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R ep ro du çã o pr oi bi da .A rt .1 84 do C ód ig o P en al e Le i 9 .6 10 de 19 de fe ve re iro de 19 98 . 93Capítulo 4 • A EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÔMICOS 27 (PUC-MG) Observe as duas colunas abaixo: 1. Dalton A. Descoberta do núcleo e seu ta- manho relativo. 2. Rutherford B. Átomos esfér icos, maciços, indivisíveis. 3. Niels Bohr C. Modelo semelhante a um “pudim de passas” com cargas positivas e negativas em igual número. 4. J. J. Thomson D. Os elétrons giram em torno do nú- cleo em determinadas órbitas. Qual das seqüências traz a relação correta entre os no- mes dos cientistas e os modelos atômicos? a) 1A — 2B — 4C — 3D b) 1A — 4B — 3C — 2D c) 2A — 1B — 4C — 3D d) 3A — 4B — 2C — 1D e) 4A — 1B — 2C — 3D 28 Chama-se fóton certa quantidade de energia capaz de: a) sempre expulsar o elétron do átomo b) sempre que absorvida pelo elétron, mudar a sua traje- tória para outra mais externa. c) apenas manter o elétron em órbita. d) desintegrar o átomo. e) transformar o átomo num ânion. 29 O máximo de elétrons que um átomo pode representar na camada N é: a) 2 b) 8 c) 18 d) 32 e) 64 30 (FMTM-MG) Fogos de artíficio utilizam sais de diferentes íons metálicos misturados com um material explosivo. Quando incendiados, emitem diferentes colorações. Por exemplo: sais de sódio emitem cor amarela, de bário, cor verde e de cobre, cor azul. Essas cores são produzidas quando os elétrons excitados dos íons metálicos retornam para níveis de menor energia. O modelo atômico mais adequado para explicar esse fenômeno é o modelo de: a) Rutherford d) Dalton b) Rutherford-Bohr e) Millikan c) Thomson 31 (UFV-MG) O sal de cozinha (NaCl) emite luz de colora- ção amarela quando colocado numa chama. Baseando- se na teoria atômica, é correto afirmar que: a) os elétrons do cátion Na", ao receberem energia da chama, saltam de uma camada mais externa para uma mais interna, emitindo luz amarela. b) a luz amarela emitida nada tem a ver com o sal de cozinha, pois ele não é amarelo. c) a emissão da luz amarela se deve a átomos de oxigênio. d) os elétrons do cátion Na", ao receberem energia da chama, saltam de uma camada mais interna para uma mais externa e, ao perderem a energia ganha, emi- tem-na sob a forma de luz amarela. e) qualquer outro sal também produziria a mesma co- loração. 32 (UFRGS-RS) Uma moda atual entre as crianças é colecio- nar figurinhas que brilham no escuro. Essas figuras apre- sentam em sua constituição a substância sulfeto de zin- co. O fenômeno ocorre porque alguns elétrons que com- põem os átomos dessa substância absorvem energia lu- minosa e saltam para níveis de energia mais externos. No escuro, esses elétrons retornam aos seus níveis de ori- gem, liberando energia luminosa e fazendo a figurinha brilhar. Essa característica pode ser explicada consideran- do o modelo atômico proposto por: a) Dalton. c) Lavoisier. e) Bohr. b) Thomson. d) Rutherford. 34 Uma emissora de televisão transmite na faixa de 76 a 82 MHz (megahertz). Sendo de 300.000 km/s a veloci- dade das ondas eletromagnéticas, qual é a faixa de com- primentos de onda utilizada por essa emissora? Note que a resposta deste exercício será menor do que a do ante- rior, pois as emissoras de televisão empregam ondas mais curtas do que as das emissoras de rádio AM. Exercício resolvido 33 Uma emissora de rádio transmite na freqüência de 1.000 kHz (quilohertz). Sabendo-se que a velocida- de das ondas eletromagnéticas é de aproximadamen- te 300.000 km/s, pede-se calcular o comprimento de onda da emissora. Resolução Sendo v % λ # f, temos: 300.000 % λ # 1.000.000 ⇒ λ % 0,3 km (300 m) 35 (UFRGS-RS) O conhecimento sobre estrutura atômica evoluiu à medida que determinados fatos