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131 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Unidade II 5 INTRODUÇÃO AO REVIT® Serão apresentadas as funções básicas do software Revit®, que significa revise instantly. Esse tipo de software, voltado para modelagem de maquetes eletrônicas, e associado à tecnologia BIM, tem características bastante distintas de software tipo prancheta eletrônica, já vistas. Sendo assim, importantes diferenças e semelhanças serão enfatizadas conforme as funções são expostas. É preciso que fique claro que o Revit® possui uma operação e um sistema de projeto baseado nas melhores práticas existentes e em diferentes possibilidades e opções para cada tipo de ação. Mas, existem pontos, como em todo software, em que o padrão e as possíveis alterações/personalizações não solucionam completamente o problema. Nesses casos, é possível tentar resolver a questão importando arquivos de outros softwares. Como exemplos de elementos diferentes do padrão do Revit®, podemos citar: tipo específico de escada, guarda-corpo exclusivo, estrutura de ferro incomum, entre outros. 5.1 Acesso inicial ao software Para executar o software, dê um duplo click no ícone associado ao Revit® na área de trabalho do sistema operacional. Deverá ser escolhido o Architectural Template para iniciar o aprendizado. Figura 175 132 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Observação O termo projeto engloba um conjunto de itens: maquete eletrônica, desenhos dessa maquete, listas de materiais, imagens renderizadas, entre outros. A ideia de template é a mesma do AutoCAD®. Trata-se de arquivo com itens pré-configurados. Para iniciar o estudo desse tipo de software, será apresentada uma sequência que aparenta ser bastante objetiva e natural: unidades, níveis dos pavimentos, paredes, portas, janelas, piso etc. Pode haver um questionamento para essa ordem de aprendizado, já que o projeto de construção civil se inicia com outros itens: levantamento topográfico, movimentação de terra e determinação do norte geográfico. É possível também começar estudando essas possibilidades no Revit®. A questão é que, didaticamente, essas funções são mais complexas e dependem geralmente de arquivos importados de outros softwares. Daí a dificuldade inicial. Entendendo melhor os mecanismos das entidades básicas do Revit®, ficará mais fácil entender terreno e insolação. As funções básicas do Revit® utilizam medidas incomuns no Brasil. É preciso personalizar a maioria dos itens para adequá-los ao dia a dia do projeto. Nem sempre essas personalizações conseguirão alterar parâmetros igualando o modelo digital ao modelo físico. Nesse início de estudo, utilizaremos as medidas disponíveis nas opções. 5.2 Leiaute do software A figura a seguir apresenta o leiaute padrão do Revit®. Observar que não existe área de comando, mas é possível acessar as funções com atalhos. Figura 176 133 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Na figura anterior, podem ser descritos: • Funções de acesso rápido na parte superior à esquerda. • Abas. • Conjunto de painéis associados com cada aba. • À esquerda, o gerenciador do projeto Project Browser e propriedades das funções selecionadas em Properties. • Uma grande área gráfica de fundo branco, em que a origem está na parte central, com quatro indicadores de elevações. • Ícones diversos na parte inferior. • Recursos de visualização na parte superior à direita da área gráfica. Observação Não é necessário alterar padrões de configuração e janelas nesse início. Mantenha o leiaute sem alterações. 5.3 Unidades – atalho un Uma boa prática é configurar a unidade do projeto e sua precisão. A unidade adotada será m, com precisão de duas casas após a vírgula. O acesso se dá pela aba Manage/Projet Units/Lenght. Figura 177 Sempre click em OK para finalizar. 134 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Na inserção de números, para separar a parte inteira de fracionária, será utilizado o caracter “.”. 5.4 Níveis – atalho ll Cada pavimento da edificação possui um nível associado. A atribuição de nomes e valores para os níveis não é permitida em planta. É necessário mudar para alguma elevação. Para isso, utilize o gerenciador do projeto ou dê um duplo click em alguma elevação na área gráfica. A figura a seguir exibe o gerenciador do projeto. Observe que, inicialmente, com pavimento ativo (Level 1), a opção de configuração de níveis está inativa. Acessando qualquer elevação (East), a opção de níveis fica disponível. À direita, os níveis exibidos, e, acima, as elevações que podem ser acessadas pela área gráfica. Figura 178 Tendo acesso aos níveis, é possível mudar nomes e valores. Observe que a unidade apresentada é m, e que o gerenciador de projetos foi atualizado com a mudança de nomes. Figura 179 5.5 Paredes – atalho wa Para criar paredes, é necessário acessar o pavimento correto e determinar o tipo de parede, bem como sua altura. Uma prática comum é ligar a parede ao pavimento superior. 135 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 180 Na figura anterior, observe o pavimento térreo selecionado, a parede de 200 mm (0.2 m) e a ligação da parede com o Pavimento 1. A partir daí, poderão ser utilizadas as funções de entidades lineares básicas, transformações e modificações. A seguir, alguns exemplos: Inserção de linhas que representam paredes: Figura 181 Criação de contornos paralelos – atalho of: Figura 182 136 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Extensão e apara de objetos – atalho tr (trim/extend to corner): Figura 183 Cópia – atalho co: Figura 184 Observação O conjunto de funções (line, rectangle, circle, offset, move, copy etc.) tem operação e conceito bastante similares ao AutoCAD®. É questão de verificar como configurar os parâmetros. Na parte inferior esquerda, abaixo da janela de propriedades, são apresentadas mensagens que auxiliam a operação dos comandos. 5.6 Parametrização O Revit® é um software paramétrico. A parametrização permite o controle das dimensões do desenho através das cotas. Tendo criado a forma geral do contorno, ao selecionar algum segmento, é possível alterar o valor das cotas associadas, modificando a geometria. No processo de parametrização, as referências nos objetos são importantes. Basta clicar nas referências que elas mudam de posição. Um click no desenho da cota cria a dimensão. Um clique na dimensão recém-criada permite acessar o cadeado e travar uma eventual edição da cota. 137 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 185 A figura a seguir exibe cotas a partir da seleção de um objeto. Em seguida, uma das cotas é fixada (cadeado), permitindo o ajuste de medida de cota não fixada. Figura 186 5.7 Portas – atalho dr Antes de inserir uma porta, é necessário definir o tipo. O template utilizado traz um conjunto de portas previamente carregado. Podemos chamar esse conjunto de “família” de portas. Figura 187 138 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II A inserção de portas é bastante simples. Basta arrastar dinamicamente a porta sobre a parede e indicar a posição com o botão da esquerda do mouse. O vão da parede é aberto. Ao editar uma porta, é possível mudar o sentido de abertura e parametrizá-la corretamente, controlando a posição e os valores das cotas. Figura 188 5.8 Janelas – atalho wn Antes de inserir uma janela, também é necessário definir o tipo. O template utilizado traz um conjunto de janela previamente carregado.O item adicional a ser definido nas janelas é a definição do peitoril – campo Sill Height. Figura 189 A inserção de janela também subtrai o vão da parede: 139 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 190 5.9 Piso e laje A construção de piso e laje utiliza o mesmo ícone Floor. O piso é caracterizado por itens em contato com o terreno; a laje, nas demais situações. Para criação de piso ou laje, deve ser verificado se o pavimento está correto. Basta acessar o comando e desenhar um contorno que indica os limites. A figura a seguir ilustra a criação de um retângulo que define o piso. Para finalizar, é obrigatório clicar na tecla verde para confirmar ou no X em vermelho para abortar. Não existe outra maneira de finalizar o comando. Figura 191 No caso da laje, observe as alterações e o resultado. No final, é questionado se é necessário ligar as paredes à laje. Principalmente, no início, a resposta é sim (yes). Por exemplo, se o nível do Pavimento 1 for alterado, o conjunto paredes e laje é automaticamente reposicionado. 140 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Figura 192 A figura a seguir apresenta o resultado: Figura 193 Observação Tanto a laje quanto o piso expostos anteriormente utilizam valores diferentes dos padrões utilizados no Brasil. Por exemplo, um piso de 400 mm é incomum, bem como uma laje com metal. Adiante, serão expostas formas de personalização. 5.10 Possibilidades de visualização A maquete pode ser vista em perspectiva com diferentes apresentações. A figura a seguir ilustra como alterar para visualização em perspectiva e retornar para planta. Figura 194 141 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Observação Através do gerenciador do projeto, é possível acessar diferentes pavimentos e elevações. Um cuidado importante é não trocar pavimentos-padrão por pavimentos de forro. São os ceiling plans, exclusivos para execução de forros. Estando em perspectiva, é possível alterar a apresentação da maquete conforme for conveniente. A figura a seguir apresenta alternativas. Figura 195 Essas diferentes apresentações são comuns e foram comentadas anteriormente. 