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CÂNCER DE COLO UTERINO
Beatriz Romualdo e Silva
R3 de Ginecologia e Obstetrícia HC-UFG
INTRODUÇÃO
CÂNCER DE COLO UTERINO
Globalmente, permanece como uma das principais causas de câncer entre
mulheres.
4º tipo mais comum (depois de mama, colorretal e pulmão)
GLOBOCAN 2020:
604 000 novos casos/ano
342 000 mortes/ano
A maioria dos novos casos (85%) e das mortes (90%) ocorrem em países de
baixa e média renda.
Nestes locais: 3º tipo de neoplasia mais comum em mulheres
(FICO, 2021)
BRASIL
CÂNCER DE COLO UTERINO
3º tipo de câncer mais comum em mulheres (excluindo tumor de pele não
melanoma)
2023: estimados 17.010 casos novos
Risco de 13,25 casos a cada 100 mil mulheres.
Análise regional:
2º mais incidente nas regiões Norte (20,48/100 mil) e Nordeste (17,59/100
mil)
3º mais incidente no Centro-Oeste (16,66/100 mil)
4º mais incidente na região Sul (14,55/100 mil)
5º mais incidente na região Sudeste (12,93/100 mil)
(INCA, 2022)
RELATÓRIO ANUAL INCA (2022)
BRASIL - INCIDÊNCIA
CÂNCER DE COLO UTERINO
(INCA, 2022)
RELATÓRIO ANUAL INCA (2022)
Representação espacial das taxas estimadas de incidência por neoplasia maligna do colo do
útero, ajustadas por idade pela população mundial, por 100 mil mulheres, segundo Unidade da
Federação, 2023
BRASIL - INCIDÊNCIA
CÂNCER DE COLO UTERINO
(INCA, 2022)
RELATÓRIO ANUAL INCA (2022)
Estimativas das taxas brutas e ajustadas de incidência por 100 mil mulheres e do número
de casos novos de câncer do colo do útero na Região Centro-Oeste 2023
BRASIL - MORTALIDADE
CÂNCER DE COLO UTERINO
(INCA, 2022)
RELATÓRIO ANUAL INCA (2022)
Taxa de mortalidade: 4,60 óbitos/100 mil mulheres (em 2020)
Região Norte: maior taxa de mortalidade do país
Em 2020:
Região Norte: 9,52 mortes / 100 mil mulheres (1ª causa de
óbito por câncer feminino)
Região Nordeste: 5,58 / 100 mil (3ª causa de óbito por
câncer)
Região Centro-Oeste: 5,25 / 100 mil ((3ª causa de óbito
por câncer)
Região Sul: 4,37 / 100 mil
Região Sudeste: 3,38 / 100 mil)
CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS
CÂNCER DE COLO UTERINO
(UPTODATE, 2023)
ÁREAS DE MAIOR RISCO PARA NEOPLASIA
CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS
CÂNCER DE COLO UTERINO
(UPTODATE, 2023)
Junção escamocolunar (JEC): junção de células
escamosas e glandulares, geralmente no orifício
cervical externo.
Zona de transformação (ZT):
Área de metaplasia escamosa entre a JEC
original e a atual
Contém células embrionárias que podem ser
especialmente vulneráveis à infecção pelo HPV e
à transformação oncogênica
FATORES DE RISCO
CÂNCER DE COLO UTERINO
(UPTODATE, 2023)
Início precoce da atividade sexual
Múltiplos parceiros sexuais
Um parceiro sexual de alto risco
História de infecções sexualmente transmissíveis
Idade precoce ao primeiro filho (menos de 20 anos)
Paridade crescente (três ou mais nascimentos a termo)
História de neoplasia intraepitelial escamosa vulvar ou vaginal ou câncer
Imunossupressão
RELACIONADOS AO HPV
FATORES DE RISCO
CÂNCER DE COLO UTERINO
(UPTODATE, 2023)
Baixo nível socioeconômico
Uso de contraceptivos orais
Tabagismo (risco aumentado de carcinoma de células escamosas)
Genética
NÃO RELACIONADOS AO HPV
PATOGÊNESE
CÂNCER DE COLO UTERINO
(UPTODATE, 2023)
O HPV é fundamental para o desenvolvimento da neoplasia cervical
Detectado em 99,7 % dos cânceres cervicais
Entre os mais de 40 tipos de HPV da mucosa genital identificados, aproximadamente
15 são conhecidos como oncogênicos.
Alto risco: 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 69, 82
Baixo risco: 6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 61, 72, 81
HPV 16 e 18: encontrados em mais de 70%
Infecção oncogênica por HPV no epitélio metaplásico na ZT
Persistência da infecção pelo HPV
Progressão de um clone de células epiteliais de infecção viral persistente para pré-
câncer.
