-Ortiz e McCafferty, 1996 
Baetodes Needham e Murphi, 1924 
Callïbaetis Eaton, 1881 
Camelobaetidius Demoulin, 1966 
Cleodes Traver, 1938
Cryptonympha Lugo-Ortiz e McCafferty, 1998 
Paracloeodes Day, 1955 
Rivudiva Lugo-Ortiz e McCafferty, 1998 
Tupiara Salles, Lugo-Ortiz, Da-Silva e Franceschetti, 2003 
Waltzoyphius McCafferty e Lugo-Ortiz, 1995 
Zelusia Lugo-Ortiz e McCafferty, 1998 
Caenidae Newman, 1853 
Caenis Stephens, 1835 
Ephemeridae Latreille, 1810 
Hexagenia Walsh, 1863 
Euthyplociidae Edmunds e Traver 1954
Campylocia Needham e Murphy, 1924 
Leptohyphidae Edmunds e Traver, 1954 
Leptohyphes Eaton, 1882 
Traverhyphes Molinieri, 2001 
Tricorythodes Ulmer, 1920 
Tricorythopsis Traver, 1958 
Leptophlebiidae Banks, 1900 
Askola Peters, 1969 
Farrodes Peters, 1971 
Hagenulopsis Ulmer, 1920 
Hylister Dominguez e Flowers, 1989 
Massartella Lestage, 1930 
Miroculis Edmunds, 1963 
Needhamella Dominguez e Flowers, 1989 
Perissophlebiodes Savage, 1983 
Thraulodes Ulmer, 1920 
Melanemerellidae Molineri and Dominguez, 2003 
Melanemerella Ulmer, 1920 
Oligoneuriidae Ulmer, 1914 
Lachlania Hagen, 1868 
Polymitarcyidae Banks, 1900 
Campsurus Heaton, 1868
84
abdômen tórax cabeça
Figura 33. Morfologia geral de uma ninfa de Ephemeroptera (baseado em CAMPAIOLI et al., 1994).
85
PRANCHA VIII
EPHEMEROPTERA
/
í r = ......- ...........- ...— .................. -............................ .................... ii
brânquias do segmento abdominal II operculares brânquias do segmento abdominal II não
cobrindo os pares de brânquias seguintes cobrindo os pares de brânquias seguintes
brânquias operculares 
unidas uma a outra por 
quase toda a margem 
interna, marcação em "Y " 
presente, brânquia segmento 
abdominal I filiforme 
CAENIDAE 
Caenis
ii
brânquias operculares 
separadas ou unidas 
por apena parte da 
margem interna, 
marcação em " Y " ausente 
LEPTOHYPHIDAE
prancha X
tufos branquiais ventrais à cabeça presentes; 
pernas anteriores com uma fileira de 
cerdas longas 
OLIGONEURIIDAE
Lachlania
tufos branquiais ventrais à cabeça ausentes; 
pernas anteriores sem uma fileira de
cerdas longas
prancha IX
86
projeção falciforme da mandíbula bem desenvolvida
PRANCHA IX
projeção falciforme da mandíbula 
longa, geralmente duas vezes o 
comprimento da cabeça; tíbia e 
tarso cilíndricos e estreitos 
EUTHYPLOCIIDAE 
Campilocia
projeção falciforme da mandíbula 
curta, geralmente não mais que o 
comprimento da cabeça; tíbia e 
tarso achatados e robustos
tíbia e tarso anteriores fusionados; 
tíbia posterior com ápice 
interno arredondado 
POLYMIRT ACYID AE 
Campsurus
tíbia e tarso anteriores não 
fusionados; tíbia posterior 
com ápice interno projetado 
em forma de espinho 
EPHEMERIDAE
Hexagenia
tufos branquiais ventrais à cabeça ausentes, pernas 
anteriores sem uma fileira de cerdas longas
cabeça geralmente prognata, ramos laterais da 
sutura epicranial sobre os ocelos laterais, 
brânquias compostas por duas lâminas 
LEPTOPHLEBIIDAE
prancha XI
cabeça geralmente hipógnata, ramos 
laterais da sutura epicranial abaixo 
dos ocelos laterais, brânquias 
compostas de uma lâmina ás 
vezes dobrada
87
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a
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io
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S
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x
^
m
PRANCHA X
LEPTOHYPHIDAE
brânquia opercular geralmente arredondada brânquia opercular triangular ou ovalada,
ou subovalada, brânquias operculares com mas sempre sem uma linha transversal meno
uma linha transversal 
menos esclerosada; 
comprimento do 
corpo menor que 4 mm 
Tricorythopsis
brânquia opercular triangular 
Tricorythodes
brânquia opercular ovalada
fêmures margeados 
por longas cerdas 
Tricorythodes
fêmures não margeados 
por longas cerdas
fêmures e tíbias medianos e posteriores 
achatados e com crista longitudinal 
Leptohyphes
fêmures e tíbias medianos e posteriores 
não achatados e sem crista longitudinal
Traveryphes
88
PRANCHA XI
LEPTOPHLEBIIDAE
teca alar posterior 
presente
teca alar posterior 
ausente
brânquias arredondadas 
a ovaladas, com delgadas 
projeções divergentes 
Askola
brânquias 
filiformes 
a lanceoladas
brânquias lanceoladas com 
duas expansões laterais hialinas 
Miroculis
brânquias filiformes 
Hagenulopsis
brânquias presentes nos segmentos 
I-VI, ovaladas a subquadrangulares, 
podendo apresentar uma delgada 
projeção apical, tronco traqueal 
ramificado não retilíneo, 
tomando a lamela assimétrica 
Massartella
*
brânquias presentes 
nos segmentos I-VII, 
de forma diferente 
de Massartela
prancha XII
89
PRANCHA XII
brânquias presentes nos segmentos I-VII, 
de forma diferente de Massartela
brânquias lanceoladas brânquias lanceoladas
brânquias truncadas apicalmente, com 
3-10 projeções, digitiformes distais 
Hylister
brânquias não truncadas 
e sem projeções digitiformes
espinhos posterolaterais presentes 
nos segmentos II-IX 
Needhamella
espinhos posterolaterais presentes 
nos segmentos III-IX 
Thraulodes
porção mediana da garra 
tarsal com dentículos 
pequenos subiguais 
Farrodes
II
porção mediana da garra 
tarsal com 3 grandes 
dentículos 
Perissophleboides
90
Ordem
ODONATA
k
(baseado em Barnes, 1985)
ETIMOLOGIA
Do grego odón, genitivivo singular: odóntos = dente. Nome criado por Fabricius, que propôs uma clas­
sificação dos insetos baseada no aparelho bucal e não nas asas (como a de Linnaeus), porque neste grupo a 
mandíbula é denteada.
DESCRIÇÃO
Os odonatos constituem uma ordem relativamente pequena, representada por cerca de 5.000 espécies 
(LA GRECA, 1990), sendo 650 no Brasil (CARVALHO, 1999) e 247 no Estado do Rio de Janeiro (CARVALHO e 
NESSIMIAN, 1988). Apresentam desenvolvimento hemimetábolo. O período juvenil varia de algumas sema­
nas a vários anos (até cinco) e é constituído de nove a quinze estádios. No fim desse período, o adulto farado, 
sob o exoesqueleto ninfal, deixa a água e sua emergência ocorre em terra. As fases juvenis são descritas na 
literatura,segundo vários autores, como: larvas, ninfas, odonáiades ou náiades.
Característica marcante deste grupo é a presença de um lábio longo e preênsil (máscara facial) dobra­
do medianamente sob a cabeça e adaptado para a captura de presas.
A ordem divide-se em duas subordens: Anisoptera, caracterizada pelas ninfas robustas e com estrutu­
ras caudais (epiprocto e paraproctos) formando a pirâmide caudal, e Zygoptera, com ninfas geralmente mais 
delicadas e com estruturas caudais em forma de lamelas.
Do ponto de vista ecológico, são todos exclusivamente predadores. Como a maior parte das espécies 
necessita de condições restritas para sua instalação em um determinado ambiente, são muito sensíveis às 
mudanças ambientais e podem ser utilizados como bioindicadores da qualidade da água (CARVALHO e 
NESSIMIAN, 1998; ROSEMBERG e RESH, 1993).
Observações:
1) Dependendo do sistema de coleta e conservação dos exemplares a serem examinados as lamelas 
caudais podem estar ausentes, o que, em alguns casos, pode levar a problemas na identificação. 
Neste caso, para distinguir as duas subordens, aconselhamos observar se epiprocto e paraproctos 
são pontudos (Anisoptera) ou ocos (Zygoptera), pela perda das lamelas caudais.
2) Para a identificação das formas juvenis deste grupo é necessário, devido às grandes mudanças es­
truturais que ocorrem em algumas espécies durante o desenvolvimento larvar, de preferência, usar 
larvas ou exúvias de exemplares dos últimos três estádios.
3) Para a análise das cerdas da máscara, lembramos que estas estão inseridas em tubérculos escuros, e 
que tais estruturas, geralmente, permanecem visíveis também no caso de se destacarem as cerdas.
4) Com relação à numeração dos segmentos abdominais, é bom lembrar que o segmento que precede 
a pirâmide caudal ou as lamelas anais é o décimo urômero.
5) A chave apresentada neste manual inclui apenas os gêneros indicados por Carvalho e Nessimian 
(1998) como lóticos, o que pode gerar problemas de identificação em exemplares coligidos em am­
bientes intermediários como barragens, etc.
91
O
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Chave dicotômica baseada em: Carvalho, 1989; Belle, 1992; Carvalho e Nessimian, 1998; Carvalho e 
Calil. 2000.
GÊNEROS ENCONTRADOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
ZYGOPTERA
Calopterygidae Selys, 1850
Bryoplathanon Garrison, 2006 
Hetaerina Hagen in Selys, 1853 
Mnesarete Cowley, 1934 
Coenagrionidae Kennedy, 1920 
Argia Rambur, 1842 
Leptobasis Selys, 1877 
Oxyagrion Selys, 1876 
Telagrion Selys, 1876 
Dicteriadidae Selys, 1853 
Heliocharis Selys, 1853 
Megapodagrionidae Tillyard, 1917 
Heteragrion Selys, 1862 
Perilestidae Fraser, 1957
Perilestes Hagen in Selys, 1862** 
Protoneuridae Tillyard, 1917
Peristicta Hagen in Selys, 1860 
ANISOPTERA
Aeshnidae Rambur, 1842
Castoraeschna Calvert, 1952 
Coryphaeshna Williamson, 1903 ** 
Limnetron Förster, 1907 
Rhionaeschna Förster, 1909 
Staurophlebia Brauer, 1865 
Gomphidae Rambur, 1842 
Aphylla Selys, 1854 *
Archaeogomphus Williamson, 1919 * 
Cyanogomphus Selys, 1873 
Epigomphus Hagen in Selys, 1854 
Gomphoides Selys, 1854 
Phyllocycla Calvert, 1948 
Phyllogomphoides Belle, 1970 
Praeviogomphus Belle, 1995 
Progomphus Selys, 1854 
Zonophora Selys, 1854 
Corduliidae Selys, 1850
Neocordulia Selys, 1882 
Libellulidae Rambur, 1842
Brechmorhoga Kirby, 1894 
Dasythemis Karsch, 1889 
Diastatops Rambur, 1842 *
92
Dythemis Hagen, 1861 
Elasmothemis Westfall, 1988 
Elga Ris, 1911 
Erythrodiplax Brauer, 1868 
Gynothemis Calvert in Ris, 1909 
Idiataphe Cowley, 1934 
Libellula Linnaeus, 1758 
Macrothemis Hagen, 1868 
Orthemis Hagen, 1861 
Planiplax Muttkowski, 1910 
Zenithoptera Selys, 1869
* potamal
** em represas
cerdas
Figura 34. Aparelho bucal de ninfas de Odonata. a) visão ventral com lábio dobrado sob a cabeça; b) visão lateral com 
o lábio estendido; c) visão ventral do premento (baseado em FITTER e MANUEL, 1993; CAMPAIOLI et al., 
1994).
metanoto
abdômen tórax cabeçJt
Figura 35. Esquema de uma ninfa de Odonata da subordem Zygoptera (baseado em CAMPAIOLI et al., 1994).
premento
postmento
93
paraprócto
(ventral)
cerco
Figura 36. Esquema de uma ninfa de Odonata da subordem Anisoptera, evidenciando as estruturas da pirâmide anal 
(baseado em CAMPAIOLI et al., 1994).
94
PRANCHA XIII
ODONATA
(r ..................................
corpo delgado; lamelas caudais (quando 
ausentes final do abdome não pontiagudo)
ZYGOPTERA
-------------------------=n
corpo robusto; pirâmide anal, final 
do abdómen pontiagudo
ANISOPTERA
prancha 15
primeiro artículo antenal menor em 
comprimento que os demais artículos 
juntos; lígula pouco projetada com 
fenda mediana curta ou ausente
primeiro artículo antenal maior 
em comprimento que os demais 
artículos juntos; lígula muito projetada 
com fenda mediana muito alargada 
subapicalmente 
CALOPTERIGIDAE
(Bryoplatanum + Hetaerina + Mnesarete)
U '— - — — — ----------- =
dorso da cabeça com três tubérculos, tíbia 
posterior alongada, comprimento maior que
o do abdome; paraproctos muitos alongadas 
de comprimento aproximadamente \ 
igual ao corpo da larva
DICTERIADIDAE
Heliocharis
premento com fenda 
prancha XIV
.......................... - ..................... ii
dorso da cabeça sem três tubérculos, 
tíbia posterior de comprimento 
menor que o do abdome
___________________________H
premento sem fenda 
prancha XIV
95
PRANCHA XIV
premento com fenda
abdome com espinhos dorsais e laterais curvados 
e agudos, mais evidentes nos últimos segmentos; 
quando presentes lamelas caudais com três arestas 
infladas e com filamentos no ápice 
MEGAPODAGRIONIDAE 
Heteragrion
abdome sem espinhos dorsais e laterais 
curvados e agudos; quando presentes lamelas 
caudais achatadas e com margem arredondada
PERILESTIDAE
Perilestes
premento sem fenda
borda distai do palpo labial geralmente 
truncado, distintamente serrilhado 
PROTONEURIDAE*
borda distai do palpo labial geralmente 
truncado, não evidentemente serrilhado 
COENAGRIONIDAE*
* carácter que funciona para a maioria dos taxa, porém mas não seguro
96
PRANCHA XV
ANISOPTERA
lábio côncavo, palpos labiais quando 
recolhidos cobrem o labro e o clípeo
lábio plano, palpos labiais quando recolhidos 
não cobrem o labro e o clípeo
Éfc-
f
antenas delgadas, com mais de 5 
artículos; tarsos com 3 artículos; 
lígula com incisura mediana 
AESHNIDAE
prancha XVI
antenas robustas, com 4 artículos; 
tarsos médios com 2 artículos; 
lígula sem incisura mediana 
GOMPHIDAE 
prancha XXI
área da fronte que limita as regiões frontal e
dorsal da cabeça com crista coberta de cerdas
curtas; antenas menor em tamanho do que o
dorso da cabeça
CORDULIIDAE
Neocordulia
área da fronte que limita as regiões frontal e 
dorsal da cabeça sem crista coberta de cerdas 
curtas; antenas não atingindo a margem 
anterior da cabeça 
LIBELLULIDAE 
prancha XVII
97
PRANCHA XVI
AESHNIDAE
■/
lígula com espinhos agudos distintamente 
maiores que as setas; palpo labial 
terminando em formaP 
de gancho
segmento X com 
espinhos laterais; 
cabeça e tórax 
tuberculados 
Staurophlebia
lígula com espinhos agudos, quando presentes 
nunca maiores qe as setas; palpo labial 
não terminando em 
forma de gancho
JV <\
V $
I !