5.11 Telhado A criação do telhado se dá no último pavimento que possui laje. É preciso estar, então, no pavimento correto. Opcionalmente podem ser criadas paredes para fechar partes não inclinadas do telhado, o que é considerado uma boa prática. Nesse caso, a parede terá 0.1 m. Além de ter a altura regulada para 0.1, é necessário alterar a referência para criação da parede. Observe na figura a seguir o item Finish Face Exterior, que define os pontos da parede por um dos lados e não pelo centro. O resultado fica melhor visível em perspectiva. Figura 196 142 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II A função Roof by Footprint vai criar um telhado, a princípio, com cumeeiras, espigões e rincões. Geralmente é previsto um beiral que excede a edificação em 0.5 m. A ferramenta linha com a opção offset regula a distância do beiral. Figura 197 Após a validação, é perguntado se as paredes devem ser ligadas ao telhado. A resposta é, geralmente, “sim”, já que é conveniente que a parede feche partes sem inclinação. Figura 198 Observe, na figura a seguir, o posicionamento padrão do piso e da laje em relação aos níveis do projeto. Eles são criados abaixo da indicação do nível. No caso exposto, a diferença de níveis é de 2.7 m. Já o pé direito será de 2.5 m, já que a laje tem 0.2 m. Trata-se apenas de um exemplo inicial. Figura 199 143 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 5.12 Edição de itens A edição de uma maquete eletrônica precisa ser executada com atenção. Mudanças drásticas nos parâmetros de algum elemento poderão inviabilizar outros elementos, comprometendo o processo. A edição de cada elemento se dá dentro de suas características. Por exemplo: • Na edição de uma parede, basicamente, é possível alterar seu tipo e sua altura. Uma redução grande na altura pode inviabilizar alguma janela. • Na edição de um telhado, se altera o contorno que deu origem ao telhado, bem como o tipo de telhado e o ângulo de inclinação. Não é possível transformar a linha que define a cumeeira em curva ou arco. Lembrete No Revit®, para validar contornos, seja em piso, laje ou telhado, é necessário clicar no item , em verde. 5.12.1 Seleção de objetos A forma mais simples de selecionar objetos é o ícone Modify, parte das abas Architecture e Modify. Mantendo pressionadas as teclas Ctrl e Shift, é possível adicionar e retirar objetos da seleção. Inclusive o cursor sinaliza essas possibilidades. Figura 200 Em situações com muitos elementos próximos, a tecla Tab altera a seleção. Figura 201 144 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II 5.12.2 Edição de parede Ao selecionar uma parede, suas propriedades ficam disponíveis na janela Properties, podendo, então, ser alteradas. Na figura a seguir, a parede teve sua altura configurada para 8 m. Observe, à direita, a modificação limitando a parede ao pavimento superior. Figura 202 Muito provavelmente, nesse caso, seria interessante editar a altura de todas as paredes. Para selecionar todas as paredes, definir, através de dois pontos, uma janela que engloba todos esses elementos. Outra possibilidade é selecionar uma parede, acessando o menu com o botão da direita, que permite editar todos os objetos de mesmo tipo visíveis na vista. Figura 203 5.12.3 Edição de janela e porta Essas duas entidades, quando editadas, permitem a troca de tipo e alterações em seu posicionamento na parede. A janela permite ainda alteração do peitoril. Assim como acontece com a parede, também é possível selecionar todas as portas e janelas de mesmo tipo, visíveis na vista. 145 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 204 A porta apresentará as mesmas possibilidades. Figura 205 5.12.4 Edição de piso e laje A edição de piso e laje permite trocar o tipo. A edição mais comum, no entanto, é a alteração dos contornos que definem o piso e a laje. Ao escolher um piso para editar, aparece o ícone Edit Boundary, que acessa diretamente o contorno construído. Na edição, também é necessário clicar no item verde para finalizar a alteração. Figura 206 146 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Poderão ser utilizadas funções de criação de linha, retângulo, criação de cantos vivos, entre outras. Figura 207 5.12.5 Edição de telhado Na edição de telhado, é possível escolher outro tipo, alterar ou retirar a inclinação, além de poder redefinir o contorno do telhado. De forma análoga ao piso, aparece o ícone Edit Footprint. Lembre-se de que se deve estar no pavimento correto. Na figura a seguir, o telhado foi editado, e a inclinação, retirada de algumas de suas águas. Figura 208 Após retirar a inclinação de várias águas do telhado, observe o resultado em perspectiva. Se não existissem paredes sobre a laje, ficariam espaços abertos quando o telhado fosse editado. Figura 209 147 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 5.13 Esconder e exibir objetos Nos pacotes CAD, é frequente a necessidade de exibir e esconder objetos para deixar o que de fato é importante para visualização e entendimento. O AutoCAD® utiliza o recurso de Tabela de layers. Cada layer tem nome, cor, estilo de linha etc. O Revit® não trabalha com tabela de layers, embora possa importarum desenho do AutoCAD® e controlar tanto a importação quanto a exibição dos layers. O Revit® utiliza um recurso de exibição por vista. Os objetos poderão ser escondidos individualmente ou por categoria. Para isso é utilizado o botão da direita com a opção Hide in View/Elements ou Category. Observe o exemplo que apaga cotas: Figura 210 Para exibir novamente os objetos, é preciso acessar o Reveal Hidden Elements (lâmpada amarela na parte inferior central da tela), observar os elementos que podem ser exibidos, clicar com o botão da direita e definir a opção Unhide in View/Category. Figura 211 Observação Os objetos escondidos pela opção Category só podem ser exibidos pela mesma opção Category, e não individualmente pela opção Elements. 148 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II 5.14 Tipos de arquivo O Revit® permite executar salvamento de arquivos com três diferentes extensões: • RVT: formato de projeto. Em um único arquivo, são salvos pavimentos, fachadas, cortes, desenho, entre outros. Diferentemente do AutoCAD®, o Revit® não salva em versões anteriores. Se for recebido um arquivo com versão inferior, a que é usada poderá atualizá-lo; mas se a versão for posterior, não conseguirá abri-lo. • RTE: formato template. O template é um arquivo geralmente em branco, mas com um conjunto de itens configurados e personalizados. Ao iniciar um novo projeto, deverá ser escolhido um template. Pode ser algum template padrão ou ainda pode ser procurado um template em determinadas pastas. Figura 212 Observação Estando no sistema operacional, se for aberto diretamente um template, só poderá salvá-lo como template e não como projeto. • RFA: famílias de objetos. Dentro da modelagem de maquetes eletrônicas, diversas situações utilizam famílias: portas, janelas, mobília, folhas etc. Cada família tem suas peculiaridades de acordo com a aplicação. Por exemplo, as famílias de portas adotam um conjunto de variáveis associadas à modelagem, as variáveis mais importantes são largura e altura; já as famílias de margens possuem variáveis associadas com preenchimento de legenda. Não faz parte do escopo do livro criar famílias parametrizadas. 5.15 Importação de famílias Os templates possuem diversas famílias pré-instaladas. Observando os itens de inserção de janelas e portas, por exemplo, já existiam vários modelos de portas e janelas disponíveis. 149 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Se forem inseridas portas de diferentes estilos, deve-se previamente carregar as famílias das portas desejadas. Quando a família for carregada, tem seus itens disponíveis nos menus das funções que realizam. Para carregar uma família, é necessário acessar Insert/Load Family. Na sequência, definem-se diretório e arquivo. No exemplo a seguir, observe a árvore de pastas e também o arquivo escolhido. Figura 213 Na inserção de porta, observe o modelo já disponibilizado. Figura 214 5.16 Inserção de mobília – atalho cm A mobília é um item típico que depende do carregamento prévio de famílias. O menu que executa a inserção é o Architecture/Component/Place a Component. Basta escolher o item e arrastá-lo para o cômodo desejado. Figura 215 150 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II 5.17 Passo do cursor Diferentemente do AutoCAD®, o Revit® trabalha com todos as opções do cursor ativas. No contexto em que é utilizado, não causa problema. Se, eventualmente, for escolhido algum item para ser desativado, basta acessar a aba Manage/Snaps. Figura 216 Observar, na figura anterior, que cada tipo de passo possui um atalho de teclado. Por exemplo, digitar SE define exclusivamente Endpoint para aquela situação. 5.18 Grade – atalho gr A grade ou eixos de referência é outra maneira de trabalhar na modelagem. Para criar a grade, é necessário estar em algum pavimento. A partir daí, é necessário definir, com dois pontos, cada eixo da grade. Geralmente, esses pontos estão alinhados. Observar que o número do eixo é automaticamente incrementado. Figura 217 Os eixos na vertical utilizam letras. Para criar paredes, é recomendável utilizar os cruzamentos dos eixos e configurar a inserção pelo centro. Observe a figura à direita: 151 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 218 A distância entre os níveis poderá ser parametrizada. Clicando em algum eixo, as cotas são exibidas. Saiba mais Para contextualizar melhor o Revit® dentro da tecnologia BIM, leia o artigo: SANTOS, R. F. dos Estudo da modelagem do software Revit com foco nas inovações da tecnologia Bim. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, São Paulo, v. 5, ed. 9. p. 30-50, dez. 2017. Disponível em: <https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-civil/software- revit>. Acesso em: 28 nov. 2018. 6 PERSONALIZAÇÃO DE ITENS, DETALHAMENTO E FOLHA DE DESENHO NO REVIT® Anteriormente, citamos a necessidade de personalizar itens. Cada tipo de personalização envolve diferentes parâmetros. No entanto, pode-se generalizar que a personalização trata de duplicar um item de interesse e alterar parâmetros nessa cópia. O processo de criação de famílias de itens e manipulação de variáveis a partir de um arquivo em branco é proporcionalmente difícil, envolve outros tipos de conhecimento e não faz parte do escopo deste livro-texto. Já a criação de desenho tem uma conceituação nova. O software do porte do Revit® trata o desenho como uma extensão ou decorrência da maquete. Portanto, a partir de uma maquete criada, uma margem é carregada, e as vistas importantes são inseridas no desenho. Se a maquete for modificada, o desenho é atualizado. As projeções no desenho, por sua vez, não poderão ser modificadas. A fase de detalhamento se dá na maquete e não no desenho. Detalhar trata de inserir cotas, níveis, texto, entre outros. 