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Vic – Turma XLVII 
Neuroanatomia 
Sistema Nervoso 
É um conjunto de órgãos formado por fibras com a função de manter a conexão entre os outros 10 sistemas e transmitir as variações do meio e difundir 
respostas adequadas para manter a homeostase. A parte central recebe, integra e analisa informações, a parte periférica carrega informações dos órgãos 
sensoriais para a parte central e da parte central para os órgãos efetores (músculos e glândulas). 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema 
Nervoso
Parte Central
Encéfalo
Cérebro
Telencéfalo
Hemisférios 
Cerebrais
Corpo Caloso
Diencéfalo
Tálamo
Hipotálamo
Subtálamo
Epitálamo
Metatálamo
Tronco 
Encefálico
Mesencéfalo
Ponte
Medula 
Oblonga
Cerebelo
Parte 
Periférica
Gânglios e 
Nervos Cranianos
Recebe 
informações 
do 
Telencéfalo e 
Tronco 
Encefálico
Gânglios e 
Nervos Espinais
Recebe 
informações 
da medula 
espinal
Divisão 
Autônoma
Parte
Simpática
Provém da 
Medula 
Espinal
Parte
Parassimpática
Provém da 
Medula 
Espinal ou do 
Tronco 
Encefálico
Vic – Turma XLVII 
Medula Espinal 
Está dentro do canal vertebral e se estende do forame magno até o 
limite da segunda vértebra lombar. Com uma extensão média de 
42 cm a 45 cm. O tecido nervoso dentro do canal vertebral pode 
ser dividido em três partes: cervical, torácica e l ombar. 
Medula significa o que está dentro e espinal (não espinhal = ponta) 
é um canal dentro da coluna vertebral. 
Apresenta duas intumescências e um cone medular (nível da L2), 
que estende raízes até o cóccix (filamento terminal – ligamento 
sacrococcígeo). No cone medular acaba o paralelismo e o 
horizontalismo dos nervos espinais, formando a cauda eqüina 
(confluência de nervos espinais oblíquos). 
Sua morfologia conta com uma Fissura mediana anterior, dois 
sulcos anterolaterais e dois sulcos posterolaterais. A partir dos 
sulcos anterolaterais se exteriorizam radículas que formam a raiz 
anterior, e dos sulcos posterolaterais, radículas formam a raiz 
posterior. A raiz posterior forma o gânglio espinal, que se une 
com a raiz anterior formando o nervo espinal. 
Existem 31 pares de nervos espinais: 
 8 Cervicais; 
 12 Torácicos; 
 5 Lombares; 
 5 Sacrais; 
 1 coccígeo. 
 
 
É protegida por três membranas ou meninges: 
 Pia Máter: delicada e totalmente aderida à medula espinal. 
 Aracnóide Máter: trançada (teia) e não aderida à medula. 
 Entre a Pia Máter e a Aracnóide Máter existe o espaço subaracnóideo, que contém o líquido cerebrospinal, produzido pelo encéfalo. Esse 
líquido é coletado para o diagnóstico de tumores, infecções e hemorragias e é nele que é feita a raquianestesia (nível de L4, próxima às espinhas 
ilíacas póstero-superiores, para não lesar a medula). 
 Dura Máter: mais externa e resistente. 
 Externa: plexo venoso e panículo adiposo formam o espaço extra-dural ou peridural, onde é realizada a anestesia peridural (não atravessa a Dura 
Máter – pode ser feita a qualquer nível da medula). 
 Interna: espaço subdural (colabado, virtual). 
 
Vic – Turma XLVII 
Secção transversal 
O arco-reflexo é uma resposta a estímulos sensitivos que não depende do cérebro, apenas dos neurônios aferentes e eferentes. 
 