Desenvolvimento de carcinoma e invasão através da membrana basal.
Existem quatro etapas principais no desenvolvimento do câncer cervical:
1.
2.
3.
4.
PATOGÊNESE
CÂNCER DE COLO UTERINO
(UPTODATE, 2023)
PATOGÊNESE
CÂNCER DE COLO UTERINO
(UPTODATE, 2023)
Tempo desde a infecção inicial até o desenvolvimento de NIC de alto grau e, finalmente,
câncer invasivo leva em média 15 anos, embora cursos mais rápidos tenham sido
relatados.
80% DAS MULHERES
ADQUIREM PELO MENOS
UMA INFECÇÃO POR HPV
90% DAS INFECÇÕES SÃO
CLAREADAS DENTRO DE UM
PERÍODO DE 02 ANOS
APENAS 10% PERMANECEM
COM INFECÇÃO
PERSISTENTE
VACINAÇÃO
CONTRA HPV
PREVENÇÃO E DETECÇÃO PRECOCE
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
Estratégia de intervenção 90%–70%– 90% até o ano 2030:
90% das garotas vacinadas com 2 doses até os 15 anos
70% das mulheres rastreadas com testes de alta perfomance na idade de 35-45
anos
90% das mulheres detectadas com lesões cervicais recebam tratamento e cuidado
INICIATIVA GLOBAL PARA ELIMIIÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO (OMS)
RASTREAMENTO DE LESÕES
PRÉ-CANCERÍGENAS
DETECÇÃO PRECOCE E PREVENÇÃO
CÂNCER DE COLO UTERINO
Países ricos com recursos: tendência de queda (redução de aproximadamente 75%) na
incidência e mortalidade do câncer cervical nos últimos 50 anos.
Se taxas de vacinação de 70% em todo o mundo forem alcançadas:
Diminuição de 344.520 novos casos anualmente
Evitadas 178.182 mortes relacionadas ao câncer cervical
Devido ao período de latência de 10 a 15 anos entre a exposição ao HPV e o desenvolvimento
do câncer cervical, não é provável que haja reduções significativas na displasia cervical ou
câncer por muitos anos após a implementação dos programas de vacinação.
Em países como a Austrália, que atingiram taxas de vacinação > 70%, já houve uma redução
de 38% na displasia de alto grau.
(UPTODATE, 2023)
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
CÂNCER DE COLO UTERINO
PRECOCE: frequentemente assintomático
Rastreamento do câncer do colo do útero
Diagnóstico incidental, se lesão visível
SINTOMÁTICAS:
Sangramento vaginal irregular ou intenso
Sangramento pós-coito
Corrimento vaginal aquoso, mucoide ou purulento e fétido (achado inespecífico)
DOENÇA AVANÇADA:
Dor pélvica ou lombar
Sintomas intestinais ou urinários: hematúria, hematoquezia, sintomas de fístula
vesicovaginal e/ou retovaginal
Linfadenopatia, ascite (UPTODATE, 2023)
44% TÊM DOENÇA
LOCALIZADA NO MOMENTO
DO DIAGNÓSTICO
34% TÊM DOENÇA REGIONAL
15% TÊM METÁSTASES
DISTANTES
O DIAGNÓSTICO É
HISTOLÓGICO
DIAGNÓSTICO
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
EXAME FÍSICO
Colo normal ou com lesão visível
Ulceração superficial, tumor exofítico na ectocérvix ou
infiltração da endocérvix.
Tumores endofíticos: colo aumentado, liso e endurecido ("em
forma de barril").
Exame retovaginal: avaliação do tamanho do tumor e
envolvimento vaginal ou parametrial (necessário para o
estadiamento)
Outros achados suspeitos: linfonodos inguinais ou
supraclaviculares.
Citologia cervical
Colposcopia e biópsia cervical
QUALQUER LESÃO
VISÍVEL DEVE SER
BIOPSIADA
HISTOPATOLOGIA
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
75%
25%
DISSEMINAÇÃO
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
Extensão direta no paramétrio, vagina, útero e
órgãos adjacentes ( bexiga e reto)
Linfático para a linfonodos regionais: obturador,
ilíaco externo, ilíaco interno, ilíaca comum e
para-aórtica
Metástase à distância para os pulmões, fígado e
esqueleto por via hematogênica (fenômeno
tardio)
ESCAMOSO: DISSEMINAÇÃO LINFÁTICA
ADENOCARCINOMA: DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊNICA
ESTADIAMENTO (FIGO 2018)
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
ESTADIAMENTO (FIGO 2018)
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
ESTADIAMENTO (FIGO 2018)
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
ESTADIAMENTO (FIGO 2018)
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
ESTADIAMENTO (FIGO 2018)
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
Imagem e avaliação patológica podem ser utilizadas quando disponíveis para suplementar
achados clínicos em relação ao tamanho do tumor e sua extensão, em todos os estádios.
