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F R E N T E 3 289 Pode-se armar que, ao atingir a extremidade dessa corda, o pulso se reete: A se a extremidade for fixa e se extingue se a extre- midade for livre. b se a extremidade for livre e se extingue se a extre- midade for fixa. C com inversão de fase se a extremidade for livre e com a mesma fase se a extremidade for fixa. d com inversão de fase se a extremidade for fixa e com a mesma fase se a extremidade for livre. com mesma fase, seja a extremidade livre ou fixa. 14 As figuras a seguir representam dois pulsos que se propagam em duas cordas, (I) e (II). Uma das extremi- dades da corda (I) é presa em um suporte fixo e uma das extremidades da corda (II) é presa em um supor- te livre. As formas dos pulsos refletidos em ambas as cordas são, respectivamente: I II A I II b I II C I II d I II não há reflexão na corda II. 15 Cescea Uma corda é composta de dois pedaços di- ferentes, AB e BC, ambos do mesmo material, sendo AB mais fino que BC. Um pulso é produzido em A e dirige-se para B. v ABC Imediatamente após atingir B, o aspecto das cordas se assemelha mais à gura: A ABC b ABC C ABC d ABC ABC 16 Cescea Um pulso, propagando-se em um meio, reflete- -se em uma superfície refletora. A figura abaixo destaca duas situações possíveis dos pulsos refletidos. Pulso incidente Superfície refletora Pulso refletido A Situação 1 Situação 2 Pulso refletido B Qual das armações é verdadeira sobre os pulsos reetidos? A O pulso A é possível e B não, qualquer que seja a superfície refletora. b O pulso A não é possível e B sim, qualquer que seja a superfície refletora. C Ambos são possíveis, qualquer que seja a superfí- cie refletora. d Ou A ou B é possível dependendo da superfície refletora. Nenhuma das afirmações anteriores. 17 Fuvest Um pulso transversal se propaga ao longo de uma corda horizontal (A) que está ligada à outra (B) por um de seus extremos. Verifica-se que quando um pulso para cima, provocado em (A), chega à junção das cordas ele é parcialmente refletido com inversão de sentido, de modo que agora o pulso que percorre (A) é para baixo. Na figura não se representa o pulso transmitido à parte (B). B Pulso produzido em A B A A Sendo vA e vB as velocidades dos pulsos, respectiva- mente, em (A) e em (B) e sendo mA e mB as massas por centímetro de comprimento de (A) e de (B), pode-se armar que: A vA > vB e mA > mB b vA > vB e mA < mB C vA < vB e mA > mB d vA < vB e mA < mB 18 IFSul 2019 De acordo com a teoria ondulatória, analise as afirmações abaixo. I. A velocidade de onda emitida por uma fonte de- pende do meio de propagação. II. Uma onda é uma perturbação que sempre neces- sita de um meio material para se propagar. III. O som é uma onda de natureza eletromagnética. Está(ão) correta(s) apenas a(s) armativa(s) A I. b II. C III. d I e III. FÍSICA Capítulo 12 Ondulatória290 A dualidade onda-partícula Afinal de contas, qual é o comportamento da luz: ela se comporta como onda ou como partícula? Experimentos com fontes luminosas e interferência sugerem que a luz consiste de ondas, mas a teoria da partícula, postulada pela primeira vez pelos antigos filósofos atomistas gregos, não está morta. Albert Einstein ressaltou, em 1905, que existem determinadas expe- riências atômicas nas quais a luz se comporta não como uma onda, mas como uma partícula. Nesses casos, ela chega em discretos fei- xes portadores de quantidades fixas idênticas de energia, os quais exercem pressão sobre o objeto que atingem e ocupam pequenos espaços, mais semelhantes a pingos de chuva do que a ondulações sobre a superfície de um lago. Esse estado das coisas parece contraditório: pode-se provar que a luz se comporta como onda ou, então, como partícula. As duas faces parecem corretas. A saída para o dilema é radical: dar asas à imagi- nação e aceitar os dois comportamentos simultaneamente. Somente o mundo macroscópico apresenta fronteiras bem-definidas entre as ondas e as partículas. No micromundo