Prévia do material em texto
1/2 Verbos reflexivos O verbo é conhecido como a classe de palavras que exprime ação, estado, fato ou fenômeno, sendo flexionado de diferentes formas para indicar a pessoa do discurso, o número, o tempo, o modo e a voz. Na língua portuguesa, nós encontramos várias classificações dos verbos, como os verbos regulares, verbos irregulares, verbos de ligações e outros. Neste artigo, trataremos de um tipo em particular: os verbos reflexivos. O que são os verbos reflexivos? Os verbos reflexivos são aqueles em que a ação se reflete no próprio sujeito que a pratica. Esses verbos sempre aparecem acompanhados do pronome pessoal oblíquo átono. Observe o exemplo abaixo: -Joana penteou-se e saiu com os pais. Foto: depositphotos Neste caso, temos Joana (o sujeito), que é o agente da oração, ou seja, foi quem praticou a ação de pegar um pente e passar pelos cabelos. Assim, a ação de Joana foi a de pentear bem como a de se tornar penteada. Por esse motivo, podemos dizer que a ação volta para o próprio sujeito, ou seja, a mesma Joana pratica e sofre a ação. Veja outro exemplo: -O caçador feriu-se com a arma. Observe que o caçador (o sujeito) praticou a ação, ou seja, entrou em contato com a arma e, em seguida, essa ação (usar a arma e acidentalmente ferir-se com o objeto) se voltou para ele mesmo. Como a ação voltou-se para quem a praticou, temos um verbo reflexivo. Verbos reflexivos e verbos pronominais: qual é a diferença? Ao abordamos os verbos reflexivos, é importante voltarmos ao conceito de verbos pronominais, a fim de evitar confusão entre as duas classificações. 2/2 Ambos os verbos trazem consigo o pronome oblíquo átono “se”, mas existem algumas particularidades que devem ser esclarecidas. Nos verbos reflexivos, o pronome pessoal oblíquo átono “se” não é parte do verbo, apenas o acompanha. Os verbos pronominais, por sua vez, são aqueles que, necessariamente, trazem junto de si esse pronome. Observe atentamente os exemplos a seguir: -Nádia queixou-se de dor. -O moço arrependeu-se de sua decisão. Nas frases acima, o uso do pronome oblíquo ocorre por uma exigência da própria gramática da língua portuguesa, sendo, portanto, exemplos de verbos pronominais.