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Prévia do material em texto

Kátia Mara Ribeiro de Castro Purcina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANEAMENTO BÁSICO: 
O BÁSICO DO SANEAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues 
Marcello Silva e Santos 
 
 
 
Kátia Mara Ribeiro de Castro Purcina 
Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues 
Marcelo Silva e Santos 
 
 
 
 
 
SANEAMENTO 
BÁSICO 
O Básico do Saneamento 
 
 
 
Volta Redonda 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
Bibliotecária: Alice Tacão Wagner - CRB 7/RJ 4316 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P985s Purcina, Kátia Mara Ribeiro de Castro. 
 Saneamento básico: o básico do saneamento. / Kátia Mara Ribeiro 
de Castro Purcina - Volta Redonda: UniFOA, 2019. 
 
 133 p. : Il 
 
Orientador (a): Denise Celeste Godoy de Andrade Rodrigues 
 
Produto (Mestrado) – UniFOA / Mestrado Profissional em Ensino em 
Ciências da Saúde e do Meio Ambiente, 2019. 
 
1. Ciências da saúde - produto. 2. Saneamento básico. 3. Meio 
ambiente. 4. Engenharia. I. Rodrigues, Denise Celeste Godoy de 
Andrade. II. Centro Universitário de Volta Redonda. III. Título. 
 
CDD – 610 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Este livro foi desenvolvido como produto do Mestrado Profissional em Ensino em 
Ciências da Saúde e do Meio Ambiente no Centro Universitário de Volta Redonda 
– UniFOA. O objetivo é ser utilizado como uma ferramenta de ensino e 
aprendizagem pelos alunos do curso de engenharia civil, visando contribuir para 
uma maior compreensão dos vários aspectos que envolvem o saneamento e o 
meio ambiente. 
 
A idealização deste 
livro tem como 
princípio discorrer 
sobre o histórico do 
saneamento até os dias 
atuais, conceituar 
saneamento 
destacando sua 
importância para o 
meio ambiente e a 
saúde pública. 
 
 
 
https://pxhere.com/pt/photo/670379 
Cada tema é abordado 
separadamente por 
capitulo facilitando a 
leitura e o entendimento 
fundamentando material 
de consulta rápida e 
eficaz. Também será 
adotado o formato PDF 
pela facilidade de 
utilização do mesmo em 
gadgets. 
 
O investimento em Saneamento Básico é de fundamental importância no sentido 
de melhorar a saúde pública da população e deveria ser prioridade das políticas 
públicas. Entre as políticas destacam-se a Política Nacional de Saneamento, 
instituída pela Lei Federal nº 11.445, de 2007; a Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988; a Emenda Constitucional nº 19, de 1998; o Plano 
Nacional de Saneamento Básico - Plansab; o Sistema Nacional de Informações 
sobre Saneamento: SNIS; a criação do Ministério das Cidades e da Secretaria 
Nacional de Saneamento Ambiental, concomitante com a criação do Conselho 
Nacional das Cidades e a realização das Conferências das Cidades que 
norteou às ações governamentais permitindo que os diversos segmentos se 
dialogassem. 
 
Entretanto, cabe ressaltar que o empenho dos governos tanto federais quanto 
estaduais estão longe de garantir a população o direito ao saneamento básico. O 
grande desafio é a garantia de acesso universal e de qualidade aos serviços de 
saneamento básico a toda a população brasileira. 
 
A finalidade deste material é despertar nos leitores o entendimento sobre a 
importância do saneamento básico para a sociedade, destacando a importância 
da preservação ambiental e a responsabilidade de cada um com o meio 
ambiente. Tais considerações nos levam a reconhecer a importância de capacitar 
e desenvolver nos alunos de graduação de engenharia civil habilidades 
essenciais para o mesmo possa entender o saneamento por meio da reflexão dos 
princípios da educação para a cidadania, ampliando seu pensamento crítico e 
sustentável na construção de competências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
APRESENTAÇÃO .....................................................................03 
S
 
INTRODUÇÃO......................................................................... 06 A 
CAPÍTULO 1: HISTÓRICO DO SANEAMENTO......................... 07 N 
CAPÍTULO 2: CONCEITOS E DEFINIÇÕES......................... 21 E 
CAPÍTULO 3: SISTEMA DE ABASTECIMENTO........................ 31 A 
CAPÍTULO 4: CAPTAÇÃO........................................................ 45 M 
E 
CAPÍTULO 5: DISPOSITIVOS DE CONTROLE ........................... 68 
N 
CAPÍTULO 6: CONSUMO DE ÁGUA.........................................73 
T
 
CAPÍTULO 7: PROJEÇÃO POPULACIONAL...............................80 O 
CAPÍTULO 8: ADUTORA ........................................................ 86 
CAPITULO 9: ESTAÇÃO ELEVATÓRIA...................................... 98 B 
CAPÍTULO 10: DRENAGEM URBANA....................................104 Á 
CAPÍTULO 11: RESÍDUOS SÓLIDOS ......................................111 S 
CAPÍTULO 12: ESGOTAMENTO SANITÁRIO ..........................121 
I
 
C 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA .............................................129 
O
 
6 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
As questões socioambientais não devem ser desagregadas das questões 
relacionadas a qualidade de vida das pessoas. Essa busca por melhores 
condições de vida contribuíram para o desmatamento, a poluição, a extinção de 
espécies vegetais e animais. 
 
 
 
Neste contexto, a 
Educação voltada 
para o saneamento e 
o meio ambiente é 
um fazer pedagógico 
que se propõe a 
atingir todos os 
cidadãos por meio de 
processos 
participativos e 
permanentes, que 
visam a discutir 
com o educando a 
problemática 
socioambiental que a 
falta de saneamento 
pode gerar como a 
poluição de recursos 
hídricos, a contaminação 
de alimentos, a 
transmissão de doenças 
e o aumento da taxa de 
mortalidade infantil. 
 
 
 
 
 
Assim, a fim de contribuir com essa educação, criamos este material, com a 
pretensão de conscientizar os estudantes sobre a preservação, estimulando seu 
senso crítico para que o mesmo tenha uma postura defensora e pró-ativa em 
relação ao meio ambiente e ao saneamento, intervindo na melhoria da 
qualidade de vida da população. Espera-se que por meio dos textos, novos 
valores sociais sejam desenvolvidos bem como o desenvolvimento da 
consciência ambiental crítica, reflexiva e participativa, voltada para a 
conservação do meio e a melhora da qualidade de vida. Com as atividades 
práticas, os estudantes poderão refletir e transformar a realidade 
socioambiental tornando-se agentes de transformação na busca da melhoria da 
qualidade ambiental. 
Para preservarmos a 
qualidade de vida da 
população e 
intervirmos 
positivamente no meio 
em que vivemos 
devemos ter ações 
conscientes e atitudes 
comprometidas com a 
sociedade respeitando 
acima de tudo o 
direito a vida. 
7 
Histórico do 
Saneamento 
 
 
 
 
 
 
Pátio da Cadeia de Santos, 1875. https://bit.ly/2Bn4eeD 
 
 
 
 
1 
 
Entender como se 
deu o 
desenvolvimento do 
saneamento ao 
longo do tempo. 
Após a leitura do texto elaborar um mapa conceitual 
sobre o desenvolvimento do saneamento ao longo 
da história, desde os primórdios até os dias atuais. 
Esta atividade devera ser desenvolvida entre pares 
ou grupos. 
Histórico do Saneamento 
 
 
OBJETIVO UM DESAFIO PARA VOCÊ 
 
 
 
CONVERSANDO SOBRE O TEMA 
PRÉ-HISTÓRIA 
Os homens na pré-história eram 
nômades, caçadores, viviam em 
bandos e a sobrevivência estava 
associada a disponibilidade de água 
e alimento. 
 
Segundo Fernandes (2002), quem 
mudou este modo de vida foram os 
habitantes do Oriente Médio, onde 
apareceram as primeiras aldeias, 
em algumas regiões da 
Mesopotâmia, por volta de 8500 
a.C. Percebemos que a busca por 
água remonta da origem da 
civilização. Eles utilizavam métodos 
simples para recolher as águas das 
chuvas, dos rios e dos lagos. 
 
 
https://museudasaguasdeportoalegre.files.wordpress.com/2011/02/d-2.ipg?w=300&h=265- 
 
PERÍODO NEOLÍTICO 
O início da poluição dos rios se deu 
ainda na pré-história no período 
Neolítico devido ao desenvolvimento 
da agricultura e consequentemente ao 
surgimento das primeiras aldeias, e 
com elas vieram os ratos e insetos e 
também o aumento da produção de 
lixo e águas servidas. 
 
As primeiras civilizações hidráulicas, 
aquelas que se desenvolveram na 
antiguidade às margens de rios, são as 
Egípcias, Mesopotâmicas, Indianas e 
Chinesas. Segundo Creder (1991), os 
povos de todos os tempos sempre se 
preocuparam com o abastecimento 
d’água. Por isso o desenvolvimento das 
civilizações sempre se deu próximo aos 
cursos d’água, uma vez que sem água 
os seres humanos não subsistem. 
 
 
 
 
Ilustração de uma tribo de homens pré-históricos 
no litoral britânico. 
8 
9 
 
O Saneamento surgiu no momento em 
que o homem passou a fixar 
residência, utilizando o solo natural 
para produzir alimentos e a criar 
animais necessários a sua 
sobrevivência. 
 
Os primeiros poços, chafarizes, 
aquedutos e barragens foram 
construídos pelos povos do Egito, da 
Grécia e da Mesopotâmia, estes 
últimos usavam desde 4000 a.C. 
sistemas de irrigação, os sumérios 
entre 5000 e 4000 a.C., construíram 
canais de irrigação, galerias, 
recalques, cisternas, reservatórios, 
poços, túneis e aquedutos. 
 
 
Fique atento!!! 
 
 
 
 
IDADE ANTIGA 
 
As civilizações da Idade Antiga procuravam se organizar em torno de rios e mares, 
pois a água era um elemento vital para sua sobrevivência. 
 
 
As primeiras civilizações a utilizar o 
pensamento científico racional 
foram as greco-romanas, na busca 
pela saúde os romanos desen- 
volveram grandes obras de 
Engenharia Sanitária, sendo pionei- 
ros nas ações de saneamento. Foi 
necessário desenvolver projetos de 
engenharia para condução e 
armazenamento de água devido ao 
surgimento das cidades e o 
crescimento da população. Neste 
período foram desenvolvidas 
técnicas importantes, como a 
irrigação, a construção de diques 
e as canalizações superficiais e 
subterrâneas. 
 
Nesta época filósofos como Platão 
e Aristóteles já se preocupavam 
com a qualidade da água e com 
medidas sanitárias. O tratado de 
Hipócrates “Ares, Águas e 
Lugares”, que discorre sobre o 
quanto o meio físico influenciava 
na saúde e na doença, foi um 
exemplo dessa preocupação. 
Baseado no que lhe foi apresentado 
o que você pode dizer sobre o 
desenvolvimento do saneamento 
ao longo da pré-história.? 
10 
 
Os Romanos construíram fontes 
públicas em ruas com encanamentos 
para utilização da população e, para 
evitar doenças, separavam as águas 
servidas utilizadas pela população das 
águas a serem utilizadas. Para 
abastecimento de água eles criaram 
diversos aquedutos como o aqueduto 
Aqua Apia que tinha cerca de 17 km 
de extensão, além dos reservatórios, 
das grandes termas e dos banheiros 
públicos. 
 
Há relatos de que na Grécia antiga, já 
se praticava habi-tualmente o ato de 
enterrar as fezes ou as afastarem para 
um local distante das residências. 
Na Babilônia, mais especificamente 
em Nipur, por volta de 3750 a.C., já 
existiam coletores de esgoto. Esses 
coletores eram conhecidos como 
“cloaca máxima”, ela se assemelhava 
ao atual coletor tronco de esgotos. 
Nesta época a Babilônia contava com 
uma boa infraestrutura de 
saneamento básico, mas mesmo 
assim não foi possível impedir a 
degradação da água e do meio 
ambiente, apenas se escondia o 
esgoto e o lixo das pessoas antes de 
lançá-los nos cursos d’água, 
(AZEVEDO NETTO, 1959/1998). 
 
 
 
 
Na Índia, por volta de 3.200 a.C., 
existia a galeria de esgotos em Nipur 
e os sistemas de drenagem de água 
no Vale dos Hindus. Já os 
reservatórios de terra foram criados 
pelo povo oriental bem como a 
captação de água subterrânea. Em 
2500 a.C. os Egípcios e Chineses 
utilizavam métodos de perfuração 
para obter água do subsolo. 
 
Já por volta de 2600 a 1900 a. C., 
. 
uma das características das antigas 
cidades do Vale do Rio Indo, 
segundo Buff (2009), era o 
aprimorado sistema de 
encanamentos pelos quais as águas 
servidas eram conduzidas ao esgoto 
central que eram cobertos, 
construídos em alvenaria, situados a 
meio metro abaixo do nível das ruas 
que eram largas, pavimentadas e 
drenadas. 
. 
Os sumérios por volta de 3500 a.C. desenvolveram a agricultura irrigada, 
motivados pelo acesso aos rios Tigre e Eufrates, desviando suas águas através 
de canais de irrigação e os egípcios dominavam técnicas de irrigação e 
armazenamento de água, pois dependiam das cheias do Rio Nilo. Devido à 
procura constante por fontes de água desde a antiguidade, há registros de 
poços que foram cavados a centenas de metros de profundidade como os 
cavados pelos chineses. (FERNANDES, 2002; AZEVEDO NETTO,1998, BUFF, 2009). 
11 
 
por capilaridade, que 
consistia em passar o líquido de uma 
vasilha para outra removendo as 
sujeiras, que ficavam nas tiras de 
tecido. Foram descobertos 
documentos em sânscrito datados 
de 2.000 a.C. aconselhando o 
acondicionamento da água em vasos 
de cobre, à sua exposição ao sol e 
filtragem através do carvão, ou 
ainda, pela imersão de barra de 
ferro aquecida, bem como o uso de 
areia e cascalho para filtração da 
água. Por volta de 1500 a.C., os 
egípcios já utilizavam a prática da 
no 
a utilizava se 
água limpa, obter 
Oriente, Extremo 
filtração 
Para se 
 
decantação para purificação da água 
(AZEVEDO NETTO 1984). 
 
E, por volta de 1700 a.C., havia latrina 
com reservatório de água que 
coletava água das chuvas para a 
descarga. Podemos observar que 
nessa época o saneamento era bem 
desenvolvido. 
 
As primeiras obras que obtiveram 
êxito no controle do fluxo de água 
foram feitas na Mesopotâmia e no 
Egito, onde ruínas de canais de 
irrigação pré-históricos ainda existem 
(MAYS, 2000; TSUTIYA, 2006). 
Em 2.000 a.C., os persas puniam quem poluía os recursos hídricos, os egípcios 
utilizavam sulfato de alumínio para a clarificação da água e na Índia, já se 
preocupavam com os cuidados que deveriam ser tomados com a água a ser 
consumida, cuidados estes que definia que a água deveria ser armazenada em 
vasos de cobre, passar por filtração com carvão, e ser purificada por meio de 
fervura utilizando o fogo, o aquecimento solar ou introduzindo uma barra de ferro 
aquecida no líquido, seguida por filtração em areia e cascalho grosso. 
 
 
 
O transporte de água se dava por meio de construções denominadas aquedutos. 
Possivelmente os primeiros tubos utilizados para transporte de água, segundo 
Tsutiya (2006), ocorreu por volta de 1700 a 1450 a.C, na cidade de Knossos, na ilha 
de Creta, que neste período estava em seu apogeu e enquanto as outras 
civilizações apenas se utilizavam de canais superficiais, ela desenvolveu um sistema 
de transporte de água que utilizava condutos circulares e distribuíam água para a 
cidade e para o palácio em tubulações pressurizadas. 
12 
 
Em 1500 a.C., os egípcios iniciaram o 
processo de decantação para a 
filtração da água. Em 950 a.C., entre 
Belém e Hebron, foram construídas 
grandes cisternas para acumular 
águas da chuva e para abastecer o 
templo e a cidade de Jerusalém, 
também foram construídos 
reservatórios abastecidos por túneis 
de alvenaria. 
Em 691 a.C., na Assíria foi criado o 
primeiro sistema de abastecimento 
de água, o aqueduto de Jerwan. Os 
aquedutos são construções 
grandiosas destinadas ao transporte 
de água, e abasteciam as fontes 
públicas, dezenas de termas, além 
de suprir os lagos e fontes artificiais 
nas residências dos mais abastados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com o objetivo de abastecimento de 
água tanto para o consumo humano 
quanto para o lazer, foram 
construídas várias obras hidráulicas 
como as famosas piscinas romanas, 
construídas no tempo da Roma dos 
Césares; o aqueduto na cidade de 
Segóvia, na Espanha, construído na 
época de Cristo e ainda em 
funcionamento; as Fontes de Tívoli, 
que fazendo uso da pressão 
hidrostática jorram águasa grandes 
alturas; o lago artificial Méris, 
destinado a regularizar as águas do 
baixo Nilo; o aqueduto de Jerwan que 
foi o primeiro sistema público de 
abastecimento de água, construído na 
Assíria em 691 a.C. (CREDER, 1991; 
AZEVEDO NETTO, 1998 ). 
 
 
Os romanos possuíam um sistema de 
distribuição de água formado por 
aquedutos onde muitos eram 
construídos acima do terreno, com 
escoamento livre em canais, e 
também por meio de condutos 
enterrados para o transporte da água 
para reservatórios e para os pontos de 
uso, principalmente as fontes e casas 
de banho. Estes tubos eram 
normalmente de chumbo ou 
cerâmicos e eram colocados sob as 
principais ruas da cidade. 
No Egito foram construídos diques para armazenarem água à serem consumidas 
na época das seca, iniciou-se o controle do fluxo de água do rio Nilo, aprimorando 
assim o sistema de irrigação, levando água a todas as áreas inclusive as mais 
afastadas e foram utilizados tubos de cobre no palácio real do faraó Keóps. 
13 
 
Embora os tubos de chumbo fossem 
bastante comuns, nesta época já era 
sabido pelos romanos que a água 
transportada por esses tubos 
representava um perigo à saúde 
(TSUTIYA, 2006). 
 
Ruínas de antigos sistemas de 
abastecimento de água, construídos 
entre 2000-200 a.C., ainda são 
encontradas na região de Anatólia, 
também chamada de Ásia Menor, 
atualmente parte da Turquia. Essas 
ruínas incluem tubulações, canais, 
túneis, sifões invertidos, aquedutos, 
reservatórios, cisternas e barragens. 
Um desses exemplos é o da cidade de 
Ephesus, que para o abastecimento 
de água construiu de 4 a 14 d.C., um 
sistema de distribuição de água 
composto de uma barragem, de onde 
a água era retirada e transportada 
para a cidade por uma adutora de 6 
km, de material cerâmico (TSUTIYA, 
2006). 
 
 
 
 
Fique atento!!! 
Leonardo da Vinci, segundo Creder 
(1991), chegou a projetar a “cidade 
ideal” que era circundada por canais, 
tendo em vista o abastecimento de 
água e as redes de esgoto. 
 
Os egípcios desenvolveram técnicas 
de filtração da água para o uso 
doméstico, uma vez que os resíduos 
sanitários eram jogados no chão e a 
água os arrastava para o rio. Eles 
costumavam armazenar água em 
grandes potes de barro ou de 
porcelana durante aproximadamente 
um ano, tempo suficiente para que a 
sujeira se depositasse no fundo do 
recipiente. Neste período, iniciou-se a 
construção da primeira galeria de 
esgotos da história em Nippur, na 
Babilônia. 
 
No Vale do Indo, foram criadas ruas 
com canais de esgoto cobertos por 
tijolos, banheiras e privadas com 
lançamento de dejetos para os 
canais. Eles armazenavam a água em 
vasos de cobre, as expunham ao sol, 
e a filtragem se dava com utilização 
de carvão ou cascalho e imergiam 
uma barra de ferro aquecida. 
 
 
 
à relação em 
e seu grupo você 
expor 
considerações 
gostaria de 
temática. 
saneamento ao 
média, que longo da idade 
Por meio da leitura percebemos o 
desenvolvimento do 
14 
 
DESENVOLVIMENTO SANEAMENTO 
 
 
 
O surgimento e o crescimento das 
cidades, influenciaram no 
desenvolvimento do saneamento. 
Com o aumento e a fixação da 
população em cidades, alguns fatores 
se tornam essenciais para sua 
manutenção, tais como a obtenção de 
água potável para o consumo humano, 
o controle da água da chuva e o 
afastamento e tratamento dos esgotos 
e resíduos sólidos. 
Krak dos cavaleiros cruzado síria 
 
 
https://bit.ly/2SnoMOI 
 
 
Uma das mais antigas redes de esgotos do mundo é a Cloaca Máxima, construída 
na Antiga Roma com a finalidade de drenar os marshes locais e retirar o esgoto da 
cidade, transportava os efluentes para o rio que corria próximo a cidade. A Cloaca 
Máxima foi mantida em bom estado durante toda a idade imperial. 
 
 
 
 
http://www.romanaqueducts.info/aquasite/romacloaca/foto4.html 
http://www.romanaqueducts.info/aquasite/romacloaca/foto4.html
15 
 
As termas eram construções sofisticadas com piscinas de água quente, morna ou 
fria, ao lado de salas para a prática de esportes e massagem. 
 
 
 
Termas romanas de São Pedro do Sul - 
Construção conhecida por Piscina de D. Afonso 
Henriques. 
Por João Carvalho - Obra do próprio, CC BY-SA 3.0, 
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=16395374 
 
 
 
Os banhos públicos podiam ter 
diversas finalidades, entre as quais a 
higiene corporal e a terapia pela água 
com propriedades medicinais; os 
banhos eram pontos de encontro da 
vida das cidades do Império Romano. 
Ao longo da história houve momentos 
em que se deu maior ênfase ao 
saneamento, outros menor, mas não 
há de se negar que a preocupação do 
homem com o saneamento já 
remonta de muito tempo. 
 
 
SANEAMENTO NAS CIDADES MEDIEVAIS 
 
 
Os conceitos relacionados aos recursos 
hídricos, as condições de saneamento e 
de saúde pública regrediram muito 
após a queda do Império Romano, 
chegando a condições deploráveis, com 
águas poluídas, dejetos nas ruas e 
águas servidas jogadas pelas janelas 
dando origem a várias epidemias 
(MAYS, 2000). 
 
 
http://paginawebleon.mx/wp/habitos-extranos- 
de-la-edad-media/ 
http://paginawebleon.mx/wp/habitos-extranos-
16 
 
 
A Peste Negra, epidemia que matou 
um terço da população da Europa, 
devido às imundícies das cidades da 
Europa Medieval, é um exemplo 
significativo do caos que afetava o 
saneamento nesta época 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://pixabay.com/pt/fonte-stone-esculpido- 
idade-m%C3%A9dia-2515648/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://i2.wp.com/manualdoturista.com.br/wp- 
content/uploads/2015/12/peste-negra1.jpg 
 
 
Na Idade Média ocorreu um declínio 
no processo de saúde pública com o 
esfacelamento da civilização greco- 
romana pelos bárbaros. O povo 
consumia um baixo volume de água, 
chegando em algumas a menos de 
um litro diário por habitante, 
reduzindo a possibilidade de banho o 
que gerou graves consequências a 
saúde da população. Este período foi 
marcado por duas grandes 
epidemias: a peste de Justiniano e a 
Peste Negra. 
 