W
f
segmento X sem 
espinhos laterais; 
porção anterior 
da cabeça angulosa 
Coryphaeshna
segmento abdominal V com 
espinhos laterais; lígula com setas 
piliformes bem desenvolvidas 
Limnetron
segmento abdominal 
V sem espinhos 
laterais; lígula com 
setas piliformes não 
bem desenvolvidas
cerco distintamente mais curto 
que o epiprocto; epiprocto 
truncado com 2-3 curtos espinhos 
no ápice ou com ápice pontudo 
Rhionaeschna
cerco tão longo quanto 
o epiprocto; epiprocto 
fendido medialmente 
desenvolvendo dois 
espinhos laterais no 
ápice 
Castoraeschna
98
PRANCHA XVIII
segmento IX com espinho dorsal
epiprocto com 
comprimento 
menor que duas 
vezes a largura da base
epiprocto com comprimento duas 
vezes a largura da base; espinho 
dorsal segmento X pequeno 
Idiataphe
segmento antenalIII maior que o II; 
premento alargando-se 
gradualmente
I
segmento antenal III menor que o II; 
premento não alargando-se abruptamente
Elga
ff
segmento IX com espinho lateral de comprimento 
menor que o segmento; margem distai do palpo 
labial com dois ou mais cerdas em cada crenulação
|]
segmento IX com espinho lateral de 
comprimento igual ao segmento; 
margem distai do palpo labial 
com uma cerda em cada crenulação 
Planiplax
cercos em visão lateral de comprimento igual ou 
menor que 1/2 do epiprocto; aspecto granuloso 
Brechmorhoga
cercos em visão lateral de comprimento maior 
que 1/2 do epiprocto; aspecto não granuloso
crenulação da margem distai do palpo 
labial obsoleta
prancha XIX
crenulação da margem distal do palpo
100
crenulação da margem distai do palpo labial obsoleta
PRANCHA XIX
margem anterior do premento e 
margem interna do labio palpai 
com cerdas com ápice pontudo 
Dythemis "
margem anterior do premento e 
margem intema do lábio palpai 
com cerdas com ápice achatado 
Gynothemis
segmento IX sem espinho dorsal
segmentos VI- VII com espinhos laterais; segmentos VI- VII sem espinhos laterais;
palpo labial sem distinta crenulação palpo labial com distinta crenulação
Elasmothemis Libellula
V
1 «F
101
PRANCHA XX
espinhos dorsais ausentes nos segmentos abdominais
olhos direitos anteriormente ou lateralmente, 
saltados lateralmente
olhos direitos anteriormente, 
saltados apicalmete 
Orthemis
grupo externo de cerdas prementais 
compostos por 4 ou mais cerdas 
Erythrodiplax
grupo externo de cerdas prementais 
compostos por 3 cerdas agrupadas 
Dasythemis
102
GOMPHIDAE
PRANCHA XXI
aparência delicada; palpos 
sobrepostos quando retraídos 
Archaegomphus
em respeitos ás procoxas distâncias semelhantes
Progomphus Epigomphus
abdome com ganchos dorsais abdome sem ganchos dorsais
prancha XXII prancha XXII
PRANCHA XXII
abdome com ganchos dorsais
tíbia anterior e mediana com gancho tíbia anterior e mediana sem gancho 
Cyanogomphus
segmento X acerca VIII+IX segmento X muito maior do VIII+IX
segmentos VI ou VII até 
IX com curtos espinhos 
Phyllocycla
abdome sem espinhos laterais 
Aphylla
abdome sem ganchos dorsais
segmentos VIII-IX com espinhos laterais retos 
Praeviagomphus
segmentos VIII-IX com espinhos laterais curvados 
para cima Zonophora
104
Ordem
PLECOPTERA
ETIMOLOGIA
Do grego plékos = obra trançada, entrelaçada (do verbo pléko, trançar, entrelaçar) + pterón = asa; nomi­
nativo plural: pterá.
DESCRIÇÃO
No mundo, são conhecidas cerca de 2.000 espécies, sendo que cerca de 320 espécies encontram-se 
na região neotropical e 110 espécies são registradas no Brasil. As ninfas de todas as espécies brasileiras são 
aquáticas, ocorrendo em águas correntes limpas.
Ciclo de vida hemimetábolo com larva do tipo campodeiforme. As larvas dos plecópteros apresentam 
uma superficial semelhança com aquelas dos efemerópteros, dos quais se distinguem pela ausência do fila­
mento terminal mediano (paracerco), pela ausência de traqueobrânquias laterais no abdome e pela presença 
de duas garras no tarso (Figura 37).
Cabeça, tórax e abdome são bem distintos. A cabeça é prognata, com aparelho bucal do tipo mastiga- 
dor. As brânquias, em tufos ou filamentos, podem estar presentes no prosterno, nas pleuras torácicas, nas 
coxas e no final do abdome, ao lado do ânus.
No Brasil, estão presentes duas famílias: Perlidae e Gripopterygidae.
As formas imaturas de Plecoptera, geralmente, são muito sensíveis a perturbações ambientais. Vivem 
em rios e riachos, apresentando preferência por águas rápidas, com exceção das do gênero Anacroneuria, que 
podem ser encontradas em diferentes situações ambientais (OLIFIERS, 2004; MUGNAI, 2005).
A chave dicotômica apresentada é útil para o reconhecimento dos últimos estádios larvais, sendo que 
o primeiro estádio de todas as espécies é muito semelhante (OLIFIERS et al., 2004).
Chave dicotômica baseada em: OLIFIERS et al., 2004.
GÊNEROS ENCONTRADOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Gripopterygidae Enderlein, 1909 
Gripopteryx Pictet, 1841 
Guaranyperla Froehlich, 2001 
Paragripopteryx Enderlein, 1909 
Tupiperla Froehlich, 2001 
Perlidae McLachlan, 1886
Anacroneuria Klapálek, 1909 
Kempnya Klapálek, 1916 
Macrogynoplax Enderlein, 1909
105
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MORFOLOGIA GERAL
Figura 37. Esquema de
a b
Figura 38. Esquema de último segmento abdominal de Plecoptera. a) família Perlidae; b) família Gripopterygidae; p) 
paraprocto (baseado em Olifiers et al., 2004).
cerco
abdômen tórax cabeça
uma ninfa de Plecoptera da família Perlidae (baseado em CAMPAIOLI et al., 1994).
brânquia
paraprócto
teca alar mesonoto
antena
ocelo
olho
106
PRANCHA XXIII
f r = ................... ... ..... =
pronoto elipsoidal, com margem 
posterior côncava; brânquias torácicas 
presentes; paraprocto pequeno e 
quadrangular, não visível ventralmente; 
brânquias anais ás vezes presentes 
PERLIDAE
PLECQPTERA
V
pronoto quadrangular, com margem posterior 
não côncava; brânquias torácicas ausentes; 
paraprocto largo e triangular visível 
ventralmente; brânquias anais presentes 
GRIPOPTERYGIDAE 
prancha XXIV
= = = = = = = = ^ - " II
PERLIDAE
v
margem posterior do pronoto 
com expansão lateral; perna 
anterior raptatorial 
Macrogynoplax
margem posterior do pronoto 
sem expansão lateral; perna 
anterior não raptatorial
2 ou 3 ocelos; linha 
pós-frontal passando entre 
os ocelos; fêmur anterior 
sem linha de cerdas bem 
desenvolvidas; brânquia 
anal presente ou ausente 
Kempnyia
2 ocelos; linha pós-frontal 
não passando entre os ocelos; 
fêmur anterior com uma linha 
de cerdas bem desenvolvida; 
brânquia anal ausente 
Anacroneuria
107
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PRANCHA XXIV
GRIPOPTERY GID AE
segmentos adbominais e 
torácicos sem espinhos
y
pronoto sem projeção 
triangular; segmento X 
sem projeção alongada
pronoto com projeção triangular; 
segmento X com projeção alongada 
Guaranyperla
segmentos abdominais e torácicos 
com espinhos, ás vezes 
espinhos torácicos pequenos 
Gripopteryx
fêmur com espinho ventral 
Tupiperla
V f: ' '
fêmur sem espinho ventral 
Paragripopteryx
108
Ordem
HEMIPTERA
ETIMOLOGIA
Do grego héteros = diferente, contrário + pterón = asa; nominativo plural: pterá.
DESCRIÇÃO
Dentre os Hemiptera, a subordem Heteroptera possui representantes aquáticos. Os heterópteros são 
conhecidos pelo nome popular de barbeiros, percevejos, marias-fedidas etc. São caracterizados por possuir a 
cabeça de tipo opistógnata, na qual o rostro articulado, mais ou menos alongado, é reclinado sobre o esterno. 
Esse rostro é formado pelo lábio, que serve como bainha para as mandíbulas e maxilas, que constituem um 
aparelho pungitivo. A asa anterior é característica, da qual deriva o nome do grupo, tendo a porção basal co- 
riácea e a apical membranosa (hemiélitro). As asas posteriores são completamente membranosas. As asas são 
repousam sobrepostas no dorso, conferindo características linhas de dobras em forma de X ou de Y. Existem 
formas de hábito terrestre, semiaquáticas e aquáticas. Nas aquáticas, não são raros táxons sem asas (ápteros) 
ou com asas reduzidas (braquípteros).
O ciclo de vida é do tipo paurometábolo e as ninfas podem ser reconhecidas pela ausência ou desen­
volvimento incompleto das asas. Esse reconhecimento pode ser difícil, no caso de formas ápteras ou bra- 
quípteras (FITTER e MANUEL, 1993). O regime alimentar é muito variado, sendo que, nas formas aquáticas, 
prevalecem os zoófagos.
Há dois grupos de heterópteros aquáticos: Gerromorpha e Nepomorpha. Os Gerromorpha apresen­
tam antenas bem desenvolvidas e vivem na superfície da água, utilizando pubescência hidrófoba, presente 
nos tarsos. Não apresentam modificações para respiração na água. Os Nepomorpha vivem sob a superfície 
da água e apresentam adaptações para nadar, tais como antenas pequenas escondidas sob a cabeça ou alo­
jadas em uma escavação perto dos olhos. Vários apresentampernas posteriores alongadas, achatadas ou 
com franjas de cerdas. A respiração é complexa e varia de gênero para gênero, podendo utilizar desde uma 
provisão de ar que é renovada na superfície, até o oxigênio dissolvido na água através de uma película de 
ar retida na pilosidade ventral denominada "brânquia física". Em alguns casos, o ar que é retido na parte 
ventral do corpo determina uma mudança da posição do baricentro, obrigando o inseto a nadar em posição 
invertida (o dorso voltado para baixo).
Na América do Sul tropical estão presentes 16 famílias, 81 gêneros e cerca de 900 espécies (FROEHLI- 
CH, 1999). No Estado do Rio de Janeiro, é conhecida a presença de 14 famílias, sendo cinco de Gerromorpha 
(MOREIRA et al., 2006) e dez de Nepomorpha.
Chave dicotômica baseada em: NIESER e MELO, 1997; LONGO, RIBEIRO e NESSIMIAN, 2005; MO­
REIRA, RIBEIRO e NESSIMIAN, 2006.
109
X
I
U
g
-
Q
-
t
-
U
J
O
Í
<
GERROMORPHA
Gerridae Leach, 1815 
Hebridae Amyot e Serville, 1843 
Hydrometridae Billberg, 1820 
Mesoveliidae Douglas e Scott, 1867 
Saldidae Amyot and Serville, 1843 
Veliidae Amyot e Serville, 1843 
NEPOMORPHA
Belostomatidae Leach, 1876 
Corixidae Leach, 1815 
Gelastocoridae Kirkaldi, 1897 
Helotrephidae Esaki e China, 1927 
Naucoridae Fallén, 1814 
Nepidae Lastreille, 1802 
Notonectidae Lastreille, 1802 
Ochteridae kirkaldy, 1906*
Pleidae Fieber, 1851 
Potamocoridae Stys e Jansson 1988
* provavelmente presente no Estado do Rio de Janeiro
MORFOLOGIA GERAL
FAMÍLIAS ENCONTRADAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
d
Figura 39. Morfologia de Heteroptera (redesenhado de NIESER e MELO, 1997). a) Saldidae, gerromorpha; b) Ranatri- 
nae, nepomorfa.
