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TIAGO PASCOAL DE OLIVEIRA RODRIGUES
SEGURANÇA DO TRABALHO: 
A NECESSIDADE DO EPI
SOROCABA 2023
SEGURANÇA DO TRABALHO: 
A NECESSIDADE DO EPI
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à CEPET- CENTRO DE PROFISSIONALIZAÇÃO E EDUCAÇÃO TÉCNICA como requisito parcial para a obtenção do TITULO DE TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO.
Orientador:
SOROCABA 2023
IARA SANTOS FERNANDES
SEGURANÇA DO TRABALHO: A IMPORTÂNCIA DO EPI
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia de Produção.
BANCA EXAMINADORA
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Belo Horizonte,	de junho de 2018
Dedico este trabalho à minha família, que sempre me apoiou e forneceu suporte para a realização dos
meus objetivos.
AGRADECIMENTOS
Aos colegas e professores da Faculdade Pitágoras, pela amizade, pelas alegrias e pelo compartilhamento de conhecimentos. Que esse processo continue.
Aos amigos que me apoiaram e me compreenderam nos momentos difíceis de estudo. A minha família, por ser o pilar que sustenta toda a minha jornada.
RESUMO
Este trabalho visa apresentar informações relevantes no âmbito da segurança do trabalho com foco na importância do EPI para evitar acidentes do trabalho, apresentando uma breve história, sua evolução, a importância de gerenciar riscos no ambiente do trabalho, ter uma visão holística sobre a segurança e abranger as normas regulamentadoras a fim de embasar o conhecimento sobre segurança do trabalho e melhorar os aspectos conceituais do uso de EPI. A Segurança e Saúde no Trabalho, é considerado uma ferramenta muito eficaz e produtiva para a melhoria das condições do ambiente de trabalho e uma melhoria na produtividade do trabalho do colaborador, é uma alternativa para a evolução da gestão nas empresas dos mais variados segmentos e traz também uma visão holística, uma visão mais abrangente da segurança e também aprendendo um pouco sobre a certificação. Os sistemas de gerenciamento têm como principais características aperfeiçoar o desenvolvimento do trabalho nas organizações e diminuir riscos de acidentes e incidentes, além dos incômodos e inconvenientes causados por estes, a falta de utilização dos equipamentos de proteção individual ainda prevalece sendo um dos principais indicadores que causam maior número a estatística acidentes de trabalho nas organizações, por isso a divulgação e o uso contínuo de EPI são importantes.
Palavras-chaves: Equipamento; Segurança; Riscos; Proteção.
FERNANDES, Iara Santos. Segurança do Trabalho: a importância do EPI. 2018. 27 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso Engenharia de Produção – Faculdade Pitágoras, Belo Horizonte, 2018.
ABSTRACT
This paper aims to present relevant information in the field of work safety with a focus on the importance of PPE to prevent work accidents, presenting a brief history, its evolution, the importance of managing risks in the work environment, having a holistic view on safety and regulatory standards to build knowledge on workplace safety and improve the conceptual aspects of PPE use. Safety and Health at Work is considered to be a very effective and productive tool for improving working environment conditions and improving worker productivity. It is an alternative to the evolution of management in companies of the most varied segments and brings also a holistic view, a more comprehensive view of safety and also learning a bit about certification. Management systems have as main characteristics to improve the development of work in organizations and to reduce risks of accidents and incidents, besides the annoyances and inconveniences caused by them, the lack of use of personal protective equipment still prevails being one of the main indicators that cause the greater the number of accidents at work in organizations, so the dissemination and continuous use of PPE are important.
