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Roteiro de estudos Bases Morfofuncionais BASES MORFOFUNCIONAIS III GUIA DE AVALIÇÃO PRÁTICA - 3° CICLO CASO I - A FAMÍLIA DO Dr. ARNALDO Dr. Arnaldo tem uma família com uma diversidade muito grande de problemas. Um dia sentado na poltrona de seu consultório começou a lembrar a gama de complicações que tem passado e que já passou. Sua mãe dona Erodina com 80 anos não se lembra de fatos recentes, compreende poucas palavras, por isso tem problemas de dialogo, ela tem dificuldade na articulação da fala. Mas Dr. Arnaldo conversa facilmente com ela sobre sua infância, porém dona Erodina não reconhece seu filho mais novo, que a visita todo final de semana. O Dr. Arnaldo que é neurologista, entende que sua mãe tem problemas nas camadas do hipocampo, giro cingulado, córtex entorrinal, subículo, fimbria, que são áreas associadas à memória. Seu pai, Sr.Estevão, agora com 84 anos tem que se concentrar muito para pegar uma xicara com café, suas mãos estão trêmulas, seu andar atáxico é notado durante as pequenas caminhadas que faz junto com o filho 3 vezes na semana em um parque próximo de sua casa. O Dr. Arnaldo pensou no caso de seu pai, e imaginou possíveis alterações nos núcleos da base, no giro pré- central, no núcleo rubro, nas olivas bulbares e no cerebelo. Leonidas, genro do Dr. Arnaldo, é um fumante inveterado, não sente gosto nem cheiro de quase nada, já teve AVE, afetando os movimentos do membro inferior esquerdo e fala. Atualmente vem tomando cuidado para não ter outra AVE fazendo a utilização de emplastros de nicotina. A esposa do Dr Arnaldo passou recentemente por uma cirurgia para a retirada de um tumor na hipófise. Não bastassem estes problemas, o irmão mais novo do Dr.Arnaldo, obeso que é, sente cheiro de comida e faz logo um lanchinho, é hipertenso e está com amaurose devido a problemas circulatórios, além disso, ele tem a intrusão de vigília, com múltiplos despertares durante o sono. Dr. Arnaldo lembrou das estruturas cerebrais que participam do sono NREM, REM e vigília, como o hipotálamo lateral, o prosencéfalo basal, o núcleo pré-óptico ventro lateral do hipotálamo anterior, o núcleo tuberomamilar, o núcleo supraquiasmático e a glândula pineal, além de analisar as camadas do córtex cerebral. E para completar sua tia materna Darly está internada devido a um acometimento cerebral, no qual despreza o lado contralateral do corpo em relação chamada de síndrome de negligência. Arnaldo Junior, seu filho mais novo, é de gênio difícil, e fica muito agressivo quando não consegue o que quer e, quando está dormindo, além de movimentar os olhos tem também movimentos involuntários das pernas. Dr. Arnaldo neurologista que é, reviu a ação da amigdala, estudando o núcleo central, núcleo basolateral e núcleo lateral, relacionando BASES MORFOFUNCIONAIS III GUIA DE AVALIÇÃO PRÁTICA - 3° CICLO essas estruturas com a estria terminal, o hipotálamo lateral, os núcleos motores do vago e núcleo ambíguo. Seu filho Dalton, treina ciclismo, mas tem dificuldade de dormir, e muitas vezes amanhece com a face cansada, mas apresenta muita sonolência durante o dia. Ao pensar nisso tudo, Dr.Arnaldo suspirou e disse, “graças a Deus, ainda bem que sou médico, posso compreender todos os problemas que estão acontecendo, e desta forma ajudar cada membro da família de forma adequada. ” CASO II Doente do sexo feminino, de 64 anos de idade, dextra, portadora de hipertensão arterial crónica em tratamento regular. Consulta por dificuldade na emissão da linguagem sem envolvimento da consciência, e amnésia de eventos anterógrados e retrógrados recentes. A TAC cerebral realizada mostra uma super-lacuna talâmica esquerda. A partir dessa informação, a doente apresenta alteração da memória tipificada, como perda da memória de retenção. As lesões do tálamo acompanhadas de demência são frequentemente bilaterais e localizam-se preferencialmente nos núcleos anterior e médio. CASO III Mulher de 58 anos, hipertensa e dislipidémica, que, após hemorragia talâmica esquerda com evolução radiológica favorável, apresentou síndrome amnéstica grave e outras alterações subtis de orientação e linguagem, dificuldades em gerir dinheiro e sintomas depressivos que necessitaram de tratamento ansiolítico e antidepressivo. Foi realizada tomografia por emissão de pósitrons/tomografia axial computadorizada com 18F-2-fluoro-2-desoxi-D-glicose, onde foi observado hipometabolismo no tálamo esquerdo e, adicionalmente, na região frontal inferior ipsilateral, o que seria explicado pelo fenômeno da diásquise. CASO IV Paciente de 18 anos apresentava quadro de diabetes insipidus central. Ressonância magnética revelou a existência de lesões no eixo hipotálamo-hipófise. O sinal hiperintenso da neuro- hipófise, nas sequências ponderadas em T1 em indivíduos normais, estava ausente. Da mesma forma, a haste infundibular foi espessada e realçada de forma intensa e homogênea após a Mãe Dona Erodina com 80 anos não se lembra de fatos recentes, compreende poucas palavras não se lembra de fatos recentes, compreende poucas palavras Sulco do cíngulo Giro do cíngulo problemas nas camadas do hipocampo, giro cingulado, córtex entorrinal, subículo, fímbria O córtex pré-frontal ocupa cerca de 1⁄4 do córtex constituído por dezenas de citoarquiteturas diferentes possui 3 funções: 1) Região ventro-medial (planejamento, raciocínio e ajustes sociais) 2) Regiâo dorso-lateral: memória operacional 3) Região cingulada anterior: memória emocional. Córtex pré frontal ~ · O córtex entorrinal (CE) emite e recebe fibras de vários núcleos da amígdala e do septum (ambos registram a cor emocional das memórias regulando a função hipocampal); Anatomicamente situado no final da região rostral, possuindo extensões até a região dorsolateral do lobo temporal. O CE é dividido em região medial e região lateral, as quais são compostas por camadas. Essas camadas possuem distintas propriedades e conexões entre elas. A camada superficial II possui projeções para o giro dentado e para a região CA3 do hipocampo. A camada III possui projeções para a região CA1 e para o subículo. Uma característica importante do CE é a camada IV, também chamada de lamina dissecans, pois não possui corpo celular algum. As camadas mais profundas, especialmente a camada V, recebem aferências do hipocampo e de maneira recíproca conectam-se com outras regiões corticais. O CE tem um papel chave na formação, evocação e extinção de memórias. Essa região cortical tem sido considerada parte fundamental nos circuitos que abrangem também o hipocampo, os núcleos amidalóides e muitas outras regiões do neocórtex em particular o córtex pré-frontal Rede de conexões e processamento da memória D O subículo é a região do giro parahipocampal que faz transição entre a zona entorrinal na margem inferior do giro com o hipocampo acima. Reconhecem-se 4 sub-regiões, denominadas para-subículo, pré-subículo, subículo propriamente dito e pró-subículo, indo da zona entorrinal para o hipocampo. dificuldade na articulação da fala Área de Broca Região especial no córtex pré-frontal que contém um circuito necessário para a formação da palavra. Esta área está localizada parcialmente no córtex pré-frontal postero-lateralmente e parcialmente na área pré-motora. É onde ocorre o planejamento dos padrões motores para a expressão de palavras individuais. Sr. Estevão, agora com 84 anos tem que se concentrar muito para pegar uma xicara com café, suas mãos estão trêmulas, seu andar atáxico possíveis alterações nos núcleos da base, no giro pré- central, no núcleo rubro, nas olivas bulbares e no cerebelo. Na doença de Parkinson, ocorre perda dos neurônios pigmentados da substância negra, lócus cerúleo e outros grupos de células dopaminérgicas do tronco encefálico se degeneram. A perda dos neurônios da substância negra resulta na depleção da dopamina no aspecto dorsal do putamen (parte dosnúcleos da base) e causa muitas das manifestações motoras da doença de Parkinson - Entre o sulco central e sulco pré central, está o giro pré central, onde se localiza a principal área motora do cérebro. Responsável pelo controle motor, fala expressiva, personalidade, impulso. Substância negra O núcleo rubro é uma massa ovóide localizada dorsomedialmente à substância negra no nível do colículo superior. Leva esse nome por causa da cor avermelhada que esse núcleo apresenta nos espécimes frescos, devido ao seu alto teor de ferro. Núcleo Rubro Substância negra Funções dos diferentes Núcleos da base Núcleo caudado: é o responsável pelo