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Capítulo 5116 Exercícios de Aprofundamento 39. (Esal-MG) A interpretação da lei Stefan-Boltzmann (radiação) nos permite concluir que: a) a energia radiante emitida por um corpo é proporcional à temperatura absoluta. b) os corpos só emitem energia radiante a uma temperatura acima de 0 °C (273 K). c) a energia radiante emitida por um corpo depende da emissividade do corpo e da tem- peratura absoluta do corpo elevada à quarta potência. d) um corpo à temperatura de 0 °C (273 K) não emite energia radiante. e) a energia radiante emitida por um corpo é proporcional à temperatura absoluta ao qua- drado. 40. (UF-RN) As lâmpadas incandescentes são poucos eficientes no que diz respeito ao processo de iluminação. Com intuito de analisar o espectro de emissão de um filamento de uma lâmpada incan- descente, vamos considerá-lo como sendo seme- lhante ao de um corpo negro (emissor ideal) que esteja à mesma temperatura do filamento (cerca de 3 000 K). Na figura, temos o espectro de emissão de um corpo negro para diversas temperaturas. intensidade da radiação f faixa do visível 6 000 K 4 500 K 3 000 K a) A radiação emitida de frequência máxima é a que tem intensidade máxima. b) A frequência em que ocorre a emissão máxima independe da temperatura da lâmpada. c) A energia total emitida pela lâmpada diminui com o aumento da temperatura. d) A lâmpada incandescente emite grande parte de sua radiação fora da faixa do visível. 41. Em geral, se colocarmos a mão em uma porta de madeira e em sua maçaneta de metal, a maçaneta nos parece mais fria. a) Em que condições a maçaneta nos parecerá mais quente? b) Em que condições a porta e a maçaneta nos parecerão igualmente quentes (ou igualmente frias)? 42. Uma tela metálica foi colocada acima de um bico de gás. Quando acendemos a chama abaixo da tela, a chama não passa para a parte de cima (fig. a). Quando colocamos fogo acima da tela, a chama não passa para a parte de baixo (fig. b). Por quê? Figura a. Figura b. 43. (UF-PE) A área total das paredes externas de uma geladeira é 4,0 m2, e a diferença de tempe- ratura entre o exterior e o interior da geladeira é 25 °C. Se a geladeira tem um revestimento de poliestireno com 25 mm de espessura, determine a quantidade de calor que flui através das pare- des da geladeira durante 1,0 h, em watt-hora. A condutividade térmica do revestimento de polies- tireno é 0,01 W/(m · °C). 44. Dois ambientes, A e B, estão separados por uma parede metálica dupla, isto é, formada pela jun- ção de duas placas, conforme mostra a figura. Para as placas são dados: A = 20 m2 (área de cada parede); e 1 = 10 cm; k 1 = 40 J/s · m · °C; e 2 = = 20 cm; k 2 = 50 J/s · m · °C. (1) A B 150 °C 20 °C (2) e 1 e 2 Determine: a) a temperatura na região de contato das pla- cas; b) o fluxo de calor através das placas. il u St r a ç õ ES : za Pt Capítulo 5116 Transmissão de calor 117 45. Considere um iglu na forma de casca esférica de raio interno 2,0 m e cuja parede tem espessura de 30 cm. Sabendo que a condutividade térmica do gelo é 2,0 J/m · s · °C, que a temperatura exte- rior é –36 °C e que a temperatura no interior é 4 °C, calcule o valor aproximado do fluxo de calor através das paredes. 46. (Unicamp-SP) Nas regiões mais frias do planeta, camadas de gelo podem se formar rapidamente sobre um volume de água a céu aberto. A figura a seguir mostra um tanque cilíndrico de água cuja área da base é A = 2,0 m2, havendo uma camada de gelo de espessura L na superfície da água. O ar em contato com o gelo está a uma temperatura Tar = –10 °C, enquanto a temperatura da água em contato com o gelo é Tag = 0,0 °C. É dada a condu- tividade térmica do gelo: 4,0 · 10–3 cal/s · cm · °C. L A = 2,0 m2 ar gelo ‡gua a) O calor é conduzido da água ao ar através do gelo. O fluxo de calor ϕcal, definido como a quantidade de calor conduzida por unidade de tempo, é dado por: ϕcal = kA Tag – Tar L , onde k = 4,0 · 10–3 cal/(s · cm · °C) é a condutividade térmica do gelo. Qual o fluxo de calor através do gelo para L = 5,0 cm? b) Ao solidificar-se, a água a 0 °C perde uma quantidade de calor que é proporcional à massa de água transformada em gelo. A cons- tante de proporcionalidade LS é