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Estado e planejamento Apresentação O Estado pode ser definido como o Poder Público, que é responsável por governar uma nação. É por meio das ações do Estado que o planejamento urbano pode acontecer. Você sabia que essa atividade de planejar só acontece com o incentivo do Poder Público? É função do Estado formular leis com o objetivo de organizar as cidades, monitorando e controlando seu cumprimento. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar sobre a composição do Estado, para, por meio disso, reconhecer a ligação entre ele e a sociedade. Além disso, você vai entender qual a relação entre o Estado e a atividade do planejamento, e como ela acontece. Bons estudos. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar a composição do Estado.• Reconhecer a ligação entre o Estado e a sociedade.• Detectar a relação entre Estado e planejamento.• Desafio Um dos principais problemas socioambientais relacionados à urbanização é a formação de núcleos de ocupação irregular por famílias de baixa renda. Essas famílias acabam se estabelecendo em áreas que, de maneira geral, são inadequadas para a ocupação humana e não interessam ao mercado imobiliário. Tais áreas, além de apresentarem grande fragilidade ambiental, oferecem riscos à população, podendo haver deslizamentos de encostas, alagamentos, enchentes e inundações, por exemplo. Imagine que existe uma área da cidade imprópria para moradia por ser passível de desmoronamento. Essa área foi ocupada por um grupo que não tem um lugar digno para morar. Assim, ali estabeleceram suas residências. Porém, essa porção da cidade é considerada uma área de grande risco para esses moradores. Sendo essa área de poder do município, se ocorrer algum incidente lá, é ele quem será responsabilizado. Tendo em vista esse enorme problema urbano, imagine-se como um profissional urbanista do Poder Público municipal que deve elaborar estratégias de âmbito social e ambiental para resolver esse problema. Infográfico O Estado é o responsável por formular leis com o objetivo de organizar as cidades, monitorando e controlando o seu cumprimento. Por ser um sistema complexo e trabalhoso, o Estado é composto por três esferas com três níveis de organização política (federal, estadual e municipal), com o intuito de facilitar a governabilidade do país. Confira o Infográfico. Conteúdo do livro O Estado Democrático brasileiro é composto pelos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. São eles os responsáveis por organizar o território. É o Estado o detentor do poder e o incumbido pela elaboração de políticas públicas voltadas ao planejamento urbano. Sendo assim, seu principal papel é permitir o desenvolvimento de cidades e regiões, regulamentando e garantindo espaço saudáveis para todos. Na obra Planejamento urbano, leia o capítulo Estado e planejamento, base teórica desta Unidade de Aprendizagem. Boa leitura. PLANEJAMENTO URBANO Vanessa Scopel Estado e planejamento Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identi� car a composição do Estado. Reconhecer a ligação entre o Estado e a sociedade. Detectar a relação entre Estado e planejamento. Introdução O Estado pode ser definido como o poder público, que é responsável por governar uma nação. É por meio das ações do Estado que o planejamento urbano pode acontecer. Você sabia que essa atividade de planejar só acontece com o incentivo do poder público? É função do Estado formular leis com o objetivo de organizar as cidades, monitorando e controlando seu cumprimento. Neste capítulo, você estudará sobre a composição do Estado, para, com isso, reconhecer a ligação entre Estado e sociedade. Além disso, você entenderá qual a relação entre o Estado e a atividade do planejamento e como ela acontece. Composição do Estado Chamamos de Estado o governo de um povo de determinado território. No Brasil, temos o Estado de característica democrática. Segundo a Constituição Brasileira, o Estado Democrático de Direito visa “[..] assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, liberdade, segurança, desenvolvimento, bem- -estar, igualdade e justiça como valores supremos [...]” (SIQUEIRA, 2008). Pode-se assegurar que o Estado é soberano, devendo ser uma instituição que governa e organiza um povo. Segundo Martinez (2013) “[...] o Estado é uma cons- trução lógica e política, com clara densidade cultural e com reflexos jurídicos, baseada num pacto de não agressão e que gera um contrato de convivência [...]”