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CONCEITO DE CORROSÃO 
É o ataque destrutivo sofrido por um material em conseqüência de ação 
química ou eletroquímica do meio, podendo estar ou não associado a esforços 
mecânicos. A corrosão pode incidir sobre diversos tipos de materiais, sejam 
metálicos como os aços ou as ligas de cobre, por exemplo, ou não metálicos, 
como plásticos, cerâmicas ou concreto. 
Algumas condições específicas devem estar presentes antes que uma 
célula de corrosão passe a atuar: 
1. Existência de um anodo e de um catodo. 
2. Existência de um potencial elétrico entre o anodo e o catodo. 
3. Deve existir um caminho metálico conectando eletricamente o anodo e o 
catodo. 
4. O anodo e o catodo devem estar imersos num eletrólito eletricamente 
condutivo. 
 
 
 
 
 
 
 
Os processos corrosivos podem ser classificados em dois grandes 
grupos, abrangendo todos os casos deterioração por corrosão: 
- Corrosão Eletroquímica; 
 - Corrosão Química. 
Figura: Célula de corrosão 
O processo de corrosão eletroquímica são mais freqüentes na natureza 
e se caracterizam basicamente por: 
• Necessariamente na presença de água no estado líquido; 
• Formação de uma pilha ou célula de corrosão, com a circulação de 
elétrons na superfície metálica. 
• O processo eletrolítico de corrosão pode ser decomposto em três 
etapas principais, tais como: 
∗ Processo catódico – recepção de elétrons, na área catódica, pelos 
íons ou moléculas existentes na solução; 
∗ Processo anódico – passagem de íons para a solução; 
∗ Deslocamento dos elétrons e íons – ocorre a transferência dos 
elétrons das regiões anódicas para as catódicas pelo circuito metálico e 
uma difusão de ânions e cátions na solução. 
Já os processos de corrosão química são, por vezes, denominados 
corrosão ou oxidação em altas temperaturas. Estes processos são menos 
freqüentes na natureza, envolvendo operações onde as temperaturas são 
elevadas. Tais processos corrosivos se caracterizam basicamente por: 
• Ausência da água líquida; 
• Temperaturas, em geral, elevadas; 
• Interação direta entre o metal e o meio corrosivo. 
Meios Corrosivos 
- Atmosfera: o ar contém umidade, sais em suspensão, gases 
industriais, poeira, etc. O eletrólito constitui-se da água que condensa na 
superfície metálica, na presença de sais ou gases presentes no ambiente. 
Outros constituintes como poeira e poluentes diversos podem acelerar o 
processo corrosivo; 
- Solos: os solos contêm umidade, sais minerais e bactérias. Alguns 
solos apresentam também, características ácidas ou básicas. O eletrólito 
constitui-se principalmente da água com sais dissolvidos; 
- Águas naturais (rios, lagos e do subsolo): estas águas podem conter 
sais minerais, eventualmente ácidos ou bases, resíduos industriais, bactérias, 
poluentes diversos e gases dissolvidos. O eletrólito constitui-se principalmente 
da água com sais dissolvidos. Os outros constituintes podem acelerar o 
processo corrosivo; 
- Água do mar: estas águas contêm uma quantidade apreciável de sais. 
Uma análise da água do mar apresenta em média os seguintes constituintes 
em gramas por litro de água: 
Cloreto (Cl-) 18,9799 
Sulfato (SO-) 2,6486 
Bicarbonato (HCO) 0,1397 
Brometo (Br-) 0,0646 
Sódio (Na+) 10,5561 
Magnésio (Mg 2+) 1,2720 
Potássio (K+) 0,3800 
Fluoreto (F-) 0,0013 
Cálcio (Ca2+) 0,4001 
Estrôncio (Sr+2) 0,0133 
Ácido Bórico (H3BO3 ) 0,0260 
 
- Produtos químicos: os produtos químicos, desde que em contato com 
água ou com umidade e formem um eletrólito, podem provocar corrosão 
eletroquímica. 
 