110
PRANCHA XXV
HETEROPTERA
V
antenas mais curtas que a cabeça, 
geralmente ocultas em 
cavidades sob os olhos 
NEPOMORPHA
ocelos ausentes
antenas mais longas que a cabeça, 
geralmente livres e visíveis 
dorsalmente 
GERROMORPHA 
prancha XXVII
ocelos presentes
________________ 11
pernas anteriores 
ambulatoriais, tão 
longas quanto as 
intermediárias; 
rostro longo, 
estendendo-se, pelo 
menos até as 
coxas posteriores 
OCHTERIDAE
■ pernas anteriores raptoriais mais curtas 
que as intermediárias; 
rostro curto e 
oculto pelos 
fêmures anteriores 
GELASTOCORIDAE
cabeça mais larga que o pronoto, recobrindo-o
anteriormente; rostro muito curto, 
aparentemente não segmentado; 
tarso anterior unisegmentado, 
geralmente espatulado 
CORIXIDAE
cabeça não recobrindo o pronoto; 
rostro de 3 - 4 segmentos; tarso 
anterior de forma diferente
pernas anteriores com fêmures não 
espessados, corpo fortemente 
convexo dorsalmente 
prancha XXVI
pernas anteriores raptatorias, fêmures 
espessados, corpo achatado ou levemente 
convexo dorsalmente
membrana do hemiélitro 
com veias
membrana do hemiélitro 
desprovida de veias 
prancha XXVI
tubo respiratório 
longo; tíbia posterior 
com franja de cerdas 
pouco ou não 
desenvolvida 
NEPIDAE
tubo respiratório curto 
e achatado; tíbia posterior 
com franja de cerdas 
bem desenvolvida 
BELOSTOMATIDAE
111
E
I
U
g
-
L
h
l
l
l
K
<
PRANCHA XXVI
pemas anteriores com fêmures não espessados, corpo 
fortemente convexo dorsalmente
tíbias e tarsos posteriores com franjas 
natatórias pouco desenvolvidas; garras do 
tarso posterior normais; cabeça mais ou menos 
fundida com o pronoto; menor que 5 mm
tíbias e tarsos posteriores com franjas 
natatórias nítidas; garras do tarso posterior 
aparentemente ausentes; cabeça bem 
destacada do pronoto 
NOTONECTIDAE
antena e rostro com 3 segmentos 
PLEIDAE
antena com 1-2 segmentos 
rostro com 4 segmentos 
HELOTREPHIDAE
membrana do hemiélitro desporvida de nervuras
1
rostro longo e delgado, aproximatamente 
do mesmo comprimento que o fêmur 
anterior; comprimento de 3 mm 
aproximatamente 
POTAMOCORIDAE
rostro curto, largo na base e distintamente 
mais curto que o fêmur anterior; 
comprimento além de 4 mm 
NAUCORIDAE
112
GERROMORPHA
V
PRANCHA XXVII
insetos muitos agudos, 
com cabeça longa 
HYDROMETRIDAE
garras tarsais anteapicais
pernas inseridas ventralmente, 
perto da linha média 
MESOVELIIDAE
pernas inseridas 
lateroventralmente
fr
segmento apical do tarso mediano 
não profundamente cortado, sem 
cerdas plumosas
insetos não muitos agudos, 
com cabeça menos longa
garras tarsais apicais 
prancha XXVIII
segmento apical do tarso 
mediano profundamente 
cortado, garras laminares 
e cerdas plumosas presentes 
VELIIDAE
distância entre as coxas anteriores e medianas 
distintamente maior que entre as medianas e posteriores 
GERRIDAE
distância entre as coxas subigual 
MESOVELIIDAE
113
I 
111 
g 
- 
Bi 
h 
111 
OC 
<
PRANCHA XXVIII
coloração verde 
MESOVELIIDAE
garras tarsais apicais
/
coloração não verde
superfície ventral da cabeça 
não sulcada, base do lábio 
visível; até 7 mm 
SALDIDAE
superfície ventral da cabeça 
profundamente encaixada 
formando um sulco labial; 
até 3 mm 
HEBRIDAE
114
Ordem
COLEOPTERA
(baseado em Aubert, 1960)
ETIMOLOGIA
Do grego koleós = bainha, estojo + pterón = asa; nominativo plural: pterá. Este termo foi já usado para os 
élitros dos besouros por Aristóteles (História dos Animais 4, 7,1).
DESCRIÇÃO
Esta ordem é a maior ordem de insetos, com cerca de 350.000 espécies conhecidas, até hoje. Estes ani­
mais são conhecidos pelo nome vulgar de besouros. Na América do Sul, há, provavelmente, mais de 2.000 es­
pécies com representantes aquáticos e semiaquáticos distribuídos em 20 famílias (FROEHLICH, 1999). Várias 
famílias são de vida exclusivamente aquática, como Noteridae, Dytiscidae, Gyrinidae, Hydrophilidae, etc. 
Em outras, as larvas são aquáticas e os adultos são adaptados à vida aérea, como Psephenidae. Outras ainda, 
como Heteroceridae vivem marginalmente nos corpos d'água. Há, por fim, algumas famílias tipicamente 
terrestres, mas que possuem algumas espécies aquáticas, como Staphilinidae, Scarabaeidae, Carabidae, Lam- 
pyridae, Curculionidae etc.
O desenvolvimento é holometábolo. Nos adultos, o mesotórax é fundido com o metatórax, as asas 
anteriores são endurecidas, formando élitros, que cobrem as asas posteriores, quando em repouso, e o tarsos 
possuem cinco artículos.
As larvas sempre apresentam cabeça bem desenvolvida com aparelho bucal do tipo mastigador, mas 
a morfologia geral é muito variável: campodeiformes, escarabeiforme, eruciforme até vermiformes em Cur­
culionidae (CHINERY, 1987).
A alimentação é extremamente variável, compreendendo todos os tipos de matéria animal ou vegetal, 
podendo ser fitófagos, predadores ou detritívoros. No ambiente aquático encontam-se formas fitófagas ou 
predadoras.
Nos adultos, em muitas das espécies nadadoras, as pernas têm forma de remo com cerdas, ex. Dytisci­
dae e Hydrophilidae. Tendo mantido o sistema respiratório do tipo traqueal, todos respiram através de uma 
bolha de ar sob os élitros ou utilizam as antenas (Hydrophilidae) ou pilosidades da superfície ventral do cor­
po (Elmidae). A reserva de ar é renovada com subidas à superfície, com exceção dos coleópteros de pequeno 
tamanho, que conseguem usar o oxigênio dissolvido na água.
Chaves dicotômicas baseadas em: REICHARDT, 1973; COSTA, VANIN e CASARI-CHEN. 1988; FER- 
NÁNDEZ e DOMINGUEZ, 2001; BENETTI, CUETO e FIORENTIN, 2003; PASSOS et al., 2003.
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Chrysomelidae Latreille, 1802 
Curculionidae Latreille, 1802 
Dryopidae Billberg, 1820 (1817)
Dytiscidae Leach, 1815*
Elmidae Curtis, 1830*
Gyrinidae Latreille, 1810*
Haliplidae Aubé, 1836*
Heteroceridae MacLeay, 1825 
Hydraenidae Mulsant, 1844*
Hydrophilidae Latreille, 1802*
Lampyridae Latreille, 1817 
Limnichidae Erichson, 1846 
Lutrochidae Kasap e Crowson, 1975*
Noteridae C. G. Thomson, 1860*
Psephenidae Lacordaire, 1854*
Ptilodactylidae Laporte 1836 
Helodidae Fleming, 1821 
Staphilinidae Latreille, 1802**
Torridicondolidae Steffan, 1964*
* adulto aquático
** adulto não aquático, mas pode estar presente na amostra em grande quantidade
GÊNEROS DA FAMÍLIA ELMIDAE ENCONTRADOSNO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Elmidae Curtis, 1830*
Austrolimnius Carter e Zeck, 1929 
Cylloepus Erichson, 1847 
Gyrelmis Hinton, 1940 
Heterelmis Sharp, 1882 
Hexacylloepus Hinton, 1940 
Hexanchorus Sharp, 1882 
Macrelmis Motschulsky 1859 
Microcylloepus Hinton, 1935 
Neoelmis Musgrave, 1935 
Phanocerus Sharp, 1882 
Promoresia Sanderson, 1954 
Stegoelmis Hinton, 1939 
Stenhelmoides Grouvelle, 1908 
Xenelmis Hinton, 1936
FAM ÍLIAS ENCO N TRADAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
116
MORFOLOGIA GERAL 
LARVA
metanoto mesonoto
pronoto
abdômen tórax cabeça
urogonfo
élitra
epipleura
ADULTO
mesonoto (scutdlum) pr0n0t0
antena 
olho
processo prosternai
proepimero
+ abdômen tórãx^cãbeça
Figura 40. Esquemas de uma larva e de um adulto Coleoptera (baseado em COSTA, VANIN e CASARI-CHEN. 1988; 
PASSOS etal., 2007).
117
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r
o
o
PRANCHA XXIX
f------=
pemas visíveis, aspecto não 
vermiforme, pelo menos 
2-3 segmentos
COLEOPTERA - LARVAS
V
ÍT
pemas de 5 segmentos 
2 garras, exceto haliplidae 
(com 1 garra)
último segmento abdominal 
com 4 ganchos, brânquias 
laterais nos segmentos 
abdominais I-IX 
GIRINIDAE
pemas ausentes ou vestigiais, 
aspecto vermiforme, não 
mais de 1 segmento 
CURCULIONIDAE 
> \ HYDROPHILIDAE
prancha XXXII
pemas de 4 segmentos ou 
menos, com 1 garra 
prancha XXX
último segmento abdominal 
sem ganchos, com ou sem 
brânquias laterais nos 
segmentos abdominais
í f = 
abdome com 10 
segmentos, pretarso 
com 1 garra 
HALIPLIDAE
abdome com 8 
segmentos, pretarso 
com 2 garras
corpo alongado, 
patas delgadas 
ambulatórias, 
mandíbula em 
forma de foice 
DYTISCIDAE
corpo curto e robusto, 
muito convexo, patas 
robustas cavadoras, 
mandíbulas não em 
forma de foice 
NOTOTERIDAE
118
patas de 4 segmentos ou menos com 1 garra
lábro e clípeo fosionados ,ábro e clíPeo separados por
uma sutura bem evidente
PRANCHA XXX
corpo achatado 
dorsoventralmente, tergitos 
torácicos e abdominais 
bem desenvolvidos, cabeça 
coberta totalmente ou em 
parte pelo pronoto 
LAMPYRIDAE
corpo redondo ou 
subcilíndrico, tergitos 
torácicos e abdominais 
pouco desenvolvidos ou 
ausentes, cabeça visível 
dorsalmente
urogonfos bem desenvolvidos 
de 1-3 segmentos, tergos 
abdominais bem desenvolvidos 
STAPHYLINIDAE
urogonfos reduzidos, 
tergos abdominais 
geralmente reduzidos 
ou ausentes 
HYDROPHILIDAE
processos digitiformes e 
articulados presentes em 
segmentos abdominais I-VIII, 
antenas de 2 segmentos, 
tamanho pequeno (< 2mm) 
TORRIDINCOLIDAE
abdome com 10 
segmentos, segmento 
IX com um par de 
urogonfos articulados 
de 1-2 segmentos 
STAPHYLINIDAE
E l - - - - - - - - - -
antenas mais longas que 
a cabeça, com mais de 
3 segmentos 
SCIRTIDAE
segmentos abdominais sem 
processos digitiformes e 
articulados, antenas com pelo 
menos 3 segmentos, tamanho 
variado
abdómen com 9 segmentos, 
segmento VIII ou IX podem 
ter um par de urogonfos 
fusionados e imóveis
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antenas curtas de 
3 segmentos 
prancha XXXI
119
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PRANCHA XXXI
antenas curtas de 3 segmentos
corpo achatado, 
cabeça e patas 
ocultas em vista 
dorsal
PSEPHENIDAE
corpo cilíndrico ou 
fusiforme, cabeça e 
patas visíveis 
em vista dorsal
último segmento abdominal 
com opérculo ventral
último segmento abdominal 
sem opérculo ventral
câmara brânquial
com 2 ganchos e brânquias câmara branquial sem ganchos e sem brânquias
ultimo segmento redondo 
posteriormente, abdome 
com pleuritos nos 
primeiros 4 segmentos 
LUTROCHIDAE
ultimo segmento pontudo posteriormente, 
abdome com pleuritos 
em, pelos menos, 5 segmentos 
ELMIDAE 
prancha XXXIII
opérculo reduzido, 
uroestemitos I-VII 
membranosos 
LIMNICHIDAE
abdome com brânquias
filamentosas
PTYLODACTILIDAE
opérculo bem desenvolvido 
estemito do último segmento 
abdominal achatado, 
segmentos abdominais I-V 
com estemitos pequenos, 
segmentos 6-8 
formando anéis completos 
DRYOPIDAE
abdome sem brânquias filamentosas 
HETEROCERIDAE
120
pemas ausentes ou vestigiais, aspecto 
vermiforme, não mais de 1 segmento
PRANCHA XXXII
cabeça hipógnata, corpo 
membranoso, exceto o protergo 
CURCULIONIDAE
cabeça prognata, corpo 
membranoso com placas esclerosadas 
HYDROPHILIDAE
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PRANCHA XXXIII
ELMIDAE LARVAS
7
corpo deprimido dorsoventralmente 
com expansões laterais achatadas e 
armadas de cerdas
corpo cilíndrico ou 
subcilíndrico
corpo fortemente achatado dorsoventralmente; 
pleura presente nos segmentos abdominais I-VIII 
Phanocerus
corpo não fortemente achatado 
dorsoventralmente; pleura presente 
nos segmentos abdominais I-VI
segmento abdominal VIII com um grande 
tubérculo dorsal em cada lado da linha 
mediana; expansões laterais dos 
segmentos largas, portando cerdas longas 
Hexanchorus
Tl
segmento abdominal VIII sem tubérculos; 
expansões laterais dos segmentos estreitas, 
portando uma fileira de cerdas curtas
Xenelmis
protórax com esterno posterior, 
cavidade procoxal fechada atrás 
prancha XXXIV
protórax sem esterno posterior; 
cavidade procoxal aberta atrás 
prancha XXXIV
122
protórax sem esterno posterior; cavidade procoxal aberta atrás
PRANCHA XXXIV
pleura abdominal restrita ao 
primeiro segmento; esternos 
torácicos com tubérculos 
Larva D
segmentos abdominais I-VII com pleura; 
esternos torácicos sem tubérculos
Larva E
• r z c x X O :X G £ F £ D a (
r o .
