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Aula 1 - Instalações eletricas Prediais

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2 
 
 
 
 
Instalações Elétricas Prediais ....................................................... 3 
Bibliografia ........................................................................... 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
Instalações Elétricas Prediais 
Aula 01 
 
Olá alunos! Seja bem-vindos a aula de instalações elétricas 
prediais, ao longo desta aula você irá aprender a analisar a elaboração 
de um projeto elétrico residencial. 
Para acompanhar esta apostila você, preferencialmente, deve 
realizar o download do software AutoCAD. Lembrando que a versão 
para estudantes deste programa está disponível na plataforma do 
aluno. 
Caso você opte por desenhar, utilizando apenas lápis e papel, é 
recomendável adquirir os itens abaixo, que podem ser encontrados em 
qualquer papelaria. 
 Bloco papel A-3 180g/m2. 
 Lapiseira 0.3 mm. 
 Lapiseira 0.5 mm. 
 Lapiseira 0.7 mm. 
 Borracha macia. 
 Par de esquadros sem graduação. 
 Régua de 30 cm. 
 Gabarito círculos TRIDENT D-2 ou similar. 
 Gabarito eletricidade TRIDENT E-13 ou similar. 
 
Com o software instalado no seu computador ou com o material 
em mãos você pode acompanhar esta aula e elaborar um projeto 
elétrico residencial. 
 
 
 
4 
 
 
Um projeto elétrico tem como objetivo a transferência de energia 
elétrica desde uma fonte, em geral a concessionaria, até o consumidor 
de maneira eficaz e segura. 
Algumas definições importantes: 
Carga ou potência instalada: 
 É a soma de todas as potências nominais de todos os aparelhos 
elétricos pertencentes a uma instalação ou sistema elétrico. 
Demanda: 
 É a potência elétrica realmente absorvida em um determinado 
instante por um aparelho elétrico. 
Demanda média de um consumidor ou sistema: 
 É a potência elétrica média absorvida durante um intervalo de 
tempo determinado (15min ou 30 min). 
Demanda máxima de um consumidor ou sistema: 
 É a maior de todas as demandas ocorridas em um período de 
tempo determinado, representa a maior média de todas as 
demandas verificadas em um período (1 dia,1 semana, 1 mês 
ou 1 ano). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
Como exemplo será usada uma planta baixa de uma casa, Figura 
1. Abaixo seguem as medidas de cada um dos seus cômodos. 
 
Figura 1 – Planta baixa de uma casa 
 
 
 Dormitório 1 = 3,25m x 3,40m. 
 Dormitório 2 = 3,15m x 3,40m. 
 Sala = 3,25m x 3,05m. 
 Copa = 3,10m x 3,05m. 
 Cozinha = 3,75m x 3,05m. 
 Banheiro = 1,80m x 2,30m. 
 Área de Serviço = 1,75m x 3,40m. 
 
Explorando este exemplo para tirar todas as suas dúvidas, o 
primeiro passo é atribuir uma carga de iluminação e de TUG (tomada 
de uso geral). 
 
6 
 
 
A atribuição de carga para iluminação é baseada na área em m2. 
Segundo a NBR 5410, item 4.2.1.2, é preciso prever um ponto 
de luz no teto comandado por um interruptor de parede. 
Arandelas no banheiro devem estar distantes no mínimo 60cm 
do limite do box do chuveiro. 
Caso a área seja inferior a 6 m2, você deve atribuir uma potência 
mínima 100VA de carga de iluminação para esse ambiente; se essa 
área for superior a 6 m2, é preciso atribuir 100VA de potência de 
iluminação para os primeiros 6 m2, e 60VA de potência de iluminação 
para cada fatia de 4 m2 inteiro. 
 
 
Nota: A NBR5410 não estabelece critérios para 
iluminação externas em residências, ficando a decisão 
por conta do projetista. 
 
