4 - Idade Antiga-MESOPOTÂMIA

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RESUMO: HISTÓRIA – IDADE ANTIGA 
Por: Vanessa de Morais > @vanessa.demorais 
 
 
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MESOPOTÂMIA 
As primeiras civilizações 
Mesopotâmia é a região do Oriente Médio Localizada entre os rios Tigre e Eufrates, que desaguam 
no golfo Pérsico. Palavra de origem grega, mesopotâmia significa “terra entre rios”. 
Essa região foi o berço das primeiras civilizações, que datam aproximadamente do quarto milênio 
antes de Cristo. Aí, o homem construiu as primeiras cidades, estruturou o Estado, criou um dos primeiros 
sistemas de escrita, desenvolveu uma economia comercial e utilizou pioneiramente a roda nos veículos de 
transporte. 
 
Surgimento do Estado 
Na Mesopotâmia, o desenvolvimento da agricultura e o das cidades dependiam da construção de 
canais de irrigação, para levar água ás áreas castigadas pelo clima árido (clima quente e seco), e diques 
para conter as cheias dos rios Tigre e Eufrates. A construção dessas obras requeria uma administração 
estatal centralizada, que conduzisse o esforço coletivo. 
O poder do Estado servia, portanto, para organizar a realização das grandes obras de interesse 
comum, ultrapassando a iniciativa individual. 
A princípio não existia a propriedade privada da terra, e todos os membros da comunidade dela 
usufruíam. Posteriormente, a terra tornou-se propriedade nominal do governante, um rei divinizado que 
personificava os interesses da comunidade. 
Aos poucos, os governantes, detentores do poder estatal, passaram a explorar os governados, 
dando origem ao modo de produção asiático, que tinha as seguintes características: 
 As terras eram usadas pelos membros da comunidade sob o controle das classes dirigentes. 
 As classes dirigentes organizavam e administravam o Estado. 
 O Estado (criado e dominado por esses grupos) era “dono” das terras e dirigia o trabalho da 
sociedade. 
 A maior parte da sociedade (os pobres) passava a servir aos interesses dos governantes (os ricos 
e poderosos), devendo-lhes obediência e tributos (impostos). 
 
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POVOS MESOPOTÂMICOS 
A sucessão dos principais povos 
Contando com solos férteis e abundância de água, a Mesopotâmia atraiu diversos povos, que 
combatendo uns aos outros sucederam-se no domínio da região. Entre esses povos destacam-se: sumérios, 
acádios, amorritas (antigos babilônios), assírios e caldeus (novos babilônios). 
 
Sumérios 
Os sumérios (3500-2550 a.C) são considerados os criadores da primeira civilização da Mesopotâmia. 
Fundaram importantes cidades com governos independentes, destacando-se: Ur, Uruk, Eridu, Nippur, 
Lagash, Abad e Zabalam. A população média das cidades sumerianas era de 10 mil a 50 mil habitantes, 
sendo que Ur chegou a atingir mais de 200 mil habitantes. 
Cada cidade sumeriana possuía um centro político, econômico e religioso – o templo – e era 
governada por um patesi (vigário de Deus). Detendo os poderes político, religioso e militar, o patesi 
governava com o auxílio de sacerdotes do templo e altos funcionários. 
Atribui-se aos sumérios uma série de realizações culturais, dentre as quais destacam-se o 
desenvolvimento da escrita e a invenção da roda. 
 Escrita cuneiforme – escrita feita em argila mole, com um estilete em forma de cunha, o que 
determinou o formato dos sinais. Inicialmente, destinava0se ao registro do rico patrimônio 
acumulado pelos templos. Por volta de 3000 a. C., passou a ser utilizada também para o registro 
de texto religiosos, literários e jurídicos. 
 Invenção da roda – até por volta do ano 3000 a. C., os veículos utilizados pelos sumérios eram 
trenós puxados por bois ou outros animais. A necessidade de transportes mais eficientes levou-
os a utilizar a roda nos veículos. O uso da roda representou uma revolução na locomoção 
terrestre e contribuiu para acelerar as comunicações. 
 
 
 
