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CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA I 
Prof. Fernandes Epitácio 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
 COMPLEXOS GEOECONÔMICOS 
 
A DIVISÃO GEOECONÔMICA 
Há outra divisão regional do território brasileiro que não 
acompanha os limites estaduais, havendo estados que possuem 
parte do território em uma região e parte em outra. Trata-se da 
divisão elaborada em 1967 pelo geógrafo Pedro Pinchas 
Geiger. É uma classificação que considera a formação histórico-
econômica do Brasil e a recente modernização econômica, que 
se manifestou nos espaços urbano e rural, estabelecendo novas 
formas de relacionamento entre os lugares do território brasileiro 
e criando uma nova dinâmica no relacionamento entre a 
sociedade e a natureza. Assim, o oeste do Maranhão integra a 
Amazônia e o restante o Nordeste, com atuação, 
respectivamente, da SUDAM e da SUDENE. O Norte de Minas 
Gerais (Vale do Jequitinhonha) integra o Nordeste, com atuação 
da SUDENE e do BNB e o restante o Centro-Sul. O Norte do 
Mato Grosso e o Tocantins são amazônicos e o restante dos 
territórios integra a região Centro-Sul. 
 
 
 
AMAZÔNIA 
A Amazônia, imensa região que abrange o norte e uma parte do 
centro do país, ainda é a região menos povoada do Brasil, 
embora nas últimas décadas venha passando por um intenso 
processo de povoamento. Durante vários séculos, permaneceu 
esquecida porque os colonizadores não encontraram na região 
quase nada de importante para explorar. 
 
Até hoje, a Amazônia apresenta grandes vazios demográficos, 
áreas com baixíssimas densidades demográficas – às vezes, 
até menos de um habitante por quilômetro quadrado. Nela, 
encontramos os mais numerosos grupos indígenas, os 
habitantes originais de nosso país. Em todo caso, o 
povoamento vem avançando: em 1970, a densidade 
demográfica regional era de 0,9 hab/km² e, em 2008, já era de 
4hab/km². 
 
AMAZÔNIA TRANSNACIONAL: UMA NOVA ESCALA DE 
AÇÃO 
 
O novo valor estratégico atribuído à natureza amazônica 
tornou patente que ela não se restringe à Amazônia 
Brasileira, mas, sim, envolve a extensa Amazônia sul-
americana. Os ecossistemas florestais não obedecem os 
limites políticos dos países, e muitas nascentes dos rios 
amazônicos localizam-se fora do território nacional. Esta 
situação, que em outras partes do planeta geram conflitos 
geopolíticos entre nações, no caso da Amazônia pode e 
deve ser fundamento para uso conjunto e complementar 
dos recursos em prol do desenvolvimento regional, tal 
como ocorre com a formação de blocos supranacionais 
no mundo contemporâneo. BECKER, Bertha K. Amazônia: 
geopolítica na virada do III milênio. Rio de Janeiro: Garamond, 
2003.p.53. 
 
CENTRO-SUL 
O Centro-Sul do país, que se desenvolveu economicamente 
depois do Nordeste, é uma região mais industrializada, onde se 
destacam cidades como Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, 
Curitiba, Rio e Janeiro e São Paulo. 
 
 
Engarrafamento em São Paulo. 
 
 Maior densidade rodoferroviária. 
 Melhores e maiores universidades. 
 Maiores cidades. 
 
 
Vista aérea de parte da cidade de São Paulo. 
 
NORDESTE 
 Graves problemas sociais (pobreza, fome, etc.). 
 Piores indicadores sociais do país. 
 Sub-Regiões com características diferentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
SUB-REGIÕES NORDESTINAS 
 
 
 
Observando a região nordestina de Leste para o Oeste, temos 
Zona da Mata (extremamente úmida), Agreste (Subumido), 
Sertão (Semiárido) e o Meio Norte (Bastante úmido). 
 
 Zona da Mata: Ocupa a parte oriental da região 
Nordeste, área dominada pelo clima tropical úmido (quente e 
chuvoso). O índice pluviométrico é de aproximadamente 2.000 
mm/ano e as médias térmicas variam entre 24ºC e 26º C. O 
ambiente quente e úmido favoreceu o desenvolvimento da 
floresta Tropical, mata exuberante e com grande diversidade 
de espécies. Originalmente a floresta ocupava grande parte 
dessa sub-região. A Zona da Mata apresenta-se como a 
região mais importante do Nordeste do ponto de vista 
econômico. Nela concentram-se dois segmentos industriais: 
indústrias têxtil e alimentícia, agroindustriais (sobretudo usinas 
de açúcar e álcool) e indústrias extrativistas minerais. 
 
Além das atividades industriais, na Zona da Mata 
desenvolvem-se importantes atividades econômicas ligadas 
ao meio rural, predominando os latifúndios monocultores de 
cana-de-açúcar, fumo e cacau, que atendem ao consumo 
industrial e ao comércio exterior. 
 
 
Usina sucroalcooleira na Zona da Mata Alagoana. 
 
 
A IMPORTÂNCIA HISTÓRICA DA CANA 
 
A palavra “nordeste” é hoje uma palavra desfigurada pela 
expressão “obras do Nordeste” que quer dizer “obras 
contra as secas”. E quase não sugere senão as secas. Os 
sertões de areia seca rangendo debaixo dos pés. Os 
sertões de paisagens duras doendo nos olhos. Os 
mandacarus. Os bois e os cavalos angulosos. As 
sombras leves como umas almas do outro mundo com 
medo do sol. Mas esse Nordeste de figuras de homens e 
de bichos se alongando quase em figuras de El Greco é 
apenas um lado do Nordeste. 
 
