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ATIVIDADE 5 – Pesquisa sobre Sistemas Operacionais
Elaborar uma pesquisa sobre os Sistemas Operacionais:
Windows desde o 3.11 até as versões mais atuais
Windows 3.1
Apesar de os Windows 1 e 2 também terem versões derivadas com um “ponto”, foi o
Windows 3.1 que precisou ser separado do 3 por causa de suas atualizações significativas.
A principal delas foi a introdução da fonte TrueType, transformando o SO, pela primeira
vez, em uma plataforma de publicação.
O Windows 3.1 exigia 1 MB de memória RAM para ser executado e, depois de instalado,
ocupava apenas 15 MB do disco rígido. O jogo “Campo Minado” fez a sua estreia nesta
versão do sistema operacional da Microsoft.
Windows 95
Como o nome sugere, esse SO da Microsoft foi lançado no ano de 1995 e trouxe, pela
primeira vez, o Menu Iniciar e a Barra de Ferramentas tão familiares para todos nós. O
Windows 95 também inaugurou o conceito de “plug and play”, facilitando bastante a vida
de quem precisasse utilizar um periférico diferente.
Foi nesta versão que o Internet Explorer fez a sua estreia, mas chegou apenas em um
pacote adicional lançado posteriormente. A arquitetura de 32 bits também começou a
aparecer nesse SO, e o MS-DOS ainda era necessário para executar uma série de funções
do sistema e acessar muitos de seus recursos.
Windows 98
Lançado em 1998, o Windows 98 foi construído sobre a versão anterior e trouxe uma
série de novidades. Entre elas estão o IE 4, o Outlook Express, o Windows Address Book,
o Microsoft Chat e o NetShow Play, que posteriormente seria substituído pelo Windows
Media Player. Com exceção do IE, do Outlook e do WMP, todas as outras ferramentas já
foram aposentadas ou substituídas.
O Windows 98 introduziu o recurso de avançar e voltar na navegação, além da barra de
endereço no Windows Explorer. O suporte ao padrão USB também foi bastante
aprimorado, dando início a uma adoção generalizada desse formato.
Windows ME
O Windows Millennium Edition foi a última versão do SO baseada no MS-DOS e
considerada por muitos como a pior de todas. Ela foi lançada em 2000 e teve uma
variante que foi especialmente desenvolvida para equipar servidores, o Windows 2000.
O IE 5.5, o Windows Media Player 7 e o Windows Movie Maker fizeram a sua estreia no
Millennium Edition. O recurso de autocompletar também fez a sua primeira aparição
nesse sistema operacional, mas isso não foi suficiente para salvá-lo das críticas por causa
dos bugs e problemas de instalação que apresentava.
Windows XP
Alguns argumentam que esta seja a melhor versão do sistema operacional da Microsoft.
Ela foi lançada em outubro de 2001 e foi a que mais durou no mercado, recebendo
suporte até o mês de abril de 2014 — 13 anos após a sua estreia no segmento.
O SO ainda se mostra relativamente popular, estando presente em mais de 20% dos
computadores de todos os adeptos do SO. As principais novidades foram a repaginada
no visual e a estabilidade do sistema, que agradou e conquistou milhões de usuários ao
redor do mundo.
Windows Vista
Ao contrário do seu antecessor, o Windows Vista recebeu duras críticas dos
consumidores que tiveram a infelicidade de utilizá-lo. O sistema apresentava uma série
de problemas e funcionalidades mal-implementadas, sendo que uma das principais
reclamações foi referente ao UAC ou User Account Control ("Controle de Contas do
Usuário").
Apesar disso, o Windows Vista trouxe um visual moderno que apostou na transparência
e recursos visuais bem-chamativos, como gadgets na Área de Trabalho. No entanto, esses
também foram recursos que desfavoreceram o SO por exigirem muito do hardware da
máquina, limitando a sua atuação em computadores mais potentes.
Windows 7
Vencendo com facilidade a liderança de sistemas operacionais mais utilizados do
mercado, o Windows 7 disputa o topo do ranking na preferência de usuários com o XP.
Lançado em 2009, esse SO trouxe mudanças visuais pequenas em relação ao seu
antecessor, mas é mais rápido, estável e fácil de utilizar.
