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Suplemento de reviSão • FÍSiCA R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Suplemento de reviSão • FÍSiCA Calor, mudanças de fase e propagação do calor Quando um corpo recebe ou cede calor, dois efeitos podem ocorrer: sua temperatura varia e ele não sofre mudança de fase ou sua temperatura permanece constante, mas ocorre transição de fase. No primeiro caso, dizemos que a substância trocou calor sensível, e no segundo caso, calor latente. Além dessas duas situações, vamos analisar os processos de propagação do calor e as trocas de calor com múltiplos corpos em sistemas termicamente isolados. 11 TEMA Calor sensível Quando um corpo recebe calor, este pode produzir variação de temperatura ou mudança de estado. Se o efeito produzido é a variação de temperatura, dizemos que o corpo recebeu calor sensível. De modo análogo, quando um corpo cede calor, se houver diminuição de temperatura, diz-se que o corpo perdeu calor sensível. A expressão que fornece a quantidade Q de calor sen- sível trocada por um corpo, conhecida como equação fundamental da Calorimetria, pode ser determinada experimentalmente. A quantidade de calor Q recebida (ou cedida) por um corpo é diretamente proporcional à sua massa m e à variação de temperatura SJ sofrida pelo corpo. Portanto: Q = m $ c $ SJ Nessa fórmula, o coeficiente de proporcionalidade c é uma característica do material que constitui o corpo, deno- minada calor específico. Sua unidade usual é cal/(g $ ºC). Observe que, se m = 1 g e SJ = 1 ºC, c é numericamente igual a Q, isto é, o calor específico de uma substância mede numericamente a quantidade de calor que faz variar em 1 ºC a temperatura da massa de 1 g da substância. O sinal de Q depende do sinal de SJ. Quando a temperatura de um corpo aumenta é porque ele recebeu calor, ou seja: SJ = Jfinal - Jinicial 2 0 ` Q 2 0 (calor recebido) Se a temperatura de um corpo diminui é porque ele cedeu calor, ou seja: SJ = Jfinal - Jinicial 1 0 ` Q 1 0 (calor cedido) Como o calor é a energia térmica em trânsito, a unidade em que é medida a quantidade de calor Q trocada pelos corpos é a unidade de energia. No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade de quantidade de calor é o joule (J). Entretanto, por razões históricas, existe outra unidade, a caloria (cal), cuja relação com o joule é: 1 cal = 4,1868 J Um múltiplo da caloria bastante utilizado é a quilocaloria (kcal), cuja relação com a caloria é: 1 kcal = 1.000 cal Capacidade térmica de um corpo É costume definir também a grandeza capacidade térmica de um corpo C como a relação entre a quanti- dade de calor Q trocada e a correspondente variação de temperatura SJ: C = mc Portanto, a capacidade térmica de um corpo também pode ser expressa como o produto de sua massa (m) pelo calor específico da substância que o constitui (c). Representa numericamente a quantidade de calor que o corpo deve trocar para sofrer uma variação unitária de temperatura. A unidade usual de capacidade térmica é a caloria por grau Celsius (cal/ºC). Trocas de calor. Calorímetro Se dois ou mais corpos trocam calor apenas entre si, a soma algébrica das quantidades de calor trocadas por esses corpos, até o estabelecimento do equilíbrio térmico, é nula. É o princípio geral das trocas de calor. Q1 + Q2 + Q3 + ... + Qn = 0 C = SJ Q De Q = m $ c $ SJ, vem: Os recipientes nos quais realizamos as experiências en- volvendo trocas de calor são chamados de calorímetros. Normalmente, a grandeza relevante num calorímetro é sua capacidade térmica. Em um calorímetro ideal, o iso- lamento térmico do meio externo seria perfeito (paredes adiabáticas), e a capacidade térmica, nula. Calor latente Quando, sob determinada pressão, um corpo atinge a temperatura de mudança de fase, cessa a variação de tempe ratura. A energia térmica continua a ser utilizada na reorganização molecular da substância. A temperatura só volta a mudar quando o corpo todo tiver mudado de fase. O calor latente de uma mudança de fase é a quan- tidade de calor que a substância recebe (ou cede), por 9898 PDF-ALTA-098-107-MPFSR-TM11-M.indd 98 7/30/15 11:37 AM Termômetro Pás em rotação elevam a temperatura da água Pesos em queda giram o eixo Água Quantidade de calor Temperatura PE PF 0 A B C 100 110 220 D E Q J (ºC) tema 11 • CaLOR, mUDaNÇaS De FaSe e PROPaGaÇÃO DO CaLOR R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Q = mL Note que a transformação de fase inversa requer a mesma quantidade de calor, em módulo. Assim, se o calor latente de fusão da água sob pressão normal é 80 cal/g, sabemos que o calor latente de solidificação da água, na mesma pressão, vale - 80 cal/g. Equivalente mecânico do calor James