controle dos movimentos grosseiros do corpo humano, tanto os que ocorrem conscientemente quanto aqueles considerados inconscientes ou automáticos. Participam também no controle global dos movimentos corporais enquanto componente das vias extrapiramidais; Putame: atua em conjunto com o núcleo caudado no controle dos movimentos voluntários grosseiros. Esses dois núcleos (caudado e putame), também cooperam com o córtex motor para o controle de padrões de movimento utilizados em atividades desportivas e técnicas, de alta complexidade e que exigem habilidade. Desta forma, podemos afirmar que o caudado em conjunto com o putame atuam em movimentos automáticos complexos e treinados. Desta forma, como o caudado e putame atuam funcionalmente em conjunto, podemos encontrar os dois sendo chamados como núcleo estriado (caudado + putame), embora morfologicamente sejam separados. Globo pálido: está associado ao controle postural e de posição das grandes partes e segmentos corporais. É responsável pelos ajustes corporais e segmentares necessários para o desempenho motor realizado em habilidades finas pelas extremidades. Assim, podemos dizer que para a realização de atividades motoras que requeiram destreza das extremidades, o globo pálido é responsável pelos ajustes corporais de tronco e cinturas para favorecer esses movimentos. Núcleos subtalâmicos: suas áreas estão associadas com o controle e modulação de alguns movimentos relativos ao processo de marcha e também de movimentos rítmicos corporais grosseiros. Demais estruturas dos núcleos da base Claustro: corresponde a uma fina lâmina de substância cinzenta, localizada entre as cápsulas externa e extrema. Corpo amigdalóide: localiza-se próximo à cauda do núcleo caudado, no lobo temporal do cérebro. O corpo amigdalóide tem muitas conexões com o sistema límbico, que é a parte do sistema nervoso responsável pelas emoções e sensações emocionais, relacionando-se com o comportamento sexual e agressividade. Núcleo basal: é formado por neurônios colinérgicos que se localizam anteriormente ao globo pálido. Os núcleos basais se conectam com o sistema límbico e como córtex cerebral, apresentando funções correlacionadas com a memória e cognição. Núcleo acumbens: representa um pequeno núcleo (aglomerado de corpos neuronais) localizado entre a cabeça do núcleo caudado e o putâmen. Leonidas, genro do Dr. Arnaldo fumante inveterado, não sente gosto nem cheiro de quase nada, já teve AVE, afetando os movimentos do membro inferior esquerdo e fala. Aproximadamente 70% dos casos de anosmia ou hiposmia crônica são secundários a infecções prévias das vias aéreas superiores e traumatismos cranianos ! - 1º sintoma da doença de parkinson/alzheimer/ ou qualquer outra degeneração do SNC —> hiposmia ! Vias olfatorias Área Olfatória Medial: - A área olfatória medial segue pelo núcleo septal e vai para o hipotálamo e sistema límbico - É considerada a parte primitiva do olfato, que causa salivação, lamber os lábios e outras respostas primárias a algum cheiro! Área Olfatória Lateral: - A área olfatória lateral se dividida em duas: • Uma composta pelo córtex pré-periforme, piriforme, amígdala e sistema límbico: essa via atinge principalmente o hipocampo, que parece ser o mais importante para o aprendizado relacionado ao gostar ou não de certos alimentos, de acordo com a experiencia prévia. Lembre também que a amígdala é nossa região de defesa e instinto, portanto, essa via está relacionada com essa parte de defesa, alerta. • Uma que se projeta diretamente para o tálamo e córtex orbitofrontal: estudos indicam que essa via mais nova provavelmente auxilia na análise consciente do odor ! Vias Gustatórias - Impulsos gustatórios, oriundos dos 2/3 anteriores da língua, passam incialmente pelo nervo língual e, então, pelo ramo corda do tímpano do nervo facial, passando pelo gânglio geniculado e, por fim, pela área gustatória do núcleo do trato solitário no tronco cerebral - Sensações gustatórias que se originam das papilas circunvaladas (1/3 posterior da língua) são transmitidas pelo nervo glossofaríngeo para o trato solitário (passando pelo gânglio petroso), mas em nível mais posterior - Por fim, poucos sinais gustatórios são transmitidos da base da língua e de outras partes da região faringe pelo nervo vago para o trato solitário (passando pelo gânglio nodoso) - Todas as fibras gustatórias fazem sinapse nos núcleos do trato solitário no tronco cerebral - Esses núcleos contêm os neurônios de segunda ordem que se projetam para pequena área do núcleo ventral posteromedial do tálamo - Do tálamo, neurônios de terceira ordem se projetam para a extremidade inferior do giro pós- central no córtex cerebral parietal, onde eles penetram na fissura de Sylvius e na área insular opercular - Esta área se situa pouco mais lateral, ventral e rostral à área para os sinais táteis da língua, na área somática cerebral - Fica evidente, por essa descrição das vias gustatórias, que elas cursam paralelamente às vias somatossensoriais da língua - Característica incomum da via gustatória central é o fato de que a via que predomina é a que possui ausência de cruzamento esposa do Dr Arnaldo retirada de um tumor na hipófise. Quase toda a secreção hipofisária é controlada por sinais hormonais e nervosos vindos do hipotálamo. A secreção efetuada pela região posterior da hipófise é controlada por sinais neurais que têm origem no hipotálamo. Por outro lado, a secreção da adeno-hipófise é controlada por hormônios, chamados hormônios (ou fatores) estimuladores e hormônios (ou fatores) inibidores, secretados pelo hipotálamo e levados para a adeno-hipófise pelos vasos sanguíneos. Cada eixo endócrino é composto de três níveis de células endócrinas: (1) neurônios hipotalâmicos; (2) células da glândula pituitária anterior e (3) glândulas endócrinas periféricas. A glândula hipófise é uma estrutura ovoide, de tonalidade vermelho – acizentada, contínua com o infundíbulo e encontra-se na fossa hipofisial, ou sela túrcica, do osso esfenoide. É coberta superiormente pelo diafragma da sela, derivado da meninge dura-máter, que apresenta um furo centralmente para a passagem do infundíbulo, além de separar a face superior da hipófise do quiasma óptico. O hipotálamo apresenta os sistemas integradores que, através dos sistemas efetores autônomo e endócrino, controlam o equilíbrio de líquidos e eletrólitos, a ingestão de alimentos e o equilíbrio de energia, a reprodução, a termorregulação, as respostas imunológicas e muitas respostas emocionais. Componente do diencéfalo, estende-se da lâmina terminal até um plano vertical posterior aos corpos mamilares, e do sulco hipotalâmico até a base do encéfalo, abaixo do terceiro ventrículo. Encontra-se abaixo do tálamo e anterior à parte tegmental do subtálamo e ao tegmento mesencefálico. Lateralmente é delimitado pela parte anterior do subtálamo, pela cápsula interna e pelo trato óptico. * irmão mais novo do Dr.Arnaldo obeso que é, sente cheiro de comida e faz logo um lanchinho, é hipertenso e está com amaurose devido a problemas circulatórios, Amaurose cegueira total ou parcial, esp. aquela que não apresenta alteração ou lesão grosseira dos olhos (como se dá com a que resulta de doença da retina ou do nervo óptico). Pós-quiasma: as lesões vasculares no território daartéria cerebral posterior são responsáveis por 90% das hemianopsias homônimas isoladas; outras causas são enxaqueca, trauma e tumores primários ou metastáticos. Visão : Núcleo geniculado lateral Processamento visual: Pulvinar do tálamo tem a intrusão de vigília, com múltiplos despertares durante o sono. Três sub-divisões hipotalâmicas são importantes no ciclo sono-vigília: • o hipotálamo anterior (núcleos gabaérgicos e núcleos supraquiasmáticos), • o hipotálamo posterior (núcleo túbero-mamilar histaminérgico) e o • hipotálamo lateral (sistema hipocretinas). O sistema gabaérgico inibitório do núcleo pré-óptico ventro-lateral (VLPO) do hipotálamo anterior é responsável pelo início e manutenção do sono NREM. Os neurônios supraquiasmáticos (NSQs) do hipotálamo anterior são responsáveis pelo ritmo circadiano do ciclo sono-vigília. Os núcleos aminérgicos, histaminérgicos, as hipocretinas e núcleos colinérgicos do prosencéfalo basal apresentam-se ativos durante a vigília, inibindo o núcleo pré-óptico ventro-lateral, promovendo a vigília. O processo de inibição-estimulação é a base do modelo da interação recíproca entre os grupos de células wake- off-sleep-on e células wake-off-sleep-on reguladores do ciclo sono-vigília. O modelo da interação