Mais da metade da população mundial que tem acesso a um computador utiliza o
Windows 7 como sistema operacional principal em sua máquina. Isso mostra como a
Microsoft acertou em cheio com essa versão de seu software.
Windows 8
Lançado em 2012, o Windows 8 foi a tentativa mais radical da Microsoft de alterar o
visual do seu sistema operacional. A mudança foi motivada por causa da chegada dos
dispositivos que respondem ao toque, eliminando, por causa disso, o menu Iniciar e
dando lugar a uma tela totalmente nova que se baseia no uso de tiles (pequenos
quadrados que representam um programa).
A mudança na aparência não agradou a todos, o que culminou no “fracasso” do sistema
operacional. Apesar disso, o Windows 8 é ligeiramente mais rápido do que o seu
antecessor e trouxe muitas novidades, como o suporte ao USB 3.0 e a Loja do Windows.
Uma versão para dispositivos móveis e com suporte para processadores ARM, batizada
de Windows RT, também foi lançada, mas não fez o sucesso que a companhia esperava.
Windows 8.1
Trazendo mudanças sutis em relação ao seu antecessor, o Windows 8.1 veio em resposta
às reclamações das pessoas por causa das alterações visuais que o SO sofreu. Por causa
disso, a Microsoft decidiu retroceder e trazer de volta o botão do menu Iniciar.
Além disso, as pessoas podiam escolher iniciar o computador diretamente a partir da
Área de Trabalho, o que não era possível com o Windows 8. Não houve mudanças
significativas em relação à estabilidade e à velocidade do sistema.
Windows 10
Anunciado no dia 30 de setembro de 2014, o Windows 10 acabou de ter uma versão de
testes liberada para o público. Ainda é muito cedo para dizer se essa variante do sistema
fará sucesso, mas a Microsoft tem demonstrado que está ouvindo o feedback dos
consumidores.
Mac OS
O Mac OS é o sistema operacional para computadores da Apple. Confira um pouco da
história de seu surgimento e acontecimentos que fizeram a história desse SO, desde o
primeiro Macintosh (1984) até a volta de Jobs à Apple e o Mac OS X Moutain Lion.
O Mac OS é o sistema operacional dos computadores da linha Macintosh, da Apple. O
seu surgimento ocorreu em 1984, junto ao lançamento do primeiro Macintosh. Esse
computador tinha 128 KB de RAM e processadores da família 68000 da Motorola.
Inicialmente, o seu sistema operacional era chamado apenas de System.
System 1.
O System era modificado a cada versão do Macintosh com pequenas melhorias. Assim
seguiu até 1988, com o System 6. Em 1991, a Apple lançou o System 7, considerado uma
versão com várias mudanças. Entre elas, estão o uso de cores, multitarefa como parte
integrante do sistema, introdução da linguagem Apple Script e Drag & Drop de arquivos.
Outro avanço notável do sistema operacional surgiu em 1994, quando a Apple começou
a adotar o uso de processadores PowerPC da IBM, que permitiram maior processamento
pelo SO e pelos programas, e também começou a permitir a criação de clones da sua
arquitetura por outros fabricantes. A partir da versão 7.6, o nome Mac OS começou a ser
adotado.
O Mac OS é conhecido por ser o sistema operacional a popularizar o uso da interface
gráfica. Na fase inicial, após o lançamento dessa forma de interagir com a máquina, esse
tipo de sistema teve pouca aceitação por desenvolvedores, que estavam acostumados
com o uso de terminais de linha de comando para executar seus programas. Após a
popularização da interface gráfica e o surgimento de bibliotecas com mais possibilidades
de criação e recursos mais poderosos, o uso da interface gráfica tornou-se o caminho
principal de desenvolvimento de programas para computadores pessoais.
Após alguns anos da adoção do Mac OS como sistema operacional dos computadores da
Apple, a versão 9 do sistema estava lançada. Alguns anos antes, Steve Jobs tinha sido
demitido da empresa e tinha iniciado a NeXT. Essa empresa tinha como objetivo o
desenvolvimento decomputadores com muito poder de processamento, voltado ao
mercado de instituições de ensino e pesquisa. Aliado ao desenvolvimento
do hardware desses computadores, a NeXT desenvolveu o seu próprio sistema
operacional, o NeXTStep. Ele era baseado num micronúcleo Mach e no sistema
Unix FreeBSD.