Prescott Joule apresentou, em 1845, um apara- to experimental para demonstrar que o calor também é uma forma de energia. Para tanto, o experimento trans- formava energia mecânica da queda de pesos (energia potencial gravitacional) em energia cinética da rotação de pás, que por fim aqueciam a água no interior de um calorímetro. Podemos resumir o resultado de Joule como: 1 cal = 4,1868 J Esse valor exato do equivalente mecânico do calor (como então foi chamado) foi obtido posteriormente, por meio de experimentos realizados com dispositivos mais sofisticados. A descoberta de Joule representou a confirmação teórica que viabilizou o uso de máquinas a vapor na conversão de energia térmica em energia mecânica. A partir da década s Esquema do dispositivo utilizado por Joule. de 1840, a industrialização do mundo desenvolvido acelerou-se, em grande parte, graças à Física. Curvas de aquecimento e de resfriamento O diagrama que mostra a temperatura do corpo em função da quantidade de calor absorvida recebe o nome de curva de aquecimento (Fig. 1). Os patamares horizon- tais representam as transições de fase da substância. As temperaturas indicadas por PF e PE representam, respec- tivamente, os pontos de fusão e ebulição da substância, nessa determinada pressão. unidade de massa, durante a transformação, mantendo- -se constante a temperatura. De modo geral, para a massa m de um material sofrendo mudança de fase, de calor latente L, a quantidade total de calor Q trocada no processo pode ser calculada pela fórmula: Figura 1 Exemplo de curva de aquecimento de uma substância qualquer. Se considerarmos o processo inverso, com perda de calor, obteremos uma curva de resfriamento (Fig. 2). Figura 2 Curva de resfriamento da água sob pressão normal, com condensação (liquefação) do vapor a 100 wC e solidificação da água a 0 wC. Diagramas de fases Os diagramas de fases são gráficos da pressão em função da temperatura, nos quais é possível analisar as transições de fase da substância. Em geral, cada diagrama mostra o gráfico dividido em três grandes regiões, corres- pondentes às fases sólida, líquida e de vapor. As linhas coloridas no diagrama representam as frontei- ras entre as fases, onde acontecem as transições. • Curva de sublimação (CS): é aquela cujos pontos representam os estados de equilíbrio entre a fase sólida e de vapor. Cruzando essa linha, há a passagem da fase sólida para a de vapor, e vice-versa. • Curva de fusão (CF): seus pontos representam os estados de equilíbrio entre o sólido e o líquido. Se atravessada da esquerda para a direita, ocorre fusão; 9999 PDF-ALTA-098-107-MPFSR-TM11-M.indd 99 7/30/15 11:37 AM P (atm) J (ºC) L V S CS PT PC Gás CF CV P (atm) J L V S CS PT PC Gás CF CV P (atm) J (ºC) L V S CS PT PC Gás CF CV P (atm) J L V S CS PT PC Gás CF CV Muito agitada Agitada Pouco agitada Suplemento de reviSão • FÍSiCA R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19d e fe ve re iro d e 19 98 . Suplemento de reviSão • FÍSiCA se a passagem ocorre no sentido contrário, ocorre solidificação. • Curva de vaporização (CV): representa os estados de equilíbrio entre o líquido e o vapor. Se atraves- sada da esquerda para a direita, ocorre vaporização; se a passagem ocorre no sentido contrário, temos a condensação da substância. • Ponto triplo ou ponto tríplice (PT): corresponde ao estado de equilíbrio entre as três fases da substância. • Ponto crítico (PC): ponto na curva CV, com temperatu- ra a partir da qual o vapor passa a ser chamado de gás. O gás é a fase na qual não ocorre mais condensação por compressão isotérmica. s Diagrama de fases de uma substância típica como o CO2. A maioria das substâncias segue um comportamento semelhante. s O esquema representa o grau de agitação molecular, que varia com a distância até a fonte de energia. s Existem outras substâncias que seguem o comportamento da água. Propagação do calor A propagação do calor pode ocorrer por três processos diferentes: condução, convecção e irradiação. Qualquer que seja o processo, a transmissão do calor obedece à seguinte lei geral: O calor sempre se propaga espontaneamente de um corpo com maior temperatura para um corpo com menor temperatura. As unidades usuais de fluxo de calor são cal/s e kcal/s. No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade do fluxo de calor é o watt (W), que corresponde ao joule por segundo (J/s). Condução térmica A condução térmica é o principal processo de propa- gação de calor em sólidos. As moléculas com temperatura maior vibram mais, e sua vibração é transmitida às molé- culas vizinhas. Como o número de moléculas no sólido é muito grande, o processo é relativamente lento. Convecção térmica A convecção térmica consiste