dos átomos, a distinção não é bem definida, de modo que ambas as descrições devem ser aplicadas ao mesmo objeto. O inverso também se aplica: assim como a luz tem propriedades semelhantes à das partículas, os átomos, e as partículas que os com põem, apresentam comportamento semelhante ao de uma onda. Experiências realizadas com os elétrons mostraram que eles sofrem interferência exatamente como ondas. A história da Física no século XX é em grande parte a elaboração experimental e teórica dessa dualidade entre ondas e partículas. Expressões newtonianas como “equação do movimento” e “me cânica da partícula” foram substituídas pelos físicos nucleares por expressões como “equação de onda”, “função de onda” e “mecâ- nica ondulatória”. A imagem das ondas provou ser um tema poderoso da física. Das ondas em mar aberto às ondulações na superfície dos lagos, ela alcança os reinos do som e da luz onde a prova é necessa riamente indireta, mergulhando, então, no mundo subatômico, onde se transforma em metáfora matemática, um modelo capaz de viabilizar a constatação das previsões, mas sem o apelo e sentido imediato das ondas no mundo da experiência cotidiana. Texto complementare y Onda é uma perturbação que pode se propagar tanto em meios materiais como imateriais (vácuo), dependendo de sua natureza, trans- portando energia e quantidade de movimento de um ponto a outro do sistema, sem transportar matéria entre esses pontos. y Ondas sonoras se propagam em sólidos, líquidos e gases. Não se propagam no vácuo. y Ondas luminosas se propagam em sólidos, líquidos, gases e no vácuo. As ondas podem ser classificadas em: Longitudinais – aquelas com sentido de vibração no mesmo sentido da propagação. Ex.: propagação do som no ar. Transversais – ondas com sentido de vibração perpendicular ao sentido da propagação Ex : propagação de ondas nas cordas de um instrumento musical. Mistas – ondas que apresentam vibrações longitudinais e transversais. Ex.: ondas nas superfícies dos líquidos. Quanto à dimensão, as ondas podem ser unidimensionais, bidimensio- nais e tridimensionais. Quanto à natureza, as ondas podem ser: Mecânicas quando são originadas por uma perturbação em um meio elástico, o qual tende a restabelecer a deformação, transmitindo a pertur- bação pelo meio. Ex.: ondas em cordas, em molas, na superfície da água e ondas sonoras. Eletromagnéticas ondas transversais originadas por cargas elétricas osci lantes. Podem se propagar no vácuo e em meios materiais e são constituídas por um campo elétrico e um campo magnético perpendiculares. Ex.: ondas de rádio, TV, raios X, raios g, ondas luminosas. Um pulso de onda propagando-se em uma corda flexível, sem perda de energia, tem velocidade: = m v F T Resumindo y Reflexão de pulsos Extremidade fixa (inversão de fase) Extremidade livre (mesma fase) y Refração de pulsos Pulso incidente (J) (J) (J) (J) Pulso incidente Pulso refletido v 1 v 1 v 2 v 2 v 1 v 1 μ 1 μ 2 μ 1 μ 2 Pulso refletido Pulso refratado Pulso refratado m 1 < m 2 (J) junção extremidade fixa m 1 > m 2 (J) junção extremidade livre F R E N T E 3 291 Quer saber mais? Sites y Construindo uma onda – onda transversal. <www.ideiasnacaixa.com/laboratoriovirtual/ondulatoriaParte01.html>. y Ondas sísmicas. <www.moho.iag.usp.br>. Exercícios complementares 1 Fuvest Qual dos seguintes tipos de onda não é onda eletromagnética? a Infravermelho. b Radiação gama. c Ondas luminosas. d Ondas sonoras. e Ondas de rádio. 2 UFRGS Das afirmações que se seguem: I. A velocidade de propagação da luz é a mesma em todos os meios. II. As micro-ondas usadas em telecomunicações para transportar sinais de TV e telefonia são on- das eletromagnéticas. III. Ondas eletromagnéticas são do tipo longitudinal. Está(estão) correta(s): a apenas I b apenas II. c apenas I e II. d apenas II e III. e I, II e III. 3 UFC Usando seus conhecimentos sobre ondas longi-tudinais e transversais, assinale a alternativa correta. a Ondas longitudinais são aquelas para as quais as vibrações ocorrem numa direção que é ortogonal à direção de propagação da onda. b Ondas transversais são aquelas para as quais as os- cilações coincidem com a direção da propagação. c Ondas luminosas e ondas de rádio são exemplos de ondas longitudinais. d Apenas ondas transversais podem ser polarizadas. e Apenas ondas longitudinais se propagam no vácuo. 