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CENTRO EDUCACIONAL CATAGUASES CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO FLÁVIA RODRIGUES DE FIGUEIREDO LOPES VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA - HIV CONDUTA DO PROFISSIONAL DE SAÚDE DIANTE DO RESULTADO POSITIVO PARA HIV Cataguases, MG 2022 FLÁVIA RODRIGUES DE FIGUEIREDO LOPES VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA - HIV CONDUTA DO PROFISSIONAL DE SAÚDE DIANTE DO RESULTADO POSITIVO PARA HIV Trabalho de conclusão de curso submetido ao corpo docente do Curso de Técnico de Enfermagem do Centro Educacional Cataguases (CEC) como parte dos requisitos necessários à obtenção do diploma de Técnico de Enfermagem. Cataguases, 10 de dezembro de 2022 Cataguases, MG 2022 COMISSÃO EXAMINADORA _________________________________________________ Prof. Kátia Morais Rodrigues de Souza Centro Educacional Cataguases _________________________________________________ Prof. (nome do professor convidado) Centro Educacional Cataguases __________________________________________________ Prof. (nome do representante da escola) Centro Educacional Cataguases Aprovado em: ____/____/_____ Cataguases, ___ de ________________de 2022. AGRADECIMENTOS A minha família Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado essa oportunidade de estudar e me manter firme em meu caminho sem as distrações. Eu agradeço e dedico este trabalho a minha mãe, que esteve comigo todos os momentos ruins que passei na minha vida e ela sempre este lá quando precisei, não era preciso dizer a ela que precisava dela, que ela já sabia que eu precisava de um conforto dela só de me olhar. Agradeço a ela novamente pelo incentivo, pela forma de mostrar que eu posso ser guerreira como ela é. Por muitas vezes a gente tem em mente que tudo depende da gente. Mas eu sou grata por saber que eu tenho a minha mãe para me apoiar em minhas decisões e mostrar que eu consigo ser alguém MUITO MELHOR do que eu fui “ontem” e pretendo me superar a cada dia. “A enfermagem é uma arte, e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor.” (Florence Nightingale) RESUMO LOPES, FLÁVIA R. FRIGUEIREDO. Virus da Imunodeficiência Humana (HIV): Conduta do Profissional de Saúde diante do resultado positivo para HIV 2022. (Trabalho de Conclusão de Curso). Curso técnico em enfermagem em Centro Educacional Cataguases, Cataguases/MG, turma de 2022. HIV é uma sigla utilizada para o vírus da imunodeficiência humana, causador de deficiência no sistema imunológico do indivíduo, no qual tem a função de defender o organismo contra as doenças. Este trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica. Com base na finalidade dos estudos demonstra que a prevenção a transmissão vertical, é de suma importância do Enfermeiro no acompanhamento e aconselhamento dessas pacientes. Ter o vírus não é o mesmo que ter a doença, pois muitos dos soros positivos vivem anos sem que apresentem os sintomas, mas ainda assim eles podem transmitir a doença para outros através de relações sexuais sem proteção, seringas contaminadas, e da transmissão vertical que passa da mãe para o bebê na gestação, na hora pó parto, ou após pelo leite materno. No Brasil existe um programa que foi implantado pelo ministério da saúde em 1994 conhecido como O Programa Saúde da Família (PSF) que tem como objetivo melhorar a qualidade de vida dos Brasileiros. Este relatório tem como objetivo tratar e relacionar as observações realizadas durante os estágios no curso técnico de enfermagem com as teorias estudadas durante o curso. Do observado nota-se a necessidade de haver um diálogo claro e específico sobre a compreensão da doença, de forma que o paciente consiga entender a importância de aderir/seguir ao tratamento, na busca da análise dos fatores que levam a não adesão ao tratamento. Palavra-Chave: VÍRUS, ENFERMAGEM, AIDS, TRANSMISSÃO, TRATAMENTO. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AIDS Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (acquired immunodeficiency syndrome) anti-HBc Anticorpo Anti-core do Vírus B Anti- HCV Anticorpo Contra o Vírus da Hepatite C ARVs Antirretrovirais CMV Sorologia para Citomegalovírus COFEN Conselho Federal de Enfermagem DNA Ácido Desoxirribonucleico DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica ELISA Ensaio de Imunoabsorção Enzimática (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) EPI’S Equipamentos de Proteção Individual FTA-abs Absorção de Anticorpos Treponêmicos Fluorescentes (Fluorescent treponemal antibody absorption) HBS Ag Antígeno de Superfície HCV Hepatite C HIV Vírus da Imunodeficiência Humana (Human Immunodeficiency Virus) HIV+ Vírus da Imunodeficiência Humana Positivo HTLV Vírus T-Linfotrópico Humano HTLV-I Vírus T-Linfotrópico Humano tipo I HTLV-II Vírus T-Linfotrópico Humano tipo II HTLV-III Vírus T-Linfotrópico Humano tipo III lgG Sorologia para Toxoplasmose IO Infecções Oportunista IRAS Relacionados a Assistência em Saúde ISTs Infecções Sexualmente Transmissíveis LAV Virus Associado à Linfadenopatia LLcTA Leucemia-Linfoma de Células T do Adulto PCR Reação em Cadeia da Polimerase PPD Derivado Proteico Purificado RNA Ácido Ribonucleico SINAN Sistema de Informação de Agravos de Notificação SIV Vírus da Imunodeficiência Símia SUS Sistema Único de Saúde TARV Terapia Antirretroviral UTI UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA VDRL Estudo Laboratorial de Doenças Venéreas (Venereal Disease Research Laboratory) SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 11 1.1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 12 1.2 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 14 2. OBJETIVOS .............................................................................................................. 15 2.1 Objetivo Geral ............................................................................................................ 15 2.2 Objetivo Específico ..................................................................................................... 15 3 METODOLOGIA ....................................................................................................... 16 3.1 TIPO DE ESTUDO ..................................................................................................... 16 4 DESENVOLVIMENTO .............................................................................................. 17 4.1 O QUE É HIV/AIDS .................................................................................................... 17 4.1.1 Ciclo Vital do HIV na Célula Humana: ..................................................................... 18 4.2 TRANSMISSÃO ......................................................................................................... 20 4.3 SINTOMAS ................................................................................................................ 21 4.4 DIAGNÓSTICO .......................................................................................................... 