Key-words: Equipment; Safety; Scratchs; Protection.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Segurança Concreta e Abstrata	12
Figura 2 – Causa de acidentes	12
Figura 3 – Tipos de EPI	16
Figura 4 – Obrigações do empregador e empregado	17
Figura 5 – Obrigações do Fabricante	18
Figura 6 – Obrigações do Fabricante	18
Figura 7 – Proteção da cabeça 	19
Figura 8 – Óculos de segurança	20
Figura 9 – O modelo de protetor auricular.	21
Figura 10 – Proteção respiratória	22
Figura 11 – Exemplo de EPI de proteção do tronco 	23
Figura 12 – Luvas de segurança	23
Figura 13 – Calçado de segurança 	24
Figura 14 – Dispositivos trava-queda e cinturão de segurança 	24
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT	Associação Brasileira de Normas Técnicas EPI	Equipamento de proteção Individual
NR	Norma Regulamentadora
OIT	Organização Internacional do Trabalho
SESMT		Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
SST	Segurança e Saúde do Trabalho MTE		Ministério do Trabalho e Emprego CA	Certificado de Aprovação
OSHAS	Occupational Health and Safety Assessment Series	(Saúde Ocupacional e Séries de Avaliação de Segurança)
Sumário
INTRODUÇÃO	8
SEGURANÇA DO TRABALHO E SUA HISTÓRIA	9
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDUSTRIAL (NR6)	14
MEDIDAS DE PROTEÇÃO	19
CONSIDERAÇÕES FINAIS	25
REFERÊNCIAS	26
1. INTRODUÇÃO
O trabalho tem como propósito apresentar a relevância do conceito de Segurança e Saúde no Trabalho e uma visão mais ampla com o estudo das NR e aplicação do uso de EPI pelo trabalhador, levantar seus benefícios para as organizações em implantar um sistema de segurança, além de uma visão normativa, conseguir apresentar a segurança do trabalho de uma maneira mais simples e objetiva.
O uso do EPI está relacionado com a segurança comportamental e individual dos colaboradores, sendo que a resistência quanto ao uso do EPI e cultural por parte dos trabalhadores. Realizar conscientização e treinamentos de segurança possibilita a melhoria no relacionamento pessoal e interpessoal.
O tema abordado neste trabalho foi escolhido devido ao número de acidentes recorrentes a falta de EPI, esses acidentes poderiam ser evitados se as empresas possam desenvolver em seu ambiente de trabalho programas de segurança do trabalho, além de dar treinamento a seus operários e acompanhá-los em seus serviços. Por isso a importância de um sistema de segurança cujo objetivo é mitigar os riscos de acidente melhorando os resultados das empresas, evitando possíveis gastos e custos com perda e indenização da mão de obra.
Observar alguns dos principais fatores determinantes quanto ao uso de EPI, como a rotatividade da mão de obra, falta de qualificação e treinamento de segurança, é considerado um dos principais fatores e a falta de cultura e treinamento dos funcionários quanto à utilização e treinamento do uso correto dos EPI’s?
O objetivo do trabalho visa identificar a real importância do uso de equipamentos de proteção individual e adequação a (NR 6) proporcionando maior segurança aos trabalhadores e cumprindo a legislação trabalhista. Sendo o objetivo específico explicar sobre os equipamentos de proteção individual (EPI), sua importância e necessidade, quem deve fornecer.
O presente trabalho envolve levantamento de revisão bibliográfica de artigos e textos da internet, e também livros, sobre os seguintes temas abordados sobre EPI e Segurança do trabalho, requisitos e os principais autores como Barbosa, Barsano, Zocchio e Paoleschi, entre outros.
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2. SEGURANÇA DO TRABALHO E SUA HISTÓRIA
A segurança do trabalho como alternativa de proteção à vida sempre acompanhou a evolução do homem, até mesmo nos momentos mais difíceis. Os princípios da segurança do trabalho remontam, praticamente, desde os primórdios.
Segundo Barsano; Barbosa (2014, p.17) “apesar de o homem ainda não saber denominar os equipamentos e os procedimentos desegurança, os quais tinham por objetivo resguardar sua integridade física e psíquica durante os períodos de caça, ele já os utilizava”. Por exemplo, as vestimentas de couro para sua proteção contra mordidas de animais peçonhentos e contra as fortes intempéries da época.