 
Custo da Corrosão 
 
- INDÚSTRIA (Química, Petrolífera, Naval, Automobilística); 
- CONSTRUÇÃO CIVIL; 
- MEDICINA; 
- OBRAS DE ARTES. 
 
� Perdas Diretas: 
• Os custos de substituição das peças que sofrem corrosão; 
• Mão-de-obra; 
• Energia; 
• Os custos e a manutenção dos processos de proteção 
(recobrimentos, pinturas, proteção catódica). 
 
� Perdas indiretas: 
• A perda do produto; 
• As paralisações acidentais para a substituição de um tubo 
corroído; 
• A perda dos produtos; 
• A perda da eficiência, proveniente da diminuição de 
transferência de calor através de produtos de corrosão 
acumulados. 
 
Número de oxidação 
 
O número de oxidação de um átomo numa molécula ou num íon se 
define como a carga elétrica do átomo. 
 
Regra para determinar os números de oxidação: 
1)- Cada átomo, em um elemento puro, tem o numero de oxidação igual 
a zero. Ex: S ou I2; 
2)- Íons constituídos por um átomo, o numero de oxidação é igual à 
carga do íon. Ex: Al2O3 (Al
+3 e O-2 ); 
3)- O flúor é sempre -1 nos compostos com outros elementos; 
4)- Os halogênios Cl, Br, e I são sempre -1 nos compostos, exceto 
quando combinados com O ou o F; 
5)- Na maioria dos compostos, o número de oxidação do H é +1, exceto 
em hidretos metálicos onde é -1; e do O é -2, exceto no FeO: +2 e nos 
peróxidos -1; 
6)- Íons monoatômicos, como por exemplo, S-2, o número de oxidação é 
igual à carga do íon. Logo: vale -2; 
7)- A soma algébrica dos números de oxidação num composto neutro é 
igual a zero: num poliatômico, a soma deve ser igual à carga do íon. 
 
Sistema redox 
 
Reação redox → processos químicos que envolvem a transferência de 
elétrons de uma molécula, átomo ou íon para outro reagente. 
 
Oxidação e redução 
 
Oxidação → aumento do número de oxidação; 
Redução → decréscimo no número de oxidação; 
 
Agente oxidante → substância que promove uma oxidação ao mesmo 
tempo em que ela se reduz no processo: bom aceitador de elétrons. 
 
Agente redutor → é a substância que doa elétrons promovendo a 
redução de outra substância e ela é oxidada no processo: bom doador de 
elétrons. 
 
Ex: 
Fe2O3 (s) + 3 CO (g) → 2 Fe (s) + 3 CO2 (g) 
 
 
 
2. Classificação da Corrosão quanto à natureza 
 
� Corrosão Química 
 
� ataque de um agente químico 
diretamente sobre o material (metálico 
ou não) 
 
 
não necessita da presença de água 
 
 
� Corrosão por um gás na ausência de camada 
protetora; 
 
 
� Corrosão em soluções não-aquosas (alguns 
solventes orgânicos); 
 
Ex.: Zn + H2SO4 ZnSO4 + H2 
� Corrosão de materiais não metálicos 
(degradação). 
 
Exs.: 
Polímeros (“plásticos”) => reações químicas 
(como hidrólise do PET) causam quebra das 
macromoléculas com perda das características 
do material; 
 
Concretos => destruição pela ação dos 
poluentes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
� Corrosão Eletroquímica 
 
� processo espontâneo que ocorre 
quando o metal ou liga está em contato 
com um eletrólito 
 
� acontecem, simultaneamente, 
reações anódicas e catódicas. 
 