chamada de calor latente de solidificação. Sabendo-se que o calor latente de solidificação e a densidade do gelo valem, respectivamente, LS = 80 cal/g e ρg = 0,90 g/cm 3, calcule a quantidade de calor trocada entre água e o ar para que a espessura do gelo aumente de 5,0 cm para 15 cm. 47. Um calorímetro é feito de cobre revestido por placas de cortiça. Numa dada experiência, o equi- líbrio térmico no interior do calorímetro ocorre a 210 °C, enquanto a temperatura do ambiente externo é 40 °C. A área das paredes revestidas é de 0,26 m2. As paredes de cobre têm espessura de 1,0 mm e as placas de cortiça, 5 mm. Sendo 0,92 cal/s · cm · °C e 1,3 · 10-4 cal/s · cm · °C os coeficientes de condutividade térmica do cobre e da cortiça, respectivamente, determine: a) a temperatura na superfície de contato entre o cobre e a cortiça; b) o fluxo de calor que atravessa o revestimento de cortiça. 48. De acordo com a teoria cosmológica mais aceita atualmente (Big Bang), o universo começou a partir de uma explosão. Inicialmente, a tempera- tura do universo era muito alta. Porém, à medida que o universo expande, a temperatura diminui. Imaginando o universo como um imenso corpo negro, ainda hoje deve estar preenchido com uma radiação, denominada radiação cósmica de fundo, que foi detectada pela primeira vez em 1964 por Arno Penzias e Robert Wilson. Em 1990, foi lançado um satélite com o objetivo de estudar essa radiação, e o gráfico da intensidade em fun- ção da frequência é semelhante ao da figura, com um máximo de intensidade para f ≅ 2,8 · 2011 Hz. Faça uma estimativa da temperatura atual do Universo. f (1011 Hz)2,80 I z a P t Transmissão de calor 117 SugESTõES DE LEITuRA SILVA, Adriana V. R. Nossa estrela: o Sol. São Paulo: Livraria da Física, 2006. • Neste livro há uma descrição das principais propriedades do Sol e do modo como ele produz energia. Por enquanto, recomendamos a leitura dos dois primeiros capítulos. FLANNERY, Tim. Os senhores do clima. Rio de Janeiro: Record, 2007. • Este livro descreve com bastantes detalhes as mudanças climáticas que vêm ocorrendo na Terra e sua relação com o aquecimento global. CaPÍTULO 6Leis dos Gases Ideais Capítulo 6118 No capítulo 2, estudamos a dilatação dos sólidos e dos líquidos causada por variações de temperatura. Nesses casos, a pressão externa tem infl uência pequena, pois sólidos e líquidos são pouco compressíveis. Os gases, porém, são facilmente compressíveis; assim, no estudo dos efeitos causados pelas variações de temperatu- ra, a pressão externa deve ser considerada. Neste capítulo veremos que, para caracterizar o estado de um gás, é necessário levar em conta três grandezas: volume, temperatura e pressão, e nosso objetivo principal será encontrar uma forma de relacionar essas três grandezas. Com esse fi m, veremos que mais importante que conhecer a massa do gás é saber o seu nú- mero de moléculas. Dadas duas amostras de gases diferentes, com massas diferen- tes, mas com o mesmo número de moléculas, observa-se que as duas amostras têm aproximadamente o mesmo comportamento. Por isso, antes de iniciarmos o estudo das leis dos gases, vamos recordar alguns conceitos que você deve ter estudado nas aulas de Química: mol e massa molar. 1. O mol e a massa molar Para facilitar o estudo das massas dos átomos e das moléculas, adotou-se um pa- drão de medida de massa a partir do átomo de carbono-12 (12C). Ele possui em seu núcleo um total de 12 partículas: 6 prótons e 6 nêutrons; além disso, tem 6 elétrons na eletrosfera. Esse padrão é chamado de unidade de massa at™mica: 1 unidade de massa atômica = 1u = massa do átomo de 12C 12 Experimentalmente, obtém-se: 1u ≅ 1,66057 · 10–27 kg Como a massa do próton é aproximadamente igual à massa do nêutron, e a massa do elétron é muito pequena em comparação com a massa do próton, temos: massa do próton ≅ massa do nêutron ≅ 1 u 1. O mol e a massa molar 2. O gás ideal 3. A Lei de Boyle 4. As Leis de Charles/Gay- Lussac 5. Lei Geral dos Gases Ideais 6. Equação de Clapeyron 7. Densidade de um gás ideal 8. Teoria cinética dos gases próton nêutron elétron z A P T Figura 1. Representação simbó- lica do átomo de 12C. (Apenas simbólica, pois não conhecemos o movimento real dos elétrons.) 6