recíproca também se aplica aos núcleos colinérgicos (células REM-on) e aminérgicos (células REM-off) do tronco cerebral no controle temporal do sono REM-NREM. estruturas cerebrais que participam do sono NREM, REM e vigília, como o hipotálamo lateral, o prosencéfalo basal, o núcleo pré-óptico ventro lateral do hipotálamo anterior, o núcleo tuberomamilar, o núcleo supraquiasmático e a glândula pineal, além de analisar as camadas do córtex cerebral. tia materna Darly despreza o lado contralateral do corpo em relação chamada de síndrome de negligência. É a incapacidade de reconhecer ou atender um estímulo externo do lado esquerdo, aqueles que sofram dessa doença não podem realizar atividades cotidianas, como se vestir, comer, ler ou escrever. Geralmente é causada por uma lesão no cérebro e aparece no lado oposto à lesão. Também é, geralmente, acompanhada por anosognosia, ou seja, a incapacidade de reconhecer a própria doença. Os pacientes só conseguem ver metade das coisas: comer o que está do lado esquerdo do prato, escrever ou ler o lado esquerdo da página, pode ser frustrante. síndrome de negligência (SN) é uma doença que afeta a região do lobulo parietal inferior direito do sistema nervoso central, caracterizada pela inabilidade de dar atenção igual aos campos visuais esquerdo e direito. Arnaldo Junior, seu filho mais novo agressivo A amígdala atua como uma importante estrutura cerebral para compreensão da agressividade, havendo inclusive estudos que correlacionam o volume (tamanho) da amígdala com a propensão de comportamentos agressivos e impulsivos. Isso ocorre porque a amígdala é uma estrutura crucial do nosso sistema límbico (processa e integra nossas emoções), e é justamente ela a responsável pela regulação emocional. O medo e a raiva são emoções primárias para as quais estamos evolutivamente propensos diante de situações de conflitos e injustiças, e o hipotálamo atribui essas emoções a características do estímulo gerador de agressividade. A amígdala, então, é recrutada para o processamento de informações que resulta em comportamentos agressivos. Ademais, há regiões do cérebro envolvidas na análise crítica e julgamento de situações com potencial desfecho de agressividade. Nesse sentido, o córtex estriado associado ao córtex pré-frontal desempenham a importante função de inibir ou gerar ativações para responder a estímulos com agressividade, principalmente no que diz respeito ao controle da impulsividade e ao correto julgamento contextual que pode ser o diferencial entre um comportamento agressivo e um comportamento violento. Ao passo que o estriado regula o nível de impulsividade, regiões do córtex pré-frontal (a saber, o córtex orbitofrontal e o córtex cingulado anterior) processam e integram os atributos emocionais e sensoriais do estímulo para resultar no julgamento do nível de agressividade que se deve atender ao estímulo. Corpo mamilar quando está dormindo, além de movimentar os olhos tem também movimentos involuntários das pernas. núcleo central, núcleo basolateral e núcleo lateral, relacionando essas estruturas com a estria terminal, o hipotálamo lateral, os núcleos motores do vago e núcleo ambíguo. É composto por cerca de 12 núcleos agrupados em três divisões funcionalmente diferentes, basolateral (ventrolateral), corticomedial (olfatório) e centromedial. •Basolateral: possui os núcleos lateral, basal e basal acessório, pertence funcionalmente ao sistema límbico e sua estimulação causa reações de medo e fuga. •Corticomedial: contém os núcleos corticais e o núcleo do trato olfatório lateral, recebendo conexões olfatórias e parece estar envolvido com os comportamentos sexuais, além de reação defensiva e agressiva. •Centromedial: Composto pelos núcleos medial e central, recebe as aferências provenientes dos núcleos basolaterais e corticomedial e se projeta sobre o hipotálamo e tronco encefálico. 1. Núcleo central O núcleo central é aquele que emite as mensagens, na forma de impulsos elétricos, para o resto do sistema nervoso para que respondamos de forma adequada depois de processarmos as emoções. O núcleo central, além disso, regula a função do sistema endócrino. Desta forma, esta região da amígdala é a que determina, em função das circunstâncias, quais hormônios devem ser produzidos. Dependendo se temos que aumentar o ritmo cardíaco, aguçar os sentidos, suar, aumentar a temperatura corporal, você enviará a ordem de que a adrenalina, serotonina, dopamina, cortisol, etc. Por isso, está provado que, quando uma pessoa sofre uma lesão na amígdala e perde a capacidade de processar adequadamente os sinais, deixa de sentir medo e reagir do modo «normal» a situações perigosas. E é que a região que determina que algo representa um risco não funciona e, portanto, ficamos «como se nada». 2. Núcleo medial O núcleo medial é a região da amígdala que se encarrega de receber a informação proveniente do sentido do olfato e de processá-la. Desta forma, é no núcleo medial que nascem todas as emoções que podem estar ligadas aos cheiros, algo que é uma conduta primitiva. O núcleo medial determina como cheiros específicos podem nos despertar memórias, ativar o apetite sexual e até mesmo nos fazer fugir de algo. 3. Núcleo lateral O núcleo lateral é a região da amígdala que recebe a informação de todos os sentidos, não apenas do olfato. É a área principal em que tudo o que vem da visão, do gosto, do ouvido, do toque e do olfato é processdo. O núcleo lateral é a área da amígdala que interpreta o que sentimos e elabora os sinais de resposta que devemos ter diante desses estímulos. Depois, uma vez que você saiba como agir, o núcleo central se encarregará de fazer chegar essa informação ao resto do sistema nervoso. Por exemplo, se formos por uma rua e virmos alguém que parece querer nos roubar, o núcleo lateral pegará as informações da vista e, depois de processá-lo, avisará o núcleo central para agir rapidamente. 4. Núcleo basal O núcleo basal é a região da amígdala que controla nossas ações, mas não com base no que nossos sentidos captam, mas em nossas memórias. Para continuar com o mesmo exemplo, quando formos passar por essa mesma rua depois de um tempo, apesar de não percebermos mais nenhum perigo, o núcleo basal avisará o núcleo central de que uma vez que passamos por lá havia um assaltante. Desta forma, o núcleo basal continua a processar as respostas mais primitivas. Seu filho Dalton dificuldade de dormir, e muitas vezes amanhece com a face cansada, mas apresenta muita sonolência durante o dia. Hipotálamo O hipotálamo, uma estrutura do tamanho de um amendoim no fundo do cérebro, contém grupos de células nervosas que atuam como centros de controle queafetam o sono e a vigília. Dentro do hipotálamo está o núcleo supraquiasmático (NSQ) – aglomerados de milhares de células que recebem informações sobre a exposição à luz diretamente dos olhos e controlam seu ciclo circadiano. Algumas pessoas com danos no NSQ dormem de forma irregular ao longo do dia porque não conseguem combinar seus ritmos circadianos com o ciclo claro-escuro. A maioria das pessoas com cegueira mantém alguma capacidade de perceber a luz e são capazes de modificar seu ciclo de sono/vigília. Tronco Cerebral O tronco cerebral, na base do cérebro, comunica-se com o hipotálamo para controlar as transições entre a vigília e o sono. O tronco cerebral inclui estruturas chamadas de bulbo, ponte e mesencéfalo. As células promotoras do sono dentro do hipotálamo e do tronco cerebral produzem uma substância química do cérebro chamada GABA , que age para reduzir a atividade dos centros de excitação no hipotálamo e no tronco cerebral . O tronco cerebral (especialmente a ponte e o bulbo) também desempenha um papel especial no sono REM: ele envia sinais para relaxar os músculos essenciais para a postura corporal e os movimentos dos membros. Tálamo O tálamo atua como um retransmissor de informações dos sentidos para o córtex cerebral (a cobertura do cérebro que interpreta e processa informações). Durante a maioria dos estágios do sono, a atividade do tálamo fica suprimida, permitindo que você se desligue do mundo externo. Mas durante o sono REM, o tálamo está ativo, enviando ao córtex imagens, sons e outras sensações que preenchem nossos sonhos. Glândula Pineal A glândula pineal, localizada praticamente no meio do cérebro, recebe sinais do NSQ e aumenta a produção do hormônio melatonina , que ajuda a adormecer quando as luzes se apagam. As pessoas que perderam a visão e não conseguem coordenar seu ciclo natural de vigília-sono usando luz