Nessa época, a Apple enfrentava problemas financeiros decorrentes da diminuição do
uso do Mac OS e do aumento da parcela de mercado da Microsoft e, como saída, decidiu
apostar suas fichas no lançamento de uma versão totalmente melhorada do Mac OS. Esse
foi o motivo da volta de Jobs à Apple. Com a aquisição do NeXTStep pela Apple, Jobs
voltava à empresa e, posteriormente, retomaria o cargo de CEO.
A partir dos pontos fortes do NeXTStep, como estabilidade do Unix, linguagem orientada
a objetos (Objective C), que facilitava o desenvolvimento de aplicações, e a
disponibilidade de kits de desenvolvimento refinados, juntamente com a agradável
interface gráfica do Mac OS, surgia então o Mac OS X (pronuncia-se OS Ten).
Interface gráfica Aqua.
O Mac OS X lançou um novo tipo de interface gráfica, a Aqua. Além das mudanças quanto
ao processamento e gerenciamento do SO, essa foi a mudança mais notável pelos
usuários leigos. Esse estilo de interface gráfica é marcado pelo uso de bordas
arredondadas, cores translúcidas, sombreamentos e reflexos nas texturas, dentre outros
detalhes de design.
O Mac OS X é o sistema operacional dos computadores da Apple e está na sua versão
10.7. As suas versões são apelidadas por nomes de felinos. Veja, a seguir, os nomes das
versões, da versão 10.0 até a próxima versão (já anunciada para ser lançada no meio
deste ano), a 10.8:
Mac OS X v10.0 - Cheetah;
Mac OS X v10.1 - Puma;
Mac OS X v10.2 - Jaguar;
Mac OS X v10.3 - Panther;
Mac OS X v10.4 - Tiger;
Mac OS X v10.5 - Leopard;
Mac OS X v10.6 - Snow Leopard;
Mac OS X v10.7 - Lion - versão atual;
Mac OS X v10.8 - Mountain Lion;
O Mac OS X Lion e Moutain Lion têm sido direcionados para dar ao usuário uma
experiência gráfica e de usabilidade mais similar a do sistema operacional iOS, do iPhone,
iPod Touch e iPad. O uso de comandos com múltiplos toques (multi touch) e navegação
mais intuitiva entre os aplicativos são características notáveis do Mac OS X.
Mac OS X Mountain Lion.
O lançamento da próxima versão do Mac OS X foi anunciado no site da Apple e tem
previsão para ocorrer no verão do hemisfério norte. A data da keynote (eventos
tradicionais de apresentação de produtos da Apple) ainda não foi definida. Como
novidades, aparecem as funcionalidades de integração de arquivos entre Mac e os
demais dispositivos da maçã, por meio do iCloud, além de adição da central de
notificações, existente no iOS, e outras funcionalidades, visando a maior integração com
os outros produtos da plataforma.
Além das novidades voltadas à usabilidade e maior integração com o iPad, o Mac OS X
Mountain Lion traz uma novidade quanto à segurança. Os usuários poderão indicar o
nível de permissão que desejam para a instalação de novos aplicativos. Estes poderão ser
obtidos de qualquer local, ou somente com uma identificação do desenvolvedor
associada, ou então da forma mais segura, baixados apenas pela Mac App Store.
O Mac OS X executa em computadores Macintosh e é obtido na compra do computador.
A versão atual, o Mac OS X Lion, é disponibilizada somente via download na Mac App
Store. Assim, os usuários com versões anteriores puderam efetuar o upgrade do seu
sistema operacional. Provavelmente, essa será uma tendência para as próximas versões.
Aos usuários do Mac OS, fica a expectativa para o lançamento do Mountain Lion e a
curiosidade quanto ao nome da futura versão 10.9. Alguém tem algum palpite.
Unix
UNIX é um sistema operacional portável, multi-usuário e multi-tarefas. Isso significa que
esse sistema permite um computador executar vários programas simultaneamente e ter
vários usuários ativos ao mesmo tempo.