 
 
 
Tronco Encefálico 
Na região superior à medula espinal, a partir do forame magno, a medula espinal se transforma em uma medula alargada (oblonga). 
A fissura mediana anterior vai da medula espinal até o fim da medula oblonga e é perpendicular e superior ao sulco bulbo pontino. Nesse encontro há o forame 
cego da medula oblonga. 
Existem quatro elevações na medula oblonga, que formam as pirâmides da medula oblonga (mediais) e as olivas (laterais). As olivas são cercadas por 
sulcos, medialmente o sulco pré olivar e, lateralmente, o sulco retro olivar. O sulco retro-olivar é dividido em três terços: do terço superior, saem os nervos do 
IX par craniano, do terço médio, saem os nervos do X par craniano e do terço inferior, saem os nervos do XI par craniano. O sulco pré-olivar abriga o XII par. 
 IX par: nervo glossofaríngeo – tem as funções de sensibilidade, motricidade faríngea, gustação (no terço posterior da língua) e secreções parotídeas. 
Alterações na região do nervo glossofaríngeo causam disgeogia (gosto), odinofagia (dor ao engolir), xerostomia e disfagia. 
 X par: nervo vago (errante) - responsável por sensibilidade, motricidade faríngea, laríngea e de vísceras toracoabdominais (respiração, digestão e 
circulação). Os sintomas de quem tem disfunções na região do nervo vago são disfagia, reflexo do vômito, odinofagia, diarréia, rouquidão alterações do 
ritmo cardíaco. 
 XI par: n. acessório - tem funções de movimentação da faringe e inervação do músculo trapézio (levantamento dos ombros) e esternocleidomastoideo 
(movimentação da cabeça). 
 XII par: n. hipoglosso – tem a função de motilidade da língua 
Vic – Turma XLVII 
 
Ponte: possui dois pedúnculos que vão até o cerebelo (pedúnculos cerebelares médios) e um sulco basilar, que une o forame cego aos dois pedúnculos. 
 Pedúnculos cerebelares médios 
 V par: nervo trigêmeo - tem funções de sensibilidade da face e da metade anterior do crânio e 
inervação dos músculos da mastigação. A neurite trigeminal causa dor insuportável e dor na 
mastigação. Têm três ramos: oftálmico, maxilar e mandibularn . 
 Sulco Bulbo-pontino 
 O VI par (nervo abducente) sai do sulco bulbo-pontino na região mais medial, próxima do 
forame cego da medula oblonga. Sua função é abdução do bulbo ocular e sua disfunção causa 
estrabismo convergente. Controla o músculo reto lateral. 
 O VII par (nervo facial) é mais lateral em relação ao VI, e tem funções de inervar o músculo 
da mímica, secreções salivares (submandibular e sublingual) e lacrimais, abaixamento da 
pálpebra superior e gustação dos 2/3 anteriores da língua. Sua disfunção causa a paralisia 
facial periférica (xeroftalmia, xerostomia, desvio da comissura labial, disfagia). 
 O VIII par é mais lateral (nervo vestibulococlear) com funções de audição (n. coclear) e 
equilíbrio (n. vestibular). 
 
Mesencéfalo: apresenta pedúnculos cerebrais (verticais), que sustentam o diencéfalo e o telencéfalo. A fossa 
interpeduncular é central e abriga o III par, já o IV par é mais lateral. 
 III par (óculo-motor): principal agente da movimentação ocular. Promove o levantamento da 
pálpebra superior, a miose (fechamento da pupila); adução, levantamento, abaixamento e rotação 
ínfero-lateral do globo ocular. Sua disfunção causa midríase (pupila dilatada), ptose palpebral 
(pálpebra caída), estrabismo divergente (visão dupla) e diplopia. Age nos múcsculos oblíquo infeior, 
reto medial, superior e inferior e levantador da pálpebra. 
 IV par (troclear): promove a rotação súpero-medial do globo ocular (músculo oblíquo superior). 
 