A avaliação patológica supera as imagens e os achados clínicos.
O envolvimento do espaço vascular/linfático não muda o estádio.
A extensão lateral do tumor nãoé mais considerada.
Células tumorais isoladas não mudam o estádio, mas devem ser referidas no laudo.
ESTADIAMENTO (FIGO 2018)
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
Diagnóstico: conização, traquelectomia ou histerectomia
A dimensão horizontal não é mais considerada (sem impacto na sobrevida)
Envolvimento linfovascular não afeta estadiamento, mas pode afetar tratamento.
Margens devem ser negativas
Se margens positivas: estádio IB1
DOENÇA MICROINVASIVA (IA1 e IA2)
ESTADIAMENTO (FIGO 2018)
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
Avaliação clínica é o primeiro passo
Imagens podem ser usadas para estadiamento: USG, RNM, TC, PET-CT
Informações adicionais do tamanho do tumor, status linfonodal e disseminação regional
ou sistêmica.
RNM: melhor escolha para tumores primários > 10 mm
Para avaliação de metástases linfonodais maiores que 10 mm, PET-CT é mais acurado que
TC ou RNM
Doença francamente invasiva:
Radiografia de tórax e avaliação de hidronefrose (USG, TC ou RNM)
Avaliação de bexiga e reto apenas se sintomas (cistoscopia e sigmoidoscopia)
Suspeita de acometimento vesical e retal devem ser comprovados por biópsia
DOENÇA INVASIVA
TIPOS DE HISTERECTOMIA
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
Histerectomia extrafascial ou histerectomia simples
Removem-se útero e colo uterino, mas sem excisão de paramétrio ou paracolpo.
Removem-se colo uterino, vagina proximal e tecido parametrial e paracervical.
HISTERECTOMIA SIMPLES (TIPO 1)
HISTERECTOMIA RADICAL MODIFICADA (TIPO II)
TIPOS DE HISTERECTOMIA
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
Anexectomia bilateral, retirada de paramétrios,
paracolpos e terço superior da vagina +
linfadenectomia linfonodos ilíacos, obturadores,
hipogástricos e ureterais.
HISTERECTOMIA RADICAL (TIPO III)
TRAQUELECTOMIA
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
Ressecção do colo do útero com
paramétrios, 1/3 superior da vagina e
linfonodos pélvicos, o segmento do útero
à sadio remanescente é ressuturado à
vagina.
MANEJO
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
Se prole definida, idosa: considerar histerectomia simples
Se invasão linfovascular:
Histerectomia simples + linfadenectomia pélvica
Traquelectomia + linfadenectomia pélvica
IA1 (< 3mm): conização
CÂNCER MICROINVASIVO (ESTÁGIO IA)
MANEJO
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
CÂNCER MICROINVASIVO (ESTÁGIO IA)
Baixo risco (sem invasão linfovascular e linfonodo sentinela negativo):
Histerectomia simples ou traquelectomia + linfadenectomia pélvica ou biópsia
de linfonofo sentinela
Se fertilidade:
Conização + linfadenectomia pélvica
Traquelectomia radical + linfadenectomia pélvica
Se contraindicação cirúrgica: radioterapia
IA2 ( 3 - 5 mm): Histerectomia radical tipo 2 + linfadenectomia pélvica
MANEJO
CÂNCER DE COLO UTERINO
(UPTODATE, 2023)
SEGUIMENTO PÓS-TRATAMENTO
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
CÂNCER MICROINVASIVO (ESTÁGIO IA)
Se cirurgia para preservação de fertilidade:
Citológico trimestral por 2 anos, depois semestral por 3 anos.
Se normal por 5 anos, retornar para rastreamento de rotina
Teste de imagem não são necessários e devem ser realizados de forma
individualizada.