protórax com esterno posterior, cavidade procoxal fechada atrás
II--------------------------------------------------------------
superfície dorsal, do mesonoto ao segmento 
abdominal VIII, com tubérculos espatulados 
ou espinhos curtos arranjados em seis ou 
mais fileiras longitudinais ou diagonais 
distintas, mesopleura e metapleura divididas 
em dois ou três pleuritos
fileiras de tubérculos longitudinais ou 
diagonais em número de dez, do mesonoto 
ao segmento abdominal VIII; mesopleura e 
metapleura divididas em três partes 
Heterelmis
„ -------- ------------------------------- )|
superfície dorsal, do mesonoto ao segmento 
abdominal VIII, com tubérculos dorsais, se 
presentes, nunca arranjados em fileiras 
distintas, oblíquas ou longitudinais além de 
um par dorsal de fileiras acompanhando a 
linha mediana; mesopleura e metapleura 
divididas em dois pleuritos 
prancha XXXV
....................... ................ >1
fileiras de tubérculos longitudinais em 
número de seis no tórax e oito nos segmentos 
abdominais de I-VIII; mesopleura e 
metapleura divididas em duas partes
Larva A
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PRANCHA XXXV
superfície dorsal, do mesonoto ao segmento abdominal VIII, com tubérculos 
dorsais, se presentes, nunca arranjados em fileiras distintas, oblíquas ou 
longitudinais além de um par dorsal de fileiras acompanhando a linha mediana; 
mesopleura e metapleura divididas em dois pleuritos
dorso com tubérculos parcialmente 
arranjados em fileiras paralelas, pelo 
menos, em alguns segmentos 
Microcylloepus
dorso com ou sem tubérculos; se presentes, 
não arranjados em fileiras paralelas
cabeça com dente frontal distinto de 
cada lado, entre a antena e o clípeo
cabeça com dentes frontaií 
indistintos ou ausentei
corpo hemicilíndrico; tubérculos 
arredondados; pronoto com projeções 
anterolaterais pontiagudas, 
emarginando a cabeça 
Macrelmis
corpo cilíndrico; tubérculos espatulados; 
pronoto sem projeções anterolaterais 
pontiagudas 
Larva B.
tergitos abdominais com uma 
saliência mediodorsal, em pelo 
menos quatro segmentos, 
algumas vezes, com 
saliências laterodorsais 
Promoresia
tergitos com ou sem 
tubérculos, mas sem saliências 
como em Promoesia 
prancha XXXVI
PRANCHA XXXVI
dorso com tubérculos, mas sem saliências como em Promoresia
linha mediodorsal acompanhada, de 
cada lado, por uma fileira de tubérculos 
Hexacylloepus
dorso com tubérculos pequenos ou 
inconspícuos não formando fileiras 
ou elevações□oncüijonjna «3 ^ a e ô G G D i i i i r a
pleura presente nos segmentos abdominais 
I-VII; segmento abdominal IX três vezes 
mais longo que largo; opérculo ocupando o 
terço posterior do segmento 
Neoelmis
pleura presente nos segmentos abdominais 
I-II; segmento abdominal IX duas vezes mais 
longo que largo, com uma carena mediodorsal; 
opérculo um pouco menor que a metade do 
comprimento do segmento 
Larva C
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PRANCHA XXXVII
COLEOPTERA ADULTO
V
primeiro estemito abdominal visível completamente 
dividido pelas coxas III fusionadas ao 
metastemito
primeiro estemito abdominal visível não
dividido pelas as coxas III não
fusionadas ao metastemito 
prancha XXXVIII
olhos divididos 
GIRINIDAE
olhos não 
divididos
coxas III não expandidas 
ou, quando expandidas 
deixando os primeiros 
estemitos evidentes
tarso anterior e mediano aparentemente 
4 segmentado, pela presença de terceiro 
segmento profundamente bilobado 
DYTISCIDAE
tarso anterior e mediano 
evidentemente 5 segmentado
coxas III expandidas 
cobrindo os primeiros 
estemitos 
HALIPLIDAE
élitros curtos deixando 
descobertos os 
segmentos abdominais 
STAPHILINIDAE
élitros cobrindo os 
segmentos abdominais
tarso posterior 
com 2 garras 
iguais em 
tamanho; 
escutello não 
visivel
NOTERIDAE
tarso posterior 
com 1 garra; 
escutelo variavel 
DYTISCIDAE
126
primeiro estemito abdominal visível não dividido 
por as coxas III não fusionadas ao metastemito
PRANCHA XXXVIII
antena tão au mais longa quanto antena menor que o palpo maxilar, terminando
o palpo maxilar em um antenômero 3-5 segmentado
11 ^ 
coxas II muito separadas, 
coxas III perto entre si, 
ou contiguas, pernas 
retráteis em um sulco 
LUTROCHIDAE
coxas II e III 
pouco 
separadas, 
pernas não 
retráteis 
em um sulco
porção terminal da antena de 3 artículos, 
abdome com 5 estemitos visíveis, até 50 mm 
HYDROPHILIDAE
porção terminal da antena de 5 artículos 
em forma de cúpula, abdome com 6-7 
estemitos visíveis, até 2,5 mm 
HYDRANEIDAE
antena curta com os últimos 
6-9 antenômeros pectinados 
DRYOPIDAE
antena delgada, coxa 
anterior globular, 
antenômeros 
em tamanho, 
tarso com 
5 tarsômeros 
ELMIDAE 
prancha xxxix
antena clavada,coxa anterior não 
globular, últimos antenômeros 
tão largos quanto os 3-4 
anteriores combinados, tarsos 
com 4 tarsômeros 
TORRIDINCOLIDAE
antena sem 
antenômeros pectinados
127
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PRANCHA XXXIX
ELMIDAE - ADULTOS
7
antenas clavadas; pernas cobertas com 
cerdas, coxas anteriores transversais, 
trocantino visível
antenas filiformes; tíbias com tomento; 
coxas anteriores arredondadas ;
trocantino não visível
f f =
pronoto com uma forte impressão 
transversal atingindo as margens 
laterais 
Hexanchorus
= .. ..............\\ „ ,
pronoto com impressões laterais, 
estendendo-se medianamente e 
posteriormente, podendo ser 
contínuas à impressão formada 
por um sulco longitudinal 
Phanocerus
élitro com curta estria 
acessória na base, entre 
as primeira e segunda 
estrias 
Macrelmis
élitro sem 
estria acessória
epipleura com uma ou duas fileiras de grânulos 
Austrolimnius
epipleura sem fileiras de grânulos 
prancha XL
128
epipleura sem fileiras de grânulos
PRANCHA XL
pronoto freqüentemente com uma impressão 
transversal completa ou em forma de U, 
ocupando ou se iniciando nos 2/5 anteriores
pronoto ocasionalmente com ou sem 
impressão transversal; se presente, 
nunca nos 2/5 anteriores
pronoto sem impressão 
longitudinal distai 
mediana; freqüentemente 
com impressão transversal 
completa; cada élitro 
frequentemente com uma 
carena sublateral 
Neoelmis
pronoto com impressão longitudinal 
distai mediana; impressão oblíqua de 
cada lado, completa ou incompleta, 
em forma de U, nos 4/5 posteriores; 
cada élitro com duas carenas sublaterais, 
raramente com uma; epipleura 
raramente tomentosa 
Microcylloepus
proepímero e proepistemo com uma 
faixa de tomento estendendo-se da 
coxa à margem lateral do pronoto; 
pronoto com uma impressão longitudinal, 
mas sem impressão transversal 
Hexacylloepus
proepímero e proepistemo com ou sem 
tomento, mas, se presente, não alcançando a 
margem lateral do pronoto; pronoto sem 
impressão longitudinal, algumas vezes 
com impressão transversal
processo prosternai relativamente estreito 
entre as procoxas, largura nitidamente 
menor que a metade da largura da margem 
anterior do prostemo 
prancha XLI
processo prostemal largo entre as coxas, 
igual ou maior que á metade da largura 
da margem anterior do prostemo 
prancha XLI
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PRANCHA XLI
processo prostemal largo entre as coxas, igual ou 
maior que a metade da largura da margem 
anterior do prostemo
pronoto apresentando protuberâncias 
ou gibosidades 
Stegoelmis
pronoto sem protuberâncias ou gibosidades;
carenas geralmente presentes
pronoto com quatro carenas longitudinais 
formadas por pequenos tubérculos, sem 
impressão transversal; proepímero e 
proepistemo desprovidos de tomento 
Xenelmis
processo prostemal relativamente estreito entre 
as procoxas, largura nitidamente menor que a 
metade da largura da margem anterior do prostemo
ápice do processo prostemal arredondado; 
largura entre as coxas 1/4 da largura da 
margem anterior do prostemo; pronoto 
com área sem granulação de tamanho 
variável em tomo da linha média; sem 
carenas ou depressões 
Síenhelmoides
ápice do processo prostemal obliquamente 
truncado; largura entre as coxas 
aproximadamente 1/3 da largura da margem 
anterior do prostemo; pronoto granuloso, 
com carenas sublaterais e duas carenas
130
pronoto com duas carenas sublaterais, 
geralmente com impressão transversal na 
porção mediana; proepímero e proepistemo 
com tomento próximo à margem lateral
Heterelmis
medianas longitudinais incompletas
Cylloepus
Ordem
MEGALOPTERA
ETIMOLOGIA
Do grego megàlos = grande + pterón = asa; nominativo plural: pterá.
DESCRIÇÃO
Os megalópteros constituem um grupo pequeno, mas bastante diversificado, com cerca de 300 espé­
cies conhecidas (FROEHLICH, 1999).
O desenvolvimento é holometábolo com larva campodeiforme. As larvas são inteiramente aquáticas, 
predadoras generalistas, alimentando-se de vários insetos e pequenos invertebrados.
A cabeça é prognata, com peças bucais mastigadoras bem desenvolvidas e mandíbulas em forma de 
foice, abdome com tufos de brânquias bem desenvolvidas. Ápice com filamento caudal ou falsas pernas anais 
(pigópodes).
No Brasil, ocorrem duas famílias: Sialidae e Corydalidae, com três gêneros e 16 espécies (FROEHLI­
CH, 1999, COSTA e SIMONKA, 2006). Para o Estado do Rio de Janeiro, é registrada só a familia Corydalidae, 
entretanto, apresentamos a chave incluindo também Sialidae, por sua provável presença no território flumi­
nense.
As larvas dos coridalídeos são maiores (30-65 mm) e com mandíbulas mais robustas em relação às dos 
sialídeos.
GÊNEROS ENCONTRADOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Corydalidae
Corydalus Lastreille, 1802 
Sialidae Leach,1815 *
* provavelmente presente no Estado do Rio de Janeiro
131
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XLII
MEGALOPTERA
V
oito pares de filamentos abdominais 
de 2 segmentos; duas falsas pernas 
anais com garras 
CORYDALIDAE 
Corydalus
sete pares de filamentos abdominais 
de 3 segmentos; filamento caudal 
SIALIDAE
132
Ordem
NEUROPTERA
ETIMOLOGIA
Do grego neuron = nervo, fibra + pterón = asa; nominativo plural: pterá.
DESCRIÇÃO
A ordem Neuroptera é relativamente pequena. Atualmente, são conhecidas cerca de 4.500 espécies 
(COSTA e SIMONKA, 2006). Em fase larvar, apresentam peças bucais em forma de foice, com mandíbulas e 
maxilas sulcadas, e formando, juntas, um tubo alimentar. No Brasil, são presentes duas famílias: Sysiridae, 
com larvas aquáticas e Osmylidae, com larvas semiaquáticas. O ciclo de vida é holometábolo. As larvas 
são campodeiformes, de 4 á 8 mm de comprimento e possuem mandíbulas compridas,retas e em forma de 
agulha, com mandíbulas e maxilas sulcadas formando, quando justapostas, um tubo alimentar. Os palpos 
maxilares estão ausentes nos sisirídeos e presentes nos osmilídeos.
Os sisirídeos parasitam esponjas de água doce e apresentam brânquias ventrais digitiformes. Passam 
por três estágios ninfais e, quando maduros, saem das esponjas hospedeiras para tecerem o casulo na beira 
do rio, sobre plantas, madeiras ou outros materiais.
Os osmilídeos apresentam larvas semiaquáticas, não apresentam brânquias, vivem nas margens dos 
rios e alimentam-se de larvas de dípteros (USINGER, 1968).
Figura 41. Esquema de uma ninfa de Neuroptera da família Sysiridae (baseado em FITTER e MANUEL, 1993).
133
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XLIM
NEUROPTERA
V
palpos labiais presentes, palpos labiais ausentes,
brânquias abdominais ausentes brânquias abdominais presentes
OSMYLIDAE SISIRIDAE
134
Ordem
TRICHOPTERA
(baseadoem Barnes, 1985)
ETIMOLOGIA
Do grego trichos = pelo + pterón = asa; nominativo plural: pterá.
DESCRIÇÃO
Os tricópteros constituem uma ordem relativamente grande. No mundo, são conhecidas cerca de 
13.000 espécies (Holzenthal et al, 2007), sendo 378 espécies no Brasil (FROEHLICH, 1999). No Estado do Rio 
de Janeiro estão presentes 45 gêneros, pertencentes a 16 famílias.
Tricópteros apresentam desenvolvimento holometábolo. Os adultos são de vida aérea. As larvas e as 
pupas são aquáticas, com a exceção de poucas espécies como Enoicycla pusilla (Burmeister, 1839) (Limnephi­
lidae), terrestre, e Philanisus plebeius Walker, 1852 (Chathamiidae), marinha, (CHINERY, 1987). As larvas são 
campodeiformes ou eruciformes, com cabeça, tórax e abdome distintos, pernas torácicas bem desenvolvidas 
e um par de falsas pernas abdominais em posição terminal (pigópodes), cada uma terminando em garra anal 
(fig.xx).
Nas larvas, a posição dos olhos está relacionada com a dieta alimentar: as carnívoras têm os olhos na 
porção anterior da cabeça (Rhyacophylidae), as vegetarianas, mais atrás (Limnephilidae). As antenas são, em 
geral, rudimentares e as mandíbulas, robustas. No tórax, os tergitos são diversamente esclerosados, varian­
do nas diferentes famílias. O abdome é constituído de dez segmentos com diferentes formas, dependendo 
do hábito de vida: bem diferenciados e com cutícula robusta nas formas livres ou que não constroem casas 
transportáveis; com segmentos apresentando cutícula pouco esclerosada e três gibosidades, uma dorsal e 
duas laterais com função de fixar o corpo na casa, durante a locomoção. O abdome pode apresentar traqueo- 
brânquias filamentosas, isoladas ou em tufos cujo número e disposição têm importância taxonômica.
Todas as famílias ocorrem em ambientes lóticos; entretanto, apenas cinco famílias têm representan­
tes também em ambientes lênticos: Hydrospsychidae, Polycentropodidae, Hydroptilidae, Calamoceratidae e 
Leptoceridae. A maioria das espécies exige água de boa qualidade.
As larvas ocupam os mais variados nichos tróficos, tendo importante papel nas transferências de ener­
gia do ecossistema. Apresentam regime alimentar muito variado: fitófago, carnívoro, onívoro ou detritívoro. 