natural podem estabilizar seus padrões de sono tomando pequenas quantidades de melatonina no mesmo horário todos os dias. A flutuação dos níveis de melatonina ao longo do tempo são importantes para combinar o ritmo circadiano do corpo com o ciclo externo de luz e escuridão. Prosencéfalo Basal O prosencéfalo basal, próximo à parte frontal e inferior do cérebro, também atua no sono e a vigília, enquanto parte do mesencéfalo atua como um sistema de excitação. A liberação de adenosina (um subproduto químico do consumo de energia celular) das células do prosencéfalo basal inibe a vigília e promove o sono. A cafeína neutraliza a sonolência bloqueando as ações da adenosina. Amígdala A amígdala, uma estrutura em forma de amêndoa envolvida no processamento de emoções, torna-se cada vez mais ativa durante o sono REM. Corpo da Amígdala Glândula pineal a a Anatomia Diencéfalo O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que corresponde ao prosencéfalo. O cérebro é a parte mais desenvolvida do encéfalo e ocupa cerca de 80% da cavidade craniana. O diencéfalo é uma estrutura ímpar que só é vista na porção mais inferior de cérebro. Ao diencéfalo compreendem as seguintes partes: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo, todas relacionadas com o III ventrículo. III Ventrículo: É uma cavidade no diencéfalo, ímpar, que se comunica com o IV ventrículo pelo aqueduto cerebral e com os ventrículos laterais pelos respectivos forames interventriculares. RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 2M Quando o cérebro é seccionado no plano sagital mediano, as paredes laterais do III ventrículo são expostas amplamente; verifica-se então a existência de uma depressão, o sulco hipotalâmico, que se estende do aqueduto cerebral até o forame interventricular. As porções da parede, situadas acima deste sulco, pertencem ao tálamo; e as situadas abaixo, pertencem ao hipotálamo. No assoalho do III ventrículo encontra-se, de anterior para posterior, as seguintes formações: quiasma óptico, infundíbulo, túber cinéreo e corpos mamilares, pertencentes ao hipotálamo.Unindo os dois tálamos observa-se freqüentemente uma estrutura formada por substância cinzenta, a aderência intetalâmica, que aparece apenas seccionada. RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 3⑩ A parede posterior do ventrículo, muito pequena, é formada pelo epitálamo, que se localiza acima do sulco hipotalâmico. Saindo de cada lado do epitálamo e percorrendo a parte mais alta das paredes laterais, há um feixe de fibras nervosas, as estrias medulares do tálamo, onde se insere a tela corioide, que forma o tecto do III ventrículo. A partir da tela corioide, invaginam-se na luz ventricular, os plexos corioides do III DIENCÉFALO – VISTA MEDIAL RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 4a ventrículo, que se dispõem em duas linhas paralelas e são contínuos, através dos respectivos forames interventriculares, com os plexos corioides dos ventrículos laterais. A parede anterior do III ventrículo é formada pela lâmina terminal, fina lâmina de tecido nervoso, que une os dois hemisférios e dispõem-se entre o quiasma óptico e a comissura anterior. A comissura anterior, a lâmina terminal e as partes adjacentes das paredes laterais do III ventrículo pertencem ao telencéfalo. A luz do III ventrículo se evagina para formar quatro recessos na região do infundíbulo: Recesso do Infundíbulo, acima do quiasma óptico; Recesso Óptico; Recesso Pineal, na haste da glândula pineal; Recesso Suprapineal, acima do corpo pineal. Tálamo: O tálamo, com comprimento de cerca de 3 cm, compondo 80% do diencéfalo, consiste em duas massas ovuladas pareadas de substância cinzenta, organizada em núcleos, com tratos de substância branca em seu interior. Em geral, uma conexão de RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 5U substância cinzenta, chamada massa intermédia (aderência intertalâmica), une as partes direita e esquerda do tálamo. A extremidade anterior de cada tálamo apresenta uma eminência, o tubérculo anterior do tálamo, que participa da delimitação do forame interventricular. A extremidade posterior, consideravelmente maior que a anterior, apresenta uma grande eminência, o pulvinar, que se projeta sobre os corpos geniculados lateral e medial. O corpo geniculado medial faz parte da via auditiva, e o lateral da via óptica, e ambos são considerados por alguns autores como uma divisão do diencéfalo denominada de metatálamo. TÁLAMO RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 6 - a A porção lateral da face superior do tálamo faz parte do assoalho do ventrículo lateral, sendo revestido por epitélio ependimário (epitélio que reveste esta parte do tálamo e é denominada lâmina fixa). A porção medial do tálamo forma a parede lateral do III ventrículo, cujo tecto é constituído pelo fórnix e pelo corpo caloso, formações telencefálicas. A fissura transversa é ocupada por um fundo-de-saco da pia-máter que, a seguir, entra na constituição da tela corioide. A face lateral do tálamo é separada do telencéfalo pela cápsula interna, compacto feixe de fibras que ligam o córtex cerebral a centros nervosos subcorticais. A face inferior do tálamo continua com o hipotálamo e o subtálamo. Alguns núcleos transmitem impulsos para as áreas sensoriais do cérebro: Corpo (núcleo) Geniculado Medial – transmite impulsos auditivos; LIMITES DO TÁLAMO – SECÇÃO TRANSVERSAL DO CÉREBRO RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 7A Corpo (núcleo) Geniculado Lateral – transmite impulsos visuais; Corpo (núcleo) Ventral Posterior – transmite impulsos para o paladar e para as sensações somáticas, como as de tato, pressão, vibração, calor, frio e dor. Os núcleos talâmicos podem ser divididos em cinco grupos: Grupo Anterior Grupo Posterior Grupo Lateral Grupo Mediano Grupo Medial O tálamo serve como uma estação intermediária para a maioria das fibras que vão da porção inferior do encéfalo e medula espinhal para as áreas sensitivas do cérebro. O NÚCLEOS DO TÁLAMO RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 8⑭ tálamo classifica a informação, dando-nos uma ideia da sensação que estamosexperimentando, e as direciona para as áreas específicas do cérebro para que haja uma interpretação mais precisa. Funções do Tálamo: Sensibilidade; Motricidade; Comportamento Emocional; Ativação do Córtex; Desempenha algum papel no mecanismo de vigília, ou estado de alerta. Hipotálamo: É uma área relativamente pequena do diencéfalo, situada abaixo do tálamo, com funções importantes principalmente relacionadas à atividade visceral. O hipotálamo é parte do diencéfalo e se dispõe nas paredes do III ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico, que separa o tálamo. Apresenta algumas formações anatômicas visíveis na face inferior do RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 9⑲ cérebro: o quiasma óptico, o túber cinéreo, o infundíbulo e os corpos mamilares. Trata- se de uma área muito pequena (4 g) mas, apesar disso, o hipotálamo, por suas inúmeras e variadas funções, é uma das áreas mais importantes do sistema nervoso. Corpos Mamilares: são duas eminências arredondadas de substância cinzenta evidentes na parte anterior da fossa interpeduncular. Quiasma Óptico: localiza-se na parte anterior do assoalho ventricular. Recebe fibras mielínicas do nervo óptico, que ai cruzam em parte e continuam nos tratos óptico que se dirigem aos corpos geniculados laterais, depois de contornar os pedúnculos cerebrais. Túber Cinéreo: é uma área ligeiramente cinzenta, mediana, situada atrás do quiasma e do trato óptico, entre os corpos mamilares. No túber cinéreo prende-se a hipófise por meio do infundíbulo. Infundíbulo: é uma formação nervosa em forma de um funil que se prende ao túber cinéreo, contendo pequenos prolongamentos da cavidade ventricular, o recesso do infundíbulo. A extremidade superior do infundíbulo dilata-se para constituir a eminência mediana do túber cinéreo, enquanto a extremidade inferior continua com um processo infundibular, ou lobo nervoso da hipófise. A hipófise esta contida na sela túrcica do osso esfenoide. RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 108 O Hipotálamo é constituído fundamentalmente de substância cinzenta que se agrupa em núcleos. Percorrendo o hipotálamo existem, ainda, sistemas variados de fibras, HIPOTÁLAMO – VISTA MEDIAL RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 118 como o fórnix. Este percorre de cima para baixo cada metade do hipotálamo, terminando no respectivo corpo mamilar. Impulsos