O outro Nordeste. Mais velho que ele é o Nordeste de 
árvores gordas, de sombras profundas, de bois 
pachorrentos, de gente vagarosa e às vezes arredondada 
quase em sanchos-panças pelo mel de engenho, pelo 
peixe cozido com pirão, pelo trabalho parado e sempre o 
mesmo, pela opilação, pela aguardente, pela garapa de 
cana, pelo feijão de coco, pelos vermes, pela erisipela, 
pelo ócio, pelas doenças que fazem a pessoa inchar, pelo 
próprio mal de comer terra. Um Nordeste onde nunca 
deixa de haver um mancha de água: um avanço de mar, 
um rio, um riacho, o esverdeado de uma lagoa. Onde a 
água faz da terra mais mole o que quer: inventa ilhas, 
desmancha istmos e cabos, altera a seu gosto a geografia 
convencional dos compêndios. Um Nordeste com a cal 
das casas de telha tirada das pedras do mar, com uma 
população numerosa vivendo de peixe, de marisco, de 
caranguejo, com as mulheres dos mucambos lavando as 
panelas e os meninos na água dos rios, com alguns 
caturras ainda iluminando as casas de azeite de peixe. 
 
Um Nordeste oleoso onde noite de lua parece escorrer um 
óleo gordo das coisas e das pessoas. Da terra. Do cabelo 
preto das mulatas e das caboclas. Das árvores 
lambuzadas de resinas. Das águas. Do corpo pardo dos 
homens que trabalham dentro do mar e dos rios, na 
bagaceira dos engenhos, no cais do Apolo, nos trapiches 
de Maceió. Esse Nordeste da terra gorda e de ar oleoso é 
o Nordeste da cana-de-açúcar. FREYRE, Gilberto. 
Nordeste: aspectos da influência da cana sobre a vida e a 
paisagem do Nordeste do Brasil. 7ed. São Paulo: Global, 
2004. 
 
 Agreste: Apresenta características naturais tanto da 
Zona da Mata como do Sertão, pois nos seus trechos mais 
úmidos desenvolve-se a floresta Tropical, enquanto nas áreas 
mais secas predomina a Caatinga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitácio) 
 
 
 
 
 
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REGIÃO METROPOLITANA DO AGRESTE ALAGOANO 
 
Fonte: Estado de Alagoas – Secretaria de Estado da Cultura – 
Superintendência de Identidade e Diversidade Cultural 
 
Nessa sub-região destacam-se as pequenas e médias 
propriedades rurais policultoras, que produzem principalmente 
mandioca, feijão, milho e hortaliças, além de criar gado para o 
fornecimento de leite e seus derivados. O desenvolvimento 
das atividades agropecuárias no Agreste contribuiu para o 
crescimento de cidades como Campina Grande (PB), Caruaru 
e Garanhuns (PE) Arapiraca (AL) e Feira de Santana (BA). 
 
 Sertão: Compreende as áreas dominadas pelo clima 
semiárido, que apresenta temperaturas elevadas (entre 24ºC 
e 28º C) e duas estações bem definidas: uma seca outra 
chuvosa. O Sertão é a maior sub-região nordestina ocupando 
mais de 50% do território nordestino,chegando até o litoral, 
nos estados do Rio Grande do Norte e do Ceará. 
 
A economia sertaneja baseia-se na agropecuária, atividade 
que sofre diretamente os impactos das condições climáticas, 
sobretudo na época das estiagens. Pecuária bovina e 
agricultura de subsistência são as principais atividades 
econômicas da área. 
 
A TRISTE PARTIDA 
Setembro passou com oitubro e novembro 
Já tamo em dezembro 
Meu Deus que é de nós 
Assim fala o pobre do sêco Nordeste 
Com medo da peste 
Da fome feroz 
Patativa do Assaré 
 
O Polígono das Secas compreende a área do Nordeste 
brasileiro reconhecida pela legislação como sujeita à repetidas 
crises de prolongamento das estiagens e, consequentemente, 
objeto de especiais providências do setor público. Constitui-se 
o Polígono das Secas de diferentes zonas geográficas, com 
distintos índices de aridez. Em algumas delas o balanço 
hídrico é acentuadamente negativo, onde somente se 
desenvolve a caatinga hiperxerófila sobre solos finos. Em 
outras, verifica-se balanço hídrico ligeiramente negativo, 
desenvolvendo-se a caatinga hipoxerófila. Existem também 
áreas no Polígono, de balanço hídrico positivo e presença de 
solos bem desenvolvidos. Contudo, na área delimitada pela 
poligonal, ocorrem, periodicamente, secas anômalas que se 
traduzem na maioria das vezes em grandes calamidades, 
ocasionando sérios danos à agropecuária nordestina e graves 
problemas sociais. 
 
POLÍGONO DAS SECAS 
 
 
Fonte: INPE/Centro de Pesquisas da Universidade de São 
Paulo. 
O Polígono das Secas foi criado pela lei nº. 1348 de 10-2-
1951. Desde o império, o governo brasileiro adota uma 
postura de combate aos efeitos da seca, valendo-se da 
construção de açudes para represar os rios locais e, assim, 
conseguir reservatórios de água para tornar perenes os rios 
temporários. Em 1909, foi criada a Inspetoria de Obras contra 
as Secas (IOCS) que mais tarde transformou-se em DNOCS 
(Departamento Nacional de Obras Contra a Seca). 
 
Simone Affonso da Silva (2014) 
 
 Meio Norte: Formada pelos estados do Piauí e 
Maranhão, é uma área de transição entre o Sertão e a 
Amazônia. Os índices de pluviosidade são elevados na 
porção oeste e diminuem em direção ao leste e sul. Encerra a 
Zona dos Cocais, área de vegetação peculiar, caracterizada 
por extensos babaçuais. 
 
 
 
 
 
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VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
 
Trabalho feminino da colheita de babaçu. 
 