. Sendo assim, o Estado é também definido como o poder político de uma nação. É importante ressaltar que, para que o Estado seja eficaz, é necessário que exista a governabilidade, ou seja, o governo é “[...] é o conjunto de instituições subordinadas ao poder político que efetivam atividades de administração dos negócios públicos, como saúde e educação pública [...]” (MARTINEZ, 2013). Considerando que a função do Estado é fazer a intermediação entre os variados agentes de uma sociedade, é importante frisar que o mesmo deve fazê-lo tendo em vista, acima de tudo, os interesses coletivos da sociedade, e não interesses privados. O governo, através do Estado, tem um compromisso com a sociedade que o elegeu e é responsável pela gestão dos bens coletivos dessa sociedade, isto é, como bem público. Esse compromisso compreende a elaboração e a implantação de políticas públicas, isto é, de planos e diretrizes de ação, para cada setor de atuação do Estado (saúde, educação, desenvolvimento urbano e regional, etc.) (FERREIRA, 2002). Além de elaborar, com diversos profissionais, e executar políticas públicas, é função do Estado formular leis com o objetivo de organizar as cidades, monitorar e controlar seu cumprimento. Por ser um sistema complexo e trabalhoso, o Estado é composto por três esferas, com três níveis de organização política (federal, estadual e municipal) e com o intuito de facilitar a governabilidade do País (Figura 1). Conforme a Constituição Federal, o poder executivo “[...] é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado [...]” (BRASIL, 1988, art. 76). Segundo Ferreira (2002), o poder executivo é o responsável pela formulação e pela execução das políticas do governo, bem como pelo controle do cumprimento das leis e normas e, também, pela inibição ao seu descumprimento. É ele o incumbido de proteger a nação brasileira. No nível federal, é composto pela presidência e pelos ministérios; no nível estadual, pelo governador e pelos secretários; e, no nível municipal, pelo prefeito e pelos secretários. “O poder executivo, entretanto, não pode governar sem a fiscalização e o acompanhamento dos outros dois poderes, que interagem com ele em uma dinâmica de controle mútuo.” (FERREIRA, 2002). A segunda esfera do Estado tem o nome de Poder Legislativo e é encarregada de fiscalizar todas as ações e práticas do poder executivo, além de elaborar leis. No âmbito federal, esse poder é composto pela “[...] câmara dos Deputados e do Senado Federal [...]” (BRASIL, 1988, art. 44), compreendendo os senadores representantes dos governos estaduais e os deputados representantes do povo. Na categoria estadual, o poder legislativo é representado pela Assembleia Legislativa, composta pelos deputados estaduais, e no nível municipal, pela Câmara Municipal, constituída pelos vereadores. Estado e planejamento2 A terceira esfera do Estado Democrático Brasileiro se chama Poder Ju- diciário e tem por obrigação controlar as leis e sua aplicação correta. Essa classe “[...] tem o poder de julgar as ações da sociedade, e de indivíduos, e de determinar punições pelo descumprimento das leis. Sua estrutura é bastante complexa, mas fazem parte desse poder juízes, procuradores, promotores, etc.” (FERREIRA, 2002) (Figura 1). Figura 1. Função de cada um dos três poderes do Estado. Fonte: Moura (2016). Um fato importanterelacionado aos poderes e ao Estado democrático brasileiro é que essas esferas representam os níveis federais, estaduais e municipais, não havendo um setor que represente especificamente regiões do País. Portanto, para a implantação de políticas urbanas regionais, é sempre necessário estabelecer acordos entre estados e municípios envolvidos, muitas vezes dificultando as relações. Como o Brasil é um país extenso, complexo e diversificado, com diferenças econômi- cas, sociais, históricas e culturais, é difícil que uma legislação federal consiga aplicar-se adequadamente a todas as partes do território. Por isso são tão importantes os acordos entre as regiões nas políticas urbanas; esses acordos podem ser chamados de “política do regionalismo”, definida como um sistema de ideias focado nos interesses de uma região específica, objetivando diretrizes e estratégias que beneficiem e desenvolvam essa porção do território. 