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Figura	10.	Brasil:	principais	rodovias	e	densidade	da	rede	de	transporte	–	2014
EQUADOR
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
 TRÓPICO DE CAP
RICÓRNIO
50º O
0º
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6
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6
3
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R
-1
0
1
B
R
-1
1
6
B
R
-1
7
4
B
R
-1
5
6
BR-040
BR
-0
60
BR-262
MANAUS
PORTO
VELHO
RIO BRANCO
MACAPÁ
BOA VISTA
SALVADOR
ARACAJU
MACEIÓ
RECIFE
NATAL
JOÃO PESSOA
FORTALEZA
SÃO LUÍS
BELÉM
VITÓRIA
RIO DE JANEIRO
SÃO PAULO
CURITIBA
FLORIANÓPOLIS
PORTO ALEGRE
CAMPO GRANDE
CUIABÁ BRASÍLIA
PALMAS
TERESINA
BELO HORIZONTE
GOIÂNIA
Principais
rodovias
alta
baixa
Densidade da 
rede de 
transportes
B
R
-0
5
0
N
0 410 km
TRANSPORTE	FERROVIÁRIO
Comparada à rodovia, a ferrovia é o melhor meio de transporte para países de 
grande extensão territorial, como o Brasil. Tem maior capacidade para transportar 
cargas e passageiros, consome menos energia que o caminhão em relação ao volume 
de carga transportado e pode ser eletrificada, não dependendo exclusivamente do 
petróleo como fonte de energia.
Apesar dessas vantagens, a extensão da linha ferroviária brasileira, comparada à 
extensão da malha ferroviária de outros países, é muito pequena. Observe a tabela.
Mundo:	maiores	malhas	ferroviárias
País Malha	ferroviária	(km) Data	da	informação
Estados Unidos 293.564 2012
China 191.270 2014
Rússia 87.157 2014
Índia 68.525 2014
Canadá 77.793 2014
Alemanha 43.468 2014
Austrália 36.967 2014
Argentina 36.917 2014
Brasil 30.576 2014
Vale pedir aos estudantes que pes-
quisem a área territorial dos países 
listados na tabela e depois façam uma 
nova leitura, comparando os dados. 
Assim, eles perceberão melhor a den-
sidade da malha ferroviária dos países.
Fonte: IBGE. Logística dos transportes 
no Brasil. Disponível em:<ftp://geoftp.
ibge.gov.br>. Acesso em: out. 2015.
Fonte: The World Factbook/CIA. 
Disponível em: <www.cia.gov>; CNT. 
Boletim Estatístico – Novembro de 2015. 
Disponível em: <www.cnt.org.br>. 
Acessos em: out. 2015.
S
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132 Unidade 3 | Infraestrutura e desenvolvimento 
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•	 Evolução	das	ferrovias	no	Brasil
A ferrovia foi o principal meio de transporte de carga terrestre no Brasil até meados do 
século XX. Em 1958, as estradas de ferro atingiram a sua extensão máxima de 37.967 
mil quilômetros. O Plano de Metas de Juscelino Kubitschek (1956-1960) havia apon-
tado a necessidade de modernização da malha ferroviária. Entretanto, a modernização 
dependia da desativação de linhas tecnicamente ultrapassadas, de bitolas (distâncias 
entre os trilhos) muito estreitas, apoiadas sobre dormentes (peças de madeira sobre as 
quais assentam os trilhos) podres. A maioria das estações ferroviárias não tinha estru-
tura de comunicação entre si nem com os trens. Eram muitos os riscos de acidentes. 
As ferrovias em péssimo estado foram desativadas, mas sem a construção de novas. 
As ferrovias que surgiram décadas mais tarde eram controladas por empresas mine-
radoras e destinadas ao transporte de minérios. É o caso da Estrada de Ferro Carajás, 
inaugurada em 1985 e pertencente à ex-Companhia Vale do Rio Doce, hoje Vale S.A. 
Atualmente, a rede ferroviária brasileira é pouco extensa e possui bitolas variadas, 
exigindo baldeação das mercadorias em determinados pontos de ligação entre fer-
rovias. Observe o mapa das principais ferrovias do Brasil na seção Olho no espaço, 
na página seguinte.
O Brasil possui hoje 30.576 quilômetros5 de vias 
férreas, sendo 29.165 quilômetros operados por 
empresas privadas. O país é um caso raro, talvez 
único no mundo, de diminuição da rede ferroviária: 
cerca de 7 mil quilômetros menor que a extensão 
que ela tinha no final da década de 1950. Somente 
a Rumo ALL detém mais de 1/3 de toda a rede bra-
sileira (pouco mais de 12 mil quilômetros). 