de neurônios cujos dendritos e corpos celulares situam-se no hipotálamo são conduzidos por seus axônios até neurônios localizados na medula espinhal, e em seguida muitos desses impulsos são então transferidos para músculos e glândulas por todo o corpo. Funções do Hipotálamo: Controle do sistema nervoso autônomo; Regulação da temperatura corporal; Regulação do comportamento emocional; Regulação do sono e da vigília; Regulação da ingestão de alimentos; Regulação da ingestão de água; Regulação da diurese; Regulação do sistema endócrino; Geração e regulação de ritmos circadianos. Epitálamo: RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 12⑧ Limita posteriormente o III ventrículo, acima do sulco hipotalâmico, já na transição com o mesencéfalo. Seu elemento mais evidente é a glândula pineal, glândula endócrina de forma piriforme, ímpar e mediana, que repousa sobre o tecto mesencefálico. A base do corpo pineal se prende anteriormente a dois feixes transversais de fibras que cruzam um plano mediano, a comissura posterior e a comissura das habênulas, entre as quais penetra na glândula pineal um pequeno prolongamento da cavidade ventricular, o recesso pineal. A comissura posterior situa-se no prolongamento em que o aqueduto cerebral se liga ao III ventrículo e é considerada como limite entre o mesencéfalo e o diencéfalo. A comissura das habênulas interpõe-se entre duas pequenas eminências triangulares, os trígonos da habênula. Esses estão situados entre a glândula pineal e o tálamo e continuam anteriormente, de cada lado, com as estrias medulares do tálamo. A tela corioide do III ventrículo insere-se, lateralmente, nas estrias medulares do tálamo e, posteriormente, na comissura das habênulas, fechando assim o III ventrículo. RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 13⑧ Portanto, o epitálamo é formado por: Trígono da Habênula – área triangular na extremidade posterior da tênia do tálamo junto ao corpo pineal. Corpo Pineal – é uma estrutura semelhante a uma glândula, de aproximadamente 8 mm de comprimento, que se situa entre os colículos superiores. Embora seu papel fisiológico ainda não esteja completamente esclarecido, a glândula pineal secreta o hormônio melatonina, sendo assim, uma glândula endócrina. A melatonina é considerada a promotora do sono e também parece contribuir para o ajuste do relógio biológico do corpo. EPITÁLAMO – VISTA MEDIAL RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 14⑧ Comissura Posterior – é um feixe de fibras arredondado que cruza a linha mediana na junção do aqueduto com o terceiro ventrículo anterior e superiormente ao colículo superior. Marca o limite entre o mesencéfalo e diencéfalo. Com exceção da comissura posterior, todas as formações não endócrinas do epitálamo pertencem ao sistema límbico, estando assim relacionados com a regulação do comportamento emocional. Subtálamo: Compreende a zona de transição entre o diencéfalo e o tegumento do mesencéfalo. Sua visualização é melhor em cortes frontais do cérebro. Verifica-se que ele se localiza abaixo do tálamo, sendo limitado lateralmente pela cápsula interna e medialmente pelo EPITÁLAMO – VISTA POSTERIOR RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 15⑧ hipotálamo. O subtálamo apresenta formações de substância branca e cinzenta, sendo a mais importante o núcleo subtalâmico. Lesões no núcleo subtalâmico provocam uma síndrome conhecida como hemibalismo, caracterizada por movimentos anormais das extremidades. RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 16⑲ Telencéfalo O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma pequena linha mediana situada na porção anterior do III ventrículo. Os dois hemisférios cerebrais são incompletamente separados pela fissura longitudinal do cérebro, cujo o assoalho é formado por uma larga faixa de fibras comissurais, denominada corpo caloso, principal meio de união entre os dois hemisférios. Os hemisférios possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e esquerdo, que se comunicam com o III ventrículo pelos forames interventriculares. Cada hemisfério possui três pólos: Frontal, Occipital e Temporal; e três faces: Súpero- lateral (convexa); Medial (plana); e Inferior ou base do cérebro (irregular), repousando anteriormente nos andares anterior e médio da base do crânio e posteriormente na tenda do cerebelo. RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 2a Sulcos e Giros: Durante o desenvolvimento embrionário, quando o tamanho do encéfalo aumenta rapidamente, a substância cinzenta do córtex aumenta com maior rapidez que a substância branca subjacente. Como resultado, a região cortical se enrola e se dobra sobre si mesma. Portanto, a superfície do cérebro do homem e de vários animais apresenta depressões denominadas sulcos, que delimitam os giros ou circunvoluções cerebrais. A existência dos sulcos permite considerável aumento do volume cerebral e sabe-se que cerca de dois terços da área ocupada pelo córtex cerebral estão “escondidos” nos sulcos. Em qualquer hemisfério, os dois sulcos mais importantes são o sulco lateral e o sulco central. Sulco Lateral: é o sulco que separa o lobo frontal do lobo temporal. Ele é subdividido em ascendente, anterior e posterior. Sulco Central: separa o lobo parietal do frontal. O sulco central é ladeado por dois giros paralelos, um anterior, giro pré-central, e outro posterior, giro pós-central. As RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 3⑮ áreas situadas adiante do sulco central relacionam-se com a MOTRICIDADE, enquanto as situadas atrás deste sulco relacionam-se com a SENSIBILIDADE. Outro sulco importante situadono telencéfalo, na face medial, é o Sulco Parieto- occipital, que separa o lobo parietal do occipital. Os lobos cerebrais recebem o nome de acordo com a sua localização em relação aos ossos do crânio. Portanto, temos cinco lobos: Frontal, Temporal, Parietal, Occipital e o Lobo da Ínsula, que é o único que não se relaciona com nenhum osso do crânio, pois está situado profundamente no sulco lateral. RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 4FR A divisão dos lobos não corresponde muito a uma divisão funcional, exceto pelo lobo occipital que parece estar relacionado somente com a visão. O lobo frontal está localizado acima do sulco lateral e adiante do sulco central. Na face medial do cérebro, o limite anterior do lobo occipital é o sulco parieto-occipital. Na sua face súpero-lateral, este limite é arbitrariamente situado em uma linha imaginaria que se une a terminação do sulco parieto-occipital, na borda superior do hemisfério, à incisura pré-occipital, situada na borda ínfero-lateral, cerca de 4 cm do pólo occipital. Do meio desta linha imaginaria parte uma segunda linha imaginaria em direção no ramo posterior do sulco lateral e que, juntamente com este ramo, limita o lobo temporal do lobo parietal. RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 5a Face Súpero-lateral: Lobo Frontal: Sulcos: Sulco Pré-central: mais ou menos paralelo ao sulco central. Sulco Frontal Superior: inicia-se na porção superior do sulco pré-central e dirigi-se anteriormente no lobo frontal. É perpendicular a ele. Sulco Frontal Inferior: partindo da porção inferior do sulco pré-central, dirige-se para frente e para baixo. Lobo Frontal Lobo Temporal Lobo Parietal Lobo Occipital Lobo da Ínsula RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 6* Giros: Giro Pré-central: localiza-se entre o sulco central e o sulco pré-central. Neste giro se localiza a área motora principal do cérebro (córtex motor). Giro Frontal Superior: localiza-se acima do sulco frontal superior. Giro Frontal Médio: localiza-se entre o sulco frontal superior e inferior. Giro Frontal Inferior: localiza-se abaixo do sulco frontal inferior. O giro frontal inferior do hemisfério esquerdo é o centro cortical da palavra falada Lobo Temporal: Sulcos: Sulco Temporal Superior: inicia-se próximo ao pólo temporal e dirige-se para trás RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 7& paralelamente ao ramo posterior do sulco lateral, terminando no lobo parietal. Sulco Temporal Inferior: paralelo ao sulco temporal superior é geralmente formado por duas ou mais partes descontinuas. Giros: Giro Temporal Superior: localiza-se entre o sulco lateral e o sulco temporal superior. Giro Temporal Médio: localiza-se entre os sulcos temporal superior e o temporal inferior. Giro Temporal Inferior: localiza-se abaixo do sulco temporal inferior e se limita com o sulco occípito-temporal. Afastando-se os