152 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Observação Cuidado com os termos. Maquete eletrônica não é um desenho, é um item ou objeto tridimensional concebido em termos espaciais. 6.1 Personalização de paredes Para personalizar uma parede, a preocupação inicial é com a espessura e com as camadas que serão consideradas. No mínimo, haverá uma camada estrutural, é desejável que existam duas camadas de acabamento, representando o reboco dos dois lados da parede. O processo se inicia com o acesso à função de criação de parede pela aba Archietecture/Wall. Na figura a seguir, a parede genérica de 200 mm foi escolhida por ter poucos itens em sua composição. A partir daí, o item Edit Type permite duplicar a parede renomeando a cópia. A opção Edit apresenta o ambiente de configuração. Figura 219 Observar, na figura a seguir, as camadas iniciais: Structure e Core. A camada Structure é associada com a espessura do tijolo. Já as camadas do tipo Core representam a medida em osso, sem acabamento, e, no Brasil, não terão espessura zero. Em países frios, essas mesmas camadas têm outras funções e espessura. Observar, nas figuras à esquerda, que uma nova camada foi criada com a opção Insert e por meio da opção Up movida para cima. Já à direita, a função das camadas foi alterada para acabamento Finish 1, e um material foi selecionado para essa camada. 153 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 220 Ajustando a espessura das camadas, observar que o material utilizado foi de uma configuração padrão, e a camada estrutural utiliza um tijolo de espessura 0.17, medida comum no Brasil, mas que varia conforme a região. A espessura total é de 0.20, já que cada camada de acabamento tem 0.015. A unidade do arquivo é m. Figura 221 ObservaçãoO material também poderá ser personalizado, tendo sua cor e textura configuradas. Inclusive é possível ligar uma imagem a esse material. 154 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II 6.2 Personalização de portas A personalização de portas trata de alterar valores de altura e largura. A questão é que é necessário ter uma família de portas com as características que se pretende aproveitar. Se essa família não estiver no template, será necessário carregá-la. A figura a seguir ilustra a personalização de uma porta lisa: na aba Architecture/Door, uma porta lisa é selecionada (duplicada); a cópia é renomeada e largura e altura são ajustadas. Figura 222 Observação Para configurar a porta, há um impasse, já que tanto a largura como a altura englobam um batente. Uma possibilidade é configurar a largura em 0.86, e a altura em 2.13, considerando um batente padrão comercializado no Brasil. 6.3 Personalização de janelas A personalização de janelas é idêntica à de portas, com o dever de regular também o peitoril. A figura a seguir ilustra uma janela fixa personalizada de 1.2 x 1.5, com peitoril de 0.9: 155 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 223 6.4 Personalização de piso Assim como as paredes, o piso possui camada estrutural e de acabamento. Nesse exemplo, serão colocadas duas camadas de acabamento, uma para o cimento cola e outra para piso cerâmico (ambas com 0.01). A camada estrutural é formada pelo contrapiso, cujo padrão adotado é de 0.18. Nesse tipo de personalização, é necessário criar as entidades lineares que delimitam o piso. Para sair, é necessário clicar na tecla em verde. Já o x, em vermelho, que aborta a função, faz com que a personalização se perca. Portanto, deve haver um cuidado com a forma de concluir o comando. A figura a seguir ilustra o acesso natural à personalização do piso, similar a outros itens. Figura 224 A configuração de camadas deve seguir os valores indicados na figura posterior. Note que existem dois níveis de acabamento e que os materiais utilizados já estavam na biblioteca de materiais. Nessa situação, seria interessante fotografar o piso desejado e personalizar um material. Não se esqueça das opções Insert, Up e Down, para ajustar as camadas. 156 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Figura 225 6.5 Telhado O telhado é um item que, a princípio, possui representação simplificada, sem madeiramento e telhas. A personalização se dá apenas pela alteração de espessura. Assim como no piso, é necessário validar a saída com a tecla , em verde; ou abortar com o x, em vermelho. Figura 226 6.6 Materiais A personalização de materiais envolve indicação de cor ou hachura para o modo Shaded e associação com arquivo de imagem para renderização e visão do tipo Realistic. A figura a seguir apresenta um arquivo de imagem a ser utilizado em pisos. Seu nome é piso.jpg, mede 0.4 x 0.4 m e deve haver o controle em que se possa salvar a pasta. 157 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 227 Assim como nas outras personalizações, um material existente será duplicado e renomeado. É interessante escolher um material que já tenha imagem associada. Figura 228 As abas Graphics e Appearence serão alteradas. Observe que o arquivo de imagem foi ligado; o tamanho, compatibilizado; a cor, alterada. Na outra aba, uma hachura foi associada. Figura 229 158 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Observe o resultado do piso personalizado no modo Shaded e Realistic: Figura 230 6.7 Detalhamento O detalhamento se dá nos pavimentos e elevações da maquete eletrônica e não no desenho. Os itens de detalhamento abordados inicialmente são: cotas, texto, nível e identificadores. É muito importante pensar na escala em que o desenho será impresso, já que os itens de detalhamento não serão escalados. A escala preferencialmente deverá ser definida antes de ser detalhada. Na figura a seguir, à esquerda, a escala é 1:00; à direita, 1:50. Observe que o tamanho dos itens não se altera. Figura 231 A escala definida para cada pavimento ou elevação é a utilizada na inserção da vista no desenho. 6.7.1 Cotas As cotas, a princípio, não devem ter seus parâmetros editados. Mesmo que, na tela do computador, pareçam desproporcionais, no arquivo impresso, os valores ficarão visíveis. As etapas da inserção de cotas são comuns à maioria dos softwares: dois pontos, que definem a distância a cotar; e um terceiro ponto, que define a distância da cota à peça. 159 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL A aba Annotate opção Linear é a mais utilizada para inserir cotas. O Revit® possui ainda um recurso de cota múltipla em que podem ser fornecidos, em sequência, diversos itens a cotar e, no final, se define a profundidade. Observe os dois casos na figura a seguir: Figura 232 6.7.2 Texto – atalho tx Independentemente do tipo de software, sempre existirá uma preocupação em relação à altura e à fonte de texto. Ao acessar essa opção, também abaixo da aba Annotate, já existirá um conjunto de alturas padrão com a fonte Arial. Observe, na figura a seguir, as etapas de criação de texto. Figura 233 Observação Durante o processo de criação de texto, não utilize a tecla Esc. Após digitar o texto, um ponto qualquer sai da digitação, permitindo ainda mover e rotacionar. Outro ponto qualquer finaliza o processo. Na inserção de texto, podem ser utilizados caracteres da tabela ASC II estendida, com exemplificado na especificação de área da figura anterior. Três caracteres são bastante comuns: “ª”, “º” e “²” respectivamente códigos ASC: 166, 167 e 253. Para reproduzir esses caracteres, a tecla Alt deve ser mantida pressionada. No teclado numérico, se digitam os números. 160 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II 6.7.3 Nível – atalho el A inserção de níveis é frequente nos cômodos das plantas e nos pavimentos das elevações. Basta acessar a função, definir uma posição e digitar o nível. Figura 234 O valor do nível é automaticamente preenchido pelo programa. A opção Leader, em planta, deve ficar desativada. Caso contrário, o nível fica ligado a uma linha com seta na ponta para indicação específica. 6.7.4 Identificadores – atalho tg As portas e janelas possuem códigos de identificação. Ao importar uma biblioteca, por exemplo, esses códigos já vêm preenchidos. Trate-se do campo Type Mark. Figura 235 Quando se detalha o desenho, o Revit® diferencia os itens com distintas formas geométricas. Se necessário, o conteúdo pode ser editado. Figura 236 161 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Observe que a janela foi atualizada. Esse é um parâmetro que será aproveitado nas tabelas de orçamento abordadas posteriormente. Figura 237 6.8 Cortes Os cortes são elementos frequentes no projeto de Engenharia Civil. Exibem detalhes internos, facilitando a compreensão do projeto. São criados através da função Section, disponível na aba View, ou ainda nas ferramentas de acesso rápido na parte superior esquerda da tela. A figura a seguir exemplifica um corte total criado com dois pontos. A aparência da extremidade do corte poderá ser alterada – ponto P3. Figura 238 O corte surge no gerenciador de projeto, que poderá ser acessado. Outra maneira é um duplo click sobre a ponta da seta de indicação de corte. Figura 239 162 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Observar que o nomedo corte ainda não foi preenchido. Quando o corte for inserido no desenho, esse preenchimento é automático. O posicionamento do corte depende do operador do software. É comum estabelecer desvios no corte total a fim de obter uma representação mais rica e detalhada. Para isso, a linha de corte será editada, e a alteração será executada por Split Segment, que fica disponível na edição. Figura 240 O resultado da alteração está na figura anterior, na parte inferior direita. 