� realiza-se necessariamente na 
presença de água 
 
 
corrosão química em 
poste de concreto 
 
Deslocamento de elétrons e íons => transferência dos 
elétrons das regiões anódicas para as catódicas pelo 
circuito metálico e uma difusão de ânions e cátions na 
solução 
 
Processo anódico => passagem de íons para a solução 
 
Processo catódico => recepção de elétrons, na área 
catódica 
Ex.: Formação de ferrugem 
 
reação anódica (oxidação): 
Fe Fe 2+ + 2e
- 
 
reação catódica (redução): 
2 H2O + 2e
- H2 + 2 OH
-
 
 
Região intermediária: 
Fe2+ + 2 OH– Fe(OH)2 hidróxido 
ferroso 
 
Em alta % de O2: 
2 Fe(OH)2 + H2O + ½ O2 2 Fe(OH)3 
2 Fe(OH)3 Fe2O3.H2O + 2 H2O 
 
 
Em baixa % de O2: 
3 Fe(OH)2 Fe3O4 + 2 H2O + H2 
 
 
 
Ocorrências: 
 
� Corrosão atmosférica 
 
� Corrosão por soluções aquosas 
 
� Corrosão no solo em presença de umidade 
 
� Corrosão por um gás em presença de uma 
camada de corrosão (filme), 
 
alaranjado/ castanho-avermelhado 
preto 
� Corrosão Eletrolítica 
 
� tipo de processo eletroquímico não-
espontâneo provocado por correntes 
de fuga 
 
 
aplicação de corrente elétrica externa 
� Costuma ocorrer em tubulações submersas ou 
enterradas (oleodutos, gasodutos, adutoras, 
cabos telefônicos) 
 
 
 
metal é forçado a agir como anodoativo 
 
 isolamento 
deficiências 
 aterramento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
corrosão eletrolítica em 
tubulação industrial 
Tabela de potenciais de redução 
 
� Baseia-se no eletrodo padrão de hidrogênio 
(Eº = 0,0V medido a 25ºC e 1mol/L) 
 
 
 
 
 
Pilhas Eletroquímicas 
São dispositivos capazes de transformar 
energia química em energia elétrica ou energia 
elétrica em energia química. 
 
Pilhas eletroquímicas são formadas basicamente 
por: 
1)- Anodo → eletrodo onde saem os elétrons → 
eletrodo em que há a oxidação → ocorre a corrosão 
2)- Catodo → eletrodo onde chegam os elétrons → 
eletrodo em que há a redução → não ocorre a 
corrosão 
3)- Eletrólito → condutor (usualmente um líquido) 
contendo íons que transportam a corrente elétrica ( 
sentido: anodo- catodo) 
4)- Circuito metálico → ligação metálica entre anodo-
catodo por onde escoem os elétrons (sentido: 
anodo- catodo) 
 
OBS: 
Retirando-se do sistema: catodo, eletrólito ou 
circuito metálico, destrói-se a pilha => impede-se a 
corrosão 
 
A força eletromotriz de uma pilha é a diferença de 
potencial (ddp) entre os eletrodos 
 
 
 
A ddp está presente em um sistema quando: 
 
� Os eletrodos são constituídos de diferentes 
substâncias e possuem, portanto, diferentes 
potenciais 
ou 
 
� Os eletrodos são da mesma substância, mas as 
soluções contêm concentrações diferentes 
 
ou 
 
� Os eletrodos são da mesma substância e as 
soluções contêm concentrações iguais, mas os 
eletrodos estão submetidos a diferentes 
pressões parciais de substâncias gasosas 
 
Eºcel = Eºred (catodo) - Eºred (anodo) 
 
Se o potencial de redução da célula for positivo 
 
 
Reação espontânea 
Exemplo: 
 
Semi-equações: 
oxidação Zn (s) Zn
2+
(aq) + 2e
–
 
(+0,34V) 
redução Cu2+(aq) + 2e
– Cu(s) 
(+0,76V) 
 
Eq. Global Zn(s) + Cu
2+
(aq) Zn
2+
(aq) + 
Cu(s) 
 
Dessa forma: 
– cede elétrons 
Zn é a espécie redutora 
– sofre oxidação 
 
 
– ganha elétrons 
Cu2+ é a espécie oxidante 
– sofre redução 
 
 
 
OBS: 
 
Ocorrência das pilhas de corrosão → potenciais de eletrodos diferentes, com 
diferença de potencial entres eles (dois pontos da superfície metálica). 
 