22 4.4.1 Fase Assintomática ................................................................................................. 22 4.5 PREVENÇÃO ............................................................................................................. 254.6 TRATAMENTO ........................................................................................................... 26 4.7 VÍRUS LINFOTRÓPICOS DE CÉLULAS T HUMANA (HTLV) .................................... 27 4.7.1 Principais Transmissão do HTLV ............................................................................. 27 4.7.2 A coinfecção ............................................................................................................ 28 4.7.3 Diagnóstico HTLV ................................................................................................... 28 4.7.4 Tratamento HTLV .................................................................................................... 28 4.8 SURGIMENTO DA DISCRIMINAÇÃO ........................................................................ 30 4.8.1 A Contextualização Social da AIDS ......................................................................... 30 5 PAPEL DA ENFERMANGE DIANTE DO INDIVIDUO TESTADO COMO SOROPOSITIVO ......................................................................................................................................... 32 5.1 AIDS E SUAS COMPLICAÇÕES PARA O ENFERMEIRO......................................... 33 5.1.1 Cuidados Críticos .................................................................................................... 33 5.1.1 Liderança da Enfermagem ...................................................................................... 33 5.2 CUIDADOS CRÍTICOS NO CONTEXTO DO PACIENTE COM DOENÇA RELACIONADA A HIV ..................................................................................................... 34 6 CONCLUSÃO ............................................................................................................... 36 5 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 37 11 1. INTRODUÇÃO Em 1981, nos Estados Unidos, surgiram os primeiros rudimentos sobre a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS). No momento em que ocorreram as notificações, foram apresentadas tendo como foco os homossexuais masculinos saudáveis, casos de pneumonia e de sarcoma de Kaposi. No Brasil, a partir de 1982, os primeiros casos de Aids foram oficialmente reconhecidos em São Paulo e pouco mais tarde no Rio de Janeiro. Em 1983, dez casos surgiram: quatro casos notificados à Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, e seis outros noticiados pela imprensa, mas não oficialmente comunicados. O sistema formal de vigilância epidemiológica em relação à Aids em âmbito nacional iniciou suas atividades em agosto de 1985. Até janeiro de 1986, ou seja, apenas cinco meses depois, já eram registrados 1.012 casos em vinte estados. Esses dados apresentavam a realidade do rápido crescimento da epidemia no Brasil. Em 1983, o HIV-1 foi isolado de pacientes com AIDS pelos pesquisadores Luc Montaigner, na França, e Robert Gallo, nos EUA, recebendo os nomes de LAV (Lymphadenopathy Associated Virus ou Virus Associado à Linfadenopatia) e HTLV-III (Human T-Lymphotrophic Virus ou Vírus T-Linfotrópico Humano tipo lll) respectivamente nos dois países. Em 1986, foi identificado um segundo agente etiológico, também retrovírus, com características semelhantes ao HIV-1, denominado HIV-2. Nesse mesmo ano, um comitê internacional recomendou o termo HIV (Human Immunodeficiency Virus ou Vírus da Imunodeficiência Humana) para denominá-lo, reconhecendo-o como capaz de infectar seres humanos. Em 1987, a articulação com o Inamps, do Ministério da Previdência e Assistência Social, torna-se efetiva e significa um apoio importante para as atividades de prevenção, controle e assistência desenvolvidos pelo Programa do Ministério da Saúde. Em 1996, pesquisas divulgadas na IX Conferência Mundial de Aids (Canadá) demonstraram a eficácia do uso combinado de ARVs (antirretrovirais). Era elevado o número de comprimidos diários, dificultando a adesão e com muitos efeitos colaterais; seu alto custo restringiu o acesso aos países industrializados. A Organização Mundial de Saúde considera imprescindível a atuação direta da Enfermagem para alcançar o objetivo global 90-90-90: testar 90% da população, iniciar o tratamento de 90% das pessoas vivendo com HIV e reduzir a carga viral de 90% dos tratados a níveis indetectáveis. Os óbitos por conta da doença ainda continuam sendo registrados no mundo e no Brasil. O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) levanta dados, divulgados 12 pelo Boletim Epidemiológico de HIV/Aids de 2021, que mostram 29.917 casos de Aids notificados no país em 2020, contra 37.731 em 2019, uma queda de 20,7%. O país conta com 694 mil pessoas em tratamento para a doença, o que, de acordo com o Ministério da Saúde, representa 81% das pessoas diagnosticadas com HIV em todo o país recebendo tratamento ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento possibilita que, desse total, 95% já não transmite o HIV por via sexual, por terem atingido carga viral suprimida. A marca ultrapassa a meta das Nações Unidas, que é de 90%. 1.1 APRESENTAÇÃO A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é uma doença causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) que reduz progressivamente a eficácia do sistema imunológico e eleva a susceptibilidade para infecções oportunistas e tumores A infecção pelo HIV/Aids é considerada uma epidemia, que se tornou um expressivo problema de saúde pública, fenômeno global e instável. Sabe-se que a AIDS é uma doença adquirida através do vírus HIV, que condiz com o estágio avançado provocado pela infecção, possibilitando a outras infecções oportunistas. Após os primeiros casos detectados, foi possível alcançar números estarrecedores em todo o mundo. Com sua repercussão mundial, através das políticas públicas, foi possível inserir a AIDS na agenda do SUS. A partir disso, atualmente, o Brasil dispõe das políticas de enfrentamento, tidas como as mais modernas do mundo No princípio, a reação mundial foi lenta, mas a partir de 2001, líderes mundiais assumiram compromissos na luta contra a AIDS, como a promoção ao acesso universal à prevenção, atenção e ao tratamento. No Brasil, entre outras ações, a política compreende a promoção do diagnóstico, a organização de uma rede hierarquizada de serviços assistenciais e laboratoriais, o acesso às terapias existentes, incluindo a oferta de medicamentos antirretrovirais (ARV) e para infecções oportunistas, o apoio social e a defesa dos direitos. Com o desenvolvimento de novas terapias ARV e sua evolução na última década, a mortalidade e morbidade da infecção pelo HIV sofreram uma importante redução. Em contrapartida a esses