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UNIVERSIDADE DE ARARAQUARA – UNIARA
Curso Bacharel em Enfermagem
Disciplina: Semiologia e Semiotécnica/Fundamento de Enfermagem II
Atividade Avaliativa 1º Bimestre – 12/09/2022
Aluno (a):___________________________________Matrícula:____________
ESTUDO DE CASO
Hospital é condenado por erro que
Deixou paciente em estado vegetativo
** Reportagem na íntegra publicado em maio/2017 no site Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. Disponível em: https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/noticias/2017/maio/hospitalecondenado-por-erro-de-enfermagem-ter-deixado-o-paciente-em-estado-vegetativo 
O juiz titular da 24ª Vara Cível de Brasília julgou procedente o pedido dos autores, condenou o Hospital Santa Helena a indenizá-los pelos danos morais sofridos em razão das complicações de saúde que deixaram a vítima em estado vegetativo, causada por erro na prestação do serviço hospitalar, e fixou a indenização em R$ 400 mil para a vítima (que faleceu no curso do processo) e R$ 50 mil para cada um dos autores. 
Os autores ajuizaram ação, na qual narraram que seu pai era portador de esclerose lateral amiotrófica (ELA), motivo pelo qual foi internado no estabelecimento do réu, no qual realizou procedimento de colocação de sonda no estômago. Após a cirurgia, o médico responsável prescreveu a aplicação de soro fisiológico FS 0,9% por acesso venoso, mas a técnica em enfermagem de plantão teria aplicado soro glicosado 50%. 
Segundo os autores, o técnico de enfermagem que substituiu a anterior, ao verificar o término da primeira bolsa de soro teria buscado uma segunda bolsa, conforme o que foi prescrito pelo médico, mas ao perceber que o medicamento que acabara de ter sido administrado não era o prescrito, optou por aplicar outra bolsa do medicamento errado. Um dia após a cirurgia o paciente teria começado a sofrer convulsões e deixou de responder aos estímulos, entrando em coma hiperglicêmico, que causou hemorragia cerebral, tendo que permanecer na UTI por 30 dias, e o levando à condição de estado ao vegetativo. 
Exames realizados pelo médico de plantão teriam constatado que o paciente sofreu de hiperglicemia grave, decorrente do erro de administração do soro, que ainda estaria vencido a 39 dias. O hospital apresentou contestação e, em resumo, defendeu que não houve liberação de soro glicosado pela farmácia do hospital; que após o ocorrido, o paciente teria mantido a mesma forma de comunicação da qual se utilizava anteriormente, por intermédio de piscar de olhos, estando consciente e contactuante no dia de sua alta hospitalar; que o paciente não sofreu edema ou hemorragia cerebral no pós operatório; que ainda que tivesse havido a administração de soro glicosado, este único evento não seria suficiente para causar diabetes e as convulsões que a família alega que ele passou a sofrer; que não houve falha na prestação de serviços, tendo havido caso fortuito. 
O magistrado entendeu que restou comprovado o erro na administração do soro, e explicou: “Ora, um paciente em jejum apresenta, necessariamente, glicemia em seus níveis mínimos, afinal o organismo precisa de alimentos para produzir glicose. Depois da cirurgia o De Cujus não recebeu alimentação, dentre outras razões porque recebera um corte no estômago. Foi mantido unicamente com soro. 
Nessa situação as duas únicas ingestões do paciente eram o ar que respirava e o soro que recebia da veia. De onde veio a glicose para provocar a hiperglicemia? Não pode ter vindo do ar, que não a contém, então a única hipótese possível é que foi ministrada pelo soro. O soro fisiológico NÃO contém glicose, é apenas água destilada com sal de cozinha. 
É absolutamente IMPOSSÍVEL que não tenha sido ministrada a glicose no soro, que, portanto, era soro glicosado. Está assim PROVADO, além de qualquer dúvida, que foi ministrado soro glicosado ao paciente ao ponto de levá-lo ao estado de coma hiperosmolar glicêmico relatado em vários relatórios de evolução do paciente na UTI”.
Após a leitura do caso, responda:
a) Indique qual etapa da verificação dos 9 certos para prescrição, preparo e administração de medicamentos seguro não foi realizada e justifique sua resposta.
Conforme se observou na reportagem, o erro cometido foi a administração de soro glicosado a 50%, ao invés do soro fisiológico a 0,9% que estava prescrito para o paciente. Com base nos 9 certos da administração de medicamentos, verifica-se que a segunda etapa, se diz respeito a "MEDICAÇÃO CORRETA”, onde é necessário que o profissional de enfermagem, antes de fazer o procedimento de administração, observe a prescrição médica o medicamento que será administrado, não foi cumprido. Essa etapa é indispensável no processo de administração de qualquer medicação, sendo assim primordial dentre as etapas, pois um erro cometido pelo não cumprimento da mesma poderá ocasionar sérios problemas ao usuário, piorando seu quadro clínico e culminando até mesmo em óbito.
b) Cite quais aspectos éticos e legais foram infringidos na situação relatada acima. Justifique sua resposta.
Um dos princípios bioéticos infringidos foi a da não maleficência, uma vez que ao administrar uma medicação errada e ocasionado o óbito desse paciente, não foi seguido o princípio de não causar o mal ao paciente que está sob seu cuidado. Observa-se também que o técnico de enfermagem do plantão seguinte foi negligente, uma vez que ele viu que na prescrição estava prescrito SF 0,9% e mesmo assim seguiu com a administração de SG 50%, só porque já havia sido feito antes. Evidencia-se a negligência também no fato de ter sido feito a administração de uma medicação já vencida. O artigo 12 do código de ética dos profissionais de enfermagem também foi infringido. O referido código fala que é uma responsabilidade e dever dos profissionais de enfermagem “Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência”; entretanto constatou-se que a não conferencia da medicação prescrita, a administração de uma outra medicação que inclusive estava vencida, foi um ato negligente que ocasionou sérios problemas ao paciente, que por consequência disso o levou a morte. 
c) Descreva qual seria sua atitude como enfermeiro frente a situação do caso descrito e o que deve ser realizado para evitá-la.
Inicialmente eu iria averiguar todos os fatos do ocorrido antes de tomar as medidas necessárias. Conferiria na prescrição médica o medicamento prescrito e qual foi administrado, assim como os horários de aprazamento e administração já checados pelo técnico de enfermagem responsável pelo paciente em questão. Iria conferir com o técnico responsável pelo paciente no dia da prescrição e averiguaria com o mesmo se teria sido prescrito o medicamento correto ao paciente. Verificaria também no senso das medicações que é enviado a farmácia, e conferiria se o medicamento havia sido dispensado. Após contatar o erro eu informaria a autoridade hospitalar responsável por esse setor e a equipe médica responsável para poder verificar quais condutas poderiam ser adotadas para a melhora ou a possibilidade de reversão do efeito do fármaco no organismo do paciente. As autoridades sanitárias também seriam contatadas para a notificação do caso. Identifica-se que o erro cometido foi um erro básico e fácil de ser evitado, mas que se deixado de ser seguido pode ser extremamente grave. Faz parte da grade das instituições de ensino aulas referentes à administração de medicação e dentre elas os 9 certos no preparo e administração de medicação. Entretanto muitos profissionais ao longo dos anos vão esquecendo ou simplesmente deixando de lado princípios básicos em semiotécnica, dentre estes a adoção dos 9 certos do preparo e administração de medicação. Logo, para ser evitado esse tipo de erro, é preciso que todos os profissionais de enfermagem saibam e sigam os 9 certos do preparo e administração de medicação, e além disso se comprometam com o cuidado dos usuários.

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