no transporte de energia térmica de uma região para outra por meio do transporte de matéria, o que só pode ocorrer nos fluidos (líquidos e gases). A movimentação das diferentes partes do fluido ocorre pela diferença de densidade que surge em razão do seu aquecimento ou resfriamento. Na figura 3, representa-se um líquido sendo aquecido. As porções mais quentes das regiões inferiores, tendo sua densidade diminuída, sobem. As porções mais frias da região superior, tendo maior den- sidade, descem. Essas correntes líquidas são denominadas correntes de convecção. Figura 3 Correntes de convecção formadas em um líquido em aquecimento. O processo de convecção é mais rápido que o de con- dução e tem mais aplicações práticas, por exemplo, em aparelhos de ar condicionado e geladeiras. A fervura de alimentos em panelas também ocorre por esse princípio. Noções de irradiação térmica A irradiação ou radiação é o único processo de trans- missão de calor que permite transportar energia no vácuo. Isso se dá por meio de ondas eletromagnéticas (ondas de rádio, luz visível, raios ultravioleta, micro-ondas, entre outras). Quando essas ondas são os raios infravermelhos, falamos em irradiação térmica. Toda a energia vinda do Sol é transmitida por irradiação. Alguns gases na atmosfera da Terra permitem que a radiação solar a atravesse e atinja a superfície do planeta. Mas esses gases impedem que a radiação escape no- vamente para o espaço ao ser reemitida na faixa do infra- vermelho. O fenômeno é o mesmo que ocorre nas estufas de plantas. 100 PDF-ALTA-098-107-MPFSR-TM11-M.indd 100 7/30/15 11:37 AM tema 11 • CaLOR, mUDaNÇaS De FaSe e PROPaGaÇÃO DO CaLOR R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . camadas atmosféricas devem se manter aproximadamente constantes com o passar dos séculos. Mas desde o início do século passado vem ocorrendo uma intensificação do efeito estufa, decorrente principalmente das emissões das indústrias e dos veículos automotores, que expelem para a atmosfera quantidades muito grandes de gases estufa, isto é, das substâncias gasosas que determinam esse efeito, principalmente o CO2. Em consequência, a temperatura média da Terra tende a aumentar, trazendo graves pro- blemas ambientais: aquecimento global, desertificação, aumento do nível dos oceanos, aumento na intensidade e na frequência de furacões etc. O efeito estufa O efeito estufa é essencial para manter a temperatura média da Terra em torno de 15 wC. Do contrário, a média estaria por volta de - 10 wC, o que impediria a água de permanecer na fase líquida na superfície, comprometendo enormemente a biodiversidade no planeta. O principal gás que regula o efeito estufa é o dióxido de carbono (CO2), além do óxido nitroso (N2O), do metano (CH4), de água (sobretudo na forma de vapor) e de outros gases. Esse efeito é uma condição natural de nosso planeta. Entretanto, para que o processo continue estável, a composição e a quantidade dos gases estufa nas altas NO VESTIBULAR 1 (Fuvest-SP) Um amolador de facas, ao operar um esmeril, é atingido por fagulhas incandescentes, mas não se queima. Isso acontece porque as fagulhas: a) têm calor específico muito grande. b) têm temperatura muito baixa. c) têm capacidade térmica muito pequena. d) estão em mudança de estado. e) não transportam energia. 2 (Fuvest-SP) J (oC) t (min) 40 20 0 10 O gráfico anterior representa a variação da tempe- ratura de um corpo sólido, em função do tempo, ao ser aquecido por uma fonte que libera energia a uma potência constante de 150 cal/min. Como a massa do corpo é de 100 g, o seu calor específico, em cal/(g $ wC), será de: a) 0,75 b) 3,75 c) 7,50 d) 0,80 e) 1,50 3 (UERN) Ao trocar calor com o meio ambiente, um corpo de massa 0,5 kg teve sua temperatura reduzida para 20 wC, sem sofrer mudança no seu estado físico. Sendo o calor específico da substância que constitui esse corpo igual a 0,175 cal/(g $ wC) e a quantidade total de calor transferida igual a 4.900 cal, então, a temperatura inicial do corpo no início do processo era de: a) 72 wC b) 76 wC c) 80 wC d) 84 wC 101 As fagulhas de um esmeril, apesar de apresentarem altas temperaturas, não queimam a pele do amolador porque têm pequena capacidade térmica, isto é, elas cedem pouco calor até que o equilíbrio térmico se estabeleça. Alternativa c. Ex er cí ci o 1 Do gráfico, obtemos que a variação de temperatura é SJ = 20 wC e que o corpo ficou sujeito a esse aquecimento durante 10 min. A quantidade de calor total Q recebida pelo corpo pode ser obtida como segue: 150 cal 1 min Q 10 min ] Q = 1.500 cal Da equação fundamental da Calorimetria Q = mcSJ, temos: c = SJm Q = $ . 