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TERAPIA NUTRICIONAL 
NOS TRANSTORNOS 
ALIMENTARES 
PROFA MARIANA CARVALHO; ME CHRIS 
BARROSO 
TRANSTORNO ALIMENTAR 
↓ 
Transtornos psiquiátricos com graves complicações clínicas 
 
Comprometimento do estado nutricional e práticas 
compensatórias inadequadas para o controle e a perda de peso 
– vômitos autoinduzidos, uso de diuréticos, anfetaminas e 
laxativos) 
Busca incessante pela magreza 
Distúrbio da imagem corporal 
 Complicações: 
- Endócrinas 
- Cardíacas 
- Pulmonares 
- Renais 
- Dentárias 
 
 
(Eating Disorders) 
 Doenças: 
- Hipercolesterolemia 
- Hipoglicemia 
- Osteopenia 
- Osteoporose 
- Hipocalemia 
- Hipomagnesia 
- Hiponatremia 
- Hipofosfatemia 
- Anemia 
- Constipação 
- Lanugo (pêlos finos, 
suaves e abundantes 
no corpo) 
- Esofagite 
- Pancreatite aguda 
 
 
 
 
C
o
n
se
q
u
ên
ci
as
 
TRANSTORNOS ALIMENTARES 
Anorexia Nervosa (AN) 
Bulimia Nervosa (BN) 
Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP) 
Transtornos Alimentares Não Especificado (TANE) 
PREVALÊNCIA 
ANOREXIA NERVOSA 
• Até 0,9% em mulheres 
jovens 
 
BULIMIA NERVOSA 
• 1% para mulheres 
• 0,1% para homens 
TANE/ TCAP 
• 1 a 4% no geral 
• (> em obesos) 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
ANOREXIA NERVOSA 
• Manual diagnóstico e 
estatístico de transtornos 
mentais (DSM–IV-DR) 
• Classificação Estatistica 
Internacional de doenças 
e problemas relaionados 
com saúde CID-10 
BULIMIA NERVOSA 
• Instrumentos 
autoaplicáveis e 
entrevistas 
• Relacionadas ao padrão 
e atitudes alimentares, 
imagem corporal, 
comorbidades , aspectos 
psicológicos, sociais, etc 
TCAP 
• Acompanhamento com 
equipe multidisciplinar 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
ANOREXIA NERVOSA 
• Há perda de peso ou, 
em crianças, falta de 
ganho de peso, e o 
peso corporal é 15% 
abaixo do esperado 
• Perda de peso 
autoinduzida 
• Distorção da imagem 
corporal 
• Transtorno endócrino 
generalizado 
(amenorréia e perda de 
interesse e potência 
sexual) 
BULIMIA NERVOSA 
• Episódios de hiperfagia, 
quando grandes 
quantidades de 
alimento são 
consumidos em curtos 
períodos (2x/sem por 3 
meses) 
• Preocupação com o 
comer e o forte 
desejo/compulsão 
alimentar 
• Tentativa de neutralizar 
os efeitos “de 
engordar” por meio de 
vômitos e purgação 
autoinduzidos, períodos 
de inanição e/ou uso de 
drogas (anorexígenos, 
laxantes e diuréticos) 
• Autopercepção de estar 
gordo, com pavor 
intenso de engordar e 
realiza exercícios 
intensos ou jejuns 
TCAP 
• Episódios recorrentes 
de compulsão alimentar 
• Perda de controle sobre 
a ingestão durante o 
episódio (não 
consegue parar de 
comer) 
• Características: comer 
mais rapidamente, 
comer ainda se 
sentindo cheio, comer 
grandes quantidades 
mesmo sem fome 
• Culpa ao comer, muita 
angústia 
• 2 dias/semana por 6 
meses 
• + Medidas 
compensatórias 
inadequada 
ANOREXIA 
NERVOSA 
FATORES DE RISCO 
• A influência da “cultura do corpo” e da pressa ̃o para a 
magreza que as mulheres sofrem nas sociedades ocidentais 
(especialmente as adolescentes) parece estar associada com 
o desencadeamento de comportamentos anore ́ticos. 
 