6.9 Vista 3D personalizada Uma possibilidade bastante interessante é criar vistas personalizadas, fora do padrão, para ilustrar detalhes específicos da maquete eletrônica. A criatividade é importante para obter representações adequadas. O comando que cria a vista é o Camera, situado na aba View/3D View. É necessário fornecer dois pontos: o primeiro é o do observador, e o segundo indica para onde o observador está olhando. Figura 241 163 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL As vistas são inseridas no gerenciador do projeto. 6.10 Renderização Uma vista 3D poderá ser renderizada, e o resultado, incorporado ao projeto. No contexto de softwares CAD, a renderização se baseia em: • Luz natural: é importante executar estudo prévio de insolação a fim de obter a posição real teórica do Sol em relação à maquete. • Luz artificial: são conjuntos de pontos de luz, composição definida no espaço, bem como cor e intensidade dessa luz. • Características do tempo: nublado, ensolarado, chuvoso etc. • Texturas para os materiais: conforme visto na personalização de material, é possível ligar um arquivo de imagem a um determinado material. Observação Softwares especialistas disponibilizam até marcas e parâmetros de lâmpadas. Os arquivos de imagem que farão o papel de textura necessitam de um conjunto de cuidados a fim de que não se note descontinuidade no processo. As técnicas de renderização têm um amplo conjunto de possibilidades, se constituindo até como uma área à parte dos pacotes CAD. Estando em 3D, no Revit®: • Trazer a caixa de diálogo da renderização. • Configurar iluminação, características do tempo, bem como qualidade do arquivo de saída. • Aguardar o processo. • Salvar o resultado no projeto. 164 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Figura 242 Observação A opção Output Settings, que permite regular as características do arquivo de saída, tem duas opções: • Screen: em que é gerado um arquivo de baixa resolução para ser exibido somente na tela do computador. Não serve para ser impresso. É o ideal para apresentações. • Printer: gera um arquivo de maior resolução para ser impresso. A resolução ideal é de 300 DPI (Dots Per Inch). Para fins didáticos, foi utilizada resolução de 150 DPI. 6.11 Desenho Os itens anteriores expõem opções de inserção de vistas no desenho: pavimentos, cortes, elevações, vistas personalizadas, renderização, entre outros. As vistas precisam de um conjunto de operações antes de serem inseridas no desenho. As bordas das vistas deverão se redimensionadas para um melhor aproveitamento no desenho. Para isso, é necessário exibir sua borda com a opção Show/Hide Crop Region. Em seguida, clicar na borda e arrastar as referências. Para finalizar, apagar a borda. Na figura posterior, itens das vistas que devem ser apagados para não sair no desenho. 165 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 243 Uma vista não pode ser inserida em diferentes folhas, somente em uma folha. Caso haja essa necessidade, a vista precisará ser duplicada: no gerenciador do projeto, com o botão da direita sobre a vista, deve-se selecionar Duplicate View com ou sem detalhamento. Figura 244 Na figura anterior, à direita, ainda é exibida a possibilidade de renomear a cópia. Os formatos de folha, assim como janelas, portas, mobília etc., fazem parte das famílias de componentes, portanto, têm extensão RFA. É necessário saber em que diretório estão armazenadas. Para importar uma folha, é preciso acessar View/Sheet/Load/escolher a folha no diretório/Open/ OK para finalizar. Figura 245 A folha estará na tela e também no gerenciador de projeto. Para inserir as vistas no desenho, basta arrastá-las do gerenciador para a folha (selecionar e manter o botão do mouse pressionado). 166 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Figura 246 E assim sucessivamente com os demais tipos de vista. Cada vista tem número, título e escala indicados. Figura 247 Lembrete No Revit®, a edição é executada na maquete eletrônica. O desenho é atualizado automaticamente. O contrário não é possível. Observação O preenchimento da legenda depende de como a folha de desenho foi criada. Geralmente, os campos da legenda estão associados ao nome da folha, às propriedades da folha e às informações do projeto. 167 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 248 6.12 Peso gráfico Anteriormente, foi explicado o processo de impressão no AutoCAD®. As cores utilizadas nos layers são associadas a espessuras na impressão. No Revit®, não se usa layer, e as cores estão associadas geralmente a materiais. Então quais espessuras de linha são utilizadas nas paredes, caixilhos, cotas etc.? O Revit trabalha com uma tabela que indica número de linha, função, cor e espessura associada à escala. Trata-se de uma outra abordagem. Genericamente, não é preciso se preocupar com esses parâmetros no momento de imprimir, já que os valores padrão são satisfatórios. No entanto, para formar uma ideia mais clara, a tabela pode ser acessada pela aba Manage Object Styles. Na figura a seguir, a parede foi tomada como exemplo. Quando for linha de projeção, terá tipo 1; e quando for produto de corte, terá tipo 4. Figura 249 Nesse outro menu, Manage/Additional Settings/Line weights, o peso está associado à escala: a linha de tipo 1, na escala 1:50, é impressa com 0.18. Já na de tipo 4, será impressa com 0.5. A espessura das linhas é configurada em mm. 168 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Figura 250 Exemplo de aplicação Para você ter uma melhor compreensão do processo, imprima desenhos com diferentes escalas e analise o resultado. Lembre-se da padronização. A partir da necessidade de adaptação, o peso gráfico será alterado para todos os novos projetos. 6.13 Impressão e geração de arquivo em PDF Os desenhos gerados no Revit® precisam ser impressos. Como explicado anteriormente, as cores e espessuras de linha já foram configuradas. Nesse caso, basta enviar o arquivo diretamente para a impressora ou gerar um arquivo em formato PDF. O menu que executa essa ação é Print, acessível pela expansão do botão de aplicação. Figura 251 É aberto um menu em que devem ser definidos: • Tipo de impressora ou geração de PDF. • Tamanho de folha nas propriedades da impressora. 169 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 252 Observação O tamanho de papel da figura anterior, oversize A2, é um pouco maior que o A2, o que permite a impressão da margem externa do formato A2 sem restrições. Os tamanhos de papel disponíveis estão vinculados ao tipo de impressora. Por exemplo, uma impressora A4 permite imprimir em formatos A4, A5, carta, entre outros. Não existe possibilidade de imprimir em formato A3, pois sua área de impressão é menor. • Diretório e nome para o arquivo PDF. • Área a ser impressa (no caso, Current window). • Setup para regular a escala de impressão. Geralmente com Zoom 100%. Figura 253 Um Preview é frequente para confirmar a área que estásendo impressa, bem como as vistas que constam na impressão. 170 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Figura 254 Ao finalizar o menu com OK, o arquivo teste.pdf é gerado. 7 ITENS COMPLEMENTARES NO REVIT® 7.1 Transformações As transformações no Revit® seguem procedimentos bastante similares às do AutoCAD®. Em uma primeira etapa, os elementos são selecionados (um a um ou por janela), a seleção é confirmada com Enter. Lembre-se de que o processo de seleção por janela traz diferenças na ordem de definição dos pontos. Assim como no AutoCAD®, a janela da esquerda para a direita seleciona os objetos totalmente internos. Já a janela da direita para a esquerda seleciona os objetos total e parcialmente internos. A tecla Ctrl adiciona objetos à seleção, enquanto a tecla Shift retira objetos da seleção. 7.1.1 Destruir objetos – atalho de Para eliminar objetos indesejáveis, basta teclar Delete ou o ícone Delete. Na figura à direita, os objetos foram eliminados. 171 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 255 7.1.2 Translação – atalho mv O deslocamento utiliza um vetor determinado por dois pontos. Eventualmente poderão ser utilizados pontos característicos dos objetos (endpoint, midpoint etc.). Figura 256 O objeto também pode ter sua posição regulada pela alteração de cotas. Basta editá-lo e no contexto que ele se encontra, cotas são exibidas para regular distâncias. Figura 257 172 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II 7.1.3 Rotação – atalho ro A rotação difere um pouco do padrão de outros softwares. Um ponto de pivô é previamente selecionado. Geralmente coincide com o centro de gravidade do elemento, mas pode ser arrastado para outra localização. Daí é necessário dar um ponto de referência geralmente perpendicular ao pivô, e um segundo ponto determina o ângulo de rotação. Um valor de ângulo poderá ser fornecido via teclado. Opcionalmente, através da seleção do item Copy, poderá ser criada uma cópia e mantido o original. Figura 258 7.1.4 Cópia – atalho co De forma análoga à translação, a cópia também depende de um vetor. Nesse caso, porém, o original é mantido e uma cópia é criada. Existe a opção de criar cópias múltiplas selecionando o item Multiple. Cada ponto define uma nova cópia. Figura 259 7.1.5 Espelhamento com segmento existente – atalho mm O comando mirror pick axis espelha os elementos selecionados, tendo como referência uma linha já existente no projeto. Basta indicar a linha. 