Nas diferentes categorias, existem várias especializações: entre as fitófagas, existem formas endófagas que 
perfuram e sugam as algas filamentosas (Hydroptilidae), ou as que engolem diretamente (Glossosomatidae); 
formas filófagas (Leptoceridae), xilófagas (Limnephilidae), detritívoras, que se nutrem de perifíton (Odonto- 
ceridae). Algumas famílias (Philopotamidae, Polycentropodidae, Hydropsichidae) pescam material à deriva, 
indiferentemente animal ou vegetal transportado pela correnteza e filtrado por suas redes de seda.
A característica mais conhecida destes animais é a capacidade de construir abrigos fixos ou móveis, 
utilizando uma secreção produzida pelas glândulas da seda (que se abrem na sumidade do lábio) e areia, pe­
dras pequenas ou porções vegetais. Com base na forma do casulo realizado, os tricópteros podem se dividir 
em três grupos:
• formas livres: Hydrobiosidae.
• sem casulo em abrigos de seda: Hydropsichidae, Polycentropodidae, Phylopotamidae, Ec- 
nomidae.
135
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• com casulo tubular mais ou menos cônico e recurvo, construído com grãos de areia: Atri- 
plectidae, Helycopsichidae, Leptoceridae, Limnephilidae, Odontoceridae, Sericostomatidae, 
Xiphocentroponidae.
Em muitos casos, estes abrigos apresentam formas e material de construção característicos, que po­
dem ser utilizados para a identificação de um táxon, até nível de gênero. Caso seja utilizada esta técnica, 
aconselha-se sempre controlar também a larva, sendo que existem formas oportunistas que ocupam abri­
gos vazios, como no caso da família Leptoceridae, na qual Triplectide pode ocupar casulos de Nectopsyche 
(CRISCI-BISPO, et al., 2004). No caso da família Helicopsichidae, devido à forma globosa do casulo, é preciso 
controlar a efetiva presença da larva no casulo, sendo que este pode estar presente em uma determinada 
localidade apenas em função do transporte da correnteza.
Figura 42. Casas de Trichoptera. 1) Hydroptilidae; 2) Leptoceridae; 3) Calamoceratidae; 4) Glossosomatidae; 5) Glosso- 
somatidae; 6) Odontoceridae; 7) Limnephilidae; 8) Helicopsichidae (baseado em MORETTI, 1983).
Observação: A chave apresentada deve ser utilizada, no caso da família Hydroptilidae, apenas para exem­
plares no quinto e último estádio larvar, apresentando esta família um desenvolvimento de 
tipo "hipermetamórfico", no qual os primeiros estágios têm vida livre e apresentam uma mor­
fologia muito diferente: muito pequenos, com pernas anais grandes e abdome não inchado 
(LOPRETTO e TELL, 1995; MARSHALL, 1979).
Chave dicotômica baseada em: WIHGGINS, 1996; ARAÚJO, CARRIJO, PEREIRA e NESSIMIAN,
2002; PAPROCKI, HOLZENTHAL e BLAHNIK, 2004; DUMAS e NESSIMIAN, 2006a,b.
GÊNEROS ENCONTRADOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Anomalopsychidae Flint, 1981 
Cotulma Flint 1969 
Atriplectidae Neboiss, 1977
Neoatriplectides Holzenthal 1997 
Calamoceratidae Ulmer, 1905 
Phylloicus Müller 1880 
Ecnomidae Ulmer, 1903
Austrotinoides Schmid, 1955 
Glossosomatidae Wallengren, 1891 
Mortoniella Ulmer, 1906
136
Helycopsichidae Ulmer, 1906 
Helicopsyche Siebold 1856 
Hydrobiosidae Ulmer, 1905 
Atopsyche Banks 1905 
Hydropsychidae Curtis, 1835 
Blepharopus Kolenati 1859 
Centromacronema Ulmer 1905 *
Leptonema Guerin 1843 
Macronema Pictet 1836 
Macrostenum Lolenati 1859 
Synoestropsis Ulmer, 1905 
Smicridea McLachlan 1871 
Hydroptilidae Stephens, 1836 
Abtrichia Mosely 1939 
Alisotrichia Flint, 1964 
Anchitricha Flint 1970 
Ascotrichia Flint 1983 *
Byrsopteryx Flint 1981 
Hydroptila Dalman, 1819 
Leucotrichia Mosely 1934 
Neotrichia Morton 1905 
Ochrotrichia Mosely 1934 
Oxyethira Eaton 1873 
Rhyacopsyche Mueller, 1879 
Leptoceridae Leach in Brewster, 1815 
Achoropsyche Müller 1879 *
Atanatolica Mosely 1936 
Grumichella Müller 1879 
Nectopsyche Müller 1879 
Neoathripsodes Holzenthal 1989 *
Notalina Mosely, 1936 
Oecetis McLachlan 1877 
Triplectides Kolenati 1859 
Limnephilidae Kolenati, 1848
Antarctoecia Ulmer, 1907 **
Odontoceridae Wallengren, 1891
Anastomoneura Humantico e Nessimian 2004 
Barypenthus Burmeister 1839 
Mar ilia Müller 1880 
Philopotamidae Stephens, 1829 
Alterosa Blanik 2005 *
Chimarra Stephens 1829 
Polycentropodidae Ulmer, 1903 
Cyrnellus Banks 1913 
Nyctiophylax Brauer 1865 
Polycentropus Curtis 1835 
Polyplectropus Ulmer 1905
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Sericostom atidae Stephens, 1836 
Grumicha Mueller, 1879 
Xiphocentroponidae Ross, 1949 
Xiphocentron Brauer 1870
registro para o Estado do Rio de Janeiro apenas da fase adulta 
' registro para o Estado de Minas Gerais, fronteiriço ao Rio de Janeiro
MORFOLOGIA GERAL
falsa perna
Figura 43. Esquemas de larvas de Trichoptera (baseado em TACHET et al., 1987).
abdômen tórax cab iça
Figura 44. Detalhe da garra terminal da falsa perna de uma larva de Trichoptera (redesenhado de WIHGGINS, 1996).
138PRANCHA XLIV
TRICHOPTERA
larvas com saliências 
Subordem Integripalpia 
prancha XLVII
{ r = =
pro, meso e metanoto esclerosado
prancha XLV
rs
labro membranoso em forma de “T” 
PHILOPOTAMIDAE
pranchaIL
larvas sem saliências 
Subordem Annulipalpia
somente o pronoto esclerosado 
........... ~ ' ■ ■ ■ ■ i
labro não membranoso e em forma de “T”
tíbia e tarso fusionados
XYPHOCENTRONIDAE
Xyphocentron
tíbia e tarso separados
trocantino não conspícuo e pata anterior quelada 
HYDROBIOSIDAE |
Atopsyche
trocantino distinto e perna anterior não quelada 
POLY CENTROPODID AE
I prancha IL
139
PRANCHA XLV
pro, meso e matanoto esclerosado
notos torácicos com esclerosação 
incompleta, garra anal com dois 
pares de dentes acessórios 
GLOSSOSOMATIDAE 
Moríoniella
notos torácicos 
completamente esclerosados
$
&
f f
it— ..— =
com brânquias no abdome 
H YDROPS Y CHID AE
prancha L
fl
sem brânquias no abdome, formas 
minúsculas (<5mm), abdome 
podendo ser mais largo que o tórax 
HYDROPTILIDAE
todos os notos torácicos com linha ecdisial pronoto com linha ecdisial 
prancha XLVI
OQ
tíbia da pata anterior 
com projeção ventral
abdome com tergitos, 
espinho basal no 
tarso curto
tíbia da pata anterior 
sem projeções 
Neotrichia
abdome sem tergitos, 
espinho basal no 
tarso longo 
Rhyachopsyche
abdome com tergitos, 
meso e meta notos com
somente tergito 
IX presente
extremo anterolateral
projetado
Ochotrichia
linhas ecdisiais da
cabeça visíveis,
pata anterior [
quelada P
Oxyethira
linhas ecdisiais da 
cabeça indistintas, 
pata anterior 
não quelada 
Hydroptila
140
pronoto com linha ecdisial
PRANCHA XLVI
abdome estreito, 
pernas anais longas 
Alisotrichia
abdome expandido, 
pernas anais curtas
tergito IX com cerdas 
curtas, rigidas 
e dispersas 
Abtrichia
tergito IX com cerdas com 
disposição regular, formando 
banda transversal e, eventualmente, 
cerdas medianas
com cerdas medianas sem cerdas medianas, formando 
banda transversal
Leucotrichia
com dois pares de 
cerdas medianas 
Anchitrichia
com mais de dois pares 
de cerdas medianas
141
>
a
n
i
H
t
O
X
O
-
S
H
PRANCHA XLVII
larvas com saliências, Subordem Integripalpia
unha acessória da garra anal 
como um pente, casa helicoidal 
HELICHOPS Y CHID AE 
Helichopsyche
unha acessória da garra anal não 
como um pente, casa não helicoidal
cabeça com carena e 
tergito IX não 
esclerosado
AN OM ALOPS Y CHID AE 
Cotulma
cabeça na maioria das 
vezes sem carena e 
tergito IX esclerosado; 
quando tergito IX não é 
eclerosado, cabeça nunca 
tem carena
cabeça pequena e estreita, 
pronoto retrátil, mesonoto 
com escleritos alongados 
ATRIPLECTIDAE 
Neoatriplectides
cabeça não pequena e 
redonda, pronoto não 
retrátil e mesonoto com 
esleritos não alongados
metastemo com 2 o mais cerdas 
LEPTOCERIDAE
prancha LI
metastemo sem cerdas 
prancha XLVIII
I 142
metastemo sem cerdas
PRANCHA XLVIII
labro com aproximadamente 14 cerdas, 
pronoto anterolateralmente pontiagudo 
CALAMOCERATIDAE 
Phylloicus
labro com aproximadamente 
6 cerdas, pronoto pode ser 
anterolateralmente 
pontiagudo
prostemo membranoso
SERICOSTOMATIDAE
Grumicha
prostemo esclerosado 
ODONTOCERIDAE
pronoto com projeções anterolaterais
pontiagudas
Barypenthus
carena lateral da cabeça bem desenvolvida; 
placas do mesonoto dividida em três escleritos; 
mesonoto com placas esclerosadas 
Marilia
pronoto sem projeções anterolaterais 
pontiagudas
carena lateral da cabeça reduzida; placa 
do mesonoto não dividida em escleritos;
mesonoto membranoso 
Anastomoneura
143
PRANCHA IL
PHILOPOTAMIDAE
labro membranoso em forma de ‘
margem anterior do clípeo com 
incisão conspícua, geralmente assimétrica 
Chimarra
margem anterior do clípeo sem incisão 
conspícua, pode apresentar assimetria 
LARVA A*
\ :
•
K i .JÉj
* esta larva apresenta características semelhantes as do gênero Wormaldia, que não tem ocorência registrada 
para o Estado do Rio de Janeiro. O gênero Alterosa, ocorente no Estado, por outro lado, não tem seu estado 
larvar conhecido
POLYCENTROPODIDAE
trocantino distinto e pata anterior normal
linha da perna anal com espinhos 
na margem ventral
linha da perna anal sem espinhos 
na margem ventral
pronoto com uma curta e robusta 
cerda anterolateral, esphinos da 
margem ventral muito menores da 
garra, unha acessória presente 
Nyctiophylax
pronoto sem curta e robusta cerda 
anterolateral, esphinos da margem 
ventral no maximo tão longos 
quanto a garra, unha acessória ausente 
Polyplectropus
placa dorsal da perna anal 
com duas bandas paralelas 
Cyrnellus
placa dorsal da perna anal 
com duas bandas 
contíguas 
formando um “X ” 
Polycentropus
144
PRANCHA L
HYDROPSYCHIDAE
com brânquias no abdome
brânquia com talo central com 
filamentos laterais saindo 
uniformemente da base até o ápice
brânquia com talo central com poucos 
filamentos laterais que não saem 
uniformemente, abdome com 
cerdas em forma de escama 
Smicridea
cabeça com carena lateral 
Blepharopus + Macrostenum
cabeça sem carena lateral
pernas anais muito longas 
dobradas na metade 
Macronema
pernas anais não tão longas 
e não dobradas na metade 
Leptonema
145
>
sn
iH
-o
o
io
PRANCHA LI
LEPTOCERIDAE
metastemo com 2 o mais cerdas
metanoto membranos metanoto com escleritos
palpo maxilar alongado, 
garras das patas anteriores 
longas e finas 
Oecetis
palpo maxilar curto, tubérculo 
lateral do segmento adominal I 
com área esclerotizada circular 
com linha arqueada 
Nectopsyche
metanoto com 4 escleritos metanoto com 3 escleritos 
prancha LII
tíbia da perna posterior dividida 
Triplecíides
tíbia da perna posterior inteira 
Notalina
146
PRANCHA Lll
metanoto com 3 escleritos
dente acessório da falsa perna 
tão longo quanto a unha 
Grumichella
dente acessório da falsa perna 
mais curto que a unha
Atanatolia
147
Ordem
DIPTERA
ETIMOLOGIA
Do grego dí-pteros, com duas asas, termo criado por Aristóteles (História dos Animais 1, 5,12). 
DESCRIÇÃO
Grupo de insetos representados por cerca de 151.000 espécies, conhecidos como moscas e mosquitos. 
A ordem divide-se em duas subordens: Nematocera, cujos adultos presentam antenas longas, e Brachycera 
no qual os adultos apresentam antenas curtas.
A ordem é caracterizada por um desenvolvimento holometábolo e uma larva de tipo vermiforme. O 
adulto caracteriza-se por apresentar apenas duas asas, sendo que o segundo par é vestigial, modificado em 
um balancim. O aparelho bucal pode ser do tipo mastigador, lambedor, sugador ou picador. A forma larvar 
não apresenta pernas articuladas e a locomoção é subsidiada por projeções de tipo e formas diferentes lo­
calizadas nas margens anterior e posterior de um ou mais segmentos. As projeções são basicamente de dois 
tipos: falsas pernas e saliências locomotoras, além de um terceiro tipo representado por discos adesivos.
As falsas pernas são tipicamente lobos carnosos arredondados ou ovais, divididos ou não, usualmente 
implantadas no protórax e no último segmento abdominal, ou em segmentos intermediários, com um ou 
mais espinhos curvos no ápice. As saliências locomotoras são intumescências intersegmentais transversais 
ventrais ou também dorsais com espinhos arranjados em fileiras. Os discos adesivos estão presentes em es­
pécies adaptadas para viver em riachos com forte correnteza.