• Comportamento psicológico de autoestima baseado na 
aparência física e o engajamento em dietas para perda de 
peso 
Cerca de 45% das crianças de ambos os sexos em 
idade escolar querem ser mais magras e 37% 
tentaram perder peso. 
 
• 90% são mulheres 
• Pessoas ligadas à moda, dança e alguns esportes 
• Grande incidência entre estudantes universitários e secundaristas 
Mulheres Homens 
- Preocupação com peso 
- Menor preocupação com 
malhação 
- Enxergam-se mais gordas 
- Preocupação com forma 
- Início mais tardio 
- Maior quantidade de exercícios 
- 50% homossexuais (20% tem alguma 
forma de TA) 
- Enxergam-se menos musculosos 
 * Histórico de obesidade 
Grupos de maior incidência 
 
 Prevalência aumentada em certos grupos ocupacionais 
• Profissões que exigem boa aparência e corpo muito magro 
- Bailarinas, dançarinas 
- Modelos, atrizes 
- Ginastas, jóqueis, boxers, lutadores 
 
 Estudantes de Nutrição e nutricionistas 
 Estudantes e prof de Ed. Física 
Grupos de maior incidência 
CURSO DA DOENÇA 
• Restrição dietética progressiva 
com a eliminação de alimentos 
“engordantes”. 
• Passam a apresentar certa 
insatisfação com os seus corpos 
e se sentir obesas 
• Gradativamente, passam a viver 
exclusivamente em função da 
dieta, da comida, do peso e da 
forma corporal, restringindo seu 
campo de interesses e levando 
ao gradativo isolamento social. 
• A prática de exercícios físicos é 
freqüente 
Anorexia Nervosa 
2 Subtipos: 
- Restritivo 
- Purgativo 
44% apresentam boa evolução 
5,6% morre por década de 
doença 
Maiores de 20 anos: 20% 
mortalidade 
Causas: 
Baixa auto-estima/ busca de aprovação 
Sentimento de inadequação 
Depressão e ansiedade 
Relações familiares ou pessoais 
Dificuldade em expressar sentimentos 
Mudança no padrão de beleza da sociedade 
Perfeccionismo 
ASSOCIAÇÃO COM 
OUTRAS PATOLOGIAS 
A associação dos transtornos alimentares com 
outros quadros psiquiátricos é bastante frequente. 
 
Transtornos de humor, de personalidade, 
depressão, transtorno afetivo bipolar, TOC e 
comportamentos obsessivos, uso de substâncias. 
 
Transição para bulimia 
 
 
ETIOLOGIA 
Mecanismo multifatorial: 
- Fatores predisponentes: aumentam a chance de 
desenvolver 
 
- Doenças psiquiátricas, depressão, genética? 
- Alteração no sistema serotoninérgico: regulador do 
comportamento alimentar 
- Personalidade: tipo obsessivos, perfeccionistas, dificuldade 
em expressar sentimentos, introversão e baixa auto estima 
- Dinâmica familiar disfuncional: superproteção, rigidez, 
tendência em evitar conflitos, mães críticas, preocupadas com 
aparência 
- Sócioculturais: conceito de beleza e magreza (beleza, 
sucesso, autocontrole, competência e atratividade sexual) 
- Outros fatores: abuso sexual, estímulos negativos ao longo do 
desenvolvimento 
 
ETIOLOGIA 
Mecanismo multifatorial: 
• Fatores precipitantes: marcam o início 
- Dieta para perder peso 
- Dietas restritivas: aumenta 18x chance de TA 
 
• Fatores mantenedores: contribuem para instalação e 
perpetuação 
- Alterações neuroendócrinas pela provação alimentar 
- Distorção da auto imagem e cognitivas 
- Práticas purgativas 
- Dinâmica familiar 
 