 
Um amontoado de edifícios num 
labirinto de ruas estreitas, assim eram 
as cidades medievais, pequenas, 
densamente povoadas, barulhentas e 
sujas. O lixo era abandonado nas portas 
das casas. A maioria de suas ruas não 
tinha pavimentação e tampouco obras 
de drenagem, e recebia toda sorte de 
refugos e imundície. Os urinóis eram 
esvaziados pela janela e o mau cheiro 
era insuportável. 
https://www.ucm.es/amcytme- 
historiamedieval/jerarquizacion-urbana-de-villas-y- 
ciudades-en-castilla-1400-11 
http://www.ucm.es/amcytme-
17 
 
O que aconteceu com o saneamento 
na idade média. Apresente o seu 
posicionamento e justifique com o 
seu grupo. 
O povo vivia amontoado em cortiços, 
entre galinhas, monturos e cães e 
gatos que faziam o “aproveitamento” 
dos restos que encontravam. A água 
era obtida por meio de construção de 
cisternas, poços cavados e fontes 
naturais. 
 
Nesta época com objetivo de evitar 
que as doenças se propagassem foram 
adotadas medidas de proteção 
ambiental com a finalidade de 
preservar os recursos hídricos. Foi 
promulgada em 1388, a lei britânica 
mais antiga sobre poluição das águas 
e do ar que proibia o lançamento de 
excrementos, lixo e detritos em fossas, 
rios e outras águas. Em 1453, em 
Augsburgo, foram criadas leis que 
tinham como finalidade controlar a 
contaminação dos rios que serviam ao 
abastecimento público. 
O Abastecimento de água e o 
esgotamento sanitário não se 
desenvolveram como era esperado 
então criaram as companhias 
particulares de abastecimento de 
água que por meio de bombeamento 
ampliaram a distribuição, mas devido 
as constantes epidemias surgiu uma 
nova preocupação, com a qualidade 
da água uma vez que não se utilizava 
nenhum tipo de tratamento. 
 
 
 
Fique atento!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
IDADE MODERNA 
 
 
No fim da Idade Moderna e início da Idade Contemporânea, as epidemias ainda 
ameaçavam os países ocidentais, surgindo assim a necessidade de se adotarem 
políticas voltadas para o saneamentobásico. Nas grandes cidades da Europa e 
América do Norte, após várias epidemias de cólera, surge o sistema de 
esgotamento sanitário (CONSELHO DE REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO AGÊNCIA 
REGULADORA - ITU, 2016). 
18 
 
A criação de escolas e o 
desenvolvimento das ciências deu 
origem a uma classe intelectual que 
impulsionou o desenvolvimento do 
conhecimento sobre a relação entre a 
saúde e o saneamento. Nessa época 
houve a Revolução Industrial: o 
trabalho assalariado passou a ser o 
elemento essencial para a geração da 
riqueza nacional e a procura por 
mecanismos que minimizassem os 
problemas de saúde dos trabalhadores 
foi estimulada pelo mercado. 
Nesta época deu-se início a 
pavimentação das ruas e a construção 
de obras de canais de drenagem que 
transportavam os refugos das ruas em 
direção aos rios e lagos produzindo 
maus odores. As infiltrações das focas 
e dos cemitérios contaminavam as 
fontes e poços. 
 
 
Fique atento!!! 
 
 
 
 
 
 
 
O SANEAMENTO NA SOCIEDADE INDUSTRIAL 
 
As condições de vida nas cidades da Inglaterra, França, Bélgica e Alemanha 
eram terríveis. As moradias eram superlotadas e sem as mínimas condições de 
higiene, os detritos eram acumulados em recipientes, de onde eram transferidos 
para reservatórios públicos mensalmente. 
 
 
A partir da Revolução 
Industrial, no século XVIII, 
devido ao acelerado 
crescimento das cidades e 
aglomerados humanos que 
a industrialização promo- 
veu, crescem a necessidade 
dos sistemas públicos de 
Saneamento Básico pois se 
acreditava que o corpo 
receptor não daria conta de 
fornecer água e receber e 
depurar os dejetos que se 
concentrariam sobre o 
corpo hídrico. Gerando a 
necessidade de se pensar 
em um sistema estru- 
turado que distribuísse 
essas necessidades de 
forma estruturada, coe- 
rente e permanente, da 
melhor forma possível, 
evitando a falência do 
sistema e levando ao 
declínio a comunidade 
pela falta de água. 
Os europeus não 
eram muito 
adeptos de banho 
diário. Na nossa 
cultura o banho 
diário foi 
introduzido pelo 
povo indígena. 
Aponte as principais epidemias, o 
ano em que elas ocorreram e quais 
medidas foram adotadas para evitá- 
las 
19 
 
Faça uma pesquisa sobre as principais conquistas de Saturnino de Brito, quem 
foi e sua importância para o desenvolvimento do saneamento no Brasil. 
As cidades europeias aproveitaram da estrutura de drenagem urbana, que veio do 
advento da pavimentação, para condução dos dejetos. Nesta época que surgiu o 
banheiro da forma que conhecemos e os sistemas unitários de escoamento de 
águas. Mas permanece o perigo da contaminação do corpo receptor. 
 
Fique atento!!! 
Esse sistema unitário funcionou e 
ainda funciona na Europa porque 
o volume de precipitação médio é 
condizente com o porte das 
instalações. 
 
 
 
 
IDADE CONTEMPORÂNEA 
 
As condições de vida da população 
começa a melhorar, com a introdução 
de canos de ferro e bombas a vapor. 
Ao longo do século XIX, por volta de 
1830, começa a haver uma 
preocupação pela ocorrência de 
epidemias em diversas regiões da 
Europa e dos Estados Unidos, e aí 
surge a primeira evolução do sistema 
unitário que é o sistema separador 
parcial que se preocupava apenas 
com a água que caia no interior dos 
terrenos. 
Por volta de 1860 a 1870, surge nos 
Estados Unidos, o sistema separador 
absoluto, que é o sistema que a mais 
de um século se usa no Brasil, que é 
um sistema exclusivo para o esgoto. 
Separando assim uma tubulação para 
o esgoto e outra para as águas 
pluviais. 
 
Esse sistema chega ao Brasil no final 
do século XVIII, através do maior 
engenheiro sanitarista do Brasil, 
Saturnino de Brito. 
 
 
 
 
Fique atento!!! 
 
 
O que são sistemas unitários de escoamento? 
Você conhece outro sistema de escoamento? 
No Brasil que tipo e escoamento é utilizado e 
porque? 
20 
 
IDADE ATUAL 
Com o desenvolvimento das ciências e 
da tecnologia, no século XX, as fontes 
contaminadas puderam se tornar 
potáveis após tratamento adequado. 
 
No Brasil, a partir de 1912, foi adotado 
o sistema separador absoluto onde as 
redes de esgoto são projetadas e 
construídas separadas da drenagem 
de águas pluviais, tornando esta 
obrigatória nos projetos de 
urbanização. 
 
Embora o saneamento tenha se 
desenvolvido, ainda há muito o que 
fazer. Só com a lei 11445/2007 é que 
foram estabelecidas as diretrizes 
nacionais para o saneamento. As 
condições de saneamento no Brasil, 
tanto na zona rural como urbana de 
algumas regiões, continua precária 
principalmente no tocante a 
população de baixa renda. 
 
 
 
 
VOLTANDO AO DESAFIO 
 
Agora a Luz do conhecimento adquirido resolva a questão. 
 
 
RESUMINDO 
 
Elabore um texto, que sintetize os principais assuntos desenvolvidos neste 
capitulo e traga algumas informações curiosas e relevantes à serem apresentadas 
aos seus colegas. 
 
 
 
 
 
Conceitos e 
Definições 
 
 
 
 
Favela Jaqueline, São Paulo 
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/57/Favela_Jaqueline_%28Vila_S%C3%B4nia%29_01.jpg 
 
 
 
 
 
“Uma cidade saudável é aquela que coloca em prática de modo contínuo a 
melhoria de seu meio ambiente físico e social, utilizando os recursos de sua 
comunidade com objetivo de permitir aos seus cidadãos uma aptidão mútua 
em todas as atividades humanas que levem à sua plena realização.” 
 
DUHL e HANCOCK (1996) 
 
 
Saneamento - ato ou efeito de sanear. 
Sanear - tornar são, higiênico ou salutar; remediar, reparar. 
 
21 
2 
22 
Formar estudantes para 
serem futuros cidadãos 
atuantes e comprome- 
tidos com a busca de 
soluções viáveis para os 
problemas de sanea- 
mento. Para isso será 
necessário levá-los a: 
• Identificar causas e consequências da falta de 
saneamento básico. 
• Identificar e comentar problemas relacionados à 
destinação dos esgotos e do lixo doméstico. 
• Identificar e comentar iniciativas pessoais, 
coletivas e governamentais de defesa do meio 
ambiente. 
• Desenvolver atitudes positivas relacionadas à 
preservação dos recursos naturais e do meio 
ambiente 
conceitos e definições sobre os • Entender 
saneamento 
Foi publicado em um Jornal conceituado do país que a “Falta de saneamento 
básico tem impacto direto na sala de aula”, tem criança que passa o ano inteiro 
com diarreias, diz professora. Diarreia, vômitos afetam a nutrição da criança e 
deixam sequelas. Você sabe como anda o Saneamento no seu Bairro? Na sua 
cidade? No seu país? Afinal de contas qual a importância do Saneamento para a 
sua vida? E para a vida da sua comunidade? Faça um levantamento acerca destas 
questões com a sua equipe e apresente seus achados a turma. Apresentando 
Também uma solução para algum problema de saneamento encontrado em seu 
bairro. 
OBJETIVO 
UM DESAFIO PARA VOCÊ 
 
 
CONVERSANDO SOBRE O TEMA 
DEFINIÇÕES 
Segundo a Organização Mundial de 
Saúde (OMS), saneamento básico é 
o conjunto de medidas para 
melhorar a qualidade de vida dos 
habitantes de uma região, 
contribuindo assim para a 
melhoria da saúde da população, 
que vem a ser o completo bem 
estar físico, mental e social do 
homem. 
 
 
 
 
Ao utilizarmos água em condições 
inadequadas arriscamos nossa 
saúde, nos expondo a organismos 
transmissores de doenças. 
23 
Seu objetivo 
maior é a promoção da saúde do homem, pois 
muitas doenças podem proliferar devido à 
carência de medidas de saneamento. 
LEI Nº 11445 DE 05/01/2007 
 
Esta Lei Federal estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico bem 
como as políticas públicas de saneamento básico definindo, no seu art. 3º, página 
2, os serviços públicos de saneamento básico como o conjunto de serviços, 
infraestruturas e instalações operacionais de: 
 
 
a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infraestruturas 
e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a cap- 
tação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição; 
 
b) esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturase 
instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final 
adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento 
final no meio ambiente; 
 
c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, 
infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, 
tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e 
limpeza de logradouros e vias públicas; 
 
d) drenagem e manejo das águas pluviais, limpeza e fiscalização preventiva das 
respectivas redes urbanas: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações 
operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou 
retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final 
das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas (LEI FEDERAL 11445-2007, p.2). 
 
 
 
 
 
24 
O Saneamento é de fundamental 
importância para a vida das pessoas, 
levando em consideração que quando 
uma população possui um serviço 
adequado de tratamento de água, 
coleta e tratamento de esgoto sua 
qualidade de vida melhora 
consideravelmente, principalmente 
no que diz respeito a saúde das 
crianças, melhorando seu 
aproveitamento educacional e 
reduzindo o índice de mortalidade 
infantil. 
 
Embora exista esta enumeração dos 
serviços, não se deve restringir a 
busca pela segurança sanitária e o 
bem-estar ambiental da população a 
apenas estas atividades (KOBIYAMA, 
MOTA E CORSEUIL, 2008). 
Esta lei além de estabelecer as 
diretrizes nacionais e a política 
federal do saneamento, ela também 
determina que o planejamento do 
saneamento básico é 
responsabilidade do município, e que 
a prestação dos serviços pode ser 
feita por uma instituição pública 
municipal ou por concessionária 
pública e/ou privada. Muito embora a 
União seja quem receba maiores 
recursos, as obrigações executivas 
são atribuídas aos municípios, os 
quais, não possuem investimentos 
suficientes, e por isso, é possível de 
certa forma justificar a atual 
precariedade da rede de saneamento 
básico brasileira (Instituto Trata Brasil 
- 2015). 
 
 
 
 
 
Com a finalidade de atingirmos a universalização do saneamento básico no país, 
torna-se necessária uma mobilização maior por parte dos governos municipais, 
estaduais e, sobretudo, do governo federal visando diminuir a degradação do 
meio ambiente urbano, e proporcionando desta forma melhores condições de 
vida e bem-estar para a população, principalmente no que tange à saúde das 
crianças. No Brasil, os investimentos para com a rede de esgotos são muito 
inferiores ao serem comparados com outros serviços públicos, como 
abastecimento de água, coleta de lixo ou eletricidade (JusBrasil 2015). 
25 
A Lei Federal nº 8.080 (BRASIL, 1990), dispõe sobre o funcionamento dos 
serviços de saúde no país, em seu artigo 3° reconhece que a saúde tem como 
fatores determinantes e condicionantes, entre outros, o saneamento básico, 
havendo um reconhecimento legal da existência de uma relação entre condições 
inadequadas de saneamento básico e o quadro epidemiológico existente. 
LEI Nº 8080 DE 19/09/1990 
 
 
 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERTIVA DO BRASIL DE 05/10/1988 
 
A saúde é prevista como direito 
fundamental social e está presente 
no artigo 6º da Constituição Federal 
1988. No Art. 196, p. 118/119 ela diz 
que “a saúde é direito de todos e 
dever do Estado, garantido mediante 
políticas sociais e econômicas que 
visem à redução do risco da doença e 
de outros agravos e de acesso 
universal e igualitário às ações e aos 
serviços para sua promoção, proteção 
e recuperação”. 
 
Bem como a preocupação com o 
Meio Ambiente está previsto no Art. 
170, inc. VI, na emenda 
constitucional nº 42 de 2003, onde 
são observados os seguintes 
princípios: “defesa do meio ambiente, 
inclusive mediante tratamento 
diferenciado conforme o impacto 
ambiental dos produtos e serviços e 
de seus processos de elaboração e 
prestação”. 
No art. 23. A Constituição Federal diz 
ser da competência comum da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, em seu inciso 
VI “proteger o meio ambiente e 
combater a poluição em qualquer de 
suas formas”; e no IX “promover 
programas de construção de 
moradias e a melhoria das condições 
habitacionais e de saneamento 
básico”; 
 
No Art. 225 diz que todos têm direito 
ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do 
povo e essencial à sadia qualidade de 
vida, impondo-se ao Poder Público e 
à coletividade o dever de defendê-lo 
e preservá-lo para as presentes e 
futuras gerações.§ 1º Para assegurar 
a efetividade desse direito, incumbe 
ao Poder Público no VI “promover a 
educação ambiental em todos os 
níveis de ensino e a conscientização 
pública para a preservação do meio 
ambiente”. 
26 
CONSTITUIÇÃO ESTADUAL 
 
 
A constituição Estadual em seu 
capítulo 1 fala sobre os direitos e 
deveres individuais e coletivos, de 
acordo com a Nova redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 51 de 
2011, em seu parágrafo único diz ser 
“dever do Estado garantir a todos 
uma qualidade de vida compatível 
com a dignidade da pessoa humana, 
assegurando a educação, os serviços 
de saúde, a alimentação, a 
habitação, o transporte, o 
saneamento básico, o suprimento 
energético, a drenagem, o trabalho 
remunerado, o lazer, as atividades 
econômicas e a acessibilidade, 
devendo as dotações orçamentárias 
contemplar 
preferencialmente tais atividades, 
segundo planos e programas de 
governo“. 
 
LEI Nº 8080 DE 19/09/1990 
 
A Lei Orgânica Municipal que de 
acordo com a Lei 11.445 (2007) 
confere aos municípios a gestão do 
saneamento básico, que envolve as 
áreas de abastecimento de água, 
esgotamento sanitário, manejo de 
resíduos sólidos urbanos e drenagem 
urbana, não está clara a função dos 
estados na condução deste 
importante setor, que reflete na 
qualidade de vida dos cidadãos e da 
proteção do meio ambiente. 
 
 
 
NECESSIDADE DO SANEAMENTO PARA A SAUDE PÚBLICA 
 
Um problema mundial 
A situação do saneamento básico no mundo está muito distante do ideal. Sem 
este serviço a população fica exposta a vários riscos à saúde, que prejudicam a 
educação e principalmente o desenvolvimento de um país, tanto na questão 
social, quanto econômica. 
 
Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) apontam que na 
América Latina e Caribe a segunda causa de mortalidade infantil, depois das 
doenças respiratórias, é a diarreia causada por infecções transmitidas por 
levarem as mãos sujas à boca, por falta de água potável e a situação é mais grave 
no caso de bebês entre seis e 11 meses e, nas áreas rurais, onde mais de metade 
da população tem ausência completa de água potável e sistema de saneamento 
adequado. 
27 
Procure saber como está o 
desenvolvimento do saneamento no 
mundo hoje, se baseando em pesquisas 
de órgãos oficiais indicados pelo 
professor. 
Centenas de milhões de pessoas em todo o mundo ainda vivem sem acesso a 
água limpa para beber, e a grande maioria vive em áreas rurais. O problema afeta 
principalmente os países mais pobres, mas está presente também em algumas 
grandes economias do mundo. As mudanças climáticas, acompanhadas de 
fenômenos climáticos extremos, como ciclones, inundações e secas prolongadas, 
aumentam significativamente o problema, trazendo como consequência doenças 
como cólera, conjuntivite granulomatosa, malária e dengue. Além disso, os casos 
de desnutrição aumentarão, uma vez que as comunidades agrícolas enfrentam 
problemas para cultivar alimentos e criar animais em meio a altas temperaturas. 
 
 
 
A deterioração dos pântanos no mundo 
está reduzindo a capacidade do 
ecossistema de purificar as águas. Água 
limpa não é um privilégio, é um direito 
humano básico que deve ser 
respeitado. 
Fique atento!!! 
 
 
 
Um problema brasileiro 
 
Muito embora o Saneamento Básico 
tenha uma grande importância para a 
Saúde e o meio ambiente, no Brasil o 
déficit neste setoré muito elevado, 
principalmente no que se refere ao 
esgotamento sanitário. Nas periferias 
é onde encontramos as maiores 
deficiências, local em que se concentra 
a população mais pobre do país. 
Apesar das melhorias realizadas nos 
últimos 40 anos a situação geral do 
saneamento, tanto na zona rural, 
quanto urbana, continua precária para 
as populações de baixa renda. Existem 
diversos fatores responsáveis pela 
deficiência desses serviços no país, 
dentre eles, podem ser 
mencionadas segundo Nascimento e 
Heller (2005) a carência e a má 
utilização dos recursos públicos, a 
fragmentação de políticas pública, a 
carência de instrumentos de 
regulamentação e a regulação . 
Segundo a Secretaria de Recursos 
Hídricos do Ministério do Meio 
Ambiente, o território brasileiro 
contém cerca de 12% de toda a água 
doce do planeta. O país detém 200 mil 
microbacias espalhadas em 12 regiões 
hidrográficas. No entanto, essa 
abundância não significa que o recurso 
seja inesgotável. Um dos motivos é 
que a sua disponibilidade é desigual 
nas diversas regiões do pais. 
28 
Vejamos: 
 
 
 
REGIÃO DENSIDADE 
DEMOGRÁFICA 
(hab/km²) 
CONCENTRAÇÃO DOS 
RECURSOS HÍDRICOS DO 
PAÍS ( % ) 
Norte 4,12 68,5 
Nordeste 34,15 3,3 
Centro-Oeste 8,75 15,7 
Sudeste 86,92 6,0 
Sul 48,58 6,5 
Fonte: IBGE / Agência Nacional das Águas (2010) 
 
 
Os serviços de saneamento têm sido 
seriamente comprometidos devido à 
falta de recursos e escassez de mão 
de obra qualificada. Esse dado pode 
estar sendo influenciado não só pela 
ausência de rede de esgoto em 
muitos domicílios, mas também pelo 
quadro de expansão populacional em 
áreas de saúde pública precária, 
como favelas e cortiços. 
 
Nos municípios com maior acesso à 
coleta de esgoto, é significativamente 
menor a incidência de infecções 
gastrintestinais, em especial entre as 
crianças e jovens até 14 anos. Com o 
acesso universal, ocorrerá, portanto 
uma melhora geral na qualidade de 
vida do município. 
Se for dado acesso à coleta de esgoto 
a um trabalhador que não tem acesso 
a este serviço, espera-se que a 
melhora geral de sua qualidade de 
vida ocasione uma produtividade 
13,3% superior, possibilitando o 
crescimento de sua renda em igual 
proporção. 
 
No Brasil 49% da população não tem 
coleta de esgoto, e somente 44% do 
esgoto coletado é tratado. Na região 
norte menos de 10% da população 
tem coleta de esgoto. 
 
 
 
 
 
 
O saneamento básico constitui um dos mais importantes meios de prevenção de 
doenças, dentre todas as atividades de saúde pública. 
Por que o Saneamento Básico se 
tornou uma questão de Saúde 
Pública, no mundo atual? 
29 
Segundo a FUNASA são exemplos dos efeitos das ações de saneamento na saúde: 
 
 
 
A Água de boa qualidade para o 
consumo humano, seu fornecimento 
contínuo asseguram a redução e controle 
de: diarréias, cólera, dengue, febre 
amarela, tracoma, hepatites, 
conjuntivites, poliomielite, escabioses, 
leptospirose, febre tifóide, esquistosso- 
mose e malária 
 
 
A Coleta regular, acondicionamento e destino final adequado dos resíduos 
sólidos diminuem a incidência de casos de: peste, febre amarela,dengue, 
toxoplasmose, leishmaniose, cisticercose, salmonelose, teníase, leptospirose, 
cólera, febre tifoide; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://bit.ly/2LN7JP7 
O Esgotamento sanitário adequado é 
fator que contribui para a eliminação 
de vetores da: malária, diarreias, 
verminoses, esquistossomose, 
cisticercose, teníase. 
 