Acádios 
Por volta de 2550 a.C., as cidades sumerianas foram invadidas pelos acádios, povo que habitava a 
cidade de Acad. Com armamentos mais eficientes e comandados pelo rei Sargão I, os acádios conquistaram 
e unificaram as cidades sumerianas. Fundaram, então, o primeiro império mesopotâmico, que se expandiu 
desde o golfo Persico até o norte da Mesopotâmia, nas regiões de Amorru e da Assíria. 
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O império Acádio, porém, durou curto período de tempo. Sucessivas revoltas das cidades 
sumerianas, que lutavam por liberdade, e ataques vindos de outros povos acabaram por enfraquecer o 
império. Por volta de 2150 a.C., os guti dominavam os acádios. 
Amorritas 
Vindos do deserto da Arábia por volta de 2000 a.C., os amoritas chegaram à mesopotâmia e 
estabeleceram-se na cidade da Babilônia, tendo sido denominados, por isso, babilônios. 
O mais importante rei babilônio foi Hamurábi (1728-1686 a.C.), que expandiu seus domínios por 
toda a Mesopotâmia, do golfo Persico até o norte da Assíria. 
Com o objetivo de disciplinar a vida econômica e garantir a propriedade privada da terra, Hamurábi 
elaborou o primeiro código jurídico escrito que se conhece: o Código de Hamurabi. Esse código adotava o 
princípio de talião (“olho por olho, dente por dente”), que determinava que o castigo do criminoso deveria 
ser equivalente ao crime cometido. 
Depois da morte de Hamurábi, o Império Babilônio entrou em decadência, sendo invadido pelos 
cassitas e hititas, que causaram grande impacto com a utilização do cavalo para fins militares. 
Durante cerca de meio milênio os cassitas dominaram a região, mas, por fim, foram submetidos 
pelos assírios. 
Assírios 
A Assíria (palavra que significa lugar de passagem), região do norte da Mesopotâmia, era utilizada 
com passagem natural entre a Ásia e o Mediterrâneo. 
Por esse posicionamento vulnerável, sofreu o ataque de muitos invasores. Foi talvez o perigo 
constante de invasores que despertou no povo assírio um feroz espírito guerreiro. 
Os assírios organizaram um dos primeiros exércitos permanentes do mundo. Era um exército 
poderoso e bem-equilibrado: a infantaria utilizava lanças, escudos e espadas de ferro; a cavalaria tinha 
carros de combate com rodas reforçadas. 
Além de contar com avançada técnica militar, os assírios eram guerreiros cruéis. Não se 
contentavam com a simples vitória: massacravam e torturavam os vencidos; incendiavam e destruíam as 
cidades conquistadas. 
Os povos submetidos procuravam libertar-se desse terror. Provocaram uma série de revoltas e, aos 
poucos, enfraqueceram o Império Assírio. 
Por volta de 612 a.C. os caldeus, aliados aos medos, destruíram as principais cidades assírias, pondo 
fim à brutal dominação desse povo. 
Caldeus 
Com o fim do Império Assírio, a cidade da Babilônia ficou independente. Porém, pouco depois 
acabou sendo dominada pelos caldeus. Conhecidos como neobabilônios, os caldeus reconstruíram a 
cidade, tornando-a uma das mais belas e esplendorosas da Antiguidade. 
O principal rei dos neobabilônios, Nabucodonosor, foi o responsável pela construção dos famosos 
Jardins Suspensos da Babilônia e da Torre de Babel. Realizou também diversas conquistas militares, entre 
elas a tomada de Jerusalém (586 a.C.), na qual submeteu os hebreus, levando-os como escravos à 
Babilônia. Esse episódio ficou conhecido como Cativeiro da Babilônia. 
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Apesar de todas as conquistas militares, o domínio dos neobabilônios não durou muito tempo. Em 
539 a.C., os persas, liderados por Ciro, conquistaram a Babilônia, anexando-a a seu império. 
 
SOCIEDADE 
Ricos e pobres na Mesopotâmia 
A organização social da mesopotâmia variou ao longo dos séculos e de acordo com o povo que a 
dominava. Entretanto, de modo geral, encontramos a sociedade dividida em: 
 Classe dominante – formada pelos governantes, sacerdotes, militares e comerciantes; 
controlava a riqueza econômica, a força político-militare o saber instituído; 
 Classe dominada – formada pelos camponeses, pequenos artesãos e escravos (geralmente 
prisioneiros de guerra); produzia alimentos para o próprio consumo e entregava o excedente da 
produção aos dominadores. 
O rei, que ocupava o topo da hierarquia social, não era considerado um deus vivo, mas um 
representante dos deuses, capaz de traduzir a vontade divina. 
ECONOMIA 
A agropecuária, o artesanato e o comércio 
Na Mesopotâmia desenvolveram-se atividades agropastoris e atividades urbanas. 
 Agricultura – principal atividade econômica, destacando-se o cultivo de cevada, trigo e tâmara. 
O desenvolvimento das cheias dos rios Tigre e Eufrates, através da construção de canais de 
irrigação. 
 Pecuária – ligada à agricultura, o gado era utilizado para puxar carros e arados. O principal 
rebanho era o bovino, que fornecia carne e leite. Também merece destaque a criação de asnos, 
animais usados no transporte terrestre. 
 Atividades urbanas – nas cidades, formou-se grande número de oficinas de artesãos (alfaiates, 
carpinteiros, ourives, ceramistas, tecelões) e desenvolveu-se o comércio. Os comerciantes 
trocavam produtos agrícolas e artesanais por matérias-primas (madeira, cobre, estanho, ouro, 
prata) das regiões vizinhas. 
CULTURA 
A importância dos deuses 
A cultura dos povos mesopotâmicos foi marcada pela crença nos deuses, nos rituais de magia e na 
astrologia. Quanto à produção artística, o destaque coube à arquitetura e, em menor grau, à literatura. 
 Deuses e astrologia – os povos da Mesopotâmia eram politeístas. Tinham como principais 
deuses: Anu (deus do céu); Ishtar (deusa do amor); Shamash (deus do sol e da justiça). A 
astrologia tinha muitos seguidores, e os astrólogos faziam horóscopos apara interpretar a 
influência dos astros na vida humana. 
 Arquitetura – destacam-se os templos e palácios. Entre seus marcos figuram os zigurates, 
construções formadas por diversos andares, cada um menor que o anterior, como a Torre de 
Babel. 
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 Literatura – a principal obra é a Epopéia de Gilgamesh. Registrada em escrita 
cuneiforme. Narra as aventuras de amor e de bravura de um herói que desejava descobrir o 
segredo da imortalidade. 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: 
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. Volume único. Ed. Saraiva. 2ª edição.1998.