Atualmente, as ferrovias absorvem pouco mais 
de 20% da carga transportada no Brasil e os deslo-
camentos de passageiros, à longa distância, repre-
sentam quase 100 vezes menos do que as rodovias. 
Veja a figura 11. 
•	 Privatização	das	ferrovias
As ferrovias brasileiras eram quase totalmente 
administradas por três segmentos estatais. O governo 
de São Paulo operava as ferrovias do estado, a maior malha ferroviária do país, por meio 
da estatal Ferrovias Paulistas S.A. (Fepasa); a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) 
controlava as principais ferrovias de transporte de minérios; e a Rede Ferroviária Federal 
S.A. (RFFSA) administrava praticamente todas as outras ferrovias do país.
A privatização do setor ferroviário começou em 1996. A RFFSA foi arrendada para 
grupos formados por empresas privadas. A transferência para o setor privado repre-
sentou uma pequena melhoria nas ferrovias, limitada à recuperação de alguns trechos 
e à instalação de alguns equipamentos mais modernos e à perspectiva de promover a 
ampliação da malha. Ocorreu, também, aumento do volume transportado e diversifica-
ção das cargas, com a utilização de novos tipos de vagões. A partir de então, alimentos, 
bebidas, papel e automóveis passaram a ser transportados também por trem no Brasil. 
O plano de concessão à exploração das ferrovias por empresas privadas do Pro-
grama de Investimentos em Logística, em vigor desde 2012, previa a expansão das 
linhas ferroviárias em 10 mil quilômetros até 2020. Se a meta for cumprida, o Brasil 
poderá atingir pouco mais de 40 mil quilômetros e obter preços mais competitivos 
no mercado internacional. 
5 Todos os dados são da CNT. Boletim Estatístico – Novembro de 2015. Disponível em: <www.cnt.org.br>. Acesso 
em: out. 2015.
Plano de Metas
Programa de governo que 
promoveu um avanço em vários 
setores de infraestrutura, 
principalmente a construção 
de usinas hidrelétricas e a 
expansão das rodovias e do 
setor siderúrgico.
Baldeação
No texto, signifi ca retirar a 
mercadoria dos vagões de um 
trem e colocá-la em vagões 
de outro trem, para que possa 
seguir viagem até a estação 
mais próxima do destino.
LEITURA
A riqueza nos trilhos: 
a história das ferrovias 
no Brasil
Vera Vilhena de Toledo, Maria 
Odette Brancatelli e Helena 
Lopes. Moderna, 1994.
Uma análise histórica do 
transporte ferroviário no 
Brasil, do surgimento de 
cidades e das atividades 
econômicas que o trem 
fomentou no país.
Figura 11. Trem com carregamento de bobinas de fio de aço, em São 
José dos Campos (SP), 2014.
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133Capítulo	6	 –	 Transportes	
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Malha ferroviária brasileira em 1910 e em 2014
Compare os mapas e responda às questões.
1. Explique a distribuição e o traçado das 
ferrovias brasileiras, considerando as 
finalidades que tiveram nos dois períodos 
históricos retratados.
2. Comparando os dois mapas, a que con-
clusão pode-se chegar sobre a densidade 
da malha ferroviária atual?
Brasil: malha ferroviária – 1910
EQUADOR
OCEANO
ATLÂNTICOOCEANO
PACÍFICO
 TRÓPICO D
E CAPRICÓRNIO
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SP
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SC
RS
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Estrada de ferro
50º O
0º
N
0 480 km
Fonte: Atlas geográfico escolar. 
Rio de Janeiro: IBGE, 2002. p. 149.
Brasil: malha ferroviária – 2014
Estrada de ferro
EQUADOR
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
 TRÓPICO D
E CAPRICÓRNIO
AM
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RR AP
AC
PA
PI
CE
MA
GO
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TO
BA
MG
ES
RJ
RN
PB
PE
SE
AL
SPPR
SC
RS
MT
MS
50º O
0º
N
0 480 km
Fonte: IBGE. Logística dos 
transportes no Brasil. Disponível 
em:<ftp://geoftp.ibge.gov.br>. 
Acesso em: out. 2015.
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134 Unidade 3 | Infraestrutura e desenvolvimento 
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