 
Principais Tipos De Pilhas 
 
1)- Pilha de Eletrodos Metálicos Diferentes (Pilha Galvânica) 
� Ocorre entre dois metais ou ligas diferentes que estejam em contatos e 
imersos em um mesmo eletrólito; 
� Deve haver um anodo e um catodo para que possa ter a diferença de 
potencial entre eles; 
� Deve ter um caminho elétrico (fio condutor de eletricidade que ligue o 
anodo ao catodo); 
� É uma corrosão localizada; 
� Ocorre perfurações no material metálico (que funciona como anodo); 
 
Ocorrem em: 
� Caldeiras em presença de sais (tubos de caldeira de aço carbono 
onde ocorrem depósitos de cobre ou óxidos de cobre (água de 
alimentação ou impurezas de bronze)). 
� Tanques de aço de carbono ou galvanizado (ocasionada pela 
presença de cobre ou compostos originados pela ação corrosiva 
ou erosiva sobre a tubulação de cobre que alimenta o tanque). 
OBS: 
O metal mais ativo na tabela de potencial de eletrodo → funciona como 
anodo da pilha galvânica → cede elétrons → ocorre a corrosão (sentido 
corroído). 
EX: 
Ferro em contato metálico com cobre e imersos em um eletrólito (água 
salgada) 
 
Proteção contra a corrosão Galvânica: 
• Uso de materiais de nobreza próximos; 
• Isolamento dos materiais de nobrezas diferentes (Ex: teflon); 
• Aplicação de revestimentos protetor do anodo e do catodo; 
• Inibidores de corrosão; 
 
OBS: 
Os inibidores são compostos químicos que, quando adicionados ao meio 
corrosivo, diminuem a sua agressividade. 
 
 
Tipos de pilhas de eletrodos metálicos diferentes (Pilha Galvânica): 
 
1.1)- Pilha de ação local 
� Ocorre quando o anodo e o catodo estão em contato direto, em 
presença de um eletrólito; 
� Aparece em um mesmo material devido a heterogeneidades 
diversas, decorrentes de composição química do material, textura do 
material, tensões internas, dentre outras. 
 
EX: 
 
 
1.2)- Pilha ativa-passiva 
� Metais e ligas tendem a tornar-se passivos devido à formação de uma 
película fina e aderente de óxido ou outro compostos insolúvel na 
superfície (Ex: alumínio, chumbo, aço inoxidável, ferro dentre outros); 
� Película formada faz com que o material funcione como áreas catódicas; 
� Uma pequena danificação a película de proteção (por ação mecânica ou 
pela ação de íons halogenetos (especialmente Cl-) → ocorre à formação 
de áreas ativa (anódica) → aparecimento de uma pilha → proporciona 
corrosão localizada. 
EX: 
 
 
 
 
2)- Pilhas de concentração 
� Ocorre entre materiais metálicos de mesma natureza, mas que 
podem originar uma diferença de potencial, ocasionando processos 
de corrosão; 
� Ocorre quando se tem um mesmo material metálico em contato com 
diferentes concentrações de um mesmo eletrólito ou em contato com 
o mesmo eletrólito, porem em locais em que o teores de gases 
dissolvidos são diferentes. Tem-se primeiro caso uma pilha de 
concentração iônica e no segundo caso uma pilha de aeração 
diferencial. 
 