Esse sistema operacional possui uma grande variedade de aplicações e é considerado um
sistema com alto nível de segurança e grande estabilidade em relação a outros sistemas
operacionais.
Por essas vantagens, ele ganhou bastante espaço e visibilidade nos meios profissionais e
universitários nos últimos anos.
1965 – A origem do UNIX
O primeiro sistema UNIX foi criado em Nova Jersey, Estados Unidos, no ano
de 1965 por Ken Thompson e Dennis Ritchie, os mesmos criadores da linguagem de
programação C.
A princípio, tinha o nome de Multics (Multiplexed Information and Computing System),
criado apenas por Ken.
Seu objetivo era desenvolver um sistema interativo e simples para utilizar em um jogo
que havia desenvolvido e depois, começou a ser aprimorado pela dupla até receber esse
nome.
A data de nascimento do Unix é considerada em 1° de janeiro de 1970, que é a data em
que todos os relógios do sistema começaram a funcionar.
40
anos
Dennis Ritchie participou ativamente no desenvolvimento da linguagem desse sistema,
sendo batizado em 1973 como Unix Time-Sharing System (TSS).
Ainda no mesmo ano, começou a ser utilizado em universidades para fins educativos.
Em 1976, pesquisadores da Universidade da Califórnia desenvolveram uma versão do
Unix para que ele funcionasse em suas plataformas.
Em 1977 esse sistema começou a ser disponibilizado para ser utilizado em outras
empresas, o que gerou uma explosão de versões do UNIX.
Após esses eventos, em 1979, o sistema operacional já contava com aprimoramentos
significativos, como um sistema com maior mobilidade e vários outros utilitários
adicionados.
1983 – Lançamento do UNIX System V
system v
1983 foi o ano que marcou o surgimento do UNIX System V. que é a versão comercial do
sistema a partir do direito de comercialização obtido pela AT&T.
Devido a simplicidade do código-fonte do UNIX, diversos fabricantes realizaram
alterações nesse sistema a fim de adaptá-lo às suas necessidades, originando várias
versões personalizadas do UNIX.
O novo UNIX comercial foi lançado em 1983, chamado System V que segue até hoje como
o padrão internacional no mercado UNIX.
Atualmente, UNIX é o nome dado a uma família de Sistemas Operacionais, porém o Linux,
apesar de compartilhar diversos conceitos originais do UNIX, não faz parte dessa família.
Existem mais de 40 sistemas operacionais da família Unix rodando em computadores,
smartphones, relógios, etc.
Dela, podem-se listar os sistemas: BSD, Solaris, IRIX, AIX, HP-UX, Tru64, SCO, entre outros.
1987 – Criação do Minix
minix
Dois anos depois, o escritor e professor universitário, Andrew Tanenbaum começou a
desenvolver uma versão reduzida desse sistema, chamada de Minix, com o objetivo de
ensinar programação de sistemas operacionais aos seus alunos.
Linux
Para muita gente, o Linux é meramente um sistema operacional. Essa definição não está
errada, mas também não está completa. Na verdade, o Linux é parte de um todo, mais
precisamente, é um kernel de código-fonte* aberto, que foi — e é desenvolvido — ao
longo do tempo graças à colaboração voluntária de desenvolvedores de várias partes do
mundo.
* Em poucas palavras, código-fonte é um conjunto de instruções baseado em uma
linguagem de programação que, depois de compilado ou interpretado, forma um
software. Tendo acesso ao código-fonte, é possível saber como determinado programa
ou recurso de software foi desenvolvido.
O que é kernel?
Kernel pode ser entendido como o núcleo do sistema operacional, isto é, como a parte
essencial deste. Cabe ao kernel fazer a intermediação entre o hardware e os programas
executados pelo computador. Isso significa que a junção do kernel mais os softwares que
tornam o computador usável (drivers, protocolos de comunicação, entre outros), de
acordo com a sua aplicação, é que formam o sistema operacional em si.
Para compreender melhor, você pode imaginar o kernel como sendo o chassi de um
veículo. De acordo com a aplicação em questão,uma montadora pode adquirir um chassi
e utilizá-lo para montar um carro para transportar cargas ou, se a necessidade for esta,
construir um automóvel de passeio para uma família.