Cerebelo (equilíbrio - vestibular, movimento - cortical e postura-reticular) 
Apresenta três pedúculos: superior (mesencéfalo), inferior (bulbo- trato olivar inferior) e médio (ponte – trato piramidal e fibras do trato corticospinal); 
Filogeneticamente, surgem primeiro os nódulos cerebelares juntamente com os flóculos cerebelares. A segunda parte a se formar são os lóbulos anteriores, o 
verme adjacente e as tonsilas cerebelares. A última parte a se formar é composta por lobo posterior e verme adjacente. 
 Lóbulo Flóculo nodular do Cerebelo ou Arquecerebelo: responsável por tônus muscular do tronco, tônus muscular proximal dos membros superiores 
e inferiores, equilíbrio estático e equilíbrio dinâmico. Uma lesão nessa região causa a síndrome do arquecerebelo com sintomatologia de inclinação 
ipsilateral (para o lado da lesão), hipotonia muscular do tronco, hipotonia muscular proximal do membro superior do mesmo lado da lesão e marcha 
titubeante e larga do membro inferior do mesmo lado (ataxia). Perceptível por análises clínicas como a manobra dos braços estendidos, o abdominal. 
Tumores ou infartos ocorrem ou nos nódulos cerebelares ou nos flóculos. 
 Loboanterior (língula e central), Verme Adjacente e Tonsilas cerebelares ou Paleocerebelo: postura, tônus muscular distal dos membros 
superiores e inferiores. Caso haja lesão, o paciente apresenta ataxia, hipotonia distal do membro superior do mesmo lado, déficit postural (Purkinje). 
1 - Vista Posterior do Tronco Encefálico 
Vic – Turma XLVII 
 Lobo posterior (culmen, declive, folium, tuber, pirâmide, úvula e nódulo), 
Verme Adjacente ou Neocerebelo (demora mais para desenvolver): não inicia o 
movimento voluntário do pescoço para baixo, mas os mantêm, planeja e modula 
(força, velocidade e trajetória). É responsável pela coordenação motora. A 
avaliação ocorre com o teste índex-nariz e índex-índex para perceber a 
normometria, a composição articular (harmonia de coordenação entre as 
articulações – pede para o paciente levar algo a boca); o exame sinal do rechaço 
negativo (normal) em que o médico faz força contrária à flexão do membro 
superior, avaliando o equilíbrio e coordenação motora após a soltura do membro 
(agonismo e antagonismo); avaliação da diadococinesia (alternância oposta entre 
os membros). Uma pessoa com deficiência apresenta dismetria, decomposição 
articular, disdiadococinesia, sinal de rechaço positivo e ataxia de marcha. 
Núcleos cerebelares: fastígio, globoso, emboliforme e denteado. 
Conclusões: 
 Lesão cerebelar causa clinica ipsilateral: o lado lesionado é o lado com problemas 
 Funções gerais: equilíbrio, tônus muscular, postura e coordenação motora 
 Ataxia de marcha e hipotonia muscular são altamente sugestivos de lesão cerebelar 
 
 
 
Diencéfalo e Telencéfalo 
O Diencéfalo e o Telencéfalo formam o Cérebro, a porção mais desenvolvida do encéfalo que ocupa 80% do 
volume craniano. O Diencéfalo está na base do corpo caloso, onde há a implantação do nervo oculomotor (3º 
par – mesencéfalo) e compreende tálamo, hipotálamo, epitálamo, subtálamo e III ventrículo. O terceiro 
ventrículo é uma estreita fenda ímpar e mediana que se comunica com o IV ventrículo pelo aqueduto cerebral 
e com os ventrículos laterais pelos respectivos forames interventriculares. O sulco hipotalâmico estende-se do 
aqueduto cerebral até o forame interventricular. Anteriormente ao sulco hipotalâmico está o hipotálamo e 
posteriormente, o tálamo. 
Vic – Turma XLVII 
O hipotálamo é constituído de corpos mamilares (controle 
emocional), hipófise e quiasma óptico (estrutura em x dos nervos 
ópticos). 
Os tálamos são um par de estruturas arredondadas posteriores ao 
sulco hipotalâmico e formados por cerca de 70 núcleos. 
A região mais anterior é denominada metatálamo e a região 
posterior é o epitálamo, região da glândula pineal, que regula o ciclo 
circadiano. Entre os tálamos está o terceiro ventrículo, que se liga ao 
quarto ventrículo pelo aqueduto do mesencéfalo, em cima do corpo 
caloso estão os ventrículos laterais, cheios de plexos corióides. 
Essas cavidades estão preenchidas com líquido cerebrospinal. 
Uma secção transversal no nível do hipotálamo permite a 
observação inferior de quatro estruturas (núcleo caudado, putame, 
globo pálido medial e globo pálido lateral), que compõem o corpo 
estriado, e inibem/facilitam a atividade motora voluntária 
automática e controlam o tônus muscular em conjunto com o 
cerebelo. Hemibalismo, distonia de torção, bradicinesias 
(movimentos lentos), tremor, hipotonia são evidencias de doenças 
nos núcleos da base, como ocorre com a doença de Parkinson. A 
cápsula interna é um conjunto de fibras aferentes e eferentes que 
chegam a várias regiões do Telencéfalo e da medula espinal entre o 
putame e o núcleo caudado, putame e tálamo e terminam entre globo 
pálido medial e tálamo. O Telencéfalo é formado por dois hemisférios cerebrais unidos por um corpo caloso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vic – Turma XLVII 
 