100 20 1 500 ` c = 0,75 cal/(g $ wC) Alternativa a. Ex er cí ci o 2 Como não existe mudança de estado, trata-se de calor sensível. Se a temperatura foi reduzida, o corpo perdeu calor (Q 1 0). Portanto, Q = mc (t - t0) ] - 4.900 = 500 $ 0,175 $ (20 - t0) ] ] --4.900 = 1.750 - 87,5 t0 ] t0 = , . 87 5 6 650 ] t0 = 76 ` t0 = 76 wC Alternativa b. Ex er cí ci o 3 PDF-ALTA-098-107-MPFSR-TM11-M.indd 101 7/30/15 11:37 AM Suplemento de reviSão • FÍSiCA R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . t (oC) Q (cal)0 1.000 2.000 4.000 4.160 100 100 60 20 a) O calor específico da substância no estado sólido é de 0,2 cal/(g $ wC). b) O calor latente de fusão da substância é de 20 cal/g. c) O calor específico da substância no estado líquido é de 0,5 cal/(g $ wC). d) O calor latente de vaporização da substância é de 80 cal/g. e) O calor específico da substância no estado de vapor é de 0,8 cal/(g $ wC). 9 (Enem) Aquecedores solares usados em residências têm o objetivo de elevar a temperatura da água até 70 wC. No entanto, a temperatura ideal da água para um banho é de 30 wC. por isso, deve-se misturar a água aquecida com a água à temperatura ambiente de um outro reservatório, que se encontra a25 wC. Qual a razão entre a massa de água quente e a massa de água fria na mistura para um banho à temperatura ideal? a) 0,111 b) 0,125 c) 0,357 d) 0,428 e) 0,833 10 (Vunesp) Na cozinha de um restaurante, há dois cal- deirões com água, um a 20 wC e outro a 80 wC. Quantos litros se devem pegar de cada um, de modo a resulta- rem, após a mistura, 10 litros de água a 26 wC? 11 (UEL-PR) Para se determinar o calor específico de uma liga metálica, um bloco de massa 500 g dessa liga foi introduzido no interior de um forno a 250 wC. Estabelecido o equilíbrio térmico, o bloco foi retirado do forno e colocado no interior de um calorímetro de capacidade térmica 80 cal/wC, contendo 400 g de água a 20 wC. A temperatura final de equilíbrio foi obtida a 30 wC. Nessas condições, o calor específico da liga, em cal/(g $ wC), vale: a) 0,044 b) 0,036 c) 0,030 d) 0,36 e) 0,40 Dado: Calor específico da água = 1,0 cal/(g $ wC). 12 (Mackenzie-SP) Um estudante, desejando determinar a capacidade térmica de um calorímetro, faz a seguinte experiência: coloca no seu interior 350 g de água fria (c = 1 cal/g $ wC) e, após alguns minutos, verifica que o equilíbrio térmico ocorre a 20 wC. Em seguida, acres- centa 100 g de água a 45 wC, fechando-o rapidamente. O equilíbrio térmico se restabelece a 25 wC. A capacidade térmica procurada é: a) 50 cal/ºC b) 40 cal/ºC c) 30 cal/ºC d) 20 cal/ºC e) 10 cal/ºC 4 (UFMG) O gráfico a seguir mostra como variam as temperaturas de dois corpos A e B, cada um de massa igual a 100 g, em função da quantidade de calor absor- vida por eles. Os calores específicos dos corpos A (cA) e B (cB) são, respectivamente: t (oC) Q (cal)0 25 50 500 1.000 1.500 75 A B a) cA = 0,10 cal/(g $ wC) e cB = 0,30 cal/(g $ wC) b) cA = 0,067 cal/(g $ wC) e cB = 0,20 cal/(g $ wC) c) cA = 0,20 cal/(g $ wC) e cB = 0,60 cal/(g $ wC) d) cA = 10 cal/(g $ wC) e cB = 30 cal/(g $ wC) e) cA = 5,0 cal/(g $ wC) e cB = 1,7 cal/(g $ wC) 5 (UFPE) O calor necessário para fundir uma certa massa de uma substância é igual ao calor necessário para aumentar em 30 K a temperatura da mesma massa da substância multiplicado por uma constante A. Se A = 2,5, quanto vale a razão Lf /c, em K, entre o calor de fusão Lf e o calor específico c desta substância? 6 (UFPA) A presença de vapor-deágua num ambiente tem um papel preponderante na definição do clima local. Uma vez que uma quantidade de água vira vapor, ab- sorvendo uma grande quantidade de energia, quando esta água se condensa libera esta energia para o meio ambiente. Para se ter uma ideia desta quantidade de energia, considere que o calor liberado por 100 g de água no processo de condensação seja usado para aquecer uma certa massa m de água líquida de 0 wC até 100 wC. Com base nas informações apresentadas, calcula-se que a massa m, de água aquecida, é: a) 540 g b) 300 g c) 100 g d) 80 g e) 6,7 g Dados: Calor latente de fusão do gelo LF = 80 cal/g; Calor latente de vaporização LV = 540 cal/g e Calor específico da água, c = 1 cal/(g $ wC). 7 (Fuvest-SP) À temperatura ambiente de 0 wC, um bloco de 10 kg de gelo, à mesma temperatura, desliza so- bre uma superfície horizontal. Após percorrer 50 m, o bloco para em virtude do atrito com a superfície. Admitindo-se que 50% da energia dissipada foi ab- sorvida pelo bloco, derretendo 0,50 g de gelo, calcule: a) o trabalho realizado pela força de atrito. b) a velocidade inicial do bloco. c) o tempo que o bloco demora para parar. 8 (Udesc) O gráfico a seguir representa a temperatura de uma substância, inicialmente no estado sólido, em função da quantidade de calor recebida. A massa da substância é de 50 gramas. 