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MONITORAMENTO AMBIENTAL Disciplina: Controle da Qualidade Microbiológico de Medicamentos Professora: Raquel Rennó Braga MONITORAMENTO AMBIENTAL • Controlar níveis de m.o. e partículas dentro dos limites; • Demonstrar que a qualidade microbiológica do ambiente é estável; . Para garantir a qualidade de um produto é imprescindível demonstrar a eficácia das práticas que empregam para minimizar contaminação. Partículas não-viáveis x Partículas viáveis MONITORAMENTO AMBIENTAL Importante: • Avaliar perfil microbiológico das áreas produtivas; • Procedimentos de limpeza e desinfecção; • Conhecer as fontes de contaminantes; • Conhecer os tipos de contaminantes. ⚫ Pessoal → Treinamento e motivação → Paramentação, higiene, limpeza, técnicas assépticas, conduta na circulação… ⚫ Equipamentos e superfícies → Limpeza validada, sanitizantes testados, acessórios adequados ⚫ Qualidade do ar → Pressão diferencial → Filtros → Distribuição e Trocas de ar → Fluxo SALAS LIMPAS • Ambiente com nível de limpeza controlado • Necessário para a fabricação de produtos estéreis: reduzir a introdução, geração e retenção de contaminantes em seu interior • Classificação: através da contagem de partículas • Normas técnicas: ISO 14644 e BPF ⚫ Controle da limpeza do ambiente e equipamentos/ BPF ⚫ Controle do suprimento de ar na sala ⚫ Controle do acesso/ ⚫ fluxo de pessoal e material CLASSIFICAÇÃO DAS SALAS LIMPAS ⚫ Norma ISO: define diferentes níveis de limpeza (CLASSE ISO) de acordo com a quantidade de partículas de diferentes tamanhos suspensas em um metro cúbico de ar. Análise da concentração de partículas em suspensão no ar: NORMA ABNT NBR 14644-1 – Salas Limpas e ambientes controlados associados – Parte 1: Classificação da limpeza do ar. ⚫ Classificação de acordo com número permitido de partículas por volume de ar (expresso em m3); ⚫ Não fornece correlação entre número de partículas não viáveis e viáveis, ⚫ Usada por fabricantes de salas limpas para orientar construção, preparação e manutenção das instalações. Classificação das Salas Limpas ⚫ Classes de limpeza do ar baseada em limites de partículas de 0,1 a 5µm - forma + rápida de controle (demora testes microbiológicos) Não fornece correlação entre número de partículas não viáveis e viáveis. Porém, quanto menor o número de partículas presentes menor a contagem microbiana sob condições operacionais desde que não haja mudança no fluxo de ar, temperatura e umidade. Classificação das Salas Limpas ⚫ Classificação ANVISA: infere as condições do teste (em operação e em repouso) e os critérios de limites de partículas não-viáveis e contaminação microbiana Classificação das Salas Limpas ⚫ Sala limpa para cada tipo de processo ⚫ Cada tipo de produto ou etapa da produção → grau específico de limpeza CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL ⚫ Programa de Monitoramento: começar pelo controle de contaminação ⚫ Fontes de contaminação: → Ar → Equipamentos → Insumos → Pessoal: - situação estática: 105 partículas / pessoa - em movimento: 107 partículas / pessoa → Complexidade da operação Controle da Contaminação ⚫ Filtros → Permitir baixa concentração de partículas acima de 0,5 mm e ausência de partículas acima de 5 mm → HEPA (alta eficiência para partículas do ar ou filtro absoluto) = eficiência mínima de 99,97% → ULPA (Filtros de ar ultra baixo particulados) = 99,99996% Controle da Contaminação ⚫ Distribuição das UTA (Compartilhamento) - Avaliar o impacto de uma possível contaminação cruzada pelo compartilhamento de unidades de tratamento de ar entre diferentes áreas produtivas. -Instalações segregadas e dedicadas - sistemas de tratamento de ar independentes -Análise de riscos caso haja compartilhamento Controle da Contaminação ⚫ Número de