benefícios, no entanto, a emergência de eventos adversos decorrentes do uso dos ARV influiu negativamente na qualidade de vida, fazendo com que o tratamento da infecção pelo HIV-1 passasse a ser associado à piora ou ao surgimento de comorbidades. Embora não se saiba ao certo qual a origem do HIV-1 e 2, sabe-se que uma grande família de retrovírus relacionados a eles está presente em primatas não-humanos, na África 13 sub-Sahariana. Todos os membros desta família de retrovírus possuem estrutura genômica semelhante, apresentando homologia em torno de 50%. Além disso, todos têm a capacidade de infectar linfócitos através do receptor CD4. Aparentemente, o HIV1 e o HIV-2 passaram a infectar o homem há poucas décadas; alguns trabalhos científicos recentes sugerem que isso tenha ocorrido entre os anos 40 e 50. Numerosos retrovírus de primatas não-humanos encontrados na África têm apresentado grande similaridade com o HIV-1 e com o HIV-2. O vírus da imunodeficiência símia (SIV), que infecta uma subespécie de chimpanzés africanos, é 98% similar ao HIV-1, sugerindo que ambos evoluíram de uma origem comum. Por esses fatos, supõe-se que oHIV tenha origem africana. Ademais, diversos estudos sorológicos realizados na África, utilizando amostras de soro armazenadas desde as décadas de 50 e 60, reforçam essa hipótese Profissionais da Enfermagem sempre estiveram envolvidos na luta contra o vírus HIV e a doença causada por ele, a Aids. No Brasil, são 2.565.116 profissionais entre enfermeiros, técnicos e auxiliares inscritos no Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Destes, grande parte está no atendimento e nos trabalhos de prevenção e conscientização contra as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e Aids. A categoria mais numerosa da área da saúde também é maioria nesta missão assumida por milhares destes profissionais em todo o Brasil, atuando em campanhas e ações de prevenção e na realização de testagem rápida de HIV, sífilis e hepatites virais, seguindo protocolos do Ministério da Saúde. Isso coloca o profissional enfermeiro como ator chave no processo de detecção e tratamento dessa epidemia. O profissional de enfermagem que não trabalha diretamente nas campanhas de prevenção às ISTs/Aids também tem o papel importante na política de prevenção, por meio do acolhimento humanizado, com orientação ao paciente e formação de vínculo com a comunidade como estratégia de sensibilização da população. 14 1.2 JUSTIFICATIVA O interesse pelo tema da prevenção da AIDS em locais de trabalho se deve ao meu cotidiano pessoal, onde tenho parentesco portador do Vírus. Desta forma, o presente estudo abordará primeiramente o HIV, discorrendo sobre a doença, transmissão, evolução, tratamento e prevenção. Posteriormente, buscar-se-á analisar a importância da educação como instrumento de promoção da saúde, enfocando o dia a dia do profissional de enfermagem. Mediante levantamento bibliográfico, dados estatísticos, matérias de jornais e revistas, discutimos sobre a epidemia do HIV, especialmente sobre os estigmas criados em torno dos soropositivos. Este estudo visa, principalmente, demonstrar como os estigmas sociais sobre as pessoas soropositivas podem destruir a vida dessas pessoas. Além disso, tais estigmas podem influenciar o tratamento e o controle epidemiológico, o que dificulta o combate a esse vírus. Assim buscamos, com este estudo, desconstruir a alienação da sociedade acerca do HIV/AIDS. 15 2. OBJETIVOS Ao decorrer da pesquisa, notou-se que esta pesquisa tem como objetivo refletir sobre os efeitos dos estigmas sociais na vida das pessoas portadoras do vírus do HIV. 2.1 Objetivo Geral Descrever de forma detalhada sobre o indivíduo portador do HIV/AIDS e o papel fundamental que a enfermagem tem ao passar o resultado para o indivíduo. 2.2 Objetivo Específico A relevância deste estudo se dá visto que esta investigação permitirá conhecer a realidade das pessoas que vivem com HIV/AIDS dentro da perspectiva individual e grupal, através dos estudos publicados na última década, na intenção de valorizar os seus sentimentos, suas aflições e angústias, seus questionamentos, facilitando a compreensão do concreto que é observável pela sociedade e da compreensão do significado da qualidade de vida. Algumas mudanças podem ocorrer na vida dos indivíduos afetados, emergindo novas necessidades para a sua compreensão, enfrentamento e ampliação daquelas já existentes. 16 3 METODOLOGIA 3.1 TIPO DE ESTUDO Trata-se de um estudo bibliográfico com abordagem descritiva onde pode se aprofundar sobre o assunto retratado. Foram definidos critérios de inclusão e exclusão dos procedimentos do indivíduo portador da doença, a definição do problema clínico, a identificação das informações necessárias, a condução da busca de estudos na literatura e sua avaliação crítica, a atuação da enfermagem ao notificar o indivíduo, seu comportamento para auxiliar de forma privativa e respeitosa onde não possa deixar rastro de julgamento em questões sociais. Com base em todos os estudos frisamos a seguinte questão: Deu positivo e agora? 17 4 DESENVOLVIMENTO 4.1 O QUE É HIV/AIDS O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é um retrovírus que pertence ao gênero Lentivirus e é o agente infeccioso que causa a Síndrome da imunodeficiência adquiria, da sigla em inglês AIDS. Ser HIV positivo não é o mesmo que ter AIDS, que é o estágio mais avançado da doença, isto é, quando o sistema imunológico se encontra bem debilitado e suscetível a contrair doenças oportunistas. Embora ainda não exista a cura para a doença, pacientes diagnosticados com o vírus podem levar uma vida saudável com o tratamento adequado, e trabalhar, estudar, praticar esportes, constituir família e relacionar-se. O HIV infecta os linfócitos TCD4+ e os destrói. O vírus infecta as células, produz seu DNA viral e se integra ao genoma do hospedeiro. À medida que as células CD4+ vão enfraquecendo o infectado começa a sentir os sintomas. A AIDS se desenvolve ao longo de anos. É importante ressaltar que ser portador do vírus HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Existem pessoas que carregam o vírus, mas não manifestam a doença. A AIDS, é uma doença que atinge o sistema imunológico dos indivíduos infectados e impede que o organismo consiga combater infecções. A nossa imunidade é definida como a resistência a doenças infecciosas e o conjunto de células, tecidos e moléculas que participam dessa resistência é denominado Sistema imunológico. As células que fazem parte desse sistema são os linfócitos, as células apresentadoras, que capturam os microrganismos e apresentam eles e as células efetoras que eliminam os microrganismos. Existem os linfócitos B, que produzem os anticorpos e os linfócitos T, que são responsáveis pela imunidade celular. Entre os linfócitos T, estão as células TCD4+, que são auxiliadoras e os TCD8+ que destroem as células infectadas por microrganismos intracelulares como os vírus. Há muitos