Perceba que o kernel não é, necessariamente, um software manipulável pelo usuário. Ou
seja, não se trata de algo tão simples a ponto de poder ser instalado e, logo em seguida,
estar pronto para uso, como um aplicativo de edição de textos, por exemplo. O kernel é
uma base complexa, que serve de estrutura para o sistema, atuando nos "bastidores".
Assim, o usuário sequer precisa saber de sua existência para poder utilizar o computador.
Então, o Linux é um kernel?
Exatamente! Quando procuramos um programa que possui versões para vários sistemas
operacionais — como o navegador Mozilla Firefox —, nos deparamos com vários links:
um que aponta para a versão Windows, outra que direciona para a versão OS X, outra
para Linux e assim por diante. Perceba que, em situações como essa, o nome Linux não
é empregado incorretamente. Por outro lado, achar que o Linux é todo o conjunto de
software, incluindo aplicativos, interfaces gráficas e outros, é uma visão bastante
limitada.
Mas, para entender melhor o que é Linux e o que ele representa, é conveniente conhecer
a sua história.
A história do Linux
A história do Linux começa no ano de 1991, pelas mãos de um estudante universitário
finlandês chamado Linus Torvalds. O Linux foi criado por ele, não totalmente do "zero",
mas sim como uma variação do Minix.
O Minix é um sistema operacional simples, criado por Andrew S. Tanenbaum, um
renomado professor de computação que é conhecido pelos diversos livros que escreveu
para a área.
Tanenbaum disponibilizou o Minix principalmente para servir de auxílio no ensino de
computação. Trata-se de um sistema operacional simples, que exige poucos recursos de
hardware e cuja primeira versão foi lançada em 1987.
Dadas as suas finalidades acadêmicas, não só o Minix foi disponibilizado de maneira
gratuita e livre, como também o seu código-fonte completo. Assim, os estudantes de
computação podiam — e podem — estudá-lo inteiramente para desenvolver habilidades
ou mesmo para criar projetos derivados. Foi assim que Linus Torvalds entrou nessa
história.
A relação do Linux — e do Minix — com o Unix
O Minix também não foi escrito do "zero". Trata-se, na verdade, de um projeto baseado
em um sistema operacional que tem grande participação na história da computação:
o Unix.
O surgimento do Unix se deu em 1969, como um projeto da Bell Labs, laboratório
pertencente à AT&T. Mas somente em meados da década seguinte o Unix tornou-se um
sistema efetivamente disponível no meio acadêmico, o que permitiu a sua evolução e o
surgimento de variações.
O Unix, na verdade, começou em meados dos anos 1960 como um projeto a ser
desenvolvido por um grupo de habilidosos programadores, entre eles, Ken
Thompson e Dennis Ritchie: um sistema operacional de nome Multics.
O Multics era um projeto ambicioso, mas enfrentou vários problemas, entre eles, falta de
recursos computacionais. Assim, no mesmo ano, Ken Thompson decidiu criar algo mais
"realista", chamando o novo projeto de Unics. Tempos depois, o nome foi mudado
para Unix, denominação que permanece até hoje.
Apesar de haver outros programadores envolvidos com a criação do Unix, Ken Thompson
e Dennis Ritchie são os nomes mais lembrados porque ambos, em 1973, praticamente
reescreveram o Unix a partir da linguagem C.
C é uma criação de Dennis Ritchie, daí o seu comprometimento com o trabalho
envolvendo a linguagem e o Unix. Por causa de seus recursos, a linguagem passou a ser
utilizada em vários outros projetos mais complexos, inclusive no desenvolvimento de
outros sistemas operacionais, fazendo o seu criador ser reconhecido mundialmente
como um dos grandes nomes da computação. Dennis Ritchie faleceu eum outubro de
2011).
O Unix teve grande aceitação não somente em universidades, mas também em
ambientes corporativos, resultando no surgimento de variações diversas do sistema,
como as versões BSD e o Solaris. O Minix, assim como o Linux, é uma delas, o que não
quer dizer que ambos sejam iguais ao Unix, mas notoriamente parecidos.