Para continuar o projeto, você deve calcular agora a área em m2 
de cada ambiente da planta baixa da Figura 1. Veja uma tabela com 
as medidas dessas áreas. 
Tabela 1 – Relação entre as dimensões em m² e potência de iluminação 
Dependência Dimensões área em m2 
Potência de 
iluminação em VA 
Sala 3,25m x 3.05m =9.91 m2 9.91 m2=>100VA 100 
Copa 3.10m x 3.06 = 9.48 m2 9.48 m2=>100VA 100 
Cozinha 3,05m x 3,75m = 11,43m2 11,43m2 (100+60) 160 
Dormitório 1 3.25m x 3.40m = 11.05 m2 11.05 m2(100+60) 160 
Dormitório 2 3.15m x 3.40m =10.71 m2 10.71 m2(100+60) 160 
Banheiro 1.80m x 2.30m = 4.14 m2 4.14 m2 =>100VA 100 
Área de Serviço 1.75m x 3.40m = 5.95 m2 5.95 m2 =>100VA 100 
Hall de entrada 1.80m x 1.00 m = 1.80 m2 1.80m2 =>100VA 100 
Área Externa ------------- -------------- ---- 
 
O próximo passo é atribuir a carga de TUG, que por sua vez está 
relacionada com a quantidade de tomadas no ambiente, para isso é 
preciso determinar a quantidade total de tomadas que serão utilizadas. 
7 
 
 
A NBR 5410 estabelece que a copa, cozinha ou áreas molhadas 
devem atribuir uma tomada de uso geral para cada 3,5m. do 
perímetro. Nesses cômodos devem ser usados 600VA para as três 
primeiras tomadas e 100VA o excedente. 
Nos demais cômodos deve ser adotada uma tomada a cada 5,5 
m do perímetro e atribuído 100VA por tomada. 
Para exemplificar, utilizando o cômodo cozinha, adote uma 
tomada a cada cinco pontos, com a atribuição de 100VA de carga. 
3,05m x 2 + 3,75 x 2 = 13,6m 
13,6 / 3,5 = 3,88 TUG = 4 TUG 
A carga será então de 3 x 600VA + 100VA = 1900VA. 
A cozinha, como estabelece a norma, deve possuir uma tomada 
para cada 3.5m do perímetro. 
Assim é possível elaborar uma tabela de levantamento de cargas 
da planta. 
Tabela 2 – Tabela de levantamento de cargas da planta da Figura 1. 
DEPENDENCIA 
CARGA DE 
ILUMINAÇÃO (VA) 
CARGA DE 
TUG (VA) 
CARGA DE TUE (W) USO 
ESPECÍFICO 
Sala 100 400 
Copa 100 1900 
Cozinha 160 1900 
4000 W (Forno elétrico) 
6000W (Secadora de louças) 
Dormitório 1 160 400 
Dormitório 2 160 400 
Banheiro 100 600 6500 (Chuveiro Elétrico) 
Área de Serviço 100 1200 
1000VA e FP = 0,89 (Lavadora 
de roupas) = 1000x0,89=890W 
Hall 100 100 
Área Externa 100 
Potência Total 1080 6900 17.390W 
 
Esta tabela de cargas foi criada de acordo com as regras descritas 
anteriormente nessa aula. 
8 
 