soropositivos que vivem por anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença, mas podem transmitir o vírus a outras pessoas através de relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. A Aids é o estágio mais avançado da doença e, visto que o vírus ataca as células de defesa do corpo, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, desde um simples resfriado até infecções mais graves, como tuberculose, ou mesmo tumores. Há alguns anos, receber o diagnóstico de Aids era como receber uma sentença de morte, porém, atualmente, é possível ser soropositivo ao HIV e viver com qualidade de vida, 18 basta aderir a Terapia Antirretroviral (TARV) e seguir corretamente o tratamento de acordo com as orientações da equipe de saúde O desenvolvimento, bem como a ampla distribuição dos medicamentos antirretrovirais no Brasil, gerou mudanças no curso da infecção e a Aids passou de uma doença aguda e fatal a uma doença crônica. Devido a isso, tem sido crescente a preocupação com a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV/Aids, uma vez que o aumento da sobrevida trouxe consigo novos desafios para uma vida melhor mesmo com o agravo. Desde o início da descoberta do HIV/Aids em meados do século XX até os dias de hoje, diversas áreas do conhecimento vêm demonstrando diferentes preocupações do cuidado frente ao problema. A Enfermagem possui responsabilidades que vão além da realização de procedimentos técnicos, cabendo a estes profissionais determinar a amplitude da ação e conscientizarem-se de que a atuação se centra nos processos complexos do cuidar. Nessa ação, o cuidar subentende ampla dimensão, na qual o emocional e o espiritual contribuem significativamente no processo saúde-doença. 4.1.1 Ciclo Vital do HIV na Célula Humana: 1. Ligação de glicoproteínas virais (gp120) ao receptor específico da superfície celular (principalmente linfócitos T-CD4); 2. Fusão do envelope do vírus com a membranada célula hospedeira; 3. Liberação do "core" do vírus para o citoplasma da célula hospedeira; 4. Transcrição do RNA viral em DNA complementar, dependente da enzima transcriptase reversa; 5. Transporte do DNA complementar para o núcleo da célula, onde pode haver integração no genoma celular (provírus), dependente da enzima integrasse, ou a permanência em forma circular, isoladamente; 6. O provírus é reativado, e produz RNA mensageiro viral, indo para o citoplasma da célula; 7. Proteínas virais são produzidas e quebradas em subunidades, por intermédio da enzima protease; 8. As proteínas virais produzidas regulam a síntese de novos genomas virais, e formam a estrutura externa de outros vírus que serão liberados pela célula hospedeira; 9. O vírion recém-formado é liberado para o meio circundante da célula hospedeira, podendo permanecer no fluído extracelular, ou infectar novas células. 19 A interferência em qualquer um destes passos do ciclo vital do vírus impediria a multiplicação e/ou a liberação de novos vírus. Atualmente estão disponíveis comercialmente drogas que interferem em duas fases deste ciclo: a fase 4 (inibidores de transcriptase reversa) e a fase 7 (inibidores de protease). 20 4.2 TRANSMISSÃO A transmissão do HIV ocorre principalmente por via sexual (esperma e secreção vaginal); pelo sangue (via parenteral e vertical); e pelo leite materno. Deve-se considerar como grupos de comportamento de risco para HIV, aqueles que realizam relações sexuais desprotegidas, a utilização de sangue e seus derivados não tratados e testados adequadamente, a recepção de órgãos ou sêmen de doadores não testados, a reutilização de seringas e agulhas, os acidentes ocupacionais com materiais perfurocortantes que tiveram contato com sangue e secreções de pessoas com HIV e a transmissão vertical em mulheres gestantes com HIV. Alguns pacientes soropositivos não manifestam a doença, mas ainda assim podem transmitir o vírus que está incubado no organismo. 21 4.3 SINTOMAS O HIV possui um período de incubação longo. Após a infecção, ocorre uma viremia leve e rápida com quadros de febre e mal-estar e logo após a doença regride e permanece em estado de latência. Geralmente, durante esse período de latência ocorre à destruição das células do sistema imunológico que diminuem em número no sangue e a partir daí os pacientes se tornam suscetíveis a infecções oportunistas, doenças que não apareceriam em pessoas com sistema imunológico normal, mas tem grande repercussão nos infectados devido à baixa do sistema e alguns tipos cânceres. A infecção pelo HIV pode ser dividida em período de incubação, entre o início da infecção e surgimento dos sinais e sintomas da fase aguda. O período de latência é definido pela interação entre as células de defesa e o vírus que se multiplica no organismo, sem, no entanto, causar sintomas. Essa fase corre a partir da fase aguda até o desenvolvimento da aids, podendo demorar entre 5 e 10 anos, com média de 6 anos. Enquanto o portador está sintomas evidentes (assintomático), o vírus ataca as células de defesa do corpo, aumentando a possibilidade do indivíduo de apresentar doenças comuns, como febre, diarreia, suor noturno e perda de peso. Pode ocorrer também, na chamada infecção aguda, sintomas parecidos com os da gripe, como febre e mal-estar. Na fase denominada AIDS, microrganismos oportunistas podem se aproveitar da fragilidade do sistema imunológico do indivíduo infectado, causando doenças oportunistas ou intensificando seus quadros clínicos, entre elas estão: hepatites virais, tuberculose e pneumonia. 22 4.4 DIAGNÓSTICO O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito por testes sorológicos e moleculares, e/ou por meio de testes rápidos disponíveis no sistema público de saúde, de acordo com o tempo necessário para que cada tipo de exame detecte a presença do vírus no material biológico. Identificam anticorpos específicos do HIV e o principal teste é a reação de ensaio imunoenzimático, conhecido como Elisa, os testes moleculares com o uso da reação em cadeia da polimerase (PCR) e os testes rápidos, bastante aplicados em campanhas. É importante saber que existe uma janela imunológica que pode causar confusão no diagnóstico do vírus. Essa janela é o intervalo de tempo, que tem em média 30 dias, entre a infecção pelo HIV até a primeira detecção de anticorpos contra o HIV produzidos pelo sistema imunológico. Um teste realizado no período da janela pode ser negativo para a detecção do HIV, por isso a recomendação é de que em casos de testes com resultados negativos seja repetido uma nova coleta após 30 dias. É importante frisar que apenas e somente apenas, médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. 