O surgimento do Linux
Linus Torvalds, então com quase 20 anos, começou a estudar ciência da computação na
Universidade de Helsinki, na Finlândia, em 1988. Cerca de dois anos depois, aproveitando
o conhecimento que tinha e estava adquirindo sobre a linguagem C, decidiu criar a sua
própria implementação de um terminal em seu recém obtido computador 80386,
principalmente para acessar o servidor Unix da instituição de ensino. Isso porque ele já
havia testado o Minix para essa finalidade, mas não estava satisfeito com os seus
recursos.
A intenção de Torvalds era a de fazer o projeto rodar especificamente em sua máquina
80386, com o desenvolvimento sendo feito a partir do Minix. O trabalho avançou de tal
forma que chegou um ponto em que Torvalds já tinha um kernel funcional em mãos.
O início da trajetória do Linux não foi isenta de problemas. Uma dos obstáculos que
Torvalds teve que enfrentar foram as críticas do professor Andrew S. Tanenbaum, que
em suas declarações afirmou que o "Linux é obsoleto", especialmente por ter "design
monolítico".
Tanenbaum não estava contente com o fato de o Linux ter sido preparado
especificamente para rodar com o processador 80386 que, além de caro (na época), teria
sua arquitetura substituída futuramente, o que, na verdade, não aconteceu.
Linus respondeu às críticas e continuou seu trabalho, contando com o apoio de cada vez
mais pessoas. Com o passar do tempo, o Linux acabou inclusive sendo portado para várias
outras plataformas, o que certamente contribuiu para o seu sucesso.
Linux rodando até em um velho Nintendo DS
O nome Linux
O projeto já era realidade, mas não tinha um nome. Inicialmente, Torvalds atribuiu ao
kernel a denominação Freax, uma mistura de free (livre) com freak (monstruoso,
esquisito) e a letra 'x', para lembrar o Unix.
O símbolo do Linux é o Pinguim Tux
O programador Ari Lemmke, depois de sugerir a Torvalds que colocasse o projeto em uma
rede para torná-lo mais acessível, decidiu criar no servidor de FTP que hospedaria o
software uma pasta de nome "linux" (muito provavelmente, uma mistura de Linus com
Unix), já que não havia gostado de Freax. A denominação "Linux" acabou "pegando" e é,
tal como você vê, utilizada até hoje.
GNU/Linux
Você já deve ter visto em vários lugares — inclusive aqui no InfoWester — a
expressão GNU/Linux. O que isso significa?
Tal como você já sabe, o Linux, por si só, é um kernel. Sozinho, um kernel não tem muita
utilidade. É necessário "juntá-lo" a um conjunto de softwares para que tenhamos,
efetivamente, um sistema operacional em condições de uso. É aí que o
projeto GNU entra em cena.
GNU é a sigla para um nome curioso: "GNU is Not Unix (GNU Não é Unix)". Trata-se de
um projeto que teve início em 1984 pelas mãos de Richard Stallman, que queria criar um
sistema compatível com Unix, mas sem utilizar código deste.
Com o passar dos anos, o projeto foi ganhando recursos, como compiladores e editores
de texto. Mas, faltava um elemento importantíssimo: um kernel. Stallman e seus
colaboradores estavam trabalhando em um kernel de nome Hurd, mas dada a demora
em concluí-lo, muitos daqueles que precisavam ou queriam usar software GNU decidiram
recorrer a algo que souberam ser capaz de atender à necessidade que tinham: o Linux.
Então, basicamente, o Linux que temos hoje é conhecido por trabalhar em conjunto com
software GNU. Por isso, muitos integrantes e simpatizantes de movimentos ligados ao
software livre defendem a ideia de que, quando houver referência ao sistema
operacional como um todo, o nome GNU/Linux deve ser utilizado. Acontece que, por
comodidade ou simplesmente desconhecimento, muitas pessoas criaram o hábito de
chamar todo o conjunto de Linux e não apenas o kernel.
DistribuiçõesLinux
Você já sabe que o Linux, ao contrário de outros sistemas baseados no Unix ou mesmo
deste, não é um sistema operacional como um todo. Mas, sendo um kernel disponível de
maneira gratuita e com código-fonte aberto, qualquer pessoa ou organização pode juntá-
lo a um conjunto de softwares para criar um sistema operacional customizado.
Ao longo dos últimos anos, foi justamente isso o que aconteceu. Vários grupos ou mesmo
empresas se organizaram e criaram seu próprio sistema operacional baseado em Linux.