lábios do sulco lateral, aparece o seu assoalho, que é parte do giro temporal superior. A porção superior deste assoalho é atravessada por pequenos giros transversais, os giros temporais transversos, dos quais o mais evidente é o giro temporal transverso anterior. Esse é importante pois se localiza o centro cortical da audição. RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 8⑧ Lobo Parietal: Sulcos: Sulco Pós-central: localiza-se posteriormente ao giro pós-central. É paralelo ao sulco central. Sulco Intraparietal: geralmente localiza-se perpendicular ao sulco pós-central (com o qual pode estar unido) e estende-se para trás para terminar no lobo occipital. Diferentemente dos outros lobos, o lobo parietal apresenta um giro e dois lóbulos: Giro Pós-central: localiza-se entre o sulco central e o sulco pós-central. É no giro pós-central que se localiza uma das mais importantes áreas sensitivas do córtex, a área somestésica. RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 9d Lóbulo Parietal Superior: localiza-se superiormente ao sulco intra-parietal. Lóbulo Parietal Inferior: localiza-se inferiormente ao sulco intraparietal. Neste, descrevem-se dois giros: o giro supramarginal, curvando em torno da extremidade do ramo posterior do sulco lateral, e o giro angular, curvando em torno da porção terminal e ascendente do sulco temporal superior. Lobo Occipital: O lobo occipital ocupa uma porção relativamente pequena da face súpero-lateral do cérebro, onde apresenta pequenos sulcos e giros irregulares e inconstantes. Os principais sulcos e giros desse lobo são visualizados na face medial do cérebro. Lobo da Ínsula: RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 10⑲ O lobo da ínsula é visualizado afastando-se os lábios do sulco lateral. A ínsula tem forma cônica e seu ápice, voltado para baixo e para frente, é denominado de límen da ínsula. Sulco Central da Ínsula: parte do sulco circular, na porção superior da ínsula, e dirige- se no sentido antero-inferior. Divide a ínsula em duas partes: giros longos e giros curtos. Sulco Circular da Ínsula: circunda a ínsula na sua borda superior. Giros: Giros Longos da Ínsula: estão localizados posteriormente ao sulco central da ínsula. Giros Curtos da Ínsula: estão localizados anteriormente ao sulco central da ínsula. RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 11⑳ RESUMO DOS GIROS DA FACE SÚPERO-LATERAL DO CÉREBRO FACE SÚPERO-LATERAL DO CÉREBRO RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 12⑲ Face Medial: Corpo Caloso, Fórnix e Septo Pelúcido: Corpo Caloso: é a maior das comissuras inter-hemisféricas. É formado por um grande número de fibras mielínicas que cruzam o plano sagital mediano e penetram de cada LOBO DA ÍNSULA Corpo Caloso Fórnix Septo Pelúcido Lobo Frontal Lobo Parietal Lobo Occipital RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 13Alt lado no centro branco medular do cérebro, unindo áreas simétricas do córtex de cada hemisfério. Em corte sagital do cérebro, podemos identificar as divisões do corpo caloso: uma lâmina branca arqueada dorsalmente, o tronco do corpo caloso, que se dilata posteriormente no esplênio do corpo caloso e se flete anteriormente em direção da base do cérebro para constituir o joelho do corpo caloso. Este se afina para formar o rostro do corpo caloso, que se continua em uma fina lâmina, a lâmina rostral até a comissura anterior. Entre a comissura anterior e o quiasma óptico encontra-se a lâmina terminal, delgada lâmina de substância branca que também une os hemisférios e constitui o limite anterior do III ventrículo. DIVISÕES DO CORPO CALOSO E FÓRNIX – FACE ÍNFERO- MEDIAL DO CÉREBRO RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 14⑲ Fórnix: emergindo abaixo do esplênio do corpo caloso e arqueando-se em direção à comissura anterior, está o fórnix, feixe complexo de fibras que, entretanto, não pode ser visto em toda a sua extensão em um corte sagital do cérebro. É constituído por duas metades laterais e simétricas afastadas nas extremidades e unidas entre si no trajeto do corpo caloso. A porção intermédia em que as duas metades se unem constitui o corpo do fórnix e as extremidades que se afastam são, respectivamente, as colunas do fórnix (anteriores) e os ramos do fórnix (posteriores). As colunas do fórnix terminam no corpo mamilar correspondente cruzando a parede lateral do III ventrículo. Os ramos do fórnix divergem e penetram de cada lado no corno inferior do ventrículo lateral, onde se ligam ao hipocampo. No ponto em que as pernas do fórnix se separam, algumas fibras passam de um lado para o outro, formando a comissura do fórnix. FÓRNIX E HIPOCAMPO RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 15d Septo Pelúcido: Entre o corpo caloso e o fórnix estende-se o septo pelúcido, constituído por duas delgadas lâminas de tecido nervoso que delimitam uma cavidade muito estreita, a cavidade do septo pelúcido. O septo pelúcido separa os dois ventrículos laterais. VISTA SUPERIOR DO FÓRNIX E HIPOCAMPO RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 16⑧ Lobo Frontal e Parietal: Na parte medial do cérebro, existem dois sulcos que passam do lobo frontal para o loboparietal: Sulco do Corpo Caloso: começa abaixo do rostro do corpo caloso, contorna o tronco e o esplênio do corpo caloso, onde se continua já no lobo temporal, com o sulco do hipocampo. Sulco do Cíngulo: tem seu curso paralelo ao sulco do corpo caloso, do qual é separado pelo giro do cíngulo. Termina posteriormente em dois sulcos: ramo marginal do giro do cíngulo, porção final do sulco do giro do cíngulo que cruza a margem superior do SEPTO PELÚCIDO – VISTA MEDIAL DO CÉREBRO RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 17a hemisfério, e o sulco subparietal, que continua posteriormente em direção ao sulco parieto-ocipital. Sulco Paracentral: Destaca-se do sulco do cíngulo em direção á margem superior do hemisfério, que delimita, com o sulco do cíngulo e o sulco marginal, o lóbulo paracentral. Giro do Cíngulo: contorna o corpo caloso, ligando-se ao giro para-hipocampal pelo istmo do giro do cíngulo. É percorrido por um feixe de fibras, o fascículo do cíngulo. Lóbulo Paracentral: localiza-se entre o sulco marginal e o sulco paracentral. Na parte anterior e posterior deste lóbulo localizam-se as áreas motoras e sensitivas relacionadas com a perna e o pé. Pré-cúneos: está localizado superiormente ao sulco parieto-occipital, no lobo parietal. Giro Frontal Superior: já foi descrito acima, no estudo da face lateral do cérebro. RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 18Alte Lobo Occipital: Sulco Calcarino: inicia-se abaixo do esplênio do corpo caloso e tem um trajeto arqueado em direção ao pólo occipital. Nos lábios do sulco calcarino localiza-se o centro cortical da visão. Sulco parieto-occipital: é o sulco que separa o lobo occipital do lobo parietal. RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 19A Cúneos: localiza-se entre o sulco parieto-occipital e o sulco calcarino. É um giro complexo de forma triangular. Adiante do cúneos, no lobo parietal, temos o pré- cúneos. Giro Occipito-temporal Medial: localiza-se abaixo do sulco calcarino. Esse giro continua anteriormente com o giro para-hipocampal, do lobo temporal. Face Inferior: Lobo Temporal: Lobo Temporal Lobo Frontal RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 20A Sulco Occipito-temporal: localiza-se entre os giros occipito-temporal lateral e occipito- temporal medial. Sulco Colateral: inicia-se próximo ao pólo occipital e se dirige para frente. O sulco colateral pode ser contínuo com o sulco rinal, que separa a parte mais anterior do giro para-hipocampal do resto do lobo temporal. Sulco do Hipocampo: origina-se na região do esplênio do corpo caloso, onde continua com o sulco do corpo caloso e se dirige para o pólo temporal, onde termina separando o giro parahipocampal do úncus. Sulco Calcarino: é melhor visualizado na face medial do cérebro. Na face inferior, separa a porção posterior o giro para-hipocampal do istmo do giro do cíngulo. Giro Occipito-temporal Lateral: está localizado na região lateral da face inferior do cérebro circundando o giro occipito-temporal medial e o giro para-hipocampal. RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 21A Giro Occipito-temporal Medial: é visualizado também na face medial do cérebro, porém ocupa uma área significativa na face inferior. Está localizado entre o giro occipito- temporal lateral, giro para-hipocampal e o istmo do cíngulo. Giro Para-hipocampal: se liga