4 Unioeste As ondas eletromagnéticas são oscilações dos campos elétrico e magnético e transportam energia. Considere as armativas a seguir. I. As telecomunicações nos dias atuais transferem informações através de ondas originadas em efeitos de indução eletromagnética. Tais ondas podem ser transversais ou longitudinais. II. Um forno de micro-ondas emprega ondas ele- tromagnéticas longitudinais para o cozimento de alimentos. III A velocidade de qualquer onda eletromagnética no vácuo tem o valor aproximado de 3,0 · 108 m/s. IV. A luz solar incidente sobre a parte superior da atmosfera terrestre vale 1 340 W/m 2 . Um coletor solar, com área de 0,5 km 2 e que fosse colocado nessa região, receberia um máximo de 6,7 · 10 5 J durante um intervalo de tempo de 1,0 s. Estão incorretas as proposições: a I e II. b I e III. c I, II e III. d IV. e I, II e IV. 5 PUC-SP Uma partícula de um meio elástico, plano, e ao longo do qual se propaga um trem de ondas senoidais transversais de frequência constante, tem movimento: a retilíneo e uniforme na direção de propagação. b retilíneo e uniforme com direção perpendicular à de propagação. c harmônico simples com direção perpendicular à de propagação. d harmônico simples na direção de propagação. e harmônico simples com direção inclinada de 45° em relação à de propagação. 6 EEAR 2018 No estudo de ondulatória, um dos fenôme nos mais abordados é a reflexão de um pulso numa corda Quando um pulso transversal propagando se em uma corda devidamente tensionada encontra uma extremidade fixa, o pulso retorna à mesma corda, em sentido contrário e com a inversão de fase. b alteração no valor da frequência. c alteração no valor do comprimento de onda. d alteração no valor da velocidade de propagação. FÍSICA Capítulo 12 Ondulatória292 7 Uma corda extensível tem comprimento l = 2,0 m e massa m = 0,050 kg. Submetendo-se a uma força tensora de intensidade F = 5,0 N, seu comprimento é duplicado. Estica-se a corda entre dois pontos separados pela distância l = 3,0 m. Calcule a velocidade de propagação de um abalo transversal na corda. A 10 m/s b 1,15 m/s C 11,5 m/s d 7,07 m/s n.d.a. 8 Fuvest A figura representa, nos instantes t = 0 e t = 2 s, as configurações de uma corda sob tensão constante, na qual se propaga um pulso cuja forma não varia. 10 cm 10 cm 10 cm 0 0 t = 0 t = 2 s A B a) Qual é a velocidade de propagação do pulso? ) Indique, na figura, a direção e o sentido das velocidades dos pontos materiais A e B no instante t = 0. 9 Cesgranrio Um pulso com a forma representada propaga-se, no sentido indicado, ao longo de uma corda mantida sob tensão. Sentido de propagação do pulso Corda Pulso Qual das guras propostas a seguir mostra corretamente os sentidos dos deslocamentos transversos (i. e., na direção perpendicular à direção de propagação do pulso) das várias vertentes do pulso? A b C d 10 UFRJ Uma corda comprida e tensa está inicialmente ao longo de um eixo horizontal Ox e tem uma de suas extre midades em x = 0. Num dado instante, tomado como t = 0, uma onda transversal é gerada na corda levando se essa extremidade para cima até uma altura h conhecida e depois trazendo a de volta para a posição inicial. A par tir desse momento, a extremidade permanece em repouso. A duração do movimento de subida da extremidade, de valor conhecido Dt, é igual à duração do movimento de descida Por simplicidade, suponha que o movimento da extremidade, tanto na subida quanto na descida, seja realizado com velocidade vertical e de módulo cons tante, sendo desprezível o tempo gasto para inverter o movimento A figura mostra a configuração da corda no instante t = 2Dt