173 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 260 7.1.6 Espelhamento com criação de segmento – atalho dm Já o comando mirror draw axis é mais flexível que o anterior, já que permite definir o eixo de espelhamento através de dois pontos. Trata-se de referência temporária. Figura 261 7.1.7 Criação de canto vivo – atalho tr O software denomina esse comando de trim/extend to corner. Basta clicar em dois elementos não paralelos, de mesmo tipo, que eles são estendidos, criando o canto vivo. Se os elementos forem concorrentes, precisarão ser selecionados indicando, na seleção, as partes a manter. Figura 262 7.1.8 Alinhar e estender – atalho al O comando align tem diferentes funções dependendo da situação em que é aplicado. Pode servir para estender, em que a ordem de seleção estabelece limite da extensão e objeto a ser estendido; e pode 174 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II servir, também, para realizar alinhamentos de determinados objetos como pisos e forros. Novamente é identificada, na ordem, a referência para alinhar e o objeto a ser alinhado. Figura 263 7.2 Importação de arquivos do AutoCAD® Uma opção bastante utilizada é o aproveitamento de desenhos do AutoCAD® para servirem de referência em maquetes eletrônicas do Revit®. Parte dos estudos iniciais pode ser criada no AutoCAD® para, posteriormente, se tornar maquete eletrônica. Um fornecedor envia arquivos no AutoCAD®, e o Revit® fornecerá um melhor entendimento com a maquete eletrônica. O arquivo do AutoCAD® precisa seguir um conjunto de diretrizes para ser melhor aproveitado no Revit®: • Estar configurado para m (comando units). • Eliminar todos os elementos que não serão utilizados do Revit®. • Utilizar o comando move para eliminar a origem do AutoCAD® com algum ponto importante do desenho. Figura 264 175 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Para importar o desenho no Revit®, utilize a aba Insert/Import CAD. Procure o diretório e selecione o arquivo. O item importante a configurar é o alinhamento de origem com origem. Em seguida, escolha Open. Observe, na figura à direita, o arquivo importado. Reparar na posição da origem: coincide com o cruzamento das elevações. Figura 265 A partir daí, por exemplo, os pontos característicos do desenho importado servirão de referência para a criação de paredes. Observação Pode haver diferenças de dimensão entre as convenções dos softwares. Por exemplo, uma parede externa no AutoCAD® foi convencionada com 0.2 e, no Revit®, em razão do tijolo utilizado, a parede tem 0.17. Nesse caso, deve haver cautela em relação à referência para o alinhamento. 7.3 Escadas As escadas poderão ser executas de duas maneiras de forma Stair by Component, diretamente no pavimento, ou Stair by Sketch, importando um desenho de escada do AutoCAD® (teoricamente com projeto correto de dimensões). Na aba Arquitecture/Stairs, indica-se a opção. Figura 266 176 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Na criação de escadas, é necessário definir previamente alguns parâmetros: altura máxima do degrau, pisada mínima e largura mínima da escada. Trata-se de uma personalização. A escada padrão é duplicada, renomeada, tendo esses parâmetros alterados. O cálculo exato das dimensões é executado pelo software, utilizando a fórmula de Blondel. Figura 267 Antes da criação da escada, é preciso definir os pavimentos envolvidos. Observar, à esquerda, na figura anterior, que a escada tem como base o pavimento Térreo e como limite o Pavimento1. 7.3.1 Escada por componente Na escada por componente, os lances (ou lanços) são definidos por pares de pontos. Por exemplo: pontos 1 e 2 definem um lanço, pontos 3 e 4 definem outro lanço. No intervalo entre os pontos P2 e P3, é criado um patamar. As disposições dos pontos determinarão o tipo de escada. Observe, na figura a seguir, da esquerda para a direita, a escada reta, em L e em U. Notar também que a quantidade de degraus é calculada pelo software. Figura 268 177 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Geralmente, em perspectiva, o guarda-corpo poderá ser trocado. Para isso, ele deve ser selecionado e, à esquerda, aparecem as possibilidades para troca. Observe as diferenças na figura. Outras bibliotecas de guarda-corpo poderão previamente ser importadas, aumentando as opções. Figura 269 Observação Essa apresentação de escada não sugere concreto, mas sim madeira ou ferro. Nesse caso, o padrão do software diverge do tipo mais comum de escada utilizado no Brasil, que é de concreto. Essa é uma situação típica em que o padrão do software direciona modificações/adequações no projeto. 7.3.2 Escada por sketch A escada por sketch (Stair by Sketch) é outra maneira de criar escada e importá-la do AutoCAD®. Figura 270 A figura, à direita, ilustra a seleção de escada por sketch. 178 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Dois itensque precisam ser criados: Boundary, para os limites da escada, e Riser, para os degraus, um a um. O item verde finaliza o processo. Observar, na figura a seguir, que, na definição das fronteiras, os pontos correspondem aos lanços da escada. O patamar é decorrência. São duas etapas: pontos 1 a 4 e pontos 5 a 8. Já os degraus são ilustrados na parte inferior da figura. Podem ser copiados. Figura 271 Após a validação, se houver alguma incompatibilidade entre o desenho importado da escada e as condições do projeto, é exibida mensagem de erro. O erro pode ser de número incompatível de degraus, largura da escada menor que o mínimo e pisada menor que o mínimo. Figura 272 Os contornos da escada, importados de outro software, proporcionam maior flexibilidade de formas. Podem, por exemplo, ser usados arcos no início e final. 179 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 7.4 Parede de vidro Uma possibilidade bastante comum, tanto em residências como em estabelecimentos comerciais, é a utilização de paredes de vidro. Trata-se de uma estrutura formada por montantes e travessas de alumino ou ferro, tendo seus vãos preenchidos com vidro. Parte dos vãos pode ser substituído por janelas ou portas. O procedimento a seguir é bem genérico. Parte de uma parede de alvenaria previamente criada. É a situação mais comum. 7.4.1 Transformar parede de alvenaria em parede de vidro Basta editar a parede e trocá-la por vidro. A opção de vidro já faz parte do template utilizado no início do projeto. Caso não conste na lista, precisará ter a família carregada. Figura 273 A laje é criada sempre abaixo do nível corrente. As paredes são juntadas à laje. No caso da parede de vidro, é necessário diminuir sua altura, pois é arrematada de forma diferente. Não se junta à laje. Observe, na figura a seguir, que o parâmetro Top Offset foi alterado. É um parâmetro que regula o topo da parede. Figura 274 180 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II 7.4.2 Inserção de divisões na parede de vidro É necessário executar a divisão para posterior posicionamento da estrutura. A função que executa a divisão está na aba Architecture/Curtain Grid. Para criar as divisões, basta passar com o cursor sobre a base ou na lateral e definir a posição. Podem ser definidas divisões em posições quaisquer e, posteriormente, serem parametrizadas. Figura 275 7.4.3 Inserção da estrutura O ícone Mullion, abaixo da aba Architecture, executa a inserção dos perfis nas divisões. É necessário, inicialmente, escolher o perfil dentro de uma lista. A partir daí, escolher as divisões, que podem ser por segmento, linha ou em toda a grade. A figura a seguir traz as diferentes possibilidades. Figura 276 7.4.4 Colocação de porta em parede de vidro Antes de colocar a porta, é necessário destruir travessas e divisões intermediárias. Se houver dificuldade na seleção, a tecla Tab deverá ser utilizada. O vidro é que será trocado pela porta. 181 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 277 Utilizando a função Insert/Load Family, localizar algum diretório que contenha portas de vidro. Figura 278 Uma vez importada, basta trocar o vidro pela porta recém-carregada. Notar que a importação desse tipo de item (porte de vidro) ficou disponível na aba que contém paredes. É uma característica desse tipo de objeto. Figura 279 Observar na figura anterior, à direita, como a porta na parede de vidro aparece em planta. 7.5 Guarda‑corpo É frequente a inserção de guarda-corpo em sacadas, corredores, pisos de cobertura etc. Estando no pavimento correto, basta escolher o tipo de guarda-corpo e desenhar o contorno. A validação utiliza o item em verde. É preciso criar guarda-corpos em diferentes posições, um a um. Não é possível criá-los de uma vez. 182 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Figura 280 7.6 Forro Existem pavimentos exclusivos para inserir forro. Observe o gerenciador de projetos. Nesses pavimentos diferenciados, só é possível trabalhar com forros. Figura 281 O forro, de maneira análoga ao piso, precisa ter seu tipo indicado e deve ser desenhado no cômodo desejado. O desenho utiliza entidades como retângulo e círculo, bem como itens de modificação. Outro parâmetro importante é a altura do forro. Na figura a seguir, à esquerda, a altura foi configurada para 2.6. Figura 282 Outra forma de indicar a área que receberá o forro é o comando Automatic Ceiling, que necessita apenas da identificação do cômodo. A partir daí, ele encontra os limites. Ideia similar à criação de hachuras no AutoCAD®. 183 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 283 7.7 Terreno O terreno é parte importante no projeto do Revit®. Antes mesmo de executar a maquete eletrônica, é possível analisar o terreno, as possibilidades de movimentação de terra, a necessidade de construir platôs, entre outros. A seguir, estão descritas as etapas para trabalhar com terreno. 