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Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com Fenômenos Psicossomáticos Docente: Josi Nascimento Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com SUMÁRIO 1. BREVE HISTÓRICO DAS INFLUÊNCIAS SOBRE A PSICOSSOMÁTICA ..................................... 3 2. EMOÇÕES, ESTRESSE E ANSIEDADE .................................................................................... 6 3. ALTERAÇÕES EMOCIONAIS x DOENÇAS ............................................................................ 11 4. PSICONEUROIMUNOLOGIA ............................................................................................... 13 5. TRANSTORNOS SOMATOFORMES, CONVERSIVOS, DISSOCIATIVOS, PSICOSSOMÁTICOS16 6. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS DA HISTERIA ..................................................................... 23 7. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS x DOENÇAS PSIQUIÁTRICAS ............................................. 24 8. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS x ALTERAÇÕES HORMONAIS ........................................... 26 9. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS E AS SUPRARRENAIS ........................................................ 29 10. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS DAS ALTERAÇÕES DA TIREÓIDE ................................... 31 11. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS DA OBESIDADE ............................................................. 33 12. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS x SISTEMA DIGESTIVO .................................................. 35 13. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS DAS ALERGIAS E ASMA ................................................ 38 14. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS DAS DERMATOSES ....................................................... 41 15. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS DO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO ......................... 45 16. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS DO DIABETES ................................................................ 47 17. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS DA HIPERTENSÃO ARTERIAL ........................................ 49 18. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS DAS CARDIOPATIAS...................................................... 51 19. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS DO CÂNCER .................................................................. 55 20. SAÚDE x HUMOR ........................................................................................................... 57 21. CONCEITOS PSICANALÍTICOS PARA A COMPREENSÃO PSICOSSOMÁTICA ................... 60 21.1. NEUROSES .............................................................................................................. 67 21.1.1. Neuroses de Ansiedade ...................................................................................... 68 21.1.2. Neurose Fóbica ................................................................................................... 68 21.1.3. Neurose de Conversão ....................................................................................... 69 21.1.4. Neurose Histérica (Dissociativa) ......................................................................... 69 21.1.5. Depressão Neurótica .......................................................................................... 70 21.2 NEUROSES ATUAIS X PSICOSSOMÁTICA CONTEMPORÂNEA ....................................... 71 22. CONCLUSÕES ................................................................................................................. 77 23. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................... 79 Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 1. BREVE HISTÓRICO DAS INFLUÊNCIAS SOBRE A PSICOSSOMÁTICA O termo psicossomático apareceu nos escritos do psiquiatra alemão Hein Roth no século passado, embora também tenha sido mencionado nos fundamentos teóricos do século XIX. Assim, ele rompeu com o dualismo mente- corpo de Descartes e olhou para o paciente de forma holística ao estudar insônia, tuberculose, epilepsia e câncer. Esse conceito foi consolidado na obra de Franz Alexander da Escola de Chicago, entendido como conceitos somáticos e psicológicos simultaneamente relacionados. É um termo que tem sido criticado por diferentes escolas de pensamento como não específico, mas com um foco comum nas origens psicológicas dos distúrbios orgânicos através do impacto emocional. Algumas pessoas defendem que a etiologia dessas doenças é psicológica, e ousam dizer que todas as doenças são, porque as emoções afetam todos os processos corporais, e os aspectos físicos e psicológicos são duas faces de um mesmo fenômeno. No século 20, a psicanálise influenciou esse conceito. Outras contribuições incluem o trabalho de Pavlov em 1976, a neurofisiologia de Cannon (1911) e o conceito de estresse de Selye (1956). Assim, estruturam-se duas correntes próximas à psicossomática, a primeira influenciada pela psicanálise e a segunda mais de base biológica, enfatizando o conceito de estresse. Na abordagem psicanalítica, começa com a origem inconsciente da doença, o conceito de regressão e o ganho secundário da doença. No modelo behaviorista (comportamental), o estresse é centralizado. Em uma abordagem multidisciplinar, as questões sociais são enfatizadas. De fato, Freud não estava particularmente preocupado com a psicossomática, mas seu conceito também foi um precursor. Em seus estudos sobre a histeria, ele examinou os aspectos somáticos dos sintomas em termos de perspectivas econômicas e expressões simbólicas de conflito. Todo sintoma de histeria requer a participação do organismo e do corpo, de modo que a conformidade do corpo fornece uma saída física para os processos mentais inconscientes. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com No entanto, em seus escritos, Freud também contribuiu para a psicossomática ao distinguir entre psiconeurismo e neurose atual. Há um conceito freudiano de complacência somática, que direciona o valor simbólico dos órgãos a serem "selecionados" pela patologia, como no caso de Dora. Na psiconeurose, o fracasso da repressão e o retorno da repressão afetam a somatização do conflito, e na neurose atual, a compreensão da neurastenia, da neurose de angústia e da hipocondria, em uma sexualidade perturbada que não permite uma liberação efetiva. O conflito escapa então ao acesso do objeto, implicando em somatização. O maior legado de Freud (1894) na pesquisa mente-corpo se deve ao conceito de transformação individual, em que os conflitos mentais são transformados em sintomas somáticos, motores ou sensitivos para resolvê-los. Para a Escola Americana de Alexander e Dunbar em Chicago, os distúrbios psicossomáticos são causados por estados crônicos de tensão que não se manifestam, mas são transferidos para o corpo através do sistema neuromuscular. Eles descrevem a personalidade de cada situação. Alexander acredita que a tensão emocional causada pelas emoções reprimidas altera a fisiologia de órgãos específicos. Dois processos psicodinâmicos propostos por Alexander (1989): preparação para "lutar ou fugir" sob ocomando do sistema nervoso simpático (resposta positiva associada a doenças como hipertensão, diabetes, etc.) Sistêmica (respostas passivas como asma, úlceras, colite, etc). A escolha de cada órgão afetado depende de sua vulnerabilidade, da forma de defesa contra uma situação externa específica. Dunbar define perfil e personalidade como fatores de pré-início de transtornos psicossomáticos. Por exemplo: pacientes com úlcera péptica são agressivos, enérgicos, agressivos; hipertireoidismo, associado a pessoas nervosas, irritáveis e sensíveis; hipotireoidismo, maçante, maçante. Friedman e Rosenman (1959) atribuíram as características de fluência verbal, intensa atividade psicomotora, hostilidade e competição em pacientes cardíacos. Na década de 1950, a Escola de Paris deu importantes contribuições que se diferenciaram da Escola Norte-Americana. Começa com a escuta analítica, escutando o órgão, verificando a negatividade simbólica, tendo pensamento Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com concreto e operacional, tendo habilidades erráticas de sonhar e fantasiar, baixo investimento da libido e associação subjetiva, traumas, dificuldades de transferência. Segundo esses autores franceses, existe dificuldade em simbolizar e sublimar por pessoas que desenvolvem doenças psicossomáticas. O pensamento operatório então não tem vínculo com o orgânico e reproduz ação sem significado, a palavra simplesmente descarrega uma tensão sem elaborar. Houve uma importante contribuição da Escola de Boston, em que autores como John Nemiah e Peter Sifneos, na década de 70, constataram dificuldades de expressar emoções em palavras, relacionadas aos pacientes psicossomáticos, consequentemente dificuldades simbólicas e afetivas. Taylor (1988), ressaltou que a maneira de se comunicar é influenciada por fatores genéticos, neuropsicológicos, intra-psíquicos, sócio-culturais, pelo nível intelectual e pelos modelos dos discursos familiares. Sifneos (1972), citado por Cerchiari (2000) denominou de Alexitimia, do grego, que significa: “a” = falta de, “lexis” = palavra, “thymos” = emoção, que significa falta de palavras para as emoções. Para esses autores, a Psicanálise atual deve se direcionar a explorar a vida intra-psíquica, via comunicação entre paciente e analista. Na histeria de conversão, o corpo sucumbe ao drama simbólico do conflito interno, enquanto na alexitimia, o corpo secreta seus próprios pensamentos, sentindo-se como se pertencesse a alguém (a mãe) ou a alguma coisa (o mundo exterior), perturbado. relação mãe-filho. É uma patologia pré-neuropática precoce dominada por mecanismos de defesa esquizofrênicos e reconhecimento de projeção. Isso ocorre durante a fase simbiótica, em que as representações de si e dos outros são quase indistinguíveis, com pouco simbolismo e, portanto, a alexitimia é uma defesa regressiva contra a ansiedade. Enquanto os pacientes neuróticos se queixavam de sintomas emocionais, os pacientes com alexitimia se queixavam de sintomas somáticos, e não havia ligação entre sintomas e doença física. Confirmaram um pensamento simbólico Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com no qual não surgem impulsos, sentimentos e desejos. Esses pacientes não sabem distinguir entre sensações corporais e emoções, são altamente conformistas, têm personalidades com características histéricas ou obsessivo-compulsivas e carecem do pensamento fantasioso associado ao conflito psicológico. Nas abordagens neurofisiológicas, o estresse tem sido enfatizado desde Hipócrates como uma dissonância na adaptação à doença. No século XIX, Claude Bernard introduziu o princípio da homeostase”. são exibidos em resposta a estímulos que o desequilibram." Cannon vinculou as emoções a mudanças fisiológicas e hormonais na década de 1930 como uma função adaptativa diante da agressão externa. O endocrinologista Hans Selye demonstrou que quando a homeostase de um organismo é ameaçada, ele reage de "maneira uniforme e não específica" com todo o corpo, uma síndrome de adaptação geral (estresse). Para Sami-Ali (1987), é uma ilusão considerar apenas o modelo de patologia de Freud. Deve ser visto que a patologia orgânica é dominada por ritmos biológicos. A mente e o corpo devem ser considerados em uma relação que não seja "espiritual por um lado e orgânica por outro". Ele falou de uma possível ligação entre a organização da atividade onírica e a doença orgânica. A atividade do sonho determina a função mental e, quando essa função não existe, ocorre a patologia adaptativa. Dessa forma, não é o conteúdo, mas toda a função que é recalcada, “algo que apaga os traços da emoção, seja na expressão do sonho, seja na expressão da emoção” (Cardoso, 1995, p. 25). Para A. Dias (1992), o termo psicossomática é inespecífico, devendo ser substituído pela designação “somatopsicose”, utilizada tanto por Bion, quanto por Meltzer em que o “adoecer psicossomático é encarado na sua relação com fenômenos psíquicos determinados”. (Cardoso, 1995, p.35). 2. EMOÇÕES, ESTRESSE E ANSIEDADE Emoções como alegria, medo, ansiedade, raiva etc. também são fisiológicas porque mobilizam o sistema nervoso autônomo e outros órgãos e sistemas. As emoções positivas melhoram a saúde, enquanto as emoções Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com negativas prejudicam a saúde. A mobilização do eixo hipotálamo-hipófise- adrenal leva a uma mudança geral no organismo, chamada estresse. Aqueles que acreditam que controlam suas emoções, se comportam de maneira diferente e se sentem de maneira diferente ainda experimentam mudanças fisiológicas em áreas como os sistemas nervoso autônomo e imunológico. Isso pode significar esconder raiva, ansiedade, medo e tristeza. Vivemos em uma era de potencial estresse e ansiedade, e as respostas aos fatores de sobrevivência das espécies adquiriram novas propriedades ao longo do tempo, mantendo suas consequências fisiológicas. Os estressores variam em natureza e incluem componentes emocionais, como frustração, ansiedade, perda, fontes ambientais, biológicas e físicas, como ruído excessivo, poluição, mudanças extremas de temperatura, problemas nutricionais, sobrecarga de trabalho, etc. A ansiedade é fisiológica, essencial à vida normal, e torna-se patológica quando não serve para a sobrevivência. Expressa como um sentimento de apreensão, uma sensação de que algo está para acontecer, representa um constante estado de alerta. O estresse é uma representação emocional da ansiedade. De acordo com as etapas descritas por Hans Selye, estresse significa "sob pressão", estimulado pela exposição à pressão: • Resposta de alerta, ao reconhecer estímulos e ativação neuroendócrina: a hipófise, as glândulas adrenais que produzem os hormônios cortisol, glucagon, epinefrina, norepinefrina, são ativadas, produzindo sintomas como taquicardia, dilatação da pupila, sudorese, açúcar elevado no sangue e outros reações; paralisia digestiva, aumento da oxigenação dos tecidos, diminuição da atividade imunológica, tudo se prepara para a ação; sistema nervoso autônomo, estimula ou relaxa o organismo; sudorese, palpitações,irritabilidade, sintomas gastrointestinais, respiratórios, musculares, atenção, memória, medo e outros sentimentos; Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com • Evolui para uma fase de adaptação e exaustão. Passado o ponto de necessidade e benefício, com sobrecarga de tempo e intensidade, começam as respostas patológicas. As causas raízes do burnout estão relacionadas ao ambiente e ao caráter pessoal, como conflitos íntimos, emoções. Existem também teorias psicossociais das origens da ansiedade, não apenas na medicina, mas também na psicologia, sociologia, antropologia e filosofia. A etiologia da ansiedade está relacionada aos sistemas noradrenérgico, gama e serotoninérgico dos sistemas frontal e límbico. Pacientes ansiosos tendem a ter tônus aumentado na parte simpática do sistema nervoso autônomo e reagem emocionalmente exageradamente a estímulos ambientais. O conflito parece ser crucial para o desenvolvimento da ansiedade, tanto interpessoal quanto interna. Nenhuma ansiedade é morte, e o que deve ser eliminado é o efeito prejudicial na qualidade de vida das pessoas. Após a Revolução Industrial, as pessoas começaram a exigir mais dessas capacidades e a adoecer com mais frequência. Acrescente mudanças no estilo de vida como êxodo rural, competitividade, violência, condições econômicas e sociais, relações sociais, ritmo de vida acelerado e outras variáveis ambientais. Os seres humanos não apenas precisam sobreviver, mas também precisam exibir um comportamento socialmente aceitável. O organismo se desgasta mais e a doença psicossomática aumenta. Em casos extremos associados aos transtornos de ansiedade, temos o que é conhecido como transtorno de ansiedade generalizada, que se caracteriza por expectativas, preocupação excessiva, com duração mínima de 6 meses, incontrolável, causando sofrimento subjetivo, social e ocupacional, desproporcional ao evento estressor. Os eventos traumáticos, por sua vez, têm consequências psicológicas de longo prazo. Também são descritos como quadros de ansiedade: pânicos, fobias, somatização, que também estão associados à emoção. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com As emoções, que também são fisiológicas, são somatizadas usando o sistema límbico para avaliar a realidade em termos de personalidade, experiências anteriores, ambiente, normas sociais. Se for visto como uma ameaça, haverá uma certa decisão de enfrentá-lo conscientemente ou não. A presença de estímulos estressores internos pode ser contínua. As ameaças internas serão constantemente percebidas devido a emoções problemáticas, inseguranças e pessimismo. Dê à personalidade de cada pessoa um valor e significado para os eventos, vendo-os como estresse, dor, medo, ameaça e muito mais. Um eu funcional é capaz de fornecer as adaptações necessárias entre o mundo exterior e o mundo interior, ou entre o indivíduo e seu ambiente, ou, em última análise, entre os seres e seu destino. Sempre que esse ego está fragilizado, há um compromisso nas adaptações e desequilíbrios entre o ser e o mundo, ou melhor, ansiedade excessiva. As emoções incluem sensações e emoções, que são expressas em comportamentos motores e respostas dos sistemas nervoso autônomo e endócrino. Incluem experiências subjetivas e alterações fisiológicas que as acompanham e são avaliadas como agradáveis, desagradáveis ou neutras. As respostas neuroemocionais vegetativas eliciadas pelas emoções e sensações são adquiridas desde a primeira experiência e necessidades adaptativas da inter-relação do recém-nascido com o meio ambiente. Eles se traduzem em mudanças quantitativas e qualitativas na atividade autônoma em diferentes órgãos e sistemas. Por exemplo, o rosto fica pálido quando está com medo e corado quando está com raiva. Os primeiros meses de vida são importantes para o desenvolvimento do temperamento com a função do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, que é o principal representante biológico dos mecanismos adaptativos. A mãe (ou cuidadora) "emprestou" à criança a função de regular as emoções, a parte ambiental que ajudou a formar o temperamento. As crianças desenvolvem expectativas sobre suas interações com o mundo. Por exemplo, repetir a experiência de ser alimentado toda vez que sentir fome pode levar a uma expectativa de que a dor será tratada em tempo hábil, etc. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com Autores mais psicodinâmicos incluem atitudes como recursos mediadores entre o corpo e as fantasias, como comer, beber, fumar, usar drogas, manter a atividade sexual ou praticar atividade física de forma viciante. Portanto, o enfrentamento pode ser fantasias, racionalizações, negações e orações, e não é tipicamente depressão, agressão, culpar a si mesmo ou aos outros, chorar, gritar, isolar-se, exibir-se, comer, beber, fazer sexo, fumar, trabalhar, etc. sobre , e por fim, uma forma física de enfrentamento, representada pelo estar doente. Estar doente por problemas psicológicos causados por ansiedade e estresse implica em somatização, que é uma forma não verbal de expressar o conflito. Quanto menos mecanismos cognitivos, sentimentos, fala e ações são usados, mais organicamente somáticas são as emoções em seu estado "primitivo". Baseia-se em formas primitivas de defesa como a culpa, levando o sujeito a usar seu corpo para se defender, ganhar cuidados e atenção, expressar desejos e fantasias. É como se o corpo fosse um meio de autopunição, de forma patológica. Ignoram o tratamento da doença como forma de agravá-la, como forma de autodoação da depressão. Os mecanismos utilizados na somatização merecem destaque no reconhecimento e na transformação. Identificar-se consigo mesmo é sentir-se como outra pessoa e fazer algo sobre si mesmo, como sentir-se doente quando vê alguém que você ama adoecer ou morrer. Esses mecanismos estão presentes tanto na histeria quanto na hipocondria. Durante a transição, a pessoa depressiva sente e acredita que está doente, enquanto a pessoa histérica é capaz de expressar a doença com gosto. Ele desmaiou e paralisou, dramatizando a cena e mostrando seus sintomas, um movimento mais expressivo do que melancólico. De fato, seus sintomas expressam o conflito reprimido de uma forma simbólica (e física) de falar. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 3. ALTERAÇÕES EMOCIONAIS x DOENÇAS Acontece que mudanças no estado mental levam a mudanças na estrutura física e, inversamente, mudanças na estrutura física levam a mudanças na estrutura mental. Então, aqui estão alguns exemplos de mudanças de humor que acabam orgânicas: - Úlcera péptica, pressão alta, artrite, doenças cardiovasculares, algumas dores de cabeça, dores nas costas, distúrbios digestivos, TPM, asma, doenças de pele, disfunção sexual, dependência química, distúrbios alimentares, sistema imunológico enfraquecido,asma brônquica, síndrome de hiperventilação, rinite alérgica , Hipertireoidismo ou Hipotireoidismo, Doença de Addison, Síndrome de Cushing, Doença da Paratireoide, Hipoglicemia, Diabetes, Doença Esofágica, Indigestão, Síndrome do Intestino Irritável, Colite Ulcerativa, Doença de Crohn, prurido, hiperidrose, urticária, dermatite atópica, alopecia areata, psoríase, herpes, vitiligo ; lombalgia, fibromialgia, artrite reumatóide, lúpus, inibição inespecífica da imunidade etc. A psicossomática concentra-se em diferentes categorias de respostas orgânicas e as usa para entender qualquer doença física em que os fatores psicológicos sejam importantes. Entre as várias emoções com importantes respostas fisiológicas, devemos destacar a ansiedade e a raiva. As pessoas tendem a ter uma maior resposta fisiológica às emoções, hiperatividade do sistema nervoso autônomo, bem como dos sistemas endócrino e imunológico, e a própria resposta fisiológica aos estímulos emocionais, duração e intensidade. Portanto, níveis mais altos de raiva interna podem levar à pressão alta, e a raiva externa pode se transformar em asma. Para aqueles que reprimiram emoções negativas por causa do confronto, ou mesmo se descreveram como calmos, houve taxas mais altas de problemas cardiovasculares e aumento da pressão arterial diastólica. Além disso, imunossupressão associada a doenças autoimunes e câncer. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com Ansiedade, tristeza e raiva, sejam intensas ou frequentes, tendem a ditar mudanças de comportamento por um longo período de tempo ao ponto de atitudes não saudáveis, como fumar, beber, sedentarismo, apatia, sedentarismo, transtornos alimentares (Perda de apetite ou gula) etc. Os hipertensos também têm uma visão pessimista de que as consequências da interação são vistas como fonte de ansiedade e estresse. Pessoas deprimidas são mais propensas a herpes, enterocolite, erisipela, infecções urinárias e ginecológicas, gripe, bronquite e muito mais. O herpes simples é um dos vírus infecciosos mais irritantes que causa pesquisas mente-corpo porque está associado ao estresse que perturba o equilíbrio entre sua presença no corpo e a possibilidade de defesa. Ataca a boca, a área genital, outras áreas da pele e até os olhos, e tem sido associada a outros vírus, como mononucleose, catapora e outros. Além dos fatores físicos que promovem a recaída, como gripe, fadiga, distúrbios emocionais e estresse, há momentos em que a pessoa está sentindo medo, ansiedade, raiva, depressão, depressão e até pânico e vergonha. Doenças autoimunes ou autoagressivas são doenças nas quais se desenvolvem certas respostas imunes contra componentes naturais do organismo, resultando em lesões locais ou sistêmicas. Este grupo inclui: artrite reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico, esclerose sistêmica progressiva, polimiosite- dermatomiosite, tireoidite autoimune, miastenia gravis, colite ulcerativa, etc., como esclerose sistêmica progressiva, polimiosite-dermatomiosite, tireoidite autoimune, miastenia gravis. O sistema imunológico deve usar anticorpos IgG, IgM e IgA para proteger o corpo. É produzido a partir da classe IgE e temos alergias, asma e rinite. É como se o sistema imunológico pudesse diferenciar entre o corpo e o corpo para atingir a homeostase (equilíbrio). A pesquisa mostrou que a produção de anticorpos é acompanhada por alterações químicas e elétricas no cérebro. O eixo hipotálamo-hipófise-adrenal é ativado por antígenos e toxinas liberados por células pró-inflamatórias em estado de estresse. Os órgãos imunológicos – timo, baço e medula óssea – também recebem inervação do sistema nervoso autônomo, com sinapses nas conexões entre as Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com terminações nervosas simpáticas e as células imunes. Portanto, a imunidade é regulada pelo cérebro, e o córtex cerebral esquerdo tem maior influência na maturação e função dos linfócitos T (células imunes). No entanto, algumas mudanças de humor podem ocorrer no início e durante o curso de muitas doenças autoimunes. Eles podem incluir tensão intensa, inseguranças, retraimento social, dificuldade em expressar sentimentos e sensibilidade emocional muito aumentada. Perda da capacidade de adaptação, ou melhor, perda da capacidade de adaptação de atitudes que antes eram eficazes. Solomon (1981) estudou essas alterações, principalmente na artrite reumatoide, mas também observou alterações de humor associadas a outras doenças autoimunes, como o lúpus eritematoso sistêmico. Em relação às alergias, vários estudos na década de 1990 descobriram que o estresse, a ansiedade e a depressão retardavam significativamente a atividade dos linfócitos T, levando a alergias, dermatite e asma. 4. PSICONEUROIMUNOLOGIA Este é um novo campo da medicina que liga os efeitos entre neuroendócrino, sistema imunológico e estresse. Esses sistemas são responsáveis pela relação de um organismo com o ambiente externo, avaliando riscos, necessidades de defesa ou adaptação. Vale a pena entender a dinâmica fisiológica envolvida nesses processos. No sistema límbico de situações avaliadas psicologicamente, através da interação entre a percepção córtico-cerebral e o hipotálamo (base da integração) de acordo com experiências de vida e personalidade, normas culturais, interações neurais, endócrinas e imunológicas. respostas do sistema nervoso e imunológico ao estresse). Entre 1970 e 1990, foi demonstrado experimentalmente que o dano hipotalâmico suprimiu a resposta de anticorpos. Na década de 1990, as glândulas pituitária e cerebral também determinaram as mudanças na imunologia. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com Sob estresse intenso, ocorre um desequilíbrio de diferentes funções, como a aceleração. Portanto, mais consumo de vitaminas, tecidos enfraquecidos, baixa imunidade, fadiga e outros sintomas. Esses sintomas são causados pela ação de diferentes glândulas endócrinas que alteram a secreção de seus respectivos hormônios que preparam o corpo para ação, fome, estresse e doenças. entre eles: Glândula pituitária: hormônios secretados que controlam todos os outros hormônios do corpo, em um sistema de feedback e feedback, ou seja, se o hormônio da tireóide aumenta, reduz a secreção de TSH, etc.; regula o hormônio do crescimento, acelera a produção de células ósseas, regula a atividade renal, contrações uterinas , lactação , função adrenal, etc; Tireóide: Produz hormônios que controlam a conversão dos alimentos em energia, temperatura corporal; alterações podem causar sintomas como letargia ou excitação. Glândulas paratireóides: Regula os níveis de cálcio e fósforo e é importante para os ossos, nervos e músculos; Pâncreas: produz insulina, converte glicose em glicogênio e armazena no fígado, fornece energia para os músculos e o suco pancreático é usado para a digestão; Glândulas supra-renais: secretam epinefrina, que regula o coração, brônquios e vasos sanguíneos, e cortisona, que regula o processamento da glicose e combate infecções; Genitais: hormônios que permitem a atividade reprodutiva; Algumas mudanças importantessob a influência do estresse intenso: Níveis aumentados de corticosteróides adrenais e depressão; na agressão, as glândulas adrenais produzem mais cortisol, liberando norepinefrina; no estresse e ansiedade, mais adrenalina é liberada; catecolaminas (epinefrina e norepinefrina) Aumento da epinefrina), TSH (hormônio estimulador da tireóide, produzido pela a glândula pituitária), GH (hormônio do crescimento), diminuição da secreção do hormônio sexual; Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com As consequências dessas alterações, por sua vez, como o aumento de catecolaminas, cuja liberação é limitada por fatores neuropsicológicos, podem ser a contração do baço, afetando a resposta imune à doença. Assim, as células do sistema imunológico são influenciadas por uma complexa rede de sistemas nervoso e endócrino. Seus mediadores (neurotransmissores e vários hormônios) atuam sinergicamente com outros produtos de linfócitos, macrófagos e moléculas de produtos inflamatórios para regular suas ações. Assim, o sistema imunológico parece explicar a interação entre fenômenos psicossociais que as pessoas sofrem e áreas muito importantes da patologia humana, como autoimunidade (auto-ataque), doenças infecciosas e neoplásicas (câncer). Um exemplo típico de alteração sistêmica é uma infecção causada por bactérias presentes no organismo (trato urinário, trato respiratório, trato reprodutivo, etc.) doença. Desde 1984, Blalock, citado por G Ballone (2007), referiu-se ao sistema imunológico como um "sexto sentido" orgânico que envia informações do ambiente para o cérebro através dos cinco sentidos. Para ele, evidências de interações entre elementos do sistema imunológico e o sistema nervoso central (SNC) incluem: 1 - Alterações psicológicas que ocorrem no início e durante o curso das doenças infecciosas e oncológicas, assim como das doenças alérgicas e autoimunes; 2- Efeitos significativos dos hormônios do estresse (cortisol e epinefrina) na imunidade; 3- Efeitos comprovados de neurotransmissores e neuropeptídeos na imunidade; 4- Os muitos efeitos experimentais do estresse na imunidade em animais e humanos; 5- O efeito das drogas psicotrópicas na imunidade; 6- A correlação entre diferenças psicológicas individuais e diferenças imunológicas individuais; Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 7- Ocorrência de anormalidades imunológicas em distúrbios psicoemocionais como depressão, estresse e esquizofrenia. 5. TRANSTORNOS SOMATOFORMES, CONVERSIVOS, DISSOCIATIVOS, PSICOSSOMÁTICOS Os transtornos somatoformes, dissociativos e de conversão se manifestam como respostas orgânicas a experiências traumáticas. Isso também inclui distúrbios psicossomáticos. Os distúrbios somatoformes são caracterizados por um salto do espiritual para o orgânico, principalmente relacionados a órgãos e sistemas, como doenças cardiovasculares, digestivas e respiratórias. Em Refúgio, também envolve o salto do psíquico para o orgânico, mas os sintomas estão principalmente nos cinco sentidos, na mobilidade e na coordenação motora. Eles vêm na forma de perda de uma ou várias funções de atributo necessárias para um relacionamento. Em todos os casos de conversão, confundem-se com sintomas neurológicos, nomeadamente desmaios, formigueiro, paralisia, perda da voz, visão, etc. Isso significa que os músculos estriados e os órgãos sensoriais são afetados. Na somatização, os sintomas envolvem vários órgãos e sistemas, como dor no peito (sistema cardiovascular), falta de ar (sistema respiratório), cólicas abdominais (sistema gastrointestinal ou ginecológico), etc. No Transtorno de Dissociação, há um salto da canalização para a própria canalização. Aqui, a consciência humana e a integração com a realidade são afetadas, e o indivíduo é separado dos estímulos internos e externos. Todos esses sintomas psicoativos são reversíveis e não obedecem à realidade orgânica ou à fisiologia médica conhecida. Eles obedecem à representação emocional do sujeito sobre seus conflitos, seu corpo e suas funções. Não são simulações, mas parte da comunicação física do conflito ou da mobilização emocional. É uma expressão de uma necessidade psicológica, e os sintomas não são voluntários e não podem ser explicados. Todas essas Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com manifestações, mesmo que sejam diferentes, podem ocorrer no mesmo paciente. Na transformação e somatização, a manifestação da realidade desagradável ou traumática é reprimida no inconsciente, e sua energia psíquica é transferida para uma área do corpo onde se torna um sintoma. Sem lesões orgânicas, embora sempre com queixa de dor. Essa queixa transitória ou função alterada não tem nada a ver com a anatomia e a fisiologia reais do organismo. Nos transtornos psicossomáticos, ocorrem alterações orgânicas causadas e/ou exacerbadas por problemas emocionais, que podem ser confirmadas pelo exame clínico. O sistema nervoso autônomo (SNA) é o mais ativo. Alguns autores aceitam a ideia de que os distúrbios psicossomáticos ocorrem quando o desempenho emocional típico é prejudicado, ou seja, quando as pessoas têm dificuldade em reconhecer e expressar sentimentos e emoções (alexitimia). TERMO SIGNIFICADO Somatoforme Toda patologia psíquica que se faz representar no orgânico através de sintomas compatíveis ou não com a patologia clínica, com a anatomia ou com a fisiologia. Somatização Quando a parte física envolvida diz respeito aos órgãos e sistemas (coração, muscular, respiratório, genital...) Conversão Quando a parte física envolvida diz respeito à comunicação corporal da pessoa (cinco sentidos, musculatura, coordenação...) Dissociação Quando a parte envolvida diz respeito ao próprio psiquismo (confusão mental, delírios, desorientação...) Psicossomática Doenças determinadas, agravadas ou desencadeadas por razões emocionais com alterações orgânicas constatáveis (asma, hipertensão, dermatites, diabetes...) Nos transtornos somatoformes, existem sintomas físicos que indicam alguma doença orgânica ou física. As queixas persistem mesmo quando os médicos não encontram nada de anormal no paciente. Quando há uma alteração orgânica, isso geralmente não justifica a reclamação. O diagnóstico de transtorno somatoforme, juntamente com a queixa principal, pressupõe algum sofrimento ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional. Caso contrário, é apenas Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com um traço de caráter histérico. Estes são sintomas inconscientes, mas estão associados a intenções inconscientes. A somatização ocorre apenas quando o paciente acredita que tem um problema orgânico e insiste em buscar diagnóstico e tratamento. Relutância em aceitar a possibilidade de não ter uma doença física. A diferença entre transtornos somatoformes e transtornos psicossomáticosé que os últimos carregam algumas alterações orgânicas clinicamente verificáveis junto com a queixa principal. Enfrentamos doenças físicas e mentais à medida que a doença é afetada (determinada ou agravada) por motivos emocionais. Alguns exemplos destas doenças podem ser asma brônquica, hipertensão arterial essencial, psoríase, colite ulcerativa e semelhantes. Os transtornos somatoformes são um grupo de transtornos psiquiátricos caracterizados pela presença de sintomas físicos indicativos de deficiência física, entretanto, não há causas orgânicas conhecidas ou mecanismos fisiopatológicos que expliquem completamente esses sintomas. Esses distúrbios quase sempre estão relacionados a outras condições emocionais. A comorbidade do transtorno somatoforme (com outro transtorno) é observada em aproximadamente 85% dos casos com outras condições emocionais, principalmente depressão e ansiedade, seguidas de distimia, abuso de analgésicos, fobias, etc. Uma hipótese é se o transtorno somatoforme não faz parte de uma das manifestações (atípicas) dos estados depressivos e/ou ansiosos. Entre os tipos de apresentação dos transtornos somatoformes, a prevalência de transtorno de somatização, hipocondria, dor crônica e transtorno dismórfico corporal foi maior. A categoria diagnóstica inclui uma gama de pacientes cujos sintomas correspondem a respostas somáticas que indicam alteração do humor e são superestimadas pela amplificação das sensações corporais. A somatização, por outro lado, não implica transmissão ao corpo ou à carne, e se manifesta na psiquiatria mais como sintoma de muitos estados emocionais do que como uma doença específica. O transtorno de somatização é caracterizado Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com por sintomas somáticos múltiplos, recorrentes e clinicamente significativos que prejudicam o funcionamento social ou ocupacional de uma pessoa. Nos distúrbios de somatização, muitas vezes há uma história de dor atípica e medicamente inexplicável que afeta principalmente a cabeça, as costas, as articulações, as extremidades, o tórax e/ou função de órgãos prejudicada, por exemplo, relacionada à menstruação, relação sexual, digestão, função intestinal, etc. . Frequentemente, conduzem os pacientes a muitos exames físicos, realizam cirurgias exploratórias desnecessárias e, mesmo quando essas queixas são expressas em termos dramáticos, são eloquentes e exageradas. Pode haver histórico de hospitalização e histórico médico extenso, muitas vezes buscando tratamento de vários médicos ao mesmo tempo. Entre os traços psicológicos associados ao transtorno de somatização, encontramos frequentemente o humor depressivo, seguido do transtorno de personalidade histriônica. Os sintomas geralmente começam entre os 10 e os 20 anos de idade e, nas mulheres, os problemas menstruais (dismenorreia) costumam ser a primeira queixa. A possibilidade de que pacientes com somatização clássica também possam ser portadores de alguma outra doença clínica orgânica que não seja comum não deve ser menosprezada. Portanto, para o diagnóstico de transtorno de somatização pura, ressalta-se que não existe uma patologia orgânica verdadeira. SINTOMAS DO TRANSTORNO DE SOMATIZAÇÃO 1 – vômitos 2 - palpitações 3 - dor abdominal 4 - dor torácica 5 - náuseas 6 - tonturas 12 - dor durante o ato sexual 13 - dor nas extremidades 14 - impotência 15 - dor lombar 16 - dismenorréia 17 - dor articular Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com A única coisa que vai mitigar as reclamações é poder expressar melhor seus sentimentos verbalmente. Quanto maior a capacidade do indivíduo de expressar seu desconforto emocional ao falar sobre seus sentimentos, como relatar sua dor, depressão, depressão, falta de visão, inseguranças, negatividade, pessimismo, falta de afeto, etc., menos haverá manifestação de Oportunidade tudo através de palpitações, formigamento, dor, falta de ar e muito mais. O transtorno de somatização é uma doença crônica com poucas curas completas. Os convertidos, como a histeria em geral, são altamente sugestionáveis, mostrando personalidades infantis e imaturas. Muitas vezes, a emoção e as relações objetais são bastante ingênuas na histeria, onde predominam as vidas de fantasia, tentando negar realidades frustrantes e dolorosas. O drama histérico é sempre excelente, ensaiando e atuando como bem entendem para seus papéis. Nunca há carinho e atenção suficientes, e eles reclamam que ninguém os entende. Ele não simulou seus sintomas porque estava sofrendo e percebia subjetivamente seus sintomas. Sempre que os sintomas ajudam a aliviar certas emoções (medo, ansiedade, dor, desesperança, depressão, etc.), existe um mecanismo chamado lucro emocional primário - para seu próprio benefício emocional, afastando-se da situação traumática e protegendo-se de danos da ansiedade. Em outro mecanismo psicodinâmico, os convertidos recebem lucro emocional secundário, ou seja, benefício junto com a audiência. Ela obtém apoio de um 7 - flatulência 8 - ardência nos órgãos genitais 9 - diarréia 10 - indiferença sexual 11 - intolerância alimentar 18 - outras queixas menstruais 19 - dor miccional 20 - vômitos durante a gravidez 21 - dor inespecífica 22 - falta de ar Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com ambiente de aprovação, complacência ou empatia, pois não funciona ou evita embaraçosamente atividades que são prejudiciais a ela. CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO PARA TRANSTORNOS CONVERSIVOS - DSM-IV A. Um ou mais sintomas ou déficits afetando a função motora ou sensorial voluntária, que sugerem uma condição neurológica ou outra condição médica geral. B. Fatores psicológicos são julgados como associados com o sintoma ou déficit, uma vez que o início ou a exacerbação do sintoma ou déficit é precedido por conflitos ou outros estressores. C. O sintoma ou déficit não é intencionalmente produzido ou simulado (como no Transtorno Factício ou na Simulação). D. O sintoma ou déficit não pode, após investigação apropriada, ser completamente explicado por uma condição médica geral, pelos efeitos diretos de uma substância ou por um comportamento ou experiência culturalmente sancionados. E. O sintoma ou déficit causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo, ou indica avaliação médica. F. O sintoma ou déficit não se limita a dor ou disfunção sexual, não ocorre exclusivamente durante o curso de um Transtorno de Somatização, nem é mais bem explicado por outro transtorno mental. Especificar tipo de sintoma ou déficit: Com Sintoma ou Déficit Motor Com Sintoma ou Déficit Sensorial Com Ataques ou Convulsões Com Apresentação Mista O diagnóstico de Transtorno Doloroso veio satisfazer a necessidade de classificar os pacientes com queixas dolorosas inconsistentes e de difícil entendimento médico, relacionadas a estados emocionais. Enquanto na somatização as queixas são muitas e variadas, no Transtorno Doloroso a dor Licenciado para - O nph B rasil -42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com costuma ser uma só e causa sofrimento significativo. prejuízo sócio-ocupacional, sendo suficientemente severa para indicar uma atenção médica. A dor é um foco importante, usa exageradamente medicamentos analgésicos e antiinflamatórios. Não é rara a dependência ou abuso de opióides e/ou benzodiazepínicos. Os fatores psicológicos devem exercer um papel importante para esse diagnóstico, seja na gravidade, na exacerbação ou na manutenção da dor. A dor não é voluntariamente produzida ou simulada. Semelhante é o Transtorno Hipocondríaco, em que existe uma preocupação, medo ou crença persistente de estar com algum transtorno somático grave e progressivo. De modo geral a atenção do paciente se concentra em um ou dois órgãos ou sistemas. Pode acontecer também dos pacientes manifestarem queixas somáticas persistentes ou preocupação duradoura com a aparência física. Sensações e sinais físicos normais ou triviais são freqüentemente interpretados pelo sujeito como anormais ou perturbadores. De um modo geral, tanto o Transtorno Doloroso quanto o Hipocondríaco, parecem estar associados com outros transtornos emocionais, especialmente a Transtornos Depressivos e de Ansiedade. Pacientes cuja dor está associada à severa Depressão e aqueles cuja dor se relaciona a uma doença terminal, mais notadamente câncer, parecem estar em risco aumentado de suicídio. A somatização também possa ser uma forma de expressão dos transtornos afetivos ou de ansiedade. No Transtorno Neurovegetativo o paciente atribui seus sintomas a um transtorno somático de um órgão ou sistema controlado pelo Sistema Nervoso Autônomo. Normalmente as queixas neurovegetativas dizem respeito de um funcionamento alterado, como por exemplo, palpitações, transpiração, ondas de calor ou de frio, tremores, assim como por expressão de medo e perturbação com a possibilidade de uma doença física. Por exemplo, pode haver aceleração da frequência cardíaca sem nenhuma correspondência clínica. Se fosse uma somatização no sistema cardiovascular, teríamos uma palpitação sem aumento da freqüência ou uma dor sem alterações orgânicas. Se fosse um Transtorno Psicossomático do sistema Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com cardiovascular teríamos uma extrassistolia de fundo emocional eletrocardiologicamente constatável. No sistema gastrintestinal o Transtorno Psicossomático pode se manifestar como aerofagia, flatulência, cólon irritável, diarréia, dispepsia, flatulência, piloroespasmo, úlcera digestiva, a retocolite ulcerativa, etc. No sistema respiratório costuma haver hiperventilação, suspiração, soluços, tosse persistente asma brônquica (com broncoespasmo constatável). Na parte urogenital os sintomas neurovegetativos dizem respeito à disúria, polaciúria, nictúria, urgência miccional, etc. 6. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS DA HISTERIA Para entender os quadros histéricos, há de se analisar as relações egóicas. O traço histriônico, histérico, está presente em graus variados em todos nós. A representação que se tem da realidade externa transcende a percepção neurológica que temos do mundo, considerando suas emoções, seu afeto, sua cultura. Inclui a auto-estima, que é a forma como a pessoa se representa para si mesma, se há discrepância entre o que pensa e o que os outros consideram sobre ela. Isso pode gerar sofrimento. Na depressão, por exemplo, a auto-estima tem discrepância para baixo, enquanto nos estados eufóricos a discrepância é para cima, em forma de arrogância, orgulho desmedido, tendência à humilhar e assim por diante. Como nos narcisistas, com auto-estima muito amplificada pelo valor idealizado. Normalmente eles exigem admiração excessiva mas sua auto-estima é muito frágil com necessidade constante atenção e admiração. Os indivíduos com baixa auto-estima demonstram inibição em novas situações interpessoais. Essas pessoas se consideram socialmente ineptas, sem atrativos pessoais ou inferiores. O que representamos para os outros será sempre a nossa atitude interpessoal, conforme desempenho social de Papel Social. A função dos papéis sociais está relacionada à própria identidade da pessoa em seu meio social, Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com assegurar uma identidade pessoal mais aceitável possível. O risco psíquico está na pessoa confundir ela própria com o papel social que desempenha. Algumas patologias se caracterizam pelo papel social de doente, que o paciente "assume" como verdadeiro: Síndrome de Münchausen, Transtornos Conversivos, Transtornos Dissociativos e Hipocondria. Temos uma tendência em recriminar os outros pelas coisas que não conseguimos ou não nos permitimos (o que dá no mesmo) fazer, até nos causa constrangimento e irritação observar nos outros a manifestação livre de alguns traços primitivos, os quais não nos permitimos. 7. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS x DOENÇAS PSIQUIÁTRICAS Há anormalidades imunológicas associadas às desordens afetivas e associadas à esquizofrenia. Na depressão a baixa imunidade apareceria como conseqüência e, no caso da esquizofrenia, como causa ou comorbidade. Em casos de estados depressivos mais graves, a função dos Linfócitos T declina conforme a idade. A depressão não é associada apenas à diminuição ou supressão da imunidade, mas também com sinais de ativação alterada do Sistema Imunológico, o que ocorre nas chamadas Doenças Autoimunes. Muito polêmico também tem sido o conceito da esquizofrenia como uma doença autoimune, pela presença de anticorpos anticerebrais na sorologia de pacientes com esquizofrenia. Alguns trabalhos têm insistido na patologia imunológica dos neuroreceptores e neurotransmissores, ambos da serotonina e dopamina. Anticorpos poderiam atuar bloqueando ou estimulando esses receptores ou os próprios neurotransmissores, tal como ocorre nos casos de Miastenia Grave e da Doença de Graves, respectivamente. Na esquizofrenia postulava-se que um anticorpo poderia atuar como agonista do neurotransmissor dopamina (Tachibana). Hirata-Hibi (1993) observou anormalidades morfológicas em linfócitos, particularmente naqueles com os chamados Sintomas Negativos da Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com Esquizofrenia, além da constatação dessas alterações celulares em alguns membros de suas famílias. O Sistema Imunológico afeta o cérebro e a conduta, sobretudo devido aos efeitos imunes das citocinas no Sistema Nervoso Central. As citocinas também são ligadas ao desenvolvimento da esclerose, dos gliomas, das demências associadas ao HIV, das lesões no cérebro e, provavelmente, da Doença de Alzheimer. O uso terapêutico de citocinas, particularmente do Interferon, pode produzir sintomas psiquiátricos, tais como psicopatias e estados alterados de ânimo, tipo afetivo ou ansioso. O estresse agudo em humanos, cuja fisiologia é semelhanteàs reações de luta animal, geralmente altera as funções de Células T, a atividade de Células NK, a resposta de anticorpos, a função dos macrófagos, a reativação de vírus latentes, entre outras. Os hormônios respondem ao estresse, incluindo a adrenalina, os corticoesteróides e as catecolaminas e afetam a imunidade. O hormônio do crescimento, também estimulado por eventos psíquicos, pode aumentar as funções dos Linfócitos T e NK. Os hormônios sexuais também afetam a imunidade. A atividade da Célula NK é mais alta na fase lútea de ciclo menstrual e é também estimulada pelos hormônios da tireóide. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 8. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS x ALTERAÇÕES HORMONAIS Também se verifica a contração do baço, com propósito de enviar mais glóbulos vermelhos ao sangue circulante. Há maior liberação de glicose na corrente sanguínea pelo fígado, para fornecer mais energia aos músculos e ao cérebro, assim como maior dilatação pupilar, aumentando o campo de visão. Há também aumento de linfócitos no sangue, para reparar possíveis danos físicos e defender contra eventuais agentes agressores. As suprarrenais aumentam a secreção de noradrenalina, preparando para a ação, de adrenalina e cortisol. Porém, nas situações de ação intensa e contínua do Sistema Simpático não haverá mais uma melhora do desempenho, mas uma queda em todas funções orgânicas, desde a perda da resistência imunológica facilitando doenças, perda de tecidos estruturais, até crises hipertensivas ou hipotensivas, diabetes, lesões de pele cardíacas, etc. Isso tudo envolve a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal. O estímulo estressor determina a secreção de hormônio corticotropina (ACTH) ao Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com nível do hipotálamo, que causará a liberação dos hormônios das glândulas suprarrenais. Nos casos de Estresse crônico e estimulação continuada, o organismo mantém seu esforço de adaptação continuadamente. Trata-se da Fase de Resistência. De qualquer forma, durante os estados de tensão, as glândulas suprarrenais produzem catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) em excesso, causando uma excitação inicial, após a Síndrome Geral de Adaptação, seguida por uma Fase de Resistência ou Adaptação, na qual o equilíbrio corporal, mais ou menos precário, é mantido. A fase de Resistência se caracteriza pela hiperatividade das suprarrenais por ação continuada da hipófise e, evidentemente, do hipotálamo. Pode causar atrofia do baço, do tecido linfóide e de estruturas linfáticas, com consequente queda da defesa imunológica, úlceras e aumento de alergias. Se os estímulos estressores continuarem por mais tempo, ocorrerá uma diminuição da intensidade das respostas endócrinas. É a Fase de Esgotamento ou Exaustão, com liberação dos corticoides pelas suprarrenais, com severa dificuldade na manutenção dos mecanismos adaptativos, perda de reservas, enfraquecimento geral, imunidade deprimida e, não raras vezes, podendo levar à morte. No metabolismo geral os corticóides estimulam a gliconeogênese (mobilização da glicose a partir do glicogênio armazenado no fígado), diminuem a utilização da glicose celular, mobilizam os aminoácidos e ácidos graxos e inibem a insulina. Isso aumenta muito a concentração de glicose no sangue (hiperglicemia) e pode agravar, sobremaneira, os quadros de diabetes. No sangue, os corticóides em excesso aumentam o número de leucócitos circulantes (leucocitose), elevam o número de plaquetas, favorecendo a formação de coágulos, de embolias e tromboses. Também podem produzir hipertensão arterial por estimular a liberação de substâncias de vasoativas. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com Depois do excesso de liberação de corticóides, persistindo o estado de Estresse, as Suprarrenais podem entrar em falência, com falta de cortisona produzindo cefaléia, fraqueza, astenia, perda de peso, febre, desidratação, emagrecimento, anorexia, hiperpigmentação de pele e mucosas, hipopigmentação dos mamilos, cianose, dores musculares e das juntas (artralgia). No sistema gastrointestinal ocasiona náuseas, vômitos, dor abdominal, diarréia ou constipação. Pode haver ainda alterações neuropsiquiátricas, tais como alteração da personalidade, confusão, torpor e até sintomas psicóticos. Na ausência de corticosteroides ocorre hipotensão grave, choque e até a morte. Na grávida, o quadro de estresse grave pode levar ao trabalho de parto prematuro e prejuízo do crescimento fetal. Há maior probabilidade para o desenvolvimento das doenças chamadas psicossomáticas., relacionadas à Fase de Esgotamento. A Hipófise produz o TSH que estimula a produção de T4 (Tiroxina) pela Tireóide, responsável por regular o metabolismo dos carboidratos, proteínas, lipídios e potencializar a ação das catecolaminas e GH (Hormônio do Crescimento). Durante o estresse, há desordem na produção da Tiroxina, o hormônio da tireóide. Na Fase de Alarme do estresse é comum o hipertiroidismo e no Esgotamento o hipotiroidismo, embora essas alterações possam acontecer inversamente. Fechando o círculo vicioso, as emoções podem alterar mais ainda o funcionamento da tireóide. O hipotireoidismo se associa com uma redução na atividade da serotonina, portanto com a depressão. Outras alterações reguladas pelo eixo hipotálamo-hipofisário-ovariano podem ser ovarianas, produzidas pelo estresse é a infertilidade, ocasionada falta de ovulação. A mulher pode deixar também de menstrua- Amenorréia Psicogênica. Essa é a mais comum em mulheres solteiras, magras e com profissões consideradas empresariais, geralmente com história anterior de problemas psico-sexuais e traumas sócio-ambientais. Outra freqüente alteração causada pelo estresse é a Dismenorréia ou Cólica Menstrual, pelo aumento acentuado das prostaglandinas, durante o Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=147 Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com estresse, associadas ao aumento da contratilidade uterina, com vasoespasmo arteriolar, isquemia e dor. Ainda, o estresse promove alteração hormonal da Prolactina, que é o hormônio que faz produzir o leite, também secretada pela Hipófise. 9. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS E AS SUPRARRENAIS O Hipotálamo é uma área cerebral relacionada às emoções que ativa a glândula Hipófise e todo o Sistema Nervoso Autônomo, gerando respostas físicas e psicológicas em todo organismo. Utiliza-se a expressão Eixo- Hipotálamo-Hipófise-Suprarrenal, para denominar o sistema endócrino. Ativada pela Hipófise, a Suprarrenal libera o cortisol, corticóide utilizado para defesa. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial.Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com O relógio biológico e as situações de estresse regulam a quantidade produzida e nível presente na circulação. Estresse e ansiedade influem no sistema endócrino, de forma que as oscilações hormonais alteram as emoções e vice-versa, como depressão, confusão etc.. Os hormônios estão implicados na ativação, inibição ou modulação dos mecanismos centrais do Sistema Nervoso Central relacionados com padrões de conduta e emoções específicas, podem influir na memória, na aprendizagem, na conduta sexual, na conduta maternal, na afetividade etc.. Os corticóides, como o cortisol e os hormônios androgênicos são as sustâncias mais relacionadas com o estresse. Os níveis de cortisol exercem efeitos importantes sobre o metabolismo das proteínas, carboidratos e lipídeos, sobre a tonicidade dos músculos e outros tecidos, sobre a integridade do miocárdio e sobre as respostas antiinflamatórias. Influi também na conservação da glicose, na síntese de proteínas, na regulação de ácidos graxos em nos tecidos adiposos. O cortisol influencia o sistema imune por agir sobre os Linfócitos T, sobre o IL-2 e sobre o interferom. Alguns transtornos relacionados ao Eixo Hipotálmo-Hipófise-Suprarrenal: Síndrome de Cushing: existe alteração na secreção do hormônio ACTH, por tumor na hipófise que faz a suprarrenal ter um hiperfuncionamento e aumentar o seu tamanho. Provoca depressão, transtorno ansioso, alteração de personalidade, delírios, alucinações, episódios maníacos ou quadro confusional. Doença de Addison: por hipofunção da suprarrenal ou da própria hipófise. Provoca astenia, apatia, irritabilidade, dores pelo corpo, depressão, ansiedade, insônia, hiperpigmentaão da pele, dores abdominais, nas juntas, anorexia e perda de peso etc.. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 10. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS DAS ALTERAÇÕES DA TIREÓIDE A tireóide é uma glândula responsável pela regulação do metabolismo geral do organismo e muito relacionada ao sistema neuropsíquico, cujas alterações podem envolver as emoções. Está localizada no pescoço, sob a pele, abaixo do pomo de Adão. A secreção dos hormônios tiroideanos é regulada pela Hipófise, que produz o Hormônio Estimulador da Tireóide (TSH). Assim, a tireóide produz o hormônio detiroxina (T4), importante na regulação do metabolismo, principalmente dos carboidratos, proteínas e lipídios. No fígado e em outros órgãos, ela é convertida na forma realmente ativa, a triiodotironina (T3). Além disso, a T4 e a T3 potencializam a ação de outros hormônios, como por exemplo, as catecolaminas e o hormônio do crescimento. As alterações na secreção do TRH começam a se alterar no Hipotálamo, alterando a produção hormonal da Hipófise de TSH e, produzindo alterações na produção da Tiroxina na tiroide. Alterações de tireóide junto com alterações psiquiátricas são muito comuns. Em pessoas normais a secreção de TSH aumenta durante a noite, Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com quando os níveis de T3 e T4 diminuem. Em pacientes deprimidos esse ritmo circadiano da TSH pode estar perturbado, chegando a haver ausência do pico noturno de secreção de TSH. Esta anomalia não se mostrou específica da Depressão Maior, mas também nos pacientes maníacos, esquizofrênicos, esquizoafetivos, em alcoolistas e nos pacientes que sofrem ataques de pânico. O TSH alterado não acontece nos Transtornos de Personalidade com sintomatologia afetiva. Os hormônios tireoideanos podem estimular a atividade dos sistemas noradrenérgico e serotoninérgico, ambos intimamente relacionados à depressão. O T3, para esse propósito, seria mais eficaz que o T4 nas depressões unipolares, diminuindo bastante o tempo de resposta aos antidepressivos. Trabalhos sugerem o uso do T4, profilaticamente para as crises de oscilação do humor em pacientes bipolares. Doenças comuns na Tireóide: Hipertireoidismo: Maior produção de hormônio pela tireóide, aumentando T3 e T4 e valores baixos de TSH. Possui várias causas, incluindo reações imunológicas. Tem como sintomas o bócio, taquicardia, palpitações, pele mais quente, sudorese excessiva, fadiga, insônia, emagrecimento junto com aumento do apetite, aumento do volume do pescoço e dos olhos. Pode haver também um quadro depressivo, com alto grau de ansiedade. Em crises agudas ou fases avançadas de Hipertireoidismo, podem ocorrer transtornos psicóticos, com confusão ou delírio. Nos idosos pode ocorrer maior apatia, instabilidade de humor, ansiedade e até melancolia. Hipotireoidismo: a tireóide produz menos hormônios, pode ser congênita. Chamada de Tireoidite de Hashimoto, caracteriza-se por uma inflamação crônica da tireóide ocasionada por anticorpos que atacam a própria tireóide (doença autoimune). A glândula vai sendo destruída gradualmente. O T4 está diminuído e o TSH está alto. Alguns sintomas são: desânimo, apatia e depressão, além de fraqueza e dor muscular, bócio, diminuição da memória, aumento de peso, pele seca, queda de cabelos, intestino preso, anemia e, quando severa, ansiedade, agitação, alucinações, paranóias, demência etc. Reciprocamente, a depressão, por sua vez, também pode levar ao hipotiroidismo. Predominantemente dominada por um quadro depressivo, ao qual se associam lentificação da fala, diminuição do rendimento intelectual, fadiga, diminuição do apetite e apatia. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com Outra possibilidade é a de que o hipotireoidismo se associa com uma redução na atividade da serotonina (outro neurotransmissor importante na regulação do humor). Assim como os males na região da garganta, os significados emocionais das alterações tireoidianas podem estar relacionados à impossibilidade de dizer ou fazer o que gostaríamos, ao receio de não compreensão ou reação do outro. Retemos então nossa expressão. 11. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS DA OBESIDADE A obesidade é chamada de Síndrome Metabólica. Vários fatores de risco cardiovascular aparecem juntos, entre eles a hipertensão arterial, o aumento de Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com colesterol, a hiperglicemia e o acúmulo de gordura intra-abdominal, também chamada de gordura visceral ou andróide, deixando propenso ao infarto do miocárdio com depressão. Há risco de desenvolvimento do diabetes. A relação entre a Síndrome Metabólica e a depressão considera o fato de a depressão estar relacionada ao aumento do cortisol no sangue (secretado pelas glândulas supra-renais) que, por sua vez, aumenta a intolerância à glicose, a pressão arterial e o ganho de peso. A pessoa deprimida reconhecidamente tem maior dificuldade para a realização de exercícios, tornando-se uma pessoa sedentária e com hábitos alimentares que favorecem a obesidade, que por sua vez aumentaas chances de hipertensão arterial, alterações do colesterol e dos triglicérides, assim como da intolerância à glicose. Os estados depressivos se associam com aumento na produção de ACTH (Hormônio Adreno-Córtico-Trófico, produzido na hipófise) e menor sensibilidade do hipotálamo aos efeitos inibidores do cortisol. Isso faz aumentar a concentração de cortisol e, conseqüentemente, promove a centralização de gordura visceral. No aspecto emocional, a obesidade pode estar relacionada à insegurança material e afetiva quanto ao futuro, às dificuldades para integrar as fases da vida em que houve privações ou perdas, ou seja, o medo inconsciente da falta. O comer excessivo é uma forma de “estoque” do que pode “vir a faltar”. Existe provavelmente um medo de enfrentar o mundo exterior e não conseguir, de forma que a gordura é representada como uma “proteção” contra ele. Outra relação que pode ser feita quanto ao ganho excessivo de peso é uma tentativa de auto-difamação, como forma de auto-punição, através da alteração da própria imagem e assim justificar o fato de ser rejeitado. Todos esses aspectos podem ter como origem os traumas na relação afetiva com a mãe, relacionadas à alimentação, que se procura compensar, através da obesidade, bulimia e anorexia. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 12. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS x SISTEMA DIGESTIVO Doenças inflamatórias do intestino, apresentando vermelhidão, muco e ulcerações na mucosa e sintomas como diarréia com sangue, cólicas abdominais, febres e perda de peso. Tem-se a Doença de Crohn, no intestino fino e, a Colite Ulcerativa, no cólon intestinal. Há base hereditária, fatores imunológicos, psicológicos e ambientais como possíveis causas. A Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa podem interferir com o desenvolvimento. Como estas doenças costumam aparecer na adolescência, os prejuízos no crescimento podem ser bastante marcantes. . Na retocolite ulcerativa, existe uma relação com distúrbios psiquiátricos com causas primárias ou secundárias agravantes, como o estresse. Entretanto não parece haver uma estrutura psíquica particular, em termos de personalidade. Apresentam um risco maior de desenvolver câncer de intestino grosso. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com A Doença de Crohn pode afetar qualquer parte do trato digestivo, da boca ao ânus. A inflamação pode causar dor e levar a evacuações freqüentes, resultando em diarréia. Fora do trato digestivo, os sintomas incluem a artrite, febre, úlceras na boca e crescimento mais lento. Fatores ambientais, alimentares, genéticos, imunológicos, infecciosos e raciais têm sido investigados como possíveis causadores da patologia. A causa imunológica é a mais enfatizada, com reação algum vírus ou bactéria, causando inflamação contínua do intestino. A tensão emocional, a ansiedade devida aos problemas causados pelas pressões da vida moderna talvez seja a emoção que mais pesa que a ligam ao começo da doença e ao curso da recuperação. Repetidos momentos de ansiedade indicam altos níveis de estresse. As representações sobre o intestino, tendo-se por base as suas funções, são de um órgão que participa em última instância da digestão, transporta e elimina o que não foi aproveitado, absorve o que é útil ao organismo. Hipóteses sobre patologias estão relacionadas ao que retemos e impedimos de “partir”, por temor à falta, retenção excessiva (timidez); ainda, as dificuldades pela constipação, inchaços, gases, dores podem denotar dificuldades para esquecer más experiências, acidez pode estar relacionada a uma cólera recolhida e guardada. Por ser um órgão que rejeita os resíduos, também rejeitamos as experiências que internalizamos e não aceitamos. As diarréias e úlceras podem retratar as dificuldades de assimilarmos experiências, até em relação aos julgamentos de “bom” e “mau”. O estômago é o órgão que recebe o alimento bruto, transforma-o, para dissolvê-lo e assimilá-lo. Representa o que recebemos e transformamos. Patologias relacionadas indicam dificuldades de gestão financeira ou profissional, reais ou imaginárias. Mostram tendências de ruminarmos as experiências, de forma que a acidez gástrica é um sinal de alerta para pararmos. A azia, úlcera, câncer podem indicar dificuldades de “digerir” as situações que nos desagradam. O vômito é a rejeição, a recusa das experiências. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com O baço e o pâncreas são órgãos de suporte ao processo digestivo, portanto à nutrição, controlando os sucos digestivos. Representam a qualidade da relação com o que ingerimos ou nos apropriamos. Patologias podem indicar dificuldades com posses, inseguranças, angústias, vida profissional. Contribuem à digestão através de secreções, além das funções do baço fabricar e estocar glóbulos brancos e vermelhos; o pâncreas, contribuindo com a insulina necessária ao equilíbrio da glicose no sangue. O diabetes representa, pelo excesso de açúcar, dificuldades com o excesso de “doçura”, recompensas, choques psicológicos fortes que abalam as crenças afetivas. Patologias relacionadas estão ligadas à sensatez exagerada, rigidez quanto às normas, com pouco prazer, insegurança quanto à capacidade, tendência em viver no passado. A hipoglicemia, pela insuficiência de glicose, pode significar a dificuldade de receber, aceitar a doçura, pode estar relacionada à ausência dos pais ou sentimentos de rejeição. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 13. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS DAS ALERGIAS E ASMA Alergia é um quadro de intolerância do organismo frente a um produto físico, químico ou biológico, por reação exagerada. Ao contato do organismo com os chamados alérgenos, as células brancas do sangue produzem anticorpos (IgE), liberam histamina que provoca os sintomas alérgicos. Por analogia, podemos pensar em reações vivenciais que temos diante das circunstâncias traumáticas. Tipos de Alergia: TIPOS REAÇÃO Tipo I ou anafilático É uma reação mediada principalmente pela histamina, em células de mucosa respiratória, mucosa intestinal e da epiderme, em células do sangue (mastócitos ou basófilos). Sintomas: edema, contração da musculatura lisa e Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com inflamação. São bons exemplos disso a rinite alérgica, certos tipos de Asma Brônquica aguda, reações alérgicas de tipo imediato a drogas, etc. Tipo II ou citotóxico Reação que ocorre, por exemplo, em algumas doenças auto-imunes como a tireoidite, onde a pessoa forma anticorpos contraseus próprios órgãos e tecidos. Tipo III ou imunocomplexos Caracteriza-se pelas formações de complexos antígeno-anticorpo (imunocomplexos), que atraem mediadores de inflamação, os quais se depositam em tecidos ou caem na circulação. Ocorrem lesões localizadas em certos órgãos ou difusas, como é o caso da glomerulonefrite, artrite reumatóide, lupus, etc. Tipo IV ou celular Reação mediada por linfócitos e seus produtos, as linfocinas, liberadas diante do contato com o antígeno- reação tuberculínica, encontrando-se este mecanismo também na rejeição a transplantes e nas chamadas dermatites de contato. Portanto, é a mais tardia delas. As manifestações são bem variadas, desde lacrimejamentos, coceiras, dermatites, rinite, asma brônquica, até doenças auto-imunes causados por medicamentos. Uma das alergias mais comuns é a desencadeada por alimentos. No sistema digestivo, as alergias causam náuseas, cólicas, vômitos e diarréia. Há relação existente entre as enfermidades alérgicas, especialmente as reações de anafilaxia, com os Transtornos de Pânico e Agorafobia. Constataram uma relação entre a ansiedade antecipatória e o fenômeno da anafilaxia. Em pesquisas sobre estas relações, observaram-se sintomas diversos de ansiedade, entre os quais se incluíram as manifestações de impaciência, exigência, queixas, tensão emocional, atitudes regressivas, busca de segurança e, inclusive, agressividade. A cada 10 pacientes diagnosticados com transtornos psiquiátricos, 9 têm alergia a medicamentos. O diagnóstico Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com de ansiedade aparece como o transtorno mais freqüentemente associado aos quadros alérgicos. A predominância psiquiátrica nas alergias fica por conta das manifestações de depressão e de ansiedade. Entre as doenças alérgicas, a asma brônquica é uma das mais representativas e tem sido freqüentemente relacionada com ansiedade e depressão. A asma não é um transtorno primário da ansiedade, mas sim desencadeada e/ou agravada por ela. A fisiopatologia clássica tem atribuído a Asma Brônquica um desequilíbrio (constitucional) nos receptores beta-adrenérgicos da mucosa brônquica. Os leucócitos destes pacientes costumam liberar com facilidade certas substâncias que acabam produzindo a bronco-consctrição como respostas a estímulos (adversos ao paciente) específicos, como por exemplo, odores, mudanças de temperatura, fumo, inalantes ambientais, poluição, pêlos de animais, drogas, polens, poeira, ácaros, alimentos, exercícios físicos, situações de ansiedade e estresse etc.. Ocorrem alterações nos pulmões, como excesso de muco espesso que obstrui as vias aéreas, inflamação destas, receptores super estimulados, músculos das vias respiratórias contraídos, provocando estreitamento das vias respiratórias, o qual dificulta a respiração e produz a falta de ar. Trata-se de uma doença crônica. Puderam verificar uma relativa deficiência de esteróides e catecolaminas (epinefrina e norepinefrina). A sugestionabilidade do paciente asmático já é bastante conhecida. Há necessidade da presença simultânea de fatores de ordem psicológica (afetiva) e biológica (sensibilidade alérgica) para o desenvolvimento da Asma Brônquica. A ansiedade tem sido apontada como importante ocorrência entre asmáticos. Há maior ocorrência significativa de dificuldades comportamentais entre crianças portadoras de asma precoce, como exemplo a Hiperatividade. A Depressão Infantil poderia ter uma correlação somática, através da asma, por exemplo, e um componente comportamental através da rebeldia, agressividade e hiperatividade. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com Agrava ainda a Síndrome do Pânico, piorando crises de asma, e a asma piorando crises de Pânico. Existem abordagens que abordam que a representação psíquica do pulmão está relacionada também às suas funções. O pulmão faz parte de um sistema que capta o oxigênio do exterior, resiste e se defende de agressões externas, dá assistência ao coração, alimenta todo o organismo com o oxigênio. Pode ser associado, portanto, à capacidade de defesa do mundo exterior, à ação, interiorização, “camuflagem”. A falta de adaptação pode gerar resfriados, pela friagem, pois não houve equilíbrio com a temperatura externa; tosses irritativas, como reação brusca a um agente insuportável, tosses com secreção, que indicam que o agente causador está em nosso interior; atmosferas “sufocantes”. Em analogia, as patologias do pulmão podem indicar que o doente está com dificuldades com o meio exterior, pouco à vontade, “sufocada”; também relacionadas à tristeza, melancolia, aflição, solidão. 14. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS DAS DERMATOSES Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com Algumas doenças incluídas no grupo das dermatoses, ou seja, doenças que afetam a pele: dermatite atópica, Psoríase, Eczema, Acne, Vitiligo, Urticária etc. São consideradas psicossomáticas por envolver as questões emocionais, como estresse e ansiedade, além da depressão. No TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), há incidência de coceiras também. A Psoríase é uma dermatose inflamatória crônica que resulta do desequilíbrio da epiderme, em que proliferam células em velocidade maior, como num processo de cicatrização, causando descamação. Apresenta várias causas, mas a ativação exagerada do sistema imunológico está ligada ao emocional. Localizada frequentemente nos cotovelos, couro cabeludo e tronco, com discreta coceira no local. Pode afetar ainda as unhas, palmas das mãos e plantas dos pés e a Artrite Psoriásica que se caracteriza por inflamação articular que pode causar até a destruição total da articulação, normalmente afetando os dedos das mãos. As escamas em placas que cobrem as lesões da Psoríase são compostas de células mortas, e a vermelhidão das lesões é causada pelo aumento da irrigação sanguínea para o crescimento rápido de novas células. A Psoríase pode deixar pessoas com limitações físicas devido à artrite, pode desfigurar, pode proporcionar grande frustração, ansiedade e depressão. Há diminuição da auto- estima e completo isolamento social. Mas o paciente pode aprender a controlá-la e levar vida praticamente normal. O tratamento vai desde o simples uso de medicações tópicas, até tratamentos mais complexos. O componente emocional nunca deve ser menosprezado, evitando-se o estresse, principalmente os estados ansiosos e os depressivos. Além da predisposição genética, acredita-se haver relação da doença com infecções, uso de medicamentos, situações de estresse e traumas emocionais. Quando o paciente reconhece a situação emocional, controla melhor a doença, reduzindo suas manifestações. O Vitiligo é uma descoloração da pele em certas áreas, de causa desconhecida, crônico, não provoca danos à saúde e há pouquíssimas alternativas de tratamento. São manchas brancas, com ausência do pigmento Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reproduçãototal ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com melanina e pele mais escura ao redor. Ataca especialmente os pés, mãos, órgãos genitais e face. Normalmente são bilaterais, mas também se apresentam únicas, isoladas ou disseminadas. Alterações estéticas muitas vezes causam distúrbios psicológicos que podem prejudicar o convívio social e o agravamento da própria doença. Há hipóteses de causas relacionadas à tireóide, diabetes, auto-imune, porém há associação com fatos importantes da vida do paciente, estresse. Pode permanecer estável durante anos e voltar a se desenvolver ou regredir espontaneamente. A Dermatite Atópica é um transtorno crônico e recorrente que se caracteriza por lesões com vermelhidão na pele, prurido intenso, ressecamento em diferentes partes do corpo, que se apresenta em episódios agudos, com períodos sadios de duração variável. Existe alta reatividade da pele a estímulos irritantes diretos, uma maior suscetibilidade a certo tipo de infecções cutâneas, como por exemplo, aos fungos ou ao estafilococo. Há tendência genética hereditária, freqüentemente ligada a outras doenças de forte componente imunológico, tais como Asma Brônquica e Rinite Alérgica. O estresse ou as emoções intensas podem exacerbar ou produzir Dermatite Atópica além do contato direto com sustâncias irritantes como os solventes, sabões, detergentes, cremes, plásticos, antibióticos, combustíveis e certos metais. A Urticária é um quadro agudo de lesões avermelhadas (eritematosas), papulosas (em relevo elevado), numa área de pele, que desaparece à pressão digital acompanhada de prurido (coceira). Aparece de repente e pode desaparecer rapidamente. Tende a permanecer por longo tempo num eterno vai-e-vem das crises. A Urticária Crônica envolve células e estruturas protéicas que constituem a pele, cujo mecanismo inflamatório depende do organismo geral. Estão aumentadas células sanguíneas como os mastócitos, eosinófilos, que quebram o equilíbrio da fisiologia normal da pele. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com Algumas causas relacionadas: fricção sobre a pele, depois de banho quente ou quando se usa roupa apertada; febre, ansiedade, tensão emocional, luz solar etc.. Os fatores psicossomáticos quando considerados, estavam relacionados a 80% dos casos a conflitos emocionais na origem e manutenção do quadro. A pele é o maior órgão, que recobre todo o corpo e está relacionado a todos os sistemas, sendo totalmente inervada e ligada ao sistema nervoso e ao ambiente. Serve à proteção, à separação do meio interno e externo. Metaboliza vitamina D, realiza trocas gasosas, equilibra a temperatura. Elimina secreções, como o suor e toxinas. Tem capacidade de cicatrização, de “auto-reparação” de lesões. Faz parte do aspecto estético do corpo, portanto da comunicação, de recepção do toque. Patologias da pele revelam dificuldades de vivenciar o mundo exterior. Patologias podem ser manifestações diante de agressões reais ou não, do mundo exterior. Eliminam a tensão sentida. **DELÍRIOS PARASITÁRIOS É um quadro psiquiátrico no qual o paciente tem a convicção delirante de estar infectado por parasitas, na pela ou nos órgãos internos, considerado uma psicose crônica, mais bem descrita no DSM IV como Transtorno Delirante, do tipo Somático. Podem estar relacionados a outros transtornos psíquicos, sobretudo com a esquizofrenia e, menos freqüentemente, com transtornos afetivos. Incluem alteração da percepção, com alucinações, táteis e cenestésicas e, mais raramente, visuais, e a idéia delirante de parasitose seria secundária. Seria uma elaboração de um sistema delirante mais o menos estruturado (MacNamara, 1928; Wilsom & Miller, 1946). Na prática é provável que este mecanismo e o anterior possam coexistir. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com Ainda podem ser relacionados com processos orgânicos de afetação geral, como lúpus eritematoso sistêmico (Hernández-Albujar et ao, 1996), linfomas, hipotiroidismo, consumo de tóxicos sobretudo álcool, cocaína ou anfetaminas, má nutrição de vitamina B12 ou ácido fólico. 15. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS DO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO Trata-se de uma doença auto-imune e crônica, que afeta mais mulheres, em qualquer idade. Causa inflamações em diversos sistemas, como pele, juntas, sangue e rins, pois perde a diferenciação de agentes estranhos (como vírus, bactérias etc.) e os mesmos, fazendo com que os próprios anticorpos ataquem seus órgãos. Existem 3 tipos de Lúpus: a) - O Lúpus Discóide é sempre limitado à pele. inflamações cutâneas que aparecem na face, nuca e couro cabeludo. b) - O Lúpus Sistêmico costuma ser mais grave, pode afetar quase todos os órgãos e sistemas. Em algumas predominam lesões apenas na pele e nas juntas, em outras podem predominar as juntas, rins, pulmões, sangue, ou em outros órgãos e tecidos. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com c) - O Lúpus Induzido por Drogas ou medicamentos, como hidralazina, medicamento para tratamento da hipertensão, ou da procainamida, usada para tratamento de algumas arritmias cardíacas. Sabe-se que fatores ambientais e genéticos estão envolvidos nas causas. Ambientais são infecções, medicamentos, exposição a raios ultravioletas e o estresse, este último que a caracteriza como doença psicossomática. Sintomas: Erupções cutâneas, em forma de disco no nas maçãs do rosto, protuberantes, sensibilidade à luz do sol, feridas no nariz e boca, artrites, pleurite, pericardite, excesso de proteína ou de células na urina, convulsões, psicose, Anemia hemolítica, depressão no curso da doença. Muitos pacientes com Lúpus se recusam a admitir que estejam em um estado depressivo apresentam a Depressão atípica (disfarçada). Também é importante o envolvimento de certos órgãos no Lúpus, como é o caso do cérebro, coração ou rins, que também pode levar a um estado depressivo. A representação desta e de outras doenças auto-imunes é a incapacidade de se reconhecer, se ver ou nos aceitar como é. Aliada à busca de responsabilidades externas, condição de luta contra o mundo que o rejeita e não o reconhece. É uma condição de defesa mas que leva à auto-destruição. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 16. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS DO DIABETES A Diabetes mellitus é um distúrbio do metabolismo que afeta os açúcares (glicose e outros), metabolismo das gorduras (lípides) e das proteínas. É uma doença controlável, porém, se não for bem controlada, acaba produzindo lesões graves e potencialmente fatais, tais como o infarto do miocárdio, derrame cerebral, cegueira, impotência, nefropatia, úlcera nas pernas e até amputações de membros. É conseqüência da produção e secreção insuficiente de insulina pelo pâncreas, hormônioque se encarrega de reduzir os níveis de glicose no sangue que é sintetizada no pâncreas por uma estrutura que se chama Ilhota de Langerhans. Já se sabe que existem implicações genético-hereditárias. Na chamada Diabete Tipo I, as células produtoras de insulina no pâncreas foram destruídas, portanto a glicose não é absorvida pelas células, faltando energia. Na Diabete tipo II, a produção de insulina continua, mas as células musculares e adiposas são incapazes de usar toda a insulina secretada, aproveitando-se de pouca glicose. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com Em situações de estresse, há aumento na secreção de hormônios, principalmente o cortisol, que age contra a insulina e ajuda a manifestar o diabetes. Em contrapartida, a Diabetes altera o equilíbrio hormonal, podendo causar um estado depressivo. A prevalência de Depressão é cerca de 2 a 4 vezes maior que na população geral, na maioria das mulheres diabéticas. Os Transtornos de Ansiedade estão associados com o hiperglicemia em pacientes diabéticos, tipo 1 ou 2. A Depressão agrava a Diabete em vários aspectos, como falta de controle da dieta, do uso da medicação, dos cuidados gerais cotidianos, levando a uma piora da qualidade de vida e da evolução da doença. Não controlar a diabete, por outro lado, pode agravar a Depressão. O diagnóstico de Depressão no paciente diabético é dificultado pela presença de vários sintomas físicos decorrentes do diabetes. A perda de peso, as modificações do apetite, diminuição da libido e outros, são sintomas que podem ser referidos pelo paciente diabético sem que esteja deprimido. O exame clínico deve se concentrar nas queixas psíquicas, como tristeza, desesperança, perda do prazer, sentimentos de culpa, autodepreciação, apatia, desinteresse, desânimo. Em segundo, a própria situação existencial de uma pessoa que sofre uma doença crônica, algo limitante, é um fator facilitador para o estado depressivo. A via fisiológica final e comum entre Diabete e Depressão seria o eixo hipotálamo-hipófise-supra-renal, o qual estaria muito sensível na resposta do organismo ao estresse, com aumento de liberação de glicocorticóides, catecolaminas e hormônio do crescimento e glucagon, os quais se contrapõem à ação da insulina. Haveria um estado de hiperglicemia induzido por esses fatores. O aumento do cortisol relacionado à depressão poderia ainda induzir à obesidade abdominal e à síndrome metabólica, fatores de risco para o diabetes. Estudos de neuroimagem funcional demonstram que os pacientes com Depressão apresentam alterações no transporte de glicose no cérebro, levando a um prejuízo da entrada de glicose nas células. Sendo uma disfunção do pâncreas, que é um órgão relacionado ao excesso de sensatez e obrigações, com pouco espaço para o prazer, significa Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com simbolicamente a falta de “doçura” necessária para a vida, que pode estar relacionada às preocupações materiais, angústias de não saber ou não estar à altura de algo. Ainda, a tendência de viver no passado e não produzir o presente, a necessidade de controle e regularidade na vida. O açúcar em muitas culturas representa a doçura, a recompensa. A presença excessiva no sangue significa a dificuldade para gerar doçura. Pode estar relacionado a uma infância com um pai autoritário, com excesso de normas, com refúgio na doçura da mãe. Alguns choques psicológicos que abalam as crenças afetivas ou segurança podem desencadear o diabetes. 17. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS DA HIPERTENSÃO ARTERIAL Trata-se de um complexo desequilíbrio no sistema responsável pela manutenção de um fluxo e volume sanguíneos satisfatórios e do tônus da musculatura arterial, sem causa orgânica definida. É controlado pelo Sistema Nervoso Central, possui componente genético nas causas. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com Trata-se da elevação da pressão sangüínea sistólica e/ou diastólica acima do limite. A mobilização do Sistema Nervoso Autônomo, através de um aumento da atividade do sistema simpático e a conseqüente elevação da produção de renina está entre os supostos mecanismos patogênicos da hipertensão arterial. Interações de fatores genéticos, ambientais, de personalidade (Personalidade Tipo A), dietéticos, e comportamentais, certamente conduzem à elevação patológica persistente da pressão sangüínea. No entanto, é ímpar o papel do estresse na elevação da pressão arterial, em determinadas circunstâncias, como parte dessa resposta adaptativa. A pessoa, conforme seus afetos, valoriza como mais traumático ou menos traumático os seus conflitos íntimos, suas frustrações e sentimentos de perdas. O mundo intrapsíquico pode se constituir ou não numa fonte de ameaças e sofrimento. Franz Alexander escreveu sobre a Personalidade Hipertensiva, com núcleo de hostilidade reprimida, afeto depressivo, dependência dissimulada, passividade, sentimentos pessimistas e dificuldade para externar emoções. A Hipertensão está também relacionada às emoções excessivas que o sujeito retém, pela incapacidade para fazer o que lhe traz alegria, prazer ou felicidade, por não saber, poder vivenciá-las. A tensão é decorrente da vontade de solucionar, acompanhada de medo intenso que “cristaliza e endurece” os vasos sanguíneos, muitas vezes da morte que chega antes de se poder realizar o que se deveria ou podia. O senso de urgência faz subir mais a pressão. Ao contrário, a Hipotensão significa o sentimento de vítima, em que o sujeito se vê sem saída, sentindo-se desencorajado de forma que a sua dinâmica é passiva. Há falta de amor na vida. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil http://www.psiqweb.med.br/teste/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=37 http://www.psiqweb.med.br/teste/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=37 Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 18. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS DAS CARDIOPATIAS Foram definidas algumas características de “Personalidade Tipo A”, para doentes cardíacos, que agrupam traços ansiosos predisponentes a essas patologias, para além das tendências hereditárias, em direção aos valores sociais. Na década de 40, Flanders Dumbar descreveu-a como pessoas compulsivas, com tendência ao trabalho contínuo, hiperativos, porém o conceito “tipo A” foi introduzido por Friedman e Rosenman na década de 50. TRAÇOS DE PERSONALIDADE “TIPO A” 1. Tendência para procurar atingir metas não bem definidas ou muito altas; 2. Acentuada impulsão para competir; 3. Desejo contínuo de ser reconhecido e de progredir; 4. Envolvimento em múltiplas funções; 5. Impossibilidade prática (falta de tempo) para terminar alguns empreendimentos; 6. Preocupação física e mental; 7. Incapacidade de relaxamento satisfatório, mesmo em épocas de folga; 8. Insatisfação crônica com as realizações; Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.comhttps://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 9. Grau de ambição está sempre acima do que obtém; 10. Movimentos rápidos do corpo; 11. Tensão facial; 12. Entonação emotiva e explosiva na conversação normal; 13. Mãos e dentes quase sempre apertados; Tais características levam a aborrecimentos, irritações, impaciência e rancor. A Personalidade que a diferencia, tipo “B”, apresentam-se seguros, com boa auto-estima, capazes de afetos recíprocos. A Personalidade A leva a um aumento de níveis de colesterol, triglicérides e pressão arterial, diminuição de fluxo sanguíneo da veia porta, elevadas taxas de GH (Hormônio do crescimento- que metaboliza também o colesterol). Ainda, essa personalidade predispõe a comportamentos como sedentarismo, uso de álcool e fumo, entre outros, o que leva a uma probabilidade 7 vezes maior de incidência de doenças cardíacas. A mulher, hoje mais atuante no mercado de trabalho, vem assumindo comportamentos que antes eram masculinos, aumentando a frequência de cardiopatias. A maior agregação das hemácias (células do sangue) também predispõe à trombose, que contribui ao infarto. Outros comportamentos, como impaciência, hostilidade, fazem com que as pessoas tenham forte reação do sistema nervoso simpático, elevando a pressão arterial e frequência cardíaca, aumentando as concentrações de adrenalina, noradrenalina, cortisol, ácidos graxos livres, colesterol, triglicérides e testosterona. Tais alterações levam às lesões no sistema circulatório. A ansiedade aumentada também acelera a arteriosclerose e endurecimento de vasos sanguíneos. Lembrando que apesar dos comportamentos serem aprendidos na cultura, a tendência à ansiedade e raiva também são herdadas. Portanto a propensão ao estresse também faz parte da história familiar. A raiva também é uma emoção que se destaca com predisponente de doenças cardíacas. Além das causas, também há que se considerar os estados emocionais durante o tratamento, como a reação otimista ou pessimista do paciente à doença, a adesão ao tratamento, o diagnóstico diferencial das somatizações, ou seja, se a causa é orgânica e se agravou com as emoções ou estas causaram o quadro. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com Situações estressantes, agudas ou crônicas, podem precipitar isquemia cardíaca, arritmias, Infarto do Miocárdio e/ou a morte súbita. A ira ou raiva é o estado emocional que com maior freqüência se associa à isquemia miocárdica e arritmias mais graves. Fatores psicológicos podem predispor e precipitar os seguintes distúrbios: Transtornos do Ritmo: Influências emocionais nas arritmias cardíacas mais comuns, causas possíveis de morte súbita em resposta a um estímulo emocional opressivo ou ao desespero. Assim sendo, a ativação das respostas de estresse, do tipo luta-fuga e conservação-afastamento, pode provocar arritmias letais, especialmente em pessoas com doença coronariana; Arteriopatia Coronariana: O estresse pode influenciar no surgimento de arteriosclerose, há liberação de colesterol, o que pode levar ao "entupimento" de artérias coronarianas e produzir o infarto do miocárdio; O Sistema Límbico, sede das emoções, onde se inclui o hipotálamo, coordena as diversas funções neurovegetativas, inclusive as cardiovasculares. Essas funções implicam na regulação do Sistema Nervoso Autônomo Simpático e do Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático, consequentemente atuar sobre os diversos órgãos internos e estruturas orgânicas. O organismo reage ao estresse liberando catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) e corticóides, colocando o organismo em estado de alerta, por ação indireta do Sistema Nervoso Autônomo sobre as Glândulas Suprarrenais. Seguem-se alterações no organismo: aumento da frequência cardíaca, da pressão arterial, do débito cardíaco, do consumo de oxigênio, excitabilidade cardíaca, entrada de sódio e saída de potássio e magnésio das células, lesão endotelial, aumento das plaquetas, vasoconstrição, retenção de sódio e água, aumento da coagulação sanguínea, da glicose e ácido lático, ácidos graxos e do colesterol. Uma outra possibilidade é que a depressão altere mecanismos biológicos, tais como a adesividade crescente das plaquetas, tornando os pacientes mais vulneráveis ao desenvolvimento de oclusão arterial e novo Infarto do Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com Miocárdio ou, ainda, influência do sistema nervoso autônomo sobre a contratura da musculatura lisa das artérias coronárias. A Depressão é um forte agravante para a mortalidade no Infarto do Miocárdio. Pacientes com Infarto do Miocárdio que sofrem algum transtorno emocional, principalmente de depressão ou ansiedade correspondem a 66%, como a Depressão. É um paciente que poderá se tornar irritadiço ou agressivo, deprimir-se, desenvolver queixas hipocondríacas, pirraçar ou aceitar, enfrentar ou negar a doença. A diminuição na variação da freqüência cardíaca é notória entre pacientes depressivos. Assim como a depressão pode afetar a coagulação e a trombogênese. As plaquetas têm em suas membranas receptores adrenérgicos, dopaminérgicos e serotoninérgicos. Uma das causas entre depressão e doenças cardiovasculares é a hiperatividade desses receptores. Quanto mais persistente e intenso for o estresse, maior será a repercussão sobre o sistema cardiovascular. Os autores mais psicodinâmicos consideram a somatização remanescente de fases mais primitivas do desenvolvimento da personalidade. Desde cedo, a criança vivencia situações de estresse e aprendeu a reagir somaticamente a esses estímulos. Quando adulto, falhando outros meios mais eficazes de enfrentamento, a pessoa volta a lançar mão dos recursos da antiga somatização, como meio de obter atenção ou forma de autopunição, o coração, tanto quanto ou até mais que outro órgão, poderá ser utilizado com tais objetivos. A tendência à autopunição desses pacientes poderia ser percebida no desleixo ao cumprimento da prescrição médica e pela Desistência Depressiva, em que seu desinteresse em curar-se é tão intenso que a resposta aos esforços terapêuticos são em vão. A identificação é também mecanismo gerador de somatização que podem repercutir no coração. Principalmente em se tratando de reações hipocondríacas (leves ou graves) e que assumem maiores proporções face à importância (até simbólica) do coração na manutenção da vida do indivíduo. Basta saber que alguém morreu do coração e logo o hipocondríaco sente dor e os sintomas cardíacos. Considerando todo o simbolismo atribuído ao coração como fonte de Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com vida e sede das emoções, fácil é imaginar a sua utilização como veículo de expressão simbólica. A representação do coração é a de um órgão principal da circulação, como uma bomba autônoma que distribui o sangue para todo o corpo. Responde à solicitação externa, como aumentando o seu ritmo. Comanda nossa adaptação interior às exigênciasexteriores. As patologias cardíacas podem indicar as dificuldades para as relações afetivas e emoções, a valorização do ressentimento, raiva, violência reprimida. O que se cultiva, como estado emocional negativo, distribui-se. Exprimem o sofrimento para gerar os estados emocionais ou de expressá-los, ausência de prazer ou excesso de paixões. 19. ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS DO CÂNCER Há grande variação entre diversos tipos de câncer, incluindo agressividade e malignidade, assim como varia a habilidade do sistema imunológico em resistir a eles. Vale entender que o Sistema Imunológico é o responsável pela vigilância do organismo contra a proliferação de células cancerígenas, assim como destruir Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com células anômalas, através das Células NK (Natural Killer). Estas células são sensíveis à influência de fatores estressores e psicossociais. Os pacientes com melanoma maligno e participantes do grupo psiquiátrico, mostraram menos dor e maior atividade das Células NK que o grupo controle, mostraram ainda menos recorrência e metástases, além de uma sobrevida maior. As diferenças individuais no comportamento, como no enfrentamento dos conflitos, nos traços de personalidade e psicológicos podem acompanhar diferentes características imunológicas. Os oncologistas, com visão holística, conceituam e delineiam uma Personalidade Tipo C, onde o risco maior seria para o câncer. Os traços característicos são de negação das experiências mais traumáticas, supressão das emoções e tendência à raiva. Outras características seriam amabilidade excessiva, às vezes contrariada, não reconhecimento dos conflitos, aspiração social exagerada, paciência desmedida e dissimulada, racionalidade contundente e um rígido controle da expressão emocional- pseudo-bem- humoradas. Para a Personalidade Tipo C, o uso excessivo da negação e da repressão (mecanismos de defesa), bem como a dissimulação dos sentimentos, importantes fatores ligados ao desenvolvimento tumoral. Os estressores psicossociais estariam associados à diminuição da imuno- competência orgânica e, conseqüente à essa alteração, ao desenvolvimento do câncer. Também o risco de metástases de um câncer já tratado estaria significativamente influenciado pela reação da Personalidade Tipo C com o tipo e a duração dos estressores psicossociais (Baltrusch, Stangel e Titze, 1991). A pessoa que passa pelo diagnóstico do câncer se vê bombardeada de emoções intensas, passando por fases de negação da doença, angústia, sensação de vazio e abandono, reflexão sobre a vida, medo da morte e de deixar as pessoas e projetos, medo de depender dos outros, medo das dores etc.. A doença e o tratamento são também fontes de estresse que geram problemas somáticos, psíquicos e sociais. No entanto, hoje a Medicina dispõe de melhores recursos de cura, se descobertos precocemente. Mesmo assim, as reações dos pacientes podem incluir: raiva, mágoa, culpa, ansiedade e tristeza. As reações físicas incluem Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com dificuldade para dormir, mudanças no apetite, queixas ou doenças somáticas, enfim, sinais e sintomas relacionados ao Transtorno de Adaptação e Ajustamento. A recuperação também depende de o paciente estar bem informado sobre sua doença e tratamento, desde que lúcido, para que coopere no tratamento, mantenha uma relação de confiança com a equipe de saúde e com a família. As representações psíquicas são relacionadas ao acúmulo emocional ou afetivo armazenado, seja por força, repressão, fuga ou crença, esse sofrimento não é reconhecido. Perde-se referências, destrói-se a crença. Como uma invasão interior que irá se espalhar e colonizar o seu psíquico, contaminando suas emoções, até que se apresente como o câncer. Este destrói o equilíbrio interior, traduz remorsos, culpas, autopunições diante de fracassos de vida ou de escolhas. 20. SAÚDE x HUMOR Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com Hoje se pesquisa muito a importância do bom humor, dos bons sentimentos e da afetividade sadia na qualidade de vida e na saúde global da pessoa, sobretudo na prevenção de doenças e como fator de melhor recuperação de moléstias graves, entre as quais o câncer. Os acontecimentos estressantes processados através da cognição, ou seja, do sistema de crenças e valores próprio de cada indivíduo, podem originar sentimentos negativos de cólera, raiva, depressão, falta de defesas e desesperança. Um recente estudo sobre os Linfócitos T “natural Killer”, importantes na imunidade contra tumores, mostrou os efeitos de programas que estimulam o riso e o bom humor no aumento da atividade dessas células do sistema imunológico, ao mesmo tempo em que os estados depressivos enfraqueciam esse aspecto da defesa orgânica (Takahashi, 2001). O bom humor, na realidade, diz respeito a rir-se das coisas em geral, das incongruências do cotidiano, dos pequenos problemas do dia-a-dia e, até mesmo, das dificuldades tempos difíceis que passamos. A risada tem sido objeto de estudos, por se tratar da expressão mais explícita do bom humor e da positividade pois tem um importante papel na redução dos hormônios envolvidos na fisiologia do estresse, melhorando a intensidade e realçando a criatividade das respostas, reduzindo a dor e, sobretudo, melhorando a imunidade e reduzindo a pressão de sangue. O estado emocional de tristeza foi seguido de ativações específicas da área subcortical do giro cingulado e núcleo dorsal, juntamente com a desativação específica de região pré-frontal direita e do córtex parietal posterior. A ansiedade ativa o núcleo ventral, do córtex temporal orbito- frontal e anteriores, desativação específica do giro para-hipocampal e outras. Tem-se localizado algumas áreas, no córtex cerebral pré-frontal ventral e no corpo caloso, cuja atividade se encontra fortemente diminuída em pessoas depressivas (Drevets, 1997). Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com A simples memória do estresse desempenha importante papel no funcionamento cerebral. Fischer (2001) pesquisou as relações entre a atividade da amígdala e a disposição pessimista de personalidade. Sugerem um importante papel para a amígdala nos estados emocionais negativos, típicas das disposições pessimistas da personalidade. Um estilo otimista de vida pode proteger contra os riscos da doença coronariana, bem como, pode estar relacionado ao melhor prognóstico. Durante a pesquisa, quando observava a reação do cérebro à incongruências verbais engraçadas, encontrou alguns dados sugestivos da área do cérebro capaz de processar o bom humor. O riso parece ser associado, primeiramente, com o córtex motor suplementar, uma observação constatada também por resultados da estimulação elétrica desta área durante a cirurgia do cérebro. O córtex direito do pré-motorpode também estar envolvido no riso. O sentimento emocional agradável que acompanha o riso parece ser associado com o núcleo acumbens, como são muitos outros estados emocionais positivos. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 21. CONCEITOS PSICANALÍTICOS PARA A COMPREENSÃO PSICOSSOMÁTICA Desde a obra de Freud O Ego e o Id (1923), a diferenciação das instâncias mentais e suas inter-relações têm implicações para a saúde e/ou "normalidade", como exemplo da origem e do papel do superego, Mundo exterior. Com essas relações em mente, a obra de Freud entende a neurose como resultado de um conflito entre o ego e o id, enquanto a psicose é o resultado de um conflito entre o ego e o mundo externo. Anteriormente a esse raciocínio, o conflito entre instâncias que conduziam à psicopatologia estava intimamente relacionado à concepção freudiana do ser humano, no sentido de ser caracterizado por um dualismo de pulsões que busca satisfazer o desejo e a realidade, devendo adaptar-se às suas realizações ou contratempos. Então o que acontece é uma psicodinâmica, desde a primeira infância, ela pode adoecer com diferentes sintomas e condições. O homem de Freud é definido em termos de paradoxo, a partir das influências biológicas em sua obra: um corpo é dividido em partes que tendem a morrer (o soma, organismo) e um conjunto de células que tendem a se Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com perpetuar por herança. Seu ser é inato, movido pelas pulsões de vida (sexo) e morte. Uma pessoa impulsionada por uma pulsão constrói sua psicodinâmica, um padrão funcional que pode ser descrito como "normal" ou patológico, devido às diferentes dificuldades e sintomas que surgem que levam ao sofrimento diante da realidade e de seus desejos. Os sintomas parcialmente (neurose) ou totalmente (esquizofrenia, psicose) vão contra a realidade insuportável. Os sintomas são a atividade sexual do paciente, e a neurose é uma forma excessiva de desejo sexual associada à excessiva abstenção do sexo - a luta entre o ego e o impulso sexual - apresentada em "Além do Princípio do Prazer". Sobre a pulsão, Freud (1905) a tratou como representante psíquico de uma fonte endossomática de estimulação que flui continuamente e se origina na fronteira entre somático e psíquico. Diferenciam-se quanto às zonas erógenas e alvos sexuais, pontos de contato internos e realidade, com seus representantes psíquicos. Como variabilidade de objetos e alvos da pulsão, tem-se como exemplos as preliminares sexuais, atividades sublimadas como arte e educação, que permitem a descarga de energia sexual. Os desvios em relação ao alvo e objeto em conflito com as exigências do eu e suas identificações estão no fundamento do sofrimento psíquico, portanto sexualidade transforma o funcionamento do aparelho mental. A perda de objeto que trazia satisfação para os desconfortos internos dá partida ao processo de pensamento, constitui a base do desejo, pelas impressões mnêmicas do objeto sob a forma de representações que alucinam a sua presença. Outra força estruturante do psiquismo é a pulsão de morte, que tenta desinvestir os objetos, já que eles não satisfazem o “original perdido”. Freud recorre aqui ao conhecimento mítico, em que a sexualidade é uma perda de um objeto e que não pode ser completamente reparada, o que aponta para uma Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com falha estrutural do psiquismo. Isso gera a ambivalência “amor-ódio” nos investimentos libidinais. Freud desde o século XIX já falava do princípio de constância ou inércia neurônica no aparelho psíquico, através da diminuição de excitação psíquica, até como uma autoconservação do sujeito. Como exemplos, trouxe a rememoração e fixação aos traumas, como tendência masoquista do eu, sintomas que reproduzem as sensações desprazerosas (veteranos que sonhavam com a guerra), como ocorrem na compulsão à repetição. A Psicanálise considera a sexualidade onipresente na etiologia das neuroses. Existe um desejo que insiste em se realizar e as resistências que o sujeito utiliza para se defender. Nisso participam os princípios de prazer e realidade, conceitos articulados aos mecanismos de defesa. A forma de estruturar e lidar com a sexualidade estão relacionados aos fatos da infância, que explicam a sensibilidade aos traumas futuros, de forma que sonhos e sintomas são realizações de desejos duradouros e reprimidos na infância, de conteúdos sexuais. Há fracasso das forças de repressão, já que no inconsciente não existe contradição e há plasticidade dos componentes sexuais que são deformados indefinidamente até encontrarem uma via de satisfação. Então as idéias recalcadas continuam a se investir de força contrária e precipitam à consciência, na formação de sintomas. A cada estágio de desenvolvimento, a libido passa por estágios de estruturação e perde um objeto, até chegar ao objeto final que visa reprodução. As fixações nas fases podem determinar o que é normal ou patológico ou mesmo as regressões dos objetos inicialmente catexizados pela libido ou mesmo às fases anteriores. Não se pode deixar de citar o papel do desenvolvimento psicossexual e o desfecho do Complexo de Édipo, que trará a forma como o sujeito irá se posicionar diante das situações futuras, pelo modo com que se relacionou aos seus cuidadores, bem como as fixações e regressões da libido aos objetos anteriormente catexizados (fases oral, anal e fálica). O sexo é uma força que perturba os órgãos psíquicos, pois aumenta a tensão e obriga o ego a resistir à sua aparência, criando desejo x conflito proibitivo. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com A estimulação interna aumenta a energia e também ocorrem descargas elétricas devido a alucinações de objetos. A performance sexual começa com o ato de chupar o dedo, chupando, como repetição do prazer da primeira mamada. Desde a amamentação, a boca é uma zona erógena, e o bebê dorme tranquilo, como depois de um orgasmo. Ela então começou a alucinar sobre seus seios para aliviar sua tensão mental e se tornou narcisista. No caso do impulso anal, as atividades de segurar e soltar representam uma experiência sexualmente satisfatória. A função intestinal aumenta o tônus, a retenção aumenta o prazer da excreção, com sensualidade e dor. Psicologicamente falando, a retenção está associada à teimosia, poder, excentricidade e tensão, enquanto o desapego está associado à mansidão. A partir da questão de onde o bebê veio, o controle da excreção desencadeia fantasias infantis onde as fezes podem ser vistas como um presente para os pais ou fantasias sobre o nascimento de um filho. Áreas sensíveis da genitália estão associadas a eventos futuros e se consolidam desde a infância como áreas sensíveis para a excitação sexual; prazer ao urinar, gratificação repetitiva, movimentode mãos e coxas, representam tipos de masturbação infantil; nos meninos, a estrutura sexual é oculta Dominância implícita , mesmo historicamente subordinado às espécies em que as fêmeas se envolvem em relações sexuais; no estágio fálico, ao afirmar ou negar a castração, há base para a perversão. A compreensão de Freud desses fluxos de energia foi bem delineada (Segundo Tema) ao conceituar o conflito entre diferentes instâncias mentais (id, ego e superego). A neurose surge da recusa do ego em aceitar impulsos do id ou ajudá-lo a encontrar uma saída, ou mesmo proibir impulsos para o objeto-alvo. Nesse caso, o ego usa mecanismos de defesa reprimidos, que são centrais para a formação das neuroses. Diante dos sintomas, o ego vê sua unidade ameaçada e luta com ela, como faz com os impulsos primitivos, criando um quadro de neurótico. Os conflitos do ego com as demais instâncias governantes, em que seu funcionamento fracassa, originam as neuroses e psicoses. Mas os conflitos são Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com inevitáveis e em que situações o ego logra êxito em lidar com os mesmos sem adoecer. Aliás, os conflitos entre as instâncias são promovidos pela pulsão, que visa satisfação por ser subordinada ao princípio de prazer. Este, visa minimizar o estado de excitação advindo das necessidades internas e reinstalar o estado de repouso. A pessoa alucina o seu objeto, acessa a uma impressão do mesmo que causa prazer, como exemplo a experiência da primeira mamada que a criança espera repetir o prazer. Se a experiência alucinatória não gera satisfação, busca-se a ação que altera a realidade e as próprias impressões de realidade, agradáveis ou não. Temos aqui o princípio de realidade. Se se frustra com a alucinação, o sujeito tem consciência da realidade, através da consciência estreitada com as sensações, atenção e memória das experiências anteriores e das condições que lhe permitem a satisfação real com algum objeto. A alucinação é substituída pela ação motora que altera a realidade. Tem-se como diferenças de satisfação pulsional – se pelo princípio de prazer, ligado às pulsões sexuais, através da alucinação com o objeto, se pelo princípio de realidade, ligados às pulsões do eu, com um objeto real. Pelo princípio de realidade, o pensamento coíbe a descarga motora, deslocando quantidades de afeto para o aparelho tolerar o aumento de tensão e adiar a descarga. O pensamento adquire qualidades perceptíveis pelo princípio de realidade e também por se ligarem a resíduos verbais. O pensamento consciente já vem alterado do inconsciente. O princípio de realidade não depõe o de prazer, é uma forma de protegê- lo com um prazer mais seguro, o que é uma função da educação. Permite o amor objetal, enquanto que o princípio de prazer fica preso no auto-erotismo, como satisfação momentânea e distanciamento dos objetos reais. Nessa dinâmica, o aparelho psíquico consegue aderir ao princípio de realidade através das funções do ego, dentre elas os mecanismos utilizados para defesa. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com A formação de sintomas ocorre pelos mecanismos defensivos, como condensação e deslocamento de afetos que geram desprazer à consciência por frustração ou pelo impedimento da realização dos desejos. A repressão, determinante da neurose, não é a melhor solução, por reprimir e não educar. Consiste em afastar da consciência os impulsos inaceitáveis, sem modificá-los, de forma que eles lutam por retornar – “retorno do recalcado”. Esses impulsos criam representações substitutivas, por caminhos em que o ego não pode conter, visando uma conciliação e, nesse processo, a representação se converte em sintoma. O tipo de patologia e sintoma apresentado vai depender do tipo de defesa utilizada pelo sujeito, como exemplo no caso das histerias, caracterizadas pelos sintomas somáticos (nevralgias, anestesias, contraturas, paralisias, ataques histéricos, convulsões, tiques, vômitos, anorexia etc.), que para Freud e Breuer não eram causados por causas orgânicas específicas. Foram descritas fases como epileptoide, movimentos amplos bruscos, fase alucinatória/ atitudes passionais até “grande ataque” ou delírio. Cabe aqui relembrar as diferenças entre recalque e regressão, como mecanismos presentes em várias psicopatologias. O recalque incide sobre as representações psíquicas em suas relações com o consciente e inconsciente, impedindo a satisfação libidinal que era o único modo de satisfação desejado, como nas neuroses. Isso gera adoecimento, através de sintomas que substituem a satisfação frustrada. A regressão implica no retorno da libido e não mudança de localização das representações psíquicas. Ela retorna pelo impedimento na evolução dos estágios de estruturação pulsional que caminhava para a unificação e, se não contrabalanceado pelo recalque, implica em perversão pelo regresso aos objetos anteriores catexizados. A frustração nem sempre leva ao sintoma, há possibilidade de sublimar, pela capacidade de plasticidade da pulsão ou mesmo pelo deslocamento para outro objeto, permitindo satisfações substitutivas para vazão da pulsão a objetos não sexuais. Na estruturação da libido, o eu se esforça para estar em harmonia com a organização sexual. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com A superexcitação de traços mnêmicos gravados é contida pelas defesas patológicas, como o recalque para diminuir o desprazer. A característica de patológica depende da intensidade da excitação e da característica da sexualidade, já que na rememoração da cena libera grande quantidade de excitação. Os mecanismos de defesa são também estruturantes do psiquismo, marcadores lógicos da nosologia freudiana. Como exemplos, o recalque, característico das neuroses, a denegação, característico das perversões e, o rechaço, das neuroses narcísicas, em que o eu é tomado como objeto de desejo. O sintoma, portanto, pode ser definido como formação substitutiva de um conflito psíquico por efeitos do recalque que busca afastar as representações insuportáveis da consciência, o que remete ao desejo que não pode ser conhecido. Os sintomas podem ceder no acometimento de uma doença orgânica, pois a energia que causa se converte em restauração da parte orgânica lesionada, pelo aspecto econômico da libido. Isso porque as repetições sob o princípio de prazer desgastam. As pulsões visam restaurar estados anteriores das coisas, portanto são conservadoras e o que leva à mudança são as condições externas- ‘tudo que vive tende à morte’. Para a Psicanálise, a saúde reflete uma pessoa que se autoconhece profundamente, que possui a consciência do conflito. Mas essa concepção é criticada por ter pontos de referência estáveis ou mensuráveis, concretos. A normalidade é entendida pela psicanálise como um processo de se tornar mais apropriado em relação ao desejo. Em 3 Ensaios Sobre Sexualidade, Freud nos permite compreender que a barreira entre normal e patológico é tênue e depende do modo de satisfação da pulsão e das fixações nos objetos. Pessoas com transtornos sexuais podem ter outros campos sadios, mastodas as outras patologias tem fundo sexual, de forma que a sexualidade é sempre o pano de fundo. A Psicanálise não nos permite pensar na existência de um sujeito “normal”, pensar na felicidade plena é uma impostura, há algo no sujeito permanentemente incurável. A normalidade é saber lidar com aquilo que lhe Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com causa, mas este conceito está relacionado a um ideal impossível de ser alcançado plenamente. A fronteira é tênue, ser normal não implica no funcionamento equilibrado das funções mentais e sim no cessar da produção de antigos sintomas e saber líder com a pulsão que não cessa de pressionar o sujeito. 21.1. NEUROSES São transtornos da personalidade em que a capacidade de pensar e se relacionar emocionalmente é preservada, mas a relação com o mundo exterior é alterada. O eu está doente. Originam-se na infância, mas emergem na vida adulta, nas circunstâncias da vida em que surge esse conflito. Formação da neurose: O conflito causado pela frustração força o desejo sexual a buscar outros caminhos e objetos; esses caminhos causam Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com desaprovação de certas partes da personalidade ao impor um veto sobre novos métodos de gratificação existentes; desta forma, os sintomas se manifestam como dupla gratificação vicária, constitui uma neurose de um revés externo e outro revés interno. Defesas associadas a cada quadro: na histeria predominam os deslocamentos somáticos, na neurose obsessivo-compulsiva, os deslocamentos emocionais para outras representações mentais, e na paranóia e confusão alucinatória predominam as alucinações psicóticas. 21.1.1. Neuroses de Ansiedade A ansiedade é uma reação a impulsos reprimidos que podem se tornar conscientes, causados pela frustração nos relacionamentos. Isso inclui, mas não se limita a, impulsos sexuais que podem levar à ansiedade. Um indivíduo sofre de sofrimento sem causa aparente e objetiva, como um sentimento geral e persistente. Eles são acompanhados por sintomas físicos e físicos, como palpitações, tremores, falta de ar, sudorese, náuseas. Uma pessoa pode se sentir ansiosa quando está sozinha ou na presença de outras pessoas. Você pode demonstrar preocupação indevida consigo mesmo. Este é o estágio inicial da neurose de angústia, pois o ego desenvolve defesas para controlá-la, resultando em estruturas psicológicas complexas. 21.1.2. Neurose Fóbica Refere-se ao medo patológico, persistente, relacionado a um objeto ou situação que não é necessariamente fonte de perigo ou ao menos na intensidade que se imagina. A pessoa fóbica sabe que são inexplicáveis seus temores, apresenta forte angústia diante do objeto ou situação. Sintomas somáticos associados: transpiração, tremores, respiração ofegante, diarréia, vômitos, pressão do peito, taquicardia etc.. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 21.1.3. Neurose de Conversão Na histeria de conversão predomina o desejo de esquecer, “lembranças encobridoras”, colagem, montagem de memórias que resguardam o fundamento da doença, pela amnésia infantil. O indivíduo apresenta sintomas físicos causados por questões psicológicas. Tais são relacionados ao funcionamento de um órgão ou sistema. Podem ser: - Sensoriais: insensibilidade em áreas do corpo, como exemplo surdez funcional, parcial ou total - Motoras: paralisia funcional, envolvendo vários membros do corpo, como mutismo, tremores, tiques. 