experimen- tais eram observados, gerando a necessidade de propo- sição de modelos atômicos com características que os explicassem. A associação correta entre o fato observado e o modelo atômico proposto, a partir deste subsídio, é: a) I - 3; II - 1; III - 2; IV - 4 d) I - 4; II - 2; III - 1; IV - 3 b) I - 1; II - 2; III - 4; IV - 3 e) I - 1; II - 3; III - 4; IV - 2 c) I - 3; II - 1; III - 4; IV - 2 Fatos observados I. Investigações sobre a natureza elétrica da matéria e descargas elétricas em tubos de gases rarefeitos. II. Determinação das leis ponderais das combinações químicas. III. Análise dos espectros atômicos (emissão de luz com cores características para cada elemento). IV. Estudos sobre radioatividade e dispersão de partícu- las alfa. Características do modelo atômico 1. Átomos maciços, indivisíveis e indestrutíveis. 2. Átomos com núcleo denso e positivo, rodeado pelos elétrons negativos. 3. Átomos com uma esfera positiva onde estão distri- buídas, uniformemente, as partículas negativas. 4. Átomos com elétrons, movimentando-se ao redor do núcleo em trajetórias circulares — denominadas ní- veis — com valor determinado de energia. EXERCÍCIOS Registre as respostasem seu caderno EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES Registre as respostasem seu caderno Capitulo 04-QF1-PNLEM 29/5/05, 18:3093 R ep ro du çã o pr oi bi da .A rt .1 84 do C ód ig o P en al e Le i9 .6 10 de 19 de fe ve re iro de 19 98 . 94 6 O MODELO DOS ORBITAIS ATÔMICOS Como já comentamos, novas observações, experiências e cálculos levam os cientistas a novas conclu- sões. Desse modo, verificou-se também que o elétron se comporta ora como partícula, ora como onda, dependendo do tipo de experiência. Devemos, portanto, deixar de entender o elétron como uma boli- nha em movimento rápido e assumi-lo como um ente físico que tem comportamento dual — uma partícula-onda. De fato, já em 1924, o físico francês Louis De Broglie havia lançado a hipótese de que, se a luz apresenta natureza dual, uma partícula também teria propriedades ondulatórias. De Broglie tentou associar a natureza dual da luz ao comportamento do elétron, enunciando o seguinte postulado: A todo elétron em movimento está associada uma onda característica (princípio da dualidade ou de De Broglie). Outra consideração muito importante é a seguinte: podemos medir, com boa precisão, a posição e a velocidade de “corpos grandes”, como, por exemplo, de um automóvel numa estrada, com um aparelho de radar. O elétron, no entanto, é tão pequeno que, se tentássemos determinar sua posição ou velocidade, os próprios instrumentos de medição alterariam essas determinações. (Pense num exem- plo grosseiro: se, para medir a velocidade de uma roda, nós precisarmos encostar nela um velocímetro, o atrito do velocímetro estará “freando” a roda e, portanto, alterando sua velocidade.) Por isso Werner Heisenberg, em 1926, afirmou que “quanto maior for a precisão na medida da posição de um elétron, menor será a precisão da medida de sua velocidade e vice-versa”, e enunciou o seguinte princípio: Não é possível calcular a posição e a velocidade de um elétron, num mesmo instante (princípio da incerteza ou de Heisenberg). 36 (UGF-RJ) O físico dinamarquês Niels Bohr (1885-1962) enunciou, em 1913, um modelo atômico que relacionou a quantidade de energia dos elétrons com sua localiza- ção na eletrosfera. Em relação à energia associada às transições eletrônicas, um elétron, ao absorver energia, pode sofrer a seguinte transição: a) da órbita N para a órbita M. b) da órbita P para a órbita O. c) da órbita L para a órbita K. d) da órbita O para a órbita P. e) da órbita M para a órbita L. 37 (PUC-RS) Quando se salpica um pouco de cloreto de sódio ou bórax diretamente nas chamas de uma