 
2.1)- Pilha de concentração iônica 
� Esta pilha surge sempre que um material metálico é exposto a 
concentrações diferentes de seus próprios íons (soluções de concentrações 
diferentes); 
� Ela ocorre porque o eletrodo torna-se mais ativo quando 
decresce a concentração de seus íons no eletrólito; 
 
Ex: 
 
 
OBS: 
 
O interior da fresta recebe pouca movimentação de eletrólito, tendendo a 
ficar mais concentrado em íons de metal (área catódica), enquanto que a 
parte externa da fresta fica menos concentrada (área anódica), com 
conseqüente corrosão das bordas da fresta. 
 
2.2)- Pilha de aeração diferencial 
� Pilha constituída de eletrodos de um só material metálico em contato 
com um mesmo eletrólito, mas apresentando regiões com diferentes 
teores de gases dissolvidos; 
� Esta pilha é formada por concentrações diferentes do teor de 
oxigênio; 
� De forma idêntica à pilha de concentração iônica diferencial, esta 
pilha também ocorre com freqüência em frestas. Apenas as áreas 
anódicas e catódicas são invertidas em relação àquela. Assim, o 
interior da fresta, devido a maior dificuldade de renovação do 
eletrólito, tende a ser menos concentrado em oxigênio (menos 
aerado), logo, área anódica. Por sua vez a parte externa da fresta, 
onde o eletrólito é renovado com facilidade, tende a ser mais 
concentrada em oxigênio (mais aerada), logo, área catódica. O 
desgaste se processará no interior da fresta. 
 
 
 
 
OBS: 
A diferença de concentração de oxigênio origina uma diferença de 
potencial. 
 
 
2)- Pilha Eletrolítica 
� Se caracteriza por ser um processo eletroquímico, que se dá com a 
aplicação de corrente elétrica externa, ou seja, trata-se de uma corrosão 
não-espontânea; 
� Esse fenômeno é provocado por correntes de fuga, também chamadas 
de parasitas ou estranhas, e ocorre com freqüência em tubulações de 
petróleo e de água potável, em cabos telefônicos enterrados, em 
tanques de postos de gasolina dentre outros. Geralmente, essas 
correntes são devidas a deficiências de isolamento ou de aterramento, 
fora de especificações técnicas; 
� Quando elas (corrente de fuga) atingem instalações metálicas 
enterradas podem ocasionar intensa corrosão localizada; 
 
A taxa de corrosão depende: 
� Intensidade da corrente; 
� Distância entre estruturas interferente e interferida e 
localização da fonte de corrente interferente; 
� Existência ou não de revestimentos e qualidades deste; 
 
EX: 
 
Figura: Corrosão eletrolítica em tubos de aço-carbono provocada por corrente 
de fuga 
 
 
OBS: 
 
Tubulações enterradas → oleodutos, gasodutos, adutoras, cabos de telefônicos 
com revestimentos metálico (chumbo) → freqüentemente sujeitos a casos em 
que a correntes elétricas de interferência que abandonam o seu circuito normalpara fluir pelo solo ou pela água → atingem instalações metálicas enterradas 
→ corrosão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que determina quem é catodo e anado numa pilha 
eletrolítica? 
 
Aplicação de energia externa → pólo ⊕ → anodo 
Aplicação de energia externa → pólo Θ → catodo 
 
 
� Região onde a corrente elétrica entra no eletrólito → área anódica → 
reação para um metal M qualquer é: 
 
M → M + + ne 
 
� Região onde a corrente elétrica abanda o eletrólito e entra na estrutura 
→ área catódica → pode ocorrer qualquer uma das reações a seguir: 
 
H2O + ½ O2 + 2e → 2 OH
 – (meio neutro aerado) 
H2O + + 2e → H2 + 2 OH
 – (meio neutro não aerado) 
2 H+ + ½ O2 + 2e → H2O (meio ácido aerado) 
2 H+ + 2e → H2 (meio ácido não aerado) 
 
OBS: 
O anodo vai sendo consumido (perda de massa) e o catodo deposita-se como 
cobre puro. 
Formas de Corrosão 
 
As formas segundo as quais a corrosão pode manifestar-se são definidas 
principalmente pela aparência da superfície corroída: 
 
� Corrosão uniforme → caracterizada pelo ataque de toda a superfície 
metálica em contato com o meio corrosivo com a conseqüente 
diminuição de espessura. 
 