 
 
 
 
Vic – Turma XLVII 
Lobos Funções Giros Sulcos 
 
Lobo Frontal 
Motricidade, intelecto, 
personalidade, palavra falada (giro 
opercular), palavra escrita (G.F 
Médio), olfato (giro triangular), 
área motora primária. 
Pré-central 
Frontal Superior 
Frontal Médio 
Frontal Inferior (Brocá) 
 Orbital 
 Opercular 
 Triangular 
Reto 
Frontal Superior 
Frontal Inferior 
Olfatório 
Orbitário 
 
 
Lobo Temporal 
Audição (Wernicke), epilepsia, 
olfação. 
Temporal Superior 
Temporal Médio 
Temporal Inferior 
Para-hipocampal 
Uncus 
Occipto-temporal lateral 
Occipto-temporal medial 
Da língula 
Fusiforme 
Temporal Superior 
Temporal Inferior 
Colateral 
Occipto-temporal 
Hipocampal 
Calcarino 
 
Lobo Parietal 
Leitura (G. angular), relações 
espaciais (propriocepção – G. 
supramarginal), área somestésica 
primária, paladar, área sensitiva 
primária. 
Lóbulo Parietal Superior 
Lóbulo Parietal Inferior 
Supra-marginal 
Angular 
Pós-central, Paracentral, Cíngulo, Pré-Cúneos. 
Intraparietal 
Parieto-occipital 
Corpo Caloso 
Cíngulo 
Paracentral 
 
Lobo Occipital 
Visão e equilíbrio. Cúneos 
Occipto-temporal medial 
Parieto-occipital 
Calcarino 
Semilunar 
Occipital Transverso 
 
Lobo da Ínsula 
Emoção, Gustação emotiva. Longo (anterior) 
Curto (posterior) 
Opérculos fronto-parietal, frontal e orbital 
Central 
Circular 
 
Lobo Límbico 
Memória, emoções, 
comportamento sexual 
Cíngulo 
Hipocampo 
Denteado 
 
Vic – Turma XLVII 
Corpo Caloso, Fórnix e Hipocampo 
Corpo Caloso: é a maior das comissuras inter-hemisféricas. É formado por um 
grande número de fibras mielínicas que cruzam o plano sagital mediano e penetram 
de cada lado no centro branco medular do cérebro, unindo áreas simétricas do 
córtex de cada hemisfério. É composto por tronco, esplênio, joelho, rostro e 
comissura anterior. 
Fórnix: emergindo abaixo do esplênio do corpo caloso e arqueando-se em direção 
à comissura anterior, está o fórnix, feixe complexo de fibras que, entretanto, não 
pode ser visto em toda a sua extensão em um corte sagital do cérebro. É constituído 
por duas metades laterais e simétricas afastadas nas extremidades e unidas entre si 
no trajeto do corpo caloso. A porção intermédia em que as duas metades se unem 
constitui o corpo do fórnix e as extremidades que se afastam são, respectivamente, 
as colunas do fórnix (anteriores) e os ramos do fórnix (posteriores). As colunas do 
fórnix terminam no corpo mamilar correspondente cruzando a parede lateral do III 
ventrículo. Os ramos do fórnix divergem e penetram de cada lado no corno inferior 
do ventrículo lateral, onde se ligam ao hipocampo. No ponto em que as pernas do 
fórnix se separam, algumas fibras passam de um lado para o outro, formando 
a comissura do fórnix. 
Septo Pelúcido: entre o corpo caloso e o fórnix estende-se o septo pelúcido, 
constituído por duas delgadas lâminas de tecido nervoso que delimitam uma 
cavidade muito estreita, a cavidade do septo pelúcido. O septo pelúcido separa os dois ventrículos laterais. 
 