O PRECONCEITO CONTRA O NORDESTINO 
 
“O Nordeste, como recorte espacial, como uma 
identidade regional à parte, nem sempre existiu, como faz 
crer quase toda a produção artística, literária e acadêmica 
contemporâneas, que normalmente se referem ao 
Nordeste como este tendo existido desde o período 
colonial; os portugueses já teriam desembarcado no 
Nordeste e teria sido esta a área onde primeiro se efetivou 
a implantação da colonização portuguesa, com o sucesso 
da produção açucareira. Esta designação Nordeste para 
nomear uma região específica do país, tendo 
pretensamente uma história particular, só vai surgir, no 
entanto, muito recentemente, na década de 10 do século 
XX. Antes, a divisão regional do Brasil se fazia apenas 
entre o Norte, que abrangia todo o atual Nordeste e toda a 
atual Amazônia e o Sul que abarcava toda a parte do 
Brasil que ficava abaixo do estado da Bahia. Por isso, 
ainda hoje, os nordestinos são comumente chamados de 
nortistas em São Paulo ou em outros estados do Sul e do 
Sudeste e os moradores destas regiões dizem que vão 
passar férias no Norte, para se referirem ao Nordeste. Isto 
indica, também, que a criação da ideia de Nordeste e, 
consequentemente, da ideia de ser nordestino, surgiram 
nesta própria área, foram produzidas pelas elites políticas 
e pelos letrados deste próprio espaço, não foi uma 
criação feita de fora, por membros das elites de outras 
regiões. O sentimento, as práticas e os discursos 
regionalistas que irão dar origem à região que 
conhecemos, hoje, como Nordeste, emergiram entre as 
elites ligadas às atividades agrícolas e agrárias 
tradicionais, como à produção do açúcar, do algodão ou 
ligadas à pecuária, mesmo que muitos destes vivessem 
nas cidades, exercessem profissões liberais ou fossem 
comerciantes, de parte do então chamado Norte do país, 
no final do século XIX. Este regionalismo, como vimos, é 
fruto da própria forma como se constituiu o Estado 
Nacional brasileiro, caracterizando, por um lado, pela 
centralização das decisões, e por outro, por sua presença 
episódica e sua incapacidade de dar soluções para os 
problemas que afetam os interesses das elites de certas 
áreas do país, notadamente daquelas que representavam 
áreas que eram ou se tornaram periféricas do ponto de 
vista econômico ou que ficavam distantes do centro das 
decisões políticas.” JÚNIOR, Durval Muniz de Albuquerque. 
Preconceito contra a origem geográfica e de lugar: as 
fronteiras da discórdia. São Paulo: Ed. Cortez, 2007, p. 90. 
 
 
 
LITORAL 
A fronteira marítima brasileira tem aproximadamente 7.370 km 
que se estende desde a foz do Oiapoque, na divisa do Amapá 
com a Guiana Francesa, até o arroio do Chuí, na divisa do Rio 
Grande do Sul com o Uruguai, e caracteriza-se por uma enorme 
diversidade de paisagens litorâneas. 
 
 
Para um estudo mais detalhado dividiremos o nosso litoral em 
três áreas: Setentrional, Oriental e Meridional. 
 
LITORAL SETENTRIONAL 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitácio) 
 
 
 
 
 
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 Do Cabo Orange (AP) ao Cabo de São Roque (RN). 
 Área rebaixada devido à extensa plataforma 
continental, facilmente inundada daí a presença de mangues, 
praias e dunas. (PA, MA, PI, CE). 
 Principais Acidentes Geográficos: Golfão Amazônico, 
Golfão Maranhense e as Baías de São José e São Marcos 
(As marés mais altas do país, no Maranhão). 
 Principais Portos: Santana (AP), Itaqui (MA), Pecém e 
Mucuripe (CE) e Areia Branca (RN). 
 
LITORAL ORIENTAL 
 Domínio das barreiras de corais e dos recifes 
areníticos. 
 Principais Acidentes Geográficos: Ponta do Seixas 
(PB), Ilha Itamaracá (PE), Baía de Todos os Santos e Ilhéus 
(BA), Fernando de Noronha (PE), Ilhas de Trindade e Martim 
Vaz (1.200km do ES). 
 Principais Portos: Recife e Suape (PE), Salvador e 
Ilhéus (BA), Vitória e Tubarão (ES). 
 
LITORAL MERIDIONAL 
 Do Cabo de São Tomé (RJ) ao Arroio do Chuí (RS). 
 Principais Acidentes Geográficos: Ilha Grande (RJ), 
Baía da Guanabara (RJ) Ilha de São Sebastião (SP), Baía de 
Paranaguá (PR) Ilha de Santa Catarina (SC). 
 Principais Portos: Rio de Janeiro e Sepetiba (RJ), 
Santos (SP) Paranaguá (PR), Rio Grande (RS). 
 
A REGIONALIZAÇÃO DE ACORDO COM O MEIO 
TÉCNICO-CIENTÍFICO-INFORMACIONAL 
 
Fonte: SANTOS, Milton; SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: 
território e sociedade no início do século XXI. Rio de 
Janeiro/São Paulo: Record, 2001.p.268. 
 
De acordo com o professor Milton Santos e a professora 
Maria Laura Silveira, no contexto da Terceira Revolução 
Industrial ou Revolução Técnico-Científica e do processo de 
globalização, aparece uma configuração espacial que pode 
ser denominada meio técnico-científico-informacional. 
Tendo em mente essa configuração, o professor Milton 
Santos e a professora Maria Laura SIlveira apresentaram 
essa proposta de regionalização para o território brasileiro que 
leva em consideração uma série de aspectos: a quantidade de 
recursos tecnológicos avançados (redes de telecomunicações 
e de energia, equipamentos de informática); o volume de 
atividades econômicas modernas na área financeira (bancos, 
bolsa de valores, financeiras), comercial (shoppings centers, 
empresas de comércio eletrônico) de serviços (provedores de 
acesso à Internet, agências de publicidade e consultorias), 
industriais (empresas que utilizam robôs e sistemas 
informatizados) e a situação da agropecuária em relaçãoà 
mecanização e a integração a indústria. A partir dessa 
regionalização o Brasil é dividido em “quatro brasis”, 
considerando também o processo histórico de ocupação da 
área. 
 