 
Assim o total de carga para iluminação é de 1.080W e a carga 
total de TUG 6.900W, a soma oferece o valor de 17.390W. 
Agora é preciso escolher qual o tipo de alimentação será usado 
na residência, para isso você deve fazer conforme indicado a seguir. 
A potência total de iluminação é 1.080W. 
Conforme a tabela anterior, a NBR 5410 recomenda fator de 
potência 1 (FP=1) a potência de iluminação P (Ilum.) = 1080 x 1 = 
1080 W, agora é preciso que você converta VA em watts. 
A potência total de tomada de uso geral, segundo as 
recomendações da NBR 5410, deve possuir fator de potência de 0,8 
(FP=08) P (TUG) = 6900 x 0.8 = 5520W. 
A divisão do circuito deve ser feita tomando como norma que 
todo ponto de utilização previsto deve alimentar de modo exclusivo ou 
virtualmente dedicado um equipamento com corrente nominal superior 
a 10 A. 
Ou seja, é possível fracionar os circuitos de tomada de uso geral 
em circuitos de 10 A, assim todos os circuitos de TUG possuem 10 
Ampères. 
Leve em consideração que a potência de uma secadora fica em 
torno de 6.000W de potência, um forno elétrico fica em torno de 4000W 
de potência, chuveiros consomem uma média de 6500W de potência, 
uma máquina de lavar em média consome 890W. 
Agora você deve somar as potências dos aparelhos para alcançar 
a potência total da sua instalação. 
1080+5520+6000+4000+6500+890 = 23990 
Total Geral = 23.990W 
De acordo com o resultado encontrado você consegue escolher o 
tipo de alimentação que pode ser usada na residência, para este 
exemplo será usada a alimentação padrão da cidade de Santos. 
9 
 
 
Segue abaixo alguns dados da companhia energética desta 
cidade. 
 Monofásica tipo M1: carga instalada até 8kW. 
 Monofásica tipo M2: carga instalada acima 8 até 11kW. 
 Bifásica tipo B1: carga instalada acima de 11 até 15kW. 
 Bifásica tipo B2: carga instalada acima de 15 até 22kW. 
 Trifásica: são as cargas que não se classificam nos tipos 
anteriores e possuem até265kVA. 
O valor da potência total é de 23.990W, de acordo com os dados 
da companhia energética de Brasília qual o tipo de alimentação deve 
ser usado na residência? 
A alimentação escolhida deve ser a trifásica, pois na cidade de 
Santos é usado 380V fase-fase e 220 fase-neutro. 
Após descobrir o tipo de alimentação adequado é necessário 
dividir a instalação elétrica em circuitos. É recomendável que você faça 
previsões dos circuitos de iluminação separando os circuitos TUG 
(tomadas de uso geral) dos circuitos de TUE (tomadas de uso 
específico). 
Todo ponto de utilização é previsto para alimentar, de modo 
exclusivo ou virtualmente dedicado, um equipamento com corrente 
nominal superior a 10A. 
Então como estamos vendo no quadro da Tabela 2, para 
distribuição de circuitos de TUG faça uma distribuição dos circuitos 
dividindo cada circuito no máximo para 10A. 
Agora você deve aprender a dividir o circuito de TUE. Isso é 
bastante fácil basta para cada tomada estipular um uso específico. Por 
exemplo, para o chuveiro, pode ser usado o circuito 7; para o forno 
elétrico o circuito 8; para a lavadora de louças o circuito 9; enfim cada 
tomada em área molhada precisa dessa especificação. 
10 
 
 
Outro cálculo que deve ser realizado é o do circuito de 
distribuição geral. Para isso você deve somar a potência de iluminação 
com a potência de TUG. O resultado será 6.600W, sem levar em 
consideração o fator de demanda. 
Porém, o fator de demanda não pode ser esquecido. Para 
descobrir ele basta verificar a Tabela 3. 
Tabela 3 – Fator demanda 
Potência iluminação + potência TUG 
(W) FD 
0 a 1000 0,86 
1001 a 2000 0,75 
2001 a 3000 0,66 
3001 a 4000 0,59 
4001 a 5000 0,52 
5001 a 6000 0,45 
6001 a 7000 0,40 
7001 a 8000 0,35 
8001 a 9000 0,31 
9001 a 10000 0,27 
Acima de 10000 0,24 
 
Segundo a Tabela 3, entre 6000W e 7000W, o fator de demanda 
é de 0,4. 
Agora você deve somar a potência de TUG com a potência de 
iluminação, o resultado deve ser multiplicado por 0,4. 
 