posteriormente ao giro do cíngulo através de um giro estreito, o istmo do giro do cíngulo. Assim o úncus, o giro para-hipocampal, o istmo do giro do cíngulo e o giro do cíngulo constituem o lobo límbico, parte importante do sistema límbico, relacionado com o comportamento emocional e o controle do sistema nervoso autônomo. A porção anterior do giro para-hipocampal se curva em torno do sulco do hipocampo para formar o úncus Lobo Frontal: A face inferior do lobo frontal apresenta as seguintes estruturas: o sulco olfatório, profundo e de direção ântero-posterior; o giro reto, que localiza-se medialmente ao sulco olfatório e continua dorsalmente como giro frontal superior. O resto da face RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 22A inferior do lobo frontal é ocupada por sulcos e giros muito irregulares, os sulcos e giros orbitários. FACE INFERIOR DO CÉREBRO RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 23e Rinencéfalo: O bulbo olfatório é uma dilatação ovoide e achatada de substância cinzenta que continua posteriormente com o tracto olfatório, ambos alojados no sulco olfatório. O bulbo olfatório recebe filamentos que constituem o nervo olfatório. Posteriormente, o tracto olfatório se bifurca formando as estrias olfatórias lateral e medial, que delimitam uma área triangular, o trígono olfatório. Através do trígono olfatório e adiante do tracto óptico localiza-se uma área contendo uma série de pequenos orifícios para passagem de vasos, a substância perfurada do anterior. RESUMO DOS GIROS DA FACE MEDIAL DO CÉREBRO RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 24⑪ Morfologia dos Ventrículos Laterais: Os hemisférios cerebrais possuem cavidades revestidas de epêndima e contendo líquido cérebro-espinhal, os ventrículos laterais esquerdo e direito, que se comunicam com o III ventrículo pelo forame interventricular. Exceto pelo forame, cada ventrículo é uma cavidade fechada que apresenta uma parte central e três cornos que correspondem aos três pólos do hemisfério cerebral. As partes que se projetam para o pólo frontal, occipital e temporal respectivamente, são o corno anterior, posterior e RINENCÉFALO – A ANATOMIA DO NERVO OLFATÓRIO RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 25⑧ inferior. Com exceção do corno inferior, todas as partes do ventrículo laterais têm o teto formado pelo corpo caloso. MORFOLOGIA DO VENTRÍCULO LATERAL MORFOLOGIA DO VENTRÍCULO LATERAL RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 26⑳ Organização Interna dos Hemisférios Cerebrais: Cada hemisfério possui uma camada superficial de substância cinzenta, o córtex cerebral, que reveste um centro de substância branca, o centro medular do cérebro, ou centro semioval. No interior dessa substância branca existem massas de substâncias cinzenta, os núcleos da base do cérebro. Centro branco medular do cérebro: é formado por fibras mielínicas. Distinguem-se dois grupos de fibras: de Projeção e de Associação. As fibras de projeção ligam o córtex cerebral a centros subcorticais; as fibras de associação unem áreas corticais situadas em pontos diferentes do cérebro. As Fibras de Projeção se dispõem em dois feixes: o fórnix e a cápsula interna. O Fórnix une o córtex do hipocampo ao corpo mamilar e contribui um pouco para a formação do centro branco medular. Já foi melhor descrito anteriormente nesta página. A Cápsula Interna contém a grande maioria das fibras que saem ou entram no córtex cerebral. Estas fibras formam um feixe compacto que separa o núcleo lentiforme, situado lateralmente, do núcleo caudado e tálamo, situados medialmente. Acima do nível destes núcleos, as fibras da cápsula interna passam a constituir a coroa radiada. RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 27⑧ Distingue-se na cápsula interna um ramo anterior, situada entre a cabeça do núcleo caudado e o núcleo lentiforme, e um ramo posterior, bem maior, situada entre o núcleo lentiforme e o tálamo. Estas duas porções da cápsula interna encontram-se formando um ângulo que constitui o joelho da cápsula interna. RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 28⑳ As fibras de associação são divididas em fibras de associação intra-hemisféricas e inter-hemisféricas. Dentre as Fibras de Associação Intra-hemisféricas, citarei os quatro fascículos mais importantes: Fascículo do Cíngulo – Une o lobo frontal e o temporal. Fascículo Longitudinal Superior – Une os lobos frontal, parietal e occipital. Também pode ser chamado de fascículo arqueado. Fascículo Longitudinal Inferior – Une o lobo occipital e temporal. Fascículo Unciforme – Une o lobo frontal e o temporal. Dentre as Fibras de Associação Inter-hemisféricas, ou seja, aquelas que atravessam o plano mediano paraunir áreas simétricas dos dois hemisférios, encontramos três comissuras telencefálicas: Corpo Caloso, Comissura do Fórnix e Comissura Anterior, já estudadas acima. RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 29 I ⑳ Núcleos da Base: Núcleo Caudado: é uma massa alongada e bastante volumosa de substância cinzenta, relacionada em toda a sua extensão com os ventrículos laterais. Sua extremidade anterior é muito dilatada, constitui a cabeça do núcleo caudado, que proemina do assoalho do corno anterior do ventrículo lateral. Ela continua gradualmente com o corpo do núcleo caudado, situado no assoalho da parte central do ventrículo lateral. Este se afina pouco a pouco para formar a cauda do núcleo caudado, que é longa e fortemente arqueada, estendendo-se até a extremidade anterior do corno inferior do ventrículo lateral. Em razão de sua forma fortemente arqueada, o núcleo caudado aparece seccionado duas vezes em determinados cortes horizontais e frontais do cérebro. A cabeça do núcleo caudado funde-se com a parte anterior do núcleo lentiforme. RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 30⑨ Núcleo Lentiforme: tem a forma e o tamanho aproximado de uma castanha-do-pará. Não aparece na superfície ventricular, situando-se profundamente no interior do hemisfério. Medialmente relaciona-se com a cápsula interna, que o se separa do núcleo caudado e do tálamo; lateralmente relaciona-se com o córtex da ínsula, do qual é separado por substância branca e pelo claustro. O núcleo lentiforme é divido em putâmen e globo pálido por uma fina lâmina de substância branca, a lâmina medular lateral. O putâmen situa-se lateralmente e é maior que o globo pálido, que se dispõem medialmente. Em secções transversais do cérebro, o globo pálido tem uma coloração mais clara que o putâmen em virtude da presença de fibras mielínicas que o atravessam. O globo pálido é subdividido por uma lâmina de NÚCLEO CAUDADO, NÚCLEO LENTIFORME E CORPO AMIGDALOIDE RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 31· substância branca, a lâmina medular medial, em partes externa e interna (ver figura abaixo). Claustro: é uma delgada calota de substância cinzenta situada entre o córtex da ínsula e o núcleo lentiforme. Separa-se do córtex da ínsula por uma fina lâmina branca, a cápsula extrema. Entre o claustro e o núcleo lentiforme existe uma outra lâmina branca, a cápsula externa (ver figura abaixo). Corpo Amigdaloide: é uma massa esferoide de substância cinzenta de cerca de 2 cm de diâmetro situada no pólo temporal do hemisfério cerebral. Faz uma discreta saliência no tecto da parte terminal do corno inferior do ventrículo lateral. O corpo amigdaloide faz parte do sistema límbico e é um importante regulador do comportamento sexual e da agressividade (ver figura acima). Núcleo Accumbens: massa de substância cinzenta situada na zona de união entre o putâmen e a cabeça do núcleo caudado. Núcleo Basal de Meynert: de difícil visualização macroscópica. Situa-se na base do cérebro, entre a substância perfurada anterior e o globo pálido, região conhecida como substância inominata. Contem neurônios grandes ricos em acetilcolina. RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 32⑳ Ao fim desse conteúdo, gostaria de ilustrar ainda uma imagem com algumas áreas importantes considerando o telencéfalo como um todo. Como dito anteriormente, a divisão por lobos e sulcos é apenas didática, pois o cérebro funciona como um todo NÚCLEOS DA BASE – SECÇÃO TRANSVERSAL DO CÉREBRO RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 33⑱ independente dos lobos, porém algumas áreas são específicas e bem localizadas, tais como as indicadas na figura abaixo: RESUMO ANATOMIA NATHYFANTIN 34⑳ Núcleos da base Por Leandro Mattos São corpos de neurôniosSão corpos de neurônios, bem delimitados e com funções especí<cas, localizados no interior do centro medular branco do cérebro. Também chamados de gânglios da basegânglios da base. Estão envolvidos diretamente com o sistema motorsistema motor, através de uma função moduladora dos movimentos, participando sobremaneira nos processos de planejamento e controle dos movimentos. É composto porÉ composto por: Núcleo caudado; Núcleo lentiforme (dividido em duas porções o globo pálido e o putame); Claustro; Corpo amigdalóide; Núcleo basal (“Meynert”); E o núcleo acumbens. 