 
 
 
As melhorias sanitárias domiciliares 
estão diretamente relacionadas com a 
redução de: doença de Chagas, 
esquistossomose, diarreias, 
verminoses, escabioses, tracoma, 
conjuntivites. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://bit.ly/2MW0rti 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://cdn.pixabay.com/photo/2016/01/20/15/07/dengue- 
fever-1151682_960_720.png 
30 
VOLTANDO AO DESAFIO 
 
Agora a Luz do conhecimento adquirido resolva a questão proposta. 
 
 
RESUMINDO 
 
Elabore um texto, que sintetize os principais assuntos desenvolvidos neste 
capitulo e traga algumas informações curiosas e relevantes à serem 
apresentadas aos seus colegas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
Sistema de 
Abastecimento 
de Água 
 
 
 
 
Espanha – Mérida – O aqueduto dos milagres. Mais alto aqueduto de todo o antigo império Romano. Fundada 
por ordem do imperador Augusto, no ano 25 a.C. 
 
 
 
 
A água brota do chão, pura e sem contaminação 
Corre, desce, molha a plantação 
Continua sua estrada até chegar no ribeirão 
Daí vai para o rio onde começa a lamentação. 
Esgoto, entulho e veneno atingem seu coração 
E na veia desse rio que era pra conduzir vida 
Só conduz destruição. 
 
Odilon Euzébio 
3 
 
 
32 
• Entender que partes constituem o sistema. 
• Determinar o tipo e local adequado para o manancial 
• Determinar os fatores que alteram a qualidade da água de um 
manancial 
Com os conhecimentos que serão adquiridos neste capítulo, em grupo, elabore 
um projeto envolvendo a escolha do manancial, determinando suas 
características , como preservá-los e qual a importância dessa preservação, 
apresentar um levantando de quais possíveis mananciais existem em sua região. 
OBJETIVO: 
 
 
UM DESAFIO PARA VOCÊ 
 
 
CONVERSANDO SOBRE O TEMA 
A Quantificação da Água na Natureza 
 
A água é a substância mais simples e abundante no planeta, podendo ser 
encontrada na atmosfera terrestre no estado líquido, gasoso ou sólido, sobre e 
sob a superfície terrestre, nos oceanos, mares, rios e lagos. Também é o 
constituinte inorgânico mais presente na matéria viva. Cientistas estimam que o 
nosso planeta tem três quartos de sua massa só de água 1,36 x 1018 m3 segundo 
(SPERLING, 1996). 
 
Grande parte das águas subterrâneas 
encontram-se em condições inade- 
quadas para o consumo ou em 
profundezas que inviabilizam sua 
exploração. Diante desta situação é de 
importância fundamental para o futuro 
da humanidade, que se valorize a 
preservação dos recursos hídricos do 
planeta em suas condições naturais. 
Água subterrânea 
 
 
https://bit.ly/2SDkl1l 
 
 
O mundo é constituído por cerca de 
3% de água doce e, desses, 70% se 
encontra na forma de gelo ou no 
solo. Cerca de 12% dessa água se 
encontra no Brasil, armazenada em 
seus aquíferos. 
 
 
https://bit.ly/2rqrS2q 
Rio Tietê e a Barragem na cidade de Barra Bonita. 
Autor: José Reynaldo da Fonseca – REFON 
33 
 
1. “O Corpo de um homem adulto é composto por mais de 70% de água, já em 
um recém-nascido este índice aumenta para mais de 78%”. Com base na 
informação procure saber qual a porcentagem de água existe nos diversos 
órgãos do corpo humano. 
 
2. Justifique a expressão “Planeta Água” como referencia ao Planeta Terra. 
 
3. Faça uma pesquisa sobre os principais aquíferos encontrados no Brasil. 
Destacando sua abrangência e importância. 
Fique Atento!!! 
 
 
 
 
Na produção de alimentos são utilizados cerca de 2/3 da água do mundo com 
destaque para agricultura e pecuária. 
Vejamos como a água se distribui no Globo: 
 
 
FONTE DE ÁGUA VOLUME ÁGUA 
(km³) 
PORCENTAGEM 
ÁGUA DOCE 
PORCENTAGEM 
TOTAL DE ÁGUA 
Oceanos, Mares e 
Baias 
1.338.000.000 -- 96,5 
Camada de gelo, 
Geleiras e Neve 
Perene 
24.064.000 68,7 1,74 
Água do Subsolo 23.400.000 -- 1,7 
Doce 10.530.000 30,1 0,76 
Salgada 12.870.000 -- 0,94 
Umidade do Solo 16.500 0,05 0,001 
Gelo do Solo e 
Permafrost 
300.000 0,86 0,022 
Lagos 176.400 -- 0,013 
Doce 91.000 0,26 0,007 
Salgado 85.400 -- 0,006 
Atmosfera 12.900 0,04 0,001 
Água dos pântanos 11.470 0,03 0,0008 
Rios 2.120 0,006 0,0002 
Água Biológica 1.120 0,003 0,0001 
TOTAL 1.386.000.000 -- 100 
Fonte: Gleick, P. H., 1996: Recursos de água. Na Enciclopédia do clima e tempo, ed. PorSuperlogo H. 
Schneider, Oxford University Press, Nova Iorque, vol. 2, pag. 817-823 
34 
 
O ciclo hidrológico 
 
Conhecida a distribuição da água na Terra, é importante também que se saiba 
como ela se movimenta no planeta. Ao seu permanente movimento de 
mudanças de estado (sólido, líquido ou gasoso)ou de posição (superficial, 
subterrânea ou atmosférica) em relação à superfície da Terra, denominou-se 
de ciclo hidrológico. Por definição, então, ciclo hidrológico é a descrição do 
comportamento natural da água em volta do globo terrestre. 
 
 
 
 
 
https://pixabay.com/pt/desmatamento-floresta- 
madeira-corte-405749/ 
O ritmo acelerado de desmatamentos 
das últimas décadas, e o crescimento 
urbano e industrial, que necessita 
sempre de mais água, vem alterando 
esse ciclo hidrológico. Estudos 
mostraram que o desmatamento e o 
pastoreio excessivo diminuem a 
capacidade do solo em atuar como 
uma grande esponja, absorvendo águas 
das chuvas e liberando seus conteúdos 
lentamente. 
 
 
Na ausência de coberturas vegetais, 
e com solos compactados, a 
tendência das chuvas é escorrer pela 
superfície e escoar rapidamente 
pelos cursos de água, o que traz 
como consequência as inundações, 
aceleração no processo de erosão e 
diminuição da estabilidade dos 
cursos de água, que ficam 
diminuídos fora do período de 
cheias, comprometendo assim a 
agricultura e a pesca. Não falta sinal 
de escassez de água doce. Os níveis 
do lençol freático baixam 
constantemente, muitos lagos 
encolhem e pântanos secam. 
 
 
 
https://pixabay.com/pt/inunda%C3%A7%C3%A3o- 
inunda%C3%A7%C3%B5es-natureza-63832/ 
35 
 
Na agricultura, na indústria e na vida doméstica, as necessidades de água não 
param de aumentar, paralelamente ao crescimento demográfico e ao aumento 
nos padrões de vida, que multiplicam o uso da água. Nos anos 50, por exemplo, a 
demanda de água por pessoa era de 400 m3 por ano, em média no planeta, ao 
passo que hoje essa demanda já é de 800 m3 por indivíduo. Em países cada vez 
mais populosos, ou com carência em recursos hídricos, já se atingiu o limite de 
utilização de água. 
 
Constatou-se que atualmente 26 países, a maioria situada no continente 
africano, totalizando 235 milhões de pessoas, sofrem de escassez de água. 
 
 
 
Recuo generalizado dos glaciares polares e montanhosos 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Impactos_do_aquecimento_global_no_Brasil 
 
 
 
As outras regiões do mundo também não são poupadas. Sintomas de crises já se 
manifestam em países que dispõem de boas reservas. Nos locais onde o nível de 
bombeamento das águas subterrâneas é mais intenso que sua renovação natural, 
se constata um rebaixamento do nível de lençóis freáticos, que, por esse motivo, 
exigem maiores investimentos para serem explorados e ao mesmo tempo vão se 
tornando mais salinos. 
 
Desenvolvimento do Sistema de abastecimento 
 
 
Por volta de 1237, surgiu o primeiro 
sistema de abastecimento de água 
encanada de Londres, construído com 
tubos de chumbo. Em 1652 uma adutora 
de ferro fundido foi construída em Boston, 
USA, em 1455 foi empregada a primeira 
tubulação de ferro fundido no Castelo de 
Dillenburgh na Alemanha e em 1664 uma 
adutora de mais de 22 km foi construída na 
França, também em ferro fundido para 
abastecer o Palácio de Versailles, tornando- 
se a maior linha de tubos da época e ainda 
hoje parte dessa tubulação permanece em 
serviço (AZEVEDO NETTO, 1984). 
 
 
http://www.conhecimentohoje.com.br/Recentes711.ht 
m 
 
 
 
 
 
 
Apesar do tubo de chumbo não ser o material ideal para a distribuição de água, o 
uso da tubulação de ferro fundido em grande escala demorou a acontecer e foi 
um fato de grande importância para o desenvolvimento dos sistemas de 
abastecimento de água. 
 
O primeiro sistema de abastecimento 
de água utilizando bombas movidas a 
cavalos e tubos de ferro fundido na 
distribuição de água, foi construído no 
Estado da Pennsylvania, em 1755. 
Após a primeira metade do século 20 
passaram a ser utilizados tubos de 
ferro dúctil e mais tarde outros 
materiais. Quando as bombas tocadas 
a vapor para elevatórias de água 
passaram a ser utilizadas, inicialmente 
em 1764, em Bethlehem, na 
Pennsylvania os 
sistemas de abastecimento ficaram 
mais próximos dos conhecidos 
atualmente (MAYS, 2000; TSUTIYA, 
2006). 
36 
dolorosos ataques inflamatórios 
provoca que 
nas sobretudo 
ácido úrico no acumulo de 
organismo, 
articulações, 
contaminação de chumbo. 
Doença caracterizada pelo 
pela induzida – Gota 
http://www.conhecimentohoje.com.br/Recentes711.ht
37 
 
A primeira cidade a ter abastecimento de água no Brasil, foi o Rio de Janeiro em 
1561, segundo Azevedo Netto (1984), por um poço escavado por Estácio de Sá e, 
por volta de 1673 iniciaram-se as obras de adução para a cidade, em 1723 foi 
construído o primeiro aqueduto do Rio de Janeiro, que em 1860 distribuía oito 
milhões de litros de água por dia, finalmente em 1876 o projeto para o primeiro 
sistema de abastecimento de água encanada do Rio de Janeiro foi contratado. 
 
 
https://ama2345decopacabana.wordpress.com/planejamento-urbano/a-historia-do- 
abastecimento-comeca-no-rio-de-janeiro/#jp-carousel-2307 
 
 
Segundo Tsutiya (2006), foi elaborado 
por volta de 1842, para a cidade de São 
Paulo, o primeiro projeto de adução e 
distribuição de água. No final do século 
IX e início do século XX, dá se início ao 
desenvolvimento do saneamento no 
Brasil, entre 1849 e 1891, criou-se a 
Comissão Central de Saúde Pública e a 
Comissão de Engenharia da Junta de 
Higiene Pública, através da constituinte 
de 1891 os Estados ganharam autonomia 
para prestarem serviços de vigilância 
sanitária. Em 1892 foi criado o Instituto 
bacteriológico, em 1901 o Instituto 
Butantã e em 1903 o Instituto Pasteur, 
que foram importantes marcos para o 
Saneamento e a Saúde. Em 1934 foi 
criado o Ministério da Educação e Saúde 
(CONSELHO DE REGULAÇÃO E FISCA- 
LIZAÇÃO AGÊNCIA REGULADORA - ITU, 
2016). 
Reservatório da Liberdade, s.d. Acervo 
Fundação Energia e Saneamento 
 
http://revistadae.com.br/artigos/artigo_edicao_196_n_156 
6.pdf 
http://revistadae.com.br/artigos/artigo_edicao_196_n_156
38 
PARTES CONSTITUINTES DE UM SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE 
ÁGUA 
 
 
Esquema de um sistema simples de abastecimento de água. 
Fonte: Tsutiya (2006) 
 
 
MANANCIAIS 
 
São todas as fontes de água, 
superficiais e subterrâneas, usadas 
para o abastecimento público. 
Incluindo os rios, os lagos, as 
represas e os lençóis freáticos. 
 
 
 
https://cdn.pixabay.com/photo/2015/08/04/14/42/garden- 
874795_960_720.jpg 
 
 
 
Na escolha de um manancial, devemos levar em conta a qualidade e a quantidade de água que 
ele dispõe e analisá-lo sob o seu aspecto econômico. Podemos contar com os seguintes tipos 
de mananciais: 
 
a) de águas de chuva (cisternas); 
 
 
 
 
 
 
https://c2.staticflickr.com/2/1560/25889982051_0b93f5449a_b.jpg 
39 
b) de águas do subsolo ou sub-terrâneas (poços, cacimbas, fontes); 
 
Poço antigo. Domínio Público 
 
https://cdn.pixabay.com/photo/2015/01/31/1 
4/14/well-618531_960_720.jpg 
https://cdn.pixabay.com/photo/2015/08/04/14/ 
42/garden-874795_960_720.jpg 
 
c) de águas das superfícies (açudes, rios, lagoas). 
 
 
 
 
 
 
https://cdn.pixabay.com/photo/2014/01/25/20/38/lagoons-of- 
ruidera-251804_960_720.jpg 
 
 
 
 
ÁGUAS DE CHUVA 
 
A água de chuva pode ser armazenada em cisternas, que são pequenos 
reservatórios individuais construídos junto, em geral, às nossas casas. 
 
A cisterna tem aplicação tanto em áreas de grande pluviosidade (áreas em que 
chove muito) como em áreas secas, onde se procura juntar a água de época das 
chuvas para usar na época da seca com o propósito de garantir, pelo menos, a 
água para beber. 
 
ÁGUAS DE SUBSOLO OU SUBTERRÂNEAS 
 
As águas subterrâneas são aquelas que se acumulam abaixo da superfície, 
geralmente nos poros existentes na composição das rochas. 
40 
Subterrâneo freático ou não confinado 
 
Aquífero Livre 
 
É limitado no topo por uma camada 
permeável e na base por uma 
camada impermeável. A pressão da 
água é igual a pressão atmosférica. A 
recarga é rápida e faz-se ao longo de 
toda a extensão do terreno, pela 
precipitação.Sofre variações 
acentuadas com as estações do ano. 
Aquífero ConfinadoLimitado no topo e na base por 
camadas impermeáveis. A pressão da 
água induzida pela cobertura 
impermeável é superior a pressão 
atmosférica. A recarga é lenta, feita 
lateralmente numa zona limitada 
exposta à superfície. Varia pouco com 
as estações do ano. 
. 
 
ÁGUAS DAS SUPERFÍCIES 
 
São as águas que escoam ou 
acumulam na superfície do solo, 
como os rios, riachos, lagos, lagoas, 
pântanos. 
 
 
Manancial Superficial 
 
Requisitos mínimos dos 
mananciais: 
 
 
 
ASPECTOS 
QUANTITATIVOS QUALITATIVOS 
 
Vazões 
Físico 
Químico 
Biológico 
bacteriológico 
QUALIDADE DA ÁGUA 
 
Água potável: água para consumo 
humano cujos parâmetros 
microbiológicos, físicos, químicos e 
radioativos, atendam ao padrão de 
potabilidade e que não ofereça 
riscos à saúde 
Padrão de potabilidade: define 
valores máximos permitidos para 
parâmetros físicos, químicos e 
bacteriológicos – Portaria nº 2914, 
de 12/12/2011 –Ministério da Saúde 
Padrões de qualidade da água: 
Segundo a CONAMA 357/2005, as 
águas são classificadas de acordo 
com seu grau de salinidade em 
águas doces, salobras e salinas, ela 
também determina as condições e 
padrões de lançamentos de 
efluentes. 
 
Principais fatores que alteram a qualidade da água dos mananciais: 
 
Urbanização, Erosão e assorea-mento, 
desmatamento e supressão da mata 
ciliar, recreação e lazer, indústrias e 
minerações, resíduos sólidos, 
atividades e resíduos agrí-colas, 
esgotos domésticos, cargas difusas, 
acidentes. 
 
Medidas de Controle 
Caráter corretivo: medidas que 
visam corrigir uma situação 
existente, para melhorar a qualidade 
das águas. 
 
Portal da copa/ME (victoria.camara) 
Copa 2014.imprensa@esporte.gov.br 
 
 
 
Caráter preventivo: medidas que 
evitam ou minimizam a piora na 
qualidade das águas 
 
Controle Corretivo Controle Preventivo 
 
1. Implantação de ETEs nas fontes 
poluidoras localizadas na bacia 
hidrográfica do manancial 
 
2. Medidas aplicadas ao manancial, 
tais como remoção de algas, combate a 
insetos, crustáceos e moluscos, remoção 
do lodo e sedimentos, aeração da 
água, eliminação de microrganismos 
patogênicos e da vegetação aquática 
superior. 
 
3. Instalação de ETA adequada à 
qualidade da água bruta 
• Implantação de sistemas de coleta, 
transporte e tratamento de esgotos 
• Remoção de nutrientes e patógenos 
em sistemas de tratamento de 
esgotos 
• Planejamento do uso e ocupação do 
solo 
• Controle da erosão, do escoamento 
superficial e da vegetação. 
• Controle da qualidade da água das 
represas 
• Avaliação prévia de impactos 
ambientais 
• Instalação e ampliação de sistemas 
de tratamento de efluentes de 
acordo com novas demandas 
 
 
 
 
 
Algas. Domínio Público 
https://c1.staticflickr.com/6/5652/30712939556_5e 
4a680640_b.jpg 
 
41 
mailto:2014.imprensa@esporte.gov.br
42 
 
SELEÇÃO DO MANANCIAL 
Alguns Fatores influenciam na seleção dos mananciais tais como: Garantia de 
fornecimento da água em quantidade e qualidade adequadas, próximo ao local 
de consumo, Desnível que podem desfavorecer a escolha, Locais favoráveis à 
construção da captação (acesso, infraestrutura, etc.), Transporte de sedimentos 
pelo curso de água. 
 
Atenção!!! 
A escolha do manancial se constitui na decisão mais importante na implantação 
de um sistema de abastecimento de água, seja ele de caráter individual ou 
coletivo. Para exsta seleção é necessário a realização de estudos técnicos, 
econômicos e ambientais. 
 
CONCEPÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 
 
 
Sua definição deverá levar em conta os seguintes critérios: 
 
1º critério: previamente é 
indispensável a realização de análises 
de componentes orgânicos, 
inorgânicos e bacteriológicos das 
águas do manancial, para verificação 
dos teores de substâncias 
prejudiciais, limitados pela resolução 
Conselho Nacional do Meio 
Ambiente. 
A resolução Conama 357-2005 em 
substituição a 20-1986, Dispõe sobre a 
classificação dos corpos de água e 
diretrizes ambientais para o seu 
enquadramento, bem como 
estabelece as condições e padrões de 
lançamento de efluentes, e dá outras 
providências. 
43 
 
2º critério: 
Verificar as vazões mínima do 
manancial, necessária para atender a 
demanda pelo período de projeto; 
Estas informações são encontradas nas 
agencias reguladoras regionais. 
 
3º critério: Levar em consideração 
mananciais que dispensam trata- 
mento como as águas subterrâneas 
não sujeitas a qualquer possibi-idade 
de contaminação; 
 
4º critério: Considerar os mananciais 
que exigem apenas desinfecção como 
as águas subterrâneas e certas águas 
de superfície bem protegidas, sujeitas 
a baixo grau de contaminação; 
5º critério: mananciais que exigem 
tratamento simplificado como os 
mananciais protegidos, com baixos 
teores de cor e turbidez, sujeitas 
apenas a filtração lenta e 
desinfecção; 
 
6º critério: E por último mananciais 
que exigem tratamento convencio- 
nal que compreendem basicamente 
as águas de superfície, com turbidez 
elevada, que requerem tratamento 
com coagulação, floculação, decan- 
tação, filtração e desinfecção. 
 
 
 
Escolha do Manancial e do Local para Implantação da Captação 
 
 
Deve-se utilizar estudos tais como: levantamento do Mapa geográfico do tipo 
planialtimétrico; Estimativa da vazão mínima dos mananciais, nos pontos mais 
indicados para captação, assim como o conhecimento das vazões disponíveis para 
captação segundo o órgão responsável pela gestão dos recursos hídricos; 
Levantamento sanitário da bacia hidrográfica a montante dos possíveis pontos de 
captação, incluindo a caracterização dos principais usos da terra e da água, com 
atenção especial para as atividades degradadoras da vegetação e poluidoras da 
água, do solo e do ar; Escolha do Manancial e do Local para Implantação dos 
possíveis pontos de captação; Conhecimento dos usos da água a jusante dos 
pontos de captação em estudo; Características físicas, químicas e biológicas da 
água e avaliação do transporte dos sólidos, em épocas representativas do ano, 
nos pontos cogitados para a localização da captação; Avaliação do transporte de 
sedimentos, entre outros. 
44 
 
Condições do local de captação 
 
 
• Apresentar vazão demandada e a vazão residual, necessárias; 
• Situar-se a montante de focos de poluição; 
• Situar-se em cota altimétrica superior à localidade a ser abastecida; e que 
resulte menor desnível geométrico em relação à localidade; 
• Assegurar condições de fácil entrada da água em qualquer época do ano; 
• Executar o mínimo de alteração no curso de água; 
 
 
Finalidades Básicas 
• Garantir entrada de água para o sistema de abastecimento em quantidades 
suficientes à requisitada (demanda) em qualquer época do ano 
• Assegurar, tanto quanto possível, a melhor qualidade da água do manancial a 
ser utilizado. 
• Constituir a melhor alternativa em termos técnicos, econômicos, ambientais, 
sociais e de operação e manutenção ao longo do tempo. 
 
 
VOLTANDO AO DESAFIO 
Agora a Luz do conhecimento adquirido resolva a questão. 
 
RESUMINDO 
 
Elabore um texto, em parceria com um colega, que sintetize os principais 
assuntos desenvolvidos neste capitulo 
 
 
 
 
 
 
Captação 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://bit.ly/2E3zdyd 
 
 
 
 
“A água de boa qualidade é como a saúde ou a 
liberdade: só tem valor quando acaba.” 
 
Guimarães Rosa 
 
Conhecer as partes que compõem uma captação e definir os tipos de captação 
existentes e o melhor local para instalá-la; especificar a grade e o desarenador a 
ser adotado justificando sua utilização, dimensionar uma unidade de tomada, 
uma grade e um desarenador. 
Quando à necessidade de regularizar 
as vazões ou elevar o nível d’água 
utiliza-se barragem, vertedor ou 
enrocamento 
Tomada de água 
Gradeamento 
Desarenador 
Dispositivos de controle 
Canais e tubulações 
OBJETIVO: 
UM DESAFIO PARA VOCÊ 
 
 
CONVERSANDO SOBRE O TEMA 
CAPTAÇÃO 
É um conjunto de estruturas e 
dispositivos, construídos ou 
montados junto a um manancial, 
para a retiradade água destinada a 
um sistema de abastecimento. 
 