 
Suturas do crânio 
O crânio apresenta locais de junção, onde o osso se consolida algum tempo após o nascimento e possibilita que o crânio do recém nascido passe pelo canal do 
parto. Tais suturas denominam-se coronal, sagital e lambdóide. Além das suturas, o crânio apresenta outros acidentes ósseos notáveis, tais como o osso 
zigomático (arco zigomático), o etmóide, o esfenóide, o forame magno (inserção do dura-máter), o forame oval e a fossa supra-orbitária (giro frontal médio). 
 
Após a craniotomia, pode-se perceber, de fora para dentro, o espaço extradural, a dura-máter, o espaço subdural, o líquor (produzido pelo plexo coróide realiza 
o amortecimento hidráulico e a troca bioquímica de substâncias), a aracnóide-máter, a pia máter e o encéfalo. 
 
Rinencéfalo 
O bulbo olfatório é uma dilatação ovóide e achatada de substância cinzenta que continua posteriormente com o tracto olfatório, ambos alojados no sulco 
olfatório. O bulbo olfatório recebe filamentos que constituem o nervo olfatório. Posteriormente,o tracto olfatório se bifurca formando as estrias olfatórias 
lateral e medial, que delimitam uma área triangular, o trígono olfatório. Através do trígono olfatório e adiante do tracto óptico localiza-se uma área contendo 
uma série de pequenos orifícios para passagem de vasos, a substância perfurada do anterior. 
Vic – Turma XLVII 
 
 
 
 
Artérias do Encéfalo 
Tem três partes: cérebro (telencéfalo e diencéfalo), cerebelo e tronco encefálico. 
A artéria carótida comum é bilateral, porque existe tanto do lado direito como do lado 
esquerdo. Ela se divide na luz do pescoço em artéria carótida comum interna e artéria carótida 
comum externa (metade anterior do crânio – face). A artéria carótida comum interna sobe 
anterior ao tronco encefálico e passa no hipotálamo, onde se divide em a artéria cerebral 
anterior e artéria cerebral média, que irrigam o telencéfalo e diencéfalo. A figura que segue é 
um encéfalo em secção sagital mediana (visão lateral esquerda): 
 
O Grupo arterial carotídeo é formado por: 
 Artéria carótida interna; 
 Artéria cerebral anterior; 
 Artéria cerebral média. 
Vic – Turma XLVII 
A artéria carótida interna é bilateral, por isso, ela se apresenta em artéria carótida interna direita e artéria carótida interna esquerda, assim como as artérias 
cerebrais. Esse grupo irriga a parte anterior e média do cérebro. 
 
Atrás do grupo arterial carotídeo existe outro grupo arterial, que é ímpar, o grupo arterial vértebro-basilar formado por: 
 Artérias vertebrais esquerda e direita (medula oblonga); 
 Artéria basilar (ponte e sulco basilar); 
 Artéria cerebral posterior direita e artéria cerebral posterior esquerda (mesencéfalo alto). 
 
Existem anastomoses entre o grupo arterial carotídeo e o grupo vértebro-basilar por meio de anastomoses: 
 Artéria comunicante anterior: une artérias cerebrais anteriores. 
 Artéria comunicante posterior: une as artérias cerebrais posteriores direita e esquerda às artérias carótidas internas (direita e esquerda). 
Vic – Turma XLVII 
 
Thomas Willis observou uma conformação poligonal que se mantinha com a união dos grupos arteriais. Essa conformação é denominada polígono de Willis ou 
círculo arterial do cérebro (polígono arterial do encéfalo). O polígono é uma referência para diagnosticar aneurismas intracranianos e má formações 
arteriovenosas intracranianas. 
 