18/06/2023 21:30 Página 1 de 8 Núcleos de Base Sistema límbico Recompensa ⑲-ùëèû* Os núcleos caudadonúcleos caudado e lentiforme lentiforme formam o corpo estriado (relacionado com o planejamento motor, apresentando conexões com o mesencéfalo e o diencéfalo). Núcleo caudadoNúcleo caudado: em forma de arcoarco, se relaciona com o ventrículo lateral. Sua porção anterior é dilatada constituindo a cabeça cabeça do núcleo caudado (relaciona-se lateralmente com o ventrículo lateral). Posteriormente, o núcleo caudado se continua, mais estreito, com o corpo (localizado próximo ao assoalho do ventrículo lateral), terminando em uma porção bastante a<lada, denominada de cauda cauda (localizada próxima ao corno temporal do ventrículo lateral). Núcleo lentiformeNúcleo lentiforme: formado medialmente pelo globo pálidoglobo pálido e, lateralmente pelo putâmenputâmen. 18/06/2023 21:30 Página 2 de 8 O globo pálido é separado do núcleo caudado e tálamo pela cápsula interna. Funcionalmente, o corpo estriado é dividido em: estriado (formado pelo núcleo caudado e putame), e o pálido (constituído pelo globo pálido). A maior parte das <bras parte do estriado para o pálido. Deste último, partem <bras eferentes do corpo estriado. Claustro (do latim Claustro (do latim claustrum claustrum – barreira)– barreira): é uma <na lâmina de substância cinzenta, localizada entre as cápsulas externa e extrema. CCorpo amigdalóideorpo amigdalóide: localiza-se próximo à cauda do núcleo caudado, no lobo temporal. Tem amplas conexões com o sistema límbico, relacionando-se com o comportamento sexual e agressividade. Núcleo Núcleo basalbasal: formado por neurônios colinérgicos, localiza-se anteriormente ao globo pálido. Conecta-se ao sistema límbico e ao córtex cerebral, apresentando funções correlacionadas com a memória. Introdução Sistemas Regiões Neuroanatomia Radiologia Jogos 18/06/2023 21:30 Página 3 de 8 Tem amplas conexões com o sistema límbico, relacionando-se com o comportamento sexual e agressividade. ğúééû@Ó@ïĞ@Óïë>...>>õ))) --êùìïûìœëõõ Núcleo Núcleo acumbensacumbens: localizado entre a cabeça do núcleo caudado e o putâmen. NETTER: Frank H. Netter Atlas De Anatomia Humana. 5 ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011. 18/06/2023 21:30 Página 4 de 8 NETTER: Frank H. Netter Atlas De Anatomia Humana. 5 ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011. 18/06/2023 21:30 Página 5 de 8 NETTER: Frank H. Netter Atlas De Anatomia Humana. 5 ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011. SecçõesHorizontaisAtravésdoCérebro Joelhodocorpocaloso Ventriculolateral Septopelúcido Colunadofórnia Cabeçadonúcleocaudado Ramoanteriordacápsulainterna serVoelhodacapsulain terna Ramoposterior ~dacapsulainterna Futâmendonúcleolentiforme -*'Globopálidodonúcleolentiforme insula(lhadeFeill Aderênciaintertalamica -Capsulaexterna Claustro 3ventriculo Parteretrolenticular dacapelainternaTalamo. Plenocoróidedo ventriculolateral Remodofórnis ---Caudadonúcleocaudado *Hipocampoefimbria *Cornooccipital(posterior) doventrículolateral Habenula Esplêniodocorpocaloso E "Corpopineal @Novartia 18/06/2023 21:30 Página 6 de 8 Funções dos diferentes Núcleos da base Núcleo caudado: é o responsável pelo controle dos movimentos grosseiros do corpo humano, tanto os que ocorrem conscientemente quanto aqueles considerados inconscientes ou automáticos. Participam também no controle global dos movimentos corporais enquanto componente das vias extrapiramidais; Putame: atua em conjunto com o núcleo caudado no controle dos movimentos voluntários grosseiros. Esses dois núcleos (caudado e putame), também cooperam com o córtex motor parao controle de padrões de movimento utilizados em atividades desportivas e técnicas, de alta complexidade e que exigem habilidade. Desta forma, podemos afirmar que o caudado em conjunto com o putame atuam em movimentos automáticos complexos e treinados. Desta forma, como o caudado e putame atuam funcionalmente em conjunto, podemos encontrar os dois sendo chamados como núcleo estriado (caudado + putame), embora morfologicamente sejam separados. Globo pálido: está associado ao controle postural e de posição das grandes partes e segmentos corporais. É responsável pelos ajustes corporais e segmentares necessários para o desempenho motor realizado em habilidades finas pelas extremidades. Assim, podemos dizer que para a realização de atividades motoras que requeiram destreza das extremidades, o globo pálido é responsável pelos ajustes corporais de tronco e cinturas para favorecer esses movimentos. Núcleos subtalâmicos: suas áreas estão associadas com o controle e modulação de alguns movimentos relativos ao processo de marcha e também de movimentos rítmicos corporais grosseiros. Demais estruturas dos núcleos da base Claustro: corresponde a uma fina lâmina de substância cinzenta, localizada entre as cápsulas externa e extrema. Corpo amigdalóide: localiza-se próximo à cauda do núcleo caudado, no lobo temporal do cérebro. O corpo amigdalóide tem muitas conexões com o sistema límbico, que é a parte do sistema nervoso responsável pelas emoções e sensações emocionais, relacionando-se com o comportamento sexual e agressividade. Núcleo basal: é formado por neurônios colinérgicos que se localizam anteriormente ao globo pálido. Os núcleos basais se conectam com o sistema límbico e como córtex cerebral, apresentando funções correlacionadas com a memória e cognição. Núcleo acumbens: representa um pequeno núcleo (aglomerado de corpos neuronais) localizado entre a cabeça do núcleo caudado e o putâmen. Citologia Tálamo Neurônios • Excitatório • Inibitório • Interneurônios • Reticulares Função: • sensibilidade • Motricidade • Comportamento emocional • Memória • Ativação do córtex Fundamentalmente substância cinza Elo essencial entre os receptores sensorial e o córtex cerebral Lateral da face superior do tálamo é revestido de epitélio ependimário Recebe e redistribui todas as informações sensoriais, exceto olfatória Núcleos talamicos Anterior Posterior Mediano Medial Lateral Anodinia: causada por lesões no tálamo, descontrole sensorial relacionado a dor Hipotálamo . Conexões com o sistema límbico (aferente) . Conexões com a área pré-frontal ( aferente) . Conexões viscerais (mista) . Conexões com a hipófise (eferente) . Conexões sensoriais (aferente) Funções: . Controle do sistema autônomo . Regulação da temperatura . Regulação do comportamento emocional . Regulação do equilíbrio hidrosalino e PA . Regulação do da gestão do alimento . Regulação do sistema endógeno . Ritmo circadiano . Regulação do sono e rígido . Comportamento sexual Regulação da adeno-hipófises através de uma conexão nervosa e vascular Núcleos: . Hipotálamo supra ótico . Hipotálamo túberas . Hipotálamo mamilar Atua em conjunto com a hipófise para modular atividade endócrinas Substância cinza que se agrupa em núcleos Tabela pág 218 Machado Obesidade hipotalâmico Hipopituarismo Diabetes insípidos central Síndrome de Prader Will Síndrome de Wilson ConexãoIndireta 8 i 3 Estado de Vigília e Manutenção do Sono Neurônios monoaminergicos, orexinergicos, colinergicos, dopaminergicos. Núcleos Supraquiasmatico, Pré óptico, penduculo- pontinoSincroniza o ritmo da vigília com o dia e noite Inibe os neurônios monoaminergicos Encefalite letárgica ++++ sonolência, lesão no hipotálamo Genes-relógio Narcolepsia-Cataplexia Diminuição da hipocretina (orexina) no hipotálamo Glândula pineal Produção de melatonina Sinaliza ao organismo se e noite ou dia Inibição do sistema de ativação reticular REM NREM Locus cerulios Produção de noradrenalina Regulação dos ciclos Regulado pelo hipotálamo Núcleos Rafe = SARA - sistema de ativação reticular ascendente Centro reticular do tronco encefálico dos processos de alertam e despertam prosencéfalo Aumenta o estado de vigília Luz - retina - núcleos supraquiasmatico Ativa neurônios oxinergicos Noite - retina - núcleos supraquiasmaticos Pré óptico - inibe - sono SARA Responsável pelo sono REM -S I F C t i ↑ D - i - , 1 - S I Fisiologia