lareira, ob- têm-se chamas coloridas. Isso acontece porque nos áto- mos dessas substâncias os elétrons excitados: a) absorvem energia sob forma de luz, neutralizando a carga nuclear e ficando eletricamente neutros. b) retornam a níveis energéticos inferiores, devolvendo energia absorvida sob forma de luz. c) recebem um quantum de energia e distribuem-se ao redor do núcleo em órbitas mais internas. d) emitem energia sob forma de luz e são promovidos para órbitas mais externas. e) saltam para níveis energéticos superiores, superando a carga nuclear e originandoum ânion. 38 (UFPI) O sulfeto de zinco (ZnS) tem a propriedade denomi- nada fosforescência, capaz de emitir um brilho amarelo- esverdeado depois de exposto à luz. Analise as afirmativas abaixo, todas relativas ao ZnS, e indique a opção correta: a) salto de núcleos provoca fosforescência. b) salto de nêutrons provoca fosforescência. c) salto de elétrons provoca fosforescência. d) elétrons que absorvem fótons aproximam-se do núcleo. e) ao apagar a luz, os elétrons adquirem maior conteú- do energético. 20 04 U N IT E D M E D IA /I N TE R C O N TI N E N TA L P R E S S FRANK & ERNEST® by Bob Thaves Capitulo 04-QF1-PNLEM 29/5/05, 18:3094 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 do C ód ig o P en al e Le i 9 .6 10 de 19 de fe ve re iro de 19 98 . 95Capítulo 4 • A EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÔMICOS Devido à dificuldade de se prever a posição exata de um elétron na eletrosfera, o cientista Erwin Schrödinger (1926) foi levado a calcular a região onde haveria maior probabilidade de se encontrar o elétron. Essa região do espaço foi denominada orbital. Orbital é a região do espaço ao redor do núcleo onde é máxima a probalidade de encontrar um determinado elétron. Façamos uma comparação grosseira: Tomando como exemplo o átomo de hidrogênio, que possui um único elétron, teremos: Quando um avião está com os motores parados, nós vemos as pás das hélices em posições fixas e bem definidas. Quando os motores estão funcionando, vemos círculos dentro dos quais teremos, em qualquer posição, a probabilidade de “topar” com uma pá da hélice. Esses círculos podem ser chamados de “orbitais” das pás das hélices. Segundo o modelo de orbitais, o elétron é uma partícula-onda que se desloca no espaço, mas estará com maior probabilidade dentro de uma esfera (orbital) concêntrica ao núcleo. Devido à sua velocidade, o elétron fica dentro do orbital, assemelhando-se a uma nuvem eletrônica. Segundo o modelo atômico de Rutherford-Bohr, o elétron seria uma pequena partícula girando em alta velocidade em uma órbita circular. PODE-SE VER O ÁTOMO? Não se pode ver um átomo isolado exatamente como foi descrito nos vários modelos que acabamos de abordar. No entanto, podem- se ver manchas coloridas, na tela de um computador, dando a loca- lização dos átomos num dado material. Essas manchas são obtidas através do chamado microscópio de tunelamento em uma técnica criada na década de 1980. Não se esqueça, porém, de que a ciência sempre procura dar um passo à frente. De fato, em meados de 2003, foi anunciada a descober- ta de um processo para detectar as nuvens eletrônicas do átomo de silício. Um pulso de raios X muito rápido (da ordem de 10#18 segundos) arranca elétrons dos átomos e um segundo pulso de raios X “fotogra- fa” a reposição desses elétrons, medindo a energia eletromagnética que é liberada. O fenômeno é analisado por supercomputadores, que criam uma imagem colorida da nuvem eletrônica. P H IL IP P E P LA IL LY / S P L- S TO C K P H O TO S Imagem de átomos de ouro (em amarelo e vermelho) sobre uma base de átomos de grafite (em verde), vistos ao microscópio de tunelamento. Aumento: 28 milhões de vezes. Capitulo 04-QF1-PNLEM 6/7/05, 14:3295