BULIMIA NERVOSA 
ETIOLOGIA 
- Fatores multicausais 
- Biológicos: metabólitos da serotonina em níveis 
elevados 
- Herança familiar (9,6%) 
- Fatores psicológicos: insegurança, medo de julgamento, 
manutenção da aparência física, baixa auto estima, 
preocupação excessiva com o corpo e dieta 
- Sócioculturais: mulher retratada como de boa aparência 
sempre, símbolos de liberdade efeitos negativos nas 
mulheres 
- Familiares: conflitos, dificuldade de comunicação, 
ausência de coesão familiar, alteradas relações 
interpessoais 
 
CURSO DAS DOENÇAS 
• Início, pode se achar relacionado à fome, mas 
posteriormente, o ciclo compulsão 
alimentação-purgação instala-se. 
 
• Grande e rápida ingestão de alimentos, com 
perda de controle 
 
• Métodos compensatórios inadequados: 
vômitos, laxantes, diuréticos, inibidores de 
apetite, dietas e exercícios 
 
• Passa a correr em todo tipo de situação que 
gera sentimentos negativos (frustração, 
tristeza, ansiedade, tédio, solidão). 
Bulimia 
Nervosa 
Baixa auto estima, 
autocrítica elevada 
Impulsividade: 
cleptomania, 
tricotilomania, 
automutilação, abuso 
de drogas lícitas e 
ilícitas, , promiscuidade 
sexual e tentêndcias 
suicidas. 
TRATAMENTO DOS 
PRINCIPAIS TA 
TRATAMENTO ESPECIALIZADO PARA PESSOAS COM 
TRANSTORNOS ALIMENTARES 
PACIENTE 
Psiquiatra 
Psicólogo Nutricionista 
Enfermeiros, 
educadores 
físicos, TO e 
assistentes 
sociais 
CUIDADO NUTRICIONAL 
• Avaliação nutricional 
 
 
• Formulação do diagnóstico 
nutricional 
 
 
• Intervenção nutricional 
 
 
•Acompanhamento (com 
reavaliações) 
 
Medidas 
antropométricas 
 
Bioquímicas 
 
Clínicas 
 
Alimentares 
ANAMNESE NÃO ESTRUTURADA 
-Informações básicas: idade, contatos, estado civil, filhos, 
escolaridade, profissão, nível socioeconômicos, com quem 
mora e como, indicação para tratamento, narrativa da 
história de vida 
 
- Informações quanto à saúde: doenças pregressas e 
vigentes, tratamentos já realizados ou em andamento, 
medicamentos, suplementos, qualidade do sono, sintomas 
 
- Informações quanto ao peso: histórico de variação do 
peso, histórico da prática de dietas, questões de imagem 
corporal 
(ex.: conceitos sobre qual considera ser seu peso ideal e 
graus de insatisfação corporal 
ANAMNESE NÃO ESTRUTURADA 
 
- Informações quanto à alimentação: histórico dos hábitos 
alimentares do paciente e de sua família, consumo alimentar 
habitual e atual (com possível cálculo posterior da ingestão de 
nutrientes, se necessário), evidências de compulsão 
alimentar, crenças, sentimentos e pensamentos sobre 
alimentação, alimentos evitados 
 
 
- Informações quanto ao comportamentos 
compensatórios: uso de laxantes, diuréticos, enemas e 
remédios para emagrecer, indução de vômitos, realização de 
jejuns ou restrições alimentares e prática de atividade física 
 
EXAME FÍSICO 
-Alterações nos cabelos: ressecamento e 
diminuição da espessura, volume e 
quantidade 
 
- Alterações na pele: presença de lanugo e 
ressecamento 
 
- Alterações nas unhas: fracas, 
quebradiças, com alterações nas mudanças 
de temperatura 
 
 
 