4.4.1 Fase Assintomática Na infecção precoce pelo HIV, também conhecida como fase assintomática, o estado clínico básico é mínimo ou inexistente. Alguns pacientes podem apresentar uma linfadenopatia generalizada persistente, "flutuante" e indolor. Portanto, a abordagem clínica nestes indivíduos no início de seu seguimento prende-se a uma história clínica prévia, investigando condições de base como hipertensão arterial sistêmica, diabetes, Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), doenças hepáticas, renais, pulmonares, intestinais, doenças sexualmente transmissíveis, tuberculose e outras doenças endêmicas, doenças psiquiátricas, uso prévio ou atual de medicamentos, enfim, situações que podem complicar ou serem agravantes em alguma fase de desenvolvimento da doença pelo HIV. Os exames laboratoriais de rotina recomendados são: • Hemograma completo: para avaliação de anemia, leucopenia, linfopenia e plaquetopenia. • Níveis bioquímicos: para uma visão das condições clínicas gerais, em particular para conhecimento dos níveis bioquímicos iniciais dos pacientes, principalmente funções hepática e renal, desidrogenase lática, amilase. 23 • Sorologia para sífilis: em função do aumento da incidência de coinfecção, visto que a infecção pelo HIV pode acelerar a história natural da sífilis. Recomenda-se o Estudo Laboratorial de Doenças Venéreas (VDRL) e se positivo o exame confirmatório FTA- ABS (Absorção de anticorpos treponêmicos fluorescentes). Pacientes HIV+ com evidências sorológicas de sífilis não tratada devem ser submetidos a punção lombar e avaliação para neurolues. • Sorologia para os vírus da hepatite: devido à alta incidência de coinfecção com hepatites B e C nos grupos de homossexuais, bissexuais, heterossexuais com múltiplos parceiros e usuários de drogas injetáveis. A triagem recomendada para hepatite B é antígeno de superfície (HBS Ag) e o anticorpo anticore do vírus B (anti- HBc); para a hepatite C: anticorpo contra o vírus da hepatite C (Anti- HCV). • Sorologia para toxoplasmose (lgG): em decorrência da maioria dos pacientes apresentar exposição prévia ao Toxoplasma gondii, sendo indicada a profilaxia em momento oportuno, conforme faixa de células T CD4+ do paciente. Os métodos preferenciais são: hemoaglutinação, imunofluorescência ou ELISA. • Sorologia para citomegalovírus (CMV) e herpes: embora questionada, indica-se para detecção de infecção latente. Pacientes com sorologia negativa para citomegalovírus devem evitar exposição a hemoderivados de doadores com sorologia positiva, em caso de necessidade de transfusões sanguínea. • Radiografia de tórax: recomenda-se na avaliação inicial como parâmetro basal para possíveis alterações evolutivas no futuro ou em pacientes com história de doença pulmonar frequente. • PPD (derivado proteico purificado): teste recomendado de rotina anual para avaliação da necessidade de quimioprofilaxia para tuberculose. Em paciente com infecção pelo HIV, considera-se uma enduração > 5mm como uma reação forte e indicativa da necessidade de quimioprofilaxia. • Papanicolau:recomendado na avaliação ginecológica inicial, seis meses após e, se resultados normais, uma vez a cada ano. Sua indicação é de fundamental importância, devido à alta incidência de displasia cervical e rápida progressão para o câncer cervical em jovens HIV positivas. • Perfil imunológico e carga viral: é, sem dúvida, um dos procedimentos mais importantes na avaliação do paciente com infecção precoce pelo HIV, pois é a partir dela, através da interpretação dos vários testes atualmente disponíveis, que se pode ter parâmetros do real estadiamento da infecção, prognóstico, decisão quanto ao início da terapia antirretroviral e avaliação da resposta ao tratamento, bem como o uso de profilaxia para as infecções oportunistas mais comuns na ocasião propícia. 24 • Recomenda-se a realização periódica de subtipagem de células T CD4+ e avaliação quantitativa da carga viral para HIV a cada 3-4 meses. 25 4.5 PREVENÇÃO O meio mais simples e acessível de prevenção ao HIV é o uso de preservativos masculino e feminino em todas as relações sexuais. Os preservativos são distribuídos gratuitamente em unidades de saúde e podem ser comprados em estabelecimentos da iniciativa privada, como farmácias e drogarias. 26 4.6 TRATAMENTO Com o tratamento adequado, o vírus HIV fica indetectável, isto é, não pode ser transmitido por relação sexual, e a pessoa não irá desenvolver a Aids. O Brasil foi um dos primeiros países a terem tratamento disponível para Aids, abrindo as portas para que todos os outros países também lutassem pelo tratamento. Desde 1996, o país distribui gratuitamente medicamentos antirretrovirais (ARV) a todas as pessoas que convivem com o HIV e que necessitam de tratamento. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. Seu uso regular é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas, como tuberculose, pneumonia e outras. O tratamento do indivíduo é centrado para o controle da infeção pelo HIV, através do acompanhamento do sistema imunológico e replicação do vírus, também com terapia antirretroviral para impedir a multiplicação do vírus. A terapia antirretroviral recebe o nome genérico Coquetel, que visa controlar a replicação do vírus, mantendo a carga viral baixa e assim auxilia a prevenir a transmissão e combater infecções. Os antirretrovirais são responsáveis por controlar a replicação do vírus, diminuindo sua quantidade no sangue, oportunizando uma melhora na saúde e o bem-estar do paciente. O tratamento não induz a cura ou eliminação do HIV. Existem diversas campanhas de conscientização e todas enfatizam a prática de sexo seguro, com o uso de preservativos, pois a via sexual é um dos principais meios de transmissão do vírus. A medicação deve ser iniciada o mais rápido possível depois do diagnóstico. Alguns efeitos colaterais podem ser esperados, tais como: enjoo, vomito, diarreia, dificuldade para dormir, dor de cabeça, coceira e tontura. Este tratamento também pode ser utilizado preventivamente 27 4.7 VÍRUS LINFOTRÓPICOS DE CÉLULAS T HUMANA (HTLV) Os vírus linfotrópicos de células T humana (HTLV) foram os primeiros onco-retrovírus identificados em humanos. O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é o agente etiológico da doença que atua no sistema imunológico, que pode acarretar a Síndrome da imunodeficiência Humana (Aids). A co-infecção pelo HTLV em indivíduos infectados pelo HIV ocorre pelo fato destes vírus compartilharem vias de transmissão similares, seja por via sexual, parenteral ou vertical, além de infectarem o mesmo tipo de célula. Os pacientes coinfectados podem apresentam evolução desfavorável das doenças. Portadores do HTLV-1 apresentam risco de cerca de 1% para desenvolvimento de uma mielopatia ao longo da vida, assim como de a leucemia-linfoma de células T do adulto (LLcTA); porém, estudos indicam que indivíduos coinfectados HIV/HTLV tem um risco maior de doença neurológica ou talvez um curto período de incubação do HTLV. A carga viral do HTLV-I não é afetada pelo HIV, como a carga viral do HIV não é alterada pelo HTLV. Portando os estudos destacam que a coinfecção por retrovírus HTLV-I ou HTLV-II e HIV tem sido associada a maior probabilidade de desenvolvimento de doenças. O HTLV-II demonstra trofismo preferencial in vivo por linfócitos CD8+, sendo assim, podendo ocasionar proliferação das populações de linfócitos infectados que parecem ser benignos. A coinfecção de HIV-HTLV-II pode estar ligada a maior incidência de desordens malignas, além de desordens neurológicas semelhantes a PET/MAH. Em estudo de coorte, com indivíduos HIV-I co-infectados com HTLV-II, a prevalência de anticorpos HTLV-II foi maior, naqueles com polineuropatia sensorial predominante do que nos controles assintomáticos. Foi sugerido que o HTLV-II pode causar formas de disfunções neurológicas generalizadas. A frequência dessas síndromes é desconhecida. 