3Estado e planejamento A seguir, apresentamos alguns termos para esclarecer as diferenças entre as nomenclaturas. Estado: é também definido como poder público. Poder público: conjunto das autoridades do Estado, constituído por poder exe- cutivo, poder legislativo e poder judiciário. Governo: a governabilidade é uma condição para que o Estado seja eficaz, no sentido de que o governo é o conjunto de instituições subordinadas ao poder público que efetivam atividades de administração dos negócios públicos, como a saúde e a educação. Povo: uma sociedade com sua cultura, seus hábitos e costumes. O povo é uma unidade cultural e social, ideológica e política (sentir-se parte de uma Nação) e não apenas uma representação jurídica. Esse sentido de unidade política ainda nos falta como Nação. Fonte: Martinez (2013). A sociedade e o Estado Considerando que é o Poder Executivo o responsável por criar e implementar políticas públicas, é ele que deve se preocupar em resolver questões e problemas relacionados aos interesses coletivos da sociedade. Sendo assim, na esfera do planejamento urbano e regional, “[...] tais políticas estão ligadas à dinâmica urbana e regional, a saber, a atividades dos diferentes agentes sociais no que tange à ocupação do espaço físico-ambiental” (FERREIRA, 2002). Logo, o Estado se traduz como um mediador entre os diversos agentes da sociedade e, na prática, é o gestor das relações que se estabelecem entre a sociedade e os espaços públicos e entre os espaços públicos e privados. Quando se faz referência aos termos público e privado, diante da questão do acesso, isso diz respeito ao direito de propriedade. Sabe-se que locais públicos podem ser acessados a qualquer momento, por qualquer cidadão. O contrário acontece com os ambientes privados, que pertencem somente a determinadas pessoas. Conforme Houaiss e Villar (2009, p. 1575), o termo público é “[...] relativo ou pertencente a uma coletividade; que pertence a todos, comum; que é aberto a quaisquer pessoas [...]”. Já o termo privado é o oposto, porque “[...] pertence a um indivíduo particular; que é pessoal, restrito, reservado a quem de direito; pertencente a cada indivíduo, particular, próprio [...]” (HOUAISS; VILLAR, 2009, p. 1553). Campos (1995) interpreta o espaço público como todo espaço intermediário entre os edifícios nas áreas urbanas. Para o arquiteto Hertzberger (1999), o espaço público pode ser compreendido em termos espaciais como um espaço Estado e planejamento4 coletivo; já os locais privados se configuram como sendo individuais. Diante desta exposição ele complementa que: [...] pública é uma área acessível a todos a qualquer momento; a responsabili- dade por sua manutenção é assumida coletivamente. Privada é uma área cujo acesso é determinado por um pequeno grupo ou por uma pessoa, que tem a responsabilidade de mantê-la (HERTZBERGER, 1999, p. 12). As ruas, as praças e os parques podem ser considerados espaços públicos nas cidades. Esses locais são dotados de uma infraestrutura que acaba be- neficiando os espaços privados próximos a eles. Sendo assim, “[...] cabe ao Estado regular o uso dessa infraestrutura, em função das necessidades do setor privado e das possibilidades do setor público em oferecer, equivalentemente, tais benefícios [...]” (FERREIRA, 2002). É competência do Estado resolver e planejar o uso e a ocupação do solo, regulando os empreendimentos e investimentos e garantindo espaços públicos para todos os cidadãos. É o Estado que deve interferir, também, nos espaços privados, a partir do momento que eles estiverem em conflito com o espaço público ou usando infraestrutura além das taxas permitidas. Por exemplo, em determinada área da cidade não é permitida a construção de mais do que três pavimentos (Figura 2). Se isso acontecer em um lote privado, o Estado deve intervir, garantindo que a lei se cumpra, visto que ela existe para regulamentar a ocupação da cidade, considerando os benefícios para a sociedade. Figura 2. A intervenção do Estado é necessária para o cumprimento das leis, como no caso de construções com mais de três pavimentos em determinadas áreas. Fonte: Adaptada de Lobato (2011). 5Estado e planejamento Logo, o papel do Estado com relação à sociedade, no que se refere ao planejamento urbano, é dinamizar o crescimento das regiões, permitir o de- senvolvimento sustentáveis e consciente dos espaços, controlar o uso do solo e a exploração dos recursos naturais, regulamentando e garantindo espaços saudáveis para todos. Para Ferreira (2002), no campo do planejamento urbano, o Estado tem “[...] um papel de organizador entre os diferentes interesses existentes na sociedade, visando encontrar vias que favorecem o bem comum [...]”