 
 
Superficiais: Córregos, Rios, Lagos, 
Represas 
 
Subterrâneas: Aquíferos freático e 
artesiano 
 
Uma captação é constituída pelas seguintes partes: 
 
 
BARRAGEM 
 
Barragem da UHE Rio Novo, Avaré 
 
 
Uma barragem, açude ou represa, é uma 
barreira artificial, feita em cursos de água 
para a retenção de grandes quantidades 
de água. A sua utilização é, sobretudo para 
o abastecimento de água em zonas 
residenciais, agrícolas, industriais, 
produção de energia elétrica e hidráulica 
ou regularização de um caudal. 
Com os conhecimentos que serão adquiridos neste capítulo, escolha o local 
adequado para a implantação de uma captação incluindo todas as variantes 
necessárias para a efetivação da mesma. 
 
46 
47 
Os vertedores são instrumentos 
hidráulicos que tem por finalidade a 
medição da vazão em cursos de água 
naturais e em canais construídos, 
assim como no controle do 
escoamento em galerias, canais e 
barragens. 
VERTEDOR 
 
https://bit.ly/2RSN9P8 
 
ENROCAMENTO 
 
Nova Orla de Olinda – Obras de enrocamento (contenção 
do mar). 
 
 
https://c1.staticflickr.com/1/290/18674543742_3bc0426f1f_ 
b.jpg 
O enrocamento é um dispositivo 
amortecedor formado por estrutura 
executada em pedra, destinado à 
proteção de taludes e canais, contra 
efeitos erosivos ou solapamentos, 
causados pelos fluxos de água. Em 
alguns casos serve também, para elevar 
o nível de água de um manancial. 
 
 
CAPTAÇÃO DE ÁGUAS SUPERFICIAIS 
 
As obras de captação devem ser 
projetadas e construídas com a 
finalidade de funcionarem ininter- 
ruptamente em qualquer época do 
ano, a retirada de água para o 
sistema de abastecimento deve ser 
em quantidade suficiente e com a 
melhor qualidade possível, além de 
viabilizarem o acesso para a operação 
e manutenção do sistema. https://bit.ly/2vVz7TG, via Wikimedia Commons 
48 
 
Atenção!!! 
Deve-se tomar cuidados na escolha do local de captação como evitar locais 
sujeitos à formação de bancos de areia, locais com margens instáveis, dando 
preferência a locais não sujeitos a inundações garantindo o acesso em qualquer 
tempo e com condições topográficas e geotécnicas favoráveis. Em relação a 
captação em cursos de água o ideal é que tenha o menor percurso com menores 
alturas de transposição. 
CAPTAÇÃO EM CURSOS DE ÁGUA 
 
Tomada de água pode ser feita por meio de barragem de nível, gradeamento, 
caixa de areia e estação elevatória. 
 
 
Fonte: TSUTYA (2006) 
 
 
Fonte: TSUTYA (2006) 
49 
QUANTIDADE DE ÁGUA 
 
 
Quando nos referimos à quantidade de água a ser captada deve-se levar em 
consideração que a situação ideal é aquela cuja vazão é suficiente no período de 
estiagem, podendo ser feita diretamente da correnteza. 
 
 
BARRAGENS DE ELEVAÇÃO DE 
NÍVEL 
 
É uma das soluções de que se lança 
mão, quando a captação direta não 
pode ser utilizada, pelo simples fato 
do riacho apresentar uma lâmina 
d’água de pequena altura, ou seja a 
vazão é suficiente mais o nível é baixo 
. A finalidade da barragem nada mais 
é do que elevar o nível da água no 
local da captação, permitindo assim 
uma lâmina de altura satisfatória. 
Esse procedimento não regulariza as 
vazões. 
BARRAGENS DE 
REGULARIZAÇÃO 
 
A regularização de vazões consiste 
em armazenar as reservas hídricas 
durante o período chuvoso para 
utilizá-las, gradativamente, na 
complementação das demandas 
hídricas no período de estiagem. É 
utilizada Quando as vazões mínimas 
do curso de água são inferiores e as 
médias são superiores as 
necessidades de consumo, ou seja, 
esta vazão é insuficiente na estiagem, 
mas na média ela é suficiente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Barragem_de_ 
Itaipu_(8155763889).jpg 
ATENÇÃO!!! 
Quando existe vazão, mas está é inferior ao consumo previsto deve-se buscar 
outro manancial ou utilizar de forma complementar as vazões de outro 
manancial. 
50 
• o nível mínimo no local da 
captação para que a entrada de 
secção permaneça sempre afogada; 
• o nível máximo para que não haja 
inundações danosas às instalações 
de captação. 
• a velocidade de escoamento; 
• a estabilidade das estruturas; 
• a proteção contra correnteza; 
• a proteção contra desmorona- 
mentos; 
• a proteção contra obstruções 
utilizando grades, telas ou crivos. 
QUALIDADE DA ÁGUA 
 
 
Com a finalidade de se garantir a 
qualidade da água, quando se trata 
de rios, deve se atentar para o fato de 
que a captação deve ser instalada a 
montante das descargas poluidoras. 
Em reservatórios a captação deve ser 
instalada de forma que não ocorra 
nem tão superficial, nem tão 
profunda, uma vez que podem 
ocorrer problemas de natureza física, 
química e biológica. 
 
Quando nos referimos a problemas 
que envolvem Natureza Física deve- 
se atentar para o fato de que podem 
ocorrer tanto na superfície quanto 
em profundidade. 
 
Quando os problemas são na 
superfície se tratam de ações físicas 
danosas como os ventos, correntezas, 
impactos de corpos 
afluentes, já quando nos referimos a 
problemas que ocorrem em 
profundidade observa-se que são 
gerados uma maior quantidade de 
sedimentos em suspensão o que 
encarece ou dificulta a remoção da 
turbidez no processo de tratamento. 
 
Quanto aos problemas de Natureza 
Química verifica-se que eles tendem 
a apresentarem em sua superfície 
maior teor de dureza, de ferro e 
manganês e, quando nos referimos 
aos problemas de Natureza Biológica, 
nas camadas superiores da massa de 
água pode ocorrer uma maior 
proliferação de algas, gerando assim 
um odor desagradável e um gosto 
ruim; já em profundidade dependerá 
da zona fótica, ou seja, da presença 
de luz, podendo ser encontrado 
massa biológica de plânctons. 
 
 
 
GARANTIA DE FUNCIONAMENTO 
 
Para garantir o funcionamento adequado de uma captação devemos nos 
atentar para: 
 
51 
TOMADA DE ÁGUA 
 
É o conjunto de dispositivos destinado 
a conduzir a água do manancial para 
as demais partes constituintes da 
captação. Ocorre em todo tipo de 
captação. 
 
 
 
 
 
Destacaremos alguns tipos de tomada de água de acordo com seu grau de 
complexibilidade: tubulação de tomada; caixa de tomada; canal de derivação; 
poço de derivação; tomada de água com estrutura em balanço; captação 
flutuante; torre de tomada. 
 
TUBULAÇÃO DE TOMADA 
 
É um dispositivo constituído por tubulação simples, que conduz a água desde o 
manancial até a unidade seguinte. A tubulação de tomada é provida de um crivo 
em sua extremidade de montante, localizado dentro do curso de água. 
 
TUBULAÇÃO DE TOMADA COM CRIVO 
 
 
 
 
Fonte: Haddad 1997 
A tubulação de tomada com crivo pode descarregar em um desarenador, em uma 
caixa de passagem, em um poço de sucção de uma elevatória, ligada diretamente 
a sucção de uma bomba. 
IMPORTANTE!!! 
(segundo a NBR 12213 - Projeto de 
captação de água de superfície para 
abastecimento público) a velocidade 
nas tubulações/canais da tomada de 
água deverá ser maior ou igual a 
0,60 m/s e, sempre deve-se prever 
dispositivo anti vórtice. 
52 
TUBULAÇÃO DE TOMADA COM TUBOS PERFURADOS 
 
 
É utilizado quando a margem do curso de água apresenta pequena declividade 
ou quando a lamina d’água é de pequena espessura. 
 
DACACH ( 1975) 
 
TUBULAÇÃO DE TOMADA COM BOMBAS ANFÍBIAS 
 
 
Se utiliza quando a tomada de água 
se dá de forma direta por meio de 
um conjunto moto bomba neste 
caso com bombas anfíbias, que são 
equipamentos instalados dentro do 
curso de água. 
Esta é uma solução que dispensa a 
construção da casa de bombas, 
minimizando assim obras nas margens 
do manancial, necessitando de uma 
altura mínima de nível de água para 
sua instalação, porem não ficam 
limitadas a problemas de altura 
máxima de sucção 
 
 
 
 
 
HIGRA INDUSTRIAL LTDA (2003) 
53 
DIMENSIONAMENTO DE UMA UNIDADE DE TOMADA 
 
FORMULA DE HAZEN-WILLIAMS: Cálculo da perda de carga na tubulação de 
tomada. 
 
 
J = Perda de carga unitária (m/m) 
Q = Vazão (m³/s)C = Coeficiente adimensional do material 
D = Diâmetro (m) 
 
MÉTODO DE HAZEN-WILLIAMS 
 
Na tabela abaixo são apresentados os valores do coeficiente C para os tubos 
mais usados atualmente: 
 
EQUAÇÃO GERAL: Para cálculo 
das perdas localizadas. 
 
Hf = ∑K . (v² / 2g) 
 
Hf = Perda de carga (m) 
K = Coeficiente da perda de 
carga do acessório (adimensio- 
nal) 
V = velocidade média do 
escoamento no duto (m/s) 
g = aceleração da gravidade 
(m/s²) 
 
 
 
VAZÃO DE CAPTAÇÃO 
 
Q = (P. qpm. K1) / T.3600 
 
Q = Vazão(m³/s) 
P = População de Projeto (habitantes) 
K1= Coeficiente de reforço do dia de 
maior consumo 
T = Tempo de funcionamento (h/dia) 
qpm= consumo per capto médio 
DIÂMETRO DA TUBULAÇÃO 
D = (4Q) / πv)0,5 
D = Diâmetro (mm) 
Q = Vazão(m³/s) 
v = velocidade (m/s) 
Hf = J . L 
J= 10,643 . Q1,85 . C-1,85 . D-4,87 
TIPO DE TUBO C 
Aço soldado com 30 anos de uso 75 
Aço soldado com 20 anos de uso 90 
Ferro fundido, usado 90 
Ferro fundido, com 15 anos de uso 100 
Ferrofundido,c/argamassa de cimento 130 
Aço galvanizado, usado 100 
Aço galvanizado, com costura 125 
Aço galvanizado sem costura, novo 130 
Cobre e latão 130 
Plástico PVC, até 75 mm 125 
Plástico PVC, até 100 mm 135 
Plástico PVC, mais de 100 mm 140 
 
54 
VELOCIDADE DA ÁGUA NA 
TUBULAÇÃO 
 
v = (4 Q)/(π D²) 
 
D = Diâmetro (mm) 
Q = Vazão(m³/s) 
v = velocidade (m/s) 
PERDA DE CARGA TOTAL 
 
Hft= Hf1+Hf2+... 
 
Hft= Perda de carga total (m) 
Hf1=Hf2= Perda de carga no acessório 
(localizada) 
 
COEFICIENTE K PARA ACESSÓRIOS 
 
 
PEÇA K PEÇA K 
AMPLIAÇÃO GRADUAL 0,30* JUNÇÃO 0,40 
BOCAIS 2,75 MEDIDOR VENTURI 2,50** 
COMPORTA ABERTA 1,00 REDUÇÃO GRADUAL 0,15* 
CONTROLADOR DE VAZÃO 2,50 REGISTRO DE ÂNGULO ABERTO 5,00 
COTOVELO DE 90º 0,90 REGISTRO DE GAVETA ABERTO 0,20 
COTOVELO DE 45º 0,40 REGISTRO DE GLOBO ABERTO 10,00 
CRIVO 0,75 SAÍDA DE CANALIZAÇÃO 1,00 
CURVA DE 90º 0,40 TÊ PASSAGEM DIRETA 0,60 
CURVA DE 40º 0,20 TÊ SAÍDA DE LADO 1,30 
CURVA DE 22,5º 0,10 TÊ SAÍDA BILATERAL 1,80 
ENTRADA NORMAL EM CANALIZAÇÃO 0,50 VÁLVULA DE PÉ 1,75 
ENTRADA DE BORDA 1,00 VÁLVULA DE RETENÇÃO 2,50 
EXISTÊNCIA DE PEQUENA DERIVAÇÃO 0,03 VELOCIDADE 1,00 
(*)COM BASE NA VELOCIDADE MAIOR (seção menor) (**)RELATIVA A VELOCIDADE NA CANALIZAÇÃO 
 
TUBULAÇÃO DE TOMADA 
 
EXERCÍCIO 01 
Dimensionar uma tubulação de tomada de uma captação de água de superfície 
destinada a uma comunidade com população de projeto de 2000 habitantes, 
consumo per capita médio de água macromedido de 150 L/hab.dia e coeficiente 
do dia de maior consumo (k1) igual a 1,2. As unidades de produção de água 
deverão ser projetadas para funcionarem no máximo 16 horas por dia. O 
comprimento da tubulação de tomada é de 5 m e ela descarrega num poço de 
tomada. 
Adotar: 
C= tubo de ferro fundido revestido internamente com argamassa de cimento. 
(TABELA) 
crivo comercial : (TABELA) 
válvula de gaveta: (TABELA) 
saída de tubulação: (TABELA) 
Vazão da ETA = 3% 
55 
EXERCÍCIO 02 
Dimensionar uma tubulação de 
tomada de uma captação de água de 
superfície destinada a uma 
comunidade com população de 
projeto de 19420 habitantes, consumo 
per capita médio de água 
macromedido de 200 L/hab.dia e 
coeficiente do dia de maior consumo 
(k1) igual a 1,2. As unidades de 
produção de água deverão ser 
projetadas para funcionarem no 
máximo 20 horas por dia. 
O comprimento da tubulação de 
tomada é de 150 m e ela descarrega 
num poço de tomada. 
Adotar: 
 
Tubo de PVC, crivo comercial, válvula 
de gaveta, saída de tubulação: 
Vazão da ETA = 4% 
Grande Consumidor= 7L/s 
 
 
 
 
b) CAIXA DE TOMADA 
 
É empregada quando o curso de água 
apresenta regime de escoamento 
torrencial ou rápido. Isso coloca em 
risco a estabilidade de tubulações, 
pela possibilidade da colisão destas 
com sólidos transportados pelo curso 
de água em épocas de fortes chuvas. 
 
Nessas situações, é mais indicado que 
a tubulação de tomada seja 
substituída por uma caixa de tomada 
instalada na margem do curso de 
água. 
As caixas de tomada são dotadas de 
grade em sua entrada. 
 
 
 
 Fonte: Haddad 1997 
56 
c) CANAL DE DERIVAÇÃO 
 
É utilizado em captações de médio ou 
grande portes, cumprindo ao mesmo 
tempo as funções da caixa de tomada 
e do canal que interliga a unidade 
subsequente. 
Não se aplica a captações de pequena 
vazão devido à prescrição da 
velocidade mínima de 0,60m/s. 
 
Canais para pequenas vazões com 
essa velocidade teriam dimensões 
diminutas para viabilizar sua 
construção e manutenção. 
 
Geralmente os canais de derivação 
são dotados de grade em sua entrada. 
 
Canal de derivação e desarenador afastado da margem do curso de água 
 
 
Fonte: Haddad 1997 
 
Canal de derivação e desarenador posicionados junto ao curso de água 
 
 
Fonte: Haddad 1997 
 
d) POÇO DE DERIVAÇÃO 
 
Consiste de uma tubulação construída na margem de rios ou ribeirões que seja 
inundável e que apresente declividades acentuadas. 
57 
Poço de derivação com apenas uma tomada de água 
 
 
Fonte: Haddad 1997 
 
 
Quando a variação de nível de água do rio for acentuada, pode-se adotar mais de 
uma tubulação de tomada. 
 
Poço de derivação com duas tubulações de tomada 
 
Fonte: TSUTYA (2006) 
 
e) TOMADA DE ÁGUA COM ESTRUTURA EM BALANÇO 
 
A tomada de água é feita por um 
conjunto moto bomba, Resistente à 
abrasão, que fica suspenso dentro 
do curso de água, por meio de uma 
corrente integrada a uma talha que 
pode se movimentar ao longo de 
uma viga em balanço. 
Aplica-se a rios com grande oscilação 
do nível de água, tanto em 
profundidade como no afastamento 
às margens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: TSUTYA (2006) 
 
f) CAPTAÇÃO FLUTUANTE 
 
É aplicado em lagos e represas ou 
em rios com regime de escoamen- 
to tranquilo, sem arraste frequente 
de sólidos flutuantes de grandes 
dimensões. torre de tomada), de 
custo mais elevado. 
Tem sido mais utilizada em sistemas de 
pequenas e médias comunidades (como 
uma alternativa mais econômica as torre 
de tomada), de custo mais elevado. 
58 
Fonte: TSUTYA (2006) 
59 
 
Pode ser de três diferentes tipos: 
 
• com motor e/ou bomba não 
submersíveis, instalados em balsa. 
 
• com conjunto motobomba 
submersível suspenso por 
flutuadores. 
 
• com tomada de água flutuante. 
 
 
 
 
 
 
A adoção de uma ou de outra das duas primeiras alternativas vai depender da 
realização de estudo técnico-econômico comparativo. 
 
 
 
Há a tendência de que a alternativa 
com balsa seja mais vantajosa nos 
sistemas de maior porte (com maiores 
vazões de captação), enquanto que a 
modalidade que emprega flutuadores 
é mais indicada para as captações de 
menores vazões. 
A terceira modalidade, em que 
apenas a tomada de água é flutuante, 
tem a sua viabilidade econômica 
depende da variação do nível do 
manancial; da topografia; da geologia 
e da extensão da área inundável no 
local onde ficará o poço que irá 
receber a água da tomada flutuante. 
 
 
 
Qualquer que seja a modalidade de captação flutuante escolhida, deverá ser 
dada atenção especial à ancoragem da estrutura flutuante, principalmente 
quando ela é instalada em rios, em que a ação de arraste pela água é mais 
significativa. 
 
Outra característica: é a necessidade de que a tubulação seja flexível, o que é 
facilitado pela existência de tubos de material plástico de grande resistência a 
esforços internos e externos. 
A captação com conjunto motobomba 
não submersível instalado em balsa 
aplica-se a situações em que não seja 
economicamente indicada a utilização 
de conjuntos submersíveis. 
 
Em contrapartida, tem-se que a 
alternativa de conjunto motobomba 
submersível suspenso por flutuadores 
tende a apresentar menor custo do 
que a construção da balsa. 
60 
 
GRADEAMENTO 
 
Grades e telas são dispositivos para reterem materiais flutuantes ou em 
suspensão de maiores dimensões. 
g) TORRE DE TOMADA 
É a modalidade em que a tomada de água é 
feita por meio de uma torre de grandes 
dimensões, com entradas de águaem 
diferentes níveis. 
 
Pelo seu maior custo é indicado para 
grandes sistemas de abastecimento de água 
(captação se faz em lagos, em reservatórios 
de regularização de vazão ou em grandes 
rios) com grande variação no 
posicionamento do nível de água. 
 
A NBR 12213 estabelece que a sua 
utilização deve ser precedida de estudo 
técnico-econômico que considere também 
as outras alternativas tecnicamente viáveis. 
 
 
 
 
 
 
As grades são constituídas de barras 
paralelas e destinam-se a impedir a 
passagem de materiais grosseiros. 
 
As telas são formadas por fios 
formando malhas que têm por 
finalidade reter materiais flutuantes 
não retidos na grade. Ou seja, as telas 
devem ser sempre instaladas após as 
grades. 
Existem dois tipos de grades: Grade 
grosseira e grade fina. 
 
Em cursos de água sujeitos a regime 
torrencial e quando corpos 
flutuantes de grandes dimensões 
possam causar danos às instalações 
de grades finas ou telas, devem ser 
previstas as instalações de grades 
grosseiras. 
ATENÇÃO !!! 
 
Tomada de água em rios ou 
represas com grande variação 
do nível de água devemos 
deve-se utilizar torre de 
tomada ou captação flutuante. 
61 
 
Espessuras das barras 
Grade grosseira: 3/8” (0,95 cm), 7/16” (1,11 cm) ou 1/2” (1,27 
cm); 
Grade fina: 1/4” (0,64 cm), 5/16” (0,79 cm) ou 3/8” (0,95 cm). 
Grade grosseira: destinada à retenção de material de dimensões superiores a 7,5 
cm (cursos de água sujeitos a regime torrencial). 
O espaçamento entre as barras paralelas é de 7,5 cm a 15 cm. 
 
Grade fina: é utilizada para a retenção de material de dimensões inferiores a 7,5 
cm. 
 
A distância entre as suas barras paralelas varia entre 2 cm e 4 cm. 
As Telas devem ter de 8 a 16 fios por decímetros. 
 
 
 
Quanto maior a altura da grade, 
maior deve ser sua espessura, para 
conferir-lhe maior rigidez . 
 
As grades ou telas sujeitas à 
limpeza manual exigem inclinação 
para jusante de 70° a 80° em 
relação a horizontal e passadiço 
para fácil execução dos serviços de 
manutenção. 
Na seção de passagem, corres- 
pondente ao nível mínimo de água, a 
área das aberturas da grade deve ser 
igual ou superior a 1,7 cm² por litro 
por minuto, de modo que a 
velocidade resultante seja igual ou 
inferior a 10 cm/s, sendo as perdas de 
carga avaliadas admitindo obstrução 
de 50% da seção de passagem. 
 
 
PERDA DE CARGA 
A perda de carga nas grades e telas pode ser determinada através da 
equação: 
h= k(v²/2g) 
Onde: 
h = perda de carga (m) 
V = velocidade média de aproximação (m/s) 
G = aceleração da gravidade (m/s²) 
K = coeficiente de perda de carga , função dos parâmetros geométricos 
das grades e telas (adimensional). 
62 
 
Em grades, o coeficiente de perda 
de carga pode ser determinado 
por: 
 
K = β ( s/b )1,33 senα 
 
• β = coeficiente, função da forma 
da barra; 
• s = espessura das barras; 
• b = distância livre entre barras 
• α = ângulo da grade em relação à 
horizontal 
 
Em telas, o coeficiente de perda de 
carga pode ser determinado pela 
equação: 
K = 0,55 ((1 – ε²) / ε²) 
 
ε = porosidade, razão entre a área 
livre e a área total da tela, sendo: 
 
Para tela de malha quadrada: ε = (1 – 
nd)² 
 
Para tela de malha retangular: ε = (1 
– n1d1) (1 – n2d2) 
 
n, n1, n2 = número de fios por 
unidade de comprimento; 
 
d, d1, d2 = diâmetro dos fios. 
COEFICIENTE DE PERDA DE CARGA 
 
 
 
LIMPEZA GRADES 
 
Em obras de captação com vazão 
superior a 500 l/s, ou em mananciais 
que, por suas características, exigem 
limpeza frequente das grades finas, 
deve ser estudada a possibilidade de 
empregar equipamento mecânico. 
As barras e os fios que constituem as 
grades e as telas devem ser de 
material anticorrosivo ou protegido 
por tratamento adequado. 
 