7.7.1 Definição das curvas de nível O terreno sempre será criado a partir de curvas de nível. Os pontos das curvas de nível podem ser fornecidos de diversas maneiras: • Digitados um a um (valores para X, Y e Z). • Importados de arquivo em formato texto apropriado para que sejam convertidos em pontos e curvas. A solução mais comum é importar as curvas de nível do AutoCAD®. Será abordada essa última opção. As curvas de nível no AutoCAD® são criadas com pline, polilinha, que contém um conjunto de segmentos de reta juntados em sequência. A alteração das alturas utiliza move com deslocamento no eixo Z. Um exemplo para mover uma linha 2 m em Z: ponto qualquer, @0,0,2. A figura a seguir apresenta curvas de nível no AutoCAD® em planta e em 3D. Figura 284 184 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Note que houve preocupação com a origem do sistema. No Revit®, a criação do terreno, através das curvas de nível, se dá no pavimento Site. Observar, na figura a seguir, a origem do sistema disponível no pavimento Site. Na sequência, o arquivo do AutoCAD® deve ser importado, como está sendo exibido à direita. Figura 285 Observação Na importação dos arquivos do AutoCAD®, não se esqueça de alinhar o arquivo pela origem: opção Auto– Origin to Origin. Não selecione Current view only, pois as linhas serão projetadas no plano, perdendo a altura/coordenada Z. As curvas deverão ser tratadas no AutoCAD®, pois o procedimento é mais simples. No caso de modificações nas curvas para indicar deslocamento de terra, é recomendável, periodicamente, carregar o terreno no Revit® a fim de verificar alguma incompatibilidade nas alturas dos segmentos. Para transformar o desenho em terreno, é necessário acessar a aba Massing & Site/Create from Import/Select Import Instance, selecionar o desenho e indicar os layers das curvas (geralmente todos). Observe o terreno criado à direita. Só agora o terreno foi criado. Figura 286 185 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 7.7.2 Criação de platôs Uma opção bastante utilizada, praticamente obrigatória, é a abertura de platôs nos locais das edificações. Para criar um platô, acesse a aba Massing & Site/Building Pad/estabelecer a altura do platô/ definir graficamente a área. Figura 287 Observar na figura anterior, à direita, que o platô, de 1.5 m, ao ser ajustado, retira material das partes mais altas e o insere nas partes mais baixas. A vista de topo é melhor para criar platô. A perspectiva pode dificultar a seleção de pontos. 7.7.3 Componentes diversos do terreno O estudo do terrenoserá finalizado com a inserção de vegetação. Para isso, acesse a aba Massing & Site/Site Component. Escolher a vegetação na lista das propriedades e definir a localização. Figura 288 Observe na figura anterior, à direita, a diferença de representação. A vegetação enriquece o projeto. Ao mesmo tempo, aumenta o tamanho do arquivo. Deve haver equilíbrio na quantidade de itens. Assim como em situações anteriores, existem bibliotecas de vegetação que podem incrementar as possibilidades. 7.8 Insolação O estudo de insolação é fundamental para determinar a correta posição da edificação no terreno, bem como influi na disposição dos cômodos, a fim de um melhor aproveitamento da luz natural. 186 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Para que o estudo de insolação seja efetivo, é necessário posicionar o terreno ou o projeto de forma correta em relação ao norte geográfico. A partir daí, é importante definir corretamente a latitude e longitude. Além disso, é necessário definir o período e horário do estudo de insolação. Essas são as etapas do processo. Observação O estudo virtual de insolação não exclui o estudo real, realizado em campo com auxílio de cartas solares. O software servirá também para comparação de resultados. 7.8.1 Ajuste em relação ao norte Estando no pavimento Site, dê um duplo click na origem e altere a orientação, ajustando o ângulo ou as coordenadas. Em seguida, mude para o pavimento True North. Figura 289 O pavimento True North é específico para esse tipo de estudo. Caso ele não exista, o pavimento térreo, por exemplo, pode ser copiado e ter sua orientação alterada. Observe a figura a seguir: Figura 290 187 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Na sequência, a sombra deve ser ativada (Shadows on), bem como o caminho do sol (Sun Path On). Note, na figura a seguir, a inclinação que o True North impôs à maquete. Figura 291 Esse procedimento precisa ser feito vista a vista, onde se quer executar o estudo de insolação. Figura 292 As figuras anteriores ilustram um posicionamento inicial qualquer. É necessário refinar os parâmetros. Para isso deve ser acionado o item Sun Settings. Será permitido estabelecer por quantos dias se fará o estudo, a localização exata, o horário, a data, entre outros. Observe esses parâmetros destacados na figura a seguir. O estudo é de um único dia, das 6 horas às 18 horas. A posição inicial do Sol ocorre às 6 horas. 188 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Figura 293 A esfera que representa o Sol pode ser arrastada. A posição do Sol em diferentes posições e vistas é exibida a seguir: Figura 294 É necessário informar a posição exata da edificação. Para isso, o Revit® possui um localizador no menu Sun Settings. Em vez de escolher a cidade padrão, clique no ícone ao lado e redefina a localização. Figura 295 189 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Observe na figura anterior, à direita, a diferença na posição do Sol. Compare com as figuras anteriores. 8 TECNOLOGIA BIM NO REVIT® Após breve introdução teórica, serão apresentadas aplicações básicas da tecnologia BIM utilizando o Revit®. Desde os primeiros pacotes CAD, tanto em ambiente 2D como 3D, havia dificuldade de comunicação com outros sistemas da organização (compras, produção, vendas etc.). Tratavam-se de sistemas, a princípio, isolados. As primeiras extrações de informações de projeto são pontuais: • Associação de conjuntos de variáveis com blocos. • Relatórios a partir dos blocos. • Programação em linguagem específica somente executada dentro do ambiente de software (no caso do AutoCAD®, é o AutoLISP®). Em geral, a programação é de difícil entendimento para usuários tanto iniciantes quanto intermediários. Em outra etapa, um recurso que existe até hoje, os softwares CAD poderiam ler e gerar arquivos em formatos específicos, caso do formato Excel®. Além disso, passaram a permitir desenvolvimentos utilizando linguagens mais poderosas (no caso do AutoCAD®, a linguagem VBA). Mudando um pouco o foco, surgiram aplicações de gerenciamento de documentos e controle do ciclo de desenvolvimento de produto que prometiam, resumidamente, no contexto dos softwares CAD, controlar a produção dos desenhos e modelos, além de extraírem um conjunto de propriedades documentadas nos arquivos. Surge então, por volta do ano 2000, sempre com a ideia de extrair e integrar informações, a tecnologia BIM, que significa Building Information Modeling, traduzido como Modelagem de Informações da Construção. Observação Existem variações de tradução procurando contextualizar um pouco mais a tecnologia. A definição padrão citada é a que será utilizada. Vamos tomar como exemplo uma parede executada no Revit®. Trata-se de um elemento inserido na tecnologia BIM: 190 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II • A parede foi criada em 2D, mas possui altura, propriedades estruturais e de acabamento. • As propriedades da parede se refletem em outras visualizações. Por exemplo, os materiais são identificados nas vistas em perspectiva de um desenho. • Se a parede for alterada, o desenho é atualizado. • Atribuindo preço aos materiais, é possível estimar volume e custo. • Se houver acabamento com tinta, é possível estimar área. • Propriedades de resistência atribuídas aos materiais permitem cálculos de acústica e dimensionamento do ar condicionado para os ambientes. Fica claro que, ao atribuir materiais, é necessário disciplinar o uso a fim de obter cálculos corretos. No caso de janela e porta: • Pode haver uma identificação e também um custo unitário. • Tabelas trazem estimativas de custo de diferentes maneiras. No caso do piso, será possível calcular: • A área da laje. • O volume de concreto. • A área de piso cerâmico. O Revit® possui recursos para executar projetos em áreas distintas (estrutural, hidráulica e elétrica). A tecnologia BIM também prevê a possibilidade de verificar interferências entre os diferentes tipos de projeto. As ideias da tecnologia BIM não são tão recentes, mas só conseguiram ser postas em prática graças aos avanços dos algoritmos de software e também do aumento da capacidade computacional. A tecnologia BIM exige disciplina de projeto, mas incorpora esse aspecto de forma natural e amigável para o usuário. Em um contexto mais amplo, Lima (2012) cita outras vantagens da tecnologia BIM. A partir de um edifício projetado em 3D, de maneira virtual, é possível: 191 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL • A visualização de qualquer posição. • A quantificação de itens. • A verificação de interferências entre as diferentes modalidades de projeto (estrutura, hidráulica, elétrica etc.). • O estudo de insolação. • O consumo de energia. • A realização de testes virtuais com alternativas de projeto. • A integração com pacotes CAD e softwares de gerenciamento de obra. • O gerenciamento da obra: materiais, cronograma etc. • O modelo em 3D se torna um conjunto de dados que permite simulações reais. Saiba mais Para melhorar sua compreensão sobre a tecnologia BIM, leia o artigo: “Potencial uso do BIM na fiscalização de obras públicas”. Acesse-o pelo link a seguir: MIRANDA, A. C. O.; MATOS, C. R. de. Potencial uso do BIM na fiscalização de obras públicas. Revista do TCU, Brasília, n. 133, 1 maio 2015. Disponível em: <https://revista.tcu.gov.br/ojs/index.php/RTCU/article/view/1302>. Acesso em: 22 nov. 2018. Seguem algumas aplicações da tecnologia BIM. 8.1 Contagem e orçamento de janelas e portas Uma aplicação inicial da tecnologia BIM consiste na contagem de entidades paracriação de orçamentos. O exemplo aborda janelas e portas. Para isso cada elemento precisará ter um custo associado, bem como um código de identificação. Na figura a seguir, note os diferentes tipos de portas e janelas: 192 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Figura 296 As janelas e portas foram personalizadas ou editadas, tendo sido atribuídos código e preço. Figura 297 Lembre-se do identificado de portas e janelas nos itens de detalhamento. Esse identificado executa a mesma ação no campo Type Mark. A partir daí, o menu de tabelas está na aba View/Schedules/Schedules Quantities. É necessário indicar no filtro inicial o tipo de elemento a ser examinado. Observe na figura, à esquerda, que a categoria definida foi Architecture. Na sequência, se escolhe Doors. A partir daí, são adicionados os campos que constarão na tabela: Type Mark, Width, Height, Cost e Count (contador de itens – obrigatório). Figura 298 193 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Após validar com OK, um primeiro tipo de tabela é criado. Observe que os itens não estão agrupados. Observação A opção OK está presente em todas as abas de tabela e sempre precisará ser validada. Figura 299 Para melhorar a tabela, é necessário agrupar os itens, definir um custo por item e um custo total. A tabela criada pode também ser acessada diretamente pelo gerenciador de projeto. O gerenciador de propriedades fornece o acesso às abas da tabela. Figura 300 Alguns itens da figura anterior merecem atenção: • O Sort By organiza a forma de exibição. 