Ex1: 
Dissolução de um pedaço de aço ou zinco imerso em ácido sulfúrico 
diluído, que ocorre a uma taxa uniforme sobre toda a superfície. 
 
EX2: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
� Corrosão por placas → produtos de corrosão se formam em placas e 
se desprendem progressivamente. Comum em metais que formam 
películas, inicialmente protetoras, mas que, ao se tornarem espessas, 
fraturam e perdem aderência, expondo o metal a novo ataque. 
 
 
 
 
 
� Corrosão alveolar → a corrosão se processa na superfície metálica 
produzindo sulcos ou escavações semelhantes a alvéolos, 
apresentando fundo arredondado e profundidade geralmente menor que 
o seu diâmetro. É freqüente em metais formadores de películas 
semiprotetoras ou quando se tem corrosão sob depósito, como no caso 
de corrosão por aeração diferencial. 
 
 
 
 
� Corrosão por Pite → é uma corrosão localizada que consiste na 
formação de cavidades de pequena extensão e razoável profundidade. 
Ocorre em determinados pontos da superfície enquanto que o restante 
pode permanecer praticamente sem ataque. Ocorre em geral pela ação 
dos chamados íons halogenetos (Cl-, Br-, I-, F-) e esta dissolução 
localizada da película gera uma área ativa que diante do restante 
passivado provoca uma corrosão muito intensa e localizada. 
 
 
 
Figura: corrosão por Pite 
 
� Corrosão intergranular ou intercristalina → ocorre quando existe um 
caminho preferencial para a corrosão na região dos contornos de grão. 
Observando-se que os grãos vão sendo destacados à medida que a 
corrosão se propaga. Em geral, ocorre perda das propriedades 
mecânicas e podem fraturar quando solicitado por esforços mecânicos. 
 
EX: 
Nos aços inoxidáveis, a diferença na composição química se deve à 
formação de uma zona empobrecida em cromo nas vizinhanças dos 
contornos de grão, em conseqüência da precipitação de carbonetos de 
cromo. 
 
Figura: Corrosão intergranular 
� Corrosão intragranular ou transcristalina → a corrosão se manifesta 
sob a forma de trincas que se propagam pelo interior dos grãos da rede 
cristalina do material metálico. 
 
 
Figura: Corrosão intragranular 
� Corrosão filiforme → Processa-se sob a forma de finos filamentos, 
mas não profundos, que se propagam em diferentes direções. Tipo de 
corrosão que se processa sob a forma de filmes de revestimentos, 
especialmente de pintura. 
 
 
Figura: Corrosão filiforme 
 
 
� Corrosão por esfoliação → inclusões nos contornos dos grãos se 
transformam em produtos de corrosão ao longo de planos paralelos à 
superfície metálica → exercem pressão sobre as camadas não 
corroídas → desintegração do material em formas de placas paralelas à 
superfície da material metálico. 
 
 
Figura: Corrosão por esfoliação - liga de alumínio com esfoliação em área de 
fresta sujeita a estagnação de solução aquosa de cloreto de sódio 
 
 
 
 
 
 
 
