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DIETOTERAPIA NAS ALTERAÇÕES DO ESTADO NUTRICIONAL: DESNUTRIÇÃO Profª Ariane Romeiro 2 Objetivos da aula 1. Planejar a conduta dietoterápica para pacientes desnutridos, com base na clínica e na avaliação nutricional, visando promover recuperação do estado nutricional e prevenir patologias. Definição da desnutrição • Refere-se a deficiência na ingestão de energia e/ou nutrientes; • Contínua ingestão inadequada e/ou aumento das necessidades, absorção prejudicada, transporte alterado e utilização alterada de nutrientes; • Condições inflamatórias, hipermetabólicas e/ou hipercatabólicas ↑risco de desnutrição contribui para resposta negativa à intervenção nutricional ↑ risco de mortalidade ASPEN, 2012. Epidemiologia - Mundo 462 milhões de adultos estão abaixo do peso WHO, 2018. Epidemiologia - Brasil I B GE, 2 0 2 0 . Etiologia da desnutrição CAUSAS IMEDIATAS (nível do indivíduo) Ingestão alimentar inadequada Doenças infecciosas, doenças crônicas CAUSAS SUBJACENTES (nível doméstico) Práticas inadequadas de cuidado materno-infantil Falta de saneamento básico Insegurança alimentar CAUSAS BÁSICAS (nível sociedade) Contextos políticos, socio- econômicos e biológicos DESNUTRIÇÃO SHILS, 2016. Etiopatogenia da desnutrição • PRIMÁRIA: consequente à diminuição da disponibilidade ou da oferta de alimentos; • SECUNDÁRIA: situações em que a ingestão, absorção ou utilização de nutrientes ocorrem de maneira insatisfatória, apesar de haver disponibilidade e oferta de alimentos: obstruções mecânicas do tubo digestivo, estados hipercatabólicos, parasitoses intestinais, déficits enzimáticos ou alterações psíquicas; • MISTA: ação concomitante dos dois processos, uma vez que a desnutrição primária acaba por desencadear uma série de alterações que impedem a ingestão e o aproveitamento do pouco alimento disponível, com o estabelecimento de um círculo vicioso e comprometimento progressivo da saúde do indivíduo. Vias energéticas: relembrando Carboidratos Conceitos importantes Glicólise Degradação da molécula de glicose. Glicogenólise Degradação da molécula de glicogênio, aumentando os níveis de glicose. Formação de glicose a partir de lactato, aminoácidos gliconeogênicos e glicerol proveniente da degradação de triglicerídeos quando as reservas de glicose do organismo diminuem. Neoglicogênese ou gliconeogênese Carboidratos Carboidratos Metabolismo Geração de energia Armazenamento (glicogênio – fígado e músculo) GLICOSE Glicólise Glicogênese Aeróbica (lenta) Anaeróbica (rápida) GLICÓLISE GLICÓLISE Carboidratos Metabolismo Geração de energia Armazenamento (glicogênio – fígado e músculo) GLICOSE Glicólise Glicogênese + glicogênio sintase - Glicogênio fosfatase Aeróbica (lenta) Anaeróbica (rápida) GLICOGENÓLISE GLICONEOGÊNESE CATABOLISMO DE LIPÍDIOS (Lipólise + oxidação de AG) Tipos de desnutrição • Leve – primeiro estágio, onde ocorre comprometimento antropométrico, expresso como déficit ponderal; • Moderada – sistema imunológico e neurológico passam a ser afetados; • Grave – caracterizada por desnutrição marasmática (desnutrição energético-proteica) e Kwashiorkor (proteica). Termos marasmo e kwashiorkor – pouco usados na prática clínica Termos mais utilizados: • Desnutrição crônica (energético-proteica) – estágio mais avançado do emagrecimento, associado à patologias de evolução lenta e silenciosa. • D esnutrição aguda (proteica) – em adultos é associada a condições clínicas graves (traumas, queimaduras, infecção). Alterações orgânicas na desnutrição grave C A R A C T E R Í S T I C A S D E S N U T R I Ç Ã O CRÔNICA/MARASMO D E S N U T R I Ç Ã O AGUDA/KWASHIO RKO R Reserva muscular Reduzida (CMB<15cm) Muito reduzida Tecido adiposo Reduzido (DCT<3mm) Redução menos extrema Edema Ausente Presente (EDEMA, ANASARCA, F