194 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II • A não marcação do campo Itemize Every Instance faz com que os itens possam ser agrupados. • O item Grand Totals soma a quantidade de itens e terá o título Total Geral. O resultado do agrupamento está ilustrado a seguir: Figura 301 Para saber o valor por item, será necessário criar uma nova variável que multiplica o custo pela quantidade. Para isso um novo campo deve ser criado. Na figura a seguir, o nome atribuído na aba Fields foi Total por item, que utiliza uma fórmula que multiplica o custo pelo contador e está configurada para moeda (Currency). Nesse caso, fica implícito que o contador está na fórmula. Observar a sintaxe. Figura 302 O resultado exibido a seguir ainda não traz o total geral. Figura 303 É necessário formatar o campo recém-criado, além de atribuir um título para a tabela. 195 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 304 O título modificado da tabela aparece no gerenciador do projeto, e a tabela pode, então, ser inserida no desenho. Estando no desenho, basta arrastá-la. Figura 305 Repetindo o mesmo processo em uma tabela de janelas. Apresente o esquema básico de variáveis: Figura 306 Ajuste a apresentação e inserção das variáveis Cost e Total Item: 196 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Figura 307 A seguir, o resultado final: Figura 308 Um dos aspectos da tecnologia BIM é a associatividade. Por exemplo, quando alteramos um pavimento, a alteração é atualizada no desenho. O contrário, porém, não é possível, já que as vistas do desenho não são editáveis. No caso da tabela, o processo é bidirecional: • Os valores de largura e altura podem ser alterados diretamente na tabela, e a maquete é atualizada. Se os valores inseridos forem incompatíveis com a geometria, o software emite mensagem de erro. • Os valores podem ser alterados na maquete ou nos itens de porta e janela, e a tabela é atualizada. Na figura a seguir, as alterações de largura e custo foram executadas na tabela e atualizadas na maquete. 197 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 309 8.2 Exportar tabela para outros softwares Se for o caso, a tabela poderá ser exportada em formato texto. São várias opções de organização do arquivo: título, separadores, apresentação do texto etc. O menu é o Export/Reports/Schedule, e o usuário deve estar no ambiente de tabela. Figura 310 O resultado pode ser lido diretamente por diferentes softwares: Figura 311 8.3 Estimativa de custo de materiais No levantamento de custo de materiais, é importante diferenciar materiais cuja estimativa se dá por volume e outros cuja estimativa é executada com base em área. Vamos analisar as características da parede do projeto. 198 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Figura 312 Não existem camadas de pintura, acabamento cerâmico, gesso etc. As únicas camadas referem-se a tijolo e reboco. Nesse caso, o cálculo inicial será apenas de volume. 8.3.1 Tabela de volumes A tabela que cria materiais está na aba View/Schedule/Material Takeoff. É importante, para simplificar a quantidade de itens, disponibilizar somente a opção Architecture. Em seguida, escolher as paredes (Walls) em nova construção (New Construction). Figura 313 A próxima etapa, assim como nas tabelas anteriores, trata de definir os campos que deverão constar na tabela. Como os materiais da parede têm cálculo associado a volume, foi adicionada a variável Material: Volume. Figura 314 A tabela gerada, por enquanto, não agrupa os itens. Note que o campo Material: Cost foi zerado, já que os materiais não têm valor de custo associado no momento. 199 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 315 Os valores do custo podem ser inseridos diretamente na tabela ou no cadastro de materiais. Figura 316 Vamos agora agrupar os itens: Figura 317 200 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II É necessário criar uma variável que multiplique o volume pelo custo. Na aba Fields/Calculated Value, defina um nome para a nova variável. A fórmula, obrigatoriamente, utiliza os campos da tabela, exibidos à direita. Foram acessados através do ícone “...”. Considere que a nova variável tem tipo volume. Figura 318 A atualização da tabela é exibida a seguir. Observe que a coluna Custo por item apresenta o resultado em m3. A apresentação precisa ser corrigida. Além disso, é necessário configurar a tabela para apresentar totais. Figura 319 Acompanhar a alteração nos campos Custo por item. Foi indicado que se deve calcular totais e a formatação foi alterada com precisão de duas casas, evitando a apresentação padrão. Além disso, foi configurado o cálculo de totais. 201 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 320 A opção Calculate totals deve ser aplicada também ao Material: Volume. Figura 321 Resultado final agrupado: Figura 322 8.3.2 Tabela de áreas Vamos utilizar o comando Paint localizado abaixo da aba Modify com um material tinta1, pré-criado, exclusivo para pintura. Observe as faces pintadas: 202 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Figura 323 O material foi incorporado à tabela de materiais. Nesse caso, não existe cálculo de volume para tinta. É necessário criar um campo para estimativas com área. Figura 324 A figura a seguir apresenta a inserção de novos campos, bem como a criação de um campo para cálculo de área. Figura 325 Nos novos campos, é necessário também indicar o cálculo de totais: 203 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 326 Observe o resultado na tabela a seguir. Figura 327 A questãoé a forma como os dados estão expostos. Por exemplo, o custo do reboco está associado ao volume, e não à área. Uma solução simples é exportar a tabela e tratar os dados em uma planilha eletrônica. Outra possibilidade é dividir as tabelas e utilizar filtros para controlar a exibição dos itens. Determinadas variáveis podem auxiliar na divisão das tabelas. Nesse caso, será adicionada a variável Material: As Paint. Figura 328 A tabela pode ser duplicada e renomeada no próprio gerenciador do projeto. 204 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Figura 329 Cada uma das tabelas será filtrada; e a coluna Material: As Paint, ocultada. Figura 330 E ainda as colunas de volume ou área que estiverem no contexto do cálculo: Figura 331 205 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL O resultado final das duas tabelas: Figura 332 8.4 Estimativa de forros Os procedimentos para cálculo de forro são bastante similares aos de cálculo de área. Inicialmente, crie o forro: Figura 333 Iniciar a tabela na aba View/Schedule/Material Takeoof Defina a categoria forro (Ceilings). Adicione os campos. Assim como nas situações anteriores, crie um campo que multiplica a área pelo custo. Figura 334 206 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II O resultado inicial está ilustrado a seguir. Note que dois itens de área foram calculados. Um deles referente à estrutura, e o outro, ao acabamento, conforme as características do forro, ilustradas à direita. Nesse caso, é necessário definir a forma de cálculo. Qual a forma de compra? Provavelmente, um único valor que engloba as placas de gesso junto com os itens de sustentação. Nesse caso, a estrutura pode ser filtrada, ou o material, modificado. Figura 335 Inicialmente, o formato da área foi ajustado. O item Custo por item– área precisa ter seu formato alterado e a indicação de totalização, selecionada. Figura 336 E a tabela passa a calcular totais, além de filtrar o material. Nesse caso, é interessante manter as descrições por item. Figura 337 207 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Resultado parcial: Figura 338 Filtrando por item: Figura 339 O resultado com as modificações: Figura 340 Os exemplos apresentados permitem formar uma ideia inicial das possibilidades da tecnologia BIM. Para outras aplicações mais complexas, que tratam de interferências entre diferentes aplicações, são necessários os outros módulos para, posteriormente, aplicar a tecnologia BIM. As tabelas exemplificadas dependem também da forma como a organização quer tratar esses itens. Sempre haverá a possibilidade de obter tabelas menos refinadas e tratá-las em planilhas eletrônicas e gerenciadores de projeto. 