Grades e telas podem ser de limpeza 
manual ou mecanizada. Os 
equipamentos de limpeza 
mecanizada, pelo seu elevado custo, 
são restritos às captações de grandes 
vazões (>1m3/s). 
63 
 
GRADES: FORMA GEOMÉTRICA SEGUNDO A SEÇÃO TRANSVERSAL DAS BARRAS 
 
 
 
 
Formas geométricas e coeficiente b das seções transversais das barras de grades 
Fonte: ABNT (1992) 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 3 
 
Dimensionar uma grade para 
captação de 200 l/s num ribeirão 
utilizando caixa de tomada. O 
manancial apresenta regime de 
escoamento torrencial em períodos 
de chuva, com transporte de sólidos 
flutuantes de grandes dimensões. As 
alturas das lâminas de água mínima e 
máxima do ribeirão sobre a laje de 
fundo da caixa de tomada (colocada a 
0,40m acima do leito do curso de 
água) são respectivamente de ) 0,30 
m e 1,20m. 
 
Fonte: TSUTYA (2006) 
EXERCÍCIO 4 
Dimensionar uma grade para captação de 150 l/s num ribeirão utilizando caixa de 
tomada. O manancial apresenta regime de escoamento torrencial em períodos de 
chuva, com transporte de sólidos flutuantes de grandes dimensões. As alturas das 
lâminas de água mínima e máxima do ribeirão sobre a laje de fundo da caixa de 
tomada (colocada a 0,50m acima do leito do curso de água) são respectivamente 
de ) 0,4 m e 1,50m 
 
 
 DESARENADOR – CAIXA DE AREIA 
 
 
São dispositivos por onde as águas 
passam com velocidade reduzida, 
havendo um processo de 
sedimentação. 
 
É uma instalação complementar que 
tem por finalidade remover da água 
captada a areia de uma dada 
granulometria. 
 
Segundo a NBR 12213 deve ser 
utilizada quando o curso de água 
apresenta transporte intenso de 
sólidos (concentração ≥ 1,0 g/L). 
São geralmente projetados com 
seção retangular em planta. O seu 
comprimento é pelo menos 3 vezes 
maior do que a sua largura. 
 
O dimensionamento consiste na 
determinação do comprimento L, 
necessário para que o grão de areia 
que estiver entrando na parte 
superior do desarenador (situação 
mais desfavorável) nele fique retido 
ao final do seu movimento 
descendente até o fundo do 
desarenador. 
 
 
 Condições para projeto de desarenadores (NBR 12213) 
 
O desarenador deve ser instalado entre a tomada de água e a adutora; 
 
 
64 
 
Fonte: TSUTYA (2006) 
a) depósito capaz de acumular o 
mínimo equivalente a 10% do 
volume do desarenador; 
b) largura mínima (B) que facilite a 
construção e a limpeza do 
desarenador (e possibilite também 
que vh ≤ 0,30 m/s) 
Devem existir preferencialmente dois desarenadores, dimensionados, cada qual, 
para a vazão total, ou seja, um deles deve funcionar como unidade de reserva; 
 
O desarenador pode ser dispensado 
quando se comprovar que o 
transporte de sólidos sedimentáveis 
não é prejudicial ao sistema. Devem 
ser dimensionados para a 
sedimentação de partículas de areia 
com velocidade de sedimentação (vs) 
menor ou igual a 0,021m/s, com a 
finalidade de reterem partículas com 
diâmetro (d) maior ou igual 0,2 mm e, 
velocidade de escoamento horizontal 
(vh) menor ou igual 0,30 m/s. 
O comprimento do desarenador 
obtido no cálculo teórico deve ser 
multiplicado por um coeficiente de 
segurança maior ou igual a 1,5; 
 
O desarenador pode ser de nível 
constante ou variável. Sendo que no 
dimensionamento do desarenador de 
nível variável, devem ser consideradas 
as condições de operação para níveis 
máximos e mínimos. 
 
O desarenador com remoção por processo manual deve ter: 
 
65 
66 
 
Para compensar a turbulência na 
entrada e saída da caixa de areia 
aplica-se um coeficiente de 
segurança de 50% no 
comprimento da caixa. 
DIMENSIONAMENTO DE UMA CAIXA DE AREIA (DESARENADOR) 
 
CÁLCULO DA ÁREA: 
 
A = Q/Vs 
A= área (m) 
Q= vazão (m³/s) 
Vs= velocidade de sedimentação 
 
DETERMINAÇÃO DO 
COMPRIMENTO (L) 
 
L = A/b 
 
L = comprimento (m) 
A = área (m²) 
b = largura (m) (adotado) 
Para compensar a turbulência na 
entrada e saída da caixa de areia 
aplica-se um coeficiente de 
segurança de 50% no comprimento 
da caixa. 
L/b ≥ 4 
DETERMINAÇÃO DA 
PROFUNDIDADE (h) 
 
h = A/b 
 
h = profundidade (m) 
A = área (m²) Área transversal 
b = largura (m) (adotado) 
VL = velocidade longitudinal = 0,3 
m/s 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 5 
Calcularas dimensões da caixa de 
areia com os seguintes dados: 
 
• Vazão de projeto 
1ª Etapa: 350 l/s 
2ª Etapa: 490 l/s 
• Características das partícula a serem 
removidas: 
• Diâmetro médio ≥ 0,2 mm 
 
• Velocidade sedimentação ≤ 0,0211 
m/s 
EXERCÍCIO 6 
Dimensionar a caixa de areia de uma 
tomada d’água com uma vazão 
máxima de 0,5 m3/s. Estima-se uma 
quantidade de sólidos em suspensão 
de 0,1ml por m³ de água e se deseja 
que a caixa de retenção de areia 
tenha uma autonomia mínima de três 
dias. Adotar um coeficiente de 
segurança s=1,4. 
67 
 
EXERCÍCIO 7 
Dimensionar a caixa de areia de uma 
tomada d’água com uma vazão 
máxima de 200 litros/s. Estima-se 
uma quantidade de sólidos em 
suspensão e 0,075 ml por m3 de água 
e se deseja que a caixa de retenção de 
areia tenha uma autonomia mínima 
de uma semana. Adotar um 
coeficiente de segurança s=1,5. 
EXERCÍCIO 8 
Dimensionar a caixa de areia de uma 
tomada d’água com uma vazão 
máxima de 3,0 m3/s. Estima-se uma 
quantidade de sólidos em suspensão 
de 0,005 ml por m3 de água e se 
deseja que a caixa de retenção de 
areia tenha uma autonomia mínima 
de uma semana. Adotar um 
coeficiente de segurança s=1,4. 
 
 
 
 
VOLTANDO AO DESAFIO 
 
Agora a Luz do conhecimento adquirido resolva a questão. 
 
 
 
 
 
RESUMINDO 
 
Faça uma síntese abordando o Sistema de Captação, estudado neste capítulo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
68 
 
Dispositivos de 5 
Controle 
 
 
 
 
https://pxhere.com/pt/photo/1287888 
 
 
 
 
“O futuro da humanidade depende da água e o futuro 
da água depende da humanidade”. 
 
Kayky Santos de Almeida, aluno do 6º ano da Escola 
Municipal Marina Bragança de Mendonça 
69 
 
OBJETIVO: 
 
Conhecer alguns dispositivos de controle e compreender seu funcionamento. 
 
 
UM DESAFIO PARA VOCÊ 
 
Você saberia dizer que dispositivos utilizamos em um sistema de captação? Com 
o seu grupo faça um esquema mostrando o sistema de captação bem como os 
dispositivos neles utilizados, após uma visita a concessionária de água e esgoto 
da sua cidade. 
 
 
CONVERSANDO SOBRE O TEMA 
DISPOSITIVOS DE CONTROLE 
Os principais dispositivos utilizados em captações são as adufas, as comportas, 
os crivos, os registros, os registros automáticos de entrada, etc. 
 
ACESSÓRIOS 
 
 
a) Comportas 
 
São dispositivos de vedação 
constituídos, essencialmente, de uma 
placa movediça, que desliza em 
sulcos ou canaletas verticais. 
Instalados na maioria dos casos em 
canais e nas entradas de tubulações 
de grandes diâmetros. 
 
b) Adufas 
 
São peças semelhantes às comportas e 
são ligadas a um segmento de tubo. 
70 
c) Crivo 
 
Crivo é um substantivo que nomeia 
diversos objetos que possuem uma 
espécie de peneira, que possuem furos 
em diversos pontos usada para separar 
grãos, de acordo com o volume e a 
espessura. 
 
 
 
d) Registro 
 
As válvulas ou registros são 
dispositivos que permitem regular 
ou interromper fluxo de água em 
condutos fechados. São usadas 
quando se pretende estabelecer 
vedação no meio de trecho formado 
por uma tubulação longa. 
 
 
 
 
 
e) Registro automático de entrada 
 
São utilizados para manter um nível 
pré-estabelecido em reservatórios. O 
registro abre progressivamente à 
medida que o nível baixa. 
 
 
 
 
71 
 
f) Válvula controladora de nível 
 
A Válvula de Controle de Nível é uma 
válvula controlada hidraulicamente, 
que controla o enchimento do 
reservatório para manter o nível de 
água constante, independentemente 
da demanda, se instalado na saída do 
reservatório, mantém o nível mínimo 
do reservatório. 
 
 
 
g) Painel de Comando 
 
 
 
 
 
h) Canais e Tubulações 
 
72 
 
VOLTANDO AO DESAFIO 
 
Vamos resolver o desafio proposto? 
 
 
 
RESUMINDO 
 
Faça um levantamento indicando todos os dispositivos utilizado no Sistema de 
abastecimento visto até o momento 
 
 
 
 
 
 
 
 
73 
 
Consumo 6 de Água 
 
 
 
 
 
https://www.flickr.com/photos/agenciasenado/14532859200 
 
 
 
Lembre-se da sabedoria da água, ela nunca discute 
com um obstáculo, ela simplesmente o contorna. 
 
Augusto Cury 
http://www.flickr.com/photos/agenciasenado/14532859200
74 
 
OBJETIVO: 
Classificar e determinar os diversos tipos de consumo, como este consumo pode 
ser afetado, avaliar os diversos fatores que afetam o consumo, determinar as 
vazões de dimensionamento, classificar os diferentes tipos de perdas. 
 
 
 
UM DESAFIO PARA VOCÊ 
Faça com o seu grupo um levantamento sobre o consumo em seu bairro, que 
fatores afetam esse consumo, procure saber os tipos de perdas que ocorrem em 
seu bairro e proponha uma solução para a situação 
 
 
CONVERSANDO SOBRE O TEMA 
 
 
CONSUMO DE ÁGUA 
 
Estudos, segundo a ONU, 
recomendam que 110 litros por 
hábitantes /dia de água é o suficiente 
para suprir as necessidades básicas 
de consumo diário de uma pessoa. 
 
Os brasileiros consumam em média 
154 litros de água por dia, segundo o 
Sistema Nacional de Informações 
sobre Saneamento do Ministério das 
Cidades, divulgado em 2018. 
Determinarmos o consumo de água 
de uma população é importante 
para a operação, a ampliação e as 
melhorias a serem executadas no 
sistema 
 
Para tanto devemos determinar o 
consumo médio por habitante, a 
estimativa do número de 
habitantes atual e de projeto, bem 
como as variações de demanda, os 
consumos adicionais para reserva 
de incêndio, as áreas industriais e a 
limpeza pública. 
 
 
 
 
Também é de suma importância 
para o dimensionamento de 
tubulações, reservatórios e dos 
equipamentos a eles pertinentes. 
75 
 
Os consumos dão classificados como doméstico, comercial, industrial e público. 
Esta classificação é importante para identificar zonas homogêneas e estabelecer 
políticas tarifárias e de cobrança diferenciada. 
 
 
 
CONSUMO DOMÉSTICO DE ÁGUA 
 
Os fatores que afetam o consumo 
são as condições climáticas, os 
hábitos e nível de vida da 
população, as características da 
cidade e habitações, a medição da 
água e da pressão na rede, a Rede 
de esgoto e o preço da água. 
ÁGUA PARA USO INDUSTRIAL 
 
No caso das indústrias podemos 
discriminar a utilização da água de 
acordo com as seguintes categorias 
de uso: humano, doméstico, Água 
incorporada ao produto, Água 
utilizada no processo de produção, 
Água perdida ou para usos não 
rotineiros 
 
 
 
 O Consumo de água pode ser determinado por : 
 
 
• Micromedição – leitura dos 
hidrômetros 
 
https://bit.ly/2RTqYrW 
• Macromedição – leitura dos 
medidores instalados na saída de 
reservatórios ou em distritos de 
medições. 
 
 
 
 
• Ausência de Medições – consumo médio ou áreas semelhantes. 
76 
 
Quando se fala de demandas em uma instalação para abastecimento de água 
estamos falando da: 
 
• Qualidade, quantidade, pressão e continuidade 
• Demanda atual e futura (alcance de projeto) 
• Consumo no próprio sistema (limpeza de ETAs) 
• Perdas no sistema 
FATORES QUE AFETAM O CONSUMO DE ÁGUA 
 
 
Clima 
 
Regiões quentes e secas possuem 
consumo de água mais elevado se 
comparado à regiões frias e 
temperadas 
Quanto mais quente, maior o 
consumo. 
Também influenciam: a umidade e o 
índice pluviométrico 
Hábitos e nível de vida da população 
 
Quanto mais elevado o poder 
econômico e social da população, 
maior o consumo de água, 
decorrente de máquinas de lavagem 
de roupas, de pratos, de lavagem de 
automóveis, etc. 
 
 
Natureza da cidade 
 
Cidades com características 
industriais possuem maiores 
consumos do que, por exemplo, vilas 
operárias, cidades satélites e 
conjuntos habitacionais. 
Características do abastecimento 
d’água 
 
Variam de acordo com a qualidade da 
água distribuída; pressões na rede de 
distribuição; taxa de água; modo de 
distribuição (serviço medido); 
administração do serviço. 
 
Variações no consumo 
 
 
ANUAIS 
Tende a crescer com o tempo ( aumento da população ou 
melhoria nos hábitos de higiene). 
MENSAIS Aumento no verão e diminuição no inverno 
DIÁRIAS Aumento no verão e diminuiçãono inverno 
HORÁRIAS 
Aumento médio entre 10 e 12 horas ( função dos hábitos da 
população. 
 
77 
 
Consumo de Água: Variação Diária 
 
Coeficiente do dia de maior consumo 
(K1) 
1,2 < K1< 2,0 
Determinação da vazão de 
dimensionamento de partes de um 
sistema de fornecimento público de 
água, entre os quais: obras de 
captação, adução, elevatórias, 
reservação e estação de tratamento. 
 
Recomendação ABNT : K1 = 1,2 
 
 
Observe o quadro abaixo: 
Consumo de Água: Variação Horária 
 
Coeficiente do hora de maior 
consumo (K2) 
1,5 < K2 < 3,0 
Valor adotado para fins de projeto o 
valor 1,5. 
 
Esse coeficiente é utilizado quando se 
pretende dimensionar os condutos de 
distribuição propriamente ditos que 
partem dos reservatórios, pois 
permite conhecer as condições de 
maior solicitação nessas tubulações. 
Recomendação ABNT : K2 = 1,5 
 
 
Sistema de produção: A montante do 
reservatório 
Dimensionadas para atender a vazão 
média do dia de maior consumo do ano 
(K1) 
 
Sistema de distribuição 
Dimensionada para maior vazão de 
demanda que é a hora de maior consumo 
do dia de maior consumo (K1 K2) 
 
Reservatório 
Recebe a vazão constante (média do dia 
de maior consumo) e equilibra as 
variações horárias da demanda. 
 
ETA – Estação de Tratamento de Água 
Consome cerca de 1 a 5% do volume 
tratado para lavagem de filtros e 
decantadores 
 
VAZÕES DE 
DIMENSIONAMENTO 
 
Vazão da captação, estação 
elevatória e adutora até a ETA 
(inclusive) 
 
 
Vazão do reservatório até a rede 
 
 
Vazão da ETA até o reservatório 
 
78 
 
Perdas de Água 
 
 
PERDAS FÍSICAS OU REAIS PERDAS NÃO FÍSICAS E APARENTES 
Vazamento nas tubulações de distribuição e das ligações prediais Ligações clandestinas 
Extravasamento de reservatórios 
By-pass irregular no ramal das ligações 
“gato” 
 
 
Operações de descargas nas redes de distribuição e limpeza dos 
reservatórios 
 
Problemas de micromedição (hidrômetros 
inoperantes ou com submedição, fraudes, 
erros de leitura, problemas na calibração 
dos hidrômetros, entre outros). 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
01. Calcular as vazões de 
dimensionamento de um sistema 
de abastecimento de água, para 
atender uma população de 100 
000 habitantes com vazão 
industrial de 25 L/s, sendo o 
consumo per capita de água de 
200 L/hab.dia e um consumo na 
ETA de 3%. 
02. Calcular as vazões de 
dimensionamento de um sistema de 
abastecimento de água, para atender 
uma população de 278 000 habitantes 
com vazão industrial de 37 l/s, sendo o 
consumo per capita de água de 200 
L/hab.dia e um consumo na ETA de 
5%. 
 
 
 
 
 
 
79 
 
VOLTANDO AO DESAFIO 
Com base no que foi lhe apresentado resolva o problema. 
 
 
 
RESUMINDO 
 
Mostre a relevância do assunto abordado para sua comunidade 
 
 
 
 
 
 
 
Projeção 
Populacional 
 
 
 
 
https://immigrationreform.com/2016/06/30/why-true-immigration-reform-has-nothing- 
to-do-with-tearing-families-apart/ 
 
 
 
 
 
Com o aumento da população mundial, a crise da fome 
e sede se alastrará sem fronteiras. 
Erasmo Shallkytton 
7 
 
Diversos são os métodos aplicáveis para o estudo demográfico, 
destacando-se os seguintes: 
 
• Método dos componentes demográficos 
• Métodos matemáticos 
• Método da extrapolação gráfica 
OBJETIVO: 
 
Determinar a população de projeto de acordo com seu horizonte, conhecer os 
diversos métodos de para se obter a população futura. 
 
UM DESAFIO PARA VOCÊ 
 
Faça um estudo e determine a população de projeto de sua cidade para um 
horizonte de projeto de 25 anos 
 
CONVERSANDO SOBRE O TEMA 
 
PROJEÇÃO POPULACIONAL ESTUDO DA POPULAÇÃO 
 
As obras de abastecimento de água e 
sistemas de esgotos sanitários das 
cidades devem ser projetadas para 
atender a uma determinada 
população, em geral maior que a 
atual, correspondente ao crescimento 
demográfico em um certo número de 
anos. 
 
A esse período de tempo, chama-se 
de período do projeto ou plano do 
projeto, ou ainda, horizonte do 
projeto. 
 
Esse período tem variado entre 20 
e 30 anos, sendo comum adotar-se o 
período de 20 anos. 
 
Entretanto, se as obras previstas no 
projeto, forem construídas para 
atender o horizonte do projeto, nos 
anos iniciais haverá grande ociosidade 
o que significa onerar a população 
atual. 
 
Para que tal não aconteça, as obras 
que podem ser subdivididas deverão 
ser executadas em etapas. 
Período de alcance do projeto: 20 
anos ou mais 
 
 
Para a determinação do estudo da população é necessário a coleta de Dados 
populacionais dos últimos censos, Setores censitários da área de projeto, 
Cadastro imobiliário, Pesquisa de campo, Planos e projetos existentes, Planos 
diretores do município , Situação socioeconômica do município e Elaboração de 
projeções da população 
 
 
81 
82 
 
MÉTODO DOS COMPONENTES 
DEMOGRÁFICOS 
 
Exige o conhecimento de 
informações e dados estatísticos. 
Aplicação à última população 
conhecida da comunidade e podem 
ser usados dados de comunidades 
análogas. Projeção populacional 
adotada deve ser utilizada a cada 
levantamento do IBGE. 
 
• Tendências socioeconômicas do 
processo de metropolização 
• Tendências demográficas globais 
• Tendências de mortalidade 
• Tendência de fecundidade 
• Tendência migratória e população 
recenseada 
 
Pt = P0 + (N – M) + (I – E) 
Onde: 
 
Pt = população na data (t) 
P0 = população na data inicial (t0) 
N = nascimento no período (t – t0) 
M = óbitos no período (t – t0) 
I = imigrantes no períodos (t –t0) 
E = emigrantes no período (t – t0) 
MÉTODOS MATEMÁTICOS 
 
• Método aritmético 
• Método geométrico 
• Método da curva logística 
 
Método aritmético 
 
Considera o crescimento linear da 
população. Este método admite que 
a população varie linearmente com 
o tempo e pode ser utilizado para a 
previsão populacional para um 
período pequeno, de 1 a 5 anos. 
Para previsão por período muito 
longo, torna-se acentuada a 
discrepância com a realidade 
histórica, uma vez que o crescimento 
é pressuposto ilimitado. 
 
Em que: 
 
 
 
t representa o ano de projeção e P 
a população 
 
 
EXERCÍCIO 01. Com os dados censitários abaixo, solicita-se projetar a população 
(fixa) da cidade de Boa Esperança, para o ano de 2020. 
 
1960 .............................. 155 984 hab 
1970 .............................. 198 405 hab 
1980 .............................. 262 048 hab 
1990 .............................. 341 070 hab 
83 
 
Método Geométrico 
 
Este método considera para iguais períodos de tempo, a mesma porcentagem de 
aumento da população. Matematicamente, pode ser apresentada da seguinte 
forma: 
Considera o crescimento exponencial da população 
Em que: 
 
 
 
t representa o ano de projeção e P a população. 
EXERCÍCIO 02. Com os dados censitários abaixo, solicita-se projetar a população 
(fixa) da cidade de Boa Esperança, para o ano de 2020. 
 