Neste ponto da história do território brasileiro, parece 
lícito propor, a partir das premissas levantadas aqui, uma 
discussão em torno da possibilidade de propormos uma 
divisão regional baseada, simultaneamente, numa 
atualidade marcada pela difusão diferencial do meio-
técnico-científico-informacional e nas heranças do 
passado. Fonte: SANTOS, Milton; SILVEIRA, Maria Laura. O 
Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de 
Janeiro/São Paulo: Record, 2001.p.268. 
 
AMAZÔNIA 
A Amazônia é formada nessa regionalização pelos estados do 
Pará, Amapá, Roraima, Amazonas, Acre e Rondônia. É uma 
região de pequena densidade demográfica e poucos recursos 
tecnológicos. São raras as áreas destinadas à agricultura 
mecanizada e outras atividades modernas. Foi a última a 
ampliar sua mecanização, tanto na produção econômica 
quanto no próprio território. 
 
REGIÃO CONCENTRADA 
Abrangendo São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito 
Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, é 
composta por um denso sistema de fluxos, em razão dos 
elevados índices de urbanização, por atividades comerciais 
intensas e alto padrão de consumo de muitas empresas e de 
parte da população. É o centro de tomada de decisões do 
território brasileiro, abrigando atividades modernas e 
globalizadas, como alguns setores financeiros e de serviços. 
 
 
Os maiores centros urbanos se tornaram polos de comércio e 
de serviços. Na foto, prédios com helipontos, na Vila Olímpia, 
em São Paulo. 
 
REGIÃO NORDESTE 
Excetuando-se o período de grande desenvolvimento da 
economia canavieira (séculos XVI e XVII), de modo geral nela a 
circulação de pessoas, produtos, informação, dinheiro sempre 
 
 
 
 
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VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
foi precária, em razão da agricultura pouco intensiva e da 
urbanização irregular em alguns pontos do território sem falar é 
claro das relações sociais que aí se estabelecem. 
 
A influência do fenômeno da globalização e a instalação do 
meio técnico-científico-informacional em certas manchas 
do território regional, como nas áreas irrigadas (o caso do 
vale do São Francisco), vão-se dar sobre um quadro 
socioespacial praticamente engessado. Essa situação abre 
a perspectiva de importantes fraturas na história social, 
com mudanças brutais dos papéis econômicos e políticos 
de grupos e pessoas e também lugares. Fonte: SANTOS, 
Milton; SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade 
no início do século XXI. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 
2001.p.268. 
 
 
 
Num bom pedaço do sertão nordestino, o cenário de 
pobreza está mudando. Numa área formada pelas zonas de 
cerrado de Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia, culturas de 
soja, milho e algodão cada vez mais se misturam à 
paisagem. Apelidada de MAPITOBA por alguns e 
BAMATOPI por outros, a região já responde por 10% da 
soja produzida no país e desponta como uma das maiores 
potências no agronegócio. Com 2 milhões de habitantes, 
esse pedaço de Brasil ainda apresenta um PIB modesto: 6 
bilhões de dólares, equivalente ao de Belém. Mas a geração 
de riqueza está se acelerando. Os produtores de grãos 
estabelecidos há mais tempo são migrantes do centro-sul 
do Brasil, em sua maioria gaúchos e paranaenses. A eles se 
somou recentemente uma leva de investidores estrangeiros 
e empresas do agronegócio. Foram eles que fizeram 70% 
das aquisições de terras na região em 2008. 
 
Hoje, quem percorre a rodovia BR-230, no sul do Maranhão, 
vê bolsões de produção agrícola entremeando extensões 
com vegetação de cerrado. "É tanta gente que chega a 
Balsas que surgem dois ou três novos bairros por ano", diz 
Francisco Coelho, prefeito da cidade. Balsas é caótica e 
paradoxal. Ao mesmo tempo que boa parte das ruas não é 
asfaltada e a telefonia celular ainda é precária, um 
hipermercado e um restaurante japonês são ícones da 
chegada da modernidade. Enquanto bairros mais velhos 
estampam a pobreza nordestina, casas elegantes e jardins 
bem cuidados surgem em outros cantos. Um loteamento 
para 3 400 casas, o Cidade Nova, está prestes a ser lançado 
e será o primeiro bairro planejado do município. 
 
Há muitas oportunidades aqui. Faltam desde restaurantes 
até profissionais de informática, diz Paulo Fachin, 
presidente da Ceagro, produtora de grãos e revendedora de 
insumos. Paranaense de Toledo, Fachin era plantador de 
batatas e tinha dois tratores e um caminhão quando foi para 
Balsas, em 1986. Hoje, a Ceagro fatura 300 milhões de reais 
por ano. 
 
 
Moderna produção de grãos em Uruçuí (PI). Fonte: 
www.veja.com.br 
 
REGIÃO CENTRO-OESTE 
Nela estão presentes algumas características da 
modernização em função de uma agropecuária modernizada, 
marcadamente exportadora e com ampla utilização de 
insumos agrícolas, comercializados por grandes empresas 
multinacionais. É possível afirmar que o Centro-Oeste 
também está integrado à globalização. 
 
BRASIL, NOVA ORDEM E GLOBALIZAÇÃO 
O Brasil entrou às cegas no mundo global, que promoveu a 
intensificação dos fluxos internacionais de capitais nos 
mercados financeiros e a abertura das economias nacionais 
ao comércio. Na América Latina, os projetos de 
industrialização protegida deram lugar a ajustes destinados a 
integrar as economias nacionais a nova realidade global. O 
período neoliberal que se inicia nos anos 90 na América 
Latina, marca o período de redemocratização no Brasil e 
marca a chegada de Fernando Collor de Melo ao poder, 
seguido de Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Luís 
Inácio Lula da Silva e Dilma Roussef. No início dos anos 90 foi 
implementado no Brasil o Programa Nacional de 
Desestatização com grande participação de capitais 
estrangeiros. Esse processo teve seu ápice nas duas gestões 
FHC (1995-2002). 
 