Cada um deles recebe o nome de "distribuição Linux" (ou "distribuição GNU/Linux").
Há várias distribuições Linux por aí, para os mais diversos fins. Muitas inclusive fazem
parte de negócios rentáveis em que a empresa fornece, por exemplo, o sistema
operacional de graça, mas obtém receita a partir de serviços de suporte. Naturalmente,
aquelas distribuições que se destinam ao segmento de usuários domésticos são mais
populares.
Ubuntu Linux / Divulgação
Para o público em geral, a distribuição mais famosa atualmente é o Ubuntu, da
empresa Canonical. Por padrão, são lançadas novas versões do Ubuntu em todos os
meses de abril e outubro de cada ano. Há um esquema de numeração que ajuda a
identificar a época de lançamento: a versão 15.10 do Ubuntu, por exemplo, foi lançada
em 2015, no mês de outubro. É possível saber disso porque a indicação de ano aparece
primeiro (15) e, depois do ponto, vem a indicação do número do mês (10).
É claro que há outras distribuições renomadas, entre elas:
Fedora (ligada à Red Hat);
Debian;
Arch Linux;
Linux Mint;
CentOS (com foco em servidores);
Slackware.
É possível obter informações sobre essas e outras distribuições Linux no
site DistroWatch.com (em inglês).
Versões do kernel
Periodicamente, novas versões do kernel Linux são lançadas. Atualizações são naturais
para qualquer software e ocorrem para atribuir melhorias a determinadas
funcionalidades, para corrigir falhas (bugs) e, no caso de sistemas operacionais, para
adicionar recursos importantes ao kernel, principalmente compatibilidade com novos
hardwares.
Normalmente, cada versão do kernel é representada por três números distintos
separados por pontos, por exemplo: 2.6.24. O primeiro número indica a versão do kernel.
O segundo número indica a última revisão feita até o momento naquela versão. O
terceiro número, por sua vez, indica uma revisão menor, como se fosse uma "revisão da
última revisão" do kernel. Um quarto número pode ser utilizado para indicar uma
atualização importante naquela versão.
É válido frisar que antes da série 2.6.x, a numeração do kernel tinha o seguinte esquema:
se o segundo número da representação fosse ímpar, significava que aquela série ainda
estava em desenvolvimento, ou seja, era uma versão instável e em fase de testes ou
aperfeiçoamentos. Se o número fosse par, significava que aquela série já tinha
estabilidade para ser disponibilizada para uso.
A numeração sofreu outra mudança em julho de 2011, quando foi lançada a versão 3.0
do Linux. Das versões 1.x para 2.x houve significativas alterações no kernel. No entanto,
da 2.x para a 3.x não houve nada tão importante assim, tanto que, pelo esquema, esta
versão deveria ser 2.6.40.
Tudo indica que a mudança aconteceu por uma questão de comodidade e "estética". Há
também quem afirme que a numeração 3.0 foi dada como forma de comemorar o
aniversário do Linux, que completou 20 anos de existência em 2011.
A licença do Linux
Uma licença é, em poucas palavras, um documento que explica como determinado
software pode ser utilizado. No que se refere a programas de código-fonte aberto, há
vários tipos de licenças disponíveis. O Linux utiliza a GPL (GNU Public Licence).
Vale frisar que, inicialmente, Linus Torvalds aplicou ao Linux uma licença própria, que
tinha restrições para uso comercial. A GPL só foi adotada em 1992, mesmo porque o Linux
já era utilizado com software GNU.
A GPL é uma licença criada pela Free Software Foundation (organização fundada por
Richard Stallman) baseada nas liberdades que a entidade defende:
liberdade de executar o programa, para qualquer propósito (liberdade zero);
liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo às suas necessidades
(liberdade 1), sendo o acesso ao código-fonte um pré-requisito para esta aspecto;
liberdade de distribuir cópias de forma que você possa ajudar ao seu próximo
(liberdade 2);
liberdade de melhorar o programa e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo
que toda a comunidade se beneficie (liberdade três). Novamente, aqui o acesso
ao código-fonte é um pré-requisito.
Um software não pode utilizar a GPL se não corresponder a todos esses requisitos.