trocas de ar: - Área de fabricação de não estéreis: 6 a 20 trocas por hora; - Áreas limpas: mínimo 20 trocas por hora; Fatores determinantes: - Classificação da área; - Características do produto; - Qualidade do ar de alimentação; - Quantidade de partículas geradas pelos operadores; - Ar suficiente para manter diferenciais de pressão. Controle da Contaminação ⚫ Padrão de Fluxo de Ar: Insuflamento de ar tratado nas salas de produção seguem padrões: -Unidirecional - Turbulento Controle da Contaminação ⚫ Tipos de fluxo unidirecional Fluxo vertical: partículas percorrem distância menor antes da saída Fluxo horizontal: a distância é maior, existindo diferença no nível de contaminação à medida que o ar é insuflado e se afasta dos filtros absolutos até a outra extremidade da saída. Controle da Contaminação ⚫ Fluxo do ar → Laminar (unidirecional) → salas classe 100 (A e B) →Velocidade: não perturbar a sensibilidade das balanças. 0,36-0,54m/s 1= ar insuflado 2= filtro HEPA 3= caixa de pressão 4= área limpa 5= ar extraído (chão perfurado) Controle da Contaminação ⚫ Fluxo do ar → Turbulento (não unidirecional) → salas classe 1.000 a 100.000 (C e D) 1=ar insuflado 2= filtro HEPA 3= luminária 4= área limpa 5= ar extraído Controle da Contaminação ⚫ Diferencial de Pressão Medida para diminuir a possibilidade de contaminação do ar da sala classificada com ar das áreas adjacentes → Alta pressão e baixo fluxo de ar entre as áreas →5 a 20 Pa →Uso de antecâmaras: - Ajuste e manutenção de sistemas de diferenciais de pressão; - Limitar contaminação; - Separar áreas de diferentes graus de limpeza; - Classificação: padrões de fluxo de ar ( cascata, bolha, pia) Controle da Contaminação ⚫ Antecâmaras As portas das antecâmaras devem abrir na direção da área com maior pressão, assim quando fechar a pressão ajuda a manter fechada. As portas não devem abrir ao mesmo tempo. Pressão positiva em relação às áreas adjecentes. PRODUÇÃO DE ESTÉREIS Controle da Contaminação ⚫ Antecâmaras Pressão NEGATIVA em relação às áreas adjecentes. PRODUTOS POTENTES (Sistema de contenção de pós. Áreas pressurizadas negativamente em relação á pressão atmosférica. → Proteger o produto e o manipulador/ não permitre trocas entre ambientes protegidos e não protegidos; → Selados fisicamente ou com aplicação contínua de sobrepressão; → Manipulação por luvas ou vestimenta; → Ar que entra passa por filtro HEPA; → Vapores de peróxido de hidrogênio ou ácido Paracético. ⚫ Barreiras físicas/ Isoladores ⚫ Sopro/enchimento/selagem (Blow/fill/seal) → Sistema que combina montagem do recipiente, envase do produto estéril e selagem em único equipamento; →Sequencia ocorre assepticamente em operação ininterrupta com mínima exposição ao ambiente; →Taxas de contaminação menores que 0,1% Programa de monitoramento ambiental - PLANO DE AMOSTRAGEM: permitirá obtenção de dados que demonstrem um nível aceitável de controle do processo e ambiente ou indiquem desvio. ⚫ Definir pontos de amostragem através da avaliação dos pontos críticos da produção: - O local é ponto de contato com o produto? - Pode ocorrer proliferação microbiana no local durante a produção ou entre etapas de limpeza, sanitização e desinfecção? - O local é de fácil limpeza e desinfecção? - Irá a amostragem interferir com o processo de fabricação e aumentar o risco de ocorrência de contaminação do produto? Programa de monitoramento ambiental Locais com contato direto com o produto Locais sem contato com o produto Recipientes Piso Filtro e corpo de filtro Paredes Água e mangueiras de transferência do produto Portas Bocais de enchimento Instrumentos de ensaio Desinfetantes Transportador de frascos Componentes Carrinhos Gás comprimido telefones Alto risco: maior frequencia de amostragem Programa de monitoramento ambiental