Fator de demanda: 0,4 
6600W x 0,4 = 2640W 
Para finalizar o cálculo, deve ser encontrada a potência de TUE. 
11 
 
 
Na Tabela 2, somando circuitos TUE tem-se 17.390W, o fator de 
demanda vai ser encontrado na Tabela 4, procurando o número de 
cargas de TUE (4) presentes no projeto, é encontrado na tabela 3 o 
fator demanda 0,76. 
Tabela 4 –Fator de Demanda 
Nº de TUE FD Potência TUE 17.390 
Fator de demanda 
 
FD = 0,76 
17.390 x 0,76 = 13.216,4W 
 
Potência residencial FP = 0,95 
2640W + 13.216,4 = 15.856,4W 
 
Para residencial FP = 0,95 
S(total) = P(total)/FP=15.856/0,95 = 16,691KVA 
 
𝑆 = √3 ∙ 𝑉 ∙ 𝐼 
𝐼 =
,
√ ∙
= 25,35𝐴 CEB trifásico 32A 
01 1,00 
02 1,00 
03 0,84 
04 0,76 
05 0,70 
06 0,65 
07 0,60 
08 0,57 
09 0,54 
10 0,52 
11 0,49 
12 0,48 
13 0,46 
14 0,45 
15 0,44 
16 0,43 
17 0,40 
18 0,40 
19 0,40 
 
O tipo de alimentação desse projeto é alimentação trifásica então 
a potência aparente é dada pela fórmula abaixo: 
𝑆 = √3 𝑥 𝑉 𝑥 𝐼 
𝐼 = 
16681 𝑘𝑉𝐴
√3 𝑥 380
= 25,35𝐴 𝐶𝐸𝐵 𝑡𝑟𝑖𝑓𝑎𝑠𝑖𝑐𝑜 32𝐴 
A corrente de distribuição no circuito vai ser 25, 35ª; este circuito 
vai necessitar um disjuntor geral de 32A. 
12 
 
 
Após esses cálculos é preciso fazer o carregamento dos circuitos 
nos eletrodutos, para isso é preciso calcular a corrente do circuito. 
 
Cálculo da corrente de fase: 
𝐼 = 
𝑃
𝑉 𝑥 𝐹𝑃
= 
𝑆
𝑉
 
Cálculo da corrente de projeto: 
𝐼 = 
𝐼
𝐹𝐶𝑇 𝑥 𝐹𝐶𝑁𝐶
 
 
A corrente do projeto é influenciada pelos fatores de correção de 
temperatura, de correção de números e circuitos. 
Uma boa prática é sempre usar nos projetos, no máximo, 3 
circuitos por eletroduto. Isso te oferece na tabela NBR um fator de 
correção de agrupamento de 0,7. 
Tabela 5 – Número de circuitos no trecho mais ocupado 
Número de circuitos no trecho mais 
ocupado 
1 2 3 4 5 6 
FCNC 1,00 0,80 0,70 0,65 0,60 0,57 
 
Conforme a tabela, se for carregado com 4, a corrente de projeto 
irá aumentar, o que ocasiona no aumento da bitola de fiação. 
Por isso é indicado usar no máximo três produtos por eletroduto. 
Outra prática recomendada é usar um circuito de TUE para cada 
carga, no exemplo do projeto, são 4 circuitos, então é necessário o uso 
de 4 eletrodutos distintos para cada uma das cargas. 
Isso torna o projeto mais moderno, com mais eletrodutos, porém 
com uma liberdade maior no momento de fazer o roteamento de 
fiação. Assim o condutor fica mais livre e não há um aumento na bitola 
de fiação. 
13 
 
 
Finalmente será calculado o dimensionamento dos cabos 
elétricos residenciais, de acordo com a NBR5410. 
É possível elaborar o dimensionamento de um modo bem simples 
através das tabelas da NBR5410. 
Para isso será usado um modelo de dimensionamento para 
instalações residenciais, as tabelas são para todos os tipos de 
dimensionamento de cabos, independentemente de serem cabos de 
uso residencial ou industrial. 
 Nesta aula, o foco será o uso residencial para continuar o nosso 
exemplo inicial da planta da Figura 1. 
Para facilitar o entendimento, a primeira coisa é entender a 
tabela número 47 da NBR5410. 
 