 
Dilma Roussef, primeira mulher presidente do Brasil. 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 
Para responder à questão, considere as afirmativas a seguir, 
sobre a região nordeste do brasil. 
 
I. a região nordeste é a maior região do país, concentrando 
mais de 50% da população brasileira. 
II. a sub-região nordestina do sertão é caracterizada pelo 
clima semi-árido, com a predominância de rios intermitentes. 
III. a transposição do rio são francisco tem causado muita 
polêmica, pois há temor de que a transferência das águas 
possa destruir de vez esse ecossistema. 
IV.os maiores problemas sociais do nordeste estão no 
agreste, onde há concentração de miséria associada a 
subemprego e a baixos salários, principalmente nas 
metrópoles, como recife e salvador. 
 
As afirmativas corretas são, apenas, 
a) I e II 
b) I e III. 
c) I e IV. 
d) II e III. 
e) II, III e IV. 
 
Questão 02 
O complexo regional do centro-sul possui áreas que se 
individualizam em virtude do seu desenvolvimento econômico. 
Associou-se incorretamente a unidade desse complexo às 
suas respectivas atividades econômicas em: 
 
A) porção sul de goiás - cultivo de arroz e de soja. 
B) quadrilátero ferrífero - exploração de minério de manganês. 
C) Triângulo mineiro - fabricação de automóveis e produtos 
químicos. 
D) norte do rio de janeiro e espírito santo - extração de 
petróleo. 
E) vale do tubarão – carvão mineral. 
 
Questão 03 
O complexo regional da amazônia caracteriza-se pela (o): 
 
I - ausência de conflitos fundiários devido à sua baixa 
ocupação demográfica. 
II. - predomínio de um clima quente e com chuvas abundantes 
o ano todo. 
III. - aceleração do processo de povoamento, nas duas 
últimas décadas, com o avanço das fronteiras agrícolas. 
IV- presença de solos de grande fertilidadeem função da 
biodiversidade da região. 
 
São corretos apenas os itens: 
A) I e IV 
B) I E IIII. 
C) II e IIII. 
D) II e IV. 
E) I, II e III. 
 
 
 
Questão 04 
“A organização do espaço está intimamente ligada ao tempo 
histórico e ao tipo de sociedade que a constitui”. 
Analisando a relação entre os fatores acima expostos, 
identifique a alternativa que melhor expressa a organização 
espacial do nordeste brasileiro no período colonial. 
 
A) para desenvolver a agroindústria da cana-de-açúcar nesta 
região, os colonizadores portugueses, espanhóis e ingleses 
introduziram os minifúndios dominados pelos senhores de 
engenho. 
B) além da produção de cana-de-açúcar, realizada no agreste, 
na zona da mata, desenvolveram-se médias e grandes 
propriedades destinadas à produção de subsistência. 
C) a produção canavieira, sustentada na mão-de-obra 
escrava, constituía-se no principal fator de organização do 
espaço nordestino, cuja produção era voltada ao 
abastecimento do mercado interno brasileiro. 
D) no interior da agricultura colonial-escravista, o que mais se 
destacava era a organização dos latifúndios pecuaristas, os 
quais propiciaram a expansão e o povoamento do espaço 
brasileiro. 
E) A organização espacial da zona da mata nordestina, 
voltava-se aos interesses da exploração colonial caracterizada 
pelo latifúndio açucareiro, cuja base de sustentação era a 
produção a partir da mão-de-obra escrava destinada à 
exportação. 
 
Questão 05 
No processo de povoamento do brasil, as migrações internas 
tiveram um papel de destaque, uma vez que existe grande 
mobilidade na população do brasil. Destaca-se como 
resultado desses movimentos migratórios: 
 
A) o povoamento da região sul no início do século por 
trabalhadores oriundos das regiões norte e nordeste. 
B) A ocupação das áreas marginais à zona açucareira 
nordestina, no período de expansão do produto, ao final do 
século xvi. 
C) o deslocamento de levas sucessivas de nordestinos para a 
construção de brasília no centro oeste no final do século xix. 
D) a penetração do gado bovino seguindo em direção oeste 
paulista. 
E) a ocupação do planalto meridional no século xviii, 
principalmente pela população da amazônia durante a fase 
áurea da mineração 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questão 06 
Examinando o mapa abaixo, identifique, entre as alternativas 
que se seguem, aquelas que destacam corretamente a 
relação entre a ocupação do território e as atividades 
econômicas respectivas do período colonial: 
 
 
1. Na região 1 houve o plantio da cana-de-açúcar e do café. 
Utilizando-se escravos negros e índios, estes últimos oriundos 
das missões organizadoras pelas ordens religiosas. 
2. Na região 2 o povoamento predominantemente rural, 
assentando-se a colonização na grande lavoura açucareira, 
que utilizou principalmente a mão-de-obra escrava trazida da 
áfrica. 
3. Nas regiões assinaladas pelo nº 3 predominou a criação de 
gado de corte, em grande parte, ao abastecimento de 
diversas regiões da própria colônia. 
4. Na região 4 o desenvolvimento da mineração levou à 
criação de diversos núcleos urbanos ao longo do século xviii, 
com a acentuada presença de contingentes lusitanos que 
vinham às minas e, assim, constituíram importantes vilas. 
5. Na região 5, correspondente ao estado do maranhão, a 
atividade econômica básica era o cultivo do arroz e do 
algodão pela mão-de-obra indígena reduzida à escravidão 
com o apoio dos holandeses. 
As únicas afirmativas corretas são: 
A) 1 e 3. 
B) 2 e 5. 
C) 2, 3 e 4. 
D) 1, 2 e 5. 
E) 1, 3 e 4. 
 