Métodos de Controle da Corrosão 
Isolamento Elétrico →→→→ isolar a tubulação de 
estruturas metálicas estranhas. Uma estrutura 
metálica estranha pode ser outras tubulações, 
conduites elétricos, e provavelmente, a mais comum, 
aço de reforço concretado. O isolamento elétrico 
reduz o problema de controle da corrosão em 
relação aos efeitos do ambiente solo sobre a própria 
tubulação. 
Revestimentos →→→→ têm a finalidade de formar 
um filme contínuo, constituído de material isolante, 
sobre uma superfície metálica que se pretende 
isolar. Um revestimento será um meio efetivo de 
interrompimento de corrosão se: 
� O material de revestimento for um efetivo 
isolante elétrico; 
� Puder ser aplicado sem interrupções ou 
descontinuidades, e resistir íntegro durante o 
transporte, instalação e operação de 
enterramento; 
� O revestimento prover inicialmente um filme 
quase perfeito e assim permanecer ao longo do 
tempo. 
Proteção catódica →→→→ Consiste em transformar 
a estrutura a proteger no catodo de um célula 
eletroquímica ou eletrolítica. 
Quando um sistema de proteção catódica 
eficaz é instalado, todas as partes da corrente 
coletada da estrutura protegida do eletrólito 
circunvizinho e toda a superfície exposta se 
tornam uma única área catódica. A proteção 
catódica pode ser dividida em: 
 
� Proteção catódica galvânica (ou por anodo 
de sacrifício) 
Utiliza uma força eletromotriz de natureza 
galvânica para imprimir a corrente necessária à 
proteção da estrutura considerada. A força 
eletromotriz resulta da diferença entre o 
potencial natural do anodo e o potencial da 
estrutura que se deseja proteger. Anodos de 
sacrifício mais comuns: Ligas de magnésio, 
ligas de alumínio e ligas de zinco. 
Ex.: Instalações marítimas. 
 
� Proteção catódica por corrente impressa 
 
Utiliza uma força eletromotriz, proveniente de 
uma fonte de corrente contínua, para imprimir 
a corrente necessária à proteção da estrutura 
considerada. A força eletromotriz pode provir de 
baterias convencionais, solares, 
termogeradores, conjuntos motor-gerador ou 
retificadores de corrente. Os retificadores 
constituem a fonte mais freqüentemente 
utilizada, e através deles retifica-se uma 
corrente alternada, obtendo-se uma corrente 
contínua que é injetada no circuito de proteção. 
Os anodos mais empregados são os de 
grafite, ferro-silício, ferro-silício-cromo, chumbo-
antimônio-prata, titânio platinizado, nióbio 
platinizado e magnetita. 
 
 
 
 
 
]Inibidores de corrosão 
 
Compostos químicos adicionados ao meio 
corrosivo que visam diminuir a agressividade do 
meio corrosivo. 
 
� Inibição anódica => formação de produtos 
insolúveis nas áreas anódicas, produzindo 
uma polarização anódica. Os compostos 
formados são também chamados de 
passivadores. Este método funciona 
somente com metais ou ligas formadores 
de película protetora (titânio, cromo, ligas 
de ferro-cromo, ligas de ferro-cromo-
níquel). Exemplos: hidróxidos, carbonatos, 
fosfatos, silicatos, boratos de metais 
alcalinos, nitrito de sódio e cromatos de 
potássio e sódio. 
 
� Inibição catódica => formação de produtos 
insolúveis nas áreas catódicas, produzindo 
uma polarização catódica. Nesse caso, o 
metal é forçado a agir como catodo. 
Exemplos: sulfatos de zinco, magnésio ou 
níquel. Usos: estruturas enterradas ou 
submersas. 
 
� Inibição por barreira (inibidores por 
adsorção) => compostos que têm a 
propriedade de formar películas, por 
adsorção à superfície metálica, criando uma 
película protetora sobre as áreas anódicas 
e catódicas. Exemplos: sabões de metais 
pesados, aminas uréias. 
 
� Seqüestradores de oxigênio => compostos 
que reagem com o oxigênio promovendo a 
desaeração do meio. 
Exemplos: 
Sulfito de sódio (Na2SO3+ ½ O2 
Na2SO4) 
Hidrazina (N2H4 + O2 N2 + 2 H2O) 
 
Algumas aplicações dos inibidores => 
destilação do petróleo; tratamento de águas 
(caldeiras, refrigeração e injeção); sistemas 
de oleodutos e gasodutos, etc.

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