Em linha geral, as larvas podem ser separadas em três tipos morfológicos principais com base na es­
trutura cefálica (Figura 45):
• eucefálica: com cabeça bem desenvolvida e completamente exposta, com peças bucais 
adaptadas para morder ou mastigar;
• hemicefálica: com cápsula cefálica mais ou menos reduzida ou posteriormente incompleta, 
parcialmente inserida no protórax, com mandíbulas em forma de foice;
• acefálica: cápsula cefálica reduzida e perda de esclerosação da parte externa, associada à 
retração quase completa no tórax.
148
I * T
Figura 45. Larvas de Diptera. a) eucefálica - Simulidae; b) hemicefálica - Tipulidae; c) acefálica - Tabanidae (redese­
nhado deFITTER e MANUEL, 1993).
O reconhecimento de uma larva eucefálica é, geralmente, simples. Porém, é mais difícil a distinção 
entre as larvas dos tipos hemicefálica e acefálica. As acefálicas podem ser distinguidas quando os ganchos 
bucais estão visíveis, por serem ventralmente curvados. Quando a cabeça está retraída, podem ser distingui­
das pela forma da porção anterior cônica e pontuda, contrariamente às hemicefálicas, que a apresentam larga 
e arredondada (PROVÍNCIA AUTONOMA Dl TRENTO, 1992).
Do ponto de vista ecológico, as larvas de Diptera ocupam todos os tipos de ambientes aquáticos. Isso 
se deve, principalmente aos vários mecanismos usados para respiração, que pode ser do tipo branquial, aérea 
ou mista. Algumas espécies possuem longos sifões telescópicos para alcançar a superfície, outras possuem 
hemoglobina na hemolinfa, permitindo ocupar ambientes extremamente pobres em oxigênio. Em geral, den­
tro de uma família existe uma grande variedade em relação aos habitats e ao regime alimentar. Algumas 
famílias, porém, apresentam uma precisa fisionomia ecológica, como no caso de Simuliidae, exclusivamente 
reófilos e microfiltradores (PROVÍNCIA AUTONOMA Dl TRENTO, 1992).
Chave dicotômica baseada em: TACHET, BOUNARD e RICHOUX, 1987; COSTA e SIMONKA, 2006. 
FAMÍLIAS ENCONTRADAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Blephariceridae Loew, 1861 
Ceratopogonidae Newman, 1834 
Chaoboridae Edwards, 1912 
Chironomidae Newman, 1834 
Culicidae Stephens, 1829 
Deuterophlebiidae Edwards, 1922* 
Dixidae Schiner, 1868 
Dolichopodidae Latreille, 1809* 
Empididae Latreille, 1804 
Ephydridae Zetterstedt, 1837 
Psychodidae Newman, 1834 
Sarcophagidae Macquart, 1834* 
Scatophagidae Robineau-Desvoidy, 1830* 
Sciomyzidae Fallen, 1820*
Simuliidae Newman, 1834 
Stratiomyidae Latreille, 1804
149
a 
H 
lU 
BC <
Syrphidae Latreille, 1802 
Tabanidae Latreille, 1802 
Thaumaleidae Bezzi, 1913* 
Tipulidae Latreille, 1802
provavelmente presentes no Estado do Rio de Janeiro
DIPTERA
PRANCHA Llll
Eucefálico -
cabeça bem desenvolvida e 
completamente exposta, com 
peças bucais adaptadas para morder 
ou mastigar, não retrátil no tórax
prancha LIV
Hemicefálico -
cápsula cefálica mais ou menos 
reduzida ou incompleta posteriormente, 
parcialmente inserida no protórax, com 
mandíbulas em forma de foice
prancha LVI
Acefálico -
cápsula cefálica reduzida 
e ausência de esclerotização 
da parte externa, associada a retração 
quase completa no tórax
prancha LVI
IL 
H 
111 
CC 
<
PRANCHA LIV
DIPTERA
LARVAS COM CABEÇA EVIDENTE 
(EUCEPHALA)
/
com falsas pemas
número de falsas pemas
1
falsas pemas torácica e 
círculo de ganchos anais 
SIMULIDAE
V
sem falsas pemas 
prancha LV
>2
II
abdominais
DIXIDAE
torácica + anal
sem tubérculos ou 
processos carnosos
com tubérculos ou 
procesos carnosos 
CERATOPOGONIDAE
cabeça hipognata, segmentos 
esclerificados, 2 curtos tubos
' ■ * * • * 4 ’ " i W
cabeça prognata, segmentos 
não esclerificados, sem tubos 
respiratórios no protorax 
CHIRONOMIDAE
respiratórios no protorax 
THAUMALEID AE
6 ventosas, 5 pseudopódos 
BLEPHARICERIDAE
152
PRANCHA LV
sem falsas pernas
com longo tubo respiratório 
PT YC HO P IE RI D AE
sem longo tubo respiratório
tórax: mais largo que o abdome tórax tão largo quanto o abdome
antenas preênseis com 
longos espinhos apicais 
CHABORIDAE
antenas não preênseis sem 
longos espinhos apicais 
CULICIDAE
cabeça de comprimento
igual o mais de 2 vezes a largura
CERATOPOGONIDAE
cabeça de comprimento 
menor ou igual a largura
5
g g p j
corpo com deposições calcáreas 
evidentes, formando um 
padrão granulado, sem 
sifão respiratório e 
segmentos esclerificados 
STRATIOMIDAE
corpo sem padrão granulado, 
com sifão respiratório e 
segmentos esclerificados 
PSYCHODIDAE
153
L 
k- 
IU 
0£ 
<
a 
h 
ui te. <
PRANCHA LVI
LARVAS SIM CABEÇA EVIDENTE 
(ACEPHALA + HEMICEPHALA)
com falsas pemas sem falsas pemas
circundando o corpo 
TABANIDAE
não circundando o corpo
com 2 filamentos 
terminais, espiraculos 
presentes no ápice dos 
filamentos 
EPHRYDIDAE
com ou sem filamentos 
terminais, espiráculos não 
presentes no ápice 
dos filamentos 
EMPIDIDAE
com longo sifao respiratório telescópico 
SYRPHIDAE
espiráculos caudais 
separados e situados 
em placa esclerotizada curta 
SCIOMYZIDAE
com saliências locomotoras,
dípteros muscoides
CALLIPHORIDAE
DOLICHOPODIDAE
MUSCIDAE
RHAGIONIDAE
SARCOPHAGIDAE
SCATOPHAGIDAE
sem sifao respiratório
sem saliências 
locomotoras
espiráculos circundados 
por projeções carnosas, 
pode apresentar parte 
final inflada 
TIPULIDAE
154
Ordem
LEPIDOPTERA
(baseado em La Greca, 1990)
ETIMOLOGIA
Do grego lepís, genitivo singular lepídos = escama + pterón = asa; nominativo plural: pterá.
DESCRIÇÃO
Os lepidópteros são o grupo de insetos mais conhecidos, geralmente denominados com os nomes 
vulgares de borboletas, mariposas, traças etc. Embora constituam uma das maiores ordens de insetos, com 
cerca de 150.000 espécies conhecidas, apenas uma pequena parte ocorre em ambiente aquático. Dentre estes, 
os melhores adaptados são os piralídeos, da subfamília Nymphulinae (DA SILVA e NESSIMIAN, 1991).
Os lepidópteros apresentam desenvolvimento holómetabolo com larva de tipo eruciforme, geralmente 1 
conhecida pelo nome de lagarta. A cabeça é bem diferenciada, superiormente dividida pela sutura epicra- gg
nial, que se prolonga dos dois lados da fronte como um "Y" invertido. Há seis cerdas de cada lado do escudo 
cervical e o aparelho bucal é do tipo mastigador. O corpo alongado é constituído por três segmentos torácicos 
e dez abdominais. O tórax apresenta três pares de pernas com segmentos distintos e garra terminal forte. No f
abdome, há cinco pares de falsas pernas nos segmentos III-VI e X. Os segmentos IX e X estão fundidos. Pode ®
haver filamentos branquiais.
As larvas alimentam-se de plantas aquáticas, habitando tanto águas lênticas quanto lóticas.
Figura 46. Pyralidae ind.
155
-I 
UI 
Q
.
GLOSSÁRIO
abdome ♦ em inseto, terceira região do corpo, que contém os órgãos da digestão, caracterizada 
pela ausência geral de apêndices locomotores.
acefálico ♦ que tem a cápsula cefálica reduzida e perda de esclerotização da parte externa, 
associada à retração quase completa no tórax.
água contaminada ♦ água que contém micróbios patogênicos ou substâncias venenosas.
ametábola ♦ subclasse de insetos primitivos na qual as formas que saem do ovo são iguais ao 
adulto, com exceção do tamanho e do aparelho reprodutor.
anisotrópico ♦ em porifera, que possui espículas com as duas pontas desiguais.
antena ♦ em insecta, órgão apendicular segmentado, situado na região cefálica, com função 
sensorial; em crustacea, segundo par de antenas (antena II).
antênula ♦ em crustacea, primeiro par de antenas (antena I).
ápice ♦ vértice, extremidade distai.
ápode ♦ em inseto, forma larvar com corpo desprovido de patas ou pseudopatas locomotoras.
áptero ♦ desprovido de asas.
arista ♦ cerda especializada, lisa ou ramificada, geralmente situada na parte dorsal do artículo 
apical da antena.
aristado ♦ provido de arista.
bentônico ♦ que vive, pelo menos parte da vida, no substrato disponível no corpo d’água.
biomonitoramento ♦ atividade de monitoramento utilizando a biota.
biossegurança ♦ ciência que tem como objetivo principal dotar os profissionais e as instituições 
de ferramentas para o desenvolvimento de atividades com um grau de segurança adequado, 
seja para o profissional de saúde, seja para o meio ambiente ou para a comunidade.
birreme ♦ em crustáceo, relativo às patas constituídas por dois ramos.
brânquia ♦ em organismos aquáticos, órgão formado pela evaginação da parede do corpo ou do 
intestino posterior, com função respiratória.
braquíptero ♦ em insecta, espécime com asas reduzidas.
campodeiforme ♦ em insecta, larva com formas alongadas, pernas articuladas e grande 
capacidade locomotora.
capitado ♦ que apresenta a extremidade dilatada ou alongada.
carapaça ♦ em crustacea, envoltório protetor, encobrindoparcial ou totalmente o animal.
carpo ♦ em odonata, pterostigma, mancha colorida perto do ápice da asa.
cefalotórax ♦ em aracnída e crustacea, região anterior do corpo, resultante da fusão dos metâmeros 
cefálicos com alguns ou todos os metâmeros torácicos.
cerco ♦ em insecta, apêndice do décimo primeiro segmento do abdome, geralmente filamentoso e 
segmentado, com funções sensoriais.
157 I
GLOSSÁRIO
cerda ♦ expansão filiforme cuticular, articulada na base; pelo, seta.
clavado ♦ diz-se de estrutura cuja porção apical aumenta gradualmente em tamanho, em forma de 
clava; tipo de antena portadora de clava.
clípeo ♦ em insecta, esclerito da área frontal da cabeça, situado entre o labro e a fronte.
coanócito ♦ em porifera, célula que contém um flagelo circundado por um colar de microvilosidades, 
tipicamente arredondadas, em monocamadas, câmaras ou átrios; é responsável pela geração 
da corrente de água e pela filtração de alimento.
coanossoma ♦ em porifera, porção mais interna do corpo, geralmente distante mais de 0,1-1,0mm 
da superfície, na qual estão concentradas as câmaras de coanócitos.
coriáceo ♦ que tem a consistência ou a semelhança do couro.
coxa ♦ em arthropda, segmento basal da perna, por meio do qual esta se articula com o corpo.
cutícula ♦ em arthropoda, camada externa proteica secretada pela epiderme; envoltório.
dáctilo ♦ em crustacea, artículo terminal de uma perna ou de um maxilípede; em quelípode, é o 
dedo móvel.
dedo ♦ ver dáctilo.
dextrógira ♦ em molusca, diz-se de concha com abertura voltada para a direita.
Dowicil® ♦ nome comercial de uma substância preservante antimicrobiana.
dulciaquícola ♦ que vive em água doce; dulcícola.
ecdise ♦ em insecta e crustacea, fenômeno de perda do antigo exosqueleto, com a formação de 
um novo.
ectocisto ♦ em ectoprocta, membrana quitinosa de origem ectodérmica, que cobre as zoécias.
ectossoma ♦ em porifera, porção mais externa (superficial) do corpo, na qual não há câmara de 
coanócitos.
élitro ♦ em coleóptera, asa modificada em estrutura lamelar dura, com função de proteger o 
segundo par de asas.
endoesqueleto ♦ esqueleto interno.
EPI ♦ abreviatura de equipamento de proteção individual.
epibentônico ♦ que vive, pelo menos parte da vida, nos primeiros centímetros do substrato 
disponível no corpo d’água.
epipleura ♦ em coleóptera, margem lateral do élitro, dobrada para baixo.
epiprocto ♦ em insecta, placa dorsal do décimo segmento abdominal.
epistoma ♦ em ectoprocta, dobra longa e estreita, em forma de meia-lua, situada sobre a boca.
eruciforme ♦ em insecta, diz-se de larva com corpo cilíndrico e breves apêndices não articulados 
no abdome (pseudopernas).
158
GLOSSÁRIO
escarabeiforme ♦ em insecta, diz-se de larva com corpo cilíndrico e pernas articuladas, mas sem 
grande capacidade locomotora.
espécie alóctone ♦ espécie cuja origem e ocorrência não são naturais em águas de Unidade 
Geográfica Referencial (UGR).
espécie autóctone ♦ espécie cuja origem e ocorrência são naturais em águas de Unidade 
Geográfica Referencial (UGR).
espécie continental ♦ em biota aquática, espécie perfeitamente adaptada aos hábitos dulcícolas.
espécie exótica ♦ espécie que está presente fora de seus limites geográficos naturais, em 
consequência de atividade humana.
espécie litorânea ♦ em biota aquática, espécie encontrada nas bacias costeiras e no curso inferior 
de grandes rios.
espícula ♦ em porifera, formação de natureza mineral que constitui o endoesqueleto. 
espinho hepático ♦ em crustacea, espinho presente na região hepática, 
espira ♦ em molusca, giro de uma concha.
estádio ♦ instar. Período entre duas mudas sucessivas ou entre a eclosão e a primeira muda.
estágio ♦ cada uma das etapas pelas quais o inseto passa durante sua vida.
estatoblasto ♦ em ectoprocta, corpo multicelular resistente, capaz de produzir um novo indivíduo.
estema ♦ em insecta, olho característico das larvas de holometábolos, muitas vezes impropriamente 
denominado ocelo.
esternito ♦ em insecta, placa ventral do exosqueleto de um segmento abdominal ligada aos 
tergitos dorsais por meio de pleuritos laterais; pode ser fortemente ou fracamente quitinizado.
estilada ♦ em insecta, diz-se de antena provida de estilo ou estilete.
estilo ♦ em insecta, processo semelhante a uma cerda no ápice de uma antena, resultante do 
alongamento do último segmento.
estrôngilo ♦ em porifera, espícula (megasclera) monaxial, com as duas pontas arredondadas.