208 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Resumo O software Revit® é voltado para modelagem de maquetes eletrônicas, associado à tecnologia Building Information Modeling (BIM). Os projetos elaborados nesse software englobam maquete eletrônica, desenhos dessa maquete, listas de materiais, imagens renderizadas, entre outros. Genericamente, o leiaute do software é composto por funções de acesso rápido na parte superior à esquerda, abas, conjuntos de painéis associados com cada aba, gerenciador do projeto, gerenciador de propriedades e uma grande área gráfica de fundo branco. Para criar paredes (atalho wa), é necessário acessar o pavimento correto e determinar o tipo de parede, bem como sua altura. A partir disso, desenhar as paredes utilizando funções como line, rectangle, circle, offset, move, copy etc., cuja operação e conceito são bastante similares aos do AutoCAD®. O Revit® é um software paramétrico. A parametrização permite o controle das dimensões do desenho através de cotas. Tendo criado a forma geral do contorno, ao selecionar algum segmento, é possível alterar o valor das cotas associadas, modificando a geometria. Para inserir portas (atalho dr) ou janelas (atalho wn), é necessário, antes, definir o tipo. Depois, basta arrastar dinamicamente a porta ou janela sobre a parede e indicar a posição pressionando o botão da esquerda do mouse. O vão da parede é aberto. Para inserir novos tipos de portas, janelas e mobílias, é necessário carregar as famílias desses itens (insert/load family). Após o carregamento, a família tem seus itens disponíveis nos menus das funções que realizam. A construção de piso e laje utiliza o ícone Floor. O piso é caracterizado por itens com contato com terreno. A laje, nas demais situações. Estando no pavimento correto, basta acessar o comando e desenhar o contorno que indica os limites. A maquete pode ser vista em perspectiva com diferentes apresentações: Wireframe, Hidden Lines, Shaded, Realistic etc. O Revit® utiliza recursos de exibição por vista. Os objetos podem ser escondidos e, posteriormente, exibidos. 209 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL No salvamento de arquivos, existem três diferentes extensões: RVT (formato de projeto), RTE (formato template) e RFA (famílias de objetos). Cada tipo de personalização envolve diferentes parâmetros. No entanto, pode-se generalizar que a personalização trata de duplicar um item de interesse e alterar parâmetros nessa cópia. Por exemplo, para personalizar uma parede, a preocupação inicial é com a espessura, as camadas que serão consideradas. No mínimo, haverá uma camada estrutural e é desejável que existam camadas de acabamento. A personalização de portas e janelas, no entanto, trata de alterar valores de altura e largura. A fase de detalhamento se dá na maquete e não no desenho. Detalhar é inserir cotas, níveis, texto, identificadores de esquadrias, entre outros. Estão abaixo da aba Annotate. A inserção de níveis (atalho el) é frequente nos cômodos das plantas e nos pavimentos das elevações. Basta acessar a função, definir uma posição e digitar o nível. O valor do nível é automaticamente preenchido pelo programa. Os cortes exibem detalhes internos, facilitando a compreensão do desenho. São criados através da função Section, disponível na aba View. É possível criar vistas 3D personalizadas e também vistas renderizadas cujo resultado, geralmente, é incorporado ao projeto. Softwares do porte do Revit® tratam o desenho como uma extensão ou decorrência da maquete. Portanto, a partir de uma maquete criada, uma margem é carregada, e as vistas importantes são inseridas no desenho. Se a maquete for modificada, o desenho é atualizado. As projeções no desenho, por sua vez, não poderão ser modificadas. Os itens anteriores expõem opções de inserção de vistas no desenho: pavimentos, cortes, elevações e renderização. Os desenhos gerados no Revit® precisam ser impressos. No entanto, as cores e espessuras de linha já foram configuradas. Nesse caso, basta enviar o arquivo diretamente para a impressora ou gerar um arquivo em formato PDF. O menu que executa esta ação é print. Devem ser definidos o tipo de impressora, o tamanho de folha e a escala, geralmente 1:1. Na criação de escadas, é necessário definir altura máxima do degrau, pisada mínima e largura mínima da escada. O cálculo exato das dimensões é executado pelo software, utilizando a fórmula de Blondel. Antes da criação da escada, é preciso definir, então, os pavimentos envolvidos. Outra opção 210 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II é criar a escada por sketch, em que se utilizam boundary para os limites da escada e raiser para os degraus, um a um. O terreno será criado a partir de curvas de nível. Os pontos das curvas de nível serão importados do AutoCAD®no pavimento Site. É necessário acessar a aba Massing & Site/Create from Import/Select Import Instance, selecionar o desenho e indicar os layers das curvas (geralmente todos). O estudo de insolação é fundamental para determinar a correta posição da edificação no terreno. Para que o estudo de insolação seja efetivo, é necessário posicionar o terreno em relação ao norte geográfico, ativar a sombra, o caminho do Sol e personalizar o tempo do estudo, bem como a posição exata do terreno. A tecnologia BIM surge por volta do ano 2000 com a proposta de extrair e integrar informações. Significa Building Information Modeling, traduzido como Modelagem de Informações da Construção. Exige disciplina de projeto, mas incorpora esse aspecto de forma simples e natural para o usuário. É necessário disciplinar o uso a fim de obter cálculos corretos. No caso de janela e porta, por exemplo, deve haver código de identificação e custo unitário. No piso, é possível calcular a área, volume de concreto e área de piso cerâmico. O Revit® possui recursos para executar projetos em áreas distintas: estrutural, hidráulica e elétrica. A tecnologia BIM também prevê a possibilidade de verificar interferências entre os diferentes tipos de projeto. Outras aplicações da tecnologia BIM utilizam tabelas, cujo acesso se dá pela aba View/Schedules/Schedules Quantities ou Material Takeoff. As principais utilidades das tabelas são orçamentos e consumo de materiais por volume e por área. Exercícios Questão 1. Para a inserção de um telhado em um projeto, o telhado será feito por perímetro, é necessário a informação do nível específico para a inserção do telhado. Suponha que foram criadas as paredes para fazer o fechamento do telhado e se deseja fazer um telhado com beiral, como mostrado na figura a seguir. 211 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 341 Disponível em: <http://help.autodesk.com/view/RVT/2016/PTB/?guid=GUID -4EE804D4-CF0B-46C9-AE61-339B78E4EA8D>. Acesso em: 25 out. 2018. O resultado, após a colocação do telhado, é o mostrado na próxima figura. Figura 342 Disponível em: <http://help.autodesk.com/view/RVT/2016/PTB/?guid=GUID -4EE804D4-CF0B-46C9-AE61-339B78E4EA8D>. Acesso em: 25 out. 2018. Para a inserção do telhado, a sequência dos comandos a serem usados é: A) construction, roof e roof by footprint. B) architecture, roof e roof by face. C) construction, column e roof by footprint. D) architecture, roof by footprint e roof. E) architecture, roof e roof by footprint. Resposta correta: alternativa E. 212 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II Análise das alternativas A) Alternativa incorreta. Justificativa: o comando construction não faz parte dos comandos para a criação de telhados. B) Alternativa incorreta. Justificativa: o comando que cria o telhado por perímetro não é o roof by face. O comando correto é o roof by footprint. C) Alternativa incorreta. Justificativa: o comando column não faz parte dos comandos para criação de telhados. D) Alternativa incorreta. Justificativa: embora os comandos para a criação do telhado por perímetro sejam os apresentados na alternativa, a sequência correta é a apresentada na alternativa E. E) Alternativa correta. Justificativa: para a criação do telhado por perímetro, devemos acessar o comando architecture. Nas possibilidades que aparecem, devemos acessar o ícone roof, que fornecerá as possibilidades de criação de telhado. Nessas possibilidades, deve ser escolhida a roof by footprint. Questão 2. No projeto de uma edificação, o proprietário do edifício resolveu substituir a parede de alvenaria, representada na figura a seguir, por uma parede de vidro. Figura 343 Sendo assim, ele solicitou que o escritório de projetos, usando o programa Revit®, lhe enviasse uma imagem de como ficaria a parede após a mudança de material. O escritório lhe enviou a imagem (a) que aparece na figura a seguir. O proprietário entrou em contato com o escritório de projetos e externou sua decepção, pois ele esperava que a parede ficasse como a mostrada na imagem (b) da próxima figura. 213 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL (a) (b) Figura 344 O escritório de projetos fez as seguintes afirmações: I – Não é possível fazer a parede de vidro com a mesma altura que a parede de alvenaria PORQUE II – No caso da parede de vidro, é necessário diminuir sua altura, pois ela é arrematada de forma diferente que a de alvenaria. Não se junta à laje. Analise as afirmações e a relação proposta entre elas e assinale a alternativa correta. A) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa da I. B) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não é uma justificativa da I. C) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. D) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. E) As asserções I e II são proposições falsas. Resolução desta questão na plataforma. 214 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II ANEXO 215 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 216 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II 217 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 218 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II 219 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 220 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II 221 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 222 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II 223 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 224 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II 225 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 226 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II 227 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 228 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II 229 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 230 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II 231 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 232 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade II 233 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 234 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 REFERÊNCIAS Textuais ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). 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