A C E L U A CHEIA) Dermatoses Raras Presente Pele Seca, fina, enrugada Mosaico e escamas Cabelo Pouca alterações, ressecado Afinamento, sem brilho, despigmentado Função hepática Normal Hepatomegalia com esteatose Desenvolvimento psicomotor Retardo Retardo Apetite Bom, mas pode ocorrer anorexia Anorexia Anemia Presente Presente Albumina sérica Normal a hipo (não inferior a 2,8g/dL) Muito reduzido (<2,8g/dL) Comportamento Irritabilidade, aspecto de velho e hipoativo Apatia, tristeza, hipoatividade intensa Outras alterações Diminuição da temperatura corpórea, diminuição da frequência cardíaca e TMB, constipação ou diarréia Redução da função imune Diagnóstico de desnutrição • Critérios de diagnóstico para desnutrição (2 ou mais características): ❑Ingestão energética insuficiente ❑Perda de peso ❑Perda de massa muscular ❑Perda de gordura subcutânea ❑Acúmulo de fluidos de forma localizada ❑Redução da força palmar ASP E N, 2012. Classificação da gravidade da desnutrição Global Consensus for Diagnosing Malnutrition (GLIM) • Critérios G L I M para diagnóstico e classificação da desnutrição (ESPEN 2019): Critérios de fenótipo Critérios de etiologia Estágios Perda de peso (%) Índice de massa corporal (Kg/m²) Massa muscular Ingestão alimentar, má absorção ou sintomas G I Doença/inflamação Estágio 1 (Desnutrição > 5% nos <20 (<70 anos) Déficit leve a Qualquer redução da Doença moderado) últimos 6 meses <22 (>70 anos) moderado ingestão abaixo das necessidades energéticas aguda/injúria (ex: queimadura, por > 2 semanas, trauma) ou doença ou moderada má absorção/sintomas G I crônica relatada Estágio 2 (Desnutrição Grave) >10% em mais de 6 meses <18,5 (<70anos) <20 (>70 anos) Déficit grave <50% das necessidades energéticas por > 1 semana, ou grave má absorção/sintomas G I Doença aguda/injúria ou doença crônica relatada C R I T É R I O M A I S AT UA L PA R A D I A G N Ó S T I C O E C L A S S I F I C A Ç Ã O DA D E S N U T R I Ç Ã O E S P E N, 2019. Fisiopatologia da desnutrição 1) Baixo consumo calórico ↓GE (modificação adaptativa) ↓ capacidade física laboral ↑ necessidade de período de repouso 2) ↓GE não é capaz de compensar a ingestão insuficiente Mobilização de depósito de gordura e massa magra Perda de peso SHILS, 2016. Fisiopatologia da desnutrição Resposta metabólica ao jejum agudo (24 a 72h) • Após 15h de jejum → exaustão do glicogênio hepático/muscular ↓ secreção de insulina ↓[glicose] ↑ aminoácidos livres ↑ secreção contra- reguladores (glucagon, cortisol, HC) (+) ↑ glicogenólise ↑ gliconeogênese ↓ Sintese protéica ↓ Lipogênese ↑ Lipólise ↑AG livre ↑Resistência insulínica Manutenção da [glicose] Glicerol (quebra de TG) Aminoácidos glicogênicos (alanina /glutamina) Lactato (ciclo de cori) DAN, 2009 R E IS & CALIXTO-LIMA, 2015 SHIL L S, 2016. Fisiopatologia da desnutrição Resposta metabólica ao jejum prolongado (>72h) ↑ Lipólise Triglicerídeos AG Glicerol Beta-oxidação incompleta Gliconeogênese hepática glicoseCorpos cetônicos Barreira hemato-encefálica SNC Nessa fase o catabolismo protéico é diminuído. Só ocorre segunda fase de depleção de ptn quando as reservas de gordura estão completamente depletadas DAN, 2009 REIS & CALIXTO-LIMA, 2015 Objetivo da terapia nutricional na desnutrição Corrigir as causas subjacentes que contribuem para a perda de peso • Aumentar o peso corporal; • Aumentar o apetite; • Satisfazer os requerimentos nutricionais necessários; • Adaptar a dieta aos gostos e hábitos dos pacientes sempre que possível; • Promover educação nutricional; • Corrigir estados carenciais de macronutrientes e micronutrientes, favorecendo a recuperação do equilíbrio metabólico e homeostase orgânica. REIS & CALIXTO-LIMA, 2015 Terapia nutricional na desnutrição • Energia ❑Utilizar o peso atual - evitando sobrecarga metabólica ❑Acréscimo