1960 .............................. 155 984 hab 
1970 .............................. 198 405 hab 
1980 .............................. 262 048 hab 
1990 .............................. 341 070 hab 
 
 
Método da Curva Logística 
 
Neste caso, admite-se que o 
crescimento da população obedece a 
uma relação matemática do tipo curva 
logística, nos quais a população cresce 
assintoticamente em função do tempo 
para um valor limite de saturação (K). A 
curva logística possui três trechos 
distintos: o primeiro corresponde a um 
crescimento acelerado, o segundo a um 
crescimento retardado e o último a um 
crescimento tendente à estabilização. 
Entre os dois primeiros trechos há um 
ponto de inflexão. 
84 
 
1 0 2 
 
 
 
Onde: 
 
b – parâmetro que corresponde à 
razão de crescimento da 
população 
a – parâmetro tal que para T = a/b 
há uma inflexão (mudança no 
sentido da curvatura) da curva 
K – limite de P (saturação da 
população) 
t – intervalo de tempo entre o ano 
da projeção e t0 
Os parâmetros são determinados a 
partir de pontos conhecidos da curva 
P0(t0), P1(t1) e P2(t2) igualmente 
espaçados no tempo,ou seja, t0 = 0, t1 
= d, t2 =2d. 
 
Os pontos P0, P1 e P2 devem ser tais 
que: 
 
• P 2 > P . P 
• P0 < P1 < P2 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 03. Com os dados censitários abaixo, solicita-se projetar a 
população (fixa) da cidade de Boa Esperança, para o ano de 2020. 
 
1960 .............................. 155 984 hab 
1970 .............................. 198 405 hab 
1980 .............................. 262 048 hab 
1990 .............................. 341 070 hab 
85 
 
VOLTANDO AO DESAFIO 
 
Resolva o desafio proposto. 
 
RESUMINDO 
 
Faça um levantamento sobre o que você aprendeu no capítulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adutora 8 
 
https://www.flickr.com/photos/mcdonaldc/16246799812 
 
 
Devemos ser sábios e persistentes como a água que desce a 
montanha e nos caminhos mais estreitos e tortuosos 
aumentará sua velocidade e quando se encontra diante de 
um obstáculo buscará sempre um caminho alternativo, mas 
quando não encontra alternativa encara o obstáculo de frente 
e cautelosamente ganha volume e força para superá-lo e 
seguir sua jornada. 
Sabedoria Oriental 
http://www.flickr.com/photos/mcdonaldc/16246799812
 
Fonte: TSUTYA (2006) 
De acordo com a sua natureza 
podemos discriminá-las em 
adutora de agua bruta e 
adutora de água tratada. 
condutos livres, forçados, e 
mistos. 
de 
de escoamento por meio 
modo ao Quanto 
Quanto a energia que a 
movimenta podemos 
discriminá-las em adutora por 
gravidade, adutora por 
recalque e adutora mista. 
OBJETIVO: 
Identificar e classificar uma adutora, compreender os traçados de uma adutora, 
dimensionar uma adutora. 
 
 
UM DESAFIO PARA VOCÊ 
 
Identifique os diversos materiais que podem constituir uma Adutora. 
 
ADUTORAS 
 
São canalizações dos sistemas de abastecimento de água que conduzem a água 
para as unidades captação, tratamento, estação elevatória, reservação e rede 
de distribuição. Elas Interligam captação, ETA e reservatórios (não distribuem a 
água aos consumidores) 
 
A adutora é classificada de acordo com a natureza da água transportada , de 
acordo com a energia que movimenta essa água e de acordo com o modo de 
escoamento do líquido. 
 
 
 
87 
88 
ADUTORA POR GRAVIDADE 
CONDUTOS LIVRES 
O escoamento de água em um conduto livre, tem como característica principal o 
fato de apresentar uma superfície livre, sobre a qual atua a pressão atmosférica. 
 
 
 Exemplos de condutos livres de seção aberta: Rios, Canais, Calhas e Drenos. 
 
 
Rio Paraíba do Sul, município paulista de Jacareí 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Para%C3%ADba_do 
_Sul 
canal água Santos São Paulo Brasil 
https://pixabay.com/pt/canal-%C3%A1gua-santos- 
s%C3%A3o-paulo-brasil-254498/ 
 
 
 
CONDUTOS FORÇADOS 
 
Denominam-se condutos forçados ou condutos sob pressão, as tubulações onde 
o líquido escoa sob uma pressão diferente da atmosférica. As seções desses 
condutos são sempre fechadas e o líquido escoa enchendo-as totalmente; são em 
geral de seção circular, porém, em casos especiais, como nas galerias das centrais 
hidrelétricas ou nos grandes aquedutos, são utilizadas outras formas. 
 
 
 
 
PCH Buriti 
http://www.atiaiaenergia.com.br/imprensa/imagens.ph 
p 
https://pxhere.com/es/photo/925035 
Os tubos operam como condutos livres quando funcionam parcialmente cheios, 
como é o caso das galerias pluviais e dos bueiros. 
http://www.atiaiaenergia.com.br/imprensa/imagens.ph
89 
TRAÇADO 1: Quando a tubulação está assentada abaixo da linha piezométrica 
efetiva a carga de pressão na tubulação é maior que a pressão atmosférica. 
Nos pontos altos: instalar ventosas 
com o objetivo de retirar o ar 
acumulado proveniente de gases 
dissolvidos na água e do processo de 
enchimento da linha, que reduz o a 
performance de escoamento. 
Nos pontos baixos: instalação de 
válvulas de descarga para promover 
a limpeza da tubulação. 
TRAÇADO 2: A tubulação coincide com a Linha Piezométrica Efetiva, esta 
tubulação funciona como conduto livre onde P=Patm. 
TRAÇADO DA ADUTORA 
 
Devido à topografia dos terrenos a tubulação pode estar totalmente abaixo, 
coincidente ou acima, em alguns pontos, da linha piezométrica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Heller (2010) 
 
 
É recomendado para instalações de adutora por questões de segurança. Neste 
caso, em qualquer ponto do conduto a pressão será positiva e a vazão de 
escoamento será igual a de projeto. 
 
Em todo perfil do Conduto forçado: p/ɣ > Patm 
Cuidados especiais: 
 
 
 
90 
TRAÇADO 4: A tubulação corta a linha piezométrica efetiva e o plano de carga 
efetivo. 
entrar ar na quando escorva 
tubulação 
Trata-se de um sifão que funciona 
em condições precárias, exigindo 
A água não atinge por gravidade o 
trecho acima do nível da água do 
reservatório R1, o escoamento só 
será possível após o enchimento da 
tubulação. 
TRAÇADO 5: A tubulação corta a Linha Piezométrica Absoluta. 
escoamento por o impossível 
gravidade. 
Trata-se de um sifão funcionando nas 
piores condições possíveis é 
O fluxo só é possível se for instala 
uma bomba para impulsionar o 
líquido até o ponto mais alto da 
tubulação. 
 
 
Ventosas não funcionam, pois 
nesses pontos a pressão é inferior 
à atmosférica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 01. Em grupo resolva as situações propostas: 
Analise os cinco traçados, destaque a melhor situação e proponha uma solução 
para cada situação não adequada que vocês encontraram apresentando a seus 
colegas e professor a sua análise.. 
 
ADUTORAS POR RECALQUE 
 
Transportam a água, por meio de 
uma estação elevatória, de um 
local a outro com cota mais 
elevada utilizando conjunto moto 
bomba 
Esse sistema é composto por condutos 
forçados e sua adução pode ser feita por 
recalque simples onde a adução é feita 
entre uma elevatória e um reservatório 
ou por recalque duplo, onde a adução é 
feita entre duas elevatórias e um 
reservatório. 
TRAÇADO 3: A tubulação corta a linha piezométrica efetiva, mas fica abaixo do 
plano de carga efetivo. O trecho localizado acima dessa linha tem pressões 
menores que a pressão atmosférica, 
P< Patm. 
Difícil evitar as bolsas de ar e 
contaminação da água por sucção. O 
acúmulo de ar forma bolhas e reduz a 
vazão escoada, tornando o escoamento 
irregular. 
91 
piezométrica coincide com o nível 
da água. Esses condutos podem ser 
abertos ou fechados. Onde o 
escoamento se dá por declividade 
apresentando superfície livre sob o 
efeito da pressão atmosférica. Não 
funcionando com sua seção 
completamente cheia. 
linha a livre conduto Em Em conduto forçado a linha 
piezométrica fica acima da linha 
d’água. A água fica sob pressão 
superior a pressão atmosférica. Sua 
sessão é geralmente circular por ser 
a forma que resiste as pressões 
internas da água. 
Em conduto livre e forçado, chamados de condutos mistos encontramos trechos 
constituídos de condutos livres, podendo ser um aqueduto, se interligando a 
condutos forçados que funcionam como sifões invertidos, situados abaixo da 
linha piezométrica. 
ADUTORAS POR GRAVIDADE 
 
São adutoras que transportam a água de uma cota mais elevada para uma cota 
de menor elevação utilizando a energia hidráulica. Pode ser feita por meio de 
conduto livre ou forçado. 
 
É a forma mais segura e econômica de transportar a água. 
 
 
 
 
 
ADUTORAS POR RECALQUE E GRAVIDADE (MISTAS) 
 
São adutoras compostas por trechos que funcionam por gravidade e outros por 
recalque. Sua adução pode ser feita por meio de uma elevatória e um 
reservatório intermediário que Interliga por gravidade ao reservatório de 
distribuição. 
 
Uma adutora por gravidade pode funcionar por 24 horas, já a adutora por 
recalque deve funcionar fora dos horários de pico devido ao consumo 
exacerbado de energia podendo funcionar entre 16 e 20 horas para possibilitar 
também a manutenção nos equipamentos. 
92 
DIMENSIONAMENTO DE ADUTORAS 
ADUTORA POR GRAVIDADE 
Para dimensionar uma adutora por 
gravidade devemos entrarcom um 
parâmetro conhecido que é a 
vazão (Q), fixamos a velocidade (V) 
ou a perda de carga unitária (J) e 
determinamos o diâmetro (D). 
 
Geralmente adota-se nessas 
adutoras velocidade mínima de 0,5 
m/s e velocidade máxima entre 2,5 
e 5 m/s para condutos livres e 
entre 4 e 6 m/s para condutos 
forçados, 
 
Devemos nos atentar para as 
pequenas velocidade pois elas 
favorecem a formação de 
depósitos de materiais 
sedimentáveis e, para as 
velocidades elevadas pois as 
mesmas aumentam as perdas de 
carga. 
 
ADUTORA POR RECALQUE 
 
Já para dimensionarmos uma Adutora 
por Recalque, entramos com os valores 
conhecidos como a vazão (Q), o 
comprimento da adutora (L), o 
desnível a ser vencido e o material da 
adutora e então determinamos o 
diâmetro (D). 
 
Quanto menor o diâmetro, maior a 
potência do equipamento de recalque 
. 
Velocidade econômica em adutoras 
por recalque varia entre 1,0 a 1,5 m/s 
 
Booster 
Fonte: Autor 
 
Equações utilizadas em dimensionamento para determinação da perda de 
carga distribuída e localizada: 
 
Equação de Chézy 
 
V=C (Rh . I)0,5 
Equação de Manning 
 
C= Rh1/6 / n 
 
Onde: 
 
V= velocidade média de escoamento (m/s) 
Rh= raio hidráulico (m) 
I= declividade na linha de energia (m/m) 
C= coeficiente de Chézy 
n= é um parâmetro que depende da rugosidade da parede 
Condutos livres 
 
- Equação de Chézy 
- Equação de Manning 
93 
Valores do coeficiente n de Manning 
 
Material dos condutos n de Manning 
Cerâmico 0,013 
Concreto 0,013 
PVC 0,010 
Ferro fundido com revestimento 0,012 
Ferro fundido sem revestimento 0,013 
Cimento amianto 0,011 
Aço soldado 0,011 
Poliéster, polietileno 0,011 
Condutos Forçados 
Fórmula Universal Fórmula de Hazen-Williams 
 
∆h= f( L v² / D 2g) 
 
Onde: 
∆h= perda de carga (m) 
f= coeficiente de atrito 
L= comprimento da tubulação (m) 
V= velocidade média (m/s) 
D= diâmetro da tubulação (m) 
g= aceleração da gravidade (m/s²) 
Q= vazão (m³/s) 
J= 10,65 Q1,85 C-1,85 D-4,87 
Q= 0,279 C D2,63 J0,54 
V= 0,355 C D0,63 J0,54 
 
Onde: 
J= perda de carga unitária (m/m) 
Q= vazão (m³/s) 
D= diâmetro (m) 
C= coeficiente de rugosidade 
 
Valores de K citados por Victor Streeter 
 
 
MATERIAIS VALOR K (mm) 
Ferro fundido revestido com cimento 0,125 
Ferro fundido sem revestimento 0,25 
Tubos de PVC 0,10 
Tubos de concreto 0,30 
Tubos de aço com revestimento 0,125 
Tubos de cobre, latão etc. 0,02 
94 
Valores do coeficiente de atrito C da equação de Hazen-Williams 
 
 
 
MATERIAL DO TUBO NOVOS USADOS 
10 anos 
USADOS 
20 anos 
Aço corrugado (chapa ondulada) 60 - - 
Aço galvanizado roscado 125 100 - 
Aço rebitado novo 110 90 80 
Aço soldado comum (revestido com 
betume) 
125 110 90 
Aço soldado c/revestimento com epoxi 140 130 115 
Chumbo 130 120 120 
Cimento amianto 140 130 120 
Cobre 130 135 130 
Concreto, bom acabamento 130 - - 
Concreto acabamento comum 130 120 110 
Ferro Fundido, revestimento com epoxi 140 130 120 
Ferro Fundido, revestido com cimento 130 120 105 
Grés cerâmico, vidrado (manilha) 110 110 110 
Latão 130 130 130 
Madeira em aduelas 120 120 110 
Tijolos, conduto bem executado 100 95 90 
Vidro 140 - - 
Plástico ou PVC 140 135 135 
 
Quanto maior a vazão, maior deverá 
ser o diâmetro interno a fim de 
diminuir a velocidade e reduzir a 
perda de carga 
 
Quanto maior o comprimento e o nº 
de conexões, maior a perda de carga 
Equação para perda de carga localizada 
∆hL= K (V²/2g) 
Onde: 
∆hL= perda de carga localizada (m) 
K= coeficiente adimensional 
V= velocidade média (m/s) 
g= aceleração da gravidade (m/s²) 
 
 
 
Fonte: AZEVEDO NETTO 
 
Perda de Carga 
 
A perda de carga varia de acordo com a Natureza do fluido, com o Material do 
tubo e conexões e com o Diâmetro da tubulação, com o Comprimento dos tubos 
e quantidade de conexões e acessórios e com a Perda de carga com distribuição 
ao longo do percurso. 
 
 
95 
encontrarmos derivações de água do 
tronco principal. Nesses casos a 
vazão é dita uniformemente 
distribuída ao longo do conduto. 
água e nos 
irrigação, por sistemas de 
A vazão de distribuição em marcha 
(q) são encontradas nas redes de 
abastecimento de 
96 
 
Materiais metálicos 
 
• Aço 
• Ferro fundido dúctil 
• Aço Inox 
Materiais não metálicos 
 
• Polietileno de alta densidade e 
polipropileno 
• Poliéster reforçado com fibra de 
vidro 
• PVC 
TRAÇADO DA ADUTORA 
 
Seu traçado varia em função do projeto do SAA e da topografia, do tipo de solo, 
da existência de rochas e várzeas, da interferências e travessias de rodovias, 
ferrovias, rios, linhas de força, etc, e das faixas de servidão ou desapropriação. 
 
 
MATERIAIS DAS ADUTORAS 
 
Com relação ao material ele nãopode ser prejudicial à qualidade da água, não 
deve apresentar alteração da rugosidade com o tempo (incrustração), deve 
apresentar uma resistência química, mecânica e a pressão da água adequada 
além de serem econômicas. Podendo se apresentarem na forma de materiais 
metálicos e não metálicos. 
 
 
 
 
OPERAÇÃO DAS ADUTORAS 
 
As adutoras podem operar em condição normal, condição emergencial no caso 
de falha operacional e em condição catastrófica quando ocorre acidente 
operacional ou no caso de rupturas. 
 
 
TRAVESSIA EM CURSOS D’ÁGUA 
 
TRAVESSIA AÉREAS 
 
Necessitam de outorga, Estudo 
hidrológico, elas não devem 
interferir no corpo hídrico e 
aproveita as pontes existentes. 
TRAVESSIA ENTERRADAS 
 
Necessitam de outorga, Não devem 
interferir no corpo hídrico, devem 
utilizar tubos de maior resistência e os 
tubos devem ser envelopados com 
concreto 
97 
 
EXERCÍCIOS 
 
01, Através de uma Adutora de Água Tratada por gravidade, de comprimento igual 
a 900 m, que interliga dois reservatórios situados nas cotas altimétricas 795 e 
770m, deseja-se transportar uma vazão de 23,83 L/s (já consideradas as vazões 
diárias e horárias). Solicita-se calcular o diâmetro da adutora, bem como a vazão 
máxima e a sua velocidade. A adutora deverá ser de aço galvanizado roscado 
(usado +/- 10 anos) e C = 100. Despreze as perdas de cargas localizadas. 
 
 
02. Com base no desenho abaixo determine: 
 
a) Determinar o diâmetro que a adutora representada deverá ter para 
transportar a vazão de 20 L/s sabendo-se que será construída em PVC. 
Desprezar as perdas localizadas. 
b) Determinar a vazão e velocidade efetiva; 
 
 
VOLTANDO AO DESAFIO 
 
Embasado pela leitura do capítulo e após leitura de material disponibilizado pelo 
professor, resolva o desafio. 
 
Estação 
Elevatória 
 
https://www.flickr.com/photos/agenciabrasilia/38964980851/in/album-72157690813310295 
 
 
"O rio passa ao lado de uma árvore, cumprimenta-a, 
alimenta-a, dá-lhe água... 
e vai em frente, dançando. Ele não se prende à árvore. 
A árvore deixa cair suas flores sobre o rio em profunda 
gratidão, e o rio segue em frente. O vento chega, dança ao 
redor da árvore e segue em frente. 
E a árvore empresta o seu perfume ao vento... Se a 
humanidade crescesse, amadurecesse, essa seria a maneira 
de amar.“ 
Osho 
9 
http://www.flickr.com/photos/agenciabrasilia/38964980851/in/album-72157690813310295
99 
 
Identificar as estruturas 
necessárias para vencer desníveis 
topográficos. 
Pesquisar se em seu bairro existem 
estações elevatórias e determinar a sua 
finalidade. 
OBJETIVO UM DESAFIO PARA VOCÊ 
 
 
 
 
CONVERSANDO SOBRE O TEMA 
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA 
 
São estruturas necessárias para vencer desníveis geométricos, transportar água 
por grandes distâncias e integrar sistemas de abastecimento entre diversos 
municípios. Sendo componente chave de um sistema de abastecimento. 
 
 
 
As Estações Elevatórias (EE) 
são definidas de acordo 
com os tipos de bombas e 
dos motores a elas 
acoplados determinando os 
principais aspectos de 
operação e de manutenção. 
 
Equipamentos estes que 
permitem superar as 
dificuldades topográficas 
dos terrenos, podendo ligá- 
las a outras estações e as 
redes de distribuição de 
água 
A EE é de fundamentalimportância tanto para 
captar a água bruta como 
para conduzi-la após seu 
tratamento para a rede de 
distribuição. 
 
Podemos dizer que a EE é o 
local onde é feito o 
recalque ou bombeamento 
da água. Já a casa de 
bombas é o local onde a 
bomba, o motor, os 
registros, os tubos e os 
acessórios são abrigados. 
 
 
 
 
 
A caixa onde se armazena água é chamada de reservatório e tem a função de 
garantir a pressão das águas nas tubulações bem como regularizar as vazões. 
 
Ela é dimensionada em função da localização e do tipo da bomba. 
 
Recebem 
também o 
nome de 
poços de 
bombeam 
ento ou 
estações 
de 
bombeam 
ento. 
100 
 
conduzir água não 
água bruta: de Elevatórias 
destinada a 
tratada. 
destinada a conduzir água tratada 
tratada: água de Elevatórias 
Estes componentes são essenciais ao funcionamento dos sistemas, são utilizadas 
na captação, adução, tratamento e distribuição de água. São classificadas em: 
 
Elevatórias de água bruta: destinada a conduzir água não tratada. 
Elevatórias de água tratada: destinada a conduzir água tratada 
 
Tanto a estação de água bruta quanto a de água tratada tem a função de levar 
água das zonas mais baixas para as zonas mais altas. 
 
Em sistemas de abastecimento de água, é comum encontrarmos elevatórias tipo 
booster, que são destinadas a aumentar a pressão em redes de distribuição. Estes 
equipamentos são utilizados principalmente em redes que necessitam de um 
aumento de pressão ou de vazão. 
 
As regras para sua operação consistem em um conjunto de normas ou diretrizes 
que indicam quando uma bomba ou conjunto de bombas devem ser ligados ou 
desligados por um determinado tempo. São indispensáveis em locais onde não se 
pode ter um sistema de abastecimento realizado totalmente por gravidade. 
 
 
 
Tanto a estação de água bruta quanto a de água tratada tem a função de levar 
água das zonas mais baixas para as zonas mais altas.. 
 
 
Elevatórias tipo booster são comuns 
em sistemas de abastecimento de 
água, e tem a finalidade de aumentar 
a pressão em redes de distribuição. 
Estes equipamentos são utilizados 
principalmente em redes que 
necessitam de um aumento de 
pressão ou de vazão. 
Sua operação é normatizada e 
direcionada por regras que indicam 
quando uma bomba ou um conjunto 
de bombas devem ser ligados ou 
desligados e o tempo de 
funcionamento de cada caso. São 
indispensáveis em locais onde não se 
pode ter um sistema de 
abastecimento realizado totalmente 
por gravidade. 
 
Equipamentos 
eletromecânicos 
 
–Motores 
–Bombas 
Tubulações 
 
–Sucção 
–Barrilete 
–Recalque 
Construção civil 
 
–Poço de sucção 
–Casa de bomba 
COMPONENTES DE UMA ESTAÇÃO ELEVATÓRIA 
 
A relevância dos componentes depende de suas características, da quantidade de 
bombas instaladas, do tipo de acionamento e do espaço necessário para sua 
instalação bem como das tubulações e acessórios. 
 
O objetivo das bombas é recalcar 
água, mas para isto surgem 
agravantes como o aumento dos 
gastos com energia elétrica, com a 
operação e com a manutenção dos 
equipamentos. Mas deve-se levar em 
consideração a importância de uma 
distribuição de água em quantidade e 
intermitência adequada contribuindo 
assim para que não ocorra a falta de 
água. 
 
Existem vários tipos e modelos de 
bomba. Sendo que, a seleção do tipo 
como também do modelo, dependerá 
da vazão, da altura e das 
características do líquido que se 
deseja bombear e também do 
dispêndio financeiro da mesma. 
. 
Deve-se sempre atentar para a 
potência e o rendimento da bomba. A 
potência é definida de forma a vencer a 
diferença de nível entre o ponto de 
sucção e o de recalque máximo 
acrescentando as perdas de cargas. Seu 
rendimento varia conforme a vazão, 
altura manométrica e tipo de bomba, 
sendo sua relação definida entre a 
energia oferecida pelo motor e a 
energia absorvida pela bomba. 
 