Tabela 6 – Tabela número 47 da NBR5410 – critério de seleção mínima 
Tipo de linha Utilização do circuito 
Seção mínima do 
condutor mm2 (condutor 
de cobre) 
Instalações em geral 
Condutores e cabos 
isolados 
Circuitos de iluminação 1,5 
Circuitos de força 2,5 
Circuitos de sinalização e 
circuitos de controle 
0,5 
 
Essa tabela estipula quais são as sessões mínimas de cabos 
dentro de instalações, ela mostra as instalações fixas gerais para 
condutores e cabos isolados. 
Neste projeto será usado no circuito de iluminação um cabo de 
1,5mm2, para o circuito de força um cabo de 2,5mm2 e para circuitos 
de comunicação cabos de 0,5mm2. 
Ao ver essa tabela, muitas pessoas equivocadamente entendem 
que todo o circuito de iluminação é 1,5mm2, todo circuito de tomada é 
14 
 
 
2,5mm2 e todos os circuitos de comunicação 0,5mm2; porém isso não 
é verdade. 
O critério mínimo significa apenas que os cabos para estas 
funções não podem apresentar especificações menores do que as 
descritas na Tabela 6. Porém, é comum observar cabos com dimensões 
maiores, para circuitos maiores, isso depende de outros critérios que 
serão vistos adiante nesta aula. 
Um fator muito importante ao dimensionar um cabo é saber 
como ele deve ser instalado. Para isso basta verificar a tabela 33 da 
NBR540, que mostra os diversos tipos de instalação possíveis para os 
seguintes tipos de cabos: 
 Cabos em eletrocalhas. 
 Cabos instalado dentro de parede. 
 Cabos enterrado diretamente no solo. 
 Cabos em bandeja aberta. 
 Cabos em bandeja fechada. 
 
Assim você pode reparar que existem diversos métodos de 
instalação de cabos elétricos. O método mais comum, encontrado em 
residências, é o método 7. Veja mais a respeito dele na Tabela 7, onde 
consta o seu esquema ilustrativo, sua descrição e o método de 
referência. 
Tabela 7 – Método de instalação de condutores número 7 
 Métodos da 
instalação número 
Esquema ilustrativo Descrição 
Método de 
referência 
7 
 
Condutores isolados 
ou cabos unipolares 
em eletroduto de 
seção circular 
embutido em 
alvenaria 
B1 
 
15 
 
 
É preciso entender também a importância da quantidade de 
cabos no circuito, na Tabela 8 constam as informações da quantidade 
de cabos carregados que podem ser usados. 
 
Tabela 8 - Critérios de Seção Mínima 
Esquema de condutores vivos do circuito Número de condutores carregados a ser 
adotado 
Monofásico a dois condutores 2 
Duas fases sem neutro 2 
Duas fases com neutro 3 
Trifásico sem neutro 3 
Tabela 46 NBR-5410 
 
Então finalmente você chega a Tabela 36 de dimensionamento, 
que vai se referir a condutores de cobre com isolação em PVC, com 
temperatura do condutor até 70°C e temperatura ambiente a 30°C. 
 
Tabela 9 – Métodosde referência – Tabela 36 
Seções 
Nominais 
mm2 
Métodos de referência indicados na Tabela 33 
A1 A2 B1 B2 C D 
Número de condutores carregados 
2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 
Condutor de cobre 
0,5 7 7 7 7 9 8 9 8 10 9 12 10 
0,75 9 9 9 9 11 10 11 10 13 11 15 12 
1 11 10 11 10 14 12 13 15 19,5 17,5 22 18 
1,5 14,5 13,5 14 13 17,5 15,5 16,5 15 19,5 17,5 22 18 
2,5 19,5 18,5 18,5 17,5 24 21 23 20 27 24 29 24 
4 26 24 25 23 32 28 30 27 36 32 38 31 
6 34 31 32 29 41 36 38 34 46 41 47 39 
10 46 42 43 39 57 50 52 46 63 57 63 52 
16 61 56 57 52 76 68 69 62 85 76 81 67 
25 80 73 75 68 101 89 90 80 112 96 104 86 
16 
 