4.7.1 Principais Transmissão do HTLV Os principais modos de transmissão do HTLV foram descritos: por via vertical (mãe para criança) principalmente pela amamentação; por via sexual e via parenteral (usuários de drogas e transfusão de sangue e hemocomponentes). Portando o HIV e o HTLV-I/II apresentam as mesmas vias de transmissão, podendo ser transmitidos simultaneamente para a mesma pessoa. No Brasil determinou a triagem de HTLV-I e II obrigatória nos doadores de sangue, conduta adotada por vários outros países na década de 1990. 28 4.7.2 A coinfecção A coinfecção é quando o organismo sofre com duas ou mais doenças ao mesmo tempo. No caso do HTLV e HIV isso ocorre devido estes vírus compartilharem as mesmas vias de transmissão, além de infectarem o mesmo tipo de célula. A co-infecção no Brasil foi inicialmente descrita no final da década de 80, foi verificado em um estudo que 10% dos pacientes com Aids na cidade de São Paulo estavam infectados pelo HTLV-I/II, sendo assim foi direcionado estudo sorológicos para HTLV em indivíduos com maior risco de adquirir a infecção do HIV (homossexuais, bissexuais, profissionais do sexo, usuários de drogas e hemofílicos), e encontrou-se anticorpos anti HTILV-I presente em todos os grupos estudados. A co-infecção do HIV com o HTLV-I proporciona proliferação de células CD4+, mas que esses linfócitos possam não ser imunologicamente competentes. Tal fato pode mascarar a real quantidade de células CD4+ competentes, favorecendo a susceptibilidade à infecção pelo HIV. Quanto a carga viral os estudos mostram que do HTLV-I não é afetada pelo HIV, como a carga viral do HIV não é alterada pelo HTLV. 4.7.3 Diagnóstico HTLV Para o diagnóstico de infecção pelo HTLV-I são necessárias a determinação de anticorpos contra o vírus pelo método sorológico ELISA e a confirmação pelo Western Blot (WB). Pela grande homologia genética entre o HTLV-I/II, muitas vezes é difícil a sua diferenciação, sendo necessário o uso do diagnostico molecular, que consiste na reação em cadeia de polimerase (PCR). Diferentemente de outros retrovírus, a carga viral circulante no sangue de indivíduos infectados por HTLV é muito pequena. Portanto, a sua detecção por métodos moleculares é realizada usando-se o DNA como ácido nucléico alvo) 4.7.4 Tratamento HTLV Não foi desenvolvimento nenhum tratamento satisfatório contra a infecção pelos vírus do HTLV, entretanto existe tratamento para as doenças desenvolvidas a partir da infeção. As recomendações práticas do Ministério da saúde são: • Todos os indivíduos infectados pelo HIV-1 e/ou HCV (hepatite C) deveriam ser testados para anticorpos anti-HTLV-1/2. 29 • Um terço dos pacientes coinfectados pelo HIV/HTLV-1 pode apresentar dissociação CD4 e estadiamento clínico. Ou seja, mesmo com contagem de CD4 normal, podem apresentar infecção oportunista.• Indivíduos coinfectados pelo HIV-1/HTLV-1 podem apresentar doença neurológica relacionada ao HTLV-1 como manifestação clínica inicial. 30 4.8 SURGIMENTO DA DISCRIMINAÇÃO A AIDS, ao se fazer presente no mundo moderno, levantou a ameaça de uma crise global de rápida disseminação e agravamento, exigindo respostas e a necessidade premente de criação de recursos econômicos, políticos, sociais e psicológicos que dessem conta de uma problemática com tal magnitude. Essa crise instigou principalmente nossa capacidade de lidar de forma humanitária com uma doença repleta de símbolos, significados, imagens imprecisas, falaciosas e que estimularam atitudes descomedidas de pânico, negação, intolerância e discriminação às pessoas atingidas por ela. A discriminação ou estigmatização de um indivíduo ou grupo por qualquer motivo constitui em violações da dignidade humana, dos direitos humanos e das liberdades fundamentais. A discriminação consiste em todas as formas de exclusão, seja por ação ou omissão, baseada em atributos estigmatizantes. A história de discriminação de pessoas vivendo com HIV se inicia com o primeiro caso de Aids publicado em 1981 nos Estados Unidos. Naquela época, foram descritas aparições de pessoas diagnosticadas com pneumocistose em Los Angeles e incomuns casos de sarcoma de Kaposi nas cidades de Nova Iorque e Califórnia. As pessoas acometidas por estas doenças, coincidentemente, eram homens homossexuais, o que gerou um estigma de que se presumia que todo o indivíduo com HIV era homossexual. A existência de tais questões faz com que muitas pessoas afetadas pela AIDS caminhem solitária e silenciosamente, limitadas em suas possibilidades de direitos e de acesso aos meios de proteção, promoção e assistência, obrigando-as muitas vezes a esconder sua condição sorológica pelo medo de se expor e de padecer de preconceito ou discriminação, respostas provocadas pelo estigma. Mesmo reconhecendo o estigma como marcador de diferenças individuais e sociais, não se trata de atributo fixo, mas de uma construção social e cultural, portanto histórica e mutável, e que estabelece relações de desvalorização do outro. Dessa forma, insere-se em contextos e processos socialmente construídos. 4.8.1 A Contextualização Social da AIDS A sociedade, diante de uma nova doença que se disseminava rapidamente, que apresentava uma alta taxa de letalidade e suscitava intensas emoções de pânico, de medo e de contágio, precisava ser prontamente caracterizada e entendida a fim de minimizar as consequências de um mal que já se imaginava abolido da experiência humana: a 'peste'. 