21.1.4. Neurose Histérica (Dissociativa) O indivíduo tenta escapar à tensão, desligando-se de certo modo, negando por vezes responsabilidades por seu comportamento. Exemplos: Sonambulismo: quando caminha durante o sono, executando atos relacionados aos sonhos; Amnésia: incapacidade de se recordar de certos fatos passados; Fuga: evasão diante dos problemas, o indivíduo pode sumir por períodos, encontra-se em locais até desconhecidos e não sabe como foi parar ali; Pessoal múltipla: apresenta duas ou mais personalidades distintas, desconhece a existência da outra personalidade; A neurose histérica predomina nas mulheres, enquanto o transtorno obsessivo-compulsivo predomina nos homens. Na neurose histérica, as características associadas à feminilidade são exageradas, mesmo no contexto de Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com uma possível apresentação da identidade feminina ou da homossexualidade feminina, passiva. É dramático e exibicionista, com uma comunicação expressiva cheia de superlativos. Memórias passadas enfatizam sentimentos e experiências internas. É como se o corpo fosse um veículo para expressar amor e ternura, mas é usado pelo desejo de obter aprovação, admiração, proteção dos outros, em vez de intimidade ou prazer genital em si. Para salvar a história, a histeria foi objeto de muitas investigações, notadamente marcando o início do desenvolvimento da psicanálise. Alguns psiquiatras veem isso como uma simulação, uma mentira patológica. Na histeria, a libido retorna ao objeto sexual incestuoso, não aos estágios anteriores da estrutura libidinal. Pessoas com histeria têm lembranças, e o aparecimento de sintomas está diretamente relacionado à fixação mental de traumas causadores passados, emoções que não podem existir na consciência. O tratamento dispensa a análise da história de vida do paciente, traduzindo a emoção em palavras, desencadeando as forças que causam os sintomas. É necessária a catarse, que é a memória emocionalmente externalizada dos eventos traumáticos que produziram o sofrimento mental. A histeria é caracterizada por uma necessidade excessiva de amor, queixas e sintomas excessivos, mesmo em relação à parte superior do sistema digestivo. 21.1.5. Depressão Neurótica A depressão se refere tanto a um sintoma quanto a um grupo de enfermidades que possuem determinados traços em comum. Caracteriza-se pela tristeza como afeto principal, sentimentos de desamparo e baixa auto- estima. Assim, o indivíduo experimenta o sentimento de que não é capaz de enfrentar os seus problemas e não pode ser ajudado por ninguém. O deprimido pode apresentar ainda tendências masoquistas ou auto-destrutivas. Uma complicação extrema e dramática é a tendência suicida que pode estar presente. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com Na concepção psicanalítica, Freud traz na obra “Luto e Melancolia” (1916) que a melancolia tem como afeto principal o luto pela perda do objeto, da vida pulsional, o que leva ao cessamento da produção de excitação sexual somática. Ocorreangústia quando a excitação sexual é afastada do conjunto de repressões sexuais psíquicas e descarregada no limite entre somático e psíquico. Há o empobrecimento do eu, como o retorno das auto-recriminações, sentida como dor pela perda da libido, como se fosse uma inibição causada pela dor de uma sucção de energia sexual e empobrecimento pulsional. 21.2 NEUROSES ATUAIS X PSICOSSOMÁTICA CONTEMPORÂNEA Freud diferenciou neuroses atuais e psiconeuroses, porém ao longo do tempo foi se distanciando dessas concepções. As peculiaridades definidas para neurose atual, no entanto, passam a servir de norte para compreensões psicossomáticas. A “neurose atual” apareceu na obra de Freud no artigo A sexualidade na etiologia das neuroses, de 1898. Destacou-se a sexualidade e recalque como pilares para produção das neuroses. A neurose atual ou neurastenia refere-se à etiologia sexual na vida atual do paciente, pós maturidade, identificável na anamnese. A psiconeurose tem etiologia sexual, porém não é identificado o vínculo direto, pois vem de época distante, na infância, já esquecido conscientemente pelo paciente. Se é atual, não houve deslocamento e condensação. A diferença, portanto, não é somente temporal. Seguem sintomas de neurose atual: pressão intracraniana, fadiga, constipação etc.. Nas neuroses de angústia, também atuais, incluem-se sobressaltos, inquietação, ansiedade, vertigens, dificuldades locomotoras, agorafobia, sensibilidade à dor etc.. A excitação psíquica pode ser então processada de duas formas: transformando-se diretamente em angústia, causando sintomas somáticos ou Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com não simbólicos; de outra forma, sendo mediados e se tornando sintomas psíquicos. A diferença entre neurastenia e neurose de angústia: essa última resulta da transformação direta do fator quantitativo do representante pulsional em angústia, sem elaboração psíquica, portanto somática. Predomina a angústia sem objeto definido, de forma que, por exemplo, no transtorno de pânico, os fatores ambientais atuais se convertem na etiologia. A somatização, para Dejours (1988), é continuidade da neurose de angústia. A neurastenia está relacionada um estado do sistema nervoso, decorrente da masturbação excessiva ou emissões frequentes; a neurose de angústia revela influências sexuais que têm em comum o fator da continência ou da satisfação incompleta, como o coito interrompido, a abstinência sexual, a excitação não consumada e outros (Freud, 1898), concepção também presente no artigo Moral sexual civilizada e doença nervosa moderna (Freud, 1908). Na crítica freudiana sobre a sociedade repressora quanto à vida sexual, reitera-se o plano somático nas neuroses atuais. O mecanismo de formação de sintomas deveria ser procurado nas questões metabólicas, químicas. Outra modalidade incluída neste tipo de neurose é a hipocondria, com seu componente narcísico. Já nas psiconeuroses ou neuroses de transferência, os sintomas são psicogênicos, dependem dos conteúdos recalcados. Sobre elas, Freud se debruçou mais em sua obra. A idéia de neurose atual, sobre a qual Freud dispendeu tantos esforços, foi para ele perdendo sua importância. Alguns dos insights freudianos a respeito das peculiaridades das neuroses atuais podem, hoje em dia, ser valorizados, pois leva diretamente às concepções modernas sobre as afecções psicossomáticas. O principal fator etiológico seria a não-satisfação das pulsões sexuais. Freud entreviu que o sintoma psicossomático não se constituía como um retorno do recalcado - da sexualidade infantil recalcada - nos moldes da psiconeurose. Aí encontramos um ponto de partida na teoria freudiana para todo o campo de estudos da psicossomática que veio a se consolidar posteriormente nos anos 70, Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com na Escola Psicossomática de Paris, com autores como P. Marty, M. de M’Uzan e M. Fain, entre outros. A psicossomática contemporânea tem procurado preencher como lacuna teórica a questão da repressão da agressividade, não focada por Freud. Conforme Dejours (1988), citado por Ferraz (1997), a violência instintiva deve ser considerada como produzindo descompensação e tornando o psiquismo normal em detrimento de um sintoma somático. Laplanche e Pontalis (1967) trataram como afecções psicossomáticas o que Freud chamou de neuroses atuais. A elaboração psíquica, processo através do qual a simbolização se exerce - seria, segundo Laplanche & Pontalis (1967), o trabalho realizado pelo aparelho psíquico que visa dominar as excitações que chegam até ele e cuja acumulação ameaça ser patogênica. Integra as excitações no psiquismo e em estabelecer entre elas conexões associativas, o que não ocorre satisfatoriamente nos processos em que ocorrem a somatização. Marty (1991), citado por Ferraz (1997) utilizou o conceito de mentalização que concerne à quantidade e à qualidade das representações psíquicas dos indivíduos, que protege o corpo das descargas de excitação, à medida que esta encontra abrigo nas representações existentes no pré- consciente. Uma mentalização empobrecida deixa o corpo biológico desprotegido, entregue a uma linguagem primitiva basicamente somática. As representações psíquicas são responsáveis pela existência das fantasias e dos sonhos, longas vias associativas que permitem o escoamento das excitações, dando-lhes um substrato propriamente psíquico. Nos processos de somatização há representações pré-conscientes insuficientes. McDougall (1991) utiliza o conceito de desafetação, em que a propensão para somatizar decorre da incapacidade de recalcar as idéias ligadas à dor emocional e à projeção dos sentimentos sobre as representações das outras pessoas. Não conseguem conter o excesso da experiência afetiva e nem refletir sobre ela. As palavras deixam de ter a função de ligação pulsional, e tornam-se Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com “estruturas congeladas, esvaziadas de substância e de significação” e o discurso mantém-se inteligível, porém totalmente destituído de afetos. O caráter atual do fator etiológico é um ponto bastante complexo, que introduz algumas dificuldades na articulação entre as neuroses atuais e as afecções psicossomáticas. É necessária uma separação entre temporalidade e sexualidade. No caso da psiconeurose, trata-se do sexual infantil atualizado no sintoma por uma re-significação a posteriori do trauma. Devemos recorrer a uma distinção, possível na psicanálise pós-freudiana, sobre a gênese sexual da neurose em contraposição à gênese não sexual de outras patologias mais regressivas, quando se colocam em relevo experiências primordiais relativas à sobrevivência, tal como Winnicott (1954) demonstrou existirem na origem das perturbações não neuróticas graves, no caso dos pacientes limítrofes, dos psicóticos e dos somatizadores. Deste modo, a pesquisa em psicossomática acabou por dirigir-se para o campo das relações mãe-bebê, aí encontrando o solo de perturbações que teriam decorrências sobre a estruturação das defesas específicas que colocariam o somatizador em um terrenobastante diferente daquele do neurótico. McDougall (1991), citado por Ferraz (1997) traz que no caso do somatizador, a hipótese de que há uma falha da mãe como função de páraexcitação do bebê, o que constitui um traumatismo vivenciado na primeira infância, antes mesmo da aquisição da palavra. O bebê, assolado por sua angústia, não encontra encorajamento para, pouco a pouco, poder vivenciá-la psiquicamente e evoluir para uma elaboração progressiva. Decorre daí a insuficiência constitutiva das representações mentais. O contato mãe-bebê se caracteriza por uma desarmonia afetiva, como carência ou excesso, até quando a própria mãe sofra de uma doença somática ou se encontre deprimida ou excitada, indiferente ou excessivamente diretiva, de forma que esteja impossibilitada de exercer satisfatoriamente o seu papel materno. Quando bem sucedida esta relação, a mãe serve como pára-excitação para que haja fantasia de um corpo para ambos, fantasia que será substituída pela palavra. A somatização é então colocada em plano de diagnóstico psíquico, assim como a psicose, adicções, neuroses de comportamento. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com Outro aspecto é que a crise psicossomática tem sua relação temporal com os fatos atuais, parte da realidade para o corpo, assim como o sistema nervoso autônomo se impõe ao sujeito sem decodificação. Freud se deu conta da importância do fator atual nas neuroses atuais, mas circunscreveu-o à insatisfação da libido na vida pós-puberal. Já a pesquisa contemporânea pôs em relevo o infantil, ainda que não o sexual. Ainda, a repressão da agressividade, pelas interdições sociais ou parentais interiorizadas, mas não elaboradas. Dejours (1988), por seu turno, chamou a atenção para a “violência da pulsão”, que tende a ser descarregada a partir do inconsciente primário ou não representado. Aqui se coloca a complexa questão da distinção etiológica entre a psicose e a psicossomatose. Se ambas repousam sobre uma perturbação precoce na relação entre a mãe e seu bebê, o que determinaria o rumo a ser tomado pela estruturação psíquica? McDougall (1991) supõe que a “escolha” entre psicose e psicossomatose seja devida à constelação familiar e ao papel representado pelo pai na organização psíquica. Bollas (1992), por sua vez, propõe os conceitos de identificação projetiva e de introjeção extrativa. Se o pai e a mãe identificam projetivamente na criança elementos cindidos e indesejados de seu próprio self, então a sobrecarregam com um mundo interno complexo e caótico, como se dá no caso da personalidade limítrofe. Se, de modo diferente, os pais extraem (roubam) o conteúdo e a estrutura mental de uma criança, despojando-a dos elementos necessários para o processamento do conflito mental, então ela pode tornar-se empobrecida, como ocorre com o indivíduo propenso à somatização. Marty (1991) frisa na gênese do sintoma somático, o mecanismo do recalque, pois não tem a característica de retorno do recalcado: no caso da repressão, a representação pode aparecer intacta em alguns momentos - sem a deformação sofrida pelo recalcado quando este retorna - para desaparecer novamente em seguida. O recalcamento, se por um lado torna inconsciente o conflito, por outro produz formações. O mecanismo de defesa que originalmente estabelecido na propensão à somatização em tudo diverge do recalcamento. Não há escoamento da excitação através da palavra, mas só pode se dar mediante o ato. Esta idéia, aliás, parece Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com já presente em Freud (1913) em Totem e tabu, quando comparou os povos primitivos e os neuróticos, para concluir que, nos neuróticos, o pensamento constitui um substituto completo do ato. O ato do somatizador recai sobre o soma. Ao contrário da conversão histérica, quando o corpo afetado é o corpo erógeno - portanto, corpo simbólico - na somatização o corpo é mesmo o corpo biológico; daí a existência de uma lesão orgânica, muitas vezes grave. O aparelho psíquico no modelo freudiano processa os estímulos externos e manifestações da pulsão, pelas vias associativas. Outras defesas que não o recalcamento estão em ação. Recorre-se às bases metapsicológicas freudianas. Ferenczi, contemporaneamente a Freud, já ousava experimentar tratamentos de pacientes “difíceis”, isto é, psicóticos, somatizadores e criminosos. Conceitos não freudianos - como, por exemplo, os de posição depressiva, identificação projetiva, objeto transicional, por diversos autores - têm passado a fazer parte do campo psicanalítico. O princípio de realidade que vai se sobrepondo ao princípio de prazer gera a capacidade de adiar o prazer e abre espaço para a capacidade simbólica. Para Bion, quando isso não ocorre, temos uma regressão a um pensamento concreto, ao ponto da linguagem das sensações psíquicas corporais, como ocorre nos distúrbios psicossomáticos. Assim como os “psicossomaticistas” que enxergam nas descobertas e postulações de seu campo uma incompatibilidade com a psicanálise. A meu ver, trata-se, em ambos os casos, apenas de exacerbações idiossincráticas, pois, quando se examinam as construções teóricas da psicossomática psicanalítica, ficam evidentes os fatos de que aí se encontra uma importante ampliação para nosso horizonte, bem como de que o solo metapsicológico onde repousam seus alicerces é eminentemente freudiano. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 22. CONCLUSÕES A Psicanálise é uma psicologia do inconsciente, método de investigação da mente e uma atividade terapêutica. A Medicina Psicossomática é um estudo das relações mente-corpo, enfatizando a explicação psicológica na gênese das doenças e nos significados dos sintomas. A visão psicanalítica de que o id se transforma em ego é algo psicossomático, é um dos pontos de intersecção das duas ciências. A atividade físico-biológica está representada na mente e ela própria se transforma em mente. O que é real, concreto, transmuta-se em abstrato e suscetível de se tornar consciente. A observação empírica de estados emocionais x funções somáticas, como exemplo a palidez no medo, comprova simplificadamente a gênese psicológica dos fenômenos somáticos. Sobre a Psicanálise, 3 constructos teóricos se sobressaem: 1. energias psíquicas intervém nos fenômenos corporais; a sublimação, a formação de sintomas, como base para a patologia psicanalítica. 2. organização simbólica da mente, conceitos de representação, memória, associação de idéias e processos de pensamento, como formas primárias de linguagem inconsciente e secundárias, como consciência e comunicação. A mente organiza as percepções do mundo externo, conforme interação e fantasias inconscientes, construindo um universo simbólico. A mente constrói as concepções de mundo, adjetiva-o, transformando em sua realidade. 3. Evolução, a Psicanálise como Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasilemail: onphbrasil.oficial@gmail.com visão de desenvolvimento, a história como um presente contínuo, referindo-se à influencia do desenvolvimento psicossexual na dinâmica presente do indivíduo. Temos, portanto, as intersecções em que mente e corpo se articulam para produzir prazer, sofrimento, saúde e doença. Assim, o luto pode ser patológico nas identificações com o morto, o corpo tem sua imunidade rebaixada para se adaptar, as perdas emocionais empobrecem o ego e torna vulnerável o corpo, pois no espaço simbólico faltam objetos amorosos e protetores, tudo confluindo para um mundo difícil de se adaptar, de estresse insuportável que, como a fisiologia descrita até aqui comprova seu papel nas tantas doenças. A pessoa do Psicanalista e sua atuação é ímpar na tradução dos significados das linguagens somáticas e psicológicas. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 23. 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