102 PDF-ALTA-098-107-MPFSR-TM11-M.indd 102 7/30/15 11:37 AM tema 11 • CaLOR, mUDaNÇaS De FaSe e PROPaGaÇÃO DO CaLOR R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 103 Pelo gráfico, temos que ambos, A e B, sofreram variação de temperatura de SJ = 50 wC ao receber QA = 500 cal e QB = 1.500 cal, respectivamente. Como mA = mB = m, a partir da equação fundamental da Calorimetria Q = mcSJ, temos: cA = SJm QA = $100 50 500 ` cA = 0,10 cal/(g $ wC) cB = SJm QB = $ . 100 50 1 500 ` cB = 0,30 cal/(g $ wC) Alternativa a. Ex er cí ci o 4 De acordo com o enunciado, o calor latente para transformar certa massa de uma substância do estado líquido para o estado sólido é igual ao calor sensível para aumentar em 30 K a temperatura da mesma massa, multiplicada por uma constante A. Traduzindo nos termos da equação fundamental da Calorimetria e do calor latente de fusão, temos: $ $S ] SmL A mc T c L A Tf f= = Sendo A = 2,5, temos: $ `,c L c L 2 5 30 75 Kf f= = Ex er cí ci o 5 No equilíbrio térmico, a soma das quantidades de calor trocadas entre a água quente (corpo 1) e a água à temperatura ambiente (corpo 2) deve ser nula. Portanto: Q1 + Q2 = 0 ] m1 $ c $ SJ1 + m2 $ c $ SJ2 = 0 ] ] m1c (30 - 70) + m2 $ c (30 - 25) = 0 ] ] - 40 m1 + 5 m2 = 0 ] m2 = 8 m1 ` m m 2 1 = 8 1 = 0,125 Alternativa b. Ex er cí ci o 9 Quantidade de calor liberado na condensação de m = 100 g de água: Q = mL = 100 $ 540 ` Q = 54.000 cal Essa é a quantidade de calor necessária para aquecer certa massa m de água líquida de 0 wC até 100 wC, sem mudança de estado. Portanto: Q = mc (t - t0) ] 54.000 = m $ 1 $ (100 - 0) ] ] m = .100 54 000 ` m = 540 g Alternativa a. Ex er cí ci o 6 a) A quantidade de energia usada para derreter uma massa m = 0,5 g de gelo pode ser calculada como segue: Q = m $ LF ] Q = 0,5 $ 80 ` Q = 40 cal = 160 J Portanto, a energia total (E) envolvida no processo é, por conservação de energia: E = 2Q ] E = 320 J Usando o teorema da energia mecânica, temos: Tfat. = Emec. final - Emec. inicial = -Emec. inicial , pois a velocidade final do bloco é zero. Logo: Tfat. = -320 J b) A energia mecânica inicial do sistema corresponde à energia cinética inicial do gelo. Portanto: E = Emec. inicial ] mv 2 2 = 320 ] v2 = 10 640 ` OvO = 8 m/s c) A partir de Tfat. = -320 J, temos: fat. Ss $ cos $ 180w = -320 ] fat. $ 50 $ (-1) = -320 ] ] fat. = 6,4 N, que corresponde à força resultante sobre o bloco de gelo. Logo, pela 2a lei de Newton: FR = - fat ] ma = - 6,4 ` a = - 0,64 m/s 2 Usando agora a relação v = v0 + at : 0 = 8 - 0,64t ` t = 12,5 s Ex er cí ci o 7 Analisando o gráfico, concluímos que são incorretas as alternativas a, b, d e e: a) c = SJm Q = $50 20 100 ` c = 0,1 cal/(g $ wC) b) LF = m Q = 50 900 ` LF = 18 cal/g d) Lv = m Q = .50 2 000 ` Lv = 40 cal/g e) c = SJm Q = $50 40 160 ` c = 0,08 cal/(g $ wC) Pelo gráfico, a quantidade de calor recebida pela substância em estado líquido é: Q = 2.000 - 1.000 ` Q = 1.000 cal Isso ocasionou a variação de temperatura SJ = 40 wC. Portanto, o calor específico da substância no estado líquido é: c = SJm Q = $ . 50 40 1 000 ` c = 0,5 cal/(g $ wC) Alternativa c. Ex er cí ci o 8 J1 = 20 wC e J2 = 80 wC Pelo princípio das trocas de calor, temos: Q1 + Q2 = 0 Ou seja: m1cáguaSJ1 + m2cáguaSJ2 = 0 Sendo cágua = 1 cal/(g $ wC) e 26 wC a temperatura de equilíbrio: m1 $ 1 $ (26 - 20) + m2 $ 1 $ (26 - 80) = 0 ] ] m1 = 9m2 y No entanto, sabendo que 10 L de água correspondem a 10.000 g dessa mesma substância, devemos ter: m1 + m2 = 10.000 Substituindo y em , temos: 9m2 + m2 = 10.000 ] m2 = . 10 10 000 ` m2 = 1.000 g e m1 = 9.000 g Ou seja, devemos pegar 1 L de água do caldeirão a 80 wC e 9 L de água do caldeirão a 20 wC. Ex er cí ci o 10 Pelo princípio das trocas de calor, devemos ter: Qbloco + Qcal + Qágua = 0 ] ] mblococblocoSJbloco + CcalSJcal + máguacáguaSJágua = 0 Usando os dados do enunciado, temos: 500 $ cbloco $ (30 - 250) + 80 $ (30 - 20) + 400 $ 1 $ (30 - 20) = 0 ] ] -110.000cbloco + 800 + 4.000 = 0 ` cbloco 7 0,044 cal/(g $ wC) Alternativa a. Ex er cí ci o 11 Os corpos envolvidosno processo são: a água fria, o calorímetro e a água quente. Pelo princípio das trocas de calor, temos: Qágua fria + Qcal + Qágua quente = 0 ] ] 350 $ 1 $ (25 - 20) + C(25 - 20) + 100 $ 1 $ (25 - 45) = 0 ] ] 1.750 + 5C - 2.000 = 0 ` C = 50 cal/wC Alternativa a. Ex er cí ci o 12 PDF-ALTA-098-107-MPFSR-TM11-M.indd 103 7/30/15 11:37 AM Suplemento de reviSão • FÍSiCA R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 13 (UEL-PR) Em um calorímetro de capacidade térmica 42,5 cal/wC, que contém 250 g de água a 50 wC, são co- locados m gramas de gelo fundente. A temperatura de equilíbrio térmico é 10 wC. O valor de m