 
35 99 99 92 83 125 110 111 99 138 119 125 103 
50 119 108 110 99 159 134 133 118 168 144 148 122 
70 151 136 139 125 192 171 168 149 213 184 183 151 
95 182 164 167 150 232 207 201 179 258 223 216 179 
120 210 188 192 172 269 239 232 206 299 259 246 203 
Tabela 36 NBR-5410 
Condutor: Cobre 
Isolação: PVC 
Temperatura no condutor: 70 °C 
Temperaturas de referência do ambiente: 30 °C 
 
Por último é preciso conhecer um fator muito importante no 
dimensionamento de projeto; a correção para agrupamentos de 
circuito, de acordo com a quantidade de circuitos (veja a Tabela 10). 
 Quanto maior for a quantidade de circuitos dentro do eletroduto, 
menor será a capacidade de condução através cabo, por causa do calor 
interno do eletroduto e fatores magnéticos. 
Veja na Tabela 10 a correção dos cabos de acordo com a 
quantidade de circuitos. 
 
Tabela 10 - Fator de correção para agrupamentos de circuitos 
Ref 
Forma de 
agrupamento 
 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 a 11 12 a 15 16 a 19 ≥20 
 
Em feixe: ao ar livre 
ou sobre superfície, 
embutidos, em 
conduto fechado 
1,0 0,8 0,7 0,65 0,6 0,57 0,54 0,52 0,5 0,45 0,41 0,38 
Tabela 42 NBR-5410 
 
Ainda há o caso de queda de tensão. Dentro de uma casa 
relativamente pequena, dificilmente será observado um circuito muito 
grande a ponto de apresentar uma queda de tensão maior que os 
limites toleráveis dentro de uma instalação residencial, a princípio 
pode-se dizer que a queda de tensão será razoável. 
17 
 
 
Agora, se você tiver um circuito com mais de 50m dentro de uma 
mesma instalação, a queda de tensão pode ser relevante. 
Para exemplificar isso, analise um circuito onde a corrente de 
projeto é 18 A e o número de circuitos no eletroduto é 4. Como você 
pode ver, o número de eletrodutos é maior do que 3, que 
anteriormente foi citado com um valor de boa prática. 
O método de montagem vai ser embutido em alvenaria que é o 
método B1. 
Considere como 2 o número de cabos carregados. 
Avaliando todos estes valores na tabela 11, você deve encontrar 
o valor de corrente mais próximo de 18 A, veja que se este valor fosse 
arredondado para mais, nesse caso você teria 24 A e seria preciso um 
cabo de 2,5mm2. 
Tabela 11 –Métodos de instalação de cabos 
Seções 
Nominais 
mm2 
A1 A2 B1 
2 3 2 3 2 3 
0,5 7 7 7 7 9 8 
0,75 9 9 9 9 11 10 
1 11 10 11 10 14 12 
1,5 14,5 13,5 14 13 17,5 15,5 
2,5mm2 19,5 18,5 18,5 17,5 24 21 
4 26 24 25 23 32 28 
Tabela 36 NBR-5410 
 
Exemplo: 
Corrente de projeto do circuito: 18A. 
Isolação: PVC. 
Número de circuitos no eletroduto: 4. 
Instalação em eletroduto embutido: B1. 
 
18 
 
 
Passo 1 – Vá até a coluna de B1. 
Passo 2 – Na tabela 10, na coluna de número de cabos 
carregados, você pode observar 2 cabos (fase – neutro). 
Passo 3 – Encontre o valor de corrente mais próximo de 18A, no 
caso 24A. 
Passo 4 – Seguindo a linha, será encontrado o valor de 2,5mm2. 
 