Questão 07 
O processo de industrialização do nordeste iniciou-se na 
segunda metade do século xix. 
No início do século xx, sofreu a implantação de indústrias 
diferentes das até então existentes. 
A sudene reanimou o desenvolvimento industrial nordestino. 
Assinale a alternativa correta que se relaciona às afirmações 
anteriores. 
A) a sudene criando novas indústrias nas décadas de 60 e 70 
aumentou sensivelmente o número de empregos, nas capitais 
nordestinas e reduziu as migrações para essas capitais. 
B) a sudene conseguiu reanimar as indústrias tradicionais, na 
primeira metade do século xx, incentivando a implantação de 
fábricas de extração de óleo de sementes de algodão, de 
mamona e de oiticica que não sendo automatizadas 
resolveram, em boa parte, a questão do emprego. 
C) a implantação de usinas de açúcar e de fábricas de tecidos 
ligadas à produção do algodão, do agave e caroá foram 
iniciadas apenas após a criação da sudene, na década de 
1950. 
D) apesar da sudene provocar um certo desenvolvimento 
industrial, não houve uma diversificação nos tipos de 
indústrias do nordeste, após a década de 1950, 
permanecendo a mesma estrutura industrial, baseada na 
manufatura de produtos agrícolas. 
E) Incentivos fiscais contribuíram para a implantação de novas 
indústrias e a modernização de algumas das antigas, no 
entanto, a sudene investindo mais em áreas que já 
apresentavam um certo dinamismo econômico, não minimizou 
a pobreza nordestina e as migrações para as grandes 
cidades. 
 
 
Questão 08 
A região destacada no mapa a seguir caracteriza-se entre 
outros fatores por: 
 
A) apresentar uma estrutura agrária exclusivamente de 
latifúndios dedicados à lavoura de cana-de-açúcar. 
B) dedicar-se à pecuária extensiva, lembrança da principal 
atividade desenvolvida no período colonial. 
C) aproveitar suas terras mais úmidas para a fruticultura, não 
necessitando, desta forma, de irrigação. 
D) englobar a maior produção de arroz de toda a região 
nordestina. 
E) predominam historicamente os minifúndios policultores de 
hortifrutigranjeiros.. 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE CASA 
 
Questão 01 
A GEOPOLÍTICA DO ESTADO 
 
Na Amazônia brasileira, o Estado favoreceu a economia 
urbana para fins geopolíticos. O mais flagrante caso moderno 
foi a criação de uma área na qual o Estado tentou pela 
primeira vez introduzir a substituição de importações. Ao 
conceder incentivos fiscais federais e estaduais à produção 
empresarial de bens de consumo inéditos ou de produção 
inexpressiva no Brasil, o Estado teve claro objetivo 
geopolítico, implantando uma economia industrial em meio a 
uma região dominada ainda por uma economia mercantil em 
área pouco povoada e com um passado de disputas. 
Fonte: BECKER, B. A urbe amazônida. Rio de Janeiro: 
Garamond, 2013, p. 44. Adaptado. 
 
Essa área criada pelo Estado, no final da década de 1960, 
pertence ao seguinte empreendimento regional: 
a) Projeto Calha Norte. 
b) Zona Franca de Manaus. 
c) Rodovia Transamazônica. 
d) Programa Grande Carajás. 
e) Programa ALBRAS-ALUNORTE 
 
Questão 02 
Com base na figura seguinte, assinale a alternativa correta. 
 
a) A figura destaca as três macrorregiões naturais do Brasil, 
segundo o IBGE (1960), que dividiu o país em Amazônia, 
Nordeste e Centro Sul. 
b) A Amazônia corresponde à região Norte, incluindo a totalidade 
dos estados de Tocantins, Mato Grosso e Maranhão. 
c) A região Centro Sul corresponde às regiões Sul, Sudeste e 
Centro Oeste, além do Distrito Federal e do vale do rio São 
Francisco. 
d) A região Nordeste do país compreende 09 estados brasileiros, 
excetuando-se apenas o estado do Maranhão e incluindo o norte 
de Minas Gerais. 
e) A figura representa as três grandes regiões geoeconômicas, 
ou complexos regionais, que obedecem a critérios ligados aos 
aspectos naturais e ao processo de formação sócio-espacial do 
território brasileiro. Trata- se de uma proposta não oficial 
difundida entre os pesquisadores e na mídia em geral. 
 
Questão 03 
Considere os mapas sobre a produção de leite no Brasil. 
 
 
 
 
 
Com base nos mapas e em seus conhecimentos, é correto afirmar 
que a produção de leiteno Brasil, no período retratado, 
a) cresceu na região Nordeste, devido à substituição das 
plantações de algodão, na Zona da Mata, pelos rebanhos 
leiteiros. 
b) avançou em direção aos estados do Norte e do Centro-Oeste, 
em função da predominância, nessas regiões, de climas mais 
secos. 
c) consolidou a hegemonia de Minas Gerais, graças à alta 
produtividade alcançada com o melhoramento genético dos 
rebanhos no Vale do Jequitinhonha. 
d) aumentou, tanto em quantidade produzida quanto em número 
de estados produtores, graças, em grande parte, ao crescimento 
do consumo interno. 
e) abarcou todo o território nacional, excetuando-se os estados 
recobertos pela floresta amazônica, devido à presença de 
unidades de conservação. 
 
 
 
 
 
 
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Questão 04 
Considere o mapa do IDHM-Renda (Índice de Desenvolvimento 
Humano Municipal-Renda) da região Sudeste. 
 
 
A leitura do mapa permite identificar que o IDHM – Renda, no 
Sudeste, é, predominantemente, 
a) alto no Vale do Paraíba do Sul e no Vale do Jequitinhonha. 
 b) médio no Polígono das Secas e no Vale do Aço mineiro. 
c) baixo no Pontal do Paranapanema e no norte do Espírito Santo. 
d) baixo no Polígono das Secas e no Vale do Jequitinhonha. 
e) médio na área petrolífera da Bacia de Campos e no Triângulo 
Mineiro. 
 