é: a) 130 b) 95 c) 73 d) 48 e) 12 Dados: Calor específico da água = 1,0 cal/(g $ wC) Calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g 14 (Ufac) O calor de fusão do gelo é de 80 cal/g. Qual o tempo mínimo necessário para fundir 500 g de gelo a 0 ºC, se o gelo absorve em média 800 cal/s? a) 5 s b) 10 s c) 20 s d) 40 s e) 50 s 15 (Ufal) Uma substância, inicialmente no estado sólido, absorve certa quantidade de calor. Sabe-se que um por cento desse calor eleva em 50 K a temperatura da subs- tância, desde a temperatura inicial até a sua temperatura de fusão. A quantidade restante do calor absorvido é utilizada para fundir completamente a substância. Após a utilização de todo o calor absorvido, a substância encontra-se na sua temperatura de fusão. Denotando o calor específico e o calor de fusão da substância, respec- tivamente, por c e L, a razão L/c vale: a) 1.540 K b) 2.230 K c) 2.320 K d) 3.460 K e) 4.950 K 16 (UERN) Para se aquecer um corpo constituído por uma substância de calor específico 0,4 cal/(g $ wC) foi utilizada uma fonte térmica que fornece 120 cal/min. Se, no aquecimento, o corpo sofreu um aumento de 50 wC em sua temperatura num intervalo de 15 minu- tos, então a massa desse corpo é de: a) 60 g b) 80 g c) 90 g d) 180 g 17 (Uesc-BA) Calorímetro m m A figura representa um arranjo experimental similar àquele utilizado por Joule para demonstrar que é necessário transformar aproximadamente 4,2 J de energia mecânica para se obter 1 cal. Deixando-se cair um corpo de peso 50,0 N, 20 vezes, de uma de- terminada altura, um sistema de pás entra em ro- tação, agitando 1,0 kg de água contida no recipiente isolado termicamente, variando a temperatura da água de 1,5 wC. Desprezando-se os efeitos de forças dissipativas, a capacidade térmica do recipiente e sabendo-se que o corpo cai com velocidade pratica- mente constante e que o calor específico da água é de 1,0 cal/g wC, é correto afirmar que a altura inicial do corpo é igual, em m, a: a) 6,3 b) 8,0 c) 10,0 d) 13,0 e) 15,0 18 (UFJF-MG) Um recipiente metálico, isolado termica- mente, pode ser usado como calorímetro. Com esse objetivo, é preciso determinar primeiramente a capa- cidade térmica C do calorímetro, o que pode ser feito com o seguinte procedimento: I. Colocam-se 100 g de água fria no interior do reci- piente. Mede-se a temperatura de equilíbrio térmico de 10 ºC. II. Adicionam-se mais 100 g de água, à temperatura de 30 wC, no interior do recipiente. A nova tempe- ratura de equilíbrio é de Te. Dados: cH2O = 1 cal/(g $ wC) a) Admitindo que seja desprezível o fluxo de calor do calorímetro para o ambiente, escreva uma equação para o equilíbrio térmico, do tipo Q cedido = Q recebido, onde apareçam a temperatura de equilíbrio Te e a capacidade térmica C do calorímetro. b) Calcule, utilizando a equação que você escreveu no item a, a capacidade térmica do calorímetro, considerando Te = 18 wC. 19 (UEPB) Por ter acabado o gás de cozinha, a dona de casa utilizou um aquecedor de 200 W de potência para aquecer a água do café. Dispondo de 1 litro (1.000 g) de água que se encontrava a 22 wC, e supondo que apenas 80% dessa potência foi usada no aquecimento da água, qual a temperatura atingida pela água após um instante de 30 min? (Adote 1 cal = 4,0 J e calor específico da água c = 1 cal/g $ wC.) a) 60 wC b) 313 wC c) 30 wC d) 94 wC e) 72 wC 20 (UFRR) Uma quantidade de 500 g de água (líquido) é esfriada de 97 wC para 25 wC. A quantidade de calor perdida pela água seria suficiente para derreter quan- tos gramas de gelo (sólido) a 0 wC ? a) 400 g b) 350 g c) 450 g d) 500 g e) 550 g Dados: Calor específico da água igual a 1,0 cal/(g $ wC); calor latente de fusão do gelo igual a 80 cal/g. 104 PDF-ALTA-098-107-MPFSR-TM11-M.indd 104 7/30/15 11:37 AM tema 11 • CaLOR, mUDaNÇaS De FaSe e PROPaGaÇÃO DO CaLOR R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 105 Os corpos envolvidos no processo são: o calorímetro, a água e o gelo. Pelo princípio das trocas de calor, temos: Qágua + Q latente gelo + Qcal + Qgelo = 0 ] ] 250 $ 1 $ (10 - 50) + m $ 80 + 42,5 $ (10 - 50) + + m $ 1 $ (10 - 0) = 0 ] ] -10.000 + 80 $ m - 1.700 + 10 $ m = 0 ` m = 130 g Alternativa a. Ex er cí ci o 13 Para fundir 500 g de gelo, necessitamos de: Q = mL ] Q = 500 $ 80 ` Q = 40.000 cal Usando a informação do fluxo médio dada no enunciado: A = St Q ] 800 = S . t 40 000 ` St = 50 s Alternativa e. Ex er cí ci o 14 Se a fonte fornece 120 cal em um 1 minuto, ao final de 15 minutos fornecerá: Q = 15 $ 120 = 1.800 cal Portanto: Q = mcSJ ] 1.800 = m $ 0,4 $ 50 ] m = .20 1 800 ] ] m = 90 ` m = 90 g Alternativa c. Ex er cí ci o 16 a) Qcedido = Qrecebido m $ c $ SJ1 = m $ c $ SJ2 + C $ SJ2 ] ] 100 $ 1 $ (30 - Te) = 100 $ 1 $ (Te - 10) + C $ (Te - 10) ] ] 100 $ (30 - Te) = 100 $ (Te - 10) + C $ (Te - 10) b) Substituindo na expressão do item anterior, temos: 100 $ (30 - 18) = 100 $ 1 $ (18 - 10) + C $ (18 - 10) ] ] 1.200 = 800 + 8C ` C = 50 cal/wC Ex er cí ci o 18 Calculando a quantidade de calor perdida pelos 500 g de água: Q = m $ c $ SJ = 500 $ 1 $ (25 - 97) ` Q = - 36.000 cal Segundo o enunciado, essa energia seria aproveitada para derreter uma massa m de gelo. Q = mL ] 36.000 = m $ 80 ` m = 450 g Alternativa c. Ex er cí ci o 20 Relacionando os dados do enunciado e lembrando de incluir a conversão de calorias para joules na energia térmica, temos: Pot = S SJ t mc ] 0,80 $ 200 = $ $ $ $. ( ) 30 60 4 1 000 1 22J - ` J = 94 wC Alternativa d. Ex er cí ci o 19 Q1 = 0,01 $ Qtotal ] 0,01 $ Qtotal = m $ c $ 50 y Q2 = 0,99 $ Qtotal ] 0,99 $ Qtotal = m $ L Dividindo a 2a equação pela 1a, obtemos: , , 0 01 0 99 = $c L 50 ` c L = 4.950 K Alternativa e. Ex er cí ci o 15 A energia potencial da queda do corpo é convertida em energia térmica para aquecer 1 kg de água: 20 $ m $ g $ h = 4,2 $ mágua $ c $ SJ ] ] 20 $ 50 $ h = 4,2 $ 1.000 $ 1 $ 1,5 ` h = 6,3 m Alternativa a.E xe rc íc io 1 7 PDF-ALTA-098-107-MPFSR-TM11-M.indd 105 7/30/15 11:37 AM Suplemento de reviSão • FÍSiCA R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 21 (PUC-RS) O diagrama relaciona o comportamento das temperaturas Celsius T e as quantidades de calor Q recebidas por três substâncias diferentes, A, B e C, todas sujeitas à mesma pressão atmosférica. T (ºC) 0 A C Q (J) B Com base na figura, podemos afirmar que: a) a substância B possui uma temperatura de fusão mais elevada do que a substância A. b) a substância B é necessariamente água pura. c) a substância B possui uma temperatura de solidi- ficação mais elevada do que a substância A. d) o calor de vaporização da substância B é maior do que o da substância C. e) a fase final da substância A é sólida. 22 (Unitau-SP) Indique a alternativa que associa correta- mente o tipo predominante de transferência de calor que ocorre nos fenômenos, na seguinte sequência: • Aquecimento de uma barra de ferro quando sua extremidade é colocada numa chama acesa. • Aquecimentodo corpo humano quando exposto ao sol. • Vento que sopra da terra para o mar durante a noite. a) Conveccão-condução-radiação b) Convecção-radiação-condução c) Condução-convecção-radiação d) Condução-radiação-convecção e) Radiação-condução-convecção 23 (Uniube-MG) Com relação às formas de transmissão de calor, analise as afirmativas a seguir: I. A condução de calor é um processo que exige a presença do meio material e que, portanto, não ocorre no vácuo. II. Durante o dia, o ar mais próximo da areia fica mais quente que o restante e sobe, dando lugar a uma corrente de ar do oceano para a terra. III. Na geladeira, o congelador é sempre colocado na par- te superior para que o ar se resfrie na sua presença e desça, dando lugar ao ar mais quente que sobe. IV. Radiação é o processo de transmissão de calor através de ondas eletromagnéticas. São corretas as afirmações contidas em: a) I e IV, apenas b) I, II, III e IV c) III e IV, apenas d) II, III e IV, apenas e) I e III, apenas 24 (UEL-PR) O cooler, encontrado em computadores e em aparelhos eletroeletrônicos, é responsável pelo resfria- mento do microprocessador e de outros componentes. Ele contém um ventilador que faz circular ar entre placas difusoras de calor. No caso de computadores, as placas difusoras ficam em contato direto com o processador, conforme a figura, a seguir. Cooler Ventilador Processador Placas difusoras Vista lateral do cooler e do processador. Sobre o processo de resfriamento desse processador, assinale a alternativa correta. a) O calor é transmitido das placas difusoras para o pro- cessador e para o ar através do fenômeno de radiação. b) O calor é transmitido do ar para as placas difusoras e das placas para o processador através do fenô- meno de convecção. c) O calor é transmitido do processador para as placas difusoras através do fenômeno de condução. d) O frio é transmitido do processador para as placas difusoras e das placas para o ar através do fenô- meno de radiação. e) O frio é transmitido das placas difusoras para o ar através do fenômeno de radiação. 