31 Rapidamente, a partir de uma interrogação científica sobre os doentes, cujo número na época era muito limitado, produziu-se um discurso no qual se configurou a sensação de um risco iminente que repercutia sobre toda a coletividade, questionando nossos modos de vida e nossos valores Tal questão diz respeito à construção social da AIDS, pois ao se fazer presente para o mundo humano, este precisava iniciar um processo de construção do código de interpretações desta nova realidade. A questão imediata era estabelecer símbolos que, partilhados pela sociedade, lhe permitissem a comunicação a respeito dela, a fim de decifrá- la. O fato interessante da AIDS é que a construção do sentido e a elaboração do seu conhecimento comum, produzido pela sociedade e pela opinião pública, aconteceram paralelamente à codificação médica, situação a que talvez nunca tenhamos assistido. Assim, diante do desconhecido, a sociedade produziu representações apoiadas na ideia de doença contagiosa, incurável e mortal, recrudescendo o conceito de 'peste', cujo significado representava uma ameaça extrema à sociedade, atrelada a atitudes de evitamento daquele que a portava. Além desses entendimentos, a AIDS era uma doença que levava à deformação física e estava associada a grupos considerados discriminados e marginalizados, como os homossexuais, usuários de drogas injetáveis e as prostitutas. Essa forma de representá-la serviu para retirá-la do campo das doenças, transmutando-a para o campo das doenças malignas, mobilizando sentimentos e preconceitos arraigados e evocando comportamentos e políticas discriminatórias, principalmente em relação aos grupos supracitados. Assim a AIDS conglomerou vários estigmas, transformando-se ela mesma em um grande estigma. Além dos entendimentos da peste e do estigma, as representações construídas para significar a AIDS tiveram, igualmente, como base as crenças e interpretações morais, principalmente relacionadas à sexualidade, que acabaram instituindo valores para explicar a origem da situação que provocou a infecção. Esse posicionamento moral da sociedade acabou inscrevendo culpa e responsabilidade pelo fato de uma pessoa estar doente de AIDS ou ser portadora do HIV, dirigindo-lhe o rótulo de culpada, pois o seu estilo de vida rompeu com os comportamentos socialmente aceitáveis e, assim, a doença reafirma seu caráter de pena e castigo. Em função dessas representações, advindas do preconceito e da ignorância, as pessoas com o HIV e a AIDS vivenciam emoções singulares permeadas de sofrimento dentro de um contexto repleto de significados, entre os quais: o medo do abandono, de ser julgado e de revelar sua identidade social, a culpa pelo adoecimento, a impotência, a fuga, a clandestinidade, a omissão, a exclusão e o suicídio, originados e construídos pelo real convívio com o social que reforça os hábitos e as expectativas e que estão profundamente enraizados numa sociedade preconceituos 32 5 PAPEL DA ENFERMANGE DIANTE DO INDIVIDUO TESTADO COMO SOROPOSITIVO A qualidade do cuidado e a relação positiva com os profissionais de saúde estão relacionadas à boa aceitação do paciente ao tratamento antirretroviral (TARV). Esse tratamento é considerado fundamental para o restabelecimento, tendo relação com a percepção do cliente sobre a competência do profissional, desenvolver uma prática assistencial de enfermagem com o uso de um suporte teórico metodológico para lhe dar sustentação, pode tornar a atuação dos enfermeiros coerentes quanto ao alcance de padrões e metas assistenciais mínimos para o desempenho profissional. Ao longo dos anos vem crescendo o número de casos de indivíduos portadores do vírus HIV, por esse motivo os profissionais de enfermagem necessitam de mais conhecimentos e ter técnicas e habilidades no processo de trabalho que irá executar no seu dia a dia , melhorando os cuidados e tendo conhecendo as situações para repassar orientações com mais competência e eficiência para que cada um tenha a compreensão de como executar os cuidados e os tratamentos para uma melhor assistência à saúde dos pacientes com HIV. A comunicação estabelecida entre os profissionais de saúde, o paciente HIV/AIDS e sua família seja uma relação de ajuda efetiva, dentro de um ambiente que haja confiança mútua, onde o paciente e sua família possam revelar seus medos e anseios. É necessário que os profissionais de saúde sejam sinceros e se façam entender, fornecendo informações concretas, claras e reais, para que a relação que está sendo construída seja de total confiança. Em razão disso, o enfermeiro e/ou comunicador esteja apto para acolher esse paciente, e que a orientações seja repassada para que ele possa viver com uma boa qualidade de vida e prosseguir no tratamento de forma adequada, uma boa assistência do profissional de enfermagem diante do resultado positivo para HIV-AIDS é essencial para o paciente. A equipe que está inserida no cuidado desses pacientes necessita de uma preparação especial para dar suporte físico e mental, de maneira a ajudá-los a superar todas as implicações. Não se trata apenas de cuidados, mas, sobre estratégias que possam melhorar e transformar a vida do paciente. 33 5.1 AIDS E SUAS COMPLICAÇÕES PARA O ENFERMEIRO5.1.1 Cuidados Críticos • O plano de cuidados e as intervenções para o paciente com HIV/AIDS devem: ser individualizados, com o propósito de satisfazer as necessidades do paciente; promover o enfrentamento frente às reações da terapia antirretroviral, o fortalecimento do suporte social e emocional e a adesão ao tratamento. • Cuidar de pacientes com AIDS requer cuidados mais intensivos e, às vezes, prolongados. Isso coloca mais demandas sobre os enfermeiros em uma era global de uma força de trabalho de saúde cada vez menor. • Mesmo anos após a introdução da TARV, as pessoas ainda não aderem totalmente ao tratamento o que pode gerar várias implicações, principalmente ao nível terciário de saúde o qual irá prestar assistência ao paciente com o agravamento da doença. • Ao longo do processo de enfermagem, um papel crítico do enfermeiro é orientar o paciente e a família através de todas as informações necessárias para compreender as opções de cuidado. 5.1.1 Liderança da Enfermagem • A alta complexidade da população estudada justifica a utilização de instrumentos que auxiliem na adequação do quantitativo de profissionais a fim de garantir uma assistência segura e com qualidade. • A competência em enfermagem de cuidados intensivos e críticos é baseada em conhecimentos específicos, base de habilidades, atitude e base de valores e base de experiência de enfermagem de cuidados intensivos e críticos, e a base de conhecimento e experiência pessoal de cada enfermeiro. • Os enfermeiros desempenham um papel de liderança na prestação de cuidados de saúde e são responsáveis pela maior parte dos cuidados prestados às pessoas que vivem com HIV e AIDS, incluindo a educação da população. 