. É relevante entender que: Para elaborar suas políticas de ação, o Poder Executivo geralmente constitui co- missões interdisciplinares, geralmente coordenadas por arquitetos-urbanistas. Assim, fica clara a necessidade de que estes profissionais procurem dominar a dinâmica urbana e regional. Na equipe de trabalho, participam, também, so- ciólogos, antropólogos, economistas, ambientalistas, etc. (FERREIRA, 2002). Quando se estabelecem objetivos sociais que devem ser resolvidos a partir de políticas públicas, é função do Estado fazer um levantamento da realidade, dos problemas e situações existentes e, depois disso, estabelecer políticas que visem ao bem-estar coletivo da sociedade. Essa pesquisa deve considerar todos os agentes envolvidos na dinâmica urbana, para evitar que o Estado promova políticas voltadas a grupos específicos ou a interesses privados. “Assim, fica claro que a primeira fase de qualquer plano de ação será uma fase de nego- ciação, na qual os mais diversos interesses deverão tentar ser contemplados, sob a ótica maior do interesse coletivo” (FERREIRA, 2002). Estado e planejamento urbano O planejamento urbano, considerado uma política pública, tem uma relação direta com o Estado, afi nal o Estado é o principal ator responsável pela atividade de planejar as cidades. Sendo assim, “[...] analisar as mudanças nas abordagens relativas ao planejamento urbano impõe considerar as transformações do papel do Estado na sua relação com a sociedade [...]” (SANTOS, 2012, p. 70). A intenção de planejar as cidades surgiu em um contexto em que predomi- nava a liberdade nos campos políticos e econômicos. Diante disso, o Estado teve que se posicionar para ordenar o território urbano, a fim de melhorar questões de salubridade nos centros urbanos. Estado e planejamento6 A crise do liberalismo, no período entre guerras, suscitou uma fonte de le- gitimidade de políticas intervencionistas, o que se traduziu na afirmação do Estado de Bem-Estar Social. Uma das faces desse intervencionismo estava no entendimento do planejamento urbano como um instrumento superior e necessário para a formulação de políticas para as cidades. As experiências do planejamento urbano tecnocrático-modernista foram replicadas sempre e onde se manifestava o processo de intensificaçãoda urbanização. A burocracia pública criou órgãos de planejamento dominados por tecnocratas que propu- nham soluções que aperfeiçoavam o uso dos recursos, principalmente do solo urbano. Tratava-se de uma visão do planejamento dominado pela autoridade de técnicos politicamente neutros (SANTOS, 2012, p. 71). Tendo em vista essa abordagem autoritária do planejamento pelos órgãos governamentais, a população passou a questionar o Estado, querendo um papel mais ativo nessa atividade. Diante disso, o governo passou a divulgar as propostas e a entender que era importante introduzir a participação coletiva nas políticas de planejamento. O Estado passou a se preocupar e a intervir na questão do planejamento urbano e das desigualdades da sociedade mais diretamente após o ano de 2001, quando foi promulgada a Lei federal nº 10.257/2001, mais comumente chamada de Estatuto da Cidade. Essa lei foi criada para regulamentar os artigos 182 e 183 da Constituição Federal (BRASIL, 1988), que tratam da política de desenvolvimento urbano e da função social da propriedade. O Estatuto tem por objetivo, por meio de instrumentos de gestão, demo- cratizar o processo de organização das cidades brasileiras. Logo, ele “[...] estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental [...]” (BRASIL, 2001, art. 1). Esse documento tem por propósito garantir a participação dos cidadãos em todas as fases de tomada de decisões. A ideia é que a atuação do poder público se dirigirá para o atendimento das necessidades de todos os cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das ativi- dades econômicas. Dentre as principais preocupações desse documento federal, estão: Distribuição justa dos benefícios, sendo obrigatórias ações públicas que se direcionem em prol dos interesses coletivos, de maneira que todos os cidadãos tenham direito a equipamentos e serviços; Privilegiar investimentos que gerem