 
Organização interna do encéfalo 
Cada hemisfério possui uma camada superficial de substância cinzenta, o córtex cerebral, que reveste um centro de substância branca, o centro medular do 
cérebro, ou centro semioval. No interior dessa substância branca existem massas de substâncias cinzenta, os núcleos da base do cérebro. 
Centro branco medular do cérebro: é formado por fibras mielínicas. Distinguem-se dois grupos de fibras: de projeção e de associação. As fibras de projeção 
ligam o córtex cerebral a centros subcorticais; as fibras de associação unem áreas corticais situadas em pontos diferentes do cérebro. 
As fibras de projeção se dispõem em dois feixes: o fórnix e a cápsula interna. 
O fórnix une o córtex do hipocampo ao corpo mamilar e contribui um pouco para a formação do centro branco medular. Já foi melhor descrito anteriormente 
nesta página. 
A cápsula interna contém a grande maioria das fibras que saem ou entram no córtex cerebral. Estas fibras formam um feixe compacto que separa o núcleo 
lentiforme, situado lateralmente, do núcleo caudado e tálamo, situados medialmente. Acima do nível destes núcleos, as fibras da cápsula interna passam a 
constituir a coroa radiada. Distingue-se na cápsula interna um ramo anterior, situada entre a cabeça do núcleo caudado e o núcleo lentiforme, e um ramo 
posterior, bem maior, situada entre o núcleo lentiforme e o tálamo. Estas duas porções da cápsula interna encontram-se formando um ângulo que constitui 
o joelho da cápsula interna. 
Vic – Turma XLVII 
 
 
 
Dentre as fibras de 
associação inter-
hemisféricas, ou seja, 
aquelas que atravessam o 
plano mediano para unir 
áreas simétricas dos dois 
hemisférios, encontramos 
três comissuras 
telencefálicas: corpo caloso, 
comissura do fórnix e 
comissura anterior. 
 
 
 
 
 
Tratos ascendentes e descendentes 
 
 
 
Vic – Turma XLVII 
Vias Aferentes 
 
Caminhos que levam os impulsos elétricos por meio de fascículos para dentro da parte Central do Sistema Nervoso (encéfalo e medula espinal). Também 
conhecida como uma via “ascendente”, o que só é perceptível em posição anatômica. 
As raízes posteriores são aferentes (sensitivas); 
Existem três vias exclusivas (15 ao todo): 
Condução de dor e temperatura: trato espinotalâmico lateral 
O impulso sai das vias periféricas presente em todos os tecidos infracervicais menos as vísceras na forma de receptores sensoriais (somático), passa para o 
axônio do primeiro neurônio (nervo espinal) sobe até a raiz posterior, passa pelas radículas posteriores, entra na substância branca (axônios) e faz sinapse com 
um neurônio (segundo neurônio) que entra na substância cinzenta (corpo de neurônio). Sai da substância cinzenta, caminha pela substância branca no sentido 
oposto, ultrapassando a fissura mediana, passa pelo tronco encefálico (lemnisco espinal) e sai na região lateral oposta e posterior, formando um núcleo ventral 
póstero-lateral talâmico. Um terceiro neurônio faz sinapse no núcleo ventral póstero-lateral talâmico, passa pela cápsula interna e tem corpo no giro pós-central 
do hemisfério oposto (onde iniciou). 
Condução de tato protopático e pressão: trato espinotalâmico anterior 
O neurônio sensitivo tem corpúsculos sensitivos na periferia, abaixo do pescoço exceto vísceras. Esse neurônio faz sinapse com um nervo espinal (primeiro 
neurônio) que faz sinapse na substância branca. Quando o segundo neurônio sai da substância cinzenta, ele ultrapassa a linha mediana em uma região mais 
medial do que o TETL e sobe para núcleo ventral póstero-lateral talâmico. Um terceiro neurônio faz sinapse nessa região, passa pela cápsula interna e tem 
corpo no giro pós-central do hemisfério oposto (onde iniciou). 
 
A síndrome de Brown-Séquard (hemisecção medular): causada por tumor, lesão, infarto ou traumas que causa perda da sensibilidade superficial (dor, 
temperatura, pressão e tato protopático) contralateral a partir do nível da lesão para baixo e perda da sensibilidade profunda ipsilateral (estereognosia, tato 
Vic – Turma XLVII 
epicrítico, sensibilidade vibratória e propriocepção) a cima do pescoço. O cruzamento entre os segundos neurônios da dor, temperatura, pressão e tato ocorre 
em todos os níveis da medula espinal a baixo do forame magno, enquanto o cruzamento dos quartos neurônios da estereognosia ocorrem a cima do forame 
magno. 
Lesões supra-bulbares (cápsula interna, tálamo, telencéfalo): perda da sensibilidade superficial contralateral (lado oposto) e perda da sensibilidade profunda 
ipsilateral. 
 