Amostragem no programa de monitoramento: →Durante operações normais (com produto e operadores); →Realizada periodicamente; →Considerando condições de “pior caso”: produto aberto, maior número de pessoas em operação, nível máximo de demanda... →Avaliação de tendências, estabelecer níveis de alertae ação Nível microbiológico excedido – investigação ações corretivas: - Reforço no treinamento, amostragem adicional comfrequência aumentada, desinfecção adicional, testes adicionais no produto, identificação dos contaminantes e sua possível fonte, reavaliação e revalidação dos procedimentos operacionais Programa de monitoramento ambiental MÉTODOS Controle de Microorganismos 1. Qualidade do ar: - Amostragem ativa: impacto por força centrífuga, por peneira ou filtração - Amostragem passiva: placas de sedimentação Quantitativa: quando o volume conhecido de ar é amostrado em um período conhecido de tempo e o resultado é expresso como número de colônias recuperadas. 2. Monitoramento de superfície: - Placas de contato - Swab Qualitativo: não dimensiona o número de microorganismos no ar Avaliação do número de microorganismos ⚫ Impactação em ágar por centrifugação - “Centrifugal Sampler”: ar é impactado sobre a superfície de uma tira de ágar por ação de força centrífuga Seletividade por partículas maiores podendo resultar em contagens maiores MONITORAMENTO DO AR Avaliação do número de microorganismos ⚫ Tamização e impactação em ágar - “Sieve impactor” – “equipamento de Anderson”: ar passa por tamiz antes de atingir o ágar MONITORAMENTO DO AR - Jogo com vários tamizes com tamanhos de poro decrescentes → relação entre tamanho da partícula e microorganismo Avaliação do número de microorganismos ⚫ Impactação em líquido - volume de ar é impactado em meio nutriente líquido (borbulhamento) - líquido é filtrado ou semeado em ágar - ideal quando amostra é muito contaminada: pode diluir líquido antes da contagem ⚫ Filtração em gelatina (Gelatin filter sampler) - volume de ar passa por membrana constituída de fibras de gelatina, capazes de reter os microorganismos - membrana é dissolvida em diluente apropriado, o qual é semeado em ágar MONITORAMENTO DO AR Avaliação do número de microorganismos ⚫ Método gravitacional - Amostragem passiva - Exposição de placas (TSA e Sabouraud) em pontos estratégicos por no mínimo 15 minutos (ideal: 60 minutos) - Incubação (TSA: invertido, 35oC, 3 dias / Sabouraud: 25oC, 7 dias) - Dificuldades em determinar volume de ar amostrado - Facilidade e baixo custo - não serve para avaliação quantitativa MONITORAMENTO DO AR Avaliação do número de microorganismos MONITORAMENTO DAS SUPERFÍCIES ⚫ Técnica do swab - Esfregaço de área pré-determinada da superfície e dispersão em diluente → semeadura em ágar apropriado - Utilização de “gabarito” estéril para delimitar área de 24 a 30 cm2 • Placas de contato - Coleta no final da operação MÉTODOS Controle de Partículas 1. Filtração por membrana 2. Contador óptico MONITORAMENTO DO AR Avaliação do número de partículas ⚫ Filtração através de membrana - volume de ar aspirado através de filtro de membrana - retenção das partículas e contagem em microscópio eletrônico - Vantagem: quantidade conhecida de ar amostrado - Desvantagem: microscopista hábil, análise demorada Avaliação do número de partículas ⚫ Contador de partículas óptico - partícula passa por um feixe de luz emitido por uma fonte laser: difração da luz proporcional ao número e tamanho das partículas interceptadas - contagem e determinação do diâmetro das partículas - Vazão de ar: 28,3 L / minuto - Método mais rápido - portáteis MONITORAMENTO DO AR Slide 1: MONITORAMENTO AMBIENTAL Slide 2: MONITORAMENTO AMBIENTAL Slide 3: MONITORAMENTO AMBIENTAL Slide 4: SALAS LIMPAS Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42