Os fabricantes de bombas fornecem 
catálogos com os dados e 
características das bombas, de maneira, 
a possibilitar a escolha do tipo de 
bomba que se deseja. 
PARTES CONSTITUINTES DE UMA ESTAÇÃO ELEVATÓRIA 
 
 
PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS 
 
A quantidade de bombas indicadas para uma estação elevatória de penderá do 
alcance dessa elevatória, veja: 
pequena elevatória: 2 bombas (1 + 1 reserva) 
média elevatória: 3 bombas (2 + 1 reserva) 
grande elevatória: várias bombas 
 
101 
102 
 
Ela poderá se localizar: 
 
• próxima ou no meio do manancial 
(captação água bruta) 
• junto ou próximas às ETA’s (água 
tratada) 
• junto ou próximas aos 
reservatórios de distribuição 
• para reforço na adução ou na 
rede de distribuição (booster) 
Esta escolha vai depender: 
 
• das condições do terreno, 
• como adquiri-lo, 
• da área necessária para sua instalação, 
• da disponibilidade de energia elétrica, 
• da topografia da área, 
• da facilidade de acesso, 
• da estabilidade do terreno 
• do trajeto mais curto da tubulação de 
recalque, 
 
TIPOS DE BOMBEAMENTO 
 
• Bombeamento direto para a rede: A água sai do reservatório, vai para estação 
elevatória ou booster e segue para a rede. 
 
• Bombeamento para rede através de válvula redutora de pressão: A água sai do 
reservatório, vai para estação elevatória ou booster, passa para uma válvula 
redutora de pressão e segue para a rede. 
 
• Bombeamento com válvula de alívio para controle da pressão: A água sai do 
reservatório, vai para estação elevatória ou booster e segue para a rede e 
retorna passando por uma válvula de alívio de pressão. 
 
• Bomba com tanque hidropneumático: A água sai do reservatório, vai para 
estação elevatória ou booster, segue para um tanque hidropneumático e segue 
para a rede. 
 
• Bombeamento com reservatório de sobra: A água sai do reservatório, vai para 
estação elevatória ou booster e segue para a rede, da rede segue para um 
reservatório de sobra e retorna no período de pico para a rede. 
 
• Rede Alimentada por dois bombeamentos: A água sai do reservatório, vai para 
estação elevatória ou booster e segue para a rede, passa por uma válvula de 
alívio de pressão e vai para outro reservatório de onde vai para outra estação 
elevatória retornando para a rede. 
103 
 
 
 
 
 
As vazões de projeto são determinadas a partir da concepção básica do sistema 
de abastecimento, das etapas para a implantação das obras e do regime de 
operação. Sua vida útil varia de acordo com: 
 
Durabilidade de aproximadamente 50 anos: Tubulações e Edificações 
25 anos: Equipamentos de bombeamento 
Maior ou menor dificuldade de ampliação 
População futura 
Critérios econômicos de instalação e operação 
Período de projeto para estações elevatórias: entre 20 e 30 anos. 
 
 
VOLTANDO AO DESAFIO 
 
Embasado pela leitura do capítulo e após leitura de material disponibilizado pelo 
professor, resolva o desafio. 
 
 
 
Drenagem 
Urbana 
 
 
http://arq-rafa.blogspot.com/2010/04/ 
 
 
 
“El agua era el elemento originario de la realidad, el principio 
de todas las cosas, o bien em el sentido de que todas las 
cosas estaban constituidas o formadas por agua.” 
 
Tales de Mileto 
10 
http://arq-rafa.blogspot.com/2010/04/
105 
OBJETIVO 
 Entender o que é e como funciona o sistema de drenagem urbana 
 
UM DESAFIO PARA VOCÊ 
 
O que lhe vem a cabeça quando você é questionado a cerca do sistema de 
drenagem urbana? Pode ser que você tenha pensado que o sistema de drenagem 
urbana é aquele em que a água da chuva que cai nas ruas, nas calçadas e nos 
telhados escorre para as sarjetas, que as levam até uma boca de lobo e, a partir 
desse ponto, a água segue por galerias até o canal ou rio mais próximo. Se você 
pensou assim não está errado esse tipo de sistema de drenagem urbana é 
comum, até por isso ele é chamado de sistema de drenagem urbana clássico. Mas 
este sistema é único ou mesmo a melhor solução para a situação? Procure saber 
como é o sistema de drenagem urbana de sua cidade 
 
CONVERSANDO SOBRE O TEMA 
DRENAGEM URBANA 
 
São sistemas que tem a finalidade de prevenirenchentes. Quando não são 
considerados desde o início da formação do planejamento urbano, existe grande 
probabilidade que esse sistema, ao ser projetado, se apresente de alto custo e 
deficiente. É de suma importância para a comunidade, que a área urbana seja 
planejada de forma integrada e compatível com os planos regionais, estaduais ou 
federais. 
 
Sempre que houver um planejamento para expansão urbana deve-se 
concomitantemente ter um plano de drenagem urbana onde serão delimitadas 
as zonas mais baixas possíveis de inundações com a finalidade de verificar se é 
viável a ocupação dessas áreas na referida expansão. 
 
 
Canalização do Ribeirão Caladinho no Unileste, 
Coronel Fabriciano MG. 
 
 
https://bit.ly/2Gzwzlq 
 
Obras de drenagem na Avenida Vasco da Gama, 
Salvador. 
 
 
Fonte: Portal da Copa/ME 
106 
Sistema de Drenagem Urbana Clássico 
 
Um sistema de drenagem urbana 
clássico tem como prioridade afastar 
a água de toda cidade o mais rápido 
possível evitando assim uma série de 
doenças decorrentes da falta de 
saneamento e da água parada das 
enchentes. Essa ideia surgiu no 
século XIX, e foi considerada 
funcional pois diminuiu muito o 
número de doenças veiculadas pela 
água. Assim, os sistemas de 
drenagem urbana clássico foram 
adotados em quase todo o ocidente 
com poucas variações. (SOUZA; 
CRUZ; TUCCI, 2012) 
 
O grande problema desse sistema 
surgiu com o crescimento 
desenfreado das cidades no século 
XX. Onde áreas que antes recebiam 
infiltração da água por meio de seus 
pastos e florestas passaram a ser 
impermeáveis. 
 
Em decorrência disso mais 
água escorria pelas ruas e 
consequentemente para dentro do 
sistema de drenagem que tinham de ser 
refeito para comportar esse acréscimo 
de água. E quanto maior o crescimento 
mais obras no sistema de drenagem 
precisavam ser refeitas, ficando cada 
vez mais caras e insustentáveis 
economicamente. Além dos impactos 
ambientais que essa rápida evacuação 
das águas podem acarretar aos corpos 
hídricos. (URBONAS; STAHRE, 1993). 
 
O que torna de essencial importância 
estudar técnicas de drenagem urbana 
que minimizem o impacto ambiental e 
que sejam eficientes quanto ao controle 
de escoamento superficial. 
 
 
Levando-se em consideração que os altos índices de impermeabilização 
são decorrentes do crescimento desenfreado da população urbana e da 
ocupação desordenada do solo que provocam inundações frequentes originadas 
das chuvas intensas agregadas as cidades densamente ocupadas e a sistemas de 
drenagens urbanas ineficientes ou até mesmo inexistentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Enchente Porto de Cariacica Autor: 
Felipe de Lima Neves 
Fonte:https://www.panoramio.com/ph 
oto/54426877 
http://www.panoramio.com/ph
http://www.panoramio.com/ph
http://www.panoramio.com/ph
107 
Os sistemas de drenagem são classificados de acordo com suas dimensões, em 
sistemas de microdrenagem, também denominados de sistemas iniciais de 
drenagem, e de macrodrenagem. 
Objetivos e tipos de estruturas hidráulicas 
 
Com o desenvolvimento de uma cidade a vegetação de seu entorno é 
parcialmente suprimida. 
 
Passamos também a ter necessidade 
de organizar esta cidade criando 
ruas, definindo lotes para edificações 
e, consequentemente tornando 
impermeáveis áreas que eram 
isentas de revestimentos, desta 
forma mudamos constantemente as 
características do terreno onde ela 
foi implantada. 
A água da chuva que incide nesse local 
modificado, passa a escoar de maneira 
diferente, em geral com mais 
velocidade e maior volume, visto que 
não pode penetrar no solo tanto 
quanto em um terreno livre, torna-se 
necessário drenar parte dessa água, 
para que não cause transtornos como 
alagamentos, enxurradas e não cause 
prejuízos materiais e humanos. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE DRENAGEM 
 
 
MICRODRENAGEM 
 
O sistema de microdrenagem possibilita condições razoáveis para que veículos e 
pedestres circulem em uma área urbana, quando da ocorrência de chuvas 
frequentes, considerando-se os possíveis danos que possam vir a causar nas 
propriedades e os riscos de perdas humanas por ocasião de temporais mais 
fortes. 
 
No Brasil a infraestrutura de microdrenagem é de competência dos governos 
municipais. Sendo a Prefeitura responsável pelos serviços de infraestrutura 
urbana básica relativos à microdrenagem e serviços correlatos como: 
terraplenagens, guias, sarjetas, galerias de águas pluviais, pavimentações e obras 
de contenção de encostas, para minimização de risco à ocupação urbana. 
 
Inclui a coleta e afastamento das águas superficiais ou subterrâneas através de 
pequenas e médias galerias, fazendo ainda parte do sistema todos os 
componentes do projeto para que tal ocorra. 
 
A rede de microdrenagem é formada pela sarjeta, guia, bocas de lobo ou bocas 
coletoras e galerias. 
108 
 
Bocas de lobo ou Bocas coletoras: 
são estruturas hidráulicas para 
captação das águas superficiais 
transportadas pelas sarjetas e 
sarjetões; em geral situam-se sob o 
passeio ou sob a sarjeta. 
Condutos de ligação - também 
denominados de tubulações de 
ligação, são destinados ao transporte 
da água coletada nas bocas coletoras 
até às galerias pluviais. 
Poço de Visita - São câmaras visitáveis 
situadas em pontos previamente 
determinados, destinadas a permitir a 
inspeção e limpeza dos condutos 
subterrâneos. 
 
 
 
 
 
Guia: também conhecida como meio- 
fio, é a faixa longitudinal de separação 
do passeio com o leito viário, 
constituindo-se geralmente de peças de 
granito argamassadas. escoamento superficial até os pontos 
de coleta. 
a 
de coletar e conduzir as águas 
Sarjeta: canal longitudinal, em geral 
triangular, situado entre a guia e a 
pista de rolamento, destinado 
109 
 
 
A vegetação também tem um papel importante no manejo de águas pluviais, 
pois suas folhas retém partes da água das chuvas e os canteiros onde o solo esta 
exposto permitem absorção dessa água. 
 
MACRODRENAGEM 
 
Inclui, além da microdrenagem, as 
galerias de grande porte com 
diâmetros maiores que1,5m e os 
corpos receptores tais como canais e 
rios canalizados. 
 
Para controlar águas de chuva existe 
a rede de macrodrenagem formadas 
pelos cursos d’água existentes no 
local tais como os rios e os canais 
A infraestrutura de macrodrenagem é 
da competência dos governos 
estaduais, na medida em que essas 
relevâncias são fundamentais para o 
planejamento das bacias hidrográ- 
ficas. 
 
Um sistema de drenagem de águas superficiais e subterrâneas bem projetado, 
proporcionará benefícios a população tais como o desenvolvimento do sistema 
viário; o escoamento rápido das águas superficiais, facilitado o tráfego por 
ocasião das precipitações; a redução de gastos com manutenção das vias 
públicas; a valorização das propriedades existentes na área beneficiada; a 
eliminação da presença de águas estagnadas e lamaçais; o rebaixamento do 
lençol freático; a recuperação de áreas alagadas ou alagáveis; a segurança e 
conforto para a população habitante ou transeunte pela área de projeto. 
Galerias - são condutos destinados ao 
transporte das águas captadas nas 
bocas coletoras até os pontos de 
lançamento; tecnicamente 
denominada de galerias tendo em vista 
serem construídas com diâmetro 
mínimo de 400mm. 
110 
 
EXERCÍCIO 
 
1. Definir Saneamento Básico. 
2. Classifique os sistemas de drenagem. 
3. Por que se diz que a guia é uma faixa longitudinal? 
4. Comparar sarjetas e sarjetões. 
5. Por que as bocas coletoras são ditas estruturas hidráulicas? 
6. Comparar: 
a) galerias com condutos de ligação. 
b) b) poços de visita com caixas mortas. 
7. Quanto maior a bacia de drenagem maior o tempo de concentração? 
8. Definir chuvas intensas, frequente e torrencial em termos de tempo de 
recorrência. 
9. Comparar em termos operacionais e de resultados, os instrumentos 
pluviômetro e pluviógrafo. 
10. Qual o objetivo básico dos sistemas de drenagem pluvial urbano? 
11. Explicar como os sistemas dedrenagem proporcionam os seguintes 
benefícios: 
a) desenvolvimento do sistema viário; 
b) redução de gastos com manutenção das vias públicas; 
c) valorização das propriedades existentes na área beneficiada; 
d) escoamento rápido das águas superficiais, facilitando o tráfego por ocasião 
das precipitações; 
e) eliminação da presença de águas estagnadas e lamaçais; 
f) rebaixamento do lençol freático; 
g) recuperação de áreas alagadas ou alagáveis; 
h) segurança e conforto para a população habitante ou transeunte pela área de 
projeto. 
 
 
 
VOLTANDO AO DESAFIO 
Embasado pela leitura do capítulo e após leitura de material disponibilizado pelo 
professor, resolva o desafio. 
 
Resíduos 
Sólidos 
 
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/9d/LixaoCaminhao20080220MarcelloCasalJrAgenciaBrasil.jpg 
 
 
 
“Só quando a última árvore for derrubada, o último peixe for 
morto e o último rio for poluído é que o homem perceberá 
que não pode comer dinheiro.” 
 
Provérbio Indígena 
11 
 
Caracterizar resíduos sólidos, 
determinar sua importância e o 
local ideal para seu destino final 
Após a leitura do texto procure saber se 
em sua cidade existe um aterro 
sanitário destacando a importância 
dessa atividade para o saneamento. 
Geralmente são restos de cozinha, 
de banheiros, produtos de varrição, 
papéis, invólucros e outros; 
residências. em 
de 
normalmente se que resíduos 
originam 
Doméstico: todos os tipos 
bares, lojas, supermercados, 
restaurantes,etc.; 
Comercial: todo detrito sólido 
originado de edificações destinadas 
ao comércio em geral, como 
OBJETIVO UM DESAFIO PARA VOCÊ 
 
CONVERSANDO SOBRE O TEMA 
RESÍDUOS SÓLIDOS 
 
Para efeitos da lei 11445 de 2007, 
considera-se limpeza urbana e 
manejo de resíduos sólidos o 
conjunto de atividades, 
infraestruturas e instalações 
operacionais de coleta, transporte, 
transbordo, tratamento e destino 
final do lixo doméstico e do lixo 
originário da varrição e limpeza de 
logradouros e vias públicas. 
De acordo com a Associação Brasileira 
de Normas Técnicas, NBR 10.004 ABNT 
(2004): 
O lixo, são caracterizados como 
resíduos que se apresentam nos 
estados sólidos e semissólidos 
resultantes das atividades domésticas, 
industriais, hospitalares, comerciais, 
agrícolas, serviços e varrições.Também 
serão inclusos os lodos oriundos dos 
sistemas de tratamento de água e os 
líquidos inviáveis de serem lançados na 
rede pública de esgoto ou corpos de 
água. 
 
Monteiro classifica resíduos sólidos como resíduos que provêm das atividades 
humanas, considerados como inúteis, indesejáveis ou descartáveis. 
 
Os resíduos sólidos urbanos são de extrema heterogeneidade e, de acordo com 
Campos, Borges e Ferreira deve-se pensar em formas diferenciadas de se tratar 
suas diferentes parcelas. 
 
Os resíduos foram caracterizados de acordo com sua origem em: 
 
 
112 
 
Entulhos: resíduos resultantes de 
construções, demolições, e reformas 
na construção civil; 
semissólidos resultantes dos 
processos industriais; 
sólidos e Industrial: resíduos 
Público: são considerados como lixo público, os resíduos produzidos nas vias 
públicas, praças, jardins, podas de plantas, resíduos de varrição, etc.; 
 
 
 
Alguns autores como Alvim, Cunha, 
Santos (2002), Damásio (2007), 
Borges e SMURBE (2010) defendem 
que a principal atividade de limpeza 
de logradouros públicos é a varrição 
de vias, que consiste na remoção de 
resíduos sólidos acumulados,devido 
a causas naturais e ao descarte pela 
população. 
Esta atividade contribui com a saúde 
pública, evitando o acúmulo de 
resíduos e a proliferação de vetores 
impactando a qualidade sanitária do 
ambiente. 
O manuseio do lixo proveniente de 
atividades humanas segundo 
Waldman, não é uma questão 
apenas relacionada às sociedades 
modernas e muito menos restrito às 
sociedades contemporâneas é muito 
mais antiga, os homens das cavernas 
depositavam seus resíduos em 
frestas nas rochas. No velho mundo 
existem sítios arqueológicos gerados 
por resíduos dos povos do passado, 
resultado da deposição de con- 
chas, esqueletos de animais e 
restos de refeições feitas por índios 
Tupis-guaranis. 
O manejo dos resíduos sólidos e a 
limpeza urbana no Brasil têm seus 
marcos legais definidos na Política 
Nacional de Saneamento Básico, Lei n. 
11.445, de 2007, na qual o plano de 
resíduos sólidos deve integrar os 
planos municipais de Saneamento 
(PNSB) e na Política Nacional de 
Resíduos Sólidos (PNRS), Lei n. 
12.305, de 2010, regulamentada por 
meio do Decreto n. 7.404, de 2010. 
 
Segundo Fürstenau, Fofonka (2012) e 
Chenna (1999), as atividades 
atribuídas aos municípios brasileiros 
relacionadas a limpeza urbana são as 
coletas e transporte de lixo domiciliar, 
hospitalar, público, seletivo, a 
varrição, a capina, a pintura de meios- 
fios, as roçadas, a lavagem de 
monumentos, logradouros e 
sanitários, limpeza após eventos de 
bocas-de-lobo, remoção de entulho e 
poda de árvores, além da limpeza das 
praias, parques e jardins. 
provenientes de hospitais, farmácias, 
drogarias, clínicas, postos de saúde, 
laboratórios, clínicas médicas e 
odontológicas e similares; 
resíduos Saúde: de Unidades Especial: resíduos produzidos de 
forma eventual: animais mortos, 
descargas clandestinas, resíduos de 
acidentes, materiais de grande porte 
abandonados em vias públicas, entre 
outros. 
 
113 
 
 
 
Foi iniciado no Brasil oficialmente, o 
serviço de limpeza urbana, em 25 
de novembro de 1880, na cidade de 
São Sebastião do Rio de Janeiro, 
então capital do Império. Segundo 
Pechman e Ramos neste dia, foi 
assinado pelo imperador D. Pedro II, 
o Decreto nº. 3024, que tratava da 
aprovação de um contrato de 
limpeza e irrigação para a cidade. 
Com o apoio da Universidade 
Fluminense, de uma entidade do 
governo alemão e da iniciativa dos 
moradores de um bairro de Niterói, RJ, 
em 1985, surgiu a primeira experiência 
de coleta seletiva no Brasil, segundo 
Rocha, a prefeitura cedeu um terreno 
onde a comunidade executava o serviço 
de aproveitamento dos materiais e os 
lucros obtidos eram utilizados na própria 
comunidade. Curitiba foi a primeira 
capital brasileira, em 1989, a implantar 
um programa de coleta seletiva de lixo. 
 
A gestão dos resíduos sólidos no Brasil apresenta formas diversas de solução, 
prevalecendo uma situação desalentadora, a solução vai depender do 
desenvolvimento tecnológico, dos recursos e dos legisladores, que deverão 
encontrar soluções plausíveis para a questão, essa gestão e disposição 
inadequada causam impactos socioambientais profundos, tais como a 
degradação do solo, o comprometimento dos corpos d’água e mananciais, a 
intensificação de enchentes, a contribuição para a poluição do ar e a proliferação 
de vetores de importância sanitária nos centros urbanos, além da catação em 
condições insalubres nas ruas e nas áreas de disposição final, segundo Monteiro 
e Besen. 
Lixo. Domínio Público 
https://pixnio.com/pt/diversos/lixo/plastico-giro-do-pacifico-poluicao-lixo- 
patch 
Monteiro diz que os lixos só passaram a ser coletados nos domicílios ao invés de 
ser simplesmente atirado nas ruas ou em terrenos, quando se descobriu a 
relação entre o aparecimento de ratos, moscas, baratas e o lançamento de lixo 
nas ruas, que se deu em meados do século XIX, até então as ruas eram depósitos 
não só de pequenos detritos, mas também de restos de comida e excrementos 
animais e humanos. 
 
114 
115 
 
 
 
Devido à redução da vida útil dos 
produtos, seu consumo excessivo e 
supérfluo, o crescimento e o 
aumento da expectativa de vida da 
população coligado a intensa 
urbanização e as novas tecnologias 
aumentaram significativamente o 
volume de resíduos. 
 
Jacobi e Besen afirmam que a 
adoção de padrões de produção e 
consumo sus-tentáveis juntamente 
com um gerenciamento adequado 
dos resíduos podem reduzir os 
impactos ao meio ambiente e à 
saúde. 
 
Os países mais ricos que geram 
maiores quantidades de resíduos 
sólidos possuem umacapacidade 
maior para atenuar o problema por 
meio de fatores que incluem 
recursos econômicos, envolvimento 
ambiental da população e 
desenvolvimento tecnológico. 
 
 
https://www.flickr.com/photos/agenciasenado/354 
50939546 
Já os países em desenvolvimento, 
apresentam déficits na capacidade 
financeira e administrativa da 
infraestrutura e dos serviços 
essenciais como água, saneamento, 
coleta e destinação adequada do lixo 
e moradia, e em assegurar segurança 
e controle da qualidade ambiental 
para a população. 
 
Segundo Klunder e Adedipe quando 
nos referimos a redução da produção 
nas fontes geradoras, ao 
reaproveitamento, a coleta seletiva 
com inclusão de catadores de 
materiais recicláveis e a reciclagem, 
e ainda a recuperação de energia, 
estamos falando sobre a gestão 
integrada e sustentável dos resíduos 
sólidos. 
 