o bem-estar geral; 7Estado e planejamento Garantir o direito de todos a cidades sustentáveis, ao saneamento básico, à moradia, à terra urbana, ao transporte, à infraestrutura, a serviços públicos e ao lazer; Preservar os recursos naturais e sua utilização adequada; Proteger o meio ambiente natural e construído, garantindo a convivência vital entre o homem e o meio; Promover a cooperação entre as esferas do governo; Distribuir espacialmente a população e as atividades por toda a área de influência do município; Integrar as áreas urbanas e rurais, contemplando o município como um todo; Garantir isonomia de condições a todos os agentes públicos e privados. Com a promulgação do Estatuto das Cidades, o Estado vinculou sua res- ponsabilidade a todos os agentes da sociedade, garantindo a participação da população no processo de planejamento. De qualquer forma, é ele que detém o poder e que deve se responsabilizar para que o Estatuto e outras políticas públicas sejam cumpridas, de maneira a desenvolver o planejamento das cidades, visando a uma melhora de condições urbanas para todos. Acesse o link ou o código a seguir e assista ao vídeo que mostra mais sobre o Estatuto das Cidades. Esse estatuto regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal, estabelecendo normas que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem- -estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental. https://goo.gl/FmQ1mJ Estado e planejamento8 1. Quanto aos poderes do Estado, assinale a alternativa correta: a) O Poder Executivo é o responsável pela fiscalização de todas as ações e práticas do Poder Legislativo. b) O Poder Legislativo tem por obrigação controlar as leis e sua aplicação correta. c) O Poder Judiciário é o incumbido de elaborar as leis. d) O Poder Executivo é o responsável pela formulação e execução das políticas do governo, bem como pelo controle do cumprimento das leis e normas. e) O Poder Judiciário é encarregado de fiscalizar todas as ações e práticas do poder executivo, além de elaborar leis. 2. O Poder Executivo, para elaborar suas políticas de ação, constitui comissões. Essas comissões, segundo Ferreira (2002), são, geralmente: a) de profissionais de uma mesma área. b) interdisciplinares, coordenadas por arquitetos e urbanistas. c) multidisciplinares, obrigatoriamente coordenadas por sociólogos. d) compostas somente por ambientalistas, urbanistas e arquitetos. e) compostas por representantes de grupos sociais. 3. Dentre as principais preocupações do Estatuto da Cidade, assinale a alternativa correta: a) Distribuir os benefícios conforme as áreas da cidade. b) Privilegiar investimentos do âmbito comercial. c) Propor diretrizes somente para as áreas urbanas do município. d) Preservar os recursos naturais e sua utilização adequada. e) Concentrar a população e as atividades em determinadas áreas. 4. É função do Estado: a) assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais. b) privilegiar os interesses privados da sociedade. c) cuidar da administração dos bens privados de toda a sociedade. d) estabelecer parceria privadas para benefício próprio. e) separar os variados agentes de uma sociedade. 5. A lei intitulada Estatuto das Cidades garante: a) a melhoria das condições urbanas para áreas específicas das cidades. b) que o Estado não é o responsável pelo cumprimento do Estatuto. c) diferença de condições para agentes públicos e privados. d) a participação dos cidadãos em algumas fases de tomada de decisões. e) a participação de toda população no processo de planejamento das cidades. 9Estado e planejamento BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Presidência da República, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ constituicao.htm>. Acesso em: 10 dez. 2017. BRASIL. Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constitui- ção Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10257.htm>. Acesso em: 10 dez. 2017. CAMPOS, H. Á. A conservação dos conjuntos históricos em áreas centrais urbanas a partir do uso de seus espaços públicos abertos: um recorte no centro expandido da cidade de Recife. 1995. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimeno Urbano) – Universidade Federal de Pernanbuco, Recife, 1995. FERREIRA, J. S. W. Apostila didática: alguns elementos de reflexão sobre conceitos básicos de planejamento urbano e urbano-regional. Texto originalmente escrito em 06/1999, no quadro da disciplina “Planejamento Urbano-Regional”, ministrada no Dep. de Arquitetura da Universidade de Taubaté. Revisto em julho de 2002. HERTZBERGER, H. Lições de Arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 1999. HOUAISS, A.; VILLAR, M. S. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. LOBATO, J. M. Outorga onerosa do direito de construir I. Direito Urbanístico Brasileiro, 10 abr. 2011. Disponível em: <http://infoecidade.blogspot.com.br/2011/03/outorga- -onerosa-do-direito-de-construir.html>. Acesso em: 10 dez. 2017. MARTINEZ, V. O que é o Estado? [S.l.]: JusBrasil, 2013. Disponível em <https://jus.com. br/artigos/25616/o-que-e-o-estado>. Acesso em: 10 dez. 2017. MIRANDA, J. Entendendo os poderes legislativo, executivo e judiciário. [S.l.]: Grupo Escolar, 2017. Disponível em: <http://www.grupoescolar.com/pesquisa/entendendo-os- -poderes-legislativo-executivo-e-judiciario.html>. Acesso em: 10 dez. 2017. MOURA, A. Os 3 poderes: legislativo, executivo e judiciário. TVU Lavras, 21 dez. 2016. Disponível em: <http://tvulavras.com.br/index.php/2016/12/21/os-3-poderes-legis- lativo-executivo-e-judiciario/>. Acesso em: 10 dez. 2017. SANTOS, A. M. S. P. Planejamentourbano: para quê e para quem? 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Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/34883c8464990723f8f409c0717544ab Exercícios 1) Quanto aos Poderes do Estado, assinale a alternativa correta. A) a) O Poder Executivo é o responsável pela fiscalização de todas as ações e práticas do Poder Legislativo. B) b) O Poder Legislativo tem por obrigação controlar as leis e a sua aplicação correta. C) c) O Poder Judiciário é o incumbido de elaborar as leis. D) d) O Poder Executivo é o responsável pela formulação e execução das políticas do governo, bem como pelo controle do cumprimento das leis e normas. E) e) O Poder Judiciário é encarregado de fiscalizar todas as ações e as práticas do Poder Executivo, além de elaborar leis. 2) O Poder Executivo, para elaborar suas políticas de ação, constitui comissões. Essas comissões, segundo Ferreira (2002), são geralmente: A) a) de profissionais de uma mesma área. B) b) interdisciplinares, coordenadas por arquitetos e urbanistas C) c) multidisciplinares, obrigatoriamente coordenadas por sociólogos. D) d) compostas somente por ambientalistas, urbanistas e arquitetos. E) e) compostas por representantes de grupos sociais. 3) Dentre as principais preocupações do Estatuto da Cidade, está: A) a) distribuir os benefícios conforme as áreas da cidade. B) b) privilegiar investimentos do âmbito comercial. C) c) propor diretrizes somente para as áreas urbanas do município. D) d) preservar os recursos naturais e a sua utilização adequada. E) e) concentrar a população e as atividades em determinadas áreas. 4) É função do Estado: A) a) assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais. B) b) privilegiar os interesse privados da sociedade. C) c) cuidar da administração dos bens privados de toda a sociedade. D) d) estabelecer parcerias privadas para benefício próprio. E) e) separar os variados agentes de uma sociedade. 5) A lei intitulada Estatuto das Cidades garante: A) a) o melhoramento das condições urbanas para áreas específicas das cidades. B) b) que o Estado não é o responsável pelo cumprimento do Estatuto. C) c) diferença de condições para agentes públicos e privados. D) d) a participação dos cidadãos em algumas fases de tomada de decisões. E) e) a participação de toda a população no processo de planejamento das cidades. Na prática A relação entre o Estado e a atividade de planejamento é direta. Isso significa que, para o planejamento das cidades acontecer, é necessária a ação do Estado, órgão responsável por elaborar, aplicar a monitorar as políticas públicas de melhoramento das cidades. Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: O artigo a seguir compreende a importância dos espaços públicos para as cidades. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. O vídeo a seguir explica um pouco mais sobre as funções do três Poderes do Estado brasileiro. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. O vídeo a seguir mostra um pouco mais sobre um instrumento importante do Estado para planejar as cidades: o Estatuto da Cidade. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/17.203/6517 https://www.youtube.com/embed/E7EjZgcp1bM https://www.youtube.com/embed/ilUVuhDJ8Xs