Questão 05 
A região do médio Vale do São Francisco, nos estados da Bahia e 
Pernambuco, tem sido, desde a década de 1980, uma das mais 
importantes zonas agrícolas fruticultoras, no País. Por exemplo, o 
total da produção dos municípios de Juazeiro, Petrolina, Santa 
Maria da Boa Vista e Curaçá ultrapassa 550.000 toneladas 
anuais, sendo que destas, as produções de uva e manga são as 
principais. 
IBGE, Pesquisa Agrícola Municipal, 2005. 
Com base nas informações do texto e em seus 
conhecimentos, identifique a predominância das 
características do clima, do solo e do manejo agrícola 
responsáveis pela excelente produtividade da região nele 
mencionada. 
 
a) Curtos períodos de estiagem no inverno, com chuvas bem 
distribuídas nas demais estações do ano, solos bem 
drenados e práticas de terraceamento. 
b) Prolongados períodos de estiagem no verão, com chuvas 
concentradas no inverno, solos ricos em nutrientes minerais 
e práticas eficientes de irrigação. 
c) Prolongados períodos de estiagem no verão, com chuvas 
concentradas no inverno, solos bem drenados e extensas 
áreas com adubação orgânica. 
d) Curtos períodos de estiagem no inverno, com chuvas bem 
distribuídas nas demais estações do ano, solos aluviais e 
extensas áreas de adubação orgânica. 
e) Ausência de períodos de estiagem, com chuvas bem 
distribuídas ao longo de todo o ano, solos ricos em nutrientes 
e prática de terraceamento. 
 
Questão 06 
São Paulo gigante, torrão adorado 
Estou abraçado com meu violão 
Feito de pinheiro da mata selvagem 
Que enfeita a paisagem lá do meu sertão 
Tonico e Tinoco, São Paulo Gigante. 
 
Nos versos da canção dos paulistas Tonico e Tinoco, o termo 
“sertão” deve ser compreendido como 
 
a) descritivo da paisagem e da vegetação típicas do sertão 
existente na região Nordeste do país. 
b) contraposição ao litoral, na concepção dada pelos caiçaras, 
que identificam o sertão com a presença dos pinheiros. 
c) analogia à paisagem predominante no Centro-Oeste brasileiro, 
tal como foi encontrada pelos bandeirantes no século XVII. 
d) metáfora da cidade-metrópole, referindo-se à aridez do 
concreto e das construções. 
e) generalização do ambiente rural, independentemente das 
características de sua vegetação. 
 
Questão 07 - 
O mapa abaixo mostra, de forma esquemática, como será feita a 
transposição do Rio São Francisco. 
 
 
Do ponto de vista ambiental, o processo de transporte e 
armazenamento da água leva a um aumento da sua salinidade e 
da salinização do solo irrigado. Observando o mapa, e 
considerando Petrolina e Juazeiro como a região do médio São 
Francisco, conclui-se que a transposição das águas será 
realizada no 
a) médio alto São Francisco, a salinidade da água em Cabrobó 
será maior do que a próxima ao Rio Apodi e a salinização do solo 
se deverá à evaporação da água. 
b) médio alto São Francisco, a salinidade da água próxima ao Rio 
Apodi será maior do que em Cabrobó e a salinização do solo se 
deverá à condensação da água. 
c) médio baixo São Francisco, a salinidade da água em Cabrobó 
será maior do que a próxima ao Rio Apodi e a salinização do solo 
se deverá à condensação da água. 
d) médio baixo São Francisco, a salinidade da água próxima ao 
Rio Apodi será maior do que em Cabrobó e a salinização do solo 
se deverá à evaporação da água. 
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e) alto São Francisco, a salinidade da água próximo ao rio 
Salgado será menor do que a próxima ao Rio Apodi e a 
salinização do solo deverá ocorrer pela condensação da água. 
 
Questão 08 
 
 
 
Os pontos numerados no mapa indicam importantes áreas de 
exploração mineral na região Norte do país, com extração de 
manganês, bauxita, ferro, cobre, ouro e níquel. Os grandes 
projetos relacionados aos pontos 1, 2 e 3 são, respectivamente, 
a) Trombetas, Carajás e Quadrilátero Ferrífero. 
b) Serra do Navio, Trombetas e Carajás. 
c) Serra do Navio, Carajás e Maciço do Urucum. 
d) Trombetas, Serra do Navio e Paragominas. 
e) Maciço do Urucum, Alumar e Carajás. 
 
Questão 09 
Analise o mapa abaixo. 
 
(ARBEX JR., J.; OLIC, N. B. O Brasil em regiões: norte. São 
Paulo: Moderna, 2000. p. 9.) 
 
Na década de 1960, foi criada a Superintendência do 
Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), que redefiniu a 
Amazônia Brasileira. Além dessa redefinição territorial, ocorreu a 
renomeação da região (área hachurada no mapa acima), que 
passou a se chamar 
 
a) Amazônia Internacional. 
b) Região Norte. 
c) Pacto Amazônico. 
d) Amazônia Legal. 
e) Floresta Amazônica. 
Questão 10 
Observe a figura a seguir: 
 
 
O critério adotado, na divisão regional descrita no mapa, tem por 
referência 
a) a base física territorial, onde se destacam as bacias 
hidrográficas. 
b) os aspectos demográficos, considerando-se a distribuição da 
população brasileira. 
c) o setor secundário, mediante o número de estabelecimentos 
industriais. 
d) as características socioeconômicas e geoambientais. 
e) os elementos de ordem natural, relacionados aos tipos 
climáticos. 
 
Questão 11 
A Floresta Amazônica, com toda a sua imensidão, não vai estar aí 
para sempre. Foi preciso alcançar toda essa taxa de 
desmatamento de quase 20 mil quilômetros quadrados ao ano, na 
última década do século XX, para que uma pequena parcela de 
brasileiros se desse conta de que o maior patrimônio natural do 
país está sendo torrado. 
AB’SABER, A. Amazônia: do discurso à práxis. São Paulo: 
EdUSP, 1996. 
 
Um processo econômico que tem contribuído na atualidade para 
acelerar o problema ambiental descrito é: 
 
a) Expansão do Projeto Grande Carajás, com incentivos à 
chegada de novas empresas mineradoras. 
b) Difusão do cultivo da soja com a implantação de monoculturas 
mecanizadas. 
c) Construção da rodovia Transamazônica, com o objetivo de 
interligar a região Norte ao restante do país. 
d) Criação de áreas extrativistas do látex das seringueiras para os 
chamados povos da floresta. 
e) Ampliação do polo industrial da Zona Franca de Manaus, 
visando atrair empresas nacionais e estrangeiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questão 12 
 
 
 
A partir do mapa apresentado, e ́ possível inferir que nas últimas 
décadas do século XX, registraram-se processos que resultaram 
em transformações na distribuição das atividades econômicas e 
da população sobre o território brasileiro,com reflexos no PIB por 
habitante. Assim, 
a) as desigualdades econômicas existentes entre regiões 
brasileiras desapareceram, tendo em vista a modernização 
tecnológica e o crescimento vivido pelo país. 
b) os novos fluxos migratórios instaurados em direção ao Norte e 
ao Centro-Oeste do país prejudicaram o desenvolvimento 
socioeconômico dessas regiões, incapazes de atender ao 
crescimento da demanda por postos de trabalho. 
c) o Sudeste brasileiro deixou de ser a região com o maior PIB 
industrial a partir do processo de desconcentração espacial do 
setor, em direção a outras regiões do país. 
d) o avanço da fronteira econômica sobre os estados da região 
Norte e do Centro-Oeste resultou no desenvolvimento e na 
introdução de novas atividades econômicas, tanto nos setores 
primário e secundário, como no terciário. 
e) o Nordeste tem vivido, ao contrário do restante do país, um 
período de retração econômica, como consequência da falta de 
investimentos no setor industrial com base na moderna 
tecnologia. 
 
Questão 13 
Sob o aspecto natural, o Nordeste é a mais diversificada dentre 
regiões brasileiras. Os quadros agrários têm muitas de suas 
características subordinadas aos solos, às condições climáticas e 
ao relevo. Por tais razões, pode-se corretamente afirmar que: 
 
a) nos sertões, a variação de solos é muito pequena em função 
de relevos aplainados, onde se estabelece um sistema de 
pecuária semi-intensivo 
b) as serras úmidas em rochas exclusivamente sedimentares têm 
uma ocupação agrícola muito variada 
c) o litoral úmido é domínio da Mata Atlântica e da monocultura 
canavieira, apresentando atualmente importantes complexos 
industriais. 
d) a área cacaueira, situada nos agrestes nordestinos, tem 
apresentado notável crescimento de produtividade agrícola. 
e) o Meio Norte se desenvolveu a partir de latifúndios 
monocultores rizicultores voltados ao mercado externo, 
apresentando ainda os maiores complexos industriais do 
Nordeste. 
 
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Comentários e Gabarito das Questões de Casa 
 
QUESTÃO 01: Alternativa B 
O texto fala sobre a questão de incentivos fiscais e sistema de 
concessões como forma de estimular o desenvolvimento 
econômico e, consequentemente o povoamento. Na região 
amazônica a SUDAM ficou encarregada de exercer o 
desenvolvimento, criando para tanto a SUFRAMA- surgindo em 
1967 a Zona Franca de Manaus. 
QUESTÃO 02: Alternativa E 
A questão trata da divisão regional de Pedro Pinchas 
representada por três complexos: Nordeste, Amazônia e 
Centro-Sul, levando-se em consideração os aspectos 
Geoeconômicos 
 
QUESTÃO 03: Alternativa D 
Analisando os mapas apresentados verificamos que ocorreu 
uma elevação da produção de leite no país. É preciso 
ressaltar que o Brasil possuía 41 milhões de pessoas em 
1940, chegando a mais de 170 milhões em 2006, fato que 
naturalmente exigiu uma maior produção de leite. Outro fator 
importante é que houve uma maior interiorização demográfica, 
ampliando as unidades federativas produtoras. 
 
QUESTÃO 04: Alternativa D 
O mapa apresentado da região sudeste identifica uma área 
branca que possui um IDH considerado muito baixo 
(dominado por elevadas taxas de analfabetismo, elevadas 
desigualdades sociais, baixa expectativa de vida, 
subnutrição). Pela imagem verificamos o Norte do Estado de 
Minas Gerais, dominado pelo Polígono das Secas e o Vale do 
Jequitinhonha. I 
 
QUESTÃO 05: Alternativa B 
 
QUESTÃO 06: Alternativa E 
 
QUESTÃO 07: Alternativa D 
 
QUESTÃO 08: Alternativa B 
 
QUESTÃO 09: Alternativa D 
 
QUESTÃO 10: Alternativa D 
 
QUESTÃO 11: Alternativa B 
A região denominada de Amazônia vem sofrendo nas últimas 
décadas com a expansão do agronegócio, a partir do 
desenvolvimento da soja voltada ao mercado externo e das 
áreas de pastagens, abrindo um arco de desmatamento na 
região sul-amazônica. 
QUESTÃO 12: Alternativa D 
Analisando o processo de evolução econômica do território 
brasileiro verificamos que desde a década de 1960 ocorreu 
uma expansão da fronteira agrícola em direção ao centro-
oeste e a Amazônia, ampliando o PIB-per capita regional. 
QUESTÃO 13: Alternativa C 
O Nordeste apresenta-se como uma região heterogênea, 
formada por uma diversidade de elementos físico-naturais que 
se refletiram no processo histórico de ocupação, sendo na 
faixa litorânea uma área de latifúndios, monocultores, modelo 
plantation, onde prevaleceu a atividade canavieira.

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