calórico de 500 a 1000 kcal das necessidades para o indivíduo. ❑Ingestão calórica – deve ser aumentada gradativamente (evitar síndrome de realimentação) Síndrome de realimentação ↑ingestão calórica em situação deinanição ↑insulina Rápido desvio de glicose intracelular ↓potássio ↓ fósforo ↓magnésio tiaminaDAN, 2009 REIS & CALIXTO-LIMA, 2015 ESPEN, 2019. PROJETO DIRETRIZES, 2011. Condição clínica Oferta calórica Paciente sem enfermidade grave ou risco de síndrome de realimentação 25-35kcal/kg/dia Paciente grave 20-25kcal/kg/dia Idosos com baixo peso (IMC<21kg/m²) 32-38kcal/Kg/dia Terapia nutricional na desnutrição • Carboidratos – 50 a 60% do VE T ❑ Carboidrato complexo ❑ Cautela com carboidrato simples • Fibras – até 20g/dia ❑ Abrandadas por cocção e subdivisão • Proteína 12 a 15% do VE T ❑ Proteínas de alto valor biológico • Lipídeos 25 a 35% do VE T ❑ Priorizar gordura mono e poli-insaturada DAN, 2009 REIS & CALIXTO-LIMA, 2015 Ácidos graxos % do VET A G saturadas ≤10% do V ET A G monoinsaturados 10-15% do V ET A G poliinsaturados Até 10% do V ET Redução da constipação intestinal Diminuição da incidência da diarreia (+) Trofismo intestinal Condição clínica G ptn/Kg peso Balanço nitrogenado + 0,8-1,1 Estresse metabólico/falência órgãos 0,8-1,0 Estresse metabólico grave 1,0-2,0 Idoso desnutrido >2,0 Terapia nutricional na desnutrição • Aporte hídrico - 25-30 mL/Kg/dia • Vitaminas e minerais ❑ Conforme a DRI – de acordo com idade, sexo e estado fisiológico ❑ A suplementação pode ser necessária, dependendo do estado nutricional revelado pela avaliação inicial • Consistência da dieta ❑ ajustar de acordo com tolerância e aceitação ❑ Idosos – atentar-se a quadro de disfagia e dentição • Fracionamento – aumentado (6 refeições/dia) DAN, 2009 REIS & CALIXTO-LIMA, 2015 Terapia nutricional na desnutrição MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016. Terapia nutricional na desnutrição • Terapia nutricional oral: ❑ Indicada em casos de ingestão alimentar <75% das necessidades nutricionais. ❑ Formatos: líquido, pó, pudim, pré-espessado ❑ Diferentes volumes e densidade calórica (variando de 1-3kcal/mL) ❑ Características: alto teor de proteína/caloria, fibra na composição ❑ Classificação: ✓ Hipercalórico: >1,5 kcal/mL ✓ Hiperprotéico: > 20% de proteína ESPEN, 2019. • Instabilidade hemodinâmica •Disfagia e odinofagia graves que impeçam a ingestão oral adequada • Obstrução G I • Vômitos incoercíveis • Bronco aspiração • Recusa do paciente • Intolerância ao suplemento Suspender TN oral Terapia nutricional na desnutrição • Terapia nutricional oral – idosos desnutridos: ❑Deve fornecer pelo menos 400 kcal/dia e 30g ou mais de proteína/dia. ❑Prescrição por 30 a 35 dias. ❑Reavaliar prescrição mensalmente – avaliar tipo, sabor, textura, tempo uso e adaptar de acordo com aceitação e tolerância do paciente. ESPEN, 2019. BRASPEN, 2019. Objetivo da TN O em idosos Melhorar a ingestão alimentar Melhorar o peso corporal Diminuir o risco de complicações e readmissão Diminuir o risco de declínio funcional após a alta Terapia nutricional na desnutrição Pacientes críticos desnutridos Se via oral não for possível, iniciar nutrição enteral de forma precoce – até 48h. Paciente idosos desnutridos Iniciar T N E se a ingestão oral não for possível por mais de 3 dias, ou se <50% das necessidades diárias por 7 dias. • Terapia nutricional enteral - Indicações: ❑Indicada em casos de ingestão alimentar <60% das necessidades nutricionais. ESPEN, 2019. Terapia nutricional na desnutrição • Terapia nutricional enteral ❑Vias de acesso e tipos de dispositivos: Naso/orogástrica ou Naso/oroentérico (< 4 semanas) Gastrostomia ou Jejunostomia (>4 semanas) ESPEN, 2019. ❑ Método de administração: Preferencialmente contínua em 24h– menor taxa de infusão Presença de