Eucaine® ♦ eucaína; alcalóide sintético usado como anestésico local.
eucefálico ♦ em insecta, que tem a cabeça bem desenvolvida e completamente exposta, com 
peças bucais adaptadas para morder ou mastigar.
exosqueleto ♦ esqueleto externo.
exuviação ♦ fenômeno de perda do antigo exosqueleto.
FAA ♦ substância conservante constituída de formol 37%, álcool 70% e ácido acético, 
falciforme ♦ que tem aspecto de foice; recurvado do meio para o ápice.
falsa perna ♦ em insecta, lobo carnoso oval ou arredondado, dividido ou não, usualmente 
implantado no protórax e no último segmento abdominal; ou em segmentos intermediários, com 
um ou mais espinhos curvos no ápice; pseudoperna.
159
GLOSSÁRIO
farado ♦ em insecta, quando o novo estágio é envolvido pela cutícula do estágio anterior.
fêmur ♦ em arthropoda, terceira porção da perna, situada entre o trocânter e a tíbia.
filiforme ♦ em insecta, diz-se de antena cujos artículos, em forma de fio ou filamento, são 
aproximadamente cilíndricos e possuem o mesmo diâmetro.
flabelada ♦ em insecta, diz-se de antena na qual os artículos se estendem lateralmente e tomam 
o aspecto de folha.
formol ♦ solução aquosa do gás formaldeído (40%).
freático ♦ que vive em estratos mais profundos (5 cm) de substrato disponível no corpo da água.
fronte ♦ em insecta, região da cabeça, situada acima do clípeo e abaixo das suturas frontais.
fúrcula ♦ em collembola, órgão saltador, na forma de uma estrutura bifurcada, presente no quarto 
segmento abdominal.
fusiforme ♦ diz-se de estrutura com as extremidades distai e proximal afiladas e a parte mediana 
dilatada.
garra ♦ em insecta, processo curto e pontiagudo na extremidade do tarso.
gena ♦ em insecta, área da cabeça situada atrás e abaixo dos olhos compostos, localizados entre
as suturas frontal e occipital.
geniculado ♦ dobrado em ângulo mais ou menos agudo.
glicerol ♦ composto orgânico pertencente à função álcool; é líquido à temperatura ambiente (25°C), 
higroscópico, inodoro, viscoso e de sabor adocicado; propano-1,2,3-triol, também conhecido 
como glicerina, termo que se refere ao produto na forma comercial, com pureza acima de 95%.
globoso ♦ que tem forma de globo ou esfera.
helicoidal ♦ que tem forma de hélice.
helicoidal cônica ♦ em molusca, concha em forma de hélice que se desenvolve em dois planos, 
em forma de cone.
hemicefálico ♦ em insecta, que tem a cápsula cefálica mais ou menos reduzida ou incompleta 
posteriormente, parcialmente inserida no protórax, com mandíbulas em forma de foice.
hemiélitro ♦ em insecta, asa anterior que apresenta a porção basal coriácea e a apical membranosa.
hemimetábola ♦ subclasse de insetos nos quais as formas juvenis (ninfas ou náiades) são 
diferentes da forma adulta; vivem em ambiente aquático, sendo que os adultos são terrestres e se 
diferenciam por apresentarem estruturas relacionadas ao meio aquático, como traqueobrânquias 
etc., além de aspectos relacionados ao desenvolvimento (asas, sistema reprodutor).
hipógnata ♦ que apresenta a cabeça com peças bucais voltadas para baixo.
hoiometábola ♦ subclasse de insecta nos quais as fases juvenis (larvais) são muito diferentes 
da adulta, seja estruturalmente, seja ecologicamente; apresentam uma fase quiescente e 
metamorfose completa em um pupário.
instar ♦ cada uma das etapas do estágio larvar, delimitado entre duas mudas; estádio, período.
160
GLOSSÁRIO
isotrópico ♦ em esponja, que possui espículas com as duas pontas iguais.
kick sampling ♦ método de coleta em que se perturba o substrato em frente à abertura da rede,com golpes regulares com os pés.
labium ♦ em insecta, lábio ou lábio inferior.
labrum ♦ em insecta, labro ou lábio superior.
lamelada ♦ em forma de lâmina
larva ♦ em insecta holometábola, estágio posterior ao estágio de ovo e que antecede o estágio de 
pupa.
lêntico ♦ diz-se de ambiente aquático continental em que a massa de água é estacionária (p. ex. 
lago, açude, poça, brejo etc.).
lígula ♦ em insecta, lobo terminal central do lábio, na margem distai do premento, representado 
pela fusão das glossas e paraglossas.
lótico ♦ diz-se de ambiente aquático continental em que a massa de água flui.
macroinvertebrado ♦ invertebrado cujo tamanho, no final do estado larvar ou na fase imaginai, 
raramente é inferior a um milímetro.
máscara facial ♦ em odonata, lábio longo e preênsil dobrado medianamente e voltado para trás, 
usado para a captura de presas.
maxila ♦ em insecta, uma das peças bucais, situada entre as mandíbulas e o lábio.
maxilípode ♦ em crustacea, apêndice torácicos modificado para a apreensão da comida; 
maxilípede.
megasclera ♦ em porifera, espícula relativamente grande, principal componente do esqueleto.
mero ♦ em crustácea, parte posterior da base da coxa, quando esta é dividida por uma sutura 
vertical.
mesoesterno ♦ em insecta, arco ventral do exosqueleto do segundo segmento torácico; pode ser 
fortemente ou fracamente quitinizado
mesopleura ♦ em insecta, arco lateral do exosqueleto do segundo segmento torácico; pode ser 
fortemente ou fracamente quitinizado.
mesotórax ♦ em insecta, segundo segmento do tórax.
metaesterno ♦ em insecta, arco lateral do exosqueleto do terceiro segmento torácico; pode ser 
fortemente ou fracamente quitinizado.
metâmero ♦ segmento, divisão do corpo de um animal.
metapleura ♦ em insecta, arco lateral do exosqueleto do terceiro segmento torácico; pode ser 
fortemente ou fracamente quitinizado
metatórax ♦ em insecta, terceiro segmento do tórax.
microinvertebrado ♦ invertebrado que, raramente, supera um milímetro de comprimento.
GLOSSÁRIO
microsclera ♦ em porifera, espícula relativamente pequena, componente acessório do esqueleto.
moniliforme ♦ diz-se de antena cujos artículos são arredondados e constritos, em intervalos 
regulares.
MS 222® ♦ nome comercial do m-aminobenzoato de etila (ethyl m-aminobenzoate), componente 
de um anestésico usado em vertebrados; produzido pela Sandoz Products Ltd. (Londres).
multiespicular ♦ em porifera, feixe composto por muitas espículas (mais de 10), dispostas lado a 
lado.
multivoltina ♦ diz-se de espécie que realiza mais de uma geração por ano 
náiade ♦ forma juvenil de odonata; ninfa aquática com respiração branquial, 
ninfa ♦ em insecta, forma juvenil de hemimetábolo.
nomenclatura ♦ ramo da biologia que tem como finalidade prover nomes para os táxons. 
ocelo ♦ em artrópode, olho simples, 
odonáiade ♦ forma juvenil de odonata;
omatídio ♦ em insecta, unidade fotorreceptiva de um olho composto.
opérculo ♦ em molusca, formação córnea ou calcárea que ocorre em diversos gastropódes, cuja 
função é fechar a abertura, quando o animal se retrai completamente.
opistógnata ♦ cabeça com peças bucais que projetam-se para trás.
óxea ♦ em porifera, espícula monoaxônica diactina que possui duas extremidades pontiagudas.
palma ♦ em crustacea, porção proximal do própode da quela; em inseto, segmento basal do tarso 
anterior, quando alargado e especificamente modificado.
palpo ♦ em insecta, estrutura alongada e segmentada das maxilas e do lábio.
papila ♦ excrescência carnosa ou pequena estrutura cônica ou saliente.
paracerco ♦ em insecta, cerco mediano.
paraprocto ♦ em insecta, um dos dois lobos formados pela porção lateroventral do epiprocto.
pauciespicular ♦ em porifera, feixe espicular com poucas espículas (entre 2 e 10), lado a lado.
paurometábola ♦ subclasse de insecta que apresentam metamorfose incompleta ou gradual; as 
formas imaturas são semelhantes às adultas, porém não apresentam asas e outras estruturas 
imaginais desenvolvidas
pectinada ♦ em insecta, antena cujos artículos se prolongam para os lados, ficando com aspecto 
de pente.
pedunculado ♦ provido de pedúnculo.
pentobarbiatal sódico ♦ barbitúrico anestésico, em solução alcoólica ou aquosa, 
peréon ♦ em crustacea, tórax.
pereópode ♦ em crustacea, apêndice torácico modificado para a locomoção.
162
GLOSSÁRIO
pigídio ♦ em annelida, último segmento do corpo, 
pigópode ♦ em insecta, apêndice anal munido de garra.
plano espiral ♦ em molusca, concha espiral que se desenvolve em um só plano, 
pléon ♦ em crustacea, abdome.
pleópode ♦ em crustacea, apêndice do abdome modificado para o nado e a respiração.
pleurito ♦ em insecta, arco lateral do exosqueleto ligado aos tergitos dorsais e aos esternitos 
ventrais; pode ser fortemente ou fracamente quitinizado.
plumosa ♦ em insecta, diz-se de antena com aspecto de pena de ave.
polípode ♦ em insecta, forma de larva com apêndices articulados também nos segmentos 
abdominais.
pós-mento ♦ em odonata, porção proximal do lábio.
premento ♦ em odonata, porção distai do lábio.
prognata ♦ diz-se de cabeça com peças bucais voltadas para frente.
própode ♦ em arthropoda, o penúltimo segmento de um apêndice; em insecta, corresponde ao 
tarso.
propylene phenoxetol ♦ fenoxetol de propileno; substância usada como relaxante, anestésico e 
conservante, em solução aquosa 1-2%.
prosterno ♦ em insecta, arco ventral do exosqueleto do primeiro segmento torácico; pode ser 
fortemente ou fracamente quitinizado.
prostômio ♦ em annelida, primeiro segmento do corpo.
protórax ♦ em insecta, primeiro segmento torácico.
pseudopata ♦ em insecta, apêndice locomotor não segmentado.
pterostigma ♦ em odonata, mancha colorida perto do ápice da asa.
quelícera ♦ em chelicerata, cada um dos apêndices que apresentam um ferrão caniculado ligado 
à uma glândula venenífera.
reófilo ♦ diz-se de organismo adaptado à vida em águas correntes; reóbio.
rostro ♦ em crustacea, projeção mediana anterior da carapaça; em insecta, aparelho bucal formado 
por uma bainha articulada em hemípteros e homópteros; extensão rígida e proeminente da 
cabeça de alguns coleópteros.
saliência locomotora ♦ em insecta, intumescência intersegmentar transversal ventral, ou também 
dorsa I, com espinhos arranjados em fileiras.
semivoltina ♦ diz-se de espécie que necessita de dois anos para completar o ciclo.
serreada ♦ serrilhada.
séssil ♦ diz-se de órgão fixado diretamente à parte principal de um ser vivo, sem pecíolo, pedúnculo 
ou constrição.
163
GLOSSÁRIO
setácea ♦ provida de cerdas ou com aspecto de cerda.
sinistrógira ♦ em molusca, diz-se de concha com abertura voltada para a esquerda.
sistemática ♦ ramo da biologia que se ocupa da organização, caracterização e denominação dos 
grupos de organismos, do estabelecimento das relações de parentesco entre esses grupos, da 
identificação de formas já conhecidas e da descrição e denominação de novas formas.
Stovaine® ♦ estovaína; cloridrato de amilênio usado como anestésico local, substitutivo da cocaína.
subimago ♦ em ephemeroptera, a primeira das duas fases aladas, após a saída da água.
tarso ♦ em insecta, porção distai da perna após a tíbia, composta de cinco tarsômeros.
tarsômero ♦ cada um dos segmentos do tarso.
taxinomia ♦ ver taxonomia.
taxonomia ♦ ramo da biologia que trata de tudo que se refere à organização, definição e ordenação 
dos grupos.
teca alar ♦ em insecta imaturo, estrutura em forma de invólucro, com função de proteção das asas. 
telso ♦ em crustacea, segmento terminal do abdome, 
télson ♦ em artrhopoda, segmento terminal ímpar.
tentáculo ♦ apêndice afilado que ocorre na cabeça de diversos animais invertebrados, servindo 
para o tato, alimentação ou proteção.
tergito ♦ em inseto, arco dorsal do exosqueleto ligado aos esternitos ventrais por meio dos pleuritos 
laterais; pode ser fortemente ou fracamente quitinizado.
tíbia ♦ em insecta, quarto segmento da perna, situado entre o fêmur e o tarso.
tórax ♦ em insecta, região do corpo situada entre acabeça e o abdome.
trocânter ♦ em insecta, segundo segmento da perna, situado entre coxa e fêmur.
trocantim ♦ em coleoptera, pequeno esclerito na parede torácica, imediatamente anterior à base 
da coxa.
trocantino ♦ em insecta, porção basal do fêmur que se torna independente e separada da porção 
distai por uma sutura.
turriculado ♦ diz-se de concha que tem espiral muito alongada.
unha ♦ garra.
univoltina ♦ diz-se de espécie que realiza uma geração por ano.
urogonfo ♦ em insecta, apêndice fixo ou móvel do nono e décimo segmentos.
urópode ♦ em crustacea, apêndice do penúltimo segmento, muita vezes vistosamente modificado.
164
FONTES ICONOGRÁF ICAS
Créditos das Fontes Iconográficas utilizadas nas pranchas
(os créditos do material gráfico e fotográfico não citado são referentes ao primeiro autor desta obra)
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Web Project; disponível em http://to lweb.org/tree/phylogeny.htm l (acesso em 17/01/2008).
USINGER, R.L. (Ed.). Aquatic insects of California. Berkeley: University of Califórnia Press, Berkeley, 1968.