Estereognosia (estimar volume e peso utilizando as mãos), tato epicrítico (discriminar um toque sem olhar), sensibilidade vibratória (diapasão) e propriocepção 
consciente (perceber o movimento muscular e articular): sensibilidade profunda. O nervo espinal tem uma sinapse no gânglio espinal, de onde sai o neurônio 
que entra na substância branca da medula e não entra na substância cinzenta, mas, na região posterior da medula espinal, ele sobe para a medula oblonga, onde 
estão os corpos desses neurônios (núcleo grácil e cuneiforme, trato grácil medial e cuneiforme lateral). Nesse local há uma sinapse e os neurônios sobem pelo 
lemnisco medial com outra sinapse no núcleo ventral póstero-lateral talâmico, por onde outro neurônio ascende até o sulco pós-central. 
 
 
 
Vias eferentes 
São motoras e voluntárias na maioria. Responsáveis por conduzir o impulso nervoso para fora do encéfalo e medula espinal, por isso, também são conhecidas 
como descendentes, porém esse termo só funciona em posição anatômica. Tipos de vias: 
Piramidais:axônios do giro pré-central (área motora) passam pelo centro semi-oval da corona radiata e chegam ao segmento posterior da cápsula interna 
(núcleos da base). As fibras continuam descendo até tornarem-se longitudinais nas pirâmides da medula oblonga, onde realizam conexões a núcleos pontinos. 
Trato corticospinal: responsável por motricidade voluntária da maior parte do pescoço, todo o tronco (tórax, abdome, pelve) e todos os membros. 
Trato corticonuclear: responsável pelo movimento voluntário do restante do pescoço e de toda a cabeça. 
Trato corticorreticular: responsável pela vigília e atenção ao movimento. 
Vic – Turma XLVII 
O corpo celular desses milhares de neurônios está no giro pré-central, o axônio sai da cápsula interna, passa pelo diencéfalo, mesencéfalo (pedúnculos 
cerebelares), medula oblonga (dentro ou fora das pirâmides). As fibras do trato corticospinal lateral (75 a 90 %) cruzam em um movimento de decussação 
(anatomicamente visível) e as fibras do trato corticospinal anterior (25 a 10%) passam diretamente. Esses neurônios passam para a medula espinal e entram na 
substância branca e, então, substância cinzenta. Nesse local, o neurônio motor sai na região anterior e vai inervar o corpo. A fissura mediana anterior é 
interrompida no local de cruzamento (decussação). 
O trato corticospinal lateral entra na medula espinal, passa pela substância cinzenta, onde faz uma sinapse com um interneurônio, segue para um corpo de 
neurônio, que passa pela raiz anterior, depois pelo nervo espinal e direciona-se até um músculo dos membros e demais regiões do corpo. 
A nível de medula espinal, todas as fibras estão cruzadas. 
Extra-Piramidais: axônios não passam pela medula oblonga. Facilitam ou inibem movimentos voluntários automáticos e auxiliam no controle do tônus 
muscular. São três vias: núcleos da base, núcleos do cerebelo e núcleos do tronco encefálico que formam os tratos vestibuloespinal, reticulospinal, olivospinal, 
tetospinal e bulbospinal. 
 
Síndrome de Brown-Séquard: perda de sensibilidade superficial contralateral, perda da sensibilidade profunda ipsilateral e hemiplegia ipsilateral. 
Lesão supra-bulbar: perda da sensibilidade profunda, superficial e hemiplegia contralateral, porque o cruzamento ocorre abaixo da lesão. 
Lesão medular: perda da sensibilidade profunda, perda da sensibilidade superficial e hemiplegia homolateral, porque o sinal não passa da lesão. 
Síndrome de liberação extrapiramidal: maior motilidade VA e rigidez. É utilizado Plasil para o tratamento.

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