MANEJO
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
Se manutenção de fertilidade: traquelectomia radical
Se contraindicação cirúrgica: radioterapia
Tratamento cirúrgico ou radioterapia (resultados semelhantes)
Vantagens da cirurgia:
Permite estadiamento mais preciso com base no histopatológico
Permite tratar neoplasias resistentes à RT
Permite preservar função ovariana
Permite preservar função sexual
RT: contraindicação cirúrgica
Histerectomia radical tipo 3 + Linfadenectomia pélvica
IB1
IB2 e IIA1
CARCINOMA INVASIVO (ESTÁGIO IB1, IB2, IIA1)
MANEJO
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
IB3 e IIA2
QT BASEADA EM PLATINA + RT/BRAQUITERAPIA
QT neoadjuvante não tem impacto na sobrevida
QUIMIORRADIOTERAPIA
> IIB
MANEJO
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
HISTERECTOMIA INADVERTIDA
Carcinoma invasivo é encontrado em biópsia de histerectomia simples por causa
benigna
Avaliar extensão da doença por PET-CT, TC ou RNM pélvica e abdominal e radiografia
de tórax
Radioterapia
Se centro de referência com profissional habilitado:
Repetir laparotomia com exérese de paramétrios e linfadenectomia pélvica
MANEJO
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
Margem cirúrgica positiva
Metástase linfonodal
Invasão parametrial
Tumor > 4 cm
Tumor > 4 cm
Invasão linfovascular
Invasão estromal profunda
Se alto risco:
Risco intermediário, se 2 dos 3 (apenas radioterapia):
RADIOTERAPIA E QUIMIOTERAPIA ADJUVANTE
SEGUIMENTO
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
3/3 meses por 2 anos
6/6 meses por 3 anos
Após 5 anos, 1x ao ano
Em toda consulta: anamnese e exame físico
Detectar complicações do tratamento e morbidade psicossexual, bem como avaliar
recidiva
Não é aconselhado exames de rotina
Detecção de recorrência assintomática
Exame físico: 29-71%
Radiografia de tórax: 20 -47%
TC: 0-34%
COP: 0 -17%
COP não melhora detecção de recidiva precoce
< 50 anos: avaliar TRH
RECIDIVA
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
Pode ocorrer localmente no linfonodos pélvicos ou para-órticos e/ou por metátase à
distância
Risco maior proporcional ao tamanho do tumor
Maioria ocorre nos primeiros 3 anos
Prognóstico ruim
O plano de tratamento depende da performance status do paciente, estadiamento,
local e extensão da recorrência e/ou metástases, e tratamento prévio recebido
Se doença local extensa ou metástase à distância: terapia paliativa
RECIDIVA
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
A pelve é o local mais comum de recidiva
Fatores de bom prognóstico:
Recidiva isolada sem envolvimento de parede pélvica
Longo tempo livre de doença após tratamento primário
Tamanho menor que 3 cm
Se após cirurgia primária: quimiorradioterapia radical ou exanteração pélvica
2º local mais comum
Se isolado, RT ou quimiorradioterapia podem ser curativos
Sobrevivência a longo prazo de 30% dos casos
RECIDIVA LOCAL
RECIDIVA EM LINFONODOS PARA-AÓRTICOS
RADIOTERAPIA PALIATIVA
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
Paliação de sintomas
Controle de hemorragia severa
Realizar RT paliativa em frações maiores e menor intervalos de tempo:
Dor decorrente de distensão de linfonodos para-aórticos ou supraclaviculares
Metástases esqueléticas
Sintomas associados com metástases cerebrais
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
SOBREVIDA
CÂNCER DE COLO UTERINO E GESTAÇÃO
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
Decisão compartilhada com paciente e familiares
Se antes de 16-20 semanas: tratamento imediato, de acordo com estadiamento
RT frequentemente resulta em abortamento espontâneo
Final do segundo trimestre em diante:
Cirurgia e QT em casos selecionados, preservando a gravidez.
Após 20 semanas:
Pode-se considerar atraso de tratamento em Estágios IA2, IB1 e 1B2, sem impacto
negtaivo no prognóstico.
CÂNCER DE COLO UTERINO E GESTAÇÃO
CÂNCER DE COLO UTERINO
(FIGO, 2021)
Momento do parto:
Equilíbrio entre saúde materna e fetal.
Se centro terciário com cuidados neonatais adequados:
Cesariana + histerectomia radical por volta das 34 semanas
Para donças avançadas, o impacto da demora do tratamento não é conhecido
QT neoadjuvante:
Prevençao de progressão de doença em pacientes com doença localmente
avançada quando há previsão de atraso de tratamento
REFERÊNCIAS
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Estimativa 2023: incidência do
Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2022. Disponível em:https://www.gov.br/inca/pt-
br/assuntos/cancer/numeros/estimativa. Acesso em: 24 abril 2023.
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Câncer do
colo do útero. São Paulo: FEBRASGO; 2021. (Protocolo FEBRASGO _ Ginecologia, n. 8/Comissão
Nacional Especializada em Ginecologia Oncológica).
Bhatla N, Berek JS, Cuello Fredes M, Denny LA, Grenman S, Karunaratne K, et al.
Revised FIGO staging for carcinoma of the cervix uteri. Int J Gynaecol Obstet.
2019;145(1):129–35
Ginecologiade Williams [recurso eletrônico] / Hoff man ... [et al.];– 2. ed. – Porto Alegre : AMGH, 2014.
Uptodate, 2023
https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-cancer-do-colo-do-utero/dados-e-numeros/incidencia/incidencia
OBRIGADA!