bomba infusora Terapia nutricional na desnutrição Pacientes críticos desnutridos Se não for possível nutrição enteral, iniciar TNP em 3-7 dias - Precoce, se T N E não for possível - Oferta nutricional progressiva durante os 3 primeiros dias Idosos desnutridos Impossibilidade de nutrir via TGI por mais de três dias ou <50% das necessidades energéticas por mais de uma semana • Terapia nutricional parenteral - indicação ESPEN, 2019. Terapia nutricional na desnutrição • Terapia nutricional parenteral ❑Preferencialmente: sistema 3 em 1 (aminoácidos, glicose, lipídeos) Sistema 2 em 1 (glicose e aminoácidos) – sobrecarga de glicose → sd realimentação ❑NPT – maior duração (>2 semanas) e benefício para o paciente ❑Monitorar: níveis séricos de tiamina, fosfato, potássio e magnésio - síndrome de realimentação (maior incidência em uso de nutrição parenteral). ESPEN, 2019. DAN, 2009. Síndrome de realimentação na terapia nutricional • Ocorre principalmente nas primeiras 72 horas após o início da T N E ou TNP quando é iniciada de forma plena e agressiva. • Critérios para identificação de pacientes adultos com risco de síndrome da realimentação: ASPEN, 2020. Critérios Risco moderado Risco significativo I M C 16-18,5 kg/m² <16kg/² Perda de peso 5% em 1 mês 7,5% em 3 meses ou > 10% em 6 meses Ingestão calórica Nula ou insignificante por 5- 6dias O U <75% necessidades de energia >7dias O U <75% >1mês Nula ou insignificante >7 dias O U <50% >5 dias durante doença aguda O U <50% >1 mês P,Mg, K alterados pré-alimentação Níveis minimamente baixos Níveis mod-significat baixos exigindo suplementação de dose múltipla Perda de gordura subcutânea Evidência de perda moderada Evidência de perda grave Perda de massa muscular Evidência de perda leve ou moderada Evidência de perda grave Comorbidades Doença moderada Doença grave Síndrome de realimentação na terapia nutricional Aspecto do cuidado Recomendações Início da nutrição Iniciar com 10-20kcal/kg nas primeiras 24h e avançar 33% da meta a cada 1-2dias Correção de eletrólitos (P,Mg e K) baixos para início ou aumento das calorias Restrição de fluidos Nenhuma Restrição de sódio Nenhuma Restrição de proteína Nenhuma Eletrólitos Monitorar a cada 12horas durante os primeiros 3 dias Tiamina e multivitaminas Suplementar 100mg de tiamina antes da alimentação Suplementar 100mg de tiamina/dia durante 5-7d em pacientes em inanição grave Multivitamínico para oral/enteral 1x/dia por 10d Multivitaminico TNP diariamente Monitoramento Sinais vitais a cada 4horas Peso diário • Recomendações para prevenção e tratamento da síndrome de realimentação em adultos em risco: ASPEN, 2020. Síndrome de realimentação na terapia nutricional Hipofosfatemia Alterações neurológicas Alterações cardíacas Alterações pulmonares Alterações hematológicas Hipocalemia e Hipomagnesemia Alterações neurológicas Alterações Gastrointestinais Deficiência de tiamina Encefalopatia Acidose lática Neuropatia Síndrome de Wernicke Beribéri úmido e seco Retenção de sódio Sobrecarga de fluidos Edema pulmonar Insuficiência cardíaca ASPEN, 2020. • Sinais e sintomas da síndrome de realimentação Bibliografias Da Silva et al. ASPEN Consensus Recommendations for Refeeding Syndrome. Nutrition in Clinical Practice 2020, 35(2) 178–195. Gonçalves et al. Diretriz BRASPEN de terapia nutricional no envelhecimento. BRASPEN J 2019, 34 (3)2-58. White et al. Consensus Statement: Academy of Nutrition and Dietetics and American Society for Parenteral and Enteral Nutrition: Characteristics Recommended for the Identification and Documentation of Adult Malnutrition (Undernutrition). Journal of Parenteral and Enteral Nutrition 2012, 36 (3)275-283 2012. Volkert et al. ESPEN guideline on clinical nutrition and hydration in geriatrics. Clinical Nutrition 2019, (38):10-47 Cederholm ET