25 (UFPA-PA) Um expressivo polo de ferro-gusa tem se implantado ao longo da ferrovia de Carajás, na região sudeste do Pará, o que ensejou um aumento vertigino- so na produção de carvão, normalmente na utilização de fornos conhecidos como ‘‘rabos-quentes”, que a foto abaixo ilustra. Além dos problemas ambientais causados por esses fornos, a questão relativa às condições altamente insalubres e desumanas a que os trabalhadores são submetidos é preocupante. A enorme temperatura a que chegam tais fornos propaga uma grande quanti- dade de calor para os corpos dos trabalhadores que exercem suas atividades no seu entorno. Com base nas informações referidas no texto acima, analise as seguintes afirmações: I. O gás carbônico (CO2) emitido pelos fornos é um dos agentes responsáveis pelo aumento do efeito estufa na atmosfera. II. Nas paredes do forno de argila o calor se propaga pelo processo de convecção. III. O calor que atinge o trabalhador se propaga pre- dominantemente através do processo de radiação. IV. O deslocamento das substâncias responsáveis pelo efeito estufa é consequência da propagação do calor por condução. Estão corretas somente: a) I e II b) I e III c) II e III d) III e IV e) II e IV 106 PDF-ALTA-098-107-MPFSR-TM11-M.indd 106 7/30/15 11:37 AM tema 11 • CaLOR, mUDaNÇaS De FaSe e PROPaGaÇÃO DO CaLOR R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 107 Os patamares horizontais representam as transições de fase das substâncias. Observando os gráficos, concluímos que tanto na fusão quanto na vaporização as maiores temperaturas correspondem à substância A, depois à B e por último à C. Isso descarta as alternativas a e c. Apesar de sofrer fusão a 0 wC, não podemos garantir que B necessariamente é água pura apenas por isso. A fase final de A é uma coexistência entre fase líquida e vapor, ambos à mesma temperatura. Portanto, e é falsa. Finalmente, o calor de vaporização de B é maior que o de C, pois o segundo patamar horizontal (vaporização) de B é mais extenso que o de C. Alternativa d. Ex er cí ci o 21 Ao aquecer a extremidade de uma barra de ferro, as moléculas que a compõem passam a vibrar com mais intensidade por causa da elevação da temperatura. • O choque entre essas moléculas e as vizinhas leva parte da energia de vibração a ser transferida, fazendo com que as últimas também vibrem mais intensamente . O processo se propaga, caracterizando a transmissão de calor por condução. • O aquecimento do corpo humano pelos raios solares se dá pela transmissão de calor por meio de ondas eletromagnéticas (radiação infravermelha), as quais, por natureza, possuem a capacidade de se propagar no vácuo. Esse processo é denominado irradiação. • O vento sopra da terra para o mar durante a noite, porque a água ainda está mais quente que a areia. Assim, o ar sobre a água é menos denso e sobe, enquanto o ar sobre a areia é mais denso e desce. A corrente convectiva formada se ‘‘fecha” com um fluxo de ar da terra para a água, próximo à superfície. Alternativa d. Ex er cí ci o 22 a) Incorreta. O calor sempre se move de um corpo com temperatura maior para um corpo com temperatura menor. Além disso, durante o fenômeno de radiação, o calor é transmitido de um local para outro sem necessitar de matéria para sua transferência. b) Incorreta. O calor sempre se move de um corpo com temperatura maior para um corpo com temperatura menor. Nesse caso, o corpo com maior temperatura é o processador. c) Correta. O calor deve ser compreendido como uma quantidade de energia transferida de um corpo com temperatura maior para um corpo com temperatura menor. Dessa forma, o calor é transmitido do processador para as placas difusoras, através do fenômeno de condução. d) e e) Incorretas. Para a Física, dizer que um corpo está mais frio que outro significa dizer que um corpo possui menor quantidade de calor que outro. Dessa forma, o termo “frio’’ não está diretamente relacionado a uma quantidade de energia que se desloca de um corpo para outro. Alternativa c. Ex er cí ci o 24 I. Correta. O gás carbônico emitido em processos industriais é um dos principais gases causadores do efeito estufa. II. Incorreta. O principal processo de propagação de calor nas paredes do forno é a condução. III. Correta. A radiação térmica é o principal processo, pois o ar é relativamente ruim para propagar o calor por condução; além disso, por convecção, a massa de ar quente tende a subir, em vez de atingir o trabalhador no solo. IV. Incorreta. A ascensão das massas gasosas aquecidas, nas quais se encontram as substâncias responsáveis pelo efeito, ocorre por convecção. Alternativa b. Ex er cí ci o 25 I. Correta. A condução térmica necessita de um meio material para ocorrer. II. Correta. Trata-se da chamada brisa marítima ocasionada por correntes de convecção. III. Correta. A posição superior favorece as correntes convectivas, e implica menor consumo de energia da geladeira para operar. IV. Correta. A radiação transmite calor através de ondas eletromagnéticas, principalmente na faixa infravermelha de frequências. Alternativa b. Ex er cí ci o 23 PDF-ALTA-098-107-MPFSR-TM11-M.indd 107 7/30/15 11:37 AM PDF-baixa-098-107-MPFSR-TM11-M