Embora as normas federais 
estabeleçam a necessidade de 
tratamento de determinadas 
classes de resíduos de serviços de 
saúde, prévios à sua disposição 
final, muitos municípios ainda 
dispõem de aterros sanitários, 
aterros controlados e lixões sem 
realizar prévio tratamento, o que 
representa risco à saúde. 
Segundo a OMS e a EPA, com o aumento na geração de resíduos sólidos 
ocorreram mudanças significativas na sua composição e características, 
aumentando sua periculosidade. 
http://www.flickr.com/photos/agenciasenado/354
http://www.flickr.com/photos/agenciasenado/354
116 
 
Classe I – Perigosos: aqueles que, em razão de suas propriedades físicas, 
químicas ou infectocontagiosas podem acarretar risco à saúde e/ou riscos ao 
meio ambiente quando for gerenciado de forma inadequada. Para ser apontado 
como resíduo de classe I, ele deve estar contido nos anexos A ou B da NBR 
10004 ou apresentar uma ou mais das seguintes características: inflamabilidade, 
corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade. 
O destino inadequado dado aos 
resíduos sólidos podem provocar 
sérios danos ao meio ambiente, como 
a poluição do ar, a poluição da água e 
a poluição do solo, segundo Monteiro, 
também é importante manter as ruas 
limpas por razões de segurança 
prevenindo danos aos veículos, 
promovendo a segurança do tráfego e 
evitando o entupimento do sistema 
de drenagem urbana. 
Segundo D’Almeida de modo geral, 
cabe ao município a responsabilidade 
pela gestão dos resíduos sólidos 
urbanos, definindo as condições e 
regras para executá-los. Essa tarefa 
não é fácil devido a uma série de 
fatores como a inexistência de uma 
política de limpeza pública, aos 
profissionais não capacitados, as 
limitações financeiras, a falta de 
fiscalização ambiental e a interrupção 
das políticas administrativas. 
 
 
A média de geração de resíduos sólidos urbanos no país, segundo projeções do 
SNIS (2015), varia de 0,9 a 1,15 kg por hab./dia, com um indicador médio para o 
país de 1 kg por hab./dia. Da massa total coletada estimada em 62,5 milhões de 
toneladas, apurou-se que 60,9% são dispostos em aterro sanitários, 11,5% em 
aterros controlados, 10,1% em lixões e 2,3% encaminhados para unidades de 
triagem e de compostagem, restando uma parcela de 15,4% sem informação. 
Nesta hipótese pode-se dizer que 66,8% da massa total coletada no Brasil é 
disposta de forma adequada, sendo o restante distribuído por destinações em 
lixões e aterros controlados. 
 
De acordo com CEMPRE a matéria orgânica gerada nas residências proveniente, 
em geral, do desperdício de alimentos, quando disposta em aterros sanitários, ao 
se decompor, emite gases de efeito estufa e contribui para o aquecimento global 
e as mudanças climáticas. 
 
Segundo modelo estabelecido pela NBR 10.004 (ABNT, 2004) resíduos são 
classificados em duas classes distintas: 
 
 
117 
 
 
A figura 12 nos mostra um fluxograma com a classificação dos resíduos. 
 
Figura 12 – Classificação dos Resíduos 
 
Fonte: https://autonambiental.files.wordpress.com/2012/11/grafico12.jpg 
 
 
 
 
No início de 2011, foi constituído o Comitê Orientador Interministerial para a 
implantação dos sistemas de logística reversa. A finalidade é garantir que os 
resíduos sólidos sejam reutilizados, reciclados ou recolhidos pela indústria 
responsável. Para tanto, serão firmados acordos setoriais com as diversas cadeias 
produtivas. Assim, os fabricantes, distribuidores, comerciantes e consumidores 
deverão compartilhar a responsabilidade pelos resíduos. 
Classe II – Não Perigosos: subdivididos em: (A) Inertes: resíduos que podem 
alterar a potabilidade da água; e (B) Não inertes: resíduos que não possuam 
constituintes solúveis em água, não alterando, então, a potabilidade da água. 
118 
 
 
 
 
Os lixos dispostos inadequadamente 
em lixões a céu aberto, por exemplo, 
geram problemas sanitários e 
ambientais inevitáveis, pois estes 
locais atraem animais que se 
constituem em vetores de diversas 
doenças, especialmente para as 
populações que vivem da catação. 
Além do mais, são responsáveis pela 
poluição do ar, quando ocorre a 
queima dos resíduos, do solo e das 
águas superficiais e subterrâneas. 
 
 
 
Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado 
https://www.flickr.com/photos/agenciasenado/3535 
9813261 
Segundo a CONAMA 307-2002 
cabe aos municípios a elaboração 
de planos integrados de 
gerenciamento. Esses projetos 
devem caracterizar os resíduos e 
indicar procedimentos para 
triagem, acondicionamento, 
transporte e destinação. 
 
 
 
Embora na maioria dos países em desenvolvimento ainda se encontre disposição 
em lixão a céu aberto, esta é a pior forma de dispor os resíduos gerando 
impactos negativos ao meio ambiente e à saúde pública À medida que soluções 
técnicas e modernas tecnologias de tratamento forem adotadas, menores serão 
esses impactos.. A distribuição final dos resíduos sólidos urbanos em aterros 
sanitários tem aumentado ao longo dos últimos anos no país de acordo com 
informações divulgadas pelo IBGE em 2010. 
Os resíduos da construção civil também representam um grande problema 
ambiental, especialmente pela disposição inadequada em córregos, terrenos 
baldios e beira de estradas. Constituindo mais de 50% da massa dos resíduos 
urbanos. (SINDUSCON, 2005). 
http://www.flickr.com/photos/agenciasenado/3535
 
O aterro controlado também não representa uma solução adequada, pois neste 
tipo de aterro não são aplicadas todas as técnicas necessárias para assegurar a 
efetiva proteção ao ambiente e à saúde pública, onde o planejamento não é 
executado com a finalidade de evitar os impactos negativos (SILVA, 2007; 
ABRELPE, 2009). 
 
Muito embora, nestes aterros, os 
problemas sanitários sejam 
minimizados em relação aos lixões, 
pois adotam a técnica do 
recobrimento dos resíduos com terra 
diariamente, os problemas 
ambientais ainda persistem, devido 
ao comprometimento das águas 
subterrâneas e superficiais, pois não 
adotam medidas com a finalidade de 
impermeabilizar a base do aterro, e 
não se trata o líquido percolado pela 
decomposição do lixo, causando 
poluição ambiental devido à falta de 
tratamento do biogás. 
O aterro sanitário é a mais adequada 
modalidade de disposição final de 
resíduos sólidos urbanos, pois se 
trata de uma obra de engenharia que 
dispõe de sistemas de 
monitoramento ambiental, topográfi- 
co e geotécnico, impede a poluição 
do meio mediante a impermea- 
bilização do solo, a coleta e 
tratamento do chorume, a coleta, 
queima ou aproveitamento do 
biogás, (BIDONE e POVINELLI, 1999; 
TENÓRIO e ESPINOSA, 2004; BOSCOV, 
2008). 
 
 
 
 
 
Aterro Sanitário de Aguazinha. Foto: Passarinho/Pref.Olinda 
Publicado por: Secom, em: 03/08/11 às 18:42 
https://www.olinda.pe.gov.br/aterro_aguazinha_foto-passarinho-1/ 
Encontrar locais adequados para a disposição dos resíduos sólidos é um 
problema progressivo nos municípios brasileiros, uma vez que estas áreas 
devem atender critérios de ordem social, econômica e ambiental (SAMIZAVA et 
al., 2008). Um dos fatores fundamentais na escolha de áreas para a implantação 
de um aterro sanitário são os limites de um município,embora seja possível a 
formação de um consórcio entre municípios para a solução deste problema 
(FUNASA/ASSEMAE, 2016). 
 
119 
http://www.olinda.pe.gov.br/aterro_aguazinha_foto-passarinho-1/
http://www.olinda.pe.gov.br/aterro_aguazinha_foto-passarinho-1/
 
A escolha do local ideal para a 
implantação de um aterro sanitário 
não é fácil segundo Monteiro et al. 
(2001), devido à grande urbanização 
das cidades e a ocupação 
desenfreada do solo restringindo a 
disponibilidade de áreas adequadas 
próximas aos locais onde os resíduos 
sólidos são gerados e com 
dimensões adequadas. 
As distâncias apontadas como 
adequadas segundo Gomes et al. 
(2001) estão entre 2 e 15 km a partir 
do centro gerador. Sobre essas 
distâncias os autores chamam a 
atenção para dois fatores, quanto 
mais longe da cidade é o aterro, mais 
caro é o transporte, e quanto mais 
próximo, menor é a aceitação da 
população urbana. Rocha et al. (2004) 
recomenda adotar uma distância 
mínima de 2000m, com a finalidade 
de analisar a influência da área 
urbana. 
 
 
 
 
 
 
Aterro Sanitário de Goiânisa 
Autor:Ev. Alexandry Silva 
Https://www.panoramio.com/photo/56136749 
 
 
 
Após a compactação das camadas em células, um aterro sanitário deve atingir 
uma altura variável de três a seis metros (HADDAD, 1999). Outro fator 
importante para instalação de aterros sanitários é a hidrografia, se fazendo 
necessário avaliar a influência do aterro na qualidade das águas superficiais e 
subterrâneas, para evitar possível contaminação. 
 
 
VOLTANDO AO DESAFIO 
Embasado pela leitura do capítulo e após leitura de material disponibilizado pelo 
professor, resolva o desafio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
120 
http://www.panoramio.com/photo/56136749
 
Esgotamento 
Sanitário 12 
 
 
 
https://i0.wp.com/www.tratamentodeagua.com.br/wp-content/uploads/2016/09/58.jpeg 
 
 
“Água determina doença. Água determina saúde. Uma água 
apropriada, adequada restabelece a saúde. A água pode ser 
usada como remédio.” 
Dr. Lair Ribeiro 
 
“Que o seu alimento seja o seu medicamento.” 
Hipócrates, o pai da medicina 
http://www.tratamentodeagua.com.br/wp-content/uploads/2016/09/58.jpeg
http://www.tratamentodeagua.com.br/wp-content/uploads/2016/09/58.jpeg
122 
 
Entender a 
importância do 
esgotamento 
sanitário para a 
saúde pública 
Após a leitura do texto Pesquise e juntamente com seu 
grupo e apresentes as diversas tecnologias e sistemas 
de tratamento de esgoto existentes. Com o auxilio do 
professor escolha uma delas e apresente um estudo 
completo incluindo o seu dimensionamento. 
Esgoto Industrial 
 
São líquidos resultante dos 
processos industriais. 
Água e infiltração 
 
Água, proveniente do subsolo que 
penetra nas canalizações. 
OBJETIVO UM DESAFIO PARA VOCÊ 
 
 
CONVERSANDO SOBRE O TEMA 
ESGOTAMENTO SANITÁRIO 
Segundo a Lei 11445 de 2007 o esgotamento sanitário é constituído pelas 
atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, 
tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações 
prediais até o seu lançamento final no meio ambiente. 
 
O esgotamento sanitário se constitui no 
único meio seguro para evitar as doenças 
transmitidas pelas excretas humanas. 
 
Sua implantação é tão importante quanto 
o abastecimento d'água. 
 
Segundo a NBR 9 648 
A experiência mostra que em 
algumas comunidades onde foi 
implantado o abastecimento d'água e 
não foram coletados os esgotos, as 
condições sanitárias do meio 
pioraram agravando-se os problemas 
com os dejetos correndo a céu 
aberto. 
 
 
 
 
De acordo com SNIS 2016, 49% da população não possui coleta de esgoto, e 
destes somente 44% são tratados, esta estatística é no mínimo preocupante 
pois eleva o número de doenças oriundas da falta de saneamento bem como 
elevando os índices da mortalidade infantil. 
Esgoto Doméstico 
 
São líquidos resultantes do uso da 
água para higiene pessoal e das 
necessidades fisiológicas humanas. 
Esgoto Sanitário 
 
São constituídos por líquidos 
oriundos do esgoto doméstico e 
industrial, da água e infiltração e da 
contribuição das águas pluviais. 
123 
 
A Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) é o parâmetro mais utilizado para 
definir os tipos de esgoto em sanitário ou industrial. Quanto maior a DBO maior 
a carga de poluição orgânica. 
Nas grandes cidades é onde encontramos os maiores volumes de esgoto coletado 
e estes são despejado, em muitos casos, sem tratamento, nos rios e mares que 
servem como corpos receptores. O efeito produzido por essas atitudes é a 
poluição das águas que circundam as áreas urbanas, o que dificulta e encarece a 
captação e o tratamento da água destinada ao abastecimento da população. 
 
Com a construção do sistema de esgotos sanitários em uma comunidade, 
procura-se atingir os seguintes objetivos: coletar os esgotos individual ou 
coletivo; afastá-los de modo rápido e seguro utilizando fossas ou sistemas de 
redes coletoras; tratá-los e dispor esses esgotos tratados de forma adequada. 
 
Como benefícios, têm-se: 
 
• Conservação dos recursos naturais 
tais como rios, lagos, lagoas, 
córregos, etc.; 
• Eliminação dos aspectos estéticos e 
visuais desagradáveis (odores 
agressivos); 
• Melhoria das condições sanitárias 
locais de vida; 
• Eliminação de focos de poluição e 
contaminação; 
• Melhoria do potencial produtivo do 
ser humano; 
• Redução das doenças ocasionadas 
pela água contaminada por dejetos; 
• Diminuição dos recursos aplicados 
no tratamento de doenças. 
Os esgotos contêm aproximadamente 
99,9 % de água e apenas 0,1 % de 
sólidos. É devido a essa fração de 
sólidos que ocorrem os problemas de 
poluição nas águas, trazendo a 
necessidade de se tratar os esgotos. 
 
As características dos esgotos 
gerados por uma comunidade é 
função do uso a qual a água foi 
submetida. 
 
Esses usos, e a forma com que são 
exercidos, variam com o clima, 
situação social e econômica, além dos 
hábitos da população. 
 
 
 
No Brasil o recolhimento do 
esgoto sanitário se dá por meio de 
tubulações em regime de 
Separador Absoluto. 
Devido a falta de recursos 
financeiros, de apóio tecnológico e 
por vezes científicos há um déficit 
na taxa de tratamento de esgoto 
principalmente quando nos 
referimos aos pequenos e médios 
municípios. 
124 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS RIOS 
 
CONAMA 357: 
 
A resolução nº 357 de 17 de Março de 2005 do Conselho Nacional do Meio 
Ambiente. Dispõe sobre a classificação dos corpos d’água e diretrizes ambientais 
para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de 
lançamento de efluentes. 
 
 
Classes e Condições para Lançamentos de Efluentes 
 
 
A Resolução 357 foi parcialmente 
alterada pela Resolução 410 de 2009 
e 430 de 2011, e estabelece critérios 
sobre a classificação dos corpos de 
água superficiais e determinam as 
diretrizes ambientais para seu 
enquadramento, bem como as 
condições e padrões de lançamento 
de efluentes. 
Sua classificação obedece a 
qualidade, a capacidade e outras 
características do curso d’água. As 
ETEs devem encaminhar os 
efluentes tratados para um corpo 
d’água adequado respeitando os 
requisitos de cada classe. 
O lançamento do esgoto em corpos hídricos sem nenhum tratamento acarreta 
grandes prejuízos à comunidade, entretanto continua acontecendo em grande 
parte do Brasil. 
125 
 
Destacaremos as classes dos cursos d’água doce, os quais tem impacto direto com 
as atividades urbanas e industriais que, segundo o CONAMA se agrupam nos 
seguintes níveis ou categorias: 
 
CLASSE DESTINO 
 
 
Classe Especial 
Para consumo humano, com desinfecção; 
Preservar o equilíbrio natural das comuni- 
dades aquáticas; e 
Preservar os ambientes aquáticos em 
unidades de conservação de proteção 
integral. 
 
 
 
 
 
Casse I 
Abastecimento para consumo humano, após 
tratamento simplificado; 
Proteção das comunidades aquáticas; 
Recreação de contato primário, tais como 
natação, esqui aquático e mergulho, 
conforme Resolução CONAMAno 274, de 
2000; 
Irrigação de hortaliças que são consumidas 
cruas e de frutas que se desenvolvam rentes 
ao solo e que sejam ingeridas cruas sem 
remoção de película; e 
Proteção das comunidades aquáticas em 
Terras Indígenas. 
 
 
 
 
Casse II 
Abastecimento para consumo humano, após 
tratamento convencional; 
Proteção das comunidades aquáticas; 
Recreação de contato primário, tais como 
natação, esqui aquático e mergulho; 
Irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de 
parques, jardins, campos de esporte e lazer, 
com os quais o público possa vir a ter 
contato direto; 
Aquicultura e à atividade de pesca. 
 
 
 
 
Classe III 
Abastecimento para consumo humano, após 
tratamento convencional ou avançado; 
Irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e 
forrageiras; 
Pesca amadora; 
Recreação de contato secundário; 
Dessedentação de animais. 
 
Classe IV 
Navegação; 
Harmonia paisagística. 
126 
 
receptores e nas diversas variáveis do 
esgoto a ser tratado, tais como a 
vazão, o pH, a temperatura, o DBO, 
etc. 
condições 
corpos estabelecidas para os 
A escolha do sistema de tratamento 
varia em função das 
A composição do esgoto é bastante 
variável, pois, enquanto o esgoto 
sanitário causa poluição orgânica e 
bacteriológica, o industrial causa em 
geral a poluição química e impurezas 
orgânicas e inorgânicas decorrentes 
das diversas atividades dependentes 
do tipo de indústria . 
Os corpos d’água se recuperam da poluição pela ação da própria Natureza, 
desde que o efluente lançado não ultrapasse cerca de 2,5% da sua vazão. 
Quando os corpos d’água recebem elevadas cargas de efluentes em relação a 
sua vazão não conseguem se restabelecer pela autodepuração então são 
utilizadas a depuração artificial. 
IMPORTÂNCIA DA CLASSIFICAÇÃO 
 
Essa classificação é de grande importância, pois o tratamento dos efluentes vai 
variar de acordo com os parâmetros do corpo d’água; é por meio dessa 
classificação que eles são monitorados e controlados, para o caso de algum 
infrator lhe causar algum dano ele deverá reparar o dano causado sendo 
obrigado a modificar as atividades da ETE podendo até mesmo cessá-las. Quanto 
menor a classe na qual o corpo d’água se encontra, mais rígida será a fiscalização 
e a penalidade pelo descumprimento das leis. 
A maioria das contaminações ocorre pelo tratamento inadequado das estações 
de tratamento de esgoto. O descarte inadequado além de prejudicar o meio 
ambiente incidirá em multa pesadas impostas elos órgãos de fiscalização por não 
atentarem a legislação em vigor. 
 
Logo, para a elaboração de um Projeto de Estação de tratamento de água deve- 
se levar em conta os parâmetros do curso d’água onde se pretende lançar os 
efluentes para assim se determinar os parâmetros da ETE que se pretende 
implantar. 
 
 
 
 
127 
 
NÍVEIS DE TRATAMENTO 
 
O processo de tratamento do esgoto pode adotar diferentes tecnologias mas, de 
modo geral segue um fluxo que compreende as seguintes etapas: 
 
Tratamento Preliminar: São retirados do esgoto os sólidos grosseiros, como lixo 
e areia. 
 
São utilizados Processos Físicos, como: gradeamento, peneiramento e 
sedimentação. 
 
Tratamento Primário: Reduz parte da matéria orgânica presente nos esgotos 
removendo os sólidos em suspensão sedimentáveis e sólidos flutuantes. 
Nesta etapa o esgoto ainda contém sólidos em suspensão, não grosseiros, que 
são mais pesados que a parte líquida. Esses sólidos se sedimentam, indo para o 
fundo dos decantadores, formando o lodo primário bruto. Esse lodo é retirado do 
fundo do decantador, através de raspadores mecanizados, tubulações ou 
bombas. 
 
São utilizados Processos Anaeróbios: Ocorre através da fermentação, na ausência 
de oxigênio. 
 
 
Tratamento secundário: Remove a matéria orgânica e os sólidos em suspensão. 
 
São utilizados Processos Biológicos, utilizando reações bioquímicas, através de 
microorganismos – bactérias aeróbias, facultativas, protozoários e fungos. 
 
No processo aeróbio os microorganismos presentes nos esgotos se alimentam da 
matéria orgânica ali também presente, convertendo-a em gás carbônico, água e 
material celular. Esta decomposição biológica do material orgânico requer a 
presença de oxigênio e outras condições ambientais adequadas como 
temperatura, pH, tempo de contato 
128 
 
Tratamento Terciário: Remove poluentes específicos (micro nutrientes e 
patogênicos), além de outros poluentes não retidos nos tratamentos primário e 
secundário. Este tratamento é utilizado quando se deseja obter um tratamento 
de qualidade superior para os esgotos. Neste tratamento removem-se 
compostos como nitrogênio e fósforo, além da remoção completa da matéria 
orgânica. 
 
São utilizados processos por radiação ultravioleta, químicos e outros. 
 
As tecnologias utilizadas no tratamento do esgoto é o aperfeiçoamento da 
depuração natural. Os sistemas existentes podem ser classificados, basicamente 
em: 
Processo aeróbio 
Processo anaeróbio 
Sistema fossa séptica – filtro anaeróbio 
Reator anaeróbio de manta de lodo (UASB) 
Ralf – reator anaeróbio de leito fluidizado 
Lagoas de estabilização (ou lagoas de oxidação) e suas variantes 
Lodos ativados e suas variantes 
 
O tratamento de efluentes domésticos é uma etapa fundamental na recuperação 
e preservação dos nossos recursos hídricos. 
 
 
VOLTANDO AO DESAFIO 
 
 
Pesquise e juntamente com seu grupo e apresentes as diversas tecnologias e 
sistemas de tratamento de esgoto existentes. Com o auxilio do professor escolha 
uma delas e apresente um estudo completo incluindo o seu dimensionamento. 
129 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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superfície para abastecimento público. 
 
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Gabinete do Ministro. 
 
 . Resolução nº 430, DE 13 de maio de 2011. Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento 
de efluentes, complementa e altera a Resolução no 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional 
do Meio Ambiente-CONAMA 
 
 . Resolução CONAMA nº 410 de 04/05/2009. Prorroga o prazo para complementação das 
condições e padrões de lançamento de efluentes, previsto no art. 44 da Resolução nº 357, de 17 de 
março de 2005, e no art. 3º da Resolução nº 397, de 3 de abril de 2008. 
 
 . Resolução CONAMA 357, de 17 de março de 2005 Publicada no DOU nº 053, de 18/03/2005, 
págs. 58-63 • Alterada pela Resolução 410/2009 e pela 430/2011 Dispõe sobre a classificação dos corpos 
de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões 
de lançamento de efluentes, e dá outras providências. 
 
 . Resolução CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002 Publicada no DOU no 136, de 17 de julho de 
2002, Seção 1, páginas 95-96 Correlações: · Alterada pela Resolução no 348/04 (alterado o inciso IV do 
art. 3o) Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. 
 
 . Resolução CONAMA nº 274, de 29 de novembro de 2000 Publicada no DOU no 18, de 25 de 
janeiro de 2001, Seção 1, páginas 70-71 Correlações: · Revoga os artigos 26 a 34 da Resolução no 20/86 
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