AL. GLIM criteria for the diagnosis of malnutrition e A consensus report from the global clinical nutrition community. ESPEN, 2018. Caso Clínico K.M.C., sexo feminino, 56 anos, casada, residente em Angra dos Reis/RJ. Admitida no setor de internação com queixa de disfagia há cerca de 6 meses, inicialmente a sólidos e progredindo a líquidos nos últimos 20 dias. Relata perda de 20Kg em relação ao peso usual em 3 meses. Foi diagnosticada com câncer deesôfago. Não apresenta quaisquer patologias crônicas. Tabagista há 29 anos, ex- etilista e sedentária. O tratamento consistirá em radioterapia seguida de quimioterapia. Anamnese Alimentar • Antes de apresentar a disfagia, apresentava o consumo energético diário de 1800kcal, 62g de proteína/dia e 18,2g/dia de fibras. Em decorrência da disfagia, tem consumido aproximadamente 400kcal diariamente em forma de sopas processadas no liquidificador e coadas. Dados Antropométricos Altura: 170cm Peso usual: 70Kg Peso atual: 50Kg Circunferência Muscular do Braço: 21,4cm Paciente apresentando diagnóstico nutricional de desnutrição grau I, segundo classificação de índice de massa corporal (IMC) para adultos (OMS, 1998). Apresentando perda de peso grave nos últimos 6 depleção do compartimento protéico meses (28,57% em 6 meses), com possível visceral Apresentando (observado através da depleção da albumina). segundorisco triagem nutricional nutricional NRS 2002instrumento de (escore 4). Deve ser indicado terapia nutricional enteral, tendo em vista que paciente há 6 meses/20 dias reduziu a ingestão alimentar para 22% do que ingeria habitualmente, além disso houve necessidade de involuir a consistência da dieta devido ao quadro de disfagia, impossibilitando que atinja suas necessidades nutricionais. O paciente em questão apresenta ingestão menor que 60% das suas necessidades nutricionais, sugerindo a necessidade da indicação de terapia nutricional enteral para suprir suas necessidades nutricionais. A terapia nutricional enteral irá auxiliar a promover repleção do estado nutricional da paciente em questão, o que será importante já que a paciente irá iniciar tratamento quimio e radioterápico, o que pode agravar a sintomatologia e corroborar para piora do estado nutricional. Slide 1: DIETOTERAPIA NAS ALTERAÇÕES DO ESTADO NUTRICIONAL: DESNUTRIÇÃO Slide 2: Objetivos da aula Slide 3: Definição da desnutrição Slide 4: Epidemiologia - Mundo Slide 5: Epidemiologia - Brasil Slide 6: Etiologia da desnutrição Slide 7: Etiopatogenia da desnutrição Slide 8: Vias energéticas: relembrando Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14: CATABOLISMO DE LIPÍDIOS (Lipólise + oxidação de AG) Slide 15: Tipos de desnutrição Slide 16 Slide 17: Alterações orgânicas na desnutrição grave Slide 18: Diagnóstico de desnutrição Slide 19: Classificação da gravidade da desnutrição Global Consensus for Diagnosing Malnutrition (GLIM) Slide 20: Fisiopatologia da desnutrição Slide 21: Fisiopatologia da desnutrição Resposta metabólica ao jejum agudo (24 a 72h) Slide 22: Fisiopatologia da desnutrição Slide 23: Objetivo da terapia nutricional na desnutrição Slide 24: Terapia nutricional na desnutrição Slide 25: Terapia nutricional na desnutrição Slide 26: Terapia nutricional na desnutrição Slide 27: Terapia nutricional na desnutrição Slide 28: Terapia nutricional na desnutrição Slide 29: Terapia nutricional na desnutrição Slide 30: Terapia nutricional na desnutrição Slide 31: Terapia nutricional na desnutrição Slide 32: Terapia nutricional na desnutrição Slide 33: Terapia nutricional na desnutrição Slide 34: Síndrome de realimentação na terapia nutricional Slide 35: Síndrome de realimentação na terapia nutricional Slide 36: Síndrome de realimentação na terapia nutricional Slide 37: Bibliografias Slide 38: Caso Clínico Slide 39 Slide 40