VAZ, J.F.; TELES, H.M.; CORREA, M.A. et al. Ocorrência no Brasil de Thioro (Melonoides) tuberculato (Muller, 1774) (Gastropoda, 
Prosobranchia), the 1st intermediate host of Clonorchis sinensis (Cobbold, 1785) (trematoda, Plathyhelmintes). Revista de 
Saúde Pública, São Paulo, v.20, n°4, p.318-322, 1986.
VERDONSCHOT, P.F.M. Porifera. In: ISMAEL, D.; VALENTI, W.C.; MATSUMURA-TUNDISI, T. et al. (Ed.) Biodiversidade do Estado de São 
Paulo. São Paulo: FAPESP, 1999, v.4: Invertebrados de água doce.
VERDONSCHOT, P.F.M.; WANG, H.; PINDER, A. e al. (Ed) Aquatic Oligochaete Biology IX of the Whole Class Oligochaeta: In the 
European Water Framework Directive (WFD: European Commission, 2000), a European need and approach beyond masses and 
blooms: the indicative value of oligochaetes. Hydrobiologia, Dordrecht, v.564, p.127-142, 2006.
VOLKMER-RIBEIRO, C. Porifera. In: ISMAEL, D.; VALENTI, W.C.; MATSU MURA-TUNDISI, T. et al. (Ed.) Biodiversidade do Estado de São 
Paulo. São Paulo: FAPESP, 1999, v.4: Invertebrados de água doce.
VOLKMER-RIBEIRO, C.; BATISTA, T.C.A. Levantamento de cauxi (Porifera, Demospongiae), provável agente etiológico de doença 
ocular em humanos, Araguatins, rio Araguaia, Estado do Tocantins, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, v.24, n°l, 
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VOLKMER-RIBEIRO, C.; PAULS, S.M. Esponjas de agua dulce (Porifera, Demospongiae) de Venezuela. Acta Biologica Venezuelica, 
Caracas, v.20, n .l, p.1-28, 2000.
WEBER, C.l. (Ed.). Biological field and laboratory methods for measuring the quality of surface water and effluents. Cincinati: 
NERC/EPA, 1973.
WIGGINS, G.B. Larvae of the North American caddisly genera (Trichoptera). 2nd ed. Toronto: University of Toronto Press, 1996.
WITZING, J.F.; HUNTER, J.F.; AVAULT Jr., J.W. Predation by dragonfly naiads Anax junius on young crayfish Procambarus clarkia. 
Journal of World Aquaculture Society, Malden, MA, v.17, p.58-63, 1986.
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Geneva: WHO, 1985.
ZAITUNE PAMPLIN, P.A.Z. Bárbaras invasões biológicas. 2006; disponível em http://www.fapepi.pi.gov.br/novafapepi/ciencia/ 
documentos/Barbaras_lnvasoes_Biologicas.PDF (acesso em 12/12/2007).
174
http://www.dec.ufcg.edu.br/
http://tolweb.org/tree/phylogeny.html
http://www.fapepi.pi.gov.br/novafapepi/ciencia/
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Ec o l o g i a d o s L a g a r t o s B r a s i l e ir o s \
Verônica de Novaes e Silva e Alexandre F. Bamberg de Araújo
Os lagartos constituem um dos grupos mais 
ricos e diversificados de répteis. Sua riqueza e 
extensão geográfica de sua área de distribui­
ção, nos Neotrópicos, são bastante expressi­
vas. No Brasil, já foram registradas mais de 220 
espécies de lagartos, abrangendo um total de 
10 famílias diferentes. Esta obra, espera cha­
mar a atenção de outros profissionais, assim 
como de estudantes de graduação e pós-graduação interessados 
Vem répteis ou em ecologia e também do público em geral. J
ECOLOGIA DE MAMÍFEROS
Nélio R. dos Reis, Adriano L. Peracchi e Gisele A. S. D. dos Santos
A diversidade de mamíferos no Brasil 
atinge números expressivos, sendo cer­
tamente uma das maiores do mundo. 
São encontradas aqui 11 ordens, repre- 
H l sentadas por mais de 650 espécies. A in­
tenção deste livro é apresentar as espé­
cies de mamíferos do Brasil, auxiliando 
estudos e medidas de conservação que 
visem diminuir os riscos aos quais esses animais vêm sen- 
\do expostos.
P r im a t a s B r a s i l e ir o s ' N
Nélio R. dos Reis, Adriano L. Peracchi e Fábio Rodrigo Andrade
A d iv e r s id a d e de p r im a ta s no B r a ­
s il é uma das m a io re s do m undo. 
São e n c o n tra d a s aq u i q u a tro f a ­
m ília s , 18 g ê n e ro s e 111 e s p é c ie s . 
A in te n ç ã o d e ste liv ro é p o s s ib i­
lit a r aos b ió lo g o s , v e t e r in á r io s e 
p r o f is s io n a is da área de sa ú d e e 
m eio a m b ie n te um m e lh o r c o n h e ­
c im e n to das e s p é c ie s , que os a u x ilie m nas m e - 
y d id a s de m an e jo e c o n s e r v a ç ã o . J
Ec o l o g i a d e M o r c e g o s
Nélio R. dos Reis, Adriano L. Peracchi e Gisele A. S. D. dos Santos
A d iv e rs id a d e de m orcego s do B ra ­
sil é uma das m aio re s do m undo. 
São e n co n tra d a s aqui nove fa m í­
lia s , 64 g ên e ro s e 167 e sp é c ie s . A 
in te n çã o de ste liv ro é p o s s ib ilita r 
aos b ió lo g o s , v e te r in á r io s e p ro ­
f is s io n a is da área de saúde e meio 
am b ien te um m elhor co n h e cim e n to 
das e sp é c ie s , que os a u x ilie m nas m edidas de ma- 
n e jo e c o n se rv a ç ã o . J
S e r p e n t e s d a S e r r a d o M e n d a n h a ,
R io d e J a n e i r o , RJ: E c o l o g i a e C o n s e r v a ç ã o
Ele é o principal fruto de um criterioso e 
ousado projeto, desenvolvido com afin­
co em muitas horas de incansável traba­
lho de campo. De leitura agradável, que 
permite a fácil compreensão ao leigo, 
não deixando de aportar dados confiá­
veis e recentes aos especialistas; e está 
enriquecido por imagens que comple­
tam a missão de se fazer compreender, não só a bela pai- 
\sagem , como também seus habitantes protagônicos. y
A v e s e Pá s s a r o s C o m u n s d o R io d e Ja n e i r o ""N
José Felipe Monteiro Pereira - Revisão Científica: lldemar Ferreira
Contendo fotos de 120 espécies que ocor­
rem, em sua maioria, na Mata Atlântica. O 
livro oferece de forma objetiva e simples a 
identificação de aves e pássaros em sua vida 
livre, através do nome científico, nome co­
mum, nome em inglês, tamanho, peso, pos­
tura, alimentação na natureza, curiosidades 
e observações de hábitos na natureza; que 
aos biólogos, ornitólogos e leigos aficionados um 
conhecimento das espécies. J
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C iê n c i a A p l i c a d a , T é c n ic a s d e P e s q u is a 
e Le v a n t a m e n t o
Sandro Von Matter, Fernando Costa 
Straube, lury Almeida Accordi, Vítor 
de Queiroz Piacentini e José Flávio 
Cândido-Jr.
Fu n d a m e n t o s d e B io l o g i a 
d o P l â n c t o n M a r in h o
Sergio 0. Lourenço
Os P r o t is t a s : 
D iv e r s id a d e , E c o lo g ia e A p lic a ç õ e s
Sergio O. Lourenço
Ec o s s is t e m a s C o s t e ir o P l a n t a s d a R e s t i n g a : A A v i f a u n a d a M a t a A t l â n t i c a
d e A l a g o a s - B r a s i l Po t e n c ia l E c o n ô m ic o d o Es t a d o d o R io d e Ja n e ir o
Monica Dorigo Correia Marcelo Guerra Santos Pedro Ernesto Correia Ventura
Hilda Helena Sovierzoski Paulo César Ayres Fevereiro lldemar Ferreira
Geisa L. Reis 
Jorge Inácio Barcelos 
Fatima Maria Meirelles Andrade Ney
AV ES
A v e s d o M u n ic íp io A n a t o m ia C o m p a r a d a E n t o m o l o g i a Fo r e n s e :
d o R io d e Ja n e i r o d o s R é p t e i s N o v a s T e n d ê n c i a s e T e c n o l o g ia s
Eduardo Maciel Marcovan Porto n a s C iê n c ia s C r im in a is
Leonardo Gomes
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PORIFERA
GASTROPODA
w w w . t b e d i t o r a . c o m . b r
BIVALVIA
PLATYHELM INTHES
NEMATOMORPHA
CNIDARIA
ENTOPROCTA
ECTOPROCTA
OLIGOCHAETA
HIRUDINEA
O Manual de Identificação de Macroinvertebrados 
Aquáticos do Estado do Rio de Janeiro, é o resultado do 
esforço da reunião do conhecimento taxonômico re­
lativo aos macroinvertebrados de água doce, fruto de 
três anos de trabalho. É uma esplêndida contribuição 
para a formação de novos pesquisadores que queiram 
dedicar-se ao estudo dos vários grupos nele tratados, 
sendo igualmente de grande utilidade para os que se 
ocupam de atividades técnicas, de ensino, de estudo 
da qualidade ecológica dos ecossistemas lóticos e de 
monitoramento ambiental.
INSECTA (DIPTERA)
INSECTA
CHELICERATA
CRUSTACEA
C 0LE0PTERA
TRICHOPTERA
MEGALOPTERA 
COLEOPTERA (GIRINIDAE)
NEUROPTERA
LEPIDOPTERA
DIPTERA
Nele, são apresentados cerca de 300 gêneros e 
famílias de macroinvertebrados encontrados em nos­
sos rios e riachos, por meio de chaves pictóricas para 
a identificação dos diversos grupos reunidos em 60 
pranchas de identificação. As informações são conci­
sas e precisas, os caracteres diagnósticos são ilustrados 
utilizando fotomicrografias com mais de 450 imagens, 
fazendo com que o livro seja de fácil e proveitosa utili­
zação.
A obra é pioneira, original e exaustiva, contemplan­
do as técnicas de coleta e preparação dos exemplares, o 
estado do conhecimento da biota aquática, as espécies 
exóticas invasoras, considerações sobre biossegurança 
e doenças veiculadas pela água e macroinvertebrados 
vetores de doenças.
HETEROPTERA
EPHEMEROPTERA
PLECOPTERA
ODONATA
p n
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	MACROINVERTEBRADOS AQUÁTICOS
	"'í r'
	Manual de Identificação de MACROINVERTEBRADOS AQUÁTICOS
	TB\
	Manual de Identificação de MACROINVERTEBRADOS AQUÁTICOS
	OS MACROINVERTEBRADOS EPIBENTÔNICOS
	CONCEITOS DE SISTEMATICA E NOMENCLATURA ZOOLOGICA
	CONCEITOS DE SISTEMATICA E NOMENCLATURA ZOOLOGICA
	F
	ATIVIDADES DE LABORATÓRIO
	TÉCNICAS DE COLETA, ANESTESIA E FIXAÇÃO ESPECÍFICAS
	Oligochaeta
	Hirudinida
	ESTADO DO CONHECIMENTO DA BIOTA AQUATICA NO BRASIL
	ESPECIES EXÓTICAS INVASORAS
	ESPÉCIES AMEAÇADAS
	ESPÉCIES AQUÁTICAS AMEAÇADAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
	ESPÉCIES PROVAVELMENTE AMEAÇADAS
	BIOSSEGURANÇA, DOENÇAS VEICULADAS PELA ÁGUA E MACROINVERTEBRADOS VETORES DE DOENÇAS
	MANUAIS DE IDENTIFICAÇÃO E CHAVES DICOTÔMICAS
	ESTRUTURA DO MANUAL
	PORIFERA
	ESPÉCIES REGISTRADAS PARA O ESTADO DO RIO DE JANEIRO
	Ephydatia Lamouroux, 1816
	Ephydatia facunda Weltner, 1895
	Radiospongilla sp.
	Spongilla sp.
	CNIDARIA
	ENTOPROCTA e ECTOPROCTA
	ENTOPROCTA
	ECTOPROCTA (= BRYOZOA)
	ETIMOLOGIA
	DESCRIÇÃO
	PLATYHELMINTHES
	NEMATA (= NEMATODA)ANNELIDA
	POLYCHAETA
	OLIGOCHAETA
	abertura	clitelo
	glandulas acessórias /
	gonoporo	gonoporo
	masculino	feminino
	espermateca
	HIRUDINIDA
	DESCRIÇÃO
	posterior
	ESPÉCIES INVASORAS INTRODUZIDAS NO BRASIL HIRUDINIDA
	ETIMOLOGIA
	DESCRIÇÃO
	BIVALVIA
	GASTROPODA
	CHELICERIFORMES
	CHELICERATA
	ACARI
	CRUSTACEA
	MALACOSTRACA
	DESCRIÇÃO
	ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO
	ESPÉCIES PROVAVELMENTE AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO
	AMPHIPODA
	DECAPODA
	ISOPODA
	ETIMOLOGIA
	DESCRIÇÃO
	ESPÉCIES ENCONTRADAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
	ESPÉCIES INVASORAS INTRODUZIDAS NO BRASIL
	CRUSTACEA
	V
		II
	V
	ATELOCERATA
	ETIMOLOGIA
	HEXAPODA
	metapleura
	mesopleura
	tibia
		 tarso
	unha
	COLLEMBOLA
	EPHEMEROPTERA
	GÊNEROS ENCONTRADOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
	abdômen	tórax	cabeça
	EPHEMEROPTERA
	ODONATA
	GÊNEROS ENCONTRADOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
	cerdas
	metanoto
	cabeçJt
	(r				
	PERILESTIDAE
	ANISOPTERA
	AESHNIDAE
	I
	PLECOPTERA
	cerco
	abdômen	tórax	cabeça
	V
	V
	COLEOPTERA
	GÊNEROS DA FAMÍLIA ELMIDAE ENCONTRADOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
	COLEOPTERA - LARVAS
	lábro e clípeo fosionados	,ábro	e	clíPeo	separados por
	7
	ro.
	II	
						>1
	V
	7
	V
	NEUROPTERA
	V
	GÊNEROS ENCONTRADOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
	TRICHOPTERA
	POLYCENTROPODIDAE
	DIPTERA
	LARVAS SIM CABEÇA EVIDENTE (ACEPHALA + HEMICEPHALA)
	LEPIDOPTERA
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	MOLLUSCA
	CRUSTACEA
	INSECTA
	FONTES ICONOGRÁFICAS
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