34 5.2 CUIDADOS CRÍTICOS NO CONTEXTO DO PACIENTE COM DOENÇA RELACIONADA A HIV Notamos que ao longo de décadas, a terapia intensiva conseguiu desempenhar seu papel primordial que é de recuperar e reabilitar o cliente em cuidados críticos. Nesse quesito é notável salientar que a visão da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), assim como tal foi concebida, possuía uma assistência fragmentada e restrita ao agente causador (biologismo) o que configurou uma perspectiva focada no individualismo e discordando o processo saúde e doença do paciente. O profissional enfermeiro precisa ter uma assistência integral, humanizada e com articulação de ações que promovam o restabelecimento de saúde, levando em consideração o indivíduo, família e coletividade dele. Além do mais, tal competência precisa situar-se conforme a literaturas vigentes sobre a temática tanto em relação a síndrome em si como os cuidados primordiais que o profissional deverá ter com o paciente, como precaução e isolamento, dimensionamento de enfermagem e principalmente Cuidados Relacionados a Infecção Relacionados a Assistência em Saúde (IRAS). Do mesmo modo, quando temos a percepção sobre isolamento e precaução de contato, remontamos o que Florence Nightingale implementou durante a Guerra da Criméia para impedir a propagação de infecções ali presente. No campo do cliente com imunodepressão severa, esses dois cuidados precisam situar-se alinhados com o princípio que ele necessita de vigilância mais intensiva em relação a outros pacientes ali inseridos, pois o desfecho em caso de infecção oportunista por algum antígeno poderá ocasionar o óbito dele. Nesse sentido um escore mais alto de gravidade da doença, como por exemplo, albumina sérica diminuída, necessidade de vasopressor, inotrópico, ventilação mecânica, diagnóstico de algum patógeno como a tuberculose e outras infecções oportunistas relacionadas a baixa imunidade estão relacionada a piora do quadro clínico do cliente com AIDS, requerendo, assim, uma assistência e um dimensionamento de enfermagem mais sistematizado articulado pelo enfermeiro para, assim, prestar um cuidado mais intensivo e vigilante com tal paciente. Sendo assim, patologias relacionadas (infecções oportunistas) e não relacionadas ao HIV (traumas e cuidados pós-operatórios) são uma das principais causas de internamento desses clientes na UTI. Sendo pontuado que, as infecções oportunistas precisam e devem ter cuidado redobrado do enfermeiro como o uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPI´S) e higienização das mãos, sendo, as mãos um dos principais meios de contaminação cruzada entre os pacientes. 35 Em suma, é indispensável que o profissional enfermeiro busque conciliar os vários fatores que necessita administrar tanto em relação às infecções oportunistas (IO) que interferem no curso natural da doença e na sua aceleração (AIDS), por consequência, atenua a qualidade de vida do paciente, além de gerar custos ao capital dos hospitais, tendo o mesmo como implementação as medidas de precaução e isolamento e uso adequado de EPI´s como forma de minimizar tal evento. Perpassando, por fim, pelo dimensionamento adequado da equipe de enfermagem como forma de reduzir ao mínimo aceitável as IO na terapia intensiva 36 6 CONCLUSÃO Durante toda a trajetória da pesquisa, pode-se constatar que é imprescindível o papel do profissional enfermeiro na alta complexidade com paciente com HIV/AIDS, exercendo não somente procedimentos inerentes aos cuidados deles, todavia, uma preparação emocional, humanizada, de acolhimento e acima de tudo um compromisso com os valores éticos e morais que regem o exercício profissional. Os esforços para superar o HIV devem se concentrar em formas criativas para responder à epidemia segundo o contexto em que se apresenta. Alguns métodos que auxilia na prestação dos cuidados e compreensão do indivíduo soropositivo: • A adequação de recursos humanos de enfermagem, a avaliação da sua carga de trabalho e do seu respectivo efeito no resultado da assistência constituem foco de interesse dos enfermeiros, uma vez que para assegurar a qualidade da assistência é fundamental um quantitativo de pessoal de enfermagem adequado às demandas de cuidados individuais do paciente • Se a comunicação entre os profissionais da saúde for bem coordenada, possivelmente haverá a notificação de casos de forma mais correta. Como a destinação de recursos públicos para prevenção e tratamento dependem desta notificação, uma maior eficiência poderia levar a melhorias da saúde pública. • A melhoria da educação em saúde no ensino público e particular e maior conscientização sobre comportamentos de risco possivelmente diminuiria o número de novos casos de HIV/AIDS. • A descentralização dos serviços de atendimento ambulatorial e a maior utilização de testes rápidos para HIV/AIDS colaboraria com a ampliação e facilidade de acesso a população de forma geral, o que impactaria na redução de casos. IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo 37 5 REFERÊNCIAS 1. ALVES, Giovana Carvalho. Frequência de casos de AIDS identificados no brasil entre 2012 e 2016. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 05, Vol. 03, pp. 45-53, Maio de 2019. ISSN: 2448-0959 – Disponivel em: <https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/casos-de-aids> 2. CDC. Centers for Disease Control and Prevention. How is HIV passed from one person to another. 2018. Disponível em <https://www.cdc.gov/hiv/basics/transmission.html.> 3. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estimativas da População. 2017. Disponível em < https://www.ibge.gov.br/estatisticas- novoportal/sociais/populacao/9103-estimativas-de- populacao.html?edicao=16985&t=resultados>. 4. SILVA, R.A.R.; SILVA, R.T.S.; NASCIMENTO, E.G.C.; GONÇALVES, O.P.; REIS, M.M.; SILVA, B.C.O. Perfil clínico-epidemiológico de adultos hiv-positivo atendidos em um hospital de Natal/RN. J. res.: fundam. care. online. 8(3),2016. 5. UNAIDS. Joint United Nations Programme on HIV/AIDS. Ending AIDS: Progress towards the 90–90–90 targets. 2017. Disponível em <http://www.unaids.org/en/resources/documents/2017/20170720_Global_AIDS_updat e_2017 > 6. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.p.149. Disponível em:<file:///Users/lucianammottaraiz/Downloads/manual_tecnico_hiv_27_11_2018_we b.pdf > 7. YERLY, S.; HIRSCHEL, B. Diagnosing acute HIV infection. Expert Rev Anti Infect Ther, v. 10, n. 1, p. 31-41, jan. 2012. ISSN 1744-8336. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1521661603001785?via%3Dih ub> 8. Abbas, A. K., Lichtmann, A.., Pillai, S. Imunologia básica: funções e distúrbios do sistema imunológico. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.Disponivel em: <http://www.aids.gov.br> 9. USA. Department of Health & Human Services and supported. Secretary’s Minority AIDS Initiative Fund (SMAIF). HIV Treatment Overview. 2019. Disponível em <https://www.hiv.gov/hiv-basics/staying-in-hiv-care/hiv-treatment/hiv-treatment- overview> 10. Ferreira CVL. 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INTRODUÇÃO 1.1 APRESENTAÇÃO 1.2 JUSTIFICATIVA 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral 2.2 Objetivo Específico 3 METODOLOGIA 3.1 TIPO DE ESTUDO 4 DESENVOLVIMENTO 4.1 O QUE É HIV/AIDS 4.1.1 Ciclo Vital do HIV na Célula Humana: 4.2 TRANSMISSÃO 4.3 SINTOMAS 4.4 DIAGNÓSTICO 4.4.1 Fase Assintomática 4.5 PREVENÇÃO 4.6 TRATAMENTO 4.7 VÍRUS LINFOTRÓPICOS DE CÉLULAS T HUMANA (HTLV) 4.7.1 Principais Transmissão do HTLV 4.7.2 A coinfecção 4.7.3 Diagnóstico HTLV 4.7.4 Tratamento HTLV 4.8 SURGIMENTO DA DISCRIMINAÇÃO 4.8.1 A Contextualização Social da AIDS 5 PAPEL DA ENFERMANGE DIANTE DO INDIVIDUO TESTADO COMO SOROPOSITIVO 5.1 AIDS E SUAS COMPLICAÇÕES PARA O ENFERMEIRO 5.1.1 Cuidados Críticos 5.1.1 Liderança da Enfermagem 5.2 CUIDADOS CRÍTICOS NO CONTEXTO DO PACIENTE COM DOENÇA RELACIONADA A HIV 6 CONCLUSÃO 5 REFERÊNCIAS