Agora é preciso considerar outro fator, o número de condutores 
dentro do eletroduto, ou seja, a quantidade de circuitos. Conforme a 
tabela 42, representada na Tabela 12, será obtido o valor de correção 
de 0,65. 
Tabela 12 – Tabela 42 NBR-5410 
Ref 
Forma de 
agrupamento 
 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 a 11 12 a 15 16 a 19 ≥20 
 
Em feixe: ao ar livre 
ou sobre superfície, 
embutidos, em 
conduto fechado 
1,0 0,8 0,7 0,65 0,6 0,57 0,54 0,52 0,5 0,45 0,41 0,38 
 
Corrente de projeto do circuito: 18A. 
Isolação: PVC. 
Número de circuitos no eletroduto: 4. 
Instalação em eletroduto embutido: B1. 
 
Assim, será usado um fator de correção na capacidade de 
condução do cabo, segundo a tabela este valor é 24A para o cabo de 
2,5mm2. Agora você deve aplicar o fator de correção de 0,65 para 
saber o quanto o cabo de 2,5 mm2 consegue conduzir de corrente, 
dentro de um eletroduto com 4 circuitos. 
 
 
 
19 
 
 
Tabela 13 - Tabela 42 NBR-5410 
Ref 
Forma de 
agrupamento 
 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 a 11 12 a 15 16 a 19 ≥20 
 
Em feixe: ao ar livre 
ou sobre superfície, 
embutidos, em 
conduto fechado 
1,0 0,8 0,7 0,65 0,6 0,57 0,54 0,52 0,5 0,45 0,41 0,38 
 
Corrente de projeto do circuito: 18A. 
Isolação: PVC. 
Número de circuitos no eletroduto: 4. 
Instalação em eletroduto embutido: B1. 
 
IZ = IC fator de correção. 
 
Onde: 
IZ = Corrente de condução do condutor corrigida; 
IC = Corrente de condução do condutor (tabela); 
 
IZ = 24A · 0,65 
IC = 15,6 
 
Assim, como pode ser observado, esse cabo em um eletroduto 
com 4 circuitos não conduz 24A, na realidade ele conduz 15,6A. 
Dessa forma, é necessário aumentar o cabo. 
Para isso verifique a Tabela 14, veja que o cabo para uso em 
valores de corrente 32A é o de 4,00mm². 
 
 
 
 
 
20 
 
 
Tabela 14 – Tabela de instalação em eletroduto embutido 
Seções 
Nominais 
mm2 
A1 A2 B1 
2 3 2 3 2 3 
0,5 7 7 7 7 9 8 
0,75 9 9 9 9 11 10 
1 11 10 11 10 14 12 
1,5 14,5 13,5 14 13 17,5 15,5 
2,5mm2 19,5 18,5 18,5 17,5 24 21 
4 26 24 25 23 32 28 
 
Corrente de projeto do circuito: 18 A. 
Isolação: PVC. 
Número de circuitos no eletroduto: 4. 
Instalação em eletroduto embutido: B1. 
 
Veja, que se for usado o cabo de 2,5mm², a instalação não irá 
apresentar nenhum problema imediatamente, porém ela irá aquecer e 
ao longo do tempo, os problemas irão aparecer, tais como o aumento 
do consumo, já que a alta temperatura significa a perda de energia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
Bibliografia 
 
COTRIM, A. A. M. B. Instalações Elétricas. 5 ed. Pearson, 2009. 
 
CREDER, H. Instalações Elétricas. 15 ed. LTC, 2007. 
 
MAMEDE FILHO, J. Instalações Elétricas Industriais. LTC, 2010. 
 
MAMEDE FILHO, J. Manual de Equipamentos Elétricos. 3 ed. LTC, 
2005. 
 
MEDEIROS, S. Medição de Energia Elétrica. 2 ed. Recife: Editora da 
Universidade Federal do Pernambuco, 1980. 
 
MTE. NR10: Segurança em Instalações Elétricas e Serviços em 
Eletricidade, 2004. 
 
NISKIER, J. Instalações Elétricas. 5 ed. LTC, 2008.

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