EXAMES BIOQUÍMICOS 
- Densidade óssea 
- Eletrólitos séricos 
- Hemograma completo 
- Ferro 
- Ferritina 
- Vitamina B12 
- Creatinina 
- Uréia 
- Glicemia 
- Albumina 
- Pré-albumina 
-Colesterol total e 
frações 
- Exames endoscópicos, 
hepáticos, cardíacos e 
hormonais 
 
Tratamento 
Quais são as 
demandas e 
necessidades? 
Qual é o perfil 
do paciente? 
Quais são as 
causas e 
condições? 
TRATAMENTO 
• Hospitalizações: 
- Situações onde a gravidade clínica pode comprometer a vida 
do paciente. 
- A gravidade pode ser expressa: redução do peso, distúrbios 
do ritmo cardíaco, desidratação, distúrbio dos eletrólitos, 
hipotensão grave, gravidade do ciclo de voracidade alimentar 
e purgação. 
- Na AN, não há consenso sobre peso ou IMC indicando 
internação (13 kg/m2 ou PP maior de 30%) 
- Risco de auto ou heteroagressão 
- Recusa do tratamento 
- Falta de apoio familiar 
 
 
 OBJETIVOS COMUNS AO TRATAMENTO DE QUALQUER TRANSTORNO 
- Melhorar a estrutura, o consumo e as atitudes alimentares 
- Ajudar o paciente a perceber os sinais de fome e saciedade 
- Diminuir ou eliminar os distúrbios de imagem corporal 
- Estabelecer práticas alimentares saudáveis 
OBJETIVOS DO CUIDADO NUTRICIONAL 
 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
ANOREXIA 
NERVOSA 
• Restabelecer peso 
corporal e cessar 
perda de peso 
• Melhora de hábitos 
alimentares 
• Corrigir sequelas da 
desnutrição e cessar 
episódios de métodos 
compensatórios 
BULIMIA NERVOSA 
• Cessar episódios 
bulímicos e uso de 
métodos 
compensatórios 
• Normalizar funções do 
TGI (distensão, 
constipação, 
esvaziamento gástrico) 
• Comportamento 
TCAP 
• Cessar episódios de 
compulsão alimentar 
• Promover a perda de 
peso de forma lenta e 
sustentável, se 
necessário 
CONCEPÇÕES 
• A terapia nutricional (TN) raramente é indicada em 
pacientes com AN ou BN 
• Via oral sempre preferida 
• A enteral pode ser melhor aceita que a v.o. 
 
Objetivo: recuperar estado nutricional 
Indicadores: aumento do IMC ou retorno da menstruação 
 
• O ganho de peso normalmente recomendado durante a 
internação hospitalar é de 0,5 a 1,0 kg/semana em 
acompanhamento ambulatorial, 0,5 kg/semana. 
 
TRATAMENTO NUTRICIONAL 
• Calorias 
 
30 – 40 kcal/ dia, podendo chegar a 70 – 100 kcal/dia. 
 
• Macronutrientes: 
 
LIP – 1g/kg - 25-30%VCT (mascarar a oferta (granola, queijos magros); 
negociar, gradualmente, troca de desnatados por integrais 
 
PTN – 0,8 a 1,0 g/Kg 
 
CHO – 4 a 6 g/kg - 50-55% VCT 
- priorizar fibras insolúveis: aumentam peristalse 
- diminuir fibras solúveis: saciedade/constipação 
 
– Micronutrientes: 
 
Se necessários, suplementar para 
completar 100% DRI 
 
 
TRATAMENTO NUTRICIONAL 
CONCLUSÃO 
Tendo em vista que os transtornos alimentares surgem com 
grande freqüência na infância e na adolescência, o profissional 
de saúde envolvido com o atendimento deste grupo etário deve 
estar bem familiarizado com suas principais diretrizes clínicas. 
 
O diagnóstico precoce e uma abordagem terapêutica adequada 
dos transtornos alimentares são fundamentais para o manejo 
clínico e o prognóstico destas condições.

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