[...] Na Antiguidade, por exemplo, a relação entre o trabalho e o processo saúde doença foi encontrada em papiros egípcios, no Império Babilônico e em textos da civilização greco-romana. Naquela época, predominava inicialmente o paradigma mágico-religioso e, posteriormente, o naturalista. No Egito há registros que datam de 2360 a.C., como o Papiro Seler II (que relaciona o ambiente de trabalho e os riscos a ele inerentes) e o Papiro Anastasi V, mais conhecido como Sátira dos Ofícios, de 1800 a.C. (que descreve os problemas de insalubridade, periculosidade e penosidade das profissões) (MATTOS e MÁSCULO, 2011).
Por volta de 1750 a.C., o Império Babilônico criou o Código de Hamurábi. Dele, foram traduzidos 281 artigos a respeito de relações de trabalho, família, propriedade e escravidão. (BARSANO; BARBOSA, 2014, p.17).
[...] O Código de Hamurábi representa o conjunto de leis escritas que trata de temas cotidianos, abrangendo matérias de ordem, civil, penal e administrativa. Seus pontos mais relevantes são: lei de talião; falso testemunho; roubo e receptação; estupro; família; escravos; ajuda de fugitivos; etc. Por exemplo, no artigo que trata da responsabilidade profissional, o imperador Hamurábi sentencia com pena de morte o arquiteto que construir uma casa que se desmorone e cause a morte de seus ocupantes.
Durante o período compreendido entre o apogeu do Império Romano até o final da Idade Média não foram encontrados estudos ou discussões documentadas sobre as doenças. Para alguns autores, tal fato se deve a imposições de ordem econômica. (RODRIGUES, 1982).
O que significava, além de uma revolução econômica e social, também o início dos primeiros acidentes de trabalho e as doenças profissionais, que se alastravam e tomavam proporções alarmantes. (RODRIGUES, 1982).
No início da Revolução Industrial segundo Alberton (1996), a invenção da máquina a vapor por James Watts em 1776 e do regulador automático de velocidade
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em 1785, trouxeram profundas alterações tecnológicas em todo o mundo, permitindo assim a organização das primeiras fábricas e indústrias.
Ainda Alberton (1996), exatamente quatro anos depois da Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder como presidente da República foi promulgada a terceira Constituição do País.
A CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidente) “foi a primeira grande manifestação de atividades preventivas de acidentes do trabalho no Brasil, assim como o primeiro movimento de âmbito nacional e de caráter prático”. (PAOLESCHI, 2009, p.15).
Ainda Paoleschi (2009, p.15) tanto da parte das autoridades que criaram dispositivos legais para o funcionamento das CIPAs como da parte de empresas privadas que passaram a organizá-las em seus estabelecimentos.
Para Paoleschi (2009, p.15) “a prevenção de acidentes do trabalho no Brasil ficou institucionalizada a partir da cipa, pois até então, a ideia da prevenção de acidentes era embrionária e disseminada por algumas pessoas preocupadas com os problemas de acidentes”.
“A denominação original dos EPI foi Equipamentos Individuais de Proteção – EIP –, dada pela Portaria do MTIC, no 319, de 30 de dezembro de 1960. Foi o primeiro documento oficial a tratar da obrigatoriedade de Certificado de Aprovação para os EPI”. (ZOCCHIO, 2002, p.29).
Além de cuidar do fornecimento e uso dos equipamentos. Foi o documento precursor da Norma Regulamentadora NR – 6, que trata de EPI.
Em 8 de junho de 1978, foi baixada a Portaria 3214, que revogou todas as portarias anteriores em vigor sobre assuntos de segurança. A Portaria 3214 ainda aprovou e expediu 28 novas Normas Regulamentadoras. (PAOLESCHI, 2009, p.16). “A Lei no 7.410, de 27 de novembro de 1985, criou a categoria profissional de
técnicos de segurança do trabalho, que até então eram os únicos profissionais prevencionistas que não tinham a categoria reconhecida legalmente”. (ZOCCHIO, 2002, p.31)
Pois assim foram esses profissionais que já́ na década de 50, com o título de inspetor de segurança, assumiram a árdua tarefa da prevenção de acidentes do trabalho no Brasil.
O título de técnico de segurança do trabalho é o mais correto, porque constitui a extensão técnica da engenharia de segurança do trabalho, como acontece em todos os ramos de engenharia.
Para Zocchio (2002, p.32) o desafio para esses profissionais é consolidar sua importância no contexto das atividades destinadas a prevenir acidentes do trabalho e doenças ocupacionais.
É comum as normas serem atualizadas visando melhores condições no ambiente organizacional e também mais segurança, além de atualizadas as normas também são ampliadas visando melhor atender as necessidades de segurança do trabalho.
2.1. ENTENDENDO A SEGURANÇA DO TRABALHO
No século XX, muitos se envolveram no início e no desenvolvimento das atividades prevencionistas no Brasil, sem que essas atividades chegassem a alcançar um patamar desejável. No século XXI, existem alguns desafios para a continuação da caminhada na busca de melhores condições de trabalho para garantir, de uma vez por todas, segurança do trabalho.
Figura 1: Segurança Concreta e Abstrata.
Fonte: adaptada de Zocchio (2002).
Segundo Zocchio (2002, p.35) “quando se pensa em prevenir acidentes do trabalho, deve-se ter em mente também a prevenção de doenças ocupacionais, dois males com alguns pontos comuns que preocupam igualmente”.
A segurança do trabalho, como proposta no ambiente de trabalho, para prevenção desses dois males deve ser entendida em seus lados concreto e abstrato. É preciso perceber pontos comuns entre os acidentes do trabalho e as doenças ocupacionais em suas causas fundamentais e em suas consequências socioeconômicas indesejáveis, duas indiscutíveis razões para os assuntos serem
tratados simultaneamente.
Para Zocchio (2002, p.36) “as causas fundamentais dos dois citados males concentram-se nas condições de trabalho que comprometem a segurança e a saúde dos trabalhadores”, como:
Figura 2: Causa de acidentes
Fonte: adaptada de Zocchio (2002, p.36).
A abordagem holística da segurança do trabalho é outra forma em que a segurança do trabalho. “A segurança do trabalho e acidentes teve uma única e exclusiva origem, mas foi gerado pela interação simultânea de diversos fatores (físicos, biológicos, psicológicos, sociais e culturais), e que um desencadeou o outro, gerando o acidente”. (BARSANO; BARBOSA; 2014, p.18)
Segundo Cardella (2010), a preservação de acidentes requer o estudo de fenômenos que causam danos e perdas ás pessoas, ao patrimônio e ao meio ambiente, este estudo requer uma ciência multidisciplinar.
Assim sendo o problema dos acidentes de trabalho é considerada como um dos casos que integram a responsabilidade social das organizações.
Segundo Tavares Jr. (2001) os elementos de um sistema de segurança exigem um processo contínuo de revisão e avaliação, dentro do conceito de melhoria contínua.
De modo que, os fenômenos gerados nas outras áreas de ação, são avaliados, para que medidas de segurança sejam implantadas pelas organizações, afim de buscar melhorias e minimizar o impacto de acidentes e doenças ocupacionais.
“A OIT(Organização Internacional do Trabalho) é responsável pela formulação e pela aplicação das normas internacionais do trabalho (convenções e recomendações). O Brasil está entre os membros fundadores da OIT”. (BARSANO; BARBOSA; 2014, p.18)
Embora reconhecendo os benefícios da prevenção de acidentes, nemsempre os empresários conseguem alcançá-los plenamente, pela carência de serviços especializados mais atuantes ou pela indecisão da própria empresa em definir uma política adequada ao assunto.
Embora seja uma imposição legal, os serviços de segurança e medicina do trabalho – SESMT – são mantidos em muitas empresas por convicção conceitual e administrativa.
3. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDUSTRIAL (NR6)
Em Segurança e Saúde no Trabalho (SST), a prioridade é prever a possibilidade de ocorrência de situações potencialmente perigosas à integridade física do trabalhador, procurando ao máximo eliminá-las logo em sua origem.
Segundo Barsano; Barbosa (2014, pag.96) “a decisão sobre a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) em qualquer situação de trabalho deve ser o passo final de um processo iniciado anteriormente”. O passo inicial é a determinação dos riscos dos quais o trabalhador deve ser protegido.
Segundo Paoleschi (2009, pag.74), sobre o uso do equipamento de proteção,
[...] “Seu uso está especificado na NR-6, aprovada pela Lei 6.514 de 22 de dezembro de 1977, da Portaria 3.214 de 8 de junho de 1978 que elenca as condições de funcionamento de um EPI como instrumento neutralizador da insalubridade, levando em conta o fator da adequabilidade ao risco, garantindo uma escolha com critérios, os quais devem ser especificados por um profissional competente (engenheiro, técnico em saúde e segurança do trabalho e outros). Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) devem ser fornecidos pelo empregador ao empregado que, pela função exercida na empresa, necessita para se proteger”.
Para Barsano; Barbosa (2014, pag.96) “é importante salientar que as medidas de proteção individual, como os EPI (capacetes, calçados de segurança, óculos de proteção, luvas etc.), devem ser adotadas em último caso”.
Ainda Barsano; Barbosa (2014, pag.96) “após serem esgotadas todas as outras medidas de proteção e, mesmo assim, persistir o risco acima dos limites toleráveis de segurança, colocando em perigo a integridade física e psíquica do trabalhador”.
Feitas a avaliação e a caracterização do risco, ele deve ser enfrentado em sua origem, tentando- se eliminá-lo ou neutralizá-lo. Continuando a situação de risco, a próxima etapa para os membros do SESMT será uma ação colocada entre a zona de risco e os trabalhadores - as chamadas proteções coletivas.
Segundo Zocchio (2002, pag.248) “quando as medidas de segurança de ordem geral não são suficientemente eficazes contra os riscos de acidentes, ou não são aplicáveis, lança-se mão do recurso da proteção individual: luvas, óculos, calçados, máscaras, capacetes, roupas especiais etc”.
Para Zocchio (2002, pag.248) Como a própria lei o define: “Equipamento de Proteção Individual – EPI – todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção... do trabalhador.”
Segundo Barsano; Barbosa (2014, pag.96) “devem ser adotadas medidas de proteção individual relativas ao trabalhador, como seleção de EPI apropriados aos agentes de riscos e à natureza antropométrica do trabalhador”.
Para Zocchio (2002, pag.248) “a lei determina que os EPI sejam fornecidos gratuitamente pelas empresas. Determina, também, que cumpre aos empregados usar obrigatoriamente os equipamentos de proteção individual”.
“A empresa está obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, Equipamento de Proteção Individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias”:(Paoleschi (2009, pag.74).
· Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou doenças profissionais;
· Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas e para atender a situações de emergência. A melhor maneira de sensibilizar e informar o uso correto de EPI é através de palestras, cursos e, principalmente, pela SIPAT.
Barsano; Barbosa (2014, pag.97) “ainda de acordo com essa NR, os EPI, de fabricação nacional ou importada, só podem ser postos à venda ou utilizados com a indicação do Certificado de Aprovação (CA)”.
Segundo Zocchio (2002, pag.248) “este é um ponto da segurança que requer ação técnica, educacional e psicológica para sua efetiva aplicação”:
· técnica, porque determina o tipo adequado de EPI em face do perigo que irá neutralizar;
· educacional, para que o empregado saiba como usá-lo,de modo a oferecer o melhor rendimento possível;
· psicológica, para o usuário convencer-se da necessidade de usar o equipamento como parte de sua atividade e sentir-se bem com ele.
Figura 3: Tipos de EPI.
Fonte: Adaptado de Barsano; Barbosa (2014).
Para Barsano; Barbosa (2014, pag.98) “compete ao SESMT (mas também ouvidos a CIPA e os trabalhadores usuários) recomendar ao empregador, o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade”. Na qual é obrigatório fornecer aos empregados, gratuitamente, o EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
» sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
» enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
» para atender a situações de emergência.
Figura 4: Obrigações do empregador e empregado.
Fonte: adaptado Barsano; Barbosa (2014).
Segundo Paoleschi (2009, pag.75) “cabe aos empregados se preocuparem com a saúde e integridade física, para protegerem a sua principal fonte de renda, que é a capacidade de trabalho”.
E não se esquecerem de que devem contribuir mais do que com a utilização adequada dos EPIs, com a manutenção de um ambiente de trabalho adequado às funções e aos riscos inerentes a elas.
“É importante lembrar que o uso do EPI, além de ser obrigatório, é também um recurso de proteção ao empregado e não o último”.(PAOLESCHI, 2009, pag.75). Essa proteção é usada para resguardar a cabeça, o tronco, os membros superiores, inferiores, a pele e o aparelho respiratório do indivíduo.
Figura 5: Obrigações do Fabricante.
Fonte: adaptado Barsano; Barbosa (2014).
Figura 6: Obrigações do Fabricante.
Fonte: adaptado Barsano; Barbosa (2014).
4. MEDIDAS DE PROTEÇÃO
A classificação de EPI surpreende pela diversidade dos equipamentos de proteção em sua relação, e os profissionais de segurança do trabalho ou responsáveis designados devem atentar ao fornecimento do equipamento de proteção mais adequado para os trabalhadores. Para isso, é importante observar alguns critérios, como a atividade laboral exercida ou o tipo de risco, entre outros fatores, para o alcance do resultado de prevenção que se espera.
Segundo Paoleschi (2009, pag.76) “EPI, é definido pela legislação como Equipamento de Proteção Individual (EPI) todo meio ou dispositivo de uso pessoal destinado a proteger a integridade física do trabalhador durante a atividade de trabalho”.
A função do EPI é neutralizar ou atenuar um possível agente agressivo contra o corpo do trabalhador que o usa.
EPI para proteção da cabeça. (BARSANO; BARBOSA, 2014, pag.100)
» capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;
» capacete de segurança para proteção contra choques elétricos;
» capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica;
» capuz de segurança para proteção do crânioe pescoço contra respingos de produtos químicos.
Figura 7: Proteção da cabeça.
Fonte: adaptado Barsano; Barbosa (2014).
EPI para proteção dos olhos e da face:
»	óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;
»	óculos de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
»	protetor facial de segurança contra respingos de produtos químicos;
»	protetor facial de segurança contra radiação infravermelha;
»	máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e da face contra radiação ultravioleta;
»	máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e da face contra radiação infravermelha.
Figura 8: Óculos de segurança.
Fonte: adaptado Barsano; Barbosa (2014).
EPI para proteção auditiva. (BARSANO; BARBOSA, 2014, pag.100)
»	protetor auditivo auricular contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR 15;
»	protetor	auditivo	de	inserção	contra	níveis	de	pressão	sonora superiores ao estabelecido na NR 15;
»	protetor	auditivo	semiauricular	contra	níveis	de	pressão	sonora superiores ao estabelecido na NR 15.
Figura 9: O modelo de protetor auricular.
Fonte: adaptado Paoleschi (2009).
Os protetores auriculares do tipo espuma e concha para trabalhos ruidosos que necessitam atenuação do nível de pressão sonoro para garantir a salubridade ocupacional.
EPI para proteção respiratória. (BARSANO; BARBOSA, 2014, pag.102)
» respirador purificador de ar contra poeiras e névoas;
» respirador purificador de ar contra gases de produtos químicos;
» respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido para proteção em atmosferas com concentração imediatamente perigosa à vida e à saúde, e em ambientes confinados.
Para escolha do EPI de proteção respiratória, a análise do grau de risco é muito importante, em virtude das inúmeras substâncias a que o trabalhador pode se expor.
Figura 10: Proteção respiratória.
Fonte: adaptado Paoleschi (2009).
Para exposições a agentes ambientais em concentrações prejudiciais à saúde do trabalhador, respiradores contra poeiras, para trabalhos que impliquem produção de poeiras, respiradores e máscaras de filtro químico para exposição a agentes químicos prejudiciais à saúde. (PAOLESCHI, 2009, pag.2009).
EPI para proteção do tronco. (BARSANO; BARBOSA, 2014, pag.103)
» vestimentas de segurança que ofereçam proteção contra riscos de origem térmica, mecânica, química, radioativa e meteorológica, bem como umidade proveniente de operações com uso de água;
» colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma de fogo, para proteção contra riscos de origem mecânica.
Demais exemplos: aventais, capas, jaquetas e outras vestimentas especiais de proteção para trabalhos em que haja perigo de lesões provocadas por riscos de origem radioativa, riscos de origem biológica e riscos de origem química.
Figura 11: Exemplo de EPI de proteção do tronco.
Fonte: adaptado Paoleschi (2009).
EPI para proteção dos membros superiores. (BARSANO; BARBOSA, 2014, pag.103)
»	luva de segurança para proteção das mãos contra choques elétricos;
»	luva de segurança para proteção das mãos contra agentes térmicos;
»	luva de segurança para proteção das mãos contra agentes biológicos;
»	manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra umidade;
»	manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos.
»	braçadeira de segurança para proteção do antebraço contra agentes cortantes.
»	dedeira de segurança para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.
Figura 12: Luvas de segurança.
Fonte: adaptado Paoleschi (2009).
EPI para proteção dos membros inferiores. (BARSANO; BARBOSA 2014, pag.103)
»	calçado de segurança para proteção contra impactos de quedas de objetos;
»	calçado de segurança para proteção dos pés contra choques elétricos;
»	perneira de segurança para proteção da perna contra respingos de produtos químicos;
»	perneira de segurança para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes;
Figura 13: Calçado de segurança.
Fonte: adaptado Barsano; Barbosa (2014).
EPI para proteção contra quedas com diferença de nível. (BARSANO; BARBOSA, 2014, pag.104)
» dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de segurança para proteção contra quedas;
» cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura.
Figura 14: Dispositivos trava-queda e cinturão de segurança.
Fonte: adaptado Barsano; Barbosa (2014).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No trabalho realizado foi verificado através das pesquisas bibliográficas, com o objetivo de compreender a segurança do trabalho e a importância do uso de equipamento de proteção individual, as dificuldades para implantar e até mesmo entender de fato como a segurança do trabalho pode contribuir para empresa e deixar de ser apenas algo visto como obrigatório pelas empresas.
A segurança do trabalho não pode ser algo imposto, tem que ser algo transformado e deve funcionar em conjunto com os demais departamentos, afim de identificar soluções mais adequadas ao ambiente de trabalho, e a conscientização dos riscos para que se consiga fazer a prevenção dos acidentes.
Assim, as organizações tenham uma visão mais holística sobre a segurança e tomar medidas mais efetivas quanto ao uso de EPI, pois ainda há uma resistência grande por parte dos colaboradores quanto ao seu uso, que as pessoas dentro das organizações possam entender que o uso do EPI é benefício e pode minimizar e evitar acidentes do trabalho, melhorando assim a qualidade de vida do trabalhador.
Este trabalho apresenta algumas normas de segurança do trabalho, que são importantes como diretrizes para entender a segurança do trabalho, mas a segurança do trabalho não deve ser somente um conjunto de normas impostas pela empresa para os colaboradores, deve ser um sistema que integra os trabalhadores de forma que eles sejam responsáveis pela segurança deles e saber que a empresa quer o melhor de cada funcionário, entendendo que em um sistema todos são importante e juntos podem transformar o ambiente de trabalho em lugar melhor e mais seguro.
Do ponto de vista acadêmico, esta pesquisa possibilitou à oportunidade de ter um envolvimento mais próximo com a realidade e suas práticas voltadas a segurança do trabalho, permitindo fazer uma análise dos conhecimentos adquiridos em sala de aula e assim externa-los.
Podemos concluir com este trabalho que o uso de EPI é uma ferramenta importante dentro da segurança do trabalho, podendo expandir para um processo de sistema de gestão em segurança do trabalho, aplicabilidade